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Publicação bimestral do Sindipneus Ano 10 • nº 66 • novembro/dezembro 2018
APESAR DA REDUÇÃO NO NÚMERO DE ACIDENTES FATAIS,
BRASIL AINDA OCUPA 5ª POSIÇÃO NO RANKING DOS PAÍSES
COM MAIS MORTES NO TRÂNSITO. MÁ CONSERVAÇÃO DOS
PNEUS ESTÁ ENTRE AS PRINCIPAIS
CAUSAS DE ACIDENTES.
UM PAÍS VIOLENTO
NO TRÂNSITO
ENDIVIDAMENTO DA INDÚSTRIA
CRESCE 7% EM 2017, APONTA SERASA
SINDIPNEUS
Sindicato das Empresas de Revenda e Prestação de Serviços de Reforma dePneus e Similares do Estado de Minas GeraisRua Aimorés, 462 sl. 108 I Funcionários I CEP 31141-070 I Belo Horizonte I MG
PNEUS&CIA.
IMPORTADOS
C 4SII C II C 115-25
C 4-25 Cs 115-25 Engate de Autoclave
Válvula Cotovelo
Pino
Engate de exaustão
Pino para exaustão
Engate de inflação
pino para inflação
engate de arc/ retenção
pino paraengate c/ retenção
(31) 3328-6979 | (31) 97141-0054 | (27) 3398-9000 | (27) 99785-6813 GEBOR.COM.BR | [email protected] |
(31) 3328-6979 | (31) 97141-0054 | (27) 3398-9000 | (27) 99785-6813 (31) 3328-6979 | (31) 97141-0054 | (27) 3398-9000 | (27) 99785-6813
AGORA A GEBOR É PARCEIRA DA B&J ROCKET AMÉRICA
AFIADOR DE ROTARY GOUGE
ROTARY GOUGECONJUNTO b&j TURBO
Serra B&J
r-115-25 serra B&j r-4-16
serra b&j gemini ii sii
3PNEUS&CIAnovembro/dezembro [email protected] • www.sindipneus.com.br
Chegamos a última edição do ano. E como 2018 passou rápido! É hora de fazermos uma retrospectiva dos meses que ficaram para trás e planejar as ações para o próximo ano, que promete ser de grandes mudanças.
Com a reforma trabalhista, que passou a vigorar em novembro do último ano, os sindicatos perderam sua principal fonte de receita, os “impostos sindicais”. Muitas entidades fecharam as portas, e as que ain-da não o fizeram estão buscando novas alternativas de renda para que seja possível manter vivos todos os projetos.
Para o Sindipneus, não está sendo diferente. Diante do fim da obrigatoriedade da contribuição sindical patronal urbana, tivemos que enxugar as nossas despesas e adiar algumas ações previstas para 2018. Felizmente, com a contribuição dos nossos associados, também chamada de contribuição associativa ou contribuição social, conseguimos trabalhar ao longo de todo o ano. Ainda que não tenhamos feito tudo o que gostaríamos, avançamos em muitos projetos.
Para 2019, a meta é trazer mais empresas para perto do Sindipneus, oferecendo-lhes, em contrapartida, vantagens e serviços diferenciados. Nosso desafio é fazer com que os empresários se conscientizem sobre a importância de uma entidade patronal de classe forte e atuante. Dentre todas as vantagens de ter um sindicato representante da categoria, está a possibilidade de contar com uma entidade que lute e traba-lhe pelo desenvolvimento das reformadoras e dos revendedores de pneus, representando-os mediante o sindicato profissional. Ainda para 2019, queremos continuar trabalhando para promover a união dos empresários em busca de objetivos que são comuns a todos.
Àqueles que estiveram com a gente ao longo de 2018, o nosso muito obrigado por acreditarem no nosso trabalho e nos nossos projetos. Que em 2019 consigamos retirar do papel tantos outros projetos funda-mentais para o crescimento, desenvolvimento e reconhecimento do nosso setor. Avançamos muito, em diferentes aspectos, mas o trabalho duro tem que continuar.
Para saber mais sobre as vantagens de ser um associado Sindipneus, visite o nosso site.
Desejamos a você uma ótima leitura,
Equipe Sindipneus.
EDITORIAL
2019: um ano de mudanças
IMPORTADOS
C 4SII C II C 115-25
C 4-25 Cs 115-25 Engate de Autoclave
Válvula Cotovelo
Pino
Engate de exaustão
Pino para exaustão
Engate de inflação
pino para inflação
engate de arc/ retenção
pino paraengate c/ retenção
(31) 3328-6979 | (31) 97141-0054 | (27) 3398-9000 | (27) 99785-6813 GEBOR.COM.BR | [email protected] |
(31) 3328-6979 | (31) 97141-0054 | (27) 3398-9000 | (27) 99785-6813 (31) 3328-6979 | (31) 97141-0054 | (27) 3398-9000 | (27) 99785-6813
AGORA A GEBOR É PARCEIRA DA B&J ROCKET AMÉRICA
AFIADOR DE ROTARY GOUGE
ROTARY GOUGECONJUNTO b&j TURBO
Serra B&J
r-115-25 serra B&j r-4-16
serra b&j gemini ii sii
4 PNEUS&CIA novembro/dezembro 2018 [email protected] • www.sindipneus.com.br
A revista Pneus & Cia traz temas pertinentes e de total interesse dos empresários do setor. Parabéns à equipe pelo trabalho desenvolvido.
Fernando Monteiro Contagem/MG
INFORMATIVO DO SINDIPNEUS - Sindicato das Empresas de Revenda e Prestação de Serviços de Refor-ma de Pneus e Similares do Estado de Minas Gerais
Diretoria Sindipneus Presidente - Paulo César Pereira Bitarães - Vice-presidente: Ana Cristina Schuchter Gatti - 1º secretário - Túlio Marcos Leal - 2º secretário - Giovani Oliveira - 1º tesoureiro - Carlos Guerra 2º tesoureiro - Renato Antônio da Silva - 1º Fiscal - Arilton da Silva Machado - 2º fiscal - Ricardo Ilídio de Moura - 3º fiscal - Iranelson Coelho - 1º suplente - Dênis de Oliveira - 2º suplente - Julio César Lima - 3º suplente - Genilton Machado - Analista de Projetos/Financeiro - Nilcélia Fonseca
REVISTA PNEUS & CIA. - ANO 10 - Nº 66 - novembro/dezembro 2018• Editora e jornalista responsável - Ana Flávia Tolentino Tornelli – Reg.: 17738/MG • Revisão final - Gustavo Abreu • Ilustrações - Dum • Arte e Editoração - Ana Flávia Tornelli • Impressão - Atividade Editora Gráfica – (31) 3347-0915 • Tiragem - 8.000 exemplares
As opiniões expressas nos artigos assinados e os informes publicitários são de responsabilidade dos autores. É proibida a reprodução de textos e de ilustrações integrantes da edição impressa ou virtual sem a prévia autorização da editora.
SINDIPNEUS - Rua Aimorés, 462 – Sala 108 – Funcionários - CEP 30140-070 – Belo Horizonte/MG - Tel (31) 3213-2909 • [email protected] – www.sindipneus.com.br
LEITOR
EXPEDIENTE
Para que o setor de pneus novos avance ainda mais, é preciso que a indústria nacional consiga manter preços mais competitivos. Caso contrário, c o n s u m i -d o r e s c o nt i nu a r ã o comprando pneus nas gôndolas dos supermercados.
Renato Mendes FerreiraBetim/ MG
5PNEUS&CIAnovembro/dezembro [email protected] • www.sindipneus.com.br
06 Sindipneus em AçãoPrefeitura de GV promove Semana de Prevenção ao Acidente de Trânsito
08 EstratégiaTempo é questão de prioridade
10 TecnologiaO papel das mídias sociais nas eleições 2018
12 CapaUm país violento no trânsito
20 ConexãoEntrevista com o proprietário da VMC, sr. José Vitalino
30 Guia dos Associados
Seções
SUMÁRIO
24 ServiçosEndividamento da indústria cresce 7% em 2017, aponta Serasa
18 Pneus e FrotasConserto errado, problema na certa
28 Viver BemMiopia e astigmatismo coletivos
06
12
10
18
6 PNEUS&CIA novembro/dezembro 2018 [email protected] • www.sindipneus.com.br
SINDIPNEUS EM AÇÃO
Entre os dias 18 e 25 de setembro, a prefeitura de Governador Valadares, do Vale do Rio Doce, promoveu a semana de prevenção ao acidente de trânsito. Eventos abertos ao público, palestras e seminários contaram com a colaboração das polícias civil e militar, do corpo de bombeiros e de empresários da região.
Na praça central da cidade, uma tenda foi montada com informativos e banners. Visando diminuir o número de acidentes e contribuir para um trânsito mais seguro, o material foi preparado com frases de impacto para conscientizar a população. Cuidados com a manutenção dos veículos, dos pneus e dicas de uma direção defensiva estiveram entre os temas abordados ao longo de toda a semana.
Além do evento em espaço de grande circulação de pessoas, palestras foram ministradas em algumas escolas da cidade. Para o diretor da empresa ABC Borrachas, Iranelson
Coelho, que ministrou uma palestra sobre os riscos dos pneus carecas, avaliou como positivo o envolvimento de crianças e pré-adolescentes na programação, visto que o foco do evento era preventivo. “Esses jovens serão os motoristas de amanhã. É muito importante que eles cresçam conscientes sobre o papel de cada cidadão para diminuir o número de acidentes de trânsito, que todos os anos deixam milhares de mortos – especialmente no nosso país”, ressaltou.
Sobre os pneus carecas, Iranelson enfatizou que continuam sendo um dos principais motivos dos acidentes nas rodovias estaduais e federais, especialmente em tempos chuvosos. “O pneu careca perde aderência ao solo e coloca em risco a vida dos motoristas e demais passageiros. Infelizmente, alguns condutores postergam ao máximo a troca dos pneus. Uma economia que pode sair muito caro. É preciso consciência. A sua negligência pode custar a vida de outras pessoas.”
Prefeitura de Governador Valadares promove semana de prevenção ao acidente de trânsito
Cuidados com os pneus estavam entre os temas abordados na programação
Fotos: arquivo ABC Borrachas
8 PNEUS&CIA novembro/dezembro 2018 [email protected] • www.sindipneus.com.br
ESTRATÉGIA
Alguma vez você já parou para calcular a quantidade de tempo perdido com coisas que não fazem a menor diferença na sua vida? Nem vou mencionar algumas, eu sei que você tem consciência disso.
Considerando que o dia tem 24 horas, a semana tem 7 dias e o mês tem, em média, 30 dias, são 168 horas por semana, 720 horas por mês ou 8.640 horas por ano à sua disposição.
Somos humanos, então, 30% desse período, em média, é para dormir ou descansar, 30% são para trabalhar e ganhar dinheiro e 30% ficam para fazer o que bem quisermos, mas lembre-se, tempo tem tudo a ver com prioridades.
Se esses 30% equivalem a 56 horas por semana ou 240 horas por mês, isso não é pouco, porém a reclamação geral das pessoas continua sendo a falta de tempo.
Na prática, só arranjamos tempo quando certas adversidades nos obrigam a encontrá-lo.
Exemplo: você chega do trabalho super cansado e descobre que a casa está alagada, então, vai ter que gastar um bom tempo para colocá-la em ordem. No mínimo, são duas, três ou mais horas para colocar tudo em ordem, um tempo que não estava previsto, mas você vai ter que dar um jeito na situação.
Quer outro exemplo comum? Já notou que quando você está atolado de trabalhado e surge uma viagem de última hora pela empresa, não importa o que esteja fazendo, você larga tudo e sai correndo para atender o chamado? Onde foi que você encontrou tempo?
Lembrando o meu amigo Christian Barbosa, autor de A Tríade do Tempo, existem coisas na vida que são importantes, algumas que são urgentes e outras, circunstanciais.
Exemplo: suponha que hoje são 30 de março, você tem um mês para entregar o imposto de renda. Você sabe que isso é importante, porque não tem como deixar de fazer, mas ainda tem tempo para dar conta da tarefa.
Trinta dias se passaram, hoje seriam 30 de abril e você ainda não declarou o imposto de renda, então isso passou a ser algo urgente. Por volta das 18 horas, quando você estaria prestes a ir embora para fazer o bendito imposto de renda, seu chefe o chama na sala e diz: preciso que você me ajude a fazer o imposto de renda. Neste momento, surgiu um evento inesperado, o que se poderia chamar de circunstancial.
Alguma vez você já parou para calcular a quantidade de coisas urgentes ou circunstanciais que fazem parte do seu dia a dia, mas não fazem a menor diferença na sua vida? Nem vou mencionar algumas, eu sei que você tem consciência disso.
A questão é bem simples: quanto maior a quantidade de coisas urgentes e circunstanciais na sua vida, maior o nível de estresse, de frustração, de caos e maior probabilidade de fazer algo mal feito.
É impossível ser feliz e produtivo com mais de 50% das coisas em nível de urgência.
Portanto, o que você precisa fazer, mais do que administrar o tempo, é definir melhor as suas prioridades, ou seja, as coisas que são importantes para a sua vida pessoal e profissional, das quais você não quer abrir mão para ter uma vida mais digna, rica, produtiva e desafiadora.
Quando você aprender a fazer isso, o tempo vai fluir naturalmente. Na prática, é impossível ser tudo para todos. Em tempos de competição acirrada, hiper-simplificação, hiperconexão e excesso de informação, quanto menos tempo você gastar com bobagens, mais produtivo se tornará.
“Portanto, o que você precisa fazer, mais do que administrar o tempo, é definir melhor as suas prioridades, ou seja, as coisas que são importantes para a sua vida pessoal e profissional, das quais você não quer abrir
mão para ter uma vida mais digna, rica, produtiva e desafiadora”
TEMPO É QUESTÃO DE PRIORIDADES
9PNEUS&CIAnovembro/dezembro [email protected] • www.sindipneus.com.br
Como definir as prioridades? Vou deixar algumas perguntas para reflexão, estou certo de que você vai encontrar o caminho, mas isso é uma questão muito particular. Ninguém, mais do que você, sabe da sua dor e da sua renúncia, portanto, a única coisa que eu posso fazer é ajudá-lo a encontrar o caminho por meio de reflexões. Vejamos:• Quais são as coisas mais importantes do dia, da semana ou do mês, das quais você não pode abrir mão?• Quais são as coisas que você faz, mas que podem ser delegadas para outras pessoas?• Você é centralizador, não confia, não sabe treinar as pessoas ou tem medo de delegar?• Você é um líder mais estratégico ou mais operacional?• V o c ê costuma fazer em vez de dar oportunidade para outras p e s s o a s fazerem?• V o c ê consegue p l a n e j a r
minimamente a semana?• V o c ê consegue dizer não e negociar prazos quando necessário?• Você perde muito tempo nas redes sociais com coisas que não fazem o menor sentido?
Administrar melhor o tempo e estabelecer prioridades exigem profunda reflexão, mudança de hábitos e desapego absoluto de coisas que não fazem sentido na vida. E não adianta querer abraçar o mundo, ele é grande demais para ser abraçado e conhecido por inteiro.
Eu gosto muito do livro do A única coisa, de Gary Keller e Jay Papasan, consultores norte-americanos. À medida que você vai lendo, uma pergunta vai incomodá-lo a cada fim de capítulo, mas é para o seu próprio bem, acredite.
Qual é a única coisa que você deve fazer, de modo que
as demais coisas se tornem menos importantes ou desnecessárias?
Por fim, quero lembrar a máxima do grande sociólogo italiano Domenico De Masi, a qual, basicamente, define a principal mensagem do seu best-seller “O ócio criativo”, um livro que vai mudar radicalmente a sua forma de ver o trabalho, estabelecer suas prioridades e se tornar mais produtivo.
É simples assim!
ESTRATÉGIA
Jerônimo MendesConsultor e palestrantewww.jeronimomendes.
com.br
10 PNEUS&CIA novembro/dezembro 2018 [email protected] • www.sindipneus.com.br
TECNOLOGIA
Eu não sei vocês, mas quase não li, ouvi e vi programas eleitorais pelos chamados canais tradicionais. Esse com-portamento já havia sido notado na eleição de Obama, nos EUA, em contraponto à relevância das redes sociais. Na do Trump não foi diferente e essa situação tem se tornado cada vez mais comum, inclusive em nosso país. O que rece-bi mensagens políticas de amigos, colegas de trabalho, con-tatos em geral nas minhas redes sociais (Facebook, Twitter, Whatsapp e Instagram) foi uma loucura.
Um “mundo” de informações circulou, no dia da votação e especialmente no segundo turno, por esses novos canais. Foi algo incrível.
Foi registrada uma substancial queda nos valores gastos pelas campanhas, pois houve muitas pessoas que fizeram sua divulgação em páginas próprias e em mídias sociais dos partidos. É uma quebra de paradigma. Há quem fale que os debates na tevê (frente a frente), já não causam tanto impacto como antes e que as pessoas buscam na internet as informações de seus candidatos. Isso foi sentido na au-diência tradicional dos debates. Houve transmissões pelo Facebook e Youtube, que tiveram audiências muito superi-ores ao do tradicional Programa Silvio Santos de domingo à tarde, em sua época mais gloriosa.
Dito isso, como tudo na vida, temos o lado bom é o ruim. As tais fake news (notícias falsas) despetaram interesse em proporção semelhante a de verdadeiras, sendo até objeto de controle pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), pois o “trem” foi feio, como dizemos no bom “mineirês”. A Justiça está estudando uma maneira de monitorar e gerar ações de correção sobre essas notícias enganosas, evitando, assim, tamanha propagação. Mas, convenhamos, é muito difícil atuar nisso. Mesmo hoje com o mecanismo de restrição do Whatsapp de encaminhamento limitado, elas se espalham para milhares de pessoas.
São muitas as mídias sociais.Em particular, faço mais o uso do Twitter, e, por lá, digo a vocês, o bicho pegou. Foi uma troca de farpas, notícias, contra-notícias, praticamente uma guerra de hashtags (#), ou seja, de tópicos que você quer divulgar e se posicionar a respeito deles quando é de seu interesse, gerando mais e mais pessoas atingidas.
Pense em alguma causa que você queira falar, ou se posicio-nar a respeito e até mesmo denunciar. Você abre seu twitter e escreve uma hashtag (#) com um tema qualquer. Depois, vamos supor que você tenha 10 seguidores. Seis começam a retuitar isso em suas respectivas contas. Acontece que um desses seis que te acompanhou na causa divulgada tenha, por exemplo, 50 mil seguidores. Pronto, inicia-se a propa-
Pneushow 2016
O PAPEL DAS MÍDIAS SOCIAIS NAS ELEIÇÕES 2018
Foto: divulgação
Alexandre Panizza PerdigãoGestor de relacionamento e parcerias da Toplink
gação em cadeia. O mesmo se aplica ao Facebook e demais redes.
Já o caso do Whatsapp é um pouquinho mais emblemáti-co, pois as pessoas usam essa mídia com mais frequência em seus smartphones, devido ao grau de usabilidade e fa-cilidade que ele proporciona, além de possibilitar atingir quase que instantaneamente as pessoas. Quem é que não corre pra abrir a notificação logo quando chega? Que confere de cinco em cinco minutos se há coisa nova nos grupos silenciados? E quando começa a chegar várias mensagens nos grupos “especiais”? É au-tomático. Usamos em média, de quatro a seis horas por dia os smartphones para quase tudo, e o Whatsapp responde pelo maior percentual dessa utilização. É direto, bate na hora, é rápido para abrir e ler, ver ou ouvir. Nos chama-dos picos de uso, a infraestrutura para suportar isso é gi-gantesca, pois o volume e dados aumenta muito o tráfego na rede/internet. Muita tecnologia para prover os recursos necessários.
Enfim, é algo que realmente vai tirar cada dia mais, diga-mos, telespectadores da mídia tradicional, a boa (ou má) televisão. Cada dia, mais e mais veículos de jornalismo fo-cam e concentram suas ações para esses novos canais. Um
programa de uma grande rádio brasileira, na cober-tura do primeiro turno, atingiu níveis incríveis em 20 minutos de exibição pelo seu canal no You-tube. Audiência que mui-tos programas televisivos nunca tiveram.
Trazendo para o campo da política, prefiro não me aprofundar, mas vocês devem ter visto e, se não viram, posso assegurar que realmente foi uma guerra (e ainda está sendo). Isso tudo para dizer que qualquer um em posse de um smartphone tem hoje o poder da divulgação, seja ela qual for; e temos a nítida percepção de que ela vem aumentando em cada ciclo de eleição. São os novos patamares de marketing digital que chegaram para ficar, gostando ou não. Será aí, em seu celu-lar, que decisões serão tomadas com frequência cada vez maior. Saber “usar” e interpretar essa avalanche de infor-mações que nos chegam diariamente é o desafio.
Forte abraço.
TECNOLOGIA
“Há quem fale que os debates na tevê (fren-te a frente), já não causam tanto impacto
como antes e que as pessoas buscam na internet as informações de seus candidatos. Isso foi sentido na audiência tradicional dos
debates”
Foto: divulgação (blog.ecomm)
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Foto: divulgação
Por Ana Flávia Tornelli
UM PAÍS VIOLENTO NO TRÂNSITO
Apesar de o número de veículos ter aumentado de 2016 para 2017, com quase 3 milhões de automóveis a mais em circulação, segundo o Departamento Nacional de Trân-sito (Denatran), o balanço de acidentes referente a 2017, divulgado pela PRF, mostra uma redução nos índices que medem a violência no trânsito em rodovias federais. Em comparação com 2016, o órgão registrou uma redução de 2,7% no número de óbitos e de 3,5% no de feridos, além de queda de 13,8% na quantidade de feridos graves e de 7,5% no número de acidentes nas rodovias federais. Segun-do a PRF, a maioria dos acidentes ainda está relacionada à falta de obediência às leis de trânsito. Todavia, apesar de os números serem animadores, muito ainda precisa ser feito para que o Brasil deixe de gastar o equivalente a R$ 52 bilhões por ano com as vítimas de acidentes de trânsito, conforme cálculos do Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV).
Em um cenário mais abrangente, considerando também as rodovias estaduais e municipais, o Brasil teve mais de 245 mil acidentes de trânsito apenas no ano passado. Somente as capitais somaram 43.803 ocorrências, levando em con-sideração as indenizações pagas em todo o país pelo Seguro DPVAT em 2017. São Paulo, Fortaleza e Goiânia lideram o ranking das cidades com o trânsito mais violento.
Um levantamento inédito do Ministério da Saúde divul-gado em setembro e publicado pela Agência Brasil aponta que, em seis anos, houve uma redução de 27,4% no registro de óbitos provocados por acidentes de trânsito nas capitais do país. Em 2010, foram 7.952 óbitos, contra 5.773 no ano anterior, representando uma diminuição de 2,1 mil mortes no período. Mas, apesar dessa redução, o Brasil segue dis-tante da meta estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU), que prevê diminuição de 50% no número de vítimas em 10 anos, contados a partir de 2011, quando
MATÉRIA DE CAPA
NÚMERO DE ACIDENTES DIMINUIU, MAS BRASIL AINDA OCUPA A 5ª POSIÇÃO NO RANKING DOS
PAÍSES COM MAIS MORTES NO TRÂNSITO. PNEUS EM MAU ESTADO DE CONSERVAÇÃO ESTÃO
ENTRE AS PRINCIPAIS CAUSAS DE ACIDENTES
13PNEUS&CIAnovembro/dezembro [email protected] • www.sindipneus.com.br
CENÁRIO
morriam nas rodovias brasileiras, em média, 23 pessoas por 100 mil habitantes. Hoje, são 18 a cada 100 mil.
“O número de vidas perdidas em acidentes por ano é su-perior à população de muitas cidades brasileiras. Infeliz-mente, quando boa parte da população pensa em trânsito, o que vem à mente são os congestionamentos e a chamada indústria da multa, mas o que temos é uma indústria da dor e da morte”, afirmou Renato Campestrini, advogado, especialista em trânsito e gerente técnico do Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV), em entrevista ao site Agência Brasil. Além das mortes, 600 mil pessoas fi-cam com sequelas permanentes todos os anos em decor-rência de acidentes de trânsito.
O Relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostra que o Brasil aparece em quinto lugar entre os países que mais matam no trânsito, atrás somente da Índia, Chi-na, Estados Unidos e Rússia. Além desses, Irã, México, In-donésia, África do Sul e Egito estão entre os países de trân-sito mais violento do mundo. Juntas, essas dez nações são responsáveis por 62% de 1,2 milhão de mortes por acidente no trânsito que ocorrem no mundo todos os anos.
No Brasil, mais de 60% dos leitos hospitalares do Sistema Único de Saúde (SUS) ainda são ocupados por vítimas por acidente de trânsito. Nos centros cirúrgicos do país, 50% da ocupação também são por vítimas de acidentes ro-doviários, ainda de acordo com o ONSV.
Acidentes
Em 2017, foram registrados 89.318 acidentes em rodovias federais que resultaram na morte de 6.244 pessoas e em 83.978 feridos. Estes números são menores quando com-parados a 2016, ano em que ocorreram 96.590 acidentes, que resultaram na morte de 6.419 pessoas e deixaram outros 87.006 feridos.
A maior causa presumível de acidentes de trânsito, que corresponde à causa possível verificada pelo policial no lo-cal do acidente, foi a falta de atenção, apontada em 34.406 acidentes que levaram a óbito 1.844 pessoas. Já o tipo de acidente que mais ocorreu em 2017 foi o de colisão trasei-ra, correspondendo a 18% dos acidentes, seguido de saída de pista, com 17,5%.
O tipo de acidente que mais resultou em mortes em 2017 nas rodovias federais foi a colisão frontal, em que morre-ram 1.904 pessoas.
Número de acidentes por estado
Minas Gerais teve o maior número de acidentes em ro-dovias federais em 2017, representando 12.658, seguido dos estados de Santa Catarina e Paraná, com 10.757 e 10.522, respectivamente. De acordo com a PRF, o órgão empenha-se para reduzir a violência no trânsito por meio do constante trabalho de fiscalização e de conscientização do motorista.
Infrações
Mesmo com as inúmeras campanhas sobre o comporta-mento do motorista, a PRF emitiu 5.853.185 autos de in-fração durante todo o ano de 2017 – número 4,8% maior do que o registrado em 2016. A conduta que resultou no maior número de infrações nas rodovias federais foi o ex-cesso de velocidade em até 20%, o que representa um total de 2.329.261 autos de infração. Apesar de o número ain-da ser muito alto, já representa uma redução de 12,5% em relação ao ano anterior, em que foram lavrados 2.661.317 autos de infração.
Pneus carecas
Conduzir o veículo em mau estado de conservação, com-
MATÉRIA DE CAPA
Fonte: PRF
14 PNEUS&CIA novembro/dezembro 2018 [email protected] • www.sindipneus.com.br
Foto: divulgação
prometendo a segurança, está entre as dez infrações de trânsito mais flagradas. Ao todo, foram 90.143 autuações por este motivo. Nesse item é que se encaixam as penas por utilização de pneus impróprios para circulação, também conhecidos como pneus carecas. Ao todo, 1.586 infrações por avarias nos pneus foram aplicadas no último ano.
Os tão conhecidos “pneus carecas”, que todos os anos figuram no topo das estatísticas como os grandes vilões nas estradas, representam um sério risco à segurança. Sem aderência ao piso molhado e sem resistência, calcula-se que esses pneus sejam responsáveis por cerca de 20% dos acidentes nas rodovias brasileiras, segundo estimativa da PRF divulgada pelo site G1. Esse dado, porém, não é pre-ciso. “Quando os registros são realizados, os estados dos pneus e outras coisas que envolvam as características dos veículos são considerados como fator ‘defeitos no estado de conservação do veículo’ e, desta forma, não é possível identificar com precisão o número de acidentes ocasiona-dos especificamente pelo uso do pneu careca”, explica a as-sessoria de imprensa da Polícia Rodoviária Federal.
O empresário Iranelson Coelho, proprietário da reforma-dora de pneus Belo Vale, se arrisca a dizer que quase 50% dos problemas recorrentes nos veículos são resultado da má conservação dos pneus. “O motorista acaba deixando para trocar o pneu quando está totalmente liso ou careca, podendo acarretar acidentes e danos diversos no veículo. A não retirada no momento certo do pneu também evita o reaproveitamento da carcaça para uma futura reforma”,
esclarece.
Para o assessor de Comunicação Social da PRF, Diego Brandão, é imprescindível que os motoristas estejam sem-pre atentos ao Tread Wear Indicator (TWI). “Uma das recomendações mais importantes antes de deslocamentos com o veículo é a verificação periódica do indicador de desgaste da rodagem, o TWI. Existente em todo pneu, o índice mostra com eficácia o momento correto para efetu-ar a troca, reduzindo o risco de rodar com o pneu careca, e, consequentemente, diminuindo os registros de acidentes”, orienta.
Os TWI são indicadores de desgaste existentes no fundo dos desenhos: saliências com 1,6 mm de altura em qua-tro a oito pontos da circunferência do pneu. Conforme a Resolução nº 558/80, art. 4º do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), “fica proibida a utilização de veículo automotor equipado com pneu cujo desgaste da banda de rodagem tenha atingido os indicadores (TWI) ou cuja pro-fundidade remanescente da banda de rodagem seja inferior a 1,6 mm”. Ou seja, os sulcos não devem ter profundidade restante inferior a 1,6mm. Segundo o engenheiro mecâni-co Vanderlei Carvalho, especialista no assunto, para saber como identificar o melhor momento para trocar os pneus, basta verificar se a altura das bandas de rodagem, que são as partes maiores da face do pneu, está igual aos ressaltos dos sulcos do pneu, o TWI. “Quando eles estiverem na mesma proporção, quer dizer que o pneu já se desgastou o bastante e é hora de trocar, pois, caso eles atinjam a mes-
MATÉRIA DE CAPA
Foto: Arquivo Sindipneus
15PNEUS&CIAnovembro/dezembro [email protected] • www.sindipneus.com.br
MATÉRIA DE CAPA
“O número de vidas perdidas em acidentes por ano é superior à população de muitas ci-dades brasileiras. Infelizmente, quando boa
parte da população pensa em trânsito, o que vem à mente são os congestionamentos e a chamada indústria da multa, mas o que temos é uma indústria da dor e da morte”
ma altura, o pneu ficará careca e liso, comprometendo seriamente a segurança do condutor e dos passageiros”, explica. Em certas utilizações, porém, em que os veículos rodam em estradas de terra ou em más condições, é aconselhável retirar os pneus an-tes de eles atingirem o limite es-tabelecido. “Isso porque a maior vulnerabilidade a cortes na ban-da de rodagem pode danificar a carcaça dos pneus”, completa.
O TWI é medido de forma sim-ples com a ajuda de um aparelho chamado profundímet-ro, mas, na falta do equipamento, o motorista pode usar a própria chave do carro, como explica Vanderlei Carval-ho: “Basta encostar a ponta no fundo do sulco, colocar a unha na marca da banda de rodagem e, depois, medir essa distância na ponta da chave com uma régua. Outra manei-ra de medir a condição do pneu é passar a ponta de uma caneta esferográfica no sulco onde se encontra o TWI. Se a caneta passar direto, é porque a banda de rodagem já che-gou ao nível da insegurança, significa que o pneu deve ser trocado”.
Ainda segundo o especialista, os pneus carecas estão mais facilmente propensos a estouros e exigem maior espaço
para executar frena-gem segura. A infração por mau estado dos veículos, em que se en-quadram os pneus em condições inadequadas de uso, é classificada como grave e punida com cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). O valor da multa é estipulado em R$ 127,69. “O veículo será retido até que a irregu-
laridade seja resolvida e, caso não seja possível saná-la no local, será recolhido o Certificado de Licenciamento Anual (CLA), conforme o artigo 270, parágrafos 1º e 2º, para que seja liberado o veículo para sanar em local próprio”, orienta a PRF.
No período do verão, quando as chuvas são mais recor-rentes, é preciso que o condutor redobre a atenção sobre os pneus. Em pistas molhadas, os pneus carecas são um con-vite a derrapagens e acidentes, facilitando a falta de contato do pneu com a pista (aquaplanagem). “Pneus carecas são mais propensos a acidentes em pista molhada. Isso porque os sulcos da banda de rodagem servem para escoar a água da pista. Quando estão desgastados, não executam essa
Fonte: PRF
16 PNEUS&CIA novembro/dezembro 2018 [email protected] • www.sindipneus.com.br
MATÉRIA DE CAPA
função, fazendo com que o pneu perca a aderência ao solo”, esclarece o presidente do Sindipneus, Paulo Bitarães.Aumentando a vida útil dos pneus
Mas é possível prolongar a duração do pneu com a adoção de alguns cuidados básicos. O principal fator para o des-gaste acelerado dos pneus é o calor gerado pelas seguintes situações: baixa pressão, velocidade alta do veículo, so-brecarga e uso excessivo dos freios. Mas, além desses, ex-istem outros fatores que contribuem para um desgaste anormal dos pneus. São eles: manutenção inadequada dos veículos; condições ruins e perfis das estradas; modo de dirigir imprudente e tipo de segmento do transporte, que pode influenciar na performance do pneu. “Realizar o rodízio entre o jogo dianteiro e traseiro e o alinhamento e balanceamento do veículo a cada 10 mil quilômetros roda-dos são medidas que evitam a sobrecarga e garantem um desgaste mais uniforme dos pneus. O excesso de peso no veículo também pode provocar o desgaste prematuro dos pneus”, explica o mecânico Júlio Dias. Mas tão importante quanto adotar essas medidas é aderir à chamada direção defensiva, aquela em que você evita freadas bruscas, man-tém uma boa distância para o veículo à sua frente e respeita a indicação de velocidade da pista.
Segundo Iranelson, o desgaste irregular do pneu faz com
que o condutor perca o controle do veículo. “Estar seguro de que o pneu não está careca é fundamental ao dirigir. Um pneu careca e com baixa profundidade dos sulcos favorece a ocorrência da aquaplanagem. Os pneus não conseguem drenar de forma eficiente e sobem na camada de água, cau-sando acidentes”, explica. Conforme Iranelson, o condutor precisa estar atento, pois em algumas situações o desgaste do pneu não é visível. “É preciso avaliar a profundidade do sulco do pneu, o limite de segurança de 1,6 mm de profun-didade. Em muitos casos, o pneu pode estar careca, embo-ra os sulcos ainda sejam visíveis.” O empresário aproveita para alertar sobre a importância de um carro equipado com pneus desgastados manter uma distância de segurança do veículo à frente ainda maior que a sugerida. “A 120 km/h, um pneu usado, com um sulco de 2,5 mm, precisa de uma distância 50% maior do que um pneu novo ou reformado. Saber o momento certo de reformar ou trocar o pneu é muito fácil e prático.”
O risco dos pneus não está apenas no desgaste e na lisura da banda de rodagem, mas, especialmente, nos remendos aos quais recorrem os motoristas na tentativa de poster-gar a compra dos pneus novos ou mesmo a reforma. São os casos da frisagem e da peruca. “Esses tipos de consertos representam uma economia imediata que não valerá a pena posteriormente, uma vez que terão de ser substituídos mais
Fonte: PRF
17PNEUS&CIAnovembro/dezembro [email protected] • www.sindipneus.com.br
MATÉRIA DE CAPA
cedo ou mais tarde. É o famo-so barato que sai caro”, afirma o caminhoneiro Sérgio Fonseca. Para Diego Brandão, da PRF, “o pneu recondicionado pela técnica de frisagem não atende às especificações estabelecidas inicialmente por especialistas, gerando perda de resistência e risco de estouro e, claro, com as consequências que isso pode gerar: instabilidade do veículo em movimento e possibilidades de acidente”. A frisagem é o ato de criar novos sulcos em pneus usados, para ampliar a sua vida útil. A peruca, por sua vez, consiste na reposição apenas da banda de rodagem em um pneu já sem nenhuma condição de uso, com as laterais completamente desgasta-das. Em outras palavras, a peruca nada mais é que a ma-quiagem feita no pneu para que a lisura passe despercebida. Alguns pneus para caminhões e ônibus são concebidos de maneira a oferecer a possibilidade de ressulcagem. Nas lat-erais desses pneus são gravadas as palavras “ressulcável” ou “regroovable”. Nesses pneus é possível o aprofundamento dos sulcos originais, o que propicia uma maior quilometr-agem, além de melhorar o nível de aderência do pneu usa-do. Essa operação só pode ser efetuada por um profissional apto a seguir rigorosamente as orientações do fabricante do pneu.
Projeto TWI
Em 2009, o Sindipneus lançou o projeto de TWI para ca-pacitar inspetores e agentes de trânsito para a correta fis-calização dos pneus nas rodovias estaduais e federais. Ao todo, cerca de 2 mil pessoas foram capacitadas em diversos órgãos, como a Polícia Rodoviária Estadual, Polícia Militar de Minas Gerais, Transbetim, Transcon, BHTrans e Depar-tamento de Estradas de Rodagem (DER). Na opinião do engenheiro mecânico Vanderlei Carvalho, é necessária uma maior orientação aos agentes de trânsito para que eles fis-calizem o indicador. “Mais do que aplicar as multas, os fis-
cais devem vistoriar todo o carro e ainda conscien-tizar os motoristas sobre os riscos de circular com os pneus carecas.”
No último mês de abril, ocorreu uma nova pa lestra voltada para os vistoriadores da Em-presa de Transporte e Trânsito de Belo Hori-
zonte (BHTrans), com foco na reforma de pneus e no Tread Wear Indicator (TWI). O palestrante Aricelso Ampese, ge-rente de frotas e negócio da Vipal Borrachas, explicou a dif-erença entre os diferentes tipos de processos de reforma de um pneu, enfatizou a obrigatoriedade do selo Inmetro nos pneus reformados e aproveitou para tirar as dúvidas dos participantes relacionadas às adequadas condições de uso dos pneus, sejam eles novos ou reformados. “O preconceito existente com relação à reforma, nada mais é que a falta de informação das pessoas. O processo, quando feito por empresas sérias e credenciadas junto ao Inmetro, é 100% seguro. É responsabilidade do Sindipneus, enquanto enti-dade patronal representante do setor, disseminar o máximo possível de conhecimento acerca desta atividade”, explica a executiva do Sindipneus, Nilcélia Fonseca.
O objetivo é que novas turmas sejam ministradas no próx-imo ano. “Dependemos de recursos para dar continuidade ao projeto”, explica o presidente do Sindipneus, Paulo Bi-tarães. Em países desenvolvidos, como Estados Unidos e Itália, a fiscalização dos pneus carecas se dá de maneira mais eficaz, com aplicação de multas e penas ríspidas. So-ma-se a esse ponto o fato de as estradas no Brasil serem malconservadas, com buracos e rachaduras. “Justamente por nossas estradas serem inferiores em termos de quali-dade é que precisamos de uma fiscalização mais eficiente dos pneus carecas, que continuam matando, todos os dias, centenas de pessoas nas rodovias”, finaliza Bitarães.
“Uma das recomendações mais importantes antes de deslocamentos com o veículo é a verificação periódica do indicador de des-
gaste da rodagem, o TWI. Existente em todo pneu, o índice mostra com eficácia o mo-
mento correto para efetuar a troca, reduzin-do o risco de rodar com o pneu careca”
18 PNEUS&CIA novembro/dezembro 2018 [email protected] • www.sindipneus.com.br
PNEUS E FROTAS
Em uma das minhas primeiras colaborações para a Pneus & Cia., lá pelos idos de 2008, tratei da qualifi-cação do borracheiro, função de grande importância para quem depende de transporte. De lá para cá, nada mudou. Hoje, assim como naquela ocasião, as entidades que promovem a qualificação e formação profissional, como SESI e SENAI, não têm cursos para borracheiro.
Quem os tinha, como SENAT e fabricantes de materiais para conserto de pneus, desativaram as atividades vol-tadas a isso.
Resta a quem queira ingressar no setor aprender sozinho ou com alguém que já atue na área e, nesse caso, o risco é aprender a fazer errado.
Colaboram para a desordem vendedores que não in-formam corretamente sobre cada reparo: as diferenças entre os vários tipos, para que servem, como devem ser usados, quais os riscos do uso incorreto. E muitos nem têm conhecimento suficiente sobre o que vendem, só consultam uma brevíssima descrição e, principalmente, uma tabela de preços.
O borracheiro, sem ter a orientação correta, aplica o conserto errado, ou o faz de forma errada. E como o cliente também não sabe a diferença, fica tudo por isso mesmo. Ainda que, nas embalagens originais, os fabri-cantes coloquem informações, alguns mais detalhados e outros menos, quem as lê?
Aliás, um hábito nacional. Compra-se uma TV nova e joga-se fora o manual junto com a embalagem, para de-pois ficar brigando com o controle remoto.
Reparar danos em pneus requer técnica específica, fer-ramentas adequadas e material correto, mas vou me ater aqui apenas aos materiais.
Um dos mais “populares” no reparo de furos de prego, vulgarmente chamado de “macarrão”, é um conserto apenas provisório, temporário. Colocar esse material no pneu e achar que o problema está resolvido é, na ver-dade, criar mais problemas.
Consertos corretos são sempre feitos na parte interna do pneu, e não de fora para dentro, como é o “macar-rão”. Internamente a pressão é muito grande, o ar irá penetrar pelo furo e se infiltrar pela estrutura do pneu, podendo provocar separação entre as camadas. Ao sofrer um impacto com pedras, buracos, emendas de pontes ou choque com o meio-fio, ocorre um descolamento (que muitos chamam, incor-retamente, de deslocamento), estando a um passo de um estouro.
Sendo provisório, o melhor a fazer é, na primeira opor-tunidade, desmontar o pneu, cortar o exces-so do “macarrão” na parte interna bem rente à superfície e aplicar o reparo correto. Juntos, o “macarrão” impede a en-trada de água de fora para
dentro, e o reparo im-pede a saída de ar.
Outro detalhe: para consertos feitos a quente a cola é preta, uma solução de borracha. Para consertos a frio, a cola
CONSERTO ERRADO, PROBLEMA NA CERTA
“Consertos corretos são sempre feitos na parte interna do pneu, e não de fora para
dentro, como é o ‘macarrão’. Internamente a pressão é muito grande, o ar irá penetrar
pelo furo e se infiltrar pela estrutura do pneu, podendo provocar separação entre as
camadas”
PNEUS E FROTAS
correta é branca. Usar con-serto a frio com cola preta não resolve: ou se aplica calor ou vai soltar em pou-co tempo.
Um reparo para câmara de ar é fabricado com um composto de borracha mais flexível, e por motivos óbvios. Após sua aplicação é preciso que tenha a mes-ma elasticidade da câmara de ar e acompanhe a ex-pansão dela ao ser inflada.
Já um reparo para pneu sem câmara é menos flexível por ter um reforço
interno que garante resistên-cia aos movimentos da
carcaça durante a rodagem. Embora
tenham a mes-ma função –
vedar o
furo e impedir a perda de ar – o comportamento é diferente em razão do ele-mento em que é aplicado.
Especificamente para câmaras de ar há reparos redondos e ovais. Os pri-meiros são para furos; e os últimos, para consertar cortes que, neste caso, de-mandam uma preparação específica do local em que serão aplicados.
Para os pneus sem câmara, há reparos do tipo “plug”, também aplicados de dentro para fora e que, em um úni-co elemento, fazem o mesmo que a dupla “macarrão” e reparo. Eles impedem a saída de ar, a infiltração entre as camadas e impossibilitam que a água contamine de fora para dentro.
Danos de maiores dimensões requerem a aplicação de um manchão, e a diferença está na construção do pneu a ser reparado. Manchões para pneus radiais têm o forma-to de um retângulo, para pneus diagonais assemelham-se a um “X”. Não raro encontramos manchões diagonais aplicados em pneus radiais. Além da desinformação, há outro fator que leva ao uso incorreto: o preço mais baixo.
Antes de tudo é preciso saber que a principal função de um manchão é repor a resistência perdida pela carcaça no local em que houve o dano, e a diferença nos formatos existe em razão da construção dos pneus.
Os manchões possuem internamente lonas, posicionadas no mesmo sentido daquelas que compõem a estrutura do pneu. Ao ser aplicado no pneu errado, não será capaz de fazer o pretendido reforço.
Cabe àqueles que vendem reparos orientar corretamente sobre a aplicação de cada item comercializado. E, aos fabricantes, promover a qualificação dos que atuam em sua rede de distribuição, pois há, aqui, a corresponsabi-lidade. Ambos respondem pela correta utilização do que fabricam e vendem.
Pércio SchneiderEspecialista em pneus da Pró-Sul
e-mail: [email protected]
20 PNEUS&CIA novembro/dezembro 2018 [email protected] • www.sindipneus.com.br
Fundada em 1995, a VMC, com sede em Belo Horizonte, oferece uma linha completa em equipamentos, ferramentas e acessórios para pneus. Em entrevista à Pneus & Cia, o proprietário da empresa, senhor José Vitalino, contou sua trajetória no mercado e falou sobre o que considera serem
os principais desafios dos empresários do setor. Na opinião de Vitalino, que desde a década de 1980 se dedica ao mer-cado de pneumáticos, muitas são as transformações tec-nológicas nos dias de hoje e é preciso que os empresários consigam acompanhar esse avanço do mercado, caso con-
CONEXÃO
DE VENDEDOR DE LUBRIFICANTES A EMPRESÁRIO
Empreendedor do setor de pneumáticos desde 1995, Sr. Vitalino, proprietário da VMC, conta
toda a sua trajetória no mercado e comenta o que falta para as empresas do segmento se
desenvolverem ainda mais
Foto: arquivo VMC
O proprietário da VMC, sr. José Vitalino
21PNEUS&CIAnovembro/dezembro [email protected] • www.sindipneus.com.br
CONEXÃO
“Acredito que o principal desafio dos forne-cedores seja desenvolver novas tecnologias
com qualidade e preço, além de acompanhar a evolução do mercado, contribuindo para uma produção mais sustentável, que se faz
necessária nos dias de hoje”
trário, ficarão para trás.
Para o empresário, o caminho para o reconhe-cimento de uma empresa no mercado é longo, mas totalmente possível para as organizações sérias e de tradição. “Por isso, a VMC se dedica obstina-damente na qualificação de sua equipe, no aten-dimento e fidelização de seus clientes, acreditan-do que, desta maneira, podemos continuar sendo uma referência no mercado nacional”, enfatizou.
Confira a entrevista completa!
Pneus & Cia.: Qual é a sua trajetória no segmento de pneumáticos?
Comecei minha trajetória numa empresa em Vila Vel-ha (ES), como vendedor de lubrificantes na empresa DX Petróleos S/A. Anos depois, a empresa resolveu acrescen-tar um mix de materiais para borracharia, achei tão in-teressante que, tempo depois, deixei a empresa e come-cei a trabalhar por conta própria. Buscava mercadoria em São Paulo e vendia de porta em porta para as borracharias da cidade. Nos anos 80, resolvi abrir uma pequena em-presa em sociedade. No início, ia muito bem, mas, com o passar do tempo, acabamos nos desentendendo e deixei a empresa. Foi quando nasceu a VMC. Já tinha um conhe-cimento e certa experiência, mas mesmo assim foi difícil recomeçar do zero. Vivemos muitas dificuldades e crises, mas superamos e estamos de pé até hoje. Abrimos uma filial no estado da Bahia e estamos depositando grande parte de nossas energias nela. Felizmente, conseguimos crescer também no mercado mineiro.
Pneus & Cia.: Como o senhor avalia o mercado atual de pneus novos?
O mercado atual merece uma atenção especial, pois acredito estar vivenciando uma das piores crises do país. Mas sempre acreditei e me lembro, ainda hoje, das pala-vras do meu ex-chefe, que dizia “na crise sabemos quem somos e podemos aproveitar para crescer”. O nosso mer-cado é amplo e possui empresas que estão importando para clientes exigentes em busca de qualidade e preço. Pude confirmar o cenário na feira Automechanika de que participei em Frankfurt, na Alemanha, em setembro deste ano.
Pneus & Cia.: E o de pneus reformados?
Vejo que a procura por esses pneus está crescendo, pois são mais baratos, além de serem ecologicamente cor-retos. Antigamente existiam poucas reformadoras, mas, através das viagens que faço pelo estado de Minas, estou percebendo que o número de empresas tem aumen-tado, melhorando custo e beneficio para o cliente e proporcionando vantagens ao meio ambiente.
Pneus & Cia.: Você acredita que 2018 tem sido um ano positivo para o setor de pneumáticos? Por quê?
O ano de 2018 foi bem produtivo, apesar de alguns setores terem sofrido uma queda, pois passamos por mudanças no cenário político e econômico. Acredito que o próximo ano será melhor para as empresas, com maior estabilidade para todos.
Pneus & Cia.: Que avaliação faz do cenário neste ano para os fornecedores de insumos, equipamentos, ferra-mentas e acessórios para a indústria de pneumáticos?
Este ano continuamos com nossos parceiros e fornece-dores, mantendo a excelência e buscando sempre o melhor resultado. Ao longo do ano, apresentamos novi-dades em ferramentas e equipamentos para o segmento. Nossa principal preocupação foi acompanhar as evoluções tecnológicas do mercado. Continuaremos atentos às mu-danças, que têm se tornado cada vez mais constantes.
Pneus & Cia.: E para o próximo ano?
Para o próximo ano, queremos dar continuidade às nossas parcerias. Mas sabemos que muita coisa pode mudar em função dos resultados das eleições.
Pneus & Cia.: Quais são os principais desafios para os fornecedores de equipamentos e insumos?
Acredito que seja desenvolver novas tecnologias com qualidade e preço, além de acompanhar a evolução do mercado, contribuindo para uma produção mais sustentável, que se faz necessária nos dias de hoje.
Pneus & Cia.: E quais os principais desafios das revendas de pneus?
Acho que as revendas deveriam oferecer preços melhores, mantendo a qualidade do produto que os consumidores exigem. Buscar fornecedores no exterior para competir
22 PNEUS&CIA novembro/dezembro 2018 [email protected] • www.sindipneus.com.br
CONEXÃO
no mercado atual é uma solução.
Pneus & Cia.: E para os reformadores de pneus?
Este mercado ainda está em desenvolvimento, acredite! É uma solução mais econômica com melhor opção para o cli-ente que busca preço, mas é preciso manter a quali-dade do serviço.
Pneus & Cia.: Já está comprovado que a reforma de pneus é uma atividade sustentável, mas muitos ainda resistem em reconhecer isso. O que falta para esta atividade ser mais valorizada?
As reformadoras de pneus devem fazer um trabalho de conscientização junto ao consumidor e órgãos governa-
mentais, garantindo a confi-abilidade do produto.
Pneus & Cia.: Que outros fatores poderiam contribuir para que o mercado de pneumáticos se desenvolvesse e avançasse mais ainda?
Além de muito trabalho e dedicação, dependemos de uma melhora na economia do país, com diminuição dos im-postos, tanto federais quanto
estaduais, para que possamos importar mais, vender muito e, assim, gerar mais empregos.
Pneus & Cia.: Qual é a importância do sindicato patronal para o setor?
O sindicato precisa focar em benefício das suas classes para garantir melhorias e conquistas para o setor.
“Este mercado de reforma de pneus ainda está em desenvolvimento, acredite!
É uma solução mais econômica com melhor opção para o cliente que busca preço, mas é
preciso manter a qualidade do serviço oferecido”
23PNEUS&CIAnovembro/dezembro [email protected] • www.sindipneus.com.br
24 PNEUS&CIA novembro/dezembro 2018 [email protected] • www.sindipneus.com.br
A indústria registrou, em 2017, aumento no seu nível de endividamento, passando de 122% do patrimônio líqui-do em 2016 para 131% do patrimônio líquido em 2017. Apesar deste aumento, o nível de endividamento encerra-do em 2017 pelo setor industrial ficou abaixo dos índices observados em 2014 e 2015, quando o setor, em proporção ao patrimônio líquido, exibiu níveis de endividamento de 141% e 134%, respectivamente.
Esses são os resultados apontados por estudo inédito da Serasa Experian, que avaliou mais de 300 mil balanços patrimoniais de 85 mil empresas para mensurar o desem-penho e a capacidade de recuperação da indústria nos úl-timos quatro anos (2014 a 2017). Os números desse setor correspondem a 30% do universo empresarial considerado para este levantamento, que se destaca como um dos mais completos e abrangentes do mercado, em termos de vol-ume da base de dados do período.
De acordo com o gerente de Inteligência de Crédito da Serasa Experian e autor do estudo, João Machado, a in-
dústria retomou em 2017 a busca por crédito mercantil e bancário para financiar o crescimento de sua atividade, fato que é corroborado pelos desempenhos positivos no ano passado tanto das vendas reais quanto da rentabilidade do setor industrial.
Evolução Real de Vendas e de Rentabilidade nas Vendas na Indústria
O levantamento conduzido pela Serasa mostrou sinais de melhora da indústria em 2017, que encerrou com variação positiva na Evolução Real de Vendas (5%) e de Rentabi-lidade das Vendas (3%). Esse resultado foi impulsionado pelo aumento da produção industrial, que se manteve em queda durante a crise de 2015/16, mas que registrou no ano passado o melhor desempenho desde 2010, de acordo com dados do IBGE. O índice de Evolução Real de Vendas em 2017 se destacou em relação ao observado em 2014 (2%) e se contrapôs à queda maior registrada no auge da crise, com reflexos no desempenho industrial de 2015 (-1%) e intensificada em 2016 (-7%).
ENDIVIDAMENTO DA INDÚSTRIA CRESCE 7% EM 2017, APONTA SERASA
SERVIÇOS
Expansão se deu num ambiente de crescimento das vendas e recuperação da rentabilidade
Fonte: Serasa Experian
Foto: divulgação
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26 PNEUS&CIA novembro/dezembro 2018 [email protected] • www.sindipneus.com.br
Foto: Arquivo
Além da realização de workshops para educadores e alunos, iniciativa contemplou a organização de áreas de recreação desenvolvidas com pneus inservíveis em instituições públicas de ensino
Com relação à Rentabilidade das Vendas (margem líquida), após a estagnação no patamar de 2% entre 2015 e 2016, ela voltou ao mesmo patamar de 3% observa-do em 2014. “A melhoria destes índices no ano passado guarda relação com o efeito das expressi-vas perdas nas vendas e a grande estagnação que afetaram a ativi-dade econômica do país nos dois anos anteriores. Este é o quadro que, de certa forma, continua a influenciar o atual ritmo da recu-peração da atividade industrial do país, ainda abaixo da expecta-tiva do mercado, e que tem per-durado no decorrer de 2018”, diz Machado.
Análises
Apesar da situação do endividamento médio das indústri-as não ser de todo desconfortável, a situação específica das indústrias que figuraram entre as 25% mais endividadas revelou um endividamento bastante excessivo de 489% do patrimônio líquido em 2017. Embora tenha ocorrido uma redução, comparada aos patamares de 2015 (603%) e 2016 (528%), isso significa que o montante financiado excede 4,8 vezes o capital próprio. Esse é um dado que preocupa, ao elevar o risco da incapacidade de essas empresas hon-rarem seus compromissos, caso a economia não reaja e as vendas não cresçam nos próximos meses.
“O crédito é o principal combustível que impulsiona a re-tomada do crescimento e o indicador de endividamento da indústria em 2017 aponta uma reação, frente aos anos de crise. No entanto, quando vemos um nível alto de comprometimento do patrimônio atrelado a uma alavan-cagem excessiva de financiamentos, o risco de não-paga-
mento se torna ainda mais preocupante, sobretudo no contex-to atual do mercado, em que a lentidão da recuperação da atividade econômi-ca prevalece face à aceleração mais do que necessária para gerar os retornos esperados”, ressalta Machado.
O estudo também se concentrou nos ex-tremos dos efeitos da recessão e dos níveis
de retomada de atividade. Para tanto, a metodologia per-mitiu identificar – além das médias dos indicadores – como performaram as empresas que figuraram entre as 25% com os maiores crescimentos e as maiores rentabi-lidades em vendas, e como se comportaram as companhi-as que estão entre as 25% que registraram as maiores re-trações de vendas e de lucratividade.
A partir dessa análise, foi possível verificar, entre as 25% que mais cresceram, um avanço de 18% na evolução de vendas bem acima da mediana de 5% do setor, em relação ao ano anterior. Entre as que mais sofreram quedas nas vendas, o decréscimo foi de -7%, em 2017, e de -20%, em 2016.
De acordo com os dados, as indústrias automotiva e extra-tiva contabilizaram as maiores perdas em 2016 – período no qual se destacaram os segmentos de alimentação e de papel e celulose. Já em 2017, a indústria automotiva reto-mou os resultados positivos e ficou em evidência, ao lado da de plásticos e borrachas.
“A melhoria destes índices no ano passado guarda relação com o efeito das expressivas
perdas nas vendas e a grande estagnação que afetaram a atividade econômica do país
nos dois anos anteriores. Este é o quadro que, de certa forma, continua a influenciar o atual ritmo da recuperação da atividade industrial do país, ainda abaixo da expec-
tativa do mercado, e que tem perdurado no decorrer de 2018”
SERVIÇOS
28 PNEUS&CIA novembro/dezembro 2018 [email protected] • www.sindipneus.com.br
VIVER BEM
Profissionais e corporações necessitam visitar com urgência um oftalmologista. Explico.
Há empresas que promovem campanhas nos meios universitários para recrutamento de estagiários trainees. Mas impõem tan-tos pré-requisitos a eles que acabam por não preencher as vagas. Formação “sólida” e em instituição de ensino de “primeira linha”; fluência em pelo menos dois idiomas; domínio em softwares de gestão; e, a pior das exigências, ex-periência anterior “desejável”.
Essas mesmas empresas não obser-vam no seio de seus próprios quadros a existência de uma legião de jovens que, relegados a cargos de auxiliar ou assistente, apresentam grande poten-cial, seja pelo espírito de liderança, pelo senso de iniciativa, pelas atitudes empreendedoras ou mesmo pela ne-cessidade. Porém, permanecem como pedras brutas que precisam ser lapi-dadas – mas talvez nunca serão.
Essas companhias, por força de sua incapacidade de enxergar em seus jo-vens colaboradores um futuro prom-issor, sofrem de miopia.
Analogamente, há empresas que, no embalo de modismos e recomendações de gurus, charla-tões e aproveitadores de toda ordem, resolvem promover reformas, re-estruturações e reengenharias. Neste processo, “descobrem” que certos colaboradores com idade superior a 40 anos estão velhos e ultrapassados, contribuindo para aquele estado de morbidez que assola os negócios – e que motivou a tal reformulação. Mais ainda, custam caro aos cofres, pois recebem remuneração equivalente
a dois ou três executivos em condições de tecnicamente exercer igual função. Decidem, então, aposentá-los, con-vidando-os a “enfrentar novos desafios para promover seu desenvolvimento pessoal”. Um bilhete azul, uma in-denização, uns meses adicionais de seguro-saúde. Assim, livram-se daqueles que lhes parecem ser um problema.
O que não se percebe é que o executivo demitido conhecia não apenas a empresa, mas seu mercado com maestria. O
MIOPIA E ASTIGMATISMO CORPORATIVOS
29PNEUS&CIAnovembro/dezembro [email protected] • www.sindipneus.com.br
Tom CoelhoEducador, escritor e palestrante
www.tomcoelho.com.br
VIVER BEM
MIOPIA E ASTIGMATISMO CORPORATIVOS
perfil dos consumidores, as armadilhas da concorrência. Vivência, experiência, maturidade. Tudo jogado ao vento que, talvez, polinizará os campos de seu maior rival.
Estas empresas, por força de seu pragmatismo inconse-quente ao esfacelar sua equipe, sofrem de astigmatismo.
Há os profissionais que não se conscientizam da necessi-dade de investir em suas carreiras, ampliando seus con-hecimentos, repertório e rede de contatos. Apostam na manutenção do status quo e acreditam que não correm risco de qualquer ordem. Sistemáticos, automatizados, fazem tudo do mesmo jeito há anos e continuam dando as mesmas velhas respostas mesmo para as novas perguntas. Velhas soluções para novos problemas. Por não terem visão de futuro, mas apenas visão de passado, sofrem de miopia.
Mas há também aqueles que nunca estão satisfeitos com seu ambiente de trabalho. Vivem em transição, buscando recorrentemente novas corporações. Não por conta de um desafio que irrompa triunfante, possibilitando-lhes colocar à prova expertise e habilidades acumuladas, mas tão so-mente por um punhado de moedas a mais. Não se compro-metem, não se envolvem, não apostam na viabilidade do empreendimento que gerenciam. Não desenham trilhas, não deixam marcas, não registram um legado. Por conta disso, sofrem de astigmatismo.
Há, ainda, outras versões de miopia e astigmatismo cor-porativo. Afinal, o que dizer de empresas que continuam a ofertar produtos e serviços para os quais simplesmente não há mais mercado? Calcados em um passado de glórias, recusam-se a aceitar novas tendências, novos hábitos de consumo, novos padrões de comportamento. São compan-
hias demissionárias, posto que demitidas por seus própri-os consumidores, que optaram por produtos substitutos, tecnologicamente mais avançados, ostentando maior prat-icidade, menor custo e eficiência superior. Derrotadas, buscam incansavelmente justificativas para seu retrocesso sem visualizar o elefante sentado na sala de reuniões. Der-rotadas e vencidas.
O mesmo aplica-se aos profissionais sem profissão, cu-jas atividades são objeto de estudo epistemológico de tão superadas pelo tempo. Kevin Kline, protagonizando o ar-quiteto George Monroe em “Tempo de Recomeçar”, retra-ta bem o estereótipo. Um exímio construtor de maquetes, edificando-as manualmente há 20 anos, vê sua atribuição sucumbir diante da agilidade tridimensional do computa-dor. Perde o emprego e, com ele, seu único pilar de suste-ntação.
Empresas que não valorizam profissionais, sejam eles jo-vens ou maduros. Profissionais que não buscam o auto-desenvolvimento ou que menosprezam os locais por onde passam. Companhias que não enxergam sua posição rela-tiva no mercado, ignorando o ambiente, a demanda e de-mais aspectos. Pessoas que não vislumbram oportunidades ou ameaças ao seu ofício.
Assim, a cegueira se instala no mundo corporativo.
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LEGENDA n REFORMADORA n REVENDEDORA ALFENAS
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BELO HORIZONTE
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n GARRA PNEUSPEDRO II - TEL.: (31) 3412-1505ALÍPIO DE MELO - TEL.: (31) 3474-4500BARRO PRETO - TEL.: (31) 3295-1208
n GV PNEUSPEDRO II - TEL.:(31) 3469-6000CRISTIANO MACHADO -(31) 3481-9477
n JAC PNEUS LTDA.JARDIM MONTANHÊS - (31) 3464-5553
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n MINAS PNEUS LTDA.CAIÇARA - TEL.: (31) 2103-4488GUTIERREZ - TEL.: (31) 3292-2929
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ALÍPIO DE MELO - TEL.: (31) 3311-7736 / 3311-7742AV. AMAZONAS - TEL.: (31) 3311-7772 / 3311-7774AV. DOS BANDEIRANTES - TEL.:(31) 3311-7765AV. NOSSA SENHORA DO CARMO.: (31) 3311-7720AV. PEDRO II - TEL.: (31) 3311-7732 / 3311-7733AV. PRESIDENTE CARLOS LUZ - TEL.: (31) 3311-7757AV. SINFRONIO BROCHADO - TEL.: (31) 3311-7780BURITIS - TEL.: (31) 3311-7766CIDADE NOVA - TEL.: (31) 3311-7713 / 3311-7714LOURDES - TEL.: (31) 3311-7770 / (31) 3311-7771MINAS SHOPPING - TEL.: (31) 3311-7760 / 3311-7761NOVA SUÍÇA - TEL.: (31) 3311-7740 / 3311-7741OURO PRETO - TEL.: (31) 3311-7712PRADO - TEL.: (31) 3311-7766RAJA GABAGLIA - TEL.: (31) 3311-7750 / 3311-7751SÃO FRANCISCO - TEL.: (31) 3311-7766/ 3311- 7767SÃO LUCAS - TEL.: (31) 3311-7783 / 3311-7784
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BARREIRO DE BAIXO – TEL.: (31) 3384-2030CALAFATE – TEL.: (31) 3371-1848ESTORIL – TEL.: (31) 3373-8344GAMELEIRA – TEL.: (31) 3386-4878/3384-1053LOURDES – TEL.: (31) 3214-2413SÃO LUCAS – TEL.: (31) 3225-7575
BETIM
n AD PNEUSJARDIM PIEMONT - TEL.: (31) 2125-9100
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CAPELINHA
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CARATINGA
n JR PNEUSAV. PRESIDENTE TANCREDO NEVES - TEL.: (33) 3321 3888
n n PNEUCARAV. PRESIDENTE TANCREDO NEVES - TEL.: (33) 3329-5555
CONSELHEIRO LAFAIETE
n RG PNEUSMELO VIANA - TEL.: (31) 3841-1176
CONGONHAS
n PNEUSOLABR 040- TEL.: (31) 3
CONTAGEM
n ARAÚJO PNEUS LTDA.JARDIM INDUSTRIAL - TEL.: (31) 3363-1840
n ELDORADO PNEUSELDORADO - TEL.: (31) 3395-3484
n n GIRO PNEUSVIA EXPRESSA- TEL.: (31) 2567-0062
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n GV PNEUSAVENIDA JOÃO CÉSAR - (31)33956377
n GAMA PNEUS & CIA.CEASA MG KENNEDY - TEL.: (31) 3329-3700GUANABARA - TEL.: (31) 3329-8000
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n MINAS PNEUS LTDA.CEASA - TEL.: (31) 3394-2559
n NG PNEUS LTDA.GUANABARA - TEL.: (31) 3394-2176
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n n RECAPAGEM SANTA HELENABERNARDO MONTEIRO - TEL.: (31) 3394-8869
n n RECAPE PNEUS LTDA.VILA PARIS - TEL.: (31) 3353-1765
n TOC PNEUSCINCÃO - TEL.: (31) 3391-9001
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CORONEL FABRICIANO
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DIVINÓPOLIS
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n PNEUSOLACENTRO - TEL.: (37) 3212-0777
n RECAMAX MÁXIMA LTDA.RANCHO ALEGRE - TEL.: (37) 3216-2000
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FORMIGA
n AD PNEUSMANGABEIRAS - TEL.: (37) 3322-1441
n RENOVADORA SEGURANÇA LTDA.VILA SOUZA E SILVA - TEL.: (37) 3322-1239
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GOVERNADOR VALADARES
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IGARAPÉ
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IPATINGA
n RG PNEUSIGUAÇU - TEL.: (31) 3824-2244
ITABIRA
n RG PNEUSCENTRO - TEL.: (31) 3831-5055
ITABIRITO
n JGX RECAPAGEM DE PNEUS LTDA.
BAIRRO LOURDES - TEL.: (31) 3561-7272
ITAMARANDIBA
n BODÃO PNEUS E REFORMAS LTDA.SÃO GERALDO – TEL.: (38) 3521-1185
ITAÚNA
n REFORMADORA PNEUMAXVILA SANTA MÔNICA - TEL.: (37) 3073-1911
ITAÚ DE MINAS
n ITAÚ CAP DISTRITO INDUSTRIAL- TEL.: (35) 3536-2328
JOÃO MOLEVADE
n RG PNEUSCARNEIRINHOS - TEL.: (31) 3851-2033
n RG PNEUSBELMONTE - TEL.: (31) 3852-6121
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JUIZ DE FORA
n CURINGA DOS PNEUSPOÇO RICO - TEL.: (32) 3215-4547/3215-0029
n n PNEUSOLAAV.BRASIL - TEL.: (32) 3216-3419 / 3231-6677AV. JUSCELINO KUBTSCHECK - TEL.: (32) 3225-5741INDEPENDÊNCIA SHOPPING - TEL.: (32) 3236-2777 / 3236-2094
n RECABOM PNEUSMARIANO PROCÓPIO - TEL.: (32) 3212-2410
n RG PNEUSFRANCISCO BERNADINO - TEL.: (32) 3221-3372
n RT JUIZ DE FORA REFORMA DE PNEUS LTDA.DISTRITO INDUSTRIAL - TEL.: (32) 2102-5004
LAMBARI
n HD RECAUCHUTAGEM DE PNEUSBR 460 KM 11,5 S/N- TEL.: (35) 3417-0010
LUZ
n RECAPAGEM ALEX LTDA.NSA. SRA. APARECIDA - TEL.: (37) 3421-3042
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MARIANA
n COMERCIAL SÃO PAULO DE PNEUS LTDA.VILA DO CARMO - TEL.: (31) 3557-2108
MATIAS BARBOSA
n PNEUSOLA RECAPAGEM LTDA.CENTRO EMPRESARIAL - TEL.: (32) 3273-8622
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MONTES CLAROS
n n PNEUSOLACENTRO - TEL.: (38) 3221-6070ESPLANADA - TEL.: (38) 3215-7874 / 3215-7874
n n RECAPAGEM SANTA HELENACENTRO - TEL.: (38) 3213-9803CENTRO ATAC. REGINA PERES - TEL.: (38) 3213-2220JD. PALMEIRAS - TEL.: (38) 3213-1940RUA SETE - TEL.: (38) 3213-2220
MURIAÉ
n PAES PNEUSRUA PROJETADA - TEL.: (32) 3722 5509
n RECABOM PNEUSUNIVERSITÁRIO - TEL.: (32) 3722-4042
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NANUQUE
n CACIQUE PNEUS LTDA.CENTRO - TEL.: (33) 3621-4924
NOVA LIMA
n ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO OFICIALCENTRO - TEL.: (31) 3541-3364
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OURO PRETO
n COMERCIAL SÃO PAULO DE PNEUS LTDA
LAGOA - TEL.: (31) 3551-2200
PARÁ DE MINAS
n AUTO RECAPAGEM AVENIDA LTDA.CENTRO - TEL.: (37) 3231-5270 PASSOS
n PASSOS RECAP LTDA.JARDIM ITÁLIA - TEL.: (35) 3526-9240
PATOS DE MINAS
n AUTOPATOS PNEUS E RECAPAGEM LTDA.IPANEMA - TEL.: (34) 3818-1500
n RECALTO PNEUS LTDA.PLANALTO - TEL.: (34) 3823-7979
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PATROCÍNIO
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PITANGUI
n SUFER PNEUS E RECAPAGEM LTDA.CHAPADÃO - TEL.: (37) 3271-4444
POÇOS DE CALDAS
n POÇOS CAP LTDA.CAMPO DO SÉRGIO - TEL.: (35) 3713-1237
SABARÁ
n RECAPONTE PNEUSRODOVIA MG 5 - TEL.: (31) 3486-1966
SANTA LUZIA
n DURON RENOVADORA E COM. DE PNEUSDIST. IND. SIMÃO DA CUNHA - TEL.: (31) 3637-8688
n GAMA PNEUS & CIA.CENTRO – TEL.: (31) 3641-4700/2929
SÃO DOMINGOS DO PRATA
n RECAPAGEM PNEUS PRATA LTDA.BOA VISTA - TEL.: (31) 3856-1000
SÃO JOAQUIM DE BICAS
n RT BICAS REFORMA DE PNEUS LTDA.TEREZA CRISTINA - TEL.: (32) 3534-6065
SÃO LOURENÇO
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SETE LAGOAS
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TEÓFILO OTONI
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TIMÓTEO
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UBÁ
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GUIA DOS ASSOCIADOS
n RT UBERABA REFORMA DE PNEUS LTDA.JRD. MARACANA - TEL.: (34) 3316-1000
UBERLÂNDIA
n CONQUIXTA RECAPAGEM DE PNEUS LTDA.MINAS GERAIS - TEL.: (34) 3232-0505
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VARGINHA
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VIÇOSA
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VISCONDE DO RIO BRANCO
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PARCEIROS BELO HORIZONTE
CORRETORA JUBALSANTO AGOSTINHO- TEL.: (31) 3225-7001
GEBOR COMERCIAL LTDA. – ACESSÓRIOSPRADO - TEL.: (31) 3328-6979
VMC - TUDO PARA PNEUSCARLOS PRATES - TEL.: (31) 3464-8600
PONTO DO BORRACHEIRO - TUDO PARA BORRACHARIASELDORADO - TEL.: (31) 3391-1655