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TPG folitécnico 1 aaiGuarda PolyLechnic of Guardai RELATÓRIO DE ESTÁGIO Licenciatura em Desporto Eugénia Isabel Amaral Pinheiro janeiro 1 2015

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TPGfolitécnico

1 aaiGuardaPolyLechnicof Guardai

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

Licenciatura em Desporto

Eugénia Isabel Amaral Pinheiro

janeiro 1 2015

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Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto

Instituto Politécnico da Guarda

_____________________________________________________________________

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

RELATÓRIO PARA OBTENÇÃO DA LICENCIATURA EM

DESPORTO

EUGÉNIA ISABEL AMARAL PINHEIRO

janeiro, 2014

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EUGÉNIA PINHEIRO II

Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto

Instituto Politécnico da Guarda

_____________________________________________________________________

Relatório de Estágio

Câmara Municipal de Resende

Guarda, janeiro 2014

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EUGÉNIA PINHEIRO III

FICHA DE IDENTIFICAÇÃO DO ESTÁGIO CURRICULAR

Discente: Eugénia Isabel Amaral Pinheiro

Número do aluno: 5007434

Obtenção da Licenciatura em Desporto

Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto

Director ESECD: Professor Doutor Carlos Francisco Sousa Reis

Director de Curso: Professora Doutora Carolina Júlia Vila-Chã

Docente orientador: Mestre Natalina Roque Casanova

Local de Estágio: Câmara Municipal de Resende

Endereço: Av. Rebelo Moniz, edifício dos Paços do Concelho 4660-212

Telefone: 254877653

Responsável da Instituição: Dr. Fernando Teixeira

Orientador de Estágio: Técnico de Desporto Jorge Barbosa

Tarefas a desenvolver no Estágio: Actividade física desportiva para crianças do

ensino pré-escolar, andebol masculino dos 6 aos 15 anos, voleibol feminino dos 6 aos

16 anos, adaptação ao meio aquático e natação para crianças.

Destinatário: Jovens

Duração de Estágio: O estágio decorreu anualmente – 30 semanas/ 10-12horas

semanais, iniciou-se no dia 11 de Novembro de 2013 e terminou a 27 de Junho de 2014.

.

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EUGÉNIA PINHEIRO IV

AGRADECIMENTOS

Agradeço a toda a minha família, especialmente aos meus pais pela preocupação

diária e à Ana, Gorete e Rosário por serem as mulheres da minha vida, pela ajuda

preciosa durante o meu percurso e por serem irmãs incondicionais, e claro Rui, Hélder,

Bruno, Hugo e Carlitos a vocês também devo um obrigado as palavras são insuficientes

para exprimir a gratidão que tenho para com vocês.

Aos catraios que sempre fizeram sorrir a tia.

Agradeço á Dona Antónia pela disponibilidade e amabilidade com que me

recebeu na sua vida.

Agradeço à Leninha companheira de uma vida.

Um bem-haja á Rita, Vasco, Nelly companheiros desta aventura.

Agradeço também ao meu supervisor pelo auxílio na realização deste trabalho, e

um agradecimento especial aos restantes técnicos de Desporto pela partilha de

experiencia e informação.

Agradeço de coração á minha orientadora Natalina Casanova, pelo apoio

incondicional, pela preocupação e pela ajuda.

A todos os jovens do concelho de Resende.

O meu muito obrigado.

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EUGÉNIA PINHEIRO V

RESUMO

Na comunidade Europeia, Portugal insere-se num dos países com baixa prática

de exercício físico, faz-se a esta situação a Câmara Municipal de Resende tenta

combater estes resultados sendo também o meu objectivo de estágio, ajudar a combater

o sedentarismo e promover o gosto pela actividade física. Para isso a Câmara Municipal

de Resende tem de um alargado conjunto de Instituições, ou seja Infra- estruturas,

autenticando a prática de actividade física no concelho. Ao longo da última década o

município tem colocado o desporto, a par da educação, no centro das suas políticas isto

leva a um aumento das suas práticas nas várias modalidades do conselho entre elas

destacam-se: Voleibol, Andebol, Hidroginástica, Natação, Pesca, Motonáutica e

Futebol, sendo o meu estagio mais centrado no Voleibol, Andebol e Hidroginástica,

sendo que o meu estágio se enquadra-se no voleibol e andebol.

O meu estágio fundamentou-se basicamente no acompanhamento e participação

nas actividades desportivas desenvolvidas pela autarquia, que são geralmente destinadas

á população através da escola e clubes. O trabalho executado durante o meu estágio teve

por base o saber fazer, saber ser e essencialmente o saber estar, penso que estes três

pontos são fulcrais para um técnico de desporto tenha sucesso.

Início o relatório com a caracterização do Concelho de Resende, do CDRJA, do

CER e das infra-estruturas.

Procedi uma revisão bibliográfica onde se enquadram todas as modalidades que

faziam parte do meu estágio e observadas por mim bem como os seus benefícios que

estas trazem aos jovens.

Depois vem a parte dedicada só as actividades desenvolvidas por mim, bem

como aquelas que observei, que se revestiram de carácter contínuo e/ou pontual.

Na última parte deste relatório encontram-se as reflexões finais.

Palavras-chave: Actividade Física, Voleibol, Andebol e Hidroginástica

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EUGÉNIA PINHEIRO VI

ÍNDICE GERAL

FICHA DE IDENTIFICAÇÃO DO ESTÁGIO CURRICULAR .................................. III

AGRADECIMENTOS ................................................................................................... IV

RESUMO ......................................................................................................................... V

ÍNDICE GERAL ............................................................................................................ VI

ÍNDICE DE TABELAS ................................................................................................... X

LISTA DE SIGLAS ....................................................................................................... XI

PARTE 1 - CONTEXTUALIZAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO LOCAL DE

ESTÁGIO ......................................................................................................................... 2

1 – Caracterização do concelho ........................................................................................ 3

2 – Caracterização do executivo municipal ...................................................................... 6

4 – Caracterização do Centro Escolar de Resende ........................................................... 7

PARTE 2 - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................................................................... 14

1 - O desporto e actividade física ................................................................................... 15

2 - O desporto para crianças e jovens ............................................................................. 16

3 – Modalidades Colectivas ............................................................................................ 17

3.1 – Modalidade Colectiva – Voleibol .......................................................................... 18

3.2 – Modalidade Colectiva – Andebol .......................................................................... 19

PARTE 3 – DESENVOLVIMENTO DO ESTÁGIO .................................................... 21

1 – Objectivos ............................................................................................................ 22

1.1 – Objectivos pessoais ....................................................................................... 22

2. – Metodologias aplicadas ....................................................................................... 23

3 - Actividades desenvolvidas ........................................................................................ 24

3.1 – Actividades de tipo carácter contínuo ............................................................... 24

3.1.2 - Treinos de voleibol ...................................................................................... 27

3.1.3 - Treinos de andebol ...................................................................................... 28

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EUGÉNIA PINHEIRO VII

3.1.4 - Adaptação ao meio aquático ....................................................................... 29

3.1.5 – Hidroginástica ............................................................................................. 29

3.2 – Actividades de carácter pontual ......................................................................... 29

3.2.1 - Jogos de Voleibol ........................................................................................ 30

3.2.2 - Concentrações de Voleibol.......................................................................... 30

3.2.3 - Estágio de Natal .......................................................................................... 31

3.2.4 - Municipal de Gira-vólei .............................................................................. 32

3.2.5 - Jogos de Andebol ........................................................................................ 33

3.2.6 - Clube de Natação ........................................................................................ 34

3.2.7- Actividades do CER ..................................................................................... 35

3.2.8– Mondim de Bastos ....................................................................................... 36

3.2.9 - IV Gala de Desporto do município de Resende .......................................... 37

PARTE 4 - REFLEXÃO FINAL.................................................................................... 38

1 – Aplicação dos conhecimentos .................................................................................. 39

2 – Reflexão Final .......................................................................................................... 41

3 - Conclusão .................................................................................................................. 44

BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................ 45

ANEXOS ........................................................................................................................ 47

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EUGÉNIA PINHEIRO VIII

ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1-Concelhos do Distrito de Viseu (https://www.google.pt/) 3

Figura 2-Freguesias do Concelho de Resende (https://www.google.pt) 3

Figura 3-Freguesias do concelho de Resende (https://www.google.pt/) 3

Figura 4-Brazão do município (https://www.google.pt/) 6

Figura 5-Símbolo do CDRJA(https://www.google.pt/) 7

Figura 6-Centro Escolar de Resende (fonte própria) 7

Figura 7- Vista exterior pavilhão da EB2 (fonte própria) 8

Figura 8- Campo de jogos pavilhão da EB2 (fonte própria) 8

Figura 9- Sala ginástica do pavilhão da EB2 (fonte própria) 8

Figura 10- Material do CDRJA no pavilhão da EB2 (fonte própria) 8

Figura 11- Vista exterior do pavilhão municipal (fonte própria) 9

Figura 12- Vista interior do pavilhão municipal (fonte própria) 9

Figura 13- Material do CDRJA no pavilhão municipal (fonte própria) 9

Figura 14- Vista interior das piscinas municipais cobertas (fonte própria) 10

Figura 15- Arrumação material piscinas cobertas (fonte própria) 10

Figura 16- Arrumação material piscinas cobertas (fonte própria) 10

Figura 17-Vista exterior do pavilhão gimnodesportivo de Anreade (fonte própria) 11

Figura 18-Sala de actividades do pavilhão gimnodesportivo de Anreade (fonte própria) 11

Figura 19- Arrumação do CDRJA no pavilhão gimnodesportivo de Anreade (fonte própria) 12

Figura 20- Sede do CDRJA no pavilhão gimnodesportivo de Anreade (fonte própria) 12

Figura 21- Campo de jogos pavilhão gimnodesportivo de Anreade (fonte própria) 12

Figura 22-Campo de jogos e espaço de aula do CER (fonte própria) 13

Figura 23- Arrumação do material do CER para AFD (fonte própria) 13

Figura 24-Sala de AFD e espaço de recreio (fonte própria) 13

Figura 25- Equipa voleibol (fonte própria) 25

Figura 26- Equipa Andebol (fonte própria) 26

Figura 27- Alunos das aulas AMA (fonte própria) 27

Figura 28- Equipa de Juvenis do CDRJA (fonte própria) 31

Figura 29-Estágio de Natal Do CDRJA voleibol (fonte estagiário) 32

Figura 30-Estágio e Natal do CDRJA voleibol (fonte estagiário) 32

Figura 31-Gira-Vólei (fonte própria) 33

Figura 32-Equipa de Bambis do CDRJA (fonte própria) 34

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EUGÉNIA PINHEIRO IX

Figura 33- Equipa de Minis do CDRJA (fonte própria) 34

Figura 34- Circuito de natação em Penalva do Castelo (fonte própria) 35

Figura 35- equipa das juvenis em Modim de Bastos (fonte própria) 36

Figura 36-Premiados da IV Gala de Desporto (fonte própria) 37

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EUGÉNIA PINHEIRO X

ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1- Horário semana voleibol ................................................................................ 24

Tabela 2- Horário semana andebol ................................................................................. 25

Tabela 3- Horário semana das aulas AMA ..................................................................... 26

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EUGÉNIA PINHEIRO XI

LISTA DE SIGLAS

AF - Actividade Física

AFD – Actividade Física Desportiva

AMA – Adaptação Meio Aquático

CDRJA – Clube Desportivo Recreativo Juventude Anreade

CER – Centro Escolar Resende

CMR – Câmara Municipal Resende

CNS Rosário – Colégio da Nossa Senhora do Rosário

Esmoriz GC – Esmoriz Ginásio Clube

ESECD – Escola Superior Educação Comunicação Desporto

GDC Gueifães – Grupo Desportivo e Cultural de Gueifães

IPG – Instituto Politécnico Guarda

JDC – Jogos Desportivos Colectivos

SC Braga – Sporting Clube de Braga

SN Arcozelo - Sporting Clube de Arcozelo

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EUGÉNIA PINHEIRO 1

INTRODUÇÃO

O presente relatório é o desfecho de um estágio curricular realizado na Câmara

Municipal de Resende, no âmbito da Unidade Curricular de Estágio do 3º Ano, da

Licenciatura em Desporto do Instituto Politécnico da Guarda na ESECD. Como

orientadora do meu estágio tive a Prof. Natalina Casanova da ESECD e fui

supervisionada na CMR pelo Técnico Superior de Desporto, Prof. Jorge Barbosa,

licenciado em Desporto pelo IPG.

A minha primeira opção de estágio foi a Santa Casa de Misericórdia de Mesão

Frio, onde cheguei a exercer funções de actividade física aos idosos e aulas de grupo.

Contudo a carga horária era reduzida não indo de encontro ao nível de produtividade e

experiencia em contexto de trabalho por mim estabelecida. Assim decidi iniciar o

estágio na CMR, entidade que me facultou condições e que me preparou para o mercado

de trabalho.

Com infra-estruturas excepcionais a nível regional, concorre com grandes

equipas como palco de grandes eventos desportivos, o que coloca Resende no mapa do

desporto nacional em algumas modalidades.

Estagiar na CMR trouxe-me uma principal motivação visto que me pude

enquadrar em várias modalidades desportivas praticadas na região de Resende, bem

como tendo a oportunidade de me integrar na equipa de técnicos de Desporto não só

para aprender com eles como também para aplicar na prática, os conhecimentos

adquiridos durante os meus três anos de licenciatura.

O presente relatório encontra-se dividido em quatro partes. A primeira parte é

dedicada a caracterização do concelho, do desporto no concelho, da câmara municipal,

do CDRJA e do CER e caracterizar também os espaços bem como os recursos

materiais. A segunda parte inclui a revisão bibliográfica nos diferentes contextos das

modalidades que participei. Na terceira parte apresento as actividades desenvolvidas e

na quarta e última parte vão constar as reflexões sobre as actividades desenvolvidas de

carácter contínuo e de caracter pontual realizadas no decorrer do estágio.

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EUGÉNIA PINHEIRO 2

PARTE 1 -

CONTEXTUALIZAÇÃO E

CARACTERIZAÇÃO DO

LOCAL DE ESTÁGIO

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EUGÉNIA PINHEIRO 3

1 – Caracterização do concelho

O natural de Resende denomina-se de

Resendense. Resende, situa-se na margem

Esquerda do Rio Douro, é uma freguesia do

distrito de Viseu e a sua região turística é

Douro-Sul, onde confronta a Norte, o rio

Douro, a Sul, o concelho de Castro Daire, a

nascente, o concelho de Lamego e a poente, o

concelho de Cinfães. Tem como área

geográfica o total de 120, 60 km2, a sua

população segundo (Censos 2011)

compreende-se em 11.364 habitantes

distribuídos por 15 freguesias: Anreade,

Barrô, Cárquere, Feirão, Felgueiras, Freigil,

Miomães, Ovadas, Panchorra, Paus, Resende, S. Cipriano, S. João de Fontoura, S.

Martinho de Mouros e S. Romão de Aregos. O nome de Resende ao que parece é de

origem visigótica, que se deve ao nome de um povoador cristão D. Rausendo Hermiges

“bisneto do rei Ramiro II, que terá conquistado estas terras aos mouros por volta do ano

1030, que aqui terá mandado construir o seu paço” (Correia Duarte, 1994, p. 33 e 34).

Na idade do paleolítico, não foi

conhecido em Resende qualquer sinal de

presença humana, “a não ser algumas

possíveis insculturas em faces rugosas de

grandes penedias que podiam ter sido

gravadas por bifaces de sílex” (Correia

Duarte, 1994, p. 47). Antes da revolução

Neolítica, o definitivo degelo dos glaciares

facilitou a fixação dos grupos humanos por

Resende. Sinais de gente nesse tempo são as

mamoas (sepulturas pré-históricas soterradas)

no monte de S. Cristóvão e os penedos

encavalados que são vistos espalhados por o terreno de Resende, estes foram os

Figura 3Freguesias do concelho de Resende

(https://www.google.pt/)

Figura 1-Concelhos do Distrito de Viseu

(https://www.google.pt/)

Figura 2-Freguesias do Concelho de Resende

(https://www.google.pt)

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EUGÉNIA PINHEIRO 4

vestígios deixados para que se comprovasse a história do antepassado. Assim sendo o

elaborado património composto por vários edifícios como por exemplo solares,

pelourinhos, igrejas e pontes, retractam a importância que ao longo da história

depositaram os vários povos que habitaram Resende.

Um marco muito importante para Resende é que D. Afonso Henriques durante a

sua infância viveu em Cárquere, uma das freguesias de Resende, com o seu aio Egas

Moniz, a quem acabou por doar essa mesma terra, isto no ano de 1130, depois da

batalha de S. Mamede, como símbolo de gratidão pelo cuidado e devoção do seu aio.

É um concelho essencialmente montemurano, porque se encontra totalmente

localizado na serra Montemuro.

Toda a rede hidrográfica está organizada na vertente Norte, em função do rio

Douro, isto é de extrema importância porque apesar de conferir fertilidade ao solo

também promove a qualidade de vida das pessoas, porque a maioria das pessoas do

concelho vive essencialmente da agricultura, do vinho, do cultivo dos cereais, da

azeitona, das frutas secas e das cerejas, para além das cavacas, o símbolo de atracão

turística de Resende é a cereja. As terras de Resende são favoráveis para a produção de

cereja, devido ao clima marítimo de transição e porque tem a singularidade de

amadurecer aproximadamente de duas a três semanas antes do que em toda a Europa,

sendo assim conhecida pela sua qualidade e sabor.

Barrô, única freguesia de Resende, encontra-se na porta de entrada do Douro

vinhateiro esta participação é deveras importante porque são pontos atractivos que o

concelho tem para oferecer onde se encontra, os lindos socalcos, paisagens naturais, o

rancho, artesanato e a gastronomia.

Resende é muito conhecido pelas suas famosas festas, das quais destacam-se: o

Festival da Cereja (primeiro fim de semana de Junho), a Feira de S. Cristóvão (25 de

Julho), Festa do Sr.º do Calvário (último domingo de agosto) e a Festa da Labareda

(festas concelhias que integram o feriado municipal a 29 de Setembro).

A níveis desportivos, o futebol sempre foi visto como o desporto rei no

município isto porque também era a única modalidade praticada no concelho. Os

acostumais jogos nas tardes de domingo, disputado por várias equipas do conselho

faziam mover um bom número de pessoas.

Fundado em 1929 o Grupo Desportivo de Resende é a organização desportiva

mais antiga do conselho, esta tem a singularidade de ser filial nº2 do Futebol Clube do

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EUGÉNIA PINHEIRO 5

Porto, instituição com a qual tem uma boa parceria a níveis desportivos e mantendo uma

boa relação.Com base nos bons resultados obtidos no âmbito do desporto escolar na

modalidade de ténis de mesa, nos finais dos anos 90 foi fundada a Associação de Ténis

de Mesa do Distrito de Viseu, depositada em S. Martinho de Mouros.

Devido a importância dada a actividade física por parte dos munícipes, a CMR

executou a construção de pavilhões desportivos, de piscinas bem como o Parque

Urbano, onde inclui algumas máquinas de ginástica e um alargado espaço verde para

que as pessoas desenvolvam ainda mais o gosto pela actividade física. Estes espaços são

fomentados com destino á formação, competição, recreio e ocupação dos tempos livres.

Resende já foi palco de enumeras competições oficiais de diversas modalidades,

sendo um município onde recebe estágios por parte de selecções nacionais e clubes

desportivos. Usufruindo do potencial do Rio Douro, os desportos náuticos tem sido uma

grande aposta por parte do município, levando mesmo alguns atletas ao campeonato

Europeu de Vela devido aos bons desempenhos.

Resende explora bastante o Desporto, tentando manter um estilo de vida

saudável através das diferentes modalidades desportivas onde são criados meios e

métodos para que todos ganhem interesse pela actividade física desportiva.

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EUGÉNIA PINHEIRO 6

2 – Caracterização do executivo municipal

O código administrativo de 1936, já nos Estado Novo, com redacção definitiva

em 1940 dividiu o território nacional em Conselhos, que se formam em Freguesias, e se

agrupam em Distritos, o Conselho tinha como órgãos próprios, o Conselho Municipal,

a Camara e o Presidente da Camara (citado por Correia Duarte,1994, p. 110).

Desde o 25 de Abril de 1974, Resende é um concelho que até a data dos dias de

hoje teve 3 presidentes. O primeiro presidente foi o Dr. Brito Matos, de 1974 a 2001, o

segundo presidente foi António Borges, que completou o seu 3º mandato terminando

assim o seu percurso autárquico, de acordo com a lei da limitação de mandatos. A

liderar neste mandato encontra-se o Dr. Manuel Garcez Trindade.

3 – Caracterização do Clube Desportivo Recreativo Juventude de Anreade

Fundado em 1999, o CRDJA foi uma associação fundada com intuito de facultar

aos jovens do município condições essenciais para a prática de futebol, com o propósito

de promover de uma maneira saudável, a ocupação dos tempos livres bem como a

extinção do sedentarismo.

Figura 4 Brazão do município

(https://www.google.pt/)

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EUGÉNIA PINHEIRO 7

Em 2008 esta colectividade foi reavivada,

porque anos antes esta entrou em decadência. Foi nesse

mesmo ano que se deu início a novas modalidades

desportivas - andebol e voleibol – onde foi estabelecida

uma sociedade com a Câmara Municipal de Resende,

entidade que financia e que cede técnicos, transportes,

infra-estruturas para que o clube continue a ter um bom

desempenho e rendimento desportivo. E com a entrada

destas novas modalidades o futebol deixou de ter tanta

importância neste meio, e também foi com esse intuito,

criar novas oportunidades pelo gosto de diferentes

modalidades.

4 – Caracterização do Centro Escolar de Resende

No concelho de Resende existem três centros escolares que pertencem ao

Agrupamento de Escolas de Resende. O Centro Escolar de Resende foi inaugurado no

início do ano lectivo de 2010/2011 onde reflecte o investimento por parte da autarquia a

nível da educação. O CER foi concebido como um espaço contemporâneo e equipado

com as novas tecnologias onde a nível de escola pública, esta tem retém bons padrões

de qualidade. O CER abrange crianças de Anreade, Cárquere, Felgueiras, Miomães e

Resende.

O CER é composto por treze salas

aplicadas ao primeiro ciclo e sete para

actividades do pré-escolar, tendo assim outros

espaços destinados á vertente pedagógica e

lúdica, o CER acolheu neste ano lectivo 137

alunos, distribuídos por 7 turmas do pré-escolar

e 12 turmas do primeiro ciclo preenchidas com

256alunos.

Figura 5-Símbolo do CDRJA

(http://www.google.pt/)

Figura 6-Centro Escolar de Resende (fonte própria)

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EUGÉNIA PINHEIRO 8

5 – Caracterização das infra-estruturas

Inaugurado em 1999, o Pavilhão da Escola EB2 de Resende, local onde

decorriam a maior parte das tarefas executadas por mim que eram a montagem dos

campos para a realização dos treinos, preparação do material para criar condições de

trabalho, observação dos treinos e mais tarde foi onde me pude mostrar como técnica de

Desporto, detém uma sala de ginástica anexa e um campo de jogos, este encontra-se

situado perto do CER o que possibilita a realização de treinos após as aulas sem que

haja o transtorno da deslocação móvel dos jovens atletas.

A sala de ginástica é uma sala bem constituída, onde decorrem os treinos de

voleibol das minis femininas e os treinos da academia de voleibol e ainda os treinos dos

bâmbis de andebol masculinos. Quanto ao campo, não foi concebido com as medidas

oficiais mas este campo é o ideal para a realização dos treinos de andebol do escalão de

bâmbis masculinos bem como os treinos da equipa da academia feminina de voleibol. O

facto de ter duas salas e poder haver treinos em simultâneo, este pavilhão foi assim

escolhido pelo CDRJA para a realização dos seus treinos. Este polidesportivo pertence

ao Agrupamento de Escolas de Resende.

Figura 7- Vista exterior pavilhão da escola EB2

(fonte própria) Figura 8- Campo de jogos pavilhão da escola EB2

(fonte própria)

Figura 10- Material do CDRJA no pavilhão da EB2

(fonte própria)

Figura 9- Sala ginástica do pavilhão da escola

EB2 (fonte própria)

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EUGÉNIA PINHEIRO 9

Em 1993, foi inaugurado o Pavilhão Municipal de Resende, neste lugar apenas

observava os treinos de andebol dos iniciados e foi neste pavilhão onde decorreu o

municipal de Gira-Vólei, como é um pavilhão com mais de dez anos encontra-se num

estado mais destituído e claro antiquado, o indício de que já está ultrapassado encontra-

se mesmo na cobertura que é feito com um material que é proibido por isso mesmo está

a ser retirado das escolas Portuguesas. Este pavilhão foi uma das primeiras infra-

estruturas concebidas deste género no concelho, num momento em que o desporto em

Resende era pouco abrangente, de maneira a que não possui grandes historiais.

Este pavilhão é muito utilizado pelos munícipes, são praticadas lá inúmeras

actividades desportivas, bem como é utilizado para os treinos de infantis e iniciados

masculinos de andebol do CDRJA.

Esta infra-estrutura pertence ao Agrupamento de Escolas de Resende.

Figura 11- Vista exterior do pavilhão municipal (fonte

própria) Figura 12- Vista interior do pavilhão municipal (fonte

própria)

Figura 13- Material do CDRJA no pavilhão

municipal (fonte própria)

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EUGÉNIA PINHEIRO 10

Inauguradas em 2006, as piscinas municipais cobertas situadas no centro da vila,

estas acima de tudo estão num espaço com vista privilegiada sobre o Douro e sobre a

serra do Marão, neste espaço eram onde decorriam as minhas observações às aulas

AMA, os treinos do clube de natação onde assisti pontualmente alguns e as aulas de

Hidroginástica actividade que desempenhei sozinha em algumas ocasiões. Esta área

contém duas piscinas, uma de 25 metros, é nesta piscina que decorrem os treinos do

Clube de Natação de Resende e tem um tanque de aprendizagem onde decorrem as

aulas de adaptação ao meio aquático, aprendizagem, manutenção e hidroginástica, tendo

também o material necessário para que todas as actividades corram bem. Estas piscinas

contêm um pequeno bar acima das piscinas, onde os familiares dos jovens atletas

possam ver os treinos ou aulas. Aqui também se encontra a sede do Clube de Natação

de Resende.

Figura 14- Vista interior das piscinas municipais

cobertas (fonte própria)

Figura 16- Arrumação material piscinas cobertas (fonte

própria) Figura 15- Arrumação material piscinas cobertas (fonte

própria)

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EUGÉNIA PINHEIRO 11

A 3,5 km do centro da vila de

Resende, situa-se o pavilhão gimnodesportivo

de Anreade que foi inaugurado em 2007,

neste espaço as minhas funções passaram por

observações dos treinos das juvenis de

Voleibol Femininas, foi neste pavilhão que se

realizou o estágio de Natal, os jogos de ambas

as modalidades, voleibol e andebol

concretizavam-se sempre neste espaço e

também foi aqui que me apresentei como

árbitra em diversos jogos.

Este pavilhão é o mais recente e

futurístico do concelho, é muito procurado

para a realização de torneios de futsal, é

utilizado também para dar treinos nas

modalidades de voleibol e de andebol nos

escalões mais altos, para além dos treinos

também acontece os jogos dessas mesmas

equipas femininas de voleibol e masculinas

de andebol, ambos pertencentes ao clube do

CDRJA. Para além do campo em si, este pavilhão possui de uma sala designada a sala

de actividades, onde é utilizada para trabalhar a parte da física localizada dos atletas.

Este pavilhão é utilizado como a sede do CDRJA. Por este pavilhão já passaram grandes

feitos como: final da Taça de Portugal de voleibol, jogos internacionais de voleibol e

fases finais de andebol “Next 21” e claro a nossa equipa de andebol co-financiada pelo

Futebol Clube do Porto trazia cá inúmeras equipas reconhecidas o que era um grande

feito para o concelho.

Figura 17-Vista exterior do pavilhão gimnodesportivo

de Anreade (fonte própria)

Figura 18-Sala de actividades do pavilhão

gimnodesportivo de Anreade (fonte própria)

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EUGÉNIA PINHEIRO 12

No CER, a minha função como estagiária era a observação de aulas práticas ao

1º ciclo e mais tarde foi me dada a liberdade de as leccionar sozinha. As aulas eram

leccionadas num pequeno campo, que era utilizado nos intervalos pelas crianças para

passar o recreio. Esta área era a suficiente para praticar as aulas de maneira a poder

trabalhar em conformidade a capacidade física, não só por ser ao ar livre como também

era um espaço amplo.

Na hipótese de as condições climatéricas não estarem apropriadas para que as

crianças praticassem as aulas outdoor, estas decorriam na sala de aula concretizando

actividades de acordo com a aprendizagem da educação física, como por exemplo as

regras das diferentes modalidades

Figura 20- Sede do CDRJA no pavilhão

gimnodesportivo de Anreade (fonte própria) Figura 19- Arrumação do CDRJA no pavilhão

gimnodesportivo de Anreade (fonte própria)

Figura 21- Campo de jogos pavilhão gimnodesportivo

de Anreade (fonte própria)

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EUGÉNIA PINHEIRO 13

Figura 22-Campo de jogos e espaço de aula do CER (fonte própria)

Figura 23- Arrumação do material do CER para AFD (fonte

própria)

Figura 24-Sala de AFD e espaço de recreio (fonte própria)

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EUGÉNIA PINHEIRO 14

PARTE 2 - REVISÃO

BIBLIOGRÁFICA

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EUGÉNIA PINHEIRO 15

1 - O desporto e actividade física

Neto (1994) refere que o desporto é uma actividade que nos seus pressupostos deve

contemplar a promoção dos valores humanos, os princípios de solidariedade e a

cooperação social e cultural entre os seus intervenientes.

Segundo Bento (1998), quer se fale de crianças e jovens, de adultos, de idosos, e de

deficientes, de rendimento ou recreação, o desporto é em todos os casos um meio de

concretização de uma filosofia do corpo e da vida, constituindo uma esperança para a

necessidade de vida.

O termo actividade física, é um fenómeno/comportamento extremamente complexo,

sendo hoje em dia definido como um conjunto de comportamentos que inclui todo o

movimento corporal, ao qual se atribui um significado diferente de acordo com o

contexto onde se realiza (Sallis e Owen, 1999).

A adesão à prática de actividade física é uma componente de um processo complexo

que envolve o desenvolvimento, a aprendizagem e a assimilação de competências,

valores, normas, auto percepções, identidades e papéis proporcionados por diferentes

variáveis do enquadramento familiar e do envolvimento social, como o grupo

sociodemográfico, a profissão, a educação e a área de residência, que podem ser

potenciais factores de influência na prática da actividade física das crianças e dos

adolescentes no seu tempo livre (Yang et al., 1996).

Embora as evidências existentes das causa-efeitos entre o aumento da actividade

física habitual e os benefícios para a saúde não sejam definitivas, pelo menos há uma

série de informações suficientemente importantes para que se admita que estilos de vida

activos, em conjunto com outros comportamentos positivos serão benéficos para a

saúde (Haskell e col., 1985, citado por Mota, 1992b).

Se nas idades mais baixas, a prática de actividade física, não garante um adulto

saudável e liberto dos chamados factores de risco das doenças coronárias, pode, no

entanto equilibrar o efeito de dietas desregradas, introduzir hábitos de actividade física e

promover uma alimentação saudável (Gomes, 1993a).

É importante refinar que os benefícios que a actividade física traz á saúde são

eficazes se o individuo aplicar correctamente todos os métodos, isto inclui não só

exercício físico mas como também alimentação e o meio ambiente, isto para que

conjuntamente traga benefícios a nível físico e psicológico. Pereira e Neto (1999),

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EUGÉNIA PINHEIRO 16

salientam que quanto mais reduzidas forem as experiências na infância, menores são as

capacidades de opção, já por si bastante limitadas pela oferta.

É fundamental que se ensine e promova actividade física regular desde a infância de

modo a que factores externos ao processo de envelhecimento natural desempenhem um

papel neutro ou positivo (Astrand, 1992, citado por Gomes, 1993a).

Hoje em dia o desporto está mais afirmado na sociedade, assiste-se assim a uma

evolução da sociedade não só virada para o trabalho mas também reservando assim

algum tempo de lazer, de cultura e de desfrute da vida. Isto verifica-se dia após dia, bem

como o i9ncute de uma boa alimentação e de um bom meio ambiente.

2 - O desporto para crianças e jovens

A AF, quando realizada durante o tempo de lazer, pode levar a um aumento

significativo no dispêndio energético com influência positiva no estado de quem a

prática.

As práticas desportivas e AF, quando vistas como lazer, assumem papel de

destaque, principalmente quando nos referimos a jovens. O tempo livre dos jovens é

uma problemática de organização e gestão muitas vezes difícil e que está directamente

relacionada com os constrangimentos da sociedade actual.

A actividade motora de cariz lúdico é uma necessidade urgente em alternativa ao

sedentarismo, à fragilidade e inadaptação motora, vigentes numa sociedade em que as

restrições às oportunidades de movimento são constantes (Mota & Rodrigues,1999). É o

esforço em manter a criança intelectualmente activa e corporalmente passiva (Neto,

1997). É a tentativa de equipar a criança com o maior número de competências

esquecendo-se que algumas delas são estar, brincar, dormir, pensar e descansar.

Este processo de desenvolvimento não se processa de forma automática, é

necessário proporcionar à criança oportunidades de vida em que lhe seja possível

proceder à exploração de si, dos outros e dos contextos em que se inserem, para

gradualmente procederem a uma descentração de si, sendo capazes de se situarem como

sujeitos singulares no meio dos outros (Pereira, 1993). É durante este processo que a

criança faz as suas aquisições que, segundo Bruner (1986), se tornam mais rápidas se

acontecerem em contextos lúdicos enriquecidos. As AF, enquanto ocupação dos tempos

livres, assumem um papel de relevo no que concerne à aquisição de hábitos de vida

saudável.

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EUGÉNIA PINHEIRO 17

As AF lúdicas de ocupação de tempos livres devem ser um meio fundamental da

educação pois favorecem o desenvolvimento integral dos jovens, constituindo a base

para o equilíbrio físico e psicossocial fundamental no bem-estar geral.

As AF fazem parte da ocupação dos tempos livres dos jovens, mas esta

participação pode estar dependente do apoio da família, dos colegas e dos professores,

visto serem estes os agentes com mais influência junto dos jovens (Carvalhal, 2000).

Martins (2005) refere que a prática de AF favorecem e podem ser fundamentais

no desenvolvimento de um estilo de vida saudável. O autor refere ainda que estas

práticas decrescem na adolescência, pelo que é essencial promover hábitos desportivos

nestas faixas etárias de modo a promover estilos de vida saudáveis que se prolonguem

na vida adulta.

Matos (2003) valida a ideia de que a actividade física seja na escola ou nos

tempos livres, de carácter lúdico ou a prática de modalidades desportivas, assumem um

papel cada vez mais relevante na promoção da saúde.

Garton & Pratt (1991) declaram que a idade da adolescência influencia as

escolhas das actividades dos tempos livres, pois é nesta fase que ocorrem mudanças

significativas a nível pessoal e social.

3 – Modalidades Colectivas

Actualmente, o desporto possui uma enorme popularidade a nível mundial, o que

leva milhões de crianças e adolescentes a praticá-lo em escolas de iniciação desportiva.

De entre as inúmeras modalidades desportivas, os jogos colectivos são os que possuem

mais adeptos.

As modalidades colectivas são compostas por muitas modalidades, que evoluem

com o passar do tempo. As modalidades colectivas possuem características comuns e

específicas que, ao serem trabalhadas de forma adequada, auxiliam no desenvolvimento

motor, cognitivo e social do indivíduo (Scherrer; Gallatti, 2008).

Oliveira (2008) cita que professores e gestores de escolas desportivas devem

preocupar-se em criar um ambiente que ofereça condições óptimas para uma evolução

das habilidades e rapidez na tomada de decisão no momento de solucionar problemas,

ocasionando assim, uma excelente base cognitiva e motora para o jovem atleta.

Segundo Mesquita (2009), as metodologias de ensino e treino acompanham a

própria evolução dos jogos ao longo dos tempos, havendo necessidade de ajustar as

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EUGÉNIA PINHEIRO 18

exigências das modalidades à necessidade de maior rentabilidade dos jovens praticantes

de desporto.

No ensino dos jogos desportivos colectivos deve-se dar ênfase à cooperação

entre os praticantes, uma vez que as acções individuais condicionam as acções

colectivas, para que os vários elementos desenvolvam a capacidade de jogar em equipa

e de se adaptarem às diversas situações imprevisíveis que surgem durante os jogos,

podemos pois afirmar que os jogos desportivos colectivos são de natureza complexa e

dinâmica.

Segundo Garganta (1995) como citado em Costa, Lima, Matias e Greco (2007)

modalidades colectivas como futebol, basquetebol, futsal, andebol e voleibol ocupam

um lugar de destaque na actividade física escolar entre as quais merecem um melhor

destaque Voleibol e Andebol.

O Jogo Desportivo Colectivo constitui uma actividade social organizada, com

uma forma específica de prática na qual o exercício físico assume um caracter

iminentemente lúdico (Teodorescu,1984).

3.1 – Modalidade Colectiva – Voleibol

Segundo Mesquita (1996), como citado em Faria (2006), o Voleibol ao contrário

da maioria dos Jogos Desportivos Colectivos, caracteriza-se pela ausência de invasão do

terreno de jogo adversário, não havendo como tal contacto físico entre os intervenientes

– participação alternada das equipas no jogo – a bola, e de não ter qualquer

condicionamento de tempo para jogar.

Para Moutinho (2000), como citado em Faria (2006), o Voleibol apresenta

diversas condicionantes, que faz aumentar o grau de complexidade do jogo, tais como o

limite de três toques por equipa e de dois consecutivos pelo mesmo jogador em cada

jogada, a rotação obrigatória dos jogadores passarem por todas as posições (à excepção

do jogador libero, especialista nas acções de recepção), a impossibilidade de agarrar a

bola, aglutinando as acções de receber e enviar numa só, reforçado ainda com a elevada

velocidade e variabilidade do jogo.

Apesar da classificação dos jogos desportivos obedecera critérios muito

diversificados, o voleibol pode ser considerado como:

- Um jogo desportivo por equipas, jogado directamente com a mão, com

deslocação normal e com luta indirecta pela bola (Teodorescu, 1984);

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EUGÉNIA PINHEIRO 19

- E em que o espaço da acção motora de cada equipa é separado e a sua

participação alternada (Moreno,1984).

O papel pedagógico do jogo reduzido ao jogo formal é que o jogo deve estar

presente em todas as etapas de aprendizagem do Voleibol.

Ele constitui um meio pedagógico fundamental ao possibilitar a obtenção de

prazer e de êxito, condições indispensáveis para a obtenção de sucesso em qualquer

actividade.

É do conhecimento geral, e defendido pela maioria dos autores da especialidade,

que a prática do jogo formal (modelo 6x6) ao nível da iniciação se constitui inadequada.

Tal constatação deve-se ao facto de a ruptura do jogo ser uma constante pela dificuldade

de sustentar a bola no espaço aéreo (devido, fundamentalmente, á grande extensão do

espaço de jogo), contactando a criança com a bola um número de vezes muito reduzido.

Através de estudos efectuados na analise do ensino em educação Física,

verificou-se que o número, o tipo e a qualidade das experiencias são factores que

influenciam os ganhos na aprendizagem (Silverman, 1985;Graham, 1987; Buck &

Harrison, 1990; Buck, Harrison & Bryce, 1990).

(Ulatowski, 1975) diz que sem o conhecimento das características do exercício

em particular das suas vantagens e desvantagens é pouco provável que a sua utilização

seja racional. Já (Rieder, 1989), afirma que para o principiante os exercícios devem ser

realizados de forma atenuar as principais dificuldades, o que obviamente vai facilitar a

execução técnica.

3.2 – Modalidade Colectiva – Andebol

Para Garganta (1997), como citado em Pereira (2011) o jogo de Andebol é

considerado como um jogo desportivo colectivo de cooperação-oposição, de grande

imprevisibilidade, aleatoriedade e incerteza, onde as equipas disputam o mesmo

objectivo a vitória, gerem o tempo e espaço em proveito próprio e realizam acções de

sinal contrário (uma ataca a outra defende), marcando golos.

O jogo desportivo colectivo representa uma forma de actividade social

organizada, uma forma especifica de manifestação e de pratica do exercício físico, com

caracter lúdico e processual, na qual os participantes (jogadores) estão agrupados em

duas equipas numa relação de antagonismo não hostil (rivalidade desportiva), relação

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EUGÉNIA PINHEIRO 20

determinada pela disputa através de luta com vista a obtenção da vitoria desportiva,

(Teodorescu, L., in Problemas de Teoria e Metodologia nos Jogos Colectivos).

Nestas idades a criança joga, não compete. Ou, se preferirmos, não a preocupa a

competição de forma regulamentada. O esforço e, consequentemente, o desgaste que

dele deriva, motivado todo ele pela responsabilidade da competição, são realidades que

lhe são alheias. A competição instala-se na maturidade psicológica, em que a pessoa

atende e retém os múltiplos requisitos indo de encontro mutuo entre as equipas.

Estas idades despertam para o desporto, jogando.

Sem pressas, porque o domínio do gesto, ainda não desportivo, configura, quase

sem darmos conta, toda a forma de ser do futuro andebolista.

A tempo está o Treinador/Educador de corrigir posturas defeituosas, erros de

apreciação e movimentos descontrolados, (Coca, S., in Psicopedagogia aplicada al

Balonmano).

A acção individual não é um conceito unilateral da táctica ofensiva ou se

preferirmos do procedimento táctico que a representa, mas sim um complemento da

mesma. O desenvolvimento da táctica colectiva deve basear-se nas qualidades de

observação, (Barcenas, D.,in Táctica Colectiva Ofensiva).

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EUGÉNIA PINHEIRO 21

PARTE 3 –

DESENVOLVIMENTO DO

ESTÁGIO

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EUGÉNIA PINHEIRO 22

1 – Objectivos

A consolidação das continuadas políticas desportivas do concelho, carece de um

sentido de definição de estratégias e actividades desportivas que serão implementadas

pela autarquia local, para ampliar e intensificar essas mesmas.

É particularmente importante construir esses alicerces para atingir os objectivos

pretendidos, e assim poder utilizar todos os recursos fornecidos pela instituição para que

vá de encontro às carências das pessoas a que se destinam.

A autarquia tem como principal objectivo promover o desporto e a actividade

física, regular aos munícipes, para que estes tenham uma melhor qualidade de vida para

que possam atingir um equilíbrio a nível físico e psíquico. Uma das principais

preocupações da autarquia é também fornecer á população de Resende uma vasta rede

de várias e diferentes modalidades desportivas, bem como o encorajamento á formação

na área do desporto. Com isto o resultado faz com que haja um ímpeto à prática

desportiva e aos eventos desportivos.

Fomentar a prática desportiva no contexto escola e criar laços com as freguesias do

concelho promovendo a prática desportiva. Como objectivos específicos por parte da

autarquia, esta tem que se desenvolver para que faça com que haja parcerias com os

clubes locais e estimular a prática desportiva no contexto escola

1.1 – Objectivos pessoais

Retirar o máximo de aprendizagem a nível teórico e prático acerca das

modalidades colectivas onde estive inserida, voleibol e andebol como

também na modalidade individual hidroginástica;

Ganho de aptidão para saber lidar com as crianças e jovens, e daí surgir a

evolução do saber realizar trabalhos e trabalhar em equipa;

Conhecer a realidade desportiva no concelho de Resende bem como iniciar

uma relação com o meio envolvente.

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EUGÉNIA PINHEIRO 23

2. – Metodologias aplicadas

Como actividades desenvolvidas no decorrer do meu estágio, essencialmente

esteve presente a observação de aulas do 1º ciclo, onde eram realizados exercícios de

desenvolvimento e compreensão acerca das modalidades de Natação, Voleibol e

Andebol, também acompanhei os treinos de Voleibol e Andebol (Femininos e

Masculinos) onde diversifiquei e atenuei um enredo de conhecimentos e por fim tive a

oportunidade de leccionar aulas de hidroginástica.

Observação

A primeira fase do estágio consiste na observação, é nos permitido acompanhar

e visualizar o trabalho dos profissionais contribuindo assim para o aumento das

competências. Nesta eu realizei a observação de treinos de andebol e voleibol,

observando alguns dos jogos bem como o comportamento dos treinadores e respectivos

atletas e também observei aulas de AFD no pré-escolar.

Coorientação

A coorientação surge assim após os conhecimentos adquiridos a partir da

observação, aqui já nos sentimos á vontade para assumir pequenas tarefas. De uma

maneira progressiva assume-se tarefas de ajuda no treino assim como a planificação das

aulas dadas como par educativo. Em síntese, a coorientação compreende assim o

acompanhamento e participação na área do treino e nas aulas do pré – escolar.

Orientação

Por ordem estratigráfica, esta é a fase onde nos sentimos competentes para

direccionar sessões de treino, orientar as equipas nos jogos assim como instruir as aulas

de AFD. Depois de todas a etapas bem concluídas é nesta que nos sentimos capazes de

aplicar todo o nosso conhecimento.

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EUGÉNIA PINHEIRO 24

3 - Actividades desenvolvidas

As actividades desenvolvidas durante o período de estágio encontram-se

reunidas em duas especialidades, uma de carácter contínuo e outra de caracter pontual.

As actividades de caracter contínuo foram todas aquelas que eu executei durante todo o

meu período de estágio ao longo das semanas, dentro dos horários estipulados, ou seja

treinos e aulas e as actividades de carácter pontual caracterizam-se por serem realizadas

pontualmente com isto quero dizer que está associado relativamente a celebração de

grandes datas ou eventos organizados pelas associações.

3.1 – Actividades de tipo carácter contínuo

Iniciei assim o meu estágio com o horário estabelecido pela empresa onde me foi

dada a oportunidade de aprendizagem. Assim sendo semanalmente tinha aulas no CER

com as crianças do pré-escolar e alternadamente treinos de voleibol e andebol do

CDRJA. Pontualmente foi-me dado a liberdade e a oportunidade de dar algumas aulas

de hidroginástica.

Semana Voleibol

Tabela 1- Horário semana voleibol

Dia da Semana

Local Hora Actividade

Quinta-Feira

Centro Escolar 11:30/ 13:30 - 15:30/17H Aulas práticas ao 1º Ciclo

Pavilhão EB2

17/19H

Acompanhamento,

observação e participação no

treino da equipa de Voleibol

de Cadetes/Minis e Infantis

Feminino.

Sexta-Feira

Centro Escolar 11:30/ 13:30 - 11:30/17H Aulas práticas ao 1º Ciclo

Pavilhão

Anreade 17/19h

Acompanhamento,

observação e participação no

treino da equipa de Voleibol

das Juvenis Femininas.

Fim-de-Semana

JOGOS DAS EQUIPAS

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EUGÉNIA PINHEIRO 25

Semana Andebol

Tabela 2- Horário semana andebol

Dia da Semana Local Hora

Actividade

Quinta-Feira

Centro Escolar 11:30/ 13:30 - 11:30/17H Aulas práticas ao 1º Ciclo

Pavilhão EB2

17/19H

Acompanhamento,

observação e participação no

treino da equipa de Minis e

Infantis de Andebol

Masculino.

Sexta-Feira

Centro Escolar 11:30/ 13:30 - 11:30/17H Aulas práticas ao 1º Ciclo

Pav. Anreade

17/19h

Acompanhamento,

observação e participação no

treino da equipa de Bâmbis

de Andebol Masculino.

Fim-de-Semana

JOGOS DAS EQUIPAS

Figura 25- Equipa voleibol (fonte própria)

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EUGÉNIA PINHEIRO 26

Durante os meus primeiros meses de estágio, eu juntamente com o meu

supervisor acompanhava a AMA. As aulas eram assim preparadas e delineadas por ele,

eu apoiava em algumas tarefas.

Tabela 3- Horário semana das aulas AMA

Dia da Semana Local Hora

Actividade

Quinta-Feira Piscinas Municipais

Cobertas 19/20:30H

Observação das

aulas AMA

Sexta-Feira Piscinas Municipais

Cobertas 19:20:30H

Observação das

aulas AMA

Figura 26- Equipa Andebol (fonte própria)

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EUGÉNIA PINHEIRO 27

3.1.2 - Treinos de voleibol

A equipa era constituída por cerca de 35 atletas, durante esta época de estágio

colaborei em cerca de 25 treinos, classificados pelos escalões de minis, infantis, cadetes

e juvenis. A modalidade Voleibol era dirigida por 3 técnicos o meu supervisor de

estágio Jorge Barbosa (treinador das cadetes e juvenis), o técnico de desporto Tiago

Fonseca (treinador das infantis) e o técnico de desporto Hugo Monteiro (treinador das

minis). Esta distribuição de treinadores foi feita durante os meus primeiros meses de

estágio, depois cada técnico subiu um escalão passando eu depois assumir e controlar

sobre as minis, visto que este escalão não possuía competição, fui trabalhando com elas

noções básicas de voleibol e preparando-as para possíveis concentrações e claramente

fui progressivamente incutindo o gosto pela modalidade.

Os treinos das minis, infantis e cadetes eram realizados no mesmo horário e no

mesmo espaço, separados por pequenos campos, o facto de treinarem no mesmo

ambiente tinha o lado positivo visto que era gratificante para mim como iniciante neste

tipo de actividades, pois poderia observar os meus colegas a trabalhar, e dai tirar partido

de colocar as minhas duvidas bem como trocar opiniões, como também era para as

jovens atletas pois podiam se inspirar em escalões acima para chegar mais longe. Nos

primeiros meses de estágio nos treinos de voleibol as minhas tarefas eram cooperar na

instalação de campos, levar o material necessário para a sessão e a observação dos

treinos, gradualmente comecei assim a ser agregado á equipa, isto fez com que, em

primeiro entender os objectivos dos exercícios bem como a sua utilidade e claro deu-me

uma mais-valia para estar a vontade em dar feedbacks, fazendo rentabilizar mais o

Figura 27- Alunos das aulas AMA (fonte própria)

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EUGÉNIA PINHEIRO 28

treino, que faz com que as atletas dessem o máximo em todos os treinos. No final dos

treinos, as atletas iam de encontro aos transportes para casa, e geralmente, os treinadores

mantinham-se no pavilhão, arrumar a sala e respectivo material, a falar sobre os pontos

fortes e fracos do treino, sobre a equipa no geral e bem como a evolução das atletas.

3.1.3 - Treinos de andebol

Nos treinos do andebol enquadrei-me em cerca de 25 treinos, esta modalidade era

constituída por cerca de 40 crianças distribuídas pelos seguintes escalões: bâmbis,

minis, infantis e iniciados. Neste ramo estavam dispostos 3 técnicos disponíveis:

Professora Joana Severino (treinadora dos iniciados), técnico de Desporto Tiago

Fonseca (treinador dos minis e infantis) e o técnico de desporto Hugo Monteiro

(treinador dos bâmbis). Inicialmente a minha tarefa neste ramo era observar e passar por

todos os escalões para desenvolver a minha capacidade de ensino, de aprendizagem e de

cooperação entre os colegas. Com o passar do tempo, aos poucos fui-me integrando na

equipa técnica, tal como nos treinos de voleibol, e nesta etapa foi me dada a

oportunidade de inúmeras vezes seguir a equipa dos bâmbis sozinha, considerando isto

como um voto de confiança, visto que para além da aprendizagem que estava a realizar

no momento viram-me como uma colaboradora e uma mais-valia para a produção e

melhoria de bons treinos.

Na conclusão dos treinos, esta coincidia com o fecho do ano lectivo, como já não

havia competição, os técnicos realizavam mini jogos entre os atletas, porque era o que

eles mais pediam já para o final, e claro, como forma de agradecer a eles o empenho e

dedicação os técnicos assim o permitiram.

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EUGÉNIA PINHEIRO 29

3.1.4 - Adaptação ao meio aquático

As aulas AMA foram um acréscimo ao meu horário, que se prolongou até ao final

do ano, isto devido à escassez de miúdos. As aulas decorriam nas piscinas cobertas às

quintas-feiras, das 19 às 20h. No início tínhamos cerca de 7 crianças, este número foi

diminuindo para 3 crianças habituais, estas eram bastante inconstantes nas presenças,

sendo estas aulas destinadas a crianças por volta dos 4 anos. As aulas AMA decorriam

no tanque de aprendizagem, onde eram leccionadas pelo Professor Jorge Barbosa e

contava com o apoio do Técnico Hugo Monteiro. Durante o estágio participei em cerca

de 20 aulas. Aproveitando a oportunidade de poder seguir este tipo de aulas nas

piscinas, aproveitava também para passar algum tempo a observar outro tipo de aulas,

isto é, relacionado com a manutenção e aprendizagem no meio aquático. Pontualmente

assistia aos treinos do clube de natação. Esta experiencia na piscina ajudou bastante a

nível de conhecimentos, porque acrescentei conteúdos básicos essenciais á minha

formação isto ajuda no bom desempenho como profissional.

3.1.5 – Hidroginástica

As aulas de hidroginástica eram realizadas nas piscinas cobertas, no tanque de

aprendizagem. A turma era constituída por cerca de 12 pessoas, sendo este um número

variável, bem como as idades dos alunos. As aulas decorriam às quintas-feiras das 16-

17h e das 18-19h e às sextas eram das 18h-19h, foram leccionadas por mim 6 aulas.

Este programa não estava previsto no meu estágio, mas visto que a professora habitual

Daniela Moura se ausentou algumas semanas, foi-me dado esta excelente oportunidade

que foi, leccionar as aulas dessas semanas, e devo dizer que foi uma experiencia muito

agradável. Como instrutora foi a minha primeira vez bem como preparar uma aula desse

género. Encontrei um grupo bastante coeso e trabalhador, exigindo de mim um bom

desempenho. No final retiro a boa experiencia e os bons feedbacks que recebi dos

alunos, são estes pequenos trabalhos que fazem de nós grandes profissionais.

3.2 – Actividades de carácter pontual

Enquanto permaneci no meu estágio, envolvi-me e acompanhei uma serie de

actividades favoráveis para a minha formação.

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EUGÉNIA PINHEIRO 30

3.2.1 - Jogos de Voleibol

Nesta modalidade acompanhei apenas os jogos do escalão das juvenis, visto que

eram as únicas que possuíam competição, acompanhando assim o Campeonato

Nacional de Juvenis. O grupo da equipa CDRJA era constituído pelas seguintes equipas:

CNS ROSÁRIO, SC ARCOZELO, SC BRAGA, ESMORIZ GC e GDC GUEINFÃES.

1/03/2014 - CDRJA - SC Arcozelo;

9/03/2014 - Esmoriz GC - CDRJA;

22/03/2014 – GDC Gueifães - CDRJA;

5/04/2014 – CDRJA - Esmoriz;

12/04/2014 – CNS Rosário - CDRJA;

4/05/2014 – CDRJA - GDC Gueifães

3.2.2 - Concentrações de Voleibol

Antes de se iniciarem as competições, a equipa CDRJA participou numa

concentração de voleibol em Viseu. Estas concentrações são importantes para afinar

alguns erros e visualizar o trabalho feito com as atletas, perceber o seu nível bem como

a capacidade de entender o jogo e de jogar. Normalmente estas concentrações são

realizadas antes e depois do inter-regional, mas nesta época o clube só participou na

concentração de abertura.

Habitualmente estas concentrações decorrem em pavilhões e são disputadas em

vários jogos á melhor de três sets.

Assim sendo acompanhei e observei as seguintes equipas: Viseu, Lamego, Bragança

e Guarda.

Foi muito benéfico acompanhar esta concentração, primeiro porque foi a primeira

vez que me inseri num meio destes e porque também pude perceber a funcionalidade

dos treinadores neste tipo de ambiente. Foi muito gratificante pois a partir das

observações adquiri competências que me permitiram crescer no conhecimento da

modalidade bem como saber ser um bom técnico.

Neste dia não só observei mas como também ajudei na preparação de alguma

logística, ajudei na resolução de alguns problemas inesperados, orientei a equipa ao

respectivo campo assim como acompanhei as atletas no balneário, tranquilizando-as dos

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resultados obtidos jogo a jogo, foi me dada a oportunidade de fazer parte da mesa e

também arbitrar alguns jogos.

Assim sendo foi um dia de acumulação de aprendizagem, portanto só retiro

vantagens desta oportunidade.

Figura 28- Equipa de Juvenis do CDRJA (fonte própria)

3.2.3 - Estágio de Natal

O estágio de Natal do CDRJA realizou-se em Anreade no pavilhão desportivo, na

semana de 16 de Dezembro a 20 de Dezembro com a duração de 5 horas diárias tendo

como público-alvo os quatro escalões de voleibol do CDRJA: minis, infantis, cadetes e

juvenis, no total havia cerca de 30 atletas. Neste estágio marquei presença em dois dias

(19 e 20), dado que nessa semana encontrava-me em avaliações na escola. Neste

projecto de trabalho foi-me dado a oportunidade de orientar e acompanhar o escalão da

equipa de minis, executando exercícios dados pelo meu supervisor, seguindo assim um

plano de treino para ganhar alguma autonomia nas várias ramificações da abordagem do

treino, bem como me fazia acompanhada com as correcções e orientações do próprio

supervisor.

Esta semana de estágio tinha o seguinte horário:

- Início: 9:30h;

- Pausa para repouso alimentar: 11:00 h;

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- Pausa para almoço: 12:30 h (com a duração de duas horas, em que as atletas

aproveitavam para, descansar, conviver e os técnicos aproveitavam para conhecer

melhor as atletas e mostrar vídeos sobre a modalidade);

- Reinício dos treinos: 14:30 h;

- Final: 17:00 h.

Esta semana de estágio foi proposta devido a actividade contínua de melhoramento

do rendimento das atletas, potenciar as capacidades físicas e aperfeiçoar técnicas e

tácticas das mesmas, visto que todo o trabalho é importante para não haver rupturas de

treino, ou seja uma paragem prolongada durante as férias de natal. Esta semana foi

concebida para manter o ritmo das atletas, desenvolver capacidades de valorização

como o esprito desportivo, o fair-play, manter o espirito de equipa, promover a união

entre os jovens de diferentes escalões etários e fundamentalmente difundir a prática de

actividade física porque as principais competições já se avistavam

Figura 29-Estágio de Natal Do CDRJA voleibol (fonte estagiário)

Figura 30-Estágio e Natal do CDRJA voleibol (fonte estagiário)

3.2.4 - Municipal de Gira-vólei

O municipal de Gira-vólei realizou-se no dia 26 de Abril de 2014, e é um evento

onde junta muita gente de várias freguesias do concelho para apoiar filhos, netos e

amigos. Esta actividade decorreu este ano no pavilhão desportivo da escola secundaria

Egas Moniz, mas normalmente este evento desencadeia-se no exterior, devido a

condições climatéricas foi realizado no interior do pavilhão, não tendo assim tanta

visibilidade, ainda assim juntou bastantes espectadores. Estiveram presentes cerca de

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EUGÉNIA PINHEIRO 33

100 atletas de vários escalões etários, femininos e masculinos, para tentar chegar á

derradeira fase final, prémio que todos os atletas esperam alcançar, as Nacionais de

Voleibol. Nesta actividade organizada principalmente sob ordens do meu supervisor, as

minhas tarefas foram as seguintes: montagem de dez campos, montagem do sistema de

som, apontar resultados, e ajudar os atletas nas arbitragens. No final cooperei no arrumo

dos materiais bem como na entrega de prémios.

Estes eventos são vistos como grandes feitos para a localidade e muito bem

reconhecidos devido á forma como decorrem e como são organizados pois Resende é

um concelho que aposta na actividade física ao mais alto nível.

Figura 31-Gira-Vólei (fonte própria)

3.2.5 - Jogos de Andebol

Durante o meu estágio tive consideráveis participações no que concerne á

modalidade de andebol acompanhando os vários escalões nas competições num vasto

leque de jogos, isto devido á carência de técnicos para acompanhar as equipas nas

competições.

Iniciados

1/12/13 CDRJA - Falcão;

8/12/13 CDRJA - ABC Nelas;

15/12/13 Moimenta da Beira - CDRJA;

21/12/13 ABC Nelas - CDRJA;

15/02/14 CDRJA - Moimenta da Beira

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Minis A e B

10/01/14 Lamego - CDRJA;

B-10/01/14 Lamego - CDRJA;

A- 30/03/14 AC Viseu - CDRJA;

B-30/03/14 AC Viseu - CDRJA;

A- 9/4/14 CDRJA - Penadomo;

B- 9/04/14 CDRJA - Penadomo

Todas estas participações nos jogos foram essenciais, porque pude contactar com

os mais variados técnicos e saberes diferentes, fazer conhecimentos na área e aprender

não só com os técnicos responsáveis das equipas mas como também saber estar com

equipa e saber ser com os atletas.

Figura 32-Equipa de Bâmbis do CDRJA (fonte própria)

Figura 33- Equipa de Minis do CDRJA (fonte própria)

3.2.6 - Clube de Natação

No dia 15 de Março de 2014, por iniciativa própria decidi acompanhar o clube

de natação a uma das provas que se realizou em Penalva do Castelo, esta opção foi

devido ao meu fascínio existente pela competição em si e por observar e respeitar o

trabalho árduo das atletas durante a semana. Foram raros os treinos que presenteie, mas

nunca deixei de dar os meus conselhos as atletas devido ao meu a vontade com elas,

pois a equipa era constituída maioritariamente por meninas, existindo apenas dois

rapazes. A minha função neste dia foi acompanhar as atletas às instalações, apontar os

tempos executados em cada prova e controlar alimentação. Os resultados foram

favoráveis para algumas das atletas, atingindo ainda assim o pódio. Estes resultados são

gratificantes para todo o enredo envolvido no clube, apesar de ser dirigido

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EUGÉNIA PINHEIRO 35

exclusivamente pelo meu supervisor, os treinos são efectuados por três técnicos, onde

estes lutam apenas e unicamente pelo sucesso e principalmente pelos bons

desempenhos.

Figura 34- Circuito de natação em Penalva do Castelo (fonte própria)

3.2.7- Actividades do CER

Como é de conhecimento racional em todos os estabelecimentos de ensino durante o

ano lectivo são propostas e organizadas as demais variadas actividades para celebrar e

marcar as variadas datas e outras que se enquadram na parte lúdica, todas elas

pertencentes no Plano Anual de Actividades, instituído pelo Agrupamento de Escolas,

assim sendo estas são:

S. Martinho;

Natal;

Carnaval;

Pascoa;

Dia da criança;

Teatro;

Fim das actividades e do ano lectivo.

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3.2.8 – Actividades de Substituições

Como técnica estagiária da CMR, tinha de estar preparada para quaisquer

eventualidades que pudessem surgir, estando sempre disponível para possíveis

substituições. Nestas substituições leccionei aulas de AFD a turmas do primeiro ciclo de

ensino básico, leccionei aulas de natação nas piscinas municipais aos mesmos, dei

treinos de andebol várias vezes aos bâmbis, dei treinos às bâmbis de voleibol, é

importante referir que nos treinos eu segui sempre planos dados pelos técnicos das

respectivas equipas e por último substitui na hidroginástica por várias vezes, seguindo o

meu próprio plano de treino.

Eu achei muito gratificante substituir os técnicos porque me ajudou a ganhar

autonomia e a ser responsável.

3.2.8– Mondim de Bastos

No dia 28 de Junho de 2014, realizou-se o dia da Actividade Física para os Jovens

no concelho de Mondim de Bastos, onde o Clube do CDRJA participou levando as

equipas de Andebol Masculina e as equipas de Voleibol Feminina. Havendo apenas

prémios de participação, as equipas prestaram excelentes resultados, este foi um dia

muito cansativo para todos os atletas envolvente nas actividades de entre elas

destacavam-se o Voleibol, o Andebol, o Futebol e o Atletismo. Foi um dia importante

porque pude contactar com vários técnicos, vários atletas e com varias modalidades.

Quando se deu por terminado todas as actividades e entregas de prémios, chegou a

altura de regressar a Resende para

participar na tão importante gala de

desporto.

Figura 35- equipa das juvenis em Mondim de Bastos

(fonte própria)

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EUGÉNIA PINHEIRO 37

3.2.9 - IV Gala de Desporto do município de Resende

Esta foi a ultima actividade em que participei como estagiária na CMR, esta gala

deu-se no dia 28 de Junho de 2014 onde a minha função foi arrumar todo o espaço,

ajudar na organização dos prémios a serem entregues e também encaminhar os

convidados para os respectivos lugares (presidentes das juntas de freguesia e restantes

autoridades politicas, representantes dos clubes e os atletas). Esta gala existente

anualmente é das poucas actividades exclusivas da região, ou seja é uma gala para

distinguir o melhor atleta de cada modalidade em todos os escalões, bem como o atleta

do ano e também o atleta revelação.

O concelho de Resende abrange sete modalidades havendo um premio de distinção

em todas elas. Esta gala é concebida para reconhecer o trabalho realizado de todos os

envolvidos no Desporto e premiar todos os feitos alcançados, reconhecimento de

talento, dar alento para a continuada prática de actividade física, motivação e claro

proporcionar o gosto pelas diferentes modalidades que Resende oferece de mãos abertas

aos jovens, exigindo apenas esforço, dedicação e empenho.

Figura 36-Premiados da IV Gala de Desporto (fonte própria)

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PARTE 4 - REFLEXÃO FINAL

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EUGÉNIA PINHEIRO 39

1 – Aplicação dos conhecimentos

A licenciatura em Desporto está organizada para responder aos requisitos de uma

formação que valida o exercício profissional de actividade desportiva e física, assim

sendo do meu estágio destaco especial importância dos conhecimentos adquiridos nas

seguintes unidades curriculares:

Condição Física (Hidroginástica)

Foram poucas aulas que tivemos de hidroginástica, mas reconheço que as poucas

que recebemos bastaram para ficarmos esclarecidos quanto às diferentes técnicas e

métodos. Esta cadeira era opcional, portanto a minha escolha foi de encontro às

necessidades, pude aplicar os conhecimentos adquiridos e claro aperfeiçoar técnicas,

portanto acho que esta unidade curricular foi de extrema importância para mim devido á

responsabilidade atribuída por parte da minha instituição de estágio.

Pedagogia do Desporto

Esta é uma das unidades curriculares mais relevantes na nossa formação

enquanto futuros licenciados, porque é uma área abordada por vários docentes nas

diferentes correntes temáticas, com isto quero esclarecer que como futura técnica de

desporto há que ter noção que por de trás do conhecimento de cada exercício há algo

mais, isto é, é fundamental ser bem-sucedido na sua aplicação prática. Se na directriz do

treino somos “infelizes/fracos/pobres de espirito” principalmente ao nível da

comunicação (estilos de liderança: autocrático, liberal e democrático), do

contacto/interacção com os atletas/ na forma de ser e estar (estilos de ensino de A a K

segundo Mosston em 1990: Comando, Tarefa, Recíproco, Autocontrolo, Inclusão,

Descoberta Guiada, Solução de problemas – convergente, solução de problemas –

Divergente, Individual, Iniciativa do aluno e auto-ensino), jamais alcançaremos bons

resultados, e por isso considerei sempre a pedagogia uma mais-valia no decorrer do

estágio, considerando e pensando sempre nas questões da pedagogia.

Anatomofisiologia

Esta disciplina é realmente de uma extrema importância para qualquer técnico da

área do desporto, isto devido ao facto de ser pertencente á área saúde onde abordamos o

corpo humano, a perspectiva muscular e óssea bem como as suas ideologias e

funcionalidades. Todas estas questões são fundamentais e uteis pois o corpo humano é

mantido essencialmente pelo exercício físico, e cada vez mais isso se verifica, o

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EUGÉNIA PINHEIRO 40

exercício é muito benéfico pois reorganiza e melhora as capacidades e funções de todo o

nosso sistema. A partir dos conhecimentos retirados desta área, foi-me permitido aplicar

exercícios adequados para o desenvolvimento muscular pretendido, a fim de optimizar

todas as actividades/capacidades.

Prática dos Desportos II (colectivos)

Esta unidade curricular é particularmente essencial devido ao conjunto de

modalidades abordadas, este conjunto de quatro modalidades – futebol, andebol,

voleibol e basquetebol, onde duas delas vão de encontro às modalidades que

desempenhei no estágio. Pude aplicar conhecimentos retidos durantes as aulas práticas,

foram muitas as metodologias e exercícios realizados que se reproduziram nas sessões

de treino das modalidades colectivas.

Traumatologia e socorrismo

Para qualquer técnico que exerce actividade física esta é das disciplinas que se

pretende manter em maior alerta, devido a todos os pequenos incidentes que podem

ocorrer. As lesões são momentâneas e são consequências que acontecem com bastante

facilidade, muitas das vezes sem saber bem como aconteceu, então é preciso ter bem em

mente como proceder nestas situações, de pequenas ou grandes dimensões.

Como é habitual, e como trabalhei com crianças, tive presente em algumas situações

onde tive que aplicar os conhecimentos adquiridos nesta área, apesar de serem pequenos

acidentes deu para por a prova a nossa capacidade de reacção e de auto-ajuda.

Saúde, Nutrição e Desporto

Esta disciplina foi das disciplinas que mais me despertou atenção, porque na minha

opinião trata-se sempre de temas importantes e hoje em dia uma boa alimentação é

essencial para uma boa qualidade de vida. Pude reparar que sempre que tínhamos

actividades onde passávamos o dia fora, os alimentos escolhidos pelos atletas nem

sempre eram as melhores opções, então tentava sempre de uma maneira agradável e

mostrando outras opções o que era saudável e o que deviam comer em dias de

actividade física e claro semanalmente. Apesar de algumas coisas nesta disciplina serem

de senso comum, devido a se tratar de alimentos e por ser um assunto bastante abordado

em todas as oportunidades inserido na saúde, ainda assim havia muitas coisas que

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EUGÉNIA PINHEIRO 41

desconhecia e passei a conhecer e que pude aplicar nas diversas rotinas alimentares que

fui encontrando dia-a-dia.

2 – Reflexão Final

Após este estágio curricular, constato que foi uma experiencia singular e enorme a

nível de matérias adquiridas e trabalhadas, onde á priori irei aplicar como futura técnica

superior de desporto. Ao longo destes três anos, obtive alargados conhecimentos, mas

essencialmente ao longo destes oito meses de trabalho pude aplicar na prática a

informação que reti durante esse tempo como também pude adicionar novos conceitos,

teorias e varias informações, e sinceramente é a partir da aplicação prática que nos

tornamos melhores.

Das primeiras deduções que retiro deste estágio, é a dificuldade de trabalhar com

jovens adolescentes, lidar com problemas familiares, situações de má educação, mau

comportamento, confesso que no início foi bastante difícil impor respeito e mostrar uma

postura assente perante eles para que tudo corresse com normalidade e tranquilidade.

Desde início que fui deixada várias vezes sozinha com 22 crianças do 4º ano, no início

foi muito complicado chamar atenção deles, manter respeito, organiza-los de forma a

cumprir as actividades propostas, mas há que perceber os melhores métodos para ganhar

a confiança deles. Para dominar as aulas e para que elas decorressem da melhor maneira

possível, fui aplicando estratagemas, utilizando jogos lúdicos e interactivos para que

pudessem pensar na competição e não noutras coisas que por ventura só traziam mau

estar na aula. Passadas algumas aulas os alunos já me encaravam com outra disposição,

e tornou-se tudo muito melhor porque já havia respeito e bons hábitos.

Para termos jovens para preencher as modalidades temos que garantir óptimos

treinos e que vão de encontro aos gostos deles, porque muitas das vezes a dedicação a

eles é pouca e os atletas perdem o interesse e preferem o conforto de casa e jogos de

computador e para que isso não aconteça há que saber lidar com as equipas para que

eles tenham gosto por jogar e por representar a equipa. Para que eles percebam que

fazem parte de um projecto capaz de os levar mais longe a nível do Desporto foi preciso

eu utilizar toda a minha capacidade de dar força, motivação, esperança, dedicação,

incentivo e sempre que podia eu falava com eles sobre a importância de estar num clube

e jogar. A minha opinião em relação aos resultados, o CDRJA não obtém os melhores

resultados mas esforça-se sempre pelo melhor, acho que também parte um pouco da

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EUGÉNIA PINHEIRO 42

predisposição dos pais, ou seja mais incentivo da parte deles era essencial. As equipas

têm um caminho pela frente assim como os atletas, apenas desejo amadurecimento da

parte de todos os atletas porque é fundamental nesta área.

Na realização do trabalho com os jovens atletas do clube CDRJA, fui sempre

imparcial nas minhas opções, exerci todas as minhas tarefas com muita responsabilidade

e com os cuidados necessários, considero que a minha capacidade de liderança foi

sempre apropriada para cada situação, nunca excedendo os limites e sempre transmiti

muita tranquilidade. Com o decorrer do estágio foram inúmeras as situações em que tive

de improvisar e ter capacidade de tomar grandes decisões, muito educadamente e

sempre com as melhores das intenções agi sempre de forma coerente e responsável.

Nos inícios do estágio, senti-me bastante insignificante pois os meus conhecimentos

sobre as modalidades á beira dos treinadores e professores eram muito básicos, mas

com o passar do tempo e porque o trabalho e a escola assim o exigia de mim deu para

dilatar saberes, para além do trabalho contei com ajuda desses mesmos treinadores e

professores que foram incansáveis comigo.

Com o decorrer do estágio fiquei rendida com as políticas relacionadas com o

desporto do município, como por exemplo projectos desportivos, eventos promovidos e

financiados pela camara, onde participei na maioria deles, em alguns desses eventos fui

muitas vezes posta á prova onde me sai lindamente.

A prática desportiva que a autarquia implementa no concelho é variada o que na

minha opinião se rege por um projecto atractivo. Apesar do meu estágio ter reincidido

mais pelas vertentes andebol e voleibol, os técnicos de desporto tem a oportunidade de

optar por outras modalidades, porque no que concerne em actividades desportivas,

Resende tem bastante oferta, o que confere uma mais-valia para quem trabalha na área

do desporto.

Com o passar do estágio os técnicos de desporto da Camara foram exímios no que

diz respeito á minha prestação, pois estiveram sempre presentes e disponíveis para

dispor conhecimentos e partilhar vivencias. Sempre foram respeitadores e sempre me

trataram de igual maneira nunca fazendo qualquer distinção.

No decorrer do estagio fiz algumas viagens para a realização de jogos e outras

actividades, confesso que era o que mais tinha gosto em fazer, porque podia observar

todo o trabalho semanal realizado por eles, vi neles uma dedicação, um esforço e uma

garra diferente. Durante a viagem dedicava algum tempo a conhecer os atletas e

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aproveitava também para estabelecer mais ligação com os técnicos. Estas viagens foram

muito vantajosas, devido ao conhecimento de novos técnicos, novas experiencia e

conhecer lugares novos, conhecer outras realidades umas melhores outras piores mas

que ainda assim tudo corria sempre bem.

No estágio também tive sempre o cuidado de me reger sobre os princípios da

pontualidade e assiduidade em todos os projectos e actividades em que estava inserida,

acho muito importante cumprir estes dois pontos porque futuramente estamos

preparados e habituados a obedecer a qualquer tipo de horários propostos.

Em suma julgo ter cumprido os objectivos delimitados para a realização deste

estágio.

Queria salientar nesta reflexão as óptimas relações que manti com os meus colegas

de trabalho e com o meu supervisor Jorge Barbosa, pessoa com quem aprendi muito,

uma pessoa culta, sempre disponível ajudar e a esclarecer dúvidas e que sempre me

apoiou nas demais situações. Passamos muitas horas juntos a trabalhar, a treinar com os

atletas, jogos, viagens e desenvolvemos uma boa relação.

Gostaria de apontar um menos positivo e um outro positivo na realização deste

estágio. Quanto ao aspecto negativo queria destacar o facto de as equipas de andebol

não conseguirem nenhum destacamento importante. Quanto ao aspecto positivo foi

alcançar as nacionais de Voleibol, onde uma dupla feminina conseguiu o segundo lugar,

esta presença foi muito gratificante aos olhos de todos os envolvidos no desporto no

concelho, porque foi concretizado um objectivo á muito querido pelo clube e claro frisar

o apoio que sempre recebi durante este tempo de estágio, todas as palavras a mim

dirigidas, de ânimo e de coragem para que pudesse trabalhar sempre com gosto e para

que nunca faltasse a nenhuma actividade.

Importante também foi o facto de trocar informação com a minha colega de quarto e

de curso Rita Bessa, que se encontrava num clube de Voleibol feminino (Penafiel FC)

com bastante distinção e onde nos defrontamos em alguns jogos, saindo sempre

vitoriosa, mas o importante foram as ilações que retirávamos das nossas conversas sobre

as experiencias que vivíamos no estágio, ajudando-nos mutuamente para que fossemos

eximias nas nossas funções.

Este estágio não era assalariado, mas eu fazia o que gostava e portanto não era

relevante ganhar dinheiro. Todos os dias me sentia feliz e motivada por fazer parte de

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uma equipa de técnicos excelentes e de fazer o que realmente gostava, ensinar jovens a

serem brilhantes, e quando assim é não há dinheiro que pague.

Este capítulo da minha vida é dos mais importantes para mim, porque faz parte da

minha rampa de lançamento para o mundo do trabalho devido ao ganho de

competências que vão ser essenciais para o meu futuro como técnico superior na área de

Desporto.

3 - Conclusão

No meu ponto de vista todos os objectivos traçados foram cumpridos. O

conhecimento concreto da realidade desportiva do concelho de Resende, os saberes

assimilados nas diferentes modalidades por onde passei, por poder presenciar os treinos

e jogos, o trabalho concretizado com os jovens atletas do concelho, possibilitaram-me

adesão de novas habilitações e colocar em prática conhecimentos, num trabalho

realizado maioritariamente em equipa, todos estes agentes evidenciados acima foram

decisivos e contributivos para o êxito obtido neste estágio.

Tive a difícil tarefa em encontrar estágio, mas assim que entrei na CMR senti-me

realizada pois senti que estava onde devia estar, todo o esprito envolvente sobre o

desporto era enorme e isso fez com que gostasse ainda mais deste estágio. O

equipamento e infra-estruturas desportivas são todas adaptadas as diferentes

modalidades, estimulando e apoiando o desenvolvimento da prática desportiva através

da criação de eventos de desenvolvimento desportivo e de parcerias.

Foram oito meses de trabalho intenso, por vezes encontrei situações difíceis, como

por exemplo, abicar de fins-de-semana de encontros familiares, de estudo ou até mesmo

de descanso, para acompanhar as equipas aos jogos e tentar lidar com a vida académica

ao mesmo tempo não foi fácil, mas tudo isso é reconhecido agora, porque noto que todo

o esforço valeu a pena e sinto que o meu dever foi cumprido e que os objectivos que eu

propus a mim mesma foram alcançados.

A nível de experiencia, este estágio foi fenomenal, dadas as várias actividades,

eventos e situações desportivas em que estive inserida, no treino, na planificação e

organização de eventos e claro o mais importante de tudo na participação do ensino.

Não há palavras para descrever a importância deste estágio na minha vida, porque

me marcou a nível profissional e pessoal.

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ANEXOS

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Anexo A – Plano De Estágio

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Anexo B – Plano Hidroginástica

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Anexo C – Plano de Treino de

Voleibol (Minis)

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Anexo D – Atividade Física

Desportiva

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Centro Escolar de Resende

Aula nº 15 Data: 21 de março de 2014 Hora: 16:00 – 17:00 Turma: JIR 3

Bloco/Tema: Deslocamentos e Equilíbrios

Nome Professor: Jorge Barbosa

Objectivos

Conteúdos Descrição Actividades Recursos Tempo

Preparar o corpo para a aula, aquecendo os membros inferiores e superiores tentando assim evitar lesões.

Activação Funcional Mobilização Articular Jogo do Mata

Jogo do Mata: Separa-se a turma em duas equipas (A e B) com o

mesmo número de jogadores e divididas num campo igual ao que se vê na imagem. Cada equipa coloca-se no seu meio campo (marcado a mais escuro), excepto o «piolho» de cada uma que se coloca no “piolho”, a “zona dos mortos” (na parte de trás da equipa adversária). Os jogadores de uma equipa vão trocando a bola entre o “piolho” e o seu campo, tentando cada equipa atingir com a bola com o objectivo de “matar” todos os jogadores adversários. O jogo termina quando uma equipa conseguir “matar” todos os adversários. Regras: - O jogo começa com uma equipa a trocar a bola com o “piolho”, procurando ambos uma boa situação para “matar”. - A bola é sempre jogada com as mãos. - Qualquer jogador pode matar, incluindo o piolho, mas só se pode fazê-lo quando a bola for agarrada sem esta tocar antes no chão. - Um jogador quando é morto vai para o lugar do “piolho” e permanece aí até ao final do jogo. - Cada vez que um jogador é “morto”, este tem o direito de recomeçar o jogo. - Sempre que a bola sai dos limites do campo, pertence ao jogador que a apanhar.

Em primeiro lugar a turma é dividida em 3 grupos com igual número

27 alunos Bola Cones

P T

7’ 7’

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Aperfeiçoar a agilidade

Desenvolver o equilíbrio, agilidade

Desenvolver o equilíbrio

Desenvolver todas as capacidades motoras

Promover o retorno à

Parte Fundamental Jogo do Índio Jogo da batalha Jogo das estafetas

Jogo da bola

Jogo do não me

de seguida são colocados atrás dos pinos onde será a partida. Cada equipa escolhe dois jogadores para levar o outro em cima deste, em pé, com o objectivo de se equilibrar chegando assim a meta em primeiro lugar, desviando-se dos obstáculos encontrados. Quando os da equipa chegarem a meta, os colegas de equipa podem partir. O objectivo do jogo é motivar os alunos para chegarem em primeiro lugar, quem ganhar, receberá uma goma ou rebuçado como prémio, o que vai motivar os alunos.

A turma é dividida em grupos de 4. De seguida dois grupos a escolha seguem para os campos de batalha onde irão competir. Escolhe-se um jogador ao acaso de cada equipa e estes irão “lutar” As regras deste jogo são as seguintes: - Não se pode aleijar o adversário; - Os jogadores têm de estar em pé coxinho; - Só se pode derrubar o adversário tocando-lhe/empurrando no ombro e tentar com este se desequilibre. - O jogador perde assim que colocar outra parte do corpo no chão, ou sair do recinto.

Neste jogo o aluno vai passar por diversas etapas de equilíbrio, sendo o nível de dificuldade cada vez mais elevado. Os alunos dispõem-se em filas atrás de um cone, seguem os seguintes tópicos: - Executar é o avião, - Realizam a “bandeira” - Agarram no arco e realizam 3 voltas á cintura - Executar uma pirueta em cima do banco sueco. - Correm com um livro que se encontra em cima do banco sueco e levam-no até aos pinos, dão a volta a estes e voltam até aos seus colegas de equipa para outro recomeçar. Regras: Os alunos devem permanecer cinco segundos em cada posição.

Juntam-se dois a dois espalhos pelo ginásio, virados uns contra o outro de frente com a bola no meio da testa destes. O professor vai dando diferentes alterações que são as seguintes: - Andar até ao professor; - Recuar aos seus lugares; - Levantar membro inferior direito (perna direita) com os braços abertos para ajudar no equilíbrio; - Levantar membro inferior esquerdo (perna esquerda) com os braços abertos para ajudar no equilíbrio; - Cerca de 4 agachamentos; - Andar com os joelhos no chão; - Dançar ao som da música dada pelo professor; - Andar num passo mais rápido e tentar com que os seus adversários deixem cair a bola, só se pode tocar/empurrar muito levemente. O grupo ou os grupos que se aguentarem até ao final, ganham uma pequena guloseima como um pequeno brinde. Numa área pequena para todos os alunos. Estes espalham-se pela área

27 alunos Pinos arcos cordas colchoes 27 alunos (4 grupos) Cordas Cones 27 alunos Cones Arcos Banco sueco Livros 27 alunos Rádio Bolas

8’ 15’ 8’ 23’ 8’ 31’ 8’ 39’

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calma toques delimitada com colchões, movimentando-se acompanhando a música. Em primeiro lugar os alunos têm de se descansar. O professor indica a maneira como os movimentos devem ser executados: - Grupos de dois com o colega que se encontra ao lado e andam pelos colchoes em carro de mão; - Andar em ponta dos pés; - Andar com os braços esticados; - Andar para trás; - Gatinhar; - Andar com as mãos na cabeça; - Deitam-se de barriga para baixo com as mãos por baixo da cabeça e relaxam ao som da música; - Sentam-se no chão e seguem o professor (exercícios de flexibilidade); Regra essencial do jogo: Os alunos não se podem tocar, o aluno tem de se concentrar no seu próprio movimento e ir relaxando ao mesmo tempo.

27 alunos Rádio Colchoes

6’ 45’

Sumário: Desenvolvimento da capacidade motora equilíbrio e agilidade, força e o raciocínio

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Anexo E – Plano de treino andebol

(minis)

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Professor: Hugo Monteiro Local: Pav. EB2 Escalão: Minis Nº Alunos: 12 Hora: 17 Duração: 2h

Objetivos Gerais: iniciação ao passe, posição base e deslocamentos Material: campo, bolas, cones

Objetivos Específicos Descrição/Organização Didática Tempo

Inic

ial

1 - Apanhada com bola: realizar a activação funcional através de um simples jogo que consegue pôr toda a gente a mover-se 2 – Continuar a activação funcional, já com a lógica do que vai ser a parte fundamental do treino, envolvendo já iniciação dos gestos técnicos.

1 - Apanhada com bola: um aluno com bola e todos os outros a fugir, o aluno que possui a bola tenta tocar com a mesma num dos colegas, sem arremessar. 2 – Grupos de 3, 2 de uma lado e 1 do outro frente a frente, o exercício começa com o 1º do lado onde estão 2, esse lança a bola por baixo numa iniciação à manchete e assim sucessivamente, de seguida passa-se agarrar a bola e a fazer passe.

5m 10m

15m

Fu

nd

am

en

tal

Iniciação ao passe: corrigir a posição em relação à bola, calcular a sua trajetória, corrigir os dedos e os braços, corrigir a posição em relação à bola e calcular a sua trajetória. É também objetivo colocar a bola no espaço vazio do campo adversário, contribuindo assim para começarem a saber analisar e a prever o adversário. Estes exercícios são todos realizados em modo de competição, o treinador no fim ou no meio de cada exercício quer saber quanto está ou quanto ficou o jogo.

1 – Aluna com bola lança a bola para a colega em forma de passe (extensão de pernas e braços), colega agarra em passe e envia logo a bola em forma de passe; 2 – Igual ao anterior mas com deslocamento até ao cone que se encontra por baixo da rede. 3 – Recebem a bola em passe, levanta a bola para si mesmas e fazem passe de dedos, e vão tocar no cone que se encontra por baixo da rede. 4 – A lógica é dos exercícios anteriores mas os alunos fazem passe e autopasse.

5m 5m 10m 10m

30m

Fin

al

Também na lógica de competição, os alunos tentam dar o maior número de toques consecutivos, no fim têm de comunicar ao treinador quantos foram. Os alongamentos são realizados sempre da parte superior para a parte inferior, do corpo o facto de serem dado por uma aluna aumenta a autonomia e a responsabilidade.

1 – Toques consecutivos cada aluna com uma bola tenta fazer o maior número de toques consecutivos 2 – Alongamentos são dados por uma aluna, supervisionada pelo treinador.

5m

5m

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Anexo F – Plano de aula de

Adaptação ao Meio Aquático

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Adaptação ao Meio Aquático

Data: 14 de Novembro de 2013 Local: Piscinas Municipais Cobertas de

Resende

Hora: 18h Duração: 45m Idade: 3 e 4 anos

Ativação Funcional

Andar pelo tanque de aprendizagem;

Com as mãos no bordo da piscina fazer

“bolinhas”: inspirar com a cabeça fora

de água e expirar com a cabeça dentro

de água.

Parte Fundamental

Deslocamentos com batimento de

pernas auxiliados pelo chouriço;

Deslocamentos com batimentos de

pernas auxiliados pela placa;

Apanhar objetos no fundo do tanque de

aprendizagem, que são atirados pelo

professor;

O professor segura num arco na vertical

e submerso, e os alunos têm de passar

dentro dele.

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Parte Final

Saltos: com a ajuda do professor os

alunos saltam do bordo do tanque de

aprendizagem para a água;

Jogo do Tubarão: o aluno que contém o

arco é o tubarão, e os outros são os

peixes. O tubarão tem de apanhar os

peixes com o arco, o primeiro a ser

apanhado fica como tubarão.