política nacional de recursos hídricos comentada

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- Política Nacional de Recursos Hídricos- Módulo II 1.1 - Objetivos e Diretrizes da PNRH A PNRH tem por objetivo promover a utilização sustentável dos recursos hídricos e a prevenção contra os eventos hidrológicos nocivos, assim dispondo: Artigo 2º - São objetivos da PNRH: I - assegurar à atual e às futuras gerações a necessária disponibilidade de água, em padrões de qualidade adequados aos respectivos usos; II- a utilização racional e integrada dos recursos hídricos, incluindo o transporte aquaviário, com vistas ao desenvolvimento sustentável; III- a prevenção e a defesa contra eventos hidrológicos críticos de origem natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais. A Lei 9.433/ 97, em seu Artigo 2º, incisos I e II, procurando garantir a sustentabilidade hídrica tornou medida imprescindível a obtenção de outorga para uso da água. A outorga somente será concedida pelo poder público aos usuários se a utilização requerida for compatível com o plano da bacia hidrográfica. Assim, pode-se afirmar que a outorga é um importante instrumento de planejamento, monitoramento e fiscalização dos recursos hídricos. Outro objetivo da PNRH é a prevenção e defesa contra os eventos hidrológicos nocivos, tais como: inundações, enchentes e desmoronamentos, já que a maioria destes acontecimentos, apesar de estarem muito relacionados aos fatos naturais, são previsíveis e evitáveis, pois decorrentes da ação humana: ocupação desordenada do solo, poluição e devastação da mata ciliar, etc. A lei da política nacional de recursos hídricos traça as diretrizes gerais de ação da gestão hídrica cujo escopo é a integração e articulação da gestão dos recursos hídricos com a gestão dos demais recursos naturais. Via de regra, as diretrizes afirmam que a gestão hídrica deve estar integrada e articulada com a gestão ambiental, gestão do uso do solo, gestão dos sistemas estuarinos e zonas costeiras e também com os planejamentos estadual, regional, nacional e dos setores usuários. As

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Page 1: Política Nacional de Recursos Hídricos Comentada

- Política Nacional de Recursos Hídricos- Módulo II

1.1 - Objetivos e Diretrizes da PNRH

A PNRH tem por objetivo promover a utilização sustentável dos recursos hídricos e a prevenção contra os eventos hidrológicos nocivos, assim dispondo:

Artigo 2º - São objetivos da PNRH:

I - assegurar à atual e às futuras gerações a necessária disponibilidade de água, em padrões de qualidade adequados aos respectivos usos;

II- a utilização racional e integrada dos recursos hídricos, incluindo o transporte aquaviário, com vistas ao desenvolvimento sustentável;

III- a prevenção e a defesa contra eventos hidrológicos críticos de origem natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais.

A Lei 9.433/ 97, em seu Artigo 2º, incisos I e II, procurando garantir a sustentabilidade hídrica tornou medida imprescindível a obtenção de outorga para uso da água.

A outorga somente será concedida pelo poder público aos usuários se a utilização requerida for compatível com o plano da bacia hidrográfica.

Assim, pode-se afirmar que a outorga é um importante instrumento de planejamento, monitoramento e fiscalização dos recursos hídricos.

Outro objetivo da PNRH é a prevenção e defesa contra os eventos hidrológicos nocivos, tais como: inundações, enchentes e desmoronamentos, já que a maioria destes acontecimentos, apesar de estarem muito relacionados aos fatos naturais, são previsíveis e evitáveis, pois decorrentes da ação humana: ocupação desordenada do solo, poluição e devastação da mata ciliar, etc.

A lei da política nacional de recursos hídricos traça as diretrizes gerais de ação da gestão hídrica cujo escopo é a integração e articulação da gestão dos recursos hídricos com a gestão dos demais recursos naturais.

Via de regra, as diretrizes afirmam que a gestão hídrica deve estar integrada e articulada com a gestão ambiental, gestão do uso do solo, gestão dos sistemas estuarinos e zonas costeiras e também com os planejamentos estadual, regional, nacional e dos setores usuários. As diretrizes estabelecem também, que a gestão hídrica deve ser realizada sem dissociação dos aspectos quantitativos e qualitativos, posto que o uso dos recursos hídricos afeta ambos os padrões.

1.2 - Instrumentos da Política Nacional de Recursos HidricosOs instrumentos das PNRH, conforme Artigo 5º, da Lei 9.433/97, são:

· Planos de recursos hídricos (planos de bacia hidrográfica);

· Planos estaduais de recursos hídricos e o plano nacional de recursos hídricos;

· Enquadramento dos corpos de água em classes segundo os usos preponderantes;

Page 2: Política Nacional de Recursos Hídricos Comentada

· Outorga dos direitos de uso dos recursos hídricos;

· Cobrança pelo uso dos recursos hídricos e o sistema de informações sobre recursos hídricos.

1.3 - Plano de Recursos HídricosO primeiro instrumento a ser tratado neste estudo é o Plano de Recursos Hídricos.

Segundoa Lei 9.433/97, em seu Artigo 6º, "os planos de recursos hídricos são planos de diretrizes que visam fundamentar e orientar a implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e o gerenciamento dos recursos hídricos".

A função dos planos de recursos hídricos é orientar, articular, controlar e racionalizar a utilização dos recursos hídricos.

Os planos de recursos hídricos são instrumentos preventivos e conciliadores dos conflitos.

A confecção dos planos, segundo a Lei, é atribuição da agência de água e sua aprovação compete ao comitê de bacia.

Recomenda-se que antes que os planos sejam apreciados e submetidos a votação pelos Comitês de bacia, os mesmos sejam publicados, possibilitando à comunidade ciência de todo seu conteúdo.

Feito isso, a comunidade pode manifestar suas intenções e assim, de maneira indireta estaria comprometendo-se com o seu cumprimento.

A publicação dos planos pode se dar através da imprensa local: jornais, folhetins, informes municipais ou ainda, através da realização de audiências públicas.

O artigo 7º, da Lei 9.433/97, dispõe sobre o conteúdo mínimo dos planos. Como são de ordem pública, todos os planos de recursos hídricos, obrigatoriamente, deverão conter o seguinte:

Art. 7º- Os planos de recursos hídricos são planos de longo prazo, com horizonte de planejamento compatível com o período de implantação de seus programas e projetos e terão o seguinte conteúdo mínimo:

I - diagnóstico da situação atual dos recursos hídricos;

II - análise de alternativas de crescimento demográfico, de evolução das atividades produtivas e de modificações dos padrões de ocupação do solo;

III - balanço entre disponibilidades e demandas futuras dos recursos hídricos, em quantidade e qualidade, com identificação de conflitos potenciais;

IV - metas de racionalização de uso, aumento da quantidade e melhoria da qualidade dos recursos hídricos disponíveis;

Page 3: Política Nacional de Recursos Hídricos Comentada

V - medidas a serem tomadas, programas a serem desenvolvidos e projetos a serem implantados, para o atendimento das metas previstas;

VI - vetado;

VII - vetado;

VIII - prioridade para a outorga de direitos de uso de recursos hídricos;

IX - diretrizes e critérios para a cobrança pelo uso dos recursos hídricos;

X -propostas para à criação de áreas sujeitas a restrição de uso, com vistas à proteção dos recursos hídricos;

Os planos de recursos hídricos serão elaborados por Bacia, por Estado e para o País. O Plano de Recurso Hídrico elaborado pela Bacia Hidrográfica é o mais importante, já que a partir dele é que serão elaborados os planos estaduais; e, da articulação dos planos estaduais será criado o plano nacional.

O Plano Estadual não irá planejar somente para os limites políticos do Estado, mas para a realidade de todas as suas bacias e sub-bacias hidrográficas, levando em conta suas relações hídricas com outros estados brasileiros e até com os países vizinhos, se for o caso.

O Plano Nacional de Recursos Hídricos contempla além das necessidades hídricas nacionais das presentes e futuras gerações, os dados e as necessidades transnacionais, em relação aos rios transfronteiriços.

Segundo o Professor Paulo Affonso Leme Machado:

"Haverá inicialmente, dificuldades para a implementação dessa metodologia descentralizadora, porque temos um passado de centralização e de hegemonia de determinados pólos regionais. Contudo, a partir do gerenciamento por bacia hidrográfica, sem isolacionismos, do ponto de vista nacional e da comunidade do MERCOSUL e da comunidade Amazônica, vantagens ambientais, na perspectiva do desenvolvimento sustentável, hão de ser alcançadas". (Direito Ambiental Brasileiro, 2002).

1.4 - Enquadramento dos corpos de água em classes segundo os usos preponderantesO próximo instrumento a ser abordado é o enquadramento dos corpos de água em classes segundo os usos preponderantes.

Está disciplinado através da Resolução do Conselho Nacional de Recursos Hídricos- CNRH 12/2000.

O Artigo 1º, inciso I, da Resolução CNRH 12/2000, define enquadramento como "o estabelecimento do nível de qualidade (classe) a ser alcançado e/ou mantido em um dado segmento do corpo de água ao longo do tempo".

Page 4: Política Nacional de Recursos Hídricos Comentada

Diante dessa informação é nítido concluir que enquadrar um corpo d'água não significa identificar sua classe atual e sim propor que, o corpo adquira ou mantenha um nível de qualidade (classe) em determinado período, de acordo com os usos a que se destina.

Os objetivos principais do enquadramento são estipulados pelo Artigo 9º da Lei 9.433/ 97, quais sejam: assegurar a qualidade da água compatível com os usos mais exigentes a que se destinam e diminuir os custos do combate à poluição mediante adoção de ações preventivas permanentes.

O procedimento para a realização do enquadramento deverá seguir quatro etapas, conforme estabelece o Artigo 4º da Resolução CNRH 12/2000::

1ª - diagnóstico do uso e da ocupação do solo e dos recursos hídricos na bacia hidrográfica;

2ª - prognóstico do uso e da ocupação do solo e dos recursos hídricos na bacia hidrográfica;

3ª - elaboração da proposta de enquadramento;

4ª - aprovação da proposta de enquadramento e respectivos atos jurídicos;

A Resolução 20/86 do CONAMA estabelece as classes de uso das águas brasileiras.

Conforme a referida resolução classificar é "estabelecer níveis de qualidade para a água e fixar os usos compatíveis com tais níveis" e enquadrar é "estabelecer o nível de qualidade apresentado por um segmento de corpo d'água ao longo do tempo".

Portanto, a água pertencerá a determinada classe conforme o uso a que for destinada. Ao passo que o enquadramento, baseia-se não no seu estado atual, mas no nível de qualidade que a água deveria apresentar para atender às necessidades a que é destinada.

Em suma, a finalidade da classificação e do enquadramento é assegurar que a qualidade das águas seja compatível com os usos a que forem destinadas.

A Resolução do CONAMA 20/86 e também a Resolução CNRH 12, classificam as águas doces, salobras e salinas em nove classes, de acordo com os usos preponderantes. As águas doces estão classificadas nas classes: especial, 1, 2, 3 e 4. As águas salinas pertencem às classes 5 e 6 e as salobras às classes 7 e 8.

A diferença entre as águas doces, salobras e salinas, de acordo com a alínea "e" do Artigo 2º da Resolução CONAMA 20/86, é o índice de salinidade apresentado.

De acordo com esse padrão, as águas doces são as que apresentam salinidade igual ou menor que 0,5%, as salobras variam de 0,5 % a 30% e nas salinas o índice é superior a 30%".

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Quanto à competência para propor o enquadramento aos Comitês de Bacia é esta das Agências de Água.

Mediante a aprovação dos Comitês será encaminhada proposta para "referendum" do Conselho Estadual ou Federal de recursos hídricos, conforme o domínio do respectivo curso ou corpo d'água.

De acordo com a Constituição são bens da União, os lagos, rios, quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou deles provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais. (Art. 20, III, CF/88).

Aos estados, pertencem as águas que não pertencerem à União por exclusão além das "as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União" conforme prescreve o Artigo 26, I, da CF/88.

Aos Conselhos compete concordarem com a classificação atual das águas ou com as proposições de novos níveis de qualidade a serem alcançados. Não lhes compete discordar do enquadramento proposto ou efetuar uma nova classificação.

A cada dois anos estes órgãos deverão encaminhar aos Conselhos Estadual ou Federal relatórios indicando os corpos que ainda não atingiram as metas estabelecidas, com as respectivas justificativas e possíveis soluções para o cumprimento das metas.

1.5 - Outorga de direito do uso da águaO terceiro instrumento, objeto de outros estudos, é a outorga de direitos do uso da águaque tem como objetivo assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da água e garantir o direito de acesso à água, conforme dispõe o Artigo 11, da Lei 9.433/97.

A outorga é, no entender desta Coordenadoria, o mais importante instrumento da política nacional dos recursos hídricos. Consiste em um ato administrativo pelo qual a autoridade outorgante concede ao outorgado o direito de uso dos recursos hídricos, por prazo determinado e de acordo com os termos e condições preestabelecidas.

Tal instrumento é devidamente explicado no curso Outorga do Direito do Uso da Água.

1.6 - Cobrança pelo usoA cobrança pelo uso do recurso é outro instrumento instituído pela política nacional de recursos hidricos.

Não se trata, ao contrário do que muitos pensam de cobrança de tarifa, imposto ou taxa. Na verdade, a cobrança pelo uso é definida como um preço público: espécie de retribuição que o usuário faz à sociedade por utilizar privativamente um bem que é de uso comum. Atualmente, em grande parte dos municípios brasileiros, são pagos os serviços de captação, tratamento e distribuição da água e não a utilização do bem

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ambiental, água. Exceção: Bacia do Rio Paranaíba, é uma das bacias hidrográficas aonde o uso do bem água é cobrado.

Diz a Doutrina que a cobrança pelo uso da água e demais recursos naturais é a forma adotada para internalização dos custos da proteção do meio ambiente, levando-se em consideração que, em princípio o poluidor deverá assumir o custo da sua poluição, tendo em vista o interesse público. Caso contrário ocoreria a internalização dos lucros e externalização dos custos, usual na sociedade contemporânea.

Segundo o artigo 19, da PNRH, a cobrança objetiva:

I - reconhecer a água como um bem econômico e dar ao usuário uma indicação de seu real valor;

II- incentivar a racionalização do uso da água;

III- obter recursos financeiros para o financiamento dos programas e intervenções contemplados nos planos de recursos hídricos.

Entretanto, para se cobrar pelo uso do recurso, dois requisitos são exigidos: a outorga e a utilização da água, de modo que todos os usos passíveis de outorga são conseqüentemente passíveis de cobrança.

Vale dizer que a cobrança é feita pelas agências de água que são os órgãos executivos das bacias hidrográficas

Estabelece o artigo 21, da Lei 9.433/97 que, na fixação dos valores a serem cobrados pelo uso dos recursos hídricos devem ser observados, dentre outros:

I- nas derivações, captações e extrações de água, o volume retirado e seu regime de variação;II- nos lançamentos de esgotos e demais resíduos líquidos ou gasosos, o volume lançado e seu regime de variação e as características físico-químicas, biológicas e de toxidade do afluente.

Os valores gerados pela cobrança do uso da água serão aplicados prioritariamente na bacia hidrográfica de sua origem. A lei também prevê a utilização desses recursos no financiamento de estudos, programas e obras previstas nos planos de bacia.

O Estado do Ceará, em 1988, foi o primeiro estado brasileiro a realizar a cobrança pelo uso dos recursos hídricos. A cobrança realizada por este Estado, restringe-se a Região Metropolitana de Fortaleza e para os setores de abastecimento público, industrial e irrigação. O Comitê de Integração da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul/SP/RJ/MG - CEIVAP, foi o segundo comitê brasileiro a efetuar a cobrança pela utilização dos recursos hídricos, sendo porém o primeiro comitê de uma bacia de domínio da União. Nesta bacia, a cobrança teve início na primeira quinzena de março, de 2002, sendo que inicialmente foi cobrado o lançamento e a captação de efluentes.

1.7 - Sistema de Informações sobre os recursos hídricos

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O último instrumento da PNRH é o sistema de informações sobre recursos hídricos. Segundo Paulo Affonso Leme Machado

"um sistema de coleta, tratamento, armazenamento e recuperação de informações sobre os recursos hídricos e fatores intervenientes em sua gestão".

E ainda:

"a lei agiu bem ao abordar o tema, pois sem informação não se implementará uma Política de Recursos Hídricos respeitadora do interesse coletivo".

O Sistema de Informações, segundo o artigo 27, da Lei 9.433/97, objetiva:

I - reunir, dar consistência e divulgar informações sobre a qualidade e a quantidade dos recursos hídricos;

II - atualizar permanentemente as informações sobre demanda e disponibilidade de águas em todo território nacional;

III - fornecer subsídios para a elaboração dos Planos de Recursos Hídricos.

Seus princípios norteadores são:

· descentralização na obtenção e produção de dados e informações;

· coordenação unificada do sistema e garantia de acesso às informações para toda a sociedade.

Assim sendo, não existem e nem existirão informações secretas, posto que todas as informações existentes nos órgãos de recursos hídricos são públicas, em obediência ao Principio da Publicidade.

1.8 - Infrações e penalidades impostas pela PNRHA Lei 9.433/97, em seu artigo 49, qualifica as condutas consideradas infrações ao uso dos recursos hídricos, quais sejam:

I - derivar ou utilizar recursos hídricos para qualquer finalidade, sem a respectiva outorga de direito de uso;

II - iniciar a implantação ou implantar empreendimento relacionado com a derivação ou a utilização de recursos hídricos, superficiais ou subterrâneos, que implique na alteração no regime, quantidade ou qualidade dos mesmos, sem autorização dos órgãos competentes;

III - (vetado);

IV - utilizar-se dos recursos hídricos ou executar obras ou serviços relacionados com os mesmos em desacordo com as condições estabelecidas na outorga;

V - perfurar poços para extração de água subterrânea ou operá-los sem a devida autorização;

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VI - fraudar as medições dos volumes de água utilizados ou declarar valores diferentes dos medidos;

VII - infringir normas estabelecidas na lei ou em regulamentos administrativos, compreendendo instruções e procedimentos fixados pelos órgãos ou entidades competentes; VIII - obstar ou dificultar a ação fiscalizadora das autoridades competentes no exercício de suas funções;

As penalidades impostas aos infratores constituem-se em:

· advertência por escrito;

· multa;

· embargo provisório (prazo determinado);

· embargo definitivo (revogação da outorga).

Além das infrações instituídas pela Lei 9.433/97, a Lei de Crimes Ambientais também criminaliza algumas atividades causadoras de poluição hídrica, tais como as descritas nos Artigos 50, 53 e 54 § 2º.