poesia portuguesa
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Poesia PortuguesaTRANSCRIPT
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1comunicaes sobre Lus Miguel Nava e Ruy Cinatti
11 e 12 de junho2015
VI Jornada do Grupo de Estudos de Poesia Portuguesa Moderna e Contempornea
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2Devemos, ao falar, ter o mximo cuidado com as palavras que empregamos, pois,
sendo algumas delas vulnerveis s razes, arriscamo-nos a ver apoderar-se-nos da
fala uma vegetao que talvez chegue mesmo a destruir-nos. A fala quer-se rida, de uma aridez idntica da roupa que nos cobre o corpo ou do cu, de que me esforo, sempre que dele falo, por deixar mostra
um dos agrafos mais profundos.
Lus Miguel NavaO cu sob as entranhas
Com a poesia diz-se sim a tudo.Palavra-lngua
que desobriga: urgentealma experimentada.
A poesia faz-se com palavrasde lngua viva digo,
seja! palavrasquentes.
Ai dos que mastigam s palavrassem estarem presentes!
Ruy CinattiArcheologia ad usum animae
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O poema em prosa:Conceitos clssicos de poesia e a obra de Lus Miguel Nava
Filipe de Freitas Gonalves (FaLe/UFMG)
Lus Miguel Nava: uma viso sobre o corpo
Maria Clara Menezes (FaLe/UFMG)
a carne, com seu qu de lrico e festivo: expresso potica e experincia corporal em Vulco, de Lus Miguel Nava
Patrcia Chanely Silva Ricarte - UFSC
O poema no seu lugar pr uma paisagem: as pelculas de Lus Miguel Nava
Marina Baltazar Mattos (FaLe/UFMG)
A presente comunicao tenta articular conceitos
de potica clssica (tirados de Aristteles e Novalis)
com a potica de Lus Miguel Nava, tentando
problematizar a questo formal mais importante
na poesia de Nava: o poema em prosa. Tentando
reelaborar o conceito clssico de mimese,
pretendemos superar a caracterizao da poesia
como texto escrito em versos, e partir para uma
definio mais abrangente. Depois, analisamos um
poema de Nava como metonmia para o restante
de sua obra, tentando compreender como os
conceitos trabalhados estariam ali articulados,
tanto na forma da representao do que
chamamos de mimese, quanto na prtica potica
da mimese.
Em seus poemas, Lus Miguel Nava nos apresenta
um estranho mundo novo permeado pela
violncia e pela inadequao, no qual as palavras
conseguem, atravs de aflitivos e tortuosos
caminhos construir uma lngua prpria, repleta
de particulares significados. nesse contexto
que surge a imagem do corpo, um corpo vrias
vezes disforme e horrendo, ligado a torturantes
imagens de violncia e dilaceramento que
o levam perda de identidade enquanto
organismo, passando a ser visto como o que
primeiramente: sangue, ossos e carne. Esse
trabalho busca entender as imagens criadas pelo
autor ao longo de sua obra, tendo como apoio as
teorias de Gilles Deleuze e Flix Guattari sobre a
esquizofrenia e, mais importante, as noes que
desenvolvem sobre o corpo sem rgos.
Nesta comunicao, proporei uma discusso
em torno de alguns poemas do livro Vulco
(1994), ltima coletnea publicada em vida por
Lus Miguel Nava. Trata-se de buscar, em tais
poemas, referncias acerca da experincia
corporal enquanto fonte e condio da expresso
potica. Nessa perspectiva, persigo os sentidos
potencializados, na referida obra, pela palavra
carne, a qual, dentre outras coisas, d uma
conotao material ao ato de concepo
potica, em detrimento de toda uma tradio
lrica de cunho espiritualista. Tendo por base o
pensamento filosfico de Maurice Merleau-Ponty,
procuro investigar, ainda, a noo de poema
como gesto corporal nos textos em anlise.
O presente trabalho tem como ponto central a
leitura da poesia de Lus Miguel Nava como uma
fita cinematogrfica, em que as paisagens s
vezes repetidas, s vezes recriadas, mas sempre
presentes se sobrepem umas s outras como
pelculas. Para tanto, estabelece-se um dilogo com
a poesia do tambm portugus Herberto Helder,
que acaba servindo como um guio para essa
viso do poema como paisagem dinmica.
Data 11/06/2015Horrio 14:30 s 16:00Local CAD 2 - B504Mesa 1 A poesia de Lus Miguel Nava em perspectivaCoordenao Wagner Moreira (Cefet-MG)
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A lgica da desconstruo no poema Os comedores de espao, de Lus Miguel Nava
Debora Maria Alves Brando (Fale/UFMG)
Nesta comunicao buscaremos apresentar uma
nova percepo da poesia de Lus Miguel Nava,
mais especificamente do poema Os comedores
de espao, nos fundamentando na Teoria da
desconstruo do filsofo Jacques Derrida.
Acreditamos, e procuramos comprovar ao longo do
texto, que a tica desconstrutivista colabora para
uma produtiva leitura do objeto literrio.
Data 11/06/2015Horrio 16:30 s 18:00 Local CAD 2 - B504Mesa 2 Corpo, linguagem, poesia em Lus Miguel Nava Coordenao Viviane Cunha (UFMG)
Luis Miguel Nava: Gnosticismo e a esttica do limiar
Paulo Eduardo Lages - GEPPMC
O poeta portugus Lus Miguel Nava oferece
em sua obra uma srie de imagens, metforas
e recursos poticos reminiscentes de diversos
escritores, poetas e prosadores com influncia
de paradigmas, filosofia e crenas gnsticas.
A comunicao tenta estabelecer, atravs da
comparao de excertos e investigao de
intertextualidade, de par com a perquirio de
suas respectivas biografias, de que modo essa
influncia e suas formas de expresso teriam
sido incorporadas ao trabalho dos artistas em
estudo, buscando identificar pontos comuns nas
trajetrias de vida e convergncias estticas entre
eles. O trabalho busca, outrossim, oferecer uma
breve explanao sobre o conceito de gnosticismo
e por que essa variante hertica de diversos
credos do Ocidente teria exercido um influxo to
pervasivo mas, simultaneamente, subliminar no
labor potico de escritores que vo desde William
Blake e Herman Melville at os contemporneos
de Nava, assim como o ingls Clive Barker,
romancista notrio por suas narrativas fantsticas
de verve mitopotico-gnstica.
A colorao crepuscular no corpo (do texto): pinturas de um ocaso na potica de Lus Miguel Nava
Raquel Emanuelle das Dores (Fale/UFMG)
O gnero lrico moderno poema em prosa se
relaciona intimamente com o pictrico desde
o seu surgimento. Partindo de tal relao
medular com as artes plsticas, observa se como
a construo potica do escritor portugus
Lus Miguel Nava desenvolvida amplamente
atravs de poemas em prosa articula se a partir
de caractersticas, procedimentos e posturas
estticas da vanguarda expressionista. Tal
abordagem perpassa a obra potica do autor
como um todo e, especialmente, o seu ltimo
livro Vulco, que contm o poema em prosa O
Grito, alvo de especial observao neste trabalho
por conta de suas referncias explcitas obra
homnima, do pintor noruegus Edvard Munch,
arqutipo do expressionismo.
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Lus Miguel Nava: escrita, corpo e linguagem
Sara Meynard Beg-name (Fale/UFMG)
Pretende-se abordar como a potica de Lus
Miguel Nava constri-se sobre um trabalho
de deslocamento de linguagem, visando
aproximao de sua poesia ao conceito de
texto de gozo de Roland Barthes. Dessa forma,
a inteno analisar como o poeta opera em
uma zona limtrofe da linguagem, lugar em que
se depara com a impossibilidade de uma escrita
fundamentada em uma ideia tranquilizadora
de representao. A partir da abordagem
dos procedimentos utilizados pelo poeta e
fazendo uso, fundamentalmente, das reflexes
de Barthes, pretende-se defender como Nava
encontra um lugar de valor dentro do panorama
potico portugus do final do sculo XX.
A memria e as cicatrizes na poesia de Lus Miguel Nava
Lusa de Paula Brando (Fale/UFMG)
Lus Miguel Nava faz poesia de uma maneira
intensa. Este trabalho pretende relacionar as
recorrentes imagens, nesse livro, da memria e das
cicatrizes, que estariam diretamente relacionadas
ao fazer potico. Nava um poeta cuja poesia
arrebata o leitor por sua fora e violncia. uma
poesia que tem como caracterstica a presena
de vsceras, do corpo, alm da memria, que se
apresenta como material utilizado para a produo
potica. Naquele limiar onde difcil separar o
que so lembranas e o que fico, essa matria
pe em ao a roldana do corao, que ser
identificado como o rei da criao. Essa memria
to presente nesta poesia, muitas vezes obscura e
dolorosa, transforma-se em cicatrizes.
Data 12/06/2015
Horrio 9:30 s 11:00Local 3017 FALEMesa 1 Faces da potica de Ruy Cinatti Coordenao Roberto Bezerra de Menezes (Fale/UFMG)
No fundo so tudo mscaras: anlise dos textos de Mon Coeur Mis a Nu, de Ruy Cinatti
Isabella Batista de Souza (Fale/UFMG)
Proponho-me a analisar Mon coeur mis a nu,
poema do livro Manh Imensa, de Ruy Cinatti,
com enfoque nos textos que aparecem em
seu entorno e nas demais referncias diretas
a autores, poemas e obras que so citados ao
longo do poema. De modo mais especfico, o
objetivo da comunicao relacionar e discutir
as referncias do journal intime de Baudelaire
(logo no ttulo do poema) e da pea El Gran Teatro
del Mundo do espanhol Pedro Caldern de la
Barca (epgrafe do livro) com a ideia da mscara
lanada nos textos que entremeiam o poema
de Cinatti. A mscara a indumentria colocada
na face do poema no momento em que o poeta
inicia, para o leitor, uma meditao sobre seus
significados: Para que possas compreender o
poema para alm de sua assimilao imediata,
preced-lo-ei de uma espcie de sumrio ou
memria descritiva, como se usava antigamente
frente de cada captulo. Embora essa
memria descritiva se proponha inicialmente
a auxiliar o leitor na compreenso do poema,
essa possibilidade desfeita ao fim do texto,
aps o poema: No fundo, so tudo mscaras: o
poema e a memria descritiva. Quem quiser que
escolha a sua, ou nenhuma. Esses comentrios
metalingusticos e suas relaes com o poema
so o que pretendo abordar nesse trabalho.
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Archeologia ad usum animae: Ruy Cinatti entre o insulamento e a partilha
Roberto Bezerra de Menezes (Fale/UFMG)
Apesar de ter sido organizado em vida pelo autor,
Arqueologia ad usum animae (2000) o ltimo
dos livros pstumos de Ruy Cinatti. O livro
considerado o que rene o maior nmero de
poemas, ainda que, em geral, eles sejam curtos.
Procura-se, aqui, pensar duas das tendncias do
livro: o poeta insular, que encena a solido e o
isolamento, e o poeta da partilha, que no hesita
em reafirmar a necessidade de uma comunidade
potica e humana. Para isso, retoma-se a postura
de Cinatti de proximidade da tradio por ele
eleita. O movimento, j encenado por T. S. Elliot
em Tradio e talento individual, pode ser a
tnica que gera a oscilao entre o insulamento/
nomadismo e a partilha. Entre os poemas
considerados para se pensar tal movimento,
destacam-se: Didctica, Masoquismo,
A potica nmade de Ruy Cinatti
Leonardo Magalhes (Fale/UFMG)
O presente trabalho pretende explicitar a
condio de nmada (nmade) do poeta
portugus Ruy Cinatti que elaborava e atualizava
sua potica medida em que avanava (e se
dedicava) a cada nova viagem, a conhecer os
ambientes e os nativos, a participar de suas vidas
e vicissitudes. A potica de Cinatti est alm da
forma, mais alm nas referncias, que exigem
uma leitura de contexto (poca, ambiente,
povos, culturas) nos campos da histria, poltica,
cincias naturais e antropologia. Uma potica
tecida de biografia, tensionada entre o muito
ntimo, e confessional, e o mais coletivo, o
testemunho, a denncia social.
Horticultura-poesia: A botnica em trs poemas de Ruy Cinatti
Patrcia Resende Pereira (Fale/UFMG)
Ao levarmos em considerao que a botnica
temtica frequente na obra potica de Ruy
Cinatti, a proposta de comunicao investigar
a maneira como as plantas aparecem em
trs poemas retirados de livros que abarcam
diferentes propostas poticas. No primeiro,
Origem, de Archeologia ad usum animae
percebemos que as plantas esto ligadas ao
sentido de busca, enquanto em Accia rubra,
de Paisagens timorenses com vultos, nota-se a
tentativa de explorar as cores, aroma e som da
rvore que d ttulo ao texto potico, e, por fim,
em Receita de herbanrio, de Tempo da cidade,
as ervas aparecem associadas ao fator de cura.
Com isso, a partir dessas diferentes abordagens,
buscaremos discutir a maneira como o tema
aparece na poesia de Cinatti.
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Data 12/06/2015Horrio 14:30 s 16:00Local CAD 2 - 404Mesa 2 Faces da potica de Ruy Cinatti IICoordenao Duarte Drummond Braga (USP)
Registro e deslocamento: Cinatti e a reviso do selvagem na poesia (de lngua) portuguesa
Duarte Drumond Braga (USP/FAPESP)
Sempre, o da mansarda:figuraes do poeta em Tempo da Cidade, de Ruy Cinatti
Moiss Paim Fonseca (Fale/UFMG)
O poeta e a poesia em Ruy Cinatti
Kely Stefani de Oliveira (Fale/UFMG)
A busca pelo oblquo no projeto potico de Ruy Cinatti em Archeologia ad usum animae
Tiago Cabral Vieira de Carvalho (Fale/UFMG)
A presente comunicao pretende dar conta
da centralidade da inscrio antropolgica
na poesia cinattiana, isto , entender o seu
interesse em notar e registrar o outro, sobretudo
na medida em que esta poesia um lugar de
negociao da alteridade. Cinatti relativiza e
questiona as poticas do extico, do selvagem
ou do primitivo, fazendo-o no entanto a partir
da poesia moderna enquanto lugar esttico que
implica a dimenso crtica, e no como mero
campo passivo para plasmar questes culturais
e scio-histricas que lhe seriam exteriores ou
estranhas. A questo antropolgica , assim,
central para a entender essa poesia enquanto
objeto esttico.
Segundo livro indito publicado aps a morte
de seu autor, Tempo da cidade compe-se,
curiosamente, por trs conjuntos de poemas:
Casa, Rua e Horizonte. H nisso, talvez,
a inteno de explorar algo da vista citadina
partindo de uma micro paisagem para chegar a
uma macro paisagem. objetivo deste trabalho
delinear a figurao do poeta que sobre esse
espao escreve; mais especificamente, no que
diz respeito ao seu comportamento no ambiente
caseiro, para que, a partir da, seja possvel
exercer uma leitura mais crtica dos textos logo
a seguir de Casa. Os versos inaugurais do livro,
Quem me faz descer desta mansarda j,/onde
me icei?,nos provoca imediatamente: ser Ruy
Cinatti o da mansarda?
A comunicao pretende refletir sobre a
principal, ou melhor, as principais funes da
poesia de Ruy Cinatti, tomando como base
e fonte de anlise as obras em que o autor
se direciona ao povo, ao lugar e ao contexto
timorense.
Partindo do princpio de que Archeologia ad
usum animae se prope, ironicamente, como um
guia para a busca de uma potica prpria, este
ensaio pretende mostrar como Ruy Cinatti recusa
quaisquer padres estticos pr-estabelecidos
para buscar o seu prprio. O poeta preza por um
estilo oblquo, caracterizado, principalmente, por
uma notvel irregularidade mtrica e rtmica,
por uma descontinuidade coesiva, pelo uso de
imagens incomuns para a linguagem potica e,
por fim, pela maneira como usa a ironia, que j
aparece no ttulo do livro.
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Data 12/06/2015Horrio 16:15 s 18:00Local CAD 2 - 404Mesa 3 Faces da potica de Ruy Cinatti IIICoordenao Joo Santiago (Cefet-MG)
Uma leitura de Archeologia ad usum animae, de Ruy Cinatti
Anna Clia Alves de Souza (Fale/UFMG)
Sete Septetos: anlise de algumas imagens bblicas
Clara Anunciao de Vasconcelos (Fale/UFMG)
A simbologia da gua presente na poesia de Ruy Cinatti
Lucas Willian Oliveira Marciano (Fale/UFMG)
O rol das coisas em Archeologia ad usum animae, de Ruy Cinatti
Vtor de Carvalho Teixeira (Fale/UFMG)
Ruy Cinatti: a teoria dos dois mundos em Sete septetos
Debora Silveira Estanislau Vieira (Fale/UFMG)
Este trabalho se prope analisar o livro
Archeologia ad usum animae (Arqueologia
para uso da alma), de Ruy Cinatti, sob o vis da
questo identitria. Intenciona-se mostrar, por
meio dos poemas, como o sujeito se desdobra
sobre si mesmo, e, simultaneamente, se debrua
sobre o mundo dos outros na tentativa de se
sentir inteiro. Os versos cantados pelo poeta
portugus atravessam temas que perpassam
filosofias como a origem da civilizao humana
e a impossibilidade do sujeito mostrar-se, ou
at mesmo habitar-se de forma una. Pretende-
se esboar, de certa forma, um mapa da
incapacidade humana de levar uma vida sem
se relacionar com o outro.
Ruy Cinatti conhecido pelas constantes
referncias bblicas presentes em sua obra
potica. O objetivo deste trabalho analisar
criticamente tais referncias bblicas em Sete
Septetos, livro de 1967, a fim de questionar a
pecha de poeta catlico a ele atribuda.
Na mitologia grega, os elementos da natureza
assumem papel importante para a cosmogonia
(explicao do surgimento do mundo) e para o
entendimento de fatos da vida. A gua, sejam
os cursos de gua ou os mares e oceanos,
representada como entidade, ser de extrema
importncia para o ciclo da vida. Em vrias
narrativas gregas, a simbologia da gua como
criadora da vida recorrente. Tal simbologia
tambm perceptvel em poemas de Ruy Cinatti,
poeta portugus que tem forte relacionamento
com o mar. Nosso objetivo, nesta comunicao,
analisar a presena da gua e do mar, elementos
recorrentes na potica do autor de Sequncias
Timorenses.
Os ecos e os rudos, a enumerao dos rastros e
as imagens de instabilidade so presena forte
na escrita de Ruy Cinatti. Nas listas dessa poesia
o leitor se depara com um desafio. Esse poeta
portugus parece querer fixar-se no mltiplo,
e tentar sobreviver ao caos da diversidade.
Querendo erguer um pequeno universo, de
harmonia particular, a escrita do poeta nos
remete ao eplogo de Borges, em O fazedor.
Tal nossa proposta de trabalho.
A obra de Ruy Cinatti parece ter a religiosidade, a
tradio catlica, como norte; no entanto, sempre
envolta por uma postura crtica, satrica e em
muitos momentos irnica. Ressaltaremos essa
perspectiva religiosa, buscando demonstrar que
os alicerces sagrados esto a todo tempo sendo
questionados e criticados pela voz potica. Dado
o exposto, selecionamos o livro Sete septetos
para evidenciar a relao ambgua entre os
poemas e a religiosidade. Nosso objetivo, alm de
confrontar essa relao, ser tambm inventariar
alguns poemas com a teoria dos dois mundos
desenvolvida por Plato e contextualizada para
a realidade da potica de Cinatti.
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TtuloJornada do Grupo de Estudos em Poesia Portuguesa Moderna e Contempornea
RealizaoGrupo de Estudos em Poesia Portuguesa Moderna e Contempornea (GEPPMC)
ApoioCESP (Centro de Estudos Portugueses),
Faculdade de Letras da UFMG, CEFET/MG.
OrganizaoSilvana Maria Pessa de Oliveira,
Patrcia Resende, Isabella Batista de Souza e Roberto Bezerra de Menezes
ImagensMaria Helena Vieira da Silva
Projeto GrficoFlvia Giordani
Contatoestudospoesiaportuguesa.blogspot.com.br
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