plantas ornamentais - Árvores
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AulaÁRVORES
UNIVAG – Centro UniversitárioDisciplina: Plantas Ornamentais e Paisagismo
1- Introdução: Árvores são vegetais de caule lenhoso que se
ramificam a partir de uma determinada altura do solo;
Antes de plantar, analisar bem, pois é uma resolução irrevogável para os próximos 20, 30 anos ou mais;
Se bem escolhida, valoriza a propriedade, mas se mal escolhida, pode causar prejuízos (quebra de muro, piso, paredes, telhas) e acidentes (de frutos grandes, como abacate, jaca);
2- Pontos a serem verificados:
tamanho; adaptação ao clima e solo; tipo e persistência de sua folhagem; tipo de seu raizame, tronco e copa; asseio, queda de detritos e frutos;
2.1- Tamanho: verificar espaço livre disponível e desenvolvimento
máximo em altura e largura da copa em 20 ou 30 anos; não plantar a distância menor que 5 metros de
construções, e próximos de divisas de terreno; pelo Código Civil, o vizinho tem o direito de podar os galhos que adentram sua propriedade;
Uma árvore grande, se cair, pode causar estragos consideráveis, ou proporcionar um alto custo para ser removida ou transplantada, caso necessário;
muitas vezes, planta-se árvores num espaçamento menor que o recomendado para que “fechem mais rápido”, mas isso pode resultar em exemplares futuramente atrofiados e deformados pela falta de espaço;
espaçamento para silvicultura é diferente do utilizado para paisagismo; na silvicultura, planta-se adensado para produção de troncos longos, e no paisagismo, as árvores devem crescer livremente, sem interferência de outras;
árvores cuja atração ornamental é seu florescimento devem ser plantadas num espaçamento maior do que as que tem função apenas de sombreamento, para que possam ser melhor visualizadas;
nunca se deve plantar uma árvore levando-se em consideração que ela deverá ser podada periodicamente para adequar-se ao espaço disponível;
2.2- CLIMA:
fator que o homem não consegue alterar; Árvores de clima tropical não são
aconselháveis em locais que possuem geadas todos os anos;
Árvores de clima temperado necessitam de períodos de frio para entrarem em dormência e florescerem;
2.3- Tipo de folha: folhas grandes e inteiriças produzem sombra densa; bom
para locais de climas quentes, mas dificultam o arejamento, evitar plantio próximo a residências;
folhas pequenas ou subdivididas produzem sombra leve e rala, “peneirando” o sol;
Queda simultânea de grande número de folhas: – se forem folhas grandes e de consistência dura
(chapéu-de-sol, eritrina), podem abafar forrações e gramados, além de entupir calhas e condutores de telhados;
Persistência da folhagem (às vezes depende do clima):– folhagem caduca: perdem as folhas súbita e
completamente, antes da rebrota de folhas novas, geralmente nos meses de julho e agosto, podendo assim ser uma boa opção para plantio próximo (sempre maior que 5 metros) à janelas, pois durante o verão garante um sombreamento desejável e no inverno um aquecimento agradável;
– folhagem permanente: nunca perdem todas as folhas, renovam-nas periodicamente;
2.4- Tipo de raiz: Raízes muito superficiais (Ficus, tipuanas,
flamboyant, chichá, espatódea, ligustros): – dificultam ceifa de grama e preparo de
canteiros;– rachaduras em muros e pisos;– pessoas podem tropeçar e dificultam colocação
de bancos e mesas ao redor do tronco;– poda de raízes geralmente é trabalhosa e não dá
resultados duradouros;
Raízes que invadem encanamentos (Ficus, chorão, eucaliptos, piracanta):– têm capacidade de penetrar por fendas
microscópicas, entupindo e destruindo encanamentos;
– evitar plantar próximos de encanamentos;
Tipo de tronco: cascas sulcadas podem formar linhas harmoniosas; beleza do tronco se destaca nas árvores de folha caduca ou
de copas altas; melaleuca: tronco de aparência leve e suave, sua casca é
formada por camadas de tecido branco que se destacam quando puxadas;
tipuanas e álamos: troncos esguios e sulcados por linhas harmoniosas;
paineira: tronco cheio de espinhos de aparência agressiva; pau-brasil: aspecto mosqueado, com descascamento que
deixa entrever pedaços de madeira cor de brasa; pau-ferro: com descascamento parece marmorizado;
Forma de copa: Grupos: arredondadas, cônicas, em forma de guarda
chuva, colunares, choronas; Forma é importante para integração na paisagem:
– forma arredondada: mais comum, diâmetro mais ou menos igual à altura;
– choronas (Salix babilonica): acentuam a beleza de um gramado e dirigem a vista para espelhos d’água;
– guarda-chuvas (Flamboyant, chapéu-de-sol, sombreiro) : galhos abertos e espalhados, enfatizam a linha reta de um teto baixo ou servem para sombrear um grande pátio;
– cônicas (grevíleas): boas para formar conjuntos, pois crescem mais verticalmente, mas não produzem sombra;
– colunares (álamos): altas e esguias, harmonizam-se com construções de estilo gótico ou quebram a monotonia de uma paisagem relativamente baixa, mas não produzem sombra;
– grande porte (paineiras, figueiras): tornam-se majestosas quando individualizadas em locais com muito espaço, virando ponto de referência;
2.5- Queda de frutos e folhas: Frutos:
– grandes: sapucaia, manga, abacate, jaca, podem causar acidentes ao cairem;
– de polpa mole: amora, Ficus microcarpa, podem causar manchas nas roupas e sujeira no calçamento;
– que atraem pássaros: evitar plantar em estacionamentos, pois os pássaros costumam sujar os carros, com suas fezes;
Folhas:
– grandes: entopem calhas de telhado;
– pequenas: invadem entradas de ventilação de veículos, evitar plantá-las em estacionamentos;
Queda de seiva, galhos:
Seiva:– tipuanas, sibipirunas, podem secretar seiva que
mancham carros, evitar plantá-las em estacionamentos; Galhos:
– eucaliptos costumam sofrer quedas frequentes de galhos, evitar plantar em pátios e estacionamentos; além disso, pelo seu porte, costumam atrair raios;
Queda de flores:
Flores:– grandes e escorregadias: Espatódeas produzem
flores grandes, que ao serem pisadas são escorregadias e podem ocasionar a queda de pedestres, evitar plantá-la em locais de grande circulação;
– com odor: o chichá (Sterculia foetida) tem flores bonitas, mas na florada, durante uma semana conspurca o ar do jardim com intolerável mau-cheiro;
3- Tamanho do local X tipo de árvore:
Tamanho do local:– menor que 6 x 6 metros: não é recomendável o
plantio de árvores;– entre 6x6 a 10x10 metros: árvores de pequeno
porte ou de copa colunar ou cônica (diâmetro de copa menor que 6 metros);
– entre 10x10 e 15x15 metros: árvores de tamanho médio (diâmetro de copa entre 6 a 10 metros);
– entre 15x15 e 20x20 metros: árvores grandes (diâmetro da copa maior que 10 metros);
4- Plantio:
Tamanho das covas: 0,60x 0,60x0,60 a 0,80x0,80x0,80 m .
Inversão de camadas: colocar terra de melhor qualidade no fundo, para estimular crescimento das raízes em profundidade e não superficiais. Isto evita quebra de pisos.
Adubação:– orgânica:
» 20 a 30 litros de composto orgânico ou esterco de curral curtido
» 300 a 400 gramas de farinha de ossos;– mineral:
» 200 a 300 gramas de NPK 10-10-10 por cova;
Irrigação: para assentamento da terra e eliminação de bolsões de ar;
Colo da muda ao nível do solo;
5- Transplante: Existem espécies que resistem melhor a
transplantes que outras;– resistem a transplantes: manacá-da-serra,
cássia-javanica, acácia-mimosa,– difíceis de transplantar: flamboyant, chorão,
paineira, alecrim-de-campinas, jabuticabeira e coníferas em geral;
Sangria: – procedimento já explicado na aula de raízes;
Tamanho do torrão:– mínimo de 6 a 8 vezes o DAP (diâmetro à
altura do peito- 1,30 m); Marcação do lado norte; Poda de redução da copa; Época: após florescimento ou frutificação;
6- MANUTENÇÃO
irrigação: geralmente depois de estabelecida num local, não precisam de irrigação, porém, algumas espécies como as jabuticabeiras, produzem maior quantidade de frutos se irrigados periodicamente;
Adubação de cobertura: objetivo de restituir os elementos absorvidos pelas plantas;
– adubar sempre na projeção da copa e nunca junto ao tronco;
– quantidade: depende do tamanho da árvore, podendo ser aplicado 150 gramas de 10-10-10 por metro linear da linha de projeção da copa, ou 200 gramas de 10-10-10 para cada cm de DAP;
– forma de aplicação: fazer na projeção da copa, com incorporação rasa; ou através de perfurações espaçadas de 40 cm, onde se coloca o adubo misturado com terra e matéria orgânica;
7- PODA
Podas de Limpeza:
Ramos internos
Remoção de ramos secos, doentes e finos (até o ponto que se mostrem sadios)
Podas Drásticas:
APRIMORAMENTO DA COPA: Feita visando o rebaixamento total da copa.
EM FURO: elimina os ramos que estejam interferindo com a rede elétrica, podando-os com vistas a garantir distâncias mínimas de segurança em relação a fiação. É uma poda emergencial e não habitual.
EM “ve”: elimina os ramos que estejam interferindo com a rede elétrica, podando-os com vistas a garantir distâncias mínimas de segurança em relação a fiação. É uma poda emergencial e não habitual.
Ramos envassourados em conseqüência de um poda drástica mal executada.
Poda executada com falta de critérios, que induz brotação desordenada.
Técnica:– instrumentos bem afiados;– corte em bizel, evitando deixar superfície
cortada na horizontal (acumula água e apodrece);
– pincelamento com sulfato de cobre; Época:
– após florescimento ou frutificação;
8- Arborização viária:1.Características da via:
– largura do leito carroçável» Ruas e avenidas amplas: > 8m» Ruas estreitas: < 8m;
– largura da calçada» Ruas e avenidas amplas: >= 3m» Ruas estreitas: < 3m;
– Ruas e avenidas amplas utilizar espaçamento de 8 a 12 m. Espécies de porte médio e alto podem ser plantadas onde não houver fiação aérea;
– Ruas estreitas utilizar espaçamento de 5 a 8 m. Só plantar espécies de porte baixo ou arvoretas;
– postes e esquinas: afastamento mínimo de 5 m– redes de tubulações, encanamentos e entradas de
garagens e portões residenciais: distância linear de 1-2 m;
– Diversificar o uso das espécies: 10 a 15% de cada espécie.
9- Árvores de pequeno porte
Pata-de-vaca(Bauhinia variegata)
Florecimento: Primavera-verão
Resedá(Lagerstroemia indica)
Florecimento: Quase o ano todo
Quaresmeira(Tibouchina granulosa)
Florecimento: Quaresma
Manacá-da-serra(Tibouchina mutabilis)
Florecimento: Verão-outono
10- Árvores médias
Pau-ferro(Caesalpinia ferrea)
Florecimento: Primavera-verão
Sibipiruna(Caesalpinia peltophoroides)
Florecimento: Outono-primavera
Embaúba(Cecropia leucocoma)
Espatódea(Spathodea campanulata)
Florecimento: Quase o ano todo
Ipê-amarelo(Tabebuia chrysotricha)
Ipê-branco(Tabebuia roseo-alba)
11- Árvores grandes
Paineira(Chorisia speciosa)
Jatobá(Hymenaea courbaril)
Florecimento: Primavera-verão
Sapucaia (Lecythis pisonis)
Florecimento: Inverno-primavera
Guapuruvu(Schizolobium parahybum)
Florecimento: Primavera-verão
Tipuana(Tipuana tipu)
Florecimento: Primavera