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PLANTAÇÃO DE IGREJAS
VOLUME II
Por Evaristo Filho
SEMINÁRIO TEOLÓGICO EVANGÉLICO BÍBLICO
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© 1999-2011. Seminário Teológico Evangélico Bíblico. Direitos Reservados. [email protected]
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Apresentação da Disciplina
Informações Gerais
Pré-Tarefas
Antes do estudo principal da disciplina, há uma série de questões e/ou exercícios
e/ou tarefas que foram elaboradas para prepará-lo, tanto mental quanto
espiritualmente, para o conteúdo central da disciplina. Você deverá completar estas
pré-tarefas antes de iniciar o estudo principal e realizar as tarefas que exigirão mais
de você. Siga todas as instruções e guarde todo o material escrito que você produzir.
Mais tarde ele será examinado por seu tutor/professor.
Questões Para Revisão
Ao concluir o estudo principal, complete as questões para revisão. O propósito delas é
ajudá-lo a focalizar nos principais pontos do estudo e prepará-lo para o projeto final.
Você pode usar suas notas pessoais, sua Bíblia ou o conteúdo do estudo principal.
Quando as respostas exigem que você use o estudo principal, procure respondê-las,
primeiramente, sem consultar o manual. Se você não conseguir, ache as respostas no
texto e estude estas partes mais uma vez antes de prosseguir.
Projeto Final
No final da disciplina existe um projeto final que foi elaborado para ajudá-lo a viver e
ministrar este tema. As ideias e conceitos que você aprendeu são muito importantes
para nós. Deste modo, o projeto final é importante para sabermos o que você
aprendeu e como você está aplicando ou aplicará este material no seu ministério.
Procedimentos da Disciplina
O procedimento para essa disciplina é o seguinte:
Unidade I:
Passo 1 Faça as pré-tarefas
Passo 2 Estude o conteúdo do estudo principal.
Complete todos os espaços em branco para completar.
Unidade II:
Passo 1 Leia todas as questões para revisão antes de começar a respondê-las.
Passo 2 Complete as questões para revisão.
Unidade III:
Passo 1 Leia o projeto final.
Passo 2 Realize o projeto final.
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Recursos Opcionais
Todos os nossos manuais são autodidáticos, dispensando a obrigatoriedade de obter
qualquer outro recurso externo além de um exemplar da Bíblia. No entanto, para o
seu próprio enriquecimento educacional, nós sugerimos o uso dos seguintes recursos
opcionais para este disciplina:
Bíblia de Estudo NVI (Editora Vida)
Bíblia On-line 3.0 – Módulo Avançado (Sociedade Bíblica do Brasil)
Dicionário Vine (CPAD)
PLANTAR IGREJAS II
INTRODUZINDO A DISCIPLINA
Plantar igrejas ainda é a mais efetiva estratégia para o crescimento do reino de Deus e
multiplicação de discípulos. Se o nosso desejo é ver o mundo alcançado pelo evangelho em
nossa geração, nós precisamos multiplicar igrejas, saturando toda uma área com igrejas que
pregam o evangelho e edificam os salvos.
Na disciplina “Plantar Igrejas I” nós estudamos as figuras principais da igreja, relacionando-as
ao ministério do plantador de igrejas (PDI). Nós estudamos diversos princípios bíblicos e
desenvolvemos toda uma teologia relacionada à plantação de igrejas, dando maior ênfase à
obra do PDI em íntimo relacionamento com a igreja sendo plantada.
Agora nós continuaremos estudando outros princípios bíblicos sobre plantar igrejas, mas
entraremos em aspectos mais práticos deste ministério.
OBJETIVOS DA DISCIPLINA
Ao concluir esta disciplina você será capaz de:
Explicar por que plantar igrejas.
Listar os pré-requisitos para o PDI.
Listar outros requisitos para o PDI.
Compreender as três áreas de preparação e qualificação.
Conhecer o ciclo de plantação de igrejas.
Conhecer alguns métodos de plantar igrejas.
Formar um núcleo para a nova igreja.
Explicar a importância do evangelismo na plantação de igrejas.
Usar algumas estratégias de evangelismo para plantar igrejas.
Desenvolver uma filosofia de ministério.
Elaborar uma declaração de valores.
Elaborar uma declaração de prioridades.
Elaborar uma declaração de missão.
Elaborar uma declaração de fé.
Estruturar a igreja para crescer.
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Unidade I
PRÉ-TAREFAS
Leia e estude Atos 17. 1-10 com 1 Tessalonicenses 1.
Elabore 10 perguntas tomando como base o texto acima. Concentre-se nos fatores que
contribuíram para a rapidez na plantação da igreja dos tessalonicenses (4 semanas).
Considere que estas perguntas poderiam ser usadas num grupo de discussão.
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Unidade I
ESTUDO PRINCIPAL
I – POR QUE PLANTAR IGREJAS
Muitas pessoas se perguntam e nos perguntam se realmente precisamos plantar novas
igrejas. Há alguma razão que justifique um esforço para plantar igrejas? De fato,
existem várias razões para plantar igrejas:
A – PLANTAR IGREJAS É BÍBLICO
Jesus nos mandou pregou o Evangelho e fazer discípulos de todas as nações (Mateus
29.19-20). Embora Ele não tenha dito “vão e plantem igrejas”, a Sua ordem pressupõe
que os novos discípulos se reúnam para adoração, discipulado e evangelização, entre
outras coisas. Não há como efetivamente evangelizar e discipular sem a integração do
novo convertido com uma igreja local. Assim, a ordem de Jesus pressupõe que os
novos convertidos devem fazer parte de uma igreja local. Quando não há uma igreja
formada no local onde os novos discípulos estão ali deverá ser plantada uma nova
igreja.
A Igreja Primitiva também estabeleceu o precedente e o exemplo para plantarmos
novas igrejas. Felipe, Pedro e João plantaram igrejas em Samaria (Atos 8.5-12, 25).
Os crentes plantaram uma igreja em Damasco (At 9.1-2, 19). Igrejas foram plantadas
por toda a Judéia, Galileia e Samaria (Atos 9.31). Uma igreja foi plantada em Lida
(Atos 9.32-35). Uma igreja foi estabelecida em Cesarea (Atos 10.24-48). Os crentes
perseguidos plantaram igrejas na Fenícia, Chipre e em Antioquia (Atos 11.19-26).
Paulo plantou diversas igrejas, como vemos em Atos 13 a 21.
B – PLANTAR IGREJAS É O MÉTODO MAIS EFICIENTE E EFETIVO DE EVANGELISMO
Todas as igrejas que plantam igrejas reconhecem que esse é um dos principais fatores
do crescimento da igreja, tanto interno quanto externo, porque é um dos mais
eficientes e efetivos métodos de evangelismo. Mais adiante veremos como a
evangelização se relaciona com a plantação de igrejas.
C – PLANTAR IGREJAS AUMENTA AS POSSIBILIDADES DA EVANGELIZAÇÃO
Ter uma rede de novas igrejas – quer numa mesma cidade ou num circuito de cidades
vizinhas – aumenta as possibilidades de saturar toda uma área com o Evangelho,
permitindo que um número maior de pessoas seja evangelizado ao mesmo tempo.
D – PLANTAR IGREJAS ALCANÇA DIFERENTES GRUPOS
Plantar novas igrejas permite que a Igreja se ajuste à cultura (pop ou cultural) do
grupo alvo que se deseja atingir. Algumas novas igrejas podem ser plantadas com a
específica finalidade de atingir um determinado público (roqueiros, surfistas, ricos,
intelectuais, etc.) que não se adaptaria ao modelo existente nas demais igrejas.
E – PLANTAR IGREJAS ESTIMULA A IGREJA QUE ENVIA O PDI
Muitas igrejas antigas estão em estado de inércia e ganham novo fôlego e motivação
quando elas começam a planejar para plantar novas igrejas. Uma nova, positiva e
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contagiante sede por crescimento começa a se espalhar por toda a igreja. Isso não
somente promove o nascimento de novas igrejas, mas também revigora e impulsiona
o crescimento da igreja local.
F – NOVAS IGREJAS LIBERAM MAIS PESSOAS PARA DENTRO DO MINISTÉRIO EFETIVO
Há muita gente capacitada em nossas igrejas sem desempenhar um ministério mais
significativo porque as “vagas” estão todas preenchidas, por assim dizer. Ou então,
há líderes capacitados, mas por terem chegado depois na igreja, não estão tendo
espaço para exercer plenamente seus chamados e ministérios. Novas igrejas, então,
permite que todo este potencial ocioso ou sub-aproveitado de nossas igrejas seja
liberado para ministrar no contexto de novas igrejas. Assim, músicos, pastores,
líderes de jovens e outros, podem servir ao Senhor dentro de seus chamados enquanto
cooperam com um PDI para plantar uma nova igreja.
G – SE O NOSSO OBJETIVO É ENCHER A TERRA COM A GLÓRIA DO SENHOR, PERMITINDO QUE
CADA PESSOA TENHA A OPORTUNIDADE DE OUVIR E RESPONDER AO EVANGELHO, PLANTAR
IGREJAS É O MÉTODO MAIS EFICAZ PARA ALCANÇAR ESTE PROPÓSITO.
Plantar novas igrejas evangeliza os perdidos, edifica os salvos, treina líderes,
desenvolve dons e ministérios, ajuda nos relacionamentos, provê oportunidades de
ministério ao homem integral... Ou seja, plantar igrejas cumpre cabalmente o
objetivo ou “pensamento z” (veja Introdução A Missões para um entendimento maior
sobre este conceito), a intenção final de Deus.
II – PREPARAÇÃO E QUALIFICAÇÃO DO PDI
Plantar igrejas envolve muitas coisas, como levantar o apoio espiritual e financeiro,
selecionar uma área, criar uma filosofia de ministério, evangelizar pessoas que
buscam Deus e pessoas desinteressadas, reunir um núcleo, formar células,
desenvolver estratégias evangelísticas, criar material educacional e promocional,
desenvolver ministérios, escolher um lugar apropriado para se reunir e diversas outras
coisas. Portanto, plantar igrejas é um ministério para pessoas não somente chamadas,
mas também que sejam preparadas e qualificadas para tanto.
A – PRÉ-REQUISITOS
Antes de “oficializar” um chamado – e isto serve tanto para o candidato a PDI quanto
para seu pastor ou treinador – é preciso cumprir certos requisitos. Não pense em sair
para plantar uma igreja ser obter o treinamento necessário e não comece a ser
treinado se você não preenche esses pré-requisitos:
Você possui um claro chamado para o ministério, tendo um senso bem
definido de propósito e direção. Você deve estar convicto de que Deus o
chamou, que lhe ungiu para fazer isso. Você deve saber o que você quer fazer
de sua vida e da direção que você dará para sua vida, sua família e seu
ministério.
Você deve ter uma família em boa ordem (se você é casado). Isto significa
que sua esposa ou marido é um crente fiel e comprometido com Cristo, com a
Causa de Cristo e com a Igreja de Cristo. Os seus filhos (se tiver) deverão ser
disciplinados (que façam alguma bagunça, mas que não sejam bagunceiros!),
educados (tratam bem as pessoas, respeitam os mais velhos) e obedientes
(obedecem com prontidão, não fazem birra nem chantagem quando são
corrigidos ou mandados a fazer alguma coisa).
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As suas finanças devem estar em ordem, sem débitos fora do controle. Se há
dívidas antigas não pagas, procure acertar com seus credores uma maneira
light de pagá-las, de modo que você não fique sobrecarregado pagando-as.
Isto é importante tanto por causa do testemunho como também por causa dos
desafios de plantar uma nova igreja, que requerem, muitas vezes, maiores
gastos do que o previsto.
Você precisa ter a aprovação e o suporte de seu cônjuge. Se ele/ela não
concorda e/ou não apoia seu chamado, então é melhor esperar até que seu
cônjuge comece a fazê-lo. O ministério de plantar igrejas pertence ao casal
(de fato, a família inteira), portanto, é preciso que haja plena concordância
quanto ao chamado.
Por uma questão natural, geralmente, são os homens quem recebem
primeiramente o chamado para plantar uma igreja e a esposa segue este
chamado apoiando e confirmando. A esposa não precisa ter o mesmo
chamado do marido, embora necessite apoiá-lo nisso. Nesse caso, o papel da
mulher na plantação da nova igreja deve ficar bem definido entre ela e o
marido, para que não haja cobranças posteriores que prejudiquem o
desenrolar da coisa. O marido também deve deixar bem claro, no decorrer do
desenvolvimento da igreja, que sua esposa não é igual a ele e quem tem um
chamado específico da parte de Deus, que talvez não seja o que a igreja
espera. Em situações bastante normais, muitas igrejas esperam e cobram que
a esposa do pastor ou PDI ensine, seja a líder do louvor, seja professora de
crianças, líder do grupo de senhoras e etc. É preciso deixar bem claro que a
esposa tem um chamado específico da parte de Deus e que ela não será
constrangida ou forçada a assumir funções às quais Deus não a chamou.
Você deve ser uma pessoa aberta a novas ideias, ensinamentos,
relacionamentos e situações.
Você precisa ser humilde para aceitar suas limitações e não se orgulhar
demasiadamente de suas habilidades.
Você deve ser uma pessoa disposta a aprender, pois durante seu
treinamento e ministério você será confrontado com novas ideias, situações
que precisarão de reajuste e com pessoas lhe corrigindo.
Nós queremos deixar bem claro que se você não cumpre estes requisitos todos
(exceto o primeiro, é claro), isso não significa que você não possua um chamado para
o ministério, mas sim que você deve esperar um pouco mais e acertar algumas coisas
em sua vida antes de prosseguir. Muitos plantadores de igrejas – assim como suas
famílias e igrejas – já foram prejudicados, feridos e terminaram frustrados porque
não consideraram atentamente para cumprir os pré-requisitos para este ministério.
B – OUTROS REQUISITOS
Se você passou nos pré-requisitos, então você poderá prosseguir em seu chamado
aperfeiçoando em sua vida estes outros requisitos:
Você deve ter confiança em si mesmo. Não estamos dizendo com isso que
você deverá confiar em si mesmo e não em Deus, mas sim que você precisa
ter confiança em seu chamado, ter certeza de que Deus o chamou para este
ministério e segurança na unção de Deus em sua vida e nos dons que o Senhor
lhe deu.
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Você precisa ser íntegro. Isto significa que você é uma pessoa que merece
confiança, que é moralmente saudável, puro de coração, piedoso e sóbrio (1
Tm 3.1-13).
Você precisa ser bíblico. Suas práticas, decisões, ensinamento e
procedimentos precisam estar submetidos e modelados pela Palavra de Deus
(2 Tm 3.16-17).
Você precisa ser cheio do Espírito. Isto significa que você deve viver na
dependência do Espírito Santo, o que se manifesta quando você busca ao
Senhor por direção, para ouvir Sua voz e também quando você lidera as
pessoas na prática da Palavra de Deus.
Você deve ser um servo. O PDI é um líder-servo e não um dominador. Ele
deve ser uma pessoa que busca serviço e não cargo, responsabilidade e não
autoridade, função e não posição. O PDI deve servir aos outros.
Você deve ser um capacitador. Sua principal tarefa após a primeira fase de
plantação da igreja (veja mais em O Ciclo de Plantar Igrejas) é capacitar os
membros da igreja para o ministério. O PDI não é o “faz tudo”, mas aquele
que treina os outros para fazer tudo o que implica na edificação da igreja.
Como capacitador sua função é identificar, treinar, liberar, monitorar e
governar os membros da igreja.
Você deve ser leal. Você só deve e pode ser plenamente leal ao Senhor Jesus
Cristo, mas você também deve ser leal, em certa medida, para com outros
seres humanos. No que diz respeito ao ministério de plantar igrejas, você
deve ser uma pessoa disposta a ouvir seu pastor ou treinador. Você deve ser
leal para com aquilo que aprendeu e para com aqueles que investiram em
você. Portanto, não desperdice o seu tempo, habilidades e talentos sendo um
negligente PDI.
Você deve ser comprometido. Há uma grande diferença entre estar
envolvido e estar comprometido. Na Guerra do Golfo, o general americano
que comandou os ataques ao Iraque, quando entrevistado sobre a
participação de outras nações apoiando os EUA, ele disse: “Há nações
envolvidas nessa guerra, mas nós estamos comprometidos com ela”. Um
repórter perguntou a diferença e ele respondeu: “Toda manhã nós tomamos
nosso tradicional café com ovos mexidos e bacon. Nós temos a participação
da galinha e do porco. A galinha se envolve com nosso café, pois ela dá o
ovo. Ela permanece viva. O porco não somente se envolve, mas se
compromete com nosso café, porque ele dá a sua vida para que tenhamos o
bacon. É assim são os EUA”. De fato, muitas pessoas podem se envolver com a
plantação de igrejas, mas o PDI deve estar comprometido em plantar novas
igrejas.
Você deve ter estar disposto a enfrentar a solidão. Embora o PDI deva ter
um monitor ou mentor, certamente haverá muitas horas solitárias. De fato,
ser um PDI exigirá de você muitas horas solitárias, pois experimentar certa
solidão é característico do trabalho de plantação de igrejas, seja no trabalho
evangelístico, na responsabilidade pelas tarefas, pessoas e projetos ou na
superação das limitações pessoais.
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Você deve ser adaptável. O PDI deve ser capaz de adaptar-se facilmente aos
novos ambientes, relacionamentos, situações, tarefas, exigências e tudo o
mais que faz parte da vibrante vida de um PDI.
Você deve ter um alto nível de fé. O PDI deve ser uma pessoa de grande fé
em Deus, pois ele lutará com situações que exigirá uma forte confiança em
Deus para suportar dificuldades ou para receber livramentos, provisões,
milagres e etc. Você deve ter fé para frutos no seu esforço de plantar igrejas.
C – TRÊS ÁREAS DE PREPARAÇÃO E QUALIFICAÇÃO
Quer você esteja preparando-se sozinho ou sendo monitorado por um PDI - treinador,
você precisará ser trabalhado em três áreas específicas:
1. Chamado e Visão
Você dever trabalhar sua visão e chamado para o ministério de plantar igrejas. Isto
envolve:
Demonstrar fé na direção de Deus para seu ministério.
Confiar que Deus lidera e cuida do futuro, de maneira que você não se sentirá
prejudicialmente ansioso em seu ministério. A natureza do ministério de
plantar igrejas, que traz inúmeros desafios e imprevistos, exige que você
aprenda a descansar em Deus.
Coragem para liderar, porque sempre haverá oposição, inclusive da parte das
pessoas mais chegadas a você. Liderar muitas envolve aprender a deixar os
outros ir embora. É preciso coragem para fazer isso.
Iniciativa e direção. Você precisa saber tomar a dianteira, ir à frente, ser
pioneiro. Você precisa tomar a iniciativa nas decisões, no planejamento, na
resolução de conflitos e em tudo mais que envolver o ministério. E você não
pode reclamar: “tudo eu!”.
Estar tão convicto de seu chamado que sua primeira opção deve ser a de
“fazer tendas” e não esperar por sustento financeiro para exercer seu
chamado. O PDI deve ser livre do desejo de fazer algo somente quando tem o
apoio financeiro garantido.
Administrar múltiplos projetos e tarefas ao mesmo tempo. O PDI é alguém
envolvido em projetos evangelísticos, discipulado, treinamento de líderes,
eventos, administração e diversas outras coisas, tudo ao mesmo tempo. E ele
tem que fazer tudo com excelência.
Força de caráter para dizer “eu posso” quando ninguém mais diz. Devido ao
fato de que há muitos problemas e dificuldades no ministério de plantar
igrejas, o PDI deve ser capaz de ir em frente e realizar projetos e edificar a
visão que Deus lhe deu mesmo enfrentando mil e uma barreiras.
Ser capaz de explicar como você sabe que é chamado por Deus, porque as
pessoas o questionarão sobre isso. Você deve saber e, portanto, deve também
saber explicar acerca da sua convicção do chamado de Deus para plantar
igrejas.
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Ser capaz de explicar por que você quer plantar uma igreja. Há muitas razões
para plantar igrejas; algumas são autênticas, mas outras são espúrias. Qual é
a sua razão? Você pode explicá-la para aqueles que o seguirão no projeto de
plantar uma nova igreja?
Saber quem você é e para onde está indo. Quem é você e qual foi a direção
que você recebeu de Deus? Quais são suas fraquezas, limitações, dons,
talentos, capacidades, áreas que precisam de ajustes?
Saber qual é o seu estilo de liderança e ministério, seu ritmo, seus valores e
métodos. Como você treinará e liberará os membros da igreja para o
ministério? Quais são as coisas que você valoriza e que deseja transmitir aos
seus liderados? Quais serão os métodos que você empregará no evangelismo,
discipulado e treinamento de líderes? E na administração da igreja?
Ser capaz de desafiar as pessoas para sair de sua zona de conforto e
contribuir com tempo, dinheiro e energia numa nova igreja. Você deve ser
capaz de motivar e despertar as pessoas para plantar a igreja ou fazer parte
dela. Você deve servir de inspiração para os novos convertidos. Você deve ser
capaz de transmitir de maneira clara e desafiadora a visão que Deus lhe deu.
Ser capaz de recrutar uma equipe de liderança. Você deve ser capaz de
identificar, treinar, liberar, supervisionar e trabalhar com uma equipe de
líderes.
Ter habilidade para encontrar soluções. Você deve ter um pensamento claro,
consistente, orientado por propósitos e pelo reino de Deus, sendo capaz de
interpretar os sonhos de seus liderados, declarar a solução para casos difíceis
(Dn 5.12). Isto exige espírito excelente, inteligência e sabedoria.
Ser capaz de ver a igreja a qual você foi chamado para plantar. Você
consegue ver como ela será daqui a cinco anos? Você pode ver quantos
membros ela terá? Como será a sua reunião adoração? O nível de compromisso
de seus membros? A qualidade de vida espiritual da igreja?
Talvez precisemos explicar um pouco sobre como vem o chamado do plantador de
igrejas. É preciso entender claramente que é Deus quem toma a iniciativa. Sempre foi
assim e assim sempre será. No caso de Paulo, por exemplo, foi Deus que tomou a
iniciativa de chamar (Atos 13.1-3; Romanos 1.1).
De uma maneira geral, o chamado começa com um peso ou encargo que o Senhor
coloca em nosso coração em relação a uma tarefa que precisa ser cumprida (nesse
caso plantar uma ou mais igrejas). Você sente que precisa fazer alguma coisa. Você
vê mui claramente que há uma necessidade que precisa ser suprida. Então vem o
desejo. Nós começamos a sentir um desejo intenso de fazer alguma coisa. Esse
desejo, em certo sentido, passar a consumir seus pensamentos e você se sente cada
vez mais impelido a tomar uma decisão. Por fim, o que era um peso e desejo se
transforma numa decisão: “eis-me aqui, Senhor”. Você diz “sim” ao chamado de
Deus e dá os passos necessários para cumprir o chamado que Deus lhe deu, a saber:
(a) contar aos seus líderes e esperar a confirmação; (b) receber treinamento; (c) sair
para plantar a igreja.
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2. Habilidades De Ministério
Além de chamado e visão, o PDI também precisa desenvolver certas habilidades
indispensáveis para sua obra. Devido a grande dimensão de seu ministério, o PDI deve
ser capaz de agir em diferentes frentes ministeriais, o que envolve uma capacitação
de alto nível em habilidades diversas tais como:
Fazer discípulos. Há diversas coisas envolvidas no discipulado, além de dar
um estudo bíblico para um novo convertido:
o Ser capaz de ajudar os outros a encontrar seu caminho no mundo e na
igreja.
o Saber criar oportunidades para que outros se envolvam com o
ministério. Você já aprendeu que o PDI é um capacitador: ele prepara
os outros para fazer a obra ao invés de fazer tudo sozinho.
o Ser capaz de criar um senso de propósito para expandir os pequenos
grupos ou células. As pessoas da igreja precisam saber da importância
de pequenos grupos ou células. A igreja cresce melhor, mais
saudável, quando ela se dedica ao ministério de pequenos grupos.
Numa igreja bíblica, as células não podem ser uma opção, pois é
impossível conseguir que haja verdadeiros relacionamentos,
discipulado relacional e prático, sem a existência de pequenos
grupos, sejam eles de qual tipo for.
o Ser capaz de emparelhar dons com ministérios. Descobrir os dons
espirituais de seus liderados não é difícil, mas o PDI precisa
desenvolver a arte de emparelhar, de juntar os dons com funções
ministeriais. Por exemplo, qual é o ministério mais adequado para
uma pessoa com o dom de profetizar?
o Saber redirecionar desejos diversos para tarefas centrais. Geralmente
as pessoas desejam que a igreja seja ou faça muitas coisas. É
necessário, porém, muitas vezes, que os desejos sejam deixados de
lado para que se concentre nas tarefas centrais que a igreja precisa
desenvolver. Isto precisa ser transmitido aos membros da igreja com
muito amor e tato.
o Demonstrar a graciosa habilidade de corrigir e guiar pessoas.
Liderança envolve correção e direção. O PDI é um líder como
qualquer outro. Ele também é um pastor. Ele deve corrigir as pessoas
que estão fora da vontade de Deus e/ou da visão de Deus para a
igreja. Ele deve dar-lhes uma direção para seguir que seja de acordo
com o desejo de Deus. E isso deve ser feito de maneira graciosa,
visando a restauração daqueles que necessitam de cuidado e
correção.
o Firmeza em não colocar pessoas despreparadas em posições de
ministério. Isso prejudica tanto a pessoa (pois ela se engana achando
que possui habilidades que realmente não tem) e prejudica a igreja
(que estará recebendo um ministério mais fraco quando poderia
receber um mais forte).
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o Reunir-se regularmente com os líderes para planejar, treinar e
encorajar. Não faça tudo sozinho. Trabalhe em equipe com seus
discípulos e líderes.
o Saber como acompanhar os novos crentes. Eles receberão algum
material didático individual? Eles participarão de uma classe de
novos? Eles serão discipulados por alguém? Qual é, afinal, a sua
estratégia para dar assistência aos novos convertidos?
o Saber definir os tipos de pequenos grupos. Há diversos tipos de
pequenos grupos e você precisa definir como irá trabalhar isso. Em
nossa disciplina “Grupos Pequenos”, você encontrará princípios
bíblicos para trabalhar com pequenos grupos, mas você poderá
adaptar a ideia ou encontrar outro que melhor se encaixe na sua visão
de ministério.
o Saber como treinar líderes. Você precisa definir como discipulará
novos líderes. Você criará um centro de treinamento com aulas
semanais? Você fará um treinamento pessoal? Você dará livros para os
líderes estudarem?
o Saber como assimilar novas pessoas. Como você assimilará as pessoas
que estão vindo à igreja? Você proverá alguma classe especial para
elas? Elas poderão participar de todas as atividades? Se não, com
quais atividades elas poderão se envolver?
Habilidade para reunir pessoas. Visto que o trabalho inicial do PDI é
evangelizar e ganhar pessoas para começar a igreja, ele deve ser capaz de
reunir pessoas para desenvolver a igreja. Isso envolve:
o Alcançar os perdidos onde eles estão. Ter uma mentalidade de “ir” ao
invés de uma mentalidade de “trazer” as pessoas à igreja.
o Saber envolver as pessoas nos pequenos grupos. Seja entusiasta
quando apresentar a necessidades das pessoas participarem de um
pequeno grupo.
o Saber identificar e suprir as necessidades da comunidade na qual a
igreja está inserida.
o Compreender a cultura ao redor da nova igreja e interagir com ela. Às
vezes a cultura precisa ser mudada; outras vezes ela precisa ser
seguida. Seja como for, ela nunca pode ser ignorada.
o Fazer as pessoas se sentirem seguras e confortáveis com você e com o
grupo da igreja.
o Desenvolver novas amizades com não-crentes com o propósito de
evangelizá-los. Você deve fazer isso intencionalmente e não
aleatoriamente.
o Discernir quando e onde encaixar as pessoas. Às vezes você precisa
deixar a pessoa à vontade, sem compromisso nenhum em seu
envolvimento com a igreja; outras vezes você precisa fazer com que a
pessoa se sinta parte do grupo, envolvida com alguma atividade da
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igreja. Envolver não-crentes em algumas atividades da igreja tem sido
um meio muito eficaz de conduzi-las a um encontro com Cristo.
o Ser transparente e vulnerável – adequadamente – no que diz respeito
aos seus erros, permitindo que outras pessoas se abram e também
compartilhem as áreas de suas vidas que precisam da mesma graça
que você tem experimentado.
o Criar uma atmosfera propícia para que os outros se sintam livres para
vir e compartilhar alguma coisa que está em seus corações.
o Treinar as pessoas de sua igreja para se envolver com visitantes e
fazer verdadeiras amizades sem pressionar ninguém para aceitar
Jesus.
o Ter uma personalidade simpática. Para lidar com pessoas de todos os
backgrounds e índoles o PDI tem que ser uma pessoa simpática que
atrai facilmente a amizade e a cordialidade das pessoas, também
sabendo extrair o melhor das piores pessoas.
Habilidades para comunicar-se bem. O PDI é, por natureza, um
comunicador. E ele deve ser capaz de aplicar as Escrituras de uma maneira
clara, objetiva, precisa e efetiva. Ele dever saber comunicar os pensamentos
de Deus ao povo. Isso envolve:
o Proclamar a Palavra de Deus com poder e paixão.
o Explicar conceitos teológicos com simplicidade. Sempre “traduzir”
palavras e expressões teológicas ou pertencentes ao “crentianês”, de
maneira que as pessoas entendam claramente sobre o que você está
falando.
o Cativar a audiência de maneira que ela continue vindo para receber
mais ensinamentos da Palavra.
o Usar um agradável senso de humor ao ministrar a Palavra. Mostrar às
pessoas que é não incompatível ser um pregador da Palavra e ao
mesmo tempo uma pessoa feliz e bem-humorada.
o Pregar de maneira que as pessoas sejam movidas à ação e
compromisso. Lembre-se que nós devemos ser praticantes da Palavra
e não somente ouvintes.
o Selecionar assuntos relevantes tanto para o cristão como ao não-
cristão.
o Unção para pregar. Busque o poder e a graça do Espírito para encher
suas palavras de espírito e vida.
o Usar drama e outras formas de arte para ilustrar suas mensagens.
o Ouvir de Deus sobre o que pregar/ensinar em sua hora devocional.
o Ser treinado no ministério da Palavra. Veja a disciplina “O Ministério
da Palavra”.
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Habilidades criativas de evangelização. O PDI deve ser capaz de reunir e
evangelizar as pessoas não-salvas. Isso envolve:
o O uso efetivo de ferramentas evangelísticas, tais como disciplinas e
estudos bíblicos, drama, música, eventos especiais e etc.
o Demonstrar sensibilidade e compreensão com respeito ao grupo de
pessoas que você deseja alcançar. Você não pode usar efetivamente
as mesmas ferramentas evangelísticas com todos os tipos de pessoas.
Seja sensível para discernir o que é melhor para uma pessoa ou outra.
o Ter liberdade para mover-se entre os descrentes. Ser “enturmado”
com eles, ser capaz de participar com eles de atividades que não
comprometam sua vida com Deus.
o Quebrar as barreiras levantadas pelas “santas tradições evangélicas”
para alcançar o perdido e buscar experiências reais de conversão.
o Desenvolver programas evangelísticos com acompanhamento para os
novos convertidos, não vendo a evangelização como um fim em si
mesma. Se você evangeliza, você espera conversões; se há
conversões, deve haver discipulado. Portanto, só evangelize
intencionalmente se você já tiver uma estrutura preparada para
discipular os novos convertidos.
o Abrir a sua vida – incluindo você, sua casa, seu tempo e seu dinheiro –
com os pobres e necessitados.
o Comunicar-se com o não-crente de maneira compreensível para ele,
sem usar os jargões e termos evangélicos.
o Mostrar amor, cuidado e atenção incondicional aos que estão
enfrentando crises.
o Demonstrar e modelar o evangelismo pessoal em sua vida.
o Treinar os novos convertidos para o evangelismo pessoal.
Habilidades de planejamento. Ser um PDI é ser um pastor-líder, o que requer
planejamento intencional. O PDI deve demonstrar a confiança e a habilidade
para liderar através de sábio planejamento intencional. Isso envolve:
o Incluir ocasiões de oração e planejamento estratégico na sua agenda
normal.
o Organizar maneiras de estabelecer a igreja de modo que ela continue
a crescer por si mesma. Isso inclui o trabalho com pequenos grupos de
crescimento, estruturas de ensino e treinamento, bem como outras
estruturas que promovam o crescimento e a consolidação da igreja.
o Manter um registro do desenvolvimento dos discípulos – se eles estão
se tornando discípulos cada vez mais comprometidos e reprodutivos.
o Tratar efetivamente com os fatores que impedem ou restringem o
crescimento numérico da igreja.
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o Estabelecer objetivos para todas as áreas de ministério da igreja.
o Planejar com a visão do Reino e não simplesmente vendo as
necessidades da igreja local.
o Permanecer aberto para novas abordagens, novas maneiras de lidar
com questões e projetos. Buscar novas ferramentas para impulsionar
ou manter o ritmo de crescimento e desenvolver saudáveis
relacionamentos de monitoração.
o Buscar aprimoramento em sua educação bíblica e teológica. Nunca
pare de aprender, de se especializar, de crescer em seu chamado e
nas habilidades necessárias para cumpri-lo.
o Avaliar constantemente o progresso da igreja, dos ministérios, dos
líderes. Procure sempre fazer isso como uma equipe de liderança,
embora nos primeiros meses da nova igreja talvez você faça isso
sozinho.
o Pedir a Deus com fé pela realização do humanamente impossível.
Caminhar em obediência ao que Deus tem falado a você.
o Escrever um plano estratégico para os dois primeiros anos da igreja.
Elabora o plano procurando responder as perguntas: O que? Por quê?
Quando? Como? Quem? Onde?
o Passar o que você tem aprendido sobre o crescimento da igreja para
sua equipe de liderança. Compartilhe seu crescimento espiritual e
conhecimentos com seus líderes. Se todos têm a mesma visão e
direção é mais fácil executar os planos.
o Estabelecer objetivos mensuráveis para os dois primeiros anos de seu
ministério. O que você deseja realizar, na graça que Deus supre, nos
próximos dois anos?
o Definir o tipo de equipe que você recrutará para este projeto.
Baseado em suas necessidades, dons e personalidade, quais são os
tipos de líderes que você precisa ter ao seu redor para você tornar-se
mais efetivo?
Habilidades de administração financeira. O PDI precisa saber manter-se
livre de débitos pessoais e da igreja e ser autodisciplinado no uso do seu
dinheiro e do dinheiro da igreja. Isso envolve:
o Ter um orçamento pessoal que funciona. Se você não é capaz de
organizar seu próprio orçamento dificilmente você o fará com o da
igreja. Embora futuramente outra pessoa deva cuidar da parte
financeira da igreja, no início da nova igreja, o PDI é quem se
responsabilizará por esta parte. Então, ele deve saber administrar
bem o seu dinheiro e o da igreja.
o Planejar o orçamento para as equipes de ministério. Cada equipe de
ministério da igreja tem seus próprios gastos. O PDI deve ajudar aos
líderes destas equipes a elaborar um orçamento mensal e anual para
os gastos dos ministérios.
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o Discernir quando membros da igreja querem “comprar você” com
dízimos, ofertas ou bens materiais. Saiba separar a responsabilidade
de cada um em suprir financeiramente a igreja da sua visão e valores.
As pessoas devem ofertar porque Deus assim ordena, não por sua
causa ou por causa de sua visão. Se eles fizerem por este motivo –
simplesmente apoiar sua visão – elas tentarão exercer algum tipo de
controle sobre você. Cuidado!
o Só comprar coisas para o lar quando tiver o dinheiro. Evite comprar a
prazo, especialmente nos primeiros meses do seu ministério. É melhor
ter pouca estrutura doméstica, mas estar livre da preocupação do que
ter que pagar muitas contas no final do mês.
o Controlar as despesas do cartão de crédito. Se isto não está
funcionando, quebre o cartão e só peça outro quando você puser em
ordem seu orçamento.
o Saber como compartilhar com os membros da igreja sobre o uso
bíblico do dinheiro. Ore e planeje como e quando você ensinará a
igreja sobre o uso do dinheiro. É importante sempre voltar a falar
sobre este assunto nas reuniões gerais da igreja. E não tenha medo de
falar sobre o tema e muito menos de pregar as reivindicações bíblicas
sobre o mesmo. Seria importante falar sobre dinheiro pelo menos a
cada dois meses.
o Busque conselho de pessoas que lidam com dinheiro, ou seja,
administradores, contadores, comerciantes. Embora você não deva
seguir tudo o que eles dizem é importante ter algum referencial ao
lado da Bíblia.
o Escolher um tesoureiro e desenvolver um sistema de coletas. O
tesoureiro não deve ser o “proprietário” do dinheiro, mas apenas
aquele que contabilizará o dinheiro. A decisão sobre como usar o
dinheiro caberá ao PDI nos primeiros meses da igreja e depois a um
conselho financeiro que deverá ser formado e liderado pelo PDI ou
pastor sênior (caso o PDI decida sair da igreja para plantar uma nova
igreja). Estabeleça se você recolherá as ofertas semanalmente,
mensalmente ou em todas as reuniões. Estabeleça se alguém passará
recolhendo as ofertas ou se as pessoas deverão levantar-se para ir à
frente depositá-las. Ou estabeleça outro método que seja mais
eficiente para você.
o Levantar fundos para os projetos ministeriais especiais. Os projetos
especiais exigirão mais dinheiro do que aquele que é liberado
mensalmente para cada ministério. Por exemplo, se o ministério de
música realizará uma conferência, ele precisará de mais dinheiro.
Como esse dinheiro será levantado?
o Confiar em Deus em tempos de provas e dificuldades financeiras. Isso
é necessário quando a igreja empreende projetos além do que estava
orçamentado ou quanto está envolvida em projetos de construção. O
PDI deve exercitar bastante confiança em Deus para suprir as
necessidades financeiras pessoais e da igreja.
Valores e Métodos da Igreja. Toda família de igrejas tem seus próprios
valores e métodos. É importante compreendê-los e familiarizar-se com eles.
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Como não é possível determinar exatamente quais são os métodos e valores
eclesiásticos de cada aluno, nós traçaremos um perfil sobre a nossa igreja.
Nossos valores e métodos envolvem:
o Agir como evangélicos capacitados pelo Espírito para ensinar e pregar
o Evangelho do reino com palavras e obras.
o Adorar a Deus movidos pelo Espírito Santo de Deus, com liberdade de
expressões e música contemporânea.
o Mover-se na presença do Espírito durante as reuniões, exercitar os
dons espirituais e a renovação do coração.
o Empregar o modelo de oração desenvolvido por John Wimber ao orar
pelas pessoas. Este modelo pode ser encontrado no livro Power
Healing, infelizmente ainda não traduzido em português.
o Ministrar ao pobre.
o Estruturar o ministério ao redor das células ou pequenos grupos.
o Desenvolver uma atmosfera informal quanto ao estilo de falar, vestir-
se, etc., de modo que a nossa cultura local possa responder
facilmente.
o Comprometer-se com o modelo de treinamento baseado em
modelação, ou seja, primeiro mostrar como se faz e depois conversar
sobre o assunto.
o Compromisso em plantar igrejas e evangelização mundial.
o Participar de eventos, treinamentos, seminários que ajudem a
desenvolver estes valores e métodos.
o Ler e estudar livros, escutar fitas e assistir vídeos que ajudam a
desenvolver estes valores e métodos.
3. Vida Cristã
Ser um PDI é mais do que apenas exercer uma função, planejar e conduzir reuniões.
Você não pode separar o seu serviço do seu caráter ou do seu casamento. Como viver
sua vida cristã é tão importante quanto a visão, o chamado e as habilidades que você
tem. Sua vida cristã, basicamente, trata com três importantes aspectos:
Casamento e Família. Você deve ter um sólido casamento e família. Sua
família também faz parte de sua equipe de plantação de igrejas. Portanto,
ela deve estar em concordância e envolvida com seu ministério. Em relação
ao ministério de plantar igrejas, ter uma sólida família e casamento envolve:
o Ter uma clara concordância sobre a posição de cada um e de seu
envolvimento no ministério. Qual será a posição da esposa no
ministério? O que você deve ou não esperar dela? E os filhos? Como
eles contribuirão com o ministério?
o Estabelecer limites com respeito à obra e o lar, tanto na família como
na igreja. Sua esposa e filhos precisam saber que a igreja não é a sua
casa e os membros da igreja precisam entender que sua casa não é a
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igreja. Há limites que devem ser claramente compreendidos e
respeitados.
o Avaliar as consequências das demandas do ministério sobre sua esposa
e filhos. Não permita, por falta de avaliação e cuidado, que seu
ministério prejudique sua família. Ela vem em primeiro lugar.
o Desenvolver o ministério em unidade e companheirismo. A família
deve estar orando e trabalhando unida, embora cada um em sua
posição, no ministério de plantar a igreja.
o Estabelecer datas regulares para a família viajar e descansar.
o Desenvolver habilidades de comunicação – falar e ouvir – respeitosa
de uns para com os outros.
o Estabelecer momentos para diversão e alegria como um casal. O casal
de plantadores de igrejas precisa de um tempo a sós, sem membros
da igreja (e sem filhos!) para que possa se alegrar e um desfrutar do
outro.
o Criar um ambiente onde o cônjuge possa livremente expressar seus
sentimentos e desejos, sem interrupção ou condenação.
o Criar um orçamento familiar de comum acordo.
o Demonstrar controle de suas agendas pessoais (tanto o marido como a
esposa) de modo que possam equilibrá-la com a agenda da família e
do ministério.
Maturidade Emocional. O PDI deve ser capaz de ajustar-se às mudanças,
desafios e permanecer aberto à correção. Essas coisas provam que ele é
emocionalmente maduro, estável, equilibrado. Se ele não for assim,
dificilmente ele conseguirá manter-se no ministério de plantar igrejas. Manter
a maturidade emocional envolve:
o Tratar com voluntários e líderes que desistem de suas funções sem
avisar e encontrar outros para preencher seus espaços.
o Ajustar-se às expectações não cumpridas e às mudanças abruptas.
o Adaptar os métodos de alguém à singularidade de seu ambiente de
ministério.
o Destacar as prioridades e ênfases durante os vários estágios do
crescimento da igreja.
o Manter a compostura sob fogo e não retaliar as críticas com ira ou
ressentimento.
o Aprender com as falhas e seguir em frente com nova compreensão das
coisas.
o Manter o humor mesmo quando sob extrema pressão.
o Manter a perspectiva de Deus ao olhar para as coisas até mesmo nos
escuros tempos de crise.
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o Tratar com as inesperadas tormentas da vida com uma visão positiva
do futuro.
o Compreender quando as pessoas o rejeitam ou vão embora.
o Governar a dança dos ânimos de uma maneira saudável.
o Tratar de maneira madura e transparente com a repercussão de uma
perda ou com desapontamentos.
o Voltar rapidamente e com resoluto vigor após um tempo de
enfermidade.
o Manter a coisa unida quanto tudo mais está se despedaçando e saber
compartilhar a perspectiva de Deus nesses momentos.
o Voltar com força total após ataques emocionais.
Vida espiritual. A vida espiritual pessoal do PDI deve ser marcada por
intimidade com Deus e em estilo de adoração cheio de vida. A saudável vida
espiritual do PDI deve incluir:
o O uso constante das disciplinas espirituais (adoração, oração, estudo
da Palavra, jejum, comunhão, serviço, etc.).
o Exibir o fruto do Espírito em sua relação com Deus, com os outros e
consigo mesmo.
o Santidade pessoal e na vida interior. Ser santo em sua privacidade
assim como na vida pública.
o Gastar tempo a sós com Deus para pensar, planejar e orar.
o Edificar sua vida privada com Cristo.
o Investir naquilo que enche “seu tanque espiritual” e o aproxima mais
de Deus.
o A necessidade de um mentor para certos estágios no seu
desenvolvimento pessoal espiritual.
III – A METODOLOGIA
Na disciplina “Plantar Igrejas I” nós tratamos mais com os princípios bíblicos e a
relação entre a pessoa e obra do PDI e a natureza da Igreja. Nesta disciplina, nós
queremos abordar também a questão metodológica de plantar igrejas.
Plantar igrejas não é uma série de eventos desconectados e randômicos, mas sim um
processo dirigido por objetivos específicos. Este processo requer toda uma
coordenação de atividades, uma combinação de habilidades, uma filosofia de
ministério comum e liderança competente, entre outras coisas.
Assim, precisamos entender e trabalhar dentro de uma metodologia – ainda que
flexível – de plantação de igrejas, como veremos a seguir.
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A – O CICLO DA PLANTAÇÃO DE IGREJAS
Para que o processo de plantar igrejas seja plenamente compreendido, é importante
conhecermos o ciclo da plantação de igrejas. Veja a ilustração abaixo:
Esta ilustração nos mostra que um efetivo ministério de plantação de igrejas não
acontece por uma série de eventos soltos, desconectados; ao contrário, ele nos
mostra passos sequenciais e práticos para alcançar um objetivo final. Até chegar ao
objetivo final, que é saturar uma região multiplicando igrejas, os plantadores de
igrejas devem ser preparados e as pessoas devem ser evangelizadas e conquistadas
para Jesus. As pessoas que se convertem devem ser confirmadas na fé e integradas a
uma igreja cristã que segue a Palavra de Deus. Depois, líderes devem ser levantados e
treinados dentro desta igreja a fim de pastorear, cuidar e alimentar os cristãos e
desenvolver a igreja. Quando a igreja estiver bem amadurecida, ele deve multiplicar-
se por meio da plantação de novas igrejas.
Vejamos com mais detalhes este processo de plantar igrejas:
FASE UM – PREPARAÇÃO
Nesta fase do ciclo de plantar igrejas, os obreiros devem ser preparados para este
ministério. O PDI deve preparar a si mesmo para plantar uma igreja. Esta preparação
envolve ganhar uma visão da igreja e receber direção e Deus para sua missão. A visão
deve ser estabelecida com muita oração e jejum até que ela se torne parte do PDI.
Como parte de sua preparação, o PDI procura conhecer melhor a população que ele
deseja alcançar. Se possível, ele deve ir até o local, andar pela redondeza, fazer
perguntas e levantar informações sobre quem são as pessoas que ele deseja alcançar.
O PDI também precisará desenvolver sua fé em Deus e a convicção de seu chamado.
Ele irá desenvolver hábitos devocionais e se empenhará em praticar as disciplinas
PREPARAÇÃO
EVANGELIZAÇÃO
CONFIRMAÇÃO TREINAMENTO
MULTIPLICAÇÃO
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espirituais. Antes de ir plantar uma igreja, o PDI precisa deixar a Palavra de Deus
crescer e frutificar em sua própria vida.
É nessa fase de preparação que o PDI desenvolverá sua filosofia de ministério, as
estratégias e métodos que usará para plantar uma nova igreja.
Se o PDI estiver recebendo treinamento formal ou sistemático, este período poderá
durar entre 6 meses e 2 anos, dependendo do currículo e do tempo empregado no
treinamento.
FASE DOIS – EVANGELIZAÇÃO
Embora o evangelismo deva ser uma constante na vida e ministério do PDI e da igreja,
no processo de plantar uma igreja há um período inicial distinto quando haverá um
esforço maior da parte do PDI para evangelizar e ganhar pessoas para Jesus. Ele
praticamente se dedicará somente a esta tarefa no início da igreja, porque as demais
atividades da igreja dependerão da conversão das pessoas. De fato, é impossível
plantar uma igreja sem evangelização, pois sem evangelização não haverá respostas e
conversões.
Nesta fase o PDI deverá gastar bastante tempo com os não-cristãos, desenvolvendo
relacionamentos significativos que podem resultar em fruto evangelístico. O PDI
deverá começar grupos evangelísticos focalizados em relacionamentos e incluir
discussão, estudo bíblico e oração por necessidades pessoais como parte da estratégia
evangelística. Células ou pequenos grupos onde há uma forte ênfase em
relacionamentos atrairão mais facilmente os não-cristãos.
Na medida em que as pessoas forem se convertendo, elas deverão ser discipuladas
para a obediência em Cristo e imediatamente envolvidas na evangelização.
Esta fase não possui um tempo específico para ser completada, mas seis meses são
um tempo suficiente para colher resultados; caso contrário você deverá rever se o
Senhor o chamou mesmo para plantar uma igreja onde você está trabalhando ou se há
outros problemas.
FASE TRÊS – CONFIRMAÇÃO
Esta fase inicia-se entre 6 a 12 meses após o início do esforço evangelístico para
plantar a igreja. Ela marca a formação “oficial” da igreja, quando os pequenos grupos
ou células deverão estar se multiplicando e a igreja deverá estar mantendo um
número estável de 50 a 60 membros.
Os cristãos deverão participar ativamente das reuniões da igreja, tanto das reuniões
gerais quanto das células. Células de discipulado e/ou igrejas caseiras deverão ser
formadas para nutrir os crentes espiritualmente, fortalecer relacionamentos,
descobrir e usar os dons e ministérios espirituais. Os discípulos devem ser imersos em
reuniões regulares de adoração íntima e transformadora, estudos práticos da Palavra
e tempos de ministração às necessidades.
Nesta fase a igreja começa a tomar forma e o PDI começa a colocar em prática
maiores aspectos de sua filosofia de ministério.
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FASE QUATRO – TREINAMENTO
Se o PDI não gastar tempo para providenciar treinamento e delegar algumas áreas de
responsabilidade e ministério na igreja para outros, a igreja nunca crescerá além da
capacidade e do tempo disponível do PDI para ministrar aos outros.
Toda a igreja deverá ser treinada para descobrir seus dons e ministérios, bem como
aprender a evangelizar, orar pelos necessitados, discipular, adorar, estudar a Palavra,
relacionar-se e etc.
Mas, também deve haver oportunidades para o treinamento de novos líderes e
plantadores de igrejas. O PDI deve investir no treinamento de novos pastores e líderes
de ministérios para suprir a igreja com pastoreio e liderança. Ele também deverá
preparar aqueles se dedicarão especificamente à plantação de igrejas.
Com o decorrer do tempo (cerca de dois anos), a igreja deverá ter novos pastores e
líderes treinados, bem como plantadores de igrejas preparados para sair ao campo.
Se o PDI for o pastor sênior da igreja, ele deverá transmitir algumas áreas de
treinamento para os novos pastores. Se o PDI deixará a igreja nas mãos de outro
pastor e sairá para plantar novas igrejas, o novo pastor sênior mais os demais
pastores deverão se responsabilizar pela reprodução de novos líderes e obreiros.
QUINTA FASE – MULTIPLICAÇÃO
Quando a igreja chega a uma infra-estrutura sólida, com novos pastores, líderes e
plantadores de igrejas treinados, é hora da igreja local começar a multiplicar-se. Isto
pode acontecer na própria localidade ou noutras cidades, estados ou países. No
entanto, cremos que não somente é bíblico quanto sábio começar na ordem proposta
por Jesus em Atos 1:8, ou seja, permitindo que a multiplicação ocorra como ondas
que se estendem de um ponto central até alcançar os lugares mais distantes, como na
figura abaixo.
Nossa Jerusalém é nossa cidade; nossa Judéia é o nosso estado/país. Samaria é o país
vizinho (ou países). Os confins da terra são os povos não-alcançados pelo Evangelho.
Plantar novas igrejas não pode ser opcional para uma igreja bíblica. Cada igreja local
deve ser um centro missionário. O Evangelho será pregado em cada nação, a todas as
pessoas, quando cada igreja local investir na plantação de outras igrejas. Pois a
maneira mais eficaz e sólida para cumprir a grande comissão é plantar novas igrejas
que plantam novas igrejas.
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B – MÉTODOS FUNCIONAIS DE PLANTAR IGREJAS
Existem alguns métodos que realmente funcionam para plantar igrejas. Nenhum
destes métodos é infalível, exclusivo ou que se receite para toda e qualquer situação.
Você deve buscar a orientação do Espírito Santo para discernir qual é o melhor
método (ou métodos) aplicável à sua situação.
Nós estamos trabalhando com a ideia da igreja enviar um PDI para começar uma nova
igreja porque cremos este ser o método bíblico mais comum. Há, certamente, casos
bíblicos quando são os membros de uma igreja e não um PDI que plantam uma igreja,
como em Antioquia, por exemplo. Porém, o que acontece logo em seguida é que uma
equipe de obreiros é enviada para cuidar da nova igreja. Assim, baseados neste
modelo que utiliza um PDI, nós podemos apresentar alguns métodos funcionais de
plantar igrejas.
1. Sair em grupo. No caso de uma igreja grande, um grupo de 15 ou mais pessoas
podem sair com um PDI para plantar uma nova igreja num outro bairro da cidade
e ali permanecer como os primeiros membros. Nesse caso, é necessário que estas
pessoas morem no bairro ou possuam transporte para se locomover facilmente
para ministrar ali.
2. Equipe Missionária. Uma igreja pode enviar várias equipes missionárias para
trabalhar numa cidade vizinha com a direção de um PDI que permanecerá na
cidade. Estas equipes podem ser especializadas em certos tipos de evangelismo
(porta em porta, teatro, dança, música, crianças, etc.), equipes de discipulado ou
equipes de serviço especializado para atender a comunidade (médicos,
assistentes sociais, professores, etc.).
3. Plantador Catalítico. É método no qual o PDI inicia a igreja e vai embora,
necessitando que a igreja que o enviou ali mande outros obreiros para dar
continuidade ao trabalho.
4. Plantador Pastor. É o método no qual o PDI que planta a igreja será o pastor
sênior dela. O chamado deste PDI não é para iniciar várias igrejas, mas a sua
igreja, aquela que ele cuidará pelo resto da vida ou enquanto for o desejo de
Deus. No entanto, para que o processo de saturar uma região com novas igrejas
não pare, ele deverá treinar e enviar outros plantadores de igrejas.
5. Plantador Apostólico. É o método no qual o PDI planta uma série de igrejas numa
região e une estas igrejas numa mesma visão geral, providenciando supervisão,
estabelecendo líderes, mantendo comunhão e relacionamento estreito entre elas.
Nesse caso o PDI forma uma comunhão ou família de igrejas sobre as quais ele
exercerá a liderança geral.
C – COMO FORMAR O NÚCLEO
Mesmo baseado no modelo de enviar um PDI para começar uma igreja, na realidade, o
trabalho deve ser feito em equipe. Considerando que o PDI inicia uma igreja sem
nenhum outro cristão com ele, exceto sua família, sua primeira preocupação
evangelística é ganhar pessoas para formar um núcleo que o ajudará no restante do
processo de plantar a igreja. Contudo, o núcleo também poderá ser formado de
cristãos maduros que saíram com o PDI da igreja que envia.
O núcleo ou grupo base de pessoas se torna o alicerce humano da nova igreja. Ele
deve compartilhar da mesma visão ou filosofia de ministério do PDI. O núcleo ajudará
o PDI orando e intercedendo por ele e compartilhando algumas pequenas áreas do
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ministério nas primeiras fases da plantação da igreja. A maioria das pessoas do
núcleo, de fato, se tornarão futuros líderes e/ou pastores da nova igreja.
Aqueles que formam ou formarão o núcleo da nova igreja deverão desenvolver as
seguintes características:
Genuíno e apaixonado amor por Deus.
Real amor e interesse pelas pessoas.
Um forte senso de fidelidade, lealdade e interdependência de uns para com
os outros, principalmente para com o PDI.
Ter um espírito ensinável.
Considerando que você é o PDI e irá iniciar uma nova igreja, como você formará o
núcleo?
A primeira coisa a fazer é conseguir as pessoas que formarão o núcleo. Há diversas
maneiras de conseguir pessoas para o núcleo de uma nova igreja, por exemplo:
Ser enviado por uma igreja com um grupo de cristãos maduros.
Realizar estudos bíblicos nos lares com o objetivo de ganhar pessoas.
Fazer evangelismo de porta em porta e orar pelas necessidades das pessoas.
Realizar eventos com crianças com o propósito de também chegar aos pais.
Realizar eventos ou projetos para adultos, principalmente aqueles que
atendem às necessidades da comunidade, como disciplinas
profissionalizantes, serviço de babá gratuito, lavagem gratuita de carros e
outros serviços.
Começar células de evangelização.
O que você deve ensinar ou trabalhar com o núcleo:
A visão de estender o Reino de Deus através da plantação de igrejas.
Descobrir os dons espirituais de cada um.
Como desenvolver habilidades evangelísticas.
Como ministrar com autoridade (pregando, orando e intercedendo em nome
de Jesus, etc.).
Desenvolver as habilidades das pessoas.
Enfatizar a importância de amor, unidade, comunhão e o ministério do corpo.
A importância de fiel mordomia, hospitalidade e coração generoso.
O desenvolvimento de habilidades básicas de aconselhamento e tratar com os
problemas das pessoas.
Como fazer com que as pessoas se sintam bem quando elas vêm para a nova
igreja.
Como discipular os novos convertidos.
IV – EVANGELISMO E PLANTAÇÃO DE IGREJAS
É óbvio que evangelismo e plantação de igrejas andam de mãos dadas e bem
juntinhas. O PDI deve ser capaz de desenvolver diversas abordagens evangelísticas,
sem perder de vista o foco na glória de Deus.
A – CONCEITOS BÁSICOS
Para que o evangelismo seja efetivo, o PDI deverá considerar diversos pontos
importantes sobre a evangelização, a saber:
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Evangelismo não é opcional para a plantação de uma igreja. Plantar igreja
tem a ver com ganhar pessoas e torná-las discípulos de Jesus. Portanto,
evangelizar é um imperativo, não uma opção.
Deus está trabalhando seriamente no negócio de ganhar almas e nos convida a
cooperar com Ele. Nosso Deus é um Deus missionário e evangelista. Ele está
muito interessado em que as pessoas sejam salvas. Por isso Ele nos convida
para uma parceria na proclamação das boas novas. Enquanto nós pregamos e
ensinamos o Evangelho, Ele trabalha nos corações das pessoas e ao nosso
redor, confirmando a mensagem por meio de sinais e prodígios (Marcos 16.15-
20).
Muitos não-cristãos estão curiosos e interessados em questões espirituais.
Elas, de fato, estão esperando alguém que lhes ensine a Palavra de Deus e
você é responsável para que elas escutem a mensagem de Deus
corretamente.
Há barreiras que precisam ser vencidas antes que as pessoas aceitem o
evangelho. Essas barreiras são a linguagem, a imagem, a cultura e a própria
maneira como você apresenta-lhes o evangelho. Você precisa vencer estas
barreiras e ajudar as pessoas a vencerem também.
A conversão, na maioria das vezes, é um processo. Grande parte das pessoas
que “levantam a mão” na primeira vez que ouvem o Evangelho na verdade
não sabe exatamente o que está fazendo. Somente depois de algum tempo,
com a devida instrução, é que elas entenderão e, às vezes, é aí que elas
realmente se converterão. Portanto, é melhor não fazer nenhum apelo
inicialmente e ir trabalhando com as pessoas passo a passo, até que a fé
realmente nasça em seus corações e eles nasçam de novo.
Orar pelos perdidos é parte fundamental do processo de salvação. Tanto o PDI
como o núcleo da nova igreja deverá orar estrategicamente para a conversão
de pessoas, especialmente dos novos contatos.
Os descrentes precisam de um lugar seguro, amigável e pequeno para
compartilhar suas dúvidas e problemas. O lugar ideal para tanto é a célula ou
pequeno grupo. Portanto, é preciso formar intencionalmente células
evangelísticas que alcancem as pessoas num ambiente informal e amigável.
Os não-cristãos geralmente são pegos pelo coração e não pela cabeça. Eles
reagem bem melhor ao evangelho que é pregado com cordialidade, amizade,
amor e real interesse do que à mera transmissão de informações. Atos de
bondade e ajuda evangelizam mais rapidamente do que informações
intelectuais sobre Jesus.
Relacionamento é uma chave indispensável do evangelismo contemporâneo.
As pessoas estão mais abertas aos conhecidos, às pessoas com quem elas têm
algum relacionamento do que aos estranhos. Portanto, é importante que você
intencionalmente gere relacionamentos com o propósito de evangelização.
Como um PDI, você deve modelar o evangelismo para seu núcleo e estes, por
sua vez, aos demais membros da igreja. Evangelismo é mais frequentemente
“pego” do que ensinado. Portanto, mostre ao seu núcleo como evangelizar,
na prática, e não somente através de instruções teóricas.
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B – ESTRATÉGIAS PARA EVANGELISMO
Estude o perfil da comunidade que você deseja evangelizar:
o Quem está sem igreja e quem não é cristão?
o Onde eles estão?
o Por que eles estão sem igreja ou perdidos?
o O que está sendo feito presentemente para alcançá-los?
Crie uma imagem dentro da comunidade.
o Focalize naqueles que não são cristãos e/ou estão sem igreja. Não
busque pessoas que já estão em outras igrejas.
o Neutralize o máximo de barreiras que houver ao Evangelho, à igreja
ou ao cristianismo através de atos de bondade e desenvolvimento de
relacionamentos verdadeiros.
o Dê prioridade à abordagem relacional e aos relacionamentos.
o Tente alcançar aquelas pessoas que estão experimentando algum tipo
de mudança.
o Sinta, antecipe e ministre às necessidades reais das pessoas.
o Utilize as oportunidades dos eventos comunitários para criar uma
imagem positiva.
Intencionalmente compartilhe o evangelho com não-cristãos que você
conhece ou não.
o Nas “filas” sempre há alguém que “puxa conversa”. Nos hospitais,
repartições e transportes públicos também. Observe, escute e tire
vantagem destas oportunidades para compartilhar o evangelho.
o Compartilhe o que Cristo já fez e está fazendo em sua vida.
o Compartilhe versículos chaves com não-cristãos.
o Peça aos não-cristãos para fazer um específico compromisso com o
evangelho.
o Desenvolva um plano específico para penetrar várias comunidades
que a igreja não tem penetrado.
Introduza o novo convertido imediatamente:
o Numa célula ou pequeno grupo onde ele será pastoreado pelo líder e
discipulado por alguém que andará mais perto dele.
o Num programa de acompanhamento/discipulado de novos
convertidos.
Equipe outros para fazer discípulos. Siga o formato simples elucidado por
John Wimber:
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o Dê o modelo: O PDI faz e o discípulo observa.
o Dê a oportunidade: O PDI e o discípulo fazem juntos.
o Supervisione: O discípulo faz e o PDI observa.
o Multiplique: O discípulo faz e outro observa, dando continuidade ao
processo.
V – FILOSOFIA DE MINISTÉRIO
Embora seja negligenciada por muitos obreiros, a filosofia de ministério do PDI é tão
importante quanto a sua unção. Por “filosofia de ministério” nós queremos dizer o
conjunto de valores, prioridades, doutrinas, missão e princípios gerais que governarão
o seu ministério de plantar igrejas. Antes de começar uma nova igreja, medite e
elabore sua filosofia de ministério. Isto evitará, entre outras coisas, surpresas para a
igreja que o enviou, para aqueles que você liderará e para você mesmo.
Uma filosofia de ministério deverá incluir:
A - UMA DECLARAÇÃO DE VALORES
O que são valores? Por que um PDI/Igreja deve ter valores?
John Wimber, iniciador do movimento “A Vinha”, nos responde com simplicidade e
profundidade todas estas questões:
“Valores afetam o que nós pensamos e, consequentemente, o que nós fazemos.
Nossos valores são uma parte intrínseca de nós, embora nós raramente pensemos
sobre eles de uma maneira consciente. Eles determinam as ideias, princípios e
conceitos que uma pessoa ou grupo pode aceitar, assimilar, lembrar e transmitir.
Eles são falíveis e devem ser constantemente revisados e revistos na luz das
Escrituras”.1
A seguir nós apresentamos uma extensa lista de valores expressos numa ou duas
palavras que poderão ajudar-lhe a definir as coisas que você valoriza e, portanto,
gostaria de ver sendo aceitas, assimiladas, lembradas e transmitidas na sua igreja.
Embora, talvez, você considere importante a maioria dos valores apresentados, é
melhor selecionar os 10 (ou no máximo 15) principais valores para você.
Usando a lista abaixo, circule os 10 valores mais importantes para você. O que você
valoriza mais?
Aceitação Devoção Cura Pró-ativo
Acessibilidade Distinção Honestidade Reconciliação
Aspiração Discipulado Altos padrões Qualidade
Atratividade Ofício Esperança Relacionamento
Autoridade Edificação Humildade Reputação
Bíblico (Bíblia) Capacitação
Espiritual
Inovação Respeito pelos outros
1 Partnering Together At Vineyard, © 2001, VCF Anaheim.
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Coesão Igualdade Ternura Recompensa
Compaixão Excelência Amor Seriedade
Competência Evangelístico Poder de Deus
manifestado
Segurança
Compromisso Exemplo Liderança Justiça
Confidencialidade Orientado para a
família
Maturidade Orientado para
serviço
Confrontacional Fidelidade Misericórdia Socialmente
responsável
Consistente Devoção fervorosa Nutrir Orientado para
soluções
Contentamento Prudência financeira Obediência Liderado pelo
Espírito
Convicção Amizade Abertura Apoio
Cooperação Frutificação Ordem Trabalho em equipe
Credibilidade Generosidade Paixão Dignidade
Criatividade Realização Organização Inteireza
Cuidado Empresarial Alegre Orientado para
resultados
Decisivo Boa mordomia Orientado para
pessoas
Visionário
Dedicação Gracioso Dependente de Deus
Determinado
Desafio Entusiasta Orientado para
questões
Responsividade
Equilíbrio Eficiência/
Efetividade
Imaginação Confiabilidade
Orientado para ações
Disciplinado Alta energia Pureza
Orientado para
crescimento
Felicidade Politicamente
orientado
Positivo
Orientado por
objetivos
Diligência Utilidade Progressivo
Ousadia Encorajamento Integridade Respeitabilidade
Prestar contas Dignidade do
indivíduo
Bens Produtividade
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Relevância cultural Orientado por
objetivos
Paciência Altruísmo
Vanguarda Piedade Paz Unidade
Outro: ___________ Outro: ___________ Outro: ___________ Outro: ___________
Agora enumere estes valores de 01 a 10 (01 sendo aquele você mais valoriza e 10 o
que menos valoriza).
1. ____________________________________
2. ____________________________________
3. ____________________________________
4. ____________________________________
5. ____________________________________
6. ____________________________________
7. ____________________________________
8. ____________________________________
9. ____________________________________
10. ____________________________________
Por fim, elabore uma frase para cada um destes valores que você estabeleceu e você
terá sua declaração de valores. Se possível, adicione alguma ação, resultado ou modo
ao seu valor.
Antes, porém de elaborar sua declaração de valores, veja os exemplos e outros
pontos importantes a seguir:
1. Eu valorizo ensinar a Bíblia com profundidade.
2. Eu valorizo o compromisso com Cristo, com a Causa de Cristo e com o Corpo de
Cristo.
3. Eu valorizo depender de Deus em tudo quanto fizermos.
4. Eu valorizo que todos sejam discipulados para viver e servir segundo a vontade de
Deus
5. Eu valorizo a busca de capacitação espiritual para servir a Deus.
6. Eu valorizo ser gracioso para com os outros, especialmente para com aqueles que
estão quebrantados, feridos e não podem se ajudar.
7. Eu valorizo a cura integral do ser humano.
8. Eu valorizo a liderança de serviço.
9. Eu valorizo relacionamentos verdadeiros e transparentes.
10. Eu valorizo ser liderado pelo Espírito na adoração, oração, estudo da Palavra e
em tudo mais que fizer parte de minha vida e ministério.
É possível que sua declaração de valores seja mais extensa do que a que
exemplificamos acima. Veja mais um exemplo de uma declaração de valores, a
declaração das igrejas da Vinha. Todas as igrejas da Vinha espalhadas pelo mundo
inteiro defendem e vivem esses mesmos valores. A seguir nós transcrevemos uma
tradução destes valores: 2
Valorizamos reconhecer a Deus como o INICIADOR, ver o que o Pai está fazendo
e cooperar com Ele. Valorizamos correr riscos enquanto aprendemos a ouvir
melhor ao Pai.
Valorizamos BUSCAR a Deus apaixonadamente.
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Valorizamos reconhecer a PRIMAZIA de Jesus em tudo que fazemos.
Valorizamos aplicar a PALAVRA DE DEUS às necessidades reais de nossas vidas.
Valorizamos a revelação bíblica central sobre o REINO DE DEUS.
Valorizamos o USO DE UM ESTILO CONTEMPORÂNEO de adoração e louvor.
Valorizamos a INTEGRIDADE e procuramos viver e ministrar com SIMPLICIDADE, sem
ostentação.
Valorizamos a GENEROSIDADE.
Valorizamos o TREINAR E EQUIPAR cada crente para participar da obra do
ministério.
Valorizamos RELACIONAMENTOS e PEQUENOS GRUPOS.
Valorizamos a FAMÍLIA.
Valorizamos a MANIFESTAÇÃO do Espírito.
Valorizamos a MISERICÓRDIA.
Valorizamos a DIVERSIDADE na unidade.
Valorizamos a UNIDADE do Corpo de Cristo.
Valorizamos o APRENDIZADO contínuo.
Valorizamos O SER como Cristo.
Valorizamos A LIDERANÇA de serviço.
Você também pode dividir sua declaração de valores em:
Valores Fundamentais – aqueles que são básicos para tudo mais na vida
pessoal e na igreja como, por exemplo:
o Valorizamos a GENEROSIDADE.
o Valorizamos a MISERICÓRDIA.
o Valorizamos a FAMÍLIA.
Valores Ministeriais – são os valores sobre os quais baseamos o que fazemos
na área de ministério. Por exemplo:
o Valorizamos reconhecer a Deus como o INICIADOR, ver o que o Pai está
fazendo e cooperar com Ele. Valorizamos correr riscos enquanto
aprendemos a ouvir melhor ao Pai.
o Valorizamos a INTEGRIDADE e procuramos viver e ministrar com
SIMPLICIDADE, sem ostentação.
o Valorizamos a EXCELÊNCIA no exercício de qualquer função.
Valores Organizacionais – são os valores que fundamentam a maneira como a
igreja é organizada. Exemplo:
o Valorizamos que todos os líderes sejam treinados antes de exercer
liderança.
o Valorizamos o treinamento informal e formal.
o Valorizamos organização zelosa.
2 Traduzido e adaptado de Declaraciones Teológicas y Filosóficas de La Viña, © Copyright Vineyard USA.
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o Valorizamos prestação de contas.
o Valorizamos que as coisas sejam organizadas sob relacionamento.
o Valorizamos aqueles que buscam funções e responsabilidade, sem
lutar por posições, títulos e autoridade.
Antes de continuar, elabore sua declaração de valores:
1. _____________________________________________________________
2. _____________________________________________________________
3. _____________________________________________________________
4. _____________________________________________________________
5. _____________________________________________________________
6. _____________________________________________________________
7. _____________________________________________________________
8. _____________________________________________________________
9. _____________________________________________________________
10. _____________________________________________________________
Ao elaborar a declaração de valores de uma igreja, o que acontece naturalmente é
que os valores do PDI ou pastor sênior se tornam os valores da igreja. E é normal,
correto e bom que os valores de uma igreja seja passado de um líder a outro, de um
PDI a outro, de igreja a igreja. Geralmente uma família de igrejas possui os mesmos
valores.
Ter uma declaração de valores é muito importante em muitos sentidos e evita muitos
problemas e dificuldades. Se você tem novas pessoas vindo de outra igreja para a sua
é importante que elas se identifiquem plenamente com os valores já estabelecidos na
sua igreja, pois do contrário elas podem se decepcionar mais tarde ou elas podem vir
a tentar causar problemas incluindo valores que não fazem parte de sua visão.
Quando isso acontece, ou melhor, antes disso acontecer, é melhor deixar bem claro
para todos os novos membros da igreja que estes são os seus valores e os valores de
sua igreja e que, a menos que Deus mostre claramente para você que eles são
contrários à Sua vontade, não há nenhuma pretensão de sua parte em modificá-los.
Certifique também que os líderes com quem você compartilha ou compartilhará sua
autoridade e responsabilidades estejam plenamente de acordo com seus valores.
É claro que os valores podem mudar e se ajustar melhor aos valores bíblicos. Esteja
aberto para isso, mas deixe claro que Deus lhe deu uma visão onde cada peça se
encaixa na outra e que você está disposto a ser fiel para com a visão dada por Deus
mesmo que isso não agrade a todos na igreja. Gentilmente, deixe claro qual é a sua
visão dada por Deus e dê oportunidade para que aqueles que não concordam com seus
valores sejam livres para ir embora e se encaixar numa igreja com a qual eles se
identifiquem melhor.
B – UMA DECLARAÇÃO DE PRIORIDADES
Prioridades são aquelas coisas que nós fazemos com nossas vidas e que julgamos
merecer mais de nosso tempo, bens e energia. De fato, a maneira como emprego meu
tempo e recursos diz muito sobre minhas prioridades.
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As suas prioridades devem ser as prioridades de Deus. Na vida em geral, as
prioridades de Deus para nós estão na devida ordem abaixo:
Deus mesmo – Ele deve ter o primeiro lugar sempre e em tudo.
A Família
O Trabalho
O Reino
A Igreja
Quanto à nossa vida pessoal espiritual e ao nosso ministério, a Bíblia diz para
buscarmos o Reino de Deus em primeiro lugar. Aqui nós temos uma prioridade
claramente declarada nas Escrituras. Outra prioridade bíblica é a própria Palavra de
Deus. Outras prioridades definidas por Deus e relacionadas à vida espiritual e ao
ministério para nossas vidas são:
Oração
Comunhão
Adoração
Evangelização
Contribuição
Ministério
Todas as atividades acima são importantes e são prioritárias (e você poderá incluir
outras), porém, de acordo com a visão geral da Bíblia qual seria a primeira prioridade
para nossa vida espiritual e ministério na igreja e no mundo?
As prioridades abaixo não estão colocadas na ordem que nós estendemos ser a
correta. Coloque-as na ordem que você entende ser a ordem de prioridades de Deus
para você e sua igreja. Não repita nenhum número de 1 a 10. Pense: o que deve vir
em primeiro lugar? E em segundo? E em terceiro? E assim por diante...
____ Oração
____ Adoração
____ Evangelização
____ Contribuição
____ Ministério
____ A Palavra de Deus
____ Relacionamentos
____ Envio
____ Dons
____ Suporte Emocional
Agora, pense o seguinte: você tem pouco tempo e pouco dinheiro. Você só poderia
investir estes recursos em 5 destas prioridades. Quais seriam? Coloque-as em ordem
de prioridade (O que deve vir em primeiro lugar? E em segundo?...).
Nº Descrição
___ ________________________
___ ________________________
___ ________________________
___ ________________________
___ ________________________
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Estas cinco “principais prioridades” formam a sua declaração de prioridades, embora
você possa estender a lista para um pouco mais.
C – UMA DECLARAÇÃO DA MISSÃO DO PDI/IGREJA
Os estudiosos de crescimento e organização da igreja ainda não chegaram a um
consenso para estabelecer claramente a diferença entre “visão” e “missão”. Nós
optamos por chamar de “visão” toda a filosofia de ministério do PDI/Igreja. Para nós,
visão é o conjunto geral no qual está incluída a missão do PDI/Igreja.
Nós aplicaremos a declaração de missão ao propósito pessoal ministerial do PDI e não
diretamente à igreja, embora todos os princípios aqui ensinados sejam os mesmos
usados para elaborar uma declaração de propósito para a igreja. Além do mais, nosso
propósito nesta disciplina é preparar o PDI e não diretamente a igreja. No entanto,
sempre vincularemos, neste contexto, o PDI com a igreja.
Tendo fornecido tais explicações, nós queremos agora explicar um pouco sobre o que
vem a ser uma declaração de missão e por que ela é importante.
Uma declaração de missão é uma declaração de propósito. Ela diz por que um
PDI/igreja/ministério existe. Ela expressa a sua compreensão da tarefa específica que
Deus lhe deu.
Ter uma declaração de missão ou propósito é importante porque ela:
Providencia direção – você tem uma clara ideia do que você quer alcançar,
aonde você quer chegar.
Promove uma visão bíblica de seu público alvo - porque o seu propósito de
alcançar um grupo de pessoas leva-o a estudar e descobrir como Deus vê este
determinado grupo, levando-o a traçar objetivos para alcançá-lo.
Permite planejamento – quando você conhece seu propósito (missão), você
faz planos para cumpri-lo. Propósitos incertos resultam em planos incertos.
Elimina a confusão – onde não há um propósito claro e definido reina a
confusão, não há unidade e nem compreensão da sua razão de ser.
Permite avaliação – se você não tem ou não sabe claramente qual é o seu
propósito, a sua missão, como você sabe que está cumprindo a vontade de
Deus? Como você sabe se está sendo bem sucedido ou não?
Capacidade para ministrar com autoridade e unção – Deus nos unge para
cumprir propósitos específicos. Jesus sabia que era ungida para pregar, curar
e libertar (Lucas 4.18-19). Muitas pessoas falam de unção, mas para que elas
precisam de unção? A unção é para cumprir os propósitos de Deus; se você
tem uma missão, você tem unção. Caso contrário, seu ministério será mais
fumaça do que fogo.
Como formular uma declaração de missão (propósito)?
Habacuque 2.2 mostra-nos a importância de ter uma declaração escrita de sua
missão:
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“O SENHOR me respondeu e disse: Escreve a visão, grava-a sobre tábuas, para
que a possa ler até quem passa correndo”.
Você pode achar que isso é desnecessário, mas a verdade é que se você não tem uma
declaração de missão formulada, como é que você falará sobre ela aos outros? Além
do mais, quando você formula uma declaração, fica bem mais fácil comunicá-la aos
outros. As pessoas também assimilarão melhor a sua missão se ela estiver formulada –
“para que a possa a ler até quem passa correndo”.
Há três partes numa declaração de missão de um ministério ou igreja:
1. Uma Frase Fundamental (Qual é a base ou fundamento da minha missão?).
Procure responder às perguntas:
O que eu (PDI, pastor, líder) defendo?
Qual é o meu fundamento?
Quais são os meus principais valores?
2. Uma Frase de Ação (O que eu quero realizar?). Procure responder às perguntas:
O que eu quero fazer com minha vida?
O que eu quero ser na vida?
O que eu estou construindo?
3. Uma Frase Sobre Resultados (O que eu quero ver como resultado final?).
Procure responder às perguntas:
Quais são os resultados que eu desejo para minha vida?
O que eu quero me orgulhar de ter feito depois que eu partir desta vida?
Como eu quero ser lembrado?
Procure ser o mais específico possível e inclua o escopo ou alcance para o que você
quer realizar e alcançar como resultado final. Por exemplo, ao invés de escrever “...
eu quero plantar uma igreja”, escreva “... eu quero plantar uma igreja para índios”.
Ao invés de escrever simplesmente “... resultando numa igreja que cresce”, escreva
“... resultando numa igreja que cresce em São Paulo e região”.
A seguir, nós providenciamos alguns exemplos para você acompanhar. Para cada um
das partes da declaração de missão, nós elaboramos três exemplos. Escreva suas
frases de acordo com cada um dos três exemplos.
Sua Frase Fundamental:
Exemplo 1: “Baseado sobre um fundamento de amor pelos outros...”.
Exemplo 2: “Baseado em meu amor por Cristo e no desejo de ver pessoas
evangelizadas...”.
Exemplo 3: “Baseado no meu desejo de ensinar e treinar outros para ser e ministrar
como Jesus...”.
Escreva novamente as partes não sublinhas e substitua as partes sublinhadas por seus
próprios valores e desejos:
1. ______________________________________________________________________
2. ______________________________________________________________________
3. ______________________________________________________________________
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Sua Frase de Ação:
Exemplo 1: “... eu aspiro desenvolver uma igreja que planta igrejas...”.
Exemplo 2: “... eu quero treinar líderes de igrejas que treinarão outros líderes...”.
Exemplo 3: “... eu agora quero treinar e equipar cada cristão para alcançar e servir
aos outros...”.
Escreva novamente as partes não sublinhas e substitua as partes sublinhadas pelas
ações que você deseja realizar:
1. ______________________________________________________________________
2. ______________________________________________________________________
3. ______________________________________________________________________
Sua Frase Sobre Resultados:
Exemplo 1: “... resultando numa multiplicação de igrejas na minha cidade e no meu
estado”.
Exemplo 2: “... resultando em líderes de caráter, unção, hábeis e eficazes na
expansão do Reino de Deus em todo o mundo”.
Exemplo 3: “... resultando numa igreja que expressa por suas palavras e obras o amor
e o poder de Jesus”.
Escreva novamente as partes não sublinhas e substitua as partes sublinhadas pelos
resultados que você deseja alcançar:
1. ______________________________________________________________________
2. ______________________________________________________________________
3. ______________________________________________________________________
Agora escolha, dentre as três frases que você elaborou, a frase fundamental que
você mais gosta ou que descreve melhor seu principal valor, motivo ou desejo.
Exemplo: “Baseado em meu amor por Cristo e no desejo de ver pessoas
evangelizadas...”.
Escreva a sua frase:
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
Agora escolha, dentre as três frases que você elaborou, a frase de ação da qual você
mais gosta ou que descreve melhor o que você deseja fazer.
Exemplo: “... eu agora quero treinar e equipar cada cristão para alcançar e servir aos
outros...”.
Escreva a sua frase:
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
Agora escolha, dentre as três frases que você elaborou, a frase sobre resultados que
você mais gosta ou que descreve melhor o que você espera alcançar.
Exemplo: “... resultando numa igreja que expressa por suas palavras e obras o amor e
o poder de Jesus”.
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Escreva a sua frase:
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
Antes de concluir sua declaração de missão, escreva abaixo um rascunho usando as
três melhores frases escolhidas acima (uma de cada parte da declaração). Reveja a
frase e veja se você quer incluir ou retirar alguma coisa em cada uma das partes da
declaração, ou se você quer substituir alguma palavra. Quanto menor e mais direta
for a sua declaração melhor.
Exemplo: “Baseado em meu amor por Cristo e no desejo de ver pessoas evangelizadas
eu agora quero treinar e equipar cada cristão para alcançar e servir aos outros
resultando numa igreja que expressa por suas palavras e obras o amor e o poder de
Jesus”.
Seu rascunho:
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
Por fim, escreva abaixo sua declaração de missão final:
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
Elaborar sua declaração de missão é o início de algo que causará uma diferença
dramática em sua vida e ministério. Quando sua declaração de missão é adotada e
internalizada, ela causará impacto em sua vida a cada dia. Você começará a notar
que as circunstancias e “casualidades” que o rodeiam estão do seu lado e trabalhando
a seu favor.
“Uma vez ativada, a sua declaração de propósito nunca dorme. Ela influenciará as
decisões. Ela mudará o seu jeito de viver para sempre, porque você viverá com
propósito” – Ron Ford.
D – UMA DECLARAÇÃO DE FÉ
A declaração de valores diz quem você é; a declaração de prioridades diz o que é
mais importante para você. A declaração de missão diz qual é o seu propósito na
vida. A declaração de fé diz o que você crê.
Uma declaração deve conter seu posicionamento doutrinário, pelo menos, sobre
Deus, a Bíblia, Jesus Cristo, o Espírito Santo, a Igreja, o Homem, o Pecado, a Salvação
e o Destino Eterno.
Há algumas declarações de fé mais extensas e elaboradas e outras menores, mais
simples. O importante é que ela cubra todos os assuntos que são inegociáveis para o
PDI, igreja ou ministério.
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Tomemos, por exemplo, a Rede Internacional Tempo de Colheita. Por não ser uma
igreja, mas sim uma rede ministerial, a declaração de fé dela é bastante genérica e
resumida. Vejamos:
A PALAVRA DE DEUS - A Semente - Lucas 8.11. As Escrituras do
Antigo e Novo Testamento são a verdadeira Palavra de Deus, o
fundamento da fé, compreensão, vida e ministério cristão. A
Escritura não possui qualquer erro e nada pode ser-lhe acrescentado
ou retirado, ou mudado pela tradição ou suposta revelação. "Para
sempre, ó Senhor, a Tua Palavra está firmada nos céus" (Sl 119.89).
O DEUS TRINO - O Senhor da Colheita - Mateus 9.38. A Divindade
consiste de Deus o Pai, Deus o Filho e o Espírito Santo (1 João 5.7).
Há um só Deus, ilimitado, eterno e perfeito.
Deus o Pai, Criador dos céus e da terra (Isaías 45.18).
Deus o Filho, Jesus Cristo - Jesus foi sobrenaturalmente concebido
pelo Espírito Santo e nascido da virgem Maria. Ele foi o perfeito
sacrifício pelo pecado de toda a humanidade através de Sua morte e
o derramamento do Seu sangue. Ele levantou-se da morte em Seu
próprio corpo glorificado, apareceu a muitos, ascendeu aos céus e
retornará a terra em poder e glória. Ele agora é a Cabeça do Seu
Corpo, a Igreja, vitorioso sobre todos os poderes das trevas e está à
direita da mão de Deus fazendo intercessão pelos crentes (Fp 2.9-
11).
Deus o Espírito Santo - O Espírito Santo inspirou a Palavra de Deus,
ungiu a Jesus Cristo para Seu ministério, encheu a Igreja com poder
e transformará os corpos mortais dos crentes na glória da
ressurreição. O Espírito Santo convence o mundo do pecado, justiça
e juízo, unindo o homem a Jesus Cristo em fé, trazendo o novo
nascimento e habitando dentro do crente. O batismo no Espírito
Santo (Atos 1.8) está disponível para todos os crentes em Jesus
Cristo e será evidenciado pela habilidade de ser uma poderosa
testemunha de nosso Senhor ressuscitado, como também pelo sinal
confirmador de Atos 2.4. Os dons do Espírito estão disponíveis para
o crente através do ministério do Espírito Santo, Aquele que
concede pelo menos um dom a cada crente, como Ele quer (1 Co
12.11). O Espírito Santo também torna possível o fruto do Espírito,
capacitando o crente a crescer em santificação (Gl 5.22-23).
O HOMEM - O Semeador (Mc 4.3). O homem foi criado por Deus à
Sua imagem e semelhança. Através do pecado original de Adão e
Eva, todos os homens se tornaram pecaminosos por natureza. O
homem é totalmente incapaz de retornar para Deus por si mesmo, e
está perdido sem esperança se não receber a salvação de Jesus
Cristo (1 Co 15.45-47).
SALVAÇÃO - A Colheita (Mt 13.23). Salvação é o Dom de Deus pela
graça mediante a fé em Jesus Cristo. Não há nenhum outro nome
exceto o nome de Jesus pelo qual a humanidade pode ser salva. Por
converter-se do pecado, dar frutos de arrependimento e confiar em
Cristo e em Sua morte pelos pecados de todos, o homem nasce de
novo para a vida eterna através do Espírito Santo. Através deste ato
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redentor vem o perdão dos pecados, libertação da escravidão do
mundo e a liberdade no Espírito de Deus (Ef 2.8-9).
A IGREJA - Os Trabalhadores (Mt 9.38). A Igreja é o Corpo e a Noiva
de Cristo. A missão primária da Igreja é ensinar todas as nações e
fazer discípulos, levando o evangelho do Reino para todos os
homens com confirmação de sinais (Mc 16.15-18).
A CONSUMAÇÃO - A Colheita Final (Ap 14.15). A consumação (o fim)
de todas as coisas inclui o visível e glorioso retorno de Jesus Cristo,
a ressurreição dos mortos e a transladação dos vivos, em Jesus
Cristo, e o julgamento dos justos e injustos. Satanás com suas
hostes e todos os homens sem Cristo serão separados da presença
de Deus para a eterna condenação enquanto os redimidos estarão
na presença de Deus pela eternidade (2 Ts 4.13-17; Ap 20.12).
Se você está fazendo uma declaração de fé para uma igreja é importante que ela seja
mais elaborada e abranja uma variedade maior de temas. Na sua declaração de fé
procure definir claramente o que você crê sobre o uma determinada doutrina ou
assunto.
A seguir nós apresentamos uma lista de assuntos e questões (não exaustivas) para
ajudá-lo a elaborar sua declaração de fé. Os temas de maior importância são listados
primeiro e depois seguem outros assuntos de menor importância, mas que também é
necessário você ter uma posição doutrinária explícita sobre eles.
TEMA/DOUTRINA
ALGUMAS PERGUNTAS
PARA RESPONDER
Você crê...
SUA POSIÇÃO
Eu creio...
A PALAVRA
Que é ela é plenamente
inspirada por Deus? Que
ela não tem erros? Que ela
transforma a vida das
pessoas?
DEUS
Que Deus é eterno? Que é
o Criador de todas as
coisas? Que é trino?
O HOMEM
Que o homem foi criado
por Deus? Que ele é
espírito, alma e corpo?
Que ele foi criado
perfeito, mas caído em
pecado?
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CRISTO
Que Cristo é
verdadeiramente homem e
verdadeiramente Deus?
Que é o Salvador de todos?
Que é o Senhor? Que Ele é
o Cabeça da igreja? Que
morreu, foi sepultado e
ressuscitou ao terceiro
dia? Que Ele ascendeu aos
céus e está sentado à
direita de Deus e que
voltará em breve?
ESPÍRITO SANTO
Que Ele é Deus? Que Ele
tem personalidade? Que
Ele é co-autor da criação?
Que é igual com o Pai e
com o Filho? Que Ele
regenera, sela, dirige,
enche e unge o crente?
SALVAÇÃO
Que a salvação é pela
graça mediante a fé? Que
obras não salvam? Que o
sacrifício de Cristo é
suficiente para salvar?
Que é preciso
experimentar
arrependimento e fé para
usufruir a salvação?
A NATUREZA DA IGREJA
Que ela é espiritual,
universal e visível?
Que ela é o corpo de
Cristo? Que ela é composta
de todos os verdadeiros
salvos de todas as eras?
Que existem igrejas
verdadeiras e falsas? Que
existem igrejas mais puras
e menos puras?
O GOVERNO DA IGREJA
Que a igreja deve ser
liderada por uma
pluralidade de líderes?
Que os oficiais da igreja
são os...? Que as decisões
finais da igreja estão nas
mãos de...?
BATISMO
Que a forma de batismo
mais próxima do que se
ensina na Bíblia é...
(imersão, aspersão, ou
outro)? Que quem deve ser
batizado é...? Que quem
pode batizar é...?
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CEIA
Que a ceia significa...? Que
o pão e o cálice de vinho
significam...? Que quem
pode participar da ceia
é...? Que quem pode
celebrar a ceia é...?
O REINO DE DEUS
Que o reino de Deus é
somente futuro? É
somente sobre a natureza?
É o presente do futuro?
OS DONS DO ESPÍRITO
Que os dons do Espírito
Santo são para hoje (ou
não)? Que Ele distribui
estes dons como Ele quer?
Que os membros da igreja
precisam ser treinados e
equipados para descobrir e
usar os dons espirituais?
A VOLTA DE CRISTO
Que Jesus voltará em...?
Que haverá
arrebatamento? Que todos
verão a volta de Jesus?
MILAGRES
Que milagres ainda
existem? Que Deus opera
milagres hoje na igreja
através da
instrumentalidade
humana?
BATISMO NO ESPÍRITO
SANTO
Que o batismo no Espírito
é...? Que é distinto (ou
não) de...? Que é
evidenciado (ou não)
por...?
CURA FÍSICA
Que Deus ainda cura
enfermidades físicas? Que
Deus cura a todos (ou
não)? Que Deus cura por
meio de...?
CURA INTERIOR
Que existe base bíblica
para cura interior? Que
cura interior é...? Que
cura interior não tem nada
(ou tem tudo) a ver
com...? Que cura interior é
para...?
LIBERTAÇÃO/EXPULSÃO DE
DEMÔNIOS
Libertação é um ministério
bíblico e necessário para
os dias de hoje? Que a
libertação é para...?
QUEBRA DE MALDIÇÕES
Quebra de maldições é um
ministério bíblico e
necessário para os dias de
hoje? Que a quebra de
maldição é... para...?
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ISRAEL
Que a Igreja é a
continuação de Israel? Ou
que a Igreja é o novo
Israel? Ou que os dois
povos são completamente
separados? Que é (não é)
necessário celebrar as
festas de Israel na igreja?
GUERRA ESPIRITUAL
Que há uma guerra
espiritual acontecendo?
Que há guerra entre o
reino de Deus e o reino das
trevas? Que guerra
espiritual não tem nada a
ver (ou tem tudo a ver)
com amarrar e/ou
expulsar demônios no ar?
Como você deve ter notado, algumas perguntas são bem objetivas e outras são menos
objetivas. Nós fizemos assim com o propósito de ajudar-lhe a encontrar seu caminho.
Embora nós tenhamos uma posição bem clara e extensa sobre cada uma destas
doutrinas e temas, nós queremos que você descubra por si mesmo o que a Bíblia
ensina sobre estas coisas. Se você já fez ou está fazendo outros disciplinas do nosso
programa, você poderá constatar que nós cobrimos estes temas em vários de nossos
disciplinas como, por exemplo, Fundamentos Espirituais, Vivendo na Plenitude do
Espírito Santo, O Reino de Deus, Aprendendo a Ministrar Como Jesus, Ministérios de
Poder, Dons e Ministérios e Teologia Sistemática. Se precisar, consulte estes
disciplinas acima.
E – ESTRUTURAS DE CRESCIMENTO
Nossa primeira pergunta é: como nós podemos desenvolver uma estrutura bíblica e
prática desde que a Bíblia não diz exatamente – e quando diz não há detalhes
suficientes – sobre como estruturar uma igreja?
A seguir, respondendo a esta e outras questões, nós reproduzimos um excelente
artigo escrito pelos pastores da Comunidade Xenos: 3
1. Como Nós Criamos Uma Estrutura Para A Igreja Local?
Cada igreja local tem certos objetivos, e uma estratégia para realizar estes objetivos.
Ela também tem estruturas e métodos pelos quais ela desenvolve sua estratégia.
Como nos devemos determinar estas coisas? Desde que nós queremos basear tais
decisões sobre a Bíblia, é vital que nós abordemos o registro bíblico com saudáveis
princípios de interpretação. A menos que façamos isso, nós edificaremos uma igreja
que será ineficaz de muitas maneiras, ou poderá até mesmo ir contra os propósitos de
Cristo.
Não se maravilhe de Paulo dizer que nós devemos ter cuidado como edificamos (1 Co
3.10). O gráfico seguinte ilustra o que nós cremos ser uma boa metodologia para
realizar este objetivo.
3 Dennis McCallum & Gary DeLashmutt, Estrutura E Estratégia Na Igreja Local, © Xenos Christian
Fellowship.
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2. Explicando As Caixas De Texto
Registro Bíblico consiste do material da Escritura que descreve a natureza
essencial e a missão da igreja. Como argumentamos anteriormente, este
material inclui aquilo que é universalmente aplicável (como os princípios
éticos), os ensinamentos específicos de Jesus sobre a Igreja, Atos, as Epístolas
e Apocalipse 1 a 3. Umas das considerações primárias deve ser se aquilo que
as Escrituras está descrevendo é um preceito, princípio ou exemplo. Cada um
destes providencia um diferente nível de autoridade, aplicação e/ou
flexibilidade para a igreja de hoje.
o Preceitos se referem aos mandamentos específicos dirigidos à igreja.
Estes preceitos definem os aspectos da missão da igreja e são
aplicáveis a todos os cristãos de todas as eras. A Grande Comissão (Mt
28.19) e o exercício da disciplina (Mt 18.15-17) seriam exemplos de
tais conceitos.
o Princípios se referem às declarações doutrinárias descritivas sobre a
natureza da igreja que tem universal relevância. Por exemplo, a
analogia da igreja local como um corpo físico (Rm 13.4-5) descreve
certos aspectos da vida da igreja (por exemplo, o envolvimento
mutuamente interdependente) que tem importantes implicações para
a estrutura da igreja.
o Exemplos são apenas isto – exemplos de modos pelos quais a igreja do
Novo Testamento deu expressão aos preceitos e princípios bíblicos.
Desde que a cultura e os recursos da igreja mudam, os exemplos
bíblicos não são obrigatórios. Contudo, tendo em vista o tremendo
fruto gerado pela igreja do Novo Testamento, é sábio considerar
cuidadosamente as razões de decidir não incluí-los. Igrejas caseiras
são um “exemplo” que parece ter uma relevância virtualmente
universal, desde que grupos pequenos facilitam tremendamente a
koinonia. A propriedade comunal da igreja de Jerusalém parece ser
um “exemplo” que não se tornou uma norma nem mesmo nos tempos
do Novo Testamento.
Vinho se refere ao que Deus está tentando fazer nesta época. Jesus referiu-se
a este “vinho” em suas parábolas do vinho e dos odres em Lucas 5.36-38.
Registro Bíblico:
Preceitos Princípios Exemplos
Vinho:
Princípios gerais
Mandamentos
Específicos
Campo e Recursos:
O segmento da cultura Pessoas Dinheiro Prédios Dons Etc.
Odres:
Estruturas Táticas Métodos
Resultados:
Crescimento Qualitativo
E Quantitativo
Re-avaliação Periódica
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Embora nossa compreensão do registro bíblico descrevendo o programa de
Deus possa crescer e se aprofundar cada vez mais, ele é um corpo de verdade
que é imutável e, portanto, serve como uma âncora para nossa obra em
edificar a igreja.
Campo se refere ao segmento de nossa cultura que Deus chamou-nos a
alcançar para Cristo. Recursos se referem a tais coisas como pessoas, dons
espirituais, dinheiro, prédios, reputação, conhecimento e habilidades que a
igreja local presentemente possui. Ambos os aspectos estão num estado de
constante fluxo.
Odres se referem às atuais táticas da igreja – especialmente as estruturas e
métodos empregados para levar adiante nossa estratégia. Por um lado,
“odres” são muito importantes porque eles têm a habilidade de intensificar
ou inibir a expressão do “vinho”. Por outro lado, os “odres” estão
subordinados ao “vinho” e derivam seu valor de quão bem eles servem o
“vinho”. Eles não têm nenhum valor intrínseco e devem ser colocados de lado
uma vez que se torna aparente que eles não mais servem a este propósito.
Resultados se referem ao alcance da igreja em realizar sua missão. Tanto o
crescimento quantitativo (mais pessoas vindo a Cristo) e qualitativo (cristãos
se tornando mais maduros espiritualmente) são importantes resultados.
Reavaliação periódica se refere à necessidade de reflexão e mudança nas
táticas, estruturas e métodos da igreja. Enquanto nós avaliamos os resultados
de nossa obra, e enquanto nós avaliamos as maneiras nas quais nosso campo e
recursos têm mudado, estes fatores periodicamente necessitarão da inovação
de novos “odres”.
3. A Necessidade De Mudança
Assim, enquanto a essencial natureza e missão da igreja devem permanecer
constante, sua aparência exterior deve estar constantemente mudando. Mas a
natureza humana naturalmente resiste a mudanças. Há muitas razões para este fato,
mas ele é um aspecto que tende a gradualmente tornar a igreja ineficaz. Desde que
nós naturalmente tendemos a nos prender aos “odres”, nós frequentemente ainda os
preservamos um bom tempo depois deles cessarem de servir ao seu propósito.
Porque este processo é muito gradual, aqueles envolvidos frequentemente nem
sequer reconhecem que ele está acontecendo. Mas, quando isto ocorre, a igreja local
cessa de ser um movimento dinâmico e ao invés se torna uma instituição estagnada. A
história da igreja deixa claro que, infelizmente, esta é a norma mais do que a
exceção.
Um das responsabilidades cruciais dos líderes de uma igreja local é lutar contra esta
tendência. Os líderes devem liderar a igreja para as mudanças tão frequente e
extensivamente quanto necessário, se eles querem ser fiéis a Cabeça da Igreja, Jesus
Cristo.
----------- Fim do artigo ------------
4. Estabelecendo Sua Estrutura de Igreja
Há diversas igrejas com diversas estruturas diferentes. Algumas igrejas adotam
modelos integrados que controlam todo o funcionamento da igreja. Por exemplo, a
Igreja de Saddleback, de Rick Warren, é toda estruturada na “visão” de ser uma
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igreja com propósitos. A estrutura básica da igreja gira em torno do diamante que é
usado no baseball. Há quatro bases ou passos de crescimento que todos na igreja
devem passar por ele: Membresia, Maturidade, Ministério e Missão. Todos os crentes
da Igreja de Saddleback devem passar por estes estágios de crescimento espiritual e
envolvimento na igreja.
Existem vários outros modelos de igrejas como essa. Como não é o nosso propósito
aqui apresentar cada um destes modelos, nós queremos apresentar a seguir uma
proposta que tem funcionado em nossa realidade. Você é livre para rejeitar,
reproduzir ou modificar esta estrutura. O mais importante é que você siga a direção
de Deus para sua igreja e não apenas um modismo ou modelo porque “todo está
aderindo” ou é “a última revelação de Deus”. Antes, porém, alguns esclarecimentos a
mais.
Primeiramente, é sábio fugir de rótulos, o que procuramos fazer constantemente. Se
alguém nos pergunta “vocês são uma igreja em células?”, a minha resposta será
“talvez”. Nossa estrutura é celular porque o princípio é bíblico e não simplesmente
porque ele funciona ou “está na moda”. Mas, preferimos não usar nenhum rótulo.
Em segundo lugar, nossa estrutura visa facilitar o cumprimento de nossa declaração
de missão e reflete os nossos valores e prioridades. Quando você estiver elaborando e
definindo sua estrutura pense se ela coopera ou não os outros aspectos da sua visão.
Em terceiro lugar, quando você pensar em termos de estruturas pense antes em
termos de funções. O propósito das estruturas organizacionais de sua igreja visa
cooperar com o desempenho das funções bíblicas da igreja, ou seja, a função de
adoração, oração, comunhão e etc. Estabeleça estruturas que facilitem o exercício
destas funções e não que as limite, negligencie ou substitua.
De acordo com a nossa missão, valores e prioridades, nós estruturamos a nossa igreja
local em sete divisões. Cada uma das divisões é liderada por um pastor (ou casal
pastoral) que faz parte da Equipe Pastoral e estão sob a coordenação do Pastor
Sênior. Sob a direção de cada pastor responsável por cada divisão, há outros líderes
desempenhando funções específicas. Veja a seguir uma visão geral desta estrutura:
Grupos Celulares4 – Esta é a nossa primeira e mais importante divisão. Nossa
igreja é uma igreja que valoriza demais ser formada por cristãos autênticos e
relacionar-se de maneira verdadeira. Jamais poderíamos ver a realidade que
almejamos sem a existência de grupos pequenos ou celulares. Nós
trabalhamos com dois tipos de grupos celulares:
o Células de Evangelização – voltadas especificamente para evangelizar
os parentes, amigos e vizinhos de nossos membros.
o Igrejas Caseiras – grupos que se reúnem nas casas onde acontecem
todas as coisas que são feitas na igreja como um todo, ou seja,
batismo, ceia, pastoreio, etc.
Treinamento – Esta divisão ou estrutura de nossa igreja visa suprir toda a
igreja com treinamento e equipamento para a vida e para o ministério.
Quando pensamos em treinamento, nós pensamento tanto em preparar um
pastor para o ministério como também em preparar os casais mais novos a se
relacionar, cuidar dos filhos e organizar o orçamento. Para que nossos
4 Para uma visão mais ampla sobre nosso ministério com pequenos grupos veja os disciplinas Bem vindo
ao Lar I e II.
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membros sejam bem treinados para a vida e para o ministério, nós temos
desenvolvido alguns recursos específicos, como:
o Quatro Passos de Crescimento. Efésios 4.16 prevê que a Igreja
crescerá de forma unida, bem ajustada e consolidada. Isto não
acontecerá ao acaso. Precisamos aprender e aplicar os princípios
bíblicos que nos farão crescer espiritualmente, conforme a vontade
do Senhor. Assim, nós entendemos que os membros de nossa
comunidade devem crescer sistematicamente. Para tanto, nós
desenvolvemos um plano de crescimento para todos os membros da
igreja. Este plano de crescimento envolve 4 Passos de Crescimento.
Os três primeiros passos são essenciais para todos os membros. O
último passo é destinado àqueles que sentem um chamado específico
do Senhor para liderar. Passo Um: Fundamentação – “Parceiros Na
Vinha”. Passo Dois: Discipulado – “Edificando Sobre A Rocha”. Passo
Três: Ministério – “Ministrando Como Jesus”. Passo Quatro: Liderança
– “Princípios Bíblicos de Liderança”. Cada passo é dado através da
participação numa classe especial acompanhada de estudos pessoais
monitorados e/ou pequenos grupos de estudo.
o Equipar & Reproduzir – É um programa de treinamento aberto a
todos os membros da igreja, mas é especialmente usado para o
treinamento de líderes de ministério, pastores e plantadores de
igrejas.
Equipes de Ministério – Equipes de ministérios são grupos voltados para o
cumprimento de tarefas específicas dentro e fora da igreja. É a maneira mais
eficaz de encaixar os dons de nossos membros com atividades em grupo que
ajudem a Igreja através da evangelização ou da edificação. O número de
equipes está limitado ao número de dons e chamados da igreja e são
diversificados: adoração, intercessão, misericórdia, crianças, adolescentes,
jovens, casais, etc.
Missões - Nós somos uma igreja que respira missões. Nós separamos uma
parte de nosso orçamento mensal só para missões. Nós também oramos e
intercedemos por missões. Porém, nosso principal foco está em enviar
obreiros aos campos de colheita do mundo. Nós estamos especialmente
envolvidos em duas frentes de envio: Equipes de Avanço – que plantam igrejas
em nosso Estado e Missões Transculturais, que plantam igrejas em outras
culturas.
Operações – É a divisão da nossa estrutura que cuida da administração,
secretaria, finanças, patrimônio e eventos que são realizados em parceria
com outras divisões e ministérios da igreja.
Produções – É responsável por tudo que envolver gravações de áudio e vídeo
e material impresso, tanto didático quanto promocional.
Música – É responsável pelo treinamento dos líderes de adoração e músicos,
pelas próprias equipes de adoração, produções musicais e tudo o mais que se
referir à música. Obviamente, esta divisão também trabalha lado a lado com
outras divisões e ministérios.
Com esta apresentação de nossa estrutura nós concluímos esta disciplina e o
desafiamos a colocar em prática, rapidamente, o que você aprendeu.
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APÊNDICE
REFERÊNCIA RÁPIDA PARA
PLANTADORES DE IGREJAS TRANSCULTURAIS
Traduzido e Adaptado de George Patterson
Use como um cardápio – não siga de uma forma linear; responda às necessidades imediatas de
ministério.
PREPARE-SE PARA INVADIR O TERRITÓRIO DE SATANÁS:
Defina a tarefa: começar igrejas que se reproduzem em sua própria cultura
sem ajuda de fora.
Defina e ore pelo campo: focalize numa cultura de cada vez, ore ao Senhor
da Colheita por obreiros e pelo poder do Espírito Santo.
Forme uma força tarefa temporária: trabalhe com outras pessoas, de
preferência com alguém mais perto da cultura que você deseja alcançar.
APRESENTE JESUS:
Apresente Jesus de uma maneira que seja fácil de imitar e seguir: narre o
Evangelho e outros eventos bíblicos em forma de história.
Trabalhe com famílias inteiras: comece com os pais de família.
Confirme o arrependimento com batismo nas águas: conte os convertidos
apenas quando eles são adicionados à igreja local por meio do batismo.
“Sacuda o pó dos seus pés” quando rejeitarem a Cristo: procure uma
comunidade ou um segmento da população que seja mais responsivo(a).
DEFINA O MODELO APROPRIADO DE IGREJA:
Selecione a opção que se reproduzirá mais facilmente no seu campo de
evangelização:
o Igrejas caseiras – se reúnem somente nos lares e praticamente
independentes.
o Células – algumas se reúnem como igrejas caseiras, mas se reúnem
regularmente em reuniões de celebração coletiva.
o Convencional – igrejas baseadas em templos.
NUTRA A IGREJA POR ENSINAR AOS DISCÍPULOS A OBEDECER AOS MANDAMENTOS DE JESUS
EM AMOR:
Arrependimento e fé
Batismo nas águas
Celebrar a ceia do Senhor
Amar
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Orar diariamente
Dar generosamente
Fazer discípulos
COMECE OS MINISTÉRIOS REQUERIDOS NO NOVO TESTAMENTO:
Dê cuidado espiritual e força (aconselhamento) para as pessoas com
problemas pessoais ou familiares.
Adore de uma maneira que assegure a participação de todos.
Comece outras igrejas que se reproduzem.
Envie missionários para campos não alcançados.
Avalie periodicamente todas as atividades da igreja.
Mobilize os membros para exercer ministérios baseados em dons.
DESENVOLVA LÍDERES NO TRABALHO:
Supervisione e organize de um modo que cada membro detecte e livremente
use seus dons espirituais no ministério.
Supervisione o rebanho: detecte os cordeiros gordos, os lobos travestidos de
ovelha, traga cura para o ferido e corrija os membros insubmissos.
Alimente o rebanho: estude, interprete e aplique a Palavra de Deus.
Comissione e treine pastores para realizar casamentos, sepultamentos,
dedicação de crianças, liderar reuniões, ceia e batismo.
Maneje bem a Palavra de Deus: providencie ferramentas para estudá-la
indutivamente e aplicá-la para as situações da vida.
TREINE TREINADORES:
Faça o seguinte em cada sessão (se encontre duas vezes por semana, se
possível):
o Ouça as notícias sobre os treinandos, o que eles estão fazendo (nunca
comece a planejar, monitorar ou dar tarefas antes de você ter feito
antes).
o Ajude os treinandos a planejar o ministério deles ao povo: o que você
faz antes de cada próxima sessão – planos específicos (nomes, datas,
lugares).
o Olhe e/ou escute sobre os estudos ou trabalhos escritos realizados.
o Ore.
Use material de treinamento adequado para a cultura e nível cultural dos
treinadores.
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Use uma abordagem de “cardápio” ao selecionar o conteúdo do treinamento.
Modele o que você ensina e prega da maneira que se encaixa na cultura, grau
de observação e nível de educação.
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BIBLIOGRAFIA
Nicholson, Steve. Baley, Jeff. Coaching Church Planters. Association Of Vineyard Churches:
www.vineyardusa.org.
Wagner, C. Peter. Church Planting For A Greater Harvest: A Comprehensive Guide. Ventura,
CA: Regal Books,1990.
Becker, Paul. Carpenter, Jim. Williams, Mark. The New Dynamic Church Planting Handbook.
DCPI: www.dcpi.org.
The Alliance For Saturation Church Planting. Omega Course Vol. 1 & 2. South Holland, IL: The
Bible League, 1999.
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Unidade II
QUESTÕES PARA REVISÃO
Após completar a Unidade I, você deverá responder as questões abaixo. Por favor, use uma
folha de papel separada para escrever as respostas. Não precisa transcrever as perguntas;
apenas identifique a questão com o número da mesma.
1. Por que plantar igrejas?
2. Cite 3 pré-requisitos para plantar igrejas?
3. Cite mais três requisitos?
4. Quais são as três áreas de preparação do PDI?
5. Quais são as cinco fases da plantação de igrejas?
6. Descreva a importância do evangelismo na plantação de igrejas.
7. Explique brevemente o que é uma filosofia de ministério.
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Unidade III
PROJETO FINAL
Devido à natureza deste método, não existe um exame ou prova final no estilo de “perguntas
e respostas”. contudo, exige-se que você complete este projeto final abaixo. As informações
que você recebeu durante a disciplina foram planejadas para providenciar um fundamento
básico de compreensão sobre o tema estudado.
Nós queremos que você interaja com o que você aprendeu, a partir de suas próprias
experiências. Todo o material desta disciplina foi elaborado para ajudá-lo a viver e ministrar
este tema. Portanto, as ideias e conceitos que você aprendeu são muito importantes para
nós. Deste modo, o projeto final é importante para sabermos o que você aprendeu e como
você está aplicando ou aplicará este material no seu ministério.
Projeto Final:
Elabore e escreva uma filosofia de ministério para uma nova igreja que você
plantará.
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SEMINÁRIO TEOLÓGICO EVANGÉLICO BÍBLICO
O Programa SETEB Global é uma iniciativa do nosso ministério para capacitar as igrejas
locais a treinarem seus próprios membros, por um custo mínimo, mas com máximo impacto.
O SETEB é um ministério comprometido a ensinar e treinar os filhos de Deus para a obra do
ministério (Efésios 4.11), disponibilizando uma força tarefa capacitada para segar nos campos
da colheita mundial.
Por meio de nossa metodologia de treinamento queremos cooperar para que cada igreja local
possa crescer e se multiplicar através do treinamento de líderes e obreiros que aprendem
enquanto fazem, em um efetivo método de discipulado bíblico.
Para maiores informações, entre em contato com:
SEMINÁRIO TEOLÓGICO EVANGÉLICO BÍBLICO
http://seminarioevangelico.com.br