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Plano dGMRSTRANSCRIPT
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Plano Municipal de Gesto Integrada de
Resduos Slidos - PMGIRS
Municpio de Carvalhpolis - MG
CARVALHPOLIS MG
2014
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Plano Municipal de Gesto Integrada de Resduos Slidos de Carvalhpolis - MG
Plano Municipal de Gesto Integrada de Resduos Slidos -
PMGIRS
Projeto apresentado Prefeitura Municipal de
Carvalhpolis MG, representada pelos
coordenadores do projeto Raquel Maria de Souza e
Ronan Naves Carvalho. Este documento tem como
objetivo apresentar a situao atual de como
realizado o gerenciamento e gesto de resduos
slidos no municpio de Carvalhpolis MG em
forma de diagnstico. Alm disso, esse plano traz
propostas de mudanas e melhorias no manejo dos
resduos slidos em forma de proposies e metas,
com o principal intuito de adequar a gesto dos
resduos slidos no municpio de Carvalhpolis, de
acordo com a Lei Federal n. 12.305, de 02 de
agosto de 2010.
CARVALHPOLIS MG
2014
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Plano Municipal de Gesto Integrada de Resduos Slidos de Carvalhpolis - MG
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Levantamento de informaes para elaborao do diagnstico ............... 16
Figura 2 - Localizao do Municpio de Carvalhpolis - MG. .................................... 17
Figura 3 - Pesagem das bombonas .......................................................................... 27
Figura 4 - Caminho da coleta .................................................................................. 27
Figura 5 - Separao dos resduos ........................................................................... 27
Figura 6 - Presena de animais ................................................................................. 53
Figura 7 - Ossadas no meio dos resduos domiciliares ............................................. 53
Figura 8 - Processo de abrimento de valas ............................................................... 54
Figura 9 - Caminho de coleta .................................................................................. 55
Figura 10 - Lixo da cidade ....................................................................................... 55
Figura 11- Presena de animais ................................................................................ 56
Figura 12 - Disposio dos resduos ......................................................................... 56
Figura 13 - Vala de ossos ......................................................................................... 56
Figura 14 - Infraestrutura de um aterro sanitrio ....................................................... 89
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LISTA DE GRFICOS
Grfico 1 - Porcentagem de resduos na coleta convencional .................................. 28
Grfico 2 - Porcentagem de resduos na coleta convencional .................................. 29
Grfico 3 - Coleta dos resduos ................................................................................. 98
Grfico 4 - Frequncia de coleta ............................................................................... 98
Grfico 5 - Disposio dos resduos .......................................................................... 99
Grfico 6 - Disposio final...................................................................................... 100
Grfico 7 - Gerao de resduos ao comprar um produto ....................................... 100
Grfico 8 - Conhecimento da diferena entre reciclagem e reaproveitamento ........ 101
Grfico 9 - Conhecimento da coleta seletiva ........................................................... 101
Grfico 10 - Separao do lixo ................................................................................ 102
Grfico 11 - Destinao dos RSU da coleta seletiva ............................................... 102
Grfico 12 - Presena de catadores de materiais reciclveis .................................. 103
Grfico 13 - Conhecimento do lixo ........................................................................ 103
Grfico 14 - Descarte de pilhas e baterias .............................................................. 104
Grfico 15 - Descarte de material de sade ............................................................ 105
Grfico 16 - Descarte de lmpadas fluorescentes ................................................... 105
Grfico 17 - Descarte de resduos eletroeletrnicos ............................................... 106
Grfico 18 - Descarte de leo de cozinha ............................................................... 106
Grfico 19 - Descarte da matria orgnica .............................................................. 107
Grfico 20 - Coleta Seletiva de lixo ......................................................................... 108
Grfico 21 - Separao do lixo ................................................................................ 108
Grfico 22 - Maneira de coleta seletiva ................................................................... 109
Grfico 23 - Dificuldade em dispor os resduos em um PEV ................................... 109
file:///C:/Users/Usuario/Desktop/PMGIRS%20versaofinal_FINAL%20(1)-%20ABNT.docx%23_Toc389611080 -
Plano Municipal de Gesto Integrada de Resduos Slidos de Carvalhpolis - MG
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Crescimento populacional ........................................................................ 20
Tabela 2 - Projeo populacional, utilizando uma taxa de crescimento de 25,2. ...... 21
Tabela 3 - Projeo populacional, utilizando uma taxa de crescimento de 35,67. .... 21
Tabela 4 - Dados da agricultura, IBGE, 2012. ........................................................... 22
Tabela 5 - Dados da pecuria, IBGE, 2012. .............................................................. 22
Tabela 6 - Dados da silvicultura, IBGE, 2011. ........................................................... 23
Tabela 7 - Dados do produto interno bruto, IBGE, 2010 ........................................... 23
Tabela 8 - Dados da coleta convencional ................................................................. 27
Tabela 9 - Dados da coleta seletiva .......................................................................... 28
Tabela 10 - Relao da frota de veculos - Prefeitura de Carvalhpolis/MG ............. 34
Tabela 11 - Tipo de Saneamento, IBGE, 2010 .......................................................... 51
Tabela 12 - Cobrana de servios pblicos de coleta de resduos e limpeza
urbana .................................................................................................. 60
Tabela 13 - Despesas de Meio Ambiente do municpio de Carvalhpolis no
perodo de janeiro a setembro de 2013................................................ 61
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SUMRIO
1 IDENTIFICAO ............................................................................................ 8 1.1 IDENTIFICAO DO TRABALHO ................................................................. 8 1.2 INSTITUIO PROPONENTE ....................................................................... 8 1.3 EQUIPE TCNICA ......................................................................................... 8 1.4 CONSULTORIA CONTRATADA .................................................................. 10
2 INTRODUO ............................................................................................. 11
3 DIAGNSTICO DA SITUAO ATUAL ..................................................... 13 3.1 CONCEITOS E DEFINIES ...................................................................... 13 3.2 LEVANTAMENTO DE DADOS ..................................................................... 16
4 ASPECTOS GERAIS ................................................................................... 17 4.1 CARACTERIZAO DO MUNICPIO DE CARVALHPOLIS ..................... 17 4.2 HISTRICO .................................................................................................. 18 4.3 FORMAO ADMINISTRATIVA .................................................................. 19 4.4 DEMOGRAFIA.............................................................................................. 20 4.5 PROJEO POPULACIONAL ..................................................................... 21 4.6 ECONOMIA .................................................................................................. 21 4.7 ENSINO ........................................................................................................ 23 4.8 SADE ......................................................................................................... 24 4.9 HABITAO E DESENVOLVIMENTO URBANO ........................................ 24 4.10 ASPECTOS INSTITUCIONAIS E AMBIENTAIS........................................... 24
5 RESDUOS SLIDOS DOMICILIARES E COMERCIAIS ............................ 26 5.1 CARACTERIZAO DOS RESDUOS SLIDOS ....................................... 26 5.2 ARMAZENAMENTO, COLETA E TRANSPORTE ........................................ 29 5.2.1 Gerao ....................................................................................................... 29 5.3 ARMAZENAMENTO ..................................................................................... 30 5.4 COLETA ....................................................................................................... 31 5.5 TRANSPORTE ............................................................................................. 32 5.6 DISPOSIO FINAL .................................................................................... 32
6 SERVIOS DE LIMPEZA PBLICA ............................................................ 35 6.1 RESDUOS SLIDOS DOS SERVIOS DE SADE (RSS) ........................ 35 6.1.1 Acondicionamento de RSS do grupo A .................................................... 36 6.1.2 Acondicionamento de RSS do grupo B .................................................... 37 6.1.3 Acondicionamento de RSS do grupo C .................................................... 38 6.1.4 Acondicionamento de RSS do grupo D .................................................... 39 6.1.5 Acondicionamento de RSS do grupo E .................................................... 39 6.1.6 Fiscalizao/penalidade do gerenciamento de RSS ................................ 40
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Plano Municipal de Gesto Integrada de Resduos Slidos de Carvalhpolis - MG
6.1.7 Situao Atual do gerenciamento de resduos de servio de sade na cidade de Carvalhpolis/MG ...................................................................... 41
6.2 RESDUOS SLIDOS DA CONSTRUO CIVIL (RCC) ............................. 42 6.3 RESDUOS SLIDOS INDUSTRIAIS (RSI) ................................................. 44 6.4 RESDUOS SLIDOS ESPECIAIS .............................................................. 46 6.4.1 Situao Atual do Municpio De Carvalhpolis........................................ 46 6.5 RESDUOS DOS SERVIOS PBLICOS DE SANEAMENTO BSICO ..... 48 6.5.1 Lei do Saneamento Bsico n 11.445/2007 ............................................... 49 6.5.2 Diagnstico ................................................................................................. 50 6.5.3 Abastecimento de gua ............................................................................. 50 6.5.4 Esgotamento Sanitrio ............................................................................... 51 6.5.5 Drenagem e manejo de guas pluviais ..................................................... 51 6.6 OUTROS RESDUOS ................................................................................... 52 6.7 DESTINAO E DISPOSIO FINAL ......................................................... 54 6.8 EDUCAO AMBIENTAL ............................................................................ 57 6.9 INICIATIVAS RELEVANTES ........................................................................ 58 6.10 CUSTOS ....................................................................................................... 59
7 LEGISLAES BRASILEIRAS APLICVEIS ............................................ 62 7.1 MBITO FEDERAL ...................................................................................... 62 7.1.1 Leis .............................................................................................................. 64 7.1.2 Decretos ...................................................................................................... 64 7.1.3 Ministrio da Sade .................................................................................... 65 7.1.4 Resolues do Conselho Nacional do Meio Ambiente ........................... 65 7.2 MBITO ESTADUAL .................................................................................... 66 7.2.1 Leis .............................................................................................................. 66 7.2.2 Decreto ........................................................................................................ 67 7.2.3 Resoluo da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e
Desenvolvimento Sustentvel ................................................................... 67 7.2.4 Portaria da Fundao Estadual do Meio Ambiente ................................. 68 7.2.5 Deliberaes Normativas do Conselho Estadual de Poltica
Ambiental .................................................................................................... 68 7.3 MBITO MUNICIPAL ................................................................................... 69 7.3.1 Leis .............................................................................................................. 69
8 PROPOSIES ........................................................................................... 70 8.1 RESDUOS SLIDOS GERADOS ............................................................... 70 8.1.1 Resduos Slidos Domsticos e Comerciais Coleta Convencional .... 70 8.1.2 Materiais Reciclveis Coleta Seletiva .................................................... 73 8.1.3 Resduos de Limpeza Pblica ................................................................... 76 8.1.4 Resduos de Servio de Sade ................................................................. 76 8.1.5 Resduos de Construo Civil ................................................................... 78 8.1.5.1 Classificao e disposio final dos resduos de construo civil ................ 79 8.1.5.2 Destinao Final ........................................................................................... 82 8.1.6 Resduos Slidos Industriais .................................................................... 83 8.1.7 Resduos Slidos Especiais e eletrnicos ............................................... 85 8.1.8 Resduos dos Servios Pblicos de Saneamento Bsico ...................... 87 8.2 COMPETNCIAS E RESPONSABILIDADES .............................................. 88
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Plano Municipal de Gesto Integrada de Resduos Slidos de Carvalhpolis - MG
8.3 DESTINAO E DISPOSIO FINAL ......................................................... 88 8.4 CUSTOS ....................................................................................................... 90 8.5 DIRETRIZES LEGAIS .................................................................................. 92 8.6 METAS ......................................................................................................... 93 8.6.1 Curto prazo ................................................................................................. 93 8.6.2 Mdio prazo ................................................................................................. 93 8.6.3 Longo prazo ................................................................................................ 93 8.7 POSSIBILIDADE DE IMPLANTAO DE SOLUES
CONSORCIADAS OU COMPARTILHADAS COM OUTROS MUNICPIOS ................................................................................................ 94
8.8 PERIODICIDADE DE REVISO DO PMGIRS ............................................. 95
9 PESQUISA DE OPINIO PBLICA ............................................................ 96 9.1 APLICAO DO QUESTIONRIO .............................................................. 96
10 CONCLUSO............................................................................................. 110
REFERNCIAS ....................................................................................................... 111
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1 IDENTIFICAO
1.1 IDENTIFICAO DO TRABALHO
Plano de Gerenciamento Integrado dos Resduos Slidos Urbanos
PGIRS - do Municpio de Carvalhpolis.
1.2 INSTITUIO PROPONENTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE CARVALHPOLIS - MG
Endereo: Rua Joo Noberto de Lima, 222 Centro CEP: 37.760-000
Telefone: (35) 3282-1208
PREFEITO: Gilson Ferreira de Moraes
rgo gestor do Trabalho
DEPARTAMENTO DE AGRICULTURA / Setor de Meio Ambiente
Responsvel: Vanessa Ribeiro da Silva Costa
Telefone: (35) 3282 - 1315
E-mail: [email protected]
1.3 EQUIPE TCNICA
A equipe responsvel pela elaborao do presente trabalho foi constituda
pelos seguintes profissionais:
Coordenao
a) Raquel Maria de Souza Graduanda Engenharia Ambiental e Sanitria
b) Ronan Naves Carvalho Graduando Engenharia Ambiental e Sanitria
Equipe:
a) Aline Hoffmann Silva Karp Graduanda Engenharia Ambiental e
Sanitria
b) Camila Napoli de Oliveira Graduanda Engenharia Ambiental e
Sanitria
mailto:[email protected] -
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c) Carol Rozenberg Graduanda Engenharia Ambiental e Sanitria
d) rico Gonalves Alves Vieira Graduando Engenharia Ambiental e
Sanitria
e) Gabriela Rezende Souza - Graduanda Engenharia Ambiental e
Sanitria
f) Giovanna Lopez Moreth Graduanda Engenharia Ambiental e
Sanitria
g) Giovanna Ruiz Martins Graduanda Engenharia Ambiental e Sanitria
h) Juliana Campos Amorim Graduanda Engenharia Ambiental e
Sanitria
i) Marcelo Grandi Lascala Graduando Engenharia Ambiental e Sanitria
j) Marcelo Paiva Foresti Jnior Graduando Engenharia Ambiental e
Sanitria
k) Maria Fernanda Flausino Graduanda Engenharia Ambiental e
Sanitria
l) Mariana Severo de Rezende Ribeiro Graduanda Engenharia
Ambiental e Sanitria
m) Matheus Pelossi Grilo Graduando Engenharia Ambiental e Sanitria
n) Miriam Gabrielle Coelho Graduanda Engenharia Ambiental e
Sanitria
o) Priscila Carvalho Pupin Graduanda Engenharia Ambiental e Sanitria
p) Rafael Ribeiro de Castro Luz Graduando Engenharia Ambiental e
Sanitria
q) Rafael Henrique Vilaa e Silva Graduando Engenharia Ambiental e
Sanitria
r) Tamires Vicente Dias Graduanda Engenharia Ambiental e Sanitria
s) Thaysa Silva Silveira Graduanda Engenharia Ambiental e Sanitria
t) Yan Ramalho Brando Pereira Graduando Engenharia Ambiental e
Sanitria
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1.4 CONSULTORIA CONTRATADA
Nome Empresarial
PRESERVA JR.
Preserva Jr. Empresa Junior de Engenharia Ambiental e Sanitria da
Universidade Federal de Lavras
Nome Fantasia
Preserva Jr. Projetos e Consultoria Ambiental e Sanitria
CNPJ: 18.217.418/0001-10
Representante Legal Preserva Jr.
Prof. Dr. Andr Geraldo Cornlio Ribeiro, Engenheiro Civil, CREA:
000100280/D
Endereo
Departamento de Engenharia Bloco I Campus Universitrio Caixa
Postal: 3037 CEP: 37.200-000 Lavras MG.
Telefone: (35) 3829 - 4502
E-mail: [email protected]
mailto:[email protected] -
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2 INTRODUO
O acelerado crescimento populacional, econmico e tecnolgico, somado
ao lento desenvolvimento social, cultural e educacional da sociedade, resultou na
emergncia de um dos grandes viles ambientais atuais a gerao desenfreada
dos Resduos Slidos Urbanos RSU, que necessitam de uma gesto adequada
para sua recuperao e valorizao, por meio de alternativas tecnolgicas para
evitar a poluio do meio ambiente e, igualmente, o desperdcio de matria prima e
de energia.
Tal terminologia, pouco difundida e, por vezes, negligenciada pela
populao, caracteriza o proveniente de nossas residncias, dos comrcios,
das indstrias, dos servios de sade, dos servios pblicos de varrio, capina e
poda, da construo civil e da tecnologia. Quando se somam todos esses tipos de
resduos, chega-se a um grande volume de gerao do mesmo nas cidades, onde,
sem o correto gerenciamento, causam grandes passivos sociais e ambientais.
Em Minas Gerais, desde 2001, quando o Conselho Estadual de Poltica
Ambiental de Minas Gerais (COPAM) editou a Deliberao Normativa 52/2001, h
uma clara poltica de erradicao dos lixes que, nessa poca, estavam presentes
em quase todos os municpios do Estado. O Programa Minas sem Lixes, da
Fundao Estadual do Meio Ambiente (FEAM), contabilizou que, de 2003 a 2013,
mais que dobrou a populao mineira atendida com sistemas adequados e
regularizados de disposio final de resduos slidos urbanos em Minas Gerais.
Neste contexto, a implantao da coleta seletiva e da compostagem de
resduos orgnicos deve ser apresentada como aes estratgicas no Plano de
Gesto Integrada de Resduos Slidos, uma vez que, alm dos benefcios para o
meio ambiente, municpios e para a administrao municipal, tambm, uma
imposio legal.
Com relao responsabilidade dos resduos gerados, a Lei da Poltica
Nacional do Meio Ambiente (Lei no. 6.938/81) estabelece o principio do -
onde cada gerador responsvel pelo manuseio e destinao final do seu
resduo gerado, sendo a responsabilidade do Poder Pblico Municipal a fiscalizao
do gerenciamento dos resduos gerados por meio do seu rgo de controle
ambiental (AQUINO, 2003).
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Plano Municipal de Gesto Integrada de Resduos Slidos de Carvalhpolis - MG
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O marco histrico da gesto ambiental no Brasil, a lei que estabelece a
Poltica Nacional de Resduos Slidos (Lei no 12.305/10), lana uma viso moderna
na luta contra este vilo. Tendo como princpio a responsabilidade compartilhada
entre governo, empresas e populao, a nova legislao impulsiona o retorno dos
produtos s indstrias, aps o consumo e obriga o Poder Pblico a realizar planos
para o gerenciamento dos resduos (AQUINO, 2003).
O Plano Municipal de Gesto Integrada de Resduos Slidos (PMGIRS)
constitui-se, essencialmente, em um documento que visa administrao integrada
dos resduos, por meio de um conjunto de aes normativas, operacionais,
financeiras e de planejamento. O PMGIRS leva em considerao aspectos
referentes gerao, segregao, acondicionamento, coleta, armazenamento,
transporte, tratamento e disposio final dos resduos, priorizando atender requisitos
ambientais e de sade pblica. Alm da administrao integrada dos resduos, o
plano tem como base a reduo, reutilizao e reciclagem dos resduos gerados no
Municpio.
Dentro deste enfoque, a Prefeitura Municipal de Carvalhpolis contratou a
PRESERVA JR. Projetos e Consultoria Ambiental e , para a formulao do
PMGIRS - Plano Municipal de Gesto Integrada de Resduos Slidos, elaborado em
atendimento Lei 12.305, de agosto de 2010: Poltica Nacional de Resduos Slidos
e Lei 18.031/2009: Poltica Estadual de Resduos Slidos e Lei 11.445/2007:
Plano Nacional de Saneamento Bsico, com o objetivo de estabelecer aes
integradas e diretrizes quanto aos aspectos ambientais, sociais, econmicos, legais,
administrativos e tcnicos, para todas as fases da gerao e dos geradores de
resduos slidos. O presente documento foi elaborado com a participao e
validao de todos os atores do Municpio, de maneira que, aps examinado e
aprovado, possa, ento, ser implementado com base nas premissas aqui
consubstanciadas.
No presente plano procura-se demonstrar a estrutura atual da gesto
pblica de resduos slidos do municpio de Carvalhpolis em paralelo
apresentao das metas e propostas para desenvolvimento de aes voltadas s
melhorias. importante salientar que o presente documento representa o incio de
um processo de reorganizao da gesto integral dos resduos slidos gerados no
municpio.
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Plano Municipal de Gesto Integrada de Resduos Slidos de Carvalhpolis - MG
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3 DIAGNSTICO DA SITUAO ATUAL
Visa indicar as fontes de informao que sero consultadas, por meio dos
bancos de dados locais, federais ou estaduais, disponibilizados por instituies
especializadas, trabalhos acadmicos, dentre outros. Essas fontes so classificadas
em:
a) Primrias: referem-se a dados coletados diretamente na fonte (apenas
em situaes especficas).
b) Secundrias: referem-se ao uso de dados sistematizados por
diferentes instituies ou publicaes, sendo esta suficiente para a
elaborao do PMGIRS.
3.1 CONCEITOS E DEFINIES
a) LIXO: segundo Pereira Neto (1999), massa heterognea,
resultante das atividades humanas, a qual pode ser reciclada e
parcialmente utilizada, gerando, entre outros benefcios, proteo
sade pblica e economia de energia e de recursos
b) RESIDUOS SLIDOS: segundo a ABNT NBR 10.004/2004. Resduo
Slido todo material que nos estados slidos ou semisslidos
resultam das atividades da comunidade de origem: industrial,
domstica, hospitalar, comercial, agrcola, de servios e de varrio.
Ficam includos nesta definio os lodos provenientes de estaes de
tratamento de gua e esgotos, aqueles gerados em equipamentos e
instalaes de controle de poluio, bem como determinados lquidos
cujas particularidades tornam invivel o seu lanamento na rede
pblica de esgotos ou corpos d'gua.
De acordo com o inciso XVI, do artigo 3, da Lei n 12.305/2010, resduo
slido material, substncia, objeto ou bem descartado, resultante de
atividades humanas em sociedade, a cuja destinao final se procede, prope-se
proceder ou se est obrigado a proceder, nos estados slido ou semisslido, bem
como gases contidos em recipientes e lquidos cujas particularidades tornem invivel
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Plano Municipal de Gesto Integrada de Resduos Slidos de Carvalhpolis - MG
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o seu lanamento na rede pblica de esgotos ou em corpos ou exijam para
isso solues tcnicas ou economicamente inviveis em face da melhor tecnologia
a) REJEITO: rejeitos so resduos slidos que, depois de esgotadas todas
as possibilidades de tratamento e recuperao por processos
tecnolgicos disponveis e economicamente viveis, no apresentem
outra possibilidade que no a disposio final ambientalmente
adequada.
b) LIXO SECO: aquele com potencial de reciclagem.
c) LIXO UMIDO: composto por materiais orgnicos e no reciclveis.
d) DESTINAO FINAL: destinao final ambientalmente adequada:
destinao de resduos que incluem a reutilizao, a reciclagem, a
compostagem, a recuperao e o aproveitamento energtico ou outras
destinaes admitidas pelos rgos competentes do Sistema Nacional
do Meio Ambiente (SISNAMA), do Sistema Nacional de Vigilncia
Sanitria (SNVS) e do Suasa (Sistema nico de Ateno Sanidade
Agropecuria), entre elas a disposio final, observando normas
operacionais especficas de modo a evitar danos ou riscos sade
pblica e segurana e a minimizar os impactos ambientais adversos.
e) DISPOSIO FINAL: disposio final ambientalmente adequada:
distribuio ordenada de rejeitos em aterros, observando normas
operacionais especficas de modo a evitar danos ou riscos sade
pblica e segurana e a minimizar os impactos ambientais adversos.
f) Geradores de resduos slidos: pessoas fsicas ou jurdicas, de direito
pblico ou privado, que geram resduos slidos, por meio de suas
atividades, nelas includo o consumo;
g) Gerenciamento de resduos slidos: conjunto de aes exercidas,
direta ou indiretamente, nas etapas de coleta, transporte, transbordo,
tratamento e destinao final ambientalmente adequada dos resduos
slidos e disposio final ambientalmente adequada dos rejeitos, de
acordo com plano municipal de gesto integrada de resduos slidos ou
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Plano Municipal de Gesto Integrada de Resduos Slidos de Carvalhpolis - MG
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com plano de gerenciamento de resduos slidos, exigidos na forma
desta Lei.
h) Gesto integrada de resduos slidos: conjunto de aes voltadas para
a busca de solues para os resduos slidos, de forma a considerar as
dimenses poltica, econmica, ambiental, cultural e social, com
controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentvel.
i) Logstica reversa: instrumento de desenvolvimento econmico e social
caracterizado por um conjunto de aes, procedimentos e meios
destinados a viabilizar a coleta e a restituio dos resduos slidos ao
setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros
ciclos produtivos, ou outra destinao final ambientalmente adequada.
j) Reciclagem: processo de transformao dos resduos slidos o qual
envolve a alterao de suas propriedades fsicas, fsico-qumicas ou
biolgicas, com vistas transformao em insumos ou novos produtos,
observadas as condies e os padres estabelecidos pelos rgos
competentes do Sisnama e, se couber, do SNVS e do Suasa.
k) COLETA: coletar o lixo significa recolher o lixo acondicionado por quem
o produz para encaminh-lo, mediante transporte adequado, a uma
possvel estao de transferncia, a um eventual tratamento e
disposio final. Coleta-se o lixo para evitar problemas de sade que
ele possa propiciar. Os servios de coleta so definidos da seguinte
forma:
- Coleta domiciliar ou regular;
- Coleta de feiras livres, praias, caladas e estabelecimentos
pblicos.
- Coleta especial: contempla os resduos no recolhidos pela coleta
regular, (resduos de servios de sade).
- Coleta seletiva: coleta de resduos slidos previamente segregados
conforme sua constituio ou composio.
- Coleta dos estabelecimentos industriais deve ser diferenciada da
regular e especial.
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3.2 LEVANTAMENTO DE DADOS
Figura 1 - Levantamento de informaes para elaborao do diagnstico
Pesquisas por meio de questionrios junto
populao
Visitas campo para apurar a real situao do
municpio
Reunies com agentes pblicos para a coleta de
informaes
Estudo da Legislao Municipal
Pesquisas eletrnicas em Bancos de Dados Oficiais
Tratamento das informaes coletadas
Apresentao dos dados do Diagnstico
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4 ASPECTOS GERAIS
4.1 CARACTERIZAO DO MUNICPIO DE CARVALHPOLIS
O municpio de Carvalhpolis est localizado no sul do Estado de Minas
Gerais, distante 366,97 km da capital do Estado. Possui uma rea de 81,101 km de
extenso e tem como principais cursos o Rio Dourado e o Crrego do Caet
(IBGE, 2010).
Figura 2 - Localizao do Municpio de Carvalhpolis - MG.
Sua vegetao natural tpica da Serra da Mantiqueira, no Bioma da
Mata Atlntica. O clima dessa regio, Tropical de Altitude, caracteriza-se por chuvas
de vero intensas e a influncia no inverno das massas de ar frio vindas do Oceano
Atlntico.
Formado por escudos cristalinos, o municpio, apresenta em sua maioria
o solo do tipo Latossolo Vermelho (estgio avanado de intemperizao e na sua
maioria so profundos). J seu relevo constitudo por uma parcela de 50%
ondulados, 35% montanhosos e 15% planos.
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4.2 HISTRICO
A formao de Carvalhpolis se remete ao contexto da explorao
aurfera na Capitania das Minas Gerais. Com o inicio da decadncia do ouro, na
metade do sculo XVIII, muitos habitantes emigraram para outras capitanias, ficando
somente aqueles que se dedicariam, portanto, lavoura, pecuria e produo de
manufaturas. Acredita-se que foi neste contexto scio econmico-cultural que se
iniciou o processo de formao do arraial de Carvalhos.
A tradio oral da cidade relata que, na metade do sculo XVIII,
chegaram regio - ento conhecida como Guaipava - os irmos Tom, Baltazar e
Bernardo Carvalho da Silva, vindo se estabelecer na regio mais tarde. A partir de
ento outras famlias se fixaram na regio, iniciando, assim, um arraial que receberia
o nome de Carvalhos - em homenagem aos seus fundadores.
Em fins do sculo XIX, o povoado pertencia freguesia de So Joo
Batista de Douradinho - atual Douradinho pertencente a Machado; sua igreja,
entretanto, encontrava-se distante dos aglomerados de Carvalhos, Dourado, So
Joo e Macacos que, por sua vez, estavam dispersando para a freguesia de
Machado. Nesse sentido, os moradores das redondezas se mobilizaram para
conseguir uma proviso - assinada pelo vigrio capitular do bispado de So Paulo -
que mudaria o templo de Douradinho para a fazenda Lambari. Tal ideia acabou por
incitar um influente habitante do arraial, Antonio Cndido de Carvalho - coronel
proprietrio de terras -, a construir um templo religioso que pudesse atender ao
povoado.
Mas somente em 1912, com a celebrao de uma missa pelo Padre
Olimpo Antnio Dutra, em um local improvisado, iniciaram-se as atividades relativas
construo de uma capela em tributo a So Sebastio. Poucos anos depois,
ergueram-se as primeiras paredes da Igreja Matriz tambm, em homenagem ao
santo padroeiro da cidade.
A regio, ainda arraial, ganhou a presena de uma bela rvore da espcie
copaba, que sobreviveu at o ano de 2008 na Praa da Igreja Matriz. Ela se tornou
um cone histrico para a populao, presente at no braso do municpio, na
medida em que testemunhou todo o processo de (trans)formao da cidade. No se
sabe ao certo o ano em que foi plantada, mas sua fora e magnitude indicam que
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permanecer viva e presente na memria durante muito tempo, varias geraes de
carvalhoplitanos que lutaram para preserv-la.
O povoado de Carvalhos cresceu e, em 1923, tornou-se distrito de
Machado denominando-se "Cana do Reino". Sua emancipao s ocorreu em 1953,
sendo administrado, a princpio, por dois intendentes: Ozolino de Aguiar Tavares e
Jos Ruas de Oliveira. A primeira eleio para a prefeitura da cidade somente
ocorreu em 1955, elegendo um conhecido lder poltico da regio, Sr. Joo Honorato
de Carvalho. Em 1962, o municpio recebeu o nome de Carvalhpolis - terra dos
Carvalhos - em homenagem famlia Carvalho, presente em toda a histria da
formao do povoado. Um dos seus atrativos naturais uma queda d'gua com,
aproximadamente, 3 metros de altura e 60 metros de largura, localizada no bairro
dos Macacos, distante 5 km do municpio. As outras opes da cidade so as festas
do padroeiro So Sebastio e de So Vicente de Paula. A principal a de So
Sebastio, o padroeiro, com barraquinhas, leiles de animais, alvorada musical,
missa, bno, procisses, queima de fogos de artifcio, pau-de-sebo e outros
divertimentos. Carvalhpolis Futebol Clube, Veteranos Futebol Clube (Futebol de
Campo) e Manchester Futebol Clube (Society) so seus maiores clubes de futebol e
a equipe dos Veteranos conta com o goleiro Roberval assim como a do Manchester
conta com o goleiro Luizinho, dois dos melhores goleiros que j jogaram em clubes
da cidade, considerados duas lendas da posio, mas, Vermelhinho e Amarelinho
so clubes histricos de futebol que j no existem mais.
4.3 FORMAO ADMINISTRATIVA
Fundador do Municpio: Cel. Antnio Cndido de Carvalho.
Data da Fundao: 17/05/1912.
Antes mesmo da emancipao j havia um grande povoado que pertencia
ao municpio de Machado, por nome de Arraial dos Carvalho, com fora poltica
onde conseguiam eleger vereadores que integravam a cmara de vereadores da
cidade de Machado. Foram eles: 1901-1904/1908-1912/1912-1916 - Cel. Antnio
Cndido de Carvalho; 1916-1918/1919-1920 - Joo Honorato de Carvalho. O Arraial
dos Carvalho foi elevado a distrito de paz em 07/09/1923 pela lei Estadual 843,
passando a se chamar Cana do Reino. Sua emancipao ocorreu em 12/12/1953
http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Sebasti%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Vicente_de_Paulahttp://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Sebasti%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Sebasti%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Fogos_de_artif%C3%ADciohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Pau-de-sebo -
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pela Lei Estadual 1.039. A partir de 30/12/1962, o municpio recebeu oficialmente o
nome de Carvalhpolis pela Lei Estadual 2.764, em homenagem s primeiras
famlias de Carvalho que foram seus fundadores. 1923 a 1927 - Joo Honorato de
Carvalho e Marcolino Pereira de Carvalho; 1927 a 1930 - Joo Honorato de
Carvalho; 1931 a 1936 a Cmara no funcionou neste perodo (poca da revoluo)
1936 a 1937 - Marcolino Pereira de Carvalho; 1937 a 1947 a Cmara no funcionou
neste perodo. 1947 a 1951 - Nicolau Jos Loreto e Olavo Cndido de Carvalho;
1951 a 1955 - Agenor Luiz de Carvalho; Olavo Cndido de Carvalho e Nicolau Jos
Loreto, suplentes que assumiram o cargo.
Data da Emancipao Poltica e Administrativa: 12/12/1953.
4.4 DEMOGRAFIA
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica, a populao total
do municpio foi de 3.341 habitantes (2010), apresentando uma densidade
populacional de 41,20 hab./km. Segundo o censo de 2010, 1.704 habitantes eram
homens e 1.637 habitantes eram mulheres. Ainda, segundo o mesmo censo, 2.549
habitantes viviam na zona urbana e 882 na zona rural.
O ndice de Desenvolvimento Humano do municpio considerado mdio
pelo Programa das Naes Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) com o valor de
0,724. A renda per capita de 10.347,20 reais.
Tabela 1 - Crescimento populacional
Ano Populao
1991 2575
1996 2778
2000 3089
2007 3234
2010 3341
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4.5 PROJEO POPULACIONAL
De 2000 a 2010, a populao de Carvalhpolis cresceu a uma taxa (Ka)
de 25,2, considerando um crescimento aritmtico, mtodo utilizado para estimativas
de menor prazo. Analisando de 2007 a 2010, a taxa (Ka) passou a ser 35,67. Com
isso, foi calculada a projeo populacional para 2014, 2023 e 2033.
Equaes: Pt = P0 + (t - t0).ka
ka = (Pn P0) / (tn t0) (1 )
Tabela 2 - Projeo populacional, utilizando uma taxa de crescimento de 25,2.
Ano 2000 2007 2010 2014 2023 2033
Populao 3089 3234 3341 3442 3669 3921
Tabela 3 - Projeo populacional, utilizando uma taxa de crescimento de 35,67.
Ano 2000 2007 2010 2014 2023 2033
Populao 3089 3234 3341 3484 3805 4161
Neste caso, ser utilizada a taxa de crescimento de 35,67. Primeiro,
porque a comparao de dados mais recentes, segundo, pois o pior cenrio.
4.6 ECONOMIA
Na cidade existem 76 empresas registradas, que empregam 521 pessoas
(Censo IBGE, 2011). Entre essas destacam-se as de confeces de roupas e a de
fabricao de produtos alimentcios e bebidas.
A agricultura, pecuria e silvicultura do local so caracterizadas nas
tabelas a seguir:
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Tabela 4 - Dados da agricultura, IBGE, 2012.
AGRICULTURA 2012
rea Colhida Quantidade Produzida Valor da Produo
Caf (em gro) Arbica 1.753 hectares 2.735 toneladas 16.971 mil Reais
Alho - rea colhida 1 hectare 5 toneladas 28 mil Reais
Arroz (em casca) 6 hectares 9 toneladas 5 mil Reais
Cana-de-acar 16 hectares 1.120 toneladas 68 mil Reais
Feijo (em gro) 115 hectares 104 toneladas 216 mil Reais
Mandioca 14 hectares 360 toneladas 162 mil Reais
Milho (em gro) 210 hectares 1.092 toneladas 430 mil Reais
Pela tabela 4 visto que, como na maior parte da regio sul de Minas, o
caf o principal produto agrcola.
Tabela 5 - Dados da pecuria, IBGE, 2012.
PECURIA 2012
Bovinos - efetivo dos rebanhos 4.330 cabeas
Equinos - efetivo dos rebanhos 420 cabeas
Galinhas - efetivo dos rebanhos 13.000 cabeas
Galos, frangas, frangos e pintos - efetivo dos rebanhos 20.000 cabeas
Leite de vaca - produo quantidade 1.505 Mil litros
Leite de vaca - valor da produo 1.294 Mil Reais
Mel de abelha - produo quantidade 13.000 kg
Mel de abelha - valor da produo 66 Mil Reais
Muares - efetivo dos rebanhos 10 cabeas
Ovos de galinha - valor da produo 167 Mil dzias
-
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Ovos de galinha - produo quantidade 321 Mil Reais
Sunos - efetivo dos rebanhos 980 cabeas
Vacas ordenhadas quantidade 1.420 cabeas
Tabela 6 - Dados da silvicultura, IBGE, 2011.
SILVICULTURA 2011
Quantidade Produzida Valor da Produo
Lenha 1.900 m 72 mil Reais
Madeira em tora 400 m 34 mil Reais
Madeira em tora para outras
finalidades 400 m 34mil Reais
Percebe-se que o terceiro setor seguido da agropecuria so os principais
fatores contribuintes para o PIB da regio, conforme a tabela abaixo:
Tabela 7 - Dados do produto interno bruto, IBGE, 2010
PRODUTO INTERNO BRUTO 2010
Imposto sobre produtos lquidos de subsdios a preos correntes 815 mil reais
PIB a preos correntes 34.663 mil reais
PIB per capita a preos correntes 10.347,20 reais
Valor adicionado bruto da agropecuria a preos correntes 14.555 mil reais
Valor adicionado bruto da indstria a preos correntes 3.014 mil reais
Valor adicionado bruto dos servios a preos correntes 16.279 mil reais
4.7 ENSINO
Ensino matrculas, docentes e rede escolar - 2012 (IBGE).
-
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Ensino pr-escolar
Existe uma escola da rede pblica municipal, na qual h 96 alunos
matriculados e seis docentes.
Ensino fundamental
Existe uma escola da rede pblica municipal, na qual h 486 alunos
matriculados e 28 docentes.
Ensino mdio
Existe uma escola da rede pblica estadual, na qual h 108 alunos
matriculados e 10 docentes.
4.8 SADE
Existem apenas dois centros de sade na cidade, sendo estes municipais.
Ambos possuem apenas atendimento ambulatorial, com atendimento mdico em
especialidades bsicas, casos de internaes ou mais graves so encaminhados
para cidades vizinhas.
4.9 HABITAO E DESENVOLVIMENTO URBANO
Segundo o ltimo censo demogrfico do IBGE (2010), existem 1.085
domiclios em Carvalhpolis e apenas dois so coletivos. Isso significa que h uma
predominncia de casas na cidade, j que so poucas as residncias onde mais de
uma famlia reside. De acordo, ainda, com o mesmo Censo, a mdia de moradores
em domiclios particulares de 3,3 habitantes para a rea urbana e 3,6 hab. para a
rea rural.
4.10 ASPECTOS INSTITUCIONAIS E AMBIENTAIS
A abrangncia desta caracterizao para anlise deste Plano Municipal
de Gerenciamento Integrado de Resduos Slidos - PMGIRS tem seu foco nos
-
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servios urbanos relacionados coleta de resduos slidos, que, por sua vez, integra
as responsabilidades dos servios de limpeza urbana.
Organograma 1 - Diviso dos departamentos responsveis
Gabinete do Prefeito
Outros Departamentos
Departamento de Assistncia Social
e do Trabalho
Departamento de Administrao
Departamento de Sade
Departamento de Planejamento e
Fazenda
Departamento de Educao
Departamento de Cultura
Departamento de Agropecuria e Abastecimento
Departamento de Servios Urbanos e Obras Pblicas
Diretor de Departamento
Limpeza Pblica
Obras e servios
Transportes e manuteno
Habitao e Urbanismo
Manuteno de estradas
Departamento de Meio Ambiente, Esportes e Lazer
Diretor de departamento
Gesto e vigilncia
Proteo e saneamento ambiental
Lazer, esporte e turismo
-
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5 RESDUOS SLIDOS DOMICILIARES E COMERCIAIS
5.1 CARACTERIZAO DOS RESDUOS SLIDOS
A fim de se realizar a caracterizao fsica dos resduos slidos
domsticos, foram obtidas amostras dos resduos coletados pelo servio de limpeza
pblica do municpio, coletando amostras de diferentes bairros do municpio, com
objetivo de obter resultados que se aproximem o mximo possvel da realidade.
As amostras coletadas foram depositadas pelos caminhes de coleta no
aterro controlado (Figura 3) do municpio nos dias 18/10/2013 e 25/10/2013. Nos
perodos da manh realizou-se a separao do e, nos perodos da tarde,
a separao do
As etapas de preparao da amostra e separao dos materiais
ocorreram da seguinte maneira:
Primeiramente, os tambores, de 200 litros, foram pesados e anotados
seus valores. Em seguida, foi realizado um procedimento de quarteamento, ilustrado
abaixo, para a reduo do volume da amostra e obteno de uma amostra
homognea e representativa. A amostra escolhida foi, ento, despejada em cima de
uma lona plstica e todos os recipientes, normalmente sacos plsticos, foram
rompidos prximos aos pontos de amostragem.
Os cinco tambores foram preenchidos com os resduos, a fim de se obter
1 m de amostra e foram pesados em seguida (Figura 5). Desta maneira foi possvel
calcular o peso especifico de cada um dos tambores, permitindo, ento, o peso
especfico mdio das amostras.
O material contido nos tambores foi separado por componente (matria
orgnica, papis, papelo, plsticos, vidros, metais, rejeitos) (Figura 4) para a
determinao da composio fsica dos resduos. Cada um foi pesado
separadamente e anotado. Posteriormente, o volume ocupado por cada componente
no tambor foi calculado (rea da base x altura ocupada) e, dessa maneira, foi
possvel calcular o peso especfico de cada material separado e sua porcentagem
em relao ao total.
-
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27
Figura 3 - Pesagem das bombonas
Tabela 8 - Dados da coleta convencional
PESO ESPECFICO APARENTE SOLTO (lixo bruto)
Material
(P1)-Tara (kg)
(bombona)
(V)-Volume (m)
(material ocupado na bombona)
(P2)-Peso Bruto (kg) (material+
bombona)
(P3)-Peso RSU (kg) (P2-P1)
( ) Peso Espec. (kg/m) (P3/V)
( ) Peso Espec. (kg/m) (Mdio)
%
Alumnio 7,30 0,01 8 0,70 70,00
199,47
0,26
Papel 6,7 0,04 9,6 2,90 72,50 1,07
Papelo 6,50 0,09 9,95 3,45 36,90 1,28
Plstico Mole 6,60 0,20 19,45 12,85 64,25 4,75
Plstico Duro 6,70 0,04 8,60 1,90 54,29 0,70
Pet 7,70 0,03 8,10 0,40 12,31 0,15
Vidros 7,3 0,01 9 1,70 170,00 0,63
RSCC 6,7 0,01 11 4,30 430,00 1,59
Metal
Ferroso 6,9 0,01 9 2,10 210,00 0,78
Tecidos 6,80 0,08 17,05 10,25 130,57 3,79
Matria
Orgnica 10,10 0,24 143,75 133,65 562,74 49,42
Rejeito 6,50 0,08 12,50 6,00 75,00 2,22
Tetra Pak 6,7 0,02 8,5 1,80 90,00 0,67
Banheiro 10,50 0,20 54,20 43,70 224,10 16,16
Outros 6,77 0,06 51,50 44,73 789,41 16,54
Figura 5 Separao dos resduos Figura 4 - Caminho da coleta
-
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Tabela 9 - Dados da coleta seletiva
Material
(P1)-Tara
(kg)
(bombona)
(V)-Volume
(m)
(material
ocupado na
bombona)
(P2)-Peso Bruto
(kg) (material+
bombona)
(P3)-Peso
RSU (kg)
(P2-P1)
Peso
Espec.
(kg/m)
(P3/V)
Peso
Espec.
(kg/m)
(Mdio)
%
Alumnio 7,10 0,01 7,65 0,55 73,33
224,86
1,00
Papel 7,10 0,07 9,50 2,40 35,04 4,38
Papelo 6,55 0,30 23,10 16,55 56,10 30,17
Plstico Mole 7,15 0,20 17,00 9,85 49,25 17,96
Plstico Duro 6,65 0,10 11,45 4,80 48,00 8,75
Pet 7,10 0,12 10,30 3,20 27,47 5,83
Vidros 6,55 0,01 8,70 2,15 330,77 3,92
Metal F 7,05 0,03 9,45 2,40 96,00 4,38
Tecidos 6,95 0,06 11,60 4,65 73,23 8,48
Tetra Pak 6,55 0,07 9,95 3,40 47,55 6,20
RSS 6,40 0,001 7,30 0,90 1800,00 1,64
Rejeitos 6,85 0,07 10,85 4,00 61,54 7,29
Alumnio0,26%
Papel1,07%
Papelo1,28%
Plastico Mole
4,75%Plstico
Duro0,70%
Pet0,15%
Vidros0,63%RSCC
1,59%
Metal Ferroso0,78%
Tecidos3,79%
Matria Orgnica49,42%
Rejeito2,22%
Tetra Pak0,67% Lixo de Banheiro
16%Outros16,54%
Coleta Convencional
Grfico 1 - Porcentagem de resduos na coleta convencional
-
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Aluminio1%
Papel4%
Papelo30%
Plstico Mole18%
Plstico Duro9%
Pet6%
Vidros4%
Metal F4%
Tecidos9%
Tetra Pak6%
RSS2%
Rejeitos7%
Coleta Seletiva
Grfico 2 - Porcentagem de resduos na coleta convencional
5.2 ARMAZENAMENTO, COLETA E TRANSPORTE
No municpio de Carvalhpolis, a prpria prefeitura municipal
responsvel pela gesto dos servios de coleta dos resduos domiciliares e
comerciais. O servio de limpeza urbana compreende a coleta, o transporte e a
disposio final dos resduos. No existe, portanto, uma empresa terceirizada
responsvel pela execuo destes servios, a no ser os resduos provenientes dos
servios de sade (Lixo Hospitalar) para os quais uma empresa terceirizada
contratada para a realizao da coleta.
Gerao
a) Gerao Total
So gerados 768 kg/dia de considerando que a separao
feita pela populao no totalmente eficiente j que foi encontrado na