pobreza urbana em portugalcomo refere antónio de almeida santos, (apud aa.vv, 1997) “até...
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Fontes de Informação Sociológica
Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra
Pobreza Urbana em Portugal
Ana Patrícia Lopes N.º 20052276
Coimbra, 28 de Dezembro de 2006
Fontes de Informação Sociológica
Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra
Pobreza Urbana em Portugal
Trabalho realizado no âmbito da cadeira de Fontes de Informação Sociológica, do primeiro ano do curso de Sociologia leccionada pelo Doutor Paulo Peixoto. Autora do trabalho: Ana Patrícia Lopes, aluna n.º 20052276 em Dezembro de 2006. Imagens da capa retiradas de: http://www.google.pt/
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Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra
Índice
1. Introdução...........................................................................................1
2. Estado das Artes.................................................................................2
2.1. Definição do conceito de Pobreza............................................4
2.2. Causas e consequências da Pobreza.........................................6
2.3. Erradicação da Pobreza............................................................8
3. Descrição detalhada do processo de pesquisa das fontes...................9
4. Ficha de leitura.................................................................................11
5. Avaliação de uma página da Internet...............................................14
6. Conclusão.........................................................................................16
7. Referências bibliográficas................................................................18
Anexo I
“Pobreza: um paradoxo nas sociedades industrializadas”, capítulo da
obra Dinâmica de Pobreza e Eficácia do Sistema de Solidariedade e
Segurança Social – Uma Aplicação a Portugal de Francisco José
Duarte Nunes
Anexo II Página do Programa Operacional Emprego Formação e Desenvolvimento Social
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Introdução
A pobreza urbana é um problema cada vez mais presente nas nossas
sociedades, e esta tem ganho grandes dimensões uma vez que, não pára de
aumentar e a tendência é cada vez mais para se alastrar. Esta é a razão pela
qual este tema é cada vez mais actual e merecedor da nossa preocupação.
De entre as diversas áreas que se poderia abordar, pois o tema da pobreza é
bastante abrangente, optei pela realização do trabalho em três sub-temas no
Estado das Artes.
São eles: “Definição do conceito de Pobreza”; “Causas e consequências da
pobreza”; “Erradicação da pobreza”.
Ao escolher estes sub-temas pretendi criar uma “linha” de pensamento,
uma vez que, primeiro defini pobreza, o que é a pobreza; depois apresento
algumas das suas causas e consequências; e por fim, o que pode ser feito
para a eliminar.
Seguidamente, é feita a descrição detalhada do processo de pesquisa das
fontes, uma ficha de leitura e a avaliação de uma página da Internet.
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Estado das Artes Multiplicam-se perante nós as imagens de sofrimento de homens, mulheres
e crianças mergulhados em situações de pobreza extrema.
A pobreza e a exclusão são situações sociais de degradação da vida dos
cidadãos e de grupos de pessoas. A persistência destes fenómenos é um dos
problemas mais sérios que afecta o desenvolvimento Humano nos nossos
dias.
Quando milhões de crianças vivem em situação de fome, sem a
possibilidade de aceder aos cuidados de saúde mais primários e à educação
básica, é toda a evolução da humanidade que está em causa.
Quando a esperança média de vida permanece em níveis extremamente
baixos, temos de nos questionar sobre a organização económica e social.
Não podemos ficar indiferentes ao facto de uma grande parte da população
humana permanecer afastada dos frutos do progresso e do desenvolvimento
económico.
Independentemente da forma de caracterizar o fenómeno da pobreza, este
apresenta uma tendência para se tornar cada vez mais frequente nas nossas
sociedades e por isso é urgente lutar contra a pobreza, este flagelo que
atinge cerca de dois terços da Humanidade.
A pobreza é um problema que atinge os seres humanos na sua
generalidade: homens, mulheres, crianças...
Não podemos ignorar que existem entre nós situações de carência e de
exclusão, valores recentes falam-nos de taxas de pobreza em Portugal que
rondam os 20 % da população e da existência de 4 % de famílias em
situação de muita pobreza. (Organização Internacional do Trabalho, 2003)
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Assim, considero que a pobreza é um assunto de interesse sociológico, uma
vez que é um fenómeno crescente em todo o mundo dito desenvolvido, não
sendo Portugal uma excepção. A erradicação da pobreza e da exclusão
social é actualmente considerada uma das maiores preocupações da
sociedade contemporânea. É necessário o seu estudo para melhor a
compreendermos e assim, a conseguirmos eliminar, para isso é
imprescindível que a sociedade ganhe consciência da dimensão do
problema que é a pobreza e que esta deixe de ser ignorada.
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Definição do Conceito de Pobreza Para definir o conceito de Pobreza, é necessário compreender que esta pode
ser entendida de vários sentidos. A definição de Pobreza não é algo
consensual e por isso é difícil apresentar uma definição concreta.
Como refere Francisco José Duarte Nunes, “Porque o fenómeno da pobreza
é multidimensional e porque a conciliação analítica das várias perspectivas
é uma tarefa complexa e, ainda assim, incompleta.” (2004:17)
A pobreza pode ser analisada segundo a carência material, que envolve as
necessidades básicas da vida quotidiana como por exemplo a alimentação,
vestuário, cuidados de saúde e alojamento. Assim, quando a pobreza tem
este sentido pode ser entendida como a carência de bens e de serviços
essenciais.
Numa outra dimensão, a pobreza pode também ser definida através da
carência social como a incapacidade de participar na sociedade, sendo esta
provocada pela exclusão social. Esta forma de pobreza, proveniente da
exclusão social inclui a educação e a informação.
Para as organizações internacionais que consideram o problema da pobreza
mais do que simples economia, as relações sociais são elementos
importantes para compreender a pobreza.
A falta de recursos económicos é a forma de pobreza mais usual e pode ser
considerada a base de todas as outras. Esta “...corresponde à perspectiva de
definir a pobreza como a situação de privação resultante da insuficiência de
recursos económicos para satisfazer necessidades.” (Ferreira apud Nunes,
2004: 17)
As medições do nível económico da carência de rendimentos, são baseadas
em níveis de suficiência de recursos ou em rendimento relativo.
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Numa perspectiva menos imediata, a pobreza pode também ser vista no
sentido de carência energética, falta de auto-estima e de energia para
superar os paradigmas.
É a falta de força de vontade para mudar e aceitar a sua condição de
pobreza como se fosse algo que não pode ser mudado.
Como refere António de Almeida Santos, (apud AA.VV, 1997) “Até
recentemente, a pobreza foi considerada como um facto inelutável, incluído
na ordem natural das coisas. Cristo havia dito: pobres sempre os haverá.”
Em geral, quando uma pessoa se encontra em situação de pobreza, esta
engloba todas as definições que apresentei anteriormente, sendo uns
complementos de outras. Assim, “A pobreza em Portugal é, como em todo o mundo, uma realidade
multifacetada.” (AA.VV, 1997: 8) e por isso necessita de uma intervenção
em diversos domínios.
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Causa e Consequências da Pobreza
Cerca de sessenta milhões de pessoas encontram-se em pobreza na União
Europeia, estes possuem rendimentos bastante inferiores a metade da média
global do resto dos cidadãos do seu país.
Numa sociedade onde o desenvolvimento tecnológico e científico, em
diversas áreas não pára de aumentar; onde nunca antes existiu tanto a
cultura do conforto e do bem-estar; onde uma economia capitalista
desenvolvida dinamiza mercados, como é que a pobreza ainda existe?
Como é que ela não pára de aumentar?
Com o virar dos séculos, as sociedades mudaram completamente as antigas
formas de vida humana e criaram um estilo de vida dito moderno, onde a
pobreza persistiu.
Infelizmente, o crescimento económico não garante o bem-estar, por vezes
ele próprio aumenta a pobreza e contribui para a exclusão.
Como salienta Francisco José Duarte Nunes,
“O notável processo de desenvolvimento e crescimento económico dos países industrializados tem produzido, como subproduto de deficiências estruturais inscritas nos próprios sistemas económicos, bolsas de pobreza com uma dimensão preocupantemente visível no curto-prazo.” (2004: 1)
Por isso, assistimos cada vez mais no mundo economicamente
desenvolvido a emergência de novos fenómenos de pobreza e exclusão
social.
“...é hoje conclusão assente que o crescimento da riqueza, só por si, não faz
diminuir, antes acrescenta, o número de pobres.” (AA.VV, 1997: 26)
Com as profundas transformações no mundo de hoje, em grande parte
devido ao progresso tecnológico, o sistema actual é baseado na exploração
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do Homem e na procura exclusiva do lucro. A sociedade actual é dualista e
competitivamente feroz, sendo por isso cada vez menos integradora.
Também o “...processo de globalização, que poderia ter contribuído – e
poderá ainda vir a contribuir – para uma real diminuição da pobreza,
agravou claramente as assimetrias que já existiam e criou outras.” (AA.VV,
1997: 36)
Sendo difícil enumerar todas as causas possíveis que geram a pobreza (uma
vez que está dependente de inúmeros factores), ficam mencionados apenas
alguns pontos principais. Muitas das consequências geradas pela pobreza, são também causas da
mesma, ciando um ciclo de pobreza. Algumas delas são:
Desemprego; habitação degradada; fome; analfabetismo; ausência de
qualificação profissional; doenças; Depressão; violência; tráfico e consumo
de drogas e álcool; mendicidade; sem-abrigo; prostituição.
Segundo António de Almeida Santos, ( apud AA.VV, 1997)
“Só quem viver alheado da razão de ser das coisas é que não estabelece uma decisiva ligação causal entre a pobreza e o crime; entre a pobreza e a insegurança; entre a pobreza e a ignorância; entre a pobreza e o consumo de drogas; entre a pobreza e a rebelião social inominada.” (1997: 26)
.
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Erradicação da pobreza “Cerca de 25 milhões de pessoas vivem, na União Europeia, em situação de
pobreza persistente.” (Nunes, 2004: 30)
É obrigação de todos participarmos de forma empenhada na luta contra a
pobreza, no sentido de a limitar o mais possível. Com a consciência dos
fenómenos de pobreza e exclusão social, a procura de solução para os
mesmos têm mobilizado gerações de homens e mulheres para o sentido da
solidariedade e da humanidade.
Actualmente têm-se unido esforços pelo combate à pobreza e exclusão
social através de projectos organizados pelos governos, visto que é um
assunto cada vez mais lembrado nas agendas dos governantes. Foi através
desta preocupação pelo fenómeno da pobreza que foi nomeado o dia
dezassete de Outubro como o «Dia Internacional para erradicação da
pobreza» e foi considerado pelas Nações Unidas 1997 / 2006 como a
primeira década para a eliminação da pobreza.
A pobreza é uma forma de exclusão social. O combate à pobreza e
exclusão deve resultar de uma acção concertada entre o Estado e a
sociedade civil, que pressupõem não só a participação das entidades
públicas mas também das comunidades locais.
“Não temos ilusões de que a erradicação da pobreza possa ser definitivamente possível e muito menos de um dia para o outro. Será uma luta de minuto a minuto, de conquista palmo-a-palmo, por vezes desanimando-nos por a acharmos inglória.” (AA.VV, 1997: 32)
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Descrição detalhada da pesquisa Para dar início ao processo de pesquisa para a realização deste trabalho foi
necessário primeiro escolher o tema. Optei por Pobreza Urbana em
Portugal porque este tema despertou o meu interesse. Definido o tema do
meu trabalho, o próximo “passo” que dei foi decidir o local onde ia
começar a pesquisar.
A minha pesquisa teve início na biblioteca da Faculdade de Economia da
Universidade de Coimbra (e foi nela que se centrou essencialmente, devido
também ao facto da fácil acessibilidade).
As palavras-chave que utilizei na minha pesquisa foram: “pobreza”;
“pobreza urbana”; “Portugal” e por vezes “exclusão social”. Utilizei estas
palavras-chave individualmente e também com operadores booleanos.
Apesar de optar por uma pesquisa focada principalmente nos livros, de
modo a melhor analisar o tema de forma teórica (que era o meu principal
objectivo) utilizei também a Internet, recurso que foi essencial no
desenvolvimento da minha pesquisa. Quanto a revistas científicas,
consultei alguns volumes da revista Sociedade e Trabalho que se encontra
na biblioteca da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra mas,
no desenvolvimento do meu trabalho não achei a sua informação relevante.
Iniciei a consulta no catálogo da biblioteca da FEUC com a pesquisa
simples e encontrei alguns livros interessantes para o meu tema, dos quais
destaquei alguns que acabei por utilizar na realização do meu trabalho e
exclui os que considerei desactualizados, ou que não tinham assunto que eu
considerava necessário.
No entanto, percebi que necessitava de mais informação específica do tema
do meu trabalho.
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Recorri então à pesquisa avançada e ai obtive registos essenciais, dos quais
o livro de onde retirei o capítulo para analisar na ficha de leitura: Dinâmica
de Pobreza e Eficácia do Sistema de Solidariedade e Segurança Social –
Uma Aplicação a Portugal, de Francisco José Duarte Nunes (2004), obtive
também alguns livros estrangeiros e outros que já estavam incluídos nas
pesquisas anteriores. Seleccionei apenas os que me pareceram mais úteis
para a elaboração do trabalho.
Na Internet, os motores de busca que utilizei na pesquisa foram o Google, o
Altavista e o wikipedia. A pesquisa na Internet foi um processo demorado,
uma vez que comecei pela pesquisa simples e deparei-me com a existência
do ruído habitual que se encontra na Internet, então logo me apercebi que
necessitava de recorrer à pesquisa avançada e assim consegui diminuir
significativamente o ruído.
Esta pesquisa foi demorada também porque como não tenho Internet em
casa, tive de guardar as páginas que me pareceram interessantes para
analisar melhor depois.
Sendo este tema bastante abordado actualmente, existe a repetição de muita
informação, o que contribuiu para que o meu trabalho não tenha um
número elevado de fontes e estas não serem muito diversificadas mas
escolhi apenas as fontes que achei realmente relevantes.
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Ficha de Leitura Título da publicação: Dinâmica de Pobreza e Eficácia do Sistema de Solidariedade e Segurança Social – Uma Aplicação a Portugal Autor: Francisco José Duarte Nunes Local onde se encontra: Biblioteca da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra Data da publicação: Maio de 2004 Local de edição: Lisboa Editora: Universidade Técnica de Lisboa , Instituto Superior de Economia e Gestão Título do capítulo: Pobreza: Um Paradoxo nas Sociedades Industrializadas Cota: 304 NUN Número de páginas do capítulo: 37 páginas (17 – 53) Número de páginas da obra: 526 páginas Assunto: Neste capítulo são abordados alguns aspectos relevantes para uma ilustração da dimensão do problema social da pobreza nas sociedades industrializadas, tais como: a política social, a segurança social, a exclusão social e a pobreza em Portugal. Tem como referência principal o espaço Europeu e em particular Portugal. Palavras – chave: Pobreza; Sistema de segurança social; Exclusão social; Solidariedade; Crescimento económico e Portugal Data de leitura: 19 de Dezembro de 2006 Área científica: Economia Observações: A obra encontra-se dividida em três partes: Parte I – O combate à pobreza e a eficácia da função redistributiva do sistema de segurança social - aspectos teóricos e de enquadramento; Parte II – Conceitos relevantes e aspectos metodológicos; Parte III – Dinâmica de pobreza e segurança social em Portugal.
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Os nove capítulos que se encontram nesta tese estão inseridos numa determinada parte (os capítulos 2, 3 e 4 pertencem à primeira parte; os capítulos 5 e 6 pertencem à segunda parte; os capítulos, 8 e 9 pertencem à terceira parte; o capítulo 1 é o único que não pertence a nenhuma parte e é a introdução), e cada capítulo contém diversos temas. A obra é uma tese de doutoramento em Economia pelo Instituto Superior de Economia e Gestão. Resumo: Neste capítulo são traçados diversos perfis de persistência da pobreza através de um enquadramento teórico das principais causas desta, de modo a construir uma tipologia de pobreza. Tem como principal objectivo a análise do papel da segurança social na questão da pobreza por isso apresenta diversos domínios onde o sistema de segurança social actua e qual é a sua influência no problema da pobreza. Faz também um cruzamento de ideias entre o crescimento económico e o sistema de redistribuição dos rendimentos na segurança social. É feita uma análise profunda ao sistema económico em que Portugal se encontra. Nota: Pelo facto do capítulo ser muito extenso (37 páginas), optei por fazer um resumo do assunto em geral em vez de analisar pormenorizadamente cada um dos temas que o capítulo contém. Notas sobre o autor: Francisco José Duarte Nunes é de nacionalidade Portuguesa, realizou este livro (do qual foi retirado o capítulo que analisei nesta ficha de leitura) no âmbito da sua tese de doutoramento em Economia pelo Instituto Superior de Economia e Gestão. Actualmente é professor auxiliar no Instituto Superior de Economia e Gestão em Lisboa. Segundo o programa de financiamento plurianual do ano de 2006, Francisco José Duarte Nunes tem como unidade de I&D o Centro de Investigação sobre Economia Portuguesa – CISEP, a sua função nesta unidade é de investigador e encontra-se na situação de integrado. O seu domínio científico é a economia e podemos dizer que as suas “palavras-chave” são segurança social e pobreza, uma vez que realizou diversos trabalhos nestas áreas. Pontos fortes: O facto da obra estar divida em partes e em temas, no meu ponto de vista, facilita a sua compreensão e ajuda na organização de ideias, uma vez que a obra é um pouco extensa. Este capítulo apresenta diverso material dentro do tema da pobreza e não se limita somente a uma descrição da realidade, procura aprofundar o lado social e económico do problema da pobreza em Portugal, pretendendo demostrar as suas causas, consequências e razões e outros diversos pontos importantes. Encontra-se neste capítulo e ao longo de todo o livro, quadros e gráficos com informação estatística que permite uma maior compreensão sobre o tema. Pontos fracos: Trata-se de uma tese de doutoramento em Economia e por isso, é sempre focado mais o ponto de vista económico, não dando tanto destaque ao lado
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social apesar de este se encontrar em grande dimensão na obra, existindo também diversos termos de linguagem económica. Estrutura do capítulo: O capítulo 2- Pobreza : Um paradoxo nas Sociedades Industrializadas é composto por: 2.1 Introdução 2.2 Ilustração de um diagnóstico extenso e complexo 2.2.1 Desigualdades sociais e pobreza persistente 2.2.2 A pobreza no tempo – a duração: a quarta dimensão 2.3 Baixos salários e (in) adequação dos níveis das prestações sociais 2.3.1 Alguns factores explicativos das baixas prestações sociais em Portugal e a sua dependência dos salários 2.3.2 Prestações sociais e caracterização socioeconómica sumária da pobreza em Portugal
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Avaliação de uma página da Internet
Página avaliada:
http://www.poefds.pt/portal/page?_pageid=33,30902&_dad=gov_portal_po
efds&_schema=GOV_PORTAL_POEFDS&p_cod=MENU_150
Na realização do meu trabalho resolvi avaliar a página do Programa
Operacional Emprego Formação e Desenvolvimento Social (POEFDS,
2006) uma vez que, a informação encontrada nesta página se revelou muito
importante para o desenvolvimento do meu trabalho.
É uma página que disponibiliza toda a sua informação de forma gratuita,
carrega com rapidez e encontra-se sempre bastante actualizada.
A página seleccionada corresponde a um documento específico que
pretende mais informar do que mobilizar para o problema da pobreza
mesmo que, de uma certa maneira, inconscientemente já esteja a mobilizar
quem a lê, visto que é difícil ficar indiferente perante os dados nela
apresentados.
A página do Programa Operacional Emprego Formação e Desenvolvimento
Social revela informação credível e de grande fiabilidade, visto que é uma
página que tem como fundadores / patrocinadores a União Europeia e o
Ministério do Trabalho e da Segurança Social (esta informação pode-se
encontrar no fim da página), e apesar do autor não se encontrar identificado
é possível entrar em contacto com o organismo, pois este fornece e-mails,
moradas e números de telefone. Existe também um acesso directo através
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da página para mais facilmente contactar o organismo responsável pela
página.
Podemos encontrar diversa informação nos vários menus que se encontram
por cima e no lado esquerdo da página, estando estes também divididos em
outros menus, o que torna a navegação nesta página muito acessível,
porque a informação (e também a própria página) encontra-se muito bem
organizada. Esta página fornece uma razoável quantidade de informação
sobre ao tema do meu trabalho e esta informação apresenta uma estrutura
bem elaborada, é tratada de maneira simples e directa, é concisa e coerente.
Tem uma linguagem simples e clara, o que facilita a compreensão da
informação.
A navegação é assim simples e acessível, possível ao cidadão comum,
mesmo para os mais inexperientes.
Os menus e os títulos têm cores atractivas de forma a chamar à atenção
para pontos mais importantes, é o que acontece precisamente nos sete eixos
que se encontram no fundo da página (que servem de orientação para quem
navega nesta página, de forma a encontrar com rapidez o que procura) com
vários assuntos interessantes em cada um deles e que tem cores bastante
chamativas para não passarem despercebidos.
Tendo explicado os critérios que me levaram a seleccionar esta página,
resta-me dizer que na minha opinião, a avaliação global desta página é
muito positiva e é uma página que considero bem elaborada.
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Conclusão
Ao realizar este trabalho, procurei dar um pouco a conhecer o outro lado da
pobreza para além do que vemos diariamente nas ruas ou na comunicação
social.
Todos já ouvimos falar de pobreza, mas na realidade o que é? Qual a sua
dimensão em Portugal (e também na União Europeia)? Porque é que ela
existe? Como a podemos combater? Foi no âmbito de responder a estas
perguntas, que suscitavam em mim curiosidade, que abordei o meu tema
em três dimensões: A definição do conceito de pobreza; as causas e
consequências da pobreza; erradicação da pobreza.
Mesmo com os meus objectivos definidos, sei que fiquei muito aquém do
que neles pretendia tratar, uma vez que este tema é muito complexo porque
tem uma área vastíssima de dimensões que se interligam entre si.
O que me levou à escolha deste tema foi o facto de eu ter interesse em
conhecer melhor um problema com o qual nem sempre eu sei lidar quando
esta realidade vem de encontro a nós diariamente. Com a realização deste
trabalho apercebi-me de imensas coisas das quais antes não tinha bem
noção, e aprendi que, o que está por detrás do problema da pobreza e da
exclusão era algo bem maior e mais vasto do que eu a principio pensava, ou
seja, quando pretendia mostrar aos outros um pouco mais sobre este tema
acabei também por mostrar mais dele a mim.
Assim, considero que a realização deste trabalhado foi muito gratificante,
por um lado pela aquisição de competências no processo de elaboração de
um trabalho académico, e por outro porque me fez olhar de outra forma
para a pobreza.
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Fica assim em conclusão, que apesar de alguns progressos nas sociedades,
ainda há muito por fazer e para tal não se deve continuar a ignorar a
pobreza, é necessário uma maior intervenção política e social.
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Referências bibliográficas
a) Fontes impressas: AA.VV (1997), Pobreza Não – Erradicação da Pobreza 1997-2006. Lisboa: Departamento de estatísticas, estudos e planeamento do Ministério da solidariedade e Segurança Social. Costa, Alfredo Bruto da e Silvia, Manuela (1989), Pobreza Urbana em Portugal: Um inquérito a famílias em habitat degradado, nas cidades de Lisboa, Porto e Setúbal. Lisboa: Centro de reflexão cristã: Caritas Portuguesa, departamento de pesquisa social. Giddens, Anthony (2004), “Pobreza, Providência e Exclusão social”, in Anthony Giddens (org), Sociologia. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 310-345. Nunes, Francisco José Duarte (2004), “Dinâmica de Pobreza e Eficácia do Sistema de Solidariedade e Segurança Social – Uma Aplicação a Portugal”, Tese de Doutoramento em Economia. Lisboa: Instituto Superior de Economia e Gestão. Organização Internacional do Trabalho (2003), A Luta Contra a Pobreza e a Exclusão Social em Portugal: Experiências do Programa Nacional de Luta Contra a Pobreza. Genebra: Organização Internacional do Trabalho.
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b) Fontes electrónicas:
Europa (2006), “Pobreza e exclusão”. Página consultada em 21 de Dezembro de 2006, « http://europa.eu/scadplus/leg/pt/s02312.htm » . Pobreza Zero (s.d.) “Apresentação da Campanha”. Página consultada em 21 de Dezembro de 2006, « http://www.pobrezazero.org/ ». POEFDS – Programa Operacional Emprego Formação e Desenvolvimento Social (2006), “Exclusão Social e Pobreza”. Página consultada em 20 de Dezembro de 2006, « http://www.poefds.pt/portal/page?_pageid=33,30902&_dad=gov_portal_poefds&_schema=GOV_PORTAL_POEFDS&p_cod=Menu_150 » UNICEF (2006), “A Pobreza”. Página consultada em 21 de Dezembro de 2006, « http://www.unicef.pt/artigo.phpmid=181014&sid=181014&cid=1338 ». Wikipedia (s.d.), “Pobreza”. Página consultada em 21 de Dezembro de 2006, «http://pt.wikipedia.org/wiki/Pobreza».
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Anexo I
“Pobreza: um paradoxo nas sociedades industrializadas”, capítulo da obra Dinâmica de Pobreza e Eficácia do Sistema de Solidariedade e Segurança Social – Uma Aplicação a Portugal de Francisco José Duarte Nunes
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Anexo II Página do Programa Operacional Emprego Formação e Desenvolvimento Social