plano municipal de educaÇÃo de paratinga

99
O PREFEITO MUNICIPAL DE PARATINGA, ESTADO DA BAHIA no uso de suas atribuições legais, garantidos pelas Constituição Federal, Constituição do Estado da Bahia e da Lei Orgânica do Município, sanciona a lei n° 799, aprovada pela Câmara Municipal em 23 de junho de 2015. Lei nº 799 de 23 de junho de 2015. Aprova o Plano Municipal de Educação PME do Município Paratinga - BA em consonância com a Lei nº 13.005/2014 que trata do Plano Nacional de Educação - PNE e dá outras providências Art.1º É aprovado o Plano Municipal de Educação PME, com duração de 10 (dez) anos, a contar da publicação desta Lei, na forma do Anexo, com vistas ao cumprimento do disposto no art. 214 da Constituição Federal. Art. 2º São diretrizes do PME: I erradicação do analfabetismo; II universalização do atendimento escolar; III superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e na erradicação de todas as formas de discriminação; IV melhoria da qualidade do ensino; V formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase nos valores morais e éticos em que se fundamenta a sociedade; VI promoção do princípio da gestão democrática da educação pública; VII promoção humanística, científica, cultura e tecnológica do País; VIII estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do Produto Interno Bruto PIB, IX - valorização dos (as) profissionais da educação; e X - promoção dos princípios de respeito aos direitos humanos, à diversidade e à sustentabilidade socioambiental.

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Page 1: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

O PREFEITO MUNICIPAL DE PARATINGA, ESTADO DA BAHIA no uso de

suas atribuições legais, garantidos pelas Constituição Federal, Constituição do

Estado da Bahia e da Lei Orgânica do Município, sanciona a lei n° 799,

aprovada pela Câmara Municipal em 23 de junho de 2015.

Lei nº 799 de 23 de junho de 2015.

Aprova o Plano Municipal de Educação – PME do

Município Paratinga - BA em consonância com a Lei nº

13.005/2014 que trata do Plano Nacional de Educação -

PNE e dá outras providências

Art.1º É aprovado o Plano Municipal de Educação – PME, com duração de 10

(dez) anos, a contar da publicação desta Lei, na forma do Anexo, com vistas ao

cumprimento do disposto no art. 214 da Constituição Federal.

Art. 2º São diretrizes do PME:

I – erradicação do analfabetismo;

II – universalização do atendimento escolar;

III – superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da

cidadania e na erradicação de todas as formas de discriminação;

IV – melhoria da qualidade do ensino;

V – formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase nos valores

morais e éticos em que se fundamenta a sociedade;

VI – promoção do princípio da gestão democrática da educação pública;

VII – promoção humanística, científica, cultura e tecnológica do País;

VIII – estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em

educação como proporção do Produto Interno Bruto – PIB,

IX - valorização dos (as) profissionais da educação; e

X - promoção dos princípios de respeito aos direitos humanos, à diversidade

e à sustentabilidade socioambiental.

Page 2: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

Art. 3º As metas previstas no Anexo desta Lei deverão ser cumpridas no prazo da

vigência do PME, desde que não haja prazo inferior definido para metas e

estratégias específicas.

Art. 4º O plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais do

Município deverão ser formulados de maneira a assegurar a consignação de

dotações orçamentárias compatíveis com as diretrizes, metas e estratégias do

PME, a fim de viabilizar sua plena execução.

Art. 5º O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – IDEB será utilizado

para avaliar a qualidade do ensino a partir dos dados de rendimento escolar

apurados pelo censo da educação básica, combinados com os dados relativos ao

desempenho dos estudantes apurados na avaliação nacional do rendimento escolar

ou outro índice que venha sucedê-lo.

Parágrafo Único - Estudos desenvolvidos e aprovados pelo MEC na construção de

novos indicadores, a exemplo dos que se reportam à qualidade relativa ao corpo

docente e à infraestrutura da educação básica, poderão ser incorporados ao

sistema da avaliação deste plano.

Art. 6º O Município, em articulação e integração com o Estado, a União e a

sociedade civil e política, procederá à avaliação periódica de implementação do

Plano Municipal de Educação de Paratinga- BA e sua respectiva consonância com

os planos Estadual e Nacional.

§ 1º O Poder Legislativo, com a participação da sociedade civil e política,

organizada e por intermédio da Comissão de Educação da Câmara de Vereadores,

Conselho Municipal de Educação e Fórum Municipal de Educação,

acompanharão a execução do Plano Municipal de Educação.

§ 2º A primeira avaliação do PME realizar-se-á durante o segundo ano de vigência

desta Lei, cabendo à Câmara de Vereadores aprovar as medidas legais

decorrentes, com vistas às correções de eventuais deficiências e distorções.

§ 3º O Conselho Municipal e o Fórum Municipal de Educação

I – Acompanhará a execução do PME e o cumprimento de suas metas

II – Promoverá a conferência municipal de educação

§ 4º A conferência municipal de educação realizar-se-á com intervalo de até 4

anos entre elas, com intenção fornecer elementos para o PNE e também refletir

sobre o processo de execução do PME.

Art. 7º Caberá ao gestor municipal a adoção das medidas governamentais

necessárias para o alcance das metas previstas no PME.

Page 3: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

Parágrafo único. As estratégias definidas no anexo desta lei não eliminam a

adoção de medidas adicionais em âmbito local ou de instrumento jurídicos que

formalizem a cooperação entre os entes federados.

Art. 8º O Município elaborou o seu PME em consonância com as diretrizes, metas

e estratégias, previstas no PNE, Lei nº 13.005/2014.

§ 1º O Município demarcou em seu PME estratégias que:

I - Asseguram articulação das políticas educacionais com as demais políticas

sociais e culturais;

II- Consideram as necessidades específicas da população do campo e das

comunidades indígenas e quilombolas, assegurando a equidade educacional e a

diversidade cultural;

III- Garantem o atendimento das necessidades especificas na educação especial,

assegurando o sistema educacional inclusivo em todos os níveis, etapas e

modalidades;

IV- Promovem a articulação intersetorial na implementação das politicas

educacionais.

Art. 9º A partir da Lei aprovada do PME, o Município deve aprovar a lei

especifica para instituir o seu sistema de ensino, disciplinando a gestão

democrática pública no prazo de 2 anos, contando da publicação dessa lei.

Art. 10 Os Poderes do Município deverão empenhar-se em divulgar o Plano

aprovado por esta Lei, bem como na progressiva realização de suas metas e

estratégias, para que a sociedade o conheça amplamente e acompanhe sua

implementação.

Art. 11 Até o final do primeiro semestre do nono ano de vigência deste PME, o

poder executivo encaminhará à Câmara de Vereadores, sem prejuízos das

prerrogativas desse poder, o projeto de lei referente ao Plano Municipal de

Educação a vigorar no período subsequente, que incluirá diagnóstico, diretrizes,

metas e estratégias para o próximo decênio.

Art. 12 Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.

Art. 13 Revogam-se as disposições em contrário.

Paratinga – BA, 23 de junho de 2015.

Eliezer Pereira Dourado Filho Prefeito Municipal

Page 4: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

1

PREFEITURA MUNCIPAL DE PARATINGA

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO 2015-2025

Paratinga-BA 2015

Page 5: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

2

PREFEITO

ELIEZER PEREIRA DOURADO FILHO

VICE-PREFEITO

GILMAR DOURADO DO VALE JUNIOR

SECRETÁRIO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

QUINTINO JOSE GONÇALVES

GRUPO COLABORATIVO

Quintino José Gonçalves Secretário Municipal de Educação

Sara Maria Porto

Presidente do Conselho Municipal de Educação

Agdênia Rodrigues de Almeida Macedo Represente do Conselho Escolar

Enilza de Souza Farias

Representante de diretor de Escola Pública

Suely Rodrigues de Jesus Representante dos professores da Educação Básica.

Manoel Pedro de Souza

Representante do FUNDEB

Valdinei Teixeira dos Santos Representante do Legislativo Municipal

Aritana Aparecida Martins Monteiro da Silva

Representante da Educação Superior.

Page 6: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

3

Jasia Aparecida dos Santos Oliveira Representante da Educação Privada

Leís Leal da Silva

Representante de Pais

Hélcio Alves da Cruz Representante do Fórum Municipal de Educação

COMISSÕES REPRESENTATIVAS

Alcinéia De Souza Prado

Anísio Lúcio

Maria Cleide Ormandes Almeida Nery

Edna Rodrigues da Silva

Edneuza Oliveira De Souza

Eusisbela Farias Ramos

Flávia Góes Sá Teles Brandão

Francirlene Góes Sá Teles De Souza

Ilka Maria Moura Brandão

Leonizia Alves Gonçalves

Maria Regina Ribeiro Miranda

Meiriangela Fernandes Da Cruz

Neura Maria Borges Barbosa

Solaine Aparecida De Souza

Page 7: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

4

LISTA DE FIGURAS

Figura 01 Praça 15 de Novembro 12

Figura 02 Vista Aérea Panorâmica Do Município De Paratinga 13

Figura 03 Entrada Da Cidade De Paratinga 14

Figura 04 Mapa com localização geográfica do Município de Paratinga 15

Figura 05 Festa do Divino Espirito Santo 19

Figura 06 Filarmônica 13 de Junho - História e Tradição – Paratinga 20

Figura 07 Capela de São Sebastião 20

Figura 08 Mastro de São Sebastião 20

Figura 09 Festa do Padroeiro Santo Antônio 21

Figura 10

Quadro de proficiência 50

Page 8: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

5

LISTA DE TABELAS

Tabela 01 População do Município de Paratinga...................................................... 16

Tabela 02 Informações sobre o Município de Paratinga.......................................... 16

Tabela 03 Estabelecimentos de saúde por tipo e localização................................. 17

Tabela 04 Dados sobre Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) ....................... 18

Tabela 05 Desenvolvimento Humano, períodos 1991, 2000 e 2010........................ 18

Tabela 06

Evolução da matrícula da Educação Infantil no município de

Paratinga, por dependência administrativa e localização......................

25

Tabela 7 Frequência por ano de nasc. segundo o Município Residente.............. 26

Tabela 8 Taxa de escolarização da Educação Infantil do município (2010)......... 26

Tabela 9 Taxa de escolarização da Educ. Infantil de Paratinga, por localização. 27

Tabela 10

Evolução das matrículas do Ensino Fundamental no Município

Paratinga, por dependência administrativa e localização......................

31

Tabela 11 Nível Educa. da População de 06 a 14 anos, 1991, 2000 e 2010............ 32

Tabela 12

Matrícula do Ensino Fundamental do Município Paratinga, por idade

e série, Rede Municipal, (2013)..................................................................

33

Tabela 13 Taxas de Rendimento - Rede Estadual em Paratinga............................. 34

Tabela 14 Taxas de Rendimento - Rede Municipal................................................... 35

Tabela 15

Matrícula Inicial do Ensino Médio no Município de Paratinga, por

dependência administrativa e localização 2011/2013.............................

38

Tabela 16 Taxas de Rendimento do E. Médio - Rede Municipal/ Estadual............. 38

Tabela 17 Desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).................. 39

Tabela 18 Matrículas da Educação Especial no Município de Paratinga/BA......... 41

Tabela 19 IDEB no Ensino Fundamental 2005/2013................................................. 50

Tabela 20

Matrícula Inicial na Educação de Jovens e Adultos no município, por

dependência administrativa e localização (2011/2013)...........................

54

Tabela 21 Nível Educacional da População jovem, 1991, 2000 e 2010................... 56

Tabela 22 Nível Educacional da População Adulta com mais de 25 anos............. 57

Tabela 23 Funções docentes por Etapas e Modal. da Educ. Básica – Rede Mun.. 63

Tabela 24 Número de prof. e coord. da rede Municipal, Estadual e Particular...... 64

Page 9: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

6

Tabela 25 Profissionais, por nível de escolaridade na Rede Municipal em 2013.. 64

Tabela 26 Profiss. em educ. por situação funcional na Rede Municipal em 2013. 65

Tabela 27 Número de Escolas por Etapa de Ensino - Rede Estadual..................... 67

Tabela 28 Número de escolas por etapa de ensino – Rede Municipal.................... 67

Tabela 29

Nº dos estabelecimentos escolares de Educ. Básica do município,

por dependência administrativa e etapas da Educação Básica............

68

Tabela 30

Outras receitas com o setor educa. do município, administradas pela

prefeitura (2010/2013).................................................................................

69

Tabela 31

Recursos aplicados em educação pelo governo munic de Paratinga,

por nível ou modalidade de ensino (2011/2014)......................................

71

Tabela 32 Despesas com educ. do municpor categoria e elemento de despesa.. 72

Tabela 33 Arrecadação e gastos FNDEB................................................................... 73

Tabela 34 Aplicação no Ensino Fundamental – Exercício 2013 (Em R$)................ 74

Tabela 35 Recursos da Educação no PPA (2010/2013)............................................ 74

Page 10: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

7

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

AEE- Atendimento Educacional Especializado

ANA- Avaliação Nacional da Alfabetização

ANEB- Avaliação Nacional da Educação Básica

ANRESC- Avaliação Nacional do Rendimento Escolar

CRAS – Centro de Referencia de Assistência Social

CREAS- Centro de Referencial Especializado de Assistência Social

EJA- Educação de Jovens e Adultos

ENADE- Exame Nacional de Desempenho de Estudante

ENEM- Exame Nacional do Ensino Médio

FNDE- Fundo Nacional De Desenvolvimento

FUNDEB-Fundo Nacional de Educação Básica

IBGE- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IDEB- Índice de Desenvolvimento da Educação Básica

IDH – Índice de Desenvolvimento Humano

IDHM – Índice de Desenvolvimento Humano Municipal

INEP- Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas

LDB- Lei de Diretrizes e Bases da Educação

MEC- Ministério da Educação e Cultura

PAC2- Programa Aceleração do Crescimento

PAR- Plano de Ações Articuladas

PDDE – Programa Dinheiro Direto na Escola

PDE- Plano de Desenvolvimento da Escola

PDI- Plano de Desenvolvimento Individual

PIBID – Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência

PME - Plano Municipal de Educação

PNAE- Programa Nacional de Alimentação Escolar

PNAIC - Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa

PNATE- Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar

PNE - Plano Nacional de Educação

PPA – Plano Plurianual

Page 11: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

8

PROAM- Programa de apoios à Educação Municipal

SAAE – Serviço Autônomo de água e Esgoto

SAEB- Sistema de Avaliação da Educação Básica

SIMEC- Sistema Integrado de Monitoramento Execução e Controle

SINDISPAR – Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Paratinga.

SME- Secretaria Municipal de Educação

UAB- Universidade Aberta do Brasil

UEX- Unidades Executoras

UFBA-Universidade Federal da Bahia

UFPB- Universidade Federal da Paraíba

UNEB- Universidade do Estado da Bahia

Page 12: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

9

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..................................................................................... 11

2 ANÁLISE SITUACIONAL DO MUNICÍPIO E DA EDUCAÇÃO......... 12

2.1 ANÁLISE SITUACIONAL DO MUNICÍPIO.......................................... 12

2.1.1 Caracterização do Município............................................................ 12

2.1.1.1 Aspectos Históricos............................................................................. 12

2.1.1.2 Aspectos Geográficos.......................................................................... 14

2.1.1.3 Aspectos Demográficos....................................................................... 15

2.1.1.4 Aspectos Socioeconômicos................................................................. 17

2.1.1.5 Aspectos Culturais............................................................................... 19

2.1.1.6 Infraestrutura Material......................................................................... 21

2.2 ANÁLISE SITUACIONAL DA EDUCAÇÃO......................................... 22

2.2.1 Níveis da Educação: Educação Básica e Superior........................ 22

2.2.1.1 Etapas da Educação Básica................................................................ 23

2.2.1.2 Educação Infantil................................................................................. 23

2.2.1.3 Ensino Fundamental............................................................................ 26

2.2.1.4 Ensino Médio....................................................................................... 35

2.3 MODALIDADES E DESAFIOS EDUCACIONAIS............................... 38

2.3.1 Educação Especial........................................................................... 38

2.3.2 Política de Alfabetização ........................................................... 43

2.3.3 Educação em Tempo Integral.......................................................... 44

2.3.4 Qualidade da Educação Básica........................................................ 48

2.3.5 Educação de Jovens e Adultos (EJA)............................................. 52

2.3.6 Educação Profissional de Nível Médio............................................ 56

2.3.7 Educação Quilombola..................................................................... 57

2.4 EDUCAÇÃO SUPERIOR (Ensino Superior) ..................................... 58

2.5 VALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO................. 60

2.6 GESTÃO DEMOCRÁTICA DO ENSINO PÚBLICO............................ 64

2.7 RECURSOS FINANCEIROS PARA A EDUCAÇÃO NO MUNICÍPIO. 68

2.7.1 Investimento Público em Educação................................................ 68

3 DIRETRIZES, METAS E ESTRATÉGIAS DO PME............................ 75

Page 13: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

10

3.1 DIRETRIZES,....................................................................................... 75

3.2 METAS E ESTRATÉGIAS .................................................................. 75

3.2.1 Meta 01- Educação Infantil................................................................ 75

3.2.2 Meta 02 – Ensino Fundamental........................................................ 77

3.2.3 Meta 03 – Ensino Medio.................................................................... 78

3.2.4 Meta 04 – Educação Especial........................................................... 79

3.2.5 Meta 05 – Alfabetização Idade Certa............................................... 80

3.2.6 Meta 06 – Educação Integral............................................................ 81

3.2.7 Meta 07 – Aprendizado Adequado na Idade Certa ........................ 81

3.2.8 Meta 08 – Elevação da Escolaridade/Diversidade.......................... 82

3.2.9 Meta 09 – Alfabetização de Jovens e Adultos Especial................. 84

3.2.10 Meta 10 – EJA Integrado................................................................... 84

3.2.11 Meta 11 – Educação Profissional .................................................... 85

3.2.12 Meta 12 – Educação Superior........................................................... 85

3.2.13 Meta 13 – Qualidade da Educação Superior................................... 86

3.2.14 Meta 14 – Pós Graduação................................................................. 86

3.2.15 Meta 15 – Profissionais de Educação.............................................. 87

3.2.16 Meta 16 – Formação.......................................................................... 87

3.2.17 Meta 17 – Valorização dos Profissionais do Magistério................ 88

3.2.18 Meta 18 – Plano de Carreira.............................................................. 88

3.2.19 Meta 19 – Gestão Democrática......................................................... 90

3.2.20 Meta 20 – Financiamento da Educação........................................... 90

4 ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PME.............................. 92

5 REFERÊNCIAS................................................................................. 94

Page 14: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

11

1. INTRODUÇÃO

(...) o planejamento só é ético quando visa um crescimento que possa se traduzir em

melhor qualidade da vida coletiva, um cenário melhor para a vida de todos, e só é

democrático quando procura incorporar todos os envolvidos no processo de planejar.

(João Caramez)

A Secretaria Municipal de Educação de Paratinga, em consonância com o Grupo

Colaborativo de Elaboração do PME, apresenta nesse documento nas páginas que se

seguem, um plano dividido em etapas, nas quais analisa a situação municipal nos seus

aspectos históricos, geográficos, demográficos, socioeconômicos e culturais; em outra

parte, a equipe se debruçou na analise situacional da educação municipal, nos

questionamentos referentes às condições reais em que se encontra o ensino, tendo

como fonte dados, quadros e tabelas de instituições pertencentes às três esferas

governamentais, responsáveis em pesquisar a educação no país, estado e município.

Diante desses dados, se desenvolveram textos distintos compreendendo cada

modalidade educacional, dando referencia as suas particularidades que ao se

juntarem, universaliza a educação nessa localidade. Tendo em mãos os diagnósticos, e

as metas do Plano Nacional, foram traçados metas e estratégias para o município de

Paratinga, mediante planejamento, na finalidade de atingir objetivos de melhoria e

desenvolvimento no que se refere a educação nesse município tendo como prazo dez

anos de vigência, compreendido entre (2015 a 2025).

O Plano Municipal foi elaborado em consonância com as 20 metas estabelecidas pelo

PNE (Plano Nacional da Educação) este tendo sido sancionado e aprovado pela lei

13.005 em 25 de Junho de 2014.

Page 15: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

12

2. ANÁLISES SITUACIONAIS DO MUNICÍPIO E DA EDUCAÇÃO

2.1 ANÁLISE SITUACIONAL DO MUNICÍPIO

2.1.1 Caracterização do Município

Os estudos referentes a caracterização do Município de Paratinga baseou-se na

analise dos seguintes aspectos: históricos, geográficos, demográficos,

socioeconômicos, culturais e infraestrutura material. Para tanto se fez um estudo

minucioso sobre os mesmos, os quais revelaram a atual situação em que se encontra o

município, a fim de estabelecer as prioridades do Plano Municipal de Educação e

propor ações que sejam capazes de solucionar os problemas identificados.

2.1.1.1 Aspectos Históricos

Figura 01: Praça 15 de Novembro

Fonte:: Disponível em Acervo do fotografo Clédison Leite

Em meados do século XVII, já existia uma aldeia na região do médio São Francisco,

localizada à margem direita do mesmo rio, numa fazenda de criação de gado do Conde

da Ponte, Antônio Guedes Brito. Havia currais de gado, o que contribuiu para fazer da

aldeia ponto de passagem e pousada de boiadeiros e viajantes que iam rumo às Minas

Gerais, ou em sentido contrário, às terras da Bahia.

Page 16: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

13

Aquela localidade chamava-se então Urubu de Cima. O comércio de gado, a

abundância de peixe no Rio São Francisco e nas inúmeras lagoas da região, fertilidade

das terras e outros fatores naturais, fizeram crescer a população. Suas fazendas de

gado e plantações estendem-se nas áreas cobertas de mata virgens, rasgam-se

veredas, caminhos e estradas intensifica-se a navegação no Rio São Francisco,

estreitando os laços comerciais e sociais com as comunidades vizinhas.

Figura 02: Vista Aérea De Paratinga

Fonte Disponivel:<http://www.ferias.tur.br/fotos/903/paratinga-ba.html> acesso em 17 de maio de 2015

Em 1718, o arraial foi elevado a Freguesia com o nome de Santo Antônio do Urubu de

Cima. Em virtude de já existir uma imagem deste Santo na Capela local. Em 23 de

março de 1746, D. João, rei de Portugal, após consulta ao Conselho Ultramarino da

corte lusitana, ordena ao Conde das Galveas, André de Mello e Castro, a criação da

Vila Santo Antônio do Urubu, instalada pelo Ouvidor Francisco Marcolino de Souza em

27 se setembro de 1749, desmembrando-se de Jacobina com a denominação de

Urubu. Em 7 de dezembro de 1760 deu-se a Vila o privilégio de oficiais de Justiça e

pelouros. Em 1823 o Ouvidor Francisco Pires de Almeida Freitas a pretexto de uma

epidemia que grassava na Vila, conseguiu no Ministro do Império, mudar a Justiça e

Cartórios de Urubu para o arraial de Macaúbas por força da portaria de 17 de

dezembro de 1827, de onde só retornam em 1834 após diversas representações da

população local. Em 1830 instala-se na Vila de Urubu a primeira escola pública.

Em 25 de junho de 1897 a Vila de urubu foi elevada à categoria de cidade através da

lei estadual nº 177. Em pesquisas recentes do historiador Carlos Fernando Filgueiras

de Magalhães, constatou-se a fundação da Sociedade Filarmônica 13 de junho em 18

Page 17: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

14

de agosto de 1902, entidade que permanece viva e atuante na vida social, cultural e

religiosa do município. A denominação urubu perdurou até 1912 quando então o

deputado Muniz Sodré apresentou projeto, convertido na lei nº 884 mudando o nome

do município para Rio Branco e, finalmente, em 1943, outro Decreto estadual nº 141,

altera o nome para Paratinga, palavra de origem Tupi-Guarani que significa Rio Branco.

Figura 03: Entrada Da Cidade De Paratinga

Fonte Disponivel:<http://www.ferias.tur.br/fotos/903/paratinga-ba.html> acesso em 17 de maio de 2015

2.1.1.2 Aspectos Geográficos

O município de Paratinga está localizado no oeste baiano, na margem direita do Rio

São Francisco, a 710 km de Salvador. É cortado pela rodovia estadual BA 160. Limita-

se ao norte com Ibotirama, ao sul Bom Jesus da Lapa e Sítio do Mato, ao leste com

Oliveiras dos Brejinhos, Macaúbas e Boquira e ao oeste com Mequém do São

Francisco. Paratinga possui superfície de 2.747 km, clima quente, temperatura média

de 24 ºC, altitude média de 440 metros. 43º de longitude.

Page 18: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

15

Figura 04: Mapa com localização geográfica do Município de Paratinga

A cidade está localizada no semiárido nordestino, possui o relevo de planície, solo

arenoso, vegetação de caatinga e capoeira.

2.1.1.3 Aspectos Demográficos

O município de Paratinga segundo o censo 2010 tem uma população de 29. 504

habitantes. Deste contingente populacional, 18.599 habitantes são residentes na zona

rural, 10 905 na zona urbana. Sendo a população masculina maior, cerca de 14.930

homens, e 14.558 mulheres, tendo como estimativa para 2014, 32.452 habitantes.

A título de ilustração, seguem tabelas:

Tabela 01. População do Município de Paratinga

Page 19: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

16

Anos Total da

População

Total de

homens

Total de mulheres

Total da população

urbana

Total da população

rural

2000 27.679 14.053 13.626 9.067 18.612

2010 29.4751 14.8 14.558 10.915 18.599

Fonte: Disponível em: < http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2010 > Acesso em: 17 Abril 2015.

Tabela 02. Informações sobre o Município de Paratinga

População(1) (Localização

/ Faixa Etária)

Ano 0 a 3 anos

4 a 5 anos

6 a 14

anos

15 a 17

anos

18 a 24 anos

25 a 35 anos

Mais de 35 anos

Total

Urbana

2000 664 393 2.206 860 1.240 1.014 2.689 9.066

2007 748 386 1.762 683 1.417 1.431 3.069 9.496

2010 864 415 1.877 728 1.518 1.878 3.625 10.905

Rural

2000 1.676 1.005 4.853 1.539 2.253 2.117 5.168 18.611

2007 1.313 721 4.224 1.550 2.643 2.372 6.110 18.933

2010 1.188 680 3.577 1.460 2.622 2.587 6.485 18.599

Total

2000 2.340 1.398 7.059 2.399 3.493 3.131 7.857 27.677

2007 2.061 1.107 5.986 2.233 4.060 3.803 9.179 28.429

2010 2.052 1.095 5.454 2.188 4.140 4.465 10.110 29.504

PIB (2) IDH (3) IDI (4) Taxa de analfabetismo (5)

86.315 0.62 0.33 População de 10 a 15 anos

População de 15 anos ou mais

15.90 30.60

Fonte: Disponível em:<http://portal.mec.gov.br/ide/2000, 2007,2010/gerarTabela.php>. Acesso em: 17 Abril. 2015.

Verifica-se na dinâmica populacional do município, um crescimento na faixa etária de 6

a 14 anos na zona rural e uma taxa de analfabetismo de cerca de 30% entre a

População com mais de 15 anos. Isso implica para o poder público um duplo desafio,

pois além de disponibilizar maior oferta de escolarização, terá que enfrentar a queda

gradativa de menor oferta de emprego entre a população que é predominantemente

rural.

Page 20: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

17

Tabela 03. Estabelecimentos de saúde por tipo e localização

Localização Total

Números de estabelecimentos de saúde

Posto de

saúde

Centro de

saúde

Unidade mista

Pronto socorro

Hospital Outros

Urbana 03 02 - - - 01

Rural 05 05 - - - -

Fonte: Disponível em: Secretaria Municipal de Saúde (2015).

O Município de Paratinga conta com um Hospital Municipal que atende a população

com internações, pequenas cirurgias ambulatório e atendimento de emergência. Possui

02 postos de saúde básica na sede do Município e 05 postos na zona rural, oferecendo

serviços básicos como: vacinação, planejamento familiar, pré natal, consultas médicas,

pediátricas, clinica geral, genecologia, fisioterapia. Além de programas de hipertensão,

diabetes e programa saúde da família.

2.1.1.4 Aspectos Socioeconômicos

A atividade econômica predominante é a agropecuária, tendo o Vale do Santo Onofre

como principal região produtora de grãos do município, destacando –se o cultivo de

feijão, milho e cana- de – açúcar. A pecuária bovina é predominante no município,

havendo também a pesca no Rio São Francisco que desempenha papel de destaque

na economia local, garantindo a sobrevivência de milhares de paratinguenses

residentes nas comunidades localizados nas margens do “Velho Chico”. A atividade

pesqueira enfrenta um grave problema e um grande desafio devido a seca que assola

a região onde o volume de Água do São Francisco, diminuiu , provocando uma drástica

mudança no curso do seu leito, com isso a abundância de peixe existente transformou

em registro de lembrança de tempos passados. Em 2010, o município apresentou uma

renda per capita de R$ 201,79, conforme tabela n° 04 e 05. Por conseguinte, a

qualidade de vida média, apresentado em 2010 um IDH de 0,590, conforme tabela

abaixo.

Page 21: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

18

Tabela 04. Dados sobre Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)

Indicador Indicadores de Renda e Pobreza (taxas)

1991 2000 2010

IDH – municipal

0,251

0,371

0,590

Renda per capita 75,61 96,99 201,79

Proporção de pobres 87,54 78,43 51,60

Índice de Gini 0,47 0,66 0,55

Fonte: Disponível em: Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil. Disponível em: < http://www.atlasbrasil.org.br/2013>. Acesso em: 17 de abril 2015

Tabela 05. Desenvolvimento Humano, períodos 1991, 2000 e

2010

Indicadores Índices

1991 2000 2010

Índice de Desenvolvimento Humano Municipal

0,251

0,371 0,590

Educação 0,079 0,194 0,510

Longevidade 0,556 0,657 0,774

Renda 75,61 96,99 201,79

Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil. Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil. Disponível em: < http://www.atlasbrasil.org.br/2013>. Acesso em: 17 de abril 2015

Percebe-se através de dados da tabela n° 04 um desenvolvimento significativo no IDH

do município, a partir do decênio de 1990, 2000, 2010, bem como o aumento da renda

per capita, consequentemente, houve um declínio na proporção de pobres, onde o

índice na década de 1990, chega a casa de 87,4%, reduzindo em 2010 para 51,60%.

A tabela n° 05 destaca que a educação no município avançou expressivamente quando

em 1991 o índice registrado era 0,079% em 2010, apresenta-se com 0,510% aumento

percebido no indicador de longevidade como mostra dados da tabela.

2.1.1.5 Aspectos Culturais

Page 22: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

19

O município de Paratinga tem como padroeiro, Santo Antônio de Pádua, festejado em

13 de junho, feriado municipal, com a realização da tradicional trezena de Santo

Antônio no período de 31 de maio a 13 de junho, encerrando a festa com missa solene

e festiva na tricentenária igreja matriz de Santo Antônio, um dos mais belos

monumentos arquitetônicos do vale do São Francisco e procissão pelas ruas da cidade

com grande participação de pessoas residentes no município, nas cidades vizinhas em

outros estados da federação.

Comemora-se ainda no município a festa de São Sebastião, Divino Espírito Santo e

Nossa Senhora da Conceição, Carnaval, Cavalhada, Marujada, São João, São Pedro,

São Cosme e São Damião, Roda de São Gonçalo, Aniversário da Cidade, Folia de

Reis, além das Rodas de Samba, Capoeira, Chulas, Desafios, Cocos, Umbigadas,

Repentistas, Zabumbas: Alecrim e dos Cegos, Lamentação das Almas, Filarmônica 13

de Junho, Ternos, Cantorias, Serenatas.

No que se refere aos pontos turísticos existentes no município, destacamos os

balneários de Águas do Paulista e Brejo das Moças, comunidades localizadas no vale

do Santo Onofre que necessitam de investimentos em infraestrutura e maior

consciência da exploração racional das suas potencialidades naturais. Temos ainda as

praias localizadas no Rio São Francisco e a pesca esportiva no leito e lagoas do “Velho

Chico”, com enorme potencialidade turística ainda não explorada. Citamos também o

morro do São Francisco com belas paisagens naturais e gravuras rupestres já

catalogadas por pesquisadores em diversas expedições.

Figura 05: Festa do Divino Espírito Santo

Fonte: Disponível em:<http://www.paratinganoticias.com/2013/05/festa-do-divino> acesso em 17 de maio de 2015.

Page 23: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

20

Figura 06: Filarmônica 13 de Junho - História e Tradição – Paratinga

Fonte Disponível: < http://filarmonica13dejunho.blogspot.com.br> acesso em 17 de maio 2015

Figura 07: Capela de São Sebastião

Praça da Bandeira – Tomba - Paratinga Figura 08: Mastro de São Sebastião

Praça da Bandeira –Tomba- Paratinga

Acervo do fotografo Clédison Leite Fonte: Disponível:<http://terradeopara.blogspot.com.br> acesso em 17. mai. 2015

Page 24: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

21

Figura 08: Festa do Padroeiro Santo Antônio

Fonte: Disponível: <http://terradeopara.blogspot.com.br> acesso em 17 de maio 2015

2.1.1.6 Infraestrutura Material

O município de Paratinga tem pontos turísticos como as Águas Termais do Paulista e

do Brejo das Moças, com piscinas naturais de água termo minerais, além da Gruta da

Lapinha, com desenhos rupestres ainda conservados e com potencial turístico a ser

explorado. Possui a maior ilha fluvial do Rio São Francisco, denominada de Ilha de

Paratinga. O município é banhado pelo Rio São Francisco e, em toda sua extensão,

possui belas praias e recantos ribeirinhos onde se tem a prática da pesca esportiva.

No tocante a infraestrutura de água e esgoto no município, pode-se considerar que é

um problema a ser analisado, devido às dificuldades enfrentadas no município. O

fornecimento de água pelo SAAE - Serviço Autônomo de Água e Esgoto, requer uma

adequação na estação de tratamento visando à qualidade desse bem é essencial à

vida. Esse problema pode ser observado tanto na qualidade quanto no fornecimento da

água, uma vez que a distribuição da água não atinge todos os bairros de forma

igualitária.

No que concerne a infraestrutura de transporte, faz necessário ressaltar um elevado

número de imprudência, em consequência do alto índice de motorista sem habilitação o

que ocasiona acidentes frequentes, em especial acidentes envolvendo motociclista. Em

relação os serviços de transportes coletivos têm veículos que fazem linhas

intermunicipais, porem dentro da sede apenas mototaxi.

Page 25: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

22

A cidade foi contemplada com Polo Presencial Universidade Aberta do Brasil - UAB

com os cursos de Letras e Ciências Agrárias Pós-graduação em Ciências da

Linguagem com ênfase em Língua Portuguesa, pela Universidade Federal da Paraíba -

UFPB, Licenciatura em matemática pela Universidade Federal da Bahia - UFBA.

O município possui o serviço de internet e conta com duas operadoras a Vivo e a Claro.

Se tratando de estrutura bancárias temos os seguintes bancos: 01 (Uma) Agência dos

Correios, 03 (três) agências bancária, 01(uma) Caixa Econômica Federal, 01 (um)

Banco Bradesco, 01 (um) Banco do Brasil e 01(uma) casa lotérica.

A organização de associações comunitárias de trabalhadores rurais foi um fator

determinante para o crescimento da economia no município, buscando junto aos

organismos de financiamento agropecuário um grande volume de recursos que

impulsionou o desenvolvimento local e melhorou significativamente a qualidade de vida

e o poder aquisitivo nas comunidades rurais.

2.2 ANÁLISE SITUACIONAL DA EDUCAÇÃO

2.2.1 Níveis da Educação: Educação Básica e Superior

A Rede de Ensino Municipal, através da Secretaria Municipal de Educação – SME

oferece a Educação Básica, nas etapas de Educação Infantil, Ensino Fundamental e

Médio, essas modalidades de ensino são ofertadas nos 63 Estabelecimentos de Ensino

existente, distribuídos da seguinte forma: 13 Escolas existente na sede,16 Polos

Educacionais localizados na Zona Rural, onde desses, 05 oferecem o Ensino Médio

mantidos pelo município, 34 Escolas de pequeno porte localizadas em Povoados rurais

do município.

Pertence ao Estado, 02 (dois) Colégios na sede, ofertando o ensino médio e a EJA.

Temos uma Escola Particular que trabalha com alunos da Pré – Escola e Ensino

Fundamental I.

No ano de 2005 o município foi contemplado com a criação do Pólo da UAB, ofertando

o ensino superior, tendo como parceiras a Universidade Federal da Paraíba – UFPB, e

a Universidade Federal da Bahia – UFBA, sendo que a primeira oferta o curso de

Letras e Ciências Agrárias , atualmente ofertou um curso de Pós – Graduação (

Page 26: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

23

Ciências da Linguagem com Ênfase em Língua Portuguesa), a segunda oferece o

curso de Matemática , sendo que foi ofertado ao município 12 cursos para serem

analisados a demanda , serão estudados e escolhidos 04 para serem implantados a

partir do ano de 2016.

2.2.1.1 Etapas da Educação Básica

2.2.1.2 Educação Infantil

A Educação Infantil constitui a primeira etapa da educação básica e é por meio dela

que se constrói a base para a formação de atitudes frente ao conhecimento e tem

como finalidade o desenvolvimento integral da criança até os cinco anos de idade, em

seus aspectos psicológicos, físico, social e intelectual complementando a ação da

família e da comunidade (LDB 9394/96).

Este reconhecimento aponta para a necessidade de políticas públicas que assegurem

um atendimento de qualidade, com espaço físico que atenda às especificidades das

crianças de 0 a 5 anos de idade, garantindo assim um ambiente seguro, estimulante e

aconchegante, com espaço para as brincadeiras tão essenciais nesta faixa etária.

Revela ainda a importância da formação profissional que contribua com as práticas de

cuidado e educação das crianças nas suas múltiplas dimensões.

Na educação infantil do município, é possível perceber que dentro das condições atuais

ainda não há um atendimento pleno dos padrões exigidos pelo MEC.

A realidade do atendimento revela que a maioria dos espaços destinados à educação

infantil possui estrutura física inadequada, deficiência no mobiliário utilizado e nas

condições de conforto e salubridade.

A exemplo disso, vale ressaltar que temos creches que funcionam em local

inapropriado para receber crianças na faixa etária de 0 a 05 anos. No entanto, o

município em parceria com a União foi contemplado com a construção de duas creches

tipo B, através do programa Proinfância/PAR com capacidade de atendimento de 120

crianças em período integral uma já se encontra concluída e a outra em andamento.

O acompanhamento da aprendizagem das crianças é realizado através de formulários

de avaliação processual e contínuo, onde estão inseridos itens que facilitam a

observação do desempenho dos alunos. A Secretaria Municipal de Educação em 2013

Page 27: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

24

elaborou a proposta da educação infantil. Além disso, as orientações metodológicas

são realizadas em reuniões de planejamento, com a participação de professores,

direção e coordenação pedagógica. A educação infantil em tempo integral é ofertada

pelo município, mas percebe-se que é grande o número de crianças que frequentam

somente um turno nas creches, isto porque a estrutura não é favorável suficientemente

para estimular a permanência em tempo integral.

Inúmeros problemas afetam a educação infantil no nosso município, além dos

problemas estruturais e de formação de professores, percebe-se a necessidade de um

levantamento das reais necessidades e definição de prioridades para a alocação dos

recursos disponíveis, bem como, a reorganização da distribuição do número de alunos

por professor, visando cumprir as recomendações do MEC.

Faz-se necessário um maior esforço para atendimento das crianças portadoras de

necessidades especiais, tanto no sentido pedagógico, como no respeito às normas de

acessibilidade.

Com isso, percebe-se a grande necessidade de direcionamento de políticas públicas

para essa área da educação, uma vez que um atendimento de qualidade, que respeite

as peculiaridades do público atendido, requer estrutura física adequada, material

pedagógico necessário e formação dos recursos humanos envolvidos no processo de

cuidados e educação dessas crianças.

No município o atendimento público na educação infantil é ofertado em creches e pré-

escolas nas quais a matrícula é realizada de acordo com a necessidade das famílias.

Também tem atendido à população do campo, quilombolas e itinerantes de acordo o

parecer da resolução nº 3, de 16 de maio 2012, que define diretrizes para o

atendimento de educação escolar para populações em situação de itinerância. Com a

oferta de educação infantil, porém ainda se faz necessário a adequação dos espaços

das propostas pedagógicas a fim de contemplar as especificidades destas populações.

No que tange a matrícula, a própria escola realiza este processo visando facilitar o

acesso dos pais à escola desejada.

Segue abaixo a tabela com os dados da evolução da matrícula entre os anos de 2010 a

2013:

Tabela 06. Evolução da matrícula da Educação Infantil no município Paratinga ,

por dependência administrativa e localização, período 2010 a 2013

Page 28: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

25

A tabela nº 06 apresenta um crescimento num quantitativo de matricula da educação

infantil zona urbana, no decorrer dos anos 2010 a 2013. Porém neste mesmo período,

verifica-se um oscilação no número de matrícula na zona rural ao longo dos anos.

Tabela 7. Frequência por ano de nascimento, segundo o Município

Residente

Nascidos Vivos – Bahia

Município Residente

Período

2012 2013

288 460 Fonte: Secretaria Municipal de Saúde, ano 2015.

Os dados fornecidos pela secretaria de saúde descrito na tabela nº 07, revela que o

nascimento de criança registrado em 2013 é aproximadamente o dobro de registro do

ano anterior. Dados esses, advertem o poder publico atenção e cuidado na

implantação de política publica para atender esta realidade.

Tabela 8. Taxa de escolarização da Educação Infantil do município (2010)

Anos Municipal Estadual Particular

Total Urbana Rural Urbana Rural Urbana Rural

2010 467 623 ---- ---- --- --- 1.090

2011 550 605 ---- ---- 62 ---- 1.217

2012 580 547 ---- ---- 52 ---- 1.179

2013 640 562 ----- ----- 63 --- 1.265

Fontes: Disponível em: MEC/INEP, para os dados de matrícula, Anuário Estatístico

Estadual, Acesso em 17 de maio de 2015 e Secretaria Municipal de Educação, 2015

Page 29: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

26

Segmentos População

(A) Matrícula

(B) Não

matriculados Taxa (C)%

Creche (0 a 3 anos) 2.026 223 1.803 11/%

Pré-Escola (4 a 5 anos) 1.144 1.045 95 91/%

Total (0 a 5 anos) 3.173 1.268 1898 Fontes: disponível em: IBGE, para os dados de população; MEC/INEP, para os dados de matrícula. Acesso em 17 de maio de 2015.

Os dados da tabela 08, revela índice preocupantes em relação a população da creche

de (0 a 03 anos) no ano de 2010. Neste mesmo ano, da população infantil que

correspondia 2026 apenas 223 estava matriculado, de modo a corresponder uma taxa

de 11%.

Na tabela 09, é notório uma população rural de 0 a 5 anos maior do que a população

da zona urbana nesta mesma faixa etária. Embora, pode observar na zona urbana um

numero de matricula e escolarização superior do que os dados apresentados no

processo de matricula e escolarização da zona rural.

2.2.1.3 Ensino Fundamental

Ensino Fundamental no Brasil, faz parte da educação básica, é dividido em duas

etapas o Fundamental I do 1º ao 5º ano, e o Fundamental II do 6º ao 9º ano, sua

matrícula é obrigatória para todas as crianças com idade entre 6 e 14 anos.

A obrigatoriedade da matrícula nessa faixa etária é de responsabilidade conjunta: dos

pais ou responsáveis pelas matrículas dos filhos; do Estado pela garantia de vagas nas

escolas públicas; da sociedade, por fazer valer a própria obrigatoriedade.

Tabela 9. Taxa de escolarização da Educação Infantil do Município Paratinga, por localização (2014)

Localização População de 0 a 5

anos (A) Matrícula

(B) Escolarização

%

URBANO 1.279 624 49%

RURAL 1.868 538 29% Fontes: Disponível em: IBGE 2010, para os dados de população. Acesso em 17 de maio de 2015; Secretaria Municipal de Educação 2015, para os dados de matrícula.

Page 30: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

27

Nesse sentido a Lei Orgânica do Município de Paratinga, está em consonância com a

Constituição Federal, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação garantindo o ensino

gratuito a toda a população de 06 a 14 anos.

A referida lei em seu Artigo 135 sinaliza que: O município manterá seu sistema de

ensino em colaboração com a União e o Estado, atuando, prioritariamente, no ensino

fundamental e pré-escolar, provendo seu território de vagas suficientes para atender à

demanda.

O ensino Fundamental de Nove Anos conforme quadro abaixo, iniciou-se no município

em 2009 e encontra-se num período de transição com a forma de organização seriada,

somente em 2017 o Ensino Fundamental de Nove Anos estará plenamente

implementado no sistema de ensino do município.

Quadro 01: Ampliação do Ensino Fundamental para 9 anos - Lei Federal nº. 11.274

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

1º ano

1ª série

2ª série

3º série

4ª série

5ª série

6ª série

7ª série

8ª série

1º ano

2º ano

2ª série

3º série

4ª série

5ª série

6ª série

7ª série

8ª série

1º ano

2º ano

3º ano

3º série

4ª série

5ª série

6ª série

7ª série

8ª série

1º ano

2º ano

3º ano

4º ano

4ª série

5ª série

6ª série

7ª série

8ª série

1º ano

2º ano

3º ano

4º ano

5º ano

5ª série

6ª série

7ª série

8ª série

1º ano

2º ano

3º ano

4º ano

5º ano

6º ano

6ª série

7ª série

8ª série

1º ano

2º ano

3º ano

4º ano

5º ano

6º ano

7º ano

7ª série

8ª série

1º ano

2º ano

3º ano

4º ano

5º ano

6º ano

7º ano

8º ano

8ª série

1º ano

2º ano

3º ano

4º ano

5º ano

6º ano

7º ano

8º ano

9º ano

Fonte: Disponível em: Secretaria Municipal de Educação 2015.

Page 31: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

28

Visando a garantia do direito de aprender, o município aderiu ao Pacto Nacional pela

Alfabetização na Idade Certa, atendendo as classes que compõe o primeiro ciclo da

alfabetização 1º, 2º e 3º, ressaltamos a urgente necessidade de garantir que o

programa seja ampliado para os 4º e 5º anos.

É importante destacar que carecemos de políticas públicas direcionadas aos anos

finais do ensino fundamental e os dados apontam um decréscimo da aprendizagem e

consequente aumento da defasagem idade série nessa etapa da escolaridade.

A distorção idade-série, presente na nossa realidade, se configura num problema

grave, o que ocasionou um quantitativo grande de alunos de 13 a 14 anos nos 3º, 4º e

5º, que pela idade não podem estar na EJA. Em relação às turmas de EJA (5ª e 6ª, 7ª

e 8ª), temos escolas na sede e na zona rural que oferecem a modalidade, porém

carecem de políticas publicas capazes de garantir a permanência uma vez que se trata

de alunos em situação de vulnerabilidade social.

A LDB em seu artigo 26 destaca que os currículos da educação infantil, do ensino

fundamental e do ensino médio devem ter base nacional comum, a ser

complementada, em cada sistema de ensino e em cada estabelecimento escolar, por

uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade,

da cultura, da economia e dos educandos.

A equipe pedagógica da Secretaria de Educação do Município de Paratinga, em busca

de uma educação que atenda os desafios contemporâneos, propôs uma modificação

na parte diversificada do currículo do ensino Fundamental II, que foi apreciada e

posteriormente aprovada pelo Conselho Municipal de Educação.

Essa iniciativa visa atender as exigências legais expressas na LDB 9394/96, que

estabelece as diretrizes e bases da educação nacional e da portaria Nº 1.128/2010 que

reorganiza o currículo das escolas da educação básica da rede pública estadual da

Bahia.

Apoiar o trabalho realizado nas turmas do Ensino Fundamental II e contribuir para a

melhoria da qualidade das aprendizagens dos alunos são os objetivos maiores da

proposta. Os eixos propostos pela SME, para a parte diversificada são semelhantes

aos apresentados pela portaria 1.128/2010, as modificações serão apenas no foco de

alguns dos eixos.

6º ano o eixo temático é Meio Ambiente e o foco os Recursos Naturais - O

trabalho com Meio Ambiente é necessário para suprir uma lacuna que o

Page 32: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

29

processo educacional deixou ao longo do tempo, a escolha por introduzir a

disciplina no 6º ano se deve ao fato desse ser o primeiro ano do ensino

fundamental II, e um trabalho bem feito com a temática nessa turma garantirá

um comportamento, uma postura de cuidado e responsabilidade com o projeto

ambiental da escola.

7º ano o eixo temático é Ciência e Tecnologia, com foco em Tecnologia e

Informação - A sociedade que estamos inseridos é cada vez mais,

caracterizada pelo uso intensivo das tecnologias que mediam o

conhecimento, a escola enquanto espaço de construção e acesso a esse bem

não pode ficar alheia as mudanças e aos desafios da contemporaneidade.

Nessa conjuntura uma educação pública de qualidade ganha importância

redobrada, pois é nela que estão às camadas excluídas não apenas pela falta do

acesso a bens materiais, mas também pela falta do acesso ao conhecimento e aos

bens culturais.

8º ano o eixo temático é Identidade e Cultura, com foco em Território,

Memória Histórica e Identidade O Brasil é um país do encontro de culturas e

civilizações. Diante disto, aprender e conhecer sobre o Brasil e sobre o povo

brasileiro é aprender a conhecer a historia de vários povos que aqui se

encontraram e contribuíram com suas bagagens e memórias na construção

desse país e na produção da identidade brasileira.

Pensar em diversidade cultural no Brasil significa refletir sobre a história do país e a

construção da sociedade que aqui se estabeleceu.

Na perspectiva de cumprir a proposta da Lei 10.639/2003, que estabelece que as

instituições educacionais promovam à inserção do estudo da África e dos Africanos, a

luta dos povos negros do Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da

sociedade nacional de modo a resgatar a sua contribuição na área social, econômica e

política, pertinentes a historia do Brasil. E a lei Nº. 11.645/2008 que estabelece a

obrigatoriedade do estudo da história e cultura afrobrasileira e indígena nos

estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio públicos e privados em

todo o país.

Na busca de uma educação que reconheça as especificidades dos diferentes

contingentes culturais que dão forma à nação brasileira, implantaremos a disciplina

Território, memória histórica e identidade que terá a finalidade de trabalhar os estudos

Page 33: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

30

sobre a temática, visando estimular os educados para a busca do conhecimento do seu

lugar de pertencimento, a sua identidade e memória.

9º ano o eixo temático é Cidadania e o foco em Consumo E Cidadania - No

eixo Consumo e cidadania, propomos de inicio um trabalho de conscientização

da importância dos documentos pessoais para ter acesso aos serviços sociais,

educacionais e de saúde pública, em seguida trataremos da temática do código

de defesa do consumidor, abordaremos a Educação Financeira, visando não

apenas ensinar a economizar, a cortar gastos, poupar ou guardar dinheiro, mas

investir em qualidade de vida, em planejamento, tratará dos impostos pagos no

Brasil, financiamento da educação básica e como são administrados recursos

que a escola recebe.

Tabela 10. Evolução das matrículas do Ensino Fundamental no Município Paratinga, por dependência administrativa e localização (2010/2013)

Anos Municipal Estadual Particular

Total Urbana Rural Urbana Rural Urbana Rural

2010 1962

4077 214 00 6253

2011 1956

3800 205 15 5976

2012 1910

3631 174 39 5754

2013 2170

3292 00 59 5521

Fonte: Disponível em: http://sim.sei.ba.gov.br/sim/mapa_interativo.wsp, Acesso em: 28 de abril. 2015.

Analise da tabela acima sinaliza um decréscimo no número total de matriculas do

ensino fundamental no período de 2010 a 2013.

A rede pública municipal de ensino de Paratinga atendeu em 2013 no Fundamental I, a

3110 alunos e 2377 no Fundamental II, em 63 escolas, sendo 09 na sede, uma delas a

escola Municipal Borges dos Reis foi municipalizada no referido ano e atende apenas

alunos do ensino fundamental II, as demais estão localizadas na zona rural distribuídas

Page 34: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

31

em 16 Polos e 38 escolas de pequeno porte sendo que essas funcionam da pré escola

ao 5º ano em classes multisseriadas. Em 2014 a Secretaria Municipal de Educação,

tentou nuclear essas escolas com o objetivo de oferecer a infraestrutura dos Pólos e

também acompanhamento pedagógico, porém a resistência de muitas comunidades,

impossibilitou a redução desse número que atualmente são 31 escolas funcionando

nesse regime em comunidades isoladas.

O diagnóstico sinaliza que o município dispõe de vagas suficientes para a demanda de

alunos de ensino fundamental, porém é urgente a necessidade de garantir a

permanência e consequentemente a aprendizagem dos alunos.

Tabela 11. Nível Educacional da População de 06 a 14 anos, 1991, 2000 e 2010

Faixa etária (anos)

Taxa de analfabetismo % de alunos na escola

1991 2000 2010 1991

2000 2010

06 a 14 anos 59.54 47.54 27.06 56,54 95,28

98,86

11 a 14 anos 45.37 14.05 8.28

Fonte: Disponível em: http://www.atlasbrasil.org.br/2013/pt/consulta/ Acesso em: 29 de abril

de 2015.

O município apresentou no período analisado na tabela nº11, uma redução no número

de analfabetos entre a população de 11 a 14 anos, no entanto é urgente considerar a

necessidade de programar políticas educacionais com o objetivo de corrigir o déficit

ainda existente e também possibilitar a inclusão na EJA daqueles que não tiveram

oportunidade de freqüentar a escola e usufruir a educação formal no período regular.

Page 35: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

32

Tabela 12. Matrícula do Ensino Fundamental do Município

Paratinga, por idade e série, Rede Municipal, (2013)

Idades 1º ano 2º ano 3º ano 4º ano 5º ano 6º ano 7º ano 8º ano 9º ano Total

6 anos 446 86 08 --- 01 --- --- --- ---

541

7 anos 34 441 76 12 --- --- --- --- ---

563

8 anos 02 123 318 77 03 --- --- --- ---

523

9 anos 01 52 164 232 97 21 --- --- ---

567

10 anos 01 26 68 154 199 134 35 02 01

620

11 anos --- 06 46 81 112 144 125 40 ---

554

12 anos --- 10 19 52 78 128 135 147 14

583

13 anos --- 03 14 34 54 132 158 144 136

675

14 anos --- 03 07 14 32 69 60 106 109

400

15 anos --- --- 06 18 27 42 57 71 74

295

+ de 16 anos

--- 01 10 17 34 55 74 84 126

401

Nº de alunos total em defasagem 02 49 102 135 147 166 131 84 126

942

% em defasagem

0,41% 6,52% 13,85% 20% 23,07% 22,89% 20,34% 14,14% 27,39%

Fonte: Disponível em: Secretaria Municipal de Educação, 2015.

A tabela nº12 referente à defasagem idade série sinaliza que as crianças estão

ingressando no ensino fundamental na idade regular, porém as taxas de distorção

idade série aumentam consideravelmente no final do ensino fundamental I, a situação

se agrava ainda mais nos anos finais dessa modalidade. Isso se deve a fatores

internos e externos da escola, nas quais comprometem o processo de ensino e

aprendizagem.

Page 36: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

33

.Tabela 13. Taxas de Rendimento - Rede Estadual em Paratinga

SÉRIE / ANO Ano

Taxa de

Aprovação

Taxa de

Reprovação

Taxa de

Abandono

Urbana Rural Urbana Rural Urbana Rural

1ª Série / 2º ano

do EF

2008 71.70 23.90 4.40

2009 0,00 0, 00 0,00

2010 -- -- --

2ª Série / 3º ano

do EF

2008 68.50 29.60 1.90

2009 0,00 0,00 0,00

2010 -- -- --

3ª Série / 4º ano

do EF

2008 91.40 5.70 2.90

2009 0,00 0,00 0,00

2010 -- -- --

4ª Série / 5º ano

do EF

2008 66.10 14.30 19.60

2009 0,00 0,00 0,00

2010 -- -- --

5ª Série / 6º ano

do EF

2008 92.50 7.50 0.00

2009 94.80 1.70 3.50

2010 85.40 7.30 7.30

6ª Série / 7º ano

do EF

2008 69.60 26.80 3.60

2009 91.40 5.70 2.90

2010 85.70 7.90 6.40

7ª Série / 8º ano

do EF

2008 96.30 0.00 3.70

2009 88.70 11.30 0.00

2010 72.40 20.70 6.90

8ª Série / 9º ano

do EF

2008 96.00 4.00 0.00

2009 98.40 1.60 0.00

2010 93.80 0.00 6.20

Fonte: Disponível em: http://ide.mec.gov.br/2011/municipios/relatorio/coibge/2923704Acesso em:

29 de abril de 2015

Page 37: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

34

Tabela 14. Taxas de Rendimento - Rede Municipal

SÉRIE /

ANO Ano

Taxa de

Aprovação

Taxa de

Reprovação

Taxa de

Abandono

Urbana Rural Urbana Rural Urbana Rural

1ª Série /

2º ano do

EF

2008 68.50 61.30 28.00 34.70 3.50 4.00

2009 64.80 68.80 32.40 30.00 2.80 1.20

2010 70.50 76.40 28.60 22.80 0.90 0.80

2ª Série /

3º ano do

EF

2008 70.70 70.70 24.70 27.10 4.60 2.20

2009 76.50 73.40 22.10 24.80 1.40 1.80

2010 66.80 71.90 30.70 26.20 2.50 1.90

3ª Série /

4º ano do

EF

2008 73.30 73.80 24.80 21.70 1.90 4.50

2009 77.50 74.30 20.50 23.40 2.00 2.30

2010 68.80 73.60 28.40 24.70 2.80 1.70

4ª Série /

5º ano do

EF

2008 61.90 82.80 19.00 14.50 19.10 2.70

2009 82.20 79.20 15.00 18.70 2.80 2.10

2010 75.90 80.50 21.00 17.20 3.10 2.30

5ª Série /

6º ano do

EF

2008 86.60 67.20 8.50 27.30 4.90 5.50

2009 68.30 68.30 23.90 27.30 7.80 4.40

2010 75.60 58.10 20.20 32.30 4.20 9.60

6ª Série /

7º ano do

EF

2008 78.40 74.90 12.60 17.40 9.00 7.70

2009 76.70 80.20 20.20 16.60 3.10 3.20

2010 84.80 75.80 11.40 17.30 3.80 6.90

7ª Série /

8º ano do

EF

2008 84.10 82.60 9.30 11.90 6.60 5.50

2009 82.60 87.20 12.80 7.10 4.60 5.70

2010 81.70 81.90 13.40 10.90 4.90 7.20

8ª Série /

9º ano do

EF

2008 85.60 90.40 8.70 4.00 5.70 5.60

2009 87.30 94.90 11.20 1.20 1.50 3.90

2010 81.30 93.10 16.40 1.70 2.30 5.20

Fonte: Disponível em: http://ide.mec.gov.br/2011/municipios/relatorio/coibge/2923704,

29 de abril de 2015/ http://www.qedu.org.br/cidade/3039-paratinga/aprendizado 04 de

maio de 2015.

Page 38: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

35

As tabelas acima analisada evidencia que as taxas de aprovação do Ensino

Fundamental, oscilaram no período de 2008, 2009 e 2010 em quase todas as séries,

sendo que as maiores taxas de reprovação estão nas escolas da zona rural, se

destacando neste quadro no Fundamental I a primeira série com 34.70% em 2008 e no

Ensino Fundamental II a 5ª série com 32.30% em 2010.

Os altos índices de reprovação principalmente na zona rural evidenciam que a

interrupção de aulas por motivos como: Problemas com o transporte, a seca, a falta de

frequência por parte de alguns professores, a rotatividade dos profissionais da escola,

o pouco envolvimento das famílias com a educação dos filhos, as dificuldades

financeiras e consequente busca de empregos fora do município entre outros fatores,

têm ocasionado um número elevado das taxas de abandono e repetência.

Os resultados do IDEB 2013 evidenciam dados preocupantes no que concerne o fluxo

escolar e o baixo número de alunos proficientes em língua portuguesa e matemática, é

urgente a utilização pedagógica dos resultados da Prova Brasil, com o objetivo de

garantir a qualidade da aprendizagem.

2.2.1.4 Ensino Médio

Anos anteriores a 2000 a população estudantil da comunidade da Zona Rural do

município de Paratinga enfrentava enormes dificuldades para continuar os seus

estudos (segundo ciclo do ensino fundamental e ensino médio), isso porque essas

modalidades de ensino eram apenas ofertadas em colégios localizados na sede do

município , tornando inviável para a grande maioria dos estudantes da Zonar rural

concluir o ensino fundamental e médio, era comum acontecer a esses alunos quando

terminavam o primeiro ciclo do Ensino Fundamental(1ª a 4ª séries) ou abandonavam os

estudos ou repetiam a última série desse ciclo .

Sensibilizado com essa realidade o gestor e o Secretário de Educação na época

(Eliezer Pereira Dourado Filho/Quintino José Gonçalves ) implantaram no município

de Paratinga o ensino básico completo, através da construção de 16 Polos em

localidade estratégias da Zona Rural, desses, 05 Polos foram contemplados com o

Ensino fundamental e Médio e o restante com o fundamental. Esta implantação

Page 39: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

36

configurou como um marco histórico de desenvolvimento tanto no campo educacional

bem como político, cultural e social.

Evidente que com o passar dos anos muitas dificuldades surgiram, como a falta de

profissionais capacitados para atuar na área especifica de ensino, material adequado

para atender essa clientela, a distâncias geográficas existentes entre outros, tornaram

obstáculos no que se refere ao desenvolvimento do ensino – aprendizagem.

No intuito de capacitar professores municipais, foi estabelecida parceria entre o

município e a UNEB (Universidade do Estado da Bahia) implantando o Programa

UNEB/2000 onde graduou 100 professores no curso de Pedagogia entre os anos de

2001 a 2004, no decorrer do tempo outras medidas foram desenvolvidas como a

formação continuada e capacitação de professores, no ano de 2008 o município em

parceria com o governo federal consegui implantar o POLO da UAB (Universidade

Aberta do Brasil) tendo como parceiras a UFPB (Universidade Federal da Paraíba) e a

UFBA (Universidade Federal da Bahia) sendo que a primeira oferta o curso de Letras e

Ciências Agrárias e a última oferta o curso de Matemática.

Evidente que essas medidas não são suficiente o bastante para sanar a necessidade

de profissionais qualificados que o ensino dessa modalidade requer, diante disso o

município deve somar esforços, buscando parcerias tanto federal como estadual no

intuito de ofertar aos docentes formação profissional que possa lhes dar condições

para atender e desenvolver com maior qualidade a formação desses alunos, diminuído

a taxa de evasão e repetência as quais apresentam altos índices.

Segundo dados do censo escolar de 2011 a 2013 foram matriculados no ensino médio

na Zona Rural 2.570 alunos e 2.620 nos colégios da sede totalizando 5.190 alunos

matriculados. Percebe-se uma diminuição no número de matriculas principalmente no

último ano pesquisado, tanto na sede como na zona rural como mostra tabela abaixo.

No

que

se

refer

e a

taxa

de

rendi

Tabela 15. Matrícula Inicial do Ensino Médio no Município de Paratinga, por dependência administrativa e localização 2011/2013

Anos Municipal Estadual Privada

Total Urbana Rural Urbana Rural Urbana Rural

2011 - 908 908 - 1816

2012 846 909 - 1755

2013 816 803 - 1619

Fonte: Disponível em: Anuário Estatístico da Educação da Bahia. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/ide/2010>. Acesso em: 29. Maio. 2015.

Page 40: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

37

mento, verifica-se que o primeiro ano dessa modalidade a taxa de reprovação e

abandono supera os anos subsequentes, sendo que a de abandono apresenta atos

índices em todo o curso do ensino médio, como revela dados da tabela nº 16. Portanto

esses indicadores sinaliza medidas a serem tomadas através de verificação e análises

dos motivos geradores desses fatos.

Tabela 16. Taxas de Rendimento do Ensino Médio - Rede Municipal/ Rede Estadual

Fase / Nível Taxa Aprovação Taxa Reprovação Taxa Abandono

Urbana Rural Tota

l Urbana Rural

Total

Urbana Rural Total

1º ano do EM

2008 84,70 70,10 5,10

13,00 10,20

16,90

2009 75,90 83,40 2,20 6,40 21,90

10,20

2010 86,10 80,30 5,50 5,40 8,40 14,30

2º ano do EM

2008 91,00 85,00 1,30 7,10 7,70 7,90

2009 70,80 93,00 0,90 2,50 28,30 4,50

2010 91,70 91,80 1,20 1,00 7,10 7,20

3º ano do EM

2008 98,70 97,20 0,00 0,00 1,30 2,80

2009 79,40 96,00 0,80 0,00 19,80 4,00

2010 94,60 89,60 0,00 0,00 5,40 10,40

Fonte: Disponível em: < http://portal.mec.gov.br/ide/2008,2009,2010/gerarTabela. php>. Acesso em: 29 de maio 2015.

O Exame Nacional de Ensino Médio - ENEM é uma prova elaborada pelo Ministério da

Educação para verificar o domínio de competências e habilidades dos estudantes que

concluíram o ensino médio. O Enem é composto por quatro provas de múltipla escolha,

com 45 questões cada, e uma redação.

Para cada uma delas, existem 5 níveis possíveis que um candidato pode atingir, cada

um valendo 200 pontos. Por exemplo, na primeira competência o aluno pode receber

zero se o domínio da língua padrão estiver ausente, 200 se for baixo, 400 para

mediano, 600 com nível bom, 800 se tiver muito bom e 1000 com domínio considerado

excelente. O processo se repete para as outras competências. Ao final, somam-se as

Page 41: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

38

cinco notas e divide-se o total por cinco até chegar a uma média que vai de 0 a 1000

pontos.

De acordo com os dados da tabela nº17, o desempenho alcançado no Enem referente

ao município se encontra na escala mediana , alcançados tanto pelos alunos da rede

municipal quanto a estadual.

Tabela 17. Desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2012)

Nível Ano Média da prova objetiva

Média Total (Redação e Prova Objetiva)

Rede Federal 2012

Rede Estadual 2012 433,50 428,50

Rede Municipal 2012 437,20 427,60

Fonte: Disponível em:<http://portal.mec.gov.br/ide/2009/gerarTabela. php>. http://www.qedu.org.br/cidade/3039-paratinga/aprendizado>Acesso em: 29. Maio. 2015.

Esses dados sinaliza um indicador para analise e averiguação dos procedimentos

atitudinais desenvolvidos nessa modalidade de ensino no município, demonstrando

alerta no que se refere ao ensino e aprendizagem dessa clientela. Estar dentro de uma

escala mediana não é uma situação confortável, apresenta-se uma situação que requer

cuidados para que seja adotada metas e estratégias na finalidade de ultrapassar níveis

e alcançar resultados mais satisfatório nos requisitos avaliativos do Enem e das

expectativas desejadas pelo Estabelecimento de Ensino em que essa modalidade é

ofertada.

2.3 MODALIDADES E DESAFIOS EDUCACIONAIS

2.3.1 Educação Especial

Considerando a proposta de Educação Especial do Brasil, entendemos que essa

modalidade de ensino se ocupa especificamente do atendimento de pessoas com

Page 42: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

39

algum tipo de deficiência, em instituições privadas e públicas do ensino regular numa

perspectiva de inclusão.

Segundo a referida proposta o conceito de educação especial abrange desde o ensino

de pessoas com deficiências, transtornos globais do desenvolvimento e altas

habilidades/superdotação, passando pelo ensino de jovens e adultos, alunos do

campo, quilombolas e indígenas, até mesmo o ensino de competências profissionais.

A Educação Especial no Brasil desenvolveu-se de maneira significativa, com a criação

de cotas para inserção de pessoas com deficiências no mercado de trabalho. Ainda,

tem investido em acessibilidade para cada especificidade de deficiência, no ambiente

físico, na comunicação e na informação, nos transportes, em políticas de ação

afirmativa.

O atendimento educacional especializado foi instituído pela Constituição Federal/1988,

no artigo 208 e definido pelo Decreto nº 7.611/2011. Segundo a LDB (Lei nº

9.394/1996), a Educação Especial deve ser oferecida, preferencialmente, na rede

regular de ensino, havendo, quando necessário, serviços de apoio especializado.

A Política Nacional de Educação Especial, na perspectiva da Educação Inclusiva-

MEC/2008 orienta os sistemas de ensino para garantir o acesso, participação e a

aprendizagem dos estudantes, em classes comuns, nas escolas regulares, de forma

transversal a todos os níveis, etapas e modalidades de ensino.

Para tanto, deve-se assegurar: formação de professores para o atendimento

educacional especializado e demais profissionais da educação para a inclusão escolar;

participação da família e da comunidade; acessibilidade urbanística, arquitetônica, nos

mobiliários e equipamentos, nos transportes, na comunicação e informação e

articulação das do processo de implementação das políticas públicas. Segue no

quadro abaixo, demonstrativo da matrícula de Educação Especial no município de

Paratinga, Estado da Bahia, conforme dados da Secretaria Municipal de Educação.

Page 43: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

40

Tabela 18. Matrículas da Educação Especial no Município de Paratinga/Ba, em 2013

Etapas da Educação Básica

Total Ed. Infantil

Séries Iniciais do E.

F.

Séries Finais do E.

F.

Ens. Médio

Deficiência visual 01 0 01

Baixa visão 09 02 11

Deficiência mental - - - -

Deficiência física O1 12 04 17

Deficiência auditiva 04 - 04

Surdez 02 02 04

Deficiências múltiplas 09 02 - 11

Altas habilidades/superdotação 01 03 - - 04

Deficiência Intelectual 39 39

Síndrome de Asperger 01 01

Transtornos desintegrativo da infância 14 14

TOTAL 01 32 07 106

Fonte: Disponível em: Secretaria Municipal de Educação, 2015.

O Ensino de Educação Especial no município ainda é pouco desenvolvido em razão da

falta de profissionais habilitados, espaços adequados e equipamentos para o

desempenho das atividades pedagógicas e o envolvimento das famílias. Do universo

de 106 alunos com algum tipo de deficiência apenas 25% dessa clientela é atendida e

acompanhada pelo o AEE, tendo como responsável uma única profissional habilitada,

para o trabalho pedagógico com os alunos. De acordo com a tabela acima, existem no

município: 01 aluno com deficiência visual, 11 com baixa visão, 17 alunos com

deficiência física, 04 com deficiência auditiva, 04 com surdez severa, 11 com

deficiências múltiplas, 04 com Altas/habilidades/superdotação, 39 deficiência

Page 44: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

41

intelectual, 01 síndrome de Asperger, e 14 alunos com transtornos desintegrativo da

infância. Não existe no município alunos com deficiência mental. Dentre essas

deficiências as que possuem o maior número de deficientes são física e intelectual.

Os alunos referidos acima estão distribuídos em diversas escolas localizadas na zona

rural e na sede do município, conforme demonstrativo detalhado abaixo:

Quadro 02: Alunos com Necessidades Especiais por escola

EEssccoollaa LLooccaalliiddaadd

ee NNíívveell ddee

EEnnssiinnoo SSeerriiee DDeeffiicciiêênncciiaa QQuuaanntt TTiippoo ddee

aatteennddiimmeennttoo Creche Vó Celina Sede Ed. Infantil

04 e 05 anos

Pré-Escola

Def. Física 01 Normal

Esc. Chapeuzinho Vermelho

Sede Ensino Fundamental

3º ano Def. intelect 01 AEE

5º ano 03 AEE

Esc. Alcides O. Dourado Sede E Ensino Fundamental

3º ano Def. intelect 01 AEE

4º ano Def. Física 01 AEE

Escola M Cantinho da Alegria.

Rural Ensino Fundamental

1º ano Def. intelecto

01 Regular

Escola M. Costa e Silva Sede Ensino .Fundamental

2º ano Def. intelect 01 AEE/Regular

Escola Mun. Prof. Heliete Sede Ensino Fundamental

6ª serie Surdez 01 AEE/Regular

6º ano Def. intelect 02 AEE/Regular

Escola Mun. São Sebastião. Sede Ensino Fundamental

2º ano Def. intelect 01 AEE/Regular

Polo N. Srª Aparecida.

Canabrava

EJA 7ª e 8ª Def. intelect 01

Ensino Fundamental

Do 1º ao 7º ano

Baixa Visão 08 E. Regular

Def. intelect 16 E. Regular D. múltipla 08 E. Regular Transt des. infância

10 E. Regular

Def. fisica 02 E. Regular Polo Ed. Novo Horizonte.

Mangabeira

Ensino Fundamental

2ª Def. fisica 01 E. Regular DA 01 E. Regular

1º ano Def. intelect 01 E. Regular 4º ano

Def. intelect 01 E. Regular Transt des. infância

01 E. Regular

5º ano Def. fisica 02 E. Regular Polo Ed. Prof. Bopinha Poção de

S. Antônio Ensino Fundamental

3º ano Def. intelect 01 E. Regular 3º ano Def. fisica 02 E.Regular

7º e 8º DA 02 E. Regular

Polo Ed. Prof Honorina Ensino Fundamental

5º ano Transt des. 02 E. Regular

D. fisica 01 E. Regular

Polo Ed Antônio Ramos Ensino Fundamental

3º ano Def. intelect 03 E. Regular

EJA Def. fisica 01 E. Regular

Polo Ed Gileno Xavier V. Serra Ensino Fundamental

4º ano Surdez 01 E. Regular 6ª serie Surdez 01 E. Regular

Polo Ed. José Pedro de

Ensino Fundamental

4º ano

Def. Física 02 E. Regular Hab/superd 02 E. Regular

Page 45: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

42

Macedo Bonsucesso

Def. intelect 02 E. Regular Def múltipla 02 E. Regular

Polo E. Paulo Renato Souza

Barro Branco

Ensino Fundamental

8º ano Def. fisica 04 E. Regular 2º ano Cegueira 01 E. Regular 3º 7º ano

Baixa Visão 03 E. Regular

3º ano Def. Auditiva 02 E. Regular 3º ano Def. múltipla 01 E. Regular

Esc. Mun. Arlindo Carneiro Ponte E.Fundamental 5º ano Def. intelect 01 E. Regular Escola M. Darcy Ribeiro Redonda E.Fundamental 4º Def. intelect 02 E. Regular Escola Mun. Reinaldo Rodrigues da Rocha

Ensino Fundamental

4º ano De.intelect 01 E. Regular

S. Asperger 01

Esc. M. Santa Madalena Paulista de Baixo

E.Fundamental 5º ano Surdez 01 E. Regular

Escola Mun. Santa Rita. Pau Ferro E.Fundamental 1º ano Altas/hab/ Baixa visão

01 01

E. Regular

2º ano Transt des. Infância

01 E. Regular

Fonte: Disponível em: secretaria Municipal de Educação 2015.

Sabemos que o Atendimento Educacional Especializado, ou AEE, é um serviço da

Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva, de caráter complementar ou

suplementar à formação dos alunos com deficiência, transtornos globais do

desenvolvimento e de altas habilidades/superdotação. Esses alunos estão

regularmente matriculados no ensino regular e frequentam o AEE no turno oposto, na

escola que possui sala de recursos multifuncionais em funcionamento. Portanto,

compreendemos que o atendimento desses alunos não é visto como um reforço

escolar, pois, visa desenvolver as habilidades dos alunos nas suas especificidades,

sendo acompanhado através de um plano de desenvolvimento individual (PDI).

O AEE consiste no conjunto de atividades, recursos de acessibilidade e pedagógicos

organizados institucionalmente, prestado de forma complementar ou suplementar ao

ensino regular, mas nunca substitutiva(art. 1º, § 1º, do Decreto nº 6.571/2008). Esse

atendimento destina-se a oferecer aquilo que há de específico na educação de um

aluno com deficiência sem impedi-lo de frequentar, quando em idade própria,

ambientes comuns de ensino regular.

Na sala de AEE do município que está em funcionamento possui apenas um professor

especializado, atuando conjuntamente com os demais professores do ensino regular.

Já no caso dos alunos surdos, ainda não temos interprestes como determina a lei, que

obrigatoriamente, as instituições devem ter intérpretes de libras nas salas de aula para

Page 46: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

43

tradução simultânea do conteúdo repassado. O atendimento Educacional

Especializado – AEE é realizado no turno oposto ao da sala de aula do ensino regular.

Algumas unidades escolares possuem Sala de Recursos Multifuncionais, e contam

com material didático tecnológico de apoio especializado, enviados pelo Ministério da

Educação - MEC, além do cuidado especial pelos profissionais de educação.

2.3.2 Política da Alfabetização

Um país que almeja uma educação de qualidade deve garantir alfabetização plena em

suas instituições de ensino. Porém, dados estatísticos revelam que boa parte das

crianças que frequentam escolas são analfabetas funcionais. Tais dados aliados a

estudos na área tem indicado a necessidade de uma atenção especial às séries iniciais

do ensino fundamental, pois acredita-se que ações eficazes na base da escolarização

podem contribuir significativamente com o sucesso escolar.

Diante de tal realidade algumas ações tem sido implementadas. A nível nacional, a

ampliação do ensino fundamental de 8 para 9 anos, iniciando aos 6 anos de idade (Lei

nº 11.274/2006);o Plano de Metas Compromisso Todos Pela Educação (Decreto nº

6.094/2007) que no inciso II do artigo2º, firma a responsabilidade de estados, distrito

federal, municípios e união com a alfabetização das “crianças até, no máximo, os 8

anos de idade, aferindo os resultados por exame periódico específico”. Também as

Diretrizes Nacionais para o ensino fundamental de 9 anos (Resolução CNE 7/2010)

estabelece que os três primeiros anos do ensino fundamental devem garantir a

alfabetização e aprofundamento das aprendizagens necessárias à continuidade dos

estudos (Art. 30). Outro aspecto importante foi a criação do PNAIC – Pacto Nacional

pela Alfabetização na idade certa (Portaria nº 864/2012) que reafirma o compromisso

dos entes federativos no propósito de alfabetizar as crianças até os 8 anos de idade.

Nessa mesma direção é importante destacar o trabalho realizado no estado da Bahia

com a implementação do Programa Estadual Todos Pela Escola (Decreto nº

12792/2011), mediante cooperação entre o estado e os municípios, objetivando a

alfabetização das crianças.

Mediante essas deliberações e em consonância com elas, o município de Paratinga

tem buscado parceria com o estado e com a união para assegurar ações que possam

efetivamente garantir o direito das crianças à alfabetização e consequentemente o

Page 47: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

44

sucesso escolar. A partir de 2012 o município firmou compromisso com o estado pelo

Programa Todos pela Escola e desde então vem realizando a formação dos

professores do 1º ano e das classes multisseriadas, inicialmente em língua portuguesa

e a partir de 2013 também em matemática. Complementando este trabalho, em 2013 o

município aderiu ao Pacto nacional Pela Alfabetização na idade certa – PNAIC,

ampliando a formação para os professores do 2º e 3º anos e classes multisseriadas.

Ainda dentro da proposta o município tem possibilitado o acompanhamento e

orientação das ações dos docentes das turmas de alfabetização. Também tem sido

dispensada uma atenção maior às avaliações externas, oportunizando o

aprofundamento no conhecimento das mesmas, bem como incentivando a criação de

instrumentos de avaliação tendo em vista a melhoria das práticas de alfabetização.

Contudo, ainda que consideremos os avanços, o município ainda precisa superar

algumas dificuldades para garantir a todas as crianças o direito à alfabetização plena. É

necessário que se pense em propostas pedagógicas que contemplem as

especificidades dos educandos, bem como as particularidades das comunidades do

campo, quilombolas e da população itinerante. Outro ponto que merece atenção é em

relação às crianças deficientes, uma vez que o município ainda não possui uma política

de formação continuada que possibilite aos docentes um melhor atendimento às

crianças com necessidades especiais. É preciso também incentivar a formação inicial

em nível superior que contemple às necessidades atuais da educação e a continuidade

dos programas de formação continuada direcionadas aos docentes que atuam nas

turmas de alfabetização, tendo em vista a utilização de tecnologias educacionais e a

diversidade de métodos no processo de alfabetização.

2.3.3 Educação em Tempo Integral

As bases de uma concepção de educação escolar que alcançasse áreas mais amplas

da cultura, da socialização primária, da preparação para o trabalho e para a cidadania

estavam presentes desde os primórdios do percurso de Anísio Teixeira, como

pensador e político. Essa concepção foi sendo desenvolvida e aperfeiçoada por toda a

sua obra e envolveu diversos elementos, entre eles: sua permanente defesa do

aumento da jornada escolar discente nos diferentes níveis de ensino.

Page 48: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

45

No Brasil do Século XXI, surgiram inúmeros programas educacionais de governos

estaduais e municipais que incorporam o conceito de educação integral. Em 2007, por

meio da Portaria interministerial n°17, envolvendo os ministérios da Educação, do

Desenvolvimento Social e Combate à Fome, e do Esporte, foi lançado o programa Mais

Educação, cujo objetivo é orientar recursos para “fomentar a educação integral de

crianças, adolescentes e jovens, por meio de atividades sócio-educativas no

contraturno escolar” (BRASIL, 2007). Nesse momento em que ressurgem, nas políticas

educacional, a ideia e o conceito de educação integral, é mister revisitar a obra do

educador Anísio Teixeira. A forma como o autor concebeu a educação integral e a

escola de tempo integral é fonte imprescindível para uma abordagem do tema que se

mantenha orientada pelo sentido de democratização da realidade educacional

brasileira.

Nesse sentido, os sistemas municipais de educação darão uma contribuição

substancial para que o aumento da permanência dos educandos nas escolas

represente, significativamente, a qualidade da aprendizagem, tanto do ponto de vista

do conteúdo como da formação humana. Isto remete não somente qualificar os

espaços educativos já existentes nas redes de ensino, mas também, à mudança de

perspectiva do currículo e à forma de acesso à educação desses jovens na escola com

articulação de políticas públicas que permitam o direito ao lazer, ao esporte, às artes e

à profissionalização, significa dizer, mais cultura, mais trabalho e mais educação.

Todos articulados a partir da ampliação da jornada escolar em tempo integral.

Assim, um conjunto de conceitos surge por trás da ampliação do tempo pedagógico da

educação, tais quais: ampliação de jornada escolar e educação básica em tempo

integral. É bom lembrar que, ampliar a jornada escolar, embora esteja associado à

ampliação do tempo de permanência de alunos na escola, pressupõe uma concepção

de educação pública que reverbera numa perspectiva de educação integral, que

apresenta, para sua execução, outras dimensões da educação ainda não

contempladas na escolarização das crianças, adolescentes e jovens.

Para fortalecer a política pública de jornada ampliada, a escola adquire um novo vigor,

nas atividades, tradicionalmente consideradas extracurriculares. Estas passam a ser

incorporadas ao currículo das escolas, requerendo aos municípios que assegurem

ações com equipes interdisciplinares que contemplem as múltiplas dimensões da

formação humana: o lazer, o esporte, as diversas linguagens artísticas, a

Page 49: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

46

profissionalização, em diálogo com os conteúdos já trabalhados nos currículos

escolares existentes nas escolas.

Por conseguinte, garantir educação integral requer mais que, simplesmente, a

ampliação da jornada escolar diária, posto que exige dos sistemas de ensino e de seus

profissionais, da sociedade em geral não só um compromisso para que a educação

seja de tempo integral, mas também, almeja um projeto pedagógico diferenciado, a

formação de seus agentes, a infraestrutura e os meios para a sua implantação.

Nos últimos anos o Brasil tem registrado um numero maciço de investimento na política

educacional de educação integral, objetivando o acesso e a permanência do aluno no

referido programa, na medida em que da oportunidade ao aluno ao turno oposto

juntamente com o acréscimo de tempo no ambiente escolar.

Os reflexos desse avanço tem resultado o desenvolvimento das múltiplas

competências e habilidades dos alunos inseridos no programa, em razão da

multifuncionalidade e diversidade que a modalidade de educação integral exige e bem

como aprendizagem de saberes e experiências conectadas com sua realidade local, e

em especial com os conhecimentos obtidos no turno normal em sala de aula.

Diante dos esforços desenvolvidos pela a secretaria de educação do município, os

reflexos citados acima não é diferente, apesar das barreiras e dificuldades

conseguimos alcançar inúmeros resultados positivos, mas falta ainda muito para

chegar no ideal de educação integral previstos pelo MEC. Desse forma, Historicizamos

os recursos disponibilizados para os município através do PDDE Educação Integral,

conforme quadro abaixo:

Quadro 03 . Recursos da Educação do Programa Dinheiro Direto na

Escola – PDDE Educação Integral, transferidos para as UEx do município

de Paratinga

ANOS

PDDE Educação Integral

N° de escolas Quant. Aluno

previsto Recursos

2010 00 00 00

2011 06 651 181.207,82

2012 17 1.359 485.173,92

2013 28 2.692 978.773,88

Fonte: Disponível em: Liberações de recurso do Fundo Nacional de Desenvolvimento da

Educação - FNDE, ano 2015.

Page 50: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

47

De acordo com o quadro acima, podemos observar que as ações voltadas para

educação integral no município, iniciou-se com 06 escolas da zona urbana,

estabelecendo uma previsão de quantidade de 651 alunos no ano de 2011. Diante

disso, percebe-se um crescimento continuo ao longo dos anos, tanto no que refere a

quantidade de escolas e alunos quanto aos recursos disponibilizados para as escolas

do município ligados a modalidade de educação integral, por meio do programa mais

educação.

É importante acrescentar que universalizamos as ações de educação integral em todos

os polos educacionais na zona rural do município, com exceções das escolas de

pequeno porte, ou melhor, dizendo as escolas multisseriadas do campo. E

aproximadamente cem por cento das escolas urbanas do ensino fundamental.

Em outras palavras, a universalização da educação integral no município no tocante as

escolas municipais só será possível quando superarmos o modelo de nucleação que

ainda predomina no município. Consequentemente, ampliaremos as oportunidades de

acesso para demanda existente na escola para o programa mais educação.

A nossa perspectiva no tocante a educação integral é garantir que todos os alunos

tenham acesso ao referido programa, pois é considerado essencial na formação

cognitiva, corporal e psicológica dos alunos, sem perder de vista a sua realidade sócio

cultural e educacional. As particularidades e as peculiaridades de cada ambiente

escolar são asseguradas na seleção das atividades, escolhas dos monitores e nas

metodologias de ensino, considerando as exigências culturais de cada etnia ou povo,

especificamente quilombola e agricultores familiar.

Mas para concretizar os nossos objetivos e alcançar as metas no processo de

educação integral, precisamos enfrentar alguns empecilhos, nas quais destacamos

adequação da estrutura física da escola de acordo com as atividades e normas

estabelecidas pelo programa, uma vez que praticamente todas as escolas necessitam

qualificarem a sua estrutura física para garantia do acesso e permanência dos alunos

ao programa mais educação. E também, superar os problemas relativos ao transporte

escolar ao passo que muitos alunos deixam de participar devido à inexistência do

transporte ou o acumulo de alunos nos ônibus escolares.

A maior parte das escolas que executam as atividades do Programa Mais Educação

está distante de uma conexão com a educação especial. Sobretudo, pela falta de

estrutura para receber este aluno no horário oposto, dificuldades apontadas em varias

Page 51: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

48

áreas como transporte, estrutura física (refeitório, e sala de aula) e na formação do

monitor, dentre outras.

Outro fator, destacar a inexistência de um coordenador especifico para nortear e

orientar as atividades referentes ao Programa Mais Educação, evitando o improviso e

principalmente facilitar os caminhos na concretização dos objetivos e metas da

educação numa perspectiva de educação integral. Automaticamente, indo de encontro

com as exigências estabelecidas pelo MEC, onde a Secretaria Municipal de Educação

ficou responsável nomear dois técnicos: o primeiro sendo um coordenador geral pelas

atividades realizadas nas escolas e outro coordenador para o funcionamento

administrativo do Programa.

O Programa de Educação Integral está ainda engatilhando tanto no município de

Paratinga quanto no Brasil, assim sendo, as dificuldades vão sendo superadas ao

longo do processo de execução do programa aliada com o cumprimento dos objetivos,

metas e metodologia, ou seja, um planejamento.

Portando, faz necessário ressaltar que a modalidade de educação integral não pode

ser vista como mero complemento de uma atividade, mas uma modalidade de ensino

na qual merece respeito e compromisso, em detrimento dos resultados adquiridos pela

implementação do programa no município, em especial no Brasil.

2.3.4 Qualidade da Educação Básica

Todo o sistema educacional MEC, secretarias estaduais e municipais de educação e a

própria escola existem com o objetivo de garantir o processo educacional e subsidiar

ações que promovam a qualidade da educação. Baseados no artigo Art. 205 da

constituição federal que aponta a educação, como direito de todos e dever do Estado e

da família, em colaboração com a sociedade, e da LDB 9394/96 que aponta como

finalidade da educação o pleno desenvolvimento do educando e seu preparo para

exercer a cidadania, a SME tem buscado a conjugação de esforços no intuito de

garantir ao aluno o direito prescrito pela lei.

A tabela abaixo apresenta resultados adquiridos nas cinco ultimas avaliações externas

no ensino fundamental e revelam dados que servirão para nortear a proposta curricular

do município no intuito de promover o aprendizado adequado.

Page 52: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

49

Tabela 19. Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) no Ensino

Fundamental 2005/2013

Âmbito de

Ensino

Anos Iniciais do Ensino

Fundamental

Anos Finais do Ensino

Fundamental

IDEB Observado Meta

s IDEB Observado Metas

2005 2007 2009 2011 2013 2021 2005 2007 2009 2011 2013 2021

Brasil Total 3.8 4.2 4,6 5,0 6,0 3.5 3,8 4,0 - 5,5

Rede Estadual 3,9 4,3 4,9 5,1 5,4

6,1 3,3 3,6 3,8 3,9

4,0 5,3

Rede Estadual

do seu

Município

2,8 2,8 3,7

5,1 3,1 2,9 3,1 3,2

5,2

Rede Municipal

do seu

Município

3,3 3,1 3,8 3,2

3,5 5,6 3,6 3,4 3,9 3,2

2,9 5,5

Fonte: Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/ide/2008/gerarTabela. php>. Acesso em: 17 maio.

2015.

Os resultados do IDEB 2013 apresentam dados preocupantes no que diz respeito ao

desempenho dos alunos em proficiência matemática e língua portuguesa. Das 63

escolas que o município possui apenas 12 foram avaliadas pela prova Brasil em 2013

e o resultado aferido sinaliza que o município não atingiu a meta projetada.

Segundo dados do QEDU dos 448 alunos avaliados no 5º Ano em Língua portuguesa

apenas 58 demonstraram o aprendizado adequado o que representa 13% do número

total, embora o resultado não seja ainda o ideal tivemos no referido ano um

crescimento de 7%. Em matemática dos 448 alunos 47 demonstraram o aprendizado

adequado o que indica 11% de proficiência e um aumento de 7% em relação aos anos

anteriores. Já no 9º Ano dos 283 alunos avaliados em Língua Portuguesa somente 20

Page 53: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

50

demonstraram o aprendizado adequado o que representa 7% desse total e aponta um

crescimento de 2% em relação aos anos anteriores. A situação é ainda mais

preocupante em matemática dos 283 alunos, 3 demonstraram o aprendizado adequado

o que corresponde a 1% e decréscimo de 2 pontos percentuais.

Figura 09: quadro de proficiência

Fonte: Disponível em: http://www.qedu.org.br/cidade/3039-paratinga/aprendizado, 04 de maio de 2015.

A situação descrita acima, sinaliza a urgente necessidade de medidas que viabilizem a

intervenção nos resultados do IDEB, a fim de garantir as aprendizagens adequadas.

Vale ressaltar que o IDEB é calculado a partir da Prova Brasil e do fluxo escolar, nesse

sentido é também imprescindível um trabalho direcionado para diminuição das taxas de

repetência e evasão em todos os anos do Ensino Fundamental.

A partir desses dados e tendo em vista a promoção de práticas pedagógicas que

garantam a qualidade da aprendizagem dos discentes, a SME tem promovido

encontros de formação continuada com os professores do 1º ciclo de alfabetização,

(trabalho realizado a partir da adesão a proposta do PNAIC/PACTO), encontros e

reuniões periódicas com gestores escolares, coordenadores e professores com a

utilização dos dados do IDEB no intuito de promover uma reflexão acerca dos

resultados alcançados e utilização de práticas pedagógicas para garantia da qualidade

das aprendizagens. Nessas reuniões foi orientada a execução do conselho de classe

por unidade com o objetivo de detectar no início do ano letivo quais são os alunos que

apresentavam baixo rendimento e a partir desse diagnóstico propor intervenções

pedagógicas e buscar parcerias com a família desde a primeira unidade.

Page 54: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

51

Nos anos anteriores à adesão da proposta do trabalho com ciclo de alfabetização, os

dados adquiridos no censo escolar e atas de rendimento escolar, IDE, INEP, revelaram

que a maior taxa de reprovação encontrava-se nos anos iniciais do ensino fundamental

especialmente na 1ª série. Em 2013 após adesão ao trabalho com o ciclo de

alfabetização no município, onde a reprovação não é permitida nos dois primeiros anos

do 1º ciclo, constatou-se melhoria nos índices de aprovação dentro do ciclo, porém o

número de alunos reprovados no 4º e 5º ano ainda sinaliza a urgência de ampliação de

proposta pedagógica e adesão do município a programas de formação continuada que

garanta os direitos de aprendizagem do 2º ciclo.

Com o intuito de melhorar as aprendizagens dos alunos, as escolas desenvolveram

trabalho com atividades complementares propostas pelo MAIS EDUCAÇÃO.

Conhecedora de sua realidade as escolas escolheram as atividades que contemplavam

a necessidade dos alunos.

No que diz respeito aos recursos financeiros, com o objetivo de garantir subsídios que

contemplem as especificidades de cada escola, estes são gerenciados pelas próprias

instituições tendo apoio e orientação de técnicos da SME.

Outras ações tem sido implementadas com intuito de melhorar os índices no município,

dentre elas o projeto indisciplina que foi desenvolvido mediante as angústias dos

coordenadores diante dos constantes relatos dos casos de indisciplina sabendo que a

mesma está relacionada a fatores internos e externos à instituição escolar.

O município tem disponibilizado o transporte escolar para os alunos que necessitam

desse atendimento, porém ainda carece de investimentos no sentido de aprimorar o

serviço prestado. Também tem investido na melhoria da estrutura física das escolas,

em regime de colaboração, inclusive com adaptações que visam a acessibilidade de

pessoas com deficiência, contudo algumas escolas ainda não foram contempladas.

Ainda se tratando dos investimentos, com o intuito de universalizar o acesso aos

equipamentos e recursos tecnológicos de maneira que os alunos possam contar com

atendimento adequado na unidade escolar, o município tem buscado mecanismos para

implementação de condições necessárias para a universalização das bibliotecas nas

instituições educacionais, com acesso às redes digitais de computadores, inclusive o

município conta com número significativo de instituições que já conta com esse

atendimento.

Page 55: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

52

Diante da realidade apresentada no que diz respeito aos investimentos e esforços para

melhorias nos sistemas de ensino, os dados mostrados na tabela acima (IDEB) sinaliza

que o município ainda tem muito a avançar no intuito de garantir educação de

qualidade tal como prescrito na lei, para isso é necessário além das políticas publicas a

participação efetiva de todos entes federados envolvidos no processo educacional bem

como os gestores escolas, professores, família, membros da entidade civis e toda a

comunidade.

2.3.5 Educação de Jovens e Adultos (EJA)

O Brasil tem uma população de 57,7 milhões de pessoas com mais de 18 anos que

não frequentam a escola e que não têm o Ensino Fundamental completo. O número de

matrículas na modalidade EJA está em torno de 4.234.956 (Pnad/IBGE, 2009). Da

população com 15 anos ou mais de idade, 13,9 milhões de pessoas são consideradas

analfabetas (Censo Demográfico/IBGE, 2010).

A educação de jovens e adultos, de acordo com o artigo 37 da Lei 9394/96 se destina a

todos que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e

médio na idade própria, garantindo que:

§1º Os sistemas assegurarão gratuitamente aos jovens e aos adultos, que não

puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades educacionais apropriadas,

consideradas as características do alunado, seus interesses, condições de vida e de

trabalho, mediante cursos e exames.

§2º O Poder Público viabilizará e estimulará o acesso e a permanência do trabalhador

na escola, mediante ações integradas e complementares.

Pesquisas feitas na Secretaria Municipal de Educação (SME), Paratinga-Bahia,

constatou que das sessenta e três (63) unidades escolares existentes, apenas doze

(12) escolas em todo município possui a modalidade EJA (Educação de Jovens e

Adultos), sendo que: em 2011 na zona urbana a clientela matriculada era duzentos e

seis (206) alunos e na zona rural, duzentos e três (203); já em 2012, a zona urbana

apresentou um total de duzentos e cinquenta e seis (256), e na rural cento e quarenta

e seis (146) alunos. Em 2013, havia trezentos e quinze (315) alunos matriculados na

zona urbana e trezentos e trinta (330) matriculados na rural. Somando os três anos

Page 56: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

53

temos na zona urbana 777 alunos matriculados e zona rural 679 alunos, totalizando

1.456 discentes nos anos acima citados.

De acordo com os dados apresentados, percebe-se que houve um avanço significativo

na busca dessa modalidade de ensino durante os três anos consecutivos até 2013,

mas, tendo em vista a grande quantidade de jovens e adultos ainda fora da escola no

nosso município, verifica-se a necessidade de continuar com a intensificação das

políticas públicas que atendam a essas clientelas como apresenta a tabela abaixo.

Tabela 20. Matrícula Inicial na Educação de Jovens e Adultos no município de Paratinga, por dependência administrativa e localização (2011/2013)

Anos Municipal Estadual Total

Urbana Rural Urbana Rural

2011 206 203 39 448

2012 256 146 48 450

2013 315 330 40 685

Fonte: Disponível em: Secretaria Municipal de Educação, ano 2015.

No Município de Paratinga, há a expansão da oferta gratuita de Educação de Jovens e

Adultos, no entanto, não existe Educação Profissional Técnica paralela ao ensino

ofertado na rede pública do município. Com tudo há necessidade de oferecer, no

mínimo, 25% das matrículas de educação de jovens e adultos, nos ensino fundamental

e médio, na forma integrada a educação profissional.

Em parceria com as áreas de assistência social (CRAS e CREAS) e o órgão de

proteção à juventude (Conselho Tutelar) a SME promove uma busca significativa

quando identificam jovens que se encontram fora das entidades escolares, mobilizando

as próprias escolas, publicidades locais para garantir aos jovens e adultos a

continuidade e qualidade do seu processo de ensino aprendizagem.

Em se tratando de cursos de Educação de Jovens e Adultos nem todas as escolas do

município ofertam essa modalidade de ensino, por razões diversas existem uma

grande dificuldade em atrair, matricular e garantir a permanência desses alunos na

unidade escolar.

Não é ofertado às pessoas privadas de liberdade (detentos) a EJA, nas etapas

fundamental e médio por não haver capacitação especificas dos docentes da rede

municipal e estadual, bem como as condições e instalações físicas adequadas dos

Page 57: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

54

estabelecimentos penais de atendimento e por se tratar de um município de pequeno

porte sem um complexo prisional adequando para detentos.

O município oferece a modalidade EJA, somente no noturno, disponibilizando aos

alunos matriculados o acesso aos programas suplementares de transporte e

alimentação. O cardápio alimentar oferecido ao turno diurno é o mesmo oferecido ao

noturno. Até então, não há ações para a captação de recursos para programas

suplementares de saúde para que as escolas ofereçam atendimento oftalmológico,

fornecimento de óculos, tratamento dentário e demais ações que a comunidade escolar

julgar necessárias.

Visando atender as necessidades dos alunos a SME juntamente com as unidades

escolares realizam a correção de fluxo, acompanhamento pedagógico individualizado,

recuperação e progressão parcial dos jovens e adultos que apresentam desempenho

superior às habilidades da classe na qual estão inseridos.

Quanto aos professores da EJA a Secretaria Municipal oferece suporte aos docentes

por meio de jornada pedagógica realizada no início de cada ano letivo. Contudo, faz-se

necessário a presença de um coordenador pedagógico interno (com formação

específica) em cada unidade escolar para que o professor possa ser orientado.

Sentimos a necessidade de um material pedagógico e cursos de capacitação

continuada para que os docentes possam realizar um trabalho pedagógico que atenda

e contemple o jovem e adulto em sua totalidade, suprindo as necessidades que por

diversas razões ainda não foram realizadas.

Em se tratando de iniciativas de ações de programas de capacitação tecnológica à

população jovem e adulta direcionados para os segmentos com baixos níveis de

escolarização formal e estudantes com deficiência já foram implantadas ações para a

criação destes, havendo a necessidade de um acompanhamento mais significativo -

técnico e psicopedagógico - para que estes programas possam funcionar efetivamente.

O ensino de História e Cultura Afro descendente, Indígena e itinerante é trabalhado nas

unidades escolares pelos professores de História e Língua Portuguesa não havendo na

grade curricular a sua inserção, o que poderia contribuir positivamente para o

conhecimento da cultura e reafirmação da identidade afro, itinerante e indígena visando

assegurar o direito a igualdade, condições de vida e cidadania.

Com relação aos alunos trabalhadores, ainda não dispomos de cursos para os

mesmos, exceto a formação específica da EJA, a realização de palestras de incentivo

Page 58: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

55

pela secretaria e escolas apresentando o trabalho da EJA, o trabalho desempenhado

pelos docentes para mostrar a importância da aquisição da leitura e escrita na vida do

ser humano.

A

tabel

a

relaci

onad

a ao

Nível

Educacional da População Jovem durante os anos de 1991, 2000 e 2010 mostra que

entre os jovens com faixa etária de 15 a 17 anos em 1991 a taxa de analfabetismo

correspondia a 30,37% e a porcentagem de alunos na escola era de 44,09%. Em 2000,

8,64% a taxa de analfabetismo e 88,81% a porcentagem de alunos na escola. E em

2010, 3,84% a taxa de analfabetismo com 87,69% a porcentagem de alunos na escola.

Com relação a faixa etária de 18 a 24 anos os dados mostram que em 1991 a taxa de

analfabetismo correspondia a 33,51% e a porcentagem de alunos na escola

correspondia a 12,19%; em 2000, 12,915 a taxa de analfabetismo e 24,29% a

porcentagem de alunos na escola. Já em 2010, a taxa de analfabetismo era de 5,56%

e a porcentagem de alunos na escola chegou a 62,35%.

Os dados estatísticos revelam que tanto entre os jovens de 15 a 17 anos e de 18 a 24

anos teve uma queda da taxa de analfabetismo e um aumento positivo na porcentagem

de alunos na escola.

Tabela 22. Nível Educacional da População Adulta com mais de 25 anos, 1991, 2000 e 2010.

Taxa de analfabetismo 1991 2000 2010

Tabela 21. Nível Educacional da População jovem, 1991, 2000 e 2010.

Faixa etária (anos)

Taxa de analfabetismo % de alunos na escola

1991 2000 2010 1991 2000 2010

15 a 17 anos

30,37 8,64 3,84 44,09 88,81 87,69

18 a 24 anos

33,51 12,91 5,56 12,19 24,29 62,35

Fonte: Disponível em: Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil. Disponível em: <http://www.atlasbrasil.org.br/2013>. Acesso em: 27. maio. 2015.

Page 59: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

56

25 a 29 anos 37,23 21,58 9,77

25 anos ou mais 55,73 40,58 32,67

Percentual de Atendimento

% de 25 a 29 anos na escola 1,59 13,17 9,56

Fonte: Disponível em: Atlas de Desenvolvimento Humano do Brasil. Disponível em:

<http://www.atlasbrasil.org.br/2013>. Acesso em: 27. Maio. 2015. A tabela relacionada ao Nível Educacional da População Adulta de 25 a 29 anos

demonstra que houve uma queda da taxa de analfabetismo e porcentagem de alunos

na escola, visto que 1991 o índice de analfabetismo era de 37,23 passando a 21,58 em

2000 chegando a 9,77 em 2010.

Observando o percentual de alunos na escola em 1991 apresentou-se um índice de

1,59 elevando-se a 13,17 em 2000 com uma pequena queda em 2010, passando a

9,56.

2.3.6 Educação Profissional de Nível Médio

De acordo com a Lei 11.741 de 16 de julho de 2008, a educação profissional técnica de

nível médio será desenvolvida de forma articulada e subsequente que poderá ser

desenvolvida nos estabelecimentos de ensino médio ou em cooperação com

instituições especializadas em educação profissional. Articulada, porque indica uma

conexão entre as parte da educação básica, nesse casso, com etapa final do ensino

médio que prepara o educando para o exercício de uma profissão. Subsequente,

porque é oferecida a população que já concluiu o ensino médio.

Vale ressaltar que a união através do O Ministério da Educação (MEC) também investe

nas redes estaduais de educação profissional, através do programa Brasil

Profissionalizado, com a construção, ampliação e reforma de escolas públicas

estaduais de ensino médio e profissional, bem como a aquisição de equipamentos,

laboratórios, compra de livros e formação de professores.

A exemplo dessas políticas de implantação de ensino médio nos município, na rede

pública estadual, pode-se mencionar o Programa Nacional de Integração da Educação

Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos,

conhecido como Proeja.

Page 60: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

57

O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) criado pelo

Governo Federal, em 2011, por meio da Lei 11.513/2011, com o objetivo de expandir,

interiorizar e democratizar a oferta de cursos de educação profissional e tecnológica no

país, além de contribuir para a melhoria da qualidade do ensino médio público, o qual

busca ampliar as oportunidades educacionais e de formação profissional qualificada

aos jovens, trabalhadores e beneficiários de programas de transferência de renda

cursos, financiados pelo Governo Federal, são ofertados de forma gratuita por

instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica e das

redes estaduais, distritais e municipais de educação profissional e tecnológica.

No município de Paratinga, apesar de possuir escolas de ensino médio na sede e zona

rural do município, nenhuma delas oferece educação profissional, em razão da falta de

estrutura física e humana. Além disso, o município já assume toda a demanda do

ensino médio na zona rural, com a criação e a manutenção de cinco polos

educacionais.

Existe uma parceria entre a prefeitura municipal e a Escola Agrícola de Riacho de

Santana, no sentido de colaborar com o transporte dos alunos que estudam nessa

instituição.

2.3.7 Educação Quilombola

A legislação educacional no Brasil propõe que as escolas atuem para o enfrentamento

das desigualdades étnico-raciais nos espaços educacionais. A principio com os PCNs

que dedicavam um módulo intitulado Temas Transversais, que dentre outros assuntos

se debruçava sobre “pluralidade cultural”, a seguir com o advento da Lei 10.639/2003

que altera a LDB estabelecendo a obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-

Brasileira e Africana na Educação Básica e posteriormente a Lei Nº. 11.645/2008 que

estabelece a obrigatoriedade do estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena

nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio públicos e privados

em todo o país, oportunizando assim o trabalho de valorização da cultura negra

brasileira e africana, bem como abrindo espaço para a educação quilombola.

A Secretaria de Educação do Município de Paratinga, entendendo o trabalho com a

temática como necessário e na busca de atender as exigências legais, propôs uma

Page 61: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

58

modificação na parte diversificada do currículo do ensino Fundamental II, baseada na

portaria Nº. 1.128/2010 que reorganiza o currículo das escolas da educação básica da

rede pública estadual da Bahia, instituindo no 8º ano o eixo temático Identidade e

Cultura, com foco em Território, Memória Histórica e Identidade que foi apreciada

e posteriormente aprovada pelo Conselho Municipal de Educação.

Tal proposta pretende oferecer subsídios para o desenvolvimento do trabalho

pedagógico, uma vez que temos no município três comunidades que foram

reconhecidas pela Fundação Cultural Palmares em maio de 2014 como remanescentes

de quilombos, são elas: A Comunidade de Tomba, primeiro quilombo urbano do Médio

São Francisco, a Comunidade de Barro e Comunidade de Lagoa do Jacaré.

A educação quilombola no município encontra-se ainda em estruturação, nesse

contexto é importante garantir que os estudantes provenientes de comunidades

quilombolas possam ter a garantia da permanência e conseqüente conclusão dos

estudos e no seu percurso sejam respeitadas suas especificidades.

Diante do exposto é necessário ampliar a proposta da SME, a fim de oferecer

condições para que as outras etapas da educação básica também possam ser

contempladas em sua grade curricular disciplinas que abordem as temáticas em

questão.

2.4 EDUCAÇÃO SUPERIOR

2.4.1 Ensino Superior

Historicamente, o ingresso no Ensino Superior por parte da população mais carente era

uma raridade. Em função disso são enormes as expectativas da população do

Município de Paratinga Bahia em ingressar na Educação Superior.

Ainda assim na grande maioria das vezes, acredita-se que seja apenas uma questão

de certificação já que, muitos que o fizeram, por razões diversas, acabam por não

trabalharem na sua área de formação e isso é o que mais dificulta o desenvolvimento e

aplicação de tudo o que foi aprendido na Universidade.

Através da Universidade Aberta do Brasil – UAB – de Paratinga Bahia, já

estabelecemos parcerias com as Instituições de Ensino Superior.

Page 62: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

59

Essas Instituições são Públicas Estaduais e Federais que atuam na modalidade à

distância; obtivemos muitos resultados positivos até o momento e prova disso é o

resultado do ENADE – Exame Nacional de Desempenho de Estudante – já que os

últimos alunos que o fizeram, egressos do Curso de Licenciatura em Letras da

Universidade Federal da Paraíba – UFPB – alcançaram média 4.8 em 2014 quando a

média a ser atingida era 5.0.

Desde 2008 com a Implantação da UAB já formamos uma turma de Matemática com

curso Chancelado pela UFBA – Universidade Federal da Bahia;

Cinco turmas do Curso de Licenciatura em Letras da Universidade Federal da Paraíba

– UFPB – e ainda temos cursando a sexta turma do Curso de Letras e mais uma do

Curso de Licenciatura em Ciências Agrárias pela supracitada Universidade, cujos

alunos são egressos do Ensino Médio do Município e tiveram sua seleção através do

resultado do Enem 2013;

Inclusive nos dias 01 e 02 de Junho desse ano de 2015, foi aberta a possibilidade de

se fazer uma nova parceria com a Universidade do Estado da Bahia – UNEB – que

oferta em EAD 12 cursos e que nos solicitou uma pesquisa de demanda para que

pudéssemos dentro desses 12 escolher de 3 a 4 os que fosse de maior relevância e

atendesses as necessidades do mercado de trabalho e formação do Município. Essa

parceria também acontecerá via Programa UAB;

Precisamos traçar novas metas que atinjam essa população egressa do Ensino Médio

que ocupam hoje vagas nas instituições de Ensino superior, pois, nosso percentual

ainda não atingiu o desejado e são apenas 64% deles;

São muitos também os programas de formação continuada para professores e demais

profissionais da educação que devem ser levados em conta e através das diversas

parcerias trazidas para o nosso município a fim de qualificar nossos profissionais;

Nosso município é carente de Políticas Públicas que atendam às necessidades do

acompanhamento e monitoramento de comunidades ciganas, indígenas, quilombolas,

afrodescendentes e tradicionais com necessidades educacionais especiais e

específicas. Por essa razão é necessário que busquemos essas parcerias através dos

convênios existentes, da Secretaria Estadual de Educação e da União para que

possamos sanar essas deficiências.

Page 63: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

60

Temos inúmeras demandas no que diz respeito ao Ensino Superior e o apoio da

Prefeitura Municipal de Paratinga que mantém além do Polo da UAB, casa do

estudante nas cidades de Barreiras Bahia e Salvador Bahia, o transporte de alunos do

curso de nível superior que estudam em Bom Jesus da Lapa Bahia, tanto os da UNEB

como de outras faculdades privadas/particulares e tudo isso muito tem contribuído para

que tenhamos uma realidade diferente nos próximos anos.

Além do Polo da UAB, existe no município a presença de dois cursos de duas

Faculdades Privadas, as quais oferecem licenciatura em Pedagogia. A Faculdade do

Sertão oferece 160 vagas na modalidade presencial.

2.5 VALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO

A valorização dos profissionais de educação é um processo necessário para

construção da base de desenvolvimento de um ensino de qualidade, que deve estar

intimamente ligada ao sistema de financiamento da educação e ao processo de gestão

democrática adotados nos município, através de seus sistemas de ensino para que

possibilitem aos profissionais de educação, formação continuada, piso salarial digno e

efetivação da carreira.

A Constituição Federal de 1988 em seu art. 206, inciso VIII, determina a valorização

dos profissionais do ensino, garantidos, na forma da lei, planos de carreira para o

magistério público, com piso salarial profissional e ingresso exclusivamente por

concurso público de provas e títulos.

Esta valorização também se encontra determinada no artigo 67 da Lei nº 9394/96, que

diz que os sistemas de ensino promoverão a valorização dos profissionais da

educação, assegurado, inclusive nos termos dos estatutos e dos planos de carreira do

magistério público.

A Lei 11.494/07 garante a remuneração dos profissionais docentes, determinando que

pelo menos 60% (sessenta por cento) dos recursos anuais totais dos Fundos serão

destinados ao pagamento da remuneração dos profissionais do magistério da

educação básica.

Page 64: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

61

Assim, a valorização dos professores será assegurada através de planos de carreira e

estatutos que definam direitos e deveres dos profissionais de educação que devem ser

elaborados por equipes técnicas da Secretaria de Educação, Secretaria de

Administração Municipal, Setor jurídico da prefeitura, sindicato dos professores e

acompanhado por comissão de especialista da educação.

Essa valorização constitui-se uma base solida para a melhoria da qualidade de ensino,

a qual precisa estar diretamente ligada ao processo de formação continuada e

qualificação profissional, a definição do piso salarial para a categoria e a garantia da

carreira do professor, estabelecendo critérios de admissão no serviço público e sua

manutenção para permanência desses profissionais na área de educação.

O Piso Salarial Profissional Nacional para os Profissionais do Magistério Público da

Educação Básica, estabelecido pela Lei n.º 11.738/2008, garante aos professores um

piso comum de base nacional, que determina que esses profissionais devem receber

seus proventos atualizados anualmente pela união, em conformidade com a lei

11.494/07.

O município de Paratinga possui um plano de carreira simplificado, em vigor, publicado

em 1998. No período de 2009 a 2012, O SINDISPAR (órgão de classe) do município

em conjunto com a Secretaria Municipal de Educação apresentou um novo plano de

carreira dos trabalhadores em educação, dessa vez, bem mais consistente, com

garantia de direitos e deveres, tabelas financeiras mais atualizadas, mas ainda não

contemplava as expectativas dos trabalhadores em educação, por essa razão o

documento não foi aprovado pela Câmara de Vereadores. Em 2013, o SINDISPAR

apresentou outro documento, construído pela própria entidade, sem a participação da

categoria e dos órgãos municipais da educação. Por tanto, encontra-se hoje duas

minutas do plano de cargos e salários dos servidores em educação, sem aprovação,

por não contemplarem na totalidade os direitos e deveres dos professores e demais

trabalhadores em educação. O município possui 759 funcionários do quadro efetivo da

educação e 168 contratados, conforme a folha de pagamento da educação de 2015,

sendo que 597 são professores efetivos da rede e os demais pertencem ao quadro de

trabalhadores em educação.

A tabela abaixo mostra a situação existente no município de Paratinga, de como está

distribuídos os professores na rede municipal de Educação, por etapas e modalidades

da Educação Básica.

Page 65: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

62

Tabela 23. Funções docentes por Etapas e Modalidades da Educação Básica – Rede Municipal

Etapas e Modalidades da Educação Básica

Funções Docentes

C/Lic C/Gr C/EM C/NM S/EM Total

Regular – Creche 01 22 23

Regular - Pré-Escola 20 50 70

Regular - Anos Iniciais do Ensino Fundamental

71 08 66 15 160

Regular - Anos Finais do Ensino Fundamental

76 14 77 33 200

Ensino Médio 54 27 07 05 93

Educação de Jovens e Adultos - Anos Iniciais do Ensino Fundamental/Presencial

08 05 05 05 23

Educação de Jovens e Adultos - Anos Finais do Ensino Fundamental/Presencial

07 06 13 02 28

Total 237 60 240 60 597

Fonte: Disponível em: Secretaria Municipal de Educação, ano de 2015.

A tabela n° 23 mostra a situação atual da distribuição do quadro de professores

efetivos e contratados por nível, formação e modalidade de ensino. (trezentos)

professores inda não possuem curso superior, em todos os níveis e modalidades. Com

base nessa informação, torna necessária a criação de políticas públicas que garanta a

esses profissionais a formação em nível de graduação e licenciatura.

De acordo com essa informação verificamos que em média 45% desses professores já

estão cursando ensino superior. 297 (duzentos e noventa e sete) possuem licenciatura

em diversas áreas do conhecimento, distribuídos em todos os níveis e modalidades de

ensino.

Tabela 24. Número de professores e coordenadores da rede Municipal, Estadual e Particular em 2013

Profissionais do

Educação Infantil Ensino Fundamental Ensino Médio Total Esta Mun Part Esta Munic Partic Estad Munic Partic

Page 66: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

63

Magistério dual icipal

icular

dual ipal ular ual ipal ular

Professores

83 04 434 02 36 80 639

Coordenadores

01 01 06 01 09

Fonte: Disponível em: Secretaria Municipal de Educação e Núcleo Regional de Educação (NRE). Ano

2015.

A tabela 24 mostra o quantitativo de professores e coordenadores em 2013, na rede

estadual, municipal e particular do município de Paratinga,

No município possui apenas uma escola particular de Educação Infantil e Ensino

Fundamental do 1º ao 5º ano, com 06 (seis) professores e 01(um) coordenador

pedagógico. Na Rede Estadual existem dois colégios de Ensino Médio, situados na

sede do município com um total de 36 professores e apenas um coordenador

pedagógico. Os demais colégios situam-se na Zona Rural do município e são mantidos

pela prefeitura com um total de 80 professores.

Tabela 25. Profissionais em educação, por nível de escolaridade na Rede Municipal em 2013

Cargos Nº

Nível da Escolaridade

Ensino Fundamental Incompleto

Ensino Fundamental

Completo

Ensino Médio

Completo Outros

Merendeira 62 58 04

Vigilante

Aux Operacional

178 178 - -

Secretário Escolar

Porteiro 26 26

Motorista 22 14 04 04

Aux. Administrativo

03 01 02

Fonte: Disponível em: Secretaria Municipal de Educação, 2015. E análise a tabela 25, identificamos que todos os servidores de serviços gerais do

município são considerados Auxiliares operacionais e possui um total de 240

funcionários, entre eles 68 são destinados a servir como merendeira. Existem 26

porteiros nas unidades escolares, 14 deles com Ensino Fundamental incompleto. As

Page 67: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

64

merendeiras do município são capacitadas todos os anos, antes do período letivo.

Esses funcionários possuem em média ensino fundamental incompleto, como

demonstra a tabela acima.

Tabela 26. Profissionais em educação, por situação funcional na Rede Municipal em 2013

Cargos

Nº Situação Funcional

Total Servidor Público

Concursado CLT Contrato

Temporário Terceirizado Outro

Merendeira

Vigilante

Serviços Gerais

Aux. Operacional

240 204 - 36 -

Secretário Escolar

14 - 14

Porteiro 26 04 22

Outros

Fonte: Disponível em: Secretaria Municipal de Educação. Ano 2015.

Nessa tabela acima identificamos 240 Auxiliares Operacionais, que dentre eles 36 são

contratos e 204 são efetivos. Os secretários escolares são funcionários contratados,

que realizam funções administrativas nas unidades escolares. Existem 26 porteiros,

sendo 22 contratados e 04 efetivos.

2.6 GESTÃO DEMOCRÁTICA DO ENSINO PÚBLICO

A base educacional do município de Paratinga – Ba, se estrutura através de sua

Secretaria Municipal de Educação, no papel do secretário municipal, amparado por

uma coordenação interna, pelas direções escolares e pelos conselhos educacionais

existentes como: Conselho Municipal de Educação, Conselho de Alimentação Escolar,

Conselho de Controle e Acompanhamento Social do Fundo Nacional de Educação

Page 68: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

65

Básica (FUNDEB) entre outros. A divisão interna da secretaria está distribuída através

dos seguintes setores:

01) Setor da Coordenação Técnica e Administrativa – Responde pelo Setor pessoal,

alimentação de programas como PDE, PDDE, Mais Educação, ambiente virtual do

SIMEC.

02) Setor da Coordenação Pedagógica – Responde pelas áreas da Educação

Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio e EJA e o PNAIC.

03) Setor responsável pela alimentação do Censo Escolar

04) Setor responsável pela alimentação do Bolsa Família

05) Setor responsável pelas escolas pequenas (Escolas que tem aproximadamente

50 alunos matriculados no total de 34 escolas.

Esses setores estabelecem pontes entre a Secretaria e os 63 estabelecimento

escolares existentes no território paratinguense, os quais são administrados pelos seus

diretores e demais pessoas vinculadas a essas repartições de ensino. Por sua vez

essas escolas possuem um documento regimental unificado, salvo poucas que fizeram

adequação desse documento á sua realidade.

O município se localiza em uma região carente do oeste da Bahia onde os recursos

destinados a educação advém unicamente dos repasses provenientes do governo

federal (FUNDEB) e de Programas Educacionais Federais como PDE, PDDE e o Mais

Educação, salientamos que os recursos recebidos por esses programas exceto

FUNDEB são geridos e administrados exclusivamente pelos diretores escolares

juntamente com os membros das Associações de Pais e Mestres existentes nas

Escolas.

A escolha do Diretor e Vice-Diretor Escolar ainda é regido na forma de indicação seja

pelo executivo ou legislativo municipal.

Quanto ao PPP das escolas poucas elaboraram e dessas configura um documento que

existe apenas como exigência de obrigatoriedade não e/ou pouco utilizando a devida

eficácia equivalente a esse documento.

O município de Paratinga geograficamente se divide em 05 distintas regiões: Sede,

Caatingas, Santo Onofre, Asfalto e Beira Rio, entre elas estão distribuídos os 63

estabelecimento de ensino da seguinte forma:

Sede - temos 13 escolas municipais, 02 estaduais e 01 particular, há uma construção

de uma creche em etapa final com a capacidade de matricular 200 crianças.

Page 69: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

66

Região das caatingas: temos 14 prédios escolares desses, 07 são Polos educacionais

e os demais são escolas pequenas.

Região do Santo Onofre: temos 20 prédios escolares desses, 05 são Polos e

Educacionais e as demais escolas pequenas.

Região do Asfalto: temos 05 prédios escolares desses, 02 são Polos Educacionais e as

restantes escolas pequenas.

Região Beira Rio: temos 08 prédios escolares, desse 01 é Polo Educacional e as

demais escolas pequenas. Consulte as tabelas nº 27 e 28 para analisar as

modalidades de ensino oferecidas por esses Estabelecimentos Educacionais.

Tabela 27. Número de Escolas por Etapa de Ensino - Rede Estadual

Ano Educação Infantil Ensino Fundamental Ensino Médio

Urbana

Rural Total Urbana

Rural Total Urbana

Rural Total

2010 01 02 02

2011 01 02 02

2012 01 02 02

2013 02 02 Fonte: Disponível em:<http://portal.mec.gov.br/ide/2017,2008,2019,2010/gerarTabela. php>. Acesso em: 17 maio. 2015.

Tabela 28. Número de Escolas por Etapa de Ensino - Rede Municipal

Ano Educação Infantil Ensino Fundamental Ensino Médio

Urbana

Rural Total Urban

a Rural Total

Urbana

Rural Total

2010 04 54 58 09 55 64 02 05 07

2011 04 54 58 09 55 64 02 05 07

2012 04 54 58 08 56 64 02 05 07

2013 04 54 58 09 54 63 02 05 07 Fonte: Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/ide/2007/2008/2009/2010/gerarTabela.php>. Acesso em: 17 maio. 2014.

Tabela 29. Número dos estabelecimentos escolares de Educação Básica do município Paratinga, por dependência administrativa e etapas da Educação

Page 70: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

67

Básica

Etapas da Educação Básica

Dependência administrativa

Estadual Municipal Particular

2012 2013 2012 2013 2012 2013

Ed. Infantil – Creche 03 03 01 01

Ed. Infantil – Pré-escola 57 55 01 01

Ensino Fundamental Anos iniciais 61 59 01 01

Ensino Fundamental Anos Finais 01 21 21

Ensino Médio 02 02 05 05

Total 03 02 147 143 03 03

Fonte: Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/ide/ >. Acesso em: 17 maio 2015.

Quanto à estrutura física, as instalações e a infraestrutura dos Estabelecimentos de

Ensino, a sua grande maioria cerca de 80% apresenta em bom estado, necessitando

se adequar melhor ás políticas de acessibilidade como: construção de rampa, corrimão,

banheiro para deficientes, sala multifuncional entre outros. A construção dos

infocentros, a implantação do Programa Mais Educação nos Polos educacionais e

escola da sede, abriu campo para as escolas desenvolverem atividades praticadas

pelos alunos em período integral, apresentando uma nova experiência e realidade

cujos resultados poderão ser visto imediatamente e constatados em período posterior.

Algumas escolas localizadas em pequenos povoados (Escolas pequenas) apresentam

sérios problemas em suas estruturas físicas, mas estas estão sendo desativadas

gradativamente absorvendo seus alunos para pólos próximos.

A secretaria municipal conta com 13 coordenadores pedagógicos, sendo 03 efetivos e

10 contratados, número insuficiente para atender a demanda, o ideal deveria ter um

coordenador para cada Polo Educacional e para as escolas da sede.

Necessitando de uma adequação e/ou reformulação do Plano de Cargo, Carreira e

Remuneração dos Profissionais da Educação, esse criado no ano de 1998 e até a

contemporaneidade não foi acompanhado nem sofrido nem uma mudança ou

Page 71: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

68

adequação, sinaliza essa necessidade de direito e de dever tanto do executivo como

de órgãos que representam essa categoria de profissionais.

2.7 RECURSOS FINANCEIROS PARA A EDUCAÇÃO NO MUNICÍPIO

2.7.1 Investimento Público em Educação

Considerado os recursos financeiros destinados a educação um instrumento essencial

na promoção de políticas públicas voltadas para educação no município, na medida em

que são responsáveis em proporcionar e executar ações necessárias para melhorar o

quadro educacional no município e bem como acompanhar a aplicação dos recursos

financeiros, objetivando uma qualificação na aplicabilidade dos gastos em educação.

Desse ponto de vista a administração publica municipal no que cerne a educação deve

dar atenção aos dados e indicadores de receita e despesas da educação, tendo em

vista analisar os dados financeiros nos últimos anos para possíveis planejamentos.

Vale lembrar que os municípios, em especial o município de Paratinga apesar de suas

arrecadações depende das transferências financeiras do Fundo Nacional de

Desenvolvimento da Educação (FNDE) destinado ao município, conforme pode ser

visto nos quadros registrados e analisados abaixo:

Tabela 30. Outras receitas com o setor educacional do município Paratinga

administradas pela prefeitura (2010/2013)

Ano Alimentação

escolar

Transporte

Escolar Convênios Outras receitas Total

2010 528.293,20 744.504,00 957.726,00 13.286.752,57 15.517.275,77

2011 576.720,00 750.578,56 549.663,18 16.638.420,17 18.515.381,91

2012 498.176,00 530.301,94 2.212.261,66 15.258.952,89 18.499.692,49

2013 692.503,17 643.888,58 564.576,28 18.957.725,45 20.858.693,48

Fonte: Disponível em: Secretaria da Administração e Prefeitura Municipal Paratinga, 2015.

De acordo com os dados expostos na tabela nº 30, percebe-se que os recursos

financeiros do setor educacional administrados pela prefeitura são distribuídos

através dos seguintes programas educacionais: Programa Nacional de

Page 72: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

69

Alimentação Escolar (PNAE), Programa Nacional de Transporte Escolar

(PNATE), e os convênios nas quais destacamos o Plano de Ações Articuladas

(PAR) interligados com as obras do Programa Aceleração do Crescimento

(PAC2) na área da educação e também o Programa Caminho da Escola,

dentre outros.

Nota-se que há uma variação nas receitas dos recursos referente o ano de

2010 a 2013, na qual houve um acréscimo significante no ano de 2013. É

importante dizer que esses recursos é quantificado de acordo com o numero de

alunos matriculados e em especial computados no censo escolar.

Desse ponto de vista, podemos ressaltar que os recursos destinados para a

merenda escolar, ou seja, o PNAE é suficiente para suprir as necessidades do

município, de modo que a qualificação da execução dos recursos e o destino

da merenda escolar depende da implementação e organização do município no

que cerne o acesso e o consumo de qualidade da merenda escolar.

Se tratando do PNATE, cabe ressaltar que os recursos transferidos para o

município de Paratinga houve uma redução no que refere o analise do ano de

2010 até 2013, o que dificulta o avanço no acesso ao transporte de qualidade

para os alunos, nas quais precisaria ser revisto uma vez que este município é

atípico, pois tem uma das maiores extensões territorial do estado da Bahia e a

maior parte de sua população reside na zona rural do município.

Conseqüentemente os números revelam que a maior parte dos alunos está

cursando uma modalidade de ensino na zona rural e bem como a frota de

ônibus ainda é insuficiente devido as complexidades e especificidades oriunda

da zona rural. Outro fator que tem dificultado a locomoção dos alunos conforme

as exigências estabelecidas pelo PNATE é a execução do Programa Mais

Educação, uma vez que o acesso de alunos ao transporte escolar está sendo

ampliado o que vem trazendo certo desconforto, tanto por parte dos alunos

quanto por parte dos terceirizados que muitas vezes são obrigados a

locomover com o transporte além da sua capacidade legal.

Portanto, faz necessário dizer que o recurso do PNATE destinado para este

município precisa ser revistos devido a sua amplitude, particularidades e

complexidades conforme citado acima, tendo em vista ofertar um transporte de

qualidade e com quantidade suficiente de acesso a partir do ponto de vista

Page 73: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

70

legal.

No tocante aos recursos oriundos do instrumento de convênios e outras

receitas há uma variação na sua distribuição em virtude das transferências

financeiras da união e do estado ao município, que de certa forma possibilitou

um avanço significativo na área da educação em detrimento dos valores

destinados ao município. Visto que apesar dos avanços ainda é notório as

lacunas e as necessidades financeiras, tecnológicas, estrutural e funcional dos

ambientes escolares no município, tendo em vista galgar por uma educação de

qualidade, no enfrentamento dos problemas relacionado ao acesso,

permanência e aprendizagem dos alunos.

Nesta perspectiva, faz necessário ampliar os recursos financeiros para o nosso

município, através de investimento em todos os campos voltados para a

política educacional do município, desde as necessidades de infraestrutura dos

prédios escolar quanto na aprendizagem dos alunos, pois os recursos de

arrecadação municipal são ilimitados diante das necessidades generalizadas

do município no campo educacional.

Tabela 31. Recursos aplicados em educação pelo governo municipal de Paratinga por nível ou

modalidade de ensino (2010/2013)

Ano Ed. Infantil Ensino

Fundamental Ensino Médio EJA

Outros

Fundeb Total

2010 7.731,46 175.001,62 9.523,99 Não há dados 12.898.810,78

2011 270,00 42.551,00 60.803,85 Não há dados 17.041.044,06

2012 5.000,00 105.790,35 114.157,65 Não há dados 6.980.203,31

2013 61.057,70 469.264,62 3.349,25 Não há dados 17.818.099,81

Fonte: Disponível em: Secretaria da Administração e Prefeitura Municipal de Paratinga, 2015.

A tabela de nº 31 expõe os recursos aplicados pela administração pública municipal no

campo da educação nos últimos anos, subdividindo entres as modalidades de ensino

existente no município, conforme explicito na referida tabela citada acima.

É notório que diante dos dados apresentados, registra-se um crescimento maciço na

aplicação dos recursos nas modalidades de ensino na área da educação,

principalmente na modalidade de ensino da Educação Infantil e Ensino Fundamental,

tendo como exceção a modalidade de ensino do Ensino Médio, na medida em que a

aplicação dos recursos nesta modalidade é reduzido drasticamente comparado com

Page 74: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

71

anos anteriores, embora o município assume a maior parte das despesas do ensino

médio, pois a concentração de alunos nesta modalidade estão matriculada na zona

rural do município, visto que seria obrigatoriedade do estado. Se tratando da

modalidade de Educação de Jovens e Adultos inexiste informações no nosso banco de

dados relativo aplicação do recurso nesta modalidade. Enquanto a aplicação dos

recursos referente o FUNDEB, embora de forma tímida, podemos identificar um

pequeno avanço.

Considerando a modalidade da educação infantil responsável para aprimoramento das

competências e habilidades cognitivas do aluno e bem como considerada a base para

os avanços educacionais, é preciso de uma atenção e um olhar diferente na

implementação desta modalidade. É comum nos países de 1º mundo um investimento

potencial na área da educação infantil, acreditando ser o alicerce para um ensino e

aprendizagem de qualidade. Pois, apesar do município estiver ampliando os recursos

na área da educação infantil nestes últimos anos, ainda é insuficiente diante das

dificuldades e necessidades desta modalidade de ensino. Faz necessário acrescentar

que as outras modalidades de ensino tem as suas importâncias e necessidades de

intervenção financeira e pedagógica, embora a modalidade de educação infantil é mais

urgente e estrategicamente melhor.

Tabela 32. Despesas com educação do município Paratinga por categoria e elemento de

despesa (2010/2013)

Ano

Despesas correntes Despesas de capital

Pessoal Mat.

Consumo Subtotal

Obra e

Instalações Equipamentos Subtotal Total

2010 255.914,85 1.365.866,27 1.621.781,12 726.518,00 214.576,13 941.094,13 2.562.875,25

2011 317.705,56 875.016,81 1.192.722,37 0,0 714.530,00 714.530,00 1.907.252,37

2012 70.836,32 505.357,85 576.194,17 1.046.590,62 5.742,00 1.052.332,62 1.628.526,79

2013 165.801,41 1.058.742,70 1.224.544,11 28.473,00 428.422,44 456.895,44 1.681.439,55

Fontes:, Disponível em: Secretaria da Administração e Prefeitura Municipal de Paratinga, 2015.

Esta tabela demonstra as despesas na área da educação referente as despesas

correntes (pessoal e material de consumo) e as despesas de capital (obra, instalações

e equipamentos). Dessa forma, nota-se que nas despesas correntes a aplicação dos

recursos no que refere o material de consumo é muito superior os valores relativos aos

Page 75: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

72

gastos com pessoal, embora ambas despesas correntes sofreram uma variação e ao

mesmo tempo uma redução comparando o ano de 2010 com 2013.

Se tratando das despesas de capital, percebe-se que os recursos foram destinados as

despesas de equipamentos de forma mais intensa do que nas despesas relacionadas

obras e instalações. De maneira geral, totalizando tanto as aplicações de recursos de

ordem de despesas correntes quantos os gastos relacionados as despesas de capital,

verificamos que estes gastos vem diminuindo ao longo dos últimos anos. Todavia,

apesar dos esforços para reduzir as despesas de forma geral, em especial as

despesas de pessoal influenciada pela lei de responsabilidade fiscal, as necessidades

de estruturas físicas, humanas e materiais são tamanhas diante da realidade do

município.

Tabela 33. Receita e aplicação dos recursos recebidos do FUNDEB no Município

de Paratinga em (2010/2013)

Ano Total recebido

Aplicação

Salário dos

professores

Capacitação dos

leigos Gastos com MDE

2010 12.444.981,58 8.061.350,88 Não há dados 1.337.849,84

2011 15.631.520,17 11.162.467,96 Não há dados 847.897,60

2012 14.462.706,44 11.477.016,29 Não há dados 1.012.027,93

2013 17.644.477,88 12.837.070,65 Não há dados 1.588.270,09

Fonte: Disponível em: Secretaria da Administração do Município de Paratinga, 2015

.

O crescimento econômico do Brasil foi responsável pela ampliação das receitas do

FUNDEB, através do aumento da arrecadação de impostos em todas as esferas

municipais, estaduais e federais juntamente com aumento do numero de alunos

matriculados e computados no censo. Diante disso, ratificamos a veracidade das

informações na tabela nº 33, na medida em que percebemos o avanço das receitas do

FUNDEB a partir do ano de 2010 até o ano de 2013. Neste crescimento, as despesas

também aumentaram, principalmente nas despesas de salário de professores conforme

exposto na tabela.

Nesse sentido, das receitas dos 17.644.477,88 (dezessete milhões seiscentos e

quarenta quatro mil e quatrocentos e setenta e sete reais e oitenta oito centavos),

aproximadamente 72,75% das despesas é resultante do pagamento de salário dos

professores e o restantes para outras despesas como, por exemplo, gastos com MDE.

Os municípios têm esforçado bastante para cumprir os pressupostos legais

Page 76: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

73

estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Legal como também efetivar os

pagamentos de salários para os profissionais do quadro educacional, principalmente

com a elevação do piso salarial sem alteração de valores das receitas do FUNDEB.

Portanto com o município de Paratinga não é diferente.

Tabela 34. Aplicação no Ensino Fundamental – Exercício 2013 (Em R$)

Dos recursos Da aplicação

Receita de imposto e

transferências

25% da receita de impostos

e transferências

Total aplicado em

educação % aplicado

21.104.668,38

19.087.329,38

19.650.946,52

25,76%

Fonte: Disponível em: Tribunal de Contas dos Municípios, 2015.

Tabela 35. Recursos da Educação no PPA (2010/2013)

ANOS Previsto em R$ Programa/projetos/atividades

educacionais Total utilizado

2010 16.424.655,00 004/005/006 16.994.098,58

2011 17.557.956,19 004/005/006 21.171.191,92

2012 18.945.034,74 004/005/006 21.101.495,84

2013 20.631.142,84 004/005/006 23.265.331,81

Fonte: Disponível em: Prefeitura Municipal de Paratinga, 2015.

Esta tabela demonstra a disponibilidade de recursos planejados e utilizados na área da

educação, incluindo os diversos programas, projetos e atividades educacionais

existente no município. Os valores previstos sofreram um acréscimo durante o período

de 2010 até 2013. Em outras palavras, o planejamento financeiro para educação no

município de Paratinga foi bem superior no ultimo ano, como também os recursos

utilizados para execução das ações e atividades educacionais. É visível na referida

tabela que a totalidade de recursos utilizados foi superior aos recursos previstos ao

longo dos anos.

À medida que os anos vão passando atrelados com o crescimento econômico e

exigências educacionais mais qualificadas, os municípios assumem um caráter de

dependência cada vez mais constante e instantâneo sobre a união, uma vez que as

necessidades aumentam para promover uma educação de eficaz e eficiente na busca

da qualidade.

Page 77: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

74

Quadro 04. Recursos da Educação do Programa Dinheiro Direto na Escola –

PDDE, transferidos para as UEx do município de Paratinga

ANOS PDDE Educação Integral/PDDE Educação Básica/PDDE Escola do Campo

2010 352.479,5

2011 680.117,82

2012 858.183,62

2013 1.288.575,88

Fonte: Disponível em: Liberação de Recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da

Educação, Acesso em 01 de junho de 2015.

Por último, destacamos uns dos principais programas de transferência de recursos

educacionais dos municípios intitulado de PDDE, uma vez que são recursos

responsáveis para suprir as necessidades básicas e as ações planejadas da escola

conforme as resoluções dos subprogramas do PDDE. A tabela deixa bem claro a

evolução das transferências do FNDE, através do referido programa direcionado as

Unidades Executoras (UEx) escolar, sobretudo no ano de 2013 na qual esta evolução é

mais presente.

Lembrando que os recursos são gastos numa perspectiva de custeio (material

pedagógico, material de limpeza, adequação e pequenos reparos, ressarcimento de

monitor, dentre outros e capital (equipamentos e mobiliários escolar, dentre outro),

obedecendo as prioridades e sugestões dos colegiados escolar no que cerne a

aplicação dos recursos.

Portanto, é importante ressaltar que mesmo com alguns avanços nas receitas

disponibilizadas para esfera da educação em toda sua integridade juntamente com a

ampliação dos programas educacionais, as receitas financeiras não consegue adequar

ou aproximar das despesas, uma vez que os recursos são insuficientes para suprir as

necessidades educacionais e solucionar os problemas enfrentados pelo município em

todos os aspectos inerentes a educação.

Page 78: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

75

3 DIRETRIZES, METAS E ESTRATÉGIAS DO PME

Considerando as diretrizes e metas do Plano Nacional de Educação - PNE e análise

situacional do município no concerne a educação iniciou-se o processo de construção

de diretrizes, metas e estratégias do Plano Municipal de Paratinga-BA

3.1 DIRETRIZES

São diretrizes do PME: I – erradicação do analfabetismo; II – universalização do atendimento escolar; III – superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e na erradicação de todas as formas de discriminação; IV – melhoria da qualidade do ensino; V – formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase nos valores morais e éticos em que se fundamenta a sociedade; VI – promoção do princípio da gestão democrática da educação pública; VII – promoção humanística, científica, cultura e tecnológica do País; VIII – estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do Produto Interno Bruto – PIB, que assegure atendimento às necessidades de expansão, com padrão de qualidade e equidade; IX - valorização dos (as) profissionais da educação; e X - promoção dos princípios de respeito aos direitos humanos, à diversidade e à sustentabilidade socioambiental.

3.2 METAS E ESTRATÉGIA

Meta 1 – Educação Infantil Universalizar até 2016, a educação infantil na pré-escola para as crianças de 04(quatro) a 05 (cinco) anos de idade e ampliar a oferta de educação infantil em creches de forma a atender, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das crianças de até 03(três) anos até o final da vigência do PME. Estratégias

Page 79: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

76

1.1 Realizar até dezembro do primeiro ano de vigência desse Plano Municipal de

Educação, levantamento da população de 4 e 5 anos de idade, ainda não

contempladas pelo atendimento escolar, como forma de planejar as ofertas para os

anos subsequentes;

1.2 Garantir o acesso à educação infantil (4 a 5 anos de idade) e a oferta do

atendimento educacional especializado complementar aos alunos com deficiência,

transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação,

assegurando a transversalidade da educação especial nessa etapa da educação

básica.

1.3 Preservar as especificidades da educação infantil na organização das redes

escolares, garantindo o atendimento da criança de até cinco anos em estabelecimentos

que atendam a parâmetros nacionais de qualidade e a articulação com a etapa escolar

seguinte, visando ao ingresso do aluno de seis anos de idade no ensino fundamental.

1.4- Promover campanhas de conscientização às famílias sobre a obrigatoriedade da

educação infantil para crianças de 4 e 5 anos de idade, em parceria com órgãos

públicos de assistência social, saúde e proteção à infância.

1.5 Fortalecer o acompanhamento e o monitoramento do acesso e da permanência das

crianças na educação infantil, em especial dos beneficiários de programas de

transferência de renda, em colaboração com as famílias e com órgãos públicos de

assistência social, saúde e proteção à infância.

1.6 Incentivar e oportunizar a formação continuada aos professores e demais

profissionais da rede pública de Educação Infantil.

1.7 Promover a busca ativa de crianças em idade correspondente à educação infantil,

em parceria com órgãos públicos de assistência social, saúde e proteção à infância,

preservando o direito de opção da família em relação às crianças de até 3 (três) anos.

1.8 Participar de programas e projetos em regime de colaboração com os demais entes

federados, visando à expansão e melhoria da rede física das creches, arcando com a

responsabilidade financeira, legalmente atribuída ao município.

1.9 Desenvolver e utilizar instrumentos de acompanhamento e avaliação do trabalho

desenvolvido no âmbito da Educação Infantil, com a finalidade de promover a melhoria

da estrutura física, do quadro de pessoal, dos recursos pedagógicos e da

acessibilidade, dentre outros.

1.10 Publicar anualmente através da Secretaria Municipal da Educação (SME) ,

levantamento da demanda e atendimento na educação infantil de 0 a 3 anos de idade,

como forma de planejar e verificar o atendimento da demanda manifesta.

1.11 Desenvolver até o final do primeiro ano de vigência deste Plano Municipal de

Educação (PME), estudo que aponte a viabilidade de determinar número de estudantes

Page 80: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

77

por professor e funcionário na educação infantil, tendo como referência o Custo Aluno

Qualidade Inicial (CAQi).

1.12 Construir instituições de educação infantil de acordo com a demanda em regime

de colaboração com entes federados no período de vigência desse plano.

1.13 Garantir a oferta de vagas a população na educação infantil da sede e do campo,

(quilombola e itinerantes ) de acordo o parecer e resolução nº 3, 16 de maio 2012 que

define diretrizes para o atendimento de educação escolar.

Meta 02 – Ensino Fundamental

Universalizar o ensino fundamental de 9 (nove) anos para toda a população de 6

(seis) a 14 (quatorze) anos e garantir que pelo menos 95% (noventa e cinco por

cento) dos alunos concluam essa etapa na idade recomendada, até o último ano

de vigência deste PME.

Estratégias;

2.1 Instituir no período de vigência do plano medidas de correção idade série, a fim

de reduzir a defasagem no Fundamental I e no Fundamental II até o último ano de

vigência deste PME.

2.2 Remanejar os alunos com 15 anos para a educação de jovens e adultos;

2.3 Assegurar a construção e revisitação do Projeto Político Pedagógico das

escolas;

2.4 Garantir a formação continuada e inicial para gestores e professores;

2.5 Criar mecanismos de acompanhamento das aprendizagens na escola, por meio

da implementação de um sistema de avaliações elaboradas por uma comissão de

avaliação do município considerando suas especificidades;

2.6 Utilizar os resultados das avaliações internas e externas para subsidiar ações

que promovam mudanças a favor dos estudantes;

2.7 Garantir reforço escolar para os alunos com 2 anos ou mais de defasagem;

2.8 Nuclear as escolas pequenas para oferecer a infra-estrutura dos Pólos e o

acompanhamento pedagógico, a fim de reduzir o número de classes multisseriadas;

2.9 Oportunizar e garantir a matrícula dos alunos itinerantes;

Page 81: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

78

2.10 Oportunizar e garantir a matrícula dos quilombolas e afro descendentes;

2.11 Ampliar e otimizar o atendimento de transporte escolar em parceria com os

entes federados;

2.12 Adaptar a estrutura física das escolas para a acessibilidade dos alunos

portadores de necessidades especiais em regime de colaboração com entes

federados;

2.13 Ampliar a oferta de educação integral em parceria com entes federados;

2.14 Garantir pedagogicamente transição adequada dos alunos do Fundamental I

para o Fundamental II;

2.15 Buscar parcerias que aproximem comunidade e escola desenvolvendo projetos

em parceria com outras secretarias, exemplo: Assistência Social, Saúde, Agricultura e

Meio Ambiente;

2.16 Oportunizar a participação dos pais e responsáveis no acompanhamento das

atividades escolares dos filhos por meio do estreitamento das relações entre as escolas

e as famílias.

2.17 Construir quadras poliesportivas cobertas nas escolas municipais em regime de

colaboração com os entes federados;

2.18 Adquirir acervo bibliográfico de obras didáticas e paradidáticas voltadas para

esse segmento em regime de colaboração com entes federados;

Meta 03 - Ensino Médio

Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos e elevar, até o final do período de vigência deste PME, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 85% (oitenta e cinco por cento).

Estratégias:

3.1 Buscar parcerias com entidades privadas e públicas que possa ofertar cursos aos

profissionais da Educação;

3.2 Garantir oferta de matriculas e atendimento escolar a toda a população de 15 a 17

anos, utilizando meios de comunicação como rádios, carro de som entre outras para

anúncios de abertura de matrículas.

Page 82: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

79

3.3Possibilitar a Correção idade/série através da EJA, dando condições como

transportes, alimentação, material escolar entre outros para os alunos residente na

Zona Rural em parceria com entes federados.

3.4 Garantir a matricula de alunos oriundos de comunidades quilombolas itinerantes. (

ciganos, circense e nômades )

3.5 Preparar os alunos e adequar as atividades educacionais avaliativas nos moldes

estabelecidos pelo ENEM.

3.6 Oportunizar aos professores formação continuada, organizando momentos de

encontros e troca de experiências entres os profissionais da rede de ensino do

município.

3.7 Oferecer apoio logístico aos alunos que estão concluindo o ensino médio na zona

rural, na inscrição e realização do exame nacional do ensino médio - ENEM

Meta 04 - Educação Especial Universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia de sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados. Estratégias 4.1 Implantar, ampliar e equipar, em parcerias com os entes federados, as SALAS DE

RECURSOS MULTIFUNCIONAIS com recursos didáticos e tecnológicos para o

atendimento das pessoas com deficiência.

4.2 Oferecer atendimento educacional especializado complementar e suplementar aos

(às) alunos (as) com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas

habilidades ou superdotação, assegurando a educação bilíngue para crianças surdas

da educação especial em todas as etapas da educação básica;

4.3 Montar um quadro de funcionários que tenha o perfil adequado para lidar com

pessoas deficientes, inclusive com capacitação e graduação na área social.

Page 83: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

80

4.4 Promover a capacitação continuada dos professores e funcionários que realizam o

atendimento dos alunos nas Unidades Escolares e nas Salas de Recursos

Multifuncionais

4.5Estabelecer parcerias com a Secretaria de Saúde, Secretaria de Assistência Social

no atendimento dos alunos que necessitam de tratamento de saúde, psicológico e

psicossocial que possam contribuir para melhoria da qualidade de vida desses

deficientes.

4.6Contratar interprete de libras para tradução e interpretação simultânea do conteúdo

repassado.

4.7Garantir em regime de colaboração com os entes federados trans porte escolar para

atendimento dos alunos com deficiência em turnos opostos.

4.8 Garantir em parceria com os entes federados a oferta de aparelhos, cadeiras de

rodas e equipamentos tecnológicos que possibilitam a locomoção dos alunos.

4.9 Adquirir em regime de colaboração com entes federados computadores e

equipamentos com sistema braile para atendimento de pessoas cegas, cego, surdo-

cego, deficiente auditivo, com baixa visão, bem outras tecnologias que garanta o

atendimento de outras deficiências.

Meta 05 - Alfabetização Idade Certa Alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3º (terceiro) ano do ensino fundamental. 5.1Reestruturar a proposta pedagógica visando atender as necessidades das crianças

do ciclo de alfabetização e às especificidades culturais dos educandos oriundos das

diversas populações (do campo, quilombolas e itinerantes);

5.2-Oferecer aos docentes embasamentos teórico/prático, por meio de formação

continuada em serviço, que possibilite uma melhor atuação com as crianças portadoras

de necessidades especiais;

5.3 Implementar, a nível municipal, instrumento de avaliação e monitoramento das

turmas do ciclo de alfabetização;

5.4 Dinamizar o acompanhamento pedagógico sistematizado das turmas do ciclo de

alfabetização;

Page 84: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

81

5.5 Instituir política de formação inicial e continuada para os professores da rede

municipal nas classes de alfabetização;

5.6 Identificar e selecionar professores com habilidades e experiências necessárias

para atuar no primeiro ciclo do ensino fundamental.

Meta 06- Educação Integral

Oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) dos (as) alunos(as) da educação básica.

Estratégias

6.1 Planejar e organizar a implementação do programa mais educação na rede pública

de ensino

6.2 Sensibilizar e mobilizar os sujeitos envolvidos no ambiente escolar sobre o

conceito, os fundamentos, a importância e as dificuldades do programa mais educação.

6.3 Gerenciar a execução das atividades do programa mais educação, considerando o

processo avaliativo e metodológico do programa.

6.4 Reorganizar e ampliar o sistema de transporte municipal em regime de colaboração

com os entes federados, com intuito de atender os alunos que necessita do transporte

escolar;

6.5 Consolidar um planejamento para ampliação, adequação, reforma e/ou manutenção

de cada unidade escolar da rede para a implantação de espaços voltados para

execução das ações de educação integral em regime de colaboração com entes

federados;

6.6 Criar projeto de culminância das atividades desenvolvidas pelo programa mais

educação.

Meta 07 - Aprendizado Adequado Na Idade Certa

Page 85: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

82

Fomentar a qualidade da Educação Básica em todas as etapas e modalidades,

com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem de modo a atingir as seguintes

médias nacionais para o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB):

7.1 Instituir política de formação inicial e continuada para os professores da rede

municipal

7.2 Implementar sistema de avaliações e exames periódicos para aferir a

aprendizagem dos alunos, com base na Matriz de Referência das avaliações externas

7.3 Ampliar e dinamizar o acompanhamento pedagógico sistematizado nas turmas

do ensino fundamental I e II, e bem como propiciar mecanismo de seleção ou

contratação através de concursos públicos.

7.4 Ampliar a proposta de formação continuada para os professores do 2º ciclo de

alfabetização de modo a garantir que os direitos de aprendizagem de cada ciclo sejam

contemplados

7.5 Aderir a proposta de formação continuada para os professores do ensino médio

que atuam no município;

7.6 Promover maior articulação dos programas da área da educação, de âmbito

local e nacional com os de outras áreas como: saúde, assistência social, esporte,

cultura entre outras;

7.7 Buscar parcerias com a família e setores da sociedade civil com o propósito de

articular escola-familia e sociedade para melhorias no sistema de ensino.

7.8 Criar, em regime de colaboração com os entes federados mecanismo para ampliar

o fornecimento de equipamentos e recursos tecnológicos digitais, inclusive internet no

ambiente escolar de modo a contemplar todas as escolas do município.

Meta 08 – Elevação da Escolaridade/Diversidade

IDEB 2015 2017 2019 2021

Anos Iniciais do Ensino Fundamental 5,2 5,5 5,7 6,0

Anos Finais do Ensino Fundamental 4,7 5,0 5,2 5,5

Ensino Médio 4,3 4,7 5,0 5,2

Page 86: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

83

Elevar a escolaridade média da população de 18 (dezoito) a 29 (vinte e nove) anos, de modo a alcançar, no mínimo, 12 (doze) anos de estudo no último ano de vigência deste Plano, para as populações do campo,dos quilombos, da região de menor escolaridade no País e dos 25% (vinte e cinco por cento) mais pobres, e igualar a escolaridade média entre negros e não negros declarados à Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.

Estratégias

8.1 Realizar campanhas de matrículas utilizando meios de comunicação existentes no

município;

8.2 Manter parceria com as outras secretarias como Assistência Social no intuito de

desenvolver projetos, identificando alunos cadastrados em programas referentes a

Jovens e Adultos.

8.3 Estabelecer parceria com comércio local que possui funcionários que freqüenta as

séries da EJA.

8.4 Oferecer oportunidades educacionais através de oficinas de leitura , utilizando

material das Olimpíadas de Língua Portuguesa, para garantir que jovens e adultos

com escolaridade baixa ou de qualidade insuficiente aprimorem suas habilidades de

leitura, escrita e compreensão da linguagem.

8.5 Implementar Programas de Educação de Jovens, Adultos/as e Idosos/as para a

população da sede e da zona rural que estejam fora da escola e com defasagem idade-

série, e garantir a continuidade da escolarização, após a alfabetização inicial.

8.6 Inserir no planejamento, temas que contribuam para despertar nos alunos o

sentimento de pertença à comunidade quilombola tais como: a terra, territorialidade,

identidade, organização comunitária dentre outros que resgatam a cultura;

8.7 Identificar as condições atuais de atendimento das instituições educacionais das

comunidades quilombolas na perspectiva de melhorar a qualidade do transporte,

alimentação escolar, infra-estrutura, recursos pedagógicos e quadro de pessoal da

educação oferecida;

8.8 Garantir através de regime de colaboração com os entes federados, melhorias

na estrutura física das escolas quilombolas, com a construção e quadra de esporte,

bem como implantação de laboratório de informática; criação e ampliação de

bibliotecas, aquisição de material de apoio pedagógico;

8.9 Adquirir obras complementares que contemplem e respeitem a cultura e o modo

de vida dos africanos para as escolas quilombolas;

Page 87: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

84

8.10 Oportunizar o desenvolvimento de atividades pedagógicas com professores que

atuam em comunidades quilombolas e que trabalham em escolas que atendam

estudantes quilombolas;

8.11 Contemplar no Projeto Político Pedagógico temas/abordagens/metodologias

sobre a história e cultura quilombola e sobre a história e cultura africana e afro-

brasileira;

8.12 Incentivar projetos e concursos culturais nas comunidades quilombolas visando

à interação e o envolvimento desta com a escola;

8.13 Garantia de transporte escolar de qualidade para estudantes quilombolas

atendidos pela rede de ensino municipal e estadual (escolas que recebem estudantes

quilombolas);

Meta 9 – Alfabetização de Jovens e Adultos

Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 (quinze) anos ou mais para 93,5% (noventa e três inteiros e cinco décimos por cento) até 2015 e, até o final da vigência deste PME erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% (cinquenta por cento) a taxa de analfabetismo funcional.

Estratégias

9.1 Promover o processo de ampliação gradualmente da oferta de vagas da EJA na

sede e zona rural;;

9.2 Acompanhar o desenvolvimento de atividades de leitura e escrita através de

projetos realizados entre a secretaria de educação e unidades escolares dessa

modalidade;

9.3 Capacitar o profissional da EJA por meio de Cursos de Formação Continuada;

9.4 Incentivar o desenvolvimento das manifestações artísticas e culturais no espaço

escolar na tentativa de resgatar valores da cultura local;

Meta 10 – Eja Integrada

Page 88: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

85

Oferecer, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) das matrículas de educação de jovens e adultos, nos ensinos fundamental e médio, na forma integrada à educação profissional.

Estratégias

10.1 Oferecer cursos profissionalizantes de curta duração em parceria com órgãos e

entidades públicas e privadas de maneira integrada a Educação de Jovens e Adultos

10.2 Implantar cursos profissionalizantes de nível médio.

Meta 11 – Educação Profissional

Triplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio, assegurando a qualidade da oferta e pelo menos 50% (cinquenta por cento) da expansão no segmento público.

Estratégias

11.1 Possibilitar aos alunos o acesso ao ensino de nível médio profissional em outros

municípios, através de parceria estabelecida com a prefeitura municipal.

11.2 Estabelecer parceria com a Secretaria Estadual de Educação para implantação

de programas no município.

11.3 Solicitar da Secretaria de Educação do Estado, através do Núcleo Regional de

Educação, a implantação do ensino médio profissional nas Escola Estaduais do

Município, situada na sede do município.

11.4 Assegurar o atendimento do ensino médio gratuito integrado à formação

profissional para as populações do campo, itinerante, indígenas e para as comunidades

quilombolas, de acordo com os seus interesses e necessidades;

11.5 Garantir a oferta de educação profissional técnica de nível médio para as

pessoas com deficiência, transtornos, altas habilidades ou superdotação.

Meta 12 – Educação Superior

Page 89: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

86

Elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% (cinquenta por cento) e a taxa líquida para 33% (trinta e três por cento) da população de 18 (dezoito) a 24 (vinte e quatro) anos, assegurada a qualidade da oferta e expansão para, pelo menos, 40% (quarenta por cento) das novas matrículas, no segmento público.

Estratégias

12.1 Manter o convênio já estabelecido entre UAB e prefeitura municipal na criação de

novos cursos de graduação e pós-graduação;

12.2 Estabelecer parcerias com universidades e faculdades públicas e particulares na

implantação de cursos presenciais e a distância no município;

12.3 Intensificar e estreitar a parceria da UAB – (Universidade Aberta do Brasil) para

garantir formação especifica aos professores da rede que estão atuando no ensino

médio

12.4 Possibilitar aos professores da rede pública municipal, através de políticas

incentivadoras o seu ingresso nas faculdades existentes no município para que possam

realizar sua primeira graduação em etapas da educação básica.

Meta 13 – Qualidade da Educação Superior

Elevar a qualidade da educação superior e ampliar a proporção de mestres e

doutores do corpo docente em efetivo exercício no conjunto do sistema de

educação superior para 75% ( setenta e cinco por cento), sendo, do total, no

mínimo, 35% ( trinta e cinco por cento) doutores.

Estratégias

13.1 Possibilitar aos professores da rede pública municipal, através de políticas

incentivadoras o ingresso nos cursos de mestrados e doutorados em parceria com os

entes federados.

Meta 14 – Pós-Graduação

Page 90: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

87

Elevar gradualmente o número de matrículas na pós-graduação stricto sensu, de

modo a atingir a titulação anual de 60.000 (sessenta mil) mestres e 25.000 (vinte e

cinco mil) doutores.

Estratégias

14.1 Implantar, política municipal de formação continuada para os profissionais da

educação de nível superior com a oferta do curso de pós-graduação, de forma

articulada às políticas de formação do Município

Meta 15 – Profissionais de Educação

Garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal ,

no prazo de 1 (um) ano de vigência deste PME, política nacional de formação dos

profissionais da educação de que tratam os incisos I, II e III do caput do art. 61 da

Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, assegurado que todos os professores e

as professoras da educação básica possuam formação específica de nível

superior, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que

atuam.

Estratégias

15.1 Garantir a formação inicial dos profissionais de educação por área de conhecimento em regime de colaboração com entes federados;

Meta 16 – Formação

Formar, em nível de pós-graduação, 50% (cinquenta por cento) dos professores

da educação básica, até o último ano de vigência deste PNE, e garantir a

todos(as) os(as) profissionais da educação básica formação continuada em sua

área de atuação, considerando as necessidades, demandas e contextualizações

dos sistemas de ensino.

Estratégias

Page 91: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

88

16.1 Possibilitar aos professores da rede pública municipal, através de políticas

incentivadoras o seu ingresso nas faculdades existentes no município para que possam

realizar sua primeira graduação em etapas da educação básica;

16.2 Oportunizar aos professores efetivos do sistema municipal de educação, que não

possuem cursos superiores a realização de graduação e licenciaturas, que atendam as

necessidades da educação do município.

16.3 Garantir a formação continuada dos profissionais de educação por área de

conhecimento.

16.4 Promover a capacitação continuada dos professores efetivos que já possuem

cursos superiores nas áreas de atuação, bem como a formação em nível de pós-

graduação dos professores da educação básica, durante o período de vigência do

plano.

Meta 17 – Valorização dos Profissionais Do Magistério

Valorizar os (as) profissionais do magistério das redes públicas de educação

básica de forma a equiparar seu rendimento médio ao dos (as) demais

profissionais com escolaridade equivalente, até o final do sexto ano de vigência

deste PME.

Estratégias

17.1Construir ate o final do segundo ano de vigência de PME fórum de representação

dos profissionais de educação do Município, para acompanhamento da atualização do

piso salarial dos profissionais da educação básica;

17.2 Garantir condições de desempenho da função do magistério nas escolas públicas

municipais, oportunizando aos docentes materiais didáticos e pedagógicos adequados

para realização de sua prática de docência;

17.3 Estabelecer como critérios de direitos para o recebimento de repasse de

gratificação anual aos profissionais da educação, de acordo com a avaliação de

desempenho, a satisfação da comunidade, os indicadores da educação básica, a

qualidade da gestão e a avaliação profissional.

17.4 Oportunizar aos profissionais de educação da rede qualificação profissional.

17.5 A partir da sansão desta Lei fica determinado que o cargo de Coordenador

Pedagógico será preenchido através de concurso público conforme determina o artigo

Page 92: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

89

206 da Constituição Federal Inciso VIII. (redação dada pela emenda da Câmara de Vereadores

n° 0001/2015)

Meta 18 – Planos de Carreira

Assegurar, no prazo de 06 (seis) meses, a contar da promulgação desta Lei, a construção e revisão do Plano de Carreira dos Trabalhadores em educação do Município de Paratinga, tomar como referencia o piso salarial nacional profissional definido em Lei Federal. (Modificada pela emenda da Câmara de Vereadores n° 0001/2015)

Assegurar, no prazo de 06 (seis) meses, a existência de Plano de Carreira para os profissionais de educação básica e superior pública de todos os sistemas de ensino e, para o plano de carreira dos profissionais da educação básica pública tomar como referencia piso salarial nacional profissional, definido em Lei Federal nos termos do inciso 8º do Artigo 206 da Constituição Federal. (Modificada pela emenda da Câmara de

Vereadores n° 0002/2015)

Estratégias

18.1 Adequar o Plano de Carreira dos Trabalhadores em Educação aprovado no ano

de 1998 até o final de 2015. (Modificada pela emenda da Câmara de Vereadores n° 0001/2015)

18.2 Realizar de audiências públicas com a categoria para informar e analisar os

planos de cargos e salários existentes com a finalidade de realizar uma adequação

desses planos, e ao mesmo tempo eleger uma comissão de acompanhamento e

discussão do projeto com as autoridades municipais envolvidas no processo.

18.3 Reunir com a equipe da Secretaria Municipal de Educação para discussão da

proposta de adequação e/ou elaboração do plano de carreira.

18.4 Planejar momentos de estudos com a comissão para entender o processo de

adequação e/ou elaboração do plano.

18.5 Elaborar ou adequar o plano de cargos e salários e encaminhá-lo ao Executivo

Municipal para posterior aprovação pelos Vereadores.

18.6 Convidar a categoria para acompanhar o processo de elaboração e votação

pelos vereadores.

18.7 Acompanhar o processo de adequação do Plano de Cargo e Salário, pela equipe

de elaboração.

18.8 Contemplar no plano os direitos e deveres dos professores e demais

profissionais do magistério como forma de valorização desses profissionais.

18.9 Formar equipe composto por representantes de diversos segmentos ligados a

secretaria de educação, sindicato dos trabalhadores de educação, setor jurídica da

Page 93: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

90

prefeitura, setor financeiro e Legislativo, na finalidade de acompanhar as mudanças e

adequações referentes ao Plano de Cargo, Carreira e Remuneração dos Profissionais

da Educação;

Meta 19 – Gestão Democrática

Assegurar condições, no prazo de 6 (seis) meses, da regulamentação desta lei em consideração a lei Orgânica do Município, a regulamentação do seu Artigo 143 para efetivação de gestão democrática da educação. (Modificada pela emenda da

Câmara de Vereadores n° 0001/2015)

Estratégias:

19.1 Qualificar os profissionais da educação do município, possibilitando aos

professores formação inicial e continuada, para melhor desenvolver suas atividades de

docência.

19.2 Organizar os conselhos municipais de educação, dando-lhe condições de

desempenhar da melhor forma possível as funções que lhe são cabíveis.

19.3 Garantir aos alunos oriundos de comunidades itinerantes acesso a matrícula e

uma educação de qualidade, respeitando as particularidades que lhes são próprias.

19.4 Trazer para centro da discussão dentro do espaço escolar, estudo do

afrodescendente, indígenas e ciganos, partindo de um estudo e visão geral , dando

ênfase as particularidades presentes em nossa comunidade

19.5 Escolha do diretor através de eleições realizada pela comunidade escolar,

obedecendo aos critérios pertinentes ao exercício dessa função.

19.6 Fazer com que cada Escola elabore e/ou adeque o seu Regimento Escolar.

19.7 Elaborar o PPP com a participação de todos os envolvidos no processo de ensino

aprendizagem, obedecendo as metas e diretrizes referentes a elaboração desse plano..

19.8 Desenvolver políticas de acessibilidade garantindo aos portadores de deficiência o

direito de uma educação inclusiva.

META 20 – Financiamento da Educação

Ampliar o investimento público em educação pública de forma a atingir, no

mínimo, o patamar de 7% (sete por cento) do Produto Interno Bruto - PIB do País

no 5º (quinto) ano de vigência desta Lei e, no mínimo, o equivalente a 10% (dez

por cento) do PIB ao final do decênio.

Page 94: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

91

Estratégias

20.1 Acompanhar o gerenciamento dos recursos para a Educação no município e

assegurar o cumprimento dos prazos de prestação de informações aos órgãos

competentes.

20.2 Organizar a aplicação das receitas e despesas oriundas dos recursos da

educação conforme estabelecidas pelas resoluções que norteiam os programas, ações,

e fundos de transferências de recursos educacionais. .

20.3 Divulgar, semestralmente, o percentual aplicado na Educação e a forma de

aplicação dos recursos, garantindo o exercício da transparência pública.

20.4 Fiscalizar aplicabilidade dos recursos educacionais diante da normatização e

legalização previstas por cada programa, sem perder de vista as especificidades e

particularidade dos programas da educação.

20.5 Emitir parecer das prestações de conta pelo conselho municipal de educação,

conselho da alimentação escolar e conselho de desenvolvimento da educação básica,

considerando as datas previstas e as veracidades das informações.

20.6 Capacitar, periodicamente, uma equipe técnica da secretaria de educação para

gerenciar os recursos educacionais.

.

Page 95: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

92

4. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO

Chegando ao final de elaboração do Plano Municipal de Educação de Paratinga,

tendo como vigência o período de dez anos (2015 – 2025), surge a necessidade e

obrigatoriedade da formação de uma equipe que tenha a responsabilidade de

acompanhar e avaliar o desenrolar das metas e estratégias elencadas no documento,

compreendendo o período de vigência estabelecido.

Assim como o tempo não é estático, bem como a história humana muda com o seu

passar, o plano que hora finalizamos, naturalmente apresenta suas reticências,

requerendo um olhar atento durante todo o seu período, ao mesmo tempo, uma

abertura a quaisquer mudança que porventura venha surgir, exigindo a

responsabilidade no surgimento dessas.

Vale salientar que todas mudanças que venha a emergir, referentes a esse plano,

sejam tomadas de comum acordo e/o na sua maioria, pela equipe de

acompanhamento, participando a comunidade escolar para que seja informada e

apreciada tais mudanças.

A formação dessa equipe deverá ser composta pelos representantes dos segmentos

de ensino do município, bem como por membros da sociedade civil e poder público,

totalizando 05 entidades representativas, sendo elas:

01 Representante do Conselho Municipal de Educação

01 Representante do Conselho do FUNDEB

01 Representante do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais

01 Representante dos Professores da Educação Básica

01 Representante de Conselho Escolar

O período de vigência dessa comissão corresponderá a 02 anos, instituída através de

Decreto do Executivo Municipal, portanto no período de vigência do Plano serão

formadas 05 comissões de acompanhamento e avaliação do PME.

A tarefa de acompanhar e avaliar as metas estipuladas e estratégias estabelecidas a

cada nível e modalidade de ensino, requer comprometimento da comissão, capaz de

impulsionar dinamismo de atuação em tudo o que está apresentado nesse plano.

Page 96: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

93

A realidade apresentada na educação Infantil, sinaliza há a necessidade de

adequação e construção de creches capaz de atender a demanda , dentro dos

requisitos exigidos para essa clientela, onde deverá estar equiparada a formação

gestora, técnicas e pedagógicas de todos que ocupam a função nas instituições de

educação infantil existente no município.

No ensino fundamental, a oferta de matrícula à população que compreende a esse

segmento ocupa índice 98,9%, porém urge a necessidade de somar esforços para que

o aluno tenha direito a aprendizagem, diminuindo a taxa de evasão e repetência, e

consequente defasagem idade série tão expressiva nesse nível de ensino. Problemas

esses também diagnosticados nas séries do ensino médio, onde dados de avaliações

externas revelam um baixo rendimento dessa clientela.

O decorrer de vigência desse plano exigirá esforços para correção de problemas

encontrados nas modalidades de ensino que são ofertados nas escolas do nosso

município, referente à Educação Profissional, de Jovens e Adultos, a Educação do

Campo, a Educação Inclusiva e Superior, bem como ao atendimento das comunidades

itinerantes e quilombolas.

No que se refere à gestão da educação, a de se analisar a sua estrutura organizacional

e funcional, ao apoio e acompanhamento pedagógico existente no município, bem

como as instalações físicas e materiais das unidades de ensino.

No que tange a valorização dos profissionais de educação, bem como aos recursos

financeiros para esses fins, necessita de acompanhamentos minuciosos, por serem

destinados a esses dois quesitos, recursos monetários os quais exige uma atenção,

acompanhamento e avaliação periódica.

A formação de uma equipe para acompanhar e avaliar esse plano, não deve ser

entendia como uma função apenas das 05 entidades descritas acima, se configura em

uma tarefa que envolve e compromete a todos, seja da sociedade civil, de grupos

organizados e principalmente de todos que fazem parte da comunidade escolar,

objetivando a concretização de uma educação onde a qualidade, o respeito à

diversidade e valores humanos e éticos estejam presente em todas as ações

desenvolvidas dentro do espaço escolar, refletindo a sua eficácia além das suas

estruturas.

Page 97: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARATINGA

94

5.REFERÊNCIAS

BRASIL. República Federativa do Brasil. Lei de Diretrizes da Educação Nacional

(LDBEN 9394/96). Brasília: MEC, 1996.

_______________LDB - Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. LEI No.

9.394, de 20 de dezembro de 1996.

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Curriculares Nacionais para Educação Básica. – Brasília: MEC, SEB, 2013.

______________ Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Parâmetros nacionais de qualidade para a educação infantil. Secretaria de Educação Básica – Brasília-DF, 2006. _____________ Constituição do Brasil 1988.Disponível em: <www.planalto.gov.br>.Acesso em: 13 Maio 2015 ________________LEI No 10.639, DE 9 DE JANEIRO DE 2003 inclui no currículo

oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-

Brasileira. Disponível http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.639.htm acesso:

04 de maio de 2015.

_______________ LEI Nº 11.645, DE 10 MARÇO DE 2008 inclui no currículo oficial

da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e

Indígena. Disponível http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-

2010/2008/lei/l11645.htm acesso: 06 de maio de 2015.

_______________ Lei Orgânica Municipal. LOM, 1988.

_______________ Plano de Carreira, Cargos e Salários – Lei nº 555/98 de 1º de

Janeiro de 1998.

________________ Estatuto dos Funcionários Públicos do Município . EFPM - Lei nº

509 de 11 de Janeiro de 1991.

________________ Conhecendo as 20 Metas do Plano Nacional de Educação. Brasília: SASE/MEC, 2013.

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MEC/Inep, para os dados de matrícula, Anuário Estatístico Estadual e Secretaria

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Brasil. Disponível em: < http://www.atlasbrasil.org.br/2013>. Acesso em: 17 de abril

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Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação - FNDE, ano 2015

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