plano de restauração ambiental do fundo de vale do córrego tucanos

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Página1 PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO URBANO SUSTENTÁVEL DE LONDRINA - BR-L1094 PLANO DE RESTAURAÇÃO AMBIENTAL DO FUNDO DE VALE DO CÓRREGO TUCANOS Aproximadamente 1505m lineares de fundo de vale, delimitados entre as ruas José Garcia Domingues, Jardim São Paulo e Almeida Garret, Jardim Igapó, região Sul de Londrina. “Plantar uma árvore é celebrar a vida”... “...é um gesto de partilha” (anônimo) Londrina, junho de 2012

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PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO URBANO SUSTENTÁVEL

DE LONDRINA - BR-L1094

PLANO DE

RESTAURAÇÃO

AMBIENTAL DO

FUNDO DE VALE

DO CÓRREGO

TUCANOS

Aproximadamente 1505m

lineares de fundo de vale,

delimitados entre as ruas

José Garcia Domingues,

Jardim São Paulo e Almeida

Garret, Jardim Igapó, região

Sul de Londrina.

“Plantar uma árvore é celebrar a vida”...

“...é um gesto de partilha” (anônimo)

Londrina, junho de 2012

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ÍNDICE

1. Introdução 3

2. Caracterização da área 7

3. Diagnóstico ambiental 14

4. Objetivos gerais 28

5. Plano de restauração ambiental – metodologia 30

6. Relação de espécies arbóreas nativas para a restauração da mata ciliar, APP e AFV 50

7. Técnicas de plantio 63

8. Descrição dos custos totais por etapa de

execução do plano de restauração ambiental 69

9. Metodologia a ser aplicada para os serviços de manutenção periódica deste fundo de vale 70

10. Bibliografia consultada 71

Anexo I - Descrição operacional e orçamentária para a

restauração ambiental do fundo de vale do córrego Tucanos

74

Anexo II - Cronograma de execução físico-financeiro 80

Anexo III - Academia ao ar livre – orçamento 85

Anexo IV - Parque infantil – orçamento 86

Anexo V - Tabela SINAPI - composição do custo de confecção e instalação de lixeiras em latão reciclado,

fixadas em palanques de eucalipto imunizado

87

Anexo VI - Custo de manufatura de placas de identificação de mudas em chapa de aço galvanizado e suporte em tubo de aço galvanizado de 1"

88

Anexo VII - Composição de custos para a edificação de

uma passarela para pedestres, em eucalipto imunizado (tipo pinguela), sobre o córrego tucanos

89

Anexo VIII - Composição de mão-de-obra de jardinagem (capina, roçagem, adubação, plantio de mudas e tratos culturais)

90

Anexo IX - Cerca de eucalipto imunizado em arame liso –

composição de custos 91

Anexo X - Composição de mão-de-obra para a edificação

de cercado no fundo de vale do córrego tucanos 92

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PLANO DE RESTAURAÇÃO AMBIENTAL DO FUNDO DE VALE

DO CÓRREGO TUCANOS

1. INTRODUÇÃO

As florestas ciliares urbanas, apesar de serem consideradas áreas de

preservação permanente, protegidas pelo Código Florestal Brasileiro (Lei nº

7.771 de 15 de novembro de 1965), em geral sofrem intensa pressão antrópica.

Com o processo de colonização de Londrina, áreas ao longo dos

córregos e ribeirões foram severamente modificadas, devido a retirada de

recursos naturais (madeira de lei), abertura para a formação de pastagens e

áreas agrícolas, agravado pela dinâmica da expansão urbana.

Como resultado, apenas pequenos fragmentos permaneceram ao longo

das margens dos corpos hídricos, caracterizados como fundos de vale,

formando um mosaico de ambiente urbano e de remanescentes florestais,

interligados por estreitas faixas de Floresta Ciliar.

Como conseqüência desta ocupação cada vez maior das florestas

ciliares, os remanescentes florestais estão se tornando cada vez mais isolados,

sendo necessária a elaboração de planos e estratégias para a conservação da

biodiversidade.

Os modelos de corredores ecológicos podem ser ferramentas que

venham a interligar os elementos da paisagem urbana, tais como parques,

reservas ecológicas e remanescente florestais, aos elementos da paisagem

rural de Londrina, favorecendo o desenvolvimento da fauna e a conseqüente

dispersão de sementes via ornitocórica / zoocórica.

“Um ecossistema torna-se degradado quando perde sua capacidade de

recuperação natural após distúrbios, ou seja, perde sua resiliência” (Martins,

2001), neste contexto, a restauração ambiental dos fundos de vale de Londrina

é de extrema importância ao restabelecimento das condições de equilíbrio,

sustentabilidade e integração dos corredores ecológicos junto à bacia

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hidrográfica do rio Tibagi, aproximando-os dos sistemas naturais outrora

existentes e promovendo a sua contínua reprodução.

O Município de Londrina possui uma rica rede pluvial, formada por nove

bacias hidrográficas (sub-bacias). Destas, cinco encontram-se em área urbana,

alimentadas por cerca de oitenta e quatro córregos. Há ainda outros cursos

hídricos que deságuam diretamente no Rio Tibagi. Em cada corpo hídrico na

região urbana de Londrina, há um fundo de vale, onde a totalidade ou parte de

sua área pode ser caracterizada como Área de Preservação Permanente

(APP).

Figura 1. Bacias hidrográficas existentes na área urbana do Município de

Londrina (Ribeirões Cafezal, Cambé, Limoeiro, Lindóia e o rio Jacutinga).

Ao Sul, a localização do fundo de vale do córrego Tucanos

Fonte: Programa “Rio da minha rua”de Londrina (PML / SEMA).

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Figura 2. Fundo de vale do córrego Tucanos - ampliação da Figura 1.

Fonte: Programa “Rio da minha rua”de Londrina (PML / SEMA).

Figura 3. Localização do fundo de vale do córrego Tucanos.

Fonte: IPPUL – Maio/2012.

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O córrego Tucanos pertence à bacia hidrográfica do ribeirão Cambé, a

qual possui aproximadamente 27,2km de extensão. O ribeirão Cambé, têm sua

primeira nascente no trevo entre Londrina e Cambé (PR 445 x BR 369, UTM:

476117,43 x 7424818,33), e percorre a área urbana de Londrina de Oeste à

Leste, desaguando no Ribeirão Três Bocas (UTM: 494264,90 x 7415451,17), e

este, após percorrer cerca de 9,2km, deságua no rio Tibagi.

Este córrego nasce em área urbana, no fundo de vale do Jardim Burle

Marx, junto à PR-445, em frente ao Instituto Agronômico do Paraná, região Sul

de Londrina (UTM: 483523,31 x 7417333,89; altitude média: 555m),

percorrendo os Jardins Esperança, São Paulo, São Vicente, Vilas Boas,

Jurumenha e Igapó, pela margem direita e os Jardins, Itatiaia I e II, Tucanos e

Mediterrâneo, pela margem esquerda. Percorre desde a nascente até a sua

foz no ribeirão Cambé, Jardim Igapó, cerca de 2300m (UTM: 484520,69 x

7418881,55; altitude média: 524m), a aproximadamente 150m da barragem do

Lago Igapó I.

Figura 4. Ilustração da microbacia hidrográfica do córrego Tucanos, com

bairros, ruas e logradouros.

Fonte: Google Earth, 12/04/2009.

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A sua restauração ambiental é de extrema importância à preservação da

flora e da fauna, à conservação do solo e da água, à integração do corredor

ecológico da bacia do ribeirão Cambé e ao domínio social de suas áreas de

fundos de vale.

2. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA

O fundo de vale do córrego Tucanos apresenta vários segmentos em

elevado estado de degradação, com amplas áreas alagadas, decorrente dos

processos erosivos. Nos primeiros 100 metros a partir da nascente, a

declividade ao longo do córrego é extremamente alta, formando sulcos

profundos, expondo grandes matacões de rochas basálticas tipo bola, além das

raízes das árvores ciliares, levando ao tombamento de muitas.

Observa-se também a contaminação de suas águas por

microoganismos, despejos de esgotos clandestinos e de efluentes químicos de

postos de combustíveis, drenados via galerias pluviais ou diretamente no

córrego. Nas margens do córrego, observa-se o despejo de resíduos da

construção civil e domiciliares e as ocupações irregulares, suprimindo a flora e

a fauna. Tais agressões se intensificaram a partir de 1980, com a expansão

imobiliária do entorno.

Imagens aéreas deste fundo de vale, datadas de 1980, demonstram que

o córrego já possuiu um volume de água bem maior, apresentando maior

profundidade e atingindo até 4,0 m de largura em alguns trechos. A mata ciliar

apresentava maior área e biodiversidade, mas já se encontrava fragmentada

em pequenos bosques e vegetação irregular estreita ao longo do córrego.

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FIGURA 5. Foto aérea do fundo de vale do córrego Tucanos, de 1980.

Fonte: Acervo do Instituto Brasileiro do Café – IBC.

A primeira grande agressão ao córrego Tucanos foi evidenciada no início

da década de setenta (1973), com a edificação do Instituto Agronômico do

Paraná (IAPAR), onde foram aterradas as primeiras nascentes, tanto pela

terraplanagem na área interna da Instituição como na implantação da Rodovia

PR-445.

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Posteriormente, a instalação de uma madeireira defronte ao Instituto

aterrou uma importante nascente à direita do Córrego, bem como uma extensa

área do Vale ao lado da Rodovia, para uso na secagem de madeiras. No início

da década de noventa, a madeireira utilizou-se de carcaças de baterias

automotivas para construir diques de contenção no processo de aterramento.

Segundo a constatação “in loco”, foram utilizadas milhares de carcaças, as

quais provavelmente, continham resíduos do elemento chumbo. Há mais de

uma década, a madeireira interrompeu as atividades de aterramento do Vale,

sendo que no ano de 2010, iniciou o plantio de mudas nativas nas áreas de

declive do fundo de vale e na base dos taludes.

Foto 1. Fundo de vale do córrego Tucanos, Jardim Burle Marx. A

comunidade local realizou atividades educacionais para reduzir o

descarte irregular de lixo e entulho.

Fonte: IPPUL - Pesquisa ‘in loco’ - abril/2012.

Paralelamente a estes acontecimentos, o fundo de vale foi ocupado por

moradias irregulares na maior extensão da margem direita do córrego, sendo

que algumas delas foram construídas dentro da Área de Preservação

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Permanente (APP). Na margem esquerda do Córrego, foram edificados muros,

alambrados e piscinas em áreas de clube e Associações.

A edificação das moradias nas áreas ocupadas, bem como a

terraplanagem realizada ao redor destas, favoreceram a erosão hídrica e o

afloramento de vários “olhos d‟água” que alimentam o córrego. Estes

afloramentos foram represados em pequenos tanques para o consumo pelas

famílias em todas as suas necessidades. No entanto, cerca de 10 famílias

utilizavam água tratada oriunda da rede pública.

A ocupação do Vale por moradias irregulares contribuiu negativamente

na conservação do solo e da água e na preservação das espécies vegetais e

animais nativas, mesmo quando as moradias não estavam dentro da área de

preservação. Isto se deve ao fato dos moradores realizarem o plantio de

alimentos para a subsistência no entorno da moradia e fazerem a “supressão

da vegetação arbustiva” da área, temendo os animais peçonhentos.

Nas avaliações de campo, Verificou-se que no fundo de vale adjacente

à rua Turquia, a atividade de reciclagem de lixo, exerceu intenso impacto

sobre a flora remanescente e o banco de sementes (mulching), impedindo a

regeneração natural, além da poluição ambiental resultante do descarte

aleatório e queima de resíduos não-recicláveis.

As moradias que ocupavam o fundo de vale, encontravam-se distribuídas

irregularmente ao longo da margem direita do córrego Tucanos. Na porção

adjacente às ruas Turquia e Bélgica, estavam presentes a maior parte das

moradias. Como resultado de um trabalho desenvolvido pela Companhia de

Habitação de Londrina – COHAB-LD (2011-2012), foram realocadas 30 (trinta)

famílias deste fundo de vale, pelo programa “Minha Casa Minha Vida”, não

restando neste processo, nenhuma família remanescente.

2.1. TIPOLOGIA VEGETAL

A vegetação arbórea nativa, presente neste fundo de vale,

remanescentes da floresta latifoliada semidecídua e pluvial Atlântica,

caracteriza-se predominantemente por espécies pioneiras, destacando-se:

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fumo bravo (Solanum mauritianum), aroeira-pimenteira (Schinus

terebinthifolius Raddi), açoita-cavalo (Luehea divaricata Mart.) e pau pólvora

ou grandiúva (Trema micrantha).

Há ainda, neste fundo de vale, intensa proliferação de espécies

invasoras, destacando-se: amarelinho (Tecoma stans), santa Bárbara (Mélia

azedarach), mamoeiro (Ricinus communis L.), leucena (Leucaena

leucocephala) e ameixa amarela (Eriobothrya japonica). As áreas de

várzeas apresentam cobertura vegetal pouco diversificada, com o predomínio

de Taboas (Tipha angustifólia).

Nos locais mais ensolarados ou nos fragmentos florestais onde o dossel

é aberto, o solo apresenta-se coberto por gramíneas diversas, tais como

Colonião (Panicum maximum), Capim estrela (Cynodon nlemfuensis) e

grama Seda (Cynodon dactylon L.) mato-grosso ou batatais (Paspalum

notatum). No entanto, a presença de eqüinos neste fundo de vale não foi

evidenciada.

Foto 2. Fundo de vale do Jardim Burle Marx. Vegetação arbórea em

regeneração. Muitas espécies pioneiras, como fumo bravo (Solanum

mauritianum) e alta infestação de amarelinho (Tecoma stans).

Fonte: IPPUL - Pesquisa ‘in loco’ - abril/2012.

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Foto 3. Cobertura vegetal nas áreas abertas, com o predomínio de

gramíneas.

Fonte: IPPUL - Pesquisa ‘in loco’ - abril/2012.

2.2. CARACTERIZAÇÃO EDAFOCLIMÁTICA

Este fundo de vale caracteriza-se por apresentar tipos de solos em

caráter de transição entre Nitossolo vermelho eutroférrico (NVef) e Neossolos

litólicos eutróficos (RLe). Os solos litólicos ocorrem junto à calha do córrego e

nas margens deste, onde se verifica a presença de blocos e matacões de

basalto em alteração na superfície, sendo que a rocha fresca encontra-se

aflorante ou próxima à superfície do terreno (SiBCS, EMBRAPA, 2005).

Quanto aos aspectos climáticos, o Município de Londrina apresenta a

temperatura média anual de 21,1°C e precipitação pluviométrica média de

1610mm. Segundo a classificação climática de Köppen, Londrina apresenta o

tipo climático “Cfa”, caracterizado como subtropical, com temperatura média no

mês mais frio inferior a 18°C (mesotérmico) e temperatura média no mês mais

quente acima de 22°C, com verões quentes, geadas pouco frequentes e

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tendência de concentração das chuvas nos meses de verão, contudo sem

estação seca definida (Cartas climáticas do Paraná - IAPAR, 2000).

2.3. CARACTERIZAÇÃO HIDROLÓGICA

Ao longo da calha do córrego Tucanos, verificou-se várias áreas com

alagamentos sazonais, caracterizadas como áreas de várzeas, resultantes da

deposição hídrica de solo, oriundos das interferências antrópicas no entorno e

principalmente, nas áreas do entorno da nascente (PR 445, Jardim Burle

Marx). O fundo de vale deste córrego, apresenta uma rica rede hidrológica,

formada por cerca de 32 nascentes.

Nas áreas de fundo de vale, desde a nascente até a foz deste córrego,

verificou-se a existência de 32 (trinta e duas) nascentes ou “olhos d‟água”,

pontuados pelo “Sistema Universal Transverse Mercator “(UTM) e descritos na

Tabela abaixo.

Tabela 1. Localização das nascentes pontuadas na margem direita do

córrego Tucanos.

Nº Localidade UTM

X (E) Y (S) 1 Madeireira Curupay (Rogger Candotti), próximo à nascente 0483711 7417396 2 Chácara de Ademar Francisco Carneiro & outros (horticultura) 0483765 7417383 3 Chácara de Edmundo e Madalena Carneiro Carlos 0483783 7417370

4 Área pública do fundo de vale do Jardim Esperança

0484122 7417471 5 0484153 7417462 6 Área pública do fundo de vale do Jardim Esperança 0484171 7417499

7 Área pública do fundo de vale do Jardim Esperança 0484233 7417564 8 Chácara de Joaquim Salles (Jardim esperança) 0484279 7417606 9 Área pública do fundo de vale do Jardim São Paulo 0484528 7417969

10 Área pública do fundo de vale do Jardim São Paulo 0484061 7417464 11 Área pública do fundo de vale do Jardim São Paulo 0484554 7418048 12 Área pública do fundo de vale do Jardim São Paulo 0484354 7417827

13 Área pública do fundo de vale do Jardim São Paulo 0484306 7417663 14 Área pública do fundo de vale do Jardim São Paulo 0484623 7418169 15

Área pública do fundo de vale do Jardim Vilas Boas 0484635 7418192

16 0484619 7418178 17 Área pública do fundo de vale do Jardim Vilas Boas 0484656 7418259 18

Área pública do fundo de vale do Jardim Vilas Boas 0484670 7418326

19 190484666 7418340 20 Área pública do fundo de vale do Jardim Vilas Boas 0484669 7418410 21 Área pública do fundo de vale do Jardim Vilas Boas 0484655 7418299

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22 Área pública do fundo de vale do Jardim Igapó 0484666 7418459 23 Área pública do fundo de vale do Jardim Igapó 0484660 7418476 24 Área pública do fundo de vale do Jardim Igapó 0484649 7418570 Fonte: IPPUL - Pesquisa ‘in loco’ - abril/2012.

Tabela 2. Localização das nascentes pontuadas na margem esquerda

do córrego Tucanos.

Nº Localidade UTM

X (E) Y (S)

25 Área pública do fundo de vale do Jardim Burle Marx (Nascente do Córrego Tucanos)

0483573 7417392

26 Área pública do fundo de vale do Jardim Burle Marx 0483676 7417416

27

GREPOM - Grêmio Recreativo e Esportivo dos Policiais Militares

484359 7417966 28 484365 7418013 29 484372 7418020

30 484374 7418033 31 484377 7418038

32

Fundo de vale do Jardim Mediterrâneo (área particular),

próximo à várzea, a 200m do ribeirão Cambé, Foz do córrego Tucanos

0484449 7418617

Encontradas e pontuadas 32 nascentes e afloramentos nas duas margens do córrego Tucanos Fonte: IPPUL - Pesquisa ‘in loco’ - abril/2012.

3. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL

A vegetação nativa do fundo de vale do córrego Tucanos apresenta

vários fragmentos arbóreos resultantes da regeneração natural e das ações

ambientais com a comunidade do entorno. A área adjacente ao Jardim Burle

Marx é um exemplo de que a organização comunitária pode mudar a realidade

ambiental de um fundo de vale. Foram realizados plantios de mudas arbóreas

nativas em sistema de mutirão comunitário no ano de 2006.

O resultado deste trabalho pode ser observado no fechamento do dossel

e no desenvolvimento de espécies secundárias e climáceas. A deposição de

entulhos e lixos domésticos também diminuíram e as gramíneas ocupam hoje

espaços reduzidos. Está mata, por abrigar a nascente do córrego, apresenta

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importante papel na contenção do solo, especialmente nas áreas de declive

acentuado, junto ao corpo hídrico.

Foto 4. Restauração ambiental no fundo de vale do córrego Tucanos,

Jardim Burle Marx, iniciado no ano de 2005.

Fonte: IPPUL - Pesquisa ‘in loco’ - abril/2012.

Este trabalho de plantio de mudas pela comunidade inibiu a

possibilidade de ocupação irregular desta área. Na área do aterro junto à

nascente, também ocorreu o adensamento arbóreo, embora com predomínio

de Leucenas (Leucaena leucocephala).

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Tabela 3. Levantamento das áreas de preservação e da situação da

flora.

ÁREA LOCALIZAÇÃO ÁREA (m²) SITUAÇÃO ATUAL

1 Rua Kozen Igue – Jardim

Itatiaia (soma) 26.800,91

Vegetação em estágio de

regeneração

2 Tucano I 36.400,06 Várzea

3 Rua Samuel Wainer – Jardim

Mediterrâneo 11.392,69 Aterro, árvores isoladas

4 Rua Dr. Carlos da Costa

Branco – Jd. Nikko (soma) 17.048,45 Várzea e aterro

5 Rua José Gonçalves da Silva,

Jardim Esperança 18.737,51

Ausência de vegetação e

aterro

6 Condomínio Vale dos

Tucanos 9.966,94

Vegetação em estágio de

regeneração, campo de

futebol e aterro

7 Jardim São Paulo 9.209,59 Ocupações, chácaras

8 Rua Chipre – Jardim São

Vicente 16.780,28

Ausência de vegetação e

aterro

9 Rua Bélgica – Jardim Vilas

Boas 20.411,73 Ocupações, chácaras

10 Rua Bélgica – Jardim Igapó 19.637,95 Ocupações, chácaras

11 Rua Bélgica, em frente à

Cooperativa Cativa 9.154,38

Várzea, foz do Córrego

Tucanos

TOTAL 195.540,49m²

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FIGURA 6. Ilustração das áreas estudadas.

Fonte: IPPUL - Pesquisa ‘in loco’ - abril/2012, SEMA/2005.

Visando determinar a qualidade da água, tanto do leito do córrego

quanto das dezenas de nascentes pontuadas, muitas delas usadas para

consumo pelas famílias que ocupam este fundo de vale, outras, usadas na

irrigação de hortaliças, foram realizadas análises para parâmetros químicos e

microbiológicos no ano de 2005.

As análises para parâmetros químicos foram realizadas no ano de 2005,

objetivando determinar as concentrações de metais pesados na água e no lodo

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do córrego Tucanos, especialmente o elemento Chumbo. Paralelamente foram

averiguadas as quantidades de microorganismos presentes na água do córrego

e nas nascentes usadas para consumo da família ocupante do fundo de vale.

Em abril de 2012, foram realizadas novas análises da água para parâmetros

microbiológicos, para um diagnóstico comparativo com o ano de 2005.

3.1. DETERMINAÇÃO DE METAIS PESADOS

A determinação das quantidades de chumbo presentes na água do

córrego Tucanos foi realizado pelo Instituto Ambiental do Paraná – IAP. O

Laboratório de Solos e Tecido Vegetal – ASO, do Instituto Agronômico do

Paraná – IAPAR, determinou as quantidades de metais pesados presentes no

lodo retirado do fundo do córrego, próximo à nascente (PR 445). Os resultados

analíticos evidenciaram a precipitação do chumbo na forma não-tóxica,

direcionando ações no sentido de restringir a movimentação do solo na área do

aterro próximo à nascente, impedindo que este metal seja exposto novamente

à superfície, contaminando o solo, a água, a fauna e a população do entorno.

Foto 5. Coleta de lodo no leito do córrego Tucanos, para análise de

metais pesados, realizado em 16/12/2005.

Fonte: SEMA - Pesquisa ‘in loco’ - dezembro/2005.

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Foto 6. Determinação da cor e textura do lodo. O mesmo não

apresentava odor desagradável.

Fonte: SEMA - Pesquisa ‘in loco’ - dezembro/2005.

Foto 7. Em alguns locais, o lodo amarelado apresentava-se na

superfície da água.

Fonte: SEMA - Pesquisa ‘in loco’ - dezembro/2005.

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Foto 8. Foto registrada no mês de abril de 2012, evidencia que o lodo

amarelo observado no ano de 2005, não está mais presente na água.

Fonte: IPPUL - Pesquisa ‘in loco’ - abril/2012.

TABELA 4. Resultados da determinação de chumbo na água do leito

do córrego Tucanos.

Instituto Ambiental do Paraná – IAP - Laboratório de Absorção Atômica

Determinação de chumbo na água do córrego Tucanos

Local de coleta: Água coletada no leito do Córrego Tucanos, próximo à

nascente

Ficha de coleta N° 6.829 - Número de amostras: 01

Data da coleta: 12 de abril de 2005 às 10 horas da manhã

Condições Pluviométricas: Longo período sem chuvas, superior a 30 dias

Elemento Relatório de Ensaios da amostra Nº 359/05

Chumbo Ph Unidades 6,80

Pb mg/L < 0,04

Valores máximos permitidos

(RES. CONAMA 357/2005) mg/L 0,01

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TABELA 5. Resultados da determinação de metais pesados presente

no lodo do córrego Tucanos, próximo à sua nascente.

Instituto Agronômico do Paraná – IAPAR - Laboratório de Solos e Tecido

Vegetal – ASO

Local de coleta: Lodo coletado no leito do Córrego Tucanos, próximo à

nascente

Data da coleta: 16/12/2005 - Número de amostras: 10

Condições Pluviométricas: Ocorrência de chuvas no período de 48 horas EXTRATOR: H2O

Nº. Lab. Nº. amostra

Pb Zn Cd Fe Al

mg/kg

13 01 0,08 0 0 1 0

14 02 0 0 0 40 93

15 03 0,09 0 0 11 17

16 04 0 0 0 37 93

17 05 0,02 0 0 165 307

18 06 0 0 0 29 93

19 07 0,09 0 0 19 17

20 08 0 0 0,02 90 93

21 09 0 0 0,01 5 0

22 10 0 0 0 270 670

EXTRATOR: HCL 1 N

Nº. Lab. Nº. amostra

Pb Zn Cd Fe Al

mg/kg

13 01 264 22 0,15 4700 4800

14 02 73 58 0,66 8100 3900

15 03 71 71 0,55 8900 4100

16 04 222 33 1,08 11900 4100

17 05 33 70 8,82 23200 4500

18 06 22 187 0,66 8400 4900

19 07 25 90 0,94 10800 4000

20 08 15 55 1,07 11500 3700

21 09 39 144 10,66 24700 3800

22 10 45 95 7,04 21400 4900

EXTRATOR: Na2 EDTA 0,1 M

Nº. Lab. Nº. amostra

Pb Zn Cd Fe Al

mg/kg

13 1 297 9 0 300 1400

14 2 56 26 0,11 1200 800

15 3 40 24 0,11 2000 650

16 4 111 11 0,15 2700 770

17 5 11 30 2,02 10400 1000

18 6 8 108 0,18 2100 900

19 7 13 45 0,99 5700 800

20 8 7 20 0,55 4800 600

21 9 11 68 1,79 9300 750

22 10 18 47 2,18 9500 1300 Valores máximos

(CONAMA 357/2005) 0,01 0,18 0,001 0,3 0,1

Page 22: plano de restauração ambiental do fundo de vale do córrego tucanos

Pág

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2

Quantidades significativas de chumbo podem ser desprendidas por

fundições de chumbo, incluindo a reciclagem de baterias automotivas, podendo

liberar grandes quantidades deste elemento no ar, nas formas de óxido e

dióxido de chumbo, iodeto de chumbo, entre outras. Como o chumbo e seus

sais possuem densidade elevada, os gases industriais com os quais são

desprendidos só os transportam por alguns poucos quilômetros, sendo que

rapidamente ocorre a sedimentação destes compostos. O solo é considerado

um dos depósitos principais deste elemento, pois ao alcançá-lo, este

contaminante pode ali permanecer indefinidamente.

O chumbo no solo pode estar sob diversas formas: relativamente

insolúvel (sulfato, carbonato ou óxido), solúvel, adsorvido, adsorvido e

coprecipitado como sesquióxido, adsorvido em matérias orgânicas coloidais ou

complexado no solo (IPCS, 1995).

O valor de tolerância para chumbo em água doce é de 0,01mg/litro

(RESOLUÇÃO CONAMA Nº 357/2005).

A intoxicação por chumbo em humanos está associada com esterilidade,

aborto, mortalidade neonatal, reações neurotóxicas, deficiências motoras, entre

outras (Junberg et al., 1997).

Há relatos relativos à intoxicação de pessoas e animais na região do

entorno do fundo de vale do córrego Tucanos, ocorridos na década de 90,

notadamente quando o processo de aterramento da área adjacente à nascente

estava ocorrendo.

Para a interpretação dos resultados analíticos referente às

concentrações de metais pesados no lodo e na água, especialmente o chumbo,

devemos levar em conta a sua biodisponibilidade: o metal pode estar presente

no ambiente, porém, pode não estar disponível para contaminar os

organismos.

O lodo que cobria todo o fundo do córrego, no ano de 2005, por ocasião

da coleta, apresentava coloração amarelada, semelhante a cor do precipitado

de Iodeto de chumbo sólido. Cor semelhante é verificada com deposição de

ferro. Os resultado analíticos verificados na Tabela 5, comprovam a deposição

destes elementos no lodo, bem como evidenciam a presença de cádmio e

Page 23: plano de restauração ambiental do fundo de vale do córrego tucanos

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3

alumínio em quantidades acima dos limites máximos determinados pela

Resolução CONAMA Nº 357/2005, para água doce, Classe 1. O córrego

Tucanos se enquadra na Classe 1 desta Resolução, pois há horticultores que

utilizam suas águas na irrigação de folhosas, inclusive no cultivo de morango.

Embora não tenham sido realizadas novas análises da água e do lodo

deste córrego, verificou-se em vistoria “in loco”, realizada no mês de abril do

corrente ano, que não há formação de lodo amarelado , estando a água límpida

e inodora.

As análises para determinação de Chumbo no lodo e na água do leito do

Córrego Tucanos apontam que as formas de Chumbo presentes estejam

provavelmente na forma precipitada e consequentemente não-tóxica.

Possivelmente a precipitação do Chumbo esteja relacionada ao tempo de

exposição deste no meio ambiente. As quantidades verificadas nas análises,

de acordo com a RESOLUÇÃO CONAMA – 357 / 2005, não apresentam risco

à saúde humana e aos animais.

3.2. ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS

A determinação da qualidade microbiológica da água, realizada pelo

Laboratório de Microbiologia do Instituto Ambiental do Paraná – IAP, nos anos

de 2005 e 2012, evidenciaram que as águas do leito do córrego Tucanos e das

32 nascentes pontuadas, que afloram ao longo do fundo de vale, apresentam

altos índices de Coliformes totais e Escherichia coli.

Os locais de coletas de água são ilustrados na Figura 7, sendo que os

pontos 5, 7, 4, 8 e 10, em bandeira branca, representam a coleta em nascentes

e os pontos 1, 6, 3, 9 e 2, representam a coleta no leito do córrego.

Page 24: plano de restauração ambiental do fundo de vale do córrego tucanos

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4

Figura 7. Demarcação dos pontos de coleta de água das nascentes e do

leito do córrego Tucanos, para análise de parâmetros microbiológicos.

Fonte: IPPUL - Pesquisa ‘in loco’ - abril/2012 (Google Earth - 12/04/2009).

Page 25: plano de restauração ambiental do fundo de vale do córrego tucanos

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5

Figura 8. Descrição dos Bairros do entorno do fundo de vale e demarcação

dos pontos de coleta de água das nascentes e do leito do córrego Tucanos.

Fonte: IPPUL - Pesquisa ‘in loco’ - abril/2012 (Google Earth - 12/04/2009).

Page 26: plano de restauração ambiental do fundo de vale do córrego tucanos

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6

Foto 9. Coleta de água do córrego Tucanos e de suas principais nascentes,

para análise microbiológica, realizadas nos meses de abril e maio de 2012.

Márcio Vizetti - Químico amostrador do Instituto Ambiental do Paraná – IAP; Priscila M.

Cardoso, estagiária do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina – IPPUL.

Os resultados analíticos são apresentados nas Tabelas 6 e 7.

TABELA 6. Resultados dos parâmetros microbiológicos das águas do

leito do córrego Tucanos e das nascentes adjacentes (ano de 2005).

IAP – Instituto Ambiental do Paraná - Laboratório de Microbiologia Procedência: Fundo de Vale do Córrego Tucanos Condições Pluviométricas:

Longo período sem chuvas, superior a 30 dias Data de coleta

Ensaio Amostra UTM Parâmetro (NMP/100ml)

X Y Coliformes totais

Escherichia coli

12/04/2005 354/05 1 483676 7417416 16.000 480

12/04/2005 355/05 2 484233 7417564 500 7

12/04/2005 356/05 3 484623 7418169 16.000 30

12/04/2005 357/05 4 484655 7418299 16.000 350

12/04/2005 358/05 5 484649 7418570 ≥ 16.000 500

Page 27: plano de restauração ambiental do fundo de vale do córrego tucanos

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7

Condições Pluviométricas: Após precipitação pluviométrica de 50mm em 24

horas (chuva lenta).

Data de coleta

Ensaio Amostra UTM Parâmetro (NMP/100ml)

X Y Coliformes totais

Escherichia coli

29/04/2005 423/05 1 483676 7417416 ≥ 16.000 17

29/04/2005 424/05 2 484233 7417564 ≥ 16.000 2

29/04/2005 425/05 3 484623 7418169 ≥ 16.000 240

29/04/2005 426/05 4 484655 7418299 ≥ 16.000 21

29/04/2005 427/05 5 484649 7418570 ≥ 16.000 350

TABELA 7. Resultados dos parâmetros microbiológicos das águas do leito do

córrego Tucanos e das nascentes adjacentes (ano de 2012).

IAP – Instituto Ambiental do Paraná - Laboratório de Microbiologia

Procedência: Fundo de Vale do Córrego Tucanos

Condições Pluviométricas: Sem chuvas nas últimas 48 horas

Data de

coleta

Ficha de

coleta

Ponto UTM Parâmetro

(NMP/100ml)

X Y Coliformes totais

Escherichia coli

25/04/2012 64.258 1 483676 7417416 < 1,8 < 1,8

25/04/2012 64.262 5 484122 7417471 > 16.000 12

07/05/2012 64.409 7 484233 7417564 16.000 4,5

07/05/2012 64.410 6 484061 7417464 >16.000 47

25/04/2012 64.260 3 484354 7417827 >16.000 920

25/04/2012 64.261 4 484306 7417663 >16.000 94

07/05/2012 64.408 8 484623 7418169 20 <1,8

07/05/2012 64.407 9 484619 7418178 >16.000 9.200

07/05/2012 64.406 10 484655 7418299 16.000 2

25/04/2012 64.259 2 484649 7418570 >16.000 1.600

Os resultados analíticos apontam que as águas das nascentes (minas) e

as águas do leito do córrego, de acordo com a RESOLUÇÃO CONAMA nº

357/2005, complementada e alterada pela Resolução CONAMA nº 430/2011,

não apresentam condições microbiológicas para consumo humano e para uso

na irrigação de hortaliças.

Apontam também que a nascente do córrego apresentou significativa

melhora neste período. Possivelmente em função dos plantios de árvores

nativas, realizado nos anos de 2006 e 2007 com a comunidade do entorno e o

isolamento da área.

Page 28: plano de restauração ambiental do fundo de vale do córrego tucanos

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8

Quanto às nascentes ao longo do fundo de vale, somente a nascente

demarcada como ponto 8 (início da rua Turquia, Jardim São Paulo), apresenta

baixos níveis de coliformes.

4. OBJETIVOS GERAIS

O fundo de vale do córrego Tucanos, a ser contemplado no presente

Plano de Restauração Ambiental, apresenta cerca de 1530m de extensão

(incluindo 127m de extensão do ribeirão Cambé, antes da foz do córrego

Tucanos), delimitado entre a rua José Garcia Domingues, Jardim São Paulo

(UTM: 484206,22 X 7417621,74, altitude: 538m) e a rua Almeida Garret, Jardim

Igapó, ribeirão Cambé (484472,64 X 7418979,02, altitude: 524m). Apresenta

124.494,74m² de área total a ser restaurada.

Tem por objetivos a restauração ambiental e paisagística das áreas de

preservação permanente (APP) e áreas de fundo de vale (AFV) do córrego

Tucanos, incluso no “Programa de Desenvolvimento Urbano Sustentável de

Londrina - BR-L1094”, o qual contempla a retirada de entulhos e demais

resíduos oriundos das edificações demolidas, readequação do solo e

restauração da camada fértil, restauração da mata ciliar e Áreas de

Preservação Permanente, confecção de gramados, espaços para lazer e

recreação, além de arboretos, destinados à atividades contemplativas,

educação ambiental, estudo, pesquisa e experimentação, desenvolvimento da

biodiversidade arbórea e adaptação edafoclimática das espécies. Objetiva

também o desenvolvimento de ações educativas junto à comunidade do

entorno, que promovam o conhecimento e o sentimento de preservação

ambiental deste fundo de vale, de modo a restaurar a sua resiliência, ou seja,

a sua capacidade de recuperação natural após as degradações ambientais

sofridas.

Page 29: plano de restauração ambiental do fundo de vale do córrego tucanos

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9

Tabela 8. Detalhamento das áreas de fundo de vale do córrego Tucanos

a serem restauradas.

Zona Especial de Fundo de Vale m²

Área de Fundo de Vale (AFV) 19853,43

Área do entorno do fundo de vale (arborização e formação de gramado)

Área 1: 697,10m de extensão e gramado com 5,0m de largura 3485,50

Área 2: 901,71m de extensão e gramado com 10,0m de largura 9017,10

Áreas para implantação dos Arboretos (bosques de arborização)

Bosque de árvores brasileiras 4804,12

Bosque de árvores do mundo 1945,06

Área de Praça com Academia e Parque Infantil 601,65

Área de gramado para as transposições e projetos viários 5781,27

Área de Preservação Permanente (APP)

Mata ciliar, incluindo áreas sujeitas à alagamento sazonal e APP

de nascentes

104.641,31

Área Total do Fundo de Vale a ser restaurada (APP + AFV ) 124.494,74

Este Plano de Restauração Ambiental está em conformidade com o

Código Florestal- Lei nº 4.771 de 15 de setembro de 1965, com o Decreto

Estadual nº 397 de 03 de março de 1999, que institui o SISLEG – Sistema de

manutenção, recuperação e proteção da reserva florestal legal e áreas de

preservação permanente no Estado do Paraná e a Resolução CONAMA 303,

de 20 de março de 2002, que dispõe sobre parâmetros, definições e limites de

Áreas de Preservação Permanente.

Page 30: plano de restauração ambiental do fundo de vale do córrego tucanos

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0

5. PLANO DE RESTAURAÇÃO AMBIENTAL - METODOLOGIA

A restauração ambiental de áreas degradadas, principalmente as que

circundam os corpos d‟água, além das funções normais de mitigar os impactos

ambientais, promovidos pela ocupação desordenada (proteção dos corpos

d'água, purificação do ar, melhoria micro-climática, redução da velocidade dos

ventos, equilíbrio do balanço hídrico, controle de pragas e agentes vetores de

doenças, restabelecer e enriquecer a fauna local e regional, contenção de

ruídos, etc.), é também uma ação mitigadora no sentido de promover a

estabilidade do solo, protegendo as áreas de risco.

Além disso, esta ação tem também uma importante função social, uma

vez que não pode se tornar área de risco para a comunidade, proporcionando

locais de esconderijos de difícil acesso para os promotores da segurança, e

áreas suscetíveis a novas invasões.

Ao mesmo tempo, faz-se necessário criar vínculo da área com a

população do entorno, para que esta se aproprie do espaço, e dele faça uso

como área de lazer, contemplação da diversidade natural e educação

ambiental, passando a defendê-lo e a zelar pelo mesmo.

O presente Plano contempla a restauração de 124.494,74m² de área do

fundo de vale do córrego Tucanos, divididos em 8 (oito) etapas, onde as

atividades de Educação Ambiental, Cidadania e Sustentabilidade, deverão

preceder cada ação, de modo a informar, despertar e motivar a comunidade a

encontrar soluções para os problemas ambientais locais, desenvolvendo em

todos o sentimento de solidariedade e responsabilidade para com o meio

ambiente.

Os trabalhos a serem desenvolvidos, terão como eixo principal a

Educação Ambiental. Em todas as etapas, a preservação das espécies

arbóreas nativas existentes, mesmo àquelas que se encontram em tamanho

arbustivo, será preconizada. Para isso, os operários que realizarão as diversas

tarefas no fundo de vale, deverão ser devidamente orientados por técnicos da

Secretaria Municipal do Ambiente. As mudas de espécies arbóreas nativas,

Page 31: plano de restauração ambiental do fundo de vale do córrego tucanos

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ina3

1

deverão ser estaqueadas previamente antes de qualquer ação nas áreas de

fundo de vale, seja manual ou mecânica.

5.1. Etapa 1: Contempla a retirada de entulhos resultantes da demolição das

moradias irregulares desocupadas, limpeza da área e cobertura do solo

com terra.

Nesta Etapa, será utilizado escavadeira hidráulica sobre esteira para

demolir, amontoar e carregar sobre os caminhões basculantes, os entulhos e

resíduos diversos oriundos da demolição e limpeza. Os caminhões basculantes

deverão levar todos os materiais coletados para um local de descarte

licenciado. Após os serviços motorizados, deverá ser realizado uma limpeza

manual do fundo de vale, com a retirada de lixos diversos, existentes junto à

margem do córrego Tucanos e no leito deste (poluição difusa).Estando o solo

do fundo de vale, totalmente limpo, deverá ser iniciada a restauração da

camada fértil, com a deposição e espalhamento de terra de barranco, isenta de

pedras e pragas (sementes, estolões ou rizomas de ervas daninhas,etc.).

Nesta fase, os serviços deverão ser executados com escavadeira hidráulica

sobre pneus, cobrindo o solo das áreas onde ocorreram a retirada de entulhos,

com uma camada de terra fértil de cerca de 10cm de espessura, realizando a

terraplanagem em toda a área do fundo de vale, deixando o mesmo em boas

condições para a realização dos plantios de mudas de árvores e a confecção

de gramado.

5.2. Etapa 2: Contempla a restauração da mata ciliar e Áreas de

Preservação Permanente (APP).

Nesta Etapa, será realizado o plantio de mudas arbóreas nativas em

toda a Área de Preservação Permanente (APP) e mata ciliar, no espaçamento

de 3,0m entre linhas de plantio e 3,0m entre mudas na linha, sendo que as

linhas deverão ser intercalares entre si. As mudas deverão ter entre 0,40 a

0,50m de altura, produzidas pelo sistema de tubetes. Deverá ser realizado o

Page 32: plano de restauração ambiental do fundo de vale do córrego tucanos

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2

plantio diferenciado de espécies nativas pioneiras, correspondendo a 50% do

número total de mudas, uma vez que a regeneração natural da área é

dificultada pela erosão hídrica, pela reduzida dispersão natural e via

zoocórica/ornitocórica de sementes, bem como pela forte pressão antrópica do

entorno.

O plantio de maior quantidade de espécies pioneiras terá como

finalidade a rápida cobertura do solo, inibindo o desenvolvimento gramíneas e

outras espécies invasoras, permitindo assim o desenvolvimento de outras

espécies das fases iniciais e intermediárias da sucessão, as quais apresentam

geralmente dispersão zoocórica/ornitocórica.

O modelo a ser implantado consistirá de uma linha de espécies pioneiras

alternada com uma linha de espécies não-pioneiras, correspondente a

Secundárias Iniciais (SI), Secundárias Tardias (ST) e Climáceas (C).

A calagem (aplicação de calcário), deverá anteceder o plantio o máximo

de dias possíveis, com a aplicação em cobertura de 200g de calcário

dolomítico ou magnesiano ao redor da cova, em um raio de 0,25cm. A

aplicação deverá ser realizada anualmente.

A aplicação de adubo químico, na fórmula de 04-14-08 + 0,3% de Zn, na

quantidade de 150g por cova. A aplicação deverá ser feita 30 dias após o

plantio, em um raio de 0,25m ao redor da muda. A muda deverá ser irrigada

logo após o plantio, não havendo previsão de chuva no período subseqüente.

Toda a muda deverá ser estaqueada com ripão de madeira e coroada,

formando uma bacia de contenção da água pluvial e proteção contra ervas

daninhas. A limpeza das covas deverá ocorrer regularmente a cada 2 meses,

conforme cronograma, com reposição de mudas suprimidas, caso ocorrerem.

5.3. Etapa 3: Contempla a restauração da área do entorno do fundo de vale,

com arborização do entorno e confecção de gramado.

Nesta Etapa, também deverão ser instalados bancos de concreto,

lixeiras e placas informativas no entorno do fundo de vale, promovendo a

integração e a conscientização ambiental de toda a comunidade.

Page 33: plano de restauração ambiental do fundo de vale do córrego tucanos

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ina3

3

As mudas de árvores para a restauração do entorno, deverão apresentar

altura igual ou superior a 2,50m, a partir do colo da muda até a última

bifurcação. O plantio na arborização do entorno deverá ser locado a 3,0m do

meio-fio para a área 1 e 6,0m do meio-fio para a área 2 (previsão de diretriz

viária), totalizando 169 mudas, já excluídas as 23 mudas do entorno que se

enquadram na relação de espécies dos bosques de árvores brasileiras e do

mundo.

A faixa de gramado será de 5,0m de largura para a área 1 e 10,0m para

a área 2, a partir do meio-fio. A espécie a ser plantada será a grama Batatais

ou Mato-grosso (Paspalum notatum), em placas. O plantio de grama deverá

ocorrer antes do plantio das mudas de árvores, formando uma cobertura do

solo que minimiza o ressecamento e conseqüentemente, a necessidade de

rega.

O plantio das mudas arbóreas deverá ser precedido de calagem

(aplicação de calcário), na quantidade de 400g por cova, misturada ao solo ou

em cobertura. Em pós-plantio, será aplicado ao redor da muda (raio de 0,50m).

A adubação química (fórmula 04-14-08 + 0,3% Zn), deverá ser aplicada

ao solo na quantidade de 300g/cova, em cobertura, ao redor da muda, em raio

de 0,50m. Deverá ser contemplado um período de 15 a 30 dias entre o plantio

e a adubação química, visando o desenvolvimento radicular inicial para melhor

assimilação da adubação.

Deverão ser instalados 32 bancos de concreto, com 0,45m de largura e

1,5m de comprimento, espaçados a cada 50m entre si, locados em espaços

eqüidistantes entre as mudas de árvores plantadas na linha do entorno.

As lixeiras, ao número de 32 unidades (kit), deverão ser instaladas ao

lado de cada banco de concreto. Serão confeccionadas a partir da reciclagem

de latões de óleo automotivo, com volume de 20 litros. Terão a parte inferior

perfurada, evitando o acúmulo de água e receberão 2 demãos de pintura de

aparência com zarcão e esmalte sintético. Serão fixadas em palanques de

eucalipto imunizado, com altura de 1,20m a partir do solo e cerca de 0,11m de

diâmetro. A parte do palanque a ser fixado no solo (enterrado), terá

aproximadamente 0,80m de comprimento. A fixação das lixeiras ao palanque

Page 34: plano de restauração ambiental do fundo de vale do córrego tucanos

Pág

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4

será realizada com parafuso passante de 15cm de comprimento por 1cm de

espessura. Para cada palanque, serão fixadas duas lixeiras, conforme

ilustração da Figura 13, sendo uma na cor verde, para reciclados e outra na cor

marrom, para resíduos orgânicos.

5.4. Etapa 4: Contempla a implantação do bosque de árvores brasileiras e

do bosque de árvores do mundo.

Atualmente, questões relacionadas à educação ambiental tem ganhado

destaque dentro das escolas, empresas, universidades, repartições públicas,

etc., visando desenvolver conhecimento, habilidades e ações sustentáveis.

Algumas das ações estão direcionadas à criação, preservação e manutenção

de áreas verdes, que podem ser: fundos de vale, unidades de conservação e

bosques.

Os bosques podem ser caracterizados como um conjunto de árvores

dispostas de forma espaçada em determinada área, podendo contemplar locais

de lazer e outras atividades que possibilite à comunidade do entorno uma

maior integração com o meio natural.

Considerando esses aspectos, o presente Plano apresenta a

implantação de bosques temáticos onde serão plantadas e cultivadas espécies

arbóreas nativas brasileiras e espécies arbóreas exóticas, podendo estas ser

frutíferas, floríferas, melíferas, entre outras, que contribuirão para o equilíbrio

da biodiversidade local, pois essas espécies propiciam a atração de algumas

aves e insetos polinizadores. Outra característica a ser considerada são as

espécies forrageiras adaptáveis a áreas sombreadas.

A implantação do bosque também proporcionará uma estrutura

educativa, pois será composto por dois bosques, dividindo- os em “Bosque de

Árvores Brasileiras” e “Bosque de Árvores do Mundo”, onde suas espécies

serão identificadas através de placas informativas, contendo o nome popular, o

nome científico, a família a qual pertence e a região ou país de origem,

servindo de apoio em atividades escolares de caráter ambiental, buscando

integrar a teoria à prática. Também serão definidas trilhas de reconhecimento

Page 35: plano de restauração ambiental do fundo de vale do córrego tucanos

Pág

ina3

5

que levarão ao interior do bosque, possibilitando maior contato dos visitantes

com as espécies e o ambiente como um todo. Em âmbito contemplativo, o

bosque resultará no embelezamento estético da paisagem, proporcionando o

bem-estar.

Portanto, a implantação dos bosques terá como eixo principal, ressaltar

a importância da preservação dos meios naturais, fazendo com que a

comunidade reconheça que é preciso amenizar os impactos que afligem a

natureza, garantindo assim, que as futuras gerações tenham o direito de

acesso à natureza.

A formação dos bosques contemplará o plantio, calagem, adubação e

colocação da placa de identificação da espécie. Contemplará ainda o plantio de

plantas forrageiras para a cobertura e proteção do solo e embelezamento

paisagístico.

As mudas de árvores para o plantio nos bosques, deverão apresentar

altura igual ou superior a 2,0m, a partir do colo da muda até a última

bifurcação. O espaçamento entre mudas será de 10,0m, com linhas

intercalares. Para o bosque de árvores brasileiras, com área de 4804,12m²,

serão plantadas 57 mudas, cujas espécies estão relacionadas na Tabela 13.

Para o bosque de árvores do mundo, com área de 1945,06m², serão plantadas

28 mudas, cujas espécies estão relacionadas na Tabela 14.

Está previsto uma taxa de 20% de reposição de mudas suprimidas,

totalizando 102 mudas (57 + 28 + 20%).

O plantio das mudas arbóreas deverá ser precedido de calagem

(aplicação de calcário), na quantidade de 400g por cova, misturada ao solo ou

em cobertura. Se aplicado em pós-plantio, deverá ser espalhado ao redor da

muda, em raio de 0,50m.

A adubação química (fórmula 04-14-08 + 0,3% Zn), deverá ser aplicada

ao solo na quantidade de 300g/cova, em cobertura, ao redor da muda, em raio

de 0,50m. Deverá ser contemplado um período de 15 a 30 dias entre o plantio

e a adubação química, visando o desenvolvimento radicular inicial para melhor

assimilação da adubação.

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6

Deverá ser realizado o coroamento ao redor da muda, em raio de 50cm,

cavando murundus de terra ao redor da muda, formando uma bacia de

infiltração da água da chuva.

Todas as mudas deverão ser estaqueadas com ripão de madeira (5,0 x

2,5 x 200cm). Deverão ser realizados os tratos culturais, periodicamente a cada

2 meses, com limpeza ao redor da muda, reposição de estacas e amarrio de

hastes.

Após o plantio das mudas arbóreas, deverá ser realizado o plantio de

espécies forrageiras em toda a área pertencente aos bosques, totalizando

6749,18m². O plantio das espécies forrageiras deverá contemplar a

composição dos desenhos ilustrados na Figura 10 e no Quadro 1 deste Plano.

5.5. Etapa 5: Contempla a implantação do Parque infantil colorido, em

eucalipto roliço imunizado.

Com a finalidade de integrar as comunidades do entorno do fundo de

vale do córrego Tucanos, especialmente as crianças, sensibilizando-os para as

questões ambientais, em momentos de recreação e lazer, será edificado um

parque infantil na divisa entre os bosques de arborização, conforme desenho

paisagístico (prancha).

O parque infantil será composto pelas seguintes partes:

01 torre de 1,35 x 1,35 metros com cobertura de fibra de vidro;

01 torre de 94 x 94 centímetros sem cobertura;

02 escorregadores retos em fibra de vidro de 2,50 metros de

comprimento x 42 centímetros de largura;

01 ponte pênsil de 3,00 metros de comprimento x 80 centímetros de

largura, com cordas para proteção;

01 rampa de cordas com 2,00 metros de comprimento x 1,18 metros de

largura;

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7

01 escada em ferro galvanizado de 2,00 metros de comprimento x 0,72

metros de largura, com degraus em madeira;

1 conjunto trapézio para ginástica, correntes de 50 centímetros de

comprimento x 42 centímetros de largura;

1 conjunto de argolas para ginástica, correntes de 50 centímetros de

comprimento x 42 centímetros de largura e proteções do parque;

1 balanço de 02 lugares, com assentos de tábua em itaúba, 45

centímetros de comprimento x 25 centímetros de largura e correntes de

1,52 metros de comprimento;

1 descida de bombeiro com cano de 1”1/4 e 2,70 metros de

comprimento;

1 conjunto de barras olímpicas, com 1,00 metro cada barra, com 03

diferenciais de altura: 190 metros, 1,70 metros e 95 centímetros;

Área total do brinquedo= 12,0 x 9,0 metros.

5.6. Etapa 6: Contempla a implantação de uma “Academia ao ar livre”.

Tendo por finalidade estimular a prática de atividades físicas entre a

população do entorno, especialmente os idosos, e ao mesmo tempo promover

a integração entre práticas saudáveis e preservação ambiental, criando

espaços para a convivência com a natureza, está contemplado neste Plano de

restauração ambiental a implantação de uma “Academia ao ar livre” neste

fundo de vale.

A academia deverá ser edificada na divisa entre os bosques de

arborização, conforme desenho paisagístico (prancha), ao lado do parque

infantil, tendo à montante o bosque de árvores do mundo e à jusante o bosque

de árvores brasileiras. Este espaço foi definido, objetivando estimular os

freqüentadores a conhecer a diversidade de espécies arbóreas, fortalecendo a

ligação afetiva e o compromisso para com o meio ambiente.

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8

A academia ao ar livre deverá conter os seguintes aparelhos e

acessórios:

1 Multi – exercitador com 6 funções: conjugado em uma mesma base;

1 Alongador com 3 alturas: conjugado em uma mesma base;

1 Simulador de Remada;

1 Simulador de Cavalgada: equipamento em módulo duplo, conjugado

em uma mesma base;

1 Esqui: equipamento em módulo duplo conjugado em uma mesma

base;

1 Simulador de Caminhada: equipamento em módulo duplo, conjugado

em uma mesma base;

1 Pressão de Pernas: equipamento em módulo duplo, conjugado em

uma mesma base;

1 Surf: equipamento em módulo duplo, conjugado em uma mesma

base;

1 Rotação Dupla Diagonal: equipamento em módulo duplo, conjugado

em uma mesma base;

1 Rotação Vertical: equipamento em módulo duplo, conjugado em uma

mesma base;

1 Placa: descrição dos equipamentos;

3 Bancos;

2 Lixeiras Telada.

5.7. Etapa 7: Contempla a edificação de uma passarela para pedestres, em

eucalipto imunizado (tipo pinguela), sobre o córrego Tucanos.

Verificou-se a existência uma passarela rudimentar (pinguela), na

transposição do córrego Tucanos, entre a rua Turquia (confluência com a rua

Névio Soriani Júnior, Jardim São Paulo) e a rua João Gilberto Santos, Parque

residencial Tucano 3.

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9

Esta passarela, construída em madeira, encontra-se em péssimas

condições de uso. No entanto, é muito utilizada pela população do entorno e

transeuntes, para transpor o córrego Tucanos.

Diante desta constatação, e em razão da beleza natural neste local, será

contemplado a edificação de uma passarela, em eucalipto roliço imunizado,

com apoio nas laterais (corrimão). Esta passarela deverá também, ser um

atrativo a este fundo de vale, nas atividades de educação ambiental,

recreativas, contemplativas e de lazer.

A passarela terá 5,0m de comprimento e 1,10m de largura. O corrimão

de apoio e proteção, terá 1,10m de altura.

Foto 10. Passarela (pinguela) existente atualmente, em más condições.

Fonte: IPPUL - Pesquisa ‘in loco’ - abril/2012.

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0

5.8. Etapa 8: Contempla o fechamento temporário da área a ser restaurada,

edificando uma cerca de eucalipto imunizado, em toda a área do entorno

do fundo de vale.

A implantação de uma cerca junto à faixa de caminhada, delimitando o

fundo de vale, tem por objetivo garantir a eficácia operacional deste Plano de

Restauração, protegendo as mudas arbóreas a serem plantadas, da

supressão por vandalismo e animais domésticos. Objetiva também impedir o

descarte de resíduos da construção civil e lixos diversos, que podem

comprometer a regeneração deste fundo de vale.

O cercamento da área, no entanto, será provisório, impedindo a

circulação de carroças e veículos automotores, mas não impedindo a entrada

de pessoas, apresentando diversos “portais de acesso”. Quando as mudas

atingirem o porte arbóreo, com cerca aproximadamente 3,5m de altura, a cerca

poderá ser totalmente retirada e o fundo de vale ser entregue para o domínio

social.

As atividades de Educação Ambiental a serem trabalhadas durante os

primeiros 12 meses de implantação deste Plano, deverão de tal forma

sensibilizar a população do entorno, tornando-as ativistas empenhados pelas

causas ambientais e na luta pela preservação ambiental deste fundo de vale.

Desta forma, espera-se que as diversas agressões ambientais sofridas

por este fundo de vale, não venham mais a ocorrer no futuro, tendo os

moradores do entorno, seus principais defensores.

As cercas serão edificadas com 8 linhas de arame liso galvanizado

(bitola de 2,40 X 3,00mm), fixados em palanques de eucalipto imunizado,

espaçados a cada 5m, com diâmetro de 8 a 12 cm, sendo que os dormentes

(mourões mestres), terão de 17 a 20cm de diâmetro e serão locados a cada

50m. A altura da cerca será de 1,50m acima do nível do solo. A cada 100m

deverá ser edificado um portal de acesso, com largura de 1m, de modo a

impedir que carroças e veículo automotivos entrem no fundo de vale.

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1

5.9. Educação Ambiental, Cidadania e Sustentabilidade

Nos trabalhos de restauração ambiental deste fundo de vale, as

atividades de educação ambiental com a comunidade do entorno, deverão

anteceder e orientar todas as intervenções constantes neste Plano, estando

fundamentadas em três princípios: sensibilização, informação e ação

transformadora. A educação ambiental terá como objetivo principal o fazer agir

para se tentar melhorar o ambiente através da conscientização.

A relação entre meio ambiente e educação apresenta um papel

desafiador, demandando a emergência de novos saberes para

apreender processos sociais cada vez mais complexos e riscos

ambientais que se intensificam (Carvalho, 2004).

Neste sentido, os fundos de vale de Londrina, se apresentam como um

campo diferenciado aos educadores ambientais, os quais encontrarão em cada

um deles, particularidades históricas, sócio-econômicas e ambientais, que

exigirão novas metodologias de abordagem, nova transversalidade de saberes,

um novo modo de pensar, pesquisar e elaborar conhecimento, que possibilite

integrarteoria e prática.

No presente Plano, será aplicado o que preconiza o “Tratado de

Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade

Global” (Fórum Global paralelo – Rio-92), em todas as atividades ambientais

com a comunidade, integrando as diferentes organizações sociais (associações

de moradores, escolas, igrejas, organizações não-governamentais, entidades

de classe, entre outros), em prol dos mesmos objetivos: integrar, sensibilizar,

conhecer e preservar este fundo de vale. Para atingir estes objetivos, durante

os primeiros 12 meses do projeto, será contemplado neste Plano, a

contratação de “Monitores Ambientais”, os quais se caracterizam como

estudantes dos cursos de Biologia, Agronomia, Geografia, Engenharia

Ambiental, Sociologia e demais áreas afins. Estes monitores deverão fazer uso

de recursos audiovisuais, oficinas, recreações, reuniões, palestras, impressos,

entre outros, conforme cronograma de trabalho e conteúdo pedagógico a ser

elaborado pela Secretaria Municipal do Ambiente - SEMA, Gerência de

Educação Ambiental.

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2

5.10. Descrição ilustrada da proposta de restauração ambiental do fundo de

vale do córrego Tucanos, metodologia de plantio de mudas arbóreas

nativas, confecção de gramado, implantação de bancos e lixeiras,

formação dos bosques de arborização, plantio de forrações e

cercamento da área.

Figura 9. Descrição ilustrada do Plano de restauração ambiental do

fundo de vale do córrego Tucanos.

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3

Figura 10. Descrição ilustrada dos bosques de arborização e do modelo

de cobertura do solo com plantas forrageiras.

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Figura 11. Ilustração do modelo de restauração ambiental do fundo de

vale do córrego Tucanos, proposta neste Plano.

ÁREA 1

Córrego

Tucanos

Mata ciliar

Arborização do

entorno

Rua

3m

Plantio: 3 X 3m

Gramado: 5m

de largura

Meio-fio

ÁREA 2

Córrego

Tucanos

Mata ciliar

Arborização do

entorno

Rua

3m

Plantio: 3 X 3m

Gramado:

10m de largura

Meio-fio

Fonte: IPPUL – Proposta de restauração.

Figura 12. Ilustração do banco de concreto a ser locado junto à

arborização do entorno do fundo de vale.

Fonte: IPPUL – Composição de acordo com a Tabela SINAPI.

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5

Figura 13. Ilustração das lixeiras duplas de latões reciclados, a serem

locadas junto à arborização do entorno do fundo de vale.

Fonte: IPPUL – Composição (Tabela SINAPI e reciclagem de latões).

Fotos 11 e 12. Plantio de grama em placas no entorno do fundo de

vale, em faixas com largura de 5,0m (área 1) e 10,0m (área 2), de forma

contínua.

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6

Fonte: Engº Agrônomo Paulo R. Guilherme (acervo): Plantio de grama em placa.

Figura 14. Modelo de placa de identificação das espécies arbóreas, a

ser implantado no bosque de árvores brasileiras.

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7

Figura 15. Modelo de placa de identificação das espécies arbóreas, a

ser implantado no bosque de árvores do mundo.

Foto 13. Ilustração do modelo de Academia ao ar livre, a ser implantada

no espaço entre os bosques de árvores brasileiras e do mundo.

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8

Foto 14. Ilustração do modelo de Parque Infantil a ser implantado no

espaço entre os bosques de árvores brasileiras e do mundo.

Figuras 16, 17 e 18. Ilustração da passarela para pedestres, em

eucalipto imunizado, a ser edificada sobre o córrego Tucanos.

.

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9

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0

Figura 19. Ilustração do modelo de cerca em arame liso, para

fechamento do entorno do fundo de vale.

Fonte: IPPUL – Composição de acordo com a Tabela SINAPI.

6. RELAÇÃO DE ESPÉCIES ARBÓREAS NATIVAS PARA A

RESTAURAÇÃO DA MATA CILIAR, APP E AFV

As espécies nativas a serem utilizadas na recomposição da mata ciliar

serão as que ocorrem naturalmente na Bacia do Rio Tibagi, da qual faz parte a

microbacia do córrego Tucanos e que foram determinadas através de

levantamentos fitossociológicos desenvolvidos ao longo da bacia, pela

Universidade Estadual de Londrina - UEL em convênio com o Consórcio

Intermunicipal para Proteção Ambiental do Rio Tibagi - COPATI.

Foram incluídas na lista aquelas espécies que aparecem em destaque na

maioria dos estudos fitossociológicos em matas ciliares, e as que a

experimentação científica tem comprovado sua capacidade para restaurar

estas áreas.

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1

As mudas serão distribuídas no campo de forma que as espécies pioneiras

forneçam em pouco tempo sombreamento para as espécies secundárias,

iniciais e tardias, e climáceas, utilizando-se adensamento com espaçamento de

3,00 metros entre os indivíduos arbóreos.

O plantio poderá, preferencialmente, ser executado pela comunidade como

atividade de apropriação do espaço e/ou por empresa contratada, com o

acompanhamento e fiscalização da própria comunidade, Município e órgãos

ambientais locais competentes. Independente de quem for executar o plantio,

todas as mudas e insumos deverão ser adquiridos pela empresa contratada,

observando-se o projeto específico, os orçamentos e este Plano.

A Taxa de reposição de mudas nativas será de 10%, para os casos de

indivíduos que não se desenvolvam ou sejam danificados, durante o período de

manutenção.

A modelagem da distribuição das espécies florestais nativas está em

função do estágio sucessional, adaptado do modelo proposto por KAGEYAMA

et al (1990). As espécies nativas em porte arbóreo para o plantio no entorno do

fundo de vale, junto à faixa de gramado, foram selecionadas conforme os

critérios divulgados pela SBAU – Sociedade Brasileira de Arborização Urbana,

ELEKTRO – Guia de Arborização Urbana e as recomendações técnicas da

Secretaria Municipal do Ambiente (SEMA) - Prefeitura Municipal de Londrina.

Nas tabelas 9, 10 e 11 são apresentadas as espécies nativas indicadas

para a recuperação de matas ciliares, com os respectivos nomes vulgares, o

grupo ecológico a que pertencem e a tolerância à umidade do solo. Grupo

Ecológico (G.E.): P = pioneira; Si = secundária inicial; ST= secundária tardia;

Climáceas= C ou cliímax; T= tardia. Quanto a indicação: A = áreas

encharcadas permanentemente; B = áreas com inundação temporária; C =

áreas bem drenadas, não alagáveis.

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2

Tabela 9. Espécies de ocorrência regional do Bioma Mata Atlântica,

indicadas para o plantio no Fundo de Vale do córrego Tucanos.

RELAÇÃO DAS ESPÉCIES

Nome comum Nome Científico G. E. Indicação

Açoita-cavalo-miúdo Luehea divaricata P (Si) B, C

Alecrim-de-campinas Holocalyx balansae T clímax C

Amora-branca Maclura tinctoria P (Si) B, C

Angico-branco Anadenanthera colubrina Si C

Aroeira-pimenteira Schinus terebinthifolius P A, B

Café-de-bugre Cordia ecalyculata P (Si) B, C

Canelinha Nectandra megapotamica Si C

Canjarana Cabralea canjerana Si B, C

Catiguá Trichilia clausseni Si C

Cebolão Phytolacca dióica P B, C

Coerana Cestrum intermedium P B, C

Crindiúva Trema micrantha P C

Farinha-seca Albizia polycephala P(Si) C

Feijão-cru Lonchocarpus guilleminianus P(Si) B, C

Figueira branca Ficus insípida P(Si) A, B

Fumo-bravo Solanum sp P B, C

Guassatunga ou

baga-de-pomba

Casearia sylvestris P C

Gurucaia Parapiptadenia rigida P, I, T B, C

Ingá-do-brejo, ingá-

doce

Ingá affinis P(Si) A, B

Jangadeiro Heliocarpus americanus P(Si) C

Jatobá Hymenaea courbaril Si B, C

Louro-branco Bastardiopsis densiflora P, I, T Ch

Mamoninho Esenbeckia febrífuga Ci B, C

Mutambo Guazuma ulmifolia Si C

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3

Paineira Chorisia speciosa P(Si) B, C

Pau-jacaré Piptadenia gonoacantha P(Si) C

Peroba rosa Aspidosperma polyneuron Si C

Pessegueiro-bravo Prunus myrtifolia Si A, B

Tamanqueira Aegyphilla sellowiana P C

Tápia Alchornea sp P A, B

Timburi, tamboril Enterolobium

contorstisiliquum

P(Si) B, C

Unha-de-vaca Bauhinia forficata P(Si) B, C

Tabela 10. Espécies frutíferas nativas (para plantio na bordadura da mata

ciliar, visando a alimentação da fauna e apreciação pela população do

entorno).

Nome comum Nome Científico G. E. Indicação

Araçá-vermelho Psidium cattleianum Si B, C

Araticum-amarelo Rollinia sylvatica P(Si) B, C

Gabiroba Campomanesia xanthocarpa Si B, C

Genipapo Genipa americana ST A, B

Grumixama Eugenia brasiliensis Si A, B, C

Ingá-feijão Inga marginata P(Si) A, B

Ingá-mirim Inga laurina P(Si) A, B

Jaracatiá Jaracatia spinosa P C

Palmeira Jerivá Syagrus romanzoffiana Clímax

P (Si)

B, C

Palmito jussara Euterpe edulis Si B

Pitanga Eugenia uniflora Clímax C

Uvaia Eugenia pyriformis Clímax A, B

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4

Tabela 11. Espécies indicadas para solo úmido ou sujeito à inundação

(para as margens e áreas de várzeas do córrego Tucanos).

Nome comum Nome Científico G. E. Indicação

Branquilho, branquinho,

branquio

Sebastiania

commersoniana

P A, B

Branquinho, Leiteiro-

folha-fina, Tajuvinha

Sebastiania brasiliensis P A, B

Embaúba-branca Cecropia pachystachya P A, B

Guanandi Calophyllum brasiliensis Si A, B

Leiteiro Peschiera fuchsiaefolia P A, B

Maria-mole Dendropanax cuneatus P A, B

Mulungu-do-litoral Erythrina speciosa P A, B

Pau-de-leite Sapium glandulatum P A, B

Pau-de-viola, tucaneiro Citharexy lummyrianthum Si A, B

Salgueiro (Salseiro) Salix humboldtiana P A, B

Sananduva (Corticeira) Erythrina cristagalli P A, B

Urucurana, Sangra-

d`água

Croton urucurana P A, B

Tabela 12. Espécies arbóreas nativas do Brasil, indicadas para a

arborização do entorno do fundo de vale (faixa de gramado).

RELAÇÃO DE ESPÉCIES ARBÓREAS NATIVAS DO BRASIL

Nome comum Nome científico G. E. Indicação

Ipê roxo Handroanthus avellanedae P(Si) C

Alecrim-de-campinas Holocalix glaziovii ST C

Paineira branca Chorisia glaziovii

Angico-branco Parapiptadenia rígida P, I, T B, C

Angico-vermelho Parapiptadenea macrocarpa P, I, T B, C

Aroeira salsa Schinus mole P B, C

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5

Cabreúva-vermelha Myroxylon peruiferum Ci B, C

Canafistula-de-

besouro

Senna spectabilis var.

excelsa

P C

Canelinha Nectandra megapotamica ST C

Canjarana Cabralea canjerana P, T,

Cs, Ci

B, C

Cássia-grande Cassia grandis P, I B, C

Cássia-róseo-amarela Cássia fistula X Cássia

javanica

Si C

Chal-chal, Vacum,

lixeira

Allophylus edulis P C

Dedaleiro, Pacari Lafoensia paçari Si B, C

Falso-barbatimão Cássia leptophylla Si B, C

Guabiju Myrcianthes pungens P(Si) C

Ipê amarelo, ipê

tabaco

Tabebuia crysotricha P(Si) C

Ipê branco Tabebuia róseo-alba P, T B, C

Ipê rosa Tabebuia Impetiginosa P, T, CI B, C

Jacarandá-da-bahia Dalbergia nigra P(Si) A, B

Jacarandá-paulista Jacarandá mimosaefolia P(Si) A, B

Jatobá Hymenea courbaril Clímax B, C

Manacá-da-serra Tibuchina Mutabilis P C

Oiti Licania tomentosa ST B, C

Paineira rosa Chorisia speciosa P, T B, C

Pau-brasil Caesalpinia echinata Lam. Tolerante

(ST)

B, C

Pau-ferro Caesalpinia leiostachya Si C

Quaresmeira Tibouchina granulosa P C

Sabão-de-soldado Sapindus saponaria L. Si B, C

Sibipiruna Caesalpinia peltophoroides P(Si) B, C

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Figura 19. Modelo sugerido para a distribuição das espécies florestais

nativas em função do estágio sucessional, aliado ao espaçamento

utilizado.

☼ ☼ ☼ ☼ ☼ ☼ ☼

∆ □ ∆ ■ ∆ □

☼ ☼ ☼ ☼ ☼ ☼ ☼

● ∆ ● ∆ ● ∆

☼ ☼ ☼ ☼ ☼ ☼ ☼

∆ ■ ∆ □ ∆ ■

☼ ☼ ☼ ☼ ☼ ☼ ☼

● ∆ ● ∆ ● ∆

☼ ☼ ☼ ☼ ☼ ☼ ☼

∆ □ ∆ ■ ∆ □

☼ ☼ ☼ ☼ ☼ ☼ ☼

● ∆ ● ∆ ● ∆

☼ ☼ ☼ ☼ ☼ ☼ ☼

Estágio de sucessão Espaçamento (m) População % do total/ha

☼ Pioneira 3 x 3 5813 50

∆ Secundária inicial 6 x 6 2907 25

● Secundária Tardia 1 6 x 6 1453 12,5

□ Secundária Tardia 2 12 x 12 727 6,25

■ Clímax 12 x 12 727 6,25

Total de mudas 11627 100

Fonte: Adaptado de KAGEYAMA et al, 1990.

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Tabela 13. Relação das espécies arbóreas selecionadas para o plantio

no bosque de árvores brasileiras.

Nº Nome comum Nome científico Origem Quant.

1 Angico branco Anadenanthera colubrina Brasil 1

2 Angico vermelho Piptadenia rigida Brasil 1

3 Araribá Centrolobium

tomentosum Brasil 1

4 Bacupari, Bacupari do achado

Garcinia sp Brasil 1

5 Bracatinga ou Candiúba

Mimosa scabrella Brasil 1

6 Cambucá Plinia edulis Brasil 1

7 Canafístula de besouro

Cassia ferruginea Brasil 1

8 Canela branca, canelinha

Ocotea spixiana Brasil 1

9 Capixingui, Velame Croton floribundus Brasil 1

10 Caroba branca Sparattosperma leucanthum

Brasil 1

11 Carvalho brasileiro Roupala brasiliensis Brasil 1

12 Cassia rosa Cassia grandis Brasil 1

13 Copaíba, Óleo

copaiba, Pau d'oleo Copaifera langsdorfii Brasil 1

14 Corticeira ou Eritrina Erythrina falcata Brasil 1

15 Dedaleiro Lafoensia pacari Brasil 1

16 Fedegoso Senna macranthera Brasil 1

17 Figueira branca,

figueira-brava Ficus guaranitica Brasil 1

18 Garapa, Grapiá, Grápia

Apuleia leiocarpa Brasil 1

19 Guabiroba grande Campomanesia aff. hirsuta

Brasil 1

20 Guajuvira Patagonula americana Brasil 1

21 Guanandi Calophyllum brasiliense Brasil 1

22 Guatambu Aspidosperma

parviflorum Brasil 1

23 Ipê amarelo do

cerrado

Handroanthus

chrysotrichus Brasil 1

24 Ipê roxo Tabebuia avellanedae Brasil 1

25 Ipê roxo, Ipê roxo de

bola

Handroanthus

avellanedae Brasil 1

26 Ipê-amarelo-da-serra Tabebuia alba Brasil 1

27 Ipê-branco Tabebuia roseo-alba Brasil 1

28 Ipê-rosa Tabebuia pentaphylla Brasil 1

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29 Jacarandá branco Dalbergia brasiliensis Brasil 1

30 Jacarandá de Minas Jacaranda cuspidifolia Brasil 1

31 Jaracatiá Jacaratia spinosa Brasil 1

32 Jatobá Hymenaea courbaril Brasil 1

33 Jenipapo Genipa americana Brasil 1

34 Jequitibá rei, Jequitibá branco

Cariniana legalis Brasil 1

35 Jequitibá rosa Cariniana estrellensis Brasil 1

36 Lofantera-da-amazônia

Lophantera lactescens Brasil 1

37 Louro-pardo Cordia trichotoma Brasil 1

38 Mamica de porca, tembetari

Zanthoxylum rhoifolium Brasil 1

39 Marinheiro ou Pau macuco

Licania kunthiana Brasil 1

40 Mulungu Erythrina verna Brasil 1

41 Murici, murici-da-mata Byrsonima sericea Brasil 1

42 Oiti coró Couepia rufa Brasil 1

43 Olho de cabra Ormosia arborea Brasil 1

44 Paineira branca Ceiba glaziovii Brasil 1

45 Paineira rosa Ceiba speciosa Brasil 1

46 Pau Brasil Caesalpinia echinata Brasil 1

47 Pau pereira Platycyamus regnelii Brasil 1

48 Peroba do campo, Ipê peroba, Ipê baiano,

peroba amarela

Paratecoma peroba Brasil 1

49 Peroba rosa Aspidosperma

polyneuron Brasil 1

50 Pindaiba Xylopia brasiliensis Brasil 1

51 Pinheiro do Paraná Araucaria angustifolia Brasil 1

52 Sapucaia, Cumbuca de macaco

Lecythis pisonis Brasil 1

53 Sete cascas, Algarobo,

Arvore da chuva. Samanea inopinata Brasil 1

54 Sucupira branca Pterodon emarginatus Brasil 1

55 Tamboril, Timbauva, Orelha de onça,

Orelha de negro.

Enterolobium

contortisiliquum Brasil 1

56 Alecrim de campinas Holocalyx balansae Brasil 1

57 Sabão de soldado Sapindus saponaria Brasil 1

TOTAL 57

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9

Tabela 14. Relação das espécies arbóreas selecionadas para o plantio

no bosque de árvores exóticas (bosque do mundo).

Nº Nome comum Nome científico Origem Quant.

1 Acácia-negra Acacia mearnsi Austrália 1

2 Acer ou bordo Acer saccharum Canadá 1

3 Álamo mediterrâneo,

choupo Populus alba

Europa

mediterrânea 1

4 Árvore-da-china Koelreuteria bipinnata

China 1

5 cássia-fístula, cássia-imperial, chuva-de-ouro

Cassia fistula Sudeste da

Ásia 1

6 Cerejeira-de-okinawa,

cerejeira-do-japão

Prunus

campanulata Japão 2

7 Cerejeira (Sakurá) Prunus serrulata Japão 1

8 Champá, magnólia-

amarela Michelia champaca

Sudeste Asiático e Ásia

Meridional

1

9 Chapéu-de-napoleão Thevetia thevetioides

1

10 Coreutéria, quereutéria, árvore-da-

china

Koelreuteria paniculata

China, Coréia e Japão

1

11

Espatódea,

bisnagueira, tulipeira-do-gabão

Spathodea

campanulata África central 1

12 Guacararaíba, loureiro, loureiro-de-

apolo, louro

Laurus nobilis Mediterrâneo 1

13 Jacarandá-mimoso Jacaranda

mimosifolia

Argentina e

Bolívia 1

14 Liquidâmbar americano

Liquidambar styraciflua

América do

Norte até Honduras

1

15 Liquidâmbar grego Liquidambar orientalis

Ásia menor 1

16 Magnólia, magnólia-

branca

Magnolia

grandiflora

Carolina do Sul

(EUA) 1

17

Melaleuca, cajupúti,

árvore-da-Bíblia, sete-capotes

Melaleuca

leucadendron Austrália 1

18 Paineira-vermelha, paineira-vermelha-da-

índia

Bombax malabaricum

Índia, Ásia e Austrália

1

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0

19 Pinheiro-de-alepo Pinus halepensis Mediterrâneo 1

20 Pinheiro-do-brejo Taxodium

distichum EUA 1

21 Plátano Platanus

occidentalis

América do

Norte 1

22 Resedá gigante Lagerstroemia

speciosa

Índia até

Austrália 1

23 Roda-de-fogo, árvore-de-fogo, árvore-do-rotary

Stenocarpus sinuatus

Austrália 1

24 Sabugueiro Sambucus nigra Europa e Norte

da África 1

25 Salgueiro, chorão Salix babylonica Leste da Ásia

(China) 1

26 Sapoti Manilkara zapota América

Central 1

27 Teca Tectona grandis Índia e Malásia 1

TOTAL 28

QUADRO 1. Ilustração das espécies forrageiras a serem utilizadas para

a cobertura e proteção do solo nos bosques de árvores brasileiras e do

mundo.

Piléia (Pilea Cadierei).

Lambari – roxo (Tradescantia zebrina).

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1

Trapoeraba (Tradescantia pallida).

Grama amendoim (Arachis repens).

Rabo-de-gato (Acalypha reptans).

Maranta-pena-de-pavão (Maranta leuconeura kerchoveana).

Palmeira-da-sombra, Curculigo (Curculigo capitulata).

Clorofito (Chlorophytum comosum).

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2

Periquito (Alternanthera dentata). Gota de orvalho (Evolvulus

pusillus).

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3

7. TÉCNICAS DE PLANTIO

Foto 15. Para o plantio de mudas nativas, a área deverá estar

totalmente limpa, sem entulhos e sem lixo. A limpeza mecanizada

deverá contemplar ações manuais que privilegiem a vegetação nativa

existente, inclusive a regeneração natural (capina e coroamento de

mudas nativas existentes).

Fonte: Engº Agrônomo Paulo R. Guilherme (acervo): Limpeza de mudas.

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4

Fotos 16 e 17. Preparo da cova para plantio de mudas em tubetes

plásticos. Retirar o torrão e plantar a muda em cova de 15cm de

diâmetro por 20cm de profundidade.

Fonte: Engº Agrônomo Paulo R. Guilherme (acervo): Plantio de mudas nativas.

Foto 18. Estaqueamento de mudas. Deverá ser realizado em todas as

mudas, sendo que a cada replantio, as estacas extraviadas deverão ser

substituídas.

Fonte: Engº Agrônomo Paulo R. Guilherme (acervo): Estaqueamento de mudas.

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5

Foto 19. Adubação de cobertura. Deve-se espalhar o adubo ao redor da

muda em raio de 0,25m.

Fonte: Engº Agrônomo Paulo R. Guilherme (acervo): adubação e calagem.

Figura 20. Ilustração do plantio de mudas finalizado, com

estaqueamento, formação da coroa ou bacia de infiltração e a limpeza

ao redor da muda.

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6

Figura 21. Ilustração do padrão de muda arbórea para plantio no

entorno do fundo de vale,adjacente à faixa de gramado.

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7

7.1. Descrição das técnicas de plantio e manutenção de mudas nativas

nas Áreas de Preservação Permanente – APP

Preparo da área

A limpeza da área a ser recomposta restringir-se-á a roçadas para o controle das

ervas daninhas, evitando-se assim o revolvimento do solo e conseqüente erosão.

Coveamento

Para o plantio de mudas pelo sistema de tubetes, as covas deverão apresentar

15cm de diâmetro por 20cm de profundidade, com alinhamento alternado,

espaçadas entre si de acordo com o modelo de distribuição das espécies (Fig. 19).

Correção do solo

200g de Calcário dolomítico ou magnesiano por cova, espalhando ao redor da

muda num raio de 0,25m, antes ou durante o plantio.

Adubação inicial

A fertilização mineral será realizada na cova por ocasião do plantio, utilizando-se

150g de N:P:K (04:14:08) + 0,3% de Zn por cova, em cobertura, espalhando ao

redor da muda num raio de 0,25m.

Adubação de manutenção

No segundo ano após o plantio, aplicar 150g N:P:K (04:14:08) + 0,3% de Zn por

cova, em cobertura, espalhando ao redor da muda num raio de 0,25m.

Plantio e replantio

As mudas nativas em tubetes plásticos, deverão ter no mínimo 40cm de altura,

devendo ser tutoradas com bambu ou ripão de madeira e amarradas com

barbante. Deverá ser realizado o monitoramento periódico da área para que os

indivíduos que não sobreviverem possam ser imediatamente substituídos.

Condução das mudas

A condução das mudas será feita mediante o coroamento e roçadas periódicas até

o fechamento das copas.

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8

7.2. Descrição das técnicas de plantio e manutenção de mudas nativas

em porte arbóreo, para a arborização do entorno do fundo de vale

Preparo da área

A limpeza da área do entorno deverá ser realizada com capina ampla ao redor do

local estaqueado para a abertura da cova.

Coveamento

Para o plantio de mudas arbóreas, as covas deverão apresentar 0,40m de

diâmetro por 0,40m de profundidade, alocadas a 3,0m do meio-fio na área 1 e

6,0m na área 2 (de acordo com a diretriz viária para intervenção futura - IPPUL).

Correção do solo

400g de Calcário dolomítico ou magnesiano por cova, espalhando ao redor da

muda num raio de 0,50m, de preferência antes do plantio.

Adubação inicial

A fertilização mineral será realizada na cova (incorporado ao solo) ou em

cobertura, espalhando ao redor da muda num raio de 0,50m. Utilizar 300g de

N:P:K (04:14:08) + 0,3% de Zn por cova.

Adubação de manutenção

No segundo ano após o plantio, aplicar 300g N:P:K (04:14:08) + 0,3% de Zn por

cova, em cobertura, espalhando ao redor da muda num raio de 0,50m, no início da

primavera.

Plantio e replantio

As mudas arbóreas deverão ter no mínimo 2,50m de altura, devendo ser tutoradas

com bambu ou ripão de madeira e amarradas com barbante. Deverá ser previsto

uma reposição de até 20% das mudas suprimidas por motivos diversos, tais como:

vandalismo, doenças e pragas, estresse hídrico, animais, etc..

Condução das mudas

A condução das mudas será feita mediante o coroamento e capinas periódicas até

que as mesmas apresentem porte arbóreo superior a 3,5m de altura ou CAP

(circunferência à altura do peito) de 0,20m.

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9

8. DESCRIÇÃO DOS CUSTOS TOTAIS POR ETAPA DE

EXECUÇÃO DO PLANO DE RESTAURAÇÃO AMBIENTAL

FASE

(mês)

DESCRIÇÃO DAS ETAPAS

(CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO) Valor (R$)

1

1. Preparo do solo e restauração da camada fértil:

Retirada de entulhos resultantes da demolição das

moradias irregulares, cujas famílias tenham sido

realocadas, limpeza da área e cobertura do solo com

terra (restauração da camada fértil).

4.313,84

2

2. Restauração da mata ciliar e Áreas de Preservação

Permanente (APP). Despesas com insumos, mão-de-

obra e serviços operacionais manuais e mecanizados.

73.158,09

3

3. Restauração da área do entorno do fundo de vale

(arborização e confecção de gramado em faixa de 5,0m

(área 1) e 10,0m (área 2) de largura, com espaçamento

de 10,0m entre mudas).

136.684,92

4. Implantação dos bosques de árvores brasileiras e de

árvores do mundo e plantio de forrações. 9.170,24

5. Implantação do parque infantil, academia ao ar livre,

passarela para pedestres e cercamento temporário das

áreas.

42.596,46

1 a 12 6. Educação Ambiental, Cidadania e Sustentabilidade. 8.536,60

5 a 24

Tratos culturais e capinas a cada 2 meses, a partir do 5º

mês (serviço a ser executado pelo quadro próprio de

funcionários da Prefeitura Municipal de Londrina ou

terceirizado).

0,00

Custo total da restauração ambiental do fundo de vale do

córrego Tucanos + (BDI – Benefícios e Despesas Indiretas: 20%) 329.352,17

Custo total por m² 2,65

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0

9. METODOLOGIA A SER APLICADA PARA OS SERVIÇOS

DE MANUTENÇÃO PERIÓDICA DESTE FUNDO DE VALE

Após a conclusão do Plano de Restauração Ambiental, previsto para ser

executado em 3 (três) meses, conforme cronograma de execução, os serviços

operacionais de manutenção do fundo de vale, deverão ser realizados

periodicamente pelos próximos 21 (vinte e um) meses, pela Prefeitura

Municipal de Londrina, através do quadro próprio de funcionários ou por

serviços terceirizados.

Todas as operações previstas de manutenção deste fundo de vale

deverão ser supervisionadas por um técnico da Secretaria Municipal do

Ambiente – SEMA, sendo que o acompanhamento deverá ser presencial,

visando orientar e fiscalizar os trabalhos, tendo inclusive a competência de

notificar e lavrar autos, quando for o caso.

A equipe de trabalho designada para os serviços de manutenção deste

fundo de vale, nas áreas contempladas no presente plano, seja mão-de-obra

do quadro próprio da Prefeitura Municipal de Londrina ou terceirizada, deverá

participar de um treinamento técnico, a ser oferecido pela Secretaria Municipal

do Ambiente (SEMA), com carga horária de 20 horas, onde deverão ser

abordadas as seguintes temáticas:

Legislação: Princípios e Penalidades;

Identificação e manutenção de espécies arbóreas nativas em fundos de

vale (mata ciliar, APP e zona especial de fundo de vale);

Identificação e erradicação de espécies arbóreas invasoras;

Controle de ervas daninhas;

Metodologia para a retirada de entulhos e lixos diversos em fundos de

vale, inclusive a limpeza de nascentes e afloramentos;

Técnicas de Segurança e saúde no trabalho.

Nota: Sempre que houver a contratação ou convocação de novos funcionários

para a realização de serviços de manutenção neste fundo de vale, estes

deverão obrigatoriamente, participar de um novo curso de treinamento, com a

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ina7

1

mesma carga horária e conteúdo programático, sem o qual, não estarão aptos

para executarem tais serviços.

Os serviços de manutenção periódica (bimestral), que se encontram

detalhados no cronograma de execução deste Plano de Restauração

Ambiental, é de inteira competência da Prefeitura Municipal de Londrina, e

deverão ser rigorosamente executados, garantindo a plena realização das

metas deste Plano.

10. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

CARVALHO, I. Educação ambiental crítica: nomes e endereçamentos da

educação. In: MMA/ Secretaria Executiva/ Diretoria de Educação

Ambiental (Org.). Identidades da educação ambiental brasileira. Brasília:

MMA, 2004.

CAVIGLIONE, João Henrique ; KIIHL, Laura Regina Bernardes ; CARAMORI,

Paulo Henrique ; OLIVEIRA, Dalziza. Cartas climáticas do Paraná.

Londrina : IAPAR, 2000. CD.

EMBRAPA, Centro Nacional de Pesquisa de Solo (Rio de Janeiro, RJ).

Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. Rio de Janeiro, 2005.

IPCS - International Programme on Chemical Safety. Environmental Health

Criteria 165 for Inorganic Lead, 1995.

JACOBI, PEDRO ROBERTO. Educação Ambiental: o desafio da

construção de um pensamento crítico, complexo e reflexivo.

Universidade de São Paulo. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 31, nº 2,

p. 233-250, maio/ago. 2005.

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ina7

2

JACOBI, PEDRO ROBERTO. Educação Ambiental, Cidadania e

Sustentabilidade. Universidade de São Paulo – USP. Cadernos de

Pesquisa, nº 118, março/ 2003.

JUBERG, D. R.; KLEIMAN, C. F. & KWON, S. C. Position paper of the

American council on science and health: lead and humam health.

Ecotoxicol. Environ. Safety, 38: 162-180; 1997.

KAGEYAMA P. Y & GANDARA, F. B. Recuperação de Áreas Ciliares.

In:Matas Ciliares: Conservação e Recuperação. Ricardo Ribeiro

Rodrigues e Hermógenes de Freitas Leitão Filho. São Paulo, Edusp:

Fapesp, pp. 249-269. 2000.

KAGEYAMA P. Y.; BIELLA, L. C. & PALERMO, Jr. A. “Plantações Mistas

com Espécies Nativas com Fins de Proteção a Reservatórios”. In: 6º

Congresso Florestal Brasileiro, Campos do Jordão. Anais. São Paulo,

Sociedade Brasileira de Silvicultura, v. 1, pp. 109-113. 1990.

MARTINS, SEBASTIÃO VENÂNCIO. Recuperação de matas ciliares. Editora

Aprenda Fácil. Viçosa - MG, 2001.

MRTVI, PAULO ROBERTO – O Uso do Solo na Microbacia do Ribeirão

Jacutinga – Região Norte do Município de Londrina – TCC – Londrina

– 1992.

QUEIROGA, J. L. DE & BALLAROTTI, L. Levantamento Florístico e Projeto

de Recuperação e Preservação da Mata Ciliar do Ribeirão Cafezal.

Lote 77 – Gleba Cafezal – pp. 19-20, 2001.

RESOLUÇÃO CONAMA Nº 357 DE 17 DE MARÇO DE 2005. Publicada no

DOU nº 053, de 18/03/2005, págs. 58-63.

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Pág

ina7

3

ROCHA, C. F.; BERGALLO, H. G.; VAN SLLUYS, M.; ALVES, M. A. S.;

JENKINS, C. Corredores Ecológicos e Conservação da

Biodiversidade: um estudo de caso na Mata Atlântica. In: Biologia da

Conservação: essências. São Carlos: RiMA. 582p. p 317 – 342, 2006.

RODRIGUES, R. R. & LEITÃO FILHO, H. F. Matas Ciliares: Conservação e

Recuperação. Edusp: Fapesp. São Paulo, 320p. 2000.

Equipe Técnica do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de

Londrina – IPPUL:

Denise Maria Ziober – Arquiteta Urbanista, Diretora de Planejamento Urbano;

Elisabeth Aparecida Alves – Geógrafa, Gerente de Pesquisa;

Paulo Roberto Guilherme - Engenheiro Agrônomo - SEMA/IPPUL;

Flávia Navarro dos Santos – Estagiária de Geografia (UEL);

Larissa Rocha Gonçalves - Estagiária de Arquitetura e Urbanismo (UNIFIL);

Priscila Machado Cardoso - Estagiária de Geografia (UEL);

Valter Vinícius Vetore Alves – Estagiário de Geografia (UEL).

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4

ANEXO I

DESCRIÇÃO OPERACIONAL E ORÇAMENTÁRIA PARA A RESTAURAÇÃO

AMBIENTAL DO FUNDO DE VALE DO CÓRREGO TUCANOS

1. PREPARO DO SOLO E RESTAURAÇÃO DA CAMADA FÉRTIL (retirada

de entulhos, lixos e descartes diversos, resultantes da demolição das moradias irregulares desocupadas, limpeza da área e cobertura do solo com terra) Quantificação de entulhos, lixos e descartes diversos

Unid. Quant. Observações

Área total das edificações demolidas m² 651 Estimado 2 dia de

trabalho com 4

caminhões

basculante

(capacidade de

5,0m³ reais) e uso

de 1 escavadeira

de esteira.

Volume de entulho estimado por m² de construção

m³ 0,38

Quantidade estimada de entulhos, lixos e descartes diversos depositados na margem e no

leito do córrego Tucanos (poluição difusa)

m³ 10,00

Quantidade total de entulhos, lixos e descartes

diversos estimado m³ 257,38

Capacidade de transporte por viagem de

caçamba (caminhão 'toco') m³ 5,00

Quantidade de viagens em caminhões caçamba

(caminhão toco de 5m³) necessários para o transporte dos entulhos e resíduos domiciliares diversos

nº de viagens

10

Quantificação de hora/máquina com serviços

de escavadeira (amontoar entulhos e resíduos diversos e transportá-los para os caminhões caçamba)

¹h/m 7,00 Custo unit.

(R$)

Custo total (R$)

Código SINAPI

Retirada manual de entulhos, lixos e descartes diversos, localizados na margem e no leito do córrego

Tucanos (poluição difusa). O transporte destes materiais encontra-se contemplado no Código SINAPI

nº 1133

²h/d 5 84,42 422,10

10800 Serviços de escavadeira hidráulica sobre esteira, 146 a 169HP (inclui manutenção/operação), em hora/máquina

169,45 1186,15

1133

Destinação final dos entulhos e resíduos domiciliares diversos (valor do frete por viagem de caminhão caçamba e do descarte dos resíduos em local licenciado (Caminhão

basculante, capacidade de 5,0m³, inclui manutenção/operação)

107,47 1074,70

Cobertura do solo com terra para adequação topográfica e plantio - Serviço mecanizado

Unid. Quant.

Custo unit. (R$)

(m³/km)

Custo

total (R$)

Espessura da camada de terra a ser espalhada sobre o solo

mm 100

Quantidade de terra necessária para cobertura do solo

m³ 65,10

Distância média entre o ponto de coleta de terra e o fundo de vale

km 15

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5

74011/001

Custo para o transporte de terra em

caminhão basculante com capacidade de 6m³ (5m³ reais)

nº de viagens

13,02 1,03 1005,80

2726

Serviços de terraplanagem com escavadeira hidráulica sobre pneus, 105HP, Capac. 0,7m³ (inclui

manutenção/operação)

h/m 6,51 96,02 625,09

Custo total para a retirada de entulhos, limpeza da área e cobertura

do solo com terra 4313,84

2. RESTAURAÇÃO DA MATA CILIAR E ÁREAS DE PRESERVAÇÃO

PERMANENTE (APP) (quantificação de insumos, mão-de-obra e serviços

operacionais manuais e mecanizados)

Dimensionamento das áreas Unid. Medida Observações

Área total do fundo de vale do córrego Tucanos, a ser restaurada

m² 124494,74 Área total do fundo de

vale do córrego

Tucanos a ser

restaurada, a partir da

intersecção das ruas

José Garcia

Domingues e Turquia

(Jardim São Paulo) até

a rua Almeida Garrett

Jardim Igapó,

barragem do lago

Igapó): 124.494,74m²;

Elevação do terreno:

538 a 523m;

Comprimento da pista

de passeio (entorno) na

área 1: 697,10m;

na área 2: 901,71m

Área de gramado do

entorno a ser

implantado:

Área 1: 3485,50m²

(697,10 X 5,0m);

Área 2: 9017,10m²

(901,71 X 10,0m)

O entorno deverá ser

arborizado com mudas

apresentando altura

mínima de 2,5m.

ÁREA 1 - Extensão do entorno do fundo de vale a ser arborizado

m 697,10

Largura do entorno do fundo de vale sob o dossel da arborização para caminhada e lazer, onde será confecçionado o gramado a partir do

meio-fio

m 5,00

Área do entorno do fundo de vale (sob a arborização urbana, espaço para caminhada)

m² 3485,50

ÁREA 2 - Extensão do entorno do fundo de vale a ser arborizado

m 901,71

Largura do entorno do fundo de vale sob o dossel da arborização para caminhada e lazer, onde será confecçionado o gramado a partir do

meio-fio

m 10,00

Área do entorno do fundo de vale (sob a arborização urbana, espaço para caminhada)

m² 9017,10

Espaçamento entre mudas na arborização do entorno para as duas áreas

m 10,00

Bosque de árvores brasileiras m² 4804,12

Bosque de árvores do mundo m² 1945,06

Espaçamento entre mudas a ser adotado nos

bosques m 10,00

Área de Praça com Academia e Parque Infantil m² 601,65

Área de gramado para as transposições e projetos viários

m² 5781,27

Área de Preservação Permanente (APP) a ser restaurada no fundo de vale, inclusive a área de alagamento sazonal (várzea)

m² 104641,31

Espaçamento entre linhas de plantio (m) m 3,00

Espaçamento entre mudas na linha (m): m 3,00

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6

Espécies arbóreas nativas (bioma local Mata

Atlântica)

Vide Tabelas 9, 10 e

11

Código SINAPI

Quantificação de insumos (mudas, adubos, calcários)

Unid. Quant. Custo unit. (R$)

Custo total (R$)

349

Quantidade de mudas necessárias para o plantio nas áreas de preservação

permanente - APP (mudas nativas produzidas em tubetes plásticos, altura de 40 a 50cm)

muda 11627 0,95 11045,47

25963 Calcário dolomítico ou magnesiano (200g/cova, PRNT=100 %)

kg 2325,36 0,05 116,27

3123

Fertilizante NPK - fórmula 4: 14:

8 + 0,3% Zn (150g/cova, em cobertura, ao redor da muda (raio de 0,50m)

kg 1744,02 0,96 1674,26

Custo total dos insumos 12836,00

Quantificação da mão-de-obra e serviços motorizados -

restauração e manutenção da mata ciliar e APP por 2 meses (2º e 3º mês deste Plano de Restauração Ambiental)

³Valor / diária de 8 h. (R$)

Valor total (R$)

Composição Preparo da área: roçagem baixa de plantas invasoras

h/d 50 84,42 4203,94

Composição Coveamento (covas com 20cm de profundidade e 15cm de diâmetro)

h/d 58 84,42 4907,68

Composição Aplicação de calcário e adubo químico

h/d 15 84,42 1226,92

Composição Plantio de mudas h/d 39 84,42 3271,78

Composição Tratos culturais com 2 capinas (2º e 3º mês)

h/d 124 84,42 10509,85

Composição Quantidade total de diárias (com aproximação de casas

decimais)

h/d 286 84,42 24120,17

Caminhão pipa 6000 litros toco, 16 CV - 7,5T,

tanque de aço e motobomba de 3,5CV - Irrigação motorizada (2 irrigações semanais, no 2º e 3º mês), com molhamento de 1500m² por

hora/máquina

Unid. Quant. Custo unit. (R$)

Custo total

(R$)

5761 Custo de Horário Produtivo

Diurno (CHP) (caminhão-pipa) h/m 322 92,07 29640,83

5748

Mão-de-obra diurna na

operação, com 1 operador e 1 auxiliar (4 horas/dia)

hora/ oper.

644 10,19 6561,10

Custo total para serviços de irrigação 36201,92

Custo total dos insumos, mão-de-obra e serviços operacionais para restauração da mata ciliar e APP

73158,09

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7

3. RESTAURAÇÃO DA ÁREA DO ENTORNO DO FUNDO DE VALE

(arborização do entorno no espaçamento de 10,0m entre mudas; confecção de gramado em faixa de 5,0m de largura (área 1) e 10,0m (área 2); implantação de

bancos e lixeiras. O plantio das árvores para a arborização do entorno contemplará a formação de uma linha

externa, a 3,0m do meio-fio e com espaçamento de 10,0m entre mudas, totalizando de 160 mudas. Está contemplado neste plano o acréscimo de 20% sobre o total de mudas para a arborização do entorno, visando a reposição de mudas suprimidas (depredação, estresse

hídrico, etc.), nos meses posteriores ao plantio (32 mudas para reposição).

Código SINAPI

Quant. de materiais e insumos

(bancos, lixeiras, mudas, adubos, calcários)

Unid. Quant. Custo unit. (R$)

Custo total (R$)

74228/001

Banco de concreto aparente, com largura de 45cm e 10cm espessura, sobre dois apoios

(1,5m de comprimento, sendo 1 banco a cada 50m)

m 32 122,48 3919,36

Composição

Lixeiras duplas em latão reciclado de 20L. (1 lixeira a cada 50m, confec. e instalação). Código

SINAPI n° 21138 + composição

kit 32 42,36 1355,52

359

Quant. de mudas arbóreas

necessárias para a arborização do entorno (altura superior a 2,50m a partir do colo da muda

até a última bifurcação e espaçamento de 10,0 x 10,0m)

muda 169 27,00 4563,00

25963 Calcário dolomítico ou magnesiano (400g/cova, PRNT=100 %)

kg 68 0,05 3,38

3123

Adubo químico, fórmula 04-14-08 + 0,3% Zn (300g/cova, em

cobertura, ao redor da muda, em raio de 0,50m)

kg 51 0,96 48,67

74236/001

Quantidade de mudas de grama em placas, da espécie Batatais ou Mato-grosso (Paspalum

notatum) em rolo, para confecção do gramado do entorno. Inclui preparo de solo e

plantio

m² 18886 6,37 120300,76

Custo total dos insumos 130190,69

Mão-de-obra necessária para a implantação e manutenção inicial (operações manuais e mecanizadas, plantios de grama, de árvores e tratos culturais)

Valor / diária de 8 h.

(R$)

Valor total (R$)

73967/3

Plantio de mudas de árvores no entorno do fundo de vale

(somente mão-de-obra e transporte de terra preta: turfa)

muda 169 23,74 4012,06

74236/001

Plantio de grama em placas no entorno (largura: 5,0m para área 1 e 10,0m para área 2),

contemplado na tabela anterior, onde se encontra incluído o preparo do solo e plantio

m² 18886 0,00 0,00

Page 78: plano de restauração ambiental do fundo de vale do córrego tucanos

Pág

ina7

8

5761 e 5748

Irrigação motorizada (2 irrigações semanais, no 2º e 3º

mês, com caminhão pipa): contemplada no ítem 2 (restauração da mata ciliar e APP)

0,00 0,00

Composição Preparo da área: roçagem baixa de plantas invasoras

h/d 8 84,42 703,65

Composição Coveamento (covas com 40cm de profundidade e 40cm de diâmetro)

h/d 17 84,42 1426,70

Composição Aplicação de calcário e adubo químico

h/d 4,17 84,42 351,82

Composição

Tratos culturais com 2 capinas (2º e 3º mês): contemplado no ítem 2 (restauração da mata ciliar e

APP)

0,00 0,00

Custo total da mão-de-obra 6494,23

Custo total para a restauração da área do entorno 136684,92

4. IMPLANTAÇÃO DO BOSQUE DE ÁRVORES BRASILEIRAS E DO BOSQUE DE ÁRVORES DO MUNDO

Código SINAPI

Quantidade de mudas, insumos, material de apoio e mão-de-obra

Unid. Quant. Custo unit. (R$)

Custo total (R$)

359 Bosque 1: Bosque de árvores

brasileiras (com 20% de reposição) muda 68 27,00 1836,00

359 Bosque 2: Bosque de árvores do

mundo (com 20% de reposição) muda 34 27,00 918,00

Composição Coveamento (covas com 40cm de profundidade e 40cm de diâmetro)

h/d 10 84,42 861,08

73967/3

Plantio de mudas de árvores nos

bosques de árvores brasileiras e do mundo (somente mão-de-obra e transporte de terra preta: turfa)

muda 102 23,74 2421,48

Composição Plantio de plantas forrageiras (aquisição gratuita de mudas)

h/d 6,75 84,42 569,77

25963 Calcário dolomítico ou magnesiano (400g/cova, PRNT=100 %)

kg 40,80 0,05 2,04

3123

Adubo químico, fórmula 04-14-08 + 0,3% Zn (300g/cova, em cobertura,

ao redor da muda, em raio de 0,50m)

kg 30,60 0,96 29,38

21010 + 11047 +

composição

Placas de identificação de mudas, em chapa de aço galvanizado (Placa: 0,40 x 0,30m, paisagem);

suporte em 2 tubos de aço galvanizados de 1" x 1,0m, 0,60m de altura acima do solo.

kit 85 29,79 2532,49

Composição Tratos culturais com 2 capinas (2º e 3º mês): contemplado no ítem 2 (rest. da mata ciliar e APP)

0,00 0,00

5761 e 5748

Irrigação motorizada (2 irrigações semanais, no 2º e 3º

mês, com caminhão pipa): contemplada no ítem 2 (restauração da mata ciliar e APP)

0,00 0,00

Custo total para a implantação dos bosques 9170,24

Page 79: plano de restauração ambiental do fundo de vale do córrego tucanos

Pág

ina7

9

5. IMPLANTAÇÃO DO PARQUE INFANTIL, ACADEMIA AO AR LIVRE, PASSARELA SOBRE O CÓRREGO TUCANOS E CERCAMENTO

TEMPORÁRIO DAS ÁREAS

Código SINAPI

Atrativos lúdicos, recreativos, Bem-estar e atividades físicas (o detalhamento dos custos não constantes na Tabela SINAPI estão descritos nos Anexos III e IV)

Unid. Quant. Custo unit.

(R$)

Custo total (R$)

Parque infantil em madeira de eucalipto tratado e ferragens

galvanizadas (modelo Krenke P-78 ou equivalente)

kit 1,00 9020,00 9020,00

Academia ao ar livre (equipamentos e acessórios)

kit 1,00 19016,0

0 19016,00

6042

Concreto não estrutural, preparo c/ betoneira consumo de cimento=210kg/m³, para lastros,

contrapisos, calçadas, etc... (m³ de concreto colocado, espessura de 50mm)

m³ 4,75 229,82 1091,65

Composição

Edificação de uma passarela para pedestres, em eucalipto

imunizado, sobre o córrego Tucanos

m 5,00 585,06 2925,30

Composição Cerca de eucalipto tratado (imunizado) e arame liso galvanizado (2,40 x 3,00mm)

metro

linear 1158,81 9,10 10543,51

Custo total para a implantação dos equipamentos acima e o cercamento de todas as áreas contempladas neste Plano de

Restauração Ambiental

42596,46

6. EDUCAÇÃO AMBIENTAL, CIDADANIA E SUSTENTABILIDADE

Monitores ambientais (20 horas semanais por

educador, em 12 meses) Educ. 1 500,00 6000,00

Material de consumo (cartilhas, panfletos,

faixas, cartazes, oficinas, etc.) ³Popul. 12683 0,20 2536,60

Custo Total 8536,60

Custo total da restauração ambiental do fundo de vale do córrego Tucanos

274460,14

BDI – Benefícios e Despesas Indiretas Índice: 20% 329352,17

Custo médio por m² de área a ser restaurada 2,65

¹h/m= hora/máquina;

²h/d: homem/dia - Tabela SINAPI / SINDUSCON-Norte Pr – Composição da

mão-de-obra de jardinagem (Meio-Oficial) - Ref. Janeiro de 2012.

³População do entorno: IBGE - Censo 2010.

Page 80: plano de restauração ambiental do fundo de vale do córrego tucanos

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ina8

0

ANEXO II

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO URBANO SUSTENTÁVEL DE LONDRINA

BR-L1094

CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO FÍSICO-FINANCEIRO

PROJETO: PLANO DE RESTAURAÇÃO AMBIENTAL DO FUNDO DE

VALE DO CÓRREGO TUCANOS

DATA: VALOR DO PROJETO (R$): 329.352,17

PRAZO DE EXECUÇÃO: 3 MESES

ATIVIDADES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL: 12 meses a partir do início deste

Plano

1º MÊS: PREPARO DO SOLO E RESTAURAÇÃO DA CAMADA FÉRTIL

MÊS Código

SINAPI ETAPAS / DESCRIÇÃO

FÍSICO/ FINANCEIRO

Físico % Financ. (R$)

1

¹h/d

Retirada manual de entulhos, lixos e descartes

diversos, localizados na margem e no leito do

córrego Marabá (poluição difusa). O transporte

destes materiais encontra-se contemplado no

Código SINAPI nº 1133

0,154 422,10

10800

Serviços de escavadeira hidráulica sobre

esteira, 146 a 169HP (inclui

manutenção/operação), em hora/máquina

0,432 1186,15

1133

Destinação final dos entulhos e resíduos

domiciliares diversos (valor do frete por viagem

de caminhão caçamba e do descarte dos

resíduos em local licenciado; caminhão

basculante, capacidade de 5,0m³; inclui

manutenção/operação)

0,392 1074,70

74011/001 Custo para o transporte de terra em caminhão

basculante com capacidade de 6m³ (5m³ reais) 0,366 1005,80

2726

Serviços de terraplanagem com escavadeira

hidráulica sobre pneus, 105HP, Capac. 0,7m³

(inclui manutenção/operação)

0,228 625,09

Monitores ambientais (20 horas semanais por

educador) 0,182 500,00

Material de consumo (cartilhas, panfletos, etc.) 0,077 211,38

Page 81: plano de restauração ambiental do fundo de vale do córrego tucanos

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1

2º MÊS: RESTAURAÇÃO DA MATA CILIAR E ÁREAS DE PRESERVAÇÃO

PERMANENTE (APP)

2

349

Aquisição de mudas nativas (mudas nativas

produzidas em tubetes plásticos, altura de 40

a 50cm)

4,024 11045,47

25963 Calcário dolomítico / magnesiano (200g/cova,

PRNT=100 %) 0,042 116,27

3123 Fertilizante NPK - fórmula 4: 14: 8 + 0,3% Zn

(150g/cova) 0,610 1674,26

Preparo da área: roçagem baixa de plantas

invasoras 1,532 4203,94

Coveamento (covas com 20cm de

profundidade e 15cm de diâmetro) 1,788 4907,68

Aplicação de calcário e adubo químico 0,447 1226,92

Plantio de mudas nativas nas áreas de

preservação permanente e mata ciliar (mão-

de-obra)

1,192 3271,78

5761 e 5748 Irrigação motorizada (2 irrigações semanais,

no 2º e 3º mês, com caminhão pipa) 6,595 18100,96

Monitores ambientais (20 horas semanais por

educador) 0,182 500,00

Material de consumo (cartilhas, panfletos, etc.) 0,077 211,38

Tratos culturais com 2 capinas (2º e 3º mês) 1,915 5254,92

3º MÊS: RESTAURAÇÃO DA ÁREA DO ENTORNO DO FUNDO DE VALE,

IMPLANTAÇÃO DOS BOSQUES DE ÁRVORES BRASILEIRAS E ÁRVORES

DO MUNDO, PARQUE INFANTIL, ACADEMIA AO AR LIVRE, PASSARELA

PARA PEDESTRES E CERCAMENTO TEMPORÁRIO

3

74228/001

Banco de concreto aparente, com largura de

45cm e 10cm espessura, sobre dois apoios

(1,5m de comprimento, sendo 1 banco a cada

20m)

1,428 3919,36

Composição

Lixeiras duplas em latão reciclado de 20L. (1

lixeira a cada 50m, confec. e instalação).

Código SINAPI n° 21138 + composição

0,494 1355,52

Page 82: plano de restauração ambiental do fundo de vale do córrego tucanos

Pág

ina8

2

359

Aquisição de mudas nativas arbóreas (altura

superior a 2,50m, a partir do colo da muda até

a última bifurcação

1,663 4563,00

25963 Calcário dolomítico ou magnesiano

(400g/cova, PRNT=100%) 0,001 3,38

3123 Adubo químico, fórmula 04-14-08 + 0,3% Zn

(300g/cova) 0,018 48,67

74236/001

Aquisição de mudas de grama em placas, da

espécie Mato-grosso (Paspalum notatum).

Inclui preparo de solo e plantio

43,832 120300,76

73967/3

Plantio de mudas de árvores no entorno do

fundo de vale (somente mão-de-obra e

transporte de terra preta: turfa)

1,462 4012,06

Preparo da área: roçagem baixa de plantas

invasoras 0,256 703,65

Coveamento (covas com 40cm de

profundidade e 40cm de diâmetro) 0,520 1426,70

Aplicação de calcário e adubo químico 0,128 351,82

359 Bosque 1: árvores brasileiras - aquisição de

mudas 0,669 1836,00

359 Bosque 2: árvores do mundo - aquisição de

mudas 0,334 918,00

Composição Coveamento (covas com 40cm de

profundidade e 40cm de diâmetro) 0,314 861,08

73967/3

Plantio de mudas de árvores nos bosques de

árvores brasileiras e do mundo (somente mão-

de-obra e transporte de terra preta: turfa)

0,882 2421,48

Composição Plantio de plantas forrageiras (aquisição

gratuita de mudas) 0,208 569,77

25963 Calcário dolomítico ou magnesiano

(400g/cova, PRNT=100 %) 0,001 2,04

3123 Adubo químico, fórmula 04-14-08 + 0,3% Zn

(300g/cova) 0,011 29,38

5761 e 5748 Irrigação motorizada (2 irrigações semanais,

no 2º e 3º mês, com caminhão pipa) 6,595 18100,96

21010 +

11047 +

Aquisição de Placas de identificação de

mudas, em chapa de aço galvanizado (Placa: 0,923 2532,49

Page 83: plano de restauração ambiental do fundo de vale do córrego tucanos

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3

composição 0,40 x 0,30m, paisagem); suporte em 2 tubos

de aço galvanizados de 1" x 1,0m

Parque infantil em madeira de eucalipto

tratado e ferragens galvanizadas (modelo

Krenke P-78 ou equivalente)

3,286 9020,00

Academia ao ar livre (equipamentos e

acessórios) 6,929 19016,00

6042

Concreto não estrutural, preparo c/ betoneira

consumo de cimento=210kg/m³, para lastros,

contrapisos, calçadas, etc... (m³ de concreto

colocado, espessura de 50mm)

0,398 1091,65

Composição

Passarela para pedestres, em eucalipto

imunizado, sobre o córrego Tucanos, com

1,10m de largura por 5,0m de extensão

1,066 2925,30

Composição

Cerca de eucalipto tratado (imunizado) e

arame liso galvanizado (2,40 x 3,00mm)

(materiais e mão-de-obra)

3,842 10543,51

Monitores ambientais (20 horas semanais por

educador) 0,182 500,00

Material de consumo (cartilhas, panfletos, etc.) 0,077 211,38

Tratos culturais com 2 capinas (3º mês) 1,915 5254,92

ATIVIDADES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL E MANUTENÇÃO DO FUNDO

DE VALE

4

Monitores ambientais (20 horas semanais por

educador) 0,182 500,00

Material de consumo (cartilhas, panfletos, etc.) 0,077 211,38

5

Monitores ambientais (20 horas semanais por

educador) 0,182 500,00

Material de consumo (cartilhas, panfletos, etc.) 0,077 211,38

6

Monitores ambientais (20 horas semanais por

educador) 0,182 500,00

Material de consumo (cartilhas, panfletos, etc.) 0,077 211,38

7

Monitores ambientais (20 horas semanais por

educador) 0,182 500,00

Material de consumo (cartilhas, panfletos, etc.) 0,077 211,38

Page 84: plano de restauração ambiental do fundo de vale do córrego tucanos

Pág

ina8

4

8

Monitores ambientais (20 horas semanais por

educador) 0,182 500,00

Material de consumo (cartilhas, panfletos, etc.) 0,077 211,38

9

Monitores ambientais (20 horas semanais por

educador) 0,182 500,00

Material de consumo (cartilhas, panfletos, etc.) 0,077 211,38

10

Monitores ambientais (20 horas semanais por

educador) 0,182 500,00

Material de consumo (cartilhas, panfletos, etc.) 0,077 211,38

11

Monitores ambientais (20 horas semanais por

educador) 0,182 500,00

Material de consumo (cartilhas, panfletos, etc.) 0,077 211,38

12

Monitores ambientais (20 horas semanais por

educador) 0,182 500,00

Material de consumo (cartilhas, panfletos, etc.) 0,077 211,38

5º ao 24º mês

Tratos culturais e capinas a cada 2 meses, a

partir do 5º mês (serviço a ser executado pelo

quadro próprio de funcionários da Prefeitura

Municipal de Londrina ou terceirizado)

0,000 0,00

SUB-TOTAL 100,00 274460,14

BDI – BENEFÍCIOS E DESPESAS INDIRETAS (índice de 20%) 54892,03

TOTAL 329352,17 ¹h/d=homem/dia - Tabela SINAPI / SINDUSCON-Norte Pr – Composição da mão-de-obra de jardinagem (Meio-Oficial) - Ref. Janeiro de 2012.

Carimbo e assinatura do Engenheiro responsável técnico pela elaboração do cronograma

CREA:

Observações:

Carimbo e assinatura do Prefeito

Page 85: plano de restauração ambiental do fundo de vale do córrego tucanos

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5

ANEXO III

ACADEMIA AO AR LIVRE – ORÇAMENTO

A academia ao Ar Livre será composta pelas seguintes partes e

acessórios:

ÍTEM DISCRIMINAÇÃO QUANT. PREÇO

UNIT. (R$) PREÇO

TOTAL (R$)

1 Multi – exercitador com 6 funções: conjugado em uma

mesma base. 1 2.900,00 2.900,00

2

Alongador com 3 alturas:

conjugado em uma mesma base.

1 1.120,00 1.120,00

3 Simulador de Remada 1 1.205,00 1.205,00

4

Simulador de Cavalgada:

equipamento em módulo duplo conjugado em uma mesma base.

1 2.199,00 2.199,00

5 Esqui: equipamento em

módulo duplo conjugado em

uma mesma base.

1 2.260,00 2.260,00

6

Simulador de Caminhada:

equipamento em módulo duplo conjugado em uma mesma

base.

1 2.100,00 2.100,00

7

Pressão de Pernas:

equipamento em módulo duplo, conjugado em uma

mesma base.

1 1.449,00 1.449,00

8

Surf: equipamento em módulo

duplo, conjugado em uma mesma base.

1 1.255,00 1.255,00

9

Rotação Dupla Diagonal:

equipamento em módulo duplo, conjugado em uma

mesma base.

1 1.040,00 1.040,00

10

Rotação Vertical:

equipamento em módulo duplo, conjugado em uma

mesma base.

1 760,00 760,00

11 Placa: descrição dos

equipamentos. 1 760,00 760,00

12 Banco 3 490,00 1.470,00

13 Lixeira Telada 2 249,00 498,00

TOTAL R$: 19.016,00

Page 86: plano de restauração ambiental do fundo de vale do córrego tucanos

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6

ANEXO IV

PARQUE INFANTIL - ORÇAMENTO

O Parque Infantil será composto pelas seguintes partes e acessórios:

Quant. Descrição dos brinquedos e acessórios

01 Torre de 1,35 x 1,35 metros com cobertura de fibra de vidro;

01 Torre de 94 x 94 centímetros sem cobertura;

02 Escorregadores retos em fibra de vidro de 2,50 metros de

comprimento x 42 centímetros de largura;

01 Ponte pênsil de 3,00 metros de comprimento x 80 centímetros de

largura, com cordas para proteção;

01 Rampa de cordas com 2,00 metros de comprimento x 1,18 metros de

largura;

01 Escada em ferro galvanizado de 2,00 metros de comprimento x 0,72

metros de largura, com degraus em madeira;

01 Conjunto trapézio para ginástica, correntes de 50 centímetros de

comprimento x 42 centímetros de largura;

01 Conjunto de argolas para ginástica, correntes de 50 centímetros de

comprimento x 42 centímetros de largura e proteções do parque;

01 Balanço de 02 lugares, com assentos de tábua em itaúba, 45

centímetros de comprimento x 25 centímetros de largura e correntes

de 1,52 metros de comprimento;

01 Descida de bombeiro com cano de 1”1/4 e 2,70 metros de

comprimento;

01 Conjunto de barras olímpicas, com 1,00 metro cada barra, com 03

diferenciais de altura: 190 metros, 1,70 metros e 95 centímetros.

Área total do brinquedo: 12,0 x 9,0 metros.

VALOR TOTAL (R$): 9020,00

Page 87: plano de restauração ambiental do fundo de vale do córrego tucanos

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7

ANEXO V

TABELA SINAPI - COMPOSIÇÃO DO CUSTO DE CONFECÇÃO E INSTALAÇÃO DE LIXEIRAS EM LATÃO RECICLADO, FIXADAS EM PALANQUES DE EUCALIPTO IMUNIZADO

KIT COM 1 PALANQUE DE EUCALIPTO IMUNIZADO COM 1,20M DE ALTURA E 2 LATÕES DE 20 LITROS, SENDO 1 NA COR VERDE PARA RECICLADOS E 1 NA COR MARROM PARA RESÍDUOS ORGÂNICOS

DESCRIÇÃO DOS MATERIAIS E MÃO-DE-OBRA

Unid. Quant. Valor

unit. (R$) Valor

total (R$)

Latões reciclados de 20 litros (óleo para

motores) latão 2,00 5,00 10,00

Eucalipto tratado com diâmetro de 11cm x 150cm de comprimento (SINAPI CÓD. 00021138)

peça 2,00 2,68 5,36

Parafusos (com porca e aruela) kit 2,00 2,50 5,00

Lixa para ferro nº folha 1,00 1,45 1,45

Zarcão (proteção anticorrosiva e

antioxidante) litro 0,50 4,00 2,00

Tinta (esmalte sintético) litro 0,50 12,00 6,00

Solvente aguarraz litro 0,50 4,00 2,00

Mão-de-obra hora 1,00 10,55 10,55

Custo total para confecção e fixação do kit lixeira 42,36

Page 88: plano de restauração ambiental do fundo de vale do córrego tucanos

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ina8

8

ANEXO VI

CUSTO DE MANUFATURA DE PLACAS DE IDENTIFICAÇÃO DE MUDAS EM CHAPA DE AÇO GALVANIZADO E SUPORTE EM TUBO DE AÇO GALVANIZADO DE 1"

Placas com 0,30m de largura x 0,25m de altura, fixadas (rebite) em suporte de tubo de aço galvanizado, com 0,60m de altura do nível do solo e 1,0m total.

SINAPI DISCRIMINAÇÃO UNIDADE QUANTIDADE CUSTO

UNITÁRIO

(R$)

CUSTO TOTAL

(R$)

21010

Tubo aço galvanizado

com costura NBR 5580 Classe leve DN 25MM ( 1" ) E = 2,65MM -

2,11KG/M

m 85,00 14,22 1208,70

11047

Chapa galvanizada

plana 19GSG 1,158MM 9,307KG/M2 (12 placas/m²)

m² 7,08 4,20 29,75

0 Pintura (lixa-ferro, aguarraz, zarcão e

esmalte sintético)

peça 85,00 2,00 170,00

0 Recorte e colagem de

adesivos (letreiros) peça 85,00 8,00 680,00

Composição Mão-de-obra (confecção

e colocação das placas) Diária 4,00 111,01 444,04

CUSTO TOTAL 2532,49

CUSTO POR PLACA DE IDENTIFICAÇÃO 29,79

Page 89: plano de restauração ambiental do fundo de vale do córrego tucanos

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9

ANEXO VII

COMPOSIÇÃO DE CUSTOS PARA A EDIFICAÇÃO DE UMA PASSARELA PARA PEDESTRES, EM EUCALIPTO IMUNIZADO (TIPO PINGUELA), SOBRE O CÓRREGO TUCANOS

Extensão linear da passarela 5,00m

Para a construção dos cantos

serão utilizados mourões de

2,50m de altura, conforme

especificado abaixo. Eles

deverão ser colocados em

buracos com 1,00m de

profundidade, com folga de

aproximadamente 10cm nas

laterais, facilitando o serviço

de compactação. A passagem

dos arames pelos palanques

será através de perfurações

centrais, conforme

espaçamento entre as linhas

de arame.

Largura da passarela 1,10m

diâmetro do eucalipto imunizado 0,10m

comprimento do eucalipto imunizado

2,20m

Quantidade de eucalipto de 10cm

de diâmetros x 2,20 (m) 25 peças

Altura do corrimão 1,10m

Diâmetro do eucalipto do corrimão 0,10m

Espaçamento entre eucaliptos do corrimão

0,10m

Quantidade de eucalipto de 8 a 12cm de diâmetro (m) x 2,20 (corrimão)

50

Eucalipto de sustentação da

passarela (duplo), comprimento 5,00m

Diâmetro do eucalipto de

sustentação 0,20m

Quantidade de eucalipto de 0,20m

de diâmetro x 2,50m de comprimento, sendo 4 lados +

travessa dupla de 5m

20 peças

Produtividade diária - metros

lineares de passarela tipo pinguela edificada ao dia por 1 (um)

homem

1

Descrição de materiais e mão-de-obra

Unid. Quant. Valor

unit. (R$) Valor

total (R$)

Palanques de eucalipto imunizado

de 10cm de diâmetro x 2,20m peça 25 11,67 291,75

Mourões de eucalipto imunizado de 10cm de diâmetro x 2,20m

corrimão (dupla de dormentes em cada lado da ponte)

peça 50,00 11,67 583,50

Mourões de eucalipto imunizado de 10cm de diâmetro x 5,0m,

horizontal corrimão (parte superior

peça 5,00 11,67 58,35

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0

com 5m)

Mourões de eucalipto imunizado de 20cm de diâmetro x 5,0m

travessa dupla (+ dupla de dormentes em cada lado da ponte, com 2,5m)

peça 20,00 52,00 1040,00

Parafuso de barra roscada, com porcas e arruelas, 1,2 x 25cm

peça 90 3,85 346,50

Parafuso de barra roscada, com porcas e arruelas, 1,8 x 40cm

peça 4,00 12,50 50,00

Mão-de-obra em metros de passarela edificada por hora de

trabalho (m/h) (compos. SINAPI / SINDUSCON-Norte Pr)

hora 40,00 13,88 555,20

Custo total 2925,30

Custo por metro linear para implantação da passarela sobre o córrego Tucanos

585,06

ANEXO VIII

COMPOSIÇÃO DE MÃO-DE-OBRA DE JARDINAGEM (CAPINA, ROÇAGEM,

ADUBAÇÃO, PLANTIO DE MUDAS E TRATOS CULTURAIS)

TABELA SINAPI / SINDUSCON – COMPOSIÇÃO DA MÃO-DE-OBRA DE JARDINAGEM

SINDUSCON NORTE PR - Sindicato da Indústria da Construção Civil: De acordo com a Cláusula 5ª (Piso salarial / classificação profissional) e o Parágrafo 8º (Classificação

Profissional), da Convenção Coletiva (CCT Federação / CCT Sintracom) de 2011-2012, os serviços de jardinagem (plantio de grama e árvores, limpeza e manutenção de áreas verdes), sob orientação e supervisão técnica do Órgão ambiental municipal, se enquadram na

categoria “Meio-Oficial”, recebendo uma remuneração de R$: 3,42/hora, em uma jornada de trabalho de 44 horas semanais. Recebe também um vale-compras, para aquisição de gêneros alimentícios, no valor de R$ 318,00 (trezentos e dezoito reais).

SINAPI - Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil - Encargos sociais sobre preços da mão-de-obra horista e

mensalista (UF: Paraná, Vigência a partir de 03/2011): 155,71%.

Discriminação das despesas Unid. Quant. Valor

unit. (R$) Valor

total (R$)

Remuneração de mão-de-obra em

serviços de jardinagem hora 1,00 3,42 3,42

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1

Carga horária semanal hora 44,00 3,42 150,48

Carga horária mensal hora 176,00 3,42 601,92

Encargos sociais sobre preços da

mão-de-obra horista % 155,71

937,25

Vale-compras para aquisição de

gêneros alimentícios (mensal) kit 1 318,00 318,00

Vale-compras para aquisição de gêneros alimentícios (hora)

kit 176,00 318,00 1,81

Custo total da mão-de-obra mensal

1857,17

Custo total da mão-de-obra por

hora hora 1

10,55

Custo total da mão-de-obra por

dia (jornada de 8,0 horas) hora 8 10,55 84,42

ANEXO IX

CERCA DE EUCALIPTO IMUNIZADO EM ARAME LISO –

COMPOSIÇÃO DE CUSTOS

Custo de implantação de cerca com palanques de eucalipto imunizado e arame liso (2,40 x 3,00mm)

Extensão linear da cerca (m) 1158,81

Para a construção dos

cantos serão utilizados

mourões de 2,50m de altura,

conforme especificado

abaixo.

Eles deverão ser colocados

em buracos com 1,00m de

profundidade, com folga de

aproximadamente 10cm nas

laterais, facilitando o serviço

de compactação.

A passagem dos arames pelos palanques será através

de perfurações centrais,

conforme espaçamento entre

as linhas de arame.

Quantidade de linhas de arame (vertical)

8

Altura da cerca (m) 1,50

Enterramento do palanque no solo (m)

0,70

Espaçamento entre linhas de arame (m)

0,16

Espaçamento entre palanques (postes)

5

Espaçamento entre mourões dormentes (m)

50

Espaçamento entre esticadores tipo catraca (m)

100

Altura do primeiro fio de arame, próximo ao solo (m)

0,17

Espaçamento entre arames a partir do primeiro fio (m)

0,16

Produtividade diária - metros lineares de cerca edificada ao dia por 1 (um) homem

50

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2

Descrição de materiais e mão-de-obra

Unid. Quant. Valor

unit. (R$)

Valor total

(R$)

Palanques de eucalipto imunizado de 8 a 12cm de diâmetro x 2,20m (5,0m entre postes)

peça 255,94 11,67 2985,95

Mourões de eucalipto imunizado de 17 a 20cm de diâmetro x 2,50m (dormentes, a cada 50,0m)

peça 24,18 80,00 1934,10

Arame liso galvanizado, 2,40 x 3,00mm (rolo de 1000m)

m 9270,48 0,30 2753,33

Catraca de cerca (esticador simples) peça 92,70 3,20 296,66

Grampo de cerca kg 0,00 8,00 0,00

Esticador de arame para dormentes peça 0 99,00 0,00

Mão-de-obra em metros de cerca edificada por hora de trabalho (m/h) (compos. SINAPI / SINDUSCON-Norte Pr)

hora 185,41 13,88 2573,49

Custo total 10543,51

Custo de cerca por metro linear 9,10

ANEXO X

COMPOSIÇÃO DE MÃO-DE-OBRA PARA A EDIFICAÇÃO DE CERCADO

NO FUNDO DE VALE DO CÓRREGO TUCANOS

TABELA SINAPI / SINDUSCON – Composição da mão-de-obra “Oficial”

SINDUSCON NORTE PR - Sindicato da Indústria da Construção Civil: De acordo com a

Cláusula 5ª (Piso salarial / classificação profissional) e o Parágrafo 8º (Classificação Profissional), da Convenção Coletiva (CCT Federação / CCT Sintracom) de 2011-2012, os serviços especializados, sob a coordenação dos próprios profissionais contratados, se

enquadram na categoria “Oficial”, recebendo uma remuneração de R$: 4,72/hora, em uma jornada de trabalho de 44 horas semanais. Recebe também um vale-compras, para aquisição de gêneros alimentícios, no valor de R$ 318,00 (trezentos e dezoito reais).

SINAPI - Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil - Encargos sociais sobre preços da mão-de-obra horista e

mensalista (UF: Paraná, Vigência a partir de 03/2011): 155,71%.

DISCRIMINAÇÃO DAS

DESPESAS Unid. Quant.

Valor

unit. (R$)

Valor

total (R$)

Remuneração de mão-de-obra em

serviços de jardinagem hora 1,00 4,72 4,72

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3

Carga horária semanal hora 44,00 4,72 207,68

Carga horária mensal hora 176,00 4,72 830,72

Encargos sociais sobre preços da

mão-de-obra horista % 155,71

1293,51

Vale-compras para aquisição de

gêneros alimentícios (mensal) kit 1 318,00 318,00

Vale-compras para aquisição de

gêneros alimentícios (hora) hora 176,00 318,00 1,81

Custo total da mão-de-obra mensal

2442,23

Custo total da mão-de-obra por

hora hora 1

13,88

Custo total da mão-de-obra por

dia (jornada de 8,0 horas) hora 8 13,88 111,01