pobreza urbana - fe.uc.pt · a minha investigação baseou-se essencialmente em literatura...
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Universidade de Coimbra
Faculdade de Economia
Pobreza Urbana
em Portugal
Joana Rita Pina Rodrigues
Janeiro de 2006
Universidade de Coimbra
Faculdade de Economia
Pobreza Urbana em Portugal
Trabalho
realizado no
âmbito da cadeira
de Fontes de
Informação
Sociológica, do
1º ano do curso
de Sociologia
leccionada pelo
Doutor Paulo
Peixoto
Autora do
Trabalho:
Joana Rita Pina
Rodrigues, aluna
nº 20050788 em
Janeiro de 2006
Imagem da capa
retirada de:
http://meuslivros.
weblog.com.pt/
Índice
1 – Introdução .......................................................................................... 1
2 – Estado das Artes ................................................................................. 3
2.1 – Definição de Pobreza Urbana e Domínios onde se manifesta .. 4
2.2 – Grupos de risco ........................................................................ 7
2.3 – Pobreza urbana e exclusão social ............................................. 10
2.4 – Medidas de intervenção ........................................................... 12
3 – Descrição pormenorizada do processo de pesquisa ........................... 15
4 – Ficha de leitura ................................................................................... 19
5 – Avaliação de uma página da Internet ................................................. 23
6 – Conclusão ........................................................................................... 25
7 – Referências Bibliográficas .................................................................. 26
Anexo I
“Depoimento”, capítulo da obra Pobreza, Exclusão: Horizontes de
Intervenção de José Madureira Pinto e António Dornelas (orgs.)
Anexo II
Página do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social
1
1- Introdução
A pobreza urbana é um dos principais problemas característicos da
actual sociedade capitalista.
Portugal, como parte deste sistema, sofre também do dito mal que tem
vindo a crescer sem que se vislumbrem prevenções em vez de remédios.
Perante esta situação as perguntas que se colocam são: O que se
considera Pobreza?; Como e onde se manifesta esta dita Pobreza?; Quem
sofre com ela?; O que fazer para evitar e/ou combater esta chaga da
sociedade?
Dado isto, considerei interessante a abordagem deste tema, restringindo
a minha pesquisa a fontes mais recentes, tendo como limite inferior os
finais dos anos 80, do séc. XX.
Com este trabalho procuro uma abordagem simples da Pobreza urbana
no contexto social teórico, tendo, no entanto, a noção da vasta abrangência
deste tema, dada a sua actualidade e crescente importância.
Sendo vários os pontos onde o meu estudo se poderia concentrar, achei
por bem adoptar uma estrutura que, não sendo de todo específica, possuiu
uma razoável área de focagem. Isto é, resolvi restringir o meu trabalho a
um conjunto de noções e avaliações teóricas, não me limitando apenas a
um aspecto importante da Pobreza urbana, mas sim a quatro, que tentam
responder às perguntas que surgiram na reflexão anterior e que divido nos
quatro sub-capítulos do Estado das Artes do meu trabalho. São estes: o
ponto 2.1 com o título de “Definição de Pobreza Urbana e domínios onde
esta se manifesta” onde analiso o que se considera pobreza e pobreza
urbana e as áreas onde esta se verifica; o ponto 2.2 com o título “Grupos de
risco” onde pretendo abordar os diferentes grupos com mais probabilidades
de estarem sujeitos a este tipo de pobreza; o ponto 2.3 com o título
2
“Pobreza urbana e exclusão social” onde estabeleço uma relação entre estas
duas realidades; e o ponto 2.4 com o título de “Medidas de Intervenção”,
onde refiro algumas propostas de resolução destes problemas (pobreza
urbana e consecutiva exclusão social).
Os restantes aspectos do trabalho são referentes à pesquisa, com a
descrição pormenorizada da pesquisa efectuada no ponto 3, a ficha de
leitura do Depoimento de Alfredo Bruto da Costa na obra “Pobreza,
Exclusão: Horizontes de Intervenção” no ponto 4 e a avaliação da página
da Intervenção do MTSS na Jornada Nacional do Dia Europeu dos
Assistentes Sociais (Ministério do Trabalho e da Solidariedade, 2006) da
Internet no ponto 5.
A minha investigação baseou-se essencialmente em literatura cinzenta,
sendo os jornais, as revistas científicas e a Internet apenas recursos
complementares.
No que refere a estatísticas, estas tomam uma importância mínima, na
medida em que o meu trabalho pretende mais uma teorização do tema do
que propriamente uma análise da situação actual.
3
2 – Estado das Artes
A pobreza urbana é um fenómeno crescente em todo o mundo dito
desenvolvido, não sendo Portugali uma excepção.
Contudo há que esclarecer o que se considera pobreza, sem esquecer
que, apesar dos vários conceitos de pobreza (objectivos ou não)
pretenderem apresentar uma definição cientificamente fundamentada, esta
assenta sempre na subjectividade da sociedade em geral (Bruto da Costa,
1995).
Depois de definida a pobreza, há que analisar onde e como esta se
manifesta e quais são os grupos sociais afectados.
É também importante entender qual a sua relação com outros
problemas, nomeadamente a exclusão social, para que se torne mais fácil
orientar uma rota de intervenção para a erradicação e prevenção da pobreza
urbana.
Como referem Isabel Baptista et al., “Só quando uma parte das pessoas são
encaradas e reconhecidas como pobres pelo resto da sociedade a pobreza
ganha visibilidade e “existência” social, tornando-se objecto de um
discurso político.” (1995: 15)
i Apesar de neste trabalho serem sempre usados termos gerais, tanto nas definições como nos exemplos dados, há que sublinhar que todas as fontes utilizadas se referem a casos nacionais e que, apesar das diferenças entre os vários países, todos os termos se aplicam a Portugal, sendo portanto um bom retrato da situação portuguesa.
4
2.1 – Definição de Pobreza Urbana e Domínios onde se manifesta
Para se poder definir Pobreza Urbana há que definir-se primeiro
Pobreza no sentido lato.
São variadas as definições encontradas para o estado de pobreza.
Enquanto que, como referem Isabel Baptista et al., uns “...consideram
apenas como relevante [na perspectiva de pobreza] a não satisfação das
chamadas necessidades básicas...”, outros “...identificam a pobreza com a
exclusão social, entendida como não satisfação de qualquer condição que
implique uma impossibilidade de participação efectiva na sociedade
envolvente...” (1995: 39).
Temos então duas perspectivas na definição de pobreza: a objectiva e a
subjectiva.
A noção objectiva da pobreza está ligada à chamada Pobreza Absoluta
No intuito de medir a pobreza de um indivíduo é necessário estabelecer
um limite de subsistência, isto é, “estimar o montante mínimo de
rendimento de que o indivíduo necessita para ter acesso às coisas essenciais
da vida” (Alves, 1996b: 48).
Quem não possui este montante mínimo pode considerar-se em estado
de pobreza dita absoluta.
A estimativa deste valor necessário a subsistência calcula-se com base
no custo de um dieta mínima, tendo em conta a evolução dos preços dos
itens de despesa alimentar contidos nesta dieta (Alves, 1996b).
Mas a pobreza não é um conceito assim tão objectivo.
Como refere Isabel Baptista (1995),
“ela comporta, na generalidade dos casos, múltiplas dimensões (material, espiritual, afectiva, ...), oscilando entre perspectivas que consideram apenas como relevante a não satisfação das chamadas necessidades básicas (...) e aquelas que identificam a pobreza com a exclusão social, entendida como não
5
satisfação de qualquer condição que implique uma impossibilidade de participação efectiva na sociedade envolvente (...)”(sublinhado da autora)
É também pobre quem assim se sente (Stoleru apud Baptista et al.,
1995) ou na opinião Jean Paul Satre, citado por Stoleru (Baptista et al.,
1995), “é pobre aquele que os outros consideram pobre” (Satre apud
Baptista et al., 1995: 16).
Notamos aqui uma subjectividade da definição de pobreza que “traduz o
modo como cada um se ajuíza do grau (suficiente ou não) em que as
respectivas necessidades se encontram satisfeitas” (Bruto da Costa apud
Baptista et al., 1995: 16).
Sabendo então que a Pobreza passa não só por uma situação financeira
precária (real) como também por um sentimento de desintegração da
sociedade onde o indivíduo se encontra inserido, podemos entender melhor
os domínios onde a pobreza urbana se manifesta (tendo à partida noção que
a definição de Pobreza Urbana difere da definição de pobreza geral
somente na medida em que a pobreza urbana é apenas a pobreza dos
espaços urbanos e suburbanos).
Segundo Isabel Baptista (1995),
“(...) a definição de pobreza aponta invariavelmente para condições materiais insuficientes (...) que (im)possibilitam o acesso a uma habitação condigna, à educação, à saúde, etc., aliadas, em muitos casos, a factores de natureza subjectiva (...) [verificando-se que] a pobreza funciona como um verdadeiro estigma social, reflectindo-se em características facilmente identificáveis e identificadoras...” (sublinhado do autor)
Daqui inferimos que são vários os domínios onde a pobreza urbana se
manifesta (devido muito ao facto da pobreza não ser apenas um questão
financeira).
6
Estes domínios abrangem as condições habitacionais a que se associa
“uma falta de conforto habitacional derivada de elevados graus de
insalubridade, de superlotação e de inadequação dos alojamentos.” (Alves,
1996b: 49), sendo o mais comum neste domínio a existência dos bairros de
lata degradados “onde várias famílias partilham o mesmo alojamento (...) e
poucos têm acesso a infra-estruturas básicas.” (idem, 1996b: 49); as
condições de saúde dos indivíduos, onde as desigualdades se revelam numa
esperança de vida mais reduzida, numa taxa de mortalidade infantil
superior, num menor acesso a serviços médicos e maior probabilidade de
contrair doenças (idem, 1996b: 49); a educação, verificando-se o abandono
escolar precoce e maior número de retenções de ano, frequente
analfabetismo e baixa escolaridade (idem, 1996b: 49) e a questão do
emprego e desemprego, sendo mais notória a ligação no que toca a
situações de desemprego por largos períodos de tempo ou situações de
emprego temporário ou clandestino (idem, 1996b: 49).
Esta “pobreza pode atingir directamente um terço do total da população
urbana, mas os seus efeitos indirectos são sentidos por toda a
sociedade.”(Núcleo UE/Minerva, s.d.)
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2.2 – Grupos de Risco
Não é preciso muito estudo para se entender quais são os grupos sociais
mais afectados pelo fenómeno crescente que é a pobreza urbana.
Basta para isto reflectir-se um pouco sobre os grupos sociais mais
vulneráveis e chegamos à conclusão que, a maior parte das vezes, são estes
os que mais sofrem com esta situação.
Mesmo sem recorrer a fontes, pode-se enumerar desde já os
desempregados, as famílias de etnias ciganas, de países de leste ou de
descendência africana, as viúvas, as famílias mono parentais
(especialmente as mães como responsável da família), os idosos, as
crianças, os deficientes, os sem abrigo e os toxicodependentes.
É precisamente esta percepção que a maioria das pessoas tem, como se
pode verificar no seguinte gráfico: Gráfico 1
(Baptista et al., 1995: 49)
8
Confirmando isto, Sandra Alves (1996b) diz-nos que os baixos montantes
dos subsídios recebidos pela maioria dos idosos tornam-nos num grupo de
risco, mesmo aqueles que, não possuindo qualquer incapacidade física,
poderiam voltar ao mercado de trabalho, dificilmente o conseguiriam fazer
devido ao seu nível etário e qualificações escolares e profissionais
consideradas baixas. Esta situação, ainda segundo a autora, torna-se mais
complicada para as pessoas com passados profissionais marcados por
desemprego e irregularidades na legalidade dos seus empregos, o que
tornou incertos os descontos para a segurança social, por ser mais difícil
receber uma pensão que lhes assegure a subsistência. Outro factor
importante no agravamento das condições de vida dos idosos é o das
necessidades de assistência médica, que consomem a maior parte, se não a
totalidade, dos seus subsídios.
A mesma autora afirma que “O desemprego representa também um factor
de exclusão social, na medida em que o desempregado se vê privado da
participação nas relações sociais, de um status social.” (idem, 1996b: 51).
Para a autora, os assalariados de baixas remunerações são também um
grupo de risco na medida em que, apesar de haver uma “fonte de
rendimento permanente que vai garantindo a subsistência (...) não se trata
de uma população assistida...” (idem, 1996b: 50) devido à “precariedade
dos [seus] salários”(itálico da autora) (idem, 1996b: 50)
“Dentro desta categoria incluem-se alguns sectores operários não
especializados e com remuneração abaixo da média da classe; escalões
mais desqualificados dos empregados do comércio; assalariados dos
serviços pessoais e domésticos.” (idem, 1996b: 50)
De acordo com a mesma autora, uma causa da vulnerabilidade a pobreza
desta classe é a sua deficiente qualificação escolar e profissional, que
contribui para a continuação do baixo nível de remunerações. (Alves,
1996b)
9
Para Isabel Baptista et al., e após um estudo realizado pelas autoras, “os
idosos e as crianças são os dois grupos mais referidos nos relatos feitos
pelos entrevistados sobre situações concretas de que tivessem
conhecimento, sendo de realçar o caso dos reformados.” (sublinhado da
autora) (1995: 50), considerando que “... a particular relevância dos idosos
e das crianças deriva também de estes serem os dois únicos grupos que
nunca são alvo de responsabilização própria pela situação em que vivem,
constituindo pelo contrário grupos-vítima.”(sublinhado da autora)
(Baptista et al., 1995: 51)
Na página do Programa Operacional Emprego Formação e
Desenvolvimento Social (POEFDS, 2006), no texto do programa sobre
pobreza e exclusão social, encontramos a referência das famílias mono
parentais, crianças e jovens sem enquadramento familiar e dos
toxicodependentes como novos grupos de risco, não sendo menos
importantes os idosos isolados e as crianças que vivem em famílias
alargadas, bem como as minorias étnicas.
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2.3 - Pobreza urbana e exclusão social
“O Homem não pode permitir que outro Homem possa ser excluído da
sociedade. Ao aceitá-lo, está a excluir-se também.”(Esteves, 2000: 87)
A exclusão social é definida por Sandra Alves (1996a) como um
“fenómeno que provoca desigualdades no que se refere ao acesso ao
mercado de trabalho, a uma pensão de reforma que permita a subsistência
de quem a aufere, a um rendimento suficiente para cobrir todas as despesas
essenciais, a uma habitação condigna e com o mínimo considerável de
condições.”
Luís Capucha (2000) considera que se entende a Exclusão Social “...já não
como absurdo isolamento social, mas como limitação do acesso à condição
de cidadania, ou como submissão à condição de marginalidade social...”,
mas que o “Caso de Portugal” demonstra que esta não “...se limita nos
nosso dias àqueles que o capitalismo não explorou na fábrica, no escritório
ou no campo, por recusar a sua entrada no sistema pela porta dos mercados
negros...”
No entendimento de Sandra Alves (1996a) a exclusão social depende
essencialmente do sistema económico e funcionamento deste e das
estruturas sociais existentes. São exemplos disto a precariedade económica,
as mudanças da estrutura familiar, a falta de alojamento e o sistema de
segurança social.
Nesta medida, a exclusão social está directamente associada à pobreza
urbana, senda esta, também, resultante do funcionamento do sistema
económico e estruturas sociais.
No entanto, o conceito de exclusão social não pode ser restringido ao nível
económico, tendo de ser alargado “ao plano moral, cultural, educacional,
ético e físico.” (Esteves, 2000)
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Para António Sousa, a exclusão social é “...uma destruição no campo das
trocas sociais e (...) erosão do (...) estatuto de cidadão...” (2000: 161).
Luís Capucha afirma que é “...a escassez de recursos económicos, isto é, a
pobreza, o principal factor de exclusão social nas sociedades
modernas...”(2000: 20)
É comum a todos estes autores a ideia que a pobreza urbana conduz à
exclusão social, que por sua vez, é a forma visível dos acentuados degraus
entre pobres e ricos, levando a um esquecimento da população afectada por
parte do resto da sociedade.
Nas palavras de Perrot, citado por Heuré,
“sem representação de si na esfera pública, no sentido mais lato, não se existe. Muito simplesmente, não se tem identidade, nem para si nem para os outros. Não se é nada, e isto é o que sucede frequentemente aos mais pobres” (apud Baptista, 1995: 15)
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2.4 - Medidas de intervenção
“...o combate à pobreza é, antes de mais, um processo de transformações dos sistemas institucionais de protecção e das restantes políticas sociais (...), das estruturas sociais (...) e do funcionamento global dos mercados de trabalho.”(Capucha, 2000: 26)
Como pudemos concluir das análises anteriores, a pobreza não é somente
um problema económico, como tal, as suas soluções não passam apenas
pelo sentido económico.
Para o autor da página da pobreza na Internet, será a capacidade de
responder ao desafio de erradicar a pobreza extrema e de satisfazer as
necessidades básicas que definirá e, em certa medida, determinará a
viabilidade dos centros urbanos e das economias que estes cada vez
dominam mais.
Na intervenção do Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social na
Jornada Nacional do Dia Europeu dos Assistentes Sociais podemos ler:
“Ao contrário do que muitas vezes se diz, a protecção social não é inimiga da competitividade; é, sim, amiga da economia porque gera emprego, liberta recursos para o consumo, cria condições para a participação equilibrada no mercado de trabalho e previne e resolve problemas sociais que o Estado teria sempre, se não fossem objecto de uma cobertura universal de riscos, de resolver de outro modo...” (MTSS, 2006)
o que nos poderá levar a entender que a protecção social é um bom
caminho para a prevenção da pobreza.
O Ministro considera ainda
“...que é cada vez mais claro que a resposta estratégica para estas dificuldades estruturais tem uma direcção de fundo de que não nos podemos afastar: uma ruptura na política tradicional de mínimos sociais, rompendo com a dicotomia tradicional entre universalidade e diferenciação e procurando uma combinação situações de desemprego por largos períodos de tempo ou
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situações de emprego temporário ou clandestino. criativa e virtuosa de ambas as opções. É fundamental conseguir combinar estas duas filosofias, muitas vezes apresentadas como opostas, ou incompatíveis, sob pena de criarmos, ou piorarmos, problemas de um dos lados enquanto acudimos só aos que são levantados do outro.” (MTSS, 2006)
Para Rui da Silva (2000) a erradicação da pobreza tem de passar
obrigatoriamente por medidas não só de informação, como também de
integração e mobilizadores, baseados na participação, autonomia,
solidariedade e respeito pela diferença.
José Ramos (2000: 174) considera que
“A Pobreza nas cidades é um problema diferente, em que as situações de carências estão intimamente ligadas (...) À droga, à falta de qualificação profissional, ao desemprego, à imigração (...), mas também a uma economia demasiado liberal em que há um maior interesse em fazer dinheiro rapidamente do que em criar bem-estar.”
E o que trabalho com crianças de rua e residentes nos bairros degradados,
seja feito por acompanhamento destas crianças, ou por tentativas de
inverter a sua situação é um dos mais importantes no combate à Pobreza
urbana. (Ramos, 2000)
Todos os autores são unânimes em concordar que as medidas de
erradicação da pobreza não podem passar unicamente por medidas de
intervenção económica, mas também por intervenção junto dos grupos
afectados, seja com um carácter informativo ou formativo, seja com um
carácter de envolvimento em actividades diversas.
São vários os projectos existentes no combate à pobreza urbana que
seguem esta linha de intervenção, dos quais se pode referir o trabalho
levado a cabo pela Cáritas Diocesana em Coimbra (o projecto Mulheres em
Situação de Risco Social Agravado – intervenção junto de mulheres que se
prostituem no sentido da fomentar a sua reinserção; o Centro de Dia Sol
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Nascente – fornece apoio psicológico e terapêutico a toxicodependentes; e
o projecto Espaço para viver – intervenção comunitária sobre dois bairros
problemáticos da cidade, promovendo formas de organização populacional,
prevenção do insucesso e abandono escolar, formação para inserção no
mercado de trabalho, ocupação de tempos livres infantis e juvenis,
educação social, actividades culturais e atendimento a famílias) (Sousa,
2000); o Projecto Abrigo Amigo em Angra do Heroísmo, que pretende
combater o fenómeno crescente dos sem-abrigo; o projecto Acampamento
Azul em Olhão, destinado a uma comunidade cigana residente em
habitações degradas; o Centro de Acolhimento Temporário para os Sem-
Abrigo em Lisboa; o projecto Trabalho com Crianças da Rua – em Família
para Crescer em Loures, que fornece apoio e tenta reencaminhar as
crianças para as suas famílias; o projecto de apoio à Criança Crianças de
Rua em Braga; o projecto Toxicodependência: prevenção e tratamento
imediato no Casal Ventoso em Lisboa (Ministério da Solidariedade e
Segurança Social, 1997), entre outros.
É também importante não esquecer que “...não é por falta de recursos que
existe pobreza em Portugal.”(destaque do autor) (Bruto da Costa, 2000:
37) e que “...bastava que os não-pobres em Portugal deixassem de
consumir 4% do que consomem, para tapar aquilo que faltava aos pobres.”
(destacado do autor) (idem, 2000: 37).
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3 – Descrição pormenorizada do processo de pesquisa
Ao definir o tema do meu trabalho deparei-me com duas vertentes que
poderia estudar: a análise da situação actual (ou não); e retrato teórico do
tema.
Ao analisar as fontes reparei na dominância de fontes mais antigas,
resolvendo assim trabalhar a segunda vertente.
Decidi então, depois de analisar algumas fontes, definir um índice que me
permitisse focar quatro aspectos (definição de pobreza e pobreza urbana e
os seus domínios; os grupos de risco; a pobreza urbana e a sua relação com
a exclusão social; e as medidas de intervenção).
Sendo um tema bastante abordado na actualidade, optei por uma pesquisa
essencialmente em livros, relatórios de estudos e revistas científicos (em
termos de literatura impressa) e em páginas da Internet, recurso pouco
significativo na minha pesquisa, dada a sua dispersão em relação ao tema, e
direccionado principalmente para páginas governamentais, de que é
exemplo a página do Ministério do Trabalho e Segurança Social.
As palavras-chave da minha pesquisa foram: “pobreza”; “pobreza urbana”;
“Portugal”. Pesquisei por elas, não só individualmente, como também
cruzando-as nos formulários das bibliotecas ou utilizando operadores
booleanos, quando pesquisadas na Internet.
A minha pesquisa iniciou-se (e centrou-se essencialmente) na biblioteca da
Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, com a pesquisa
simples (opção “todas as palavras”) no catálogo da biblioteca por <pobreza
urbana em Portugal>, no qual obtive um registo: Pobreza urbana em
Portugal: um inquérito a famílias em habitat degradado, nas cidades de
Lisboa, Porto e Setúbal de Manuela Silva et al, o qual consultei, mas exclui
da minha lista de fontes por considerar demasiado desactualizado.
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Percebi que teria que tornar a minha pesquisa mais abrangente.
Pesquisei então, ainda na opção “Todas as palavras”, por <pobreza
urbana>, registando três entradas, das quais duas eram livros estrangeiros e
a outra era o livro já antes encontrado. Mudei então as palavras e pesquisei,
desta vez, por <pobreza Portugal>, que me deu vinte e quatro registos, dos
quais sete me pareceram interessantes para o trabalho. São esses: A
pobreza no Porto: representações sociais e práticas institucionais, de
Isabel Baptista et al. (1995); Pobreza, exclusão: horizontes de intervenção,
autores variados (1998); Exclusão social: factores e tipos de pobreza em
Portugal, de João Ferreira de Almeida et al. (1992); Exclusão social: rotas
de intervenção, de autores variados (1996); Pobreza não: erradicação da
pobreza 1997-2006, de autores variados (1997); Dizer não à pobreza: um
combate para ganhar: erradicação da pobreza 1997-2006, do
Departamento de Estudos do Ministério do Trabalho e da Solidariedade
(1998); e Poder local e exclusão social: dois estudos de caso de
organização local da luta contra a pobreza, de Fernando Ruivo (2000);
dos quais viria a utilizar cinco como fontes para o meu trabalho.
Mais a modo de curiosidade, resolvi pesquisar então por <pobreza>, o que
me deu 109 registos, a maioria de autores estrangeiros e estando os únicos
interessantes já incluídos nas pesquisas anteriores.
Passei de seguida a minha pesquisa para a biblioteca do Centro de Estudos
Sociais, onde pesquisei no catálogo por <pobreza urbana Portugal>, não
obtendo nenhum registo. Alarguei, então, a pesquisa a <pobreza Portugal>,
onde obtive dezoito registos, dos quais os interessantes para o trabalho se
encontram também na biblioteca da FEUC.
Pesquisei ainda por <pobreza urbana>, onde obtive quatro registos, todos
eles estrangeiros.
Resolvi então pesquisar no catálogo da Biblioteca Geral da Universidade
de Coimbra.
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Utilizei a pesquisa simples no catálogo, de novo, com as palavras <pobreza
urbana Portugal>, de onde me resultaram três registos, dois dos quais
pertencentes à mesma obra, e não relevantes para o meu trabalho.
Restringi a pesquisa primeiro a <pobreza urbana> onde dos dez registos,
apenas o seguinte me pareceram interessantes: Para um estudo das
representações sociais da pobreza em meio urbano, de Hortense Lopes
Maia et al. (1992); e em seguida a <pobreza Portugal>, onde os cinquenta e
cinco registos me deram a entender que esta era uma pesquisa demasiado
abrangente.
Em termos de revistas científicas, consultei dois volumes da revista
Sociedade e Trabalho (nomeadamente os volumes nº 16 e nº 26 ), na
biblioteca da FEUC, que pus de parte depois de definir a vertente do
trabalho.
Na Internet reverti a minha pesquisa para dois motores de busca (para
poder ter um termo de comparação dos resultados): o Google (pesquisando
sempre apenas em páginas de Portugal) e o Altavista.
Comecei a minha pesquisa em modo simples por <Pobreza urbana em
Portugal>, recebendo de volta, no Google 23600 resultados e no Altavista
3446 resultados.
Pesquisei em seguida por <pobreza+urbana+Portugal>, que me devolveu,
no Google 23900 registos e no Altavista 3561.
Achando que ainda eram demasiados registos restringi a pesquisa a
<“pobreza urbana”+Portugal>, registando no Google 298 entradas e no
Altavista 85.
Mudei um pouco a pesquisa e inseri nos termos a pesquisar exclusão social,
pesquisando então por <“exclusão social”+pobreza+urbana+Portugal>, que
me deu, no Google 903 entradas e no Altavista 364.
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Restringi esta pesquisa então a <“pobreza urbana”+“exclusão
social”+Portugal>, recebendo de volta 100 registos do Google e 21 do
Altavista.
Em análise destes valores surgiram uma questão: Será o motor de busca do
Altavista menos eficaz ou simplesmente mais selectivo?
Por não possuir acesso à Internet em casa optei por salvar como
documentos de *.htm as páginas que me pareceram interessantes, para
poder consulta-las com mais calma posteriormente.
São estas:
http://www.mssfc.gov.pt/index.php?corpo=min&min=interv_min&disc=69
http://www.minerva.uevora.pt/ides/pagina%20da%20pobreza.htm
http://www.rtp.pt/wportal/sites/tv/portugal_retrato/enquadramento.htm
(mostrando-se este sem interesse para o trabalho)
http://www.poefds.pt/portal/page?_pageid=33,30902&_dad=gov_portal_po
efds&_schema=GOV_PORTAL_POEFDS&p_cod=MENU_150&p_cod_p
ai=MENU_145
Apesar de saber que o meu trabalho não apresenta um número elevado de
fontes explico este facto com a percepção da repetição de informação nas
várias fontes consultadas, o que me levou a seleccionar apenas as que
considerei mais precisas e credíveis.
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4 – Ficha de leitura
Título da Publicação: Pobreza, Exclusão: Horizontes de Intervenção
Autores da obra: José Madureira Pinto e António Dornelas (orgs.)
Autor do capítulo: Alfredo Bruto da Costa
Local onde se encontra: Biblioteca da Faculdade de Economia da
Universidade de Coimbra
Data de Publicação: Setembro de 2000
Edição: 1ª
Local de edição: não diz
Editora: Imprensa Nacional – Casa da Moeda
Título do capítulo: Depoimento
Cota: 304 - DEB
Nº de páginas do capítulo: 7
Assunto: Reflexão sobre a situação de pobreza em Portugal e sobre os
projectos de luta contra esta.
Palavras-chave: pobreza, recursos, acção, mudança, sociedade.
Data de leitura: 20 de Janeiro de 2006
Observações: o capítulo não é bem um capítulo pois a obra é uma
compilação de intervenções num debate promovido pelo Presidente da
República durante a deslocação a projectos de luta contra a pobreza.
Nota sobre o Autor
Alfredo Bruto da Costa, autor do capítulo analisado, é professor
universitário formado em Sociologia e representa, nesta obra, a
Universidade Católica Portuguesa. É um autor destacado na área da
pobreza, sendo várias as sua publicações e colaborações e participações em
obras sobre este tema.
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Resumo
No capítulo analisado, que pouco foi citado no trabalho, mas que em muito
contribuiu para minha informação, o autor apresenta uma abordagem
esquemática sobre a situação da pobreza em Portugal, fazendo referência
ao progresso ocorrido, aos tipos de acção pela erradicação deste problema,
às consequências e causas da pobreza, aos seus tipos e aos métodos mais
eficazes na prevenção e solução.
Estrutura
Integrado na discussão da qual surgiu a intervenção que aqui analiso, o
autor começa por valorizar a atitude do Presidente da República com a
promoção do debate.
Num primeiro momento, faz uma análise na perspectiva financeira dos
recursos existentes e da sua ineficiente distribuição em Portugal.
Tende então, num segundo momento, a esquematizar o seu raciocínio (não
esquecendo que este capítulo se trata da reprodução de um intervenção
oral), começando por valorizar os progressos ocorridos em Portugal nesta
área, não deixando de ressaltar o que de mau ocorreu neste progresso,
numa atitude de crítica construtiva.
Passa então depois a valorizar a distinção entre privação e pobreza, sendo
esta visível, para o autor, apenas na medida em que a pobreza é uma
privação derivada da falta de recursos, tendo esta distinção implicações
práticas nas medidas de solução da pobreza.
Para o autor é fundamental que um projecto de luta torne o pobre autónomo
em termos de recursos, para que o projecto tenha sucesso e se torne
desnecessário com o tempo.
Num segundo momento efectua mais uma distinção, desta vez entre acção
preventiva e acção curativa, sendo a primeira, numa acção bem organizada,
parte integrante da segunda. Para o autor, a acção curativa tem de tratar dos
21
aspectos da acção preventiva (que passa por intervenções em áreas como a
educação e formação profissional, mercado de trabalho e sistema salarial, e
segurança social), da questão da privação, das consequências da pobreza e
das causas desta.
Em termos de causas, o autor considera existirem três tipos de causas: as
causas imediatas (visíveis a “olho nu”), as causas intermédias (uma
situação conduz a causa imediata) e as causas estruturais (envolvem o
esquema social envolvente)
Num terceiro momento, o autor destaca outra questão: a da relação entre a
pobreza e o poder, sublinhando a importância da redistribuição justa de
poder entre os diversos grupos sociais.
Para terminar, o autor introduz algumas opiniões sobre o nível de
intervenção na luta, ressalvando a importância da acção local (acção que
trabalha na resolução de problemas locais), e a importância também de não
deixar que esta acção faça esquecer a necessidade de mudanças mais
globais, a nível nacional e não só, e apresentando a perspectiva da pobreza
espacial (caracterizada por ser uma pobreza de espaços e não de grupos),
que leva à aproximação dos projectos de luta de projectos de
desenvolvimento local, sendo estes projectos de desenvolvimento global,
no entanto, um pouco característicos, na medida em que terá de ser um
projecto um pouco alienado do resto da sociedade e que tenha como
objectivo combater a pobreza a nível local.
Acaba por terminar com um exemplo de um projecto local que não
reproduz a situação nacional, por pedido do Presidente da República – o
projecto de luta contra a pobreza do concelho de Almeida.
Na minha opinião este texto, apesar de ser uma reprodução escrita de uma
intervenção oral, encontra-se muito explícito e claro, pecando no entanto
pela repetição de ideias.
22
É, portanto, um texto inovador, que nos apresenta diferentes formas de
abordar a problemática da pobreza, apresentando conceitos novos e
levantando questões diferentes das usuais.
23
5 – Avaliação de uma página da Internet
No âmbito do meu trabalho resolvi avaliar a página do Ministério do
Trabalho e da Segurança Social, mais propriamente a página
correspondente a um documento específico que se revelou importante no
meu trabalho.
(http://www.mssfc.gov.pt/index.php?corpo=min&min=interv_min&disc=6
9)
Sendo o Ministério do Trabalho e da Segurança Social o organismo
responsável por esta página a sua informação revela-se muito credível e,
apesar do autor não se encontrar identificado é possível contactar o
responsável pela página ou até mesmo o organismo através de e-mail (na
realidade é cedido um acesso directo através da página).
É uma página com diversas hiperligações para vários outros sites (como o
site do governo, entre outros) ou para informação sobre assuntos
relacionados (informações sobre código de trabalho e não só) e que
apresenta um grande leque de informação disponibilizada nos doze menus
do lado esquerdo da página, estando este menus divididos também eles em
outros menus e assim sucessivamente e uma caixa com as novidades
recentes do lado direito, o que torna a navegação nesta página muito
acessível.
Apesar de ser um sítio português e com informação relativa a Portugal
(essencialmente) – o que a mim me convém – , apresenta uma versão em
inglês.
A sua apresentação gráfica é simples e não distrai o público dos assuntos da
página e encontra-se sempre muito actualizado, sendo a data de
actualização da página o dia anterior à consulta.
É uma página que carrega muito rápido e que disponibiliza toda a sua
informação gratuita e dirigida ao cidadão comum.
24
Relativamente ao documento específico é a publicação on-line da
intervenção do Ministro do Trabalho e da Segurança Social na Jornada
Nacional do Dia Europeu dos Assistentes Sociais, datado de 8 de
Novembro de 2005, o que vai de encontro ao meu trabalho.
A informação é coerente em quase toda a totalidade com o objectivo do
trabalho, apresentado uma estrutura bem elaborada com um linguagem
simples e clara.
Em jeito de conclusão, é uma página muito bem elaborada, com uma
navegação simples e acessível, pecando no entanto por faltar uma opção de
pesquisa na própria página, sendo, portanto, a sua avaliação positiva.
25
6 – Conclusão
No decorrer do trabalho procurei dar a conhecer um pouco do que é a
pobreza urbana, como se manifesta e o que fazer para a solucionar,
objectivo que entendo ter ficado aquém do que pretendia por este ser um
assunto muito complexo e difícil de tratar sucintamente.
Tendo noção da abrangência do tema , procurei sempre simplificar o seu
desenvolvimento, tentando tornar o meu trabalho acessível a qualquer
pessoa.
Penso ser importante uma melhor formação nesta área pela sua extrema e
crescente importância nos dias de hoje, em que os degraus entre os ricos e
pobres são cada vez mais acentuados e onde a tendência é para deixar de
haver um degrau intermédio entre estas duas “classes”.
Espero com o trabalho despertar várias questões relativas ao porquê da
existência da pobreza e à questão da justiça social, pois foram este tipo de
questões que me levaram a escolher este tema.
No âmbito dos objectivos da cadeira, penso ter tido sucesso no que me era
pedido por considerar que efectuei as aprendizagens essenciais, não só ao
nível de aquisição de competências de pesquisa em vários tipos de fontes
de informação, como no processo da realização de um trabalho académico.
Apesar de todos os obstáculos que encontrei no percurso da realização
deste trabalho, mostrou-se para mim muito gratificante por me ter
fornecido informação que considero importante e possibilitado um contacto
mais próximo com uma realidade que por vezes nos escapa...
26
Referencias Bibliográficas:
i) Fontes impressas:
Alves, Sandra (1996a), “Os Sem-Abrigo: (Sobre)vivências de Rua –
Estudo e Diagnóstico – A exclusão social: fenómeno estrutural” in
Hermano Carmo (org.), Exclusão Social – Rotas de Intervenção.
Lisboa: Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da
Universidade Técnica de Lisboa, 47.
Alves, Sandra (1996b), “Os Sem-Abrigo: (Sobre)vivências de Rua –
Estudo e Diagnóstico – A pobreza” in Hermano Carmo (org.), Exclusão
Social – Rotas de Intervenção. Lisboa: Instituto Superior de Ciências
Sociais e Políticas da Universidade Técnica de Lisboa, 48 – 51.
Baptista, Isabel et al. (1995), A Pobreza no Porto: Representações
Sociais e Práticas Institucionais. Porto: Rede Europeia Anti-Pobreza.
Bruto da Costa, Alfredo (1995), “Prefácio” in Isabel Baptista et al., A
Pobreza no Porto: Representações Sociais e Práticas Institucionais.
Porto: Rede Europeia Anti-Pobreza, 7.
Bruto da Costa, Alfredo (2000), “Depoimento”, in José Madureira Pinto
e António Dornelas (orgs.), Pobreza, Exclusão: Horizontes de
Intervenção. Imprensa Nacional – Casa da Moeda, 37–43.
Capucha, Luís (2000), “Nós e eles cá dentro: sobre o mito de um
Robinson Crusoe ao contrário”, in José Madureira Pinto e António
27
Dornelas (orgs.), Pobreza, Exclusão: Horizontes de Intervenção.
Imprensa Nacional – Casa da Moeda, 13–33.
Esteves, Marianela (2000), “Exclusão social à entrada do século XXI”,
in José Madureira Pinto e António Dornelas (orgs.), Pobreza, Exclusão:
Horizontes de Intervenção. Imprensa Nacional – Casa da Moeda, 85–
89.
Ministério da Solidariedade e Segurança Social (1997), Pobreza Não –
Erradicação da Pobreza 1997 – 2006. Lisboa: Departamento de
Estatística, Estudos e Planeamento do Ministério da Solidariedade e
Segurança Social.
Ramos, José (2000), “A pobreza na cidade e pobreza no campo como
expressões diferentes da inexistência de bem-estar”, in José Madureira
Pinto e António Dornelas (orgs.), Pobreza, Exclusão: Horizontes de
Intervenção. Imprensa Nacional – Casa da Moeda, 173–175.
Silva, Rui da (2000), “Depoimento”, in José Madureira Pinto e António
Dornelas (orgs.), Pobreza, Exclusão: Horizontes de Intervenção.
Imprensa Nacional – Casa da Moeda, 135–138.
Sousa, António (2000), “A pobreza urbana em Coimbra”, in José
Madureira Pinto e António Dornelas (orgs.), Pobreza, Exclusão:
Horizontes de Intervenção. Imprensa Nacional – Casa da Moeda, 161–
171.
28
ii) Internet:
Fernando Ramos (2006), “Os meus Livros”. Página consultada em 30 de
Janeiro de 2006. Disponível em <http://meuslivros.weblog.com.pt/>
MTSS – Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social (2006),
“Intervenção do MTSS na Jornada Nacional do Dia Europeu dos
Assistentes Sociais”. Página consultada em 17 de Janeiro de 2006.
Disponível em
<http://www.mssfc.gov.pt/index.php?corpo=min&min=interv_min&dis
c=69>
Núcleo UE/Minerva (s.d.), “A pobreza”. Página consultada em 17 de
Janeiro de 2006. Disponível em
<http://www.minerva.uevora.pt/ides/pagina%20da%20pobreza.htm>
POEFDS (2006), “Exclusão Social e Pobreza”. Página consultada em 17
de Janeiro de 2006. Disponível em
<http://www.poefds.pt/portal/page?_pageid=33,30902&_dad=gov_port
al_poefds&_schema=GOV_PORTAL_POEFDS&p_cod=MENU_150&
p_cod_pai=MENU_145>
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Anexo I
“Depoimento”, capítulo da obra Pobreza, Exclusão: Horizontes de
Intervenção de José Madureira Pinto e António Dornelas (orgs.)