plano municipal de atendimento socioeducativo proposta ... · segurança e outras destinadas ao ......
TRANSCRIPT
2
COMISSÃO TÉCNICA
Carla Michele Micheleti - Assistente Social
Celso Luiz dos Santos Soares - Psicólogo
Marlenice Nogueira Souza Silva - Assistente Social
Regina Áurea de Paula - Assistente Social
Vanessa Fonseca Marques Castro - Psicólogo
Aliciana Rodrigues – Coordenadora Projeto Adole-Ser
Naila Cristina Felizardo - Coordenadora Projeto COFACI/UAI
COMITÊ LOCAL
Adalgisa Santos - APAR
Aliciana Rodrigues - Adole-Ser
Naila Cristina Felizardo - UAI/COFACI
Heloisa Helena M. O. Faria - Programa Juventude Cidadã
Paulo César Faria - Comissão da Juventude da OAB
Edmilson da Silva Leite - Programa Adole-Ser representante Juvenil
Gilson Aparecido dos Santos- CEDECA
Ana Olímpia de Aquino Abreu Rodrigues - VIJ
Edson Baird Ferraz CSE/Tamoios
Felippo Almeida da Silva Leite GAM
CONSULTORIA TÉCNICA :
Isa Maria F. Rosa Guará
3
INDICE
1. Introdução......................................................................................................................................... 04
2. Princípios........................................................................................................................................... 07
3. Diretrizes........................................................................................................................................... 08
4. Competências.................................................................................................................................... 09
4.1......................................................................................................................... 09
4.2......................................................................................................................... 09
4.3......................................................................................................................... 09
5. Dados Relevantes do Diagnóstico Local............................................................................................. 11
6. Prevenção ao Ciclo da Violência......................................................................................................... 13
7. Programas e Serviços De Aplicação de Medidas Socieducativas Municipais e Estaduais..................... 13
8. Estratégia do Trabalho Educativo....................................................................................................... 14
9. Considerações................................................................................................................................... 15
10. Indicadores para o Plano................................................................................................................. 17
10.1 Prevenção ao Ciclo da Violência..................................................................... 17
10.2 Atendimento Inicial....................................................................................... 20
10.3 Atendimento Socioeducativo.......................................................................... 21
10.4 Atendimento a Egresso (Internação)............................................................. 24
11. Anexos............................................................................................................................................. 25
4
1 – INTRODUÇÃO:
UM NOVO COMPROMISSO
O Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo de São José dos Campos dá cumprimento às indicações do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo –
SINASE e do Plano Estadual de Atendimento Socioeducativo que reconhecem a necessidade de rever a estrutura e a funcionalidade dos serviços de atendimento
face à realidade de cada município. Responde ainda à demanda de discussão e debate público sobre a complexa questão da criminalidade na juventude e sobre o
que o CMDCA e as instituições locais já fazem e poderão fazer pelo adolescente envolvido em delitos no município.
A VII Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente concluída em Dezembro de 2007 indica que o atendimento socioeducativo deverá “Garantir a
construção de diagnóstico e planos municipais de medidas socioeducativas, conduzido pelos conselheiros e cumprido pelos gestores municipais e estaduais, com
implantação e implementação nos municípios com co-financiamento das três esferas de governos…”
Seguindo esta orientação, a estruturação do Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo incluiu o trabalho de campo e de reflexão da Comissão Técnica
constituída pelos profissionais do Programa Adole-ser e uma agenda de encontros com o Comitê Local formalizado pelo CMDCA, que contou com a participação de
representantes dos programas locais estaduais e municipais. Essa possibilidade de lançar um novo olhar sobre a execução das medidas socioeducativas no
município permitiu rediscutir e analisar as necessidades e virtudes de políticas e programas disponíveis.
O processo se iniciou com um planejamento de trabalho que incluiu a coleta de dados dos programas locais e entrevistas com coordenadores e responsáveis pela
gestão a partir de algumas perguntas orientadoras sobre a violência urbana no município, as características do adolescente envolvido em delitos em S. José dos
Campos e os programas e serviços de aplicação de medidas socioeducativas municipais e estaduais existentes.
A imersão sobre os dados da realidade local, o perfil e as necessidades dos adolescentes e a rede de serviços existentes serviu de base para se produzir um
conhecimento iluminador de caminhos necessários para a promoção de iniciativas voltadas a diminuição dos fatores de risco e para a promoção dos fatores de
proteção dos jovens do município.
É sabido que a construção de redes de atendimento ao adolescente em conflito com a lei tem um grau maior de complexidade porque envolve muitos atores e
5
instituições que nem sempre convergem sobre os processos e métodos de aplicação das medidas socioeducativas. Além disso, mudanças ou normativas legais
exigem um empenho forte de todos os envolvidos para se traduzirem em mudanças efetivas no trato do adolescente em conflito com a lei.
Nesta direção, o Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo pode se tornar um horizonte motivador da aglutinação e do comprometimento de todos os atores,
na melhor compreensão da situação do adolescente envolvido em delitos e na busca conjunta do melhor caminho social e educativo para os jovens da cidade.
As propostas de ação e o redirecionamento dos serviços e programas aqui indicados visam promover sua melhoria, a otimização dos recursos disponíveis, a
consolidação de uma rede articulada e integrada de atendimento ao adolescente e a implementação de ações sociais eficazes de prevenção da violência.
A disposição do governo estadual de municipalizar o atendimento socioeducativo em meio aberto sinaliza para a necessidade de articulação e negociação contínua
entre os níveis de governo e entre os programas específicos oferecidos pelo município e pelo estado. O processo de municipalização ensejará também um esforço
maior no envolvimento das demais políticas sociais no enfrentamento das situações de violência em que os jovens são protagonistas como vitimizadores e vítimas.
É preciso demarcar que a questão da violência é multideterminada e que a porcentagem de jovens envolvidos é bem menor do que o alarme social faz crer. Os
dados colhidos confirmam que o contexto social de pobreza e exclusão, embora menos grave em São José dos Campos do que em cidades de perfil similar,
engendra condições de vinculação de adolescentes aos circuitos da criminalidade dos quais terão dificuldade de afastar-se sem apoio. Além da frágil condição de
renda das famílias, esses jovens também são privados de cuidados, supervisão e apoio, o que contribui para o baixo rendimento escolar e a exclusão social. Sem
oportunidades sociais e sem condições de exercer sua cidadania plena o jovem das periferias urbanas perde o sentido de sua existência. Tendo frustradas suas
expectativas de futuro, o adolescente arrisca-se em busca da intensidade da vida no presente.
Importante lembrar ainda que as transgressões juvenis não são exclusividade desta época ou lugar, sendo mesmo meios de afirmação de identidade dos
adolescentes, não significando, isoladamente, algum indicativo de vida criminosa no futuro, desde que o contexto social e familiar em que vive possa promover sua
socialização e favorecer meios para seu ingresso na vida adulta em condições de proteção, como está previsto em termos legais.
O Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo se concretizará pela ação articulada dos sistemas, órgãos e organizações estaduais e municipais
responsáveis pela garantia de direitos dos adolescentes envolvidos em delitos no município de São Jose dos Campos, reconhecendo-se a incompletude e a
complementaridade entre eles e o asseguramento de um atendimento que promova o desenvolvimento pessoal e social dos adolescentes.
6
FUNDACAO CASA
SECRETARIA DE SAUDE
SISTEMA DE JUSTICA
FUNDACAO CULTURAL
ORGANIZACOES COMUNITARIAS
SECRETARIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
SECRETARIA DE ESPORTES
Plano Municipal de Atendimento Socioeducativ
o
SISTEMA EDUCACIONAL
7
2 – PRINCÍPIOS
1 - O quadro de delitos e a violência envolvendo adolescentes pode ser alterado por ações preventivas com a ampliação e a integração de programas e
projetos de Saúde, Educação, Trabalho, Cultura, Esportes e Lazer que favoreçam o desenvolvimento dos adolescentes e atendam aos seus interesses e habilidades.
2 - O adolescente envolvido em delitos deve ser alvo de um conjunto de ações socioeducativas que contribuam para sua formação, buscando torná-lo um
cidadão autônomo e solidário, capaz de relacionar-se consigo mesmo, com os outros e a comunidade, sem reincidir na prática infracional.
3 - O sujeito adolescente que comete uma infração deve ser responsabilizado por seus atos, mas respeitado e protegido como pessoa humana em sua
totalidade.
4 - A co-responsabilidade da família, da sociedade e do Estado em relação ao atendimento adequado a ser oferecido ao adolescente compromete a todos com
a promoção e zelo pelo cumprimento de seus direitos e o fortalecimento das redes sociais de apoio.
5 - Os programas socioeducativos devem garantir o acesso do adolescente às oportunidades de superação de sua condição de exclusão e a todos os recursos
e serviços disponíveis aos cidadãos de pleno direito.
6 - A ação socioeducativa deve estar orientada para o desenvolvimento integral dos adolescentes, a promoção de sua cidadania e os valores básicos da
democracia, da justiça social e da solidariedade, apoiando-o na construção e realização de um novo projeto de vida.
7 - Os serviços educacionais, jurídicos, sociais, esportivos e culturais existentes na cidade/bairro constituem uma rede que precisa ser articulada e organizada
para atender ‘as necessidades especiais deste tipo de adolescente.
8
8 - O acesso às políticas sociais, indispensável ao desenvolvimento dos adolescentes, dar-se-á preferencialmente, e na medida do possível, por meio de
equipamentos da comunidade ou o mais próximo possível do local de residência do adolescente (pais ou responsáveis) ou de cumprimento da medida. (SINASE)
3 – DIRETRIZES
1 - Todos os órgãos das políticas públicas municipais, FUNDHAS e a Secretaria Municipal de Assistência Social em especial e os órgãos do Sistema de
Justiça devem empenhar-se em na divulgação e na busca de condições que favoreçam o cumprimento do Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo
tomando iniciativas concretas para esse fim.
2 - Os diferentes atores do Sistema de Justiça, as Secretarias Municipais e as organizações responsáveis pelos serviços e programas de atendimento
socioeducativo devem manter agenda regular de reuniões de avaliação e acompanhamento da execução do Plano buscando sempre a integração do
trabalho e o encaminhamento adequado das demandas do processo.
3 - O CMDCA, em conjunto com os órgãos municipais responsáveis pelo cumprimento das medidas socioeducativas procurarão zelar pela manutenção de
padrões de qualidade dos serviços e programas de atendimento de acordo com este Plano e com as leis e normativas existentes.
4 - Sempre que possível, os programas e serviços devem ser regionalizados, o que pressupõe a criação, a articulação e a organização territorial de
programas favorecendo especialmente as áreas de risco e considerando as necessidades e potencialidades das comunidades locais.
5 - Poder público estadual e municipal e o CMDCA deverão proporcionar capacitação e atualização continuada para os operadores do Plano Municipal de
Atendimento Socioeducativo e para as equipes de entidades de atendimento e de órgãos responsáveis pela execução de políticas de saúde, educação,
segurança e outras destinadas ao adolescente.
9
4 - COMPETÊNCIAS
4.1 - Compete à Fundação Casa:
Apoiar técnica e financeiramente o município na construção e implementação do Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo e nas ações voltadas ao
atendimento dos adolescentes submetidos a processo judicial de apuração de ato infracional e/ou sob medida socioeducativa;
Executar programas de execução da medida de internação provisória, internação e semiliberdade de modo articulado e integrado com os demais
programas de atendimento, favorecendo a participação da comunidade local no controle e acompanhamento dos programas.
4.2 - Compete ao município:
Executar as medidas socioeducativas de prestação de serviço à comunidade e liberdade assistida;
Editar normas complementares para a organização e funcionamento dos programas de seu sistema de atendimento;
Estabelecer parcerias com municípios próximos, em cooperação com o Estado, para diminuir a criminalidade, envolvendo jovens, na região.
Monitorar, supervisionar e avaliar o sistema, a política e os programas e ações sob sua responsabilidade voltadas ao atendimento dos adolescentes
submetidos a processo judicial de apuração de ato infracional e/ou sob medida socioeducativa.
Proporcionar capacitação e atualização continuada aos servidores públicos e às equipes das entidades conveniadas envolvidos no atendimento ao
adolescente acusado da prática de ato infracional, especialmente as equipes de entidades de atendimento e de órgãos responsáveis pela execução de
políticas de saúde, educação, segurança e outras destinadas ao adolescente.
4.3 - Órgãos gestores do Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo:
10
O Comitê Municipal nomeado pelo CMDCA para acompanhamento do processo de execução do Plano, os órgãos gestores do sistema socioeducativo –
FUNDHAS e Secretaria Municipal de Assistência Social
Os órgãos gestores, nos respectivos âmbitos de atuação, são responsáveis por:
A - Coordenar, monitorar, supervisionar e avaliar a implantação e o desenvolvimento do Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo, cumprindo-se o deliberado
pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente.
B - Para realização de suas atividades de gestão e execução contarão com o apoio técnico de todos os sistemas e órgãos responsáveis pelo Plano.
C - Articular e facilitar a promoção da intersetorialidade em nível governamental e com os demais poderes de forma a realizar uma ação articulada e harmônica;
D - Submeter ao competente Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente qualquer mudança que se pretenda operar no atendimento ou em planos,
políticas, programas e ações que os componham;
E - Os órgãos executores poderão estabelecer convênios, termos de parceria e outras formas de contrato destinadas ao atendimento dos adolescentes acusados da
prática de ato infracional e sob medida socioeducativa.
F - Divulgar trimestralmente, por meio eletrônico e impresso dados e informações atualizados sobre o andamento do Plano Municipal de Atendimento
Socioeducativo.
G - Emitir relatórios anuais que condensem informações obtidas a partir do Sistema de Avaliação e Monitoramento;
H - Implantar e manter em pleno funcionamento o sistema de informações.
I - Promover e articular a realização de campanhas e ações, dirigidas à sociedade em geral, que favoreçam o desenvolvimento de adolescente inserido (a) no Plano
Municipal de Atendimento Socioeducativo.
11
5 - DADOS RELEVANTES DO DIAGNÓSTICO LOCAL
Os dados coletados sobre os adolescentes, seu contexto e ocorrências de eventos violentos no município encontram-se nos documentos anexos a este Plano.
Vale lembrar que nem todos os órgãos que compõem o sistema de Garantia de Direitos em sua representação local forneceram dados no tempo previsto para a
elaboração do diagnóstico. Ainda assim, consideramos que as informações colhidas possibilitam uma análise das diferentes faces do problema e permitem indicar
caminhos para a melhoria do sistema de atendimento socioeducativo.
Os dados principais indicam que:
Há registros de episódios de violência nas escolas, sendo predominantes aqueles que envolvem dano (dano qualificado, depredação, pichação, vandalismo,
desordem, provocar tumultos etc..), lesão corporal, ameaça e desacato à autoridade. Embora tenhamos obtido apenas os dados das escolas municipais, a
situação relatada sobre as escolas estaduais parece ser de maior gravidade em razão também da faixa etária e do ciclo ( ensino médio). Vale lembrar que
67% dos jovens encontram-se no ensino fundamental e 33% no ensino médio.
Os Boletins de Ocorrência da Delegacia da Infância e Juventude, a entrevista com o Delegado Titular e os dados de atendimento do Conselho Tutelar,
apontam para um crescimento de ocorrências delitivas na escola.
86% dos adolescentes não trabalhavam ou trabalhavam apenas eventualmente, 56% não estudavam e 80% não faziam nenhum curso profissionalizante
no momento em que receberam a medida socioeducativa. Isto torna clara a situação de ausência de políticas públicas e programas nas áreas de Educação,
Profissionalização, Trabalho e Renda que dêem conta, em termos de oferta, motivação, vinculação e desenvolvimento de projetos para este perfil de
jovem.
Segundo dados do Programa Adole-Ser, as principais razões para que os adolescentes não estudem são o fato de não gostar de estudar, não encontrar
vaga ou não se adaptar à escola, motivos provavelmente associados à dificuldades de adaptação e /ou de aprendizagem e rejeição aos métodos de ensino
das escolas, entre outros fatores que mereceriam maior aprofundamento.
12
Em relação ao trabalho, a maioria dos adolescentes teve dificuldade de responder sobre os motivos de não estar trabalhando, outros não tem idade para
trabalhar ou não encontram emprego. Vale registrar que o mercado de trabalho não está aberto aos jovens em geral e haverá necessidade cada vez maior
de se expandir o tempo de estudo e preparação para o trabalho, considerando as exigências do mercado mais competitivo e em expansão tecnológica.
Os dados sobre a situação familiar, social e comunitária dos adolescentes que cumprem medida socioeducativa evidenciam um quadro de pobreza
(econômica e cultural) agravado por uma dinâmica familiar instável ou conflitiva. Há maior ocorrência de famílias matrifocais e de ausência ou incapacidade
protetiva da figura paterna.
As características dos membros da família dos adolescentes que infracionam revelam uma situação familiar em que predomina a proteção da figura
materna, porém sem autoridade sobre o adolescente, com pai ausente ou envolvido com drogas ou álcool.
Os adolescentes em Liberdade Assistida e Prestação de Serviços à Comunidade vivem em famílias pobres, sendo 64% delas com renda entre 1 a 3 salários
mínimos e 16% com menos de 1 salário mínimo, o que soma 80% de famílias de 0 a 3 salários mínimos.
O contexto familiar se agrava quando se constata que 30% das famílias dos adolescentes são usuários de drogas, 37% estão envolvidos em crimes e 31%
têm histórico de violência no ambiente doméstico.
Os jovens envolvidos em delitos revelam que a atração da sociedade de consumo para aqueles situados nas classes sociais mais desfavorecidas tem forte
impacto no comportamento delinqüêncial: 42% dos adolescentes declaram como o principal motivo para a prática infracional o desejo de consumir bens
materiais inacessíveis para sua renda.
A região de moradia dos adolescentes torna evidente a necessidade de ações sociais integradas em alguns bairros da cidade que concentram o maior
número de adolescentes apreendidos. Certamente a situação de gravidade do Campo dos Alemães se destaca, mas outros bairros também podem ser
considerados como ambientes de risco, na seguinte ordem de prioridade: D.Pedro II, Galo Branco, Monte Castelo, Jardim Morumbi, D. Pedro I, Centro e
Jardim Satélite.
Refletindo a boa situação habitacional e urbana do município, a maioria dos adolescentes que cometem delitos vive em bairros urbanizados e em moradias
razoavelmente adequadas.
A influência do ambiente comunitário para o cometimento de ato infracional se evidencia na resposta dos adolescentes sobre os fatores que contribuíram
13
para que cometessem delitos: 29% referem-se à situação de pobreza e 39% citam a influência de pessoas de má índole (sic) ou envolvidas em drogas no
ambiente em que vivem.
Informações sobre a idade e a escolaridade dos adolescentes que se envolvem em práticas delitivas mostram que a situação se agrava entre os 16 e 17
anos, em alunos que se encontram no nível da 7ª. e 8ª. séries do ensino fundamental e 1º ano do ensino médio.
Os delitos mais graves e que motivam a maior parte das apreensões de adolescentes são (em ordem de maior numero de ocorrência) roubo, tráfico de
drogas e furto, delitos provavelmente associados entre si, o que mostra a necessidade de uma ação preventiva que envolve também a área de segurança
pública.
O tempo de permanência dos adolescentes na UAI ultrapassa o legalmente indicado. Sendo necessária a adequação da estrutura oferecida.
6 – PREVENÇÃO AO CICLO DE VIOLÊNCIA
Os programas sociais das diversas políticas públicas são recursos fundamentais para a diminuição da criminalidade juvenil e a prevenção da violência atuando
no asseguramento dos direitos dos cidadãos e na atenção à suas necessidades especiais.
Quando as condições básicas inexistem ou são insuficientes ou quando as relações humanas nos grupos de pertencimento ficam fragilizadas ou comprometidas,
como ocorre nos contextos em que vivem os adolescentes que cometem delitos, são necessárias ações mais diretas de atendimento, seja no campo da Educação,
da Habitação, da Saúde e da Assistência Social , seja na área da Segurança Pública.
7 - PROGRAMAS E SERVIÇOS DE APLICAÇÃO DE MEDIDAS SOCIEDUCATIVAS MUNICIPAIS E ESTADUAIS
DO MUNICÍPIO
A operacionalização das medidas socioeducativas conjuga estratégias de intervenção de um conjunto de organizações e atores sociais no âmbito do Sistema
Justiça e dos sistemas político-administrativos das políticas públicas, notadamente na área da assistência social.
A ampliação e melhoria na qualidade do atendimento dos adolescentes envolvidos em delitos requer em políticas integradoras e serviços de diferentes áreas de
atendimento, o que induz à necessidade de um trabalho mais articulado de programas e projetos, que assegurem os direitos legalmente definidos e garantam a
14
eficácia das medidas aplicadas.
Focalizando o percurso do adolescente autor de delitos em São José dos Campos, localizamos uma rede de atendimento, que atua desde o plano preventivo, até
aquelas específicas ligadas à medida judicial no atendimento inicial, na aplicação da medida e na pós-medida.
8 – ESTRATÉGIAS DO TRABALHO EDUCATIVO
Individual
Ações que acolham os jovens em suas necessidades individuais, apoiando-os em suas dificuldades pessoais, promovendo a melhoria de sua auto-estima e
ampliando suas potencialidades. Protagonismo e participação dos adolescentes nas decisões e na co-responsabilização sobre sua conduta.
Grupal
O trabalho em grupo como estratégia privilegiada de atendimento e de solução de conflitos, promovendo reciprocidade, consistência e pertencimento.
Evolutiva
Condições para evolução gradativa, com desafios que valorizem o esforço para o alcance dos objetivos propostos. Desenho e instrumentos para um projeto de
vida.
Familiar e Comunitária
A família como agente importante do processo de educação e a comunidade como uma rede de apoio, engajamentoem ações sociais comunitárias e vinculação
a modelos positivos.
Social
Acesso a programas das políticas sociais públicas, inclusão em programas de inserção produtiva, escolarização e preparação para vida autônoma e responsável.
15
PLANO INDIVIDUALIZADO DE ATENDIMENTO – PIA
O atendimento socioeducativo deve se basear num PLANO INDIVIDUALIZADO DE ATENDIMENTO, o qual constitui uma proposta de intervenção
socioeducativa integral com vistas à inserção social do adolescentes atendidos.
O PIA é um plano de trabalho elaborado com base no estudo de caso do adolescente que dá instrumentalidade ao processo de intervenção socioeducativa
estabelecendo procedimentos, atividades e ações que devem ser realizadas para promover o desenvolvimento pessoal e social do adolescente em cumprimento de
medida socioeducativa.
Nele, ficam registradas as intenções da equipe de apoiar e facilitar esse processo e os compromissos do próprio adolescente em relação à sua vida e aos
projetos e atitudes que podem ajudá-lo a transformar aspirações em metas e passos concretos para sua evolução como pessoa e cidadão.
9 - CONSIDERAÇÕES
Algumas questões orientadoras do processo de trabalho em 2007 ficaram sem resposta ou com informações incompletas. Apesar do empenho do Comitê
Técnico e da Comissão local, o tempo disponível não permitiu o aprofundamento do debate e uma ampla coleta de dados.
A continuidade do processo certamente suprirá essas lacunas e a Comissão local incumbida de detalhar e acompanhar a aplicação do Plano Municipal de
Atendimento Socioeducativo deverá subsidiar o CMDCA para o encaminhamento das ações necessárias.
16
Nota-se que o município tem uma rede de atendimento adequada e com condições de oferecer programas de boa qualidade para o adolescente com prática de
delitos devendo doravante empreender esforços para:
Promover sempre a melhoria da qualidade dos serviços prestados visando garantir a eficácia da medida aplicada ao jovem;
Favorecer a articulação contínua dos programas e serviços, potencializando os recursos de cada um e desenvolvendo um trabalho cada vez mais integrado no
atendimento ao adolescente e à sua família.
Avaliar e monitorar a implantação deste Plano e propor as alterações que a dinâmica resultante de sua aplicação indicar.
17
10 – INDICADORES PARA O PLANO
10. 1 - PREVENÇÃO AO CICLO DA VIOLÊNCIA
OBJETIVO AÇÕES METAS 2008 2009 2010 PARCEIROS
Promover ações de
prevenção da violência em
suas diversas
manifestações.
• Criação e fortalecimento de
programas de atendimento
integral aos adolescentes de
acordo com suas demandas e
interesses.
Ampliação de vagas na rede de
serviços para desenvolvimento
de projetos de atendimento
integral no contraturno escolar.
XFundhas, CMDCA,
Secretaria de
Desenvolvimento
Social, e ONG’s.
Instalação de projetos de
cultura e esporte com
funcionamento contínuo,
inclusive no horário noturno,
nos bairros e ruas de maior
incidência de adolescentes
autores de infração.
XSecretarias: Esporte,
Cultura e Juventude.
Ampliação e regionalização de
projetos de atendimento a
adolescentes de 12 a 18 anos
com problemas de convívio
social, dependência química e
evasão escolar.
XFundhas, CMDCA
Secretaria de
Desenvolvimento
Social, ONG’s e
Secretaria da Saúde.
X
18
OBJETIVO AÇÕES METAS 2008 2009 2010 PARCEIROS
Programas de Profissionalização
flexíveis e diversificadoss para o
atendimento de adolescentes
não inseridos no mercado de
trabalho com o apoio de bolsa
complementar
Secretaria de
Desenvolvimento
Social e PRODEC.
• Formação e conscientização
social para o desenvolvimento
de ambientes seguros e não
violentos nas instituições de
educação e socialização de
jovens.
Círculos restaurativos, projetos
de mediação de conflitos ou
ações similares em escolas, com
a formação de professores e
coordenadores priorizando-se o
ensino da 6ª série do EF a 1ª
série do EM.
XSecretarias de
Educação e do
Desenvolvimento
Social, Fundhas e
CMDCA.
Segurança Pública preventiva e
ostensiva nos bairros mais
críticos, com a participação da
comunidade.
XSecretaria de
Segurança Pública e
de Defesa do
Cidadão.
Construção de redes de apoio
comunitário (tutorias
profissionais e voluntários) para
adolescentes e famílias
fragilizados ou pouco
continentes às demandas dos
jovens.
XSecretaria de
Desenvolvimento
Social, ONG’s,
Fundhas e
Comunidade.
19
OBJETIVO AÇÕES METAS 2008 2009 2010 PARCEIROS
• Implantação, ampliação ou
melhoria de programas de
Habtação, Assistência Social,
Articulação das Secretarias
Municipais.
XSecretarias Municipais
e CMDCA
20
10. 2 - ATENDIMENTO INICIAL
OBJETIVO AÇÕES METAS 2008 2009 2010 PARCEIROS
Ampliação do Serviço de
Atendimento ao
adolescente autor de ato
infracional.
• Delegacia da Infância e
Juventude em funcionamento
contínuo para atender
adequadamente os casos de
violação de direitos praticados
contra e por crianças e
adolescentes.
Negociação com Secretaria de
Segurança Pública para
ampliação da atuação da DIJU,
bem como, do seu horário de
atendimento para 24h.
X Secretaria de
Segurança Pública,
Vara da Infância e da
Juventude, Ministério
Público, CMDCA e
Poder Público local.
• Centralizar o atendimento às
famílias dos internos da
Fundação Casa em um órgão
apenas para evitar duplicidade
de atendimento.
Ampliação do convênio com a
APAR, para que esta possa
assumir integralmente o
atendimento das famílias dos
adolescentes internos da
Fundação Casa.
X Secretaria de
Desenvolvimento
Secretaria de
Desenvolvimento
Social, APAR e
Fundação Casa.
• Ampliação da atuação da
Defensoria Pública.
mpliação do convênio para a defesa
jurídica do adolescente desde o
momento da apreensão até o período
de custódia.
X Defensoria Pública,
Vara da Infância e
Juventude, Ministério
Público e CMDCA
21
10.3 - ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO
OBJETIVO AÇÕES METAS 2008 2009 2010 PARCEIROS
Garantir a manutenção e a
melhoria da qualidade dos
serviços e programas.
• Municipalização das medidas
socioeducativas em meio aberto,
conforme previsto no SINASE –
Sistema Nacional de
Atendimento Socioeducativo e
do Plano Estadual de
Atendimento Socioeducativo.
Definir a operacionalização das
medidas socioeducativas em
meio aberto com a
municipalização dos serviços.
X Secretaria de
Desenvolvimento
Social, Fundação Casa
e CMDCA.
Redefinir as ações
intersecretarias integrando
os Conselhos Gestores do
Programa de Atendimento
ao Adolescente em conflito
com a lei, e do Programa de
Violência Doméstica visando
articulações de prevenção
da violência, defesa e
promoção da criança e do
adolescente.
X Secretarias
Municipais, Fundhas e
CMDCA.
• Regionalização das medidas
socioeducativas de internação e Agilização do processo de
regionalização do atendimento
X Fundação Casa,
CMDCA, Poder Público
22
OBJETIVO AÇÕES METAS 2008 2009 2010 PARCEIROS
semi-liberdade. da Fundação Casa com a
criação de Unidades de
Internação ou Semi-liberdades
locais ou mais próximos do
domicílio.
local e estadual.
Fundação Casa deverá
assegurar todos os direitos aos
adolescentes no interior das
Unidades. Sempre que possível
privilegiar o atendimento em
núcleos próximos de sua
comunidade.
X Fundação Casa,
CMDCA, Conselhos
Tutelares e
Secretarias
Municipais.
Diminuir os fatores de risco
e ampliar os fatores de
proteção em todos os
domínios da vida do
adolescente.
• Reconhecer os potenciais e
habilidades dos adolescentes em
participar ativamente do
processo de reconstrução de sua
história de vida.
Continuidade e articulação do
PIA – Programa Individual de
Atendimento dos Adolescentes,
entre os órgãos envolvidos para
adotar medidas para promover
o acesso às condições
necessárias à convenção das
metas do adolescente.
X Programa Executor
das Medidas
Socioeducatvas e
Secretarias
Municipais.
Criar no Programa de
Medidas estrutura que
contemple além do
atendimento direto às
• Reestruturação do programa de
medidas ampliando as ações de
intervenção.
Atuação na prevenção à
violência realizada por e contra
os adolescentes (defesa de
direitos).
X Programa Executor
das Medidas
Socioeducativas em
meio aberto,
23
OBJETIVO AÇÕES METAS 2008 2009 2010 PARCEIROS
medidas de LA e PSC,
prevenção, defesa de
direitos, protagonismo
juvenil e atuação
comunitária.
Secretarias Municipais
e CMDCA.
Atuação na mediação de
conflitos no meio escolar.
X
Definir proposta de
protagonismo juvenil
envolvendo o adolescente autor
de ato infracional.
X
Atuação na comunidade através
da rede de serviços existentes.
X
24
10.4 - ATENDIMENTO A EGRESSOS (INTERNAÇÃO)
OBJETIVO AÇÕES METAS 2008 2009 2010 PARCEIROS
Avaliação e
acompanhamento do
Programa Juventude
Cidadã.
• Garantir aprendizagem de ações
necessárias para o
acompanhamento de egressos
do sistema socioeducativo.
Realização contínua da
avaliação dos efeitos do
programa na vida do
adolescente egresso de
internação.
X Secretarias
Municipais,
Organizações
Governamentais,
ONG’s e Órgãos do
Sistema de Garantia
de Direitos à
Comunidade.
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - 2007 Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo ANEXO 1
1. DADOS SOBRE A VIOLENCIA URBANA NO MUNICIPIO
Delegacia Especializada da Infância e Juventude - SJC Número de Boletins de Ocorrência
COMPARATIVO 2006 e 2007 (jan a jun)
4,75
1,75
0
0
6,25
0
0,25
8,6
0
0,08
2,3
0,9
5,25
1,75
0,7
0,5
11
0
2,7
1,3
3,3
0,2
0,4
3,2
4,3
1,20
0
3
0
0
0
ameaça
atent viol ao pudor
dano
f habilitação
fuga
furto
homicídio
tent homicídio
lesão corp dolosa
latrocínio
porte de arma
uso de entorpec
receptação
roubo
tráfico de drogas
violaç domiciliar
Delitos em escolas municipais de São José dos Camposambos os sexos - 7 a 15 anos - 2007
1
120
3
21
47
265
107
52
137
2
2
32
59
176
0
2
7
9
12
5
5
1
1
5
1
1
2
0
0 50 100 150 200 250 300
aborto
ameaça
apropriação indébita
ato obsceno
calúnia, difamação, injúria
dano
desacato
furto
lesão corporal
porte de arma
porte ou uso de drogas
rixa
roubo simples
outros
reincidências (mesmoaluno)quantidade
São José dos CamposAtendimentos do Conselho Tutelar - 2006-7
5328
15
76155
36Viol. Física
Viol. Psíq.
Viol. Sexual
Negligência
Faltas/Evasão Escolar
Comportamento
2,96
0,37
4,81
0,37
49,951,85
38,48
0,37
0,37
1,11
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
busca e apreensão / quebra de medida
formação de quadrilha
porte de arma
receptação
roubo
seqüestro relâmpago
tráfico de drogas
tentativa de homicídio
tentativa de latrocínio
latrocínio
Dados COFACI- São José dos Campos% - Motivos de Entrada
2007
Adolescentes CustodiadosDados COFACI - Locais de moradia
COMPARATIVO: regiões X outras cidadestotal de adolescentes
17%
11%
21%
39%
12%
centro
norte
sul
leste
outras cidades
Dados COFACI - São José dos CamposPrincipais Bairros de Moradia dos Adolescentes
2007
3 3
12
6
9
8
14
5
2 8
0 5 10 15 2 0 2 5 3 0 3 5
C ampos dos A lemães
D om Pedro II
Galo B ranco
Jard im M orumbi
Jard im Sat éli t e
M ont e C ast elo
Sant ana
Out ras cidades
Adolescentes CustodiadosDados COFACI - Bairros de moradia - Região Centro
COMPARATIVO 2006 e 2007
6
5
5
5
14
3
6
6
2
1
4
1
14
3
1
2
Centro
Jd Jussara
Jd S Judas
Jd Uira
Monte Castelo
Vl Guarani
Vl Maria
Vl S Benedito
Adolescentes CustodiadosDados COFACI - Bairros de moradia - Região Norte
COMPARATIVO 2006 e 2007
2
9
3
10
3
3
4
2
2
9
5
2
Alto da Ponte
Altos de Santana
Buquirinha
Santana
Vl Rhodia
Vl Sinhá
Adolescentes CustodiadosDados COFACI - Bairros de moradia - Região Leste
COMPARATIVO 2006 e 2007
18
0
8
13
10
3
2
8
5
0
4
2
2
4
Galo Branco
Jd Majestic
Jd S José I
Jd S José II
Novo Horizonte
Sta Ermínia
Vl S Bento
Adolescentes CustodiadosDados COFACI - Bairros de moradia - Região Leste Sul
COMPARATIVO 2006 e 2007
9
49
7
7
10
14
5
5
8
10
9
6
7
3
5
0
34
4
2
4
5
14
Bosque dos Eucaliptos
Campos dos Alemães
Conj Ema
Chác Reunidas
D Pedro I
D Pedro II
Jd Colonial
Jd Morumbi
Jd Satélite
Pq Interlagos
Pinheirinho
RELATÓRIO DE MORTES VIOLENTAS – até Setembro 2007FAIXA ETÁRIA: 0 A 18 ANOS – FONTE: URBAM
MÊS SUICÍDIO AFOGA-
MENTO
ATROPELA-
MENTO
ACIDENTE
DE
TRÂNSITO
HOMICÍDIO DEMAIS
ACIDENTES
TOTAL DO
MÊS
Janeiro - - 01 - - - 01
Fevereiro - 01 - 02 - 01 04
Março - - - - - 01 01
Abril - - 01 - - - 01
Maio - - - - - 03 03
Junho - - - - - 01 01
Julho - - - - - - 0
Agosto - - - - - 03 03
Setembro - - - - - 03 03
TOTAL GERAL
01 02 02 12 17
DADOS REGIONAIS: Comparativo SJC em relação a regiões e municípios - 2007 PRIMÁRIOS E REINCIDENTES
137
33
242
5337
11
89
30
220
63
188
22
460
62
Município deRibeirão Preto
Região deRibeirão Preto
Jacareí Município de SJosé dosCampos
Região de S Jdos Campos
Município deSorocaba
Região deSorocaba
Primários X ReincidentesCOMPARATIVO por regiões e cidades do mesmo porte de SJC
Fonte: Fundação CASA 2007
Primários
Reincidentes
DADOS REGIONAIS: Comparativo SJC em relação dois municípios - 2007 NÚMERO e TIPO DE DELITO
NÚMERO DE DELITOS
130
60
65
0
0
64
31
0
957
109
Ribeirão Preto São José dosCampos
Sorocaba
Tipos de delitosCOMPARATIVO entre cidades de mesmo porte de SJC
Fonte : Fundação Casa
tráfico de drogas
roubo qualificado
homicídio doloso
furto
170
295
48119
283
210
522
Município deRibeirãoPreto
Região deRibeirãoPreto
Jacareí Município deS J dosCampos
Região de SJ dos
Campos
Município deSorocaba
Região deSorocaba
N° de delitos - 12 a 20 anosCOMPARATIVO por regiões e cidades do mesmo porte de SJC
Fonte: Fundação CASA 2007
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - 2007 Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo ANEXO 2
• PERFIL DO ADOLESCENTE ENVOLVIDO EM DELITOS EM S. JOSÉ DOS CAMPOS E SUAS FAMÍLIAS
Dados COFACI- São José dos Campos 2007Numero de casos atendidos
Janeiro a Dezembro de 2006 407 adolescentes Média de 33 casos/mês
Janeiro a Setembro de 2007 273 adolescentes Média de 30 casos/mês
1,85 2,596,29
18,87
28,86
44,03
1,85
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
1
São José dos Campos% de adolescentes custodiados - por idade
2007
doze a doze anos e onzemesestreze a treze anos e onzemesesquatorze a quatorze anos eonze mesesquinze a quinze anos e onzemesesdezesseis a dezesseis anos eonze mesesdezessete a dezessete anos eonze mesesdezoito a dezoito anos e onzemeses
5,76 7,03
91,92 93,98
0
20
40
60
80
100
meninas meninos
São José dos CamposAdolescentes custodiados % por gênero
- comparação entre 2006 e 2007 -
Dados COFACI - São José dos CamposVivência Infracional e Gênero
2006
4% 2%
64%
30%
Fem primário
fem reincid
masc primário
masc reincid
Dados COFACI - São José dos CamposVivência Infracional e Gênero
2007
6% 1%
61%
32%
Fem primário
fem reincid
masc primário
masc reincid
1,68 2,22
41,0438,48
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
Feminino - Estudando Masculino - Estudando
Dados COFACI- São José dos Campos% - Frequência Escolar - Gênero- Comparação entre 2006 e 2007
1,68 2,22
41,0438,48
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
Feminino - Estudando Masculino - Estudando
Dados COFACI- São José dos Campos% - Frequência Escolar - Gênero- Comparação entre 2006 e 2007
0,960,37 2,64 3,33
22,08 22,57
39,8444,03
30,48 29,6
0,72 0,37
05
1015202530354045
Analfabetos 5ª e 6ªséries
ensinomédio
Dados COFACI- São José dos Campos% - Séries que freqüentavam
comparação entre 2006 e 2007
Adole-Ser - São José dos Campos 2007Tipo de medida aplicada
67%
28%
5% 0%LA
PSC
LA + PSC
N/C
Adole-Ser -São José dos Campos2007Vvivência infracional dos adolescentes
71%
29%
0%
Primário
Reincidente
N/C
Adole-Ser - São José dos Campos - 2007 Adolescentes por gênero
89%
11%
Masculino
Feminino
Adole-Ser - São José dos Campos 2007Adolescentes por Raça
55%31%
14%
Branca
Parda
Negra
Adole-Ser - São José dos Campos 2007 Com que moram os adolescentes
75
90
29
2
7
9
3
3
Com os pais
Com a mãe
Com familiares
Com amigos
Com namorada ou companheiro
Com o pai
Abrigo
N/C
Adole-Ser - São José dos Campos - 2007 Bairro de residência
625
88
139
58
55
66
5
Bosque dos Eucaliptos
Campo dos Alemães
Centro
Dom Pedro I
Dom Pedro II
Galo Branco
Jardim Jussara
Jardim Morumbi
Jardim São José II
Jardim São Judas Tadeu
Monte Castelo
Santana
Vila São Paulo
Adole-Ser - São José dos Campos- 2007 Tipo de Infração
3
5
5
1
1
20
4
7
6
7
3
1
93
62
0
0
Ameaça
Atentado Violento ao Pudor
Dano (simples /qualificado)
Dirigir sem habilitação
Estupro
Furto (tentativa/de coisa comum/qualificado)
Homicídio (tentativa /simples/qualificado)
Lesão Corporal
Pichação
Porte de arma
Porte de drogas
Recepção (simples/qualificado)
Roubo (tentativa/ simples/qualificado)
Tráfico de drogas
N/C e Outros
Adol Perdido - Busca/apreens ou quebra de medida - estelionato -extorsão - fuga de UI - latrocínio - perambulaç - viol domicíl
Adole-Ser - São José dos Campos - 2007Educação Escolar
43%
57%Estuda
Não estuda
Adole-Ser - São José dos Campos 2007 Histórico de violência no ambiente doméstico
(218 pesquisados)
31%
30%
39% com histórico
sem histórico
N/C
Adole-Ser - São José dos Campos 2007Tipo de Violência envolvendo familiares no ambiente
doméstico (122 pesquisados)
37%
34%
25% 4%Abuso sexual
Violência verbal
Violência física
Violência psíquica
Adole-Ser - São José dos Campos 2007Familiares envolvidos em crimes/delitos
(218 pesquisados)
37%
60%
3%
envolvidos
não envolvidos
N/C
Adole-Ser - São José dos Campos 2007Familiares usuários de drogas
(218 pesquisados)
30%
67%
3%
Usa drogas
Não usa drogas
N/C
Adole-Ser - São José dos Campos - 2007Quem trabalha na família?
57
52
29
55
25
3
5
Pai e mãe
Só a mãe
Só o pai
Outro parente
Ninguem trabalha
Somente o adolescente
N/C
Adole-Ser - São José dos Campos - 2007 Renda familiar
34
141
26
4
1
12
menos de 1 SM
1 a 3 SM
4 a 6 SM
7 a 10 SM
Sem renda
N/C
Adole-Ser - São José dos Campos - 2007Principal razão para não trabalhar
3
2
44
11
48
3
9
90
2
3
3
Não se adapta
Não gosta
Não tem idade
Outros
Não encontra emprego
Não tem qualificação para o emprego quedeseja
Quer fazer outras coisas
Não respondido
Não tem interesse
Desinternação
Tratamento dependência química
Adole-Ser - São José dos Campos - 2007 Principal razão porque não estuda
189
31
223
3
3
62
2
26
2
75
3
Não se adapta na escola
Não gosta de estudar
Não encontrou vaga
Não gosta do ambiente escolar
Sente-se rejeitado na escola
Não quis estudar no periodo indicado
Vai repetir este ano
Não respondido
14 10 7 5 1 1 1
179
Fundhas JuventudeCidadã
AçãoJovem
BolsaFamília
Fundicad PA AgenteJovem
Não recebebenefício
Adole-Ser - São José dos Campos - 2007 Bolsas ou benefícios para o adolescente
1
39
3 2 4 4 1 5 2 3
158
BPC ( Beneficio Prestação Continuada)
Bolsa Familia
Renda Cidadã
Renda Minima
Ação Jovem
Fundhas
Vida em Familia
INSSPensão Alimenticia
BAQ (Bolsa Auxilio Qualificação)
Não recebe
Adole-Ser - São José dos Campos - 2007 Benefícios para a família
Dados ADOLE-SER . São José dos Campos 2007Características dos membros da família ( múltiplas respostas)
Mãe acolhedora 100Pai ausente 46Pai alcoólatra ou drogado 28Mãe sem autoridade 21Pai presente e acolhedor 21Mãe negligente 13Não consta/ não respondeu 13Pai autoritário 12Pai violento 8Pai presidiário 8Mãe ausente 7Mãe alcoólatra ou drogada 6Mãe com problemas mentais 4Mãe presidiária 3Pai com problemas mentais ou psicológicos 2Pai falecido 2Mãe violenta 2Pais falecidos 1Total 297
Dados ADOLE-SER . São José dos Campos 2007O que motivou a prática infracional
Desejo de consumir ou comprar bens materiais 9191
42%
Momento de fraqueza 28 13%Foi influenciado por amigos 19 9%Precisava de dinheiro para pagar dívidas 13 6%Não consta ou não respondeu 13 6%Envolveu-se no tráfico drogas 11 5%Mostrar ousadia / coragem 8Má sorte ou acaso 7Nega a prática do ato infracional 6Ajudar a família 5Mostrar-se independente 5Conseguir prestígio ou status no grupo 2Outros 2Mostrar lealdade aos criminosos 2Vingança 1Falta de apoio familiar 1Para usar drogas 1Momento de raiva momentânea 1Falta de orientação 1Estava acostumado 1Obedecer a ordem do grupo 0Total 218
Dados ADOLE-SER . São José dos Campos 2007Fatores que contribuíram para o jovem cometer delitosFalta de recursos financeiros 69 29%Andar com pessoas de má índole 57 24%Andar com pessoas envolvidas com drogas 34 15%Não consta ou não respondeu 18 8%Desemprego 12 5%Falta de atenção familiar 10 4%Vontade de aparecer - ser importante 9 4%Desilusão 7Ambiente da comunidade - muito violento 6Falta de acesso a educação 3Falta de religião 2Só depende do adolescente 2Insegurança /desespero 1Ambição 1Revolta contra a sociedade 1Uso de drogas 1Outros problemas 1Todas as opções 1Total
235