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1 MANUAL DE ROTINAS DE SECRETARIA CRIMINAL Atualizado por Cláudia Oliveira Belo Horizonte, julho de 2011

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MANUAL DE ROTINAS DE SECRETARIA CRIMINAL

Atualizado por Cláudia Oliveira

Belo Horizonte, julho de 2011

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MANUAL DE ROTINAS DE SECRETARIA - CRIMINAL

ÍNDICE INTRODUÇÃO 05 1. TABELAS PROCESSUAIS UNIFICADAS – CNJ 06 1.1 Campo localização 06 1.2 Controle de Secretaria (CS) 07 2. ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DAS SECRETARIAS 09 2.1 Organização da Secretaria de Juízo 09 3. COMUNICAÇÃO DE FLAGRANTE 10 4. INQUÉRITO POLICIAL 10 5. AUTUAÇÃO 11 5.1 Queixa-crime 14 5.2 Recebimento da Denúncia 14 6. CITAÇÃO 14 6.1 Intimação 15 7. MANDADOS 16 7.1 Observações sobre a expedição e cumprimento do mandado 17 7.2 Relação dos números para a expedição dos mandados mais comuns no Siscom Windows 20 7.3 Mandados de Prisão 21 7.3.1 Mandado de Prisão Temporária 21 7.3.2 Mandado de Prisão Preventiva 21 7.3.3 Mandado de Prisão por condenação 21 8. CARTAS 25 8.1 Carta Precatória 25 8.2 Carta Rogatória 27 8.2.1 Requisitos Essenciais para Expedição 27 8.2.2 Documentos que acompanham as Cartas Rogatórias 28

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8.3 Carta de Ordem 28 9. EDITAL 28 10. CERTIDÕES 30 10.1 Certidão de Antecedentes Criminais 31 10.2 Folha de Antecedentes Criminais 32 11. INTIMAÇÕES 33 11.1 Publicação e Intimação 33 11.2 Intimação de Sentença 36 12. APENSAMENTO E DESAPENSAMENTO 36 12.1 Casos Especiais 37 13. DESENTRANHAMENTO 38 14. DESMEMBRAMENTO 39 15. CARGA DE AUTOS 39 15.1 Carga Para Extração de Cópias 41 16. ATOS ORDINATÓRIOS 42 16.1 Da Carga e da Vista dos Autos 43 16.2 Das Cartas Precatórias 43 16.3 Nos Procedimentos Especiais de Jurisdição Voluntária 43 16.4 Em Face do Recurso 44 16.5 Procedimentos Comuns 44 17. TEMPO DOS ATOS PROCESSUAIS 45 17.1 Decurso de Prazo 45 17.2 Trânsito em Julgado em Procedimento Criminal 47 17.3 Principais Prazos do Processo 48 18. JUNTADA 49 18.1 Juntada em Processos Apensados 50 18.2 Juntada da Declaração de Imposto de Renda 51 18.3 Juntada de Petições em Processos Conclusos 51 19. DESTINAÇÃO DE ARMAS E OBJETOS APREENDIDOS 52 20. EMISSÃO DE GUIA DE EXECUÇÃO 52

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21. ALVARÁ DE SOLTURA 54 21.1 Alvará de Soltura Eletrônico 54 21.2 Alvará de Soltura - Sistema Convencional 56 22. BAIXA E ARQUIVAMENTO DE AUTOS 57 22.1 Arquivamento Provisório 59 22.2 Desarquivamento 59 23. TRIBUNAL DO JÚRI 60 24. TÓXICOS 63 24.1 Procedimento Especial 63 24.2 Delação Premiada 63 24.3 Rito Processual 63 24.4 Lei 11.343/2006 – Esquema 64 25. LEI 11.340, DE 07.08.2006 – LEI MARIA DA PENHA 65 25.1 Procedimento 65 25.2 Lei 11.340/2006 – Esquema 66 26. ATENDIMENTO AO PÚBLICO 67 27. LIVROS OBRIGATÓRIOS 68 28. SERVIÇOS AUXILIARES 70 28.1 Contadoria – Tesouraria 70 28.2 Custas Judiciais 71 28.3 Taxa Judiciária 72 28.4 Emissão de Guia de Custas 72 28.5 Cobrança de Custas Finais 73 28.6 Protocolo Geral de Petições e Documentos Judiciais 74 28.7 Central de Mandados 75 28.8 Serviço Auxiliar de Distribuição 76 28.8.1 Requisitos para a Distribuição das Petições Iniciais 77 28.8.2 Distribuição por Dependência 79 28.8.3 Da Redistribuição de Feitos 80

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INTRODUÇÃOINTRODUÇÃOINTRODUÇÃOINTRODUÇÃO

As ações rotineiras realizadas pelas Secretarias de Juízo estão consubstanciadas em normas esparsas, principalmente, aquelas ditadas pelos Códigos de Processo, mas também em atos normativos da Corregedoria-Geral de Justiça e do Tribunal de Justiça, que regulamentam e suprem as lacunas dos Códigos, no sentido de dar efetividade às normas no que se refere à prática desses atos.

O Código de Processo Civil, por ser mais abrangente, aplica-se, no que couber, também à ordem processual penal, de modo a “conferir aos órgãos jurisdicionais os meios de que necessitam para que a prestação da justiça se efetue com a presteza indispensável à eficaz atuação do direito”.

Os Códigos de Processo são, pois, as principais fontes donde se extrai as regras de cunho processual, que visam resguardar as partes e os serventuários da justiça quanto à autenticidade e validade dos atos praticados. Não é sem motivo que o CPC assim dispõe:

Art. 154. Os atos e termos processuais não dependem de forma determinada senão quando a lei expressamente a exigir, reputando-se válidos os que, realizados de outro modo, Ihe preencham a finalidade essencial.

Art. 166. Ao receber a petição inicial de qualquer processo, o escrivão a autuará, mencionando o juízo, a natureza do feito, o número de seu registro, os nomes das partes e a data do seu início; e procederá do mesmo modo quanto aos volumes que se forem formando.

Art. 167. O escrivão numerará e rubricará todas as folhas dos autos, procedendo da mesma forma quanto aos suplementares.

Parágrafo único. Às partes, aos advogados, aos órgãos do Ministério Público, aos peritos e às testemunhas é facultado rubricar as folhas correspondentes aos atos em que intervieram.

Art. 168. Os termos de juntada, vista, conclusão e outros semelhantes constarão de notas datadas e rubricadas pelo escrivão.

Art. 169. Os atos e termos do processo serão datilografados ou escritos com tinta escura e indelével, assinando-os as pessoas que neles intervieram. Quando estas não puderem ou não quiserem firmá-los, o escrivão certificará, nos autos, a ocorrência.

Parágrafo único. É vedado usar abreviaturas.

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Art. 171. Não se admitem, nos atos e termos, espaços em branco, bem como entrelinhas, emendas ou rasuras, salvo se aqueles forem inutilizados e estas expressamente ressalvadas.

As matérias aqui abordadas não estão esgotadas e, em caso de dúvidas, o servidor deverá valer-se do Provimento nº 161/CGJ/2006 e demais atos normativos editados pela Corregedoria Geral de Justiça e pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais, bem como dos Códigos de Processos e demais leis existentes.

Foi também fonte normativa do presente Manual as Instruções Padrão de Trabalho – IPT´s, validadas pela Corregedoria Geral de Justiça e que integram o Sistema de Organização Organizacional do TJMG.

1) Tabelas Processuais Unificadas 1) Tabelas Processuais Unificadas 1) Tabelas Processuais Unificadas 1) Tabelas Processuais Unificadas –––– CNJCNJCNJCNJ

Premido pela necessidade de melhorar os serviços judiciais prestados ao cidadão, aprimorar a coleta de informações estatísticas e pela busca da padronização nacional das atividades de apoio judiciário, o Conselho Nacional de Justiça - CNJ criou as Tabelas Processuais Unificadas para o Poder Judiciário, a saber: 1) Tabela de Assuntos Processuais, utilizada para padronizar nacionalmente o cadastramento das matérias ou temas discutidos nos processos; 2) Tabela de Classes Processuais, usada na classificação do procedimento judicial ou administrativo adequado ao pedido; 3) Tabela de Movimentação Processual, para registro dos procedimentos e rotinas dos atos processuais que impulsionam o processo.

As mudanças visam também melhorar a compreensão do andamento processual pelo jurisdicionado que, hoje, tem amplo acesso à internet.

Para o presente estudo, interessa-nos apenas a Tabela de Movimentação Processual, que fez significativas alterações na tabela existente no SISCOM. Foram retiradas diversas movimentações em uso e acrescentadas outras, reduzindo os códigos a quase um terço.

1.1) Campo LOCALIZAÇÃO 1.1) Campo LOCALIZAÇÃO 1.1) Campo LOCALIZAÇÃO 1.1) Campo LOCALIZAÇÃO

Com o enxugamento da tabela do SISCOM, constatou-se a necessidade de se criar uma maneira de a secretaria de juízo informar qual é a localização do processo na serventia, já que, muitas vezes, os movimentos do SISCOM tinham esta função.

Antigas movimentações que tinham o objetivo de aguardar a realização de algum ato foram extintas, tais como aguarda expedição de..., aguarda devolução de..., aguarda realização..., etc. Por exemplo: quando o juiz despachar “expeça-se mandado”, o processo receberá apenas três movimentações, desde a expedição até a devolução do mandado:1) EXPEDIÇÃO DE MANDADO; 2) MANDADO DEVOLVIDO – CUMPRIDO, NÃO CUMPRIDO OU CUMPRIDO EM PARTE; e 3) JUNTADA DE MANDADO. As fases intermediárias – quando o mandado foi expedido ou estiver aguardando a sua devolução - não mais estará disponível para o público externo, mesmo que a consulta seja feita através da internet ou dos Terminais de Consulta ao Andamento Processual - TECAP.

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Criou-se, assim, o campo LOCALIZAÇÃO. Esta função de localização é um procedimento novo no SISCOM, que visa auxiliar as secretarias de juízo a identificar aquele local físico onde o processo encontra-se dentro da secretaria.

O campo LOCALIZAÇÃO aparece somente nas telas PESQUISA > FEITOS > DADOS COMPLETOS (pressionando page down) e PESQUISA > FEITOS > DADOS RESUMIDOS (pressionando F9).

A informação do campo LOCALIZAÇÃO não estará disponível para visualização em consulta externa, seja através das informações fornecidas pela Central de Consultas, TCR’s ou através das informações da Internet.

A informação poderá ser alterada através dos comandos FEITOS > MOVIMENTAÇÃO > INCLUSÃO INDIVIDUAL, FEITOS > MOVIMENTAÇÃO > INCLUSÃO MASSIVA e também através da inclusão massiva (FEITOS > LOCALIZADOR > INCLUSÃO MASSIVA) - sem obrigatoriedade para qualquer movimentação. Manutenção - movimentação inclusão individual - Na inclusão da movimentação individual, a informação contida no campo LOCALIZAÇÃO será LIMPADA se não houver qualquer digitação no campo e escolhida a opção CONFIRMA. Em caso de digitação de outro local, o campo será alterado para a descrição desejada. Em ambos os casos, aparecerá uma mensagem de alerta, cujo default do cursor cairá na opção CONFIRMA. Caso não seja digitada nova descrição e escolhida a opção CANCELA, será mantida a localização anteriormente informada. Em qualquer momento, antes de confirmar com F10, o campo poderá ser alterado.

Na inclusão da movimentação massiva, a informação contida no campo LOCALIZAÇÃO será MANTIDA se não houver qualquer digitação no campo, e alterado, em caso de digitação de outro local, PARA TODOS OS PROCESSOS INFORMADOS, para a descrição desejada. Para este ÚLTIMO CASO, aparecerá um alerta, indicando que TODOS OS PROCESSOS TERÃO AS LOCALIZAÇÕES ALTERADAS PARA (...), cujo default do cursor cairá na opção CONFIRMA.

Neste procedimento, após informar a nova descrição da LOCALIZAÇÃO, aparecerá uma mensagem - PROCESSO FICARÁ GUARDADO NO LOCAL (...), cujo default do cursor cairá na opção CONFIRMA.

Atenção! O movimento EXPEDIÇÃO DE [tipo de documento] registra o momento em que o documento se considera pronto e é encaminhado para produzir a sua finalidade.

1.2) Controle de Secretaria (CS)1.2) Controle de Secretaria (CS)1.2) Controle de Secretaria (CS)1.2) Controle de Secretaria (CS)

Foi disponibilizado para utilização pelos escrivães uma função denominada CONTROLE DE SECRETARIA (CS). Semelhante ao LOCALIZADOR, essa função permite a inclusão da localização do feito na secretaria, tanto através da movimentação massiva (FEITOS > MOVIMENTAÇÃO > INCLUSÃO MASSIVA) ou individual (FEITOS > MOVIMENTAÇÃO > INCLUSÃO INDIVIDUAL) do feito, como também pela função inclusão massiva (FEITOS > CONTROLE SECRETARIA – INCLUSÃO MASSIVA), que permite a alteração do CONTROLE DE SECRETARIA sem movimentação do feito. O código poderá ser escolhido através da listagem F9.

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O escrivão deverá providenciar a criação dos códigos através do comando TABELAS > MANUTENÇÃO > DADOS DA COMARCA > CONTROLE DA SECRETARIA.

No campo CÓDIGO podem ser utilizados letras, números ou combinação de letras e números. Após incluído o código, ele não pode mais ser excluído, apenas desativado. A descrição poderá ser alterada apenas se o código ainda não foi incluído em nenhum processo.

A inclusão ou exclusão do CONTROLE DE SECRETARIA pode ser controlada através de um histórico, acessado na tela FEITOS > MOVIMENTAÇÃO > INDIVIDUAL, pressionando, após a inclusão do número do processo, CTRL + F4 > OUTRAS FUNÇÕES > HISTÓRICO CONTROLE SECRETARIA, como também através da tela PESQUISA > FEITOS > HISTÓRICO CONTROLE SECRETARIA.

No procedimento FEITOS > CONTROLE SECRETARIA > INCLUSÃO MASSIVA há um alerta sobre a existência de documento a ser juntado após a digitação do processo.

Outra ferramenta disponível é a impressão de todos os processos que estão com determinado CONTROLE DE SECRETARIA, através da tela IMPRESSÃO > RELATÓRIOS > FEITOS POR CONTROLE SECRETARIA, podendo ser impressos um ou mais códigos ao mesmo tempo.

Ao contrário do campo LOCALIZADOR, que só permite visualização interna, as informações referentes ao campo CONTROLE DE SECRETARIA estão disponíveis para visualização nos seguintes locais:

• PESQUISA > FEITOS > DADOS COMPLETOS (1ª TELA); • PESQUISA > FEITOS > DADOS RESUMIDOS (1ª TELA); • FEITOS > MOVIMENTAÇÃO INDIVIDUAL; • FEITOS >MOVIMENTAÇÃO > MASSIVA; • FEITOS > JUNTADA DE DOCUMENTOS > MANUTENÇÃO/CONSULTA; • PESQUISA > FEITOS > ANDAMENTO TELA > NOME; • PESQUISA > FEITOS > ANDAMENTO TELA >PROCESSO; • PESQUISA > FEITOS > PROCESSOS PARALISADOS > MOTIVO LEGAL e HÁ

MAIS DE 30 DIAS; • PESQUISA > FEITOS > ÚLTIMA MOVIMENTAÇÃO; • Consulta pela INTERNET.

O CONTROLE DE SECRETARIA também constará dos seguintes relatórios impressos:

• FEITOS > CONTROLE PRAZO > PESQUISA PRAZO; • FEITOS > JUNTADA DE DOCUMENTOS > MANUTENÇÃO/CONSULTA; • PESQUISA > FEITOS > ANDAMENTO IMPRESSÃO > NOME; • PESQUISA > FEITOS > ANDAMENTO IMPRESSÃO > PROCESSO; • PESQUISA > FEITOS > ÚLTIMA MOVIMENTAÇÃO 16 Cód. 10.25.097-2; • PESQUISA > FEITOS > PROCESSOS PARALISADOS > MOTIVO LEGAL e HÁ

MAIS DE 30 DIAS;

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• IMPRESSÃO pelos TECAP´S.

2) ORGANIZAÇÃO E FUNCIONA2) ORGANIZAÇÃO E FUNCIONA2) ORGANIZAÇÃO E FUNCIONA2) ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DAS SECRETARIASMENTO DAS SECRETARIASMENTO DAS SECRETARIASMENTO DAS SECRETARIAS

A estrutura das Secretarias de Juízo varia de acordo com a entrância da comarca, sendo que para cada Secretaria há sempre um escrivão e um juiz.

São atribuições dos servidores que trabalham nas Secretarias de Juízo os atos de movimentação, documentação e execução dos processos em tramitação e o atendimento ao público externo (partes, procuradores e interessados) e interno (juízes, promotores de justiça e demais servidores).

2.1) Organização da Secretaria de Juíz2.1) Organização da Secretaria de Juíz2.1) Organização da Secretaria de Juíz2.1) Organização da Secretaria de Juízoooo

O ambiente físico deve ser planejado, com o objetivo de simplificar e agilizar os trabalhos. Os móveis e equipamentos devem estar dispostos de maneira a evitar deslocamentos desnecessários, tanto de pessoas quanto de autos e de livros.

O fator físico é importante porque ele influencia na salubridade do ambiente, tanto no que diz respeito ao rendimento como no ânimo e disposição do servidor para o trabalho.

Assim, devem ser adotados cuidados básicos, tais como:

• Manter limpas e organizadas as salas; • Distribuir os processos nos escaninhos com atenção, a fim de evitar

enganos, mantendo-os organizados e arrumados; • Zelar pela economia e conservação do material de uso periódico; • Dentro do possível, manter sobre as mesas, durante o expediente,

somente os autos que estiverem sendo manuseados; • Evitar colocar autos empilhados no chão ou sobre as lixeiras.

Em especial, deve-se ficar atento à guarda dos processos nos escaninhos. Esse item deve ser observado com cuidado porque a sua inobservância

JUIZ

ESCRIVÃO, CONTADOR-

TESOUREIRO, DEMAIS GERENTES DE

ESCREVENTES (OFICIAIS DE APOIO E TERCEIRIZADOS)

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causa diversos transtornos para a Secretaria, tais como atraso no cumprimento dos expedientes e demora no atendimento do advogado no balcão. A não localização do processo no ato do atendimento, pode, também, levar à obrigatoriedade de expedição de certidão pelo escrivão quanto a este fato, acarretando atraso no andamento processual ante a devolução do prazo para a parte prejudicada.

Ressalta-se, ainda, que a correta guarda e localização dos processos nos escaninhos é sinal de respeito aos colegas, sendo a desatenção fator que prejudica a todos, já que a ação de um servidor reflete diretamente no trabalho do outro.

3) 3) 3) 3) Comunicação do flagranteComunicação do flagranteComunicação do flagranteComunicação do flagrante

• Deverá ser distribuído (constará no SISCOM como processo principal);

• Remeter diretamente ao Juiz; • Aguardar o inquérito policial (distribuído por dependência) e dar

baixa no APFD. A autuação do APDF poderá ser dispensada, aguardando a chegada do inquérito em pasta própria, para posterior juntada a este, já que um dos objetivos da comunicação do flagrante é a verificação do prazo de prisão pelo juiz. Se optar pela autuação, mesmo assim o APDF poderá ser juntado ao inquérito, ou, se preferir, apenas apensar. Tem juiz, ainda, que determina o traslado de cópia do APDF para os autos do inquérito e arquiva o processo de flagrante. Não existe norma a este respeito; são apenas sugestões, todas viáveis, e o escrivão ou juiz poderá escolher a que melhor o atenda, mas nunca deverá se esquecer de BAIXAR o flagrante (procedimento criminal findo). 4) Inquérito policial4) Inquérito policial4) Inquérito policial4) Inquérito policial:

• Ao receber o inquérito, juntar/apensar a comunicação de flagrante e baixá-la, através do código 018 – procedimento criminal findo;

• Anotar a apreensão dos objetos na contracapa dos autos; • Fazer as anotações na capa do inquérito, tais como se o

indiciado está preso, colocando a tarja correspondente, colocar demais tarjas conforme a natureza do crime, em relação à atuação do RMP e identificação das medidas cautelares;

• Lavrar termo de recebimento e conclusão, ou vista MP; • Lavrar termo de vista ao RMP, que poderá requerer diligências,

arquivamento do inquérito ou oferecer a denúncia. Se oferecida a denúncia, redistribuir ao Juízo competente;

• O Juiz poderá determinar: o cumprimento das diligências requeridas pelo MP; o arquivamento ou não do IP;

• Em caso de arquivamento, dar vista ao MP e verificar se tem objeto apreendido. Em caso positivo, fazer promoção através do modelo no Siscom Windows que indica a existência de bens apreendidos sem destinação.

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OBS: - Art. 5 do Provimento Conjunto 01/03 - “O inquérito policial, procedimento ou processo criminal não poderão ser arquivados enquanto não for dada efetiva destinação à arma ou ao bem apreendido, sob pena de responsabilidade funcional, cabendo ao Escrivão Judicial, se for o caso, promover os autos ao Juízo para as providências cabíveis”. PASSO A PASSOPASSO A PASSOPASSO A PASSOPASSO A PASSO

− receber o inquérito policial, procedimento ou processo criminal que contenha objeto apreendido e conferir se o Depósito fez o lançamento dos dados relativos às armas e bens apreendidos no SISCOM;

− os dados registrados no SISCOM deverão ser impressos em tantas vias quantas forem necessárias, sendo que, obrigatoriamente, uma será destinada ao “Livro de Armas e Objetos Apreendidos” e outra que será juntada aos autos;

− o “Livro de Armas e objetos Apreendidos” poderá ser formado com a própria via impressa do SISCOM (livro de folhas soltas);

− todos os objetos aprendidos deverão receber etiqueta que contenha o número do processo a que pertencem;

− as substâncias tóxicas, tais como maconha e cocaína, não são recebidas e nem ficam armazenadas no Depósito Forense, salvo as amostras enviadas pelos peritos. Compete às Delegacias de Polícia dar destinação a estas substâncias ou destruí-las.

5) Autuação5) Autuação5) Autuação5) Autuação

Autuar é o ato de formar o processo. A autuação, atribuição específica do escrivão ou do escrevente, consiste em proceder à formação dos autos, colocando-se a capa na denúncia, acompanhada do inquérito policial ou petição inicial, numerando folhas e certificando o ato. No ato da autuação, o servidor responsável coloca numa pasta de cartolina, padrão TJMG, os documentos recebidos, observando a seguinte ordem:

I. Plástico para colocação de peças em duplicidade que poderão ser reutilizadas;

II. Denúncia, inquérito policial (a capa do inquérito deve ser mantida, retirando-se a contracapa), petição inicial, etc.;

III. Procuração e substabelecimento (se houver); IV. Declaração de pobreza (se houver); V. Demais documentos que acompanham a petição ou instrumento inicial;

VI. Comprovante de distribuição; VII. Comprovante de pagamento das custas do processo, se houver;

Os comprovantes de distribuição e do pagamento das custas deverão der colacionados em uma folha à parte.

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A capa do processo é importante instrumento de visualização do conteúdo do feito. Os campos existentes na parte frontal dessa capa devem ser preenchidos ou ser-lhe afixadas etiquetas adesivas, com os seguintes dados:

• Comarca; • Juízo a que corresponde a Secretaria; • Classe (tipo de ação) e número de registro; • Artigos de lei em que incursos os réus, principalmente, nas

ações de natureza criminal; • Nome das partes; • Nome e número da OAB dos advogados que atuam no processo.

A capa deve ser reforçada com fita crepe ou adesiva. Visando facilitar a localização dos autos, o número do processo deve ser repetido, em destaque (à mão ou carimbo), na sua parte inferior e/ou lateral. Quando houver bens e objetos apreendidos, além de anexar aos autos cópia da “Relação de Bens/Armas Apreendidos”, deverá ser lançado na contracapa a anotação pertinente, conforme modelo abaixo:

BENS/ARMAS APREENDIDOS, SEQUESTRADOS OU ARRESTADOS

Natureza

□ Arma de Fogo □ Veículo

□ Imóvel □ Outros

Formulário de “Relação de Bens/Armas

Apreendidos” (cód.: 10.30.575-0) ou “Autos de

Apreensão”

Fls.: _______________

Em ___/___/__ ___________ ___ ____________

Assinatura (servidor)

Matrícula

Destinação do Bem/Arma

Fls.: ________________________

Obs.: __________________

________________________________

________________________

Em ____/____/____

Assinatura _______________

(servidor)

Matrícula _______________

Numerar e rubricar as folhas a partir da denúncia no canto superior direito. A primeira folha da denúncia recebe número 01-d, 02-d, 03-d e assim por diante, pois a capa corresponde ao número um, mas não recebe numeração, mantendo-se a capa do inquérito policial e retirando a sua contracapa. Se a primeira folha do Inquérito Policial for nº 01, numerar a capa do mesmo com 01-A, mas se a primeira folha do inquérito policial for nº 02 numerar a capa do inquérito policial com 01.

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Na ocorrência de erro na sequência dos números não se deve usar corretivo. O correto é riscar o número errado, renumerar as folhas, certificando ao final.

As folhas em branco devem receber um carimbo com a expressão “EM BRANCO”, ao longo de sua extensão, e nelas não deverá ser lançado nenhum termo ou afixado qualquer documento, salvo a numeração correspondente;

Sempre que se chegar a 200 (duzentas) folhas novo volume será aberto, certificando o encerramento de um e a abertura do novo volume, dando sequência à numeração (os termos de abertura e de encerramento não recebem numeração). Para se evitar a separação das folhas de uma mesma peça (petição, sentença, precatória, etc.), um volume poderá exceder ou não alcançar esse limite;

Identificar os autos com tarja através da utilização de fitas coloridas, que deverão ser apostas entre os dois colchetes, destacando as situações especiais.

• Vermelha: réu preso; • Verde: preso por outro processo; • Azul: promotoria especializada; • Preta: segredo de justiça.

No caso de assistência judiciária, não se aconselha o uso de fita adesiva, uma vez que o pedido poderá ser revogado a qualquer tempo. Neste caso, deve-se apenas fazer a marcação no campo indicado na capa dos autos ou utilizar-se de carimbo próprio.

Nas ações em que figure como parte ou interveniente pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos deverá ser assegurada a tramitação prioritária dos processos e procedimentos judiciais, inclusive na execução dos atos e diligências correlatas. O interessado na obtenção da prioridade deverá requerer sua concessão ao juiz da causa, juntando prova de sua idade. A concessão da prioridade não cessará com a morte do beneficiado, estendendo-se em favor do cônjuge supérstite, companheiro ou companheira, com união estável, maior de 60 (sessenta) anos.

O escrivão deverá anotar e destacar a prioridade em local visível na capa dos autos do processo.

Nos processos de réu preso verificar o lançamento no SISCOM da data e tipo da prisão, bem como a soltura, caso houver.

Além dos procedimentos básicos acima descritos, devem também ser autuados:

I – liberdade provisória;

II – fiança;

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III – relaxamento de prisão;

IV – habeas corpus

V – incidente de insanidade mental (arts.153 e 154 do CPP)

VI – incidente de falsidade (arts 145 e seg. do CPP);

VII – recurso em sentido estrito – RSE, quando é formado o instrumento, nos casos previstos em lei (art. 581 e seg do CPP) devendo a parte indicar as peças dos autos que pretenda traslado;

Preencher os campos da capa e lavrar termo de conclusão. Código 02121.

5.1) Queixa5.1) Queixa5.1) Queixa5.1) Queixa----crimecrimecrimecrime

A queixa-crime é uma ação privada que deve ser autuada observando-se: I) Se foi fornecida cópia da inicial pelo advogado para servir de contra-fé ; II) Procuração; III) verificar se houve pagamento de custas processuais e diligência do Oficial de Justiça; IV) Se houve requerimento de assistência judiciária.

Formado o processo, o servidor deverá CONFERIR O CADASTRAMENTO: partes, endereço, tipo de ação, advogado, etc. Caso algum dado do cadastro não esteja de acordo com o que constar dos autos ou na falta de algum deles, deverá ser imediatamente providenciada a sua retificação ou inclusão.

O correto cadastramento do processo é peça fundamental para a emissão de certidão, além de evitar o aparecimento de homônimos e, consequentemente, constrangimento para o cidadão. Ressalta-se, mais uma vez, que o servidor deve estar comprometido e atento a toda informação anexada aos autos, inclusive as certidões dos oficiais de justiça, que complemente a qualificação das partes, fazendo-se as alterações necessárias.

Toda petição inicial deve ser autuada antes da conclusão. Havendo distribuição por dependência, faz-se a autuação e, antes da conclusão, apensa-se ao processo que originou a dependência.

5.2) Recebimento de denúncia5.2) Recebimento de denúncia5.2) Recebimento de denúncia5.2) Recebimento de denúncia

Receber a denúncia no Siscom com o respectivo enquadramento, isto é o artigo em que o acusado está incurso. Para o acusado não denunciado lançar “N” na frente do nome e dar F10. Este procedimento baixa a parte pelo motivo denúncia não oferecida.

6) CITAÇÃO6) CITAÇÃO6) CITAÇÃO6) CITAÇÃO

Citação é o chamamento do réu a Juízo, dando-lhe ciência do ajuizamento da ação, imputando-lhe a prática de uma infração penal, bem como

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oferecendo-lhe a oportunidade de se defender pessoalmente, e através de defesa técnica (CPP).

Art.351: “A citação inicial far-se-á por mandado, quando o réu estiver no território sujeito à jurisdição do juiz que a houver ordenado.”

Art: 352: “O mandado de citação indicará:

I – o nome do Juiz;

II – o nome do querelante nas ações iniciadas por queixa;

III – o nome do réu, ou, se for desconhecido, os seus sinais característicos;

IV – a residência do réu, se for conhecida;

V - o fim para que é feita a citação;

VI – o juízo e o lugar, o dia e a hora em que o réu deverá comparecer;

VII – a subscrição do escrivão e a rubrica do juiz.

Art. 358: “A citação do militar far-se-á por intermédio do chefe do respectivo serviço.”

Art. 359: “ O dia designado para funcionário público comparecer em juízo, como acusado, será notificado assim a ele como ao chefe de sua repartição.”

Art.360: “ Se o réu estiver preso será pessoalmente citado.”

Art.362:” Verificando que o réu se oculta para não ser citado, o oficial de justiça certificará a ocorrência e procederá à citação com hora certa, na forma estabelecida nos arts. 227 a 229 da Lei 5.869 de 11 de janeiro de 1973 – CPC.”

Parágrafo único: completada a citação com hora certa se o acusado não comparecer ser-lhe-á nomeado defensor dativo.”

OBS: feita a citação com hora certa o escrivão enviará ao réu, carta,telegrama ou radiograma, dando-lhe de tudo ciência.

6.1) Intimação6.1) Intimação6.1) Intimação6.1) Intimação

Devem ser expedidos mandados de intimação para o acusado, ofendido, testemunhas e demais pessoas que devam tomar conhecimento de qualquer ato, observando-se, no que couber, as rotinas atinentes à citação.

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7) Mandados7) Mandados7) Mandados7) Mandados

É uma ordem escrita, emitida por determinação do juiz e destinada ao oficial de justiça, para a realização de determinado ato ou diligência. Deve ser assinado pelo Escrivão, nos termos dos arts. 142 , IV e 265, I , ambos do Provimento 161/ CGJ/2006 .

É proibida à Central de Mandados, aos oficiais de justiça, escrivães e demais servidores a inserção, alteração de dados ou informações constantes dos mandados, bem como a extração e entrega de cópia aos interessados, salvo a contra-fé.

Ao oficial de justiça é devida indenização de transporte, a título de ressarcimento de despesa realizada com locomoção, para fazer citação, intimação e cumprir diligência fora das dependências do Tribunal ou do Juízo de 1º grau onde esteja lotado.

O recolhimento prévio da verba indenizatória é condição indispensável para que o mandado seja expedido, exceto nos casos de assistência judiciária, na ação penal pública ou nos casos especificados pelo juiz.

Nos feitos amparados pela justiça gratuita, nos que tramitam perante os Juizados Especiais, nos casos de réu pobre, em feitos criminais de ação penal pública e nas diligências do juízo, os oficiais de justiça, por mandado efetivamente cumprido, e os psicólogos judiciais, assistentes sociais judiciais e comissários de menor, exceto os voluntários, por diligência efetivamente realizada, farão jus a verba indenizatória, para mandados cumpridos na região urbana e na zona rural, independente da distância percorrida, cujos valores são fixados em ato normativo da Corregedoria de Justiça e pagos pelo Tribunal de Justiça.

É dever da Secretaria de Juízo, quando da solicitação do mandado, verificar a existência de identificação das partes devidamente cadastradas no SISCOM, evitando-se a indicação errônea dos endereços. Em caso de inexistência de dados de identificação da parte, o mandado será expedido contendo a determinação de que o oficial de justiça, no momento de se proceder à citação da parte ou cumprir a diligência correspondente, deverá fazer constar de sua certidão os dados relativos à qualificação de tais pessoas, mencionando-se o número do registro do CPF, o número da Carteira de Identidade ou qualquer outro documento válido como prova de identidade no território nacional. Art.168 , 4º, 5º e 6º do Provimento Conjunto 161 da CGJ/2006.

Quando o oficial de justiça informar na certidão novo endereço e/ou a qualificação das partes, após a efetiva distribuição do feito, compete à Secretaria as providências para a inclusão dos dados no SISCOM.

O escrivão, ao receber despacho judicial que altere a situação processual refletindo no cumprimento de mandados já entregues à Central de Mandados, enviará, imediatamente, ofício à Central, solicitando o recolhimento do mandado.

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De acordo com o art. 152 do Provimento 161 são consideradas urgentes, devendo ser cumpridas no mesmo dia em que foi determinada a sua expedição, as intimações ou citações para os seguintes atos:

I – medidas cautelares e antecipação de tutela;

II – audiência de réu preso;

III – audiência, desde que a determinação judicial para a expedição do mandado ocorra dentro do prazo de 05 (cinco) dias anteriores à data da audiência cuja contagem será retroativa em dias corridos, incluído o da realização do ato;

IV – liminar em mandado de segurança e habeas-corpus.

Parágrafo único . Casos especiais e circunstâncias não abrangidos pelos incisos I a V do caput deste artigo serão apreciados e decididos, fundamentadamente, pelo Juiz de Direito, constando do mandado a urgência do seu cumprimento.

A expedição dos mandados deve ser certificada em carimbo próprio constando na certidão o número do mandado e o nome da parte/ testemunha para quem foi expedido.

Os mandados não deverão ser expedidos ou entregues aos Oficiais de Jus6tiça com antecedência superior a 90 (noventa) dias da data fixada para a prática dos atos processuais, exceto no caso de mandados extraídos de Cartas Precatórias de acordo com o art. 165 do Provimento 161 da CGJ/2006.

A entrega de mandados pela Secretaria de Juízo à Central de Mandados deverá ocorrer até às 16h, com exceção das medidas urgentes. Art. 160 do Provimento 161 da CGJ/2006.

Os mandados deverão ser cumpridos e devolvidos à Central de Mandados no prazo máximo de 20 (vinte) dias, contados do seu recebimento pelo Oficial de Justiça. Parágrafo único do art. 161 do Provimento 161 da CGJ/2006.

7.1) Observações sobre a expedição e o cumprimento do mandado7.1) Observações sobre a expedição e o cumprimento do mandado7.1) Observações sobre a expedição e o cumprimento do mandado7.1) Observações sobre a expedição e o cumprimento do mandado a) Todo mandado de citação deverá conter cópia da petição inicial ou

da denúncia; b) Quando mais de um mandado for expedido para cumprimento no

mesmo endereço, pelo mesmo oficial de justiça e na mesma data, será devida uma verba indenizatória única.

c) Nas ações criminais, o acusado deverá ser procurado em todos os

endereços constantes no processo: FAC, depoimento na Depol, no requerimento de liberdade provisória, etc.;

d) O desentranhamento do mandado depende de ordem expressa do

juiz e ocorre quando depender de complementação da diligência pelo oficial de justiça.

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e) Caso o mandado tenha sido cumprido, verificar:

• Se há prazo estipulado no mandado, aguardar no escaninho próprio;

• Não havendo prazo, voltar ao último despacho e verificar o próximo andamento.

g) Caso o mandado não tenha sido cumprido, verificar:

• Réu ou testemunha não encontrada no endereço indicado no mandado: abrir vista para o advogado/defensor ou para o RMP;

• Caso o oficial de justiça certifique novo endereço, expedir novo mandado ou carta precatória (ato ordinatório, independentemente de despacho).

h) Algumas autoridades possuem tratamento privilegiado, sendo inquiridas em local, dia e hora previamente ajustados entre eles e o juiz. São elas: - Presidente e Vice-Presidente da República; - Senadores e deputados federais; - Ministros de Estado; - Governadores de Estados e Territórios; - Secretários de Estado; - Prefeitos do Distrito Federal e dos Municípios; - Deputados às Assembléias Legislativas Estaduais; - Membros do Poder Judiciário;

- Ministros e Juízes dos Tribunais de Contas da União, dos Estados e do Distrito Federal;

- Membros do Tribunal Marítimo.

• Poderão optar pela prestação de depoimento por escrito, caso em que as perguntas, formuladas pelas partes e deferidas pelo juiz, lhes serão transmitidas por ofício:

- Presidente e Vice-Presidente da República; - Presidentes do Senado Federal, da Câmara dos

Deputados e do STF. • Embaixadas e consulados são protegidos pela inviolabilidade,

logo não pode o oficial de justiça neles penetrar. O juiz expede a carta rogatória para o Ministro da Justiça, que a encaminhará.

PASSO A PASSOPASSO A PASSOPASSO A PASSOPASSO A PASSO

− os mandados são emitidos através do SISCOM WINDOWSos mandados são emitidos através do SISCOM WINDOWSos mandados são emitidos através do SISCOM WINDOWSos mandados são emitidos através do SISCOM WINDOWS − impressão; − documentos; − mandado; − número do processo; − número do mandado; − seleciona se é urgente; − responsável pela diligência; R;

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− confirmar; − selecionar a parte; − mandado de audiência abre um quadro para preencher o nome; − tipo de custas; D – A ou C (verba indenizatória) − abre espaço para preencher despacho − confirma − se for réu preso, selecionar o local da prisão − despacho; − confirmar; − emitir em 02 vias

Carta PrecatóriaCarta PrecatóriaCarta PrecatóriaCarta Precatória

− impressão; − documento; − outros; − tipo de documento; − emitir para T(terceiros) ou P (partes – réu ou vítima); − se for emitir para T tem que cadastrar endereço − confirma; − Comarca; − despacho; − confirma; − confirma novamente.

Impressão de ProtocoloImpressão de ProtocoloImpressão de ProtocoloImpressão de Protocolo

− impressão; − protocolo; − mandados; − emitidos; − selecionar U (urgentes) ou N ; − selecionar por matrícula ou por processos; − emitir protocolo; − confirma.

Pesquisa de Mandados enPesquisa de Mandados enPesquisa de Mandados enPesquisa de Mandados enviados à Centralviados à Centralviados à Centralviados à Central

− pesquisa; − mandado; − número do processo; − número do mandado; enter − aparece informação se o mandado foi finalizado (está na Central de

Mandados); ou − se foi entregue na Secretaria; ou − se ainda encontra-se em poder do oficial.

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Para exclusãoPara exclusãoPara exclusãoPara exclusão de mandadosde mandadosde mandadosde mandados

− feitos; − mandados judiciais; − exclusão; − mandado padrão; − número do processo; − número do mandado; − confirma.

7.2) Relação dos números para expedição de mandados mais comuns, no Siscom 7.2) Relação dos números para expedição de mandados mais comuns, no Siscom 7.2) Relação dos números para expedição de mandados mais comuns, no Siscom 7.2) Relação dos números para expedição de mandados mais comuns, no Siscom Windows: Windows: Windows: Windows:

216 - Conciliação queixa-crime

221 – Testemunhas/ audiências

225 – Vítimas/ Parte – Audiências

254 - Partes/ Solto

262 – Intimação de sentença / solto

280 – Busca e apreensão de autos

297 – Condução coercitiva

321 – Para terceiros

341 – Para Carta Precatória

427 – Audiência/Suspensão do processo

455 – Audiência/transação penal

540 – Intimação de sentença/ preso

551 – Preso

611 – Citação/ solto

612 – Citação/Preso

613 – Audiência/solto

614 – Audiência/preso

640- Afastamento do agressor do lar

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641 – Afastamento da ofendida do lar

642 – Separação de Corpus

643 - Intimação do agressor para cumprir medidas protetivas

646 – Mandado de Prisão – Pessoa fora do país

647 – Mandado de Prisão – Pessoa vai sair do país

648 – Mandado de Prisão – Pessoa pode ser encontrada no exterior

7.3) MANDADOS DE PRISÃO7.3) MANDADOS DE PRISÃO7.3) MANDADOS DE PRISÃO7.3) MANDADOS DE PRISÃO

Devem ser expedidos somente com determinação do Juiz. Existem três tipos de mandado de prisão: 7.3.1) Mandado de Prisão Temporária7.3.1) Mandado de Prisão Temporária7.3.1) Mandado de Prisão Temporária7.3.1) Mandado de Prisão Temporária – decretada pelo Juiz competente, despacho fundamentado, em decorrência de representação da autoridade policial ou requerimento do MP. Tem prazo de 05 dias, prorrogável, uma única vez por igual período; 30 dias, prorrogável uma única vez, na hipótese de crime hediondo, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, tortura e terrorismo. 7.3.2) Mandado de Prisão Preven7.3.2) Mandado de Prisão Preven7.3.2) Mandado de Prisão Preven7.3.2) Mandado de Prisão Preventivativativativa - é uma medida cautelar de constrição à liberdade do indiciado ou réu, por razões de necessidade, respeitados os requisitos estabelecidos em lei. Inexiste prazo determinado. A regra é que perdure até quando seja necessário, durante a instrução. A prisão preventiva tem a finalidade de assegurar o bom andamento da instrução criminal, não podendo esta prolongar-se indefinidamente, por culpa do juiz ou por provocação do órgão acusatório. 7.3.3) Mandado de Prisão por Condenação 7.3.3) Mandado de Prisão por Condenação 7.3.3) Mandado de Prisão por Condenação 7.3.3) Mandado de Prisão por Condenação –––– quando há condenação à pena privativa de liberdade que não tenha sido substituída por multa, restritiva de direitos ou sursis. Em 10/06/2010 foi emitido o Ofício Circular nº 58/CGJ/2010 que prevê: “ Senhor Juiz, O artigo 2º, inciso I, da Recomendação nº 20/2008, baixada pelo Conselho Nacional de Justiça estabelece: Art.2º - Recomendar aos juízes que: I – façam constar do mandado de prisão seu termo final de validade, vinculado ao prazo prescricional, e outras cautelas que entenderem necessárias.

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Assim sendo, oriento V. Exª a proceder como determinado na mencionada Resolução nº 20/CNJ/2008, com vistas ao maior controle dos mandados de prisão expedidos. Atenciosamente, Desembargador CELIO CÉSAR PADUANI Corregedor- Geral de Justiça “ Em 01/10/2010 foi emitida a Recomendação nº 17/CGJ/2010 nos seguintes termos: O Corregedor-Geral de Justiça, no uso de suas atribuições legais, CONSIDERANDO a determinação contida no art.1º, parágrafo 4º da Resolução nº 108, de 6 de abril de 2010, do Conselho Nacional de Justiça (que dispõe sobre o cumprimento de alvarás de soltura e sobre a movimentação de presos do sistema carcerário), no sentido de que o alvará de soltura deverá ser expedido e apresentado pelo Oficial de Justiça diretamente à autoridade administrativa responsável pela custódia: CONSIDERANDO que o alvará de soltura, por ser providência afeta à atividade jurisdicional, deve ser cumprido, exclusivamente por Oficial de Justiça, conforme determinado pela Resolução nº 108/2010, sendo vedada a expedição de mandado para a sua entrega, seja o Oficial de Justiça plantonista ou não, excetuadas hipóteses da emissão do alvará de soltura e transmissão por meio eletrônico, nos termos da Portaria-Conjunta nº 2/2008; CONSIDERANDO que o Tribunal de Justiça promoverá estudos em relação à entrega de ofícios, mandados de prisão a serem cumpridos pela Autoridade Policial e outros expediente diversos pelos Oficiais de Justiça, desde que vinculados a processos judiciais, CONSIDERANDO a existência de várias consultas realizadas por magistrados e escrivães a respeito da emissão e cumprimento de mandados de prisão e alvarás de soltura e a necessidade de a Corregedoria Geral de Justiça dar resposta conclusiva a essas consultas; CONSIDERANDO o que ficou deliberado no Comitê de Planejamento da Ação Correicional, em reunião realizada em 24 de setembro de 2010: RECOMENDA,

1) O alvará de soltura será emitido utilizando-se o modelo 555 (Alvará de Soltura-Réu Preso) ou o modelo 631 (Alvará de Soltura-Prisão Civil).

2) O mandado de prisão de réu que já se encontre preso deverá ser

cumprido por Oficial de Justiça, nos termos do art.155 do Provimento nº 161/CGJ/2006, utilizando-se o modelo 548 (Mandado de Prisão Preventiva – Réu Preso) ou o modelo 554 (Mandado de prisão – Réu Preso).

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3) O mandado de prisão de natureza civil deverá ser cumprido por Oficial de Justiça, obedecendo-se o disposto no art.146 do Provimento nº 161/CGJ/2006, utilizando-se o modelo 292 (Mandado de Prisão-Débito Alimentar).

4) Os mandados de prisão a serem cumpridos pela Autoridade Policial serão emitidos utilizando-se os modelos 260 (Mandado de Prisão), 335 (Mandado de Prisão) e 337 (Mandado de Prisão Preventiva ou Provisória), na opção “Outros Documentos”, sendo vedada a expedição de outro tipo de mandado para encaminhamento àquela autoridade.

5) É vedada a emissão de mandado no SISCOM para fins de entrega

de ofícios e de expedientes diversos, nos termos do art.22, parágrafo 4º do Provimento Conjunto nº 15/2010, que estabelece: “ É vedada a expedição de mandados para entrega de ofícios, processos, alvarás e outros documentos por parte do oficial de justiça, plantonista ou não.”

6) Para o cumprimento de diligência no mesmo endereço e na

mesma data deverá ser observado o procedimento para vinculação de mandados, nos termos do art.140-A do Provimento 161/CGJ/2006.

Belo Horizonte, 1º de outubro de 2010. (a) Desembargador Antônio Marcos Alvim Soares

Corregedor-Geral de Justiça

Atenção ainda para a Recomendação nº 09/CGJ/2011

“RECOMENDAÇÃO Nº 9/CGJ/2011 O Corregedor-Geral de Justiça do Estado de Minas Gerais, no uso das atribuições que lhe conferem os incisos I e XIV do art. 16 da Resolução nº 420, de 1º de agosto de 2003 e suas alterações posteriores, que dispõe sobre o Regimento Interno do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, CONSIDERANDO a Instrução Normativa nº 1, de 10 de fevereiro de 2010, da Corregedoria Nacional de Justiça, que “Dispõe sobre a indicação da condição de possível foragido ou estadia no exterior quando da expedição de mandado de prisão em face de pessoa condenada, com sentença de pronúncia ou com prisão preventiva decretada no país, e dá outras providências”; CONSIDERANDO que os mandados de prisão deverão ser encaminhados por cópia conferida com a original, pela secretaria de juízo; CONSIDERANDO o Ofício nº 4.546/2010-RR/IP/SR/DPF/MG, de 3 de setembro de 2010, da Superintendência Regional da Polícia Federal no Estado de Minas Gerais, que solicitou a inclusão de informações na ordem de prisão a ser expedida nos casos de condenado em condição de possível foragido ou estadia no exterior, permitindo, desta forma, o cumprimento dos principais requisitos para emissão da difusão vermelha - (sistema de informática pelo qual a pessoa foragida e que tem

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seu nome lançado pela Interpol nesse cadastro, pode ser localizada em qualquer um dos 188 países que fazem parte da Interpol. Se a pessoa foragida do Brasil tentar ingressar em um desses países, imediatamente acende uma luz vermelha na página do computador da Interpol brasileira com a informação.); CONSIDERANDO o que restou decidido nos autos da Comunicação nº 44.291/2010; RECOMENDA aos magistrados que, ao expedir ordem de prisão por decisão judicial criminal definitiva, de sentença de pronúncia ou de qualquer caso de prisão cautelar em processo crime, tendo ciência própria ou por suspeita, referência, indicação, ou declaração de qualquer interessado ou agente público, que a pessoa a ser presa está fora do país, vai sair dele ou pode se encontrar no exterior, indique expressamente essa circunstância no mandado de prisão ou qualquer outra modalidade de instrumento judicial com esse efeito, além de: 1) Informar em qual(is) país(es) o foragido pode ser encontrado, se houver indícios; 2) Incluir a informação de que se compromete a fornecer os documentos judiciais necessários ao procedimento diplomático de extradição, caso o procurado seja localizado ou preso no exterior; 3) Encaminhar cópia da decisão judicial que embasou a expedição da ordem de prisão, a fim de que possam ser coletados os seguintes dados: - Qualificação completa do procurado disponível nos autos (nome completo, sexo, local e data de nascimento, dentre outras); - Resumo dos fatos delituosos, incluindo data e local do crime, especificando a conduta praticada pelo procurado (pode ocorrer por meio de cópia da denúncia criminal, formulada pelo Ministério Público); - Tipificação legal do delito, pena máxima aplicável e prazo prescricional aplicável ao fato; - Cópia da sentença condenatória ou mandado de prisão. 4) Encaminhar as fotografias disponíveis do procurado, bem como suas impressões digitais (não são itens indispensáveis ao pedido de difusão vermelha, mas são de grande utilidade para as medidas investigativas internacionais). 5) No despacho judicial deliberar se a Difusão Vermelha deve ou não ser disponibilizada no site público da INTERPOL. RECOMENDA, ainda, que caso já tenha sido expedido o mandado de prisão a informação de que a pessoa a ser presa está fora do país, vai sair dele ou pode ser encontrada no exterior, bem como as constantes nos itens 1 e 2, poderão ser fornecidas por meio de ofício, devidamente acompanhado do mandado de prisão e demais documentos elencados nos itens 3 e 4. Belo Horizonte, 08 de junho de 2011

(a) Desembargador Antônio Marcos Alvim Soares Corregedor Geral de Justiça” Disponibilizada no Diário do Judiciário Eletrônico na edição de 10 de junho de 2011

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8) Cartas 8) Cartas 8) Cartas 8) Cartas

As cartas de ordem, precatória e rogatória têm caráter itinerante, devendo os juízes de direito determinar o seu encaminhamento ao juízo competente, quando a eles remetidas equivocadamente ou quando, por qualquer motivo, o ato haja de ser executado em outra Comarca.

8.1) Carta precatória8.1) Carta precatória8.1) Carta precatória8.1) Carta precatória

É o instrumento através do qual um juiz, impossibilitado de realizar o ato processual em virtude de limitação territorial de seu poder, solicita ao juiz, que tem jurisdição na comarca onde deverá realizar-se o ato, que o faça em seu lugar.

Aquele que expede a carta precatória é denominado juízo deprecantejuízo deprecantejuízo deprecantejuízo deprecante e aquele a quem a carta é dirigida denomina-se juízo deprecadojuízo deprecadojuízo deprecadojuízo deprecado.

Em casos de urgência, poderá ser encaminhada via fax, devendo o original ser enviado diretamente à secretaria da vara à qual foi distribuída a referida carta, informando, em ofício anexo, que cópia desta fora previamente encaminhada por fac-símile, indicando a data do encaminhamento. Art.295-A do Provimento Conjunto nº 161/CGJ/2006.

O Distribuidor deve ficar atento a estes casos, devendo fazer um controle, para que não ocorra a distribuição de uma mesma carta precatória por duas vezes.

As cartas precatórias serão expedidas em 2 (duas) vias, sendo uma para os autos e outra para a formação do instrumento. Se alguma comarca de outro Estado da Federação exigir que a precatória esteja acompanhada de mais de uma via, a Secretaria deverá imprimir tantas quantas forem necessárias.

Algumas comarcas de outros Estados da Federação, principalmente São Paulo, exigem que a assinatura do magistrado signatário deve ter a firma reconhecida. A Corregedoria de Justiça expediu o Aviso nº 06/GACOR/2003 alertando que as normas internas editadas por Tribunais de outros Estados se limitam ao território do Estado que as edita; aqueles juízes de direito somente podem recusar o cumprimento de carta precatória quando não estiver revestida dos requisitos legais, quando carecer de competência em razão da matéria ou da hierarquia e quando tiver dúvida acerca de sua identidade. Deparando-se o escrivão com caso semelhante, recomenda-se que seja levado ao conhecimento do juiz da causa e que a carta precatória seja devolvida e nela anexado cópia do referido Aviso.

Caso exista mais de uma testemunha na mesma comarca deprecada, expedir apenas uma carta precatória para inquirição de todas elas, devendo o juízo deprecado oficiar ao juízo deprecante informando a data designada para o ato.

Distribuída a carta precatória, a Central de Distribuição informará ao juízo deprecante sobre a vara à qual foi encaminhada e o número que o referido instrumento tomou na comarca deprecada.

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As cartas precatórias deverão ser instruídas com todos os documentos disponíveis nos autos, desde que úteis para a prática dos atos processuais deprecados, devendo o escrivão providenciar as cópias necessárias, independentemente de despacho.

Deverá constar, na carta precatória, o prazo fixado no despacho para o cumprimento da mesma.

Em caso de citação para apresentação de defesa escrita (art. 396 do CPP):

- anexar cópia da denúncia e do recebimento da denúncia; - publicar a expedição, caso haja advogado constituído. Súmula 273/STJ –––– Intimada à defesa da expedição da carta precatória, torna-se desnecessária a intimação da data da audiência no juízo deprecado.

Em caso de proposta de suspensão condicional do processo (art. 89, da Lei nº 9099/95):

− anexar cópia da denúncia, da proposta apresentada pelo MP. Verificar se o despacho do Juiz determinou a citação do acusado para apresentação de defesa escrita, em caso de não aceitação da proposta de suspensão nos termos da Lei 9.099/95.

• Em caso de proposta de transação penal (art. 76, da Lei 9.099/95):

− anexar cópia da proposta apresentada pelo MP e das declarações prestadas pelo acusado na fase policial; - constar a seguinte observação: havendo aceitação da proposta, a carta precatória deverá permanecer no juízo deprecado para fins de fiscalização e cumprimento, com a comunicação ao juízo deprecante.

• Em caso de intimação e inquirição de testemunhas: - anexar cópia da denúncia e das declarações prestadas pelas testemunhas na fase policial; − caso não haja depoimento de testemunhas na fase policial, anexar cópia do Boletim de Ocorrência (BO) e constar expressamente na carta precatória este fato;

Art: 283 do Provimento 161/CGJ/2006: “Se a inquirição de testemunhas for realizada através de carta precatória o juiz de direito deverá marcar prazo para o seu cumprimento”

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8.2) Carta Rogatória8.2) Carta Rogatória8.2) Carta Rogatória8.2) Carta Rogatória

É a solicitação de diligência a autoridade judiciária estrangeira, onde o juiz pede à justiça de outro país a realização de atos jurisdicionais que houverem de ser praticados em território estrangeiro, quando o réu ou interessado esteja no exterior. Este ato é realizado por via diplomática.

A legislação brasileira determina que os documentos redigidos em língua estrangeira só podem ser juntados aos autos se acompanhados de versão, para a língua portuguesa, firmada por tradutor juramentado. A versão oficial para a língua estrangeira é também exigida para os atos judiciais dirigidos ao exterior.

Nas rogatórias para inquirição é indispensável que as perguntas sejam formuladas pelo juízo rogante, original em português, com uma cópia, e tradução por tradutor juramentado, para o idioma do País rogado, com uma cópia.

Alguns países, como Estados Unidos, Itália e Argentina, possuem requisitos específicos para a expedição das cartas rogatórias para lá destinadas. Antes da expedição da carta rogatória, deve-se acessar o site do Ministério da Justiça – www.mj.gov.br - para verificar a forma de tramitação e os requisitos para a sua correta expedição.

8.2.1) Requisitos essenciais para expedição8.2.1) Requisitos essenciais para expedição8.2.1) Requisitos essenciais para expedição8.2.1) Requisitos essenciais para expedição O Provimento Conjunto n 14/20l0 provê normas para o processamento de Cartas Rogatórias.

• Indicação dos juízos rogante e rogado; • Inteiro teor da petição, do despacho judicial e do instrumento do

mandato conferido ao advogado; • O endereço do juízo rogante; • Descrição detalhada da medida solicitada; • As finalidades para as quais as medidas são solicitadas; • O nome e endereço completos da pessoa a ser citada,

notificada, intimada ou inquirida na jurisdição do juízo rogado, e, se possível, sua qualificação, especialmente o nome da genitora, data de nascimento, lugar de nascimento e o número do passaporte;

• O encerramento com a assinatura do juiz; e • Qualquer outra informação que possa ser de utilidade ao juízo

rogado para os efeitos de facilitar o cumprimento da carta rogatória.

• Quando cabível, nome e endereço completos do responsável pelo pagamento das despesas processuais decorrentes do cumprimento da carta rogatória no país destinatário, salvo as extraídas das ações:

a) que tramitam sob os auspícios da justiça gratuita; b) de prestação de alimentos no exterior, para os países

vinculados à Convenção de Nova Iorque, promulgada no Brasil pelo Decreto nº. 56.826, de 2 de setembro de 1965 (vide artigo 26 da Lei nº. 5.478 de 25 de julho de 1968);

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c) da competência da justiça da infância e da juventude (artigos 141, §§ 1º e 2º, e 148, incisos I a VII, parágrafo único, letras “a” a “h”, da Lei nº. 8.069, de 13 de junho de 1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente).

• Para interrogatório de réu ou oitiva de testemunha, as cartas rogatórias deverão ainda incluir:

a) texto dos quesitos a serem formulados pelo juízo rogado; b) designação de audiência, a contar da remessa da carta rogatória à Autoridade Central, com antecedência mínima de 90 dias, quando se tratar de matéria penal e de 180 dias, quando se tratar de matéria civil.

8.2.2) 8.2.2) 8.2.2) 8.2.2) Documentos que acompanham as cartas rogatóriasDocumentos que acompanham as cartas rogatóriasDocumentos que acompanham as cartas rogatóriasDocumentos que acompanham as cartas rogatórias

a) petição inicial, quando se tratar de matéria civil;

b) a denúncia ou queixa, caso se trate de matéria penal; c) os documentos instrutórios; d) o despacho judicial que ordene sua expedição; e) o original da tradução oficial ou juramentada da carta rogatória e dos documentos que a instruem; f) as duas cópias dos originais da carta rogatória, da tradução e dos documentos que os acompanham; e f) as outras peças consideradas indispensáveis pelo juízo rogante, conforme a natureza da ação.

Parágrafo único: Quando o objeto da carta rogatória for exame pericial sobre documento, este deverá ser remetido em original, ficando cópia nos autos do processo.

Art. 3º: “As cartas rogatórias ativas deverão ser dirigidas pelos próprios magistrados ao Ministro da Justiça, que, por sua vez, encaminhá-las-á ao Ministério das Relações Exteriores do Brasil, para que o Itamaraty, então, proceda à remessa do instrumento rogatório às missões diplomáticas brasileiras situadas no exterior, ou observar-se-á a regra fixada em Convenção Internacional, quando existente.

8.3) Carta de ordem8.3) Carta de ordem8.3) Carta de ordem8.3) Carta de ordem

É expedida por um Tribunal Superior para um juiz ou tribunal de instância inferior à do de origem, devendo ter os mesmos requisitos da carta precatória.

9) Edital9) Edital9) Edital9) Edital

É o documento oficial que contém determinação, aviso, citação, etc. É publicado e/ou afixado em lugar público para conhecimento geral, de interessados ou pessoa cujo destino se ignora.

O edital somente será expedido quando determinado pelo juiz, uma vez que é necessário aferir se o pedido encontra-se dentro das normas do art. 231 a

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233 do CPC e 363 a 365 do CPP, obedecido, ainda, o disposto no art. 219 e seguintes do Provimento nº 161/CGJ/2009.

A Secretaria de Juízo expede o edital através do SISCOM-WINDOWS, que automaticamente o envia para o DJE – Diário Judiciário Eletrônico.

O art. 219 do Provimento 161 da CGJ/2006, prevê que da citação por edital constará:

I – o extrato ou resumo da petição inicial, contendo o substrato da ação em relação da à qual deverá a parte ré tomar conhecimento para defender-se, salvo requerimento expresso da parte interessada;

II – os nomes das partes;

III – a natureza da ação;

IV – o dispositivo legal em que se fundamenta do pedido, evitando-se a descrição de fatos;

V – os demais requisitos essenciais exigidos em lei.

É obrigação das partes a juntada aos autos da comprovação da publicação de editais, salvo determinação judicial em contrário, quando o ônus da confecção e comprovação da publicação do edital fica inteiramente a cargo da Secretaria de Juízo. Deverão ser impressas 2 (duas) vias do edital, sendo uma para ser afixada no átrio do Fórum e outra para ser anexada aos autos. Certifica-se nos autos a expedição do edital e a afixação no átrio do Fórum, informando no SISCOM o código correspondente. A Tabela de Movimentação do CNJ prevê apenas os códigos de expedição e juntada de edital; como dito anteriormente, as fases intermediárias deverão ser informadas no campo LOCALIZADOR. De acordo com o que prevê o art. 392 , IV e seguintes do CPP, deve-se expedir edital de intimação de sentença, quando não for encontrado o réu, pessoalmente, ou seu defensor constituído para receberem a intimação, e assim o certificar o oficial de justiça, devendo esgotar todos os endereços do acusado, constante dos autos, antes da expedição do edital. O prazo do edital será de 90 dias, se tiver sido imposta pena privativa de liberdade por tempo igual ou superior a 1 (um) ano, e de 60 (sessenta) dias, nos outros casos.

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10) CERTIDÕES10) CERTIDÕES10) CERTIDÕES10) CERTIDÕES

CertidãoCertidãoCertidãoCertidão

Na prática forense, certidão é o documento em que o escrivão declara a existência (certidão positiva) ou a inexistência (certidão negativa) de processo, bem como de ato ou termo de processo, reproduzindo o inteiro teor da peça certificada (certidão de inteiro teor ou objeto e pé), ou relatando superficialmente o seu conteúdo (certidão relatório).

O escrivão tem fé pública e é o competente para expedir a certidão, que terá, neste caso, valor probante quanto ao que nela se declara. Deverá certificar sobre atos de seu ofício e dados de processos sob sua guarda, exceto aqueles que tramitam sob segredo de justiça, devendo ser observado, neste caso, o que dispõe o art. 155 do CPC.

As certidões abrangem os processos em andamento contra determinada pessoa natural ou jurídica, relativamente às ações cíveis e criminais, cujos registros estejam ativos no SISCOM ou em anotações manuais constante de fichários e de livros de registro de distribuição.

Os interessados, salvo nas hipóteses legais, deverão apresentar, no ato do requerimento da certidão ou do alvará de folha corrida judicial, um dos seguintes documentos: I - pessoa natural: Carteira de Identidade, CPF, Carteira de Trabalho e Previdência Social ou qualquer outro documento válido como prova de identidade no território nacional; ou II - pessoa jurídica: Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica - CNPJ.

A certidão sobre a existência de processos cíveis e criminais não estão sujeitas ao pagamento, de acordo com o art. 13 do Provimento Conjunto n º 15/2010.

A certidão histórica (contendo a relação dos processos criminais baixados) somente deve ser entregue quando explicitamente solicitado pela parte, ressalvando que a sua apresentação deve ser restrita ao conhecimento do interessado ou a critério do juízo. De acordo com o Enunciado nº 13 da Corregedoria, “as medidas protetivas requeridas ou deferidas, nos termos da Lei 11.340/06 (Lei Maria da Penha), não podem ser incluídas em certidões criminais, lavradas na forma do artigo 182 do Provimento nº 161/CGJ/2006, tendo em vista o disposto no inciso III do mesmo dispositivo”:

Art. 182. Da certidão criminal ou do alvará de folha corrida judicial não constarão as referências adiante enumeradas, salvo nas hipóteses de atendimento de requerimento pessoal do interessado, requisição de Juiz de Direito e outros casos expressos em lei:

I - à condenação cuja pena foi condicionalmente suspensa; II - à condenação cuja pena foi cumprida ou extinta; e

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III - aos registros referentes a inquérito policial, prisão em flagrante, prisão preventiva, arbitramento de fiança, carta precatória, citatória ou intimatória, liberdade provisória, habeas corpus, notificação, justificação, e reabilitação.

10.1) Certidão de Antecedentes Criminais10.1) Certidão de Antecedentes Criminais10.1) Certidão de Antecedentes Criminais10.1) Certidão de Antecedentes Criminais

A CAC – Certidão de Antecedentes Criminais – é uma certidão eletrônica expedida através do Sistema de Informatização dos Serviços das Comarcas – SISCOM.

É proibida a expedição de certidão plurinominal (parágrafo único do art. 175 do Provimento 161 da CGJ/2006)

Em nenhuma hipótese poderão ser acrescentadas nas certidões expedidas pelo SISCOM quaisquer informações através de carimbo, por escrita manual, datilográfica ou por qualquer outro meio (art. 178 do Provimento 161 da CGJ/2006)

A certidão será expedida com as discriminações “Positiva” ou “Negativa”, assim entendidas, conforme art.181 do Provimento 161 da CGJ/2006 :

I – Certidão positiva, quando dela constar a existência de ação criminal, a partir do recebimento da denúncia ou queixa até o cumprimento da pena ou extinção da punibilidade;

II – Certidão negativa, nos demais casos.

As certidões criminais deverão estar disponíveis aos interessados, aos seus procuradores, no prazo máximo de 48 (quarenta e oito) horas, salvo motivo justificado. (art. 184 do Provimento 161 da CGJ/2006)

Os documentos não procurados no prazo de de 30 (trinta) dias serão inutilizados.

Os requerimentos de certidões sobre a existência de processos criminais serão gratuitos. (Provimento-Conjunto n 13 /2010)

Quando constar mais de um registro com o mesmo nome imprimir as CAC's para verificação junto à Vara onde existir o processo solicitando a inclusão de mais dados por ventura existentes visando, se for o caso, a unificação das partes.

PASSO A PASSOPASSO A PASSOPASSO A PASSOPASSO A PASSO

No SISCOM proceder aos passos abaixo:

− Ctrl F4 (abertura da tela);

− assinalar o campo “impressão”; enter

− certidões da pessoa; enter

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− assinalar o campo “ feitos distribuídos” ;enter

− tipo de certidão H;

− natureza 2;

− nome da pessoa;

− seleciona a impressora;

− F 10 para pesquisa;

− marcar com X o nome cuja filiação corresponde ao nome da parte solicitada; F 10;

− impressão.

OBS : verificar se o processo que está sendo consultado consta da relação de processos emitidos na CAC.

10.2) Folha de Antecedentes Criminais 10.2) Folha de Antecedentes Criminais 10.2) Folha de Antecedentes Criminais 10.2) Folha de Antecedentes Criminais

A folha de antecedentes criminais é emitida pelo SIP – Sistema de Informações Prisionais da Polícia Civil, que se encontra disponível através da PRODEMGE.

A consulta pode ser feita pelo nome, pelo prontuário ou pela identidade do acusado.

Em caso de homônimos restringir a pesquisa pelo nome da mãe e quando constar mais de um registro para a mesma pessoa imprimir tantos quantos forem os existentes.

PASSO A PASSOPASSO A PASSOPASSO A PASSOPASSO A PASSO

Acessar o sistema PRODEMGE.

− aplicação SIP;

− preencher os campos “usuário” e “senha”;

− preeencher SSIP; enter

− preencher ERPJ; enter

− preencher o nome da pessoa ou o número da Carteira de Identidade ou número do prontuário;

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− assinar com X o nome da pessoa consultada, conforme a correta filiação; enter

− teclar F5 para confirmar a pessoa consultada;

− preencher o nome do Juiz e o cargo: Juiz de Direito; enter.

11) INTIMAÇÕES11) INTIMAÇÕES11) INTIMAÇÕES11) INTIMAÇÕES

11.1) Publicação e intimação11.1) Publicação e intimação11.1) Publicação e intimação11.1) Publicação e intimação

Um dos princípios fundamentais do processo é o da publicidade de seus atos, consagrado no art. 155 do CPC, que, no entanto, apresenta algumas restrições quando o procedimento que corre em segredo de justiça, quais sejam:

• Em que o exigir o interesse público; • Que dizem respeito a casamento, filiação, separação dos

cônjuges, conversão desta em divórcio, alimentos e guarda de menores;

• No crime contra os costumes e na queixa-crime (depende).

A publicação ocorre quando as partes, seus advogados e demais interessados, através do “Diário do Judiciário”, conhecem oficialmente a prática dos atos processuais.

Serão publicados somente as súmulas de decisões e os despachos recorríveis, as ordens de abertura de vista às partes, os prazos para preparo de feitos e de recursos e quaisquer outros atos cuja publicação for determinada pelo juiz.

As decisões e sentenças poderão ser publicadas somente em sua parte dispositiva, suprimindo-se o relatório, a fundamentação, a data, o nome do prolator e as demais expressões dispensáveis.

As intimações do Ministério Público, da Defensoria Pública serão efetuadas pessoalmente.

Toda a MOVIMENTAÇÃO processual deve ser informada no SISCOM, mas nem todas precisam ser publicadas, pois elas estão à disposição dos advogados e das partes nas centrais de consulta do SISCOM e na internet, devendo, portanto, ser observado estritamente os casos em que é necessária a publicação.

De acordo com a IPT deve-se informar no SISCOM a movimentação, dispensando a publicação dos atos e despachos nos seguintes casos:;

• Deferimentos da expedição de ofícios ;

• Ofícios internos dirigidos aos órgãos auxiliares da justiça (ex.: contadoria, central de perícias, etc.);

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• Todas as informações para cumprimento de atos ou despachos a serem praticados dentro da Secretaria (ex: aguarda expedição de mandado);

• Arquivamento e desarquivamento de autos;

• Simples carga de autos e remessa a órgãos auxiliares e TJMG;

• Decurso de prazos certificados pela Secretaria;

• Decisões e sentenças proferidas em audiência, com a presença

dos procuradores das partes, observando-se que a sentença deverá ser registrada em livro próprio.

Observar se a OAB do advogado está devidamente cadastrada no SISCOM, evitando-se anulação de atos e republicações desnecessárias, bastando constar o nome de apenas um dos procuradores de cada parte a ser intimada.

Caso o instrumento de mandato seja outorgado a mais de um advogado e nele esteja indicado o nome daquele que deve ser cadastrado, o servidor deverá efetivamente cadastrar o advogado indicado.

A intimação pessoal do advogado feita pelo escrivão dispensa a publicação.

Observações:

• Antes de publicar, havendo advogado constituído, verificar se está efetivamente cadastrado: PARTES / ALTERAÇÃO / OPÇÃO 07;

• Advogado não pertencente ao Estado de Minas Gerais, deverá ter sua OAB incluída no SISCOM pela própria Secretaria, através do menu: TABELA / MANUTENÇÃO / DADOS DA PARTE / ADVOGADO / APTO = 01 / SEÇÃO-SUBSEÇÃO – 00 (CASO NÃO SAIBA O N.º) / DATA DO CADASTRO = DATA DO DIA;

• É dever do servidor incluir corretamente no SISCOM a matrícula do Juiz de Direito que despachar, sentenciar ou realizar audiência, seja ele titular, substituto ou cooperador;

• Tratando-se de ações que tramitem em segredo de justiça, deverão constar das intimações veiculadas no Diário do Judiciário apenas a denominação do juízo e da vara, o número e a classe do processo, as iniciais dos nomes das partes, o despacho ou decisão prolatados e os nomes completos dos Procuradores.

• Feita a publicação, o escrivão deverá conferi-la, certificando nos autos o número da edição do Diário do Judiciário, a data da disponibilização e a da publicação do expediente;

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• No caso de sentença publicada e audiências realizadas, deve-se proceder à extração de cópia com o seu efetivo registro em livro próprio;

• De acordo com a Tabela de Movimentos do CNJ, a EXTINÇÃO DE

PUNIBILIDADE ganhou status de sentença, sendo, portanto, julgamento com resolução de mérito, e a movimentação será feita como para outras movimentações de sentença (FEITOS > MOVIMENTAÇÃO > INDIVIDUAL).

• Publicar apenas os processos em que há advogado constituído, cujas intimações que se fazem obrigatórias, tais como designação de audiência e interrogatório, expedição de carta precatória, etc.;

• Publicar todos os andamentos que implicarem em decurso de prazo para advogados e/ou partes como, por exemplo, vista para defesa, vista para assistente do MP, sentenças, indeferimentos ou deferimentos de pedidos de advogados, etc.

• Inquérito policial aceita publicações, todavia, constarão das mesmas somente as iniciais dos envolvidos. Assim, caso necessário, a intimação poderá ser feita por mandado.

• A intimação do Ministério Público, Defensoria Pública e do Defensor Dativo será sempre pessoal, com vista dos autos.

• Art.800, parágrafo 2º CPP : “os prazos do Ministério Público contar-se-ão do termo de vista, salvo para interposição do recurso (art.798, parágrafo 5º CPP).”

• O Ministério Público e o Defensor Dativo não possuem o benefício do prazo em dobro;

• O Defensor Público, além da prerrogativa da intimação pessoal, possui o benefício do prazo em dobro.

A respeito da publicação da sentença o CPP prescreve:

Art. 389 A sentença será publicada em mão do escrivão, que lavrará nos autos o respectivo termo, registrando-a em livro especialmente destinado a esse fim.

Art. 390 O escrivão, dentro de 3 (três) dias após a publicação, e

sob pena de suspensão de 5 (cinco) dias, dará conhecimento da sentença ao órgão do Ministério Público.

Art. 370 § 1º A intimação do defensor constituído, do advogado

do querelante e do assistente far-se-á por publicação no órgão incumbido da publicidade dos atos judiciais da comarca, incluindo, sob pena de nulidade, o nome do acusado.

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(...) § 3º A intimação pessoal, feita pelo escrivão, dispensará a

aplicação a que alude o § 1º. No SISCOM deve-se seguir a seguinte ordem: − partes, alteração. Lança-se o número do processo e em

primeiro lugar verificar se a sentença alterou o enquadramento da denúncia. Essa alteração, quando houver, deve ser lançada no campo 04 (enquadramento). Após lançar o tipo da sentença no campo 08 e por último, verificar se há condenação em multa e custas processuais o que deve ser lançado no campo 05. Depois de feitos todos esses lançamentos é que volta-se a tela das movimentações e repete-se o tipo da sentença lançada no campo 08.

. Nos feitos criminais, tão logo sejam proferidas as sentenças condenatórias, as informações relativas a elas deverão, obrigatoriamente, ser incluídas no SISCOM, para efeito de expedição de certidão de antecedentes criminais e da guia de execução penal.. Art.195 do Provimento nº 161/CGJ/2006.

11.2) Intimação de sentença11.2) Intimação de sentença11.2) Intimação de sentença11.2) Intimação de sentença

A intimação da sentença será feita:

I - ao réu, pessoalmente, se estiver preso;

II - ao réu, pessoalmente, ou ao defensor por ele constituído, quando se livrar solto, ou, sendo afiançável a infração, tiver prestado fiança;

III - ao defensor constituído pelo réu, se este, afiançável, ou não, a infração, expedido o mandado de prisão, não tiver sido encontrado, e assim o certificar o oficial de justiça;

12) Apensamento e desapensamento de autos12) Apensamento e desapensamento de autos12) Apensamento e desapensamento de autos12) Apensamento e desapensamento de autos

No apensamento de autos existem duas fases distintas: a primeira, diz respeito ao APENSAMENTO FÍSICO, que é o ato de amarrar um processo ao outro; a segunda, diz respeito ao apensamento propriamente dito, que vamos denominar de APENSAMENTO MATERIAL, que significa a DEPENDÊNCIA que um processo tem relação a outro, já distribuído, e se refere à matéria de que trata este, quando, então, ocorre a distribuição por dependência. Este último caso é o que efetivamente nos interessa.

São os casos das liberdades provisórias, fianças, incidentes de sanidade mental, cautelares, etc., em relação ao processo principal.

O apensamento material independe do apensamento físico. Pode ocorrer de um processo ser dependente de outro e não estar fisicamente amarrado.

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O apensamento deverá ser informado no SISCOM, através da opção FEITOS – APENSAMENTO, e deverá ser certificado em ambos os processos, relacionando os números apensados.

Já o DESAPENSAMENTO, que pode ser definido como o ato de retirar a dependência de um processo em relação a outro, é tanto físico como material. Do mesmo modo, deverá se informado no SISCOM e certificado em ambos os processos.

12.1) Casos especiais12.1) Casos especiais12.1) Casos especiais12.1) Casos especiais

Extinção de um dos processos em apenso:

• Após o trânsito em julgado, trasladar cópia da sentença ou decisão para os autos principais;

• Certificar o desapensamento em ambos os processos; • Após, será efetivada a baixa e o arquivamento, devendo ainda

ser desapensado no sistema.

PASSO A PPASSO A PPASSO A PPASSO A PASSOASSOASSOASSO

No SISCOM:

− selecionar a opção “feitos”;

− selecionar a opção “apensamento”;

− digitar o número do processo principal;

− informar, no campo situação, P ( principal);

− digitar o número do processo a ser apensado;

− informar no campo “ligação”: A (apenso);

− teclar F 10 para gravar as informações.

Selecionar no SISCOM:

− a opção “feitos”;

− a opção “movimentação” e “inclusão individual”;

− digitar o número do processo principal;

− informar o código 2119-6, correspondente a “apensamento” (utilizar a tecla F9 para pesquisa);

− digitar o número do processo a ser apensado;

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− digitar 06 no campo “código” correspondente a “efetivado” (tecla F9);

− teclar F10;

− na mesma tela de movimentação individual, digitar o número do processo apenso;

− informar o código 2119-6, correspondente a “apensamento”;

− digitar o número do processo principal;

− digitar 06 no campo “código”, correspondente a “efetivado”;

− teclar F 10 para gravar as informações.

PASSO A PASSOPASSO A PASSOPASSO A PASSOPASSO A PASSO

Desapensamento:

− feitos;

− apensamento; enter

− número do processo;

− ligação – selecionar “N”

− F10

- código do SISCOM: 2134-5

13) Desentranhamento13) Desentranhamento13) Desentranhamento13) Desentranhamento

Depende de despacho do Juiz,em regra.

Desentranhar é o ato de retirar dos autos uma ou mais folhas numeradas e rubricadas. Para que o desentranhamento ocorra, recomenda-se:

• Lançar nos autos certidão indicativa do desentranhamento (logo

após o despacho) que deverá conter a qualificação de quem recebeu os documentos, um breve resumo com a indicação de sua natureza, origem e conteúdo. É indispensável a assinatura do servidor responsável e da pessoa a quem foram entregues;

• No local onde se encontravam as peças desentranhadas, inserir

uma folha em branco, e no local da numeração colocar a numeração referente às folhas desentranhadas, (por exemplo , fls.30/50), certificando-se que foi desentranhado o documento

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que ali se encontrava e, informando em qual processo será juntado. Certificar também abaixo do despacho do juiz que determinou o desentranhamento.

• Os autos NÃO devem ser renumerados.

14) Desmembramento de autos14) Desmembramento de autos14) Desmembramento de autos14) Desmembramento de autos

• Verificar o despacho que determinou o desmembramento dos autos;

• Providenciar a cópia dos autos, colocar a capa e numerar; • remeter ambos processos para o Cartório Distribuidor para fazer

a distribuição do processo desmembrado e excluir a parte do processo originário;

• Ao Distribuidor cabe o cadastramento das partes. Ao chegar na Secretaria fazer a conferência da inclusão das partes no processo desmembrado, bem como a exclusão da parte no processo de origem. Incluir também a data do crime, recebimento da denúncia e demais registros necessários, colocando a etiqueta com o novo número;

• Certificar nos autos originais o desmembramento constando o número que o processo desmembrado recebeu. Proceder ao andamento do feito.

15) Carga de autos15) Carga de autos15) Carga de autos15) Carga de autos

Carga significa o recibo dado pela pessoa (advogado, parte, juiz, promotor ou servidor) a quem foi entregue o documento ou processo.

A carga deve ser lançada no SISCOM, que emitirá a via correspondente, a qual será guardada em pasta, formando um livro de folhas soltas.

Todas as vezes que o processo sair da Secretaria para os diversos setores do Fórum, deve-se fazer carga. (00505 – Autos Carga Distribuidor, 01248 – Autos Carga Ministério Público, 01727 – Remetidos Autos ao TJMG, 01172 – Autos Carga Advogado do Réu, 03434 – Remetidos autos ao Contador)

A baixa (ou descarga) é o retorno dos autos à Secretaria, mediante recibo, devendo ser realizada na presença do interessado, bem como seja procedido o respectivo lançamento no SISCOM.

A carga deverá ser lançada no SISCOM no instante de sua realização, a fim de verificar quanto a possíveis impedimentos da OAB do advogado, constantes do banco de dados. Preferencialmente, a baixa deverá ser feita no momento da devolução do processo, perante o advogado ou pessoa que o devolveu.

Para facilitar a baixa, pode-se fazer o controle da carga, anotando-se na contracapa do processo o número da folha em que foi registrada a carga.

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Os apensos que estejam suspensos por motivo legal (por exemplo, aguardando a decisão dos autos principais) e que não estejam com intimação de VISTA, não devem receber movimentação de carga/descarga. Observar que o apenso não pode receber movimentação que não lhe é própria (que na realidade é de outro processo).

Há que se ressaltar que todos os livros de carga formados pela Secretaria (seja tipo caderno ou de folhas soltas) deverão ser mantidos e arquivados (advogado, juiz, MP, contador, etc.), para fins de fiscalização, até a edição de norma em contrário.

a) Não poderão ser objeto de carga os processos:

• Com prazo comum (corre para ambas as partes), salvo as permissões legais;

• Em que há mais de um réu, com advogados diferentes (o prazo é em dobro e corre em Secretaria);

São direitos do advogado:

CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL - ART. 40:

I - examinar, em cartório de justiça e secretaria de tribunal, autos de qualquer processo, salvo o disposto no art. 155;

II - requerer, como procurador, vista dos autos de qualquer processo pelo prazo de 5 (cinco) dias;

III - retirar os autos do cartório ou secretaria, pelo prazo legal, sempre que Ihe competir falar neles por determinação do juizsempre que Ihe competir falar neles por determinação do juizsempre que Ihe competir falar neles por determinação do juizsempre que Ihe competir falar neles por determinação do juiz, nos casos previstos em lei.

§ 1o Ao receber os autos, o advogado assinará carga no livro competente.

§ 2o Sendo comum às partes o prazoSendo comum às partes o prazoSendo comum às partes o prazoSendo comum às partes o prazo, só em conjunto ou mediante prévio ajuste por petição nos autos, poderão os seus procuradores retirar os autos, ressalvada a obtenção de cópias para a ressalvada a obtenção de cópias para a ressalvada a obtenção de cópias para a ressalvada a obtenção de cópias para a qual cada procurador poderá retiráqual cada procurador poderá retiráqual cada procurador poderá retiráqual cada procurador poderá retirá----los pelo prazo de 1 (uma) hora los pelo prazo de 1 (uma) hora los pelo prazo de 1 (uma) hora los pelo prazo de 1 (uma) hora independentemente de ajusteindependentemente de ajusteindependentemente de ajusteindependentemente de ajuste.... (g.n.)

LEI N.º 8.906/94 (ESTATUTO DOS ADVOGADOS) - ART. 7º:

(...)

XV - ter vista dos processos judiciais ou administrativos de qualquer natureza, em cartório ou na repartição competente, ou retirá-los pelos prazos legais;

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XVI – retirar autos de processos findos, mesmo sem procuraçãoretirar autos de processos findos, mesmo sem procuraçãoretirar autos de processos findos, mesmo sem procuraçãoretirar autos de processos findos, mesmo sem procuração, pelo prazo de 10 (dez) dias; (g.n.)

b) Na retirada do processo com carga, observar:

• Se o advogado tem procuração ou substabelecimento nos autos; • O estagiário só poderá retirar os autos com carga se tiver

procuração ou substabelecimento: - com reservas: conserva-se o advogado que substabeleceu; - - sem reservas: exclui-se o advogado que substabeleceu;

• Nenhum tipo de “autorização” é válida, salvo aquelas especificadas em lei;

• A procuração ou substabelecimento, apresentado pelo advogado ou estagiário, em via original ou cópia autenticada, poderá ser juntado aos autos, independentemente de protocolo, quando estiver fluindo prazo para a parte por eles representada.

• É facultado ao servidor da justiça solicitar ao advogado a exibição da carteira profissional.

15.1) Carga para extração 15.1) Carga para extração 15.1) Carga para extração 15.1) Carga para extração de cópiasde cópiasde cópiasde cópias

Na Comarca de Belo Horizonte, a extração de cópia de autos está normatizada nos arts. 228 a 235 do Provimento nº 161/CGJ/2006. Para tanto, existe na OAB o Departamento de Apoio ao Advogado na Capital, da Ordem dos Advogados do Brasil, Seção Minas Gerais - DAAC, que busca nas Secretarias de Juízo, a pedido do advogado, os processos, que estão na fluência de prazo comum, para a extração de cópias reprográficas.

Essas normas poderão ser aplicáveis, no que couber, às Comarcas do interior. São elas:

a) Em se tratando de advogado ou estagiário, a retirada dos autos far-se-á mediante a assinatura em livro próprio de carga, no qual sejam relacionados o número do processo, nome, telefone e número do registro na OAB;

b) Não poderão ser retirados com carga para xerox os processos que

estejam aguardando conclusão, os que estejam conclusos para despacho ou sentença, ou os que estejam incluídos na pauta de publicação (pauta retida), ficando disponíveis somente aqueles que se encontram sob a guarda do escrivão na Secretaria de Juízo.

c) Os processos que correm em segredo de justiça, notadamente

aqueles atinentes às Varas de Família, não serão disponibilizados ao funcionário da OAB;

d) O escrivão de qualquer Secretaria de Juízo procederá, incontinenti,

à juntada, em via original ou cópia autenticada, de procuração ou

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substabelecimento, apresentado pelo advogado ou estagiário, independentemente de protocolo;

e) Na fluência de prazo processual para uma das partes, somente ao

seu advogado ou estagiário será permitida a retirada dos autos, facultando-se ao advogado ou estagiário de ambas as partes a obtenção de cópias reprográficas pelo setor próprio da OAB, observando-se a vedação quanto ao segredo de justiça;

f) Para a retirada de processos, cujos prazos de fluência sejam

comuns, serão observados os termos do § 2º do art. 40, do Código de Processo Civil; neste caso, o advogado ou estagiário poderá obter as cópias de que necessita, fazendo uso de equipamento de reprografia particular, na própria Secretaria de Juízo, observando-se, mais uma vez, a vedação quanto ao segredo de justiça;

g) Às partes é facultada a obtenção de cópias de peças de seus

respectivos processos diretamente na Secretaria de Juízo, devendo esta providenciá-las junto à Central Reprográfica do Fórum, após constatação de inexistência de prazo comum ou para uma das partes, observando-se as vedações contidas no item “b”, e desde que apresentado o correspondente comprovante de pagamento, expedido pela Central de Guias;

h) É proibida a retirada de cópias reprográficas em favor de

advogados, estagiários ou partes, pela Secretaria de Juízo, utilizando-se das copiadoras instaladas tanto nos gabinetes dos Juízes de Direito quanto nas dependências das próprias Secretarias; Art. 231 do Provimento 161/CGJ/2006;

i) O Advogado ou Estagiário, devidamente constituído, pode retirar os

autos, para extração de cópia reprográfica, no horário do expediente forense, desde que sejam devolvidos, impreterivelmente, até às 18 horas do mesmo dia, sob pena de busca e apreensão;

j) No curso de prazo recursal comum às partes, a Secretaria

disponibilizará ao advogado, para obtenção de fotocópia, a cópia da sentença, destinada ao livro de registros de sentença; Art. 233-A, Provimento 161/CGJ/2006;

k) É proibida a retenção da carteira de identidade profissional do

advogado ou estagiário pela Secretaria de Juízo. Art. 234 Provimento 161/CGJ/2006;

16) ATOS ORDINATÓRIOS16) ATOS ORDINATÓRIOS16) ATOS ORDINATÓRIOS16) ATOS ORDINATÓRIOS

São os atos praticados por servidor de cartório judicial, independentemente de requerimento das partes ou interessados e destinados a garantir o regular andamento do processo.

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Pretende-se com tais atos a racionalização e a simplificação da atividade judicial, de modo a reservar ao juiz, sempre que possível, somente a função de decidir. Os atos meramente ordinatórios independem de despacho e devem ser praticados de ofício pelo servidor, certificando nos autos, e revistos pelo juiz quando necessário ou a requerimento das partes. A relação de atos ordinatórios abaixo é apenas exemplificativa. Foi extraída da prática verificada nas Secretarias de Juízo e em atos normativos deste Tribunal, bem como de normas federais e de outros Tribunais. As rotinas que não constam dos atos normativos do TJMG e das normas federais são facultativas e devem ser vistas apenas como uma possibilidade / opção e não como uma regra, já que não compete a esta autora ditar normas. Caso o escrivão tenha interesse em implantar em sua rotina alguns dos novos atos aqui descritos, deverá, primeiramente, consultar o juiz da vara. 16.1) Da carga e da vista dos a16.1) Da carga e da vista dos a16.1) Da carga e da vista dos a16.1) Da carga e da vista dos autosutosutosutos A Secretaria poderá conceder vista, independentemente de prévia autorização do juiz:

• ao advogado habilitado, com procuração nos autos, pelo prazo que lhe competir falar nos autos ou pelo prazo de até 5 (cinco) dias;

• ao Ministério Público pelo prazo legal ou judicial. 16.2) Das cartas precatórias16.2) Das cartas precatórias16.2) Das cartas precatórias16.2) Das cartas precatórias

• Expedida a carta precatória, intimar a parte interessada para retirá-la em 05 (cinco) dias e para comprovar sua distribuição no prazo de 30 (trinta) dias; em caso de queixa-crime em que não há deferimento de assistência judiciária.

• Transcorrido o prazo fixado para o cumprimento da carta precatória, intimar a parte para informar sobre o cumprimento da mesma; nos casos de assistência judiciária, oficiar ao juízo deprecado solicitando informações sobre o seu cumprimento (o ofício deve ser assinado pelo juiz);

• Retornando a carta precatória sem cumprimento, total ou parcial, o interessado será intimado para se manifestar no prazo de 5 (cinco) dias.

16.3) Nos procedimentos especiais de jurisdição voluntária16.3) Nos procedimentos especiais de jurisdição voluntária16.3) Nos procedimentos especiais de jurisdição voluntária16.3) Nos procedimentos especiais de jurisdição voluntária

• Após registrado e autuado o pedido, o escrivão deverá abrir vista ao Ministério Público;

• Quando o promotor de justiça requerer diligência, no sentido de que uma das partes preste informações, intimar-se-á esta parte para se manifestar ou cumprir a diligência em 5 (cinco) dias;

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• Atendida a diligência referida no item supra, renovar-se-á a vista ao promotor de justiça ou, se não atendida, far-se-á a conclusão;

• Nos casos de alvarás e estando o feito devidamente preparado para a decisão, concordes as partes e o promotor de justiça, far-se-á a conclusão dos autos.

• Renunciando as partes ao prazo recursal e não discordando o promotor de justiça, ter-se-á o trânsito em julgado da decisão, ficando autorizado o escrivão ao seu imediato cumprimento.

16.4) Em face do r16.4) Em face do r16.4) Em face do r16.4) Em face do recursoecursoecursoecurso

• Retornando os autos do Tribunal, conferir legações com outros processos em tramitação na Secretaria, procedendo ao apensamento, se for o caso.

• Certificar nos autos o seu recebimento; • Registrar o número do processo na capa dos autos e • Fazer conclusão ao juiz.

16.5)16.5)16.5)16.5) PPPProcedimentos comunsrocedimentos comunsrocedimentos comunsrocedimentos comuns

• Intimar a parte para recolher diligências, custas judiciais, inclusive as remanescentes e fornecer cópias da inicial ou de outros documentos para instruir ato processual. Decorrido prazo fixado, sem cumprimento, certificar a respeito e fazer conclusão dos autos;

• Abrir vista ao Ministério Público quando o procedimento assim o exigir;

• Intimar para restituição de processo com carga, não devolvido no prazo legal;

• Intimar o réu para recolher custas judiciais, multa (VEC) e eventuais diligências. Decorrido o prazo fixado pelo juiz sem atendimento, certificar a respeito e fazer conclusão dos autos;

• Vista ao interessado para falar sobre testemunha não localizada e que por ele tenha sido arrolada;

• Oficiar ao Instituto de Criminalística ou outra entidade cobrando o laudo pericial;

• Transcorrido o prazo fixado para o cumprimento da carta precatória, expedir ofício ao juízo deprecado solicitando informações (o ofício deve ser assinado pelo próprio juiz); Recomenda-se que, antes da expedição do ofício, seja feita a consulta via internet para saber o andamento da carta precatória na Comarca deprecada;

• Responder ao juízo deprecante, por intermédio de ofício subscrito pelo juiz, sempre que solicitadas informações acerca do andamento de carta precatória ou de ofício;

• Vista ao Ministério Público e ao defensor quando o procedimento assim o exigir;

• Recebido inquérito policial, estando preso o indiciado, havendo pedido de prisão ou outra circunstância que exija pronunciamento judicial, os autos serão conclusos. Nos demais

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casos, serão desde logo serão encaminhados ao Ministério Público;

• Oficiar à Delegacia de Polícia cobrando os inquéritos policiais remetidos para cumprimento de diligências.

17) Tempo dos atos processuais17) Tempo dos atos processuais17) Tempo dos atos processuais17) Tempo dos atos processuais

Todos os atos processuais têm um prazo certo para terminar, fixado em lei ou por despacho judicial; até mesmo os atos de mero expediente, ou seja, quando a Secretaria de Juízo deva cumprir a determinação contida em despacho, sentença ou na lei, têm fixado o prazo para o seu cumprimento. Compete ao escrivão ficar atento a estes prazos e dar o impulso oficial quando necessário.

Nenhum processo deverá permanecer paralisado indevidamente na Secretaria de Juízo, devendo sua conclusão ser feita no prazo de 24 (vinte e quatro) horas e a execução dos atos processuais no prazo de 48 (quarenta e oito) horas.

Os autos de processo não poderão permanecer paralisados por mais 30 (trinta) dias aguardando o cumprimento de diligências, devendo o escrivão dar o impulso necessário (ato ordinatório) ou encaminhá-los, independentemente da quantidade, mediante carga, ao juiz ou representante do Ministério Público, que não poderão recusá-los. A recusa de recebimento dos autos por parte do juiz ou promotor deverá ser certificada e comunicada à Corregedoria-Geral de Justiça ou à Corregedoria-Geral do Ministério Público, respectivamente, para as providências cabíveis.

Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem de despacho, devendo ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessários.

17.1) Decurso de prazo 17.1) Decurso de prazo 17.1) Decurso de prazo 17.1) Decurso de prazo

Decurso de prazo é o ato de certificar nos autos que o prazo fixado pela lei ou pelo juiz findou.

Nenhum prazo começa em dia inútil;

Nenhum prazo termina em dia inútil;

Nenhum prazo começa no dia da publicação.

Interrupção de prazo: volta o prazo. Ex: o prazo está correndo e acontece alguma coisa, o prazo volta do início. Ex. Embargos declaratórios.

Suspensão de prazo: recesso forense suspende o prazo e começa contar de onde parou.

Recesso: 20/12 a 06/01.

Os processos que estão com os prazos vencidos ou paralisados deverão ser selecionados, respeitado o protocolo postal – 5 (cinco) dias, as

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intimações pessoais (defensor, curador, MP), inclusive na esfera criminal, os feitos das Fazendas Públicas e demais casos especiais.

O serviço de Protocolo Postal é respaldado em convênio celebrado pelo TJMG com a ECT e destina-se à remessa de petições, referentes a ações ou recursos, para qualquer órgão de Primeiro ou segundo Graus do Poder Judiciário do Estado de MG, situado ou não na comarca da agência dos Correios em que for realizado o respectivo protocolo.

A utilização do Serviço de Protocolo Postal é facultativa e os custos devidos pela utilização do Protocolo Postal serão de exclusiva responsabilidade do usuário, independentemente do gozo da assistência judiciária gratuita.

Ficam excluídas do Serviço de Protocolo Postal, entre outros:

- em que são arroladas testemunhas, com os respectivos endereços;

- em que se requer adiamento de audiência ou de leilão ou praça;

- em que se requer depoimento pessoal, esclarecimento de peritos e assistentes técnicos em audiência;

- em que é apresentada defesa prévia, com rol de testemunhas em processo criminal, cujo réu esteja preso;

As petições deverão ser protocolizadas nas agências dos Correios do Estado de MG, de segunda a sexta-feira, no período compreendido entre 9 e 20 horas, sendo que os documentos protocolizados em horário posterior serão considerados como se apresentados no dia útil subseqüente.

As petições deverão ser protocolizadas, rigorosamente dentro dos prazos legais.

O término do prazo será certificado nos autos, pelo escrivão, após o 5º dia útil de sua ocorrência.

São formas de decurso de prazo:

a) Geral: “Certifico que a parte (nominar) não se manifestou no prazo legal. Dou fé. Local e data. Escrivão.

b) Defesa: “Certifico que transcorreu o prazo legal sem que a parte (nominar) tenha apresentado defesa escrita. Dou fé. Local e data. Escrivão.

c) Apelação: “Certifico que transcorreu o prazo legal sem que a parte (nominar) tenha apelado da sentença. Dou fé. Local e data. Escrivão.

d) Trânsito em julgado: “Certifico que a sentença/decisão de fls. (número) transitou em julgado em relação ao MP/acusado. Dou fé. Local e data. Escrivão.

O SISCOM apresenta recursos que permite a verificação de alguns prazos vencidos, como é o caso da carga de autos, e, além disso, pode-se extrair do

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sistema o “Relatório de feitos paralisados há mais de 30 dias”. Sabe-se que não é possível fazer uma verificação diária dos prazos vencidos, mas o ideal é que se faça semanalmente e, não sendo possível, o escrivão deverá estabelecer um prazo razoável, desde que não extrapole 30 (trinta) dias.

É proibida a renovação de movimentação processual ou a utilização de movimentação especial, dando andamento ao feito no SISCOM, com o intuito de dissimular a existência de processos paralisados além do prazo legal.

Havendo feitos paralisados há mais de 30 (trinta) dias com carga ao promotor de justiça ou à Delegacia de Polícia, deverá ser emitido relatório contendo os feitos nesta situação e encaminhá-lo aos respectivos órgãos para ciência e providências cabíveis, além das Corregedorias respectivas.

Caso os autos encontrem-se fora da Secretaria em poder do advogado, este deverá ser intimado a restituí-los e, restando infrutífera essa providência, o escrivão certificará o ocorrido e levará ao conhecimento do juiz, que poderá determinar a busca e apreensão dos autos. Atenção! O mandado de busca e apreensão somente poderá ser expedido com determinação judicial.

A Tabela de Movimentos do CNJ traz dois comandos que se referem à informação quanto ao decurso de prazo: DECORRIDO PRAZO DO - complemento livre, onde será informada a parte para a qual houve o decurso -, e TRÂNSITO EM JULGADO EM – complemento livre onde será incluída a data do trânsito em julgado. A orientação é que o movimento TRÂNSITO EM JULGADO EM seja utilizado quando ocorrer o trânsito em julgado para todas as partes, ou seja, quando não couber mais recurso; enquanto não ocorrer o trânsito em julgado para todas as partes, deverá ser movimentado DECORRIDO PRAZO DO para cada uma das partes.

17.2) Trânsito em julgado em procedimento criminal 17.2) Trânsito em julgado em procedimento criminal 17.2) Trânsito em julgado em procedimento criminal 17.2) Trânsito em julgado em procedimento criminal

• O Ministério Público, na esfera criminal, não possui o benefício do prazo em dobro;

• O defensor público possui a prerrogativa do prazo em dobro, já o dativo não;

• A intimação deve ser pessoal para o promotor e defensores público e dativo;

• Intimar o réu pessoalmente, em caso de sentença;

• Certificar o trânsito em julgado do réu, contando o prazo de 5 (cinco) dias, a partir da última intimação (do réu ou defensor constituído):

• Súmula 710 do STF: A contagem do prazo em relação ao réu inicia-se da certidão do Oficial de Justiça da intimação.

• Certificar o trânsito em julgado em relação ao defensor público, contando-se o prazo em dobro.

Art. 598 do CPP - Nos crimes de competência do Tribunal

do Júri, ou do juiz singular, se da sentença não for interposta

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apelação pelo Ministério Público no prazo legal, o ofendido ou qualquer das pessoas enumeradas no art.31, ainda que não se tenha habilitado como assistente, poderá interpor apelação, que não terá, porém, efeito suspensivo.

Parágrafo único. O prazo para interposição desse recurso será de 15 (quinze) dias e correrá do dia em que terminar o do Ministério Público.

• Nos casos da Lei nº 9.099/95, o prazo para o trânsito em julgado

é de 10 (dez) dias, a contar da intimação do MP e Defensor, da sentença que extinguiu a punibilidade;

• Após o trânsito em julgado de sentença condenatória deve-se

lançar o nome do réu no “ Rol de Culpados”, certificar nos autos e remeter ao contador para o cálculo das custas;

• Verificar se foi determinado, na sentença, a expedição de ofício

ao TRE e demais órgãos;

• Verificar a existência de objetos apreendidos sem destinação; • Sendo o acusado absolvido ou tendo sido extinta a punibilidade,

deve-se baixar o processo, após conferir todos os dados, para emissão da CDJ, que será expedida em 2 (duas) vias, uma para ficar no processo e outra para acompanhar o ofício para o Instituto de Identificação. A CDJ deve ser expedida observando a ordem numérica seqüencial, para que a Secretaria tenha o controle de sua numeração.

17.3) PRINCIPAIS PRAZOS NO PROCESS17.3) PRINCIPAIS PRAZOS NO PROCESS17.3) PRINCIPAIS PRAZOS NO PROCESS17.3) PRINCIPAIS PRAZOS NO PROCESSO PENALO PENALO PENALO PENAL

• Defesa Preliminar: 10 dias;

• Defesa em crime de responsabilidade dos funcionários públicos:

� o servidor é notificado para responder no prazo de 15 dias;

• Alegações finais: 05 dias;

• Embargos Declaratórios: 02 dias;

• Apelação: 05 dias;

• Razões de contra-razões: 08 dias

RECURSO EM SENTIDO ESTRITO

• interposição: 05 dias;

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• extração do traslado: 10 dias

• conferência e conserto do traslado (quando remetido ao Tribunal por instrumento): 05 dias;

• razões: 02 dias;

• reforma ou sustentação: 02 dias;

18) Ju18) Ju18) Ju18) Juntadantadantadantada

CARTA PRECATÓRIA

• Retirar os grampos;

• Eliminar as peças que são meras cópias dos autos (cópia da inicial, procuração, etc.);

• Numerar e rubricar cada folha juntada, riscando a numeração feita pelo juízo deprecado;

• A capa da precatória deve ser juntada, já a contracapa pode ser eliminada;

• Para facilitar a visualização do cumprimento da precatória, sugere-se que, logo após a juntada e numa folha em branco, seja feita a seguinte certidão:

C E R T I D Ã O: Certifico e dou fé que efetivei a juntada de CARTA PRECATÓRIA: n CUMPRIDA (C) n NÃO CUMPRIDA (NC) n PARCIALMENTE CUMPRIDA (PC) (Comarca), ____ / ____ / 20____.

A juntada de petições e de documentos judiciais deverá ser feita diariamente. Nos autos em que estiverem conclusos para sentença ou despacho, deverá ser providenciada a imediata juntada de qualquer petição, a fim de que o juiz possa tomar ciência do seu conteúdo e para que os documentos a serem juntados não fiquem retidos na Secretaria.

Bater o carimbo de JUNTADA ao final do verso da última folha dos autos, datando e assinando.

Existem peças processuais que não devem receber nenhum carimbo, salvo o de numeração de folhas; algumas por se tratarem de documentos formais e outras porque poderão ser desentranhadas e o registro contido no carimbo restará perdido. São elas:

• Documentos originais; • Petições; • Procurações;

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• Mandados; • Sentenças.

Na impossibilidade de ser utilizada a última folha dos autos para o registro do carimbo, colocar uma folha que, no seu anverso, deverá ser numerada, rubricada e bater o carimbo “EM BRANCO”; no seu verso, registrar a juntada.

Sugere-se que não sejam utilizadas etiquetas adesivas (feitas no computador), em substituição ao carimbo, uma vez que, com o tempo, as etiquetas podem soltar-se e haverá a perda do registro da juntada.

Após a juntada de qualquer documento, o processo é sempre movimentado no SISCOM. De acordo com a nova Tabela de Movimentos do CNJ, a JUNTADA foi subdivida em PETIÇÃO e DOCUMENTO. Cada documento ou petição possui um código específico, como, por exemplo:

. 2139-4 – juntada de carta precatória;

. 2140-2 – juntada de laudo;

. 2146-9 - juntada de ofício;

. 2164-2 – juntada pet. alegações finais;

. 2214-5 – juntada pet. manifestação.

A cartilha da Corregedoria, que trata desse assunto, explica que o movimento 2232-7 PROTOCOLIZADA PETIÇÃO terá a antiga função do “aguarda juntada de”, que foi excluída, e os movimentos de JUNTADA DE PETIÇÃO e JUNTADA DE DOCUMENTO terão a função da antiga “juntada efetivada de”. O SISCOM possui recurso que controla a juntada de documentos/petição, seja aquele que esteja aguardando a juntada, quando emite alerta contendo esta informação, seja aquele efetivamente juntado, retirando o alerta.

Quando o volume de documentos a ser juntado é muito grande, recomenda-se priorizar as urgências: réus presos, audiências, liminares, cautelares, etc.

As petições oferecidas por fax Lei 9.800/99 devem ser protocoladas e juntadas;

O original da petição deve ser protocolado até cinco dias do término do prazo. Se não tiver prazo até cinco dias do envio do FAX;.

O Fax não deverá ser retirado dos autos.

18.1) 18.1) 18.1) 18.1) Juntada em processos apensadosJuntada em processos apensadosJuntada em processos apensadosJuntada em processos apensados

a) Antes de efetivar a juntada, verificar em qual dos processos a petição deverá ser juntada, porque pode ocorrer de na petição estar informado, por

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exemplo, o número do processo principal, mas, na realidade, a petição deve ser juntada no APENSO e vice versa.

b) Ao retornar os autos da conclusão e antes da publicação, observar:

• Se os autos principais e apensos estavam conclusos: todos devem estar despachados e, caso isso não ocorra, lançar nos apensos autos recebidos sem despacho, fazer nova conclusão e levar em mãos para o juiz despachar também estes;

• Se apenas o principal estava concluso e os apensos devam ficar paralisados até cumprimento do despacho no principal ou por outro motivo, o apenso deverá receber movimentação condizente com o despacho que determinou sua suspensão ou informar no campo LOCALIZADOR (Tabela CNJ) a carga efetivada no apenso.

• Se a conclusão é apenas para o(s) apenso(s) e o principal deve ficar paralisado: publicar/movimentar o despacho no apenso e movimentar no principal o código de suspensão dos autos ou informar no campo LOCALIZADOR (Tabela CNJ) a carga efetivada no apenso.

Tudo isso visa, principalmente, evitar que petições sejam indevidamente juntadas aos autos paralisados e também para que não seja dada movimentação de um processo em outro. Se foi determinada a suspensão do processo pelo juiz, assim deve permanecer até novo despacho judicial em contrário.

18.2) Juntada da declaração de imposto de renda 18.2) Juntada da declaração de imposto de renda 18.2) Juntada da declaração de imposto de renda 18.2) Juntada da declaração de imposto de renda

Observar que se trata de informação protegida por sigilo e apenas o ofício de encaminhamento da declaração deve ser juntado aos autos, intimando-se as partes sobre o recebimento, vedado o acesso a terceiros estranhos à lide.

Em regra, a documentação ficará sob a guarda do escrivão e arquivada na Secretaria, em pasta ou outro meio apropriado.

Aos advogados ou partes do processo é permitida somente a leitura e anotações pertinentes, necessárias à regular tramitação processual, vedada a extração de cópia.

Excepcionalmente, em situação sob segredo de justiça, assim declarado pelo Juiz, porque o exige o interesse público, ou pela lei, porque respeite a casamento, filiação, separação dos cônjuges, conversão desta em divórcio, alimentos, e em especial quando se tratar de menores e/ou incapazes, perante o juízo familiar ou outro competente, nos moldes do artigo 155, do Código de Processo Civil, as informações sobre imposto de renda poderão ser juntadas diretamente ao processo, mantidas as restrições supraelencadas.

18.3) Juntada de petições em processos conclusos18.3) Juntada de petições em processos conclusos18.3) Juntada de petições em processos conclusos18.3) Juntada de petições em processos conclusos

Certificar nos autos o recebimento sem despacho para juntada de petição e movimentar no sistema:

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• autos recebidos sem despacho; • juntada efetivada de petição (contestação, substabelecimento,

manifestação, etc.) ; • nova conclusão ou ato ordinatório (depende do teor da petição).

19) Destinação de armas e objetos apreendidos19) Destinação de armas e objetos apreendidos19) Destinação de armas e objetos apreendidos19) Destinação de armas e objetos apreendidos Proferida a decisão pelo juiz, dando destino aos objetos apreendidos, elaborar os ofícios e mandados cabíveis, anotar no modelo anexado na contracapa dos autos e lançar no SISCOM a destinação dada. O inquérito policial, procedimento ou processo criminal não poderá ser arquivado enquanto não for dada a efetiva destinação à arma ou bem apreendido, nos termos do art. 5º do Provimento Conjunto 01/03, sob pena de responsabilidade funcional, cabendo ao escrivão, se for o caso, promover os autos ao juiz para as providências cabíveis. As armas, munições e demais instrumentos do crime apreendidos, ressalvadas as hipóteses constantes no art.14 do Provimento Conjunto nº 01/03 e aquelas previstas em legislação especial de âmbito federal, não poderão ser cedidas, por empréstimo ou a outro título, a qualquer pessoa, a órgão público ou entidade particular, sob pena de responsabilidade administrativa e criminal.

Verificando o Escrivão que existe objeto apreendido sem destinação, deve informar este fato ao Juiz, através da promoção existente no SISCOM WINDOWS.

PASSO A PASSOPASSO A PASSOPASSO A PASSOPASSO A PASSO

- impressão;

-documentos;

-outros;

-digitar “534” para a promoção ao Juiz;

20)20)20)20) Emissão de guia de execuçãoEmissão de guia de execuçãoEmissão de guia de execuçãoEmissão de guia de execução

Emitir FAC para conferência dos dados do réu e lançar no SISCOM as seguintes informações necessárias:

a) Campo FEITOS ALTERAÇÃO: conferir e alterar, se preciso, os

seguintes dados: delegacia, data e número do inquérito, data do recebimento da denúncia;

b) Campo PARTES ALTERAÇÃO: conferir os seguintes dados: endereço atualizado do réu; enquadramento proferido na sentença/acórdão; incluir os dados da sentença, ainda não lançados (publicação, trânsitos em julgado, acórdão, condenação, regime, etc.);

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c) Campo 9: lançar todas as prisões e solturas existentes nos autos;

d) Nos casos de emissão de guia provisória, incluir no campo RECURSOS a opção TJ, sem incluir data do acórdão;

e) Em caso de guia de execução definitiva, com acórdão, incluir a data do acórdão e as datas dos trânsitos em julgado;

f) Campo DESCRIÇÃO DA SENTENÇA: teclar F9 e escolher a sentença proferida;

g) Campo TIPO: incluir tipo 02 para sentença, uma vez que o tipo 01 refere-se a transação penal;

h) Conferir a duração da pena, não se esquecendo de separar as penas dos crimes comuns dos crimes hediondos. Em caso de crime hediondo, informar se o regime é inicialmente fechado ou integralmente fechado;

i) Em caso de condenação com sursis, lançar no campo TIPO DE SUSPENSÃO a opção 01, com a duração do sursis e a data da sentença ou da audiência admonitória realizada;

j) Campo 05 - MULTA COMINADA: incluir a pena de dias-multa aplicada;

k) Campo PENA PECUNIÁRIA, somente deve ser incluída quando a

PPL foi substituída por uma pena restritiva de direitos (PRD) mais uma de prestação pecuniária (PP);

l) Em caso de substituição por uma PRD e pagamento de um ou mais salários mínimos, lançar no campo SALÁRIO MÍNIMO quantos eles foram aplicados;

m) Havendo substituição de PPL por uma PRD mais pagamento de um determinado valor parcelado, deverá ser lançado o valor da parcela e a quantidade das mesmas;

n) Campo CUSTAS: lançar a porcentagem a que o réu foi condenado; se for o caso de isenção, deixar o campo em branco; Procede-se da mesma forma quando o Juiz condena nas custa e isenta do pagamento.

o) Campo ENVIO PARA EXECUÇÃO: colocar a letra “S” e teclar F10, lançando-se em seguida a data da emissão da guia à VEC. Caso seja necessário fazer alguma correção na guia, limpar o campo “S”, fazer a correção e emitir nova guia;

p) Acessar o SISCOM/WINDOWS, opção IMPRESSÃO DE GUIA DE EXECUÇÃO, opção ATUALIZAR RÉU, conferir os seguintes dados: data do crime; data do recebimento da denúncia; nome e qualificação completa do réu, conferida com a FAC; prontuário do réu;

q) Providenciar cópia das seguintes peças:

- capa de autuação do inquérito policial - auto de prisão em flagrante ou portaria/relatório;

- denúncia; - recebimento da denúncia; - procuração; - sentença/sentença de pronúncia;

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- data do recebimento e publicação da sentença em mãos do escrivão;

- mandado de intimação da sentença, com a certidão do oficial de justiça;

- certidão do trânsito em julgado do Ministério Público/Defesa;

- cópia integral do acórdão e da certidão de trânsito em julgado;

- cálculos do contador; - mandado de prisão, alvará de soltura, quando houver e

outras que se fizerem necessárias; - toda documentação dando notícia das fugas,recapturas e

transferência do sentenciado. - Cópia do recurso e despacho que deferiu a expedição da

guia

r) Se o réu já se encontra em cumprimento de pena na VEC, não é possível incluir a prisão no sistema na guia de execução; Imprime-se o histórico de pessoa apreendida/presa – (impressão – documentos – histórico de apreensão – prisão / liberação – soltura);

s) Encaminhar o original da GUIA DE EXECUÇÃO para VEC,

permanecendo nos autos uma cópia da mesma;

t) Emitida a GUIA DE EXECUÇÃO, deve-se expedir a CDJ. Prevê o Enunciado 17/2009

“ CUSTAS. AÇÃO PENAL. ELABORAÇÃO DA CONTA FINAL DE CUSTAS, NÃO INCIDÊNCIA DA EXECUÇÃO PENAL. DESPESAS PROCESSUAIS.

Transitada em julgado a sentença penal, deve a conta final de custas ser elaborada ,segundo a Lei estadual nº 14.939, de 29 de dezembro de 2003, e o art.48, parágrafo 1º do Provimento Conjunto nº 07 de 10 de dezembro de 2007. Não há, por conseqüência, cobrança de custas sobre a execução penal. As despesas processuais havidas, contudo no curso da execução penal, devem ser apuradas, para cobrança ao final, tendo em vista o disposto nos artigos 3º e 12, parágrafo 3º da Lei 14.939, de dezembro de 2003.”

Processo nº 2009/39491).

21) ALVARÁ DE SOLTURA21) ALVARÁ DE SOLTURA21) ALVARÁ DE SOLTURA21) ALVARÁ DE SOLTURA

21.1) Alvará de Soltura por meio eletrônico21.1) Alvará de Soltura por meio eletrônico21.1) Alvará de Soltura por meio eletrônico21.1) Alvará de Soltura por meio eletrônico A Portaria Conjunta nº 2/2008 dispõe sobre a transmissão do alvará de soltura por meio eletrônico. O alvará de soltura será transmitido por meio eletrônico, através do “Sistema Hermes – Malote Digital”, à unidade prisional indicada pela Secretaria de Estado de Defesa Social - SEDS ou pela Polícia Civil do Estado de Minas Gerais,

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observando o disposto na legislação penal, garantidos a autenticação, a segurança e o armazenamento das informações. (art. 1º da Portaria Conjunta nº 2/2008). O sinal eletrônico contendo a ordem judicial de soltura terá como origem, sítio e terminal computacional de transmissão da Vara Criminal do juízo expedidor do alvará, e como primeiro destino, sítio e respectivo terminal computacional do Setor de Arquivos e Informações – SETARIN, da Polícia Civil do Estado de Mina Gerais. (art. 2º da Portaria Conjunta nº 2/2008). O SETARIM se incumbirá de conferir os dados de identificação do beneficiário inseridos no comando eletrônico judicial e verificar a existência de outros mandados de prisão porventura existentes e ainda pendentes de cumprimento, cabendo-lhe a aposição, imediata, no alvará eletrônico, de despacho administrativo de conferência dos dados, e encaminhamento à unidade prisional de recolhimento do beneficiário, cujo sítio e respectivo terminal computacional constituem o destino final do alvará de soltura. (Parágrafo único do art. 2º da Portaria Conjunta nº 2/2008). Após o envio, pelo Juízo de origem, do sinal eletrônico ao sítio e terminal computacional do SETARIM deverá ser lavrado, nos autos físicos equivalentes, certidão da expedição da expedição do alvará. O cumprimento do alvará de soltura considerar-se-á realizado coma expedição do comprovante de seu recebimento, pelo sítio e terminal computacional do estabelecimento prisional de destino. ( art. 4º da Portaria Conjunta nº 2/2008). Na impossibilidade de transmissão do alvará de soltura por meio eletrônico, da origem ao destino final por indisponibilidade do sistema eletrônico ou por causa técnica outra – ou, ainda, quando positivado, pelo SETARIM, defeito de identificação do beneficiário da ordem judicial, adotar-se-á a sistemática convencional de expedição e cumprimento da ordem judicial. (art. 5º da Portaria Conjunta nº 2/2008). O alvará de soltura será assinado digitalmente e seu tráfego será criptografado, desde a origem, pela autoridade judiciária do juízo expedidor, com uso de recurso criptográfico objeto de certificado expedido pela autoridade credenciada pela ICP – Brasil. (art. 6º da Portaria Conjunta nº 2/2008).

PASSO A PASSOPASSO A PASSOPASSO A PASSOPASSO A PASSO

• Acessa-se o SISCOM WINDOWS específico para expedição e envio de Alvarás de Soltura. ( A senha de acesso é a mesma usada para o SISCOM CARACTER).

• Uma vez acessado o Sistema, segue-se o seguinte caminho : FEITOS – EMITIR DOCUMENTO.

• Na caixa aberta digita-se o número do processo no campo a ele destinado. O cursor “pulará” automaticamente para o campo “modelo de documento” . A seleção do documento poderá ser feita através da tecla F9, do ícone que fica à direita da mencionada caixa ou digitação do número do documento, que, no caso do Alvará de Soltura Eletrônico, corresponde ao 903.

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• Surgirão na tela, os nome dos réus que figura nos autos. Deverá ser selecionado com um click do mouse o nome daquele que foi beneficiado pelo Alvará de Soltura. Conferidos os dados e estando todos corretos, clica-se na tecla CONFIRMAR.

• Será aberta uma nova tela na qual deverá ser preenchidos os dados: Motivo da Soltura, data do fato, nome da vítima e número do Inquérito Policial.

• Após o preenchimento dos dados do item anterior, clica-se em CONFIRMAR e então o Alvará de Soltura estará pronto.

• Após esses procedimentos, caberá ao Juiz de Direito fazer a assinatura digital do Alvará de Soltura Eletrônico : FEITOS – ALVARÁ DE SOLTURA ELETRÔNICO – ASSINAR DIGITALMENTE (SOMENTE JUIZ).

• O próximo passo será enviar o Alvará Soltura Eletrônico ao destinatário : FEITOS – ALVARÁ DE SOLTURA ELETRÔNICO – ENVIAR AO DESTINATÓRIO.

Observações:

• O acompanhamento da movimentação do Alvará de Soltura Eletrônico pode ser feitos pelo próprio “SISCOM ALVARÁ DE SOLTURA ELETRÔNICO” : FEITOS – ALVARÁ DE SOLTURA ELETRÔNICO – CONSULTAR MOVIMENTAÇÃO DE ALVARÁ.

• Caso tenha sido emitido equivocadamente um Alvará de Soltura é possível se fazer a exclusão do mesmo : FEITOS – ALVARÁ DE SOLTURA ELETRÔNICO – EXCLUSÃO DE ALVARÁ . Na caixa aberta, basta selecionar o número do alvará que se deseja excluir.

• Antes de se expedir o Alvará de Soltura Eletrônico dever-se-á pesquisar se o local onde o beneficiado encontra-se preso está integrado ao Sistema. Caso contrário, o Alvará de Soltura expedido deverá ser o convencional.

• Caso seja necessária a anexação de documentos ao Alvará Eletrônico e segue-se os seguintes passos no SISCOM ALVARÁ DE SOLTURA: FEITOS – ALVARÁ DE SOLTURA ELETRÔNICO – IMPORTAÇÃO DE PELAS DIGITALIZADAS. Na caixa aberta, digita-se o número do processo e marca-se, com um click do mouse, o pequeno quadrado que surgir à direita da tela. Este procedimento só poderá ser feito antes da assinatura digital do Juiz de Direito.

21.2) Alvará de Soltura 21.2) Alvará de Soltura 21.2) Alvará de Soltura 21.2) Alvará de Soltura –––– Sistema ConvencionalSistema ConvencionalSistema ConvencionalSistema Convencional Para cumprimento do alvará de soltura, a Secretaria de Juízo expedirá ofício , e o transmitirá, via fax, comunicando ao Setor de Arquivos e Informações da Polícia Civil – SETARIN (art. 249 do Provimento 161 da CGJ/2006) Nos moldes do art. 250 do Provimento 161 da CGJ/2006, o alvará deverá conter :

• a qualificação completa do beneficiado;

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• a natureza da prisão, se flagrante, preventiva ou em virtude de sentença condenatória;

• a pena imposta, na hipótese de condenação; • a cláusula “SE POR AL NÃO ESTIVER PRESO”; • o nome da vítima; e • o horário de expedição do mandado.

Recebidas as informações pelo SETARIN acerca da existência, ou não de impedimentos, caberá ao Oficial de Justiça de Plantão entregar o alvará diretamente à Delegacia de Polícia ou Penitenciária. Nas hipóteses de concessão de liberdade provisória, fiança e prisão domiciliar, somente se haverão por efetivamente cumpridos após a assinatura do respectivo auto pelo réu preso. Fica assegurado ao Advogado ou familiares do preso acompanhar o Oficial de Justiça no cumprimento da ordem. Na Comarca de Belo Horizonte, os alvarás deverão ser entregues na Central de Mandados do Fórum Lafayette até às 15 horas. Após este horário os alvarás deverão ser entregues na Secretaria de Plantão. A emissão do alvará à Secretaria de Plantão deverá ser feita em 04 (quatro) vias, as quais deverão ser encaminhadas através de ofício.

22) 22) 22) 22) Baixa e arquivamento de autosBaixa e arquivamento de autosBaixa e arquivamento de autosBaixa e arquivamento de autos

Extinto o processo e após o pagamento das custas finais, se houver, ou expedida a Certidão de Não Pagamento de Custas e demais Despesas Processuais Finais à Advocacia Geral do Estado, os autos deverão ser baixados e arquivados.

Apenas em situações excepcionais, poderá ocorrer o cancelamento de registros no SISCOM, gerando a exclusão das informações relativas a processo e a parte para efeito de consulta e acompanhamento processuais, e somente se processará mediante despacho do juiz e certidão nos autos. A baixa será realizada pela Secretaria de Juízo e o cancelamento de registros será realizado pelo Distribuidor. Nos processos de natureza criminal proceder-se-á à baixa do registro do réu, quando absolvido, impronunciado ou tenha sido decretada a extinção da punibilidade e, ainda, a extinção do processo, quando o juiz declarar sua incompetência para o julgamento do feito; e, por fim, no caso de indiciado em inquérito policial, quando a denúncia não for oferecida ou, se oferecida, for rejeitada pelo Juiz de Direito. Art.240 do Provimento 161/CGJ/2006; Art. 240, § 2º: “ a comunicação de prisão em flagrante somente terá o seu registro baixado no SISCOM após o recebimento do inquérito policial.”

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Em quaisquer situações, houve a extinção da relação jurídico-processual e o status do processo passará de ativo para baixado, propiciando a emissão de certidão negativa para a parte ré. A baixa do registro do réu ou processo, em caso de sentença condenatória, só ocorre quando o juízo competente para fiscalizar o cumprimento da pena informar que houve a extinção da punibilidade.

Os motivos de baixa autorizados pelo SISCOM são taxativos e toda baixa corresponde a um “motivo” de extinção do processo, ou seja, o processo foi sentenciado e da sentença não cabe mais recurso. Deve-se, portanto, ficar atento aos processos que devam ser baixados e nunca enviar ao Arquivo processos não sentenciados, salvo os permitidos por ato normativo próprio, como os casos de arquivamento provisório que veremos a seguir.

Do mesmo modo, a REATIVAÇÃO somente poderá ocorrer mediante autorização judicial e certificada nos autos próprios. Art.242 do Provimento 161/CGJ/2006.

Se já houve prolação de sentença, o feito não deve ser reativado, sob o risco de, finda aquela relação jurídico-processual, o Poder Judiciário emitir certidão positiva equivocadamente (já que o status do processo passará de baixado para ativo). Por este motivo, o SISCOM disponibiliza várias movimentações para serem utilizadas quando o processo está baixado, além da possibilidade de publicação, não necessitando reativá-lo.

Efetivada a baixa do processo, deverá ser anotado na última página a data da baixa (utilizar carimbo ou de forma digitada), tal como no modelo abaixo:

BAIXA REALIZADA EM: ___ / ____ / 20

___________________________

Responsável

Os processos prontos para arquivamento deverão ser separados por maços, com aproximadamente 20 cm de altura. Cada maço deve conter uma relação dos processos que estão sendo enviados para o arquivo. O lançamento do número do maço é feito pelo próprio Arquivo.

O número do maço é lançado no SISCOM, pelo Arquivo, listando os processos que a ele pertencem.

Deve-se manter o controle da relação dos maços enviados ao Arquivo na Secretaria.

Tanto as Secretarias de Juízo quanto o Arquivo Geral (onde houver) devem manter livros ou pastas de carga e descarga para o controle do movimento entre eles.

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Documentos administrativos produzidos pelas Secretarias de Juízo, bem como pelos serviços auxiliares da Direção do Foro (por exemplo, livros de carga), podem igualmente ser encaminhados ao Arquivo em caixas-arquivo, bem como objetos e outros materiais oriundos de processos e/ou inquéritos policiais, desde que haja espaço suficiente para guardá-los.

É importante lembrar que deve-se fazer a conferência dos processos antes que seja feita a baixa, inclusive se existe mandado de prisão em aberto e objetos apreendidos sem destinação. Em caso positivo fazer a promoção indicando a existência dos objetos.

Emitir após a baixa do processo a Comunicação de Decisão Judicial – CDJ e encaminhá-la ao Instituto de Identificação.

22.1) Arquivamento provisório 22.1) Arquivamento provisório 22.1) Arquivamento provisório 22.1) Arquivamento provisório –––– suspensões legais suspensões legais suspensões legais suspensões legais

É o nome que se dá aos processos que ficarão suspensos por um período maior de tempo, quando há previsão legal ou por determinação do juiz. São várias as situações que ensejam o arquivamento provisório, tanto no procedimento cível quanto no criminal.

Mas atenção!!! O lançamento da movimentação no SISCOM deve corresponder ao despacho proferido, sendo que a movimentação genérica processo suspenso somente deve ser utilizada quando não existir a especial correspondente. No caso da Tabela de Movimentos do CNJ, a movimentação deve sempre corresponder ao despacho que motivou a suspensão, obedecendo a fase processual: aguarda localizar devedor, réu revel, aguarda decisão do agravo, etc.

As Secretarias devem observar os prazos fixados nas suspensões concedidas, quando houver termo certo, e dar o DECURSO DE PRAZO, quando cabível.

22.2) Desarquivamento de autos22.2) Desarquivamento de autos22.2) Desarquivamento de autos22.2) Desarquivamento de autos

Os pedidos de desarquivamento devem ser classificados como “rotineiros” ou de “urgência”, com base no despacho judicial ou justificativa apresentada.

Para que ocorra o desarquivamento, é necessário o PRÉVIO pagamento da TAXA DE DESARQUIVAMENTO, salvo se a parte interessada ou seu advogado apresentar declaração de insuficiência de recursos, nos termos da Lei Federal nº 1.060/50.

A guia paga ou a declaração de pobreza deve acompanhar a petição onde se faz o pedido de desarquivamento.

Além dos processos, os termos de audiências, as cópias das sentenças, os livros de carga e os livros “tombo” antigos podem ser também arquivados, acondicionando-os em caixas “tipo arquivo”, devidamente etiquetadas com a identificação do seu conteúdo.

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O desarquivamento deverá ser efetivado no prazo máximo de 03 (três) dias e, no caso de urgência, no primeiro dia útil após o recebimento do pedido pelo setor responsável.

Se o serviço de arquivamento e desarquivamento for terceirizado, o desarquivamento será em 5 (cinco) dias e a urgência em 48 horas.

Na Comarca de Belo Horizonte, o desarquivamento, cujo objetivo seja o simples pedido de vista, que não implique em carga ou reativação dos autos, bem como a extração de cópias reprográficas, será requerido diretamente na Central de Arquivo Forense, onde foi organizada uma estrutura capaz de atender essa demanda, conforme disposto na Portaria nº 872/2009.

Observar que, caso o processo esteja baixado e tenha sido, posteriormente, reativado, a inclusão das movimentações AUTOS DESARQUIVADOS, PROCESSO DESARQUIVADO, ARQUIVADO DEFINITIVAMENTE ou PROVISORIAMENTE, não têm o condão de baixar automaticamente o processo. No caso de reativação de processo extinto, antes da remessa ao arquivo, é necessária sua baixa definitiva.

Nas comarcas que não possuem um setor de arquivo estruturado, após baixar o feito, a Secretaria deverá apenas movimentar 2264-0 REMETIDOS AUTOS PARA ARQUIVO, não sendo necessário a informação de que o feito foi recebido no arquivo se não houver um setor de arquivo próprio na comarca. Se porventura o feito for desarquivado, a secretaria deverá movimentar 0681-7 RECEBIDOS OS AUTOS.

Entretanto, caso seja o distribuidor o setor responsável pelo arquivo desses feitos, a secretaria deverá baixar o feito, movimentar 2264-0 REMETIDOS AUTOS PARA ARQUIVO e enviar para o distribuidor. O distribuidor deverá movimentar 2112-1 RECEBIMENTO PELO ARQUIVO e arquivar o feito. Se porventura o feito for desarquivado, o distribuidor deverá movimentar 2113-9 REMESSA ARQUIVO P/SECRETARIA e enviar o feito para a secretaria, que irá movimentar 0681-7 RECEBIDOS OS AUTOS.

23) 23) 23) 23) TRIBUNAL DO JÚRITRIBUNAL DO JÚRITRIBUNAL DO JÚRITRIBUNAL DO JÚRI

1ª fase: 1ª fase: 1ª fase: 1ª fase:

-recebimento da denúncia ou queixa, citação do acusado para responder à acusação, por escrito, no prazo de 10 dias. Rol de testemunhas, até 08;

− defesa por escrito. Rol de testemunhas, até 08. Não apresentada o juiz nomeia defensor dativo;

− vista ao MP;

− Audiência de instrução e julgamento. Após, interroga-se o réu;

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− debates orais. Acusação e defesa: 20 minutos, prorrogáveis por mais 10. Se houver assistente de acusação falará em 10 minutos e a defesa terá mais 10 minutos;

− juiz profere a sentença na audiência, ou faz-se a conclusão dos autos.

Fase DecisóriaFase DecisóriaFase DecisóriaFase Decisória

Decisões possíveis:

Pronúncia: julga admissível a acusação, remete-se o caso para Júri;

Impronúncia: julga inadmissível a acusação, exingue-se o processo, não vai à Júri;

Desclassificação: decide-se que o Tribunal do Júri não é o competente e determina-se a remessa dos autos à Vara competente;

Absolvição sumária: juiz julga improcedente a acusação, absolvendo o acusado.

2ª fase2ª fase2ª fase2ª fase

PREPARAÇÃO PARA PLENÁRIO

− pronúncia: intimação do MP ou querelante ou defensor para apresentação do rol e testemunhas, até no máximo 5; podem requerer diligências e juntar documentos;

− conclusão. Juiz delibera sobre requerimentos e provas a produzir ou serem exibidas em plenário.

− elaboração de relatório do processo para inclusão na pauta de julgamento;

− designação de data para julgamento.

3ª fase3ª fase3ª fase3ª fase

− instalação da sessão de julgamento do Tribunal do Júri.

Composição: 1 juiz togado (Presidente);

25 jurados; é preciso o mínimo de 15 jurados para início dos trabalhos.

− verificação do comparecimento das partes;

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− coloca-se as testemunhas de acusação e defesa em salas próprias, permanecendo incomunicáveis;

− Juiz adverte jurados sobre impedimento e suspeição, bem como do dever de incomunicabilidade, uma vez sorteados;

− Forma-se o conselho de sentença, por sorteio, de 7 jurados. As partes podem apresentar, cada uma, 3 recusas imotivadas;

− juramento solene. Todos de pé;

− colhem-se as declarações do ofendido;

− oitiva das testemunhas de acusação;

− oitiva das testemunhas de defesa;

-_ as partes e/ou jurados podem requerer acareações e reconhecimento de pessoas e coisas, além de colher esclarecimentos dos peritos;

- as partes e/ou jurados podem requerer a leitura das peças referentes às provas colhidas através de carta precatória e às provas cautelares;

- interrogatório do réu, se estiver presente. As partes podem fazer perguntas direto aos acusados; os jurados por meio do juiz presente;

- acusação tem 1 ½ para manifestação; 2 ½ se forem 2 ou mais RR;

- defesa tem 1 ½ para manifestação; 2 ½ se forem 2 ou mais RR;

− réplica: acusação pode se manifesta por mais 1 hora e por 2 horas se houver mais de réu;

− tréplica: defesa pode contra-argumentar a manifestação feita pela acusação na réplica, por 1 hora e se houver mais de um réu por 2 horas;

− conclusão dos debates: Juiz pergunta aos jurados se estão aptos a julgar;

− após os eventuais esclarecimentos, passa-se a leitura dos quesitos, em plenário; indaga-se as partes se tem algum requerimento ou reclamação a fazer;

− reúnem-se na sala especial o juiz, o RMP, defensor, jurados, assistente de acusação, se houver, o querelante, se houver. O escrivão e o oficial de justiça também vão para sala especial;

− votação e decisão: por maioria de votos. A votação acaba ao atingir o quarto voto favorável à tese em julgamento;

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− sentença que é lida e publicada em plenário;

− elaboração da ata.

24) T24) T24) T24) TÓXICOS ÓXICOS ÓXICOS ÓXICOS –––– Lei n 11.343, de 23/08/2006Lei n 11.343, de 23/08/2006Lei n 11.343, de 23/08/2006Lei n 11.343, de 23/08/2006 Art. 48 – O procedimento relativo aos processos por crimes definidos neste Título rege-se pelo disposto neste Capítulo, aplicando-se, subsidiariamente, as disposições do Código de Processo Penal e da Lei de Execução Penal. 24.1) Procedimento Especial24.1) Procedimento Especial24.1) Procedimento Especial24.1) Procedimento Especial

• Os inquéritos policiais relativos aos crimes previstos na Lei de Tóxicos não passam pela Vara de Inquéritos Policiais, nem as cautelares, que são sigilosas.

• O sigilo dos inquéritos policias, cautelares e processos deverá ser rigorosamente observado tanto no balcão da Secretaria quanto fora dele, devendo o servidor estar atento quanto ao empréstimo/carga dos autos somente às partes interessadas.

24.2) Delação premiada24.2) Delação premiada24.2) Delação premiada24.2) Delação premiada Art. 41 – O indiciado ou acusado que colaborar voluntariamente com a investigação policial e o processo criminal na identificação dos demais co-autores ou partícipes do crime e na recuperação total ou parcial do produto do crime, no caso de condenação, terá pena reduzida de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços). Ocorrendo a delação premiada, mesmo com acusado preso, o processo será suspenso até o delegado de polícia apurar a delação. Se procedente, ocorrerá a diminuição da pena. 24.3) Rito Processual24.3) Rito Processual24.3) Rito Processual24.3) Rito Processual

• Inquérito Policial – prazo de 30 dias (réu preso) e de 90 (noventa) dias (réu solto), para conclusão, podendo ser duplicado pelo juiz, após ouvir o RMP (art. 51 e parágrafo único);

• Remetidos os autos à Justiça e após distribuição, emitir FAC/CAC dando-se vista ao RMP pelo prazo de 10 dias, que poderá requerer o arquivamento, requisitar diligências ou oferecer denúncia, arrolando até 05 testemunhas (art. 54, I a III);

• RMP oferece denúncia; • Retornando os autos à Secretaria, proceder a autuação; • Fazer conclusão – código 02121; • Notificar o acusado para apresentar a defesa prévia, por escrito, no prazo de

10 (dez) dias, podendo ser arroladas 05 testemunhas para cada réu (art. 55, caput e § 1º). Oficiar à autoridade policial solicitando a remessa de laudos, levantamento da vida pregressa e levantamento patrimonial do acusado, que deverão ser encaminhados à Justiça até 03 (três) dias antes da AIJ. Tais diligências já foram providenciadas pelo delegado de polícia (art. 52, Parágrafo único, I e II);

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• proceder a juntada de mandados; • Decorrido o prazo sem apresentação da defesa prévia, o Juiz nomeará ao

acusado o Defensor para oferecê-la em 10 dias (art. 55, § 3º); • Oferecida a defesa prévia, os autos serão conclusos ao juiz para, em 05 dias,

decidir. Recebida a denúncia, o juiz designará audiência de instrução e julgamento – AIJ, determinando a citação pessoal do acusado, a intimação do RMP e assistente, se houver, e requisitará os laudos periciais (art. 55, §§ 1º e 4º e art.56, caput);

• Na AIJ será realizada dentro dos 30 (trinta ) dias seguintes ao recebimento da denúncia, salvo se determinada a realização de avaliação para atestar dependência de drogas, caso em que será realizada dentro de 90 (noventa) dias (art.56, § 2º);

• Na AIJ proceder-se-á ao interrogatório do acusado e oitiva das testemunhas de acusação e defesa. Encerrada a instrução, dar-se-á a palavra, sucessivamente, ao RMP e ao defensor do acusado, para sustentação oral pelo prazo de 20 (vinte) minutos) para cada um, prorrogável por mais 10 (dez) minutos, a critério do Juiz (art. 57);

• Encerrados os debates orais, o juiz , proferirá a sentença de imediato, ou em 10 (dez) dias, ordenando, nesse caso, que os autos sejam conclusos (art. 58, caput);

• Proceder à intimação da sentença (RMP, acusado, defensor), observando-se o previsto no rito ordinário do CPP, inclusive quanto aos prazos e recursos.

24.4) LEI 11.24.4) LEI 11.24.4) LEI 11.24.4) LEI 11.343/2006 343/2006 343/2006 343/2006 ---- ESQUEMAESQUEMAESQUEMAESQUEMA 1) Inquérito Policial : preso – 30 dias; prorrogável por igual prazo; solto – 90 dias; prorrogável por igual prazo. (art.51)

• FAC e CAC antes de ir para o RMP

• Denúncia;

• Autuação; (art. 54, III)

• Conclusão;

• Notifica o acusado para apresentar Defesa Prévia no prazo de 10 (dez) dias; (art.55) – (rol de testemunhas: 05 para cada acusado);

• Oficiar para juntada de : laudos; levantamento da vida

pregressa;levantamento patrimonial ; (art. 52 , parágrafo único, I e II);

• Juntada de mandados;

• Decurso de prazo. Em caso negativo nomeia Defensor ; (art. 55,

§ 3º)

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• Conclusão. Recebe a denúncia e designa audiência de instrução de julgamento; 30 (trinta ) dias : acusado preso; 90 (noventa) dias: acusado solto (art.56, § 2º)

• Audiência : interrogatório, oitiva das testemunhas de denúncia,

defesa, alegações finais e sentença; (art. 57 e 58)

2) Recursos;

3) Trânsitos em julgado;

4) Expedição de Guia de Execução ou baixa do processo e emissão de CDJ. 25) LEI 11.340, DE25) LEI 11.340, DE25) LEI 11.340, DE25) LEI 11.340, DE 07/08/2006 07/08/2006 07/08/2006 07/08/2006 –––– Lei Maria da Penha Lei Maria da Penha Lei Maria da Penha Lei Maria da Penha Art 13 – Ao processo, ao julgamento e à execução das causas cíveis e criminais decorrentes da prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, aplicar-se-ão as normas dos Códigos de Processo Penal e Processo Civil e da legislação específica relativa à criança, ao adolescente e ao idoso que não conflitarem com o estabelecido nesta lei. 25.1) Procedimento25.1) Procedimento25.1) Procedimento25.1) Procedimento

• Não se lavra TCO. Feito o registro da ocorrência, a autoridade policial procede à lavratura do Boletim de Ocorrência – BO, após ouvir a ofendida, tomando a representação a termo, se apresentada (art. 12, I);

• O Delegado de Polícia toma as medidas consideradas urgentes

como, por exemplo, garantir a proteção policial da vítima, encaminhá-la ao hospital ou posto de saúde, etc...(art. 11);

• O Delegado remeterá, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas,

expediente apartado ao juiz com cópia do depoimento da vítima, termo de representação (quando houver), e pedido de providências da ofendida, para a concessão de medidas protetivas de urgência previstas nos arts. 22 e 23 (art. 12, III);

• Recebido o expediente, caberá ao juiz, em 48 (quarenta e oito)

horas: conhecer do expediente e do pedido, decidindo sobre as medidas protetivas de urgência; e determinar o encaminhamento da ofendida ao órgão de assistência judiciária, se for o caso; comunicar ao RMP para adoção das providências cabíveis (art. 18, I a III);

• Se o Juiz defere o pedido de providências, expede-se mandado

para agressor e vítima, abrindo-se vista ao RMP;

• Havendo representação da vítima, instaura-se o inquérito policial, no caso do crime previsto no art. 129, § 9º, CPB. No caso de crime de ameaça é necessária a representação da vítima.

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• Nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida de que trata esta Lei, só será admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência especialmente, designada com esse fim, antes do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério Público (art.16);

• Iniciando-se o expediente por flagrante e tratando-se do crime

previsto no art. 129, § 9º, CPB – a autoridade policial arbitra a fiança, comunicando ao juiz e instaura o IP;

• Tratando-se do crime previsto no art. 147, CPB – a autoridade arbitra a fiança, dependendo a instauração do IP de representação da ofendida. Não havendo a representação, torna-se uma notícia-crime, que será remetida à Justiça. Nesse caso será marcada a audiência prevista no art. 16.

• É vedado, expressamente, a cominação de penas de cesta

básica ou outras de prestação pecuniária, bem como a substituição de pena que implique o pagamento isolado de multa (art. 17);

• É vedado , expressamente, a aplicação da Lei nº 9099/95 aos

crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher, independente da pena prevista (art. 41).

25.2) Lei n. 11.340/200625.2) Lei n. 11.340/200625.2) Lei n. 11.340/200625.2) Lei n. 11.340/2006 ---- ESQUEMAESQUEMAESQUEMAESQUEMA Não se lavra TCO; Fato : -Flagrante -representação Colhe o depoimento da vítima e o Delegado toma as medidas elencadas no art. 11; A notícia-crime é encaminhada a Justiça com a cópia do depoimento da vítima, pedido de providências, etc. Quando o Juiz defere alguma medida protetiva a Secretaria expede o(s) mandado(s) para a vítima e para o agressor. Abre-se vista ao RMP; Quando não há representação da vítima marca-se uma audiência (art.16) para que a ofendida renuncie ao direito de representação perante o Juiz; (arquiva-se); Flagrante : -art. 129: -autoridade policial arbitra fiança e comunica. -Instaura IP; -O MP tem entendido que é pública incondicionada -art. 147: -autoridade policial arbitra fiança e comunica. -Instaura IP; -Depende de representação.

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26) Atendimento ao público26) Atendimento ao público26) Atendimento ao público26) Atendimento ao público

O trabalho em equipe é fundamental para o bom atendimento, principalmente no auxílio à localização do processo ou na solução de questões de ordem processual ou funcional.

a) São requisitos básicos ao bom atendimento:

• Educação e cortesia; • Saber ouvir e atender o que se pede com presteza e eficiência; • Evitar discussões desnecessárias; • Auxiliar no encaminhamento ao setor ou serviço competente, quando o

interessado se dirige equivocadamente à Secretaria de Juízo; • Se necessário, recorrer ao superior hierárquico quando o problema for

de difícil solução.

b) No atendimento que vise à localização de processos, observar:

• As partes e advogados deverão portar informativo do SISCOM atualizado, através de suas papeletas, do Diário do Judiciário, da internet ou outras que noticiem o andamento dos processos; Art. 190, parágrafo único, do Provimento 161/CGJ/2006.

• Fiscalizar o público, ficando atento ao processo que está sendo manuseado no balcão;

• Atenção quanto às ações que correm em segredo de justiça.

c) Escala de revezamento:

Visando facilitar o atendimento no balcão, sugere-se seja adotada pelo escrivão uma escala de revezamento. Tal medida facilita o atendimento e agiliza a realização das tarefas pelo servidor, que ficará com a atenção voltada para o balcão apenas durante o período estipulado para o atendimento, salvo se houver necessidade de mobilizar toda a equipe. Para tanto, o escrivão poderá dividir o horário de atendimento ao balcão de acordo com o número de servidores - aproximadamente 1:30h (uma hora e meia) para cada grupo.

d) Aos idosos (idade igual ou superior a 60 anos) e aos portadores de, necessidades especiais, protegidos por lei, o atendimento é PRIORITÁRIO, tanto no balcão da Secretaria de Juízo quanto nos Serviços Auxiliares.

e) É PROIBIDO às Secretarias de Juízo e aos serviços auxiliares da Direção do Foro o fornecimento de informações processuais e custas por telefone. Art. 190, caput, Provimento 161/CGJ/2006. f) Os Terminais de Consulta ao Andamento Processual - TECAP, donde se extraem o informativo do SISCOM, devem estar localizados nas dependências do Fórum em local visível e de acesso ao público em geral, não somente ao advogado.

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g) É aconselhável que se mantenha acessível, tanto para consulta do servidor quanto das partes e advogados, o Provimento nº 161/CGJ/2006 e demais atos normativos da CGJ e do TJMG, evitando discussões desnecessárias quanto aos procedimentos adotados.

h) Recomenda-se, ainda, que tanto a Secretaria de Juízo quanto os Serviços Auxiliares possuam um quadro para afixação de avisos e de Portarias do Juízo, referentes a normas de orientação ou instrução às partes, aos advogados e aos interessados, afetas a cada setor. Por exemplo, nas Secretarias, instruções sobre a carga de autos para extração de cópias. Assim, a exposição de determinados avisos e normas (pela sua importância no momento do atendimento) tem o condão de evitar desgastes desnecessários e até mesmo o deslocamento do escrivão até o balcão para, reiteradamente, colocar fim a questionamentos já superados.

27) LIVROS OBRIGATÓRIOS27) LIVROS OBRIGATÓRIOS27) LIVROS OBRIGATÓRIOS27) LIVROS OBRIGATÓRIOS São livros obrigatórios os instrumentos que registram as atividades e rotinas da Secretaria de Juízo, servindo, também, como meio de fiscalizar a regularidade das atividades nela desenvolvidas. Os livros podem ser de duas formas:

1ª) livro propriamente dito (tipo caderno de capa dura), já encadernado; 2ª) livro de folhas soltas (tipo pasta), destinado ao registro de termos impressos através do sistema informatizado ou cópias com valor oficial, tais como atas de audiências, termos de tutela e curatela e cópias de sentenças.

Para a formação do livro/pasta, sugere-se a utilização da capa de processos, que, tal qual o livro tipo caderno de capa dura, deverá conter:

• Capa etiquetada com a referência do seu conteúdo (Livro de Carga Para Advogados, Registro de Tutela e Curatela, etc.);

• Folhas numeradas e rubricadas, iniciando com o número 2 (dois), já que a capa, que corresponde ao número 1 (um) não é numerada;

• Termos de abertura e de encerramento, devendo o livro se encerrar quando completar 200 (duzentas) folhas, podendo este número ser aumentado ou diminuído, de forma a não interromper a seqüência de algum documento que possua mais de uma página;1

• Ordem cronológica; • As rasuras, porventura existentes, deverão estar acompanhadas

de justificativa lançada às margens do registro, para conferir-lhes autenticidade.

Devido à informatização das comarcas e implantação do SISCOM, atualmente, a maioria dos livros podem ser formados por folhas soltas, impressas

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no computador, sem a necessidade da transcrição das informações para o livro propriamente dito (caderno). Para tanto, basta imprimir uma via que se destinará à formação do livro/pasta. De acordo com o Provimento 161/CGJ/06, são os seguintes os livros obrigatórios que devem ser mantidos pelas Secretarias de Juízo:

a) Comuns a todas as Secretarias:

• Registro de atas de audiências (art. 457, § 1º, do CPC); • Registro de sentenças (art. 389 do CPP); • Carga e devolução de autos; • Portarias do Juízo; • Registro de feitos (livro tombo).

Os livros de carga ainda são obrigatórios e não consta nenhum ato normativo da Corregedoria de Justiça que os tenha abolido. Além disso, o art. 310 do Provimento 161/CGJ/06 não especificou quais são os livros de carga que devam ser formados. Os mais utilizados são: Advogados (incluídos os peritos); Xerox; Juiz; Promotor; Distribuidor; Contadoria-Tesouraria; Serviço Social e de Psicologia; Habilitações de Casamento devolvidas aos Cartórios de Registro.

b) Reservados às Secretarias Criminais:

• Registro de suspensão da pena (sursis); • Livramento condicional (art. 723, § 1º, do CPP); • Registro de fianças (art. 329 do CPP); • Registro de armas e objetos apreendidos (Provimento-Conjunto

nº 01/03); • Rol de culpados (arts. 408, § 1º e 694 do CPP).

c) Reservados ao Tribunal do Júri:

• Registro atas das sessões do júri; • Alistamento e sorteio de jurados.

d) Reservados à Contadoria-Tesouraria, nas comarcas do interior ,

e à Central de Distribuição, na Capital:

• Registro de feitos - Livro Tombo; • Protocolo de devolução de autos; • Distribuição manual por emergência.

Observações:

a) Os Serviços Auxiliares da Direção do Foro manterão arquivados os livros de protocolo de devolução de autos à Secretaria de Juízo.

b) A Secretaria de Juízo deve manter controle das petições e documentos recebidos.

c) Na Central de Mandados e nas Secretarias de Juízo haverá sistema de controle de entrega e devolução de mandados, bem como de

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ofícios requisitórios, autos de fiança, liberdade provisória, prisão domiciliar e alvarás de soltura mencionados no art. 155 do Provimento nº 161/CGJ/06.

d) Livro tombo: receber as iniciais, com data e assinatura do responsável; lançar o cancelamento da distribuição de processos;

e) Livro de Registro de Compromissos, Posses e Ocorrências Funcionais dos Servidores: fica sob a responsabilidade do Administrador do Foro ou do escrivão;

f) Rol de culpados: deverá conter a data do lançamento, o número do processo, o nome do condenado, a data da sentença e do seu trânsito em julgado, a pena aplicada e o dispositivo legal, o nome e a rubrica do responsável pelo lançamento;

g) Armas e objetos apreendidos: além das armas de fogo ou brancas, todos os objetos apreendidos deverão ser relacionados - roupas, pedaços de madeira, pedras, substâncias tóxicas e qualquer outro material utilizado no delito e que acompanhou o inquérito.

28) SERVIÇOS AUXILIARES28) SERVIÇOS AUXILIARES28) SERVIÇOS AUXILIARES28) SERVIÇOS AUXILIARES

28.1) Contadoria28.1) Contadoria28.1) Contadoria28.1) Contadoria----TesourariaTesourariaTesourariaTesouraria

- São atribuições do contador-tesoureiro:

- Orientar e fiscalizar o recolhimento de custas, da taxa judiciária e da verba indenizatória do oficial de justiça;

- Elaborar contas quanto a custas contadas e pagas pelas partes; - Elaborar cálculos necessários para o recolhimento de tributos, exceto os do ITCD (imposto sobre transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens ou direitos);

- Elaborar cálculos necessários à liquidação da sentença, quanto ao débito objeto da condenação e às custas judiciais e despesas processuais;

- Elaborar cálculos contábeis, conforme determinação do juiz;

Em algumas comarcas continua a cargo do contador-tesoureiro a orientação sobre guias de recolhimento de custas, taxa judiciária e verba indenizatória, cabendo-lhe informar às partes sobre os valores, os códigos e a forma de recolhimento, bem como sobre a rede bancária credenciada para receber esses valores. Compete-lhe, ainda, o controle do recolhimento e a liberação aos oficiais de justiça das importâncias depositadas a favor da serventia para cobrir despesas com mandados.

O pagamento das custas de 1º e 2º Graus, inclusive dos Juizados Especiais, do preparo de recursos, do porte de remessa e retorno dos autos, da taxa judiciária, da fiança e demais valores devidos ao Poder Judiciário do Estado de Minas Gerais será efetuado de acordo com o disposto no Provimento Conjunto nº 15/2010.

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O recolhimento das custas, da taxa judiciária e demais valores devidos será efetuado, obrigatoriamente, pela Guia de Recolhimento de Custas e Taxas Judiciárias - GRCTJ, por intermédio da rede bancária. Nos dias em que não houver expediente bancário, ou após o seu encerramento, o juiz de direito ou o desembargador competente poderá autorizar a realização de atos urgentes sem o recolhimento antecipado das custas, taxas e despesas processuais, para evitar a prescrição da ação ou a decadência do direito. Neste caso, obriga-se a parte interessada a comprovar o recolhimento das custas, taxas e despesas processuais, no primeiro dia útil subseqüente em que houver expediente bancário, sob pena de nulidade dos atos praticados.

28.2) Custas judiciais28.2) Custas judiciais28.2) Custas judiciais28.2) Custas judiciais

Custas são despesas com atos judiciais praticados em razão de ofício, especificadas nas tabelas da legislação de regência, que abrangem o registro, a expedição, o preparo e o arquivamento do feito, e não excluem as despesas estabelecidas na legislação processual e não disciplinadas na legislação estadual e no Provimento Conjunto nº 15/2010.

O recolhimento das custas devidas na Justiça de 1ª Instância e nos processos de competência originária do TJMG será exigido no ato da distribuição, inclusive nas hipóteses de embargos à execução, ação monitória e ação penal privada.

Existem três modalidades de custas:

a) PRÉVIAS: são aquelas cobradas no ato de propositura da ação ou de interposição do recurso, acrescidas dos valores relativos à verba indenizatória dos oficiais de justiça e citação postal, se for o caso.

b) INTERMEDIÁRIAS: são aquelas devidas no andamento do processo ou, ainda, quando:

-decidida a impugnação do valor da causa, houver sua alteração, hipótese em que a parte será intimada a pagar a diferença no prazo máximo de cinco dias;

-for apurada diferença entre o valor devido e as custas prévias recolhidas, em razão de interpretação errônea da natureza do feito ou inclusão em faixa de valor diverso daquele dado à causa, caso em que a parte será intimada a pagá-lo no prazo de cinco dias, nos termos do artigo 185 do CPC.

c) FINAIS: são aquelas apuradas antes do arquivamento do feito, referentes aos atos praticados durante o processo, e não recolhidas prévia ou intermediariamente.

Deverão ser observadas as normas atinentes às hipóteses de não incidência e isenção de custas, bem como aos casos especiais descritos no Provimento Conjunto nº 15/2010.

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28.3) Taxa judiciária28.3) Taxa judiciária28.3) Taxa judiciária28.3) Taxa judiciária

A taxa judiciária incide sobre a ação, a reconvenção ou o processo judicial, contencioso ou administrativo, ordinário, especial ou acessório, ajuizado perante qualquer juízo ou tribunal, sendo recolhida, em geral, antes da distribuição do feito ou do despacho do pedido inicial ou da reconvenção, inclusive na ação monitória, na primeira e na segunda instâncias e, ao final, nos casos previstos no art. 16, II, do Provimento Conjunto nº 15/2010.

A taxa judiciária não incide nas hipóteses do art.17 do Provimento Conjunto nº 15/2010.

O art.18 do mesmo Provimento prevê os casos de isenção da taxa judiciária.

28.4) Emissão de guia de custas28.4) Emissão de guia de custas28.4) Emissão de guia de custas28.4) Emissão de guia de custas

O responsável pela emissão das guias deverá estar atento às seguintes atividades:

• Calcular o valor das custas prévias, ocasionais e finais, bem como da taxa judiciária de todos os processos em curso na comarca;

• Emitir, através do sistema informatizado, as respectivas guias de recolhimento;

• Verificar a efetivação do rateio das custas pagas e a numeração das guias (no sistema ou na Secretaria), procedendo às necessárias correções, quando for o caso;

• Conferir o relatório mensal de processos não distribuídos a ratear, colhendo subsídios para a baixa das guias de custas não pagas e processos não distribuídos;

• Verificar as custas inadvertidamente pagas em outras agências bancárias, para as providências necessárias, no que se refere à correta destinação do depósito;

• Prestar a advogados e partes esclarecimentos sobre a forma e os critérios de cálculo das custas e sobre os procedimentos internos subsequentes.

As guias emitidas deverão ser pagas dentro do seu prazo de validade e utilizadas para a distribuição no mesmo ano civil. A comprovação do recolhimento somente será válida com o original da via ``Autos/TJMG'', devidamente preenchida e autenticada.

As custas e o porte de retorno relativos aos recursos dirigidos ao Supremo Tribunal Federal, ao Superior Tribunal de Justiça e ao Tribunal Regional Federal serão recolhidos, sem prejuízo dos valores devidos à Justiça Estadual, conforme leis específicas e normas expedidas por aqueles Tribunais, cabendo à parte interessada se inteirar sobre os valores devidos aos referidos Tribunais, bem como sobre a forma de recolhimento, não podendo ser utilizada a GRCTJ para este fim.

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Havendo recurso para o Tribunal Regional Federal, em feito que tramitou perante a Justiça Estadual, além dos valores devidos àquele Tribunal a título de preparo, deve ser recolhida para o TJMG, pela GRCTJ, o valor referente à remessa dos autos, da comarca de origem para Brasília – DF.

28.5) Cobrança de custas finais28.5) Cobrança de custas finais28.5) Cobrança de custas finais28.5) Cobrança de custas finais

Compete ao contador-tesoureiro apurar as custas e demais despesas processuais finais, de acordo com o que determinar a sentença ou o acórdão, devendo a memória de cálculo ser anexada ao processo.

Caberá ao escrivão, após apuradas as custas e demais despesas processuais finais, intimar a parte devedora e seu advogado, para pagamento do débito em 10 (dez) dias.

A parte inadimplente será intimada por carta acompanhada da GRCTJ - Guia de Recolhimento de Custas e Taxas Judiciárias, e seu advogado através de publicação no “Diário do Judiciário Eletrônico - DJE”, dando-lhe ciência da intimação da parte para os mesmos fins, contendo o seguinte teor: Fica a parte (autora, ré, impetrante, etc.) intimada para o recolhimento da importância de R$...., a título de custas e demais despesas processuais finais, no prazo de dez dias, sob pena de inscrição em dívida ativa.”

Ocorrendo o pagamento dentro do prazo, os comprovantes deverão ser anexados ao processo, para fins de baixa e arquivo dos autos.

Em caso de pagamento extemporâneo, caberá à parte comprovar a quitação do débito, nos autos referentes à respectiva cobrança.

O Ofício-Circular nº 023/2011/DIRFO, datado de 04/05/2011, contem o seguinte DESPACHO:

“ De acordo com as sugestões apresentadas pela SEPAC.

Às Gerencias de Fiscalização – GEFIS para encaminhamento de ORIENTAÇÃO a todos os magistrados e escrivães, com a máxima urgência, nos seguintes termos:

1) Que observem as disposições contidas no art.30 da Lei 19.405/2010, especialmente quanto à intimação das partes para que, findo o processo, apurada falta de recolhimento das custas, da Taxa Judiciária ou sua complementação, de penalidade ou de outras despesas processuais, se a parte responsável, regularmente intimada, não às pagar NO PRAZO DE QUINZE DIAS, o escrivão, certificando nos autos a ocorrência, expedirá a Certidão de Não Pagamento de Despesas Processuais – CNPDP;

2) Que a apuração e a cobrança da multa penal não recolhida pela parte condenada sejam feitas de acordo com os procedimentos previstos no caput e respectivos parágrafos do art.30 da referida Lei;

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3) Que SUSPENDAM o encaminhamento das Certidões de Não Pagamento de Despesas Processuais, em papel, à Advocacia Geral do Estado, até a disponibilização do envio por meio eletrônico.

4) Que continuem a emitir as Certidões em papel, arquivando-as na secretaria, para que, ao ser liberado o envio eletrônico pelo Tribunal de Justiça, não seja necessária nova consulta aos autos.

Em28/04/2011.

Des. Antônio Marcos Alvim Soares

Corregedor-Geral de Justiça

28.6) Protocolo Geral de Petições e Documentos Judiciais28.6) Protocolo Geral de Petições e Documentos Judiciais28.6) Protocolo Geral de Petições e Documentos Judiciais28.6) Protocolo Geral de Petições e Documentos Judiciais

O recebimento de petições e de outros documentos é feito através de protocolo mecânico, que registra a data, a hora e o número de ordem do protocolo, sendo proibido o cancelamento de registro de protocolo.

Excluem-se do protocolo as petições iniciais, as comunicações de flagrante, os inquéritos policiais, as precatórias e quaisquer outros documentos que demandem prévia distribuição para as varas do Foro.

Todas as petições apresentadas ao Protocolo Geral deverão mencionar, com destaque, a vara judicial à qual se dirige, o nome das partes e número de processo respectivo. Nenhum documento será protocolizado sem que esteja acompanhado por petição.

As petições, ofícios e documentos recebidos por fax serão imediatamente submetidos ao registro de protocolo.

Nas medidas de urgência, ou em casos especiais, a critério do Juízo competente, a petição poderá ser levada ao Protocolo Geral já despachada, para imediato encaminhamento à respectiva Secretaria de Juízo.

Quando a petição contiver errônea identificação do Juízo ao qual é dirigida, o próprio Escrivão certificará sobre isso no verso da mesma e a encaminhará imediatamente à Vara competente, anotando o fato nos registros da Secretaria de Juízo de que for titular, sem a necessidade de qualquer intervenção do Protocolo Geral.

O Sistema de Protocolo Integrado permite a qualquer juízo das comarcas do Estado de Minas Gerais receber petições dirigidas a outro juízo, inclusive aquelas dirigidas ao Tribunal de Justiça. Para sua utilização, deve-se efetivar o pagamento da taxa correspondente, salvo se a parte for beneficiária da assistência judiciária.

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28.7) Central de Mandados28.7) Central de Mandados28.7) Central de Mandados28.7) Central de Mandados

Em algumas comarcas do interior do Estado, a Central de Mandados funciona junto de outros Serviços Auxiliares, mas os cuidados para com o recebimento e cumprimento dos mandados são os mesmos.

São as seguintes as atribuições das Centrais de Mandados:

• Receber os mandados, assinando o protocolo das Secretarias de Juízo;

• Entregar aos oficiais de justiça, mediante carga, os mandados distribuídos;

• Receber os mandados devolvidos pelos oficiais de justiça, entregando-os às respectivas Secretarias de Juízo até a data designada para os atos processuais a que se refiram, observando-se, no entanto, os prazos especificados para o cumprimento dos respectivos mandados;

• Fiscalizar o cumprimento dos mandados pelos oficiais de justiça, comunicando, imediatamente, na Comarca de Belo Horizonte, à Superintendência da Central de Mandados, e nas demais Comarcas, à direção do respectivo Foro, qualquer irregularidade no desempenho funcional dos mesmos, para as providências cabíveis;

• Obedecidas a conveniência dos serviços e a necessária urgência para cumprimento de mandados, a Central de Mandados poderá designar outro oficial para essa finalidade, quando o primeiro para o qual houver ocorrido a distribuição estiver impossibilitado de cumpri-lo;

• Verificar, antes de devolver os mandados às Secretarias de Juízo, se os mandados foram devidamente cumpridos pelos Oficiais de justiça, tal como determinado pelos Juízes de Direito que os expediram. Em caso contrário, restituirá os mandados aos Oficiais de justiça para cumprimento imediato, no prazo máximo de 48 horas.

Caberá ao oficial de justiça verificar, dentro de 24 (vinte e quatro) horas do recebimento do mandado:

a) se está dentro dos limites de sua região de atuação; b) se contém os documentos que devam acompanhá-lo; c) se expedidos com antecedência não superior a 90 (noventa) dias, salvo no

caso de mandados extraídos de cartas precatórias ou de alimentos provisionais.

Caso o mandado esteja incompleto, não pertença à sua região de atuação ou se expedido em desconformidade com o item “c” supra, o oficial de justiça o devolverá à Central.

É vedado informar às partes ou advogados o nome do oficial de justiça incumbido de cumprir o mandado, salvo nos casos de despejo compulsório, busca e apreensão, reintegração e imissão de posse, remoção de bens e atos análogos, nos

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quais as partes e advogados deverão providenciar os meios necessários para viabilizar o respectivo cumprimento.

Elaborada e aprovada a escala de férias dos oficiais de justiça, as Centrais de Mandados retirarão seus nomes do sistema de distribuição, com antecedência de 10 (dez) dias da data do início das férias, voltando a incluí-los 3 (três) dias antes do seu término. Os oficiais de justiça, em substituições eventuais ou de férias, deverão cumprir todos os mandados que lhes forem entregues naquele período.

28.8) Serviço Auxiliar de Distribuição28.8) Serviço Auxiliar de Distribuição28.8) Serviço Auxiliar de Distribuição28.8) Serviço Auxiliar de Distribuição

Distribuição é o sorteio que se realiza nas comarcas com mais de uma vara, com a finalidade de atribuir a uma delas a competência para o processamento de cada petição inicial ou inquérito policial, sendo ato privativo da Central de Distribuição na Capital e do contador-tesoureiro nas comarcas do interior.

Para efeito de controle e registro, todos os feitos, inclusive os de vara única ou privativa, serão distribuídos e cadastrados no SISCOM, sendo proibido à Serviço Auxiliar de Distribuição reter quaisquer documentos destinados à distribuição.

O ato de distribuir é pessoal, não podendo a petição inicial ser enviada pelo correio ou via protocolo integrado.

Excepcionalmente, os processos de urgência poderão ser transmitidos via fax, devendo o original ser apresentado no prazo de 05 (cinco) dias. Neste caso o Distribuidor deverá ficar atento, para que uma mesma ação não seja distribuída em duplicidade.

Ao Distribuidor compete:

• Receber e distribuir as petições iniciais e os inquéritos policiais; • Receber bens e objetos de crime que, eventualmente,

acompanhem as iniciais, relacionando-os no sistema e remetendo-os à competente vara criminal;

• Cadastrar no SISCOM as iniciais recebidas e distribuídas, inclusive os patronos das causas;

• Reativar no sistema os números e nomes das partes de processos findos, quando for o caso;

• Alterar, excluir e/ou incluir no sistema dados relativos a processos em andamento;

• Unificar as partes no sistema, ou seja, vincular a cada nome os dados relativos a todos os processos em que ele figure como parte, com o objetivo de facilitar a consulta, cadastramento e a emissão de certidões;

• Conferir, diariamente, o Livro Tombo da distribuição relativa a cada Secretaria de Juízo e cancelar os registros dos processos equivocadamente distribuídos;

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• Devolver ao juízo deprecante as cartas precatórias sem o devido recolhimento de custas, devendo, neste caso, fazer-se acompanhar da guia contendo os valores devidos, para as providências cabíveis;

• Outras atividades afins.

28.8.1) Requisitos para a distribuição das petições iniciais28.8.1) Requisitos para a distribuição das petições iniciais28.8.1) Requisitos para a distribuição das petições iniciais28.8.1) Requisitos para a distribuição das petições iniciais

Das petições iniciais cíveis e criminais (no que couber), sem prejuízo dos demais requisitos legais, deverão constar:

• os nomes e prenomes completos das partes, sem qualquer tipo de abreviação;

• estado civil; • profissão; • o número do registro do CPF, o número da Carteira de

Identidade ou qualquer outro documento válido como prova de identidade no território nacional, tratando-se de pessoa natural, ou o número do registro do CNPJ, tratando-se de pessoa jurídica; e

• o domicílio e a residência do autor e do réu, contendo o Código de Endereço Postal – CEP;

Nas ações criminais, quando se verificar a ausência das informações supra, o mandado será expedido contendo determinação de que o oficial de justiça, no momento de se proceder à citação da parte ou cumprir a diligência correspondente, deverá fazer constar de sua certidão os dados relativos à qualificação de tais pessoas, mencionando-se o número do registro do CPF, o número da Carteira de Identidade ou qualquer outro documento válido como prova de identidade no território nacional. Nos casos de medidas de natureza urgente e nos atos que importem perecimento de direito, será procedida regularmente a distribuição, com prioridade no cadastramento do feito e atos complementares, cabendo ao juízo que receber a petição, determinar o atendimento aos requisitos acima enumerados, fixando para tanto o prazo de 10 (dez) dias.

A petição inicial deverá ser acompanhada do instrumento de mandato, salvo se o requerente postular em causa própria, se a procuração estiver juntada aos autos principais ou nos casos do art. 37 do Código de Processo Civil. No entanto não será exigida a apresentação de procuração de advogado que estiver devidamente cadastrado no sistema informatizado como patrono da parte exequente.

Art. 37. Sem instrumento de mandato, o advogado não será admitido a procurar em juízo. Poderá, todavia, em nome da parte, intentar ação, a fim de evitar decadência ou prescrição, bem como intervir, no processo, para praticar atos reputados urgentes. Nestes casos, o advogado se obrigará, independentemente de caução, a exibir o instrumento de mandato no prazo de 15 (quinze) dias, prorrogável até outros 15 (quinze), por despacho do juiz.

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As petições iniciais, cíveis e criminais, serão apresentadas ao Serviço Auxiliar de Distribuição devidamente ordenadas e grampeadas, com apenas a primeira página solta, para que no verso desta seja impresso o resultado do sorteio da distribuição, que também poderá ser impresso na 2ª (segunda) via apresentada pela parte no ato da distribuição, que servirá de comprovante de entrega. Os expedientes cíveis e criminais oriundos dos órgãos policiais, do Ministério Público ou outros órgãos públicos, que forem apresentados para distribuição já autuados, também deverão estar com a 1ª (primeira) página solta, na qual será impresso o resultado do sorteio da distribuição.

OBSERVAÇÕES:

• A petição inicial deverá ser acompanhada do comprovante de recolhimento de custas e taxa judiciária, salvo se houver pedido explícito de assistência judiciária ou de recolhimento posterior, conforme o caso.

• O Juiz de Direito deve se abster de despachar medidas de natureza urgente antes da regular distribuição, salvo se estiver designado para conhecer de “habeas corpus” e medidas urgentes, em caráter de plantão.

• Os despachos exarados no plantão realizado fora do expediente forense não geram a prevenção do Juiz de Direito e as ações serão distribuídas por sorteio, obedecendo-se ao princípio do juízo natural, tão logo seja iniciado o expediente forense.

• No caso de medida de natureza urgente, o Serviço Auxiliar de Distribuição verificará se já houve outra que a antecedeu com as mesmas partes, objeto e causa de pedir, e, ocorrendo essa hipótese, deverá ser comunicado o juízo ao qual coube a distribuição que inicial idêntica já foi distribuída para outra vara;

• No caso de distribuição de falências, verificar-se-á a existência de outra ação semelhante em nome da parte requerida e, em caso positivo, providenciar-se-á a distribuição do feito por dependência.

• Na distribuição de ação criminal, verificará se algum juízo, ainda que anterior ao oferecimento da denúncia ou queixa, já antecedeu a outro na prática de algum ato processual ou de medida a ele relativa, caso em que a este será distribuído.

• É proibida a distribuição da reconvenção, que será processada nos próprios autos da ação em que for interposta e deverá ser comandada através de movimentação específica pela Secretaria de Juízo, com nova inclusão das partes nos pólos ativo e passivo da relação processual, preservando-se, contudo, os demais registros anteriores.

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Na distribuição e registro dos inquéritos policiais serão obedecidos os seguintes procedimentos:

• Os instrumentos do crime, bem como os objetos que interessarem às partes e que são integrantes do inquérito policial serão conferidos minuciosamente;

• As partes - indiciado e vítima - a serem incluídas no SISCOM, serão aquelas apontadas no relatório elaborado pela autoridade policial; e

• Estando o inquérito policial desacompanhado do relatório de que trata o §1º do art. 10 do Código de Processo Penal, serão cadastrados os nomes indicados quando da autuação do inquérito.

Sobre a carta precatória:

• A carta precatória reencaminhada pelo juízo deprecante deverá ser reativada e processada no juízo para a qual houve a primeira distribuição, caso tenha sido efetiva a baixa automática, não sendo submetida à nova distribuição. Realizado o recolhimento prévio nos autos da carta precatória quando da distribuição, não haverá novo preparo no caso da reativação, sendo devido apenas o recolhimento da verba indenizatória às diligências requeridas no juízo deprecante.

• Distribuída a carta precatória, informar-se-á ao juízo deprecante sobre a vara à qual foi encaminhada e o número que o referido instrumento tomou na Comarca deprecada. A informação sobre o destino de carta precatória, solicitada à distribuição pelo Juízo deprecante, será encaminhada, mediante protocolo, à Secretaria de Juízo em que estiver sendo processada a carta.

28.8.2) Distribuição por dependência28.8.2) Distribuição por dependência28.8.2) Distribuição por dependência28.8.2) Distribuição por dependência

As petições embasadas no art. 253 do CPC, em que se postula a distribuição por dependência, serão distribuídas diretamente ao juízo da causa anterior.

Art. 253. Distribuir-se-ão por dependência as causas de qualquer natureza:

I – quando se relacionarem, por conexão ou continência, com outra já ajuizada;

II – quando, tendo sido extinto o processo, sem julgamento de mérito, for reiterado o pedido, ainda que em litisconsórcio com outros autores ou que sejam parcialmente alterados os réus da demanda;

III – quando houver ajuizamento de ações idênticas, ao juízo prevento.

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Para que a distribuição seja feita por dependência deve constar expressamente o pedido na petição inicial e a indicação do número do processo principal e da vara à qual ela se dirige, salvo nas ações de competência de família, cuja distribuição ao juízo prevento será automática, caso não haja a indicação de dependência do feito.

Serão, ainda, distribuídas por dependência as ações:

• Execuções fiscais ajuizadas pelo Estado de Minas Gerais, independentemente de despacho, aos juízos que houverem recebido a execução anterior, entre as mesmas partes. Neste caso, deverá o Procurador do Estado mencionar o número do registro do processo executivo precedente.

• As exceções de incompetência, de impedimento e de suspeição, bem como a impugnação ao valor da causa e a remoção de inventariante, serão distribuídos como incidentes processuais à vara competente, não havendo previsão legal para o recolhimento de custas prévias.

• O incidente de falsidade arguido em preliminar à contestação, será protocolizado e juntado aos autos da ação principal, nos termos do art. 390 do CPC, mas se for arguido após o encerramento da instrução, consoante o art. 393 do CPC, será distribuído por dependência à ação principal e autuado em apenso.

• O pedido de alvará judicial que envolver matéria de cunho sucessório, sem que haja dependentes habilitados perante a Previdência Social ou na forma da legislação específica dos servidores civis e militares, deverá ser distribuído ao Juízo do inventário ou do arrolamento.

28.8.3) Da redistribuição de feitos28.8.3) Da redistribuição de feitos28.8.3) Da redistribuição de feitos28.8.3) Da redistribuição de feitos

A redistribuição de feitos dar-se-á quando:

• O Juiz de Direito se declarar incompetente e não indicar o juízo para o qual declina;

• Em decorrência de novo pedido deva ser reativado um feito findo e, para esta nova situação, seja incompetente o Juízo originário;

• Não houver sido, originariamente, observada a relação de dependência por prevenção, continência ou conexão com o feito já ajuizado;

• Devam os autos ser remetidos a outra vara para instrução de outro processo, por requisição, sem retorno ao juízo originário;

• Houver erro na distribuição, desde que não observada a competência da vara.

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Constatada uma das situações supra, o feito deverá ser despachado pelo juiz e, posteriormente, encaminhado ao Distribuidor para proceder à redistribuição, encaminhando-o à vara competente.

É proibida a redistribuição de feito quando o Juiz de Direito se declarar impedido ou suspeito, remetendo-se os autos ao substituto legal, com a devida movimentação do feito no SISCOM.