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AGÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO DA REGIÃO
METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE
PLANO METROPOLITANO DE GESTÃO
INTEGRADA DE RESÍDUOS COM FOCO EM
RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) E
RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E
VOLUMOSOS (RCCV)
Plano de manejo de RCC em obra
ARM_TEC_02_03_Planorccv_Obra_04_20151028
Agosto de 2014
Consórcio:
PLANO METROPOLITANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS COM FOCO EM RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE
SAÚDE (RSS) E RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E VOLUMOSOS (RCCV)
Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte
Consórcio: IDP FERREIRA ROCHA Status: Externo
Título do documento: Benchmarking Nacional e Internacional Referencial RCC – Anexo: Plano de manejo de RCC em obra.
Nome/código: ARM_TEC_02_03_Planorccv_Obra_04_20151028 Versão: 4
Elaboração: Equipe IDP FR Data: 28/10/2014
Revisão: Equipe IDP FR Data: 22/04/2015
Aprovação: Jesus Blasco Gomez Data:
Observações:
Aprovação do Gestor:
Nome: Gustavo Batista de Medeiros Visto:
Data da Aprovação:
Consórcioo:
CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)
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CONTEÚDO
Conteúdo ............................................................................................................................. 3
LISTA DE QUADROS .......................................................................................................... 5
LISTA DE FIGURAS ............................................................................................................ 6
LISTA DE SIGLAS ............................................................................................................... 6
1.0. INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 7
2.0. PLANO DE MANEJO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO E DEMOLIÇÃO EM UM
CANTEIRO DE OBRAS ....................................................................................................... 8
2.1. CICLO DE VIDA DOS RCCV .......................................................................... 9
2.2. ESTRATÉGIAS E METAS DO PLANO DE MANEJO DE RCCV (PMRCC) .. 12
2.3. GERAÇÃO E MINIMIZAÇÃO DOS RESÍDUOS ............................................ 14
2.4. ELEMENTOS PARA A ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE MANEJO DE
RCC 15
2.5. MODELO DE UM PMRCC PARA SER APLICADO NO LOCAL DA OBRA .. 19
2.6. RECOMENDAÇÕES PARA A IMPLANTAÇÃO E OPERAÇÃO ADEQUADA
DO PMRCC .............................................................................................................. 23
2.7. RECOMENDAÇÕES PARA OS QUE PROJETAM A OBRA ........................ 27
2.8. CONTROLE E REVISÃO DO PMRCC ......................................................... 30
3.0. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................ 39
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 – Exemplos de metas a serem definidas para um Plano de Manejo de RCD
em obra. ..................................................................................................................... 12
Quadro 2 – Possíveis estratégias para a minimização da geração de RCD em obra. . 15
Quadro 3 – Quadro exemplo para identificação dos materiais potencialmente
recicláveis gerados em obra. ...................................................................................... 21
Quadro 4 - Quadro modelo para identificação dos resíduos de escavação gerados em
obra e que podem ser reutilizados ou comercializados. .............................................. 21
Quadro 5 - Quadro modelo para identificação dos resíduos sólidos similares a urbanos
gerados em obra e que podem ser reutilizados ou comercializados. .......................... 22
Quadro 6 – Ficha modelo a ser preenchida para a revisão e acompanhamento da
implantação de um plano de manejo de RCD em obra. .............................................. 31
Quadro 7 – Ficha modelo para revisão e acompanhamento de RCD entregues para
valorização ou eliminação. .......................................................................................... 33
Quadro 8 – Ficha modelo utilizada em Cantabria, Espanha, para a solicitação de
operação de valorização de resíduos inertes e sua reutilização em outras obras. ...... 34
Quadro 9 – Parâmetros para avaliação de medidas de manejo de RCCV em obra. ... 37
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Fluxograma para o manejo e gestão de RCD pelos seus agentes
associados. ................................................................................................................. 11
Figura 2 - Exemplos da disposição de contêineres em um canteiro de obras. ............ 24
Figura 3 - Acondicionamento de resíduos gerados em obra, em local coberto. .......... 26
Figura 4 - Acondicionamento e etiquetagem adequada de resíduos gerados em obra.
................................................................................................................................... 26
LISTA DE SIGLAS
RCC - Resíduos de construção Civil
RCCV - Resíduos de construçao Civil e Volumosos
RCD - Resíduos de Demolição
PMRCC - Plano de Manejo de Resíduos da construção Civil
CO2 - Dioxido de Carbono
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1.0. INTRODUÇÃO
O presente documento é um anexo do Produto 03 - Benchmarking Internacional
RCCV.
O conteúdo deste documento é orientativo e baseado em Guias e Planos de Manejo
para os resíduos da construção e demolição gerados em obras elaborados por
Administrações e Órgãos de vários países como: Austrália, México, Estados Unidos,
Chile, Argentina e Espanha.
As orientações apresentadas foram coletadas ao longo da experiência dos países
supracitados na prática da aplicação de normas e condutas adequadas para gestão de
resíduos da construção e demolição. Estas informações podem ser vistas como
sugestões para o sucesso de uma obra ou empreendimento que tenha por objetivo o
manejo sustentável dos RCD gerados e, ainda, dependendo do local, adequadas às
exigências legais existentes.
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2.0. PLANO DE MANEJO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO E
DEMOLIÇÃO EM UM CANTEIRO DE OBRAS
O plano de manejo de resíduos é um instrumento de gestão integral dos resíduos
sólidos e contempla o conjunto de ações e procedimentos que visam facilitar a
organização e disposição dos resíduos acumulados em obra, já que quando mal
geridos, podem representar um problema para a comunidade. Entre os principais
objetivos dos planos de manejo, podemos citar (Guía para el manejo de residuos
sólidos generados en la Industria de la Construcción, Cortina Ramírez, J.M., 2007):
a) Fomentar a minimização da geração de RCCV;
b) Promover a responsabilidade compartilhada dos geradores, distribuidores e
comércios do resíduo;
c) Realizar a separação na fonte e a coleta segregada dos resíduos;
d) Incentivar a reutilização e reciclagem dos resíduos com o objetivo de reduzir o
volume gerado que atualmente é destinado à disposição final sem passar por
qualquer processo de valorização;
O desenvolvimento de um plano de manejo de RCCV no canteiro de obras é, portanto,
uma importante ferramenta para as construtoras e seus clientes já que possui o
propósito de melhorar seu desempenho ambiental, informar sobre as opções de
disposição final bem como adequá-las aos controles governamentais impostos por lei
e reduzir os custos de disposição final dos resíduos.
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2.1. CICLO DE VIDA DOS RCCV
O ciclo de vida dos RCCV pode ser dividido em duas etapas: aquela que acontece
dentro do canteiro de obras e a que ocorre no ambiente externo à obra (Plan de
manejo de RCD, Cámara Mexicana de la Industria de la Construcción, 2013).
Etapas internas à obra
Fonte: Adaptado do Plan de manejo de RCD, Cámara Mexicana de la Industria de la Construcción, 2013.
Etapas externas ao canteiro de obras
Fonte: Adaptado do Plan de manejo de RCD, Cámara Mexicana de la Industria de la Construcción, 2013.
Na figura seguinte são apresentados os componentes que fazem parte do processo
integral de manejo de resíduos da construção e demolição (Guía prática para la
gestión de los residuos de la construcción y demolición de Cantabria – España, 2010 –
Geração
•RCD gerados devido ao volume extra de material dimensionado para alguma atividade, ou seja, podem ser chamados de sobras.
Coleta
•Coleta dos resíduos gerados para o seu transporte à etapa seguinte do manejo.
Armazenamento
•Acumulação e segregação dos RCD segundo sua classificação para poder destinar à valorização/tratamento de acordo com as suas caracterísitcas.
Transferencia
•Armazenamento temporário e/ou acondicionamento de resíduos para o transporte.
Transporte
•Transporte dos residuos de diferentes obras para diferente destinos, de acordo com a sua caracterização.
Tratamento
•Operações destinadas ao acondicionamento e valorização dos resíduos, de acordo com a sua caracterização.
Disposiçao final
•Operações para encaminhar os resíduos sem potencial de valorização ao depósito permanente de RCCV.
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2014.), sendo a etapa de processamento aquela na qual são obtidos os materiais que
podem ser reutilizados em outras obras no mesmo setor da construção.
Resíduos para aterro, desde sua geração na obra.
Terras no contaminadas
REUTILIZAÇÃO
Residuos classificados em obra
- Rejeitos
Residuos sem classificação
OUTRA OBRA
Nota:
DOCUMENTOS QUE
CERTIFICAM A GESTAO DOS
RESÍDUOS
ENTREGA DOCUMENTADA DE
RESÍDUOS AO GESTOR
- Misturas que
não admitem
valorização
ATERRO
O gerador é obrigado a seprarar na origem as frações de concreto, ladrilhos, cerâmicos, metal, madeira, vidro, plástico, papel e papelão daqueles resíduos de construção e
demolição que são produzidos na obra.
REINSERÇÃO COMO RECURSO NO CICLO PRODUTIVO
ESTUDO DA GESTÃO DOS
RCC
PLANO DE GESTÃO DE RCC
GERADOR
CONTRATANTE
PRODUTOS OBTIDOS
DA SEPARAÇÃO E
TRATAMENTO EM
OBRA
GESTOR PLANTA DE
CLASSIFICAÇÃO
PRODUTOS OBTIDOS
DA PLANTA DE
CLASSIFICAÇÃO
(metais, madeiras,
etc.)
GESTOR
PLANTA DE
TRATAMENTO DE
RECICLADOS
PRODUTOS OBTIDOS DA
PLANTA DE
TRATAMENTO
(agregados reciclados
para obras e outros
materiais inertes para
preenchimento)
ARMAZENAMENTO
ADEQUADOOBRA
SEGREGAÇÃO NA
ORIGEM E
EVENTUAL
TRATAMENTO
PRÉVIO DOS
RESÍDUOS
OBRA DE RESTAURAÇÃO OU
PREENCHIMENTO
SEGREGAÇÃO DE FRAÇÕES
GESTÃO PRÓPRIA
DOCUMENTADA DOS
RESÍDUOS (AUTORIZAÇÃO
PRÉVIA)
Figura 1 - Fluxograma para o manejo e gestão de RCD pelos seus agentes associados.
Fonte: Guía práctica para la gestión de los resíduos de la construcción y demolición de Cantabria – España, 2010 – 2014.
2.2. ESTRATÉGIAS E METAS DO PLANO DE MANEJO DE RCCV (PMRCC)
Existem diferentes estratégias que podem ser adotadas para o manejo dos RCCV e
RCD, tanto para as fases de planejamento inicial dentro da obra, para a sua execução,
bem como para o ambiente externo (da obra), incluindo o transporte final dos resíduos
aos centros de valorização/tratamento ou a disposição final em aterros adequados.
As estratégias podem ser adotadas após considerar diferentes particularidades do setor
da construção bem como em função de dados levantados na etapa de diagnóstico.
Na figura seguinte, são apresentadas possíveis metas de um plano de manejo de RCCV
como mostrado no Plano de Manejo de RCD da Câmara Mexicana da Indústria da
Construção, 2013 (Plan de manejo de RCD, Cámara Mexicana de la Industria de la
Construcción, 2013).
Quadro 1 – Exemplos de metas a serem definidas para um Plano de Manejo de RCD em obra.
Estratégias para o manejo de RCD Estratégias transversais
Identificação dos resíduos e indicadores para o manejo
Pla
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Cálculo de indicadores de manejo para reciclagem, aproveitamento e disposição final por tipo de obra.
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Minimização da geração de
resíduos
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Sistema para a redução da geração de resíduos através da escolha de materiais, planejamento das quantidades, etc.
Emprego de materiais que podem ser reciclados e reutilizados na própria obra.
Pactuar a devolução de embalagens.
Segregação de resíduos
na obra.
Separação de resíduos por tipo de possível aproveitamento:
Material de escavação;
Concreto;
Entulhos;
Outros.
Reuso e Reciclagem
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Reutilização de materiais;
Emprego de materiais reciclados;
Identificação de estruturas para reciclagem;
Especificações mínimas para o uso de material reciclado.
Acondicionamento e
transporte
Controle da documentação do transporte;
Medidas para evitar a dispersão de partículas finas no ar;
Emprego e busca por transportadores credenciados.
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Disposição final
Lista de locais autorizados para o recebimento;
Criação de locais especializados;
Disposição obrigatória em locais autorizados.
Fonte: Adaptado Plan de manejo de RCD, Cámara Mexicana de la Industria de la Construcción, 2013.
A Reciclagem e a reutilização dos materiais é uma tendência que está cada vez mais
associada com as “boas práticas da construção civil”. A experiência neste campo tem
mostrado às construtoras, as vantagens econômicas de um manejo adequado dos RCCV
e, ainda, os benefícios ambientais destas práticas. (Guía para el manejo de residuos
sólidos generados en la Industria de la Construcción, Cortina Ramírez, J.M., 2007)
Dentre as vantagens, podem ser citadas:
a) Ajuste de custos: reciclar, reutilizar e recuperar resíduos para economizar recursos
financeiros. Muitas das construtoras que optaram pelo manejo dos resíduos da
construção mantiveram as alterações na sua forma de trabalho e operação tendo em
vista a redução dos resíduos gerados e os benefícios advindos desta postura.
Estas práticas têm conduzido a uma economia relacionada com a disposição final dos
resíduos gerados e, além disso, com a obtenção de benefícios monetários pela
promoção da reciclagem, reuso e recuperação de materiais. A reutilização de
materiais e os métodos de recuperação dos mesmos reduz a necessidade da compra
de novos materiais e diminui também o volume de materiais dispostos no canteiro de
obras criando um ambiente mais limpo, seguro e organizado, resultando na melhoria
da relação com a comunidade localizada no entorno da obra.
b) Vantagens de mercado: uma empresa que pratica o manejo adequado dos resíduos e
promove sua reciclagem e reutilização possui uma ferramenta valiosa para a área
comercial já que pode incluir estas práticas no pacote de ofertas e execução dos
projetos como uma resposta à demanda crescente de clientes, em todos os âmbitos
da gestão pública e privada, atentos a esta temática. Os esforços para prevenir a
geração dos resíduos, para reciclá-los e reutilizá-los em um determinado projeto
podem ajudar uma equipe de projeto a adquirir a reputação de uma empresa
ambientalmente responsável criando assim uma vantagem competitiva frente à
concorrência.
c) Geração de benefícios ambientais: as vantagens ambientais também são resultantes
de programas de reciclagem e prevenção da geração de resíduos. Em um longo
prazo, prevenir a geração de RCCV reduz a dependência da disponibilidade de
recursos naturais e o impacto derivado da elevada demanda energética e de recursos
hídricos para a produção de materiais virgens o que impacta positivamente na
emissão de gases de efeito estufa derivados desta atividade extratora e do transporte
dos materiais até os centros de distribuição.
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Sendo assim, o plano de manejo de RCCV quando executado no local da obra é uma
importante ferramenta para construtoras de qualquer porte, pois aperfeiçoa seu
desempenho no âmbito ambiental, legal e econômico (Decreto 72/2010 de la
Comunidad de Cantabria – España, Construction And Demolition waste manual,
Department of design and construction of NYC, 2003 – USA).
Um plano efetivo para o manejo dos RCC gerados em obra pode acarretar diversos
benefícios, tais como:
Melhora no controle do risco associado aos resíduos;
Contribuição para o cumprimento das regulações estabelecidas para a disposição dos
RCCV;
Mecanismo que pode ser utilizado para destacar as medidas ambientais tomadas
pela empresa;
Conhecimento e manejo de um sistema que pode levar a economias consideráveis
mediante o uso adequado dos insumos para a construção com a finalidade de evitar
desperdícios e reduzir a geração de resíduos;
Redução dos impactos ambientais e sociais negativos gerados por um manejo
inadequado de resíduos, minimizando algumas ocorrências indesejáveis como:
inundações, deslizamentos, proliferação de vetores, contaminação e assoreamento
dos cursos d´água;
Transformação de uma fonte de gastos em fonte de recursos mediante a identificação
de oportunidade de venda e comercialização de materiais recicláveis com potencial
de absorção pelo mercado;
Redução do uso de energia e da geração de CO2 na produção e transporte de
material virgem.
2.3. GERAÇÃO E MINIMIZAÇÃO DOS RESÍDUOS
A minimização da geração de resíduos é indispensável para uma boa gestão dos
resíduos e para isso é necessário identificar os processos construtivos e os insumos
responsáveis por gerar um volume considerável de resíduos.
De acordo com o Plano de manejo de RCD editado pela Câmara Mexicana da Indústria
da construção, em 2013, as possíveis estratégias para minimizar a geração de tais
resíduos são:
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Quadro 2 – Possíveis estratégias para a minimização da geração de RCD em obra.
GERAÇÃO E MINIMIZAÇÃO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
Estratégias Metas Responsáveis
Para o desenvolvimento de um Plano de minimização de RCD nas construtoras, como parte de suas políticas operativas, devem ser incluídos os seguintes itens:
a) Aplicação de boas práticas para a redução da geração de resíduos;
b) Incremento da utilização de materiais que podem ser reutilizados;
c) Dentro do possível, evitar o uso de materiais cujos resíduos sejam tóxicos;
d) Pactuar a devolução de embalagens usadas aos provedores.
Elaborar um programa e um plano de minimização de RCC para cada obra que realizar.
Empresas Construtoras
Estabelecer convênios de cooperação e colaboração com fornecedores de materiais e insumos para construção com a finalidade de que estes sejam administrados com a menor quantidade de pacotes e embalagens e, caso existam, sejam devolvidos para o seu manejo, incluindo as sobras no caso dos materiais pétreos.
Formalizar e programar um número determinado de convênios de cooperação de minimização com fornecedores de materiais e insumos intermediados pelas Câmaras de Comércio ou Associações integrantes da cadeia produtiva da indústria da construção.
Câmaras de Comércio da região.
Fonte: Adaptado do Plan de manejo de RCD, Cámara Mexicana de la Industria de la Construcción, 2013.
2.4. ELEMENTOS PARA A ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE MANEJO DE RCC
Os quatro principais componentes que fazem parte do manejo dos RCCV (Davis &
Cornwell, 1998) são: coleta, transporte, tratamento e disposição final.
O primeiro ponto a ser considerado ao iniciar um plano de manejo de resíduos são as
alternativas de gestão dos RCCV, que podem estar entre as seguintes opções:
a) Minimização;
b) Reutilização;
c) Reciclagem;
d) Disposição final.
Os aspectos relativos à quantidade, materiais específicos e peso dos materiais são
importantes porque estes permitem o cálculo do peso total aproximado que será,
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posteriormente, utilizado para determinar a viabilidade econômica da utilização de
métodos alternativos de disposição final.
Outras variáveis que devem ser tratadas incluem o custo da coleta, transporte e
tratamento. Os métodos de separação e classificação de resíduos devem ser analisados
no momento de planejamento da gestão.
a) Plano de manejo de RCC:
Identificar os materiais que serão utilizados, reciclados e depositados nos aterros
adequados para RCCV incluindo os subcontratantes responsáveis pelos materiais;
Prestar atenção especial nos procedimentos, nas expectativas e nos resultados que
devem ser supervisionados;
Designar um coordenador responsável pela supervisão do plano;
Determinar as metas do plano de manejo, por exemplo: Reutilização e reciclagem de
75% da fração metálica utilizada no projeto.
Estimar a quantidade de RCCV que será gerada;
Indicar o método de valorização/disposição para cada material reutilizado in situ,
economizado (não utilizado) reciclado ou depositado nos lugares estabelecidos;
Incluir os manuais de procedimento para remover, reparar e armazenar e/ou
transportar os resíduos;
Comunicar o plano a todos os membros da equipe;
Comunicar os resultados;
b) Pesquisa das opções de reciclagem
Qual tipo de material a planta recebe?
Quais são as regras específicas para cada material? Ex.: É possível encaminhar
madeira compensada em plantas onde são tratadas madeiras naturais?
Decidir quais materiais podem ser misturados e quais recursos necessitam de
segregação prévia, bem como os custos envolvidos.
Existe um serviço de coleta disponível?
Quais são as opções de coleta?
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Quais são as tarifas ou preços para o serviço de reciclagem? O que está incluído
neste valor?
Há ajuda para implementar o programa e para proporcionar capacitação ou
treinamento da equipe de trabalho?
c) Decisão sobre qual material reciclar
Determine o potencial de reciclagem dos materiais assim como os métodos de
reciclagem;
Selecione o que será reciclado;
Determine o custo e os benefícios pela reciclagem de diferentes resíduos da
construção e demolição.
Determine o custo para disposição final dos resíduos;
Identificar, baseado nos cálculos, os materiais que apresentam uma maior
rentabilidade após o processo de reciclagem;
No ano de 2014, a construtora DTI, com sede no Reino Unido, elaborou um documento
no qual são estabelecidas nove passos importantes para a elaboração de um plano de
manejo de resíduos no local da obra. (Site Waste Management Plans, Guidance for
Construction Contractors and clients, voluntary code of practice, DTI, 2004) os quais
estão descritos a seguir:
a) Identificar quem será o responsável por elaborar o plano de manejo de resíduos no
local da obra e de assegurar que este será levado à prática. Diversas pessoas podem
ser responsáveis durante a etapa de planejamento e no local de trabalho durante as
diferentes etapas. É indispensável saber quem é responsável pelo que e quais são
suas tarefas principais. De qualquer forma, é preciso ter autoridade suficiente para
assegurar-se de que o plano de manejo de resíduos no local da obra seja cumprido.
b) Identificar os tipos e as quantidades de RCCV que serão gerados em todas as etapas
do plano de trabalho.
c) Identificar as opções para a gestão de resíduos da construção incluindo referências,
opções in loco e externas à obra, e, ainda, prestar uma atenção particular a qualquer
resíduo perigoso gerado na obra.
d) Identificar os locais e os potenciais prestadores de serviços para a gestão dos RCCV,
verificando que os contratos são os adequados para o objetivo definido, buscando a
conformidade com as responsabilidades legais tais como o cuidado correto e manejo
de tais resíduos.
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e) Realizar toda capacitação necessária de pessoal ou capacitação disponibilizada pelos
subcontratados, de modo que cada um dos trabalhadores entenda os requisitos do
plano de manejo de resíduos no local da obra.
f) Determinar os objetivos com percentuais ou quantidades de resíduo que serão
enviados para reciclagem ou reutilizados e faça o registro em uma folha de dados que
pode ser acompanhada por todos os envolvidos.
g) Determinar as quantidades e classes de resíduos gerados,compare-os com o plano
de manejo no sítio de obra para assegurar-se de que o manejo está adequado ao
planejado e para promover uma melhoria continua.
h) Supervisionar a aplicação do plano no local da obra para certificar-se de que tudo
está caminhando como planejado e esteja preparado para por em dia seu plano se as
circunstâncias forem diferentes da esperada. Aprenda com as experiências negativas
diárias para evitá-las e/ou saber contorná-las em ocasiões futuras.
i) Revisar o funcionamento do plano de manejo in loco ao final do projeto e identifique
os pontos de aprendizagem de forma que possam ser aplicados em planos futuros.
Compartilhe este aprendizado com companheiros do local de trabalho que podem
estar relacionados à elaboração de plantas, de forma que também possam se
beneficiar com a experiência. Finalmente, compare os percentuais lançados com os
planejados e identifique quais são aqueles que podem ser aprimorados e quais
cumpriram as expectativas.
Existem outros exemplos de conteúdo para um plano de manejo de RCC, como o da
cidade de Melbourne- Austrália “Construction Management Plan Guidelines, City of
Melbourne, 2010” aonde o construtor ou responsável pelo projeto tem que identificar
os requerimentos específicos para cada local, com o propósito de assegurar que a
obra está sendo desenvolvida de forma segura e eficaz. Os elementos que compõem
tal plano de manejo de RCCV são:
Elemento 1: Segurança pública, serviços e segurança do local.
Assegure-se de que o público em geral está adequadamente protegido das
atividades que são desenvolvidas nas obras. O responsável pelo plano de manejo
deve documentar estratégias para garantir um local de trabalho seguro e
protegido. Deve ser providenciada solicitação para ocupação das ruas. A obra
deve ser mantida limpa e ordenada para garantir a segurança pública e a proteção
do equipamento público local.
Elemento 2: Horas de funcionamento, ruído e controle de vibrações.
Minimizar o impacto do ruído e das vibrações no entorno da obra, prover um
planejamento para o plano e ter consciência das atividades realizadas fora do
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horário habitual, minimizando a probabilidade de dano nas construções e
estruturas adjacentes.
Elemento 4: Águas pluviais e controle de sedimentos
Prevenir a contaminação de, ou o dano a, sistema de drenagem de águas pluviais
e cursos d’água e assegurar que os sedimentos procedentes da obra sejam
retidos in-situ.
Elemento 5: Reutilização de materiais e resíduos.
Maximizar o reuso e/ou reciclagem dos materiais da obra; o resíduo tem que ser
recolhido e armazenado in loco até o momento de transportá-lo.
Elemento 06: Gestão do tráfego
Minimizar as interrupções do tráfego (veículos, cidadãos e ciclistas) causadas
pelas atividades da obra, assegurando a segurança de todos os usuários das vias.
Como se observa, nestes tópicos há uma tendência para o aspecto relativo ao cuidado
ao meio ambiente e à segurança do entorno. Tomando como base os primeiros pontos
definidos, é possível construir um modelo com um conteúdo mínimo que um plano de
manejo de resíduos realizado no local da obra deve apresentar. Esse conteúdo será
abordado no próximo item. (Guía para el manejo de resíduos sólidos generados en la
Industria de la Construcción, Cortina Ramírez, J.M., 2007 y Site Waste Management
Plans, Guidance for Construction Contractors and clients, voluntary code of practice, DTI,
2004).
2.5. MODELO DE UM PMRCC PARA SER APLICADO NO LOCAL DA OBRA
Objetivos
Os objetivos de um PMRCC para o local da obra ou edificação devem conter como
conteúdo mínimo, os seguintes itens:
a) Meta mínima de economia por meio da reutilização ou reciclagem (X% por peso dos
resíduos gerados no local).
b) A redução dos resíduos será incluída durante a elaboração dos projetos para a
edificação e os esforços voltados para reutilização e reciclagem serão mantidos ao
longo do processo de construção.
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Planejamento para a prevenção da geração de resíduos
Nesta etapa são identificados quais passos serão tomados para prevenir a geração de
resíduos durante a execução do projeto podendo incluir projetos que favoreçam a
padronização de elementos construtivos.
Especificar as técnicas construtivas que incorporem poucos materiais. No local de
trabalho pode ser identificado um ponto central da zona de corte de materiais de madeira,
que facilite o uso das sobras da obra.
Uma medida que pode ser levada em consideração é um acordo com os fornecedores,
para que estes retirem ou se responsabilizem pela retirada da sobra de material da obra.
A demolição deve ser seletiva (ou por etapas). Para demolição, o ideal é que sejam
contempladas e consideradas, previamente, as exigências dos padrões de qualidade do
comprador do material resultante de forma a evitar desperdícios.
Plano de comunicação e educação
A comunicação de um plano de manejo de RCCV à equipe de execução da obra e aos
subcontratados deve ser feita com cuidado para assegurar que as medidas previstas
sejam cumpridas. A seguir, serão descritas algumas medidas que podem ser
consideradas:
a) As atividades de prevenção e reciclagem de resíduos serão discutidas no início de
cada semana e é o momento que o coordenador possui para reforçar, a todos os
envolvidos, as metas do projeto e divulgar o Plano de Manejo de RCC da obra e suas
atualizações de escopo, quando existirem.
b) O contratante deve assegurar que todo seu equipamento de trabalho disponibilizado
em obra seja suficiente para cumprir com os objetivos do plano de manejo de
resíduos proposto.
c) Todos os containers devem estar devidamente etiquetados. Aqueles que são
reservados para depósito de material com potencial para reciclagem deverão estar
localizados o mais próximo possível da área de trabalho.
d) A lista de materiais com potencial de reciclagem ou não, deve estar exposta e
distribuída pela área da obra.
e) Todos os envolvidos serão informados por escrito e oralmente, sobre a importância
da não contaminação dos materiais recicláveis por outros tipos de materiais como
tintas, solventes e resíduo orgânico.
f) As atividades de reciclagem serão avaliadas a cada semana pelos coordenadores do
programa, com o objetivo de evitar qualquer contaminação dos materiais e evitar que
isto ocorra por ações realizadas por pessoas alheias a obra.
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Plano motivacional
A equipe de projeto irá elaborar e distribuir no canteiro de obras e a todas as partes
envolvidas uma declaração da missão do projeto.
Plano de avaliação
O quadro seguinte pode ser utilizado como guia para identificação dos materiais
(resíduos) procedentes da obra, o volume gerado, seu método de disposição e
procedimento para o manejo adequado.
Quadro 3 – Quadro exemplo para identificação dos materiais potencialmente recicláveis gerados em obra.
RESÍDUOS POTENCIALMENTE RECICLÁVEIS
Material Quantidade Método de disposição
Procedimento de manejo
Pré-fabricado de argamassa ou concreto (blocos de concreto, tubos, material para pavimentação).
Concreto simples
Concreto armado
Cerâmicos
Concreto asfáltico
Concreto asfáltico produto da frisagem.
Produtos de muros com revestimento em pedra.
Solo enrijecido.
Pré-fabricados de argila cozida (blocos, ladrilhos, etc.).
Blocos
Argamassa
Fonte: Guía para el manejo de resíduos sólidos generados en la Industria de la Construcción, Cortina Ramírez, J.M., 2007
Quadro 4 - Quadro modelo para identificação dos resíduos de escavação gerados em obra e que podem ser reutilizados ou comercializados.
RESÍDUOS DE ESCAVAÇÃO
Material Quantidade Método de disposição
Procedimento de manejo
Solo rico em matéria orgânica
Solo não contaminado e materiais argilosos granulares e pétreos naturais contidos neles.
Outros materiais não contaminados e não perigosos contidos no solo.
Fonte: Guía para el manejo de resíduos sólidos generados en la Industria de la Construcción, Cortina Ramírez, J.M., 2007
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Quadro 5 - Quadro modelo para identificação dos resíduos sólidos similares a urbanos gerados em obra e que podem ser reutilizados ou comercializados.
RESÍDUOS SÓLIDOS
Material Quantidade Método de disposição
Procedimento de manejo
Papelão
Madeira
Metais
Papel
Plástico
Resíduos de poda, corte de árvores e jardinagem.
Painéis de gesso.
Vidro
Outros Fonte: Guía para el manejo de resíduos sólidos generados en la Industria de la Construcción, Cortina Ramírez, J.M., 2007
Para a Elaboração de um plano de manejo de RCC é indispensável ter em mãos algumas
informações gerais, tais como as descritas a seguir: (Site Waste Management Plans,
Guidance for Construction Contractors and clients, voluntary code of practice, DTI, 2004):
a) Ficha técnica da obra:
Localização.
Classe da obra.
Empresa construtora.
Existência ou não de demolição.
Dimensões da obra (largura/comprimento/altura).
Tempo estimado para conclusão da obra.
Serviços utilizados.
b) Pessoa ou responsável pela implantação e revisão do plano de manejo de RCC e
organograma de responsabilidades.
Dados para contato
1. Inventário dos resíduos gerados.
Tipo de resíduo gerado (urbano, RCC, outros resíduos, incluindo resíduos perigosos).
Volume de geração estimado de RCC e metodologia de estimativa.
Principais processos de geração de RCC durante as diferentes etapas da obra e
principais resíduos gerados em cada uma.
c) Gestão interna:
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Operações de coleta seletiva projetada.
Armazenamento e depósito de resíduos.
Operações de gestão de resíduos realizadas na própria obra, com descrição dos
equipamentos utilizados (compactação/trituração);
d) Gestão externa
Sistema de gestão externa definido para as diferentes classes de resíduos.
Empresas encarregadas da gestão externa.
Certificado de destino do gestor ou gestores externos.
e) Medidas de minimização de resíduos.
f) Ações de elaboração e de comunicação dos critérios de gestão seguidas ao pessoal
e ás empresam que intervêm na obra.
2.6. RECOMENDAÇÕES PARA A IMPLANTAÇÃO E OPERAÇÃO ADEQUADA DO
PMRCC
Um Plano de Manejo de RCC – PMRCC para ser bem implementado depende
inteiramente de uma comunicação detalhada dos processos, metas e objetivos. A
implantação eficaz fomentará a imagem corporativa até os potenciais clientes
maximizando as vantagens competitivas (Site Waste Management Plans, Guidance for
Construction Contractors and clients, voluntary code of practice, DTI, 2004). As seguintes
recomendações devem ser levadas em consideração:
a) Eduque cada um dos empregados sobre o plano de manejo elaborado para a obra
em questão.
Compartilhe o plano formalizado com cada um dos envolvidos na administração do
projeto e discuta os requisitos de manejo dos resíduos com a equipe de trabalho e os
demais empreiteiros subcontratados;
Utilize sinalização de fácil compreensão sobre o PMRCC no local da obra;
Atualize os programas de reciclagem;
Etiquete claramente os containers destinados à reciclagem. Coloque listas de quais
materiais são potencialmente recicláveis e quais não são. Utilize imagens para uma
identificação rápida.
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b) Determine o local.
Coloque os containers para a reciclagem perto do ponto de geração dos resíduos,
mas fora do raio de tráfego;
Eleja containers pequenos ainda que sua coleta seja mais frequente. Se há apenas
um responsável pelo transporte dos resíduos, construa containers que possam ser
adequados ao espaço disponível em obra. Definir previamente o espaço
recomendado para armazenamento do material que sera utilizado e do resíduo que
sera gerado, utilizando os próprios materiais para a separação entre os diferentes
tipos;
Reutilize embalagens menores para coletar os materiais recicláveis gerados em
menor quantidade.
Figura 2 - Exemplos da disposição de contêineres em um canteiro de obras.
c) Torne o processo conveniente
Situe os containers tão próximo quanto possível do local de trabalho;
Sempre coloque um container para resíduos sólidos orgânicos próximo aos
containers para reciclagem;
Distribua croquis e mapas do canteiro de obras à empresa que for realizar a coleta
dos containers contendo a posição de cada um e o tipo de resíduo que contêm.
d) Promova e eduque
Promova o manejo de resíduos como um programa de segurança;
Integre os programas de reciclagem nos programas de segurança e defina por
separado um programa educativo de reciclagem;
Crie um nome ou slogan para o programa de reciclagem;
Utilize sinalizadores e instruções claras para uma efetiva comunicação;
Seja positivo. Quando a equipe de trabalho está motivada e entende as metas, eles
mesmos criarão formas efetivas e criativas de trabalhar eficientemente;
Inclua todos no processo;
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Incentive sugestões para aprimoramentos dos métodos e também a inclusão de
outros materiais que podem ser reciclados.
e) Previna a contaminação
Etiquete claramente os containers de reciclagem;
Proporcione compartimentos para resíduos não recicláveis e os mantenha vazios
regularmente;
Faça visitas periódicas para verificar se os containers estão contaminados;
Considere a utilização de containers com tampas ou dispostos em ambientes
cobertos para evitar o acúmulo de água de chuva e evitar outros tipos de
contaminação.
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Figura 3 - Acondicionamento de resíduos gerados em obra, em local coberto.
Figura 4 - Acondicionamento e etiquetagem adequada de resíduos gerados em obra.
f) Registre os êxitos
Uma vez que a obra tenha sido iniciada, conserve todos os recibos de reciclagem e
disposição dos resíduos para uma analise futura;
Utilize folhas de trabalho para manter um controle dos resultados e custos com a
reciclagem durante a fase de projeto;
Analise as metas alcançadas e os benefícios obtidos mediante a reciclagem dos
materiais.
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2.7. RECOMENDAÇÕES PARA OS QUE PROJETAM A OBRA
Diretor da obra
a) Previsão do volume de material que será necessário para a execução da obra. O
excesso de materiais, além de impactar negativamente no orçamento consiste em
uma das causas de sobras de material na etapa de execução. Também é necessário
prever o acondicionamento dos materiais fora da zona de trânsito da obra, de forma
que permaneçam bem embalados e protegidos até o momento de sua utilização com
a finalidade de evitar a geração de resíduos por ruptura de material novo;
b) É necessário que o diretor da obra saiba os procedimentos de gestão de todos os
resíduos originados na obra. Deve-se determinar a sua forma de valorização, se
serão reutilizados, reciclados ou se servirão para recuperação energética. O objetivo
é poder dispor de meios e ações necessáros para que os resíduos resultantes
estejam nas melhores condições para qualquer que seja o processo de
aproveitamento escolhido;
c) Fomentar a classificação dos resíduos produzidos de maneira que seja mais fácil sua
valorização e gestão no aterro ou em centro específico para sua disposição final;
d) Elaborar critérios e recomendações específicos para a melhoria da gestão analisando
as condições técnicas necessárias e, antes de iniciar os trabalhos, definir um conjunto
de práticas para uma boa gestão da obra que deverão ser cumpridas durante o
período de execução;
e) Planejar a obra tendo em conta as expectativas de geração de resíduos e sua
eventual minimização ou reutilização;
f) Dispor de um banco de dados dos compradores de resíduos, comércios de materiais
reutilizados e recicladores mais próximos;
g) Os contratos de abastecimento de materiais devem incluir um item no qual seja
definido claramente que o fornecedor dos materiais e produtos da obra ficará
responsável por todas as embalagens nas quais os materiais foram transportados.
Este ponto consiste na responsabilidade compartilhada da gestão, ou seja, aquele
que gera o resíduo também é incluído na pauta de responsabilidades fazendo-se
notar, muitas vezes, o excesso de embalagens para alguns tipos de material;
h) Os contêineres e demais recipientes utilizados para o armazenamento e transporte
dos diversos resíduos devem estar devidamente etiquetados, descrevendo com
clareza a classe e características dos resíduos que estiverem acondicionando;
i) Avaliar a experiência na gestão eficaz dos resíduos para que possa ser aperfeiçoada,
bem como aplicada em outras obras.
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Recomendações para o mestre de obras
a) Assegurar que todos aqueles envolvidos na obra conheçam suas obrigações em
relação aos resíduos e que cumpram as normas e ordens ditadas pela direção
técnica, além de zelar pelo cumprimento destas;
b) Incentivar nos trabalhadores da obra o interesse pela redução do uso de recursos e
redução de resíduos que podem estar associados ao excesso de material para o
desenvolvimento de determinada atividade. Explicar as vantagens e benefícios para o
meio ambiente derivados de uma obra sustentável;
c) Incentivar o uso dos resíduos gerados durante a execução na própria obra;
d) Prever uma zona protegida para o armazenamento de materiais para resguardá-los
de ações que possam inutilizá-los. Este espaço poderá estar situado de maneira que
fique protegido do tráfego de materiais e veículos na obra e de outros trabalhos que
possam danificar os materiais, impedindo assim que a sua ruptura os converta em
resíduos antes mesmo de serem utilizados;
e) Dispor de contêineres adequados para cada tipo de resíduo, criando um espaço
organizado para um acondicionamento seletivo de acordo com a sua natureza e
classificação;
f) Controlar o movimento dos resíduos de forma que não fiquem restos espalhados pelo
canteiro, planejando a coleta dentro da obra desde o primeiro ponto de geração até o
local de acondicionamento. Além disso, sempre que possível, os materiais e produtos
que chegam na obra devem ser desembalados em um lugar previamente definido,
próximo à zona de acondicionamento de resíduos classificados facilitando o seu
armazenamento posterior;
g) Atentar para que os resíduos líquidos e orgânicos não se misturem facilmente com
outros resíduos para evitar a contaminação;
h) Evitar a produção de pó planejando previamente um manuseio adequado dos
materiais descarregados em obra que podem ser fonte de emissão de material
particulado;
i) Manter um registro de cada contêiner que sai da obra. É necessário implantar um
controle da natureza, caracterização e quantidade de resíduo que é produzido na
obra e indicar o seu destino seguinte;
j) Manter um controle do consumo de água e de energia elétrica da obra.
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Recomendações para os funcionários da obra
a) As normas e ordens da direção da obra devem ser cumpridas para um controle
efetivo dos resíduos gerados;
b) Todos aqueles que intervêm na obra, cada qual no seu âmbito específico de trabalho,
devem participar ativamente para melhorar a gestão dos resíduos;
c) A separação seletiva dos resíduos deve ser realizada no ato de sua geração de forma
que o tempo necessário seja mínimo para segregá-los no local adequado evitando
assim que haja mistura entre resíduos diferentes e reduzindo o custo com a gestão
dos resíduos;
d) Os resíduos deverão estar dispostos nos locais adequados (contêineres, sacos, etc.).
A falta de cuidado em sua disposição originará resíduos de difícil gestão que
provavelmente acabarão dispostos em aterro sem que seu potencial de
reaproveitamento seja explorado;
e) Os contêineres utilizados para resíduos devem ser transportados devidamente
cobertos para evitar um descarregamento inadequado durante o caminho até o
tratamento/disposição final, mesmo que sejam em pequenas quantidades;
f) Evitar a execução e manuseio inadequado da matéria prima utilizada na obra que
pode ser fonte de geração de resíduos não previstos inicialemente e,
consequentemente, de desperdício de materiais na obra.
Recomendações para empresas terceirizadas/subcontratadas e fornecedores.
a) Responsabilizar-se pelos resíduos de embalagem e sobras de materiais e de
produtos que são encaminhados à obra. Como norma geral o gerador dos resíduos
deve se responsabilizar pelos mesmos. Esta imposição acarreta um efeito positivo
duplo já que, por um lado se sabe sempre quem é o responsável pela gestão do
resíduo gerado de forma que seu manuseio por qualquer outra pessoa é inapropriado
e facilmente detectado. A responsabilização do gerador impõe uma rotina e, de certa
forma, auxilia na manutenção da ordem e da organização das atividades que geram
grandes volumes de resíduos que, a partir deste momento, possuirão uma pessoa
correta para realizá-las;
b) Conhecer e cumprir as obrigações referentes aos resíduos, às normas e ordens da
direção técnica;
c) Prever o volume máximo de resíduos que será gerado na obra com a finalidade de
minimizar e classificá-los de forma adequada;
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d) Propor ao projetista da obra e à direção técnica, soluções para aprimorar as
possibilidades de redução, reutilização ou reciclagem dos materiais de construção e
sobras, melhorando a eficiência e racionalidade da gestão.
Recomendações para as empresas de demolição/desmontagem
Colaborar com o desenvolvimento de um projeto de demolição e de um plano de
gestão de resíduos. Antes de realizar a demolição é importante completar os estudos
prévios com os quais se planeja e aperfeiçoa a execução e a gestão dos resíduos
gerados em tal atividade. Estes estudos podem ser concretizados em um projeto de
demolição e em um plano de gestão de resíduos;
No ato do processo de demolição deve-se realizar a coleta seletiva dos resíduos que
devem ser reciclados ou reutilizados sendo que para isso é recomendado que esta
atividade tenha sido prevista e planejada no PGRCC;
Tentar optar pelos trabalhos de desconstrução no lugar da demolição indiferenciada.
A desconstrução facilita a separação dos elementos para reutilização dos materiais
que apresentam potencial para reciclagem e reutilização já que podem ser
segregados com atenção;
Preservar os produtos ou materiais que possam ser reutilizados ou reciclados durante
os trabalhos de desconstrução e demolição sempre que seja possível. O ideal é que
estes produtos não sofram golpes ou ações que os deteriorem e os torne inutilizáveis.
Os resíduos recicláveis não devem ser misturados com outros resíduos, pois tal
prática pode dificultar e até impossibilitar a sua valorização;
Manter registros quantitativos e qualitativos dos resíduos que são transportados
desde os contêineres do canteiro de obra até os gestores autorizados. A gestão
racional de resíduos está inevitavelmente associada ao controle eficaz do fluxo
destes. Uma vez que se tenham executados os trabalhos de coleta seletiva dos
resíduos, deve-se proceder à etapa da caracterização. Para isso é necessário manter
um controle da natureza e da quantidade de resíduos gerados bem como do volume
que não serão reutilizados na própria obra. É também importante manter um registro
do local para onde os resíduos serão encaminhados para sua valorização ou revenda.
2.8. CONTROLE E REVISÃO DO PMRCC
O objetivo principal é avaliar o adequado cumprimento do PMRCC na obra para que se
possa organizar ações e estratégias com a finalidade de assegurar de forma prévia,
oportuna e eficaz o manejo e o controle dos RCC nas diferentes fases que se
desenvolvem dentro do projeto.
O transporte dos RCC gerados no local da obra deve ser coordenado e controlado para
assegurar que os mesmos serão encaminhados à valorização ou disposição final em
locais autorizados. É importante programar medidas de controle para carregamento dos
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veículos de transporte de RCC como, por exemplo, o cobrimento com lonas, a fim de
minimizar impactos ao meio ambiente durante o percurso.
Dentre os procedimentos que podem ser utilizados, devem ser considerados, pelo
menos, aqueles apresentados a seguir (Guía para la gestión y tratamento de RCC,
Universidad Austral de Chile, 2010 y Guía práctica para la gestión de los RCD en
Cantabria 2010 – 2014, España):
As coletas e inspeções de rotina no local da obra devem ser realizadas para avaliar e
verificar o cumprimento das obrigações, procedimentos e responsabilidades que
forem assinaladas ou programadas a cada profissional envolvido na reciclagem dos
RCC;
Deve ser realizada a revisão e verificação dos resultados das ações, e/ou atividades
pontuais de caráter excepcional e imediato. Sendo assim é importante manter um
registro detalhado de todo o processo, desde a geração dos resíduos até a sua
disposição final;
Registro fotográfico. Esta ferramenta permite ao contratante gerar evidências e
registrar situações específicas que podem ocorrer na geração e gestão dos RCC em
obra, especialmente aquelas nas quais pode haver pontos de vista divergentes
quanto ao manejo no local da obra até a disposição final;
Avaliações periódicas. Podem ser trimestrais, semestrais ou anuais. Os dados serão
retroalimentados com os resultados das atividades de acompanhamento de rotina. O
objetivo destas avaliações é de dinamizar e fortalecer as atividades geradas pelo
plano de manejo.
A seguir, é possível ver exemplos de fichas que podem ser empregadas durante a etapa
de revisão e acompanhamento das ações definidas (Alternativas de gestión de los RCD,
Universidad Nacional de Cuyo, 2008, Argentina; Guía práctica para la gestión de los RCD
en Cantabria 2010 – 2014, España e Guía para la gestión y tratamiento de los RCD,
Universidad Austral de Chile, 2010).
Quadro 6 – Ficha modelo a ser preenchida para a revisão e acompanhamento da implantação de um plano de manejo de RCD em obra.
PLANO DE REVISÃO E ACOMPANHAMENTO DO MANEJO DE RCC EM OBRA
Projeto: Localização:
Coordenador de Reciclagem: Data:
Ficha #:
Objetivo: Corresponde aos propósitos que foram definidos para formular os mecanismos de revisão e acompanhamento.
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Atividades a desenvolver: Define as ações a serem consideradas para realizar o controle, acompanhamento e monitoramento da gestão dos RCC no local da obra.
Coleta, análise e interpretação de dados: Indica a coleta, acondicionamento e classificação de dados, além de estabelecer a frequência temporal e o manejo da informação obtida que será obtida em forma de relatórios.
Tempo de execução: Define o tempo requerido para monitorar ou efetuar a revisão e o acompanhamento bem como o melhor horário para sua execução.
Lugar de execução: Refere-se à zona, lugar ou área específica onde serão realizadas as ações previstas no plano e o seu monitoramento e controle. Fonte: Alternativas de gestión de los RCD, Universidad Nacional de Cuyo, 2008, Argentina; Guía práctica para la gestión de los RCD en Cantabria 2010 – 2014, España e Guía para la gestión y tratamiento de los RCD, Universidad Austral de
Chile, 2010.
As seguintes fichas são utilizadas para a revisão e acompanhamento do PMRCC nos
casos em que o resíduo seja destinado à valorização em planta de tratamento ou
eliminação em aterro específico, sendo o formato utilizado para a solicitação de operação
de valorização de resíduos inertes mediante seu emprego em obras de restauração,
acondicionamento ou preenchimento, conforme a “Guía práctica para la gestión de los
RCD en Cantabria 2010 – 2014, España”.
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Quadro 7 – Ficha modelo para revisão e acompanhamento de RCD entregues para valorização ou eliminação.
MODELO DE DOCUMENTO DE ENTREGA DE RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO E DEMOLIÇÃO PARA SUA VALORIZAÇÃO OU ELIMINAÇÃO
A SER PREENCHIDO PELO GERADOR Certificado Nº:
Dados do gerador
Nome/Razão social: CNPJ:
Endereço: Município:
Dados de quem entrega os resíduos (gerador)
Nome/Razão social: CNPJ:
Endereço: Município:
Dados da obra da qual procedem aos resíduos
Tipo de obra:
Situada em: C/ Município:
Expediente de obra Nº: Licença municipal Nº:
Dados do gestor intermediário
Nome/Denominação social: CNPJ:
Domícilio: Município:
Tipo de operação de gestão:
Dados dos resíduos cujo destino final seja a valorização
Descrição
Código (legislação)
Volume (m
3)
Peso (t)
Gestor final Tratamento
TOTAL:
Separação na origem SI NO
Observações:
Preencher caso o destino final dos resíduos seja a eliminação em aterro sanitário próprio para recebimento de RCC
Senhor/Sra. _______________________________________ portadora do documento de identidade______________________ atuando em nome e representação da empresa _____________________________, pela presente DECLARA que os resíduos de construção e demolição que entrega nesta data para sua eliminação em Aterro Sanitário Legal, foram submetidos a tratamento prévio conforme o previsto na legislação vigente e não são susceptíveis à valorização.
Dados dos resíduos entregues para eliminação em Depósito para RCC
Descrição Código
(legislação) Volume
(m3)
Peso (t)
Tratamento prévio realizado
TOTAL
Em ______________ , _____ de _________ de 20_____
Assinatura do responsável pela entrega dos resíduos
A SER PREENCHIDO PELO GESTOR FINAL
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Senhor/Sra. __________________________________ portador (a) do documento de identidade nº ______________________atuando em nome e representação de ___________________________, gestor autorizado de resíduos no município de __________________________ para realizar operações de valorização/eliminação de resíduos, CERTIFICA que tem gerido os resíduos de construção e demolição a que se refere o presente certificado, conforme as operações que se detalham no mesmo, de acordo com o previsto na legislação ambiental vigente, por meio da qual se regula a produção e gestão dos resíduos de construção e demolição.
Preencher caso a separação tenha sido realizada externamente
Senhor/Sra. __________________________________ portador (a) do documento de identidade nº______________________atuando em nome e representação de ___________________________, gestor autorizado de resíduos no município de __________________________ para realizar operações de valorização/eliminação de resíduos, CERTIFICA que cumpriu em nome do gerador, cujos dados constam no presente documento, com a obrigação de segregar resíduos de construção e demolição entregues por este, conforme a legislação ambiental vigente pela qual se regula a produção e gestão dos resíduos de construção e demolição.
Dados dos resíduos separados
Descrição Código
(legislação) Volume
(m3)
Peso (t)
Gestor final Tratamento
TOTAL
Em ___________________ , a _____de ______________ de 20____
Assinatura do responsável pela entrega dos resíduos.
Fonte: Adaptado da Guía práctica para la gestión de los RCD en Cantabria 2010 – 2014, España.
Quadro 8 – Ficha modelo utilizada em Cantabria, Espanha, para a solicitação de operação de valorização de resíduos inertes e sua reutilização em outras obras.
SOLICITAÇÃO DE OPERAÇÃO DE VALORIZAÇÃO DE RESÍDUOS INERTES MEDIANTE SEU EMPREGO EM OBRAS DE RESTAURAÇÃO, ACONDICIONAMENTO OU PREENCHIMENTO
REGISTRO DE ENTRADA PARA A VALORIZAÇÃO DE RESíDUOS INERTES
SOLICITAÇÃO
DADOS DO SOLICITANTE
Nome ou razão social:
Endereço:
CEP: Município:
CNPJ: C.N.A.E.:
Sr/Sra.____________________________________________________ com RG/Passaporte _________________ e domicílio a efeitos de notificação em __________________________________________________________________ CEP _________________, município _________________________, atuando:
Em seu próprio nome e representação;
Em nome e representação da empresa cujos dados constam nos itens anteriores.
Comparece ante este órgão e DECLARA:
1. Que o solicitante empregará resíduos inertes para obras de:
Restauração Acondicionamento Preenchimento
2. Que se considera que a atividade a ser desenvolvida considera a operação de valorização de resíduos nos termos da legislação ambiental vigente por meio da qual se regula a produção e gestão dos resíduos de construção e demolição.
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3. Que, para estes efeitos, são corretos os dados apresentados nas folhas que constam nesta solicitação e que são autênticos os documentos de certificação que estão em anexo à mesma, pelos quais,
SOLICITA ao órgão ambiental competente que tenha por apresentada esta solicitação, com os documentos que se acompanham, e resolva autorizar a operação de valorização solicitada.
Em _______________, a _______ de ________________, de 20 ________
Ass.: _________________________
RELAÇÃO DE DOCUMENTOS QUE ACOMPANHAM A SOLICITAÇÃO
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Caso o solicitante seja pessoa jurídica
CNPJ
Poder que possui seu representante legal
DOCUMENTAÇÃO ANEXA
Memória técnica sobre a atividade que será desenvolvida com a informação que se inclui em Anexo ______.
Outros (especificar):
Fonte: Adaptado da Guía práctica para la gestión de los RCD en Cantabria 2010 – 2014, España.
O conteúdo da memória técnica a ser apresentada junto à operação de valorização de
resíduos inertes mediante atuações de restauração, acondicionamento e preenchimento
conforme a Guia de práticas para a gestão dos RCCV (e RCD) em Cantábria, 2010-2014,
Espanha, é:
Memória técnica
A memória técnica que será anexada à solicitação contém como conteúdo mínimo um
estudo descritivo sobre os seguintes aspectos:
a) Locacional e situacional: descrição breve do local aonde será realizada a atuação
correspondente;
b) Atividades que serão desenvolvidas. Incluir as seguintes informações:
Responsável técnico da informação;
Condições da operação;
Indicação das quantidades e procedência dos resíduos que serão utilizados;
Estudo do transporte dos resíduos. Deverá incluir análise do impacto originado devido
ao incremento de tráfego como consequência da circulação de caminhões até a
instalação. Medidas corretivas propostas para tal;
Estudo sobre a capacidade total e diária de recepção dos resíduos inertes que serão
utilizados;
Prazo de execução.
c) Plantas: dentro da planialtimetria deverão estar incluídas no mínimo as seguintes
plantas:
Planta geográfica de situação - escala: 1:25.000;
Planta de locação - 1:1.000 ou 1: 5.000;
Áreas de escoamento de águas - 1:5.000;
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Cartografia hidrogeológica da área de restauração, acondicionamento ou
preenchimento com representação dos pontos de nascente catalogados e com uma
escala inferior a 1:10.000;
Planta topográfica com curvas de nível do estado inicial e situacional final futuro com
detalhes das instalações fixas que serão projetadas;
Planta geral:
Acessos;
Instalações;
Limites;
Planta das seções longitudinais e transversais do terreno com as cotas antes e depois
do início da terraplenagem; Planta de volumetria;
Fases de preenchimento;
Estudo de composição da paisagem e de aparência e características do meio
ambiente;
Outras plantas que sejam necessárias;
A seguinte ficha nos permite realizar, em obra, uma avaliação das medidas
implementadas para o manejo adequado dos RCC. (Guia para a gestão e tratamento dos
RCD, Universidade Austral do Chile, 2010 / Guía para la gestión y tratamiento de los
RCD, Universidad Austral de Chile, 2010).
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Quadro 9 – Parâmetros para avaliação de medidas de manejo de RCCV em obra.
PARÂMETRO A AVALIAR
ITEM MEDIDAS BOA REGULAR RUIM OBS.
Acondicionamento e Coleta
1.1. Localização de uma zona para o armazenamento dos resíduos.
1.2. Segregação dos resíduos na zona de armazenamento.
1.3. Distribuição de contêiners dentro da obra para a classificação dos resíduos em sua fonte de origem.
1.4. Contêineres sinalizados corretamente indicando o tipo de resíduos a serem depositados.
1.5.
Armazenamento dos resíduos em locais adequados devidamente confinados e resistentes para sua gestão adequada.
Entulho e excedente de terra e solo.
2.1. Envio de entulhos a aterros sanitários regularizados para o seu recebimento.
2.2. Registro dos entulhos gerados.
2.3. Reutilização de terras de entulhos e/ou terras de escavação.
Minimização 3.1. Medidas implantadas para prevenir e minimizar a geração de resíduos.
Reciclagem e reutilização.
4.1. Medidas implantadas para a reciclagem dos resíduos.
4.2. Medidas implantadas para a reutilização dos resíduos.
Registro 5.1. Registro de controle e revisão dos resíduos gerados na obra.
Limites 6.1. Cercamento perimetral adequado de forma que se evite encontrar resíduos fora dos limites da obra.
Resíduos perigosos
7.1. Localização de um ponto de armazenamento para os resíduos perigosos.
7.2. Contêineres sinalizados corretamente.
7.3. Eliminação de resíduos em instalações não autorizadas.
Capacitação para os funcionários da obra
8.1. Capacitação contínua do pessoal da obra.
8.2.
Cartazes educativos e explicativos dentro da obra que indiquem os pontos de disposição dos resíduos.
Fonte: Guía para la gestión y tratamiento de los RCD, Universidad Austral de Chile, 2010.
Todos os pontos apresentados na ficha acima, seja de forma individual ou em conjunto,
permitirão manter um status atualizado de todas as circunstâncias quanto ao PMRCC,
durante as fases de desenvolvimento do projeto e da obra.
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Uma gestão adequada dos resíduos deve sustentar sua reciclagem e a utilização de
materiais recuperados como fonte de energia ou matérias primas, a fim de colaborar com
a preservação e o uso racional dos recursos naturais.
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3.0. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Alternativas de gestión de los RCD, Universidad Nacional de Cuyo, 2008, Argentina.
Disponível em:
http://www.redisa.uji.es/artSim2009/TratamientoYValorizacion/Evaluaci%C3%B3n%20de
%20alternativas%20de%20gesti%C3%B3n%20de%20RCD%20con%20consideraciones
%20de%20ciclo%20de%20vida.pdf
Construction and Demolition waste manual, Department of design and construction of
NYC, 2003 – USA. Disponível em: http://www.nyc.gov/html/ddc/downloads/pdf/waste.pdf
Construction Management Plan Guidelines, City of Melbourne, 2010. Disponível em:
http://www.melbourne.vic.gov.au/BUILDINGANDPLANNING/BUILDINGANDCONSTRUC
TION/Pages/ConstructionManagementPlanguidelines.aspx
Decreto 72/2010 de la Comunidad de Cantabria – España. Disponível em:
http://www.camaracantabria.com/medio_ambiente/descargas/Decreto72_2010.pdf
Guía para el manejo de residuos sólidos generados en la Industria de la Construcción,
Cortina Ramírez, J.M., 2007. Disponível em:
http://catarina.udlap.mx/u_dl_a/tales/documentos/mgc/cortina_r_jm/indice.html
Guía para la gestión y tratamiento de los RCD, Universidad Austral de Chile, 2010.
Disponível em: http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2010/bmfcib957g/doc/bmfcib957g.pdf
Guía práctica para la gestión de los RCD en Cantabria 2010 – 2014, España. Disponível
em: http://www.euresp-plus.net/sites/default/files/uploads/Guia%20RCDs.pdf
Guidance for Construction Contractors and clients, voluntary code of practice, DTI, 2004,
Site Waste Management Plans. Disponível em:
http://www.melbourne.vic.gov.au/BUILDINGANDPLANNING/BUILDINGANDCONSTRUC
TION/Pages/ConstructionManagementPlanguidelines.aspx
Plan de manejo de RCD, Cámara Mexicana de la Industria de la Construcción, 2013.
Disponível em: http://www.fic.org.mx/OTTIC/CMIC/PMrcdCompleto.pdf