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PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO MUNICIPAL (PSBM) DE PANAMBI - RS

RELATÓRIO TÉCNICO FINAL

Preparado para:

PREFEITURA MUNICIPAL DE PANAMBI Panambi - RS

Preparado por:

NeoCorp Desenvolvimento de Projetos e Serviços Ltda. Porto Alegre - RS

Distribuição: 03 cópias - Prefeitura Municipal de Panambi - RS (Distribuição Final) 01 cópia - NeoCorp Desenvolvimento de Projetos e Serviços Ltda.

Mês/Ano Ordem Serviço Contrato Pág. Rev. Código Documento

Abril, 2009 OS 2008-020 TP018(211)/2008 73 0 OS 2008-020 PM PANAMBI PSBM-RF.doc

Rua Mariante n° 257/conj. 401, Bairro Moinhos de Vento, CEP 90430-181, Porto Alegre - RS Tel.: (0xx) 51- 3025-7272, FAX (0xx) 51- 3025-7271. E-mail: [email protected] 3

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Formatado: Fonte: (Padrão)Arial, 6,5 pt, Não Negrito

Formatado: Fonte: (Padrão)Arial, 7 pt, Não Negrito

PPLLAANNOO DDEE SSAANNEEAAMMEENNTTOO BBÁÁSSIICCOO MMUUNNIICCIIPPAALL ((PPSSBBMM)) DDEE PPAANNAAMMBBII -- RRSS RREELLAATTÓÓRRIIOO TTÉÉCCNNIICCOO FFIINNAALL

ÍÍNNDDIICCEE 1 - APRESENTAÇÃO ............................................................................................... 6

2 - IDENTIFICAÇÃO DOS AGENTES ENVOLVIDOS .............................................. 6

3 - DEFINIÇÃO DA UNIDADE DE PLANEJAMENTO .............................................. 6

4 - AQUISIÇÃO DE INFORMAÇÕES BÁSICAS....................................................... 8

4.1 - Inspeção de Campo ........................................................................................... 8

4.2 - Dados Coletados ................................................................................................ 8

4.2.1- Planos, Códigos e Estudos Existentes ............................................................ 8

4.2.2- Dados Gerais do Município.............................................................................. 8

4.2.3- Situação e Localização .................................................................................... 9

4.2.4- Histórico do Município.....................................................................................11

4.2.5- Regiões Fisiográficas......................................................................................12

4.2.6- Geologia .........................................................................................................12

4.2.7- Hidrografia ......................................................................................................13

4.2.8- Climatologia ....................................................................................................14

4.2.9- Topografia.......................................................................................................16

4.2.10- Ordenamento Territorial ............................................................................17

4.2.11- Vegetação .................................................................................................19

4.2.12- Fauna........................................................................................................20

4.2.13- Aspectos Socioeconômicos ......................................................................20

4.2.14- Demografia................................................................................................21

4.2.15- Educação ..................................................................................................21

4.2.16- Saúde........................................................................................................22

4.2.17- Infra-estrutura............................................................................................22

4.2.18- Atividade Econômica.................................................................................23

5 - REALIZAÇÃO DOS DIAGNÓSTICOS SETORIAL .............................................24

5.1 - Abastecimento de Água ....................................................................................24

5.1.1- Captação ........................................................................................................24

5.1.2- Estação Elevatória de Água Bruta ..................................................................25

5.1.3- Adutora de Água Bruta ...................................................................................25

5.1.4- Estação de Tratamento de Água ....................................................................26

5.1.5- Reservação.....................................................................................................27


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5.1.6- Rede de Distribuição.......................................................................................29

5.2 - Esgotamento Sanitário ......................................................................................30

5.3 - Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos...............................................30

5.4 - Drenagem e Manejo de Águas Pluviais.............................................................39

6 - DEFINIÇÃO DE INTERVENÇÕES A CURTO, MÉDIO E LONGO PRAZO........43


6.1.1- Curto Prazo.....................................................................................................43

6.1.2- Médio Prazo....................................................................................................44

6.1.3- Longo Prazo ...................................................................................................44


6.2.1- Curto Prazo.....................................................................................................44

6.2.2- Médio Prazo....................................................................................................45

6.2.3- Longo Prazo ...................................................................................................45


6.3.1- Curto Prazo.....................................................................................................45

6.3.2- Médio Prazo....................................................................................................46

6.3.3- Longo Prazo ...................................................................................................46


6.4.1- .Curto Prazo....................................................................................................46

6.4.2- Médio Prazo....................................................................................................47

6.4.3- Longo Prazo ...................................................................................................47

7 - ELABORAÇÃO DOS CENÁRIOS DE EVOLUÇÃO............................................48





8 - PLANEJAMENTO DAS AÇÕES .........................................................................51




8.3.1- Sistema de Coleta Seletiva.............................................................................52

8.3.2- Controle Ambiental na Central de Resíduos...................................................52

8.3.3- Plano de Gerenciamento de Resíduos Perigosos - Classe I ..........................52

8.3.4- Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil ...........................53


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8.3.5- Projeto de Compostagem ...............................................................................53

8.3.6- Resíduos de Poda ..........................................................................................53

8.3.7- Manutenção nos Pavilhões Central de Resíduos ...........................................53

8.3.8- Manutenção Periódica nos Taludes da Central de Resíduos .........................53

8.3.9- Coleta e Destinação de Resíduos Hospitalares (em caso de inexistência de coleta e destinação adequada)..................................................................................53

8.3.10- Tratamento do Percolado..........................................................................54

8.3.11- Plano de Encerramento da Central de Resíduos ......................................54

8.3.12- Estudo de Novas Alternativas Locacionais para Disposição de Resíduos54


9 - RECOMENDAÇÕES DE AÇÕES SISTEMÁTICAS............................................54





10 - EMPRESA DE CONSULTORIA RESPONSÁVEL PELOS ESTUDOS TÉCNICOS................................................................................................................56

11 - EQUIPE TÉCNICA .............................................................................................56

12 - BIBLIOGRAFIAS CITADAS E CONSULTADAS.................................................57

13 - ANEXOS.............................................................................................................57


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1 - AAPPRREESSEENNTTAAÇÇÃÃOO

O objetivo deste Relatório Técnico Final é apresentar o Plano de Saneamento Básico Municipal (PSBM) do Município de Panambi - RS e buscou atender aos preceitos estipulados pelo Contrato de Prestação de Serviços TP018(211)/2008, derivado do processo licitatório Tomada de Preço nº 018(211)/2008, do qual a empresa de consultoria NeoCorp Desenvolvimento de Projetos e Serviços Ltda. restou vencedora. Para elaboração deste relatório foi constituída uma equipe técnica multidisciplinar especializada que elaborou o conjunto de atividades e tarefas descritas neste relatório, com o objetivo de atender ao que determina a Constituição Federal e detalhadamente nos preceitos da Lei nº 11.445, de 05 de janeiro de 2007, e especificamente, cumprir aos acertos feitos no Termo de Compromisso de Ajustamento de Conduta (inquérito Civil número 21/2004, proveniente do Ministério Público, Panambi - RS).

2 - IIDDEENNTTIIFFIICCAAÇÇÃÃOO DDOOSS AAGGEENNTTEESS EENNVVOOLLVVIIDDOOSS

Os agentes envolvidos foram divididos em dois grupos:

− Grupo Executivo composto por técnicos do município, que tenham interfaces com saneamento, técnicos da Neocorp, representantes da sociedade civil, bem como professores, pesquisadores e estudantes de universidade.

− Grupo Consultivo formado por técnicos das Secretarias de Administração e Recursos Humanos; Saúde e Saneamento; Agricultura, Indústria, Comércio e Serviços; Fazenda e Planejamento; Educação e Cultura; e, Obras, Urbanismo e Vias Públicas, além de representantes da Sociedade Civil, como entidades sindicais, profissionais, grupos ambientalistas, associação de moradores, dentre outras.

3 - DDEEFFIINNIIÇÇÃÃOO DDAA UUNNIIDDAADDEE DDEE PPLLAANNEEJJAAMMEENNTTOO

A área de planejamento do Plano de Saneamento Básico Municipal é delimitada pelo perímetro urbano definido no Projeto de Lei nº 064 de 2007, que institui o Plano Diretor Participativo de Desenvolvimento Municipal de Panambi. A área do perímetro urbano compreende um total de 34,51 km². A Figura 1 abaixo apresenta a área de planejamento do PSBM adotada para o detalhamento do plano.


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Figura 1 - Área de planejamento do PSBM. Fonte: Plano Diretor Participativo de Desenvolvimento Municipal de Panambi - Mapa 06.


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4 - AAQQUUIISSIIÇÇÃÃOO DDEE IINNFFOORRMMAAÇÇÕÕEESS BBÁÁSSIICCAASS

A aquisição das informações básicas foi dividida em inspeção de campo e coleta dos dados, a partir dos quais foi elaborado o diagnóstico da realidade do município. A equipe técnica da Neocorp juntamente com os técnicos da Prefeitura Municipal realizou as atividades no período compreendido entre os dias 21 e 23 de julho.

44..11 -- IINNSSPPEEÇÇÃÃOO DDEE CCAAMMPPOO

A inspeção de campo percorreu toda a área urbana para a identificação dos serviços de saneamento básico oferecidos pelo município. Além de consultas aos técnicos e funcionários responsáveis pela operação dos serviços de abastecimento de água, limpeza pública e manejo de resíduos sólidos e, também, drenagem e manejo de águas pluviais. Na inspeção foi incluída visita ao escritório da CORSAN, órgão responsável pelo serviço de abastecimento de água e a central de triagem e compostagem do município.

44..22 -- DDAADDOOSS CCOOLLEETTAADDOOSS

Foram coletados dados referentes à população existente, área de planejamento, cadastros municipais, projetos e estudos existentes, Plano Diretor Urbano, situação dos sistemas de saneamento básico do município, instrumentos públicos de gestão aplicáveis à área do PSBM (leis, decretos, códigos, etc.). Além de dados para a elaboração da caracterização geral do município que permitirão a contextualização das principais variáveis, cujo processamento tornar-se-á necessário para a realização do PSBM. 44..22..11-- PPllaannooss,, CCóóddiiggooss ee EEssttuuddooss EExxiisstteenntteess Os planos, códigos e estudos existentes que serviram de subsídio para o diagnóstico da realidade existente e para a elaboração do PSBM estão relacionados a seguir:

− Plano Diretor Participativo de Desenvolvimento Municipal de Panambi;

− Código de Meio Ambiente do Município de Panambi;

− Código de Obras do Município de Panambi;

− Código de Posturas do Município de Panambi;

− Estudo de Concepção do Sistema de Esgoto Sanitário de Panambi. 44..22..22-- DDaaddooss GGeerraaiiss ddoo MMuunniiccííppiioo No Quadro 1 estão apresentados dados gerais do município, obtidos na FEE (Fundação de Economia e Estatística), FAMURS (Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul), Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil e IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).


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Quadro 1 - Dados gerais do município.

População total – contagem IBGE (2007) 36.360 habDensidade Demográfica (2006) 75,5 hab/km²Área 490,9 km²PIB per capita (2005) R$ 16.92 Expectativa de Vida ao Nascer (2000) 72,61 anosTaxa de analfabetismo (2000) 4,35 %Índice de desenvolvimento humano municipal – IDH (2000) 0.820Índice de longevidade – IDH (2000) 0.793Índice de Educação – IDH (2000) 0.933Ranking (IDH-M) no Rio Grande do Sul (2000) 73ºRanking (IDH-M) no Brasil (2000) 222º

Observa-se que o IDH-M era 0,820, para o ano de 2000, segundo a classificação do PNUD/Atlas de Desenvolvimento Humano, sendo assim, o município estava, naquele ano, entre as regiões consideradas de alto desenvolvimento humano (IDH maior que 0,800). 44..22..33-- SSiittuuaaççããoo ee LLooccaalliizzaaççããoo O município de Panambi abrange uma área de 409,9 km² e está localizado no Planalto Médio Gaúcho, região Noroeste Colonial do Estado do Rio Grande do Sul, e situa-se nas coordenadas geográficas -28º17’33’’ de latitude e 53º30’06’’ de longitude, a 418 m de altitude, como mostra a Figura 2. A distância entre o município e a capital gaúcha, Porto Alegre, é de 380 km. A sede encontra-se situada numa posição estratégica, pois no município está o entroncamento de duas das principais rodovias federais do Estado, as BR’s 158 e 285, que ligam o Estado de norte a sul, leste a oeste e é limitada pelos seguintes municípios:

− Condor: 16 km ao norte;

− Santa Bárbara do Sul: 32 km a leste;

− Ajuricaba: 42 km a noroeste;

− Bozano: 38 km a oeste;

− Pejuçara: 25 km ao sul.


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Inserir Figura 2 - Situação e Localização


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A Figura 3 a seguir apresenta os principais acessos à sede do município.

44..22..44-- HHiissttóórriiccoo ddoo MMuunniiccííppiioo O município de Panambi situa-se no Planalto Médio Gaúcho, região caracterizada pelos campos serranos. As terras que hoje integram o município, outrora pertencentes à Cruz Alta, localizam-se entre cerros e vales de grande beleza, sendo banhadas pelos rios Palmeira, Fiúza e Caxambu. A região integrou a antiga área das Missões Jesuíticas até o ano de 1746 e foi considerada terra pertencente à Espanha até 1801. Os primeiros informes sobre a existência de moradores nas terras que hoje formam o município de Panambi, datam de 1835, com o estabelecimento de Manoel José da Encarnação, que presume-se tratar do habitante mais antigo, na localidade que hoje leva o seu nome. Ainda conforme registros, na localidade de Boa Vista, se estabeleceu no ano de 1858 o português João Luiz Malheiros, pertencente à tradicional família Malheiros, ao qual se devem os primeiros movimentos religiosos na região. O início do povoamento ocorreu nos últimos anos do século passado, quando o geólogo, Dr. Hermann Meyer, natural de Leipzig, Alemanha, em expedição realizada ao Mato Grosso, tomou conhecimento da existência de terras férteis no Estado. Panambi nasceu de uma colonização puramente alemã, chamada "Neu-Wurttemberg". Para promover os trabalhos de colonização, Dr. Hermann Meyer manteve um administrador remunerado, o senhor Carlos Dhein, que lavrou a escritura da colônia para Dr. Meyer, em 31 de agosto de 1898. A colonização visava inicialmente imigrantes vindos de Wurttemberg, na Alemanha, contudo, sabe-se que a grande ocupação posterior foi feita por famílias das "Antigas Colônias" da região de Estrela e Santa Cruz. Panambi surgiu, como núcleo colonial, devido a migrações internas, pois sua população é constituída em grande parte por brasileiros de origem alemã. Durante

Figura 3 - Principais Acessos a Sede do Município/RS. Fonte: Mapa Rodoviário do

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os dois primeiros períodos de imigração, de 1889 a 1905 e de 1911 a 1914, estabeleceram-se nos vastos campos de seu território quase exclusivamente colonos oriundos de municípios gaúchos. Uma terceira leva de imigrantes chegou à colônia após a primeira guerra mundial. Os imigrantes entre os anos de 1921 e 1926 eram em sua maioria alemães natos. De acordo com os dados históricos do município chegaram 176 famílias, com 650 pessoas, das quais três quartos eram de Würtemberg. Ocupou esta leva de imigrantes os lotes disponíveis da colônia, e como conseqüência alavancou progresso à mesma. O nome do município foi modificado no decorrer dos anos. A primeira denominação Neu Würtemberg foi escolhido por seu fundador, Dr. Hermann Meyer, pela razão de ser um de seus principais conselheiros em assuntos de colonização, natural de Würtemberg. Posteriormente a localidade recebeu as denominações de: Elsenau, em homenagem à esposa do fundador que se chamava de Elsa; Pindorama, que siginifica ¨Terra das Palmeiras¨; Tabapirã, denominação efêmera que significa ¨Aldeia dos Telhados Vermelhos¨; e Panambi, nome atual, que no idioma guarani quer dizer ¨Borboleta Azul¨ 44..22..55-- RReeggiiõõeess FFiissiiooggrrááffiiccaass A cidade está inserida na região fisiográfica denominada de Planalto Médio. A maior parte da região é ocupada pelo basalto, ocorrendo arenitos em maior extensão somente nos municípios de Júlio de Castilhos até Cruz Alta, onde os solos são bastante mais pobres. 44..22..66-- GGeeoollooggiiaa A área de interesse está contida, em sua totalidade, na província geológica e tectônica denominada Bacia do Paraná. O domínio da Bacia do Paraná engloba, no Rio Grande do Sul, as Efusivas Ácidas e Básicas e a Cobertura Sedimentar Gonduânica. A região do município de Panambi caracteriza-se pela ocorrência de rochas efusivas básicas continentais toleíticas da formação Serra Geral (Grupo São Bento) comumente basaltos e fenobasaltos, com diques e corpos tabulares de diabásio associados. Ocasionalmente, entre as lavas, ocorrem lentes e camadas de arenitos interderrames, eólicos, finos a médios, róseos, com estratificação cruzada tangencial e brechas constituídas por fragmentos de basalto e arenitos cimentados por lava basáltica. Normalmente capeando as efusivas básicas, ocorre uma seqüência de rochas de composição ácida, constituída por riolitos felsiticos, riodacitos felsíticos e seus correspondentes termos vítreos.


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Figura 4 - Região Geológica do Município de Panambi.

Fonte: Projeto RADAMBRASIL.

44..22..77-- HHiiddrrooggrraaffiiaa A área onde está inserido o município pertence à Bacia Hidrográfica do Ijuí, como mostra a Figura 5. Esta Bacia situa-se a norte-noroeste do Rio Grande do Sul, entre as coordenadas 27º45' e 26º15' de latitude sul e 53º15' e 56º45' de longitude oeste, abrangendo 20 municípios, com uma área de drenagem de 10.649,13 km² e com 337.249 habitantes. Seus principais formadores são os rios: Ijuizinho, Conceição, Potiribu, Caxambu, Faxinal, Fiúza e Palmeira. As atividades econômicas desta bacia, de maneira geral, estão ligadas ao setor primário, predominando as lavouras de soja.. Esta bacia apresenta também potencialidade de geração de energia hidrelétrica, inventariada no "Inventário Hidrelétrico da Sub-bacia 75" - Convênio SOPSH/DRH/CRH-RS-SEMC/CEEE - Outubro de 2000. O comitê de gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Ijuí foi criado pelo Decreto Estadual nº 40.916, de 30/07/2001.


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Figura 5 - Mapa das Bacias Hidrográficas do Rio Grande do Sul.

Fonte: SEMA - Relatório Final do Inventário Florestal Contínuo do Rio Grande do Sul.

44..22..88-- CClliimmaattoollooggiiaa De acordo com o sistema de classificação climática de Wladimir Köppen, o clima do Rio Grande do Sul apresenta os tipos Cfa e Cfb. A nomenclatura “Cf” corresponde a climas temperados úmidos sem estação seca, onde a pluviosidade do mês mais seco é superior a 30 mm. A classificação do tipo Cfa, predominante na maior parte do território do estado, corresponde ao tipo subtropical úmido, com invernos moderados e precipitação em todas as estações, além de verões quentes e longos onde a temperatura média do mês mais quente é superior a 22°C. O tipo Cfb é característico dos domínios planálticos, como no caso de Panambi. Devido ao fator altitude apresenta verões mais amenos, a temperatura média do mês mais quente nesse tipo climático é inferior a 22°C. Na Figura 6, a escala de temperaturas médias do mês mais quente ilustra a distribuição dos tipos climáticos Cfa e Cfb no estado.


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Figura 6 - Variação Sazonal da temperatura no Rio Grande do Sul - Verão.

Fonte: SMEC - Atlas Eólico do Rio Grande do Sul.

A precipitação média anual na porção do Planalto Meridional onde está situada Panambi, como pode ser observada na Figura 7, está entre 1800 mm e 2000 mm, aproximadamente.

Figura 7 - Precipitação Média Anual no Rio Grande do Sul.

Fonte: SMEC - Atlas Eólico do Rio Grande do Sul.


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O Quadro 2 indica os principais dados climáticos da sub-região 3b do macrozoneamento agroecológico, a qual pertence o município de Panambi.

Quadro 2 - Principais dados climáticos de Panambi. Item Descrição

Precipitação pluviométrica média anual (mm) 1600 a 2000 Dias de chuva 80 a 110 Temperatura média anual (ºC) 17 a 19 Temperatura média máxima (ºC) 22 a 26 Temperatura média mínima (ºC) 11 a 14 Umidade relativa do ar (%) 75 a 80

Fonte: Macrozoneamento Agroecológico e Econômico do Estado Rio Grande do Sul.

44..22..99-- TTooppooggrraaffiiaa A topografia do município é composta na sua maioria por Solos Litólicos eutróficos com horizonte A. São moderadamente ácidos e neutros, com altos valores da soma e saturação em bases e praticamente desprovidos de alumínio trocável. O horizonte A comumente é do tipo chernozêmico, com estrutura fraca pequena e média granular ou em blocos subangulares e textura média, com presença comum de cascalhos. Ocorrem sempre em associação com outros solos, tais como Cambissolo, Brunizém Avermelhado e Terra Roxa Estruturada. Nestas áreas de vegetação originalmente florestal desenvolveu-se intensa colonização em pequenas propriedades rurais, sendo o manejo do solo executado de maneira bastante rudimentar devido à forte limitação do relevo, normalmente forte ondulado ou montanhoso, e à alta pedregosidade. Apesar destes fatores limitantes, são intensamente utilizados com culturas bastante diversificadas, como milho, feijão, frutíferas e outras. Este fato decorre principalmente das boas propriedades químicas destes solos e da estrutura de posse efetiva da terra da região.

Figura 8 - Mapa Pedológico do Rio Grande do Sul.



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Figura 9 - Região Topográfica do Município de Panambi.


44..22..1100-- OOrrddeennaammeennttoo TTeerrrriittoorriiaall O Plano Diretor Participativo de Desenvolvimento Municipal de Panambi divide o território em Zona Rural e Zona Urbana. A Figura 10, a seguir, indica a zona urbana do município que corresponde, aproximadamente, 8,50 % da área total do município. A Zona Rural do município apresenta as seguintes localidades, indicadas na Figura 10, Entre-Rios, Assis Brasil, Gramado, Maranei, Ocearú, Jacicema, Esquina Handt, Pinheirinho, Boa Vista, Encarnação, Belizário, São Manoel, Linha Brasil, Linha Jaciandi, Linha Serrana, Linha Pavão, Linha Fiúza, Linha Caxambu, Linha Faxinal, Barra do Fiúza, Pontão do Fiúza, Linha Timbará, Linha Inhame, Iriapira I, Iriapira II, Rincão Frente, Rincão Fundo, Linha Morengaba, Linha 15 de Novembro, Linha 7 de Setembro e Esquina Cesca, também fazem parte da zona rural as áreas que se destinam ao uso florestal e agropecuário.


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Figura 10 - Mapa de Ordenamento Físico-Territorial.

Fonte- Plano Diretor Participativo de Desenvolvimento Municipal - Mapa 01.

A Zona Urbana é delimitada pelo perímetro urbano legal indicado na Figura 1 apresentada anteriormente e divide-se em: Zona Urbana de Ocupação Prioritária e Zona de Expansão Urbana. A Zona Urbana de Ocupação Prioritária é composta pelas áreas da cidade efetivamente ocupadas, servidas por ruas e glebas a elas contíguas, formada pelos seguintes bairros: Alvorada, Jaciandi, Trentini, Fritsch, Zona Norte, Morro do Grosse, Bela Vista, Planalto, Italiana, Parque Moinho Velho, Erica, São Jorge, Jardim Paraguai, Arco-Íris, Esperança, Piratini, Serrana, Alto Paraíso, Vila Nova, Nossa Senhora de Fátima, Medianeira, Kuhn, Becker, Fensterseifer, Pavão e Wolgien. constituída A Zona de Expansão Urbana é constituída pelas áreas da cidade situadas entre a Zona Urbana de Ocupação Prioritária e o Perímetro Urbano Legal, indicadas na Figura 11.


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Figura 11 - Zoneamento Urbano.

Fonte- Plano Diretor Participativo de Desenvolvimento Municipal - Mapa 06.

44..22..1111-- VVeeggeettaaççããoo Conforme Projeto RADAMBRASIL (IBGE, 1993), a área onde está localizado o município pertence ao Planalto das Missões, que está situado a noroeste do Rio Grande do Sul e tem altitude média inferior à do Planalto das Araucárias (1800 m acima do nível do mar). Apresenta relevo de formas homogêneas, do tipo coxilhas.


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O substrato geológico é igualmente constituído por rochas dos períodos Jurássico e Juracretáceo, capeadas por ocorrências restritas de sedimentos do Terciário. O município está inserido na região da Floresta Estacional Decidual, que compreende as florestas das porções médias e superiores do vale do Rio Uruguai, da maior parte da vertente sul da Serra Geral e de diversas áreas dispersas pelas bacias dos Rios Ijuí, Jacuí e Ibicuí, cobrindo, no sul do Brasil, uma superfície territorial de aproximadamente 47.000 km². Estas matas restringem-se a topos de morros e áreas de preservação permanente, pois a região sofre constante pressão antrópica e vem sendo modificada, transformada e bastante descaracterizada como área natural desde a chegada dos colonizadores, no final do século 19 e início do século 20. Atualmente a região caracteriza-se pela policultura com fisionomias variadas, incluindo cultivos anuais e perenes, capoeiras em diversos estágios, pecuária e florestamento (Pinus elliots e Eucaliptus spp.). 44..22..1122-- FFaauunnaa A avifauna do Rio Grande do Sul é extremamente variada. De acordo com a SEMA, no Estado existem 573 espécies de aves já registradas, que somam mais de um terço de todas as espécies conhecidas no Brasil. Dentre as aves encontradas na região de Panambi podem ser citados: Rolinha-picuí, Urubu-de-cabeça-preta, Gavião-carijó, Noivinha, entre outras. Os mamíferos, que são um grupo muito grande, apresentam-se em torno de 5.000 espécies. No Rio Grande do Sul, já foram registradas 141 espécies, ou seja, 35% do total de mamíferos conhecidos no Brasil. A relação aqui apresentada destaca algumas espécies, de mamíferos, encontradas na região de Panambi: alguns tipos de morcegos, coatis e gambás-de-orelha-preta. Baseado em dados da SEMA, atualmente são conhecidos mais de 20.000 espécies de peixes, desses por volta de 5.000 vivem em água doce e são encontrados nos rios, riachos, arroios, banhados, lagoas e açudes. Os peixes podem ser distribuídos em três grandes grupos: (i) descendentes diretos dos peixes primitivos, estes possuem o corpo alongado, sem maxilas e sem escamas; (ii) o segundo grupo é constituído por peixes que possuem o esqueleto cartilaginoso, ou seja, grupo dos peixes cartilaginosos, por exemplo, tubarões e as arraias e; (iii) o terceiro grupo é formado pela maioria dos peixes atuais, estas espécies possuem esqueleto ósseo e possuem escamas. As espécies mais comuns: Lambari, Timbacu, Traíra, entre outros. 44..22..1133-- AAssppeeccttooss SSoocciiooeeccoonnôômmiiccooss Para sumarização dos aspectos socioeconômicos do município, foi utilizado o IDESE, índice sintético elaborado pela FEE-RS (Fundação de Economia e Estatística do Rio Grande do Sul), que abrange um conjunto amplo de indicadores socioeconômicos com o objetivo de mensurar o grau de desenvolvimento dos municípios do Estado. O IDESE é inspirado no IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), que abrange um conjunto amplo de indicadores sociais e econômicos classificados em quatro blocos temáticos: educação; renda; saneamento e saúde.


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Os índices dos blocos são obtidos por meio de uma média ponderada dos índices de cada uma das variáveis componentes do bloco. A utilização de parâmetros internacionais permite que os índices, apesar de contemplarem indicadores diferentes, sejam comparados ao Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) elaborado pela ONU. O IDH considera três blocos (educação, renda e saúde) e apenas quatro indicadores, enquanto o IDESE trabalha com o bloco adicional de domicílio e saneamento e considera um conjunto de 12 indicadores. Assim como no IDH, os municípios podem ser classificados pelo IDESE em três grupos: baixo desenvolvimento (índices até 0,499), médio desenvolvimento (entre 0,500 e 0,799) e alto desenvolvimento (maiores que 0,800). Nesse contexto, observa-se que o IDESE médio para 2004 apontou um índice de 0,755 para Panambi, o que inseriu o município em 64º na ordem de colocação em relação ao total dos municípios gaúchos. Para os outros fatores, os valores encontrados foram:

− Educação: Índice de 0,895 - 53º entre os municípios gaúchos;

− Renda: Índice de 0,813 - 52ª posição;

− Saneamento e Domicílios: Índice de 0,483 - 130º lugar;

− Saúde: Índice de 0,831 - 395º na classificação. 44..22..1144-- DDeemmooggrraaffiiaa No período 1991 a 2000 a população de Panambi teve uma taxa média de crescimento anual de 1,1%, passando de 29.379 em 1991 para 32.610 em 2000, de acordo com os Censos Demográficos realizados pelo IBGE. A taxa de urbanização aumentou 5,81%, passando de 81,99% em 1991 para 86,76% em 2000, como mostra o Quadro 3. Em 2000, a população do município representava 0,32% da população do Estado, e 0,02% da população do País.

Quadro 3 - Dados do IBGE.

1991 200029,379 32,61024,089 28,2915,290 4,319

81.99% 86.76%Taxa de Urbanização

População TotalUrbanaRural

44..22..1155-- EEdduuccaaççããoo Observa-se no Quadro 4 que 46,73% das crianças freqüentavam escolas municipais, enquanto 46,46% das crianças escolas estaduais, no ano de 2007.

Quadro 4 - Número de matrículas para o ano de 2007 - IBGE.

Municipal Estadual Federal Privado TotalPré-escolar 515 97 0 95 707

Fundamental 2992 1880 0 296 5168Médio 0 1510 0 120 1630Total 3507 3487 0 511 7505

MatrículasEnsino


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No Quadro 5, demonstra-se que a maioria dos professores atendia a rede municipal de ensino, aproximadamente 49,82% do total dos docentes no município, sendo que deste total, 55,69% eram professores do ensino fundamental.

Quadro 5 - Número de docentes em 2007 - IBGE.

Municipal Estadual Federal Privado TotalPré-escolar 54 5 0 9 68

Fundamental 233 137 0 25 395Médio 0 104 0 13 117Total 287 246 0 47 580

EnsinoDocentes

44..22..1166-- SSaaúúddee Com base em dados do IBGE de 2005, o município possuía 28 unidades de saúde, sendo 20 unidades públicas municipais e 8 unidades particulares. 44..22..1177-- IInnffrraa--eessttrruuttuurraa Para análise da infra-estrutura do município de Panambi foram coletados dados na FAMURS referentes ao ano de 2000, e que estão apresentados nos quadros abaixo. De acordo com Quadro 6, o número de domicílios em 2000 era de 9.746 e 72,91% destes eram próprios e pertenciam a 74,50% dos moradores.

Quadro 6 - Número de domicílios e moradores - FAMURS

Domicílios MoradoresTotal 9,746 32,491Próprio 7,106 24,206Alugado 1,670 5,211Cedido 927 2,928Outra forma 43 146

Ref: Ano 2000Número de domicílios e moradores

No Quadro 7 está demonstrado que dos 9.746 domicílios, em 2000, apenas 1.580 possuíam fossa séptica e 7.211 possuíam fossa rudimentar, sendo que o restante dos domicílios encaminhavam seus esgotos diretamente para o pluvial, rios, outros escoadouros. Menos de 1% dos domicílios não tinham banheiro ou sanitário.

Quadro 7 - Sistema de esgoto sanitário.

Domicílios MoradoresTotal 9,746 32,491Rede geral de esgoto ou pluvial 169 566Fossa séptica 1,580 4,973Fossa rudimentar 7,211 24,169Rio, lago ou mar 558 2,005Outro escoadouro 133 457Não tinham banheiro nem sanitário 95 321

Ref: Ano 2000Sistema de esgotos sanitário


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O sistema de abastecimento de água é de concessão da CORSAN, e atendia 8.208 domicílios na zona urbana, no ano de 2000. Do total de 9.746 domicílios, 1.174 domicílios contavam com abastecimento de água por meio de poços ou nascentes, como mostra o Quadro 8 que segue.

Quadro 8 - Sistema de abastecimento de água - FAMURS.

Domicílios MoradoresTotal 9,746 32,491Rede geral 8,208 27,108Rede geral - canalizada em pelo menos um cômodo 8,092 26,694Rede geral - canalizada só na propriedade ou terreno 116 414Poço ou nascente (na propriedade) 1,174 4,129Poço ou nascente (na propriedade) - canalizada em pelo menos umcômodo 1,056 3,733

Poço ou nascente - canalizada só na propriedade ou terreno 62 215Poço ou nascente (na propriedade) - não canalizada 56 181Outra forma 364 1,254Outra forma - canalizada em pelo menos um cômodo 307 1,070Outra forma - canalizada só na propriedade ou terreno 20 69Outra forma - não canalizada 37 115

Sistema de abastecimento de água Ref: Ano 2000

44..22..1188-- AAttiivviiddaaddee EEccoonnôômmiiccaa As principais atividades econômicas locais são agropecuária, indústria e comércio. O município é o 3º maior pólo metal-mecânico do Rio Grande Sul. Segundo dados do IBGE existiam seis unidades de Indústrias extrativas e 317 unidades de Indústrias de transformação. Nos Quadros a seguir estão apresentados dados de finanças e principais atividades econômicas do município.

Quadro 9 - Finanças do Município de Panambi - IBGE.

2000 2001 2002 2003Receita Total R$ 19.873.376,38 R$ 20.874.613,75 R$ 23.395.784,11 R$ 27.679.697,82

Despesa Total R$ 19.040.520,85 R$ 19.722.806,09 R$ 21.384.840,21 R$ 25.135.208,23

Receita Total e Despesa Total

Quadro 10 - Principais atividades do município de Panambi para o ano de 2006 - IBGE.

Atividade ProduçãoPecuáriaBovinos 14100 cabeçasGalos, frangas, frangos e pintos 21700 cabeçasLeite de vaca 22000 mil litrosMel de abelha 46000 kgAlimentosErva-mate cancheada 59 toneladaMadeirasLenha 900 metro cúbicoPinheiro Brasileiro Nativo - madeira em tora 48 metro cúbicoProdutos da Silvicultura - lenha 11000 metro cúbico


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5 - RREEAALLIIZZAAÇÇÃÃOO DDOOSS DDIIAAGGNNÓÓSSTTIICCOOSS SSEETTOORRIIAALL

Com base nas atividades realizadas na aquisição das informações básicas sobre os serviços básicos de saneamento foi possível realizar um diagnóstico para os seguintes temas: abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, assim como de drenagem urbana e manejo das águas pluviais urbanas. A seguir estão expostos os diagnósticos dos serviços de saneamento disponíveis no município:

55..11 -- AABBAASSTTEECCIIMMEENNTTOO DDEE ÁÁGGUUAA

O abastecimento de água do município de Panambi tem a concessão dos serviços sob responsabilidade da CORSAN (Companhia Riograndense de Saneamento). O sistema de abastecimento de Panambi tem como base o suprimento por manancial de superfície denominado Rio Fiúza e também por 4 poços, sendo 1 em atividade, os outros 3 como reserva técnica. O município de Panambi caracteriza-se por se uma comunidade de médio porte com aproximadamente 11.600 economias, atendendo uma população urbana de 28.291 habitantes (Censo IBGE/2000). O sistema existente consiste de captação junto ao Rio Fiúza, por meio de uma barragem de nível, estação de bombeamento e adutora, a qual interliga a captação com a Estação de Tratamento de Água (ETA) localizada dentro da zona urbana, conforme mostra a planta do sistema de abastecimento existente que consta do Anexo I. 55..11..11-- CCaappttaaççããoo A captação está localizada dentro do perímetro urbano do município, no rio Fiúza, e é realizada por meio de uma barragem de nível, como mostra Foto 1, e a tomada de água é feita diretamente no curso da água por um conjunto de bombas submersas, com vazão máxima de 140 l/s. Existe também uma captação subterrânea que recalca por meio de uma tubulação de PVC DEFOFO, com 822 metros de comprimento e diâmetro igual a 150 mm, para ETA.


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Foto 1 - Barragem de Nível no Rio Fiúza.

55..11..22-- EEssttaaççããoo EElleevvaattóórriiaa ddee ÁÁgguuaa BBrruuttaa A estação elevatória de água bruta é composta por dois grupos motor-bomba de 250 cv e está localizada dentro do perímetro urbano, no bairro Vila Nova, na esquina das ruas Pavão e Timabará, conforme mostra a Foto 2 a seguir.

Foto 2 - Estação Elevatória de Água Bruta.

55..11..33-- AAdduuttoorraa ddee ÁÁgguuaa BBrruuttaa A adutora de água bruta em FºFº com extensão aproximada de 800 m e diâmetro de 250 mm, conduz a água para a ETA localizada na rua Cristóvão Colombo.


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55..11..44-- EEssttaaççããoo ddee TTrraattaammeennttoo ddee ÁÁgguuaa O tratamento de água é realizado em estação convencional (Foto 3) dotada de floculador hidráulico, decantador convencional, quatro filtros rápidos e casa de química, e está localizado no bairro Nossa Senhora de Fátima.

Foto 3 - Estação de Tratamento de Água.

A capacidade nominal da ETA é de 110 l/s, sendo prevista uma ampliação para 250 l/s para os próximos anos. Na ETA existem também dois reservatórios, sendo um elevado de distribuição com capacidade de 150 m³ (Foto 4), e o outro de acumulação com volume de 900 m³ (Foto 5).


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Foto 5 - Reservatório Enterrado - ETA.

55..11..55-- RReesseerrvvaaççããoo O sistema de reservação é composto por quatro reservatórios, localizados nos bairros Jaciandi, Pavão, Arco Íris e Medianeira, com capacidade de 1000, 100, 100 e 30 m³, respectivamente, conforme mostram as Fotos a seguir.

Foto 4 - Reservatório Elevado - ETA.


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Foto 6 - Reservatório Apoiado 1000 m³ - Jaciandi.

Foto 7 - Reservatório Elevado 100 m³ - Pavão.


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Foto 8 - Reservatório Elevado 100 m³ - Arco Íris.

Foto 9 - Reservatório Elevado 30 m³ - Medianeira.

55..11..66-- RReeddee ddee DDiissttrriibbuuiiççããoo O sistema de distribuição conta ao todo com aproximadamente 116.000 m de redes de distribuição com quatros zonas de abastecimento, atendendo cerca de 11.600 economias. De acordo com a CORSAN, 20 % da rede de distribuição é de


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fibrocimento os outros 80 % é de PVC, com diâmetros variando entre 50 a 300 mm.

55..22 -- EESSGGOOTTAAMMEENNTTOO SSAANNIITTÁÁRRIIOO

A cidade de Panambi não conta com um sistema de esgotamento sanitário, sendo utilizada na maioria dos casos fossa séptica conectada a rede pluvial que lança as águas servidas no Rio Fiúza e no Arroio Moinho, que atravessam o município. Existe um Estudo de Concepção para o Sistema de Esgotos Sanitários elaborado pela CORSAN, que divide a área urbana em 15 bacias de esgotamento, com duas elevatórias, sendo uma final, que conduz os esgotos até a área da Estação de Tratamento de Esgotos, localizada a oeste, a aproximadamente 2 km da área urbana, conforme está apresentado no Anexo II.

55..33 -- LLIIMMPPEEZZAA UURRBBAANNAA EE MMAANNEEJJOO DDEE RREESSÍÍDDUUOOSS SSÓÓLLIIDDOOSS

O município de Panambi conta com a coleta e separação dos resíduos sólidos domiciliares terceirizada, realizada pela empresa Nova Era Coleta e Separação de Resíduos Ltda. Os resíduos hospitalares são recolhidos pela empresa Ambiclin e encaminhados para um local apropriado. A Prefeitura Municipal possui dados de volume de coleta de resíduos domiciliares, separados em orgânicos e recicláveis, a partir de fevereiro de 2005, os quais estão apresentados no Quadro 11 a seguir.

Quadro 11 - Dados de Coleta da Zona Urbana.

VOLUME (em toneladas) MÊS ORGÂNICO RECICLÁVELfev-05 195 107

mar-05 184 128 abr-05 208 106 mai-05 213 105 jun-05 224 134 jul-05 230 114

ago-05 223 118 set-05 219 135 out-05 242 134 nov-05 241 126 dez-05 258 150 jan-06 222 112 fev-06 192 121

mar-06 256 119 abr-06 207 115 mai-06 221 113 jun-06 282 115 jul-06 253 106


mar-07 245 118 abr-07 251 115


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VOLUME (em toneladas) MÊS ORGÂNICO RECICLÁVELmai-07 239 151 jun-07 248 116 jul-07 231 119


mar-08 278 135 abr-08 256 148 mai-08 294 152 jun-08 284 147

Com base nos dados de coleta fornecidos pela prefeitura podemos afirmar que a média mensal da coleta orgânica é de 239 toneladas e a da coleta reciclável é de 128 toneladas. Observa-se na Figura 12 que a coleta se mantém equilibrada tanto para a coleta orgânica como para a reciclável.

Coleta de Lixo Domiciliar

0

50

100

150

200

250

300

350

fev/05

abr/0

5jun

/05

ago/0

5ou

t/05

dez/0

5fev

/06ab

r/06

jun/06

ago/0

6ou

t/06

dez/0

6fev

/07ab

r/07

jun/07

ago/0

7ou

t/07

dez/0

7fev

/08ab

r/08

jun/08

Período - mes/ano

Qua

ntid

ade

- ton

elad

as

Organico Reciclável

Figura 12 - Gráfico com Dados da Coleta dos Resíduos Sólidos

A coleta dos resíduos sólidos orgânicos e recicláveis é realizada de segunda a sábado de acordo com o Quadro 12 apresentado a seguir.


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Quadro 12 - Calendário da Coleta dos Resíduos Sólidos

LOCAL SEGUNDA-FEIRA

TERÇA-FEIRA

QUARTA-FEIRA

QUINTA-FEIRA

SEXTA-FEIRA SÁBADO

CENTRO (APÓS AS 18:00) ORGÂNICO ORGÂNICO RECICLÁVEL RECICLÁVEL ORGÂNICO ORGÂNICO

BAIRROS ORGÂNICO RECICLÁVEL ORGÂNICO RECICLÁVEL RECICLÁVEL ORGÃNICO

Todos os bairros da zona urbana são atendidos pela coleta realizada pela empresa Nova Era. Os resíduos coletados são encaminhados para a Central de Triagem e Compostagem com aterro sanitário, que opera com a licença LO Nº 4954-2005-DL, localizado na Linha Rincão Frente, zona rural, distante 5 km da cidade na direção noroeste, como mostra a planta apresentada no Anexo III. A área onde está localizada a central de triagem e compostagem é toda cercada, identificada e com controle de acesso, como mostra a Foto 10. Não é permitido o recebimento de resíduos industriais e hospitalares.

Foto 10 - Central de Triagem

O recebimento dos caminhões que chegam com os resíduos é realizado pelo encarregado do controle e da pesagem (Foto 11), e após este procedimento é encaminhado para a área coberta para que seja realizada a triagem dos resíduos.


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Foto 11 - Balança para Pesagem

Na área coberta (Foto 12) é feito o recebimento dos resíduos e após é encaminhado por meio de uma esteira para a seleção manual dos resíduos que poderão ser reciclados.

Foto 12 - Área Coberta para Recebimento dos Resíduos.

Os resíduos recicláveis são separados em tonéis (Foto 13), após a seleção os resíduos de metais e os plásticos são encaminhados para as prensas (Foto 14), sendo os resíduos plásticos acondicionados em fardos (Foto 15). Os resíduos de vidros são depositados em um contêiner (Foto 16).


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Foto 13 - Separação dos Resíduos Recicláveis.

Foto 14 - Prensas para Resíduos Recicláveis.


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Foto 15 - Resíduos Plásticos.

Foto 16 - Contêiner com Resíduos de Vidro.

Após a fase de classificação dos resíduos, os mesmos são depositados numa área coberta externa para serem vendidos para reciclagem, como mostra a Foto 17.


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Foto 17 - Área Coberta com Resíduos Recicláveis Separados.

Os resíduos orgânicos seguem pela esteira onde é feita a separação dos resíduos recicláveis para o caminhão que encaminha para o aterro sanitário localizado ao fundo da área de triagem. A seguir estão apresentadas as Fotos da área onde está implantado o aterro sanitário, bem como o sistema de tratamento do chorume composto de filtros anaeróbios, lagoa facultativa e banhado construído. Os resíduos sanitários são dispostos em valas específicas que apresentam sistema de coleta do chorume, que após é encaminhado para a estação de tratamento de efluentes, e drenos de gases. O material disposto na vala degrada pela ação do tempo, não é executado o processo de compostagem, não há revolvimento do material nem adição de nutrientes aos resíduos sanitários de modo a favorecer o referido processo.


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Foto 18 - Vista do Aterro Sanitário.

Foto 19 - Vista dos Filtros Anaeróbios.

Fonte: Relatório de Monitoramento da Central de Triagem e Compostagem.


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Foto 20 - Lagoa Facultativa.

Fonte: Relatório de Monitoramento da Central de Triagem e Compostagem.

Foto 21 - Vista do Banhado Construído.

Fonte: Relatório de Monitoramento da Central de Triagem e Compostagem


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55..44 -- DDRREENNAAGGEEMM EE MMAANNEEJJOO DDEE ÁÁGGUUAASS PPLLUUVVIIAAIISS

A Prefeitura Municipal de Panambi não possui estudos e/ou projetos relacionados à drenagem e manejo de águas pluviais na área urbana. Existem redes de drenagem pluvial em alguns bairros da cidade, porém não existe nenhum cadastro da mesma; além disso, a rede de drenagem existente foi executada sem nenhum projeto ocorrendo assim problemas de alagamentos em alguns trechos, ocorrendo com mais freqüência nos trechos de travessias. No bairro São Jorge é constatado alguns desses problemas, como o estrangulamento da seção do canal na rua Cândido Rondon (Foto 22).

Foto 22 – Canal na Rua Cândido Rondon

Nesta rua o canal de drenagem apresenta uma tubulação com diâmetro igual a 1000 mm e segue até o bairro Érica, onde a tubulação aumenta para dois tubos de 1000 mm, especificamente na rua Alagoas (Foto 23).

Foto 23 – Canal na Rua Alagoas.

No trecho a montante destas tubulações o terreno que margeia o canal sofre alagamentos principalmente nos períodos de chuva intensa. Na Foto 24 é apresenta essa área.


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Foto 24 – Afluente do rio Fiúza, trecho de montante da travessia na rua Alagoas.

Esse mesmo canal, no trecho de travessia localizada na rua Alberto Pasqualini, a seção do canal diminui para uma tubulação com diâmetro de 1000 mm, ocorrendo remanso no trecho mais a montante. Na Foto 25 é apresentada a foz deste canal, desaguando no rio Fiúza.

Foto 25 – Foz do arroio no rio Fiúza, onde ocorre estrangulamento no trecho a montante.

Outro afluente do rio Fiúza que sofre problemas de alagamentos é o arroio Moinho, não só por estrangulamento como também por apresentar declividades baixas, sendo que em alguns trechos a declividade chega a ser nula. Na Foto 26 é apresentado o trecho onde o arroio Moinho cruza a rua Hermann Faulhaber, passando por uma loja comercial que atualmente não se encontra em funcionamento.


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Foto 26 – Arroio Moinho, cruzamento com a rua Hermann Faulhaber.

Outro trecho do arroio Moinho em que ocorre problema é na sua foz, isto porque neste trecho a declividade do canal é muito baixa, ocorrendo assim remanso devido a grande quantidade de água que passa pelo rio Fiúza. As Fotos 28 e 29 apresentam esse trecho em que ocorre remanso no arroio Moinho.

Foto 27 – Arroio Moinho, ao fundo o Rio Fiúza.


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Foto 28 – Foz do arroio Moinho no rio Fiúza.

De acordo com funcionário da Prefeitura, existia um projeto de um reservatório de amortecimento no trecho a montante do arroio Moinho, em trecho fora do perímetro urbano, entretanto segundo o mesmo, o referido projeto não foi executado. Nas Fotos 29 e 30 é apresentada a área onde seria localizado esse reservatório de amortecimento.

Foto 29 – Arroio Moinho trecho I, área onde seria localizado o reservatório de amortecimento.


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Foto 30 – Arroio Moinho trecho II, área onde seria localizado o reservatório de amortecimento.

No Anexo IV é apresentada a área urbana do município juntamente com sua hidrografia, destacando alguns pontos de alagamento do Rio Fiúza e seus afluentes.

6 - DDEEFFIINNIIÇÇÃÃOO DDEE IINNTTEERRVVEENNÇÇÕÕEESS AA CCUURRTTOO,, MMÉÉDDIIOO EE LLOONNGGOO PPRRAAZZOO

O prazo para as intervenções indicadas no PSBM deverá ser estimado para um horizonte de projeto de 20 anos, com as seguintes metas:

− Curto prazo: até 5 anos;

− Médio prazo: entre 6 e 10 anos;

− Longo prazo: entre 11 e 20 anos. Estes prazos serão adotados para todos os serviços públicos de saneamento básico. A seguir estão apresentadas as intervenções necessárias para cada um dos serviços ao longo dos prazos definidos.


O sistema de abastecimento de água de Panambi atualmente é concessão da CORSAN até dezembro de 2013, portanto as intervenções a curto prazo indicadas no PSBM deverão ser compatibilizadas com o plano de ação da CORSAN para o município. 66..11..11-- CCuurrttoo PPrraazzoo A curto prazo deverão ser executadas as seguintes intervenções:

− Fiscalização da implantação de redes de abastecimentos em novos loteamentos;

− Atendimento a cerca de 150 economias que não possuem abastecimento


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direto da rede de distribuição da CORSAN;

− Fiscalização e renovação da rede de hidrômetros e dos ramais prediais;

− Planejamento e monitoramento do crescimento da rede distribuição;

− Elaboração de estudo de alternativas para escolha de um novo local para a captação de água bruta e da estação de tratamento de água. Esta medida visa evitar o risco de contaminação causada por possíveis acidentes na rodovia BR-158, que cruza o Rio Fiúza a montante da captação.

66..11..22-- MMééddiioo PPrraazzoo As principais intervenções a médio prazo deverão ser as seguintes:

− Substituição das redes de distribuição com mais de 20 anos de implantação, com redimensionamento, de acordo com definição prévia das áreas prioritárias;

− Estabelecimento de um plano de redução de perdas físicas no abastecimento, tendo por meta o índice máximo de 20% sobre a vazão produzida;

− A ampliação da capacidade de captação e da estação de tratamento de água existente, com base no projeto de ampliação já elaborado pela empresa Magna Engenharia Ltda para a CORSAN e no estudo de alternativas para um novo local de captação.

66..11..33-- LLoonnggoo PPrraazzoo A longo prazo deverão ser executadas as seguintes intervenções:

− Substituição das redes de distribuição com mais de 20 anos de implantação, com redimensionamento, das áreas menos críticas.


As intervenções recomendadas para o serviço de esgotamento sanitário serão para a implantação de um sistema completo de coleta, tratamento dos esgotos e disposição final do efluente tratado de acordo com o estudo de concepção elaborado pela CORSAN em setembro de 2001, que divide a área urbana em 15 bacias de esgotamento. Portanto as intervenções a curto, médio e longo prazo seguirão o proposto pelo estudo citado. 66..22..11-- CCuurrttoo PPrraazzoo A curto prazo deverão ser iniciadas as seguintes intervenções:

− Elaboração de um projeto executivo do sistema de esgotamento sanitário da área urbana de Panambi, dividido em duas etapas de implantação, a primeira em 2013 e a segunda em 2018;

− Exigir, conforme consta no art 34 do Código de Obras de Panambi, a execução de sistema de esgotos para a liberação do habite-se;

− Exigir a implantação de sistema de tratamento individual ou coletivo para novos loteamentos e condomínios;


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− Fiscalizar e exigir a limpeza periódica dos tanques sépticos e sumidouros novos e existentes, conforme o dimensionamento apresentado nos respectivos projetos aprovados junto a Prefeitura Municipal.

66..22..22-- MMééddiioo PPrraazzoo As intervenções a médio prazo deverão ser as seguintes:

− Executar a 1ª etapa do sistema de esgotamento que contemplará a execução do interceptor junto do Rio Fiúza, das bacias 8, 7, 9, 6 e 3, que estão inseridas na zona urbana de ocupação prioritária, das duas estações elevatórias e da estação de tratamento de esgotos;

− Incluir no Código de Obras a obrigatoriedade da ligação das economias na rede de esgoto implantada.

66..22..33-- LLoonnggoo PPrraazzoo A longo prazo deverão ser atendidas a totalidade da população urbana prevista no projeto executivo, com a implantação da 2ª etapa do sistema, com a execução das bacias 4, 10, 5, 11, 12, 13, 14 e 15 e a 2ª etapa da estação de tratamento de esgotos.


As intervenções básicas de limpeza urbana estão relacionadas com a coleta, armazenamento, triagem e destinação final dos resíduos sólidos. 6.3.1- Curto Prazo As principais medidas a serem tomadas a curto prazo são:

− Manter o sistema de coleta seletiva no município;

− Dar continuidade ao controle ambiental realizado na central existente;

− Elaborar um Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil;

− Realizar manutenção nos pavilhões Central de Resíduos existente para melhores condições operacionais;

− Desenvolver o projeto para realização da compostagem dos resíduos orgânicos;

− Realizar manutenção periódica nos taludes da Central de Resíduos existente;

− Desenvolver um sistema de coleta de resíduos perigosos denominados Classe I, tais como lâmpadas fluorescentes, pilhas, bateriais, material contaminado com óleo, isopor, entre outros;

− Verificar o sistema de coleta e destinação final de resíduos de poda;

− Manter o sistema de coleta e destinação de resíduos hospitalares de forma a atender a Legislação Vigente;

− Verificar o sistema de coleta e destinação final do material gerado em consultórios dentários e veterinários;

− Analisar um Plano de Encerramento da Central de Resíduos existente;


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− Instalar lixeiras para coleta seletiva. 6.3.2- Médio Prazo A médio prazo deverão ser analisados os seguintes itens:

− Verificar a eficiência de tratamento do percolado gerado na Central de Resíduos;

− Realizar manutenção periódica nos taludes da Central de resíduos existente;

− Manter o monitoramento da Central de Resíduos existente;

− Executar o Projeto de Gerenciamento da Construção Civil, com implantação de uma Central de recebimento destes;

− Realizar estudo de novas alternativas locacionais para disposição de resíduos urbanos;

− Executar o Projeto de Coleta e Destinação de Resíduos Hospitalares (se for o caso).

6.3.3- Longo Prazo A ênfase circunda as ações a serem adotadas e não as intervenções propriamente ditas. Ações como estudos e execuções dos projetos determinados no item anterior:

− Recebimento e destinação final dos resíduos da construção civil em áreas devidamente apropriadas e licenciadas para tal;

− Executar o encerramento das valas da Central de Resíduos.


As principais intervenções para a drenagem e manejo de águas pluviais foram definidas a curto, médio e longo prazo de acordo com a hierarquização dos problemas existentes.

66..44..11-- .CCuurrttoo PPrraazzoo As intervenções a curto prazo foram definidas a partir dos principais problemas das redes de drenagem diagnosticados no relatório RP02. Os principais problemas estão relacionados com a microdrenagem e macrodrenagem, sendo que para está intervenção será abordado apenas para os problemas vinculados a rede de microdrenagem. Um dos principais problemas encontrados foram o estrangulamento e estreitamento das redes de microdrenagem nos trechos de travessia. Para contornar os esses problemas são apresentadas as seguintes intervenções, conforme são listadas abaixo:

− Realizar um cadastro das redes de microdrenagem existentes, canais e sangas afluentes dos principais cursos d’água que cruza a área urbana do município;

− Verificar as condições hidráulicas da rede de microdrenagem (desobstrução e limpeza) nos bairros São Jorge e Érica, pois de acordo com o diagnóstico realizado no relatório RP02, esses bairros apresentam


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problemas com alagamentos ocasionados pelo estreitamento de algumas seções (trechos de travessias);

− Além dos bairros citados acima, verificar também as condições hidráulicas dos outros canais e redes existentes nos outros bairros;

− Após a verificação das condições hidráulicas, dimensionar novas redes de drenagem com intuito de contornar os problemas ocasionados pela deficiência hidráulicas dessas redes.

66..44..22-- MMééddiioo PPrraazzoo As intervenções a médio prazo foram definidas também a partir dos problemas das redes de drenagem apresentadas no diagnóstico relatado no relatório RP02, entretanto essas intervenções vêm a acrescentar as intervenções de curto prazo. Além dos problemas nas redes de microdrenagem, existem também algumas áreas de banhados ou áreas onde ocorre acúmulo de águas na área urbana; essas áreas são mais visíveis durante períodos de chuva intensa. Outro problema também a relatar é o efeito de remanso e alagamento em alguns trechos no Arroio Moinho. Esse efeito ocorre com mais freqüência na foz do Arroio Moinho devido a baixa declividade nesse trecho e também devido ao ângulo de entrada no Rio Fiúza que chega ser quase 90 graus. Para contornar esses problemas seguem abaixo algumas intervenções:

− Identificar as áreas de banhado ou acúmulo de água, que podem ocorrer em áreas isoladas ou em alguns trechos nos arroios;

− Verificar nessas áreas a implantação de alguma medida de controle para evitar o alagamento nos terrenos marginais a essas áreas. Dentre essas medidas, sugere-se a implantação de bacias de detenção, que tem a função de amortecer as cheias ocasionadas pelos eventos de chuva;

− Avaliar a possibilidade de implantação de um reservatório de amortecimento a montante do Arroio Moinho fora do perímetro urbano, com o intuito de diminuir os problemas de alagamento ao longo deste arroio;

− Alterar o curso no Arroio Moinho na sua foz (Rio Fiúza) para um ângulo de inflexão de 45 graus (valor máximo) para evitar um pouco do efeito de remanso devido ao ângulo de entrada ser quase 90 graus;

− Avaliar as condições hidráulicas das travessias ao longo do Arroio Moinho. 66..44..33-- LLoonnggoo PPrraazzoo As intervenções a longo prazo estão vinculadas as áreas inundáveis próximas às margens do Rio Fiúza. De acordo com os dados fornecidos pela Prefeitura de Panambi, já está definida uma cota de alagamento do Rio Fiúza, entretanto em eventos de chuvas intensas, as águas do Rio extravasam a distâncias maiores que essa cota existente; dessa forma para contornar esse problema nas margens do Rio Fiúza seguem listadas abaixo as seguintes intervenções:

− A partir do levantamento topográfico, definir um zoneamento das áreas de inundação, considerando as seguintes etapas: (i) determinação do risco


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de enchentes, (ii) mapeamento das áreas de inundação e (iii) zoneamento;

− Avaliar a possibilidade de implantação de um reservatório de amortecimento a montante do Rio Fiúza fora do perímetro urbano, com o objetivo de diminuir os problemas de alagamento nas áreas que margeiam o Rio Fiúza. Cabe ressaltar que a implantação dessa medida pode ocasionar conflito com a captação de água que ocorre no próprio Rio, uma vez que o regime das vazões será alterado devido à implantação do reservatório.

7 - EELLAABBOORRAAÇÇÃÃOO DDOOSS CCEENNÁÁRRIIOOSS DDEE EEVVOOLLUUÇÇÃÃOO

Os cenários de evolução para os quatro setores do plano de saneamento deverão tomar como base os serviços atuais e a população atendida e a projeção do crescimento da população para que as diversas intervenções atendam plenamente a totalidade da zona urbana do município para um horizonte de 20 anos.


O cenário de evolução do abastecimento de água do município levou em conta as informações obtidas no diagnóstico realizado. De acordo com o quadro apresentado no Estudo de Concepção da CORSAN, em março de 2001, o número de economias abastecidas com rede de água era de 9.202 unidades e em julho de 2008 este número era de 11.600 unidades, isto corresponde a um crescimento anual de 3,36%. No Quadro 13 a seguir está apresentado o crescimento do número de economias que deverão ser atendidas até o final do horizonte do plano.

Quadro 13 – Projeção do número de economias a serem atendidas pelo abastecimento de água. Dados fornecidos pela CORSAN (*).

Ano Número de economias Ano Número de

economias Ano Número de economias Ano Número de

economias 2001 9.202(*) 2009 11.99 2017 15.623 2025 20.357 2002 9.512 2010 12.393 2018 16.149 2026 21.042 2003 9.831 2011 12.81 2019 16.692 2027 21.75 2004 10.162 2012 13.241 2020 17.253 2028 22.481 2005 10.504 2013 13.687 2021 17.834 2029 23.237 2006 10.857 2014 14.147 2022 18.434 2007 11.223 2015 14.623 2023 19.054 2008 11.600(*) 2016 15.115 2024 19.695

De acordo com o quadro acima o número de economias previstas para o ano de 2009 é de 11.900 unidades e no ano de 2029, final do horizonte do plano, é de 23.237 unidades. Para o abastecimento das economias conforme a projeção acima deverão ser atendidas as intervenções propostas e também o planejamento das ações descritas a seguir.



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A projeção populacional adotada no Estudo de Concepção da CORSAN considerou índices de crescimento variáveis, conforme mostra o Quadro 14.

Quadro 14 – Taxas de crescimento adotadas pelo EC CORSAN.

PERÍODO TAXAS (%)2001-2010 1,80 2011-2020 1,70 2021-2030 1,60

2031 em diante 1,50

A partir destes dados a projeção populacional adotada pelo EC é a apresentada no Quadro 15 a seguir.

Quadro 15 – Projeção populacional adotada pelo EC CORSAN.

ANO TAXA (%)

POPULAÇÃO(hab) ANO TAXA

(%) POPULAÇÃO

(hab) 2000 1,80 28.289 2018 1,70 38.696 2001 1,80 28.798 2019 1,70 39.354 2002 1,80 29.317 2020 1,70 40.023 2003 1,80 29.844 2021 1,60 40.663 2004 1,80 30.381 2022 1,60 41.314 2005 1,80 30.928 2023 1,60 41.975 2006 1,80 31.485 2024 1,60 42.646 2007 1,80 32.052 2025 1,60 43.328 2008 1,80 32.629 2026 1,60 44.022 2009 1,80 33.216 2027 1,60 44.726 2010 1,80 33.814 2028 1,60 45.442 2011 1,70 34.389 2029 1,60 46.169 2012 1,70 34.973 2030 1,60 46.907 2013 1,70 35.568 2031 1,50 47.611 2014 1,70 36.173 2032 1,50 48.325 2015 1,70 36.787 2033 1,50 49.05 2016 1,70 37.413 2034 1,50 49.786 2017 1,70 38.049 2035 1,50 50.533

De acordo com a projeção populacional proposta pelo EC da CORSAN a implantação do sistema de esgotos sanitários deverá ser dividida em duas etapas, conforme as intervenções descritas anteriormente.


Os cenários da evolução da limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos são descritos em função da população atual e o volume de resíduos gerados visando verificar a vida útil da Central existente. Para obter-se este resultado são necessárias as seguintes considerações:

− Área para disposição de resíduos: 7.200 m2;

− Altura média alcançada numa vala: 6 metros;

− Volume de resíduos que pode ser disposto: 43.200 m3;

− População atual: 32.629 habitantes (conforme projeção populacional adotada pelo EC apresentada no Quadro 15);


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− Geração média de resíduos por habitante: 0,8 Kg/hab.dia;

− Peso específico do lixo compactado: 700 Kg/m3;

− Início de utilização da Central: 2006. Primeiramente é estimar o volume de resíduos gerados por dia: Q=Pop * 0,8 = 32.629 * 0,8 = 26.103,20 Kg/dia Sendo o peso específico do lixo compactado Pe= 700 Kg/m3 tem-se: V diário = Q / 700 = 26.103,20 / 700 = 37,29 m3/dia → 13.610,85 m3/ano Vida útil aterro = Área total / V ano = 43.200 / 13.610,85 Vida útil aterro = 3,17 anos ≈ 3 anos e 2 meses. Pelos cálculos apresentados a central possui vida útil de 3 anos e 2 meses. A disposição de resíduos urbanos no local teve início no ano de 2006, perfazendo até o presente momento quase que a totalidade da vida útil estabelecida para a Central. Este fato torna crítico o cenário de evolução do processo de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos no município de Panambi/RS. O cálculo da vida útil da Central utilizou dados médios de altura para as valas, salienta-se que este valor pode variar conforme as dimensões determinadas em projeto, quanto maior a altura do talude seja este positivo ou negativo, maior será a vida útil da central.


Para a análise do comportamento do sistema de drenagem nas bacias hidrográficas do município de Panambi foram considerados três cenários conceituais, ou seja: (i) Cenário Atual, (ii) Cenário Tendencial ou Futuro e (iii) Cenário de Alternativas ou de Planejamento. (i) Cenário Atual

Esse representa a condição atual, para o ano 2009, de funcionamento da drenagem no município. Este cenário propõe a avaliação do funcionamento do sistema de drenagem em suas condições correntes de estado de conservação, obstruções existentes, etc.; conforme foi apresentado no relatório RP02. Nesta etapa serão avaliados os problemas relacionados ao alagamento nos trechos de microdrenagem, devido aos pontos de extravasamento ou insuficiência hidráulica do sistema que disponha de informações para estas analises. O cenário atual supõe também a consideração das áreas impermeáveis e tipos de uso do solo detectados pela imagem de satélite disponível e compatível com a distribuição da população urbana por bacia hidrográfica. (ii) Cenário Tendencial

Este cenário representa uma condição de futuro, considerando a evolução do crescimento da população e da área urbanizada nas bacias. A projeção da população para esse cenário foi considerado para o ano de 2029. Cabe ressaltar que para o caso da bacia do Rio Fiúza, este cenário considerará se ocorrem aumentos nos níveis do rio resultantes da urbanização no município.


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(iii) Cenário de Alternativa

Esse cenário será definido com as alternativas de intervenções no sistema de drenagem como forma de eliminar os problemas existentes, de acordo com os resultados dos cenários anteriores. Cabe ressaltar que esse cenário deverá ser composto pela proposição de medidas estruturais de controle das vazões pluviais, tais como a ampliação na capacidade condutora do sistema e implantação de reservatórios de amortecimento de cheias.

8 - PPLLAANNEEJJAAMMEENNTTOO DDAASS AAÇÇÕÕEESS

O planejamento das ações dar-se-á em função das intervenções definidas anteriormente para todos os serviços de saneamento.


Para o atendimento ao cumprimento das intervenções deverão ser seguidas as ações descritas a seguir:

− Criar um plano de monitoramento do crescimento da rede de distribuição com base no cenário de evolução apresentado anteriormente;

− Estabelecer um plano de redução de perdas físicas no abastecimento, tendo por meta o índice máximo de 20% sobre a vazão produzida;

− Definir juntamente com a CORSAN o prazo máximo para ampliação da capacidade de captação e tratamento da estação de tratamento de água existente, com base no projeto de ampliação já elaborado pela empresa Magna Engenharia Ltda para a CORSAN.

− Definir um novo local para a implantação de uma nova captação de água bruta para o abastecimento e água do município;

− Adotar para a elaboração de projetos de abastecimento de água os seguintes parâmetros: a) Consumo médio per-capita: 150 litros/hab.dia; b) Coeficiente de máxima vazão diária (k1): 1,20; c) Coeficiente de máxima vazão horária (k2): 1,50; d) Reservação: 1/3 do volume do dia de maior consumo; e) Micro-medição obrigatória; f) Perda máxima admissível no sistema de distribuição: 20 %; g) Grau de atendimento: 100%.


Para o atendimento o cumprimento das intervenções deverão ser seguidas as ações descritas a seguir:

− Encaminhamento junto a FEPAM da solicitação da Licença Prévia e da Licença de Instalação para a implantação da Estação de Tratamento de Esgotos;


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− Pleitear junto ao Governo Federal e/ou Estadual ou Instituições Financeiras privadas ou públicas, financiamento para a implantação do sistema de esgotamento sanitário proposto;

− Elaborar um Programa de Divulgação e de Educação Ambiental e Sanitária informando a população da importância da implantação do sistema de esgotamento sanitário no município.

− Adotar para a elaboração de projetos de sistema de esgotamento sanitário os seguintes parâmetros: a) Consumo médio per-capita: 150 litros/hab.dia; b) Coeficiente de retorno: 0,80; c) Coeficiente de máxima vazão diária (k1): 1,20; d) Coeficiente de máxima vazão horária (k2): 1,50; e) Nível de tratamento de esgotos: atendimento a Resolução CONSEMA nº 128/2006; f) Grau de atendimento: 100%.


A seguir são apresentadas de forma sucinta algumas ações a serem desenvolvidas e/ou analisadas. 8.3.1- Sistema de Coleta Seletiva

− Deverá ser mantido o sistema de coleta atual, incluindo a coleta seletiva, de modo a incentivar a reciclagem e aproveitamento de matéria;

− Elaborar um Plano de Atendimento para coleta e descarte de resíduos oriundos de clínicas veterinárias, consultórios dentários, farmácias e postos de sáude;

− Manter o sistema de coleta e destinação final adequada dos pneus gerados;

− A atual destinação final dada aos resíduos deverá ser integralmente sustentada, sendo utilizados os aterros sanitários e centrais de reciclagem.

8.3.2- Controle Ambiental na Central de Resíduos

− Manter o sistema de controle ambiental, por meio de monitoramento periódico nos poços de monitoramento, análise semestral do percolado e controle de gás, bem como o devido licenciamento ambiental da Central;

− Fazer o controle de entrada de veículos no local, por meio de pesagem e registros evitando a disposição de resíduos inadequados no local.

8.3.3- Plano de Gerenciamento de Resíduos Perigosos - Classe I

− Realizar o levantamento dos resíduos sólidos perigosos gerados no município de modo que seja elaborado um Plano de Atendimento que contemple a coleta, tratamento e disposição final destes;

− Verificar o licenciamento ambiental dos veículos autorizados para o recolhimento deste material;


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− Encaminhar o licenciamento ambiental da uma nova unidade para disposição final destes;

− Implantar o Plano de Atendimento. 8.3.4- Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil

− Realizar o levantamento dos resíduos sólidos da construção civil gerado;

− Verificar quais as principais fontes geradoras e buscar gerar parcerias e/ou convênios entre estas e Prefeitura Municipal ou Secretaria de Meio Ambiente visando estabelecer locais para armazenamento e triagem dos resíduos;

− Elaborar o Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil;

− Executar o referido Plano de Gerenciamento bem como o licenciamento ambiental da futura área.

8.3.5- Projeto de Compostagem

− Elaborar o Projeto de Compostagem de modo a minimizar a geração de gases no local e o reaproveitamento do material compostado como matéria-prima;

8.3.6- Resíduos de Poda

− Elaborar um estudo para recolhimento e destinação final dos resíduos resultante da poda de espécies arbóreas;

8.3.7- Manutenção nos Pavilhões Central de Resíduos

− Adequar os pavilhões existentes na Central de resíduos, através do fechamento lateral destes, evitando desta forma que os resíduos se espalhem com a ação do vento;

− Instalar placas indicativas na frente de cada pavilhão descrevendo a atividade desempenhada no local;

− Verificar a necessidade de instalação de piso impermeabilizado e canaletas para contenção nas áreas de manuseio de embalagens contendo líquidos.

8.3.8- Manutenção Periódica nos Taludes da Central de Resíduos

− Realizar limpeza nos taludes por meio de corte da vegetação;

− Verificar a resistência da geomembrana de PEAD utilizada na lagoa facultativa, principalmente nos locais de soldagem desta junto aos taludes, de modo a evitar o desgaste por cisalhamento e ressecamento.

8.3.9- Coleta e Destinação de Resíduos Hospitalares (em caso de inexistência de coleta e destinação adequada).

− Deverá ser mantido na íntegra o sistema de coleta e a destinação final adequada dos resíduos;

− Atentar para o Licenciamento Ambiental da unidade receptora dos resíduos hospitalares;

− Verificar a possibilidade de incluir no recolhimento dos resíduos


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hospitalares o material gerado em clínicas veterinárias, farmácias, laboratórios e postos de saúde, de modo a evitar a necessidade de instalação de novas valas para disposição final destes materiais.

8.3.10- Tratamento do Percolado

− Manter o monitoramento do percolado gerado pelo resíduo disposto no aterro através de análises laboratoriais semestrais, visando o atendimento em relação à Licença Ambiental e à Legislação vigente.

8.3.11- Plano de Encerramento da Central de Resíduos

− Verificar o Plano de Encerramento da Central proposto no projeto de implantação da Central com relação à situação do mesmo e analisar a necessidade de estudar alterações, em caso negativo executar o projeto proposto;

− Caso não haja Plano de Encerramento da Central, deverá ser elaborado um plano visando à desativação adequada da referida central.

8.3.12- Estudo de Novas Alternativas Locacionais para Disposição de Resíduos

− Verificar a vida útil disponível da central existente e realizar os estudos de novas alternativas locacionais visando à ampliação e/ou instalação de nova central para disposição de resíduos sólidos.


Para o atendimento ao cumprimento das intervenções deverão ser seguidas as ações descritas a seguir:

− Pleitear junto ao Governo Federal e/ou Estadual ou Instituições Financeiras privadas ou públicas, financiamento para a implantação do sistema de drenagem e manejo de águas pluviais proposto;

− Elaborar um Programa de Divulgação e de Educação Ambiental e Sanitária informando a população da importância da implantação do sistema de drenagem e manejo de águas pluviais no município.

− Adotar e determinar para a elaboração de projetos de sistema de drenagem e manejo de águas pluviais as seguintes variáveis:

a) Período de retorno (tempo de recorrência) da chuva para cada prazo, sendo sugeridos os seguintes períodos: curto prazo Tr = 5 anos; médio prazo Tr = 10 anos e longo prazo Tr = 20 anos;

b) Curvas de IDF (Intensidade-Duração-Frequência) para os períodos de retorno sugeridos no tópico anterior;

c) Vazões de Projetos correspondentes a esses períodos, calculadas por modelos hidrológicos (simulação chuva-vazão), dentre eles sugerem-se os métodos racional e o hidrograma unitário.

9 - RREECCOOMMEENNDDAAÇÇÕÕEESS DDEE AAÇÇÕÕEESS SSIISSTTEEMMÁÁTTIICCAASS


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As recomendações gerais para o PSBM são as seguintes:

− Criação da Secretaria do Meio Ambiente que fiscalizará o acompanhamento das ações sistemáticas juntamente com uma equipe e/ou conselho formado por técnicos da prefeitura e representantes da sociedade civil (professores, pesquisadores, estudantes de universidades, entidades do movimento social, entidades profissionais, grupos ambientalistas, etc,), Conselho do Meio Ambiente, Arpa Fiúza, bem como outras organizações existentes no município.

− O PSBM deverá ser avaliado a cada 4 anos para verificação do andamento das intervenções sugeridas e de modificações que se fizerem necessárias ao longo do período do horizonte de projeto;

− Ao final dos 20 anos de horizonte de projeto, elaborar complementação das intervenções sugeridas e incluir novas demandas para a área de planejamento do PSBM.

A seguir estão descritas as ações sistemáticas para cada um dos serviços de saneamento.


As ações sistemáticas que deverão ser adotadas para o abastecimento de água deverão ser em conjunto com a CORSAN, uma vez que este serviço é concessão da mesma, e as mesmas deverão monitorar e controlar todas as intervenções e ações definidas neste Plano de Saneamento e compatibilizar o cenário de evolução real com o cenário de evolução projetado para que no final dos 20 anos tenham sido atingidas as metas estabelecidas.


A implantação do sistema de esgotamento sanitário deverá ser monitorado e controlado por uma equipe e/ou conselho formado por técnicos da prefeitura e representantes da sociedade civil, como professores, pesquisadores e estudantes de universidades, para que sejam elaborados diagnósticos do andamento das intervenções, bem como avaliar os estudos e planos em andamento e propor ações para implementação das intervenções propostas anteriormente.


O Sistema de Coleta, Transporte, Armazenamento e Destinação Final realizado no município de Panambi/RS, atende as exigências estabelecidas na Legislação vigente em relação aos resíduos urbanos (orgânicos e recicláveis) e contribui para evitar a proliferação de vetores e de espécies de importância em saúde pública. Deve-se atentar para manter em vigor os devidos Licenciamentos Ambientais das Centrais de Recebimento, Triagem e Destinação Final de Resíduos Sólidos. É necessário iniciar os procedimentos relativos aos licenciamentos de novas unidades para disposição de resíduos perigosos (Classe I), material oriundo de laboratórios, farmácias, postos de saúde e clínicas veterinárias, bem como dos resíduos de poda. Sob este prisma indicamos a continuidade dos procedimentos e monitoramentos desenvolvidos de modo a manter a qualidade de vida e a integridade ambiental


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erguida no município e incentivar Programas de Educação Ambiental nas escolas, principalmente através de parcerias, convênios entre a Prefeitura, escolas, hospitais, construtoras e demais empreendimentos. Deverá ser providenciado com a máxima urgência possível um estudo de novas alternativas locacionais para disposição final dos resíduos urbanos do município.


A implantação do sistema de drenagem e manejo de águas pluviais deverá ser monitorada e, após implantado, controlado por uma equipe e/ou conselho formado por técnicos da prefeitura, bem como avaliar os estudos e planos em andamento e propor ações para implementação das intervenções propostas anteriormente.

10 - EEMMPPRREESSAA DDEE CCOONNSSUULLTTOORRIIAA RREESSPPOONNSSÁÁVVEELL PPEELLOOSS EESSTTUUDDOOSS

TTÉÉCCNNIICCOOSS

Os principais dados de identificação da empresa de consultoria responsável pelos estudos técnicos constam do Quadro 16, a seguir relacionado.

Quadro 16 - Dados gerais da empresa de consultoria. Dados gerais da empresa de consultoria

Razão Social: NeoCorp Desenvolvimento de Projetos e Serviços Ltda. C.N.P.J-M.F: 05.656.777-0001-22 CREA RS: 119.799 CTF-IBAMA: 436.126 Endereço Correspondência: Rua Mariante nº 257, conjunto 401. Bairro: Moinhos de Vento CEP: 90430-181 Município: Porto Alegre-RS Telefone: (51) 3025-7272 FAX: (51) 3025-7271 Contato: Engª. Civil Lisete Dal Mas Endereço eletrônico: [email protected]

11 - EEQQUUIIPPEE TTÉÉCCNNIICCAA

A equipe técnica da empresa consultora responsável pela execução dos estudos relacionados ao licenciamento ambiental consta do Quadro 17, a seguir. Quadro 17 - Equipe de profissionais e pessoal de apoio técnico, responsável pela elaboração

do Plano.

Profissional Qualificação Registro Profissional ART

Jorge Vidal Olivera Duarte Engenheiro Agrícola, Esp.

Saneamento Ambiental, Ms. Engenharia

CREA RS 44.141 - D 4262051

Evandro Gottardo Geólogo, Ms. Dr. Engenharia CREA RS 83.699 - D 4262010 Martin Bromberg Economista CRE RS 3.628-5 _______

Lisete Dal Mas Engenheira Civil CREA RS 63.067 - D 4262073 Nilson Teixeira de Oliveira Engenheiro Civil, Ms. CREA RS 125.231 - D 4262110 Adriana Benincá Engenheira Química CREA RS 101.551 4791115 André Thiago de Souza Lanzer

Biólogo Ms. Dr. Em Engenharia de Produção e Sistemas CRBio 25.02503 - D 3-02759/09

César Waihrich Cunha Geógrafo CREA RS 147.678 - D 4714370

Amanda Fialho Moraes Graduanda em Arquitetura e Urbanismo

______ ______

Leonardo Luiz de Andrade Desenhista Cadista ______ ______

As anotações de responsabilidade técnica da equipe estão apresentadas no Anexo V.


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12 - BBIIBBLLIIOOGGRRAAFFIIAASS CCIITTAADDAASS EE CCOONNSSUULLTTAADDAASS

ANEXO III DO EDITAL DE TOMADA DE PREÇOS Nº 018 (211) - 2008, Prefeitura Municipal de Panambi-RS. COMPANHIA RIOGRANDENSE DE SANEAMENTO - 2001. Estudo de Concepção do Sistema de Esgoto Sanitário de Panambi/RS,118 p. LEI FEDERAL Nº 11.445, de 5 de Janeiro de 2007. Estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico, 19p. MINISTÉRIO DAS CIDADES, 2006. Guia para Elaboração de Planos Municipais de Saneamento, 152p. MINISTÉRIO DAS CIDADES. ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE, OPAS, 2005. Política e Plano Municipal de Saneamento Ambiental, Experiências e Recomendações, 89p. PREFEITURA MUNICIPAL DE PANAMBI-RS - 2007. Relatório Atual de Monitoramento da Central de Triagem e Compostagem do Município de Panambi/RS destinado à FEPAM, 15p. TERMO DE COMPROMISSO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA, de 06 de Julho de 2007, nos autos do Inquérito Civil nº 21-2004, 7p.

13 - AANNEEXXOOSS

Anexo I - Planta do Sistema de Abastecimento de Água. Anexo II - Planta do Estudo de Concepção do Sistema de Esgotamento Sanitário. Anexo III - Planta da Central de Triagem e Compostagem. Anexo IV - Planta do Sistema de Drenagem. Anexo V – Anotações de Responsabilidade Técnica.


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Anexo I - Planta do Sistema de Abastecimento de Água.


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Anexo I - Planta do Sistema de Abastecimento de Água Existente. LAUDA 1


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Anexo II - Planta do Estudo de Concepção do Sistema de Esgotamento Sanitário.


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Anexo II - Planta do Estudo de Concepção do Sistema de Esgotamento Sanitário. LAUDA 1


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Anexo III - Planta da Central de Triagem e Compostagem.


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Anexo III - Planta da Central de Triagem e Compostagem Existente. LAUDA 1


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Anexo IV - Planta do Sistema de Drenagem.


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Anexo IV - Planta do Sistema de Drenagem Existente. LAUDA 1


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Anexo V – Anotações de Responsabilidade Técnica.


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Jorge Vidal Olivera Duarte ART 4262051


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Evandro Gottardo ART 4262010


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Lisete Dal Mas ART 4262073


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Nilson Teixeira de Oliveira ART 4262110


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Adriana Benincá ART 4791115


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André Thiago de Souza Lanzer ART 3-02759/09

plano de saneamento bÁsico municipal (psbm) de … · plano de saneamento bÁsico municipal (psbm)...

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