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Plano Integrado de Capacitação de Recursos Humanos para a Área da Assistência Social
CAPACITAÇÃO EM SERVIÇO
TEMA: GESTÃO DO CRAS COM ÊNFASE EM INSTRUMENTAIS
Março/2012
Plano Integrado de Capacitação de Recursos Humanos para a Área da Assistência Social
O Centro de Referência de Assistência Social – CRAS
•O Centro de Referência de Assistência Social(CRAS) é umaunidade pública estatal descentralizada da política deassistência social;• Responsável pela organização e oferta de serviços daproteção social básica do Sistema Único de AssistênciaSocial (SUAS) nas áreas de vulnerabilidade e risco social dosmunicípios e DF. Dada sua capilaridade nos territórios;•Se caracteriza como a principal porta de entrada do SUAS,ou seja, é uma unidade que possibilita o acesso de um grandenúmero de famílias à rede de proteção social de assistênciasocial.
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•A oferta dos serviços no CRAS deve ser planejada edepende de um bom conhecimento do território e dasfamílias que nele vivem, suas necessidades, Potencialidades,bem•Como do mapeamento da ocorrência das situações•De risco e de vulnerabilidade social e das•Ofertas já existentes
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FUNÇÕES DO CRAS•Fornecimento de informações e dados para o ÓrgãoGestor Municipal ou do DF sobre o território parasubsidiar: a elaboração Plano Municipal de AssistênciaSocial; o planejamento monitoramento e avaliação dosserviços Ofertados no CRAS; a alimentação dos Sistemasde Informação do SUAS; os processos de formação equalificação da equipe de referência;•Oferta do PAIF e outros serviços socioassistenciais daProteção Social Básica.•Gestão territorial da rede socioassistencial da PSB
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O QUE FAZ CADA
UM NOS CRAS?
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A TIPIFICAÇÃO(PADRONIZAR PARA PLANEJAR E AVALIAR)
I - Serviços de Proteção Social Básica:a) Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF);b) Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos;c) Serviço de Proteção Social Básica no domicílio para pessoas com deficiência e idosasII - Serviços de Proteção Social Especial de Média Complexidade:a) Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (PAEFI);b) Serviço Especializado em Abordagem Social;c) Serviço de Proteção Social a Adolescentes em Cumprimento de Medida Socioeducativa de Liberdade Assistida (LA), e de Prestação de Serviços à Comunidade (PSC);d) Serviço de Proteção Social Especial para Pessoas com Deficiência, Idosas e suas Famílias;e) Serviço Especializado para Pessoas em Situação de Rua
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COMO GARANTIR ATENDIMENTO INTEGRAL?
• Integrando serviços, projetos e benefícios
PROTOCOLO DE GESTÃO INTEGRADA
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POR QUE INSISTIR NA GESTÃO INTEGRADA
A. Pactuar, entre os entes federados, os procedimentos que garantama oferta prioritária de serviços socioassistenciais para os indivíduosas famílias beneficiárias do PBF, do PETI e BPC;B. Construir possibilidades de atendimento intersetorial, qualificaratendimento a indivíduos e famílias e potencializar estratégias parainclusão social, o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários,o acesso à renda e a garantia de direitos socioassistenciais;C. Favorecer a superação de situações de vulnerabilidade e riscovividas pelos indivíduos e pelas famílias beneficiárias do PBF e do BPC,bem como pelas famílias beneficiárias do PETI, por meio da oferta deserviços socioassistenciais e encaminhamentos para a redesocioassistencial e das demais políticas públicas e, quando necessário,para órgãos do Sistema de Garantia de Direitos (SGD).
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E AINDA ...A. Adotar o Cadastro Único para Programas Sociais e o Cadastro doBPC como base de dados para a realização de diagnóstico devulnerabilidade e risco no território;B. Padronizar procedimentos de gestão para o atendimento dasfamílias mencionadas no Art. 1º;C. Estabelecer fluxo de informações entre os entes federados noque diz respeito ao atendimento das famílias;D. Padronizar procedimentos de gestão, instrumentos para a coletade dados e geração de informações, indicadores para omonitoramento e a avaliação do atendimento das famílias;E. Propor mecanismos que fortaleçam sistematicamente aarticulação da rede socioassistencial, de educação e saúde paramonitorar e avaliar o atendimento das famílias beneficiárias deprogramas de transferência de renda, bem como a inclusão, o acessoe a permanência na escola dos beneficiários do PBF, PETI e BPC.
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A CENTRALIDADE DO PAIF
“O PAIF também é estratégico para oSUAS por contribuir para a integração dosserviços socioassistenciais, programas detransferência de renda e benefíciosassistenciais, potencializando o impacto dasações e serviços da assistência social paraas famílias, nos territórios dos CRAS”.
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FORMAS DE ATUAÇÃO
•PREVENTIVA;•PROTETIVA;•PRÓATIVA
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USUÁRIOS DO SERVIÇO
Famílias em situação de vulnerabilidade socialdecorrente da pobreza, do precário ou nuloacesso aos serviços públicos, da fragilizaçãode vínculos de pertencimento e sociabilidadee/ou qualquer outra situação devulnerabilidade e risco social.
(Tipificação Nacional de ServiçosSocioassistenciais, 2009)
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ASSIM TEMOS:•Famílias vivendo em territórios com nulo ou frágil acesso à saúde,à educação e aos demais direitos, em especial famíliasmonoparentais chefiadas por mulheres, com filhos ou dependentes;•Famílias provenientes de outras regiões, sem núcleo familiar ecomunitário local, com restrita rede social e sem acesso a serviçose benefícios socioassistenciais;• Famílias recém-retiradas de seu território de origem, em funçãoda implementação de empreendimentos com impactos ambientais esociais;•Famílias com moradia precária (sem instalações elétricas ou redede esgoto, com espaço muito reduzido, em áreas com risco dedeslizamento, vivenciando situações declaradas de calamidadepública, dentre outras);•Famílias vivendo em territórios com conflitos fundiários(indígenas, quilombolas, extrativistas, dentre outros);
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•Famílias pertencentes aos povos e comunidades tradicionais (indígenas,quilombolas, ciganos e outros);•Famílias ou indivíduos com vivência de discriminação (étnico-raciaisculturais, etárias, de gênero, por orientação sexual, por deficiênciaoutras);• Famílias vivendo em contextos de extrema violência (áreas com fortepresença do crime organizado, tráfico de drogas, dentre outros);• Famílias que enfrentam o desemprego, sem renda ou renda precáriacom dificuldades para prover o sustento dos seus membros;• Famílias com criança(s) e/ou adolescente(s) que fica(m) sozinho(s) emcasa, ou sob o cuidado de outras crianças, ou passa(m) muito tempo narua, na casa de vizinhos, devido à ausência de serviçossocioassistenciais, de educação, cultura, lazer e de apoio à família;•Família que entregou criança/adolescente em adoção;• Família com integrante que apresenta problemas de saúde quedemandam do grupo familiar proteção e/ou apoios e/ou cuidadosespeciais (transtornos mentais, doenças crônicas etc.)
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SOBRE AS VULNERABILIDADES
a) vulnerabilidade não é sinônimo de pobreza. A pobreza é umacondição que agrava a vulnerabilidade vivenciada pelas famílias;
b) vulnerabilidade não é um estado, uma condição dada, mas umazona instável que as famílias podem atravessar, nela recair ounela permanecer ao longo de sua história;
c) A vulnerabilidade é um fenômeno complexo e multifacetado,não se manifestando da mesma forma, o que exige uma análiseespecializada para sua apreensão e respostas intersetoriaispara seu enfrentamento;
d) A vulnerabilidade, se não compreendida e enfrentada, tende agerar ciclos intergeracionais de reprodução das situações devulnerabilidade vivenciadas;
e) e) As situações de vulnerabilidade social não prevenidas ouenfrentadas tendem a tornar-se uma situação de risco.
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IMPORTANTE !!!
Destaca-se que o PAIF tem por função “apoiar”a família no desempenho de sua funçãoprotetiva, num dado território, caso as famíliastenham o desejo de fortalecer sua capacidadeprotetiva. Logo, o trabalho social com famíliasdo PAIF não tem como objetivo “obrigá-las” acumprir tal papel protetivo.
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PAIF
Na sua essência deve promover a integração
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Inserção das famílias do PAIF
Atendimento
Acompanhamento
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Vamos ver alguns exemplos:
Leitura do exemplos – pág - 52
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ATENDIMENTO FAMILIAR
IMEDIATA INSERÇÃODA FAMÍLIA NO PAIF
AÇÃO IMEDIATA DE PRESTAÇÃO OU OFERTA DE ATENÇÃO –COM UM OBJETIVO
ALCANÇAR AQUISIÇÕES
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ACOMPANHAMENTO FAMILIAR
CONJUNTO DE INTERVENÇÕES DESENVOLVIDAS EM SERVIÇOS CONTINUADOS, COM OBJETIVOS
ESTABELECIDOS, QUE POSSIBILITA A FAMILIA ACECSSO A UM ESPAÇO ONDE POSSA REFLETIR SOBRE SUA REALIDADE, CONSTRUIR NOVOS
PROJETOS DE VIDA E TRANSFORMAR SUAS RELAÇÕES –FAMILIARES OU COMUNITÁRIAS
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CARACTERÍSTICAS
•CARÁTER CONTINUADO;
•PLANEJADO;
•TEMPO DETERMINADO;
•DEFINIÇÃO DE OBJETIVOS
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PÚBLICO PRIORIZADO• Famílias contrarreferenciadas ao CRAS, pelo Centro deReferência Especializado de Assistência Social (CREAS), apóstrabalho realizado pelo PAEFI (Serviço de Proteção e AtendimentoEspecializado a Famílias e Indivíduos, da Proteção Social Especial);
• Famílias com beneficiários do Benefício de Prestação Continuada(BPC) de até 18 anos, fora da escola, devido às seguintes barreiras:ausência de acompanhante para levar o beneficiário até a escola;ausência de iniciativa da família para estimular o acesso à escola;ausência de iniciativa da família para estimular o convíviosociofamiliar; ausência de cuidadores familiares; dificuldade dosbeneficiários em acessar a rede de serviços; e dificuldade dafamília em acessar a rede de serviços;
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•Famílias cujo descumprimento de condicionalidades do ProgramaBolsa Família (PBF) decorre de situações de vulnerabilidadesocial43;
•Famílias do Plano Brasil sem Miséria; e
•Demais famílias que, segundo avaliação dos profissionais, requeremprocesso de acompanhamento familiar para desenvolvimento decapacidades, acesso a direitos, proteção de um ou mais de seusmembros, bem como superação das situações de vulnerabilidadevivenciadas, conforme realidade local.
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AÇÕES DO ACOMPANHAMENTO
•Encontro Inicial;
•Plano de acompanhamento Familiar (definemediações):
•Intervenções em ações particularizadas ou gruposde famílias;
•Inserção em ações do PAIF;
•Avaliação.
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O TRABALHO SOCIAL COM FAMÍLIAS DO PAIF
Acolhida
Oficinas com Famílias
Ações Comunitárias
Ações Particularizadas
Encaminhamentos
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AÇÕES DO PAIF
INDIVIDUAIS COLETIVAS
ACOLHIDA
AÇÕES PARTICULARIZADAS OFICINAS COM FAMÍLIAS
ENCAMINHAMENTOS AÇÕES COMUNITÁRIAS
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A ACOLHIDA
•1º CONTATO COM O PAIF;•INÍCIO DO VÍNCULO;•REALIZADA POR TÉCNICOS;•ESTABELECIMENTO DE RELAÇÕES DE CONFIANÇA;•RECONHECIMENTO DA QUALIFICAÇÃO DA EQUIPE DEREFERÊNCIA;•COLETA SOBRE A VIDA FAAMILIAR E COMUNITÁRIA;INSTRUMENTAL: PRONTUÁRIO DA FAMÍLIA
TABELA DE REGISTRO DE ATENDIMENTO
ACOMPANHAMENTO OU ATENDIMENTO ?
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FORMAS DE ACOLHIDA•EM GRUPO
•PARTICULARIZADA – PREENCHIMENTO DOPRONTUÁRIOS
� no CRAS� no domicílio – situações específicas (apenascom o consentimento da família)
Direito violado no domicílio –órgãos de defesa dos direitos
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OFICINAS COM FAMÍLIAS
•O QUE SÃO:
Encontros organizados com objetivos de curtoprazo:
Na esfera familiar;
Na esfera comunitária.
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AÇÕES COMUNITÁRIAS
•Ações de caráter coletivo, voltadas paradinamização das ações no território
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Não esquecer...
•Realizar convite;•Definir número de participantes;•Participação dos responsáveis;•Participantes homogêneos ou heterogêneos•Conhecer os participantes;•Estabelecer com participantes as regras de funcionamento;•Devem ser conduzidas por 02 técnicos;•Planejadas;•Duração entre 60 e 120 min;•Oficinas abertas e fechadas;•Um ou mais encontros•Registro
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Encaminhamentos
•Promovem acesso a direitos;
•Pressupõe contatos prévios;
•Formalizado (instrumental);
•Estabelecimento de fluxos de encaminhamento;
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VIGILÂNCIA SOCIAL
•Vigilância da qualidade dos serviços;
•Vigilância das vulnerabilidades, demandas etc...
INDISPENSÁVEL PARA O PROCESSO DEPLANEJAMENTO/GESTÃO
Instrumentais: REGISTRO DE INFORMAÇÕES
Prontuários das famílias, fichas de cadastros etc..
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Reflexões
•"Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra,trabalho, na ação-reflexão." (Paulo Freire)
•“Ninguém é sujeito da autonomia de ninguém”.(Paulo Freire)
•"Eu sou um intelectual que não tem medo de ser amoroso, eu amoas gentes e amo o mundo. E é porque amo as pessoas e amomundo, que eu brigo para que a justiça social se implante antescaridade."
(Paulo Freire)
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OBRIGADA!