ponte nova folha se23-x-b-ii - iaea

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REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL MINISTÉRIO DA INFRA-ESTRUTURA SECRETARIA NACIONAL DE MINAS E METALURGIA DEPARTAMENTO NACIONAL DA PRODUÇÃO M T NERAL PROGRAMA LEVANTAMENTOS GEOLÓGICOS BÁSICOS DO BRASIL PONTE NOVA FOLHA SE23-X-B-II - ESTADO DE MINAS GERAIS- 66° 60° 54° 48° 42* 36° 30' 72» 66" 60* 54° 46" 42" 38* ESCALA 1:100.000 TEXTO EXPLICATIVO BRASÍLIA -1991

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Page 1: PONTE NOVA FOLHA SE23-X-B-II - IAEA

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASILMINISTÉRIO DA INFRA-ESTRUTURA

SECRETARIA NACIONAL DE MINAS E METALURGIADEPARTAMENTO NACIONAL DA PRODUÇÃO MTNERAL

PROGRAMA LEVANTAMENTOS GEOLÓGICOS BÁSICOS DO BRASIL

PONTE NOVA

FOLHA SE23-X-B-II- ESTADO DE MINAS GERAIS-

66° 60° 54° 48° 42* 36°

30'

72» 66" 60* 54° 46" 42" 38*

ESCALA 1:100.000

TEXTO EXPLICATIVO

BRASÍLIA -1991

Page 2: PONTE NOVA FOLHA SE23-X-B-II - IAEA

MINISTÉRIO DA INFRA-ESTRUTURAJoão Eduardo Cerdeira de Santana

Ministro de Estado

SECRETARIA NACIONAL DE MINAS E METALURGULuiz André Rico Vicente

Secretário

DEPARTAMENTO NACIONAL DA PRODUÇÃO MINERAL - DNPM

Elmer Prata SalomãoDiretor

Juarez Fontana dos SantosDiretor Adjunto

Otto Bittencourt Netto Benedkto Walãr RamosCoordenador de Geologia e Produção Mineral Chefe de Serviço de Cartografia e Informação

Geológica

n._«. A~ r*i.£,z~ A- /~L.,.I~_-. Emanuel Teixeira de QueirozChefe da Drasao de Geologia Chefe do Serviço de Eiptoração Mmeral e Metalogenia

Ronald Márcio Rezende Iran Ferreira MachadoChefe da Divisão de Produção Mineral Coordenador de Economia e Tecnologia Mineral

Frederico Lopes Meira BarbosaChefe da Divisão de Planejamento e Economia Mineral

COMPANHIA DE PESQUISA DE RECURSOS MINERAIS - CPRM

Carlos Oití BerbertPresidente

Hermes Augusto Vemer IndoDiretor de Geologia e Recursos Hídricos

Antonio Juarez Milmann MartinsDiretor de Recursos Minerais

Fábio Cisar Condi RochaDiretor de Administração e Finanças

Cladis Antônio Pressotto Luiz Sguissardi do CarmoSuperintendente Regional de Porto Alegre Superintendente Regional de São Paulo

Osvaldo Castanheiro João de Castro MascarenhasSuperintendente Regional de Belo Horizonte Superintendente Regional de Recife

Fernando Pereira de Carvalho Josi Carlos Vieira Gonçalves da SilvaSuperintendente Regional de Manaus Superintendente Regional de Salvador

Odair Oàvata Xafi da Silva Jorge JoioSuperintendente Regional de Goiânia Superintendente Regional de Belém

Valter Josi MarquesChefe do Departamento de Ciências Geológica»

Page 3: PONTE NOVA FOLHA SE23-X-B-II - IAEA

PONTE NOVA

FOLHA SF.23-X-B-II

ESCALA 1:100.000

Page 4: PONTE NOVA FOLHA SE23-X-B-II - IAEA

PROGRAMA LEVANTAMENTOS ( . ILÓGICOS BÁSICOS DO BRASILE S C A L A S I:250.00C 1:100.000 - 1:50.000

(periodo 985-1989)

DEPARTAMENTO NACIONAL DA PRODUÇÃO MINERAL COMPANHIA DE PESQUISA DB RECURSOS MINERAIS

COORDENAÇÃO NACIONAL DO PROGRAMA

jfartoi Oín Dcibcit

COORDENAÇÃO NACIONAL DO PROGRAMA

Hermes Aupsto Vener Iada

SUPERVISÃO TÉCNICA NACIONALCuias Sebobbenhaus

IT. deQueim

COLABORAÇÃOGUberto Roy DeneCUvd» Hecht

SUPERVISÃO TÉCNICA REGIONAL

(Porto Alegre)

Ricardo Mona Sttieder(Sêo Paulo)

Antônio da Silva Win Leite(Belo Horizonte)

Alaiioo Antonio F. Mont'Atveme(Recife)

Taylor Araújo Collier(Belém)

Armando da Silva Neiva(Goiânia)

Hébo Pioto da Sttvs(Salvador)

José R, de Magalhães Franco(Manam)

Píer Luigi Toiatto(Rio de Janeiro)

Fernando A. da Cocta Roberto(Fortaleza)

JoaoAwdaej(Florianópolis)

Jair de Freitat(Cuiabá)

COORDENAÇAO-GERALValter José Marques

ASSESSORIAS ESPECIALIZADASU o Schapoval e Mário O. Praeakel(Controle e Arnmp— hamrmn)Cario» A. Goânaraes da Vinha(Informática)

COORDENAÇÕES TEMÁTICAS

NACIONAL

Inácio de Medeiros Delgado

Raymimdo J. PorteOa BriaGe^UcaRicardo M. de VasconceBos

•Comélio de Soma

Eduardo CvnozzatoCwtocralla D%HalJoão a de Vascoocelk»PinriMaminm dt Dadasüilberto Guimarães da Vinha

Ernesto von Sperling

REGIONAL

«tieCisão Robeno da SilvaSaptnitoraArmando Teruo TakabashiÓdimo FrancisconiGcoqnfadcaídkt Lope» JuniorütatUcmJosé de Ribamar Lopes Be erra

Regina Célia G. ArmestoCélio Lima de MacedoMilton Brand Bapósu

Jurema Ferrcirn da Silva

Sérpo M. S, Guerra

Amadeu Paiva Santos

Atabualpa V.- PadiihaAanHM MhKfaisVânia N. de Araújo Mello

Tinia R. B de M. Freire

PcIfognOaSilvia Maria Morais

José Carlos Garcia FerreiraGeologia EslrataralMário Mota Câmara

acima rtUnm-te è época da esccuçáo folhas desta pabllcaféa.

Page 5: PONTE NOVA FOLHA SE23-X-B-II - IAEA

MINISTÉRIO DA INFRA-ESTRUTURASECRETARIA NACIONAL DE MINAS E METALURGIA

DEPARTAMENTO NACIONAL DA PRODUÇÃO MINERAL

PROGRAMA LEVANTAMENTOS GEOLÓGICOS BÁSICOS DO BRASIL

ExeaiçõopdaCompanlúadefíuquisodeRtcunosMmerms-CPRAíSipamkndenáaRtjoiid de Beto Horizonte, em Convênio com o DqmrtmaetòN*

PONTE NOVA

FOLHA SE23-X-B-Ü- ESTADO DE MINAS GERAIS-

TEXTO EXPLICATIVO

ORGANIZADO POR

Luiz Alberto Bnmdalise

BRASÍLIA-1991

Page 6: PONTE NOVA FOLHA SE23-X-B-II - IAEA

CRÉDITOS DE AUTORIA

TEXTO EXPLICATIVO:

PAKTBILafeAfeettoSéipo Danilo AcMoSitpo Muito AcMo (iQiftos Aftttto Hcnwck (i

P m Pato eGapftalo4

CapftatoS L w A t a n

PAKTB OCapftalolCapftak>2

11, 33) c12)

PrwPuttoSétajo LMM da Sihw,Onvsido Penetra Biltmr,LMZ Afcerto Braadaiite,

PAKTE mCipiMol L w M M oCapftak>2 U á A f t t n o

CAKTA&

Vaher Jorf Marqw» (nbiteM 2.U.Séipo Lias tfa Sa*a>OITVBMOLnxABCfto

pCapitulo 4

OnvftMo FcncifsHâio Astdwo 4c Som»CwkM Albcno Heiaecfc (nbitea 4.13) Culos Albcno Heiaeck

ACOMPANHAMENTO TÉCNICOAoiOnio da SUM Win Leüe

DNPM/Betol

Cbcfe do

Luiz Albcito

Guies Almto

Supccwof de Projetos

AtbaualpB Vilença Padilba

U á Carta da Silva

Mafda MaiqucsAnlAoio Cario* Pedrota Soares

Sônia Pinto Prate*

Hubert Matbias Peter Rooer

Aftw MârtinbcOpnUdo Gomes Pedro» (Dcsenluta)

GeoquunicsSiejiOki

AntAnio Pereira de Araájo JúniorPaulo Sírpo F. do* Santo*Jocé Carta* Barbosa

Coordenação editorial a carp) do

Núcleo de Edições Técnicas - NUTECCompanhia de Pesqusa de Recuno* Minera» - CPRM

BRANDALISE, Luiz Alberto

Programa Levanumeniot Geológico* Básicos do Brasil. Ponte Nova. SF.23-X-B-Il Estado de Minas Gerais. Org. por Luiz Alberto Brandalise. BeloHorizonte. DNPM/CPRM. 1991.

194p. U., 2 mapas dobr.Trabalho executado pela Companhia de Pciqvísa de Recuno* Miaenus

através de convCnio com o Deparumcnio Nacional da Produção Mineral.I. Geologia - Minas Gerai*. I. Departamento Nacional da Produção

Mineral. II. Companhia de Pesquisa de Recunos Minerais. III. Titulo.CDD: 550.15

CDU: 55ÍS15)

Page 7: PONTE NOVA FOLHA SE23-X-B-II - IAEA

SUMÁRIO

RESUMO iABSTRACT tn

PARTE I - INTRODUÇÃO

Capitulo 1-Histórico e Objetivos 3Capitulo 2-Localização e Acesso v 5CapÉnlo 3 -Geografia 73.1 Aspectos Rsiográficos 73.2 Aspectos Soáoecooômicos 733Geomorfología 7Capitulo 4-Trabalhos Anteriores 11Capítulo 5-Metodologia 17

PARTE D - GEOLOGIA DE PARTE DA REGIÃO SUDESTE DO ESTADO DE MINAS GERAISCapítulo 1 -Sinopse da Geologia Regional 21Capitulo 2 -Estratigrafia,PetrografiaePetrologia 232.1 Complexo Juiz de Fora-Ajf .' 232.1.1 Comentários gerais ". 232.L2 Distribuição geográfica 232.13 Relações de contato 242.L41.jfokya, ipyfafwfrfigmn e deformação2.1.4.1 Unidade A-AjfA 252.1A2 Unidade B-AjfB 2621A3 Unidade C-AjfC 262.1.4.4 Unidade D-AjfD 272.1A5 Unidade E-AjfE . 27Zl^litogeoquíniica 282.151 Introdução 282.152 Agrupamento estatístico muhivariado 292.1 J 3 Natureza quúnico-mineralõgica das rochas granitóides 29Zl^AmbiéBciatectônkadoígranilóidcs 342X55 Potencial metalogenétíco 342.L6 Idade e correlações 3411 ComplffiB)Mmfíflwfrfl—PT1" 3512.1 Comentário» gerais 351Z2 Distribuição geográfica 35

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2i2.1Ortognâisse«grinito-too*tíbaK-PIm 352222 Graoufitos córrego Pedra Dourada-II 35223 Relações de contato 35123.1 Oftognâis«esgnuiito-toiultico»-PIm 352232 GranuEtos córrego Pedra Dourada - I I 3622.4 Lkoloa^nietaiaorfisiiioe deformação 36114.1 Oitognaissesgnmito4oiialfcicos-PIm 3622A2 Gnoufitot córrego Pedra Dourada - I I 382,2,51 J^nyoqnrml^ 39123.1 Introdução 392.2.57 Afnfpfi"f nro etfarttfko «mA^Hado 392 2 3 3 Características qufakoHninerilogk» da» r o c ^ 43223.4 Ainbienaageotectonica dos granitoid» 432255 Potencial metalogcnético 47

47223.7 CompoMçáo química das rochas básicas 47223.8 Anftitnciageotectônica das rochas básicas 47226 Idade e correlações 5213 Suíte MetamórficaSio Sebastião do Soberbo-PIm 5223.1 Comentários gerais 5223.2 Distribuição geográfica 522 3 3 Relações de contato 5223.41 Jtologia, metamorfismo e deformação 53235 litogeoquunica 54233.1 Introdução 542352 Agrupamento estatfetico muhivariado 552 3 3 3 Características petroquímicas 55233.4 Correlações entre os elementos 552333Prot6litos 59233.6 Preservação da composição original 6223.6 Idade c correlações 6214Grupo DomSilvério -Plds 6214.1 Comentários gerais 622.4.2 Distribuição geográfica • 622.43 Relações de contato 622.4.4 Litologia, metamorfismo e deformação 632A4.1 Unidade 1-PIdsl 632.4.4.2 Unidade 2 -PIds2 642.4.43 Unidade 3-PIds3 651 4 3 Iitogeoquímica 65143.1 Introdução 651 4 3 2 Agrupamento estatístico multivaríado 651 4 3 3 Classificação química dos anfibolitos 67143.4 Composição química dos anfibolitos 671433Ambiénciatectônica 672.15.6 Relação química rntrf ot anfibolitot f at rrrhnt w * " f "tarfr rf» ""« « r 67143.7 Composição química e natureza dos quartzitos fenruginosos 671 4 3 J Composição química das rochas pclíticas 691 4 ^ Idade e correlações 7023 Rochas Metaígneas 7123.1 Comentários gerais 71232 Distribuição geográfica 72233 Relações de contato 7323.4 Litolqgia, metamorfismo e deformação 732 3 3 Idade ecorrclações 7416 Rochas básicas náo-deformados, gabros (gb), diabásios (db) e basaltos (bs) 74

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2.7 Cobertor» detrkoJatertkas (TQdl) 752A Depostos ahr«onares(Qa) 75Captulo 3 -Geologia Estrutural 773JIatrodncão 773 2 Fates de deformação TB32.1 Fase de deformação Di 783 2 2 Fase de deformação D2 78322ã Foliação de transposição S, 78•?7 7 ? . CSséBianieiitos cootraciooais de h»r»o ângulo 783 2 3 Fase de deformação D3 793 2 3 J Dobras de desGzameatoflenml 793232 Cfalhamrntoscontracionais de alto ângulo 793 3 Análise estrutural 7933J Procedimentos de campo e tratamento dos dados 79332FofiaçõesSt 79333Iineaçõesb 8033j4UneaçõesdeestiramentoX 80Capitulo 4—Geoquunica 8341 Siiff**f **** *<Wwta 834.1.1 Amostragem 834 4 2 Preparação e análises 834.13 Controle de qualidade 844.13.1 Análise de varíâncía 844.1.4 Critérios de interpretação 854 2 Prospecção regional 8642.1 Distribuição geoqmmka regional dos elementos 86Capítulo 5-Geo&ica 91

5 2 Dados utilizados 9152.1 Aerogeonska 915 2 2 Geofísica terrestre 915 3 O contexto geofilsico regional 9353.1 Gravimetria 93532Aeromagnetometria 1015 3 3 Síntese geofísica regional 1035.4 Interpretação e correlação dos dados .* _. 1055.4.1 Aeromagnetometría "í 1055.42 Gravimetria 108Capítulo 6 - Evolução geológica 1096.1 Introdução 1096 2 0 quadro Arqueano/Proterozóico Inferior 1096 3 O Proterozõico Inferior: o desenvolvimento do cinturão móvel Atlântico 1176.4 O Proterozóico Médio e Superior a faixa de dobramentos alto Rio Grande 1196.5 Síntese da evolução geológica de parte da região sudeste do estado de Minas Gerais 129Capitulo 7—Geologia Econômica 1337.1 Panorama Mineral da Area 1337.1.1 Manganês 1337.12OW0 1357.13 Mica (moscovita) 1357.1.4 Materiais de construção 1367.1.5 Mármore (metacalcário) 1377 2 Projeções e perspectivas 1377 3 Aspectos ambientai* 138Capítulo 8-Metalogcnia 1398.1 Introdução 1398 2 Concepção e metodologia da carta metalogenético-previsional 139

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&3JCoapfc»JaBdeFora 142%32CcmfàaD*im&tÊàn 142833 S^netaaârScaSio Sebastião do Soberbo 14Sa3w4GrapoDoaSiMrio 145833Gn»t6idc»Ur*-»p6t-tectÔ»cos 146

xrtK»ceM>6Km , 147

PARTE m - CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕESCapMol-CoadMfcc 151Of*Blo2-Rec(NKadaçdes 153

155157

APÊNDICESAptafice I - Stank de Dado. de ProduçãoApêndice O - Oostnçfies Fotográficas

ANEXOS.Carta Geológica. Carta Mctalogenéáco-PiÍ C T

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ABSTRACT

_The present report refers to the Ponte Nova Sheet (SR23-X-B-II) systematic geological L ^ . — _on the 1:100000 scalQrelated to the Levantaneatos Geológicos Básk» do Brad Program-PLGB,carried out by CPRM for the DNPM.

Province, to the eastern part of Sio Fianusco Geotectonic Province, as defined in the project.The high grade aart—orphic rocks to low aamhi^c , occurring in the areavierealfcctedbya

The hfeb grade rocks assembled a the Jaiz de Fora Complex have been divided mto five mat/ . , I , , | * • -m . a » . „ _ + • _ „ . « * * • » . » _ ; - * . ? . - - - _ • • • « • _ a _ • •_ ? - , - » . • -

or without affimanke, biotite nuHookic gneisses, tonab^^iondhjeniilicorthogneisses).*» - - . . L . _ * •nV^ •-*•- - * • » - - _ -• - ,tra , f • - a_a_ J •OOI^BC IUULS OK SQC nVBDnwDOHBC aSMI n j B j y i j K 1BQ6S nVC ••••C^BDIOO ID

$X other one of aaqdnboile facies any beUieSio Sebastião do Soberbo M

lated anpUbolite,Conjttotedofnxantolowgradenetaniorphilesíbiotfte-nnHcov^

fcymt» gT*tGâ* MM nr niMMMt» nm«r«iA» qnTtrk»c «nyirtrf» qnwtrh»! grMirfkoc WUMI I U M I Í M

biotite gneisses) the Don SOverio Group was divided into three iof granitic to granodioritic character occur in the all above aencioned anils. Smaller epi-

amphnxriites and basalt may be found. Large alluvial deposits and terraces are found along the PirangaRiver and Doce River whereas detrital-lateritic covers are rare.

^Archaean to Proterazoic agesare attributed to the metamorphites mostly by comparison to sunuartypes of the region.

Three defonnational events were registered in the region. Analysis of the crustal evolution patternbased on geological mapping, laboratorial analyses, gravimetric and aeromagnetometry data, andavailable geochronologic data is given in the 6th Chapter, Part II, in the text. Major dement oxides,trace-elements, and rare-earths elements were analysed to establish parameters for the rocks environ-ment elucidation.

Geochemical survey was carried out with base on pan concentrated and stream sediment»dtoributted throughout the Sheet]

Mining works are largely related to Mn deposits which are associated to the Pom Silver» Groupgoodkes. In active beds of the Piranga River and Doce River, gold is largely manually or semimechani-caDy explored by "garimpeiros".

(Gneisses quarries (industrial rocks) in full exploration activity have been registred, as weD as sandand day deposits employed in construction industry. MetaDogenetic/Previsional analysis poinu out the

i a favorable one for gold prospection?\

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RESUMO

O presente texto explicativo é o produto final relativo à cartografia geológica sistemática efetuadana escala 1:100.000, sobre a folha Ponte Nova (SF.23-X-B-H), inclusa no Projeto Barbacena, integrantedo Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil - PLGB, executado pela Companhia dePesquisa de Recursos Minerais - CPRM para o Departamento Nacional da Produção Mineraí-DNPM.

A folha situa-se na região da Zona da Mata, do estado de Minas Gerais, nos domínios da provínciageotectônica Mantiqueira, a leste da província geotectônica São Francisco, definidas neste projeto.

Na área ocorrem rochas metamórficas desde granulito até anfibolito baixe, afetadas por umamarcante transposição por cisalhamento de baixo ângulo, mostrando efeitos diaftorétícos.

Subdividiram-se as rochas de alto grau que compõem o complexo Juiz de Fora em cinco unidades,compreendendo enderbitos, charnoquitos, ortoanfibolitos, biotita-anfibolognaisses, biotita-granada-gnaisses silimaníticos ou não, bio»ita-gnaisses miloníticos, ortognaisses tonalito-trondhjemíticos.

Algumas rochas de fades amibolito e granulito (granulito córrego Pedra Dourada) estão rçunidasno complexo Mantiqueira (ortognaisses granito-tonalíticos, raros corpos de hiperstênio-granulitos);outras, da fácies anfibolito, na suíte metamórfica São Sebastião do Soberbo (biotita-gnaisses bandados,intercalações de anfibolito, rochas calcissilicáticas, subordinadamente quartzitos e xistos moscovíticos).

O grupo Dom Silve rio, constituído de metamorfitos de médio a baixo grau (biotita-moscovíta-xis-tos, com ou sem granada, áanita, grafita, silimanita, moscovita-quartzitos, magnetita-quartzitos, gon-ditos, formação ferrtfera, biotita-gnaisse), foi dividido em três unidades informais.

Todas as unidades incluem corpos concordantes de natureza granito-granodiorítica; corposmenores de rochas epimetamórfícas de r qtureza ácida e básica ocorrem na forma de diques e/ou siib;diques de anfibolitos diabasóides e de basalto estão presentes. Depósitos aluvionares extensos e terraçossão encontrados ao longo dos rios Piranga e Doce, sendo raras as coberturas dctrito-lateríticas.

Atribuem-se idades arqueanas a proterozóicas para esses, metamorfitos, em grande parte atravésde correlações com tipos similares de outras regiões.

Três eventos defonnacionais são registrados na região.Um ensaio sobre um modelo de evolução crustal é apresentado no Capítulo 6 da Parte II deste

texto explicativo; baseia-se em dados do mapeamento de campo, do laboratório, na interpretação dosdados do levantamento gravimetria), na aeromagnelomet ria e nas datações geocronológicas disponíveisna bibliografia.

Foram analisados óxidos de elementos maiores, elementos-traço e terras-raras, visando a es-tabelecer parâmetros que elucidassem a ambiência de geração das rochas.

O levantamento geoquímico foi feito com base em sedimentos de corrente e concentrado de bateia,distribuídos por toda a folha.

As atividades minerais na folha estão relacionadas principalmente aos depósitos e ocorrências demanganês associados a gonditos e metabasitos do grupo Dom Silvério. O ouro é garimpado principal-mente no leito ativo dos rios Piranga e Doce, de forma manual ou semimecanizada.

Foram cadastradas pedreiras de gnaisses (granito industrial) em plena atividade de produção,além de depósitos de areia e argila, todos utilizados na indústria de construção civil.

A análise metalogenético-previsíonal indica áreas com probabilidade para prospecçáo de ouro.

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PARTEI

INTRODUÇÃO

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SF.23-X.B-n (Ponte No*) 3

Capítulo 1Histórico e Objetivos

jLuizAlberto Brandaüu

O presente trabalho de mapeamento geológico-geoquunico 6 parte integrante do Programa Levantamen-tos Geológicos Básicos do Brasil - PLGB, desenvolvidopelo Ministério da Infra-Estrutura, sob a responsabilidadedo Departamento Nacional da Produção Mineral -DNPM, cabendo sua execução i Companhia de Pesquisade Recursos Minerais - CPRM.

Este texto explicativo refere-se aos trabalhos elaboradospara a folha Ponte Nova (SF23-X-B-D), que compõe,juntamente com as folhas Mariana (SF.23-X-B-I), limaDuarte (SR23-X-C-V1), Rio Espera (SF-23-X-B-JV), RioPomba(SF2^X-D-I)eBarbacena(SF23-X-C-III)(oPro-jeto Barbacena, executado à escala 1:100.000, pela Com-panhia de Pesquisa de Recursos Minerais - CPRM, atravésda Superintendência Regional de Belo Horizonte, para oDNPM.

A constituição desse projeto fundamentou-se, basica-mente, nos resultados obtidos pelo Projeto MapasMetalogenéticos e de Previsão de Recursos Minerais,através de cartas de planejamento de ações governamen-tais apresentadas para as folhas Ponte Nova (SF.23-X-B)e Barbacena (SF.23-X-C), escala 1:250.000. -

A escolha da área a ser geologicamente cartografadae a escala a ser adotada resultou de decisão de consen-

so entre a comunidade geológica, por intermédio detécnicos do DNPM/Belo Horizonte, da CPRM, da Metaisde Minas Gerais - METAMIG, do Centro Tecnológico deMinas Gerais - CETEC, da Secretaria de Minas e Energiado Estado de Minas Gerais - SEME, da Rio DoceGeologia e Mineração—DOCEGEO e da UniversidadeFederal de Minas Gerais - UFMG. Foram critérios fun-damentais, para uma tomada de posição sobre a área doprnfrtn « ma rarfwi» «U ftmfrff gra sua circunvizinhança em relação ao QuadriláteroFerrífero e a sua potencialidade mineral ditada pelaambiênda favorável

Dentro da nova filosofia de trabalho determinada paraos Levantamentos Geológicos Básicos, integrando váriasáreas do conhecimento geológico, procurou-se gerarinformações que atendessem mais de perto aos interessesda pesquisa mineral, subsidiando os. trabalhos deplanejamento governamental e orientando a escolha detemas para prmiuiiM1* ffíffwtfficw

O produto final ora consolidado, além de mostraravanços técnico-cientfficos, certamente contribuirá para odirecionamento racional da pesquisa mineral na regiãoenfocada.

Page 15: PONTE NOVA FOLHA SE23-X-B-II - IAEA

SR23-X-B-D(PooteNova) 5

Capítulo 2Localização e Acesso

porSérgio Murilo Achâo

A região estudada situa-se na porção sudeste do estadode Minas Gerais, limitada pelos meridianos 42°30' e 43*00'de longitude oeste e os paralelos 2 0 W e 2C3Q' de latitudesul, ocupando uma superfície de cerca de 3.000 km2 (figura12.1).

Abrange nove sedes de municípios, com destaque paraas cidades de Ponte Nova e Rio Casca. A malha densa deestradas vicinais e de estradas asfaltadas torna o des-locamento na área muito fácil.

O acesso pode ser realizado atra ís das seguintesestradas asfaltadas: partindo-se de Belo Horizonte, chega-se à área através da BR-262 ou da BR-040 (utilizando oramal BR-3S6/MG-262). Vindo-se do Rio de Janeiro, oacesso pode ser realizado pela BR-040 (utilizando-se oramal BR-356/MG-262) ou pela BR-116, através da BR-262. As cidades de Ponte Nova e Rio Casca possuemaeródromos homologados pelo DAC e estão ligadas aosistema ferroviário federal (RFFSA).

ng.lA1-Mtp«(mttu»9Ío>k>o^l2«çio-tolha Pont» Nov».

Page 16: PONTE NOVA FOLHA SE23-X-B-II - IAEA

SF.23-X-B4I (Ponte Nova) 7

Capítulo 3Geografia

porSirgo Murilo Achõo (subitens 3.1 e 3.3) e

Carlos Alberto Háneck (subitem 3.2)

3JA*pectos (biográficos

Segundo a classificação climática de Koppen, ocorremna área os tipos climáticos Cwa e Aw. O tipo Cwa (úmidode verões quentes) domina as zonas mais elevadas, apre-sentando pluviosidadc anual entre 1.100 e 1.400mm, esta-ção seca curta, temperatura média anual de 21,8-19^°C emédia do mês mais frio inferior a 18"C. O tipo climático Aw(semi-úmido), que predomina nas partes mais baixas dabacia do rio Doce, caracteriza-se por apresentar tempe-raturas médias anuais entre 24,7"-21,4*C, estação bem-definida e concentração das chuvas no período de outubroa março. A classificação bioclimática de Gaussen indica umpredomínio na área (cerca de 70%) do tipo climático Aw.

A rede hidrográfica pertence à bacia do rio Doce: osprincipais cursos d'agua correspondem aos rios Piranga(que passa a denominar-se rio Doce a partir da confluênciacom o rio do Carmo) e Casca, que drenam, respectiva-mente, os lados oeste e leste da área, no sentido S-N. A redede drenagem formada apresenta nítido controle estrutural(principalmente na direção SW-NE), tendendo a formaruma rede retangular.

Os aspectos florais atuais refletem, exemplarmente, aatuação antrópica sobre o meio natural. Esses aspectoscompreendem uma paisagem combinada de pastagens ecapoeiras, apresentando um grande domínio das pastagensnuma larga faixa SW-NE.

O lado oeste e a parte sudeste da área são ocupadospela subclasse latossolo vermelho-amarelo distrófico;são solos antigos, normalmente profundos, com perfis deseqüência de horizontes pouco diferenciados, texturaargilosa e saturados em bases. O restante da área éocupado pela subclasse podzólico vermelho-amareloeutrófico, que se distingue da anterior pela boadiferenciação dos perfis, principalmente o horizonte B.

32 Aspectos todoecoDÒmicos

Ponte Nova, Raul Soares, Rio Casca, Rio Doce, Santa Cruzdo Escarvado, Santo Antônio do Grama, São Domingos doPrata, São José do Goiabal, São Pedro dos Ferros, SerioueUnicãnia.

São municípios pouco populosos, á exceção de PonteNova, que se situa na porção sudoeste da folha, onde seconcentra uma população de 43.932 habitantes (34.782 nazona urbana e 9.150 na zona rural), com suas atividadesvoltadas essencialmente para a agropecuária (Censo de1980).

Os principais produtos cultivados na região são a cana-de-açúcar, o milho, o café e cm menor escala o arroz, ofeijão e o fumo em folha.

Na pecuária, predomina a criação do rebanho bovino,voltada para a produção de leite e indústrias correlatas,possuindo fábricas expressivas de manteiga e outrosprodutos do ramo.

Na quase-totalidade dos municípios, a indústria exis-tente limita-íe quase exclusivamente à transformação ebeneficiamento de produtos agrícolas, tais como obeneficiamento de café e a fabricação de aguardente decana, rapadura, farinha de milho, de mandioca etc. Aexceção fica por conta de Ponte Nova, onde a indústriaé uma das grandes fontes de renda do município, seguin-do de perto a agricultura. As principais indústrias são asusinas açucareíras, com produção de açúcar, álcool eaguardente.

Secundariamente, ocorrem as atividades mineráriascitadas, onde predominam a explotação de manganês emateriais de construção.

As atividades minerárias, observadas sob a ótica daarrecadação do IUM, podem ser consideradas como insig-nificantes, já que segundo os dados da Receita Federal, em1987, os poucos municípios que contribuíram foram: PonteNova (Cz$8.617,44), São Domingos do Prata(Cz$255.774,51), Raul Soares (Cz$1.453.907.7l) eAlvinópolis (CzSl35.098,24).

Na folha Ponte Nova, inserem-se os municípios de Abre 33 GeomorfologfaCampo, Alvinópolis, Amparo da Serra, Barra Longa, DomSilvério, Guaracíaba, Jequeri, Piedade de Ponte Nova, As serras e planaltos do leste e sudeste mineiro inserem-

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8 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

se no planalto Atlântico do Brasil Sudeste (Ab*Saber,1972), uma das unidades integrantes do planalto Brasileiro.Esse segmento do relevo constitui um planalto cristalinorebaixado, onde atuam, de uma forma bastante intensa, osprocessos morfogenéticos tropicais predominantementequímicos; a evolução do modelado exibe também um certocondkionamrjito pela floresta subigrófila.

As feições morfológicas observadas na paisagemdenotam, contudo, uma forte '"forfT** das variáveisgeológicas (Ktolngias, foEaçôes e falhamentos), bem comode fdifilafftO «*l«««a>«^f mMnjfânn g fftK>7^*<*m. OUC

levaram à elaboração de superficies cíclicas de erosão.No trabalho de King (1957), são referidos três ciclos

deanudacionais na área, a sab'r Sul-Americano, Velhas eParaguaçu, aos quais são creditadas algumas feições reli-quiares de aplainamentos e processos de erosão vertical(figura L3.1). Um outro estudo, levadoaefeito por Boaven-tura et ai (1977), descreve vários domínios morfológicosregionais (figura I.S.2), permitindo estabelecer um altograu de correlação destes com os principais tiposlitológkos ora cartografados.

20*00'

2 2'00

ÍO'00

Não especificado | |

Poroguaçu | | Pieutoceno

Sul-Am.r.cono

Pó» -Gonduono Cretáceo inferior

A porção sudeste constitui um compariimentomorfológico marcado por cristas alongadas, bastantecontínuas e dispostas segundo NNE, a cotas variáveis deTlfin a 1 «Wm na» o»rrac Queimaria » V*llia

área de ocorrência da unidade Juiz de Fora. Essas feiçõesmais elevadas são atribuíveis ao á d o Sul-Americano,

*»l f** «twi— p««planaçSi>« rio fVft. ftr^ft Sflpf-rior ao TerdAro Médio e acima das quais remanescempontões esparsos como a Pedra Negra (1.160m), prováveisinselberp aquela época. Características similares, mas sema ocorrência de pontões rochosos, são igualmenteobserváveis no domínio da unidade Dom Sirvério, ondecristas de quartâtos e xistos «ifwi»»" mm estruturaçãoqmeridiana a NNE, no trecho ocidental do rio Doce.

A dissecação da superfície Sul-americana deu-se a par-tir do pliopleistoccno, através da atuação de um novo ciclodesnudacional, o ciclo Velhas, quando uma fase de enta-Ihamentc vertical acentuado, de erosão remontante, gerouvales cnfaJTiidpft e ravinamentos * nc encostas,a maicr parte das feições do ciclo anterior. Alguns esporõesque se desenvolvem a partir de superficies de dmeiras(truncações de serras), também podem ser atribuídos ao

Figura 14.1 - ClckMd* ctotnudaçio

aos domínios gnáissicos rebaixados. A fase depedimentação desse ciclo mais novo foi particularmenteacentuada sobre a área de ocorrência dos gnaiitm Manti-queira e São Sebastião do Soberbo, com registros detrftkosque sugerem um paleoclima árido a semi-árido, compredominância dos processos de erosão em lençoL Restosda superfície Velhas ocorrem próximo às localidades dePonte Nova e Dom Süvério, em cotas variáveis entre 600 e700m, com pendores regionais no sentido das atuais calhasdos rios Doce e Piranga. Cabe ressaltar que os fenômenosde erosão em lençol, referívei» a qualquer uma riassuperfícies cíclicas, não obedeceram obrigatoriamente aum nível-base de erosão, típico dos sistemas fluviais emclima úmido. Sob condições mais secas, síncronas deglaciações no Hemisfério Norte, ocorreu uma coalescéociade pedimentos, gerando os pediplanos, mas isso sem umvínculo mensurável com os soerguimentos continentais, nosentido de explicar os observados desníveis topográ-Ccos,que tipificam a sucessão de ciclos desnudacionais.

Já no Quaternário, e quando se encontravam em estágiobastante avançado a dissecação da superfície Velhas, pelaerosão vertical, incisiva e remontante do ciclo Paraguaçu(pleistocenico), desenvolveu-se um sistema de falhamentosaproveitando antigas estruturações pré-cambrianas dis-postas segundo a direção NNE-SSW. Essa movimentaçãotectônica recente conduziu a um afogamento e colmatagemda drenagem, particularmente na região do Parque Es-tadual do Rio Doce, no norte da área, gerando um sistemade lagos que Barbosa & Kohlcr (1981) classificaram comorios fluviais e lagos do tipo barragem, gerados por umbascuiamento para NE. No lado oriental desse sistema,alojado numa planície aluvíal com algumas dezenas dequilômetros de,largura e a cotas em torno de 240m, obser-

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SR23-X-B-II (Pooíe Nora) 9 ,

20*00'

20° SO'

FORMAS DE DEPOSIÇÃO FLUVIAL E ALUVIAL

jijiViM cr>«wis st o SSECAÇÀC Dt SUPERFÍCIESI'I'I'.'I.'I.'! f LlOPLEI'TOCEMCAS

- " ^ FfRUCS'

CASCff.'r."-/-".

OPONTt NOVA

43*00' FONTE Boo.tuTuro atam ,1977, 1 SOO 000

XAnhtwuw^-^s^^^rn^iV^v^

Hgura L3^ - Formas de raiavo • uradadw gaornorfolâgicas

va-se um pronunciado alinhamento nos limites dos lagos, tectônicas.denunciando a posição de uma das falhas da fossa Os conspfcuos entalhamentos verificados nas aluviõestectônica. Vários níveis de terraços acima da atual planície de toda a área refletem a retomada de erosão num ciclodemonstram uma evolução do afundamento por pulsações recente, sob condições úmidas.

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SFJ3-X-B-I1 (Ponte Nov») 11

Capítulo 4Trabalhos Anteriores

PorClaiton Piva Pinto e Luiz Alberto Bnmdaiise

Sqnmdo Minta (in: Eschwege, Phito Bnuiliensis, 1833,tradução de Muita, DJ\, 1979 p. 12, 13, N.T.), na regiãosudeste, os trabalhe» geológicos com caráter cientifico tive-ram hncio no princípio do século passado com Eschwegr(1817)cprosseguiramcomPissis(1842),Liais(1872))Gerbcr(1874) e Derby (1881-1887); no inicio deste século, Derby(1906) propôs um empühamento estraugráfico em cincogrupos definindo uma série de Minas que se posicionariasobre gnaisse e mfcaxisto (Laurenciano) e sob arenitoquartzftico; nsto argiloso, calcário e arenito (Siluriano ouDevoniano); arenito, esse último no topo da seqüência.

Harder & Chamberlin (1915) ampliaram a abrangênciada série de Minas de Derby (1906), incluindo nela o seuarenito quaitzítico e subdividindo-a em:

Quartzito de Itacolomi;Xisto e quartzito de Piracicaba;Formação ferrugmosa de Itabira;Xisto de Batatal;Quartzito Caraça.O gnaisse e o micaxisto (de Derby) foram posicionados

no Arqueano Provável.Rimann (1920) subdividiu a série de Minas em camadas

Itacolomi (Cambriano), Diamantina (Algonquiano) eItabira (Arqueano).

Bastos & Erichsen (1927) correlacionaram os quartzitosdas serras do Lenbciro e São José à série de Lavras deDerby (1906) e os micaxistos e calcários de São João deiRei à série de Minas.

Guimarães (1931) separou da série de Minas uma sériede Itacolomi, como andar superior do Algonquiano c coma mesma conotação do arenito quartzfiico de Derby (1906).Atribui idade algonquiana inferior à série de Minas.

Freyberg (1932) propôs a designação de formaçõesEspinhaço para as seqüências que se desenvolvem nasterras quarúfticas a NE do Quadrilátero Ferrífero, mantendo série de Minas para as demais.

Moraes Rego (1933) empregou as denominações gnmsdo Paraíba, para um gnaisse leptiníüco do vale do Paraíba,em São Paulo, e ffteiss PorphyroidaL para o gnaisse for-mador das serras do Mar e da Mantiqueira.

Guimarães (1937) correlacionou os quartzitos das ser-ras do Lenbeiro e São José à série Itacolomi.

Leonardos (1940), em trabalhos na região centro-sul deMinas Gerais, definiu as formações Carandaí (metatilitosna parte inferior e calcários e rochas filfticas na partesuperior, depositados discordantemente sobre rochasgranitóides) e Tiradentes (quartzitos e arenitosconglomeráticos da serra homônima).

Barbosa (1949) propôs a subdivisão da série de Minasnas formações Santo Antônio (granito, anfibolito, esteatíto,talcoxisto, conglomerado e quartzito) e Ouro Preto (filito,dolomito, itabirito e quartzito).

Barbosa (1954) restringiu a abrangência da série deMinas criando as séries Mantiqueira (gnaisses, com mer-gulhos suaves para sul, aílorantes nos arredores de SantosDumont) e Barbacena (micaxistos, clorifaristos, anfibolo-xistos, talcoxistos etc), esta mais nova e depositada emdiscordância sobre a anterior.

Rosier (1952) definiu o complexo do Paraíba para reunirgnaisse com plagioclásio, mais ou menos injetado dematerial aplilo-pegroatítico mais recente, aflorante no valedo Paraíba, nu região de Juiz de Fora (MG).

Dorr II et ai. (1954) reconheceram na região doQuadrilátero Ferrífero uma discordância entre a série deMinas e* uma seqüência de quartzitos, filhos e micaxistosaté então reunidos nessa série ou, em parte, tidas comoxistos arqueanos. Em 1957, os mesmos autores definiram asérie Rio das Velhas para reunir esses metamorfitos e asubdividiram nos grupos Nova Lima (inferior: xistos, filhosmetassedimentares e metavulcãnicos e, subordinada-mente, formação ferrífera laminada, grauvaca, uma rochaquartzo-anquerftica, maciça, em camadas espessas,quartzito sericítico e conglomerado xistoso) e Maquine(superior), este, por sua vez, dividido nas formações Palmi-tal (inferior: quartzossericitaxisto ou filito, com lentes in-tercaladas de quartzito sericítico) e Casa Forte (superior:conglomerado e quartzito sericítico maciço, comintercalates de xisto ou filito). A série de Minas foidividida, do topo para a base, em:

Grupo Piracicaba: formações Sabará, Barreiro,Taboóes, Fecho do Funil e Cercadinho;

Grupo Itabira: formações Gandarela e CauêGrupo Caraça: formações Batatal e Moeda

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12 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

Schortcher (1979) definiu (informalmente) o grupoQuebra Osso (constituído principalmente por rochasukramáficas intrusivas e extrusivas do tipo greenstone)como unidade basal do supergropo Rio das Velhas, pas-sando o grupo Nova Lima a ocupar uma posiçãointermediária.

Ladeira (1980) subdividiu o grupo Nova Lima em umanidade inte ediá

(metassedimentar química) e uma unidade superior(elástica). Ladeira et aL (1983) nio reconheceram o grupoQuebra Osso (Schorschertop.riL), por considerarem seuslitótipos como parte do grupo Nova lima.

FiHpwf" n9 dé**8^8 df 1950 os trabalhos na região doQuadrilátero Fcrrífero eram «*»»»«*"* dns pelas equipes dop qpDNPM/USGS, chefiadas por N.V. Dorr IL no sentido dosul e sudoeste trabalhavam Ebert e Rosier, com algumaparticipação de Octávio Barbosa.

Ebert (1955) apresentou uma primeira divisãoestratigráfica para o centro de Minas, considerando-o uma"região pouco metamorfizada durante a últimaorogêaese", e compara essa região com o "sukste de Minase vak do Paraíba'', que foi uma "região muito metamor-fizada durante a última orogênese". Ebert (1956a, b, 1957,1967, 1968, 1971) e Ebert et aL (1958) contiauaram ostrabalhos na região, citta»Kh) os resultados cw\\Kmal'ríi-mente reunidos nos quadros 1.4.1,1.42,1.43 e 1.4.4.

A região foi dividida em terrenos arquemos, algon-quianos e pós-algonquianos. No Arqueano estariam asséries Mantiqueira e Barbacena (Barbosa, 1954), estadividida em uma peeiuchist-fááes (füitos, serpentinitos,talcoxistos, etc.) e em uma fades anfibolítica (biotita-xistos,biotita-quartzitos, anfibolitos, hornblenditos etc).

Ebert (1956b) definiu a formação La'tiete (micaxis-tos, grauvacas, quartzitos, ultrabasitos, itabirito e gon-ditos) como mais nova que a sua formação Barbacena(fácies sedimentar: micaxistos grauvaquianos, arcózios,quartzitos ou conglomerados; fácies metabasítica: an-fibolitos, serpentinitos, hornblenditos, talcoxistos,tremolita-xistos), e dela derivada em parte, por"ressedimentação dos produtos de desmoronamento dosmetabasitos...". Na mesma oportunidade, colocoudúvidas quanto ao posicionamento da série Mantiqueirade Barbos* (1954), em relação à formação Barbacena,levantando a hipótese de serem a mesma unidade comuma faciologia metamórfica distinta. Dada aprecariedade do conhecimento sobre essas duas últimasunidades, sugeriu que se adotasse a definição de pré-Mínas para o embasamento conforme havia propostoRynearson et aL (1954). Descreveu uma fase graníticapós-Barbacena {trondhjemítica, granodiorílica,granítica e quartzodiorítica) que, acrescida dosultrabasitos e gabros dessa formação, constituiriam umaprovíncia magmática neo-arqueana que oáo teria atin-gido a formação Lafaiete.

Ebert (1958, p. 47 e 72) chamaram de "gnaisses do tipoPiedade" (no mesmo trabalho usam o* termos "gnaisse

Piedade" e "grupo Piedade") a idutfW. f*flffl ******yi^f «•fy»tadas(parçnaisses?),lekosdebiotiuede|gadas<dc IHftfrf WflfOSã AflofSfltCS DOS VTOdoCCS dftPiedade (MG). Conelaciooam-no a fácies jsérie Barbacena.

Ebert, ao longo de 1955 a 197L adotou a drmio doAlgonqutano em paleo- e neo-. No Paleoalgonquiaaoposicionou a série de Minas, em discordância sobre asrochas arqueanas. Para o Nco-algonquiano, apreseatoauma série de divisões estratigráficas, baseadas no sea co-nhecimento adquirido em anos de trabalhos de campo na»regiões centro e sul de Minas Gerais.

Na epizona, posicionou ogrupo São João dei Rei (Ebert,1967), criado para reunir, a partir do topo, as formaçõesPrados (Oitos pretos, tirtansf* **"*? de grauvacas, fiT*V*iargilosos, mais raramente grauvacas e conglomerados),Barroso(caldfnrtosecalcários),Carafidaf(granvaca>,coa-gkxnerados, xistos listrados) e Uradentes (quartzitos econglomerados arcozianos, metarcozios, "ftOTfffltítnft.calcários dolomíticos). Seu correlato na mesozona 6 a(série)-grupo Andrelindia (Ebert, 1956a), dividido em

a) micaxistos claros, com muita moscovita e granada ( ±distênio, estaurolita e rutilo);

b) micaxistos escuros, ricos em biotita e plagioclásio,com granada subordinada;

c) quartzitos puros ou com moscovita, distênio egranada;

d) metarcozios listrados.Na catazona, posicionou o grupo Paraíba - ex-séries

Paraibuna e Paraíba (gnaisses caracterizados por intensaadição do potássio) e a série Juiz de Fora (gnaisses dedesidratação e ^«^'^"açáo de charnoquitos, gnaissescom granada e silimanita, psamitos de ^""^arãogrpw-'^a média, quartzito feldspáüco).

Ebert, 1957 (in: Ebert, 1968) abandonou o termosérie Juiz de Fora (Ebert, 1956a) em favor de grupoParaíba.

Nesse esquema de metamorfismo crescente para sul, con-siderou a formação f araiw qf ratigrafiranwnf^ idêntica âOgrupo Andrelândia, que se mostra "num estado de metamor-fismo regional muito mais elevado". Este, por sua vez, tran-siciooa para os gnaisses catametamórficos da série Juiz deFora (posteriormente reunida no grupo Paraíba).

Dutra & Guimarães (1961) mantiveram a série Juiz deFora e estabeleceram uma origem magmática para grandeparte das rochas charnoquíticas.

Ebert, mais tarde, restringiu a distribuição da formaçãoCarandaí aos arredores da cidade homônima, passando adenominar sua projeção para sudoeste (região de São Joãodei Rei-Lavm) de formação Rio das Elvas, correlata àformação Lambari (Ebert, 1971) que, por sua vez, seriacortelata à formação Pouso Alegre (Leonardos Júnior etai., 1971).

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Ragiao

Mada

Nso-

ano

Palao-Algonqui

ano

Arquaano

Quadro 1.4.1

Oantto-SutdaMbtas

Gfupo 1 Foimsçfto

EplzonaSaoJoaodalRai

Prados

Carandal

Tiradantas

Sari* da Minas

FOffTMÇaO

Fasagranh

(Sérta/Gruf

Facias Sad

5vft9 RnWT

(Barbosa. 1

- Correlações Estrstlgráflcas Baseadas wn Ebert (1955 a

Sul da Mlnas - Vala do Paraíba

Séria ou Grupo

Masozonad)

Catazona'Paraíba

CnamoquWzaçao/ IMicroellnlzaçao Juiz d * Fora

1971).

Zona da Lavras - LambarI

Grupo

SaoJoaodal Rs!

(3)

Formação

MacalaBarrosoRtodasErvas-Lambarl 2)Tlradantas (7)

Cantro-Nor» daMnas

Formação

Indaiá

Macaúbat

Haooloml

. Sao Paute

FofntAçAoEVoutaVtoOrupoNapka

LafaMa

tea posBarbaosna

Imantar / ft

tqualra954)

tipo Amparo

Corralaçoss da Ebart (1968):(1) CorraladorMMa ao grupo Kaplra am SP

Corralaclona-sa ao grupo Varginha am MG(2) Corraladona-sa à Fm. Pouso Alagra (Lsonardos Jr. at a i , 1971)(3) Corralaelona-sa ao grupo Aoungul(4) Corralaelona-** ao grupo Amparo am SP

( ) Discordância.

Quadro 1.4.2 - Divisão Estrutural do Pré-Cambriano Superior no Sul do Estado de Minas Gerais e noEstado do Rio de Janeiro, a Partir dos Dados de Ebert (1968).

Faixa OrogtnlcaIntamldas

Exiafnfldaa

A. A aarra do Mar com aatrutura aamalharrla a uma magarrUcNnal... (Roalar,1957);

B. A dlvargênda (tlncHnal am forma da laqua) do vala do Paraíba (Lamago,1948);

C. Aionactevarg4noiaoonstanta(o*JutedaF6raai*Barbaoana)oorrioaantldo doa movlmanto* taetonlcos dirigido para o Intartor (attmtura Imbrtoada);

D. Zona da dobramantos a falha i (Ebart ,1958).

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14 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

Quadro 1.4.3 - Divisão Metamórfica do Pré-Cambriano Superior no Sul do Estado de Minas Gerais eEstado do Rio de Janeiro. Preparada a Partir dos Dados de Ebert (1968).

Urridai

Antapafa da Faixa

Fatal OroQanétícaMWiwl

daBaoiadoRtoStoTranciaco

Zona do Espinhaço

0

C

8

A

anquinwtamfcffca

xfeto-vwda

xlstoavardaa

anflbolWoa

anfiboMtea

anfiboHttca

Subfáciaa

oomdorita

oom biotíla

oom astaufoIHa aotstanio

oom sfiimaniiB

oom silimanita

Obaarvaçlo

oomnumaroaaaintarealaoBaacnamoqufticaa até a faixatransitófla oom C

com forta oranrttzaçfto

Quadro 1.4.4 - Divisão Estratlgràfica do Pré-Cambriano Superior no Sul do Estado de Minas Gerais eno Estado do Rk) de Janeiro, Preparada a partir dos Dados de Ebert (1968).

Grupo

Pré CambrianoSuparlof

Slo Joio Dal Rai

Andralándia a Paraíba*(am parta)

Paraíba

Unidada Ettrutural

D

C

A»B

Utoloaia

Matanadimafltoêelásticos finos amatacalcárioa.

Micaxictot a quartzito»,manos fraqüantsmantamatauadimantot rico»am faldspatos.

Sadlmantosaogaossinclinait,mstagrauvacas,matarcózíos a, maiararamanta, quartzitos amatacalcários.

Obssrvaofto

Raúna aa formaoOasTlradantattCarandal,Barroao a Pradoa,conforma definida* porEbad.

• Foi abandonado, poatariormanta. o noma Juiz da Forrpara as partas do grupo Paraíba ricos am charnoqultos...(Ebart, 1967a p. 511,1962, p. S3), in: Ebart, 1966, p 218

A formação Prados correlacionou à formação Macaia(Ebert, 1971), definida na região de Lavras para reunirarenitos, grauvacas e arcózios, com pequena contribuiçãode sedimentos finos até muito finos, porém com maiordeformação e recristalização filonítica.

Ebert (1968) fez referência à bifurcação da faixaorogênica formada pelos sistemas Paraibides e Araxaídes,por ele definidos (Ebert, 1956b):

a) "Os Paraibides, que continuam através do estado deSão Paulo até Paraná e Santa Catarina;"

b) "Os Araxaídes, que contornam a bacia do rio SãoFrancisco, dobrando para NW e em Goiás, para norte".

Nesse mesmo trabalho, também apresentou hipótesesobre a origem dos charnoquitos e granulitos do sul deMinas Gerais, chegando a conclusão da existência derochas orto- e paraderívadas. Em 1971, voltou a tratar daquestão dos Paraibides e Araxaídes.

Rosier (1957) concentrou seus trabalhos na serra doMar, dividindo o Algonquiano dessa região em uma sériesuperior mesometamórfica (quartzitos, mármores, an-

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SF23-X-&-II (Poate Now) IS

fibolitos, actinobta-xistos e mo&covita-gnaisscs) uma sérieinferior, com p"^g"»i«« catametamórficos, subdivididaem:

a)série kinzigftica (plagioclásio-biotita-granada-silimamta-gnaisses);

b) série charnoquftica (plagioclasio-biotita-hiperstênio-gnaisscs), semelhante à série Juiz de Fora, de Ebert (1956);

c) plagjodásio-augiia-hornblenda-bioüta-gnaisses.Rosier (196S) apresentou novos dados sobre a geologia

• da faixa limítrofe entre os estados do Rio de Janeiro eMinas Gerais.

Esses dois autores, Ebert e Rosier, e mais a equipe de DorrII, estabeleceram as bases para a estratigrafia da regiãocentro-sul de Minas Gerais e parte do Rio de Janeiro, cadaqual responsável por uma detenmrada região.

Nos anos 70, a CPRM assumiu a execução dosprogramas de mapeamento geológico na escala 1:250.000.

Brandalise et ai. (1971) apresentaram uma geologiapreliminar da região meridional de Minas Gerais, commapas na escala 1:250.000.

lima et ai. (1974) concluíram os trabalhos do ProjetoMapeamento Geológico da Geotransversal E-W, Setor G,abrangendo as regiões a leste do Quadrilátero Ferrifero atéManhuaçu.

Braun & Baptista (1976) ampliaram substancialmente aabrangência do grupo Barbacena, passando a considerá-locomo associação Barbacena, subdividida em vários com-plexos. No resumo de seu trabalho, escreveram:

Quanto à nomenclatura, conclui-se quesérie Barbacena, série Rio das Velhas esupergrupo Espinhaço são termos con-flitantes e inadequados, pois designam amesma seqüência já chamada de série doMinas, por Derby. A formação Sabará, emsua localidade-tipo, designa milonitos dosplutonitos do embasamento da série Minas,xistos metabasíticos intrusivos, xistosmetavulcânicos ácidos da seqüência Minasetc, não se referindo a nenhum estrato su-perior dessa seqüência. O grupo NovaLima, cm sua localidade-tipo, designa umaseqüência semelhante e provavelmentesincrônica à denominada grupo Piracicaba,nas proximidades de Ouro Preto e suaprópria localidade-tipo, porém preenchen-do compartimentos distintos. Por todo oQuadrilátero Ferrífero são identificadoscomo Nova lima xistos de diversas origense idades (a maior parte é de füonitos debásicas e intermediárias ou das própriasrochas do embasamento). Para efeito decorrelações, sugere-se uma divisão emgrandes associações litostruturaisdenominadas Paraíba do Sul, Barbacena e

Araxa, sendo também sugerida a utiEzacãodo tenro série Minas, dentro da concepçãode Derby, e "série Itacolomi", na concepçãode Guimarães & Jacques de Moraes. Faz-sea sugestão de uma revisão completa eminuciosa, tanto estrutural como litológicano sul do Espinhaço, incluindo oQuadrilátero Ferrífero.

Brandalise et ai. (1976), seguindo essa orientação,adotaram as divisões em associação Paraíba do Sul eassociação Barbacena, sem conotação estratigráfica; aAssociação Paraíba do Sul foi subdividida em complexoMigmatitico (migmatitos e granitóides), complexoCharnoquítico (ortometamorfitos básicos metas-somatizados: charnoquitos, enderbitos, birkremitos,metadioritos, gnaisses charnoquíticos, granulitosgranatíferos localmente migmalíticos e quartzhos), conten-do ainda biotita-gnaisses com granada, silimaniu, es-taurolita e anfíbólio, quartzoxistos, mkaxistos, mármore,gnaisses a duas micas e lentes de charnoquito. A associaçãoBarbacena reuniu mkansios e quartzitos granalíferos comestaurolita, cianita, silimanita e andalusita; rochascarbonáticas, metabasitos, uhrabasitos e biotita e/ou an-fíbolognaisses bandados, localmente migmatizados.

Essa divisão incluiu parte das rochas definidas comogrupo São João dei Rei e Andrelándia por Ebert em seustrabalhos.

Silva et ai. (1978) apresentaram na legenda da folhaBarbacena (1:250.000) a associação Paraíba do Sul for-mada por um complexo Charnoquítico equivalente ao deBrandalise et ai. (op. cit.). A associação Barbacena foisubdividida em complexo Gnáissico-Migmatítico(granitóides ácidos a intermediários foliados a gnáissicos emilonito-gnaisse), complexo Bonsucesso (conjuntobiológico cataclástico: ultrabasito xistificado, quartzitosmicáceos ou ferruginosos, filhos), complexo São João deiRei (unidades Prados, Carandaí e Tiradentes), complexoAndrelándia (xistos granatíferos, quartzitos, gnaisses,melacalcários; ressaltam-se que os xistos de oeste sãosimilares aos da unidade Carandaí e os contatos sãogradativos com o complexo Piedade), complexo Piedade(gnaisses com freqüentes intercalações de anfibobtos equartzitos e intercalações locais de xistos; gnaissessieníticos do Matola; gnaisses com bandamento fino, emPiedade, com rochas gabróicas intercaladas).

A mesma Unha de ação foi adotada por Fontes et ai.(1978) no Projeto Jequitinhonha.

Trouw et ai. (1980) definiram um grupo Carrancas, comcaracterísticas intermediárias entre os grupos São João deiRei e Andrelándia, posirionando-o no Proterozóico Supe-rior. Dividiram-no em formação São Tome das Letras(quartzitos micáceos, localmente conglomeráticos, ricosem opacos) e formação Campestre (cloritóide-fílitosgrafitosos ou xistos em intercalações centimétricas amétricas com quartzitos).

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16 Programa levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

Karfonkd A Noce (1983) dividiram o grupo São Joãodd Rei nas formações Tiradentes, Carandaí e Rio Etvas,jftfhp^*" as formações Prados e Barroso (de Ebert), naformação Rio Ervas. Advogaram para a formação CarandaíumaoryiBgbrial Noce (1987) abandonou tal subdivisão,ptlT—** » «Hntar, mm nwHiRayi^ a rfwikân fin gnipr»São João del Rei em sete unidades (A a G), conformeapresentada por Valeriano, 198S (ia: Noce, 1987).

Barbosa A Grossi Sad (1983a) apresentaram umaproposta de divisão do complexo Juiz de Fora em unidadeComendador Venâncio (rochas da seqüênciacharnoquítica, lendo quartzito e biotíta-gnaissediaftorético como litologias subordinadas) e unidadeRaposo (diaftoritos com evidências mineralógicas epetiugiificas de derivação a partir de rochas da seqüência

**.). Trataram também, da petrografia (1983b) e dapetrologia e geoquünka (1983c) dos charnoquitos e rochasafins ao longo da divisa Minas Gerais-Rio de Janeiro.Grossi Sad & Barbosa (1985) voltaram a tratar da origemdessas rochas.

Grossi Sad et aL (1983) correlacionaram a formaçãoLafaiete (de Ebert, 1956b) ao grupo Nova Lima.

Machado Filho et aL (1983) definiram um complexoBarbacena fmetatexitos com pakossomas xistosos básicose uhrabásicos e neossomas granodiorítícos e graníticos,...posicionados no cráton do São Francisco"), um com-plexo Juiz de Fora (seqüência de rochas da suítecharnoquítica, predominantemente enderbftica, comfaixas kínrigftiras intercaladas), um complexo Paraíba doSul (gnaisses e migmalitos extremamente bandados ccataclásticos, aflorantes no vale homônimo, rochas

charnoquíticas c granitóides), todos de idadearqueana. Mantiveram os supergrupos Rio das Velhas eMinas e os grupos Lafaiete e Dom Silver» como entidadesperfeitamente individualizadas. O grupo Andrelândia foidividido em unidades litológicas e mineralógicas. Para ogrupo São João dei Rei, mantiveram a divisão original deEbert, acrescida da formação Carandaí (siltitoshomogêneos com intercalações decimétrícas c métricas defilho grafitoso; subordínadamente ocorrem grauvacas earenitos ferruginosos), considerando-a depositada direta-mente sobre o complexo Barbacena. O grupo Carrancas foiseparado nas formações São Tome das Letras, Campestree Rio Elvas (que Ebert colocou no grupo São João dei Rei).Consideraram esses três últimos grupos como sendo doProterozóico Inferior. O "gnaisse Piedade foi consideradocomo resultado de um tectonismo de cisalhamentohorizontal, de idade arqueana ou transamazõnica, queatuou sobre rochas do complexo Barbacena e supergrupoRio das Velhas..."

Evangelista (1984,1985) estudou estreita faixa entre oQuadrilátero Fcrrífcro e Ponte Nova, definindo o com-

piexo Granulíüco de Acaiaca (püibofitos, piriclaskos,plagiogranuhtos, kinagkos, diques ptgmatoidrs e rochasrctrometamórfkas derivadas das rochas de ako grau).Teixeira et aL (1987a) voltaram a tratar dessas rochas comênfase à idade, petrogênese e tectônica.

Trouw et aL (1986) apresentaram uma Contritmçto èGeologia da Folha Barbacena - 1250000 que mdum aprópria região de Carrancas, onde o grupo hnmftnhno foidefinido, desconsiderando-o com a seguinte citação:

Contrário a propostas anteriores, envolven-do o grupo Carrancas (Trouw et aL, 1980,1983,1984), propomos aqui uma subdivisão dessa

São João dei Rei, com quartzkos matures emetacalcários e outra faaes, rica em quartzkose metagrauvacas, aqui denominada fáciesLuminárias.

Nesse esquema, a fácies Luminárias corresponderia àporção basal do grupo Andrelândia. Dividiram a fácies SãoJoão dei Rei em cinco unidades, a fácies I umtnárias emsete e o grupo Andrelândia em cinco, embora mostre-secom seis unidades na legenda da carta.

Grossi Sad & Dutra (1988) apresentaram um trabalhosobre a composição química das rochas supracrustais dognipo Paraíba do SuL onde 6 mostrado um mapa na escala1:1.000.000, com uma nova divisão estratigráfica dessegrupo (formações Desengano, Imbé, Itaocara eEucíidelãndia).

O mapa ckado é resultado de um trabalho de compilaçãode dados, desenvolvido por Grossi Sad & Pinto, desde 1983,envolvendo, de maneira geral, os levantamentos geológicosexecutados parao DRM, na escala l:50.000,eque foi apresen-tado na escala 1:500.000 durante o Ia Simpósio de Geologiada Região Sudeste, em setembro de 1989.

Num âmbito mais amplo, estão os trabalhos de Almeida(1977. 1981), Cordani & Teixeira (1979), Cordani et aL(1973,1985), Teixeira (1985), Teixeira et aL (1985), Haralyi& Hasui (1982a, b), Haralyi et ai. (1982,1985), Hasui &Oliveira (1984), que versam geralmente sobre geotectônicae geocronologia.

A oeste da área do projeto, existem vários trabalhos deteses de pós-graduação de alunos da UFRJ, orientados porRudolph A. J. Trouw. À época da realização desse projeto,estava sendo preparada a tese de Alexis Nummer, queinteressa à parte da porção ocidental da folha Lima Duarte.

Em 1988, a CPRM/BH apresentou o produto final doProjeto São Gonçalo do Sapucaí, resultante do ProgramaLevantamentos Geológicos Básicos do Brasil - PLGB,constando de duas folhas em escala 1:50.000 - folha SãoGonçalo do Sapucaí (Silva et ai., 1988) e folha Heliodora(Baltazar et ai., 1988).

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SFJB-X-B-II ( t a k Now) 17

- Capítulo 5Metodologia

Lua Alberto Bmdalise

A exemplo de outros projetos já concluídos, ametodologia prevista para realização do mapeamentogeológico da folha Ponte Nova, do Projeto Barbacena,seguiu os padrões estabelecidos pela CPRM, de acordocom a solicitação do DNPM, constando de:

6* Etapa - Elaboração do anteprojeto dcflaJdvo: es-tabelecimento de prazos de execução das atividades doprojeto, objetivos e metas, em função das 4* e S* etapas.

1* Etapa-Levantamento e aqoisiçáodaibásica: aquisição de cartas topográficas na escala 1:50.000(IBGE, 1976), de aerofotos convencionais na escala1:60.000 (USAF AST-10,1964-1966, USAF AST, 1969),bem como de fotoíndices 1:180.000, imagens de radar1:100.000, além de imagens Landsat-TM nas bandas 4 e 5,nas escalas 1:100.000 e 1:125.000.

2* Etapa - Compilação e análise bibliográfica: levan-tamento e estudos da documentação bibliográficadisponível, referente a área do projeto, além da consultados relatórios de pesquisa relativos à área, existentes noDNPM.

3* Etapa - Interpretação de dados de sensores remotos:interpretação das aerofotos, pelos métodos Guy-Riverau econvencional de "claves". O primeiro método foi aban-donado, tendo em vista o baixo nível de separação propor-cionado. Foi gerado um mapa foiogcológjco preliminar,complementado pelos dados de interpretação de imagensde radar e de satélites, anteriormente mencionados.

4* Etapa - Reconhecimento geológico: todos osmembros do projeto, em conjunto, percorreram os prin-cipais perfis em todas as folhas, com o objetivo de testar oscontatos e estruturas traçados na fotointerpretaçâo,verificar as características fotogeológicas das litologias,para efetuar novas separações, ou melhorar aquelas jádefinidas. Além disso, serviu para entrosar componentesdo grupo e compatibilizar a terminologia geológicadescritiva.

5* Etapa - Reinterpretaçáo dos dados de sensoresremoto*: de acordo com as feições observadas no campo,inteiradas àquelas extraídas das aerofotos, fez-se umareavaliação dos resultados obtidos anteriormente.

7* Etapa-<1: executada de novembro de 1986 a agosto de 1987, sendocorridos os principais perfis, selecionados com base aosdados obtidos na 5* etapa, com intuito de verificar anatureza dos contatos, separar os tipos litologkosmapeáveis na escala, levantar e analisar as feiçõesestruturais. Foram coletadas amostras de rocha objetivan-do-se melhor conhecimento dos litótipos através dapetrografia microscópica, ou ainda para á'«^« químicas.

8* Etapa - Cartografia gcoMgfeasMearftka -II: iniciada em novembro de 1987, tendo por objetivo darcontinuidade às atividades da etapa de Campo I, visando aum adensamento de dados compatível com a escala detrabalho. Anfwnalam^nfy nesta folha, essa etapa desenvol-veu-se até o final de agosto de 1988, Undo contado de julhoa setembro com os geólogos Luiz Alberto Brandalise(chefe do projeto), Orivaldo Ferreira Baltazar e SérgioUma da Süva, todos em .empo integral. Paralelamente,efetuou-sro cadastramento das ocorrências minerais.

91 Etapa- Levantamento geoquímko: efetuado simul-taneamente à primeira etapa de campo, constando de umavarredura na folha, com amostragem de rocha, sedimentode corrente, bateia em pontos previamente selecionados,de acordo com os dados geológicos existentes. Uma segun-da varredura foi efetuada na etapa de Campo D, comamostragem em alvos selecionados baseada nos resultadosda primeira campanha.

10* Etapa - Levantamento geollsico: efetuado levan-tamento gravimétrico em perfil EW desde Ouro Preto atéMatipozinho, situado além do limite oriental da folha PonteNova. Os dados desse perfil, juntamente com o perfilmagnético obtido de mapa de contorno, foram modeladosem microcomputadores, na busca de elementos paraauxiliar na definição da tectõnica regional. Os mapasaeromagnéticos disponíveis foram interpretados

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18 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

qualitativamente e correlacionados à geologia, sendo 12* .Etapa - Elaboração do torto explicativo: o geólogoselecionadas algi™«« anomalias para interpretação quan- Roberto Felício Malouf assumiu os trabalhos da folhatitativa. Ponte Nova em março de 1986. A partir de julho de 1988,

com o prolongamento de mais dois meses da etapa de11* Etapa - Consolidação final dos dados: integração Campo II, a responsabilidade técnica de execução e

dos dados reunidos durante a execução do programa, isto fechamento da folha passou aos geólogos Luiz Albertoé, dados geológicos, geoquímkos, geofisicos, petrográC- Brandalise (chefe do projeto), Onvaldo Ferreira Baltazarcos e analíticos; elaboração das cartas geológica s e Sérgio Lima da Süva, aos quais coube a organização destemctalogenétko-previsionaL texto.

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PARTE II

GEOLOGIA DE PARTE DAREGIÃO SUDESTE DO

ESTADO DE MINAS GERAIS

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SF-23-X-B-II (Ponte Nova) 21

Capítulo 1Sinopse da Geologia Regional

PorClaüonPiva Pinto

A área em estudo situa-se na região Sudeste, e estácontida integralmente no estado de Minas Gerais (figura1.2.1). Compreende parte das províncias estruturais SãoFrancisco, Mantiqueira e Tocantins, de Almeida et aL(1977), redefinidas como províncias geotectônicas noCapítulo 6, da Parte D, deste texto explicativo. Essa regiãovem sendo objeto de estudos geológicos desde o séculopassado. Um incremento nesses trabalhos se fez sentir apartir da segunda metade do século XX, continuando atéos dias atuais. Algumas unidades líticas foram definidasneste projeto e estão detalhadas no Capítulo 2, da Parte D.Uma síntese da estratigrafia é mostrada no quadro n.1.1.

A província geotectônica São Francisco, tambémreferida na bibliografia como cráton do São Francisco,ocupa a porção noroeste da área do projeto. Nessedomínio, caracteriza-se por seqüências de rochas vulcanos-sedimentares (complexos Barbacena e Santo Antônio doPirapetinga e supergrupo Rio das Velhas), de idade ar-queana, e por maciços granitóides, alguns de dimensõesbatolíticas (ribeirão Pinheirinho, serra do Carmo, Pimenta,Brás Pires e outros não formalmente batizados, além docomplexo Ressaquinha), de idades variando do Arqueanoao Proterozóico Inferior. Metabasitos, do ProterozóicoInferior, também são encontrados. O complexo Ressaqui-nha configura um batólito consideravelmente grande,gerado por anatexia de material crustal, preservando emseu interior porções de goaisses bandados e de outrasrochas à semelhança de xenólitos; é também referido nabibliografia como batólito alto Maranhão e granodiorito deCongonhas, em áreas fora do domínio do projeto. Esseconjunto de rochas tem feições próprias do domínio dacrosta intermediária, com metamorfismo nas fácies xisto-verde a anfibolito.

A província geotectônica Mantiqueira ocupa a porçãosudeste da área do projeto. Nesse domínio, caracteriza-sepor: a) orto- e pararrocbas, de idade arqueana, metamor-fizadas nas fácies anfibolito e granulito (suíte metamórficaSão Bento dos Torres, complexos Juiz de Fora e Acaiaca);b) orto- e paxarrochas do Proterozóico Inferior, commetamorfismo na fácies anfibolito (complexo Mantiqueira,suíte metamórfica São Sebastião do Soberbo e grupo Dom

Silvério, além de metagranitos e metabasitos não-batizados); c) ortorrochas de idade incerta, metamor-fizadas ou não, atribuídas ao Proterozóico Indiferenáado.As rochas arqueanas têm registros compatíveis com odomínio da crosta inferior, enquanto as demais, com odomínio da crosta intermediária.

Algumas unidades estratigráficas, de notáveldistribuição regional e consagrado registro na literatura,como o grupo (complexo, associação...) Paraíba do Sul, naprovíncia geotectônica Mantiqueira, e o supergrupoMinas, ao norte, na província geotectônica São Francisco,não ocorrem na área do projeto.

O contato entre essas duas províncias é tectônico, mar-cado possivelmente por uma colisão do tipo continenteversus continente.

A província geotectônica Tocantins ocupa uma pequenaárea da porção ocidental do bloco cartografado, estenden-do-se para oeste e margeando a província geotectônica SãoFrancisco por esse lado. Caracteriza-se no interior e ar-redores da área investigada por espessos pacotes metas-sedimeniares, com reduzida contribuição vulcânica (?)representada por aafibolitos e metandesitos (?). Taisrochas estão reunidas nos grupos Andrelándia e São Joãode) Rei. Mostram metamorfismo crescente para o sul,variando da fácies xisto-verde a anfibolito alto, e feiçõespróprias da crosta intermediária; são consideradas doProterozóico Médio.

O contato com as outras duas províncias é tectônico emquase toda sua extensão, à exceção de uma pequena íaixano domínio da folha Barbacena (SF.Z3-X-C-DI). Processa-se por uma provável nappe de chamage com movimentospara norte e nordeste.

A região mostra uma evolução geotectônica, comregistros de ciclos tectonotermais desde o Arqueano até oProterozóico Superior - Eopaleozóico; feições mais recen-tes são marcadas por falhamentos de gravidade e intrusõesácidas a básicas nâo-deformadas.

Os ciclos de aplainamento Gonduana, Pós-Gonduana,Sul-Americano, Velhas e Paraguaçu atuaram em toda aregião, sem, contudo, se mostrarem onipresentes.

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Quadro 11.1.1 - Comparação das Colunas Estratigráflcas do Pré-Cambriano das Folhas Uma Duarte, Barbacena, Rio Espera e Ponte Nova, Estabelecidas Neste Projeto.

Folha Uma Quarta Folha Barbacena Folha Rio Espera Folha Ponte Nova

Província Geotectonica Tocantins

Domínio daCroata

raafmacHana

Proterozok»Médio

Grupo Andralândia (PMai. PMas) Grupo Sao Joio dal Rai (PMsJp. PMsja)

Província Geotectonica Mantiqueira

Domínio daCroata

nsflnraana

OomModaCroata Menor

ProterozoiooMMarancia-

do

ProtarozoicoInferior

Arquaano

.pagmaütos (pg)btotita-granto nàcHlatermado (Py).btotrta-granrto tacoidal a blattomilonfticoRibeirão doa Cavalos (Pyrc).tonaMo-gnaiase Pirapetinga (Pyp)imâUkúlki Tirnlinh«fin fPy)

complaxo Mantiqueira (Plm)

.suha matamorfica Sio Banto dos Torras(Aab)

complexo Mantiqueira (Plm)

.suíte metamórtica Sio Bento dos Torres(Aso)

grupo Dom Silvério (Plds)

alcalioranito Oivinésia (Plyid)

complexo Mantiqueira (Plm).complexo Acaiaca (Aac)

.metafgneas bisicasmagmatitos ácidos, granitospegmatóides de Rio Docegrupo Dom Silvério (PWs1, PW»2, Plds3)biotita^ranito (Ply2)leucogranito (Ptyi).ortoanfibolito (Piá)suits metamorfica Sio Sebastião doSoberbo (Pias).complexo Mantiqueira (Plm)

.complexo Juiz de Fora (Ajf)

Província Geotectonisa Sio Francisco

OomModaCroata

Menmediaria

ProtarozoicoInterior

Arquaano/Protarozoico

Interior

Aiquaano

.metabasitos (PU)complexo Ressaquinha (Plr)

.complexo Barbacena (Abi. Ab2)

granitoalcalino(Ptyi).moscovita-granito Brás Piras (Ptyibp).complexo Ressaquinha (Plr).granito cisalhado Pimenta (APIyip)

.tonalrto-trondhjemrlo Serra do Carmo(Ayisc).granodiorito a granito Ribeirão Pinheiri-nho (Ayip).supergrupo Rio das Velhas (Arvi, Arvm,Arvs).complexo Santo Antonio do Pirapatinga(Asap)

ono

§•09

i

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SF.23-X-B-H (Ponlc Nova) 23

Capítulo 2Estratigrafía, Petrografía e Petrologia

Sérgio Lima da Silva, Orivaldo Ferreira Baltazar,LuizAlbeno Brandalise, Emiliano Comélio de Souza e

VaherJosé Marques (subitens 21.5, 2.2.5 e 2.4.5)

IX Complexo Juiz de Fora - Ajf

2.1.1 Comentários gerais

Os principais trabalhos de levantamento geológico deque se tem noticia, relativos à área de ocorrência do com-plexo Juiz de Fora, datam da década de 1950, tendo sidopublicados em relatórios anuais do Diretor da Divisão deGeologia e Mineralogia do Departamento Nacional daProdução Mineral. Assim, em 1951, Rosier fez brevesreferencias a um complexo Paraíba descrito ao norte deJuiz de Fora e no vale do rio Paraíba do Sul. Ebert (1955,1956) apresentou esboço e mapa geológico da região sul deMinas Gerais, onde já faz referências às séries Paraíba eJuiz de Fora, essa última de idade neo-algonquiana,catazonal e resultante de processo de charnoquitização.Rosier (1957) também apresentou um mapa geológico daregião, abrangendo parte do estado do Rio de Janeiro eregião sul-sudeste do estado de Minas Gerais, onde foramindividualizadas faixas de charnoquilos dentro de umasérie Parafba-Desengano, de extensão muito-ampla eabrangendo uma gama muito variada de rochas.

Já na década de 1970, iniciaram-se os primeirosmapeamentos geológicos sistemáticos em escala regional(1:250.000), executados pela CPRM para o DNPM. Dessemodo, em 1978, foi concluído o Projeto Jequilinhonba,naquela mesma escala, tendo como parte integrante a folhaPonte Nova, que abrange no seu todo a área ora comen-tada, e onde os litótipos integrantes do complexo emepígrafe são referidos como "complexos charnoquítico egnáissico-kinzígítico", integrados a uma "associação Bar-bacena/Paraíba do Sul", mais abrangente.

Finalmente, o mapeamento geológico sistemático naescala 1:50.000 de todo o estado do Rio de Janeiro, levadoa efeito pelo Departamento de Recursos Minerais daSecretaria de Indústria, Comércio e Turismo daquele es-tado, permitiu um conhecimento mais apurado das rochasde alto grau metamórGco ali ocorrentes, que se estendempara a área em apreço, e que forneceu subsídios para queBarbosa & Grossi Sad (1983a) redefinissem a antiga sérieJuiz de Fora de Ebert (op. cit.) propondo-lhe a designação

complexo J uiz de Fora, considerando as recomendações doCódigo Brasileiro de Nomenclatura Estratigráfica. Assim,esses autores o definem

como a associação de duas unidadesütológjcas intimamente relacionadas, a saber:uma caracterizada essencialmente por rochasda seqüência charnoquítica, tendo quartzito ebiolila-gnaisse diaftorético como litologiassubordinadas; ...e outra constituída essencial-mente por diaftoritos com evidênciasmineralógicas e petrográficas de derivação apartir de rochas da seqüência charnoquítica...

Para a primeira, os autores propõem o nome unidadeComendador Venáncio e para a segunda, unidadeRaposo, tendo como seção-tipo, respectivamente, "oIrecbo do vale do rio Muriaé, que começa pouco a E dadivisa Minas-Rio, em Patrocínio do Muriaé, e vai até 4kma E da localidade de Comendador Venáncio..." e "a faixalimítrofe entre os dois estados, no trecho que vai dalocalidade fluminense de Raposo para NW até o vale doRibeirão Gavião...

Adolou-sç, aqui, a mesma nomenclatura dos autorescitados para o conjunto biológico como um todo (complexoJuiz de Fora), sem, contudo, seguir-se a divisão emunidades formais, embora sejam feitas correlações comelas.

2.12 Distribuição geográfica

Os litótipos integrantes do complexo Juiz de Fora dis-tribuem-se ao longo da extremidade sudeste da folha, comouma faixa bem-marcada, de estruturação rigidamenteorientada segundo NNE-SSW e determinada pelaimplantação de zonas de cisalhamento dúclil de alto ânguloimpostas sobre eles. Limitam-se a oeste com um domíniode ortognaisses do complexo Mantiqueira, com linba decontato passando, de norte para sul, nas proximidades dascidades de São Pedro dos Ferros, Santo Antônio do Gramae Jcqucri; a leste, norte e sul, esse complexo litológico seestende para fora da folha (Figura II.2.1). As melhoresexposições, dentro da folha, encontram-se na BR-262, nos

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24 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

arredores de Abre Campo e nas imediações (sudeste) deSanto Antônio do Grama, acompanhando o curso doribeirão homônimo, bem como na região da Pedra Negra,no eitremo-sul da faixa em descrição.

2J3Rdaçôes de contato

Dentro da área mapeada, as rochas integrantes do <pkxo Juiz de Fora estão em contato, total ou parcial,através de suas unidades B, C, E e F, apenas com ortognais-ses pertencentes ao complexo Mantiqueira, aifant obvia-mente, de estarem intimamente relacionadas entre si,dentro do próprio complexo.

Em relação aos ortognaisses do complexo Mantiqueira,seus contatos são, na grande maioria, de naturezatectônica, como resultado de fases sucessivas dedeformação que afetaram não só suas unidades

litostratigráficas, mas, também, todas as demais unidadespré-cambrianas individualizadas no âmbito da folha. Oscontatos se fazem, notadamente, através de uma fortetransposição de baixo ângulo, de caráter regional, que separalelizou, tornando estruturalmente concordanteslitóüpos muitas vezes originalmente discordantes, colocan-do lado a i V» imiHMW lftolflgjcas de graus "ffti'

em apreça Torna-se aqui importante o desenvolvimentode 7Hna5 de rân^yf*?*? compressionais (empurrões), nazona de contato, onde sua natureza dúctil encontra-setraduzida pela geração de ™io«i«f<^ e flifr—íitMiítiif çmlitóUpos de ambas as unidades, bem como de uma fortelineação de estiramento, de take elevado, impressa nosplanos de foliação.

Entre as unidades litológicas integrantes do própriocomplexo, os contatos se fazem tanto da maneira anterior-mente descrita, como também mostram localmente uma

2043°00'onrii

• DOM SILVERIO

• PONTE NOVA

2C°JG'IV

42° 30'1 20°00

•RIO CASCA

/ = •

JEQUERI»

42»20° 30'

Fio, II J.1 - Distribuição dat rochas do complexo Juiz 4ê Fora nê folha Pont* Nova.

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SR23-X-B-II (Rate Nova) 25

aparente relação de transiçio, especialmente em escala deafloramento; ene aspecto dá-ce em virtiide da estrciujf-iAmA* entre os tipos petrográficos, onde muitos con-stituem-se em produtos diaftoréticos de um termo anterior,que normalmente ocorre como massas preservadas em seuinterior, como 6 o caso de corpos charnoenderbíticosmenos deformados no seio de gnaisses kinzigfticos ebornblenda-biotita-gnai&ses das unidades B e D. Local-mente, os contatos também se finem ao longo de zonas decisalhamento, pos-deformaçáo de baixo ângulo, quepodem ttr importantes componentes de empurrão etransit'fiK*ii Í d

2J.4LltoíoeU,

Foram individualizadas dentro da área de ocorrência docomplexo, de leste para oeste, as seguintes unidadesbiológicas:

Unidade A - enderbitos, charnoquitos, ortoanfibolitos

Unidade B - (graiita-süraanita)-graiiada-biotita-gaais-tes;;

Unidade C - biotita-gnaisses milonfticos a

Unidade D - biotita-anfíbolognaisses bandados alaminados^

Unidade E - ortognaisses tonalito-trondbjemfticos.

ZJA1 Unidade A-AjfA

EoderbHos, cnarnoquitos, ortoanObolitos e biotita-

Ocorrem conformando três faixas maiores com larguramedia de l^km e outras menores subordinadas, estandointimamente associados aos (grafita-silimanita)-granada-biotita-gnaisses da unidade B e aos biotita-anfibolognaissesbandados da i1"'^^1* D.

Caracterizou-se como um complexo de rochas intima-mente associadas, variando de metagabros a termoscnarnoqufticos e cndcrbfticos, com um arranjo estruturalem que predominam tipos bandados, onde termos decomposição básica a intermediária, como ortoanfibolitos eenderbitos, encontram-se ventilados concordantementepor tipos mais ácidos, charnoquíticos. O conjunto tem umacor em geral verde a acaramelada em rocha fresca, varian-do cm tonalidade dfinif termos escuros m*in7f* tados paraos tipos anfibolítkos e enderbíticos, que, em geral, tem umagranulaçâo fina a média, até tipos claros esbranquiçadosnos termos chamoquíticos, que são de granulação grossa,atépegmatóide, e que se comportam como um "neossoma"arranjado concordantemente como bandas e lentescentimétricas irregulares, descontínuas e com contatos

um nugmatito. Por vezes, esses mobilizadotam irregularmente afobação da rocha.

Uma estrutura sdtollen é observada k

> ao modo deosseiroscor-

*1 *. ondetermos charnoqufticos grosseiros percolam e englobamporções de formas as mais variadas dos tipos básico aintermediário (foto 1).

Há exposições em que os tipos charnoqufticospredominam, mostrando-se com uma laminaçio finaproporcionada por fiktes mancos ricos em biotita, so-mente visíveis com nitidez na superfície de aheração da

Granada pode estar presente como cristaissubidiomórScos, milimétricos, prindpahnente nos termosmais finos, sendo rara a quase ausente nos tiposcharnoqufticos mais grosseiros, especialmente nosmobilizados, onde, entretanto, são encontrados comrelativa freqüência prismas curtos, centimétricos, depiroxénio-anfibólio.

O conjunto, como um todo, encontra-se '•i«diversos graus, variando em estrutura de proto- aubramilonitos, bem-foliados e bandados, sendo comuns ostipos diaftoréücos ricos em biotita e por vezes com mag-netic relativamente abundante, granatfferos ou não, que,quando intemperizados, assumem, respectivamente, ascaracterísticas dos gnaisses granatfferos da unidade B e dosbiotita-anfibolognaisses da unidade D, com os quais se

sociados.Os tipos enderbíticos têm textura granolepidoblástica,

com evidências de deformação intracristalina em grausvariáveis, denunciada por extinção ondulante generalizada,bandas de deformação, subgranulação com geração in-cipiente de matriz fina orientada e encurvamento e rom-pimento de macias. A fobação é definida pela orientaçãode biotita e/ou hornUenda e estiramento de félsicos. Suacomposição .mineral essencial é plagioclásio (andesina),quartzo, hornblenda verde, biotita e hiperstênio, tendocomo acessórios granada, opacos, zireão e apatita. Asparagêneses metamorficas observadas foram: quartzo +andesina + hornblenda + hiperstênio ± biotita; andesina+ quartzo + hiperstênio + granada ± biotita e quartzo+ andesina + hiperstênio ± biotita. O metamorfismoe dafades granulito, com aheração retrometamõrfica variávelde fraca a forte, determinada pela uralitizaçáo ebiotitizaçáo do hiperstênio, scridtização do plagioclásio,biotitização da hornblenda e liberação de carbonato(fotomicrografia 1).

Esses enderbitos exibem evidências que sugerem umaorigem através de cristalização a partir de um fundidoanatético, por apresentarem preservadas texturasmagmáticas do tipo (blasto) granular hipidiomórfica.

Os tipos mais básicos são metagabros de texturagranoblástica, com deformação variável de protomiloníticaa milonítíca, tendo como composição mineral prindpal:plagioclásio (A1145.55), clino- e ortopiroxênto e hornblenda;

Page 33: PONTE NOVA FOLHA SE23-X-B-II - IAEA

26 Programa Levantamentos Geológicos Básicas do Brasil

como acessórios: biotita e quartzo; e traços de apatita,zircão, opaco e titanita. A paragênese principal 6:plagioclásio (andesina/labradorita) + hornblenda +piroxênio.

Os biotita-anfibólio-(granada)-gnaisscs, que ocorremassociados, são de composição tonalito-trondhjemítica,textura granolepidoblástica, com foliação marcada pelaorientação da biotita e estiramento dos félsicos. Têm comomineralogia essencial plagioclásio (An2S-3o). quartzo ebiotita e proporções menores de K-feldspato, hornblendae granada, podendo qualquer um deles estar ausente, alémde traços de apatita, zircão e opacos.

2.1.4.2 Unidade B-AjíB

(SUimaniU-nraílU)-gnuiada-biotita-gnaJs9e9migmatítkos

Configuram três faixas maiores, orientadas segundoNNE-SSW, obedecendo ao arranjo linear imposto pelaimplantação de uma sucessão de zonas de cisalhamento dealto ângulo sobre as litologias do complexo. Têm larguramáxima de cerca de 5km dentro da área da folha, projetan-do-se para fora (sul e leste).

Nas faixas individualizadas mais para oeste, em direçãoà zona de contato com os ortognaisses do complexo Man-tiqueira, onde são mais densamente afetadas pelas zonasde cisalhamento supramencionadas, mostram-se comcaráter essencialmente milonítico, diferindo, portanto,estrutural, textural e mesmo mineralogicamente dos tiposocorrentes mais a leste. Estes são biotita-granada-gnaissesem geral leucocráticos, esbranquiçados a cinza-claro, degranulaçáo média a eventualmente grossa, com umafoliação gnáissica bem-definida pelo arranjo planar dasmicas, que podem emprestar à rocha uma laminação fina,local. Têm como característica importante ahomogeneidade estrutural e compositional, mostrando-se,quase sempre, com um bandamento descontínuo, porémregular, proporcionado por níveis ccntimétricos essencial-mente quartzofeldspáticos (com máficos quase ausentes)dispostos em concordância com a foliação gnáissica, aomodo de um migmatito estromático, e, mais raramente,cortando-a transversal e irregularmente; mostram-se,porém, penetrados pela foliação gnáissica da "matriz",sugerindo um processo de mobilização. Em alguns locais,preservam-se núcleos mais frescos da rocha comtonalidade esverdeada, visíveis cm amostra de mão, in-dicando sua afinidade com os litótipos da unidade A, aosquais se associam; em escala de afloramento é comum aocorrência de massas arredondadas charnoenderbíticasdessa unidade, com ou sem granada, posicionadas dentrode corpos desses gnaisses granatíferos, com foliação per-feitamente concordance e com contatos difusos.

Os tipos miloníticos ocorrentes mais a oeste constituemuma faixa maior, com largura máxima de cerca de 2km, e

outras "laU estreitas, em geral associadas a T* **fT de cisa*Ihamento de alto ângulo. São de granulaçáo fina, mostran-do-se com uma laminação fina, notavelmente regular, ondese alternam níveis micáceos com outrosquartzofeldspáticos estirados, onde 6 freqüente o quartzoplacóide (ribbons). Nessas faixas milonfticas observa-se,sempre, uma alternância de níveis centimétrícos a

transicionando até termos quase que inteiramentequartzosos. Granada é quase sempre ocelar e fina, amol-dada pelos constituintes da matriz, estando disseminadapor toda a rocha, sendo, entretanto, mais significativa nottermos mais micáceos, o mesmo acontecendo com asilimanita, que ocorre, preferencialmente, nas zonas demaior deformação, na forma de agr^Aif adculares in-colores, também associados à biotita. A grafita, emborasempre presente, ocorre esparsamente, como um mineralvarietal, tendo cor negra, brilho metálico e hábito lamelar.

Os gnaisses de composição tonalito-trondhjemítica têmuma textura lepidogranoblástica a granolepidoblástica, eum grau de deformação muito variável, que pode ser muitoforte e evidenciado por extinção ondulante generalizada,bandas e lamelas de deformação, subgranulação doquartzo, com início de formação de textura mortar, e en-curvamento e rompimento de macias de plagioclásio. Têmcomo mineralogia essencial: quartzo, plagioclásio (an-desina/oligoclásio), biotita e granada; e como acessórios:apatita, opaco, zircão e feldspato potássico. A «limanitanão foi observada nas preparações. A paragênesemetamórfica observada foi: quartzo + an-desina/oligoclásio + biotita +• granada ± K-feldspato.

2.1.4J Unidade C-AjfC

Biotita-gnaisses miloníticos a blastomilonítícos

Esses gnaisses distribuem-se em duas faixas paralelas, amaior delas com largura máxima de cerca de 2,5km, esten-dendo-se de sudoeste para nordeste desde a altura dosflancos orientais das serras Velha e dos Vieiras, até asimediações a leste de São Pedro dos Ferros, onde se projetapara fora da área da folha. A outra faixa, menor, paraleliza-se à primeira, no seu extremo-sul. Está em contatotectônico com os gnaisses granatíferos da unidade B e comos biolita-anfibolognaisses bandados da unidade D, paraos quais parecem transicionar.

Predominam amplamente na faixa biotita-(anfibólio)-gnaisses miloníticos a blastomilonítícos, leuco- amesocrálicos, cm geral esbranquiçados, não raro bastantequartzosos, com uma laminação fina notável. O quartzoforma, freqüentemente, ribbons que acentuam a foliaçãoda rocha junto com freqüente moscovita/scricita efcldspatos ocelares ou estirados c caulinizados, as vezescomo massas disformes nos interplanos de foliação, segun-do os quais a rocha mostra um notável dcsplacamento.

Page 34: PONTE NOVA FOLHA SE23-X-B-II - IAEA

SF.23-X-B-I1 (Poste Now) 27

Tipos leucocratkos, de aspecto granftico, muko finos ebenvfoliados, com freqüente magnetiu fina associada àbiofft», ocorrem localmente, assemelfaando-se muito aos«nficKf.it tonalíticos constituintes da unidadf E d w * com-plexo (pontos OF-30 e OF-31). AnGbolitos ocorrem espar-tamente na forma de bandas, lentes ou corpos boudinados;são cinza-escuros, finos e bem-foliados. Alguns dessesníveis e lentes anfiboliticas são mais grosseiros, com cor dealteração esverdeada, assemelhando-se aos ortoanfibolitos

fdii>ta'|Tfntf a leste de Santo Antôniodo Grama e ao sul de São Pedro dos Ferros. Por vezes, têmintercalados tectonicamente bancos de granada-nj|jiri»nit»-hirrftta-gnai«r. mílonítico da miiHail^ Bi com Oqual está em contato, a oeste.

Uma migmatização incipiente, pré- a sintectônica emrelação à transposição de baixo ângulo, responsável pelobandamento/foliação gnáissica de distribuição regional, éobservada localmente, configurando-se em uma estruturaestromática, conferida por bandas graníticas descontínuase rosadas, algo mais grosseiras que a rocha a atépegmatóides, embora também râalhadac c desenhandodobras intrafoliais rompidas, testemunhos da transposição.

cidade para Rio Casca (lD17-RM-192).Nolocal,obiotila-bornblenda-gnaisse esverdeado ocorre na base daexposição, mostrando-se bastante migmatizado pormaterial injetado, quartrofddspático. róseo. Na parte sn-perior do corte, predomina material charnoenderbfücodaunidade A, de características bandadas, não sendoperceptível um contato nítido entre os dois lkotipos,parecendo haver uma transição na zona de contata Res-salte-se que a migmatização granítica rosea, que é efetivanos gnaisses da base do corte, torna-se mais discreta parao topo da exposição, onde predominam rochas

Essa migmatização rosea foi observada em alguns ou-tros locais, sendo de natureza pré- a sintectônica emrelação à foüação/bandamento de transposição de baixoângiilo. As bandas quarfrofcldspiticas neossomáticas en-contram-se deformadas, também milonitizadas e desen-hando dobras isodinais rompidas ou muito apertadas aolongo dos planos de foliação da rocha. Na pedreira de AbreCampo, uma remobilização posterior desse material rein-jeta a rocha, gerando estruturas migmatfticas dos tiposschoUen e agmática (foto 2).

IAAA Unidade D -AjfD

BiotiU-anfibolognaisses bandados a laminados

Dentro do complexo Juiz de Fora, no âmbito da folha,ocorre como uma faixa central de largura uniforme decerca de 4km projetando-se para fora da folha no sentidodo sul e do leste, estando em contato com as demaisunidades do complexo, à exceção da unidade E.

Predomina amplamente biotita-hornblenda-gnaisselaminado a bandado, fino a médio, com a laminaçâo fina eregular de caráter milonítico, impressa em um bandamentomais espesso, centimétrico a métrico, de bandas máficas efélsicas; entre as primeiras sendo freqüentes aquelas essen-cialmente anfiboliticas, cinza-escuras e bem-foliadas.Algum anfibolito que se associa a esses gnaisses é seme-lhante ao tipo cartografado a leste de Santo Antônio doGrama; é concordante, algo grosseiro e, por vezes, mal-foliado, sendo entretanto bem-foliado e até laminado peladiferenciação de níveis descontínuos e centimétricos.

Bandas de augengnaisses, de espessuras métricas, foramencontradas em duas localidades distintas. São bem-foliadas, com augen de feldspatos brancos occlares atabulares, orientados, com até Sem de eixo maior. São denatureza sin- a pré-tectônica, em relação à foliação detransposição de baixo ângulo que as afeta.

A tonalidade esverdeada conferida pelos feldspatosdessa rocha, quando observada em uma superfície defratura fresca, demonstra sua afinidade com os tiposcharnoenderbítícos da unidade A, aos quais estão intima-mente associados, por exemplo, na pedreira de AbreCampo, à margem da rodovia BR-262, na saída dessa

2.1 AS Unidade E-AJfE

Onognaisses tonaUto-troodhjemftkos »

Constituem uma faixa de formato aproximadamentelenticular, com largura máxima de cerca de 3km, situan-do-se a leste de Jequeri e balizando os flancos ocidentaisdas serras Velha e dos Vieiras, estendendo-se, no sen-tido do sul, para fora da área da folha. Estão em contato,a leste, com gnaisses granatíferos da unidade B, dopróprio complexo, e a oeste com uma seqüência,também, de ortognaisses, agrupados no complexo Man-tiqueira. Mantêm com ambos uma relação deconcordância estrutural (transposição), imposta pelocisalhamento de baixo ângulo, de caráter regional, queafetou essas litologias, com evidências locais deempurrões, ao longo dos contatos, como decorrência deprocesso evolutivo da deformação.

São gnaisses leucocráticos, em geral cinza-claros,estruturalmente muito homogêneos, miloníticos, degranulação fina a média, caracteristicamente comfreqüente magnetita fina associada aos máficos, biotita e,em menor proporção, anfibolio, que imprimem à rochauma foliação bem-marcada e/ou uma laminaçâo finaregular, embora descontínua. Bandas centimétricas de an-fibolitos finos, cinza-escuros e bem-foliados são comuns,porém de ocorrência esparsa. A cor cinza-clara aesbranquiçada é produto de alteração superficial, tendosido observados, em uma exposição (1.017-OF-30), núcleosde rocha fresca de cor sensivelmente esverdeada, o quepermitiu associá-las e agrupá-las aos tipos de alto graumetamórfíco desse complexo. Muito localmente, foi obser-

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28 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

vada uma migmatização incipiente desses litótipos, de 2.1.5 Iitogeoquímkanatureza pré- a sintectonka, em relação à foiiaçâo detransposição regional, representada pela ocorrência defeldspatos róseos dispersos na rocha ou por bandas 2.1.5.1 Introduçãogranfticas de mesma natureza, ooocordantes e ""hfaideformadas. Bandas e bolsões quartzofeldspáticos A localização das amostras utilizadas na litogeoqufmica

tamMm *ãn A- /worrriwia rcctrrt» £ mOStrada na figura 1122.

«34A « * *.43A+*'34"

42°S0" ,|20°00

3043°0O' 20° 30

42" 30'

PONTO AMOSTRADO/SIGLA 00 COLETOR

+ - PM* - SS• - 0FX - LS

Fig. ILZ2 - Mapa oom ponto* d* amostiagem para litogeoquimica da folha SF 23-X-B-ll - Ponte Nova (Oa) depósito* aluvionares, (TO)cobertura* detrtto-íaterWca*; (PM*) grupo Oom Silvério; (Plu) suft* metamorfica Sào Sebastião do Soberbo; (Plm) complexo

Manttqu*ira/(«) granulito* retromórfico*; (PU) gabro anfíbolitizado; (Ajf) complexo Jui: de Fora.

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SF.23-X-B-I1 (Ponte Nova) 29

O estudo petroquímico preliminar das rochas dessaunidade estratigráfica está baseado na análise de rochatotal para 15 6xido6 e 18 elementos-traço, compreendendoassim uma matriz de 15 espécimes petrográficos (tabelaD.2.1) e 33 variáveis químicas. Considerando-se a área de1.500km de ocorrência da unidade na folha e a quantidadede amostras coletadas para análise, tem-se uma densidadede apenas uma amostra por 100km , portanto muito baixa,levando-se em conta sobretudo a diversidade petrográfícae o complexo arranjo estrutural da unidade.

Na população amostrada, predominam rochas denatureza granítica (sete amostras), seguidas de rochas de

Tabela 11.2.1 ClassificaçSo Petrográficadas Rochas do Coaplexo Juiz de Fora

AHOSTRAS I TIPO PETROGRÁFICO

0F-28U)RH-114RH-119RH-123OF 2fl(2)OF 30OF 31OF 4(.(1)OF 51(2)OF-5K3)RH 147OF-49OF-46Í2)RH-121RH-162

Tonai ito-gnaisse detatonaltto)Biotita-hornblenda-qnaisseBiotita-gnaisse granatíferoBiotita-gnaisse gr an at í feroBiotita-gnaisseBiotita-gnaisse gr an at í feroTrondhjeiítoHetatonalitoHetatonalitoProtoaitónitoHetagabro (anfibolito)Heiagabro (proioailolito)Hetagabro (iilonito)Enderbito (charnoquito)Enderbito (gnaisse enderbftico)

natureza intermediária (sete amostras) e apenas uma decaracterística básica. Essa última não será tratada; apenasos resultados analíticos constam da tabela 11.22. Tambéma amostra OF-46-1, com seu elevadíssimo percentual emSÍO2, tem mais característica de rocha sedimentar e, porconstar apenas de uma amostra, não será objeto de estudopetroquímico detalhado - somente constarão os seusresultados analíticos na referida tabela.

À exceção de duas amostras (RM-162 e RM-121) clas-sificadas como enderbitos, todas as demais são pertencen-tes à fades metamórfica anfibolito.

2.142 Agrupamento estatístico mnltivariado

Nas figuras Ü23a e n.23b, estão representados osdendrogramas de toda a população selecionada no com-plexo Juiz de Fora para estudos petroquímicos, com basenos óxidos dos elementos principais, utilizando-se paratanto o programa Cluster do Sistema GEOQU ANT, versão3.0 da CPRM/USGS. A figura 11.2.3a representa os clusters

formados a partir da matriz de <?'MÃIM*ÍI euclidiana, en-quanto a figura 1123b está gerada com base na matrizco-seno T dos coeficientes de correlação, e em ambos oscasos, os agrupamentos se ajuntam, utilizando-se o métododa média dos grupos de pares ponderados (Le Maitre,1982).

Em ambas as figuras, constatam-se dois agrupamentosprincipais 1 e 2, correspondendo respectivamente àsrochas de natureza mais ácida e mais básica. Na figura11.23a, vê-se que a amostra OF-46-1 não pertence a nen-hum dos grupos, reladonando-se a combinação dos dois, apartir de elevadíssimo coeficiente de distância igual a 1.96.Entretanto, na figura II.23b, essa mesma amostra se liga àcombinação de dois biotita-gnaisses (OF-28-2 e RM-114),porém com um baixíssimo índice de correlação (0,169).Nos dois dendrogramas, a amostra OF-46-1 é cabeça decluster, provavelmente em função do seu elevadíssimo per-centual de S1O2 (8436%). Em contrapartida, a amostraRM-147 assume a cauda dos dendrogramas, como resul-tado do seu mais baixo percentual de SÍO2 (50,54%), aolado do maior percentual de MgO (5,64%) e de CaO(7,69%) (tabela 11.23).

2.1.53 Natureza químico-mineralógica das rochasgranitóides

Com base nas relações dos miliátomos em R1-R2, re-presentadas no diagrama binário de La Roche (1980)(figura 11.2.4), as amostras dos granitóides e outrosplutonitos do complexo Juiz de Fora podem ser clas-sificadas em:

a) gabro - uma amostra;b) diorito - uma amostra;c) tonalito - uma amostra;d) granodiorito—nove amostras;e) mqnzogranito (adamelito)—duas amostrasDa verificação da tabela 11.23, constata-se que todas as

amostras granitóides coletadas na unidade Juiz de Fora sãoportadoras de coríndon normativo, em porcentagens quevariam em ampla faixa, de 0,701 na amostra OF-28-2, até6,964% na amostra RM-162 e, à exceção da amostra OF-46-1, todas as demais têm valores acima de 13%- Apresença desse mineral normativo é corroborada pelosvalores do parâmetro PAL (índice de Shand) - A/CKN, emsua maioria superiores a 1,05. Esse caráter aluminoso dosgranitóides em pauta está muito bem representado nasfiguras 11.2.5 c II.2.6, onde todas as amostras estãoreladonadas aos campos peraluminosos. Os percentuaisde SÍO2 são de 71,19% a 61,80% entre as rochas ácidas eintermediárias, com ama média de 6639%, portantotratando-se de rochas relativamente pobres em S1O2,semelhantes aos gramtóídei dos tipos CAG, IAG e OP deManiar & Piccdi (1989) ou aos tipo» I-WC, I-MC e 1-SCRde Argue & Brimhall (1988). Entretanto, a presençapredominante de biotita como mineral aluminoso e a

Page 37: PONTE NOVA FOLHA SE23-X-B-II - IAEA

30 Programa Levantamentos Geológicas Básicas do Brasil

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Page 38: PONTE NOVA FOLHA SE23-X-B-II - IAEA

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formado oom oasa na matriz da distftncia aucüdiana; (b) baiaado na matriz do coaliciania da conalaçto (Davts. 1973).

Page 39: PONTE NOVA FOLHA SE23-X-B-II - IAEA

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0

(1.80 118.H 11.42 13.(0 I0.08 13.48 14.31 14.21 11.32 10.75 1

0 10.23 10.20 1

K.58K.221.448.470.175.477.972.290.381.00

00.11

0

50.54K.222.20

11M0 .»5.M7.W2.7»0.721.8S

00.19

0

91.(5

5.%7,375.303,780.040.17

-147

Total 1100,07 99.(7 1100.(9 I 99.(8 1100.24 1100.(5 1100.47 I 99.(3 I 99.77 1100.57 99.87 1100,18 IIOO.X 1100.10

1I2O3/F«2O3IF«a/F*2(B1*20/120CO/11203••20/11203

4.(08.571.(72.450,090,22

3,3815.330.(28.080.040,30

4.74 I8,52 I0.32 I0.90 I0.24 I0.21 I

3.99 I 3.61 L12.95 1182.90 I

16.60 I1.280.200,25

9,57 I0.03 I0.28 I

7,9021.53

1,(00,310.410,13

5.39 I(.02 I1.14 I1,79 i0.10 I0.19 I

7.It I11,16 I3.10 I1.08 I0.13 I0.14 I

4.(53.540.251.(00.130.22

5.8018.07(.071,240.140.17

5,509,332,231,710.110,18

(.0315,197.192.270.070.17

4.481*282.543,190,070,22

7.08II .»5.88(.030,020,14

E.TMÇO(pp.) IOF-44 II or-» IOF 28-MH-M4

! IOF-31 I0F-51-3I0F-51-2IM-K2 IOF-28-11 MM 23 IB-119 •-121 OF-49 IOF-4(-2t

CkPb1»Coa-•i?ScTn>8aSrZrThBbLlTtI

351.5200

2(19400

257,5250250

257.5

2718

23%55(1

40,75

120

2.54

100

257.5

1200(0

7,57,5

5(

14984980

17 I1.5 '

24 l0 I8 I8 I

35 I0 I

25 I7.5 I

1430 I420 I80 I

7.5 I84 l8 I

2995 I294(5 I

53

400

11II300

257.595047065

7,514015

299526975

1.5 I0.75 I

18 I0 I

2.5 I4 i

20 I0 I

25 I7,5 I300 I

1190 i25 I

7,5 I13 l; i

1498 I4399 I

151.5350

1216200

857.5

23203(025

7,524025

359455942

35 I0,75 I

93 I0 I

47 I35 I

70 I0 I

25 I

7,5 I460 I250 I

55 I7,5 I100 I40 I

3295 I13612 t

25 I0,75 I

85 I0 I

56 l50 i

120 I0 I

70 I7.5 I600 I220 I55 I

7.5 I95 I21 I

5990 I18426 I

551.5350

2112650

507.5

12304(080

7.53710

509217928

130.75

900

72(5

1400

957.554022055

7,510023

629020003

350.75

550

(235

1100

(07.557029025

7.510020

509214940

190,75

SO0

4635

1700

557.553023025

7,55713

599099(0

IC0,75

300

3721800

257,5800

1000

257,5

459

449310956

210,75

t(0

1935

1900

707.51»18025

7,557

59903154

?700.75

210

132t

3100

907.53802(025

7,5131

11082597t

Ti/I

«i/CòTi/ZrSa/SrBb/Srl/tt

59.903,33

95,841.000.11

!205,96

1149,753,33

1199,6720.00COB

85.57 ! 99,833,33 I 3,33

37.44 I3.40 I0.20 I

46,082,020.30

74.8f 1179,703.33 i 11,33

I59.90 1143,760.J5 ! 6,44O.Ot I 0,67

47.06 l 49,92 I 78,333,33 I 9.33 I 6,67

! I59,90 1108.91 i 63.64

1.84 i 2.73 i 2.670.40 I 0,43 I 0.08

44.9312,67

H14.352.450,45

46.298.00

1203,661,970.34

35.247.33

1239.602.300,25

56.163.33

31,539,33

I1179,70 1239,(0

0.80 I 0.720,05 I 0,03

35,7512,00

1443,»1.4(0,05

996,00 1350.77 1192,68 1338,38 1233,09 1136.12 1193.96 1484,54 1200.03 1149.40 1174.74 1243,47 1(30,80 1459.(9

Page 40: PONTE NOVA FOLHA SE23-X-B-II - IAEA

SR23-X-B-Ü (Ponte Nova) 33

3000-

1000 200C 3000

R 1 =4Si - l l (No*K) -2(Ft»Ti l

Flg. 112.4 - Oastificaçao qutmico-mlneralógica das rochas docomplexo Juiz de Fora a partir do diagrama mllimolar Ri-ffe de La

Roche, I960.

5,0-

0,5 0,7 0,9 1,1 1,3 1,5 1,7 1,9

AI2O,/(CoO*No2O + KjO) (me oi)

Fig. IL2S - Relações de éJcalis versue alumínio dos granHóidesdo complexo Juiz de Fora, de aoordo com o d^grama d* Maniar& Rcooli, 1968. Tipos de granttos: (OP) ptagtogranrto ooeink»;(IAG) granito de anxxJe-ilha; (CAQ) granito de arco continental;

CCG) granito de oolislo continental; (POQ) grantto pos-orogénico;(CEUQ) granito relacionado a arqueamento epirogenk»

continental; (RRG) granito relacionado a rfft.

3000

2000

1000-

FRACIONAOOSDO MANTO

Flg. ILZ6 - Diagrama RHfe de Batehetof & Bowden (196S), comIndicação dos «pos tectônloos dos granltòides. Também elo

indicadas as principais associações segundo PMoher (1979,1962)e Harris et ai. (1963). Os grupos slo também equivatonise a eeaas

asaortaçOes - segundo Lameyre 4 Bowden (1962). Os pontosaqui ploúdos pertenoem ao oomplexo Jub d* Fora. Grupos: (1)

(); ( ) j

K; (4) subalcalino monzonfdoo; (B) atoaüno • penloalino; (6)teuoogranitoanatétlooaduasmloas. Ri - 4S-11 (Ne + K)-2

(Fé + TI); Re - 6Ca + 2Mg + Al.

1000 2000 3OO0

Page 41: PONTE NOVA FOLHA SE23-X-B-II - IAEA

34 Programa Levantamentos Geológicos Básico» do Brasil

ocorrência também de hornblenda, aproxima essesgranitoid»» mats ao tipo I-MC (median contaminated) deArgue & BrimhaD (1988), fato corroborado pela media deS1O2 (6639%), a média de MG Number (MgO/FeO +MgO), os percentuais de CaO (superiores a 1,7%; médiade 3^3%). As relações 10*MnO/MnO + T1O2 + FeO +MgO slo geralmente baixas, do tipo I-MC (em torno de0,10). Também os índices de cor variam de 83 a um máximode 23,46 (tabela IL2J). Na maioria das amostras (7), ospercentuais de nwigncrita normativa superam aqueles deti«wwif«i fj o que novamente »nw*m* essas amostras docaráter I-MC dos granitos de Argue & Brimhall (1968).

Quanto aos elementos-traço, constata-se ainda que osteores absolutos e as médias dos elementos com Rb, Sr, Cu,Zn e Cr estão absolutamente de acordo com os valoresregistrados por Argue & Brimhall (1988) para osgranitóidcs do tipo I-MC

2.1.5.4 Ambiênda tcctônka dos granttóidca

Tomando-se primeiramente os percentuais em peso deAhCb nas 12 amostras de granitóides, observa-se que osvalores são superiores a 15%. Tal fato, de acordo com Arth(1979), indica que tais rochas evoluíram em ambientetipicamente continental. Os elevados teores de Sr, quechegam a atingir valores superiores a LOOOppm, podem serindicativos de contaminação do «magma granítico, original-mente mantélico, com material continental tipo seqüênciamiogeoclinal e rico em carbonato, à semelhança doquartzomonzonito Bear Creek, EUA, segundo Argue &Brimhail(1988).

A figura II.2.5, baseada no diagramaAl2O3/(Na2O + K2O) versus AhOa/fCaO + NaaO +K2O) em moles, segundo Maniar & Piccoli (1989), indicao caráter eminentemente peraluminoso dos granitóides,porém a ambiênda se mostra dispersa e indefinida.

Na figura D.2.6, que retrata o diagrama R1-R2 com oscampos dos diferentes tipos tectônicos de granitos, segun-do Batchelor & Bowden (1985), constata-se que a maioriadas amostras do complexo Juiz de Fora pertence ao campo2, ou seja, regime de colisão pré-piaca ou subducção emmargem de placa ativa destrutiva, tipo Sierra Nevada,Califórnia.

Os valores dos elementos Rb, Y e Nb são todoscompatíveis com granitos de ambiente intraplaca, de acor-do com os estudos de Harris et aL (1984). Por seu turno,também os valores de Rb e Zr confirmam o caráter con-tinental dos granitos caláalcalinos, de acordo com Taylor(1985).

24.5.5 Potencial mculogcaétfco

O potencial metalogenétíco da unidade, com base nasamostras graníticas nimliiaditi 6 de caritff híbrido, com

relação às mineranzações que normalmente seaos granitos dos tipos I e S, embora aqui a tendência maiorseja para o lado dos granitos do tipo I. Pode-se anteverpotenciais de mmcralfraçio semelhantes aos que se definepara granitos ricos em Ca, segundo Taylor (1985), ou seja:Cu, Mo, Pb e Zn, além de W. Entretanto, não se observamna tabela 11,23» valores desses elementos que indiquem

i to Rbnão apresentar valores representativos de efeitos hidroter-mais. Portanto, em função desses fatos, pode-se afirmar,Hifln^ da ausência de indicações de hidrutermalismo, queos granitóides aqui M»I««AI» ÔO apenas precursores deeventuais mineraiizações desses elementos, que possam serencontrados nessa unidade estratigráfica.

2.L6 Idade e correlações

Datações geocronológicas em rochas desse complexodevem-se principalmente a Delhal et aL (1969) e Cordaniet aL (1973), encontrando-se concentradas nas imediaçõesde Juiz de Fora e na região entre Miracema e Carangola,divisa Rio &c Janeiro-Minas Gerais. Os diagramasisocrônicos Rb/Sr, em RT, obtidos em charnoquitos,granulitos e gnaisses granatíferos dessas regiões, for-neceram idad-s de 2650m.a. e 2250m.a., respectivamente,ambas com alta razão inicial (Ri = 0,71), que é incomumpara rochas tão antigas, sugerindo um retrabalhamentocrustaL, ao final do Arqueano, de rochas ainda mais antigasque as idades obtidas. As datações K/Ar, realizadastambém em gnaisses <fa« duas regiões mencionadas, for-neceram idades relativas principalmente ao cicloBrasiliano.

Migmatitos e granulitos da região de Caratinga (MG)acusaram idades isocrõnicas Rb/Sr, brasilianas etransamazônicas (Cordani & Siga Jr., 1980),demonstrando a atuação desses ciclos sobre as litologiasdo complexo. Todos os dados aqui apresentados foramsubtraídos ao volume na 32 do ProjetoRADAMBRASIL, ano 1983.

Assim, considerando que as litologias do complexo,individualizadas na área da folha, constituem uma con-tinuidade física dos litótipos datados nas regiões citadas,mantendo com eles identidade petrográfica e estrutural,admite-se-lhes também idade arqueana, com retrabal-hamentos nos ciclos Transamazônico e Brasiliano.

Os tipos charnoquíticos com gnaisses subordinados,aqui agrupados informalmente na unidade A (AjfA), sãocorrelacionáveis à unidade Comendador Venáncio, dop"«no complexo, definida por Barbosa & Grossi Sad(V83), com locaüdade-tipo nos arredores da cidadehomônima, no estado do Rio de Janeiro. Os litótiposincluídos nas demais unidades do complexo sãocorrelacionáveis 2 unidade Raposo, também definida pelosmesmos autores no estado do Rio de Janeiro, no município

Page 42: PONTE NOVA FOLHA SE23-X-B-II - IAEA

SE23OÍ-B-I! (Ponte Nova) 35

12 Complexo Mantiqueira - Plm

2J.1 Comentáriosgenüs

Deve-se a Barbosa (1954) o termo série Mantiqueira,utilizado para denominar gnaisses ao sul e a leste doEspinhaço, que designa uma região nos arredores de San-tos Dumont constituída de gnaisses com um fraco mergul-ho, de 10 a 20° para sul, superpostos em discordância porxistos da série Barbacena, com uma inclinação de 45 a 60°para sul.

Ebert (1956) abandonou o termo série Mantiqueira,agrupando os gnaisses dessa série no Arqueano não-sub-dividido.

Os biotita-gnaisses da folha Ponte Nova (1:250.000),com ou sem anfibolitos, localmente microclinizados e osbiotita-gnaisses quartzosos foram posicionados por lima(1974) no Pré-Cambriano Indiviso.

Nos trabalhos de cartografia 1:250.000 do sistemaDNPM/CPRM, Fontes et ai. (1978) colocam os biotita-gnaisses bandados de Ponte Nova no complexo Gnáissico-Migmatítico, incluindo neste os metamorfítos do grupoDom Silvério, de Lima (1974).

O projeto RADAMBRASIL (1983), folha Rio deJaneiro/Vitória na escala 1:1.000.000, coloca os gnaisses dafolha Ponte Nova (1:100.000), situados a oeste de Jequeri,Santo Antônio do Grama e São Pedro dos Ferros, nognaisse Piedade, incluindo aí os gnaisses tipo Piedade, deEbert (1968).

Dados ainda mais recentes referem-se a Trouw et ai.(1986), que retomam o nome Mantiqueira, porém nacategoria de grupo, para reunir um conjunto de gnaissesbandados, por vezes migmatíticos, com intercalações deanfibolito e hornblenda-gnaisses, além de ocorrênciaslocalizadas de charnoquito e de anfibolito sem orientaçãopreferencial.

No presente trabalho, adota-se a denominação com-plexo Mantiqueira para agrupar rochas dominantementede natureza comprovadamente ortoderivada, constituídasde ortognaisses granito-lonalíticos com intercalações deanfibolito, além de pequenos corpos de rochas granulílicas,descobertas e definidas neste projeto.

Os corpos granulíticos do córrego da Pedra Dourada ede São Bartolomeu encontram-se bastante distantes daCaixa granulítica do complexo Juiz de Fora. Por essa razão,não se tem condições, no momento, de afirmar sobre umapossível vinculação, ou não, com as rochas do citado com-plexo, deixando-os no complexo Mantiqueira.

122 Distribuição geográfica

122.1 Ortognaisses granito-tonalítkos — Plm

Os ortognaisses granito-tonalíticos do complexo Manti-queira correspondem à unidade de maior distribuição na

folha Ponte Nova.Distribuem-se em toda a porção central da folha,

limitando-se a sudeste com os metamorfítos de alto grau docomplexo Juiz de Fora, a leste das cidades de Jequeri, RioCasca e São Pedro dos Ferros. Para sudoeste, encontra-selimitada pelos paragnaisses da suíte metamórfica SãoSebastião do Soberbo, a oeste das localidades de Piscamba,Urucánia, Cardosos c Ponte Nova.

Na porção setentrional, está ilhada e envolvida pela suítemetamórfica São Sebastião do Soberbo, a norte de Santanado Deserto, ocupando o vale do rio Doce, o mesmo acon-tecendo ao norte de Jurumirim e Águas Férreas. A maiorparte da BR-262, na folha Ponte Nova, corta a unidade emreferência. Na parte central, limita-se com a suítemetamórfica São Sebastião do Soberbo, a oeste de ZitoSoares, a oeste de Piedade de Ponte Nova, a oeste de SantaCru/ do Escalvado, fazenda Oratórios e Rio Doce. Naparte ocidental, a oeste de Ponte Nova, limita-se com aseqüência metavulcanossedimentar do grupo Dom Silvérioem linha quase N-S. Na extremidade NW, é limitada, a lestede Dom Silvério, pelos metamorfítos da unidadehomônima, em Unha também quase meridiana, passando aleste de São Tome e estendendo-se além dos limites dafolha.

1222 Granulitos córrego Pedra Dourada - 7T

Ocupam pequena área ao norte de Santana do Deserto,em toda a pequena bacia do córrego Pedra Dourada, in-cluindo a fazenda Pedra Dourada e estendendo-se para amargem direita do rio Doce. Formam um corpo ameboidalde alongamentomaior E-W, com cerca de 6km2. Os corposde São Bartolomeu são bem menores, com cerca de 1,5km ,e têm forma de ferradura.

A figura II.2.7 mostra a distribuição das rochas do com-plexo Mantiqueira na área.

123 Relações de contato

123.1 Ortognaisses granito-tonalíticos - Plm

Dentro da área mapeada, os ortognaisses granito-tonalíticos do complexo Mantiqueira estão em contatototal ou parcial com todas as demais unidadeslitostratigráficas individualizadas à exceção da unidade 2do grupo Dom Silvério.

Suas relações de contato originais com as supracrustaisdo grupo Dom Silvério e da suíte metamôrfica SãoSebastião do Soberbo encontram-se totalmenteobüteradas, e são, invariavelmente, de natureza tectônica,impostas por fases sucessivas de deformação, notadamenteum forte dsalhamento que afetou todas as wn'dwdf4, emescala regional, tornando-as estruturalmente concordan-tes.

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36 PwpanuLevanfMiifiiitns Geologia» Básicos do Brad

2O°0O43°00"

20» JO'43°00"

20' SO'42°30'

ng. IL2.7- DMributçAo da* rochas do oompwxo Manoquwra na toma pom» nova.

O contato dos referidos ortognaisses com os metamor*fitos do complexo Juiz de Fora sáo feitos por dsalhamentode baixo ângulo de natureza dúctil, gerando milonitos e

Q^ zauà de contato entre as unidades, quesão de níveis a astais distintos e estio lado a lado.

O cootato com o ortoanfibolito de Santo Antônio do

maneira que o anteriormente descrito, afetado pelafoliaçio de transposição de baixo ângulo.

2JJ2G«nuUtos córrego PedrmDoormda -

Os corpos de São Bartolomeu estão encravados nosdomínios do grupo Dom Silvério, o corpo maior na unidade1, e o menor no limite entre as unidades 1 e 2.

Em ambos os corpos, pelo menos parcialmente, o con-tato coincide com zonas de cisalnamento. Em ambos oscasos, são postas, lado alado, rochas de médio a baixo graumetamórfico com rochas originalmente de fades granulíto.

12A Utoiogia, nwUuBorflsBO e defonuçào

22A.I Ortognalssfs gnmlto-tonalftkos - PIm

O corpo do córrego Pedra Dourada está enaavado no Sob essa denominação, estão incluídos (anfibólío)-domínio dos paragnaisses da suíte metamórfica São biotita-granitos gnáissicos, anfibolobiotita tonalito-Sebastião do Soberbo, sendo limitado por zonas de cisa- gp*i**ia* milonítico*, leucocráticos, de granulação fina aIh média e estrutura laminada dominante, com alternância de

Page 44: PONTE NOVA FOLHA SE23-X-B-II - IAEA

SR23-X-B-II (Poate Now») 37

oKets máficos e félsico6 de espessura centimétrica. Ocorre,também um bandamento mais espesso e ressaltado pelomaior enriquecimento de minerais máficos (biotita,anfibólio) ou félsicos (quartzo e feldspato), segundo ban-cos de espessura métrica; ambos os tipos "»witffn. contudo,a uuninaçâo gnüssica mais fina, bem-desenvolvida nosníveis máficos, e concordante com a laminaçâo/bandamen-to, sendo o conjunto resultante do forte cisalhamento queafetou essas rochas (foto 8). Essa transposição modificoupara a posição atual um bandamento preexistente, aindalocalmente preservado, deixando como relidos do proces-so, na foliação gnâi«ira atual, dobras isodinais intrafoliais;estas têm flancos rompidos e charneiras espessadas,preservadas especialmente nas bandas félsicas e provocan-do, muitas vezes, a lenticularização destas em zonas maisfortemente transpostas (fotos 4,5,32 e 33).

Como resultado desse processo, desenvolveu-se umbandamento gnáissico pela homogeneização imposta àsestruturas anteriores, gerando uma estrutura dealternância regular, porém descontínua, de níveis felsicos,predominantemente quartzofeldspáticos, com outrosmáficos, biotíticos e/ou anfibólicos (fotos 6 e 7). Essafoliação/bandamento é de baixo ângulo e as eventuaisdireções variadas são devidas a reorientações impostas porfases subseqüentes de dobramentos superpostos.

A complicada tectônica que atuou na região em estudoobhtcrou, como era de se esperar, todas as relações dosortoEnaísses granito-tonalíticos e suas encaixantes, tornando-as estruturalmente concordantes. Entretanto, observações decampo permitiram identificar, nesses ortognaisses, em várioslocais da área estudada, freqüentes encraves xenolíticos quevariam em composição e dimensões. No leito do rio Piranga(RM-49), esses encraves são constituídos por um gnaissemigmatítico, bandado, leucocrático, mostrando relaçõesvisíveis de discordância (foto 9). Em afloramento, dentro dosencraves, que ocorrem em blocos alongados com até Sm decomprimento, observa-se nitidamente 1|Tna estrutura ban-dada pretérita de médio ângulo, cortada por uma foliação debaixo ângulo horizontalizada, que é a mesma ocorrente nosgnaisses risalhados que os rodeiam (foto 10). Verifica-se,assim, a existência de rochas pretéritas de ortoderivaçãoafetadas por um processo de migmat i/ação e posterior cisal-hamento.

Na BR-262, embaixo da ponte sobre o rio Doce, osxenólitos são ou de natureza granitóide ou anfibolítica; doisquilômetros a sul, ainda na BR-262, ocorremmegaxenólitos de natureza anfibolítica, migmatizados, deestrutura nitidamente discordante em relação à encaixante(foto 11). Também ocorrem no acesso de Águas Férreas,sob a ponte sobre o rio Casca, e na estrada de São Pedrodos Ferros para Matipozinho (foto 12).

Mesoscopicamente, os principais constituintes dos or-tognaisses são quartzo, feldspato (em geral branco), biotitae anfibólio; ocorrem, secundariamente, granada e mag-netita, sendo variável o conteúdo de biotita e anfibólio. No*ipo tonalítico, ocorrem, ainda, epídoto e titanita.

Microscopicamente, observa-se uma série diversificada degnaisses quartzofeldspáticos de composiçio granítica atonaUtica. Exibem deformação variável desde termos fraca-mente r»mHmfr)st protomilonlticos, até mikKiifím e Has-tomilonitos.

Pela sua composição e deformação, pode-se dividi-losem três grupos. As rochas de derivação mais ácida, menosfreqüentes, são leucogranitos a ortoclásio pertítico,plagioclásio (oligoclásio), quartzo e biotita. Exibem dis-creta taxa deformacional, caracterizada pelamicrogranulaçáo e arredondamento das bordas dos cristaisde ortoclásio com formação de fina mesóstase recris-talizada, poligonaL O quartzo exibe extinção ondulante esubgranulação. A recristalizaçáo e a taxa deformacionalsão incipientes, conforme atesta o caráter monoclíhico dofeldspato potássico. O caráter protomilonítico, mesmocom discreto arranjo planar orientado, caracteriza a duc-tibilidade do evento.

A paragênese de recristalizaçáo sintectônica,constituída de albita, quartzo e microclinio, indica eventometamórfico da fades xisto-verde inferior.

Microscopicamente, constata-se também um segundogrupo, de textura granolepidoblástica a granoblástica,constituído por quartzo, microclinio, anfibólio verde ebiotita. Como acessórios, ocorrem titanita, epfdoto,apatita, alanita, opacos e zireão. O plagioclásio temcomposição de oligoclásio, ou oligoclásio-andesina, estan-do alongado segundo a foliação, apresentando discretaalteração a sericita, assim como o microclinio. Omicroclinio xenoblástico é o principal constituinte e mostrapontos tríplices, evidenciando recristalizaçáo emcondições metaicórficas. Nas variedades com moscovita,esta é derivada da biotita. O anfibólio é hornblenda verde,sendo pouco comum, assim como a granada.

No geral são gnaisses de composição granítica, comdeformação quase sempre acentuada, com ribbons dequartzo descontínuos, lâmina e indicando mecanismo dedeformação com geometria náo-coaxial sob condiçõesdúcteis por cisalhamento simples (Boullier & Boucher,1978). Correspondem a lincações de estiramento (L*).Embora o caráter ortoderivado não seja óbvio nos ter-mos ultramiloníticos recristalizados (blastomilonitos),pode-se acompanhar no grupo uma evolução dedeformação desde protomilonitos até termosintermediários.

A paragênese, neoformada sintectonicamente por cisa-lhamento, é dada por quartzo + biotita + microclinio +albita + hornblenda, que com todas as restrições deminerais-índices para caracterizar a fácies, sugerecondições de fades anfibolito inferior, em função dahornblenda recristalizada, verde-escura. Essas ínferêndasdevem ser caracterizadas com o estudo de paragênesesapropriadas nas encaixantes.

Um terceiro grupo de rochas pode ser distinguidopetrograficamente. Trata-se de gnaisses tonalíticos etrondhjcmítícos, protomilonílicos a miloníticos, cujas

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38 Programa Levantamentos Geológicas Básicos do Brasil

ensDcas magmancas so i"**™ ser precanamente as-sumidas no iincl do microscópk>(fbtomicH)9a&as9e 10).

Constituem-se de plagjorláwt de composição **b**>-oligodásio, oligoclásto-andesina ou ainda andesina,quartzo em mosaicos pofigonais, horablcndaverdc-escura,biotita e rara granada. O piagiodásio, nas variedadesprotomilonfriras,

d bexibe geminaçõ mplraas: apresenU

das bordas e incipiente alteração a sericita eminerais argilosos. A biotita e a hornbleoda imprimem àrocha uma foliaçâo regular, eventualmente constituindoum KanHamfntn <y i«pnsiofn?a1 A granada 6 pré-tcctônicaem relação à foliaçâo Hnminanrf. Como acessórios ocor-rem apatita, zircão, opacos, alamta e titanita. A composiçãotonaÚto-trondhjemítica, bem como a presença dehornbknda como constituinte importante, permitem dis-tingui-los daqueles de filiação granítica (ortognaissesgraafticos).

Os xenólitos dessa litologia são importantes guiasestruturais da ortoderivaçâo e de uma pré-estrutura em

do rio Doce, a norte de Ponte Nova (usina Trivelalo), são derochas que revelam a presença de paleossoma e neossoma.Petrograficamente, o palmwomn 6 um biotita-bornblenda-

finf>t ffnqmftft O "f""""» é Constituído DOT ""»melanossoma microgranodiorítico e por um kucossomapranfrírr» ou granodioríüco. Sy* visíveis pfn lâmina processos*de recristalcação sugestivamente sjndeformativos.

O paleossoma é de composição tonalftica, constituídode bandas de quartzo recristalizado, plagioclásio poucozonado em mosaico com contatos poligonais ou planos,alternadas com lâminas ricas em hornblenda verde e biotitaparda. Apatita, zircão em cristais arredondados, titanita,alanita e epidoto são os acessórios.

Tanto o melanossoma como o leucossoma possuemmiooclínio em grandes cristais que existem em maiorproporção no último, não ocorrendo, entretanto, nopaleossoma; ocorrem também quartzo, plagioclásio,biotita, opacos, zircão, apatita, titanita e epidoto. Ambost£m mineralogia semelhante, variando as proporções demicroclínio, de 3:1 ao leucossoma para 1:3 no melanos-soma. O plagioclásio 6 pouco madado segundo a lei daalbita e pouco zonado. Não há hornblenda no neossoma.

A outra porção, de paleossoma, tem composiçãodiorítica e a sua textura e mineralogia sugerem umaortoderivaçâo; não tem microclínio e o plagioclásio é an-desina. Essa ultima porção 6 injetada por leucossomagranodiorítico, talvez anatético.

O xenólito sob a ponte do rio Casca, discordante daestrutura da encaixante, é de natureza gabróica, sendoconstituído por plagioclásio em cristais tabulares (50%),anfibólio acünoliüco de uralitização (42%), diopsídio (5%)e quartzo (2%), tendo opacos e titanita como acessórios. Atextura granoblástica, a presença de cristais tabulares deplagioclásio e de piroxénio evidenciam uma origem ígnea,estando hoje na fades anfibolito. A encaixante cisalhada éum anfibolobiotita-microclina-gnaisse.

Ainda dentro dessa unidade, faz-se necessário tecerconsiderações sobre a faixa do rio Doce, próuao daconfluência do córrego Contendas até 500m, a jusante daponte sobre o rio Doce, à entrada do rio Doce. Nessa nua,graças ás evidencias dos afloramentos no leito deste rio,ocorre um aumento extraordinário na presença de an-fibolitos desde finos a médios, indicando una atividademagmáfira ímit inf^wo nfssi faina

Notrechodaronfliifaria do córrego do Gambá, até SOOmabaixo da ponte do rio Doce, nos lajedos da calha do rio, àmargem direita ocorre uma mbceünea de rochas, de somaimportância na fhiriritçio dos eventos tcctonomagmáticosque afetaramocomplexo Mantiqueira. Encravados no ortog-naisse cisalhado, ocorrem lentes de rochas uhrabáacas

deanfiboUtos ortoderivados de textura e filiação diversa, corposde uramtfK "•«"«a^iWl^c ]aMCtúmufitcK.

corpos de granufitos com dobras em "bainha" (granada-enderbito, granada-piridasito), corpos de leucotonafitopegmatóide gnáissico, granada-hornblenda-gnaissetonalítico, lentes de cumingtonita-biotita-gnaisse, an-fibolobiotita-granada-fcls, além de basaho.

Além desses ütótipos, próximo à confluência do córregoContendas com o rio Doce, ocorrem: escapolita-piroxênio-anGbolitos, granada-piroxênio-anfibolitos cataclasados,biotiu-hornblenda-gnaisse, brecha tectônica, granada-piriclasitos e quartzoeumingtonita-gnaisses. Essas rochasestão intensamente cisalhadas, e alguns anfibolitosapresentam boudins de foliaçâo, evidenciando alta taxa dedeformação a temperaturas elevadas.

As rochas pegmatóides e graníticas invadem e mig-matizam parte dos anfibolitos, sendo também râaniarfa^parecendo constituir uma melange tectônica, onde rochasde níveis crustais distintos estão lado a lado, ou, ainda,podem ter sido trazidas pelos granitóides que as envolvem.Certamente, um estudo futuro dos granitos revelará a suacondição, podendo elucidar tal fenômeno.

O par granada-ortopiroxénio observado nas partesgranulíticas revela, através de coronas, evidências detemperaturas de 7S°C para sua geração, podendo estar,nesse estreito trecho, a zona de passagem para osgranulitos. Aqui poderia estar a explicação para oaparecimento de corpos granuiíticos maiores, como o docórrego Pedra Dourada, onde também ocorrem coronas degranadas ao redor do piroxénio.

12A2 Granulitos córrego Pedra Dourada - 7T

O corpo do córrego Pedra Dourada é constituído porvários tipos petrográfkos de cor branca ou vcrdc-cscura. Asrochas esverdeadas, que lembram charnoquitos, têmgranulaçáo variando desde fina até grossa, dependendo daintf.iwiHaHp. do asalhamento; são laminaria* ou até bandadas.Constituem-se de feldspato esverdeado a cor de mel, comblastos de piroxénio verde-ewuros a cor bronze (bronzita)

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SF.23-X-B.il (FttteNoM)

nmóslase verde-csom e concentrações de sutfictos. Asporções brancas apresentam um handamento, sâc maisfeidspéticas, contendo feldspato branco e faixas de cor rôseo-escura, com granada em bbstos alongados segundo a foiiaçãomflnntic», tendo dimensões comuns de 1 a 2cm alcançandoaté San. É comum a presença de quartzo azulado discóide.

No interior dessas faixas mais feldspáücas, ocorremlentes de rochas gabróides a piroxênio dioríticas verde-es-curas. Eastern pequenas lentes de rocha mais finas commeteorização oerc. As porções verdes são semelhantesàquelas da BR-262, na fazenda da Lagoa. Ocorre nível com30cm de espessura de rocha verde-dara com grandes blas-to« de piroxênio (rocha calcissilicática?). Estruturalmente,mostra-se dobrada, com mergulhos que variam de 35 até70** apresenta faixas miloníticas.

Ao microscópio, o conjunto é constituído porhiperstênio-piroclásio-granulitos, granada-biotita-gnaisses e calcifels. Os hiperstênio-piroclásio-granulitos(Winkler, 1975) são constituídos de plagioclásio,piroxênio (orto- e clinopiroxênio), quartzo, granada eopacos. O clinopiroxênio é discretamente uralitizado,enquanto a granada bordeja o piroxênio e os opacos. Abiotita ocorre em algumas variedades; são acessóriosocasionais apatita e zircáo. Uma amostra tem ortoclásiosericitizado.

A rocha denominada petrograficamente calcifels(calcissilicática) é constituída de diopsídio, hornblendatremolftica, epídoto, alanita, granada, opacos, rutilo e car-bonato (fotomicrografia 2). No corpo de São Bartolomeu, arocha é esverdeada, bandada a foliada, sendo petrografica-mente um granulito básico (piribolito) com iabradorita emporções iguais à hornblenda, diopsídio, hiperstênio, opacos,apatita e granada. Os piroxênios são uralitizados e levementebiotitizados. Há seriátizaçâo e epidotização discreta doplagioclásio.

22S LJtogeoqulmJca

22JS.1 Introdução

A partir da análise dos óxidos dos elementos maioresformadores dos silicatos das rochas (Si, Al, Fe, Mg, Mn,Ca, K, Na, P e Ti), além dos teores de uma série deelementos-traço como Cu, Pb, Zn, Co, Ni, V, Sc, Y, Nb, F,Ba, Sr, Zr, Th, Rb e Li, foram desenvolvidos estudospetroquímicos preliminares em cerca de 20 amostras derochas do complexo Mantiqueira. Essas rochas, com basenos percentuais de SiC*2, foram classificadas em trêsgrupos, a saber:

a) rochas ácidas (sete amostras) com S1O2 acima de 66%(RM-49A, RM-49B, RM-49C, RM-357A, RM-357B, RM-357CeSS-44C);

b) rochas intermediárias (seis amostras) com S1O2 entre52 e 66% (RM-318-1, RM-318-2, RM-318-3, RM-318-4JSS-44AeSS-44B);

c) rochas básicas (sete amostras) com SiOj entre 45 e52% (RM-86A, RM-86B, RM-357D, RM-357P RM357F1, RM-357F2 e RM-58B2).

Na tabela II2.4 tem-se a classificação petrográfica e/ouquímico-mineralógica dessas amostras, constatando-separa os termos ácidos rochas em geral de composiçãotonalílica, enquanto no grupo das intermediáriaspredominam quartzodioritos e no grupo das básicasprevalecem apenas os gabros. Considerando a áreaaproximada de 1200km2 de ocorrência da unidade, tem-separa o presente estudo uma densidade de amostra/60 km2.

22S2 Agrupamento estatístico multivariado

Nas figuras 11.2.8a e n.2Jtt>, estão representados osdendrogramas gerados a partir das matrizes dos coefi-cientes de correlação e de distância, respectivamente. Apartir desses parâmetros, pode-se medir os graus desimilaridade pela imediata observação dos agrupamentosgerados com base nas médias dos pares ponderados entreos diferentes óxidos dos elementos maiores, formadoresdos silicatos das rochas. Além dos óxidos SÍO2, AI2O3,FC2O3, FeO, MnO, MgO, CaO, Na2O, K2O, T1O2 e P2O5,foram utilizados ainda a porcentagem de perda ao fogo(PF)e umidade (H2O).

Verifica-se que em ambas as figuras são formados doisgrupos, enumerados de 1 e 2, onde o primeiro correspondeaos conjuntos das rochas ácidas e intermediárias e o segun-do, ao conjunto das rochas básicas.

No grupo 1, nos subgrupos "a" e "b" há, nessa ordem,diminuição dos percentuais de SÍO2 e K2O, porém aumen-tam as participações dos óxidos MgO, AI2O3, NteO, CaOe TÍO2. Trata-se, portanto, de conjuntos que evoluem decaracterísticas mais ácidas para mais básicas, cu seja, vãoevoluindo de termos granito-granodioríticos, passando portonalito-trqndhjemito, até chegar aos quartzodioritos.

O grupo 2 já apresenta uma distribuição mais complexa.Nele se destaca um subgrupo de caráter eminentementebásico entre dois pares de amostras com características suigeneris dentro do grupo. O primeiro par é constituído dasamostras SS-44A e SS-44B, com teores de SiOj de 62,9% e54,9% respectivamente, e o segundo, pelas amostras RM-86A c RM-58B2, com teores de S1O2 de 47% e 50,1%respectivamente. O primeiro está representado por rochasintermediárias, petrograficamente descritas comogranulitos, e se destacam das demais pela baixa relaçãoAl2OyFc2O3 (tabela 11.23). O segundo, também básico, sedestaca pela baixa relação FeO/FejOj (tabela 11.2.7), o queevidencia um maior grau de oxidação.

Essas variações permitem supor que os primeiros gnais-ses (grupo 1, subgrupo b) poderiam se originar da refusãode rochas aluminosas, enquanto os últimos (grupo 2), darefusão de rochas ferruginosas ou, eventualmente, decaráter vulcânico. As amostras RM-86A, RM-58B2, SS-44A c SS-44B, caracterizadas como anfibolitos e granulitos,

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40

Tabela II.2.4Mantiqueira

- ClassiftcaçSo Petrográflca das Rochas do Coaplexo

AMOSTRAS I TIPO PETROCRAFICO

RN-86ARH-86BRM -357DRM-357ERM-357F1RM 357F2RH-318O)RM-318(2)RM 318(3)RM-318C4)RM 357CRM-357BRM -357ARM-49ARM 49BRM-49CRM-58B2SS-44ASS-44B£S-44C

ortoqnalsseortognatsseortoqnalsse

(tonaiito)*

(*y ClassRoche

anfibolltoanfibolItometaqabro (quartzo-anfibolito)metaqabro (quartzo-anfibolito)metaqabro (quartzo-anfibolito)metaqabro (quartzo-anfIbolito)ortoqnalsse (quartzodtortto)

(qu artzodI orito)(quartzod1 orito)(quartzodI orito)

dy-qz-pl-hb gnai sse-(caleissi11cáti ca)aianita-qranito (tonaiIto)*af -bt-pl-qz-mc-gnaissebt-qz-pl-mc-gnaisse qraníticognal8fle graniticobt-qnaisse (ortoqnalase tonal ft l co) - trondhjemlto (mlqnatito)anfibolitohy-piriclásio-granulito (tonaiito)*hy-pirlclás 10-granuiito (gabro)*qra-bt-gnaisse

•IficaçSo químlco-mineralógica, segundo o diagrama R1-R2 de La

(1980).

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SF-23-X-B-I1 (Pos*e Now) 41

M »4 Q O • * * *

1 SS-44C2 IH-498

RM9CRN-49ARH-357AM-357CRH-357B

B RH-318-3I t RN-318-411 M-318-212 Rh-318-19 SS-44A

13 SS-44B14 RH-357D17 W-357F219 RH-357E15 RH-357F118 RH-86Bl i RH-58822* M-8ÓA

SS-44CRJM9BRH-49CRH-357ARH-49ARH-357CRH-357BRH-318-3RH-318-4RH-316-2RH-318-1SS-44ASS-44BRH-357DRH-357F2RH-357ERH-357F1RH-86BRH-5882RH-86A

.673

.966

.887

.933

.5*8

.986

.151

.676

.917

.94»-1.363

.245

.6*3

.977

.992

.878

.811

.36*

sn-bt-snaissrsnaisse jraniticobt-9nai55c (ortojnai&u tonal it ico)bt-qz-pl-ac-9naissr sram'ticoaf-bt-pl-tc-jnaisst jranitico<)!(-i:-pl-hl)-jnaisse (tonal,totalanita-jranito (tonalito)ortojnai5Si quartzodior it icoortognaissc quartzodioriticoortosnaisse quart rod lor iticoortojnaissr quartzodioriticohy-piroclásio jranulito (tonalltol»Its-pirKlásio 9ranultto (jabro)*artasabro (qzanfibolito)artasabro (qranfibolito)attasabro (qzanfibolito)artagabro (qzanfibolito)anfibolitoanfibolitoanfibolits

.974 9ra-

.236 9naissc sranitico

.35* bt-9naissr (orto9naisse tonal itico).448 af-bt-pl-tc-9nai55e jranitico.669 bt-qz-pl-tt-9naissí granítico.188 d9-qz-pl-hb-9naJSK (tonalito)

1.178 aianita-sranito (tonalito).679 ortognaiss* quartzodioritico.346 ortosnaisse quartzodioritico.2«4 ortosnaisse quVtzodioritico

1.861 ortosiaisse quartzodioritico1.422- hs-piroclisio-sratwlito (tonahto)*

.856 hj-pirociasio-granuíito igabro)»

.259 arta9abro (qzanfibolito)

.116 aetagabro (qzanfibolito)

.486 actagabro (qzanfibolito)

.596 aeta9abro (qzanfibolito)

1.325 anfibolito1.586 anfibolito

anfibolito

Ho.Ordca dasAaostras

o) 2 45 7

11 1217 193 6

1« 1114 172 38 11

i 14 151 2

14 181 5

13 141 8

16 2*13 169 131 9

No.Ordea dasAaostras

2 45 7

11 1217 192 6

1 * 1114 172 38 I t

14 152 5

14 181 2

13 141 8

13 169 139 2t1 9

Cotf. dcCorrelação

.96633

.98578•94t33.99198.93266.9l75t.97698-8874t.67633.8779*.673*2.8112*.5t779•6t272.15*78•JTTTO

.35951

.24479-«.36323

C. df DistânciaEuclidiana

.23577

.18797

.29386

.116*5•35*t4.3463*.25916.44781.07933.48625.669*7.596*2.97437.85581

1.178*51.324841.421811.586451.86111

(D ClaiMfuatio «iaico-ameralósica segundo diajrata ftl-R? deLa Roche, 198*

Hg. IL2J - Dondrogramat gtradoa a partir dot pareantuait am pato dot oxido* da 20 amostras da roehaadocompltxoMantiqutira.( A J t o t o t a d f i * ^

(Davit, 1973).

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42 Programa LevaMameitfosGeolópcos Básicos do Brasil

Tifeela I I .2.5 - Oidoa Qufaicoa dta BochM icidM « InteraeditriM do CÚBAICMO Iwttqwira

(Xaapaao)

SiO211203F*2O3FaO•aOloOCaO••20COTIQ2

P2O5

PFOaidada

TOTIL

••20/C4••20/120lo^FcOT•gO/M)I20/la20•12O3/I«2O•I2O3/F*2O3FtO/Fe203••2O/AI2Q3K20/I1203

E. TRICO

CuPbZaCoORlg

ScTIb8aSrZrThBbLiBa/SrBb/Sr

I/Bb

«491

71,8515,081.091.470.030,662,023,773,730,400,430,410,15

101,09

1,871.000,27

22,001 0,99

4,0013.831.35

1 0.250,25

35,001,50

35,00ft8,00

I 12,001 25,00

ft25,00

1 7,50I 790,00

330.0070,00

I ft79,00

I 10,00I 2,39I 0,24

391,96

Bt-491

71.5616.210.830.840,020.461,673,134,820,450.430,510.20

101.12

1.871,000,29

23,001,545.18

19,771.020,190.30

7,001.50

23,00ft7.00

11,0025,00

ft75,007,50

t.590,00460,0050,00ft

120,008.003.460.26

333,44

HM9C

70,9815.081,261,410.030,692,093Í833.370,500,430,330.09

100,09

1.831,000,27

23,000,883.94

11,971,120,250.22

40.001,50

40.00ft8.00

12,0025,00*

50.0080,00

760,00330,0080,00

ft77,0010.002.300.23

363.32

H-3S7C

68.9816.341,082.360,060.592.293,183,970,600.110,080,32

99,96

1.390.800,189,831.255,14

15,132,190,190,24

11,001,50

45,00ft2.507,00

30,00ft

50,007,50

690.00240,0080,00

ft98,009,002.880,41

136,29

81-3578

68.4116.211.282.700.060.592.503.233,790,700,430,050.27

100,22

1.291.000,159,831,175,02

12.662,110,200,23

12,001.50

50.00ft5.007.00

35,00ft

55,007.50

650,00220,0090,00

ft93,0010,002,950.42

338.31

n-3571

68.4116.781.211,990.050.562,433,453.610.500.430.540.14

100,10

1.421,000,18

11,201,054.86

13.871,640,210,22

10.001.50

40.00ft2,506,00

30,00*

25,007,50

710,00240,0090,00

ft23,008.002.960.10

1 302.97

MOSTMS

BW-318-3 M

63.5318.671,282,700.082,154,454.181.230,750.260.940.13

100.35

0,941.000.56

26,880,294,47

14,592.110.220,07

15,001,50

60.00ft

19.0030.0060,00

ft60,007,50

320,00290.00100,00

ft30,0011.00t . to0.10

340.36

318-4

59,8619,611.403.880.092.495.214.311.640.850.520,460.13

100,45

0.831.000,48

27,670,384,55

14.012,770,220,08

25,000,75

75,00ft

26,0040.0080,00

ft150,00

' ,50320,00270,00100,00

ft41.0013.00t.190.(5

J3J.06

M-318-2

57.4119.421,604.730.113.285.424.311.690.950,520,490,21

100.14

0,801,000,53

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1.831,000,40

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14,531,180,260,25

50,0010,000,00

10,0050,0030,0050,007,00

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SF23-X-B-II (Ponte Nova) 43

glo as qoe tprcscnüun as maiores dissimUaridades nogmpamento 2, oonfonne se observa nas figuras U2A& eU2JSb-

A amostra SS-44A, sobretudo na figura 11.28a, emboraclassificada petrografícamente como hiperstênio-piroclásio-granulito, é igual, portanto, è amostra SS-44B eformando o mesmo cluster das amostras básicas, apresen-ta-se com um baixíssimo coeficiente de correlação cometsas rochas (0.148) ou um elevado coeficiente de distância(1.077). Do padrão químico dessa amostra 6 relevante obaixo percentual de AI2O3 (13,2%) comparado com asmfHían bem mais altas tanto do grupo das rochas básicas•quanto das ácidas. Note-se, ainda, que as rochas da fáciesgranulítica têm natureza intermediária, à exceção daamostra SS-44C, que apresenta um padrão mais ácido.

2213 Características químico-mlneralógicas dasrochas ácidas e intermediárias

Das 13 amostras do conjunto ácido-intermediário,apenas 12 são de natureza peraluminosa, de acordo com osdífiç""""* de Debon & Le Fort (1983) c Rapela & Caminos(1987), nas figuras n.2.9 e 112.10, bem como na tabelaÜ2.6. Para Chaoqun (1985), os valores do índice de Shand[mol l=Al2OV(K2O+CaO + Na2O)], superiores a 1,03,indicam rochas graníticas do tipo CR, ou seja, granitoscrustais. Jiaqi (1985) considera como granitos do tipotransformação todos aqueles em que esse parâmetro ésuperior a 1 .0 parâmetro B de Debon & Le Fort (1983),o qual mede o somatório dos indications de Ti, Mg e Fe,são todos superiores a 38,8, ou 7%, eqüivalendo então adizer que os granitóides em pauta são predominantementemesocráticos, onde valores desse parâmetro estão variandona faixa de 39 a 77.

Apesar do caráter aluminoso dessas rochas, vale ressal-tar que elas têm valores médios a altos de CaO, principal-mente nos tipos intermediários de naturezaquartzodiorítica, onde os óxidos de TÍO2, Na2O e MgO sãorelativamente altos e compatíveis com o padrãometaluminoso ou levemente aluminoso (aluminoso normalde Chaoqun, 1985).

Aoutuízar-seafunçiiodiscrimmantedeShaw,1973(tabelaU2£), vé-ie que se trata de rochas de origem magmática, poistodas apresentam DF positivo, e torna-se lícita a designaçãodos tipos petrográficos conforme idealizado por Debon & LeFort (1983) e indicados nas figuras H2.ll e 112.12, respectiva-mente de Debon & Le Fort (1983) e La Roche (1980). Nodiagrama de Debon & Le Fort (op. dL), as rochas agrupam-senos campos dos granitos (uma amostra), adamelíto (quatroamostras), granodiorito (três amostras), tonalito (umaamestra) e quartzodiorito (três amostras). Já no diagrama deLa Roche, os agrupamentos dão-se nos seguintes campos:gabro (uma amostra), diorito (uma amostra), monzodiorito(uma amostra), tonalito (três amostras) e granodiorito (cincoamostras).

Essas rochas, quando comparadas com os espécimesanalisados da unidade Juiz de Fora, parecem ter umcomportamento ligeiramente mais crustal, pela suaproximidade do tipo adamelito (granodiorito). Apesardesse caráter mais crustal, seguramente trata-se derochas de forte contribuição mantélica, tipo I-MC,segundo os critérios de Argue & BrimhaU (1988). Entreoutros parâmetros que indicam a natureza mantélica detais rochas, destacam-se: percentuais médios de CaO(3^6%), média da relação 10 x Mn/(Mn + Ti + Fe +Mg) igual a 0,120 e o MGNumber médio [(MgO/ (MgO+ FeO)] da ordem de 0323. Algumas amostras, como asde númeTos RM-49A, RM-49B e RM-49C, têmtendência mais para o tipo I-SC, conforme se depreendedos mais altos percentuais de S1O2 (Q normativo médioigual a 31,28%), além da presença marcante de coríndonnormativo.

Por fim, ainda do ponto de vista mineralogico, apresença constante de magnetita superior a Umenita cor-robora o padrão I desses granitóides (tabela n.2^).

Os parâmetros T e c de Niggli, combinados, parecemindicar, segundo Burri (1964), rochas de origem ígnea.

Alguns elementos-traço (Rb, Sr, Cu, Zn e Cr), esco-lhidos de acordo com os critérios de Argue & BrimhaU(1988), mantêm relações médias - por exemplo,Rb/Sr - e teores compatíveis com os granitóides dotipo I-MC.

12JSA Ambiênda geotectteica dos granitóides

Em princípio, tomando-se os percentuais de AI2O3,todos superiores a 15%, e de acordo com Artb (1979),pode-se afirmar que os granitóides em questão são denatureza continental. Essa assertiva é corroborada satis-fatoriamente na figura II.2.13, que representa odiagrama de Maniar & Piccoli (1989), onde os termosgraníticos se ajustam aos campos CCG (granitos de am-biente de colisão continental) e CAG (granitos de arcocontinental). Os termos intermediários, por seu turno, seajustam mais ao campo IAG (granitóides de arco-de-ilha). A análise da figura II.2.14, relativa ao diagramaR1-R2 de Batcbelor & Bowden (1985), confirma aproposição geotectônica gerada a partir dacompreensão das relações entre AI2O3, CaO e álcalis.Trata-se, de um lado, de granitos de natureza sin-colisional (anatético leucocrático a duas micas, campo6), especialmente as amostras RM-49 (A, B e C), asquais, coerentemente, apresentam teores elevados de Ba(1.590- 760 ppm) como indicativos da presença de biotitaem ambiente pelítico, rico em AI2O3. As amostras denatureza intermediária se concentram no campo do am-biente de colisão pré-placa (margem de placa destrutivaativa) do tipo Mt. Given, Sierra Nevada (Califórnia,EUA), eqüivalendo a rochas calcialcalínas etrondhjcmílicas.

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Page 52: PONTE NOVA FOLHA SE23-X-B-II - IAEA

SF-23-X-B-II (Ponte Nova) 45

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Flg.IL2.11 -Diagrama O «am» PdaDabon ft La Fort (1963)com a nomandatura da» rocha» fgrwaa comuna, modificado da LaRocha (1964,1966,1972. i978), aplicado ia rochas do comptaxo

Mantiquairfl. Parftmatros axpraaaos am atomos-grama x 1.000para cada alamanto am lOOg da malarial. 1 (gr) granito; 2(ad)

adamalito; 3(gd) granodiorito; 4(to) tonalito; 5(sq) quartzoaaianito;6(mzq) quartzomonzonrio; 7(mzdq) quartzomonzodiorito; 8(dq)quartzodiorito (quartzogabro-quartzo^nc.tosito); 9(s) siantito;

iO(mi) monzonito, I1(mzgo) monzogabro (monzodiorito); I2(go)gaoro (diorito-anortosito).

-400 -300 -200 100 100

Page 53: PONTE NOVA FOLHA SE23-X-B-II - IAEA

46 Programa Levantamentos Geológicos Básicas do Brasil

12SS

O potencial ogc 30 dos ffr**"*^tdp* do com-

Ubrida dessas rochas, ou seja, manffHca comi ootns palavras, gramtos do tipo

I-MC (Argue ft BrimhalL 1988) on IMS (Chaoqun, 198S),paia os quais são esperadas mmcratgações de Au,Cu, Mo,Pb, Z B C W . Também 6 possível qoc os granitosRM-»9 (A,B, Ç), peto sen caráter mais crustaL tenham potencial paraSn, Nb e TR. Entretanto, dada a ausência de efeitoshídratermais sobre as rochas aqui analisadas, rUw são

i precursoras e não há indícios para considerá-las

As oito amostras de rochas básicas coletadas no com-plexo Mantiqueira, quando interpretadas à luz dodiagramadassificatório Ri-R2de La Roche (1980) (figurasIL2.13eIL2.14) de DebonA U Fort (1983), têm as seguin-tes classificações: alcaligabro (uma amostra), olivinagabro(duas amostras), gabronorito (três amostras) e gabro (umaamostra); ou quartzogabro (três amostras) e gabro (trêsamostras). Note-se que a classificação de La Roche (1980)6 bem mais completa do que a de Debon & Le Fort (1983).

22J5J Composição química das rochas básicas

As rochas básicas do complexo Mantiqueira, inter-pretadas i luz do diagrama AhCMFe^Cb + FeO +TKhJ-MgO de Jensen (1976), com os campos definidosper Vdjoen & Vújoen, 1969b (in: Arndí & Nisbet, 1982)são classificadas como toledos normais (figura 0.2.15). Nodiagrama MgO-CaO-AfeCb de Vdjoen & Vdjoen (1969c),e Arndt et aL, 1977 (in: Condie, 1981), essas amostrasbásicas correspondem tipicamente a rochas tolcíticas(figura IJ.2.16). Os percentuais de AI2O3, variando entre 9e 16%, corroboram a proposição de rocha toleítica defen-dida para essas rochas. Outros critérios, segundo Wilkin-son (1986), baseados nos óxidos dos elementos maiores,que confirmam a natureza toleítica das rochas básicas aquiconsideradas, podem ser assim arrolados:

a) NazO+K2O inferior a 4%;b)K2O não excede a 1,2%;c) as razões FezOj/FeO não excedem a 04, à exceção

das amostras RM-58B2 e RM-86A;d) composição normativa do plagioclásio, CNP

[I00an/(ab + an)], é superior a 50 (tabela 11.2.8), à exceçãoda amostra RM-86A (CNP =» 30), correspondendo a umandesítotoleftico;

e) presença de quartzo normativo e olivina;0 ^Ito percentual de hipersténío, à exceção da amostra

RM-86A, qne tea apenas 3%, enquanto nas demais ospercentuais se situam entre 12 e 26% de hiperstémo.

Os elementos-traço têm teares bastante variados,bora no conjunto os valores encontrados para elemento

V Pn r fli pfraitf.m f

tais rochas como tipicamente básicas de origembastando para tanto comparar os percentuais desseselemectos com as médias de Turekian&WedepohL 1960(tabela EL2.7). A amostra RM-58B2 no geral 6 a maisenriquecida nos elementos Ni (lOOppm), Cu (lOOppm), Co(TOppnQe Cr (SOOppm). Vale salientar que essa amostra éa mas potásska e a menos titanffera de todo o conjunto,sendo os teores dos maA^ elementos-traço bem maselevados do que as médias para toleftos de arco-de-ilha,conforme definidas por Jakes & White (1972). Por outrolado, as demais amostras, a se considerarem os teores dos'lemcmos-traço como Sr, Ni, V, Cr, Zr, Rb, Ba e Pb, têmcaracterísticas de toleftos de arco-de-ilha (tabela IL2.7).As amostras RM-86A, RM-86B e RM-58B2 tendem a omcaráter algo mais andesítico, haja visu os seus teores de Sr,com um mínimo de lOOppm e um máiimo de 230ppm. Osteores de Pb estão abaixo de 4ppm, valor cwarimadoqiialocorrem os andeshos cakialcalinos pobres em K, enquantoos valores abaixo correspondem aos toleftos. As razõesY/Nb são elevadas, em torno de 7, portanto típicas derochas toleíticas.

Os teores de Cr e Ni das amostras em questão são bemmenores do que os valores registrados para a faixa máfico-ultramáfica da região de Conselheiro Lafaiete, conformeos resultados encontrados por Herz & Banerjee, 1973 (in:Barbosa, 198S, quadro 8, p. 83). Também são bastanteinferiores os teores de Rb, Zr e Sr encontrados aqui nocomplexo Mantiqueira. Em contrapartida, ot teores de Basão aqui bem maiores, da ordem de 160ppm, em média,para o conjunto das amostras RM-86A, RM-86B e RM-58B2. Enquanto isso, para as demais amostras, os valoressão equivalentes àqueles da região de Barbacena.

Por outro lado, o padrão de elementos-traço das rochasbásicas do complexo Mantiqueira é muito semelhanteàquele registrado para os basitos da unidade Dom Silvério.

22JSÃ Ambiència geotectônka das rochas básicas

De acordo com o diagrama T1O2-K2O-P2O5 de Pearceet aL, 1975 (figura U2.lT), as rochas básicas do complexoMantiqueira são de ambiente oceânico, exceção apenas daamostra RM-86A, que se dispõe no campo continental,mesmo assim, muito próximo Jo limite entre esse campo eaquele ambiente. Os valores de Ni e Cr são característicosde ambiente de arco-de-ilha, de acordo com as mediasseJakes & Gill (1970), ou seja, 30 e SOppm, respectivamente.Os valores das razões Tí/V, variando entre 19 e 43, sãocompatíveis com um ambiente oceânico (MORB), de acor-do com Sbervais (1982). Os baixos teores de Zr (inferioresa 50ppm), aliados aos baixos percentuais de T1O2 (menores

Page 54: PONTE NOVA FOLHA SE23-X-B-II - IAEA

SF.23-X-B-II (Ponte Nova) 47

3000-

1000 2000 3000

R 1 : 4 S i - l l ( N o * K ) - 2 (Fe «-Ti)

Flo. IL2.1Í - Diagrama FMfe ctawfflcttorio das rochas fgnsu asgundo La Rochs (i960) a partir das notes müttkaflonto»» (mBtcátton»por 100g) • aplioado às rochas do oomptoxo Mantiqusira. (1) ankaratrito; (2) rwfslinlto; (3) ptertto; (4) basanHo; (5) tsfrtto; (6) tanoMrtto;(T) tonollto; (6) aJoaHbasaKo; (9) hawaHto (tnquibasaHo); (10) muoMrito (traquiandMito); (12) olMnabasalto; (13) latlbasalto; (14) latlto;(15) traquKo; (16) totsfto; (17) andasttobasalto; (18) latiandMHo; (19) quartzolatHo; (20) quartzotraquito; (21) andasito; (22) dadto; (23)

riodactto; (24) rkXito; (25) aksalirriolito.

õnj

OIM

O

z

O(M

1,3 1,5 1,7 1,90,5 0,7 0,9 1,1

0,6-

Plg. IL2.13 - Diagrama idaalizado por Maniar & Hoooli (I960) a partir do índios da Shand, mostrando os campos ds aluminosidada a ostipos tectonloot^düigrantos.

Page 55: PONTE NOVA FOLHA SE23-X-B-II - IAEA

48 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

3 0 0 0 T

2000-

tr

1000-

PRE-COUSAO DE PLACAS

SOERGUIMENTO

POS-

FRACIONADOS00 MANTO

1000 2 0 0 0 3000

flg.IL2.14-Diagrama RLRS da Batchslor & Bowdan (1965) com indicaçio dos tipos tsctflnioos dos granitoids». Também sloindicadas aa principais assodaçosa ssgundo Pltchar (1979,1962) a Harris st ai. (1983). Os grupos sio aquívalantss a sssas assoclaçO—

sagundo Lamsyrs & Bowdan (1962). Os pontos ptotados psrtanoam ao complaxo Mantiqusira. Grupos: (1) ttriafto; (2) caldalcalino •trondhjsmfttoo; (3) caldalcalino rico am K; (4) subaicalino monzonitioo; (5) alcalino a paralcalino; (6) Isucogranito anatético a duas micas.

RI-4SI-11(Na + K)-2(Fa+Ti ) ;R2-6Ca

AI203 MgO

— Campos definidos no diagrama original (Jensen)Campos revisados pelos dados de 8arberton

Rg. 11.2.15 - Diagrama Mjfh • (FsjOs + FsO + TiOj) • MgO da Janssn (1976), com os campos dsfinidos por Viljosn & Viljoan (1968b)On: Arndt & NJsbst, 1962), aplicado na Idsnttflcacio a daisifleaçio das rochM básicas do oomplsxo Mantiqusira.

Page 56: PONTE NOVA FOLHA SE23-X-B-II - IAEA

MQO SF23-X-B-D (Poale Nova) 49

CoO AI 2 0 3

Pk - Komatiítos Peridotíticos

Th - To leitos

Bkdb - Komotiítos bosólticos tipo BADPLAAS

Bkg - Komatiítos bosólticos tipo GELUK

BkBar - komatiítos basólticos tipo BARBERTON

Poa - Compo de Associação Picrito-Oceanito-Ankomerito

Rg.mmmmzm;mmmmmmmxmmmmmmmmm

Diagrama MgO-CaOAIzOa aplicado às rochas básicas do complexo Mantiqueira, mostrando o campo tolerbco segundoVíljoen & VHjoen (1969c) e Amdt et ai. (1977) (in: Condia, 1981).

T.O2

K,0

A-Ambientes Tectõmcos OceânicosB -Ambientes Tectônicos Confinentois

P205

Fig. Il2.il - Diagram» KyO-TiOj-PíOs de Pearce et ai. (1975), aplicado às rochas básica» do complexo Mantiqueira na identificação dosambientes oceânico (a) e continental (b).

Page 57: PONTE NOVA FOLHA SE23-X-B-II - IAEA

SO P—y " t . f •fvan t>m< 'nt" t <VnlÁjpcn« BiidcnK dn Branl

Tateia II.2.7 - Dado* Qufalcoc da* Rochat Bill cat do Goaplmo lanttqiwtra

ÓIIDQS 1(I W pMOl

SI02 111203 1F.2O3 1PtO 1•nO 1lop 1CaO 1la20 1DO 1TI02 1P205 1PP 1fhldada

TOTAL

CaO/11203F«O/F»203IgdTtOII2O3/TI02

C.TUCO

CnPblaCoCrIIfTIbBaSrZrBbLIT/lbTl/f11/CoTl/ZrB»/SrDb/Sr2r/TI/BbIb/TBa/RbZr/lbr/ii iCo/It 1?/Cr 1Tl/T I

.—-.. .-!BI-86A

47,0012,3015,207.660,255,94

11,003.130,793,590,300.570,00

107,73

0,890,500,783.43

200,002.500,00

50,00150,0070,00

500.0050,0010,00

200,00150,00300,00

0,000,005.00

43,041,40

71,741,330,006,00

-0,20

-30,00

7.140.713,33

430,45

U-357E

48,8016,342.57

10,360,246.63

10,382.550.540,950,000,210,16

99,75

0,64«,040,64

17,20

45,000,75

22,000,00

12,0026,00

300,0050,007,50

50,0084,0025,005.001,006,67

18,98-

227,810,600,060,50

896,560,15

10,003,3311,540,00

25,00113,91

U0STMS

H-86B

48,8616,592,549,800.226,809.512.400,602.200,520,370,21

100,62

0,573.860,697.54

130,000.75

23,000,00

15,0030,00

320,0025,007.50

130,00250,0025,005,004.003,33

41,22-

527,570,520,021,00

996,180,30

26,003.3310,670,00

21,33527,57

M-357F2

49,2215,652,91

10,200,246,46

10,652,560,480,950,000.260,17

99.75

0,683,510,63

16,47

55,000.75

21,0070.0011,0024,00

280,0050,007,50

62,0095,0025,00

140,001.006,67

20,340,34

227,810,651,470,50

28,460,150,443,3311,672,92

25,45M3.91

81-5682

50,1013,6012,806,230,206,00

11,702,320,681.010,101.180,27

106,19

0,860,490.96

13,47

100,005,000,00

70,00500,00100,00300,0020,005,00

150,00100,0020,000,000,004,00

20,161,43

302,751.500,001,00

0,25-4,003.000,700,60

302,75

B-357P1

50,4915,653.00

10,420,246,639,652,510,480,950,000,240,31

100,57

0,623.470,64

16,47

90,000.75

20,000,00

12,0035,00

300,0025,007.50

43,0085,0025,005,001,003,33

18,98-

227,810,510,061.00

796,940,308,60

3,338,570,00

25,00227,81

H-3570

51,6315,843,409,290,225.808,812.780,600,950,000,210,19

99.72

0.562.730,62

16,67

60,000,75

21,000,00

10,0022,00

280,0060,007,50

60,0093,0025,005,001,008,00

20,34-

227,810,650,050,42

996,180,13

12,00

3,3312.730,00

28,0094,92

Page 58: PONTE NOVA FOLHA SE23-X-B-II - IAEA

SR23-XB-II (POtfe Nova) SI

Tabela 11.2.8 - D«do« P*troqu(*iccw daa Bochu Buicaa do Cosplexo Rantiquelra

1

CIN 1

QOr I• b Iindihyol•til

•Pne

R1GCU

ilf ic

alkk

•9M

tip

Si'la'TF *

PAJ»M.PETROQ.

IDFOXF

CKPRFAFR

ICRe'Q'orCi

RCIutbtr

RR-357D

1.833,57

23,7029.1812.2923,970,003,601,820.000,00

22,764b, 7122,027,50

0,1240,4510,246

(4,069)125,945

1,740

0,9690,577

1 15,26230,269

29,1041 0,1981 68,4701 55,1811 93,6701 15,6991 57,3611 26,9401 41,6601 28,7311 34,9481 36,3211 45,0531 0,384

M-357F1

0.002,84

21,2430.0214,7626,050,003.551,800.000,00

21,2748,5623.856.32

0.1120.4690,206

(8,773)116.496

1,650

0,9300,538

14,95727,592

24.0820,187

66,84258,55794,75413,14957,69529,15646,16426,95331,73841,30948,3290,389

AMOSTRAS

RR-56B?

1.034.13

20.1625,3428.2015,370,003.741,970,000,00

19,0944.6529.866.39

0.1620,4770,459

(6,168)119.391

1.810

0,9510,544

12,70525,485

23,3130,218

66,24155,69791,68314,61956,14429,23849,28133,08035,38331,53757,2790.491

BR-357F2

0,002,86

21.8230.0019,1713,936.763.581.820.000,00

20.9846.7325,956,34

0,1100.4680,204

(13,379)111,978

1,620

0.8930,528

14.63827,316

24,6760,191

66,91357,89594.77313,62157,43428,94545.26430,79328,72040,48659,1140,386

m-866

0,193,55

20,3032,699.04

25,100,003.684.181,230.00

22,6847.4023.642.28

0,1410,4%0,189

(11,739)113,400

3.840,5110,9060,531

16,40128,970

24,0370,210

64,47261,69693,730

. 13,70855,22131,07174,86226,71031,99841,29245,4150,410

M-357E

0.003,20

21,7131,7316.5612.269.053.571.820,000,00

21,7546,7625.126,36

0,1220,4770,162

(15,161)110.285

1.610

0.6790,524

15,39528.118

24,9240,193

66,11859,37494,33113,78756,63129.56276,01030,26727,30842,42560,5660,390

BI-861

0.004,74

26.6917.4439,033.163,567.496.920.720,00

16,6347,6027,366.21

0,1420,4320,440

(23,700)109,150

6.270.2950,6220,5228,617

25,042

31,6290,372

70,49239,34090,33816,55358,11425,23472,51747,99734,35217,65256,6170,437

Re' = (ne • 3/5 ab): Q' = (Q < 2/5ab • 1/40 px): 0L' - (ol • 3/4opx);T - a) - alk;Si' * fl/(»i - qz);Az' = il/(*i • 100);F * * al • alk;FOX * (Fe203)/(Feo • 0,91 Fe203);F * (FeO * Fe203) x 100 (F«0 • Fe203 > H90);CRP * (an x 100)/(an * ab <5/3ne); RF - p/(A * P) x 100;RF = p'(A • P) x 100;IC = (an * di • fo * tp); índice de criiializaçlo;Cl - ol • hy • d i * a i • i l • h»; índice de coloração:HCRuiber = RqO/(HqO < FeOl);

Page 59: PONTE NOVA FOLHA SE23-X-B-II - IAEA

52 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

do que 1), exceto para as amostras RM-86A e RM-86B,o coerentes com "*"

confonnidade com as pesquisas de Floyd A. Winchester(1975).

As razões Y/Nb, bastante superiores a 1, corroboramdefinitivamente o caráter tokítico-oceínico das amostrasem estudo, conforme a concepção de Floyd & Winchester(op.ciL).

Por fim, os padrões tanto dos ândos como dos elemen-tos-traço dessas rochas são indicativos de toleftos de arco-de-Qha, de acordo com os padrões apresentados por Jakes& Gill (1970).

1 2 4 Idade e correlações

As datações radiométricas Rb/Sr do ProjetoRADAMBRASIL, situadas no âmbito da folha PonteNova, correspondem aos pontos analíticos 1811 (N de RioCasca) e 2832A e B (NE de Ponte Nova).

A isõcrona das amostras 2832A e B permitiu estimaruma idade de 2160UUL, apesar de ter uma alta razão inicial(0,715). Esta pode «ignifirar que o material datado tenhase originado do retrabalhamento de rochas m*í« antiga»

O ponto analítico 1811 situa-se bem acima da isócronade 2160nuL, aproximando-se dos pontos analíticos 147 e149 de Contain et aL (1973), que estabeleceram uma idadede 2760nLa. para essas rochas. Entretanto, esses pontosanalíticos, muito embora tenham sido descritos comognaí^y^ mígmatíticos c gnaisses pegmatóides, correspon-dem a rochas de uma faixa granulítica, estreita, que ocorrena BR-040 entre Barbacena e Santos Dumont, car-tografada na folha Barbacena durante os trabalhos desteprojeto, como suíte metamórfica São Bento dos Torres.

Da mesma maneira, na BR-262, próximo ao local decoleta da amostra 1811, ocorrem pequenos corpos denatureza granulítica.

O alinhamento* dos pontos da isócrona de 2160m.a.levam à interpretação de que a fase de deformação queproduziu a foiiaçáo de dsalhamento/bandamento se deu noinício do Transamazõnico, ou, ainda, que o evento pré-Transamazônico precedeu a uma intensareomogeneização isotópica (alta razão inicial).

As rochas dessa unidade se estendem para a folha RioEspera e, possivelmente, para regiões da serra da Manti-queira, onde foi definida originalmente.

23 Suíte Metamórfica São Sebastião do Soberbo - PIss

2.3.1 Comentários gerais

Nos levantamentos do setor G da Geotransversal, queengloba a folha Ponte Nova 1:100.000, lima et aL (1974)referem-se genericamente aos gnaisses situados a oeste deSão Pedro dos Ferros, leste de Jequerí e oeste de Santo

Indiviso. São descritos, no conjunto, biotka-gnaisses, <ou sem anfibolitos, localmente mkrocfanizados, e biotita-

Nos trabalhos de cartografia 1:250.000 da CPRM, Foa-tes et aL (1978) agrupam os biotka-gnaisses bandados dafolha Ponte Nova 1:100000, a oeste de São Pedro dosFerros, oeste de Jequeri e oeste de Santo Antônio doGrama, no complexo Gnáissico-Migmatítko, inchandonele os metamorfitos Dom Sflvério.

Nas folhas Rio de Janeiro/Vitória 1:1.000.000, doProjeto RADAMBRASIL (1983), a área da folha PonteNova 1:100.000 situada a oeste de São Pedro dos Ferros eSanto Antônio do Grama foi cartografada geologicamentedentro do complexo Piedade, que incha os gnaisses do tipo"Piedade" de Ebert (1968).

Evangelista (196* assume a origem paraderivada paraas rochas gnaissicas a oeste de Ponte Nova, que se esten-dem até o complexo Acaiaca.

No presente trabalho adota-se a denominação suítemetamórfica São Sebastião do Soberbo para agrupar umconjunto de rochas dominantemente mftassffdimaitart

representado por (anfibóUo)-biotíta-gnaisse, anfibolitos,rochas calcissilicaticas, moscovita-quaitzitos e moscovita*quartzoxistos, contendo injeções gran

232 Distribuição geográfica

As rochas atribuídas à suíte metamórfica São Sebastiãodo Soberbo encontram-se distribuídas em dois domíniosfigura II.2.18).

O domínio meridional encontra-se no extremo-sul dafolha, ocupando as áreas entre Ponte Nova e Oratórios,indo além do limite sul da folha, sendo ao norte limitadonas proximidades da MG-329.

O outro domínio é bastante irregular na sua forma,deixando ilhadas porções do complexo Mantiqueira, prin-cipalmente ao longo do rio Doce. Inicia-se pouco ao N daMG-329, na fazenda Oratórios balizando no limite W ascidades de Rio Doce, Sem Peixe e São Bartolomeu. Olimite E passa próximo a Santa Cruz do Escalvado, Piedadede Ponte Nova, norte de Zito Soares, atravessando a BR-262 para E, passando próximo de Jurumirim e ÁguasFérreas, dirigindo-se para além dos limites da folha. Aonorte de São Pedro dos Ferros situa-se a parte extremo-oriental do domínio em questão.

233 Relações de contato

As rochas da suíte metamórfica São Sebastião doSoberbo encontram-se em contato tectônico com osmetavulcanossedimentos do grupo Dom Silvérío e comos ortognaisses granito-tonalíticos do complexo Manti-queira.

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SP.23-X-B-n (Pome Nova) S3

4S«00'20" OO'|

20°30'43°00"

Ro. ILZIS - Distribuição da» rochas da suit» mttamorfica Sao Sebastião do Soberbo na folha Pont* Nova.

As relações com os referidos ortognais&es granito-tonauticos foram totalmente obliteradas pelas sucessivasfases deformacionais que atuaram na região (foto 13). Emrelação às rochas do grupo Dom Süvérío, apesar do carátertectõnico do contato, »*tAa £ sugestivo, em "ig"nt locais,que as rochas dessa suite transidonem para ele. Esse fatopoderá ser investigado com mais detalhes em trabalhosposteriores.

2.3.4 litologia, mctamorfiino c deformação

A suíte metamórfica São Sebastião do Soberbo estárepresentada na folha Ponte Nova por um conjunto degnaisses bandados a laminados, com freqüentesintercalações de anfibolito e rochas calcissilicáticas. Ocor-rem, ainda, estreitas faixas onde afloram quartzitos e xistos

moscovíticos, rochas ferruginosas, as quais não mostramrelações definidas com as litologias anteriores (foto 14).

O litótipo dominante, entretanto, 6 um (anfibóüo)-biotita-gnaisse regularmente bandado em escalacentimétrica a métrica, tendo, em regra geral, umagradação entre as diversas bandas, excetuando-seaquelas granito-tonalíticas, visivelmente de injeção(fotos 15 e 16).

Os gnaisses bandados têm, geralmente, granulação finaa média, coloração esbranquiçada, onde t menor o percen-tual de máGcos (biotita, anfibólio), e, inversamente, cinza-escuro com o seu aumento. Macroscopícamente, sãoconstituídos de quartzo, feldspato, biotita e anfibólio.Secundariamente, ocorrem granada, magnetita, carbonatox epídoto. Variações locais nos componentesmineralógicos essenciais das bandas resultam em tiposxislosos, anfibólicos ou carbonáticos, sem que, no conjunto,

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54 Programa Levantamentos Geoiogkos Básicos do Brasil

a rocha perca o seu aspecto regular bandado, a gradaçãoentre as bandas e agranulaçáo Hnminantr^wn^ fi««

A foliação gnáissira 6 resultante de transposição porc é concordante com o bandamcnto.

Fvjfffl gnaisscs mostram-se, em geral! m' n'w'*izadoitl mor-mente próximos a zonas de contato tectônko com as•«"T^ fr- litológicas limítrofes, onde exibem lammaçãomilimétrica e até adquirem aspecto xistoso, comgranulação bem mais fina, estiramcnto dos félsicos, comfreqüentes discóides de quartzo, Mastos de feldspato e/ouagregados quartzofeldspáticos, além do eventualaparecimento de gr*1*^8 e moscovita/scricita.

Microscopicamente, tém textura granoblástica, bas-tante orientada, sendo constituídos por quartzoxenomórfico recristalizado, alongado; plagioclásio decomposição oligodisio a andesina estando levementesericitizado ou argilizado; biotita formando aglomeradosorientados e anfibólio (actinolita ou homblenda). Comoacessórios, ocorrem zireão, apatita, granada, clorita,epfdoto e carbonato. Localmente, pode aparecer mos-covita. Ao microscópio, observa-se a passagem a níveiscalcissilicá ticos, atestando sua origem paraderivada. A

anfibolito.As bandas e lentes anfibolíticas, associadas aos gnais-

ses bandados anteriores, têm espessura de centímetrosaté o máximo de 1 a 2m. Os anfibolitos têm cor cinza-es-cura, às vezes algo esverdeados por serem maiscarbonátkos. São bem-foliados, apresentando contatovisivelmente gradacional com o gnaisse encaixante. Mac-roscopicamente, constituem-se de anfibólio, biotita,feldspato, epídoto, carbonato e quartzo. Microscopica-mente, são biotita-anfibolitos, exibindo texturagranonematoblástica a granoblástica orientada; con-stituem-se de plagioclásio, anfibólio, quartzo, biotita,tendo como acessórios epídoto, titanita, apatita, zireão eopacos. O plagioclásio é sericitizado e o anfibólio formaagregados orientados, sendo em geral hornblenda,podendo ocorrer actinolita quando se intercala comleitos calcissilicáticos.

As rochas ffl yissilifÁti<*as constituem bandas e níveisdescontínuos com espessura desde poucos centímetros aténo máximo lm. Normalmente, encontram-se envolvidaspor domínios anfibolíticos verde-escuros com contatogradacional, mostrando sensível contraste pela suacoloração esverdeada. Nesses domínios, a deformação émais realçada devido à incompetência do pacotecarbonático, como é o caso das excelentes exposições naBR-262, próximo à fazenda da Lagoa (fotos 17 e 18). Asvezes, estão associados a quartzitos esverdeados. Em umaexposição de rochas calcissilicáticas foi observada aocorrência de nível métrico onde existe domínio absolutode'calcita, podendo a rocha ser classificada como ummetacalcário. Tem granulação média, é branco, friável ecomposto, além da calota, por anfibólio.

Mesoscopicamente, são rochas dnza-esverdeadas, emgeral foliadas, de granulação fina a média, compostas por

anfibólio, piroxênio, epfdoto, titanita, quartzo, pinta e pir-rotita masnética*

Microscopicamente, têm textura granoblástica, sendoconstituídas por plagioclásio, anfibótio, biotita, flogopita,carbonato, epfdoto e quartzo. O anfibólio é hornblenda outremolita, formando agregados de prismas. As proporçõesde epídoto são variáveis, podendo constituir-se no prin-cipal componente, assim como o carbonata Podem ocor-rer também clinoptroxênio e obvtna, esta serpentinizada. Oplagioclásio por vezes é sericitizado ou saussuritizado.Como acessórios, ocorrem titanita, apatita e zireão.Microclfnio ocorre raramente nas variedades comestrutura gnáisska.

Exposições de moscovita-quartzitos e moscovita-quartzitos milonfticos foram observadas no **"«"ftiw> dasuite metamórfica São Sebastião do Soberbo, porém nãoforam ffcfini a» precisamente as relações entre niurlan eas rochas da suíte. Sabe-se, apenas, que apresentam asmesmas características mesoscópicas dos xistos equartzitos descritos no grupo Dom Silvério.

Injeções graoíticas sintectônkas são freqüentes nosgnaisses bandados dessa suíte, indo desde veioscentünétricos concordantes a subconcordantes com afoliação/bandamento, como é o caso na pedreira d'Alena,na cidade de Ponte Nova, até veios métricos e centimétricosem grande quantidade, como acontece na pedreira deAmparo da Serra, ou na BR-262, após a ponte sobre o rioDoce, no caminho para Vitória. Trata-se de um granitóideleucocrático, de granulação fina a média, mesoscopica-mente composto de feldspato, quartzo, biotita. Micros-copicamente, tem composição tonalítica a trondhjemítica.

Veios pegmatíticos de natureza pós-tectônica tambémforam observados, recortando os gnaisses bandados daunidade. Têm espessuras de poucos centímetros até nomáximo lm e são compostos mesoscopicamente defeldspato, biotita, moscovita e turmalina.

2 3 £ Litogeoquímka

23S.1 Introdução

A petroquímica da suíte metamórfica São Sebastião doSoberbo está embasada na análise de óxidos de elementosmaiores, bem como dos elementos-traço em rocha total, apartir de seis espécimes petrbgráficos. Estes têm caráterpredominantemente caldssilicático-carbonático, anfibolfticoe apenas um espécime é de natureza mais pelítíca.

São rochas essencialmente supracrustais, e o tratamentopetroquímico aqui empreendido tem caráter apenas infor-mativo e preliminar, dada a pequena quantidade deamostras, conforme mostrado na tabela II.2.9.

Tendo em vista a ampla predominância de rochascalcissilicáticas, a elas será dada uma maior atenção, en-quanto as amostras de anfibolito e de gnaisse constarãoapenas da tabela de dados químicos.

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SF23-X-B-II (Ponte Nova) 55

Tabela IL2-9 - Tipos PetrograEcos Utilizados nos Es-tudos Petroquímicos da Sufte MeUmórfka São Sebastiãodo Soberbo.

AmostraRM-303ARM-303BSS-45CSS-45BSS-50BRM-315-10

Tipo PctroeráíkoMármoreCalcissilicáticaEDÍdoto-hornblenda-snaissef^alrissilicática

AnfibolitoMicroclina-moscovita-plagioclásio-Rnaisse

23S2 Agrupamento estatístico multivariado

A figura II.2.19 (a e b) retrata dois dcndrogramasgerados a partir da aplicação do Programa Cluster doSistema GEOQUANT, versão 3.0 (USGS/CPRM). Nafigura 112.19a os espécimes formam um cluster a partir damatriz dos coeficientes de distância euclidiana, enquantona figura 0.2.19b os dusters são constituídos com base noscoeficientes de correlação, de acordo com os processosdisponíveis em Davis (1986) e Le Maitre (1982).

Vê-se em ambos os dendrogram» (a e b) que osagrupamentos lilológicos são bem coerentes entre si.Assim, o maior grau de similaridade é constatado entre asamostras SS-45C e SS-45B, com SÍO2 em torno de 50% eAÍ2O3 entre 17c 18%. As próximas amfK*rjts mai «milarf-tsão as de números RM-3O3B e RM-303A, relacionadasentre si pelos altos percentuais de MgO e CaO. A amostraSS-50B aproxima-se mais do par SS-45C/SS-45B, enquantoa amostra RM-315-10, embora ligada a esse par, apresentacoeficiente de dissimilaridade bastante alto e desimilaridade bastante baixo e negativo.

23.5.3 Características petroquímicas

As análises de rocha total e os parâmetros de Niggli ede La Roche para as supracrustais da suíte metamórficaSão Sebastião do Soberbo encontram-se na tabela 11.2.10.

É evidente, de imediato, que a amostra RM-315-10, peloseu alto percentual de S1O2 (90,09%) corresponde tipica-mente a um quartzito, sendo, portanto, excluída dasdiscussões com relação às rochas calcissiücáticas. Poroutro lado, a amostra RM-3O3A destaca-se entre as rochascarbonáticas pelos seguintes aspectos: baixo percentual deSÍO2 (1^6%), altíssimo percentual de CaO (31,41%), altopercentual de MgO (19,94%) e grande percentual de PF(44,48%). Esses valores são muito semelhantes à media dosmármores dolomíticos do cinturão pan-africano Zambezi,Zâmbia, segundo Munyanyiwa & Hanson (1988). Em ter-mos de elementos-traço, essa amostra classificada comomármore (RM-303A), além de ser mais rica em FeO, MnOe AbO3, caracteriza-se também pelos maiores teores em

elementos-traço, tais como Zn, Cr, Y, Nb, Zr e Rh, sendo,entretanto, ligeiramente mais dcptetada em Ba e Sr.

Quanto às quatro amostras restantes da população,tipicamente falfksilkiáliras. vê-se que são rochas, apesardo pequeno número de amostras, com significativasdiferenças químicas entre si, fato que, abas, já pode serdeduzido a partir dos dendrogramas da figura D.2.19 (a eb). Entretanto, tomando-se em princípio a média dosóxidos para as quatro amostras (SS-45C, SS-45B, RM-303Be SS-50B), vê-se que há um relativo enriquecimento emAI2O3, FeO total, MnO, MgO, CaO e T1O2, enquanto SX)2,Na2O e K2O são empobrecidos em relação à média dos

finos de Zambezi, ou mesmo de^ j região.

Os teores dos elementos-traço são também bastantevariados. O Ba é sempre menor do que os gnaisses, xistoscalcissilicáticos e mármores calcfticfra de Zambezi. Porém,as amostras SS-45B, RM-303B e SS-50B têm teores bemmenores, inclusive em relação à média dos mármoresdolomíticos. Por outro lado, todas as amostras são bemmais enriquecidas nesse elemento, quando comparadascom a media fornecida por Turekian & Wedepohl (1961).

O Y, Nb c o Zr são bem enriquecidos em todas asamostras. O Cr está também enriquecido, exceto naamostra RM-303B, e o Ni, por seu turno, é praticamenteempobrecido em toda a população.

Essa população litológica carbonática mostra-se bemdistinta quimicamcnte, quando comparada com trêsespécimes calcissilicáticos da formação Crubixais, de acor-do com Grossi Sad & Dutra (1988; tabela 13). Inicialmentedestaca-se na suíte metamórfica São Sebastião do Soberboo forte empobrecimento em SÍO2 e o seu enriquecimentoem MgO e CaO. Os espécimes mais dolomíticos (RM-3O3A e RM-303B) são bem depletados na maioria doselementos-traço em relação às amostras da unidadeCrubixais, o que é bastante coerente, já que normalmentesão as porções pclíticas, feldspáticas e alguns detritospesados os principais portadores desses elementos-traço.

Entretanto, ao contrário do que se constatou no quimis-mo dessas amostras em relação à formação Crubixais,registra-se um generalizado empobrecimento em termosde CaO e MgO nas amostras, quando comparadas com amaioria dos espécimes de rochas silicocarbonáticas proce-dentes da Bahia, na faixa granulítica pré-cambriana, con-forme estudos de Sighinolfi (1974). Há, por outro lado, umnítido enriquecimento em AI2O3 nas amostras de SãoSebastião do Soberbo, à exceção apenas da amostra RM-3O3A.

23JSA Correlações entre o* elementos

Os elementos com propriedades geoquímicas similaresrelacionam-se bem uns com os outros (tabela II.2.11). OAI2O3 é uma importante variável para se analisar suacorrelação com as outras variáveis, dado o seu estado quase

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56 ProgruMlxwintameatosGeolOgm Básicas do Bns3

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1.43*.559 cp-hb 9aais» calcissilicitico

1.117 Lilcissilicática1.585 anfibolito1.Í7I piroxenito (calcissilicática)

- m tf o » rã -Kt s S 9 O — <"**

J-l S ™ XI 2Í J* .A

1 RH-31S-1I -••132 ac-ao-f Hoaissc2 SS-45C .79« ep-hb 9naisse talcissilicático3 SS-458 .Wl calcissilicática6SS-5IB -«.417 anfibolito4 RH-3I3B .49J piroxsmto (calcissilicática)5 RH-M3A •áraore

( b )

No.Orde» dasAtostras

2 34 52 61 21 4

C. de DistanciaEuclidiana

.55917i.*7»331.9I6941.429821.58457

No.Ordca dasAaostras

2 34 52 6i 21 4

Coef. deCorrelação

.79M1

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.MM-•.13195-«.41719

(A)

Fia> IU.1t - (a • t>) Oandrognmaa garadoa a partir doa paroantuaw am pMO doa oxido» daa roetiaa da «ufta matamórfloa SAo Sabaatilodo Sobarto. (A) clualarfomiado com baiana matrix da di«tinc«a >udidi«na; (B)clua<arbaiaador«m^

corralaçio(Davia, 1966).

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Tabela I I . 2 . 1 I - Dados Quilicos das Rochas da SuítfHetaaórfica São Sebastião do Soberbo

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Page 65: PONTE NOVA FOLHA SE23-X-B-II - IAEA

58 PK i Levantamentos Geológicos Básicos do Bras3

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SF-Z3-X-B-II (Po*e Now) 59

imóvel donate o metamorfismo, bem como graças à sua

Na população em pauta, observa-se que o AÍ2O3 temaltíssimas correlações positivas com os áridos FC2Q3, NajOe TÍO2» al6m de correlações negativas em nível deaproximadamente 0,7 com MgO e MnO. Quanto aoselementos-traço, veri£ca-se um coeficiente de correlaçãonegativo (r = -0,782) com o Zn e positivo (r = 0,775) como Sr.

A correlação do AI2O3 com elementos maiores e traçoindica a presença de expressiva fração portadora dealumínio junto ao carbonato. Nos sedimentos, as argilas,micas detríticas e feldspatos são os mais importantes por-tadores de AI2O3. A correlação positiva de AI2O3 comFC2O3, T1O2 e Zn 6 inconsistente com o fato do feldspatoser o portador de AI2O3, mas, por outro lado, a correlaçãoAI2O3 com Sr e Na2Ü pode ser indicativa da presença deplagioclásio nos sedimentos. Entretanto, devido àcorrelação negativa entre CaO e T (ai - alk), fica excluídaa possibilidade de importante contribuição de feM»patorico em anortita. Considerando-se que o parâmetro T 6zero para attnta e para feldspato potássico, o seu valorrepresenta a contribuição de argila e de micas detríticas.Esse parâmetro, por ter correlação positiva com o Sr, damesma forma como esse elemento se correlacionoupositivamente com AI2O3, permite admitir a hipótese de ocontrole dominante sobre a geoquünica dessas rochas sera variação na quantidade de argilas e micas detríticas emrelação ao carbonato no protólito. Tomando-se acomposição média do folhelho-calcário de Pettijohn(1949), vê-se que ela se aproxima da média das quatro}nnn*fra5 de calcissilícáticas em questão.

As amostras SS-45C, SS-45B e SS-SOB na figura H.2.19(a e b) formam um grupo separado das amostras RM-303Be RM-303A, que são, respectivamente, um piroxenito e ummármore. Portanto, aquelas três primeiras amostras sãocertamente mais ricas em filossilicatos detríücos.'

As amostras SS-45C, SS-45B e SS-SOB normalmente sãoas mais ricas em TiOOFcO total, Na2O + K2O, Be, Cr e Ni,elementos esses que devem ter sido acrescentados aoprotólito junto com a fração argilosa e com as micasdetríticas.

O Zr mostra correlação positiva com AI2O3, além deapresentar-se com elevados teores nas três amostras aquireferidas. Tais fatos permitem deduzir que o zürcônio, alémde ter sido transportado por filossilicalos, encontra-se emsolução sólida nas argilas ou foi adsorvido nelas. Há aindaa possibilidade de participação do zircáo como fasedetrítica. Notem-se os altos valores desse elemento nasamostras SS-45C (300ppm) e SS^tSB (200ppm).

Embora normalmente o Y acompanhe o Zr, esse não éo caso da população em análise.

O Sr não tem correlação com o CaO, mas os seuselevados teores, sobretudo nas amostras SS-4SC e SS-45B,aliados à correlação positiva do NaíO com o AI2O3, levama concluir que provavelmente a sua entrada nas rochas está

ainda, que a ausência de correlação entre AbChe Sr tum fenômeno de metassomatismo do Sr durante ometamor&>ao, tendo em vista o comportamento relativa-mente móvel desse elemento por ocasião do metamorfis-mo.

A contribuição de micas detríticas e argilas na formaçãoda composição química das rochas cakàssilicáticas é visívelna figura 11.220, onde se relacionam os parâmetros c e T.Nota-se que a amostra RM-315-10 cai no campo peUtico,enquanto a amostra SS-45B, embora tenha abo valor de T,afasta-se do campo pelítico pelo seu alto valor em c Asdemais amostras têm valores intermediários entre pelíticoe dolomítico, sendo insignificante a presença de calcino naformação ^ a t rochas calrissiltcátirafi em questão.

O maior potencial de S1O2 encontra-se na amostra RM-303B, cuja composição aproxima-se mais de folhelhos epelitos de baixo grau, de acordo com Shaw (19S6).

Amostras com altos percentuais de NazO têm, em con-trapartida, valores extremamente baixos de K2O, fato quereflete variações extremas no tipo de contribuição defeldspato detrftioo durante a deposição e, mais provavel-mente, reflete a substituição de K2O por Na2O durante adiagenese ou o metamorfismo.

2J.5.5 Protolitos

As rochas calctssilicátkas da suíte metamórfica SãoSebastião do Soberbo são derivadas de rochas calcárias edolomíticas, com significante contribuição de argilas, micase alguns detritos de zircáo.

Amostras ricas em S1O2 provavelmente tiveram comoprotólito rochas do tipo folhelho-calcário.

As figuras 11220 a 11.223 ilustram muito bem a naturezados protólitos das rochas caldssUicáticas da unidade empauta. Nas figuras 11.220 e 11.221, constata-se o carátertipicamente dolomítico das amostras RM-303A e RM-303B, bem como o padrão pelítico da amostra RM-315-10.As três amostras restantes têm caráter intermediário entrepelito e dolomito, embora seja mais predominante atendência pelftica, muito bem indicada nessas figuras.Note-se também que o caráter de dolomito ideal, marcadopor T = 0 c mg=1 não foi atingido na figura 11.221, nãoobstante a grande proximidade das amostras em relação aessa feição.

Na figura 11.222, as amostras RM-303A e RM-303B,devido ao seu alto conteúdo em Ca e Mg, extrapolam oslimites estabelecidos no diagrama. Ao contrário, a amostraRM-315-10, dada a sua marcante carência nesses elemen-tos alcaliaos terrosos e também quanto aos seus baixospercentuais em Fe e Ti, praticamente dispõe-se na origemdo diagrama, sem uma definição precisa quanto à suanatureza pretérita. Já as amostras SS-45C, SS-45B e SS-50Bdispõem-se no campo delimitado para as rochas vulcânicasdos tipos basalto andesftico, espilílico c basalto. Quanto ao

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60 IVograma Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

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SF.23-X-B-II (Ponte Nova) 61too

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Ftg.lL222-Diagrama (Al + Fe + Tijx(C« + Mg)emmiliátomos-grama para 100g de rocha, conforme idealizado porMoine & La Roche (1968), aplicado as rochas catetailicáticas da

suíte metamórfica Sao Sebastião do Soberbo.

100

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FIg. IU43-Diagrama (Al + Fe +T i ) /3 -K i (Al + Fe <-T))/3-Nade Moine & La Roche (196B), aplicado às rachas da surtometamórfica Sio Sebastião do Soberbo. (+) amostras de

caictsiilicátJcas da tarmaçio Crubixais, de Gross! Sad & Dutra(19B8).

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62 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

diagrama da figura 11.223, a sua análise auxilia apenas novago posicionamento das amostras RM-303A e RM-303B,mesmo assim fora de todos os campos delimitados nafigura, quer para as rochas sedimentarei, como para asvulcânicas. As demais amostras não puderam ser lançadas,pois os valores atribuídos para os parâmetros quecompõem o diagrama extrapolam os limites estabelecidosna figura. Não há nessa ilustração qualquer relação entreas amostras da unidade estratigráfka presentemente emestudo e aquelas da formação Crubixais de Grossi Sad &Dutra (1988). Entretanto, há alguma semelhança noposicionamento dessat duas amostras com microclina-gnaisse e biotita-granada-gnaisse das formações Desen-gano, Imbé e Itaocara, conforme estudadas por Grossi Sad& Dutra (1988; figura 2).

23.5.6 Preservação da composição original

À exceção de um provável metassomatismo de Sr esubstituição de K2O por Na2O durante a diagênese ou nomefaaiorfismo na fácies anfibolito, tudo indica que acomposição química original dos protólitos foi preservada,fato que, aliás, parece comum no metaraorfismo regional decalcários impuros; tal 6 o caso das rochas ralei ssilicátiras emAmwwt im DalraHiann rU» Pnnf mar^) I r l ^ n ^ C^ fHfTHf ÜS

conclusões de Senior & Leake (1978) ou, ainda, nasfalfí^^íli^tyftf da fácies granulito do Pré-Cambriano daíndia, de acordo com as observações de Sivaprakash (1981).A composição das amostras de rochas calcissilicáticas repre-sentativas da suíte metamórfica São Sebastião do Soberboequipara-se, de um modo geral, aos padrões das amostras daformação Itaocara, grupo Paraíba do Sul, conforme estudadaspor Grossi Sad & Dutra (1988; tabela 7).

2.3.6 Idade e correlações

Nessa unidade tem-se duas datações que revelaramidade de 2160m.a., correspondendo aos pontos analíticosdo RADAMBRASIL 2833A, 2833B e 1567 (MachadoFilho et aL, 1983).

Também indicam uma razão inicial alta, igual a 0,715, damesma maneira que foi discutida para o subitem 2.2.4. Essaunidade, predominantemente constituída de paragnaisses,ao momeèto atual, parece não ter porções similares carac-terizadas como tal, pelo menos na folha Rio Espera, que éa folha mapeada «w»i» próxima.

IA Grupo Dom SUvério-PIdi

2 A l Comentários gerais

O grupo Dom SUvério foi definido por Lima et ai. (1974)como constituído por xistos quartzosos e xistos

moscovíticos, sobrepostos a quartzitos conglomeráticosferniginosos e quartzitos moscovíticos. Posteriormente,Fontes et ai. (1978) referindo-se aos mesmos litótiposanteriores, os posicionaram no complexo Gnái&sico-Migmatítico, pertencente à associação Barbacena deBraun & Baptísta (1976), de idade arqueana. MachadoFilho et aL (1983) posicionaram o grupo Dom Süvério noArqueano e atribuíram ||mfl natureza vulcanossedimentar,úpo peenstone-belt, para suas litologias.

Evangelista (1984) fez referência a uma faixa N-S, carac-terizada por xistos diversos com intercalações quartztticascalcissilicáticas e gnáissicas, designando-as, informal-mente, de porção III C do complexo Gnáissico-Migmatítico.

No presente trabalho, o grupo Dom Sirvério é definidocomo uma seqüência de metamorfitos de médio a baixograu, com uma variada gama de litótipos, que a cartografiageológica permitiu dividir em três unidades litológicas, dabase para o topo:

Unidade 1 - biotita-anfibolitos, granada-biotita-mos-covita-xistos, tremolittos e rochas calcissilicáticas;

Unidade 2 - moscovita-biotita-xistos com ou semgranada, cianita, grafita, silimanita, moscovita-quartzitos,moscovita-quartzoxistos; magnetita-quartzitos, rochascalcissilicáticas, gonditos, mármores, biotita-anfibolitos,formação ferrífera, biotita-gnaisses laminados;

Unidade 3 - moscovita-quartzitos, moscovita-quartzoxistos.

2.4.2 Distribuição geográfica

O grupo Dom SUvério distribui-se, na folha em estudo,segundo uma faixa estruturada de direção aproximada N-S,com inflexão NNE na porção setentrional da folha, recor-tando as quadrículas 15'x 15' de Dom SUvério e Ponte Nova(figura II.2.24); essa faixa tem largura máxima em torno delOkm, sofrendo um estreitamento que a reduz para 2km,no limite entre essas duas quadrículas. Litótiposcomparáveis aos quartzitos e formações ferríferas dessegrupo encontram-se em vários locais da área dedistribuição da suíte metamórfica São Sebastião do Sober-bo principalmente a oeste de Águas Férreas, não-in-dividualizados na cartografia, pela escala Je fibalho.

2.4J Relações de contato

Os litótipos pertencentes ao grupo Dom SUvério estãoem contato, a oeste, com os ortognaisses do complexoMantiqueira, através de uma zona de cisalhamento de altoângulo, enquanto, a leste, fazem contato com os ortognais-ses através de zonas de cisalhamento de médio a altoângulo, este já na porção norte (fotos 19 e 20). Na porçãosul, os contatos são menos distintos, sendo parcialmentefeitos através de zonas de cisalhamento de baixo ângulo.

Page 70: PONTE NOVA FOLHA SE23-X-B-II - IAEA

SF23-X-B-D (Ponte N#v») 63

4520*00'

'00

20° JO"

41» 50'

•RIO CASCA

• PONTE NOVA

• JEQUERI

45"0020° 50"

42°50'

Flo. IL24* - Ofctribuiclo das rocftas do grupo Dom Silvérío na folha Pont* Nova.

Em relação aos metamorfitos paraderivados da suítemetamórfica São Sebastião do Soberbo, os contatos sãobalizados por zonas de dsalhamento de baixo ângulo. Oscontatos entre as diversas unidades do grupo têmcaracterísticas tectônícas, muito embora sugiram em algHn<

Uvait «ma gradaçã"

1AA Litologia, metamorflsmo e deformação

2AÂ.1 Unidade 1-PIdsl

As rochas atribuídas à unidade 1 do grupo Dom SUvéríotêm maior incidência nos domínios da quadrícula DomSilvérío, 1:50.000, especificamente nas proximidades daslocalidades de Sem Peixe, São Bartolomeu e São Paulino.Os litótipos principais são anfibolitos, xistos e níveis subor-

dinados de rochas calcissilicáticas. Apresentam visívelgradação entre si em afloramento.

Os anfibolitos são escuros a negros, bem-foliados, degranulaçáo fina, e, raramente, são mais grosseiros. Mesos-copicamente são compostos por anfíbólio, biotita,feldspato e quartzo. Exibem, ocasionalmente, microcristaisocelares de feldspato, pintalgando a rocha de branco, ou,microporfiroblastos de anfíbólio (lem) perfeitamentealongados segundo a foliaçáo principal, ou, ainda,lamínulas de quartzo estiradas segundo a foliação ou con-figurando pequenas dobras isodiaais.

Ao microscópio, apresentam um comportamento diverso,que tem relação com sua gênese. Um grupo possui texturagranonematoblástica, granulaçáo Ana a média, sendo com-posto de hornblenda, andesina, biotita, clorita, quartzo,granada, tendo como acessórios titanita, opacos, apatita esdrcáo. O feldspato t scricitizado, ocorrendo em cristais

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64 Program* Levantamentos Geológicos Básicos do BrasO

meqüigranulares, às vezes tabulara. O percentual de 2AA2 Unidade 2 -PIds2quartzo é de 5%. Os opacos ocorrem em cristais ir-regulares, csqnelclais, bordejados por titanita, sugerindotratar-se de »w»gw»*"'i™*«i* ; suspeita-se da presença derutilo. Trata-se provavelmente de rocha ortoderivada pelaporcentagem de titânio, pela presença de cristais ripidifor-mes e tabubres de andesma e cristais caqudefais de 3-memta (?). A ttcies 6 anfibolüo.

O grupo com caracterbtkas semelhantes, porem comooBtriklo mais elevado de quar&D (20%) e sem phgpodáso,tem hcnblenda como constitute principal, quartzo, granada,

idoaubzúx^lilanla(10%)eopacos(S%).

Nos domínios da folha Ponte Nova, representa aunidade do grupo Dom Silvério de i

O outro titótipo mais freqüente dessa unidade 6 um(granada)-moscovita-biotita-xisto de granulação fina amédia, coloração ánza-dara, mesoscopicamente compos-to de moscovita, biotita, granada, quartzo e felspato. Amoscovita ocorre em palhetas maiores que a biotíta, e agranada, como porfiroblastos centimétricos concentradosftn nfypâ localizados, ou diTftfniP"vV^ em determinadas

O feldspato pode ocorrer localízadamente emvolume, transformando o xisto típico em termos

observou-se que o aumento no volume de feldspato serelaciona a pequenas injeções granfikas sintectônicas. Aomicroscópio, a parte fcldspática xistosa constitui-se deplagiodásio (40%), quartzo (20%), biotíu (30%), granada(10%) e traços de árcão; foi clavrifirado como granada-

Ocorrem rochas graníticas em corpos com até 3m deespessura, perfeitamente concordances, «"»«« ou menos

nf go conjunto, possuindo às vezescaracterísticas pcgmatóides. Possuem muitas lentes dequartzo cntiradMt turmalina negra com lcm, além de pla-quetas de moscovita. Microscopicamente, são constituídaspor quartzo (31%), microduüo (31%), aJbita seridtizada(26%), moscoviU (7%) e turmalina (1%) (fotomicrografias6 e 8). Assemelham-se em composição à série de ortognais-ses granfticos do complexo Mantiqueira.

A noroeste da localidade de Sem Peixe, nos domínios daunidade 1, foram observadas intercalaçóes métricas detakotremolita-xisto no anfibolito. Petrograficamente, é umantofilita-xisto com talco, clorita e carbonato, caracterizan-do condições mínimas de metamorfismo de grau médio.Uma analise por absorção atômica revelou valores de140ppm de Cr e 490ppm de Ni, o que não permite carac-terizar com precisão sua origem.

Af rtvhaf ffllfílHBhVlitiniS ffftÜTf ffWf"tflff 9 p f f]1lf nfHI fftf-

pos ovalados, centimétricos, distribuídos em bandasflffjfolftifat que n^Ct ultrapassam um metro de espessura.Têm coloração esverdeada, granuL-ção fina e mesoscopica-mente são compoitas de anfibólío, carbonato, mica amar-ronzada (flogopita?), pouco quartzo e algum feldspato.Apresentam as mesmas características mesoscópicas da-quelas rocha» calrissíBcátícas que ocorrem na unidade 2 dogrupo Dom Silvério, e no domínio dos paragnaísses da suítemetamórfica São Sebastião do Soberbo.

área, e envolve uma gama variada de fitologias. Na regiãode Dom Silvério, a unidade apresenta-se, em aerofbtos,

rplarftmattnn a *wfff*Tilacftrs dequartãtos, com vales estreitos e encaixados, enquanto, naregião a oeste de Ponte Nova, o relevo é mais suave, on-dulado, e os vales, semi-apertados a abertos.

A unidade 2 representa o domínio dos xistos, ricos embiotíta e moscovita. Subordmadamente ocorrem granada,grai i turmalina e feldspato.

Os xistos têm granulação fina a média, coloraçãoesbranquiçada dominante e dnza-prateada para o tipografitoso. A xistosidade é bem pronunciada com freqüentessegregações de quartzo (foto 23). Exibem, ainda, variaçõesfaciotogicas a partir do conteúdo relativo de seus com-ponentes principais, já referidos. A biotita ocorre em pa-lhetas menores que a moscovita, tem coloração escura,amarronzada, enquanto esta, por vezes, torna-se algo es-verdeada. Tanto a granada quanto a danita ocorrem emporfiroblastos milimétricos a centimétricos,

na fOChâ. ObSCrVaÇÕCS d e Campo

mam a maior distribuição do xisto grafitoso na metade sulda quadrícula de Ponte Nova.

Ao miaoscópio, são, basicamente, quartzoxistos con-tendo quantidades variáveis de biotíta, moscovita, ocorren-do ou não granada e cianita. Têm texturagranolepidoblástíca e lepidoblástica. Pode ocorrer, ainda,estaurolita, além de acessórios como epídoto, apatita,titanita e turmalina. Nas variedades granatíferas, oêminerais micáceos contornam a granada, que pode estarrotacionada, sendo pré- a sintectônica. Algumasvariedades grafitosas podem ter concentrações de opacos(pirita), ou ainda plagiodásio e/ou microclínioseriàtizados subdordinados.

A associação de formações ferríferas com xistosgranatíferos e xistos magnetíticos das amostras estudadaspodem caracterizar uma seqüência com afinidadevulcanogênica.

As rochas calcissilicáticas da unidade 2 têm distribuiçãorazoável em duas regiões distintas da folha Ponte Nova. Aprimeira localiza-se no limite leste da referida unidade, nosdomínios da quadrícula de Dom Silvério e a segunda nametade sul da quadrícula de Ponte Nova, especificamenteno leito do rio Piranga. Tais rochas apresentam pequenasdiferenças mesoscópicas entre essas duas regiões. Naprimeira, são verde-claras e encontram-se intercaladas embiotita-anfibolito acompanhado sempre de quartzitomicrocristalino esverdeado; têm as mesmas característicasdaquelas que ocorrem intercaladas nos paragnaisses dasuíte metamórfica São Sebastião do Soberbo. Na segundaregião, são cinza-escuras a negras, associadas, invariavel-mente, com xistos grafitosos, e encontram-se intercaladasem granada-moscovita-biotita-xistos.

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SR23-X-B-H (Ponte Nova) 65

Ao microscópio, mostram variedades quasemoDominerilicas, com textura granoblástica poligonal,constituindo-se principalmente por quartzo, diopsidio,tremolita, carbonato, epídoto e opacos. A quantidade dediopsidio é variável, assim como a de carbonato. Uma

mostrou uma diversidade maior de minerais, complagiodásio, quartzo, microclina, hornblenda e biotila emproporções semelhantes, tendo tilanita primária (25%) emcristais idiomórfícos. Como acessórios tem-se epídoto, car-bonato e apatita. A textura é granonematoblástica. Ahornblenda parece, ao menos em parte, substituir antigoscristais de clinopiroxênio. A abundância de titanitaidiomórfica intergranular sugere contribuição tufácea. Nocampo, existe uma variação lateral para os termos xistososaluminosos.

Os biotita-anfíbolitos constituem corpos lenticulares deespessura métrica, estruturalmente concordantes com osxistos encaixantes. Mesoscopicamente, apresentam umagranulação fina, são bem-foliados e têm coloraçãodominante cinza-escura a ánza-esverdeada. São compos-tos essencialmente de anfibólio, biotita, feldspato e poucoquartzo; o carbonato é local. Os anfibolitos com essascaracterísticas apresentam contato gradacional visível comos xistos encaixantes e são, ainda, aqueles que encerramfreqüentes níveis calcissilicáticos. Outra variedade de an-fibolito, identificada no âmbito da unidade, apresentagranulação visivelmente mais grossa que a anterior; éfeldspática e tem contato brusco com os metassedimentosencaixantes, sugerindo tratar-se de material ortoderivado.

Os gonditos foram vistos esporadicamente em corposlenticulares associados a rochas calcissilicáticas. Em geral,têm cor avermelhada a marrom-clara, sendo a rocha-matriz dos depósitos de manganês conhecidos na região.Em uma amostra, possui 70% de granada, além de quartzo,anfibólio (cumingtonita) e traços de clorita. Em outroslocais, está mesclado com rochas calcissilicáticas ec.ver-deadas, com grandes blastos de diopsidio, quartzo e car-bonato.

Nessa unidade, ainda ocorrem lentes de espessuramétrica de quartzito esbraoquiçado, de granulação médiaa grossa, constituído por quartzo e hematita. Finalmente,cabe citar a presença de intercalaçôes lenticulares dematerial granítico sintectônico, com turmalina, possuindoespessura de 1 a 3m (fotomicrografia 7).

milonitizadas, de coloraçio etbranquiçada, granolaçiomédia, compostas mesoscopkaiBente de quartzo, mos-covita e feidspato caulinizado. Acessoriamente, têm-semagnetita e microcristais de turmalina. Quando as rochasencontram-se menos meteorizadas, apresentam, ainda,mica esverdeada. Estruturahnente, mostram, em muitoslocais, uma laminação centimétrica, proporcionada pelaalternância de níveis micáceos com níveis quartzosos,variando apenas a proporção desses minerais, bem como agranulação da rocha. Nas zonas mais cisalhadas, sãofreqüentes finos veios de quartzo cisalhado disposto con-cordantemente, os quais também acentuam a Lminação.

IAS Litogcoquímica

2.4.5.1 Introdução

Os estudos petroquímicos do grupo Dom Silvério estãodesenvolvidos em caráter meramente de reconhecimento,pois se baseiam numa quantidade pequena de amostras(14) de natureza petrográfica diversa (tabela 11.2.12), alémde constarem somente de dados relativos aos óxidos doselementos maiores e dos elementos-traço, faltandoinformações sobre o comportamento das terras-raras.

Tabela 11.2 1? Tipos Petroqráficos do Grupo Doa Silvério

AMOSTRA l TIPO

LB 0 1 - 3LB 1BBRH-380BLB 18ARB-3B0CH M I A 2LB-01 7!}H 380AWI-380CI.8-17PI.B-J7CBK 49! 1SS-34ASS-34B

Anfibo)ítoAnflbolltoAnfibolttoAnfibolitoTre«ohtitoPiroxêmnhornblenditoGranada-biotita-Boscovita-qnaisee auartíosoCnaissef-rsnada «oítcovita-biof.ita plsqiof JÍ5io-pnai8seQuartzito (fonaçSo ferrífera)Quartzito (fonaçio ferrífera)Quartzito (fonaçSo ferrffera)CalciísiIiciticaCalciísi1icética

2AA3 Unidade 3-PIds3

Os Utótipos dessa unidade constituem uma estreita faixacom pouco mais de 1,5km de largura máxima, dispostasegundo a direção NE-SW, abrangendo as quadrículas deDom Silvério, ao norte, e Ponte Nova, ao sul. Em aerofoto,apresentam-se como morros pontiagudos, fortemente ali-nhados, com vales profundos e encaixados. Constitui regiãoescarpada de difícil acesso. Representa o domínio derochas quartzosas, quartzoxistosas e xistosas, em geral

2.4.5.2 Agrupamento estatístico multivariado

Nas figuras II.2.25a e I1.2.25b estão representados osgraus de similaridades químicas entre as amostras quecompõem a população do grupo Dom Silvério. Nosdendrograms A e B, formaram-se cinco agrupamentos, asaber:

1 - rochas básicas;2 - rochas calcissilicáticas;3 - rochas quart/ílicas ferruginosas;

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66 Progran» Levantamentos Geológicos BásicxK do Brasil

1 MMM22 LB-1M3U-18*5 Lt-tl-34MM3BIB

.661 »x-hornblendito

.353 anfibolito

.41* anfibolito

.924 anfibolito1.346 aafibolito

.•74 calcissilicática1.471 calcissilicática

.544 quartzito (foraacâo fcrrífrra)1.586 qwrtzito (foraacâo ferrifera)

.825 ao-bt-pl «naisse

.986 «r-bt-to «naisse quartzoso1.783 jnaisse

trnolitito

No.Ordra dasAaostras

26811211

379125132468li1«

C de DistânciaEuclidian

.35265

.•7386

.54357

.82452

.4*969

.98641

.66114

.924*11.345871.47*581.5863*1.78333

(o)

1 1H-41A2 .6662 L8-1BA .8883 LB-18B .8115 U-*l-3 .2544 IH*38*S -*.26*

6SS-3487SS-34A

.998

.»82

1* M-38*C -*.«3S8 LI-17C .8189 1B-17I - * .2N

11 RH-38*6 .71613RN-38M 1.78312 U-*l-7 .561

px-nornblenditoanfibolitoanfibolitoanfibolitoanfibolito

cakissilicít ic»calcissilicática

treaolititoquartzito (forsacâo ferrifera)quartzito (fortacâo ferrifera)

to-bt-pl-waissegnaissegr-bt-so-snaisse quartzoso

Hc.Ordn dasAaostras

268

i l26

11161&1

379

135

1*12284

li6

C. de Correlacio

.998*1

.81792

.71619.8115*.•8158• 561M.66592

-«.•3536.25449

-•.19996-•.26*17

(b)

__ „ m m m m m m m m mflg. II.Z25 - Oendrogramas gerados a partir dos percentuais em peso dos óxidos das rochas do grupo Dom Silver», (a) dueler

desenvolvido com base na matriz dos coeficientes de distância euclidiana (Oavis. 1973), usando-se o método dos pares ponderados ematriz padronizada; (b) cluster desenvolvido com base na matriz dos coeficientes de correlação pelo método dos pare* ponderados,

modo O. • / / '

4 - rochas petftíco-aluminosas;5... rocha tremolítica.Nota-se, no subgrupo 1, dos anfibolitos, que a amostra

RM-380B em ambas as figuras se desloca das demais,apresentando altíssimo coeficiente de distância (0.924) ebaixo coeficiente de correlação (0.2S4). As suas diferençasquímicas em relação às demais amostras do conjunto sãoverificadas nos percentuais de alguns óxidos, conformemostrado na tabela II .2.13.0 percentual de perda ao fogo(PF) igual a 1,11% 6 o maior de todo o conjunto, sendo

quase o dobro dos valores registrados nas demais amostras.Em contrapartida, o percentual de 1,65% para o T1O2 é omenor dentre todas as amostras. Situação igual verifica-secom relação ao percentual de K2O, que é de 0,43%, por-tanto muito mais baixo se comparado aos valoresregistrados para os demais anfibolitos.

A amostra de tremoütito (RM-380C) acha-se ligada aoconjunto de calcissilicáticas na figura II.2.25b mas estáabsolutamente isolada na figura II.2.25a. É bem possívelque o seu destaque das demais amostras da unidade esteja

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SF23-X-B-D (Poate Nova) «7

ligado aos seus percentuais extremamente elevados deMgO (31,02%) e PF (616%). Por outro lado, a ligação como conjunto cakissilicáüco dá-se em função dos percentuaisde SXh e MgO dessas amostras (SS-34A e SS-34B), con-forme se depreende da tabela 0.2.13.

O conjunto de rochas ahiminosas (RM-380G, LB-01-7e RM-380A) está bem indicado no subgrupo 4 em ambasas figuras 0225a e 0225b, o mesmo acontecendo com osquartzitos (LB-17C e LB-17B), que se reúnem no subgrupo3 dessas figuras.

2ÂJS3 ClassiOcaçáo química dos anflboUtos

Utilizando-se o diagram» CaO-AI2O3- MgO conformemostrado na figura 11226, vê-se que todos os anfibolitossão tipicamente toleíticos e, de acordo com o (flag™1"»(FeO + FC2O3 + TiO2)-Al2O3-MgO de Jensen (1976),com os campos definidos por Viljoen & Viljoen, 1969b (in:Amdt & Nisbet, 1982), são tipicamente toleítos normais emsua maioria. Apenas uma amostra (LB-18A) tem caráterenriquecido em ferro e plota no campo dos Fe-tolcítos,como indicado na figura 11227.

2.4.5.4 Composição química dos anfibolitos

Os elementos-traço, especialmente Cu, Ni e V, pelosseus altos valores representados na tabela 112.13, são in-dicativos de rochas básicas, o que é corroborado pelosbaixos valores de Pb, Rb e l i . Cs teores de Cu nas amostrasRM-41A2, LB-18A e RM-380B, todos acima de uma cen-tena, aproximam-se do valor médio dos toleítos de Prinz,1967 (in: Coleman, 1977, tabela 8, p. 75), enquanto osvalores registrados nas amostras LB-18B e LB-01-3 sãobem mais baixos, estando próximos das médias registradasem gabros, diques epi/to»v-lavas de oGolitos por Coleman(1977). Os valores de Cr são bem mais baixos (metade aseis vezes menores) do que aqueles registrados por Herz& Banerjee, 1973 (in: Barbosa, 1985, quadro 8, p. 83) nafaixa mafico-ultramáfica da região de ConselheiroLafaicte, embora os valores de Ni sejam semelhantes, àexceção daqueles registrados para as amostras LB-18B eLB-01-3, as quais acham-se bastante enriquecidas nesseelemento, provavelmente refletindo a presença de obvina.

Em função da distribuição heterogênea dos elementosincompatíveis (EI) nesses anfibolitos, além de seus baixosteores, conclui-se que se trata de rochas com baixo grau desaturação, à exceção talvez da amostra LB-01-3, com altosteores de Ba e Rb, muito semelhantes àqueles dos tefritosfonolíticos da ilha Tubuai, ao norte do conjunto das ilhasAustrais, no centro-sul do oceano Pacífico (Polinésia fran-cesa), de acordo com Dupuy et ai. (1988), além de quetambém se apresentam como prováveis produtos de fontesmantélicas heterogêneas. Trata-se de rochas bem distintasdaquelas do supergrupo Rio das Velhas e do complexo

Barbacena, estudadas "w folhas Rio Espera c Barbaceoa,respectivamente.

2.4.5.5 Anbitoda tocttaica

As razões Ti/V nas cinco amostras variam de ummínimo de 28 (RM-380B) a um máximo de 81 (LB-01-3),dando uma média de 54 (tabela 112.13). Tal fato permitedescartar de pronto o ambiente de arco vulcânico paraessas rochas, já que, de acordo com Shervais (1982), seriamnecessários valores inferiores a 20 para indicar talambiência.

Em contrapartida, a faixa de variação (28-81) e a médiade 54 para um ambiente geográfico tão pequeno denun-ciam, segundo esse mesmo autor, ambientes do tipoMORB, retroarco e continental. A tendência toleüico-al-calina está definida não só pelas altas razões Ti/V, comotambém pelos altos percentuais de T1O2 (Tauson, 1984) epela presença de nefelina normativa (RM-41A2) e olnina(RM-41A2, LB-18A e LB-18B), conforme expresso natabela 02.14. Os dados dos elemento; incompatíveis (Rb,Sr, Ba e Nb) e transidonais (Ni e Cr) da tabela 02.13,permitem concluir pela semelhança dessas amostras comas rochas básicas de ambiente de ilhas oceânicas. Essaconclusão é reforçada pela figura II228, que retrata odiagrama T1O2 - K2O - P2O5 de Pear ce et ai (1975), ondeas amostras distribuem-se na fronteira dos ambientesoceânico e continental.

2.4.5.6 Relação química entre os anfibolitos e as rochassedimentares da unidade

Pela observação sobretudo da figura 0225a, vê-se queos anfibolitos guardam relações químicas com as rochassedimentares do grupo Dom SUVério, de acordo com aseguinte ordem decrescente:

a) calcissilicáticas;b) formações ferríferas (quartzito);c) rochas pelíticas (gnaisses).A amostra de tremolitito aparece bastante distante dos

anfibolitos nas figuras 0.2.25a e 0225b, certamente emfunção do seu alto percentual de MgO (31,02%) ebaixíssimo percentual de AI2O3 (1,69%).

2.4.5.7 Composição química e natureza dos quartzitosferruginosos

Constando apenas de duas amostras de quartzito fer-ruginoso (tabelas 0.2.12 e 0.2.13) pode-se, a princípio,definir as seguintes características químicas:

a) alto percentual de Fe2O3, com médias de 38,87% ebaixo percentual de FeO (média de 2,99%);

b) média de 1/77% de AI2O3;

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68 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

••«o

CoO

no.l£2Sk«*afãa«a« Í S H «MIDQMDvQOQfi

ft Hart (1974). (PK) liumaMfcjs paridoaUcoa: (BK)

ttpo Oarlplaai; bar - apo Barbaton); (TH) 1

FtO tFtjOj+T.O,

AI.O, M«0

— Campos definidos no diogroma original (Jensen)Campos revisados pelos dados de Borberton

Ho. UAZT - Diagrama AbOs - (FéaOb + FéO + TKW - MgO daJanaan (1978). com o» campos dafinidoa por VNjoan & V^oan(1968b; in: Amdt & Mtbat, 1982) aplicado na idantrllcaçlo •

) doa anfibolitM do ojrupo Dom SHvarto.

TiO2

A-Ambiente» Tecfímco» Oceânicos8 -Ambientes Tectônico» Continentais

RB. IL2JS - Diagrama fcO - TiQ» • PKfc da Paaroa M ai. (1975),aplicado aos anfitolrtoa do grupo Dom Süvarto para aaparar oa

ambíantsi tactOnicos oetânicos (A) a oontlnantaii (B).

Page 76: PONTE NOVA FOLHA SE23-X-B-II - IAEA

SP23-X-B-H (Fttttc Now) 69

T*h»U 11.9.13 - QufaicM flM tochu do <rrç> Du

aims( f PMO)

SiO?A12O3F*303

F*0•»0

cüo1*30DO

TirePS05PP

mioTOTAL

H7O3/r«2O3F«O/F«2O3••90/130

H2O3/U20

E.TUÇDS

(pp.)

CDPb2nCrl ifT

•>I tSr2rThBbLiTi

Bi/m>Tl/?

n «it?

41.4?17,633.505,710.486,13

14.271,050.703.650,5?

o.et0.11

100,485.042,771.»

16,79

n-411?

190,006,00

17,008,00

40.00355.0025,007,50

170,00570.0025.007.505,004,00

21663.5034.0061.59

LB ISA

42.8014.3310,209,940.256.639.371,770.912.420.5?0.750.11

100.001.400.971.958,10

LB-tBl

120.003,00

35.0017.0040,00

360.0070,007,50

180.00150,0025,007.50

24,006.00

14495.807.50

40. ?7

LB-16B

45.7816,972.34

11.260,236,639.51?,700.603.250.5?0,300,13

100.227,?54.814.506.29

LB-188

55,003.00

26,0018,0023.00

335.0025,00

7,50360,00270,00?5,00

7,505,00

13,0019467,50

72,0058.1)

BI-360B

48.0616.863.95

11.890,235,978,402,020.431,650 . »1,110,?4

100.834.?73,014.708.36

H-3B0B

160,003.00

26.008.00

20.00350.0025.00

7,50130,00150.0025,007.50

14.009,00

9883,509.29

28,24

LB-01-3

48.7518.192.139.660,235.807.692.181.202.300.780.670.08

99.668.544.541.8?8.34

LB-01-3

30,003.00

40.00??,0040.00

170,0090,00

7,507?0,00??0.0025,00

7,5050,0020.00

13777,0014.4081,04

SS-34A

52.090.245,871.460.41

16.5822.950.150.010,100,000,290.22

100.370.04O.?50.001.60

SS-34A

3.003.003.005.004.00

45.0025,007.50

10.005.00

25.007.505.001.00

599.002,00

13.3!

U0STUS

LB-17C

52,181.01

36.234.240.131.161.680.060,010.400.5?0.240.00

99,860,030,110,00

16.83

UQSTUS

L3-17C

3,003,00

12.005,009.00

70.0025,00

7.5020,00

5.0025.00

7.505,003.00

23%. 004.00

119,80

LB-17B

52.261.12

39.521.750,1?1.293.220,070,010 , »0.000,300.05

99.980.030,040.00

16,00

LB-17B

3,003,00

10,005.00

20.0070.0025,007,50

10.005.00

25,007,505,00

« ^2.001497^50

2.0074.86

M-3B0C

53,231.697,004.500,14

31.021,1?0,050.0?0.100.006,160.01

100.040,852,252.50

33.80

M-380C

5.003,00

12.00140,0034.0020.00

1640,007,50

34,005.00

25.007.505.001,00

599,006.80

29.95

M-360G

67.7518.100.383.510.081.S60.974,742,290.550.000,590.09

100.6147.639.242.073.82

H-380G

20.003,00

55.0034.0030.0065,0060,00

7.501630.00

180.0075.007.50

120,0055.00

3294,5013.5050.68

LB-01-7

69.X16.401.892.930 , «1,230.702.293.190.600,001.240,10

100,308.681.550,727,16

L8-01-7

16,003,00

70.0028.0040.0065.0070,007,50

1150,00130.0025,007,50

150,0055.00

3594,007,67

55,29

M-38OA

71,0014,932,030,180.0?0,251.683,376,000.100,5?0,?70.04

100.397.350,090.564,43

H-380J

2,003.00

10.005,004.00

20.00130.00

7,50520,00140,0025,00

7,50570,00

8.00599.00

0,9129,95

SS-34B

51.960.215.671.320.41

16,5622.950,130.010,100,430,280.20

100,270.040.23

13.001.62

SS-34B

3.003.003,005,004.00

40,0050,007,50

10,005.00

25.007,505.001.00

599,002.00

14.96

c) média de 0,12% de MnO;d) PJOS somente numa amostra, com 0,52%;e) CaO médio, igual a 2,45%;f) os dados de a) a e) aproximam as amostras do padrão

de formações ferrfferas da fácies oxido, de acordo comTames (1966) e Eichlcr, 1968,1970 (in: Eichler, 1976, p.187, tabela VI);

g) em termos dos elemcntos-traço V, Cu, Ni, Cr, Ba eZr, vê-se que os teores das duas amostras são bem maisbaixos do que aqueles registrados por Barbosa &. GrossiSad (1973, p. 129) nos itabiritos do deposito Casa de Pedra(MG);

h) os percentuais de AJ2O3 e o somatório dos álcalis não

deixam dúvidas quanto à natureza de formação ferrfferabandada pré-cambriana das amostras em questão, bensdistintas dos depósitos ferríferos sedimentares marinhos(tipo Minette) de idade fancrozoica.

2AJSA Composição química das rachas pdftfcas

Apenas três amostras de rochas pelfticas foramanalisadas (RM-380G, LB-01-7 e RM-380A) e nelas des-tacam-se os seguintes aspectos químicos:

a) porcentagens altas de S1O2, tratando-se de rochaseminentemente graníticas, já que as porcentagens variam

Page 77: PONTE NOVA FOLHA SE23-X-B-II - IAEA

It» Geológicos Básicos do Brad

SiOa, tem-ce os valores percentuais de KjO também akos,à exceção d l amostra RM-380G;

b) as razões NajO/KjO são variáveis, assumido valorsuperior a 1 na amostra RM-380G (2,06), enquanto nasamostras LB-01-7 e RM-38QA os valores são inferiores a 1,i 7 i

0,1-

0,0

iKM-StO*

0.0 0,1

0.4

0,3

da média 0,75 calculada para 40 amostras degrauvacas do grupo Parana do Sul, segundo Grossi Sad &Dutra (1987);

c) o Éadicc de maturidade quunka 0MQ) de Pettqohn °(1957), expresso pela razão AbOs/NazO, varia de 33 a 7,16, * 0>z

sendo que os valores de 3 3 e4,43v respectivamente perten- JOBntesàsamotfnsRM-380GeRM-38QA,sãomuitoseinel- *hantes às médias dos tonalitos arqueanos e da crostarwirinwi»»! pré-cambriana, conforme indicado por Condie(198L p. 140, tabela 4.4). Por outro lado, o valor de 4,43corresponde também à média das grauvacas fanerozóicas(4,4) e se aproxima da média das grauvacas arqueanas (4,6),de acordo com a tabela elaborada por Grossi Sad & Dutra(op. ciL). Já o valor de 746 é bem mais alto do que a médiade 5A calrulada por esses autores, para 40 amostras degrauvacas do grupo Paraíba do Sul;

d) os valores das razões FeO/Feifh mostram umaforte dispersão na amostra LB-01-7, cujo valor é deapenas 1,55, enquanto, nas amostras RM-38OG e RM-380A, os valores são bem altos e iguais a 9,23 e 832,respectivamente. Esses altos valores superam em quaseo dobro as médias calculadas para diferentes grauvacasarqueanas, conforme consta da tabela 4.4 de Condie(1981). Por outro lado, o baixo valor da amostra LB-01-7é mesmo inferior à média dos granodioritos e tonalitosarqueanos e da crosta continental pré-cambriana.Constata-se, ainda, que os altos valores ultrapassam emmuito (o dobro) a média das 40 grauvacas do grupoParaíba do Sul (Grossi Sad & Dutra, op. cit.), enquantoa pequena média da amostra LB-01-7 e mesmo inferiorà média de 2,7 apresentada por esses autores para asgrauvacas fanerozóicas;

e) os percentuais de CaO são inferiores aos dasgrauvacas de Condie (1981), bem como aos da média dosgranitos ricos em cálcio, e embora ainda inferioresaproximam-se mais das médias de granitos do tipo S (2,49);

0 a função discriminate de Shaw (1972), DF = 10,44 •0.21SÍO2 - 032FC2O3 (Fe total) - 0,98 MgO + 0,55CaO +L46Na2O + 0.54K2O, resultou em valores positivos paraas amostras RM-380G e RM-380A, enquanto a amostraLB-01-7 aparece com valor negativo. Tal fato indica que asduas primeiras amostras são de origem ígnea, enquanto aftifíma £ de origem sedimentar. Essa H'y^m'n^m*'a estágraficamente representada na figura 11.129, a qual retrata 2ÂA Idade e correlações

•it-oi-r

0.2 O.3 0.4

Rp. I I A 2 » - Oiaomma HÊ3OIM3O» «IfcQWaOb IfUrtlrarto porGarreis & Mackaroto (1W1) • aplicado ài rochas do orueo Dom

SHvérto.

Os elementos-traço têm teores dispersos nas três amostras.De um modo geral, a amostra RM-380A é muito pobre emCu, Pb, Zn, Cr, tfi, V, Ba e li; ao contrário, é rica em Rb e Y.O valor de Sr nas três amostras se eqüivale à média registradanormalmente nos granitos do tipo S, sendo, portanto, baixo(139ppm). Os teores de Ba em todas elas são altos, superandoo valor médio registrado para as rochas da crosta superior(795ppm) segundo Bowes, 1972 (in: idem, 1981), <* gww<n a

ser mais do que o dobro na amostra RM-38OG, o que indicaenriquecimento em biotita.

Os valores de Pb para as três amostras eqüivalem àsmédias (3) dos plagiogranitos - série toleítica e granitosultrametamórficos de Tauson (1984), o que não se confir-ma pelos outros elementos (Li, Rb, Sr, Ba, Zn) que, pelosseus valores muito dispersivos, toma impossível a utilizaçãodo trabalho desse autor, pela pequena quantidade deamostras.

o diagrama Natf/AbOa x K2O/AI2O3, idealizado porGarreis & Mackenzie (1971). As amostras LB-01-7 e RM-380G são peraluminosas (presença de coríndon nor-mativo), enquanto a amostra RM-380A é metaluminosa(tabela U.2.14).

Não se têm datações nessa unidade. O projetoRADAM3RASIL (Machado Filho et ai., 1983), folha Riode Janeiro/Vitória, faz as seguintes observações acerca doassunto:

Page 78: PONTE NOVA FOLHA SE23-X-B-II - IAEA

SF.23-X-B-II (Ponte Nova) 71

Tabtlt 11.2.14 - l i M r t i i l ors t i lvo f CIPÓ • P I T I M Í T M d* I199I1 do y u p o D M S i í v é r i o .

CIPO

QOrMbanntcdihywoo!•t1!

haap

IM-41A2

1 0,0001 4,156: 7,1271 41,4861 0.973I 0,000I ?1,6?31 0,0001 0,0001 11,65?1 5,0981 6,9631 0,0001 1,237

LB-18A

0.0005.393

14.20128.9670.0000.000

15.5605.1800,000

18,9725,7004,6090.00C1,235

LB-1BB

0.0003,511

21,8123?, 5060,0000,000

11.9894.7430,000

14,0663,3606.1110,0001,219

M-38OB

3.2802,521

15,99635.9170,0000,0004,569

30,3740,0000,0004,5303.1080.0000,000

LB-OI-3

1,8766.984

16.41536.6600,0000.0001,294

25,6790,0000,0003,0424,3020,0001.189

SS-34B

0,0000,0000,5)00.3040.0000,000

%.?Z'J

1,1500,0004.3412,1810.0000.0000,000

UOSTBAS

SS-34A

0.0000.0000,0000.6450,0000.000

88.5671,9140.0004.0332,1430.0000,0000,000

LB-17C

18,2810.0000.0002,7990,0000.0005.486

66,7150,0000,0002,8000,7720,0001.252

LB-17B

17,5100,0000.6182.8590,0000,000

12.20863.7020,0000,0002,6460,4950.0000,000

BI-38OC

1,2950,1250,0564.7910,0000,0000,892

89,1980,0000,0002.4580,2010,0000,000

M-380C

24,63713,52940,0144,8150,0006,0740.0009,2290,0000.0000,5511.0440,0000,000

LB-01-7

39,26818,86418,7193.5470,0008.0170.0006,5800,0000,0002,7421,1400.0000,000

M-380A

24,99035,10227,4918,2010,0000.0000,0000,0000,1910.0001.9590.0000,1341.219

AIOSTRASNICGLII-

IRM-41A2 LB 18» LB-18B RM-380B LB-01-3 SS-34 B SS-34 A LB-17C LB17B RH-380C RB-380G LB-01-7 RH 380A

•1f»c

alk•9w<)*•1TF

S i 'A2'

22.18669,232

7,5061,0760.6560,245

(15,835)88,46921,11023,2620,8480,469

19,74870.5268,5481,1780.4630,480

(4,604)100,10918,56920,9260,9560,500

24,35862,20912.2061,2270,5550,1586,622

111,53123,13125,585

1,0630,527

25,59765,9408,4630.0000,4880,230

23,700123.70025,59725,5971,2370,553

29,01357,73911,2022,0460,5370.166

23,793131,97726,96731,0591,2200,569

0,30899,3450.3470.0000,8570,794

29.416129,416

0,3080,3081,2940,564

0,34999,2540,3970,0000,8510,783

28,708128,708

0,3490,3491,2870,563

1,63996,1580,8151,3870,0720,890

38,153143,703

0,2513,0261,3610.590

1.78597,6200,5950,0000.1330,953

41,412141,412

1,7851,7851,4140,586

12,18986.3501,4610,0000,2370,286

551,647651,647

12,18912,1896,5160,867

49,16821,88229,0100,0000,3050,089

212,372312,37249,16849,1683,1240,758

50,88127,79421,3250,0000,1980,367

^64.928364,92850.88150,8813.6490,785

45,21121,57230,6282,5890,5960,910

254,567364,92542,62247,8013,3070,785

Observações de campo revelaram que asliiologias dessa unidade assemelham-se bas-tante às das rochas da formação Lafaiete,porém exibindo maior grau metamórfico.Guardam também semelhanças com aslitologias do supergrupo Rio das Velhas,sendo, entretanto, mais pobres em itabirítos emetauitrabásicas. Em vista dessa semelhança,acredita-se que seja cronocorrelata comaquelas unidades.

A litogeoquímica dos anfibolitos do grupo Dom Silvériorevelou tratar-se de rochas bem distintas daquelas do su-pergrupo Rio das Velhas e complexo Barbacena.

Almeida (1981) sugeriu que os grupos Lafaiete e Dom,SUvérío teriam sido depositados na borda do cráton do São

Francisco, tendo sido afetados pela tectogenese do ciclo

No prese e trabalho, tendo em vista o não-reconhe-cimento de estruturas pré-D2 na seqüência de rochas dessegrupo, provisoriamente coloca-se o grupo Dom Silvério noProterozóico Inferior.

2 JS Ruduu uetaígnets

2.5.1 Comeitários gerais

Rochas de natureza fgnea, variando desde termosbásico-ultrabásicos até ácidos, são relativamentefreqüentes na área em estudo, predominando, em

Page 79: PONTE NOVA FOLHA SE23-X-B-II - IAEA

72 Programa Levantamentos Geológicos Básicas do Brasil

extensão, corpos de ortoanfiboütos. originabnente gabros,que ocorrem principalmente nos arredores de SantoAntonio do Grama. Fitrt se p w*ro**íir**** sintectonica*mente em relaçio à foliaçio de transposição regional, debairo togulo, que afetou os gnaissesencahantes

Dois pequenos corpos de granito também de naturezasintectonica foram individualizados; um próximo iregião de Morro Grande, a SW de Ponte Nova e outrono extremo-E da folha, so norte da serra dos Vieira,fazenda Pouso Alto. Corpos de natureza básica atéácida, nio-mapeáveis na escala adotada, ocorrem emgrande profusão, principalmente expostos ao longo dorio Doce, proximo da confluência do córrego das Con-tendas até a cidade de Rio Doce, ocorrendo variedadestanto texturais como composicionais de ortoanfíbolitosde idade proterozóica.

O maior corpo cartografado ocorre :leste de Santo Antônio do Grama, tendo forma;segundo NNE-SSW e largura máxima de cerca de 2j5km.Dois outros foram cartografados ao sul de São Pedro dotFerros, no inrsmo tntui do primeiro, o *ta*or deles naregião da serra Queimada (figura D.Z30).

GnaJtéide Córrego do Cerca - P l i l

Constitui um corpo alongado na direção N-S <de 2km por O^km; situa-se imediatamente a W da serra dosVieiras.

4 3o 0020°00'l

2O°3O'

• DOM SILVERIO

• PONTE NOVA

42°3O-

20°00'

• RIO CASCA

JEQUERI

43°00'2O°3O'

42°SG'

rio. IL&M - Distribuição do onoannboiito Santo Antônio do Grama na folna Ponta Nova.

Page 80: PONTE NOVA FOLHA SE23-X-B-II - IAEA

Graaltoide Morro Graodc - PIÒ2

Possui área de lkm forma de cogumelo, sendo cortadopela estrada Ponte Nova - usina hidroelétrica da ALCAN;o seu limite W foi constatado na sede da fazenda daChácara

Metaígneas de Rio Doce - Poaf, Pafd, Pgrp, Plop, Prb

Encontram-se distribuídas no leito do rio Doce, notrecho que vai das proximidades da confluência du córregodas Contendas até SOOm a jusante da ponte do rio Doce, nacidade homônima. Não constituem corpos mapeáveis.

23 J Relações de contato

Ortoanfibolitos Santo Antônio do Grama - Pl<3

Estão em contato tanto com os ortognaisses do com-plexo Mantiqueira, como também com o granilóide decórrego do Cerca, com os quais são estruturalmente con-cordantes, estando também afetados pela foliaçâo detransposição de baixo ângulo, superimposta a estruturaspretéritas naqueles litólipos e que é de distribuiçãoregional. Os contatos com o complexo Mantiqueira cmgeral são aproximados, entretanto os dois corpos do nortesão balizados por zonas de cisalhamento.

Granitóide Córrego do Cerca - Ptôi

Está em contato com o complexo Mantiqueira tanto aonorte como ao sul, ficando espremido entrj o ortoan-fibolito Santo Antônio do Grama, a oeste, c a unidade E docomplexo Juiz de Fora. Os contatos entre as três unidadesestão transpostos pelo cisalhan; into de baixo ângulo, quearetou todas as unidades. Seu ~ tos enj mapa sãoaproximados.

Granitóide Morro Grande - PI02

Para esse corpo, tem-se somente as características dobordo E, onde é limitado por zona de cisalharrunio debaixo ângulo nas proximidades do contato com os micaxis-tos e rochas do grupo Dom Silvério localmente mig-matitizadas por injecção lit-par-lit. Seu caráter intrusivo sereflete ao apresentar porções de rochas calcissilicáticas dogrupo Dom Silvério, recozidas e injetadas pelo granilóide,epegmatitos com K-feldspato e muita moscovita. No bordoW, o contato em mapa é aproximado.

MeUfgneu de Rio Doce - Poaf, Paid, Pgrp, Ptnp, Prb

A relação dos corpos de natureza básica com os ortog-naisses regionais do complexo Mantiqueira é cm geralconcordante, devido ao cisalhamenio de baixo ângulo que

obliterou as relações originais, imprimindo-lhes umafoliaçâo, originando corpos alongados, lentes estric-cionadas c boudins. Os corpos de natureza granftka podemser concordantes ou não, sendo afetados mais intensa-mente pelo cisalhamento.

Entre as metabásicas e rochas granitóides o contato ébrusco; existem tanto metabásicas cortando rochasgraníticas pegmatóides como rochas graníticas cortandoou migmatizando rochas metabásicas. Os anfibolitosdiabasóides são concordantes com os ortognaisses.

2.5.4 litologia, metamorfismo e deformação

Ortoannboiitos Santo Antônio do Grama - Pló

Esses anfibolitos, classificados petrográfica e quimica-mente como ortoderivados, são de cor cinza-escura,granulação média a eventualmente grossa, bcm-foüados,quase sempre mostrando uma laminação fina, descontínuac irregular de níveis félsicos segregados, em geral maisgrosseiros que a rocha, podendo conter clusters máficos eporfíroblastos de anfibólio. Estes podem cortar a foliaçâo,intcrligando-sc, sendo, porém, penetrados por ela, emesmo constituir massas disformes de contatos difusoscom a rocha, gerando estruturas nebulíticas.

Têm textura granoMáslica com junções tríplices imper-feitas e deformação intracrisialina, fraca extinção ondulantegeneralizada c encurvamento de macias dos plagiodásios.Constitui-se de hornblenda verde, andesina e diopsfclio; osacessórios são titanita, opacos, apatita e quartzo. Asparagéncscs minerais detectadas foram: bomblcnda + an-desina; hornblenda + andesina + diopsídio. O mctamoríis-mo é da fácies anfibolilo, com alteração retromórfícairrclcvanlc. Sua ortoderivaçáo (a partir de um gabro) é in-dicada pela paragênese recristalizada, por texturas decristalização magmálica reliquiares, alem de correlaçãomicroscópica com oulras seqüências máfícas similares. Aabundância de lilanila é também um argumento fortementesugestivo de ortotkrivação.

Granitóide Córrrgu do Cerca -

O corpo granítico de córrego do Cerca, na fa/enda PousoAlto, necessita de melhores cMudos. Forma um conjunto decúpulas ou pães-de-açúcar, os quais permitiram suadelimitação. É esbranquiçado, fino, homogêneo, bem-foliado, constituído de quart/o, fcldspato branco c biotita. Aorigem da foliaçâo ú a mema das outras unidades afetadaspelo cLsalhamcnio dúctil. Tem caráter sinlectônico c normal-mente enconlra-sc semimetcori/üdo.

Granitóide Morro Grande - PIÍ2

O corpo jjrjnílieo próximo da fazenda da Chácara pos-sui cor csbrinquiçuda a rosca, gr.inulaçõo fina, tendo bor-

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74 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

dos rwahitd. ^gV>do p ç s fo^iHtsdAgfMrDom Süvtrio. É constituído principalmente por quartzo,felo^oMo rosco c branco, minenüscsvcrdeados(pirobóuu +epídoto?) moscovita e magnetita em pontuações negras. Pos-sui pegmatkos com fcldspato cor-de-carne e buchos de mos-covita, além de quartzo, que se injetam nos xistos do grupoDom Silvério. É um leucogranito sinásalbamento, queproduz um solo esbranquiçadp.ravinado, contrastante com osolo avermelhado dos metamorfitos do grupo Dom SüvériqÉ menos deformado que o Pld Ia.

MetafemudcRioDoce - P ó * PaTd. Pp-p, Ptap, Prb

As rochas de natureza básica são representadas por cor-pos de anfibolko de granulação fina a média, com alguns tipospreservando a textura porfiritka original. São verde-escurosa negros, nem sempre ocorrendo totalmente foliados (L-S),possuindo dimensões variáveis com até Sm de espessura,sendo lenticularizados pelo cisalhamento, boudinados oumesmo "migmatizados" pelos gramtos mais jovens. Um tipoextremamente interessante é constituído por uma mesóstaseesverdeada, pirobólka, com plagiodásio, onde estão imersos"fenocristais" de feldspato branco com até 3cm, comindusões de pirobólio (foto 25). Têm partes mais finas, ^cm-foliadas, contendo granada no contato com um meiagranitopegmatóide que possui fcMspatode S a 15cm, idiomórfico. Nocontato o metagranito é fino e engloba porções da rochaporftrftica(foto26).

Microscopicamente, essa rocha porfírítica c um an-fibolito composto por andesina/Iabradorita (20%),bornblenda (60%), quartzo (10%), tendo, ainda, apatita,opacos e sericita. A textura é granoblástica e o plagtoclásioocorre em aglomerados de cristais contendo algumahornblenda associada. O plagiodásio zonado é de duasgerações; a hornblenda também o é. Na espcctrojrraíiaótica, mostra elementos com valores compatíveis aos deuna rocha básica intrusiva: Ti > 10%, Co = 30Uppm, Ni= 150ppm e V = SOOppm.

Ocorrem, ainda, piroxcnio-anfibolitos ou, ainda, an-fibolitos diabasóides microscopicamcnlc denominadoshornblenda-diabásios, que se encaixam como sills cm or-tognaisse cisaihado em alto ângulo. Esses siUs conMiluem-se de: plagiodásio (60%), augita litanífera (30%),hornblenda + biotita (7%), opacos, apatita, K-feldspato cquartzo. O plagiodásio é ripiforme. Ocorrem duasgerações de bornblenda, uma derivada do piroxcnio c outraprimária; a biotita também ocorre em duas gerações.

Também ocorrem diques de duas gerações, que se cor-tam, sendo um deles constituído por ortoanfíbolito combiotita porfírítica e o outro constituído de orloanllbolilogranatífero (foto 27). Vcnulas anortosíticas cortam algunsortoanfíboUtos.

As rochas ortoderivadas ácidas são mclagranilospegmatóides esbranquiçados, com "fenocristais" defeldspato esbranquiçado de 5 até 15cm, além de quari/oopalescente a azulado; sua deformação é variável, ocorren-

do grandes porções nào-foliadas (foto 29). São discordan-tes dos anfibolitos, anfibolognaisses e ortogaaissesregionais, tendo xenólitos destes (fotos 30 e 31).

ZSS Idade ecomlaçncs

Ortoaofibolitos Saato Aattei» d* Gram

Considerando a natureza de seu contato com os gnaissesencaixantes, estruturalmente concordantes emdecorrência da forte transposição de baixo ângulo decaráter regional, que afetou as duas litologias, e tendo emconta que essa deformação é referida ao cicloTransamarônico por diversas autores, admite-se para essesortoanfibolitos uma idade mínima relacionada ao desen-volvimento desse ciclo c, portanto, proterozóica inferior.

Granitóide Córrego do Cerca - Plái

Não se tem dados geocronológicos que permitamposicionar esses corpos corretamente. A idade mínima aeles atribuída c a do cisalhamento que gerou a foliaçãoimpressa, ou seja, o evento Transamazônico doPro*cro7óico Inferior.

Granitóide Morro Grande - PfcJz

Analogamente ao granito anterior, a idade mínima quese lhe pode atribuir é a do cisalhamcnto que gerou afoliaçáo, ou seja, o evento Transamazônico doProtcro/óico Inferior. Considerando-se a taxa dedeformação bem menor cm relação ao anterior, supõe-seque seja relativamente mais novo.

Mebiígnca» de Rio Doce

Ouanto aos episódios magmáticos de Rio Doce, pode-seafirmar que os sills dc anfibolitos diabasóides parecem seadequar às características daqueles diques de mesmacomposição relativos ao Protcrozóico. A deformaçãoquase ausente ou fraca iardi-E>2 permite colocar outrosmetamorfitos básicos no Proteruzóico Indifcrenciado.

2.6 Rochas básicas não-deformadas: gabros - gb,diabásios - db e basaltos - bs

Ocorrem em pequenos corpos, não-mapeáveis na escalade trabalho, na forma dc diques ou ainda sills, detectadosprincipalmente nos ortngnaisscs do complexo Manti-queira, ao Inngo dos rios Piranga c Doce.

Os gabros têm granulaçáo media, mais raramente gros-sa; possuem corcsvcrdcado-escura. Os diabásios e basaltossão mau comuns; possuem cor verde-escura a negra, são

• em geral bastante fraturados, com espessuras que variam

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SF.23-X-B-I1 (Ponte Novi)

entre 1 e 3m; os corpos de diabásio são mais expressivos, ealguns deles alinham-se segundo fraturamenlos que con-trolam o curso do rio Piranga; outros encaixam-se prin-cipalmente em zonas de cisalhamento de alto ângulo.

Microscopicamente, os sills de basalto da entrada deRio Doce compõem-se de labradorita, augjta, opacos eclorofeíta.

Essas manifestações de natureza básica devem perten-cer ao Mesozóico, particularmente ao Cretáceo, a exemplodos diques de basalto que ocorrem na complexo de Acaiaca(folba Mariana). A ausência de metamorfismo e suascaracterísticas permitem relacioná-los ao evento basálticoda bacia do Paraná.

2.7 Coberturas detrito-lateríticas - TQdl

Correspondem aos depósitos detrito-lateríticos que sesituam a altitudes entre 420m e 630m. Ocupam pequenasáreas aplainadas, ocorrendo mais desenvolvidas ao nortede Rio Doce, leste de São Sebastião do Soberbo, norte deZito Soares e nas proximidades de Águas Férreas, con-

centrando-se quase exclusivamente sobre a suitemetamórfíca São Sebastião do Soberbo.

Constituem superfícies mais ou menos planas com solovermelho intenso, pouco espesso.

2.8 Depósitos aluvionares - Qa

Têm grande expressão ao longo do rio Doce, ao nortede Santana do Deserto, ocupando extensas áreas ao norteda quadrícula de Rio Casca, ou ao longo do ribeirão dosOratórios, quadrícula de Ponte Nova (figura 11.231). Norio Doce, possuem espessura métrica até pelo menos 20m,denotando a retomada de sua erosão. Assentam, in-variavelmente, sobre os ortognaisses do complexo Manti-queira. Constituem-se de cascalhos grosseiros, areias eníveis argilosos que, no conjunto, mostram estratificação.São garimpados para extração de ouro desde Ponte Novaaté a altura de Zito Soares, sendo as argilas usadas emcerâmica.

Depósitos menos expressivos foram observadostambém no ribeirão dos Oratórios.

43°00'2O"0O'|

42°30'

20° SO'

• DOM SILVERIO

• RIO CASCA

•PONTE NOVA

zo°oo

JEOUERI

43°00'1 20°S0'

42«30'

Flg. 11.2.31 - Distribuição dos depósitos aluvionaras do rio Doe» na folha Ponw Nova.

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SE23-X-B-II (Ponte Nova) 77

Capítulo 3Geologia Estrutural

porOrivaldo Ferreira Baltazar

3.1 Introdução

A folha Ponte Nova encontra-se totalmente inserida nadenominada província Mantiqueira de Hasui (1982). Emseu extremo-leste-sudeste engloba parte do cinturãogranulítico Atlântico de Leonardos Jr. & Fyfe (1974).Quatro principais grupos de rochas foram cartografados:uma unidade de rochas supracrustais denominada grupoDom Silvério; um conjunto de paragnaisses referido à suítemetamórfica São Sebastião do Soberbo; os ortognaisses docomplexo Mantiqueira e as seqüências de alto graumetamórfico integrantes do complexo Juiz de Fora.

Em termos deformacionais, a estrutura mais notável quese pode observar na área é uma foliação/bandatnentognáissico de baixo ângulo, de distribuição regional,

originado a partir de forte transposição de estruturaspretéritas, no caso um bandamento metamórfico preexis-tente nos gnaisses do embasamento e possivelmente umasuperfície planar So na seqüência metavulcanossedimentardo grupo Dom Silvério. A essa deformação são associadasdiversas zonas de cisalhamento contracionais, também debaixo/médio ângulo, interpretadas como resultado daprópria evolução do processo de transposição. A essatransposição seguiu-se o desenvolvimento de dobramentoaberto do tipo flexural, ao qual estariam associadas aszonas de cisalhamento de alto angulo que dominam prin-cipalmente na porção leste-sudeste da folha, na área deocorrência dos litótipos constituintes do complexo Juiz deFora. As fases de deformação comentadas encontram-sesumarizadas no quadro 11.3.1.

Quadro 11.3.1 - Quadro Seqüencial dos Eventos de Deformação na Folha Ponte Nova.

Fases d * Deformação Principais Estruturas Associadas

Afeta somente as seqüências do embasamento. É representada por um

bandamento metamórfico pré-transposiçâo preservado. É marcada nas

dobras intrafoliais a foliaçao de transposição.

.Foliaçao de transposição St, de baixo angulo de distribuição regional.

.Dobras ísoclinais, intrafoliais, rompidas ou não, em todas as escalas.

.Uneaçao de estiramento (mineral) nos planos de foliaçao St.

.Associam-se zonas de cisalhamento de baixo angulo (empurrão).

Dobras abertas e fechadas, simétricas ou em joelho, com elos próximo* aN-S e planos axiaís verticalizados ou mergulhando fortemente para ambosos quadrantes.UneaçAes: minerai, barras de quartzo, mullione paralelos aos eixos das

dobras.Associam-se zonas de cisalhamento de alto Ingulo.

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78 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

32 Fases de deformação

3JJ Fase de deformação Di

Essa fase de deformação 6 a mais antiga detectada naárea, sendo representada por um bandamento gnáissicoe tendo sido verificada apenas nas rochas gnáissicas doembasamento, no caso paragnaisses da suítemetamórfíca São Sebastião do Soberbo, ortognaisses docomplexo Mantiqueira e nos tipos granulíticos do com-plexo Juiz de Fora. Por anteceder à principaldeformação que afetou a área, no caso a intensatransposição responsável pela atual foliação gnáissicaregional, os marcadores determinantes dessadeformação nem sempre são identificáveis com muitafaculdade, estando representados, na maioria dos casos,por dobras isoclinais intrtfoliais, quase sempre com flan-cos rompidos e desenhadas por níveis de leucossoma, emgeral de espessuras centimétricas, de um pretérito ban-damento (fotos 33 e 34). Em maior escala, em dobrastambém isoclinais deitadas, com amplitudes de métricasa decamétricas, intrafoliais, geradas quando datransposição, observou-se em alguns locais a presença dedobras isoclinais menores em suas zonas de charneira,deixando entrever uma possível fase de deformação pré-Di. Em alguns locais, esse fato foi observado também emescala menor, em gnaisses do complexo Mantiqueira(foto 35). Entretanto, a caracterização desta necessitariade melhores e mais detalhadas observações de campo,uma vez que as aqui registradas foram muito localizadaspara uma área de tão grandes dimensões. Outro tipo deestrutura observada no campo, embora com menorfreqüência, e que marca a existência do bandamentomigmatítico dessa fase, são estruturas sigmoidais, ondetambém se preservam como um bandameniodescontínuo, porém regular e centimétrico, dealternância de bandas félsicas quartzofeldspálicas emáfico-biotíücas e/ou anfibólicas.

322 Fase de deformação D2

322.1 Foliação de transposição St

Essa fase de deformação é a mais notável detectada naárea, sendo de abrangência regional, afetando todas asunidades pré-cambrianas aí cartografadas. Traduz-se emuma folíaçio/bandamento (foliação St) gnáissica de ângulobaixo a moderado, resultante de forte transposição queafetou estruturas anteriores, obliterando-as e reorientan-do-as. Nos gnaisses do complexo Mantiqueira e granulitosdo complexo Juiz de Fora, a estrutura transposta é umbandamento metamórfico preexistente, já comentado nosubitem anterior, deste capítulo. Em relação às rochassupracrustais da seqüência metavulcanossedíraentar dogrupo Dom Silvérío, essa transposição parece se processar

sobre uma superfície planar So (acamamento sedimentaroriginal), uma vez que a foliação de transposição impressanessas litologias encontra-se paralelizada a sub-paralelizada com uma alternância de "estratos" decomposição e granulação variáveis, onde se intercalamquartzitos, micaxistos aluminosos, anfibolitos etc

As principais estruturas observadas na área, que per-mitem identificar essa foliação como resultado detransposição, são, tanto no caso das supracrustais, quantonas seqüências de embasamento, o caráter anastomosadodessa foliação, presença de dobras intrafoliais (fotos 33,34e 35), muitas vezes rompidas, além de estruturas sig-moidais, boudinamento de níveis mais competentes darocha (foto 36), estricção de sua própria foliação e aindauma forte lineação de estiramento, quase sempre bemimpressa em seus planos.

Apesar da intensidade da deformação, seu caráterheterogêneo foi observado principalmente em rochas doembasamento onde dobras métricas "em cascata" de perfilmuito aberto coexistem lado a lado com tipos perfeita-mente isoclinais e até rompidos. Isto é devido não só àheterogeneidade da deformação como também à diferençade competência dos materiais envolvidos. Essas dobrasmuito abertas têm planos axiais e eixos suborizontais,acompanhando as bandas transpostas às quais se inter-calam, sendo muito comum o desenvolvimento de umaforte foliação de plano axial paralela e trancando suaszonas de charneira. Esses eixos e planos não têm umaorientação e vergência definidas, em função de variaçõesna intensidade da deformação e redobramento em umafase posterior (D3).

3222 Cisalhamentos contracionais de baixo ângulo

Sob essa denomiraçáo, estão englobadas diversas faixas decisalhamento menores, de empurrão, que foram aquirelacionadas à geração da foliação de transposição St, jácomentada. Em geral, marcam o contato entre as diversasunidades cartografadas, sendo representadas linearmentepor não terem no terreno expressividade lateral suficiente quepermita sua caracterização como uma faixa. Em fotografiasaéreas, são discerníveis, morfologicamente, como umasucessão de patamares com linhas de crista sinuosas, tendodecüves abruptos para oeste e relativamente suaves para leste,tendendo a acompanhar grosseiramente as curvas de nível,quando lançadas em bases topográficas, devido ao baixoângulo de seus planos. No terreno são reconhecíveis pelafreqüente presença de milonitos, ultramilonitos e blas-tomilonilos, sendo a sua geração aqui atribuída a um processode evolução do desenvolvimento da foliaçáo de transposiçãoSt, devido ao fato de seus planos de empurrão serem quasesempre paralelizados com os planos de transposição daquelaestrutura e, ainda, por conterem uma forte lineação de es-tiramento da mesma natureza e com as mesmas atitudesobservadas naquela.

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SF23-X-B-D (Ponte Nova) 79

ase de deformação D3

323.1 Dobras de deslizamento Oexural

Traduzem-se em amplas dobras abertas, em geralparalelas e concêntricas, de deslizamento flcxural, quepor vezes representam suaves ondulações, não tendo umimprint muito pronunciado em toda a folha. São melhorvisualizadas em exposições ao longo do rio Doce, notrecho Ponte Nova-cidadc de Rio Doce em orto- e parag-naisses, respectivamente do complexo Mantiqueira (foto36) e suíte metamórfica São Sebastião do Soberbo eainda em xistos aluminosos do grupo Dom SUvério noleito do rio Piranga, extremo-sudoeste da folha (foto 37).Esses dobramentos têm planos axiais em geral ver-ticalizados ou mergulhando fortemente para leste,podendo mostrar-se assimétricos, com flancos mais cur-tos para oeste. Seus eixos oscilam em torno da direçãoN-S com fracos caimentos para ambos os lados, con-figurando dobras acilíndricas dos tipos braquiantifor-mes e braquissinformes. o que no terreno proporcionaestruturas similares a "domos-bacias", como ocorre nasmargens do rio Doce, ao norte de Ponte Nova (foto 38).Esse dobramento não gera nenhum tipo de folíaçãonotável, mas apenas uma divagem de fratura espaçada,local. Por vezes, a sua presença se manifesta apenas poruma forte crenulação, com eixos de atitudes quaseparalelos ao do dobramento maior, detectados em níveismais micáceos dos diversos litótipos envolvidos.

3232 Chamamentos contradonais de alto angulo

Sob essa denominação, estão incluídas extensas zonasde dsalhamento dúctil de alto ângulo, com importantescomponentes direcionais, que se concentram preferencial-mente na extremidade leste-sudeste da folha, estruturandorigidamente para NNE-SSW as rochas granulíticas do com-plexo Juiz de Fora. Uma outra faixa importante desseslineamentos encontra-se no canto noroeste da folha, emrochas supracrustais do grupo Dom SUvério e seu em-basamento.

A furte linearidade, visualizada em imagens LANDS ATe fotografias aéreas, que esses dsalhamentos imprimem,especialmente nas rochas de alto grau do complexo Juiz deFora, se deve ao posidonainento quase vcrticalizado deteus planos, traduzindo-se no terreno por cristas de serrasc serrotes sustentadas por rochas miloníticas com intensasilicificação ao seu longo. A presença localizada deestruturas sigmoidais, relações de foliaçõesS x Ce dobrasde arrasto (foto 39), além da posição de lineamentosfotointerpretados entre os lineamentos principais sugeremum movimento lateral esquerdo (sinistrai) da componentedireciona! desses dsalhamentos, embora sejam necessáriasobservações mais detalhadas e em maior numero paraconfirmar esse movimento. Apesar de em muitos locais

uma Uneação de estiramento suborizontal estar bem-im-pressa, há muitos outros em que estas se apresentam comum mke de alto mergulho, sugerindo uma importantecomponente de empurrão segundo estes ou mesmo umareativação posterior. Tais zonas de dsalhamento sãoaqui reladonadas aos dobramentos D3, como um únicoevento de deformação. A presente interpretação se deveao fato de essas zonas desenvolverem, a partir de suaparte central milonítica, dobramentos progressivamentemais atenuados, de acordo com o seu afastamento dazona mais intensamente deformada, gerando estilosmuito semelhantes aos das dobras D3, vistas maisregionalmente. Junte-se também o fato de as duasestruturas mostrarem direções aproximadamente con-cordantes, com os planos axiais das dobras D3, descritasno subitem anterior, em posição subvertical, har-monizando-se com as atitudes dessas zonas de dsal-hamento e seus dobramentos associados. Trouw et ai.(1982) já se referem a essa relação dsalhamento de altoângulo versus dobras D3, quando da análise dadeformação de uma área a sudeste de Lavras (MG).

3 3 Análise estrutural

33.1 Procedimentos de campo e tratamento dos dados

Os dados estruturais coletados durante os trabalhos decampo, quando analisados, evidenciaram padrões com-plexos de deformação, como resultado da superposição dediferentes fases. Considerando-se a heterogeneidade des-sas deformações e o possível comportamento diferenciadode determinados agrupamentos litológicos, comoconseqüência de seus diferentes níveis crustais eposicionamentos geotectõaicos, a área da folha foi divididaem quatro domínios (figura IL3.1), j

Domínio I: domínio de ortognaisses do complexo Man-tiqueira;

Domínio II: domínio de paragnaísses da suítemetamorfica São Sebastião do Soberbo;

Domínio III: seqüência metavulcanossedimentar dogrupo Dom SUvério;

Domínio IV: rochas de alto grau do complexo Juiz deFora.

Foram elaborados diagramas de contorno de foliaçõesSt, lineações b e uneações X, para cada um dos domíniosestabelecidos. O tratamento dos dados coletados foi feitovia computador, utilizando-se a adaptação de umprograma em FORTRAN IV, para a construção dosdiagramas (Warner,

3.3.2 Follacoe» St

Comparando-se os diagramas de contorno dos pólos defoliaçáo St para os quatro domínios individualizados

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80 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

(figura H.3.2), observa-se certo paralelismo dessasestruturas em todos os domínios, resultado da deformaçãoprincipal D2, responsável pela geração dessa foliação detransposição, que tornou estruturalmente concordantestodas as unidades por ela afetadas. Observa-se, entretan-to, um aumento no mergulho da foliação para osriMmnmnw dos domínios III e IV, respectivamente grupoDom Silvério e complexo Juiz de Fora, comoconseqüência de zonas de dsalhamento de alto ânguloque afetam grandemente as duas seqüências c cujosesforços compressivos provocaram um incremento nomergulho das foliaçôes de seus litótipos.

333 Locações»

Foram confeccionados diagramas de contorno delineações b, incluindo principalmente eixos de mini-dobras dos quatro domínios individualizados, para a fasede deformação D2 e apenas do domínio I para a fase D3.No primeiro caso, observa-se uma certa dispersão dessaslineações, embora elas tenham uma tendência geral dese posicionarem preferencialmente próximas a N-S. Paraas lineações da fase D3, seus máximos posicionam-senitidamente segundo N-S, conferindo com a orientaçãogeral dos eixos de dobras dessa fase medidos no campo.

Flg IL3.Í - Domínio» litMtruturais da folha Ponte Nova. (I)domínio o* ortognaisM do complexo Mantiqueira; (II) domínio dtpartgnaiSM da suíte metamórfica Sio Sebastião do Soberbo; (III)

seqüência metavulcanossedimentar do grupo Dom Silvério (IV)complexo Juiz de Fora.

33.4 lineações de estiramento X

Essas lineações (figura Ü32) estão representadas, demaneira geral, pelo arranjo linear de bíotitas nos planos defoliação St e, em menor grau, pelo arranjo de mos-covita/seriáta e estiramento de feldspatos. Incluem-se aqui,também as lineações medidas ao longo de zonas de dsal-hamento de alto ângulo que cortam a foliação detransposição. Observando-se os diagramas, fica clara umagrande predominância de lineações suborizontafizadas comdireções próximas a norte-sul, embora o transporte tectõnicoprincipal na área tenha ocorrido aproximadamente de lestepara oeste, conforme observado no campo e registrado nodiagrama do domínio I (complexo Mantiqueira). Atribui-seesse fato à implantação, sobre a foliação St, das zonas decisalhamento de alto ângulo, que têm direção geral tambémnorte-suL Essa concentração se deve não só as lineaçõesminerais impressas nos seus planos, mas também àquelasimpressas em planos de foliação St paralelas aos eixos dasdobras D3, nas proximidades desses ásalhamentos. Isso éaqui interpretado como resultado de um provável desvio dasiineações posicionadas anteriormente segundo E-W para aposição atual norte-sul por influência dos efeitos decompressão e deslocamento ao longo dessas zonas. Trouw etaL (1982), de modo análogo, explicam situação semelhanteem uma área a SE de Lavras (MG).

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F

O

I

I

0

f.

e0

Si

670 Polo*

3 - 8 - 12

62 Medido:

Lb 4 • & - 9 - 1 2 %

5* Medidos

DOMÍNIOS

6 - 8 - II - 1 ' %

159 PÓlot ._JL_

3 - 6 • 8 - 26 - 2 8 %

23 Medida

5 - 9 I « I B %

b • 10 • I* - : '«7r

711

250

3 - 5 - 1 0 - 12%

I I Medians Jl

O

+ 0

8 IS -22 - 9 9 %

N

5 - 9 - 2 2 - 3 i %

4 - 8 12 - 15%

21 Mtdidoi

10 • I S - ? 0 %

Dom 1

E • • o s

10 Medidas(Lh)

II - 16 - 21%

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SF23-X-B-II (Pmte Now) S3

. Capítulo 4Geoquímica

4J Sistemática AdoUda

4.1.1 Amostragem

A amostragem regional foi realizada no período dejunho a setembro de 1967, durante o período de seca naregião. Após a interpretação preliminar dos dados dolevantamento regional, foram selecionadas áreas para umaverificação expedita de anomalias. A amostragem, nessafase, foi executada no período maio-junbo de 1988. Dadospertinentes de campo (oram lançados na ficha de amostrageoquímica do SEAG - Sistema Estatístico deAmostragem Geoquímica da CPRM. Os dados físicos dostrabalhos encontram-se no quadro II.4.1.

Quadro D.4.1 - Dados Físicos de Produção.

AmMtns/MaterfalSedimento de correnteConcentrado de bateiaRochaTotal geral

Total330858

423

Am/km2

1/91/35_-

Sedimento de correnteAs amostras foram coletadas composicionalmente na

calha ativa das drenagens. São identificadas pela sigla docoletor (duas letras), seguida do código da classe daamostra (S) e do número da estação de amostragem. Aexistência da letra A, após o número da estação, indicaa coleta de uma amostra de concentrado de mineraispesados concomitante à de sedimento.

Coaceatrado de bateiaAs amostras foram coletadas preferencialmente nos

concentradores naturais, de forma composicional, ebaleadas no campo. Foi estabelecido um volume originalde 10 a 20 litros para cada amostra, de acordo com aexistência de uma maior ou menor quantidade de mineraispesados no sítio de amostragem. Para a identificação, usou-se a sigla do coletor, o identificador da classe da amostra

Hélio Antônio de Souza e Carlos Alberto Hãneck(subitem 4.1.3)

(letra B), o número do ponto de amostragem e ainda a leti JB, quando uma amostra de sedimento de corrente foitambém coletada na mesma estação.

Afloramentos representativos foram amostrados emduplicata para estudos petrológícos e análisesgeoquímicas, com pesos das amostras variáveis entre 1 aSkg. Dados pertinentes aos afloramentos e identificaçãodas amostras fora*n também anotados em cadernetas decampo (ver o capítulo específico).

4.12 Preparação e análises

Para atender em tempo hábil a todas as solicitações deserviços analíticos, foi necessário distribuir as amostras emtrês laboratórios: CPRM-SECLAB/BH, CPRM-LAMIN/RJ e GEOSOL-GEOLAB/BH.

Cada tipo de material foi submetido a uma preparaçãosistemática, nos laboratórios da CPRM-SECLAB/BH(sedimentos de corrente e concentrados de bateia) e daGEOSOL-GEOLAB/BH:

Sedimento de corrente- secagem em estufa (80*C);- peneiramento para separar as frações -30mesh,

+90mesht-8Qmesh;- pulverização da fração SOmesh para -lSOmesh.

Concentrado de bateia- separação por bromofórmio;- quarteamento para análises geoquímicas e

mineralógicas.

RochaAs amostras foram previamente selecionadas antes de

serem enviadas ao laboratório, tendo sido britadas e pul-verizadas a 200/nejft.

No quadro 11.42, são mostradas as técnicas analíticasutilizadas, bem como os elementos analisados em cadamaterial amostrado e o respectivo laboratório executor.

Page 89: PONTE NOVA FOLHA SE23-X-B-II - IAEA

84 Programa Levantamentos Geológicos Básicas do Bns3

Qutdro l i .4 .2 - Táciticit AnaUticti Dtiit2adM.

MTEBIAL / ITÉCRICA MULíTICll

I ? 13 14 15 16 17 II I I I I I I

Seditento de ICu Pb Zn I Cr I Ro I Sb I I I 130 eleaen-lCorrente ICo Rl I I I I I I Itoc padrlol

Concentradode Bateia

ICu Pb Zn I Cr IlAq I I

I f b I A t I S n I Au II I I I I

minerai*I pesados

Rocha ICu Pb Zn I Cr IlAq Ri I I

I I I Sn I Au II I I

I

1. AA (IIH03)/EDTA - CPRB SECLAB/BH; CPM-LAHIR/BJ: GEQSOL GEOLAB/BH2. AA «qua Réqia)/FusBb KOH CPBR SECLAB/BH3. AA «qua Kéqia Invertida) - CPRR-SECIJIB/BH4. AA (Fusão coa Pirossulfato) ExtracJo TOPO/RIM - CPRH-SECLAB/BR5. AA (Mistura icida) Ceraçfo de Uidretoa 0>BR-SECLAB/BH6. AA (lodeto de Aadnlo) SubliaaçSo. Solução ácida; RAIOS X CPRR LAR IR/RJ7. AA (ícido Broaídrtco/Broao) CPRR-SECLAB/BH8. EE (Sealquantitatlva) - CPBR LAR IR/W9. H1HERAL0RETR1A • CPRR - LAHIH/RJ

4 J 3 Controle de qnaUdade

Exercido através de:- amostras rcplícatas de campo, de sedimento de cor-

rente, coletadas em estações do levantamento regional,para calculo de análises de variância para Cu, Pb, Zn, Co,NicCr,

- análises de duplicatas de 10% das amostras desedimentos de corrente e concentrados de baleia;

- acompanhamento com análises de padrões cer-tificados, padrões internos e brancos.

4.1J.1 Análise de variânda

A representatividade dos dados geoquímicos correspon-dente* às amostras de sedimentos de corrente foi testadaatravés do «q'M>ma proposto por Krumbein & Slack (1956),qual seja, de uma análise de variância hierárquica (one-waydeàgi): em 174 estações de coleta de material, definidasaleatoriamente e distribuídas entre aü várias áreas estudadasneste projeto, foram tomadas duas amostras de sedimentosfluviais mt caria estação; nos demais pontos (agrande maioriados casos), os procedimentos de rotina envolveram sempre acoleta de apenas uma amostra.

No quadro 11.43, encontram-se resumidos os cálculoslevados a efeito para os estimadores de variabilidadenatural (entn diferentes drenagens e decorrente, principal-mente, das variações litologicas) e da introduzida pelas

técnicas de amostragem e analíticas adotadas, que influen-ciam os resultados dentro de cada drenagem ou estação decoleta.

As seguintes conclusões podem ser extraídas dametodologia aplicada:

- os trabalhos de amostragem e analíticos foramsatisfatórios, uma vez que os termos da variância intro-duzida constituem apenas uma pequena fração (cerca de 5a 10%) da variância total, para os elementos investigados(Cu, Pb, Zn, Co, Cr e Ni);

- as drenagens amostradas são significativamentediferentes entre si, pois a variância natural é proporcional-mente grande;

- os elementos cromo e níquel exibem as maioresvariâncias totais, demonstrando serem mais suscetíveis àsdiversificações litologicas presentes no segmento pré-cambríano estudado, devido aos freqüentes contrastesentre rochas como as de natureza básico-ultrabásica c osgranitóides.

Dessa forma, resultou reforçada a validade dos con-ceitos a serem emitidos sobre o panorama da distribuiçãodos metais geoquimicamente estudados na área. Quantoaos concentrados de minerais pesados, cumpre salientarque as reamostragens de algumas zonas anômalas (porexemplo, para ouro), confirmaram os resultados da cam-panha regional, apesar da baixa «produtividade inerenteao método.

Page 90: PONTE NOVA FOLHA SE23-X-B-II - IAEA

SR23-X-B-II (Poote No») 85

Quadro 11.43 - Estimations da Variabibdade Natural.

ElementoCobreChumbo7mco

CnteteCromoNíquel

Varünda0.06460.06720.04460.07470.13220.0974

Bacias de Drenagem0.05820.00672a04050.0685

an%0.0927

9ai%91.7%90.6%91.7%90.4%95.2%

0.00640.00610,00420.00620.0127aoo4?

9.9%83%9.4%83%9.6%4.8%

4ã Critérios de iaterpretaçio

Todos os resultados analíticos disponíveis foram sub-metidos a um tratamento estatístico segundo Lcpckier(1969) e Sinclair (1976), com a obtenção de parâmetrosgráficos (quadro 11.4.4). Para alguns elementos, não seconsideraram anomalias de terceira ordem, pelo fato deelas apresentarem baixo contraste com a média, além dasua baixa resolução geoquímíco-geológica. Os elementosouro, estanho e manganês não tiveram seus resultadostratados estatisticamente, tal como os demais elementosquímicos. No caso do ouro, tal não ocorreu pelo fato de osresultados analíticos se apresentarem, na sua grandemaioria, como não-detectados, ou, então, abaixo do limiteinferior de detecção (0,05ppm) do método utilizado nasanálises Qualquer tentativa de se construir um hisiograma,além da curva de distribuição, com o conjunto de dadosrestante torna-se impraticável, devido à grandeheterogeneidade dos resultados. Desse modo, considerou-se empihcamente como sendo anomalias de primeiraordem os resultados maiores ou iguais a l,5ppm, de segun-da ordem os maiores ou iguais a 0,65ppm e de terceiraordem aqueles maiores ou iguais a 0,1 ppra (quadro II.4.4).Tal procedimento foi adotado por ser considerado ade-quado e prático, não comprometendo os objetivos e metasdo levantamento geoquímico para esse elemento químico,

O cstanbo foi tratado empiricamente, assim como o ouro,tendo <*tfl»'fifaHa* aoenas as «mnmlía» de primeira e segun-da ordem (quadro II.4.4). Esse elemento foi dosado, inicial-mente, por difraçáo de raios X, com limite inferior dedetecção de lOÕppm. Tal método analítico não foidiscriminatório, pois, além de o limite inferior ser elevado, nãopermitiu espelhar contrastes nos resultados. Assim sendo,selecionou-se um grupo de 28 amostras de concentrado debaleia, já analisadas pelo método antes comentado, que foisubmetido às análises por absorção atômica. A partir dosresultados conseguidos, obtiveram limiares empíricos.

Do mesmo modo, o manganês teve seus limiares esco-Dúdu empiricamente (quadro DA4). Analisado por EE, esseelemento exibe teores que representam a sua totalidade naamostra, não permitindo, assim, aprofundar-se quanto a suaorigem, ou seja, se é proveniente de acumulaçõesmanganesfferas e qual a porcentagem, ou se é originário darede cristalina dos minerais e em que quantidade.

A sistemática de separação em populações amostraisnão foi possível, pois a grande maioria das baciasamostradas recebe forte influência de várias litologias edomínios geológicos. Portanto, o tratamento da área, comouma única população amostrai, tornou-se mais prático eobjetivo. Posteriormente, adotou-se o critério de análiseindividual para cada bacia anômala nos seus vários aspec-tos, tanto geoquímico, quanto geológico, para finalmentetraçar as faixas anômalas, ou seja, estas podem abranger ounão as bacias anômalas na sua total dimensão.

ítosdrc- I I . 4 . 4 PirSftrUüe GrafitM.

i LUIABES CRíFICOERA i l ARPI.ITUDE 'TE IRERERi I RC IRI i TOT iVALCR IVALOR I IARORALIA IARORAUA IARORALIAAL t lRfRIRO U « l R 0 I Ha.ORDER 12a.ORDER 13a.ORDER

' Cu I 4 i 95 I 22.5 I > 59 I ^ 49 I > 40I

S ' Pb I I. 3 I 40 I 14.5 I > 36 I > 30 IF I - -P ' 7n < li i 140 i 50 I > 115 I v 100 I

H I Co s 4 I 75 I 24 I > 62 I > 53 IE '-

6 • i 150 i 25 I > 69 I > 56 IR i Ni

T I •0 i Cr ! 7 I 215 I 58 > 210 I > 166 I

150 IC 5000 i I > 5000 I > 3000 I

3 I 95 I It I > 46 I > 37 IC • ft,

0 '••• -

N ' Pb i R 3 i 140 I 16 I > 96 I > 65 IC iE I Zn i 14 I 750 l 28 I > 147 I > 92 IR I -T I Cr I !? I 440 I 76 I > 303 I > 241 IR I-A ! Au IR 0.05 ! 26 Ir> i ••

0 i Sn l L 1.0 i 35 I

I •> 1.5 I > 0,65 I

! > 35 I > 15 I

> 0,1

RC IX!i» Crifict: R Valor Mo detectado:

1 - V»!or »b»i*o do Haiti de detecclo:

C - R»ior out Ú vtlor

N - Rio deteítide

Page 91: PONTE NOVA FOLHA SE23-X-B-II - IAEA

86 Program» Levantamentos Geológicos Básicos do BrasB

«3*50'

A amostragem foi bastante abrangente, envolvendotodas as w*iHnW geológicas, na tentativa de delimitarregiões e/oa faixas de maior concentração dos elementosquímicos, estabflccnr suas relações com o arcabouço tec-tonostrutund, assim como a soa distribuição na paisagemgeoqufmica regionaL Cabe salientar que a verificação do°gp^fifM*" das anomalias geoqumncas (tabelas II.4.1 en.4.2) faz parte de uma etapa mais avançada do levan-tamento. Ainda que pese a verificação realizada durante aprospecçio regional, de alguns valores, com areamostragem e ««á1**** específicas, aconselha-se umaamostragem de semidctalhc. e/ou detalhe, nas regiões commaior potencialidade prospectiva.

As bacias anômalas foram agrupadas *m fr"w (quadroUAS), e, para efeito de apresentação, acham-se repre-sentadas na figura 0.4.1.

Quadro n.4.5—Faixas Gcoquimicaincníe Anômalas.

Faixa

III

IIIIV

V

VI

vn

vmIX

Sem PeixeSW de Sem Peixe

S de Sem PeixeWde R » Casca

São Pedros dosFerrosSE Sto. Antôniodo GramaSWdcJequeri

SE de Ponte NovaWde Ponte Nova

DimensãoAproximada

180km2

100km2

14km2

420km2

106km2

90km2

160km2

L5lun2

72km2

AssociaçãoGcoquímicaCu. Co. MnCu, Co, Mn, Au(Pb)Cu, Mn, AuAu, Cu, Zn, Co,PbCu, Ni, Co, Pb, Cr,ÍSn)Cu,Cr,(Zn)

Au, Cu, Ni, Cr,ÍZn)ZnAu.Zo.iCu)

42.1 Distribuição gcoquímica regional dos elementos

A metodologia de trabalho aplicada a esse levantamentopossibilitou una visualização do panorama gtoquímícoregional dos elementos químicos prospectados.

A distribuição dos elementos na área permitiu o traçadode faixas e/ou zonas anômalas, com base nas maioresconcentrações dos elementos, alinhadas ao contextogeológico regionaL Prínápalmente, no caso do ouro, osprocessos tectooostruturais são, aparentemente, de fun-damentai importância na mobilização e concentração dessemetal na área.

Devido ao comportamento semelhante dos elementosquímicos, em nível de ambiente secundário regional, foipossível elaborar uma discussão de âmbito geral par a a áreaamostrada.

3 6>m 10'10'

Faixa anômala com seu respectivo número

Contato estratiqrdfico

Rg. 0.4.1 - Prospeccao geoquímica - faixas anômalas para Cu.Pb, 2n. Co. M, & . Au. Sn • Mn. (Oa) dapósito» ahMonans; (PWs)

grupo Dom Silver»; (Piss) suits matamorfica Sao Sebastião doSobarbo; (Ptm) complexo Mantiqueira/f*) granuirtM reüomorficoa;

(PU) gabro anfibolitizado: (Ail) complexo Juiz de Fora.

OuroSua distribuição na área é bastante discutível, pois en-

volve estratigraficamente as unidades geológicas tanto dacrosta intermediária, quanto da cresta inferior.

Quanto aos aspectos litológicos, cada unidade possuisuas características petrológicas individuais (ver o capítuloespecífico), de certo modo potenciais para o ouro. O grupoDom Silvério que representa um conjunto de rochas dafácies metamórfica anfibolito baixo, de origem vulcanos-sedimentar, é potencialmente favorável à presença de ouro,pois, o ambiente geológico 6 propício à sua acumulação. Asuíte metamórfica São Sebastião do Soberbo, embora sejade fácies metamórfica um pouco superior à do grupo DomSilvério, possui características litológicas bastante seme-lhantes a este. Ambos possuem evidências de processosbidrotermais (veios de quartzo em abundância, veios dequartzo com pirita - no caso do grupo Dom Silvério,quartzo com turmalina etc.) e pegmatíticos (com quartzo,placas de moscovita etc.) extensivamente na área. Essesprocessos funcionam como mobilizadores de ouro. Rochascarbonáticas podem funcionar como trapeadoras dessemetal, a exemplo das calcíssilicáiicas; no ponto LB-31, o

Page 92: PONTE NOVA FOLHA SE23-X-B-II - IAEA

SR23-X-B-n (Pootc Nova) 87

Tabela 11.4.1 - Anota I ias n Sediaento de Corrente (ppa).

niUIMOSTUl C u l l l l C r l Z n l l n l C o l O T I E I O T I I

II

III

IV

ICB-5 1ICB-6 1ICB-19 1ICB-22 1ICB 24 1ICB-25 1ICB-26 1ICB 27 1ICB-29 1ICB-47 1ICB-4B

ICB-3ICB-34ICB-35

ICB-37ICB-58ICB 59

ICB-49IVS-204IVS-213IVS-214IVS-234IVS-236

IVS-189

V

r:s=

VI

IVC-190IVS-193

IVS-198IVS-222IVS-223IVS-224IVS-229

=========IVS-101IVS-102IVS-107

IVS-124

IVS-7

VII

IVS-14

IVS-140IVS-148IVS-162IVS 165IVS-171IVS-176

40 140 1

40 140 160 1

55 I50 14560 155

50

45

8540

504040

4050

4545

40

55

::::r:

405545

50

401 4040

1 4540

1 45

1 11 11 1

I 1

1 1

1 1

1 1

1 11 |

1 1

1 I

I

11

111

11

1111

95 11 90 11 65 11 11 65 11 65 11 90 11 65 l============1 Ii I

1 I

1 I

1 150 1 2151 90 11 I

1 I

! 1

1 1

1 1

1 1

1C5000 11 3000 11 5000 11 MOO iIC5000 iIC5000 1

1 3000 11 5000 11 3000 11 1

IC5000 1

IC5000 1

100120

======1 100

1 100

3000 15000

300030005000

11

=======

55 1

55 1

55 1

1

5570

75.55

1

:=====-

718950720700720950726000

716900719750

725100726050728600725750

729950

1 77701501 77703001 77870001 7781050

1 777600"1 7775150

1 77765501 77813001 77636501 7766950

1 7786900

717600 1 7768500721900722600

726550727350726750

728700739600

744150741800738400738150

760300

759200755200

760400755000752450752300

1 751100:::::::::

1 7528501 7509501 7506001 746050

1 7291001 7309501 7423501 7383001 741450

1 7413501 7364001 741100

1 77645501 7765850

1 77691501 77675001 7770450

1 77613501 7763500

1 77717501 7764800

1 77622501 7761900

1 7766650

1 77688501 7765700

1 77648001 77715001 77719001 7771650

1 7766000:==========1 77491001 77506001 77532001 7747850

1 77374501 77444001 77388501 77353001 7745450

1 77436501 77499001 7746600

JS»:::;::::::::::::::

VIM IVS 22 I I::::::::::::I I 140

:::::::::::::::::::::::::::::::::i I 722150 I 7733200

C - laior que o valor requtrado; 1^0Anota!las de 2a. ord<?i. 45 - Anota!ias

- Anota 11a* de la.de 3a. ordet

ordet; 50 -

Page 93: PONTE NOVA FOLHA SE23-X-B-II - IAEA

88 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

Tabela II.4.2 - Anomalias *?m Conrpntrafio «ie Bateia ( P D M ) .

FAIXAI AMOSTRAI Cu

II

III

IV

V

VI

VII

VIII

IX

ICB-iICB-341HA-82

ICB-36

ICB-54ICB-60ICB-64IC8-68IVS-641VS-209IVS-218IHA-79IHA-81IHA-84

1VS-223IVS-237

IVS-192IVS-185

1

11

1

1

1111

1 951111

11

l1

IHA-85 1

IVS-11

IVS-21

IVS-35IVS-45IHA-87IHA-89

1

1

11 401í

1

111

'

1I1111111!

1!

111

1

1

111f

Pb 1 Cr

90 1!

1

1

111

70 11

70 11111

1 4.40.70 1

1 3401 2801

1

1

11i

1

1

111

'

11111!!111

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1

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1

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111

1

15.0

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1

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1

1

i

1111i11i

1

11

111

1

1

i

111

IJTM F

71850P721900721400

725400

726300730250735?5073455072ir50739550744450730500725900721550

752450749350

7470007464*50749400

731550

722200

7149507171007098^0717300

1

111

1

I111111111

11

1I1

1

1

111i

UTM N

776080077645507764300

7766150

7764750777165077746007766700775900077775507767150777100077630507756400

77719007773050

774330077402507742800

7741450

7733350

774Í250773940077438507758650

2ASL - Anomalias28$ - Anomalias<í, 40 - Anomalias

(is i a . ryriifím,rir 2 a . ordem.

teor de ouro obtido na amostra (LB-R-31B), dessanatureza, foi de 0,04ppm, coletada no grupo Dom Silvério.No âmbito das duas unidades geológicas já citadas, o ouro,possivelmente, estaria ligado geneticamente às suascontribuições vulcânicas, além das massas graníticaspresentes, dependendo de suas origens.

Encontrando-se no domínio da faixa da infra-estrutura,em fácies anfíbolito alto, o complexo Mantiqueira 6litologicamente diverso das duas unidades discutidasanteriormente. A contribuição nesse caso 6 de caráterpredominantemente ígneo. Apenas com os dados atuais emmãos, não se pode imputar a esse complexo granítico apossibilidade de ele ter sido fonte original do ouro en-contrado na região. Em um conjunto de amostras de rochacoletadas no sudoeste da folha, no domínio desse com-plexo, envolvendo desde termos granítico* de cor branca e

rósea, moscovita-granito, granito milonitizado, além deinjeções graníticas de cor esbranquiçada e rósea, asanálises químicas indicaram a presença de ouro (0,02ppm)apenas na amostra LB-R-32A (ponto LB-32) da injeçãogranítica de cor branca. Essa injeção granítica, segundodados de campo, ocorreu na fase O2 de deformação. Se, defato, através de uma amostragem estatística representativado complexo, as análises químicas reproduzirem asinformações obtidas no pequeno conjunto de amostrascoletadas, poder-se-ia inicialmente considerar as injeçõesgraníticas brancas como guias prospectivos para ouro noâmbito do complexo Mantiqueira na região.

No que tange às anomalias geoquímicas em concentradode minerais pesados para ouro (faixas II, IV, IX), caberessaltar que elas alinham-se às zonas de cisalhamento debaixo ângulo presentes na região, ou ainda relacionadas aos

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SF-23-X-B-II (Ponte Now) 89

contatos entre unidades geológicas. Nessas faixasanômalas, a contribuído por parte do grupo Dom Süvérioe suite metamórfica São Sebastião do Soberbo predominasobre a do complexo Mantiqueira.

Quanto ao complexo Juiz de Fora, no domínio da infra-estrutura da crosta inferior, o ouro foi detectado apenas emuma amostra de concentrado de minerais pesados (baciado córrego Bom Fim), associada diretamente às zonas deàsalhamento de baixo ângulo. Nesse caso, as fontesgenéricas para o metal poderiam ser os termos básicos docompitam, com posterior remobilizacão do elemento naregião.

Aparentemente, a distribuição desse metal acha-seligada a um controle sobretudo de caráter tectonostrutural,relativo à fase D2 de deformação, que gerou a transposiçãona área. Por conseqüência, o ouro existente parece serpredominantemente epigeoético.

Sebastião do Soberba O primeiro apresenta pe-

A amostragem não evidencie otrastes regionais sig-nificativos para esse elemento. A tnf^iif apresentada, tantoem sedimentos (14,5ppm) quanto em concentrados debateia (16ppm), t bastante discreta. Os valores anômalos(faixas n, IV e V) são de concentrado de baleia, atinguxlc-se no máximo 140ppm (amostra CB-B-36B, córrego doSouza, entre as faixas I, ID e IV). A sua distribuição mostrauma relação direta com o complexo Mantiqueira e a suítemetamórfica São Sebastião do Soberbo, cujas baciasanômalas estão em estreita relação com as zonas de cisa-Ihamento de baixo ângulo.

O índice de extratibiüdade com EDTA varia de 4 a 16%,ressaltando-se que os resultados analíticos por esse métodoforam abaixo do limite de detecção (3ppm). A razão cxPb/Pb é baixa, não atingindo a 0,2. Com base nessasinformações, conclui-se que a dispersão do chumbo épredominantemente singenético-dástica.

A amostragem de sedimentos de corrente demonstrouuma distribuição bastante ampla para esse elemento naárea como um todo. Os contrastes mais significativoslocalizam-se na faixa I, no noroeste da folha, sob o domíniodo grupo Dom Süvério. Nessa faixa, são conhecidas váriasocorrências de manganês na região, além da existência deduas minas em atividade. O "«ygyfr encontrado é deorigem supergênica, sendo o gondho a roeba-fonte. Osresultados atingem teores superiores d 5.000ppm (análisespor Espectrografia de Emissão) nessa região. A análiseespectrográfica deve ser olhada com certa reserva por seruma queima total da alíquota, pois inclui, também, oekmento contido na rede cristalina dos minerais.

O» demais resultados desse elemento não foramutilizados no traçado de faixas anômalas, por serem con-siderados de pouco significado prospectivo dentro do con-texto geológico da área. Tais resultados foram detectadosno complexo Mantiqueira e na suíte metamórfica São

metassedimentar. Dentre todas as unidades da folha, ocomplexo Mantiqucii* indica a presença menos pronun-ciada de manganês, que provavelmente esteja contido narede cristalina dos minerais.

Cobre, Zinco, Nlqad, Cobalto e CraaMA distribuição geoqufmica desses elementos pode ser

percebida nas quatro grandes unidades geológicas dafolha. O controle parece ser predominantemente Utológicoem toda a região, conjugado a fatores secundários deconcentração. Apresentaram contrastes discretos emrelação às suas médias (quadro II.4.4), tanto em sedimen-tos de corrente quanto em concentrado de mineraispesados. Essa é uma associação geoquunica cujos teores seelevaram no domínio de rochas básico-ultrabásicas. Aregião como um todo foi afetada por contribuições dessanatureza. Por sua vez, o pH (5 a 6,5), francamente ácido,pode influenciar na distribuição dos referidos elementos na

A distribuição do cobre é mais pronunciada no domíniodo grupo Dom Süvério, na região NW da folha (faixa I). Afaixa apresenta ocorrências de anfibolitos, que poderão sera provável fonte para o calcófilo. Consideram-se, ainda,como fator de concentração, os efeitos de co-preápitaçáocom os óxidos e hidróxidos de manganês e ferro. A» demaisbacias anômalas podem estar recebendo contribuição determos básicos não-cartografados dentro das outrasunidades geológicas. Segundo as análises com EDTA, oíndice de extratibilidade varia de 2,7 a 13%. A razão c rCu/Cu não atinge a taxa de 0,14. A dispersão desse elemen-to é predominantemente singenético-clástica.

O zinco manteve-se associado principalmente com ocobre. Sua distribuição pronunciou-se sobremaneira nocomplexo Mantiqueira e na suíte metamórfica SãoSebastião do Soberbo. As análises com EDTA destacaramas amostras de sedimentos de corrente VS-S-113, VS-S-176A, VS-S-234A, VS-S-236, cujas taxas de extratibílidadeforam, respectivamente 29, 20, 17 e 14%. Não se podedescartar os efeitos de co-precipitação com os óxidos ehidróxidos, chamando-se a atenção para o ferro. As razõescx Zn/Zn nessas quatro amostras atingem até 0,29. Tal fatoindica uma contribuição hidromórfica bem mais elevadapara uma dispersão geoquímica predominantementesingenético-clástica, comparada com os demais elementos.

O cobalto apresenta-se com teores mais elevados nasfaixas I, IV e V. Há uma estreita correlação com omanganês, sugerindo a existência dos efeitos de co-precipitação. Associa-se ao cobre devido ao controlelitológico, ou ainda pelos efeitos secundários deconcentração. Suas taxas de extratibilidade com EDTAvariaram de 33 a 16,6%, excetuando-se a amostra VS-S-7,que apresentou um índice de 23% e uma razão cx Co/Code 0,23. As razoes para as demais amostras não atingiramo índice de 0,16.

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90 Programa Levantamentos Geológicos Báskcs do Brasil

to apresentou, de modo geral, EstaahoIssoi

O níquel elevou os seus teores nas faixas V e VII. Aparen-temente, a sua distribuição se destaca no domínio do com-plexo Mantiqueira e da °'ftr «w»m^>fya São Sebastião doSoberbo, relacionada aos termos de natureza basko-ukrabánca. As análises com EDTA indicam um baixo mdioede etfratibifidade que varia de \fi a 5,7%. A razão cx Ni/Nié f!M'*"My*IWi** baixa, yMfc? da ordem de, no máximo, 0,LIsso implica dizer que sua dispersão na rede de drenagem 6nredominantemea

De distribuição bastante discreta, na área como umtodo, o cromo se destacou nas faixas VI (duas amostras deconcentrado de minerais pesados) eVII (uma amostra desedimento de corrente). As duas primeiras amostrasrecebem 'w^hi T*ff do complexo Juiz de Fora, enquanto aftifima encontra-se na suíte metamórfica São Sebastião doSoberbo. A fonte para essas concentrações são os níveisbásko-ubrabásicos existentes.

A visão regional para esse elemento ficouprejudicada, uma vez que a grande totalidade dasamostras não foi analisada para ele. Além do mais, oconjunto de amostras analisadas não evidenciou resul-tados expressivos. O maior resultado (35ppm) foi detec-tado na amostra CB-B-8B (concentrado de mineraispesados), sob influência das litologias do grupo DomSilvério e do complexo Mantiqueira. Provavelmente, oresultado está ligado a esse último. Chama-se a atençiopara o resultado de 200ppm obtido na amostra desedimento VS-S-46, coletada no sudoeste da cidade dePonte Nova (córrego Tintim Pororó), em meio àslitologias do complexo Mantiqueira.

Com base no conjunto de informações e dados obtidosaté o presente momento, conclui-se que as bacias anômalasdelimitadas carecem de trabalhos adicionais, visando averificar e a confirmar o potencial e o significado prospec-tivo de cada uma.

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SF23-X-B-D (Ponte Now) 91

Capítulo 5Geofísica

PorRicardo Moacyr de Vasconcellos e Edson Lopes Barreto

5 J Sistemática Adotada

A sistemática adotada no presente trabalho teve por baseaquela estabelecida, no biênio 1978-1979, na execução dosdcnommadnf. Trajetos de Integração Geologico-geofisica"para o DNPM. Naqueles projetos, consistiu na interpretaçãoqualitativa dos mapas aerogeofisicos (magnetometria e con-tagem total, se disponível) e na fotointerpretação geológica,fjfmiuin fV» uma fatfgfação dos d<yV^. CO"1 alguma* VffitftS iM)

campo para veríScaçáo das feições interpretadas. Emboraatingisse os objetivos propostos, o produto final - um mapageológico interpretative integrado - carecia de etapas decampo mais prolongadas e de uma integração multidisciplinarabrangente.

No PLGB, ela foi estabelecida de forma pragmática, emfunção dos dados de geofísica disponíveis e dos problemasgeológicos característicos de cada área.

Com referência à aerogeofisica, a ausência de dadosradiométricos impediu a contribuição específica dageofísica na indrvidualizaçáo de litótipos e na identificaçãode zonas de comportamentos radiometricos distintos,mediante a utilização dos canais de gamaespectrometriacomo indicadores litogeoquímicos. Por outro lado, aausência de registros digitais contendo os dadosmagnéticos resultantes do aerolevantamento não permitiua aplicação de filtros específicos aos dados (primeiraderivada, separação regional/residual etc.) para a definiçãomais precisa das feições e unidades magnéticas. Por con-seguinte, os trabalhos ficaram restritos à interpretaçãoqualitativa dos mapas magnéticos, escala 1:100.000,editados há 15 anos. Foram selecionadas, ainda, anomaliasisoladas para a interpretação quantitativa. Para ainterpretação magnetométrica regional, foram utilizadosot mapas na escala 1:500.000.

Na geofísica terrestre, foram levantados cinco perfis degravimetria visando a obterem-se subsídios para adefinição da compartünentaçáo tectônica regional (figuran.5.1).

A sistemática incluiu, ainda, a utilização de softwarespara a interpretação quantitativa, mediante o modelamen-to - em microcomputador - das anomalias dos perfis geo-fisícos.

$2 Dados Utilizados

52.1 AcrogcoBsica

Os mapas de magnetometria utilizados para ainterpretação e correlação dos dados são do aerolevan-tamento sistemático executado pela PRAKLA, dentro doConvênio Geofísico Brasil-Alemanha (CGBA), noperíodo de 1971-1973.

O levantamento foi efetuado com linhas de vôo E-W,espaçamento de 2km e altitude constante (barométrica),com altura média de 400m sobre o terreno.

O tratamento aplicado aos dados consistiu na correçãoda variação diurna do campo geomagnético, no nivelamen-to dos perfis c na remoção do 1GRF (InternationalGeomagnetic Reference Field).

Os dados foram apresentados sob a forma de mapas decontorno, nas escalas 1:100.000 e 1:500.000, com intervalode5nT.

Naquela época, a utilização de levantamentosaerogeofísicos em exploração mineral era relativamenterecente, com as técnicas de processamento einterpretação de dados ainda primitivas, devido prin-cipalmente à limitação da capacidade dos computadoresexistentes.

Embora os mapas fossem de boa qualidade, asistemática de levantamento adotada, principalmente comrelação à altura de vôo, provocou uma atenuação expres-siva das anomalias causadas por corpos e estruturas maissuperficiais. Além disso, a área foi levantada segundoblocos, com diferentes altitudes de vôo (para manter amédia de altura sobre o terreno), provocando descon-tinuidade no traçado dos mapas de contorno nas zonaslimítrofes dos blocos.

522 Geofísica terrestre

Foram levantados cinco perfis regionais de gravimetria(figura 11.5.1): Rio de Janeiro/Barroso, Cachoeira doCampo/ Matipó, Varginha/Catas Altas da Noruega, RioNovo/Missionário e Monte Verde/Calçadas.

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92 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

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SF-23-X-B-II (Poatc Now) 93

O levantamento e o processamento dos dados foramefetuados pelo Observatório Nacional, dentro do ConvênioCPRM/CNPq-ON. A topografia dos perfis foi deter-minada por nivelamento rigonométrico, ao longo deestações demarcadas a cada quilômetro, com auxilio dedistãndômetro. A exceção no intervalo das estações ficoupor conta do perfil Monte Verde/Calçadas, com SOOm deespaçamento. A aquisição dos dados foi efetuada com umgravímetro Lacoste & Romberg (geodésico).

Os valores Bouguer foram raWwtofi de conformidadecom a seguinte formula:

Vb •= AB + g-g",onde:

AB = correção de ar-livre e correção Bouguer;g= gravidade medida;g" «= gravidade teórica.

Por motivos de exiguidade de tempo, considerando ofato de a correção de terreno envolver procedimentosextremamente demorados, e de a gravimetria ter sidolevantada para fins de interpretação regional, não foiaplicada essa correção.

Para a obtenção de subsídios à tectônica, utilizou-setambém o Mapa Bouguer Provisório do Brasil-SE (Haralyi,1985, inédito). O mapa foi confeccionado na escala1:2^00.000, com intervalo de contorno de Smgal e umadensidade m^ti» de ""»=» amostra por SOOkm . Nas áreasde densidade menor, as curvas de contorno foram in-feridas, sendo apresentadas de forma tracejada.

Para suporte da interpretação quantitativa gravimétrica,foram determinadas densidades de amostras coletadas dediversos ütótipos da área. As amostras apresentaram asseguintes densidades (g/cm3):

-quartzitos 2,65-gnaisses- abfibolognaisse 2J0- biotita-gnaisse 2,65- charnoquitos 2,70-migmatitos 2,78-anfibolitos 3,10- calcissilicáticas 3,25- micaxistos (Dom Silvério) 2,72-enderbitos 2£8

53 O contato geofislco regional

53.1 Gravimetria

O estudo do comportamento gravimetria», através doMapa Bouffter Provisório do BrasU-SE (Haralyi, 1985) e doscinco perfis de gravimetria (figura n.5.1), utilizados para omodelamento da compartímentação tectônica, mostrouum quadro de grandes estruturas regionais e blocostectônicos que estão vinculados aos complexos litológicosda região, com assinaturas gravimétricas próprias.

Os gradientes elevados observados nas regiões leste esudoeste (figuras Ü52eIL53) definem duas grandes des-continuidades na crosta, definidas por Haralyi e t aL (1985)como feições lineares contendo i i w f M do tipo 1. Adescontinuidade da região Irttf (Abre Campo) separa obloco Brasilia do bloco Vitória, e a do sudoeste (Alterosa)define o limite entre o bloco Brasilia e os blocos Paraná eSão Paulo. Alguns altos gravimetria» correspondem àsintrusões alcalinas de serra Negra/Salitre e Catalão, aogabro de Monte Carmelo e ao Quadrilátero Ferrffero.

A região das folhas Ponte Nova, Rio Espera, Barbacenae i iiwa Duarte está t*flfff* no limite sudeste do blocoBrasilia, próximo a d^"**"**1"^*^ de Abre Campo.

O Mapa Boupur Provisório do Brasil (Haralyi, 1985),apresentado na figura 0.5.4, mostra feições gravimétricasexpressivas: o extenso alto gravimetria) de Passa-Tempo,a noroeste de Barroso; o alto de Rio Novo, feição alongadadr. iftrf çãr» NF.-SW_ situado "" fa"» <i» dHKTHitiniiíiiartf dfAbre Campo; o baixo regional de Coronel Fabriciano, quese estende para SSW, a partir da cidade de mesmo nome,penetrando na área das folhas contempladas, entre a des-continuidade de Abre Campo e o abo de Passa-Tempo, atéser trancado pelo alto de Aracitaba, alongado na direçionoroeste, e que praticamente liga o abo de Rio Novo ao dePassa-Tempo; o abo do Quadrilátero Ferrffero, a oeste dafolha Mariana; e o alto de Ouro Branco, que se estende doabo de Passa-Tempo para nordeste. Por insuficiência dedados, a área a oeste das folhas Barbacena e Lima Duartenão está contornada.

O mapa Bouguer mostra, também, várias feiçõeslineares de direção NNE-SSW. Um sistema de feiçõesmenos expressivas tranca e desloca os lineamentos prin-cipais, que representam as descontinuidades crustais, quedelimitam o bloco Brasilia. Apresenta ainda lineamentosorientados segundo WNW e ENE. Um lineamento E-Watravessa praticamente todo o estado na sua parte central.

A leste do meridiano de 41*, o mapa apresenta um fortegradiente, orientado segundo NNE, ascendente na direçãoda faixa costeira, indicando um provável adclgaçamento dacrosta. Já a sudoeste da descontinuidade de Alterosa, ocomportamento é bem diferente, mostrando feições depequena amplitude, com alternância de altos e baixosgravimetria».

Nas partes central e oeste de Minas Gerais, o mapamostra duas feições lineares que atravessam o estado deSSW para NNE, podendo representar descontinuidades dacrosta, que podem estar balizando o limite oeste da partesul da província geotectônica São Francisco. Esseslineamentos formam, cm conjunto com a descontinuidadede Alterosa, uma feição em forma de "V. Por sua vez, oprosseguimento da descontinuidade de Alterosa parasudeste também forma, com o da de Abre Campo parasudoeste, uma outra feição em "V, cuja projeção dovértice coincidiria aproximadamente com a região de VoltaRedonda. O conjunto dessas feições mostra umaestruturação em forma de "W".

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94 Program* Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

ESTRUTURAÇÃO CRUSTAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

ANOMALIA BOUGUEB( •>«•> )

O

BLOCO PARANÁ-ISO

REGIONAL

BLOCO BRASÍLIA BLOCO BAHIA

Ou* 00 200 300 «00 500

31. (IM5)

Ha. IL&2 - PMIH da Mamata Bougutr.

ESTRUTURAÇÃO CRUSTAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

— - - - , — • * ' %

1 -^ ____ i

•, ANOMALIAS LINEARES

TiPO I • OESCONTmuiOAOE

l»»a|- A L T E R O S A

| I » B | - A8RE CAMPO

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G 3 - T IWJ

AMOMALIAS LOCAIS• O - i ^ T 0 3 GRAViMETRiCOS

. • SEARA %ESRA/SALiTR£ 2-CATAl.iO 3-MONTE CARMELO 4-OUAORiLÁTEROFER-

5• SÁO ROMÁO 6-SANTOS OUMONT

0<« «0 2JC 3004««*

O 8A xOS ORAViMÉTRiCOSS 8-PEROIZES 9-ARAXA/TAPIRA IO-

SlVSui . 1 » C Í O S 3 £ C A L O A S 2 -ITATIAIA /PASSA0U4TR0 l !¥ARr ttr-0 04MPOS I«-j£OUlTAl H -'ÍTOÍ 3E MINAS

no. I IA3 - InMrprataçio sraviméMca.

Page 100: PONTE NOVA FOLHA SE23-X-B-II - IAEA

CONVENÇÕES

ISOGALICAS OE 5 EM 3 MILIGAL

ISOGALICAS OE SO EM SO MILIGAL

ISOGALICAS INTEIRAS DE 0 ,100 , 200 ETC

CURVAS INFERIDAS

LINEAMENTOS REPRESENTATIVOS DE F A L H ACOM REJE'TO OIRECIONAL

LIMITE DO CRATON DO SÃO FRANCISCO

DESCONTINUIOADE DA CROSTA

FEIÇÕES GRAVIMETRICAS REPPESENTATlvftSDE FEICÓES GEOLÓGICAS REBAIXADAS E /CUDE CORPOS DE COMPOSIÇÃO BA'SICA A UL"TRABA'SICA

FEIÇÕES GRAVIMETRICAS REPRESENTATIVASDE FEIÇÕES GEOLÓGICAS REBAIXADAS E/OUDE CORPOS DE COMPOSIÇÃO ÁCIDA A INTERMEDIARIA

FONTE HARALYI. 1 9 8 5 ( m f i l . l o ) , ESCALA ORIGINAL 1 2 5 0 0 0 0 0 It

!

Ftq. WJ.4- Irmrpwteçto griv<>n*Wo»obw pmfdoMapaBomuw Pr (Haralyt, 1988, (nidrto).

Page 101: PONTE NOVA FOLHA SE23-X-B-II - IAEA

96 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

A província geotectônica São Francisco parece serKmk««iat nas partes leste e oeste, por Hnramcntos dedireção NNE e NNW, respectivamente, e, na parte sul, porim» Klt^m^iito WNW ÇtmjffpKft j 5«fgeando a província, ocorrem baixos gravimétricos quepodem indicar espessamentos da crosta. Esses baixos sãofeições pré-brasUianas que condicionaram a tectônicabrasiliana, como será visto à frente.

A porção dessa província situada em Minas Gerais érepresentada, em sua maior parte, por feições de abogravimétrico (Passa-Tempo, Ouro Branco e QuadriláteroFerrífero, principalmente), indicando tratar-se possivel-mente de uma porção elevada da crosta, dmtro de umaoutra, que é rebaixada (Moco Brasflia).

Grosso modo, pode-se correlacionar o abo de Rio Novoao cinturão granulftko; o abo do Quadrilátero Ferrífero aosupergrupo Rio das Velhas; o abo de Ouro Branco aocomplexo Santo Antônio de Pirapetinga; e o baixo deCoronel Fabriáano ao complexo Mantiqueira. Quanto aoabo de Araátaba, aparentemente não se relaciona a nen-huma feição geológica conhecida; provavelmente, refleteestruturas primitivas da crosta.

O perfil Cachodi» do Caapo/Matipo (GR-5, figuraIL5.1) atravessa as folhas Mariana e Ponte Nova e seumodelamento (fig. Ü5S) indicou três descontinuidades. Aprimeira, entre as estações 41 e SO, definida por umgradiente elevado descendente para leste, com amplitudede 25mgal, situa-se próximo à cidade de Cachoeira doBrumado. A segunda está localizada em torno da estação71. A terceira corresponde a um forte gradiente ascendentepara leste, a partir da estação 131, com uma amplitude em

torno de 40mgaLO trecho do perfil entre as estações 7 e 40 mostra um abo

gravimétrico, que a princípio pensou-se ser devido as

Minas. Na sua interpretação inicial, o modelo adotrdo parasupcigiupu(o3ipo2;dfJBMauB^Qgfcm^nâoioisufi-

ciente para ajustar o perfil calculado ao abo de 2SmgaL Agravimetria, pnrtantn^ IraiMtna a hip/Hfw (nrnnhnmfa pria

romagnetometria - figura D.L11) da existência de um

para provocar o expressivo abo. O modelamento posteriorconseguiu ajustar, nesse trecho, o perfil calculado ao de dadosde campo, pela adoção do modelo do corpc3,com densidade

Havia a expectativa de que o perfil Bouguer indicavtcalguma continuação das rochas supracrustais doQuadrilátero Ferrffero, contendo " ^ ™ i * f r « de minériode ferro, para leste e em profundidade, o que parece nãoacontecer. O mapa magnetométrico tfl*Tih^m **»*» indica apresença de corpos altamente magnéticos nessa área.

As duas primeiras óttcwf*oeste (estação 41) e leste (estação 71) de um baixogravimétrico que tem relação com a seqüência de ortog-naisses cristos do rio Gualaxo. modelada segundo o corpo6, com densidade de 2,67g/cm3.

Em torno da estação 71, próximo a Acaiaca, omodelamento da dcsfUMitiiHiMíidc ali situada, consideran-do o afloramento de rochas da crosta inferior - constituídade metatexttos, anfibolitos c granulitos retrometamor-Gzados do complexo Acaiaca - introduziu o corpo 9, comdensidade 2,75g/cm3. .

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Fio. WAA "- Piiffii gravtmétfÍco~QR-5 tntr» Cachoeira do Campo • Matpó (vtr fífl. II 5.1).

Page 102: PONTE NOVA FOLHA SE23-X-B-II - IAEA

SF.23-X-B-D (fonte Now) 97

Prontno ao bmite di folha Mariana, na estação 83, enstcoo perfil um baiio gravimetrico de pequena amplitude, quetem correspondência com as supracrastais aflorantes dogrupo Dom Süvério (corpo 7; densidade 2j6Qg/cm3). Essebaixo ocorre no trecho do perfil com gradiente suave eascendente para leste, que vai da estação 71 at6 a 135, compredominância, em superfície, dos gnaisses do complexoMantiqueira (corpo 8: densidade 2,70g/cm3). Omodelamento indicou que a seqüência de ortognaisses existos do rio Gualaxo e os gnaisses do complno Manti-queira tf1"1 CTHBpng*Mw^i>*f> similar, ou seja, densidadespiáfimait

A leste da estação 131, o gradiente do perfil eleva-sebastante, tendo correlação com a desconlinuidade de AbreCampo. As feições estruturais presentes na faixa móvel(complexo Juiz de Fora) mostram mergulhos para leste,decorrentes do cavalgamcnto do cinturão granulftico donmplexo Juiz de Fora (corpo 10; **f»wtatfr 2£5g/cm3)

que tem correi

sobre os terrenos ortognáKsicos do complexo Mantiqu'-'(corpo 8; densidade ^TOg/cm3), a oeste. Existe ; \ _-.alto Bouguer entre Rio Casca (estação 132) e a estação 150,

região (corpo 11).O ajuste do perfil calculado, a partir dos modelos <

cebidos, ao perfil obtido no campo, na região da faixamovei, só foi possível quando se consideraram baixosângulos de mergulho (menores que 20) para as feiçõesestruturais dos granuütos.

As evidencias ***d*rft >w. juntamente comde rochas retrometamorfizadas (crosta interme-diaria/anatexkos, anfibolkos e granubtos) em tono da

71, p^T^WfB1" o modelamento indirtrip napfiguraD^Í,o qual pode ser comparado com o modelo decolisão de blocos, com obducção, proposto por Davino(1979), Lcsquicr et aL (1961) e Haralyi & Hasui (1981).

O perfil Vaitinha/Catu Akaa da Nonata* (GR-4,figura IIJ.l) atravessa a folha Rio Espera. No perfilBouguer (fig. n.5.6), entre as estações 66 e 2, existe um

final uma inversão de gradiente. Omostra um corpo denso em profundidade (corpo 4; den-sidade 2£5g/cm3) que parece ter correspondência com os

w

66 »Tt60 SO

at40

gat50 10

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Okn<

FOLHA RIO ESPERA

d, i 2,S2i/em» dj « 2,97 g/cm»d, t z.rOg/cmS d« « 2,75 gAm>

t7 =

-70

60

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-100

--109,20 m««

4.0

10,0 im

fía. USA- PmtU gravimétrloo G f M «ntr* Cata» Altas da Noruaga a Vargínha (vw: flg. H.5.1).

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98 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

«wnpl*«»g»ntn An^fmin An Piraprtin.ga. Na mesma região, atravessando esses afloramentos,

(figura 113.10). Coincidente com esse aho gravimétrico,existe uma anomalia magnética, orientada segundo a

Entre as estações 32 c 0, o perfil mostra um baixogravimétrico, com lOmgal de amplitude, com o flanco leste

t gradiente crescente na direção de Varginha.Fcy ^i««f esta rrlafTTf** " aos ortognaisses do complexoMantiqueira, modelados segundo o corpo 1 (densidade

As rochas do complexo Santo Antônio do Pirapetinga,ocorrentes entre as estações 62 c 50, foram modeladas pelocorpo 3, com densidade 2,70g/cm3.

O corpo 5 (densidade 2,97g/cm3) está relacionado arochas do supergrupo Rio das Velhas. A densidade elevada- possivelmente devido a acumulações de ferro - provocaos altos entre as estações 40 e 30.

Os gradientes elevados nos flancos do baixo próximo aVarginha indicam descontinuidades crustais. A primeira,em torno da estação 32, pode ter correlação com a descon-

que passa próximo à cidade de Cachoeira doq p pBrumado (perfil Cachoeira do Campo/Matipó). A segun-da, próxima a Varginha, aparece indefinida, devido àinterrupção do perfil, mas aparentemente existe umatendência de abo, sendo possível que a leste aflorem osanatexitos, anfibolitos e granulitos retrometamorfizados docomplexo Acaiaca. Como o perfil não tem continuaçãopara leste, a correlação com o perfil Cachoeira doCampo/Matipó resultou parcialmente prejudicada.

O corpo 6, concebido entre as estações 40 c 50, e emtorno das estações 32 e 38, corresponde a rochas do super-grupo Rio das Velhas. A densidade encontrada(2,75g/cm3) parece indicar a inexistência de acumulaçõesde ferro.

O perfil Ponte Furtado/Missionário (GR-3, figuraIL5.1) atravessa a folha Rio Pomba de um extremo a outro.Apresenta um grande baixo gravimétrico, entre as estações82 e 33, com elevado gradiente nos flancos, sugerindodescontinuidades crustais (figura II.5.7).

O corpo 1, com densidade 2,7Og/cm (figura 11.5.7), quecor sponde aos ortognaisses do complexo Mantiqueira, co modelo causador do baixo gravimétrico.

O modelamento do flanco noroeste indicou uma des-continuidade - que pode ler relação com a que passapróximo a Acaiaca, presente no perfil Cachoeira doCampo/Matipó - modelada segundo a concepção docorpo 2, correspondente a rochas rclrometamorfizadas docomplexo Juiz de Fora. Em torno da estação 60, parecehaver uma falha vertical oesse conjunto de rochas, na suaporção mais profunda.

O modelamento do flanco sudeste resultou na estruturacomplexa de baixo ângulo, que indica um cavalgamcnto daseqüência de alto grau do complexo Juiz de Fora, repre-sentada pelo corpo 3 (densidade 2,82g/cm3), sobre os

gnaisses do complexo Mantiqueira (corpo 1; densidadeipOg/an3) e sobre as rochas da crosta intermediária, con-cebidas na forma do corpo 2 (densidade 2JB0gfaa3), con-firmando a estruturação do complexo Juiz de Fora adotadano modelamento dos perfis anteriores.

O trecho do perfil Rio de Janeira/Barroso (GR-1, figuraII5.1) utilizado no modelamento, tem início a cerca de40km a sudeste de Juiz de Fora, indo até Barroso, próximoao limite ocidental da folha Barbacena, sendo que apresen-ta um salto na numeração entre as estações 230 e 255. Esseperfil Bouguer também mostra um gradiente regionalsuave descendente para noroeste, com uma discretainversão no extremo final do perfil, próximo a Barroso(figura H.5.8).

O afloramento de rochas da crosta intermediária(anatexitos, anfibolitos e granulitos retrometamorfizados),segundo estrutura de baixo ângulo, em torno da estação320, motivou a concepção do corpo 4 (densidade2,80g/cm3). O corpo se estende para SE, sendo trancado,também, segundo uma estrutura de baixo ângulo, pelocinturão granulítico (corpo 5; densidade 2,82g/cm3),responsável pelo alto gravimétrico existente entre asestações 275 e 180. A adoção dessa estruturação exigiu aintrodução do corpo 2 (densidade 2,78g/cnr) para o ajustedo perfil calculado ao perfil medido no campo.

A inversão do gradiente, com início pouco antes deBarroso, forma um baixo de pequena amplitude, ajustadapelo corpo 1 (densidade 2,68g/cm3), correspondente agranitóides.

Um outro baixo, de menor amplitude, entre as estações315 c 265, corresponde aos gnaisses do complexo Manti-queira, modelados conforme o corpo 3 (densidade2,70g/cm3).

Alguns baixos de pequena amplitude, entre as estações265 c 166, representam granitóides presentes na área (cor-pos 6 e 7), ambos com densidade 2,72g/cm .

A análise do mapa Bouguer e a correlação do compor-tamento desse perfil, referente à inversão do gradientepróximo a Barroso, com o perfil Cachoeira doCampo/Malipó, sugere que o extremo-nuroeste do perfilse encontra na província geotectônica São Francisco.

A pequena amplitude dos baixos gravimétricos,contíguos às dcsconlinuidades modeladas, indica que acrosta siálica, nessa região, é menos espessa. A base dacrosta intermediária (corpo 4), determinada nomodelamento com uma profundidade de até 13km, reforçaa evidencia de um pronunciado adelgaçamcnto da crosta.

O cinturão granulítico (corpo 5) foi ajustado comestrutura de baixo ângulo no cavalgamcnto, considerandoa base do modelo da figura II.5.5 situada a 35km de profun-didade.

O perfil Monte Verde/Calçada» (GR-2, figura (1.5.1)atravessa a folha Lima Duarte na direção SE-NW. Mostraum gradiente extremamente suave, decrescente paranoroeste, com us valores Bouguer variando apenas entre-60 c -70mgal (figura U.5.9).

Page 104: PONTE NOVA FOLHA SE23-X-B-II - IAEA

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Hg. ILS.7 - Psffil gravimétrioo GR-3 «ntr* Missionário • Pontt Furtado (var: fig. 11.5.1).

Page 105: PONTE NOVA FOLHA SE23-X-B-II - IAEA

100 a m Uvantas^os Geológicos Básicos do Brasi

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Rg. IL&t - Part» gravimetria» GR-2 antra Calçadas a Mowa Varda (»-r fig. H.5.1).

Page 106: PONTE NOVA FOLHA SE23-X-B-II - IAEA

SF2MC-B4I (Pone Horn) MA

No trecho entre as estações 219ell9,oido perfil é mais estável, com poucas inversões, enquanto,entre as estações 119 e 25, é perturbado por sucessivos altose baixos, de pequena amplitude e comprimento de onda demenor expressão, assoriadrm a uma feição de ako regional

Esse alto Bouguerpode ser relacionado aos granuhtosda faixa móvel, modelados segundo o corpo 7 (densidade2£lg/c»3), podendo os baixos associados ao ako regionalterem correlacionados a grankóides presentes no cinturãogranuMrim (corpos 6 e 10, com densidades em torno de2,75g/cm3). O modelo dos granuntos indicou uma profun-didade máxima, na base, de quase lOkm, profundidade essaaão-represent ativa de granulitos.

Entre as estações 219 e 185, existe um aho gravimétricocom uma ligeira depressão no centro. O ako provavelmenteestá relacionado aos granulitos básicos da suítemetamórfica São Bento dos Torres (corpo 1; densidade2£0g/cm3), cartografados no canto noroeste da folha limaDuarte, enquanto que o baixo é causado por grankóides(corpo 2; densidade 2,70g/cm3) do complexo Mantiqueira.Os flartntr sugerem ^"'""iiniiidadn crustais, como asituada próximo da estação 185.

Comportamento semelhante repete-se até a estação119, com depressões associadas a altos gravimétricos,modeladas pelo corpo 3 (drmidadf 2,78g/cm3), corpo 4(densidade 2,72g/cm3) e corpo 5 (densidade 2,71g/cm3),n^ühMirfn numa seqüência de rochas (corpo 3) que seprojeta para sudeste e é trancada (subducção?), com ocorpo representativo da faixa móvel (corpo 7; densidade2£lg/car). O corpo 3 foi considerado como de crostaintermediária, com a base, no ponto mais profundo, a7,5km. Oscorpos2e 5 podem ser relacionados aosgnawsestnMMHfOs do complexo Mantiqueira. O corpo 4 está as-sociado aos quartzitos do grupo Andrelândia.

Para o ajuste entre os perfis calculados e de campo,novamente foi necessário se adotar o cavalgamento da faixamóvel segundo estruturas de baixo ângulo, repetindo aestruturação adotada no modelamenlo do perfil CachoeiradoCampo/Matipó.

Aeasadeatedepe-

eampntudesdeaOalOmT.t

Com o objetivo de auxiliar a gravimetria e prestar apoioàs definições das unidades tectônicas da região, foiefetuada uma interpretação qualitativa regional dos mapasde magnetometria, na escala 1:500.000. A figura n.5.10apresenta essa interpretação.

Em termos de feições «"tyfr"'»». pode-se dividir omapa magnetometrico em sete grandes unidade*, con-siderando o relevo e a assinatura magnética.

A unidade A, coincidente com o QuadriláteroFerrffero, engloba as seqüências supracnistais, mostrandoas anomalias de maior amplitude na região (ZOOOnT), querefletem as acumulações de magnetita nas formaçõesferrfferas.

A unidade E, encaixada entre as unidades B, ao norte e Fao *»'*. j*IM*>ntf rT com a *—*'*»**» B, i*r*rf"*tf aprommada-meme as poroãesafloraiKtsób complexo lUssaquinha.

A unidade C corresponde i faixa móvel que ocorredesde o quadrante sudeste da folha Ponte Nova até aporção sudeste da folha lima Duarte; as —«—««« sãobastante alongadas, preferencialmente na direção nor-deste, com amplitudes de 100 a SOOnT, ransarlst pelasmrK«c rK»>iMwpiÍrir«K i- princ *nfhclkt* A» mwtpl^r» lij»

de Fora.1 j""»»rt* ao norte pelo hneamento Li e a leste pelos

lineamcntos La e L4, a unidade D possui um gradienteunente suave, com anomalias alongadas

de 5 a 30nT, representando feições lineares.Englobando, priadpahneate, os gnaisses do complexo

Mantiqueira, a unidade F possui um gradiente bem suave,com «wMiiai«« nolada^ de *"**** MUI tlit'Mtp. associadasprovavelmente a plútons akalinos tardios (Divinésia,Ubari e Mercês entre outros).

A unidade G se corresponde com a ocorrência dosgranulitos básicos da suite metamórfica São Bento dosTorres.

As miMlaH« A e B, contidas na provmeia geotectõnicaSão Francisco, são unhadas a sul pelo hneamento Li, queparece coincidir, em sua parte sudoeste, com o prolon-gamento da zona de àsaDuunento Campo do Meio. Aunidade C contém lineamentos bem-definidos segundo adireção NNE (canto nordeste do mapa) e ENE (na partesul); no canto sudeste, passam a ter uma direção preferen-cial NW. A unidade D é caracterizada por vários uneamen-los, orientados preferencialmente na direção NNW; em suamaior parte, estão trancados pelo hneamento magnfticoLi.

Deve-se ressaltar a existência de uma grande feiçãomagnética planar (anomalia Z), de direção ENE, comcomprimento de onda de 150km c amplitude de 300nT(figura U.5.10). Essa anomalia engloba o QuadriláteroFerrtfero e estende-se para leste da unidade A. Com ointuito de modelar essa anomalia, foi retirado dos mapasde contorno (não existem fitas magnftirai) o perfil MA-1(figura n.5.1). O perfil obtido foi modelado pelo métododa inversão, e o melhor ajuste coube a um corpo de formatabular, subvertical, de dtreçâo-geral ENE e largura defí\km centrado na estação 170, cujo topo situa-se a umaprofundidade de cerca de l&ókm, conforme indicado nafigura n^.l l . A suscetíbilidade magnética aparente, deter-minada para o modelo, foi de 3.500 x IO"6 ejn.u.

Não se encontrou uma explicação plausível para a cansadessa anomalia, com a profundidade inferida. O seumodelamento diverge na profundidade do modelamentogravimétrico da área - perfil Cachoeira do Campo/Matipó(GR-5)-, o qual indicou um corpo 1 menor profundidade.

Page 107: PONTE NOVA FOLHA SE23-X-B-II - IAEA

102 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

Hg. 11.9.10 - Mapa da mtarprataçao magnatométnca ragional

4a»w 44*« 40#W

FOflIt: MAftALYl fl 01 '/9S5I

MAGNÉTICAS 0Í FOXTC PONTUAI. EOUIVALCNTC CM »T

0 100 300 MOM»

n 9 . I L 8 . l i . Parfll magrutomatrloo MA-1 (var: flg. 11.5.1) Flg. 11.9.12 - Mapa da contorno magnético (utallta MA08AT).

Page 108: PONTE NOVA FOLHA SE23-X-B-II - IAEA

B-H (Ponte Nova) 103

Segundo Corrado et ai (1979), essa anomalia, comoalgumas outras menos expressivas existentes no estado,deve estar relacionada à morfologja do limite inferior dacrosta magnetizada. O mapa de contorno magnético, con-feccionado a partir dos dados obtidos do satélite MAG-SAT, conforme Haralyi et ai. (1985), mostra uma extensaanomalia que cobre quase todo o estado de Minas Gerais(Figura II.5.12), cujo mínimo corresponde à porçãomeridional da província geotectônica São Francisco (figuraII.5.3), podendo estar relacionada à anomalia Z doQuadrilátero Ferrífero.

533 Síntese geofísica regional

Correlacionando a interpretação magnetométrica como mapa Bouguer (figura 0.5.13), percebe-se a semelhançade algumas feições. O alto gravimétrico do QuadriláteroFerrífero coincide com a maior parte da unidade magnéticaA. O alto de Ouro Branco está relacionado a parte daunidade B. O limite oeste da unidade C segue aproximada-mente a feição Bouguer linear definida como a descon-tinuidade de Abre Campo, com o respectivo altogravimétrico sendo correlacionável à unidade magnética.O baixo gravimétrico de Coronel Fabriàano, que se es-tende de nordeste para sudoeste, entre os altos de Passa-Tempo e o alto de Rio Novo, coincide com a parte norteda unidade magnética F. O alto de Aracitaba estáaproximadamente delimitado, no seu extremo-noroeste,pela junção dos lineamentos magnéticos Ls e L<>.

O forte gradiente magnético da anomalia Z mascara deforma expressiva as feições mais locais, impedindo umadelimitação precisa das un'dadfs magnéticas nas folhasMariana e Ponte Nova. A ausência de dados digitais dolevantamento aerogeofísico impediu a aplicação detratamento específico para realçar as feições de origemmais superficial.

Finalmente, com relação à divisão proposta dosdomínios geotectônicos São Francisco e Mantiqueira, valeassinalar que o lineamento magnético L3 acompanha,aproximadamente, a porção sul desse limite.

Verificou-se uma diferença singular ao se correlacionaro comportamento dos perfis gravimétrícos entre ú. £u-quanto os perfis mais ao norte (Cachoeira doCampo/Matipó e Rio Novo/Missionário) apresentaramfeições similares, com expressivos altos subseqüentes agradientes elevados, os perfis mais ao sul (Rio deJaneiro/Barroso e Monte Verde/Calçadas) apresentaramcomportamento distinto ao atingirem o cinturãogranulítico (cerca de 40mgal e 30mgal, respectivamente).O de Rio de Janeiro/Barroso apresenta um gradiente maissuave, ascendente para sudeste, no limite da faixa movei,culminando num alto com uma amplitude em torno de15mgal; o perfil Monte Verde/Calçadas apresenta umgradiente mais suave ainda, com um alto de amplitude bemmenor. Possivelmente, tal distinção de comportamento es-teja ligada à existência do alto de Aracitaba (mapaBouguer, figura 11.5.4), que se estende a partir de Rio Novoe Juiz de Fora para NW, com direção normal à feição querepresenta a faixa móvel. O comportamento do perfil

' 'fxt / i V ' •

l J O.j«"lotfra ftnitn

wzysrrzrwrFI9.11.5.13 - Comparação antre a» intarprataçõat magnatomttrica (a) a gravimétrica (b)

Page 109: PONTE NOVA FOLHA SE23-X-B-II - IAEA

104 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

Monte Verde/Calçadas também permite inferir que ovazio referente à área a sudoeste das folhas, no mapaBouguer, deve corresponder, pelo menos na parte oriental,a um baixo com valores não muito inferiores a -TOmgaL

A titulo de ilustração, a figura IL3.14 apresenta o croquido Fcbatimento dos perfis Bouguer sobre as suas linhas

«•das, com o modelamcnto indicado abaixo destas.

5v4 btcrprttacào e cocreUçao dos dada

O mapa magnetométrico da folha Ponte Nova (figuraII.5.15) apresenta um relevo magnético suave, comanomalias isoladas, estando presente, no quadrantesudoeste da folha, o gradiente relativo à extremidade daanomalia regional que se estende para leste, a partir dafolha Mariana.

A interpretação qualitativ dos mapas magnetométricosda folha Ponte Nova permitiu a determinação de lineamen-tos e o delineamento de unidades magnéticas com compor-tamento análogo. Um grande lineamento norte-sul corta afolha. O sistema predominante tem direção SW-NE. Asunidades magnéticas descritas a seguir representam, com

(f>t) a 7~álise qualitativa da folha. Fez-seinterpretação preliminar, com o objetivo de contribuir comsubsídios para o mapeamento geológico. Posteriormente,procurou-se, em função da geologia já conhecida, aexplicação, nem sempre possível, para as feições geoQsicas.

Unidade QAbrange quase toda a metade oriental da folha e parte

da metade ocidental. Apresenta gradiente geralmentesuave, à exceção do decorrente da extensa anomalia dafolha Mariana (subunidade magnética Qi); predominânciade baixa freqüência e relevo uniforme; ausência deanomalias isoladas. Engloba, em sua maior parte, os parag-naisses da suite metamórfica São Sebastião do Soberbo. Anoroeste, onde o gradiente é excepcionalmente baixo, essaunidade coincide parcialmente com área do domínio derochas gnáissico-graníticas totalmente cisalhadas do com-plexo Mantiqueira. A oeste, é notável a correspondênciaentre o lineamento magnético L3, quase norte-sul, e ocontato entre duas unidades do grupo Dom Silvério (xistosbiotíticos e quartzoxistos).

A subunidade Q2 distingue-se das demais do seu grupopor apresentar um menor gradiente magnético e pelapresença de componentes de alta freqüência, raros naunidade Q. Distribui-se na metade oriental da folha, con-tendo subunidades Si, encaixadas. Devido à elevada alturade vôo, a atenuação do sinal magnético das litologias eestruturas mapeadas na subunidade Q& apresentam-secomo pequenas variações nas direções das curvas de con-ton. D, pouco perceptíveis. Sua área engloba, em geral, osbiotita-granito-gnaiíses do complexo Mantiqueira.

UnldadeSSão as unidades que contêm o maior número de

anomalias isoladas da folha. A situada em seu cantonoroeste tem o gradiente magnético mais elevado, com

de pequeno <x>*wpf't>f "T" de o***f* cvariando de 60 a 300nT. Das fontes magnéticas inferidas,as dessa «II*^»*^ são as m*** próximas da superfície, con-forme depreende-se das profundidades calculadas para osmodelos. Abrange rocias do grupo Dom Silvério; asanomalias devem ser causadas por formações fentferas,

biotita-anfibolitos desse grupo. Olineamento magnético L2 baliza aproximadamente asocorrências de mineralizações de manganA» que $e orien-tam segundo uma direção N10*W. Vale ressaltar que outraárea, no canto sudoeste, também cartografada como DomSilvério, não apresenta resposta nos mapas "»aprovavelmente pela ausência de termos com magnet ita

A subunidade Si distingue-se da unidade anterior pelaatenuação progressiva do gradiente magnético. A situadana parte centro-sul da folha, com anomalias de amplitudede até 40nT, está situada sobre a suíte metamórfica SãoSebastião do Soberbo, sendo limitada a oeste por uma falhade empurrão de direção N-S e transporte de leste paraoeste, indicada na carta geológica, e com reflexo nas feiçõesdo mapa magnético; deve corresponder a uma escama comassembléia litológica compreendendo termos maisanfibolíticos.

As outras áreas da subunidade Si, situadas sobre ocomplexo Mantiqueira, devem estar relacionadas a termosmais anfibolíticos do complexo. A situada no canto nor-deste da folha engloba uma anomalia circular isolada, depequeno comprimento de onda e amplitude de SOnT.

As subunidades S2 e S3, situadas no canto sudeste dafolha, são correlacionáveis às rochas básicas do complexoJuiz de Fora; são limitadas na parte sul pelo lineamentomagnético Li, de direção NNE-SSW, que coincide com adireção geral da estruturação do complexo na área.

Unidade USituada no extremo-sudeste, vizinha à subunidade S2,

possui a mesma estruturação. Caracteriza-se pela presençade anomalias isoladas de elevado gradiente magnético.Deve corresponder à ocorrência de aofibolitos, rochas dasérie charnoquítica ou gabros anfibolitizados - rochas maismáfícas do complexo Juiz de Fora.

Unidade IEssa unidade ressalta uma anomalia isolada que ocorre

sobre uma faixa do complexo Mantiqueira.A figura II.S.16 apresenta a correlação de feições

magnetométricas com o grupo Dom Silvério, no quadrantenoroeste da folha.

Algumas anomalias isoladas foram selecionadas parauma interpretação quantitativa, mediante modelamento,para se tentar inferir a profundidade e atitude do corpocausador, com os resultados indicados na tabela 11.5.1.

Page 110: PONTE NOVA FOLHA SE23-X-B-II - IAEA

SF.23-X-B-II (Pwte Now) 105

4t*«0 4**00'

> 0 10 20 30 40 50»

!!#0tf44*00'

TRÊS RIOS,

Perfil BOUGUER

-O CHARNEIRAModtlomtnto dosblocos crustois

ESCALA DE RE8ATIMENT0 LIVRE

fíg. 11^.14- Rtbatimtffio dos ptrfis Bougur • dos modajarntmor

Page 111: PONTE NOVA FOLHA SE23-X-B-II - IAEA

106 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

4J«0O'

FEIÇÕES PLANARES - OEFlNIÇÁO EM AREA

ÇOJ unidade mognetica

\QZ) Subunidode ou zona magnética

FEIÇÕES LINEARES

^ — « uneacoes ou oiinnamenfos magnefico» principais

~ ~ ~ " Lmeoçfles ou alinhamentos magnéticos secundários

FORMAS DOS CORPOS MAGNÉTICOS

- -*"— Dique pspe»:o infinito

r -« - ^ Oi<ju« e«pes*o finito

T I O Modelo mognêtico

inr> Oegrou

Degrau inverso

Page 112: PONTE NOVA FOLHA SE23-X-B-II - IAEA

SF23-X-B-II (Porte Now) 107

2O°00'

2O°1O'

Hg. U A I * - Corraíaçio da* faiçdaa magnética» oom a gaologia. (PJpn) oomplaxo Mantiquaira; (»•) granultot oorrãgo da P»dra Dourada;(P!a») aufta matamorflca 8ao Sabatiao do Sobarbo; (PWti) grupo DomSilvério-unidaòai; (Pld«2)grupoDom8Uv«fto-unidada2;

(Plda3) grupo Dom SWvério - unidada 3.

Page 113: PONTE NOVA FOLHA SE23-X-B-II - IAEA

108 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

Tateia II 5.1 - Mod*loa Calculado*.

1 - DIQUE ESPESSO INFINITO

MODELO DIREÇXO DO HERCULHO PROP.H. MERGULHO TOPO

(CRAUS) (CRAUS) (»)

SUSCETI- HEIA ESPESSU-BILIDADE RA APARENTE(e.a.u.) (•>

COORDENADASUTN

T02TO3T04T6BTO7T08TIOTll

203743451801390

173180

7855375963313567

330650530470720170470370

0,00230.00740,00120,00110.00330,00630,00550.OO07

8OO13OO80070090O800110011OO

7778650775U5O776760077616CO77730507785500777950077789OO

74700073715074950071260071590072330717400721600

2 - DEGRAU INVERSO

MODELO DIREÇXON. DO TOPO

(CRAUS)

T01 0

MERGULHO

(CRAUS)

45

PROF.TOPO(»)

430

PROF.BASE<•)

1430

SUSCETI-BILIDADE(e.m.u.)

0,0023

COORDENADASUTB(»)

7781900 743300

5A2 Gravimetria

O perfil Cachoeira do Campo-Matipó tem 179km,com direção E-W, indo, como o nome indica, deCachoeira do Campo, no Quadrilátero Ferrífcro, atéMatipó, a leste da folha Ponte Nova, passando pelascidades de Oure Preto, Mariana, Ponte Nova, RioCasca e Abre Campo.

O modelamento gravimetria» foi efetuado através desoftware específico que emprega o algoritmo de Taiwani(Taiwani & Heirtzier, 1964), que faz parte do pacote deprogramas adquiridos pelo ONPM, em 1985, à PGW -Patterson, Grant & Watson.

Tpniin pin vkta ni-^ri/ff.r rpgywiaj <fo grayinyf rifl

no presente levantamento, o modelamento e a interpretaçãodos dados foram abordados no subitem Ü53.

Page 114: PONTE NOVA FOLHA SE23-X-B-II - IAEA

SF.23-X-B-I1 (Ponte Now) 109

Capítulo 6Evolução Geológica

PorAuàuu&pa Valença Padilha, Ricardo Moacyr de VasconceOos e

Raimundo Antônio Alves Dias Gomes (subüem 63)

6J Introdução

A região enfocada envolve unidades geológicas for-madas em diversos nfveis crustais e em diferentes pcrísdosgeológicos.

Até o momento, os estudos regionais existentes nãoforam suficientemente abrangentes e consistentes de modoa permitirem uma definição segura da seqüênciaestratigráfica. Desse modo, ao se estabelecer a colunaestratigráfica, lançou-se mão de vários trabalhos, com-parou-se com os dados colhidos no campo e em laboratórioe se firmaram correlações entre as colunas das folhas doprojeto Barbacena, escala 1:100.000. O quadro n.1.1,mostrado no capítulo 1 da parte U, sintetiza os resultadosconseguidos e é apresentado como proposta de divisãoestratigráfica para as seqüências litológicas dessa parte daregião sudeste do estado de Minas Gerais.

Os trabalhos de síntese analisados foram Ebert (1955,1968), Ebert et ai. (1958), Trouw et ai. (1980,1984,1986),Machado Filho et ai. (1983), Padilha et ai. (1982), Padilha(1984), Padilha & Vasconcellos (in: Suva et «L, 1988) eBaltazar et aL (1988).

Para estabelecer-se a prioridade da nomenclaturaestratigráfica seguiu-se, estritamente, a cronologia depublicação.

O estabelecimento das inter-relações estratigráficas foiprejudicado devido ao forte imbrícamento de escamas deempurrão e à insuficiência de dados geocronológicosdisponíveis, de modo que, ainda agora, apenas começa-sea entender a sucessão dos eventos metamórficos e

Esse quadro complexo diredonou a opção por umacoluna litostratigráfica que justapõe níveis crustais eprovmdas geotectõnkas diferentes, sem que isso impliqueuma justaposição cronológica.

Aqui, adota-se a divisão da crosta continental em trêsníveis definidos através de critérios reológicos (regimesdeformadonais rúptil, rúptil-dúctil e doctil), bem como decritérios metamórficos: grau baixo a muito baixo (nomáximo fades xisto-verde), grau médio a alto (fades an-fibolko, incluindo os migmatítos em sua porção inferior), e

grau muito abo (fades granulito). As bases «iff<*«mt paratal flassifiraçÃo foram riiiKirtwfnr por Grubenmann & Nig-gü (1924), Condie (1982) e Weber (1986), entre outros. Acombinação desses critérios, do ponto de vista objetivo daárea em estudo, definem uma croata •apertar, com até 5kmde espessura; uma cnwta iateraediárla, com espessurasda ordem de 10 a 20km; e uma crosta lafcrtor, com espes-suras de 15 a 25km.

As interfádes entre esses níveis crustais são zonas debaixa resistência A deformação e alta pressão de fluidos,sendo o locus ideal para o desenvolvimento das grandesestruturas de transposição de baixo ângulo: nappes ecinturões de empurrão. A transição do nível inferior paraf> in^rmwtiarin A .nnmwiarf» dffSCfflltlllllHladf df CfHtTftd

A região mapeada conforma uma transversal ao traço,em superfície, da zona de colisão entre dois continentes,obliterada pela obducção de um continente de leste e sulsobre um continente de norte e oeste, de modo que foinecessário cunharem-se denominações descritivamenteadequadas para tais segmentos crustais, em caráterprovisório: província geotectõnica Mantiqueira e provínciageotectõnica São Francisco, respectivamente (figuran.6.1). Um terceiro bloco, posicionado a oeste, conformaa província geotectõnica Tocantins. Taisforam emprestadas de Almeida et aL (1977) e rftf*"1*'1»neste projeto com caráter de entidades geotectônicas.

62 O quadro Arqaeuo/Proteroxóico Inferior

As u"ktnfffif Wf'fflf do complexo Juiz de Fora e da suítemetamórfica São Bento dos Tones apresentam, caracteris-ricamente, evidéndas de deformações anteriores à grandefase de transposição regional que desenvolveu uma mar-cante foliaçáo milonftica regional St, superfície extrema-mente penetrativa e pervasiva, que é utilizada comosuperfície tectõnica de referência regional para asunidades da infra-estrutura pré-transamazònica regionaLAssúi^obandamentocompo>inonaldosgnaisK«bimodaise tonalito-trondhjemiticos (complexo Mantiqueira) e dasrochas da fácies granulito (complexo Juiz de Fora), a

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HO Programa Levantamentos Geologia» Básicos do Brasil

22*00

Folho Limo Ouort i

Folha Bortractna

Folho Rio Pomba

©Folho Rio Espera

©Folho Mariano

Folho Ponte Novo

Tiaço presente, aproomado, do geos

que marco o hrpite rnitt os

blocos continentais São Fronruco

e Mantiqueira, soldados no ciclo

Tronsomazônieo

PROVÍNCIA 0E0TECT0H1CA

40 Ml

TOCANTINS

H9. UAI - OfsMbuiçlo dM | intàraadoprojeto.

muito transposto, oode recooheoem-se restos preservadosdemineratogadafáoesgranulito.porémoDdeprrdninina11m migmatit» t>«««pn«tn gn»kcifir«A> na « H M «ifihnKfft

Nessa estação, foram selecionadas quatro amostras pandeterminação geocronológica, con as quais defimu-se umaisócrona de 1483 ± 2Sou.eRI * 0,7(06 (figura IL&2b).Este dado, coerente do ponto de vista geocrooologico,implica adição de material infracrusul a essa porção dacrosta. Em termos espaciais as referidas rochas foram

íyaçãn transposta de rochas granulíticas c tonalito-

Tdeve-se ter em conta que um cinturão de empurrões envol-vendo rochas do grupo Andrclindia, componentes daprovíncia geotectônica Tocantins, de idade proterozóicamédia tardia (cido tectonotermal Uruaçuano) sobrepôs-se, por cavaigamento, è seqüência do referido complexo,na região. Tal cavaigamento, com subseqüente espes-samento crustaL pode ser o responsável pela mobiüiaçàode material subcrustal e refusão das rochas cnarnoquÜcase sua intermístnni síncoUsíonal, propíciando-lhes umaidade mista. Por outro lado, a estação CP-30 refere-se a umendtrbko, microscopicamente mostrando os efeitos ini-ffofa (fe retrometamorfizacão em fãcies ^^fi oüto médio*

, m««nritr7af;if» A tran^m

trondhjemíticas e as dobras sem raiz, transpostas ouredobradas, contidas nos fechamentos de dobras sin-D2,devem representar uma foliação SM, provavelmenteconstituída pela deformação Di, durante o evento tec-tonotermal arqueano superior (ciclo Jequié), que con-solidou o grande cráton arqueano.

A geocronologia disponível na bibliografia (Cordani etaL, 1973; Cordani & Teixeira, 1979; Machado Filho et aL,op. àt.) c deste trabalho, cujos dados analíticos constam databela n.6.1, permitiram a elaboração de uma isócrona dereferência com 3000m.a. para rochas da região de Juiz deFora (figura IL6.2a) (ver: quadro 11.23, na folha LimaDuarte) cuja razão inicial (RI) Sr^/Sr86 c 0,705.

No sudeste da folha Lima Duarte, foram coletadas asamostras CP-30 e CP-360, de litótipos do complexo Juiz deFora. O ponto CP-360 refere-se a um gnaisse bandado,

forte, mas não tão intensa quanto nas amostras da estaçãoCP-360. Cabe ressaltar que essa rocha está em clarodesequilíbrio ambiental com a fácies em qu~ se encontra,pois ao mesmo tempo em que sua mineralcsia se hidrata,ela cede CO2 para as encanantes. Esse processo é típicode intrusão diapfrica granulftka (Weber & Bchr, 1983). Nasituação de troca de fluidos, é mais que provável que osistema Rb/Sr tenha sido aberto, o que vem a ser reforçadapelo fato de que a razão inicial (RI) Sr^/Sr86 (figura0.6.2c), coc*truída com quatro pontos analítico» obtidos apartir de amostras da estação CP-30, é relativamenteelevada: RI = 0,7093. Aparentemente, essas rochassofreram influência àofront de nappes uniaçuanas e foramaquecidas, pelo menos, no evento tectonotermalBrasiliano. Assim, a idade isocrônica obtida de 644 a ±14mA, refere-se à idade de retrabalhamento térmico dematerial crustal mais antigo: Transamazônico (?) a Jequié(?)•

As rochas que compõem a suíte metamórfica São Bentodos Torres foram datadas através da isócrona construídacom os resultados analíticos de amostras da estação HV-70, de granito a mícroclina com restitos de piroxênio*dioríto (HV-70S). Tais amostras, à exceção da ultima,compõem a isócrona de 2684 a ± HOnuL (figura Ü62d).O ponto afa|ft'r^ do piroxênio-diorito situa-se acima dotraçado dessa isócrona. Esse fato, adicionado ao abo valorda razão inicial (RI =» 0,7139), evidencia que a idadeconseguida refere-se à idade de retrabalhamento dematerial com vida crustal mais antiga, possivelmente doArqueano Inferior - a idade convencional io piroxênio -dioríto e o »agrn«M de evolução do Sr (GguraIIü3) apon-tam uma idade de 3300m.a. para a diferenciação doprotóliio.

Page 116: PONTE NOVA FOLHA SE23-X-B-II - IAEA

SFJ3-X-M (Toste Novm)

IX.1 I.B Ml•.I» MKt « Mal

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Page 117: PONTE NOVA FOLHA SE23-X-B-II - IAEA

112 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

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0.760

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0.705

0,700

0.S 1,0 1.9

IDADE -- 1483 • 23 «oR. • 0.70261MSWO - 14,087r » 0,9938

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RbS7/Sr86

CP-360/13

'•3 60/18CP

CP-360/8-360/9

0,13 0,30 0.4S 0,60 0,75

RD87/S 86

Sr 87Sr 86

O.ris

0,710

0,703

0.700-

I0A0ERi S 0,

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644 í 1470934> 20,488

r = 0,9938

mo

CP-

-^CP. 30/430/1 ,

0,1 0,2 0,9 0.4 0,5

Sr87.Sr 86

0,790

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0700-

IOAOE

Ri * 0,MSWO

2683 í 110 <<<<>71387

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^ ^ 1 4 9

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0,4 0,6 1,2 1,6 2,0

Ri 8 7/3 r 66

FfeMJtt-laócronaafWSr am rocha total. Oa dados, quandonto-axplicitados. «to inédito», toócrona • - taocrona d* ratsrênctepara a ragiio tm tomo da Juiz da Fora. O i dadoa analíticos foram

ooüojdos «n Cordani at ai. (1973). GranHoa gnáitsiooa ( • ) ;chamoquitot f ) . Merona b-Moramanto CP-360 (tolha Uma

Quarta), miamatito da rochas ehamoquftiCM do oomptexo Juiz d *Fora. a norta da Santa Barbar do Monta Varda. laóerana e -

Afloramento CP-30 (tolha Uma Quarta): andarbHo do oomptaxoJuiz da Fora. a nordasta da Santa Bárbara do Monta Ward».

toócrona d - Afloramanto HV-70 (tolha Barbaoana): granto amierodina com magaandavM da hipa«t*nio-dtortto, da auha

matamorfica Slo Banto doa Torras (+). Foram também lançadospontos da Cordaní at ai. (1973) - (*)•

Em rochas da infra-estrutura da faixa de dobramentosalto Rio Grande (figura II.6.21), foi analisado,geocronologicamente, um gnaisse de composiçãoquartzodiorítka, muito laminado, com conspfcua texturablastomilonítica, sem nenhum vestígio local demo pós-dcformacional. Foi tomada em pedreira situada5km a leste de São Vicente de Minas, na estrada paraAndrelândia (a oeste das folhas mapeadas no Projeto Bar-bacena). Essas rochas, consideradas como pertencentes aocomplexo Mantiqueira, forneceram uma isócrona (figurall.6.4a) com 2350m.a. e razão inicial Sr^/Sr86 baixa. Essaidade é considerada mista, talvez devido àreomogeneização parcial do sistema Rb/Sr, mas implicarocha mais antiga afetada por eventos termotectônicosposteriores, provavelmente transamazônicos.

Ainda no âmbito do complexo Mantiqueira, efetuou-seuma amostragem em pedreira, na cidade de SantosDumont, onde se expõe uma razoável variedade litológicadevida à presença de tipos neoformados e de outros preser-vados dos processos aoatéticos. Isso ficou patente nadispersão dos pontos analíticos no diagrama da figuraII.6.4b, que, no entanto, foi interpretado tentativamente.Utilizando-se os pontos HV-7SD, H e M, obteve-se,precariamente, um alinhamento com a reta isocrônica de2200m.a.; e, se a eles acrescentarem-se os pontos HV-7SLe O, obtém-se um alinhamento com a reta isocrônica de680m.a. Uma interpretação provável para esses fatos éaquela que associa uma reomogeneização incompleta dosistema do estrôncio no ciclo lectonotermaiTransamazônico (ver: ponto HV-75Q2, um silimanita-granada-biotita-xisto), talvez precocemente, à colisão, euma abertura térmica do sistema no ciclo Brasiliano.

Umas poucas determinações Rb/Sr foram efetuadas emrochas da infra-estrutura da região a leste do QuadriláteroFerrífero, a N e NE de Mariana. Os resultados dessasanálises estão sintetizados na tabela II.6.1. A plotagem dosresuJtados no diagrama isocrõnico de referência da figuraII.6.5 mostra dois alinhamentos precários de três pontos,ambos usando como intersecçáo das ordenadas o resultadoanalítico de um anfibolito, Apesar dessa precariedade, osdois alinhamentos sugerem dois períodos de atividade

Page 118: PONTE NOVA FOLHA SE23-X-B-II - IAEA

SF.23-X-B-H (Ponte Now) 113

0,770

0,750

0,730-

0.710

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_ SUITE METAMORHCA SÃO BENTO DOS TORRES PEDRE'RA

DER/BO-040 3 300 moCOMPLEXO RESSAOU'NHA PEDREIRA CAMPOLtOE 2 660

- m o . Io ) . PEDREIRA FRANCO 2 2 20 mo (D) PE ORE iR A

LEBOURG 2 480m o (c)

_ COMPLEXO MANTlOUEíRA PEDREIRA DE SANTOS DUMONT1 520 mo

_ _ COMPLEXO JUIZ DE FORA SANTA BÁRBARA DO MONTE

" " VERDF 1 3 2 0 mo ( d > t l 4 S O m o ( t )

I RAZÕCS INICIAIS 'S0CRÔMCA5

fíg. 11.6.3 - Diagrama de evolução do estrôncio para as diversasseqüências ortoderivadas das folhas Barbacena e Lima Duarte. Asidade» anotadas referem-se à idade de diferenciação do protólito e

seu posicionamento na crosta.

termotectônica que atingiram as rochas do núcleo granito-greenstone da província geotectônica São Francisco (figuraII.6.1): os eventos Jequié, do Arqueano Superior, eTransamazônico, do final do Proterozóico Inferior.

No âmbito deste projeto, o complexo Ressaquinha foirelativamente bem estudado geocronologkamenle. Foramelaboradas cinco isócronas que estão representadas nafigura II.6.6. A isócrona da figura II.6.6a foi construída comamostras de gnaisses bandados, mais ou menos mig-matizados, coletados próximo à cidade de Lamin, na folhaRio Espera; mostra um fraco alinhamento dos pontossegundo uma isócrona de 2550m.a., utilizando como apoioo valor médio para a Terra (Bulk Earth) das relações Rb/Sr.Tal situação implica retrabalhamento de crosta mais antigadurante o ciclo tectonotermal Transamazônico, dese-quilibrando totalmente o sistema Rb/Sr. Em contrapartida,as rochas das pedreiras Lebourg (próximo a Ressaquinha)e Campolide (a sudoeste de Barbacena), onde os processosde refusão crustal foram muito mais intensos e as estruturasmigmatíticas são nebulíticas, forneceram pontos analíticosque geraram boas isócronas transamazônicas (figurasÚ.6.6b e 11.6.6c, respectivamente) com idades variando emtorno de 2000m.a. A isócrona da pedreira Franco (asuJeste de Barbacena) apresentou idade em torno deld00m.a. (figura II.6.6d), significativamente mais nova queas anteriores. Todas e&as isócronas apresentam razões

Sr^/Sr86 iniciais (RI) muito altas (0,70848, 0,71568 e0,71217), corroborando a importância da regeneraçãocrustal nesse evento termotectõnico. É possível que ambasas idades reflitam os episódios iniciais e terminais dagranitogênese sincolisional no continente obduzido. Ogranilóide da pedreira Franco, além do mais, deve ter-seposicionado mais alto na pilha de cavalgamento, pois as-socia-se diretamente com escamas de empurrão do com-plexo Mantiqueira e está mais deformado.Complementando esse estudo, organizou-se uma isócronade referência com os pontos analíticos das amostras 150,152 e 153 de Cordani et ai. (1973), que confirmou as idades(figura 11.6.6c).

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0.790

0.760

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Iso'crono Rb/Sr do tonoiito-gnoisse biostomnonít;co deSòc Vicente ae Wmo5lnfro-ístruturo ao fona dear ' romernoito fíio Gi-onoe Fonte- Podilho B Vosconcpiios , -,nBoltoíor et I 1988 i

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1.0 2.0 3,0 4,0 5,0

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Isócono RO/Sr do? gnoiS*es ftondodis ao comple»oMontiqueiro, Pedreiro de Somos Oumont, oftoromentoHV-75.0 ponto onolítico HV-7502nõo foi compu;o-ao no cálculo do isJcrono, ' u m sii'monito-gronodo-DiOf if 0-mSt0

Fig. 11.6.4 - Isócronas Rb/Sr em rochas do complexo Mantiqueira

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114 Programa Levantamentos Geológicas Biskas do Brasil

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• GMANITOS SNAISSICOS• \NFl80LITQ

H«-OJ>

0.9 1.0 1.3 2.0 2.5

Rt 87/Sr 86

« M giwMOiOM oo oocnpmcoS M I O Antflnio do Pfrapatinga.

Detcnninações radiometricas (tabela 11.62), efetuadaspor Machado Filho et aL (op. <àt.)> pcnnitiram a confecçãode uma isócrona para as rochas de Ponte Nova (suítemetamórfica São Sebastião do Soberbo) que produziramum alinhamento com 2160ma. (figura II.6.7) e razão inicialSr^/Sr86 de 0,715, muito alta para rochas tão antigas. Issoconduziu a se considerar a possibilidade de que o materialdatado tenha sido originado a partir de litótipos mais an-tigos. Em apoio a essa hipótese de trabalho, tem-se ognaisse granulítíco que originou a amostra 181 IA, coletadaao norte de Rio Casca, possivelmente no âmbito do com-plexo Juiz de Fora, bem como as amostras de composiçãoenderbítica da pedreira de Abre Campo, que, no diagramaisocrônico, situam-se claramente acima da isócrona de2160mA, enquanto duas amostras analisadas do neossomarosado da mesma pedreira representam a entrada dematerial mais jovem, pois seus pontos analíticos situam-seabaixo da citada isócrona.

A análise desse quadro gcocronologjco aponta para aexistência de rochas de vida crustal mais antiga, «traba-lhadas, sucessivamente, pelos eventos tectonotermais dosciclos Jequié (2600 a 24OOm.a.) e Transamazônico (2200 a1800m.a.).

As isócronas apresentadas mostram o predomínio deidades transamazônícas para as rochas granitóides doscomplexos Ressaquinha e Mantiqueira, com razões iniciaismuito elevadas. Essa constatação sugere que a intensadeformação devida ao movimento de massa, em regime decisalhamento dúctil, que formou o cinturão de empurrõesMantiqueira, durante o coroamento da colisão entre asmassas continentais das províncias geotectônicas Manti-queira e São Francisco, ocorreu, de fato, no cicloTransamazônico.

Essas rochas representam a infra-estrutura modificadado megacrátoo arqueano constituído, essencialmente, na-

quele momento da evolução da Terra: o ciclo tectemal Jequié. O protólito dessa crosta deve ter tidocomposição tonalito-trondhjemito-granodiorftica, in-jetado por diques e soleiras de rochas básicas eultrabásicas, às quais os movimentos tangenciaisposteriores conferiram o bandamento "^^p^ã^^rf quea unidade exibe, e lembrando, pcU descrição da biblio-grafia, a suite gnáissica bimodal áoAnáettí Gneiss Compiexda Swazüândia (Jackson, 1984).

São Francisco, foi o locus infra-estrutura! sobre o qualdesenvolveram-se as seqüências supracrustais arqneanas,incluindo as pilhas metavulcânicas tipo fftatstône-be&s(complexo Barbacena, supergrupo Rio das Velhas, com-plexo Santo Antônio do Pirapetinga) e no qual foram in-jetados tjtótitos diferenciados, parcialmente anatétkos,tonalito-granodiorito-grannicos (complexo ".^«aqimiha.tonalito-trondhjemito Serra do Carmo, granodiorito-granito Pinheirinho).

O espessamento da crosta, acompanhado pelo abo graugeotérmico arqueano, provocou, em profundidadescompatíveis, metamorfismo de alto grau, com geração degranulitos na crosta inferior e refusão, com formação debatólitos, no limite entre a crosta inferior e a intermediária(figura 11.6.8a).

Esse processo estático é modificado, em benefício daformação de granulitos e fundidos, pelo início do rif-teamento ensiábeo que fragmentou o cráton arqueano su-perior e deve ter ocorrido durante o ciclo tectonotermalJequié (fig. 0.6.8a). Esse processo de rifteamento teve seumáximo no início do Eoproterozóico, constituindo o locusdas faixas de dobramentos do Proterozóico Inferior.Acompanhando o rifteamento da litosfera continentalocorreu a ascensão da astenosfera quente. Esses fatoresincrementaram o metamorfismo de alto grau, que estavatendo lugar na crosta inferior sob deformação extensional(figuras 0.6.8a e 11.6.8b). Tal processo acomoda a geraçãoextensiva de metamorfitos de fades granulito e magmatitoscalcialcalinos a peralcalinos durante a constituição epreenchimento da bacia (Weber & Behr, 1983).

A subducçáo de grande volume de manto litosférico(= SIMA) dentro da astenosfera pode vir a requerer umatransferência compensatória de volume equivalente dematerial asienosférico para a base da crosta inferior; issovem provocar aumento de temperatura, maior pressão e,decorrentemente, a formação de fundidos graníticos,granulitizaçáo e início do processo compressivo defechamento do rift ensiálico arqueano superior/proterozóico inferior.

Cabe aqui ressaltar que, devido às propriedadesrcológicas das rochas da fácies granulito, estas formamuma camada de alta resistência interna na crosta inferior,a qual, quando do encurtamento crustal posterior, tende aformar dobras em grande escala, que encurvam a crostasobrejacente e se desenvolvem até formarem umaestruturação imbricada de cunhas de empurrão, típicas das

Page 120: PONTE NOVA FOLHA SE23-X-B-II - IAEA

Tabela 11.4.2 - Deter»i«ação Ik/Sr n locHas da Swra-Cstr«t<ira - Rocha Total

N. Cawo I tocha I IMidade I tb(tel) I Sr(tot) I Rb87/SrM I Erro I IrBT/SrBé I Crro I Idide/Iso (a.a.» I I I I I f f . I Obsrrvatfa

2ta»293262633128330

ART-2FAVP-MAP7-2AWT-20

AVP-13AVP-14

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34,3125.?99.7

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177,5176,3

184,8?«2.«194.»

232,8

73,978.6

141,79», 6

133,4

44,991,374."9?, 4

142.4

1M.6115,?I5*,5

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277,3161.*185,3

2W.2278,4

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153.8

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313,9 1

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111I

2?i

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2

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2

2222

9ta<ste da rcj i io

ao VJI de Arantina.

«naitse da rrgiin alest» 4e Arantini.

gneiss? vistoso de

AnrfrplSndia.

x'<fo >li r f9i io deSantana do 6aranbéii.

visto l'1<í«»ático da

região a oftte deMadre de 0e>is de

Ninas.

( D NacKado FiU.o et a i . (1983), (2) Pad ilha I Vasconceiios, in Baltaar et a i . (1989).- Rochas ver Aoêfld>cc I I .- PIss. Suite Mtaaórlica São Sebastião do Soberbo, PMa Grupo Andrelândia Indiviso;

PHas )>'jco Andrelândia Superior; PNai Grvo Andrelândia In ler i or.

Page 121: PONTE NOVA FOLHA SE23-X-B-II - IAEA

116 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

Sr S MS> 86

0,724

0.716

0,708

0,7^

040£ : 2550 m o

FR-210/10K ^S+'H-TL

•^^Bn\* Earrh

0/10 Ac ( o )

t i l l 1 »

0.1 0.2 0,3 0,4 0,6

Rb87/Sr 86

Sr86 ;

0.730-

0.729

0.700

lOAOC = 2093 mag, , 0.7125r > 0.9994

193

152130

A QftANlTO-GNAiSSC O* CACNOtlIU 00 UftUWA ORANITO-ONAISSC OA PEORCIMA LCIOURO

0,9 1.0

RbS7/SrSS

5rS7Sr 66

0,775

0.730

0,723

0,7 f-

lOAOd 1974,61 31,11 moRi 10.70846 10,00054MSWO < 6,838078r > 0,9962

0,5 1.0 1,9 2,0 2.»

Rb87/Sr86

Fig. 11.6.6 - Isócfonm» Rb/Sr em roctia* granfticas diferenciadasdo complexo Ftosaaquínha (Plr). laòeroiw a - Afloramento

FR-210, próximo a üunim. O ponto anaiftioo FR-21Q/10K nio (oiutilizado no cálculo da isocrona. teòcrona b - Ptdraira Labourg.

Afloramento FR-53, próximo a Rasaaquinha. toócrona e -Pedreira Campolidc Afloramento HV-363, próximo a Campolidc,

a oeste de Barbacena. Oe pontos HV-363R (pagmatito) •HV-363S (fr«cào rósu) nio (oram usedos no cálculo da Isocrona.

Isocrona d - Pedreira Franco. Afloramento HV-55, na áreaurbana de Barbacena. toócrona • - Isocrona de reíerertcia com

pontos coligidos de Cordani et ai. (1973).

• OADE :1998! 167 "• "H. • O,71368Í 0,00184

) ' l , 913669' • 0,9961

Sr67Sr66

0,730

0,7 53

07

IOAOC:I8I4,6± ri,r m oRi • O, 71217 • 0,00148MSWD < 1,880800r> 0,9961

0,3 1,0 1,9 2,0 2,9

ftbsr/srss

rig. ll.e.7 - Diagrama isocronioo Hb/Sr de referência para rochasdas regiões de Ponte Nova (sufte metamórflea Sio Sebastlio do

Soberbo, tabela 11.0.2) e Abre Campo (complexo Juiz de Fora,tabela H.ô.1). (•) amostra isolada de rocha chamoquWca ao norte

de Rio Casca. Fonte: Machado Filho et ai., 1083.

Page 122: PONTE NOVA FOLHA SE23-X-B-II - IAEA

"•"••• MANITOS » « C - O « M ( N I I

PLUMA CEOTERMICASENTIDO OE MIOKAÇÃO 0A PLUMA

PLUMA GEOTÉRMICA

PLUMA 6E0TÉRMICA

O»*NITO« PM-TtCTOWICOt \£ f

Fig. W.%.% - Rapraaantaçao aaquamatica da formaçio do rtft antiilico arquaano luparior-protaroioioo Infarior a oonaaquanla ooNalo oonUnantat.A - Wcto da distanaao a adalgaçamanto da crosta aclma do oantro da dtaparsao (pluma gaotarmlca p. ax.): daaanvoMmanto da falhas IMrteas na

cnsta supartor a. talvaz. vulcanismo inicial basaitico (7). B - Formaçio da attraita bada ooainica sobra a erosta adalgaoada. A croata supsriordlstanda-aa paio movimento das falhas listricas. as quais mudam am profundldada (croata Intarmadiiria a infarior) para zonaa da otaalhamanto da

baixo ângulo com samido normal da dasiocamanto. As •lipssw^Lw) mostram a daformaçio nasaa modalo. C - Formaçio da uma zona dasubducçao tipo A, com dasiocamanto do manto litosfarico da crosta infarior, constituindo uma zona da alta daformaçio nasta; aacctonamanto do

manto Ntosfaiioo a margulho da um dos lados na "astanosfara" a sob a litosfara do outro Moco. 0 - Comprailabalaclmanto da uma célula da convaccio frontaira i placa da manto litosfarico subductada, produzindo aspassamanto crustaJ pi ravafsiodo

movimento ao longo das zonas da cisalhamanto de baixo ingulo: afluência da matarial astenosfartco na basa da crosta; formaçio da grandesdobras dtspMcas da rochas da fadas granulito. Obs.: a) essa modelo foi estabelecido a partk da Park (1981) eWaberABahr (1983). b) as esoalaa

dos níveis crustais verticais da A, B a C asilo multo exageradas am ralação a D.

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118 Programa Levantamentos Geológicos Básico» do Brasil

nappes de rochas de fades granuüto (Weber & Behr, op.dt.) (figura 11.6.9). O desequilíbrio termodinâmicoproveniente da estruturação da crosta, nessa hipótese detrabalho, pode ser avaUado através de seus efeitos, os quaisna área em estudo podem ser verificados a kste de SantaBárbara do Monte Verde, onde ocorre um corpo de rochascharnoquffica*. mais ou menos circunscrito, circundado degnaisses aluminosos com corpos máficos, cuja aureola ex-terna encontra-se anfibolitizada, com indício demmeratizaçioaurífera associada, refletindo a migração defluidos causada pelo desequilíbrio retrodtado.

U O I rioR o desenvolvimento dodotarão mórel Atlântico

Quando do advento do Proterozóico Inferior, o rif-teamento ensiáUco encontrava-se em seu pleno desenvol-vimento, com a crosta compartimentada e abatida porfalhas lístricas normais e o preenchimento desse marrelativamente estreito por pilhas de rochas supracrustaisvwlfaTfrait (complexo Lambari; parte inferior do grupoDom Silvério; as faixas isoladas de metabasitos emetaultrabasitos ocorrentes na região do Campo das Ver-tentes; a faixa vulcanossedimentar de Bom Jesus da Penha-

'ORTÓCNAISSE ;.*'-V;í'í

ORTOGNAISSE

OOBRA OUPIRICA OE ROCHAS j \

DE FAtlES QRANULITO X

Plg. IL*.t - 0*MnvoMm«nto da dobra diapfrica, «m rochas dafádM granullto, durant* o •nourtarrwnto crustal.

Jacuí) e as faixas metassedimentares (grupo Maquine, su-pergrupo Rio das Velhas Superior, parte do grupo DomSilvério, rochas arcozianas e quartzíticas da região de Fur-quim-Cláudio Manoel, grupo Itacolomi; supergrupoMinas) (fig. IL6.8B).

O adelgaçamento da crosta, o espessamento da pilha desupracrustais e o movimento divergente infralitosféricoprovocado pela pluma térmica no manto superior devemter provocado o desacoplamento da crosta inferior domanto litosférico, gerando, no nível da crosta inferior,espessas zonas de cisalhamento dúctil para compatibilizaro movimento diferencial causado, no nível do mantolitosférico, pela subducção subcrustal deste na astenosfera,originando uma zona de subducção tipo A (de Ampferer,

1906; adaptado, com modificações, de Park; (1961) cWeber & Behr (op. ck.) (figura UJSÃC).

Weber & Behr (op. dL) sugerem que, devido i ausênciade cadeia mesoceânica, para equilibrar-se totafanente atransferência de massa, 6 necessário que esse equilíbrioocorra em frente ao «*gp"f"tit fi?NftK*f4rt. provocando ajá citada ascensão de material astenosférico e o recuoparcial do segmento de manto litosférico subduetado.Aponta, como explicação mais plausível, a formação deuma célula de convecção forçada, à frente do segmentosubduetado (figura Q.6.8d), com base no modelo desenvol-vido por Andrews & Sleeps (1974).

Este é, possivelmente, o processo que, com a migraçãoda pluma geotérmica desde o centro de divergência queprovocou a formação do n/r até a posição frontal ao seg-mento do manto litosférico subduetado, originando acélula de convecção descrita por Andrews & Sleeps (op.cit.), fornece o mecanismo de frenagem da placa emsubducção e, consequentemente, o início do movimentoinverso que originará a colisão continental e constituirá ocinturão de empurrões Mantiqueira; esse ultimo é umelemento tectônico do cinturão móvel Atlântico (Fyfe &Leonardos, 1973,1974; Leonardos & Fyfe, 1974), formadono Proterozóico Inferior, tendo sua consolidação ocorridodurante o ciclo tectonotermal Transamazõnico (figurasD.6.4aU.6.7).

Confirmando a época dessa inversão tectônica, existeminúmeras determinações geocronológicas (Teixeira, 1982,1984,1985; Machado Filho et ai., op. cit.; Baltazar et aL, op.cit.; Silva et ai., op. cit.) que apontam para o início do cicloTransamazõnico como o período de máximamovimentação de massa que completou a soldagem dessesdois segmentos crustais: a província geotectõnica Manti-queira e a província geotectônica São Francisco. Aatividade granítica sintectônica transamazônica, ocorrenteem ambas as províncias, tem idades variando em torno de2000m.a. (figuras II.6.10 e 11.6.11). Os granitos mais velhos(± 2100m.a.) têm composição granodiorítica a tonalftica,enquanto que aqueles mais jovens, com cerca de 1900 nuu(figura II.6.12) tem composição alcalina a peralcalina.Padilha & Vasconcellos (in: Baltazar et ai., op. cit. e Silvaet ai., op. cit.) apresentam uma discussão dos resultadosgeocronológicos. Um trabalho visando a estabelecer asrelações entre a composição, idade e posição espacial des-ses granitos deve ajudar muito no entendimento daevolução crustal dessa parte do escudo Brasileiro. Delbalet ai. (1969) apresentaram alguns resultados U/Pb pararochas do complexo Juiz de Fora, os quais indicaram idadede 2200m.a., considerada idade do metamorfismocatazonál.

Além da presença de greenstone-belu mais ou menospreservados, comuns na província geotectõnica São Fran-cisco e ausentes, no nível de conhecimento atual, naprovíncia geolectônica Mantiqueira, o que, fundamental*mente, diferencia as rochas infra-estruturais das duasprovíncias geotectônicas, é que a foüação de cisalhamento

Page 124: PONTE NOVA FOLHA SE23-X-B-II - IAEA

SF.23-X-B-I1 (Ponte Nova) 119

O.TT9

0,T»0

0.72»

IDADEt ?065iTJm oHit 0,707!! 0,0009

AIU-M-I

H4-N_ , - 1000 m 0

- -—4W-R4-H

0,4 0.8 1,2 1.5 2,0

Rb 87/Si 86

Fig. IL6.10 - Isócrona Rb/Sr d* granodiorito-gnaisse (A)U-R4)7•ntre Sarttinga 0 Carvalhos. lnfra-**trutura da faixa de

dobranrwntM alto Ho Grand*. Font*: Padilha & Vaaooncellos, in:Baltazar « t i . (1968) • Siva *t al. (1968.)

Si-41Sr «6

0,745'

0,730

0.715

IDAOE - 1 9 7 7 , 4 1 i34.0m.ORI = 0 . 7 0 4 i 3 r C , 0 0 1 9 3

I^LAV-14

X0L4V-1B

0,3 0,6 0,9 1,2 1,9

R68T/S-86

ÇJÍÍÍiíííííí^fvKÍKÍiífRg. 11.6.11 - Itócrona Rb/Sr d* granodiorito-gnaisM d* Lavras

(Htilbron, 1964) íntrusivo na infra-*sirutura da faixa dadobram*ntos alto Rio Grande. Font»: Padilha & Vasconcellos, in:

Baltazar at al. (1968) • Silva «t al. (1988.)

O.TtO-

0,7*0-

0.740

O.rny

0,700

IPâM 11(00110» IB. 0»• s 0.70*M10£01t1• 1 * 0 «>,»4H

de baixo fingulo 6 muito mais intensa nas rochas daprovíncia geotcctõnica Mantiqueira, onde se desenvolveunas condições dos níveis crustais intermediário e inferior,e menos intensa nas rochas da província geotectônica SãoFrancisco, onde a mineralogia que a acompanha mostracondições termodinâmicas da fades xisto-verde. Comoreflexo dessa colisão, aparentemente frontal, formou-se ocinturão de empurrões Mantiqueira e, no front das nappes,constituíram-se bacias grauvaquianas frontais (figura11.6.13), representadas , na área em estudo, pelasseqüências metassedimentares do grupo Andrelândia, »sudoeste, e do grupo Dom Silvério (unidades mídia esuperior) a nordeste, provavelmente em um estilo seme-lhante às foreland basins. A tectônica proterozoica médiae superior mascarou profundamente essas relações decavalgamento sindeposicionais, mas, mesmo assim, naregião a oeste de Bom Jardim de Minas e entre Arantina eAndrelândia, encontram-se rochas correlacionáveis aocomplexo Mantiqueira sobre rochas do grupoAndrelândia.

Nessa mesma ocasião, talvez como efeitocompensatório de tal colisão, iniciou-se a individualizaçáode duas estruturas aulacogênicas, de direção quase queexatamente NW-SE, a primeira, e NNW-SSE, a segunda,formando um ângulo próximo a 60° com a zona de colisãotransamazônica (figura U.6.14). A posição aparente dofront de empurrões nessa figura, no domínio do Espinhaçomeridional, reflete a lectônica proterozóica superior,muito intensa aí. A primeira, ao sul, evoluiu para conformara bacia de sedimentação Andrelãndia/Araxá/Canastra,que compõe a extremidade sudeste da província estruturalTocantins, de Almeida et al. (1977), enquanto a segunda,ao norte, evoluiu para construir o fulcro da sedimentaçãoEspinhaço. As idades das seqüências vulcanosscdimen-tares que ocorrem na base dessas sedimentações apontampara o início do Proterozóico Médio a instalação dessesaulacógenos.-

Com o objetivo de ressaltar um fato de sumaimportância, relembra-se que, quando teve início asedimentação da seqüência grauvaquiana do grupoAndrelândia Inferior, deste projeto (formação Cambu-quira de Baltazar et al., op. cil., e Silva et al., op. cit.), osmeiamorfismos meso- e catazonal das seqüências ar-queanas, arqueoproterozóicas inferiores e proterozóicasinferiores já haviam atingido seu clímax, e a sutura con-tinental estava sendo obliterada pelo deslocamento docinturão de empurrões. Desse modo, a idade proterozóicamédia precoce, sugerida para as seqüências gratrlaquianasAndrelândia e Dom Silvério, é justificada, e as idadesproterozóicas médias e superiores, encontradas para asprimeiras (figuras D.6.15 a D.6.18), relacionam-se com opico do metamorfismo de fades anfibolito sin-Dj, quemascarou profundamente o balanço geoquímico SÜ1-D2 e

1,00

FÍg. H.6.12 - Diagrama isocronioo Rb/Sr am rocha total para ogranito "alto Jacarandá" (NWde Errtra-Rios d* Minas). Font*:

Padilha & Vasconecllos, In: Baltazar *t al. (1968) • Silva *t al (1988).

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120 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

reomogeneizou o sistema Rh/Sr dessas rochas. Tais baciasgrauvaquianas evoluíram para uma seqüência pelito-psamítica, que extravasou do fulcro principal da

para norte, em direção ao cráton do SãoFrancisco, de Almeida et aL (1980), estando representadopela formação São Tome das Letras e pelo gnaisse Brejãode Silva et aL(op.át.),e para sul e sudeste, sobre as partesjá então peneplanizadas do cinturão de empurrões (grupoAndrelándia Superior, na folha Lima Duarte). A

extravasada para norte, ""Mia a faciologiayd 1 *""'" ao atingir a zona pericratônica, com quartzitose conglomerados (formação Tiradentes), margas e pelitos(formação Rio Ervas), pelitos e margas, com lentes decalcário (formação Prados) e paraconglomeradospolimíticos (formação Carandaí e seqüência de Madre deDeus), que constituem o grupo São João dei Rei. Emdireção NW, deve ter interagido com o início dasedimentação no aulacógeno. Uma isócrona Rb/Sr, dereferência, foi preparada para filitos grafitosos da regiãode Madre de Deus, que representam a transição entre osgrupos Andrelándia e São João dei Rei (figura II.6.19),

CINTURÃO DE EMPURRÕES MANTIQUEIRA

GRUPO ANORELÍNOlA INFERIOR

Pio. I IA l 3 - Esquama do dessnvoMmanto das grauvacas dogrupo Andralandia, tm estilo fore land basin, (a) Início da

formação do cinturão da ampurrOas Mantlquaira oom oonttituíçâoda uma tor* land basta, paio rabaixamanto isostátioo da zona

frontal ao rafarido cinturão, formação da laquaa daltaicos aturbidrtoa (grauvacas Ifticat a fsMspaticas?). (b, e, d)

Prossaguimanto da tuparpostcAo da aacamaa da ampurráo docinturão mantlquaira, loarguimanto parcial da parta datadimantsçlo da {ora land basin com tsu dobramanto;

IndMduailza-sa um daalocamanto basal (sol* trust) próximo àIntariao» cobsrtura-ambasamanto; nassa fasa poda havsr váriospulsos da soargulmsnto-arosâCKSdaposiçto. (a) Erosão da parta•oaroulda da oordilhsfra formada a afloramento da infra-astrutura

da fora land basln sntre as n. <-JS Mantlquaira a as nappssAndraUnoia Infarior.

6.4 O Profcroxófco Médio e Superior a b i n dcdobraaMatoB alto Rio Grande

A faixa de dobramentos alto Rio Grande, como aqui 6concebida, localiza-se marginalmente ao sul da provínciageotectônka São Francisco (figura 11.6.20); sua forma atual6 a de um trapezio com direção-geral WSW-ENE, desde abacia do Paraná, a oeste, até a região entre Caranafba-Bar-bacena-Juiz de Fora, em uma extensão aflorante de,aproximadamente, 350km. A base maior desse trapezioencontra-se a oeste, possivelmente entre Jundiaí (SP), aosul, e Monte Santo (MG), ao norte, com aproximadamente220km (figura IL6.21). Nesse trecho, engloba a região doplatô de Poços de Caldas e as litologias dos complexosgraniticos e granulfiicos do maciço de Guaxupé. A lestetermina irregularmente, em faixas balizadas por falhas tar-dias envolvendo rochas graníticas e granito-gnwnslione docomplexo Barbacena, granitóides do complexo Manti-queira e granulíticas do complexo Juiz de Fora, em umalargura média de lOIun. Perfaz, assim, uma área da ordemde 60.000km2.

Seu limite sul coincide, grosseiramente, com a zona decisalhamento serra da Mantiqueira ou São Paulo e, a norte,com a zona de cisalhamento Campo do Meio (Cavalcanteet ai, 1977, 1979). Sua forma atual deriva dos últimoseventos deformacionais que A atingiram, possivelmente deidade brasiliana precoce.

Padilha &. Vasconccllos (in: Silva et ai., op. cit. e Bal-tazar et ai., op. cit.) apresentaram uma hipótese deevolução crustal para a região sudeste mineira, a qualcorroborou-se com os presentes estudos. A essemodclamcflto acrescentam-se três elementos que supõem-se diagnósticos:

a) a faixa de dobramentos alto Rio Grande representa aextremidade sul da província estrutural Tocantins (Al-meida et ai, 1977), com a qual tem em comum a simetriados esforços deformantes;

b) consolidou-se a compreensão de que as grauvacasbasais c sedimentos pelitopsamíticos correlatosconstituíram-se como sedimentação frontal ao cinturão deempurrões Mantiqueira, formado quando da colisão con-tinental transamazõnica, em vários pulsos de soerguimen-to-scdimcntaçáo-dcsnudamcnto-ressedimentaçáo;

c) c possível que a região ao norte de Andrelándia seposicione, hoje, sobre uma pretérita junção tríplice com umramo rift (aulacógeno?), de direção NW, constituindo aextremidade sudeste do aulacógeno Aodrelândia-Araxá-Caaastra; o outro ramo, de sudoeste, conforma-se, pos-sivelmente, como falhas transformantes (sistema OuroFino) ou transcorrentes com bacias pu/I-apart(sedimentação do grupo Itapira); e o ramo de ENE atéNNE sendo constituído pelo cinturão de empurrões Man-tiqueira, que registra a colisão continental traosamazônicac e acompanhado de bacias frontais transpressionais(grupos Andrelándia, São Joáo dei Rei e Dom Silvério),desenvolvidas em rampas oblíquas.

Page 126: PONTE NOVA FOLHA SE23-X-B-II - IAEA

V

Província Geoteclinica São FranciKO parcia lmterKoktrta ptlas Mtracrustais do Proteroz»icoSuperior.

tochai dc alto trwi i f ta i i r f i co da crosta inferiorc parte do aanto l i toiférico-

tochas de «éCio a alto »rau «etaMrfico da cro*ta

intermediária (infra-titrutura)

Grupo Espinhaço e sua infra-estrutura .

Grupos Andrelândia, Sâo João De) l e i , Araxá,Canastra e Itapira e suas infra-estruturas

Seqüências supracrvstais, platafortais, doProteroziico Superior: jrupos Paranoá e latoui.

Colisão transaNzinicai nrca o rtpurráo da croslainferior sobre a interrediária.

± ? - Falhas transcorrrntts

._,_ Colisão uruacuana: larca o eapurrão da infra-estrutura transatazinica e ar^ueana sobrt a supra-estrutura da crosta inleriediiria .

Provável trato das descontinuididrs infracrustaifda Província Geotectinica São Franciscorelacionadas coa o l u i t e nordeste do autact'jrnodo Proteroziico (tédio .

] - Grupo Itapira

Coaplexos alcalinov: PC — Fotos de Caldas; 1 —Tariraj I — • h r r t i r o (d« ntaxá»; SH—Strra «etraeSa l i t re ; C—Catalão.

? - Feição dc laixo fraviactrico sob a lacia doParaná

•H.s «io foi rctrfwntitfo o avanço dat nappes dl wpra-estr»t«ranr«K«am sobre a Província Geotettinica Sio Francisco.

\

RQ. IU.14 - RagMro do* «tonMntot Mlruturai* profundo* da ragüo «id**»i.apar*do*dado*ajavfcn#irloo**tuapo**r¥*i

Page 127: PONTE NOVA FOLHA SE23-X-B-II - IAEA

122 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

S« 86

0.745

0.730

0.715

0.7

lDAO£=942.3;72.5in.«1*1 = 0,722210,0017

0.6 1.6 2.4

S« 67Si 66

0.775

0,750

0.725

S.2 4.0

ft» 87 /S '86

0.7

lOAOC-1 006,1! 64.4* a"t= 0.71404 • 0.00365

Fig. UwiS-hócrana flb/Srparaoaci6fMla^iiifnantta-orana<ia^io«t»-0naiMM d* Arantina: Padrara

gon a SSWd» /VanUna - tofmaçto Cambuquira - grupo

1.0 2.0 3.0 4.0 5.0

R»67/Sil

Hg. H.a.1» - Mcrona Bb/Sr para oacianHa-ailirnanita^ranada iKNOovita^uaftzowattM da AnrMna:Túrt6l da Farrovia do Aço S m SE da Anurttna - formação Sao

Tome das Lama - grupo Andralandia.

S< 67Sr 66

0,750

0.740

0,720

0.7-

iOAOE-1096.6; 60.* mo»T : 0.70167*0.00112

4N0 -IC O . M S

O , ' 5 0

O.US

O, '

âvP 043

0,6 1.5 2.« 3,2 40

«6 8 ' Sr

0.7 1,4 2.1 2,t

.V"*'*

5.5

ft» 6'>Sr 86

FIg. 11.6.17 - Isócrona Rb/Sr da retarancia para o» Fl». 11.6.1 $-ls6cron«Rb/Sfd«r«f«f»ncia para o»astaurollta-cianita-silimanita-granada-biotita-xistos faldspáticos cianita-estaurolita-granada-biotita-xisto» da Santana da Qarambeudoa arradoras da Andralandia - formação Cambuquira - grupo - formação Cambuquira - grupo Andrallndia

Andralandia ' ' :,• .

Sr 86

0/90

0,730

5,^r4C,4 rr a•«I: 0./24J4 10,00123

010481/5

^01 05 91/6F

1,0 2,0 J,0 4.0 4,0

86

FIg.'iljüi* -Hocrona Rb/Sr da rartrancia para o»(graflta)-blotJta-xi8tos da ragito a cudoatta da Madra da Dau»da Minas/asqüancia da Madra da Dau» da Minas/grupo Slo

JoaodalRai.

Page 128: PONTE NOVA FOLHA SE23-X-B-II - IAEA

SF.23-X-B-H (Ponte Nova)

^ <Fig. IL&20 - Elementos tectontcos da região lest* brasileira

(modificado d« Almeida et ai., 1976) 1 - Areaspré-transamazOnicas e transamazonicas nao-drferenciadas:

complexo Caralba (0, grupo Jacobina (II). complexo Jequie (III),Quadrilátero Ferrftero (IV). 2 - Faixa de dobramentos alto Rio

Grande e maciço Guaxupé (V). 3 - Faixa Espinhaço e coberturasrelacionadas na chapada Diamantina (VI). 4 -Areas

transamazonicas rejuvenescidas durante o ctdo Brasiliano. 5 -Unidades brasilianas: faixa de dobramentos Brasília (VII), regilo dedobramentos Nordeste (VIII), faixa de dobramentos Sergipana (IX),

faixa de dobramentos Araçuaí (X). 6 - Coberturas sedimenta/escorrelative* ao ctdo Brasiliano, grupo Bambu! na bacia do Sao

Francisco (XJ), Salitre-J«caré (XII) e Rio Pardo (XIII) 7 - Coberturassedimentarei fanerozóicas 8 - Falhamentos maiores 9 - Limite decráton; setas indicam vergéncia 10 - Area do projeto Barbacena

Essa faixa de dobramentos tem como característica básicaseu policiclismo e o envolvimento, em seus vários eventostectonometamórficos, tanto das seqüências supracrustaispróprias da faixa, bem como de seu embasamento. Comoanteriormente sugerido, a idade provável de suaindividualização deve ter sido no limite entre o ProterozóicoInferior e o Médio, no final do ciclo tectonotermalTransamazônico, sendo que o maior pico de metamorfismoocorreu durante o ciclo tectonotermal Uruaçuano e no finalda segunda fase de deformação (Heilbron, 1983, 1985) dasupra-estrutura metassedimentar.

Aparentemente, durante o ciclo Brasiliano, a região foiretomada por dobramento amplo e cisalhamento dúclil-rúptíl (?) de transpressáo de alto ângulo, acompanhado de

metamorfismo de fades xisto-verde ao norte, até, possivel-mente, anfibolito ao sul da linha Arantina-LJma Duarte, eanatexia ao sul e sudeste da Unha São Lourenço-Aiunioca-Liberdade. São exemplos dessa anatexia a últimamigmatização dos gnaisses de Bocaina de Minas e PassaVinte, c os granodioritos e granilos de Arantina, Liber-dade, Carvalhos e Serítinga. A figura II.6.22 mostra umatentativa de síntese visual desses eventos, relativamente àsupra-estrutura.

Assumindo a possível disposição original de deposição, noramo aulacogênico, como NW-SE, reconheceram-se asseguintes divisões litoambientais nessa faixa de dobramentos:

a) zona períeratônica norte e noroeste (fácies psamito-pelito-carbonatada):

- supra-estrutura: grupo São João dei Rei (formaçõesTiradentés, Carandaí, Rio Elvas e Prados);

- infra-estrutura: complexos Barbacena, Matola, Man-tiqueira e Ressaquinha;

b) zona pericratônica sudeste (fácies psamítica):- supra-estrutura: grupo Andrelândia Inferior e Supe-

rior (formação Cambuquira e quartzitos como os da serrade Ibitipoca, respectivamente);

- infra-estrutura: complexos Mantiqueira, Juiz de Forae Paraíba do Sul;

c) zona central grauvaquiana:- supra-estrutura: grupo Andrelândia (formações Cam-

buquira e São Tome das Letras, gnaisse Brejão) e complexoLambari;

- infra-estrutura: complexos Mantiqueira, Juiz de Forae Amparo (?);

d) zona marginal ao platô de Poços de Caldas:- supra-estrutura: grupo Andrelândia (formações

Cambuquira e São Tomo das Letras), complexo Lambari egrupo Itapira no estado de São Paulo;

- infra-cslrulura: complexos Amparo, SUvianópolis,Varginha-Guaxupc c Paraisópolis;

e) zona da granitogênese brasiliana:- essa zona contém os batólitos sin- c tarditranscorren-

tes do grupo Pinnal (Wernick & Pcnalva, 1978), ao norte,e granitóides tipo Morungaba c Socorro, ao sul da zona decisalhamento Ouro Fino. Essa granitogênese envolveanatexia de parte da infra-estrutura granulítica egranodiorito-tonalítica da faixa de dobramentos.

A partir dessas conceituações, e com base nos dados decampo, bem como na análise da bibliografia geológicadisponível para a área em apreço, justifica-se aindividualizaçâo das unidades geotectônicas conformeapresentadas a seguir:

a) domínio da supra-estrulura da crosta superior(seqüências supracrustais da faixa de dobramentos alto RioGrande - zona metamórfica da fácies xisto-verde);

Page 129: PONTE NOVA FOLHA SE23-X-B-II - IAEA

124 Prnflr»m» I vantaiw ntr^ fprolflgKXM BfaKTW nV» Hradl

«O»

100 ZOOKm

COBCMTURAS FANCROZÓICAS

8 9 10

E3E3IHSÜ1ÍIIIDI2 3 4 5

FA'IA OE 30SRAMENT0SALTO RiO SRANOE

Hg. IL&21 - Oistribuiçio das unidadaa pre-cambrianas na ragiio sudasta brasileira, i - Complexo Campos Gerais; 2 - ComplexoVarginha-Quaxupé; 3 - Complaxo SilvianópoU»; 4 - Complaxo Juiz da Fora; 5 - Complaxo Costeiro; 6 - Grupo Ampare; 7 - Complexo

Paraiaópoiia; 8 - Grupo Sio Roque; 9 - Grupo Açungui (indui complexo Embu e formação Setuva); 10 - Grupos Sio Joio dal RH eAndrelandia; ii-FoInaSioGonçalodoSapucal; 12 - Folha Heliodora; 13 - Projeto Barbacena. Obs.: o grupo Amparo foi, em sua maior

parte, considerado como idêntico ao complexo SiManópolis, a o restante como complexo Lamber! e grupo Andreiandta. Fonte:modificado de Geologia do Brasil. DNPM, 1964.

SSW NNE

- Jt*Ot

FAIXA MOV EL PERICRATONICA• ÍO«OA 00 CHATO»-»

_ ZONA

. AMSARl

-ZONA £«TERNA

-ORu»0 SAO JOAO DEL REI •

A»ORELÂNOiA

Argnfino, Stritingo # Cof»olhot

EMBASAMENTO AROUEANO / PROTEROZOICO INFERIOR

_ m _ / / jf , , , , , , . % . , . . . . % . , — w , , . , . . , .

Flg. ll.f J 2 - Concepção livre da correlação tectonoátratigráfica entre M unidades da faixa de dobramentos alto Rto Grandemodificado de Psdilhs & Vasconcellos, in: Baltazar et ai. (i960) a Silva et ai. (1968).

Page 130: PONTE NOVA FOLHA SE23-X-B-II - IAEA

125

b) dommio ds supra-estrntura da crosta intermediária(seqüênciassupracrustais da faixa de dobramentos ahoRioGrande - zona awtamorfica de fades anfibolito);

c) donunio da infra-estrutura da crosta intermediária(seqüências da infra-estrutura da faixa de dobramentosaho Rio Grande);

d) dommio das seqüências da crosta inferior (rochas dafárits granulito, mais ou menos migniatiyarfa» rf» infra-estrutura da faixa de dobramentos aho Rk> Grande).

Com o objetivo de estabelecer o quadro gcocrooolégcodas unidades da supra-estrutura da faixa de dobramentosaho Rio Grande, utilizaram-se informações de: Padüha(1984), HeBbron et aL (inédito ). Hcilbroo (1984), Macielft Gonçalves (dados inéditos utilizados com permissão dosautores), a partir das quais foram elaboradas cincoisocronas, somando 37 determinações Rb/Sr, além de cincodeterminações isoladas e com 12 determinações K/Ar emfases minerais e rocha total (tabelas n.6.2 e IL63).

modo a abranger várias litologias do grupo A'^T'S'Mpa.bem como representar uma área considerável deste.Situam-se na folha Andrelândia, 1:100.000, a oeste da folhaLima Duarte (Silva et aL, 1988), como explicitado a seguir,

a) região de Arantina: nessa região, situada na zona dacia com a fia11?^. foram elaboradas

duas isocronas:- pedreira da saída sul de Arantina, a 2km da cidade; aí

as rochas SãO gF?niHJiH*'fln'<a-<*1'man'<a-h'n**t i>-gna'"*!t.com remobilizados quartzofeldspáticos importantessegundo a foliação e cortadas por diques de aplkos (AVP-016) (pontos AVP-006, AVP-013, AVP-014, ART-2A,ART-2D, ART-2F da figura DAIS);

- túnel da ferrovia do Aço, na região do córrego dosCordeiros, ± Skm a ESE de Arantina; as rochasamostradas foram granada-cianita-silimanita-moscovita-quartzoxistos muito transpostos, com raras vênulasremobilizadas de quartzo + feldspato (pontos AVP-025,AVP-027, AVP-031 e AVP-033) (figura D.6.16);

b) regulo de Andrelândia: situada 20km a nor-noroestede Arantina, i*tft rochas estão na fáf*fs metamórfica an-fibolito, com a coexistência de estauroüta e <*«anita iní^íai.mente, tentou-se estabelecer uma isocrona em um únicoafloramento do estaurolita-cianita-granada-biotita-plagioclásio-xisto, rocha típica do grupo Andrelândia, masnão houve dispersão suficiente para tentar-se uma isócronaconfiável. Então optou-se por coletar amostras em pontosmais separados, porem com continuidade física (raio de 3km), de modo a conseguir-se a dispersão. Conseguiu-seassim uma boa isocrona de referência (pontos AVP-045,AVP-0S0, AND-IA, AND-1C e AND-1E) (figura II .6.17);

c) região de Santana do Garambéu: situada 25km anordeste da cidade de Andrelândia e38km a nor-noroestede Arantina, suas rochas estão na fácies anfibolito, próximo

à tsógrada da cunjta. As rochas sio igranada- biotita-xistos fekkpáticos, dMeriado daquelas deAndrelândia apenas pda maior qwatidadr de quartzo emuko menor presença de plagioclásio. As amostras foramcoletadas em um — IHHT material, mas wr um ffrrwrft de

uma boa isocrona de referência (pontos anaWrtrm AVP-037, AVP-039, AVP-040, AVP-042, AVP-043) (figuraD.6.18);

d) região de Madre de Deus: situada 29km a nor-noroeste de Andrelândia e 49km de Arantina, na mesmadireção; as rochas estão na fácies anfibolito, na zona daestaurofita. As rochas ——&*»*** sio estaurolita-granada-filkos grafitosos da zona de transição entre os gruposAndrelândia e São Joio dei Rei e, neste trabalho, s ioinclusas na segunda unidade Também elaborou-se umaisócrona de referencia (figura D J6.19) utilizando-se os pon-tos analíticos 01-05-81/5, Dl-181, 01-05-81/6A e 01-05-81/6F.

Vários outros pontos foram utilizados como apoio eencontram-se listados na tabela U62. Durante a exposiçãodo quadro geocronológico, será discutida a suaimportância.

As determinações K/Ar estão listadas na tabela DJ&3.Como se pode observar, cobrem uma vasta área da regiãoenfocada, permitindo sua utilização na tentativa de es-tabelecer o padrão de resfriamento final dessa região.

A tabela 11.63. mostra que, nas rochas da supra-

fases minerais diversas: anfibólio, biotita e moscovita.Os resultados concentram-se no intervalo de 550 a ±

50m.a. e mostram o zoneamento devido ao resfriamentoregional, do mesmo modo que a infra-estrutura retraba-lhada, onde as idades mais jovens são encontradas no sul eas mais antigas, no norte.

Desses resultados, também abstrai-se uma tendência àconcentração de determinações geocronológicas Rb/Srnos intervalos 1050 a ± 50nLa e 800 a ± 50nLa, enquantoas determinações K/Ar concentram-se no intervalo 550 a

As idades obtidas devem ser consideradas idadesmínimas, já que normalmente sio idades de resfriamentoou refletem reomogeneizaçáo parcial do sistema Rb/Sr,relacionadas aos diversos eventos tectonotermais que atin-giram a região.

Heilbron (1985) demonstrou que existiram dois pulsosmetamórfícos regionalmente importantes interessando àsrochas que compõem a supra-estrutura e a infra-estruturada faixa de dobramentos alto Rio Grande, e que tiveramsuas paragêneses metamorficas preservadas.

Associa-se o primeiro, e mais intenso, pulsometamórfico, cujo registro se mantém, à fase dedeformação D3.0 pico máximo de metamorfisnío ultrapas-sou temporalmente a época da deformação máxima.

Page 131: PONTE NOVA FOLHA SE23-X-B-II - IAEA

126 Progranu Lew los Geológicos Básicos do Brasil

Tabela I I . é . 3 - Oeterninicâo ca Rochas da Reiiio entre Lavras e Van t i na (H6)

N. Cawo 1

«RT-2CLA&-23AKD-1C

m-t-imART-2-AAv?-#35Dl-iSi01-68AW-Wl

ART-2C(WT-X-iNAAVP-62

MIH4PHD-X-3CLAW-iCHIN-428m-í-x

tocha 1

anfibolitoxistoxistognaisse9naissexistoxisto«íartzitopejutttojranadioritoanfibolítosnaisseanfibolitoanfibolito

9naissetnaissegnaisseanlibolitognaisse

Material 1

biotitabiotitabiotitabiotitabiotitabiotita•oscovita•oscovita•ica•oscovitaanfobólioanfobólioanlobólioanfobólio

biotitabiotitabiotitaanfibólioanfibólio

21 1 ttr4t

SUf*»-ESTIüTm«

6,1695,924A.869á,;w7,5187.4W7,#528,6328,5319*24•,946«.6541,399«,657

INFRA-ESTRUTURA

7,8it5,9537.M21,191«,923

rti (ccSTr7i.i«-é>

164,43165.9153,3155,9172,4173,66168,42*3,2156,31194,4*24,31

166.311.8316,52

195.25187,18193.911,12731,465

1 ZAr4« í t t 1

5.193,«12,657.311,629,174.774,187,852,17

17. «211,3311.922«,ít

19,4163,324,«29,799.13

Idade (Ha) 1

581U749951751152»529522419536564558591554

554946595

1M6698

Erro

1724151515161615131617171816

1656,918,«41,835,4

Fonte: Padilha I Vasconcellos, in: Baltazar et a i . (1988) c Silva et a i . (1988).

Page 132: PONTE NOVA FOLHA SE23-X-B-II - IAEA

SR23-X-B-II (Ponte Nona) 127

Assim, as idades registradas são tardi-Da. Esse metamor-fismo provocou a formação de paragêncses da fácies an-fibolito abo e anatexia parcial, atingindo a tsõgrada dacordierita ao sul de Bom Jardim de Minas. Também foi aresponsável pela reomogeneização quase total doestrondo (Sr) nas seqüências supracrustais e a abertura dosistema K/Ar das rochas da infra-estrutura.

Desse modo, as isócronas Rb/Sr, em rocha total, queapontam para o intervalo de 1050 a ± 50m.a., datam esseevento.

A deformação da fase Da atingiu rochas já transpostas,mais ou menos miloníticas, devido a intensa fase deimbrícação de escamas de empurrão, em regime de dsa-Ihamento dúctil heterogêneo, que gerou uma foliação detransposição (St), reconhecida como a superfície dereferência no âmbito da faixa de dobramentos alto RioGrande. Assim, a história deformacional das rochas dasupra-estrutura iniciou-se em data anterior a HOOm.a.,possivelmente, durante a fase principal do ciclo tectono-tennal Uruaçuano. Uma forte lineação mineral, paralelaao eixo X do elipsóide de deformação, foi desenvolvida.

A simetria das duas primeiras fases de deformação dafaixa de dobramentos alto Rio Grande 6, em geral, seme-lhante, indicando tratar-se de duas fases de um mesmoevento tectonotermal, que se sucederam no tempo(deformação progressiva). Entretanto, em alguns locais,principalmente próximo às extremidades das nappes dechamage, possivelmente Da, nas folhas lima Duarte eBarbacena, os estilos das dobras são muito diferentes e oseixos podem ser até ortogonais. Esse fato, antes de imporum hiato entre as fases Da e D4, devido à aparente dis-simetria das estruturas, demonstra a presença dadeformação por àsalhamento simples, progressiva, haven-do antes uma translação heterogênea provocando umaaparente rotação no vetor do transporte.

A concentração de idades no intervalo 800 a ± 50m.a.pode ter uma das explicações a seguir:

a) a instalação do metamorfismo progressivo de fáciesanfibolito se iniciou nas zonas mais internas da faixa dedobramentos e progrediu temporal e espacialmente, nosentido do continente (províncias geotectônicas São Fran-cisco e Mantiqueira soldadas), enfraquecendo suascondições de P-T; porém, incrementado pelo efeito doembasamento (mais raso), demorou mais a esfriar, cris-talizando o sistema Rb/Sr em data mais recente;

b) a implantação do metamorfismo brasiliano de fáciesxisto-verde, que descrever-se-á a seguir, desequilibrou par-cialmente o sistema Rb/Sr preexistente, sendo mais impor-tante esse desequilíbrio naquelas rochas micáceas,predispostas à reomogeneização isotópica emtemperaturas mais baixas, de tal modo que estas são idadesmistas, sem valor absoluto de datação, podendo ser inter-pretadas à luz de outros conhecimentos.

O segundo pulso metamórfico, que aparentemente atin-giu quase toda a seqüência lftica da supra-estrutura daregião (idades K/Ar sem padrão de variação definido),

deve ter ocorrido em torno de 550 a ±50nxan<a concentração das idades K/Ar nesse intervalo.

Associa-se esse pulso metamórfico i fase dedeformação flexural Ds, devendo ser sin- a tardi-D*.Apresenta, em quase toda região do abo Rio Grande,paragênese da fácies xisto-verde. Porém, ao sul de Ann-tina, Bom Jardim de Minas, Liberdade, Serítinga eAiuruoca, provocou migmatizaçâo com geração demetatexitos e diatexitos. O magmatismo que acompanhouesse evento gerou soleiras de apütos e pegmatitos quepenetram a foliação St até a sul da serra de Santo Antônio(Andrelândia) e São Gonçab do Sapucaí (a oeste). Essespegmatitos forneceram idades Rb/Sr convencionais de 668a ± 20m.a. cos apütos, 603 a ± 18m.a-, enquanto uma idadeK/Ar em biotita do afloramento anterior forneceu a idadedc510a±8m.a.

Por outro lado, no domínio do cinturão de dobramentos,os anfibólios de anfibolitos da supra-estrutura mostraramidades K/Ar cada vez mais jovens no sentido sul: 591nuu,a norte de Andrelândia; 558m.a., a sul de AnHwJh««»:

550m.a., 6km a norte de Arantina. Tomando, como apoio,um resultado da infra-estrutura da faixa, em amostracoletada ao norte de Madre de Deus de Minas (MD-X-3C), a idade conseguida é 698m.a., comprobatório dozoneamento. A biotita, nessa última amostra, forneceuidade de 946m.a., mostrando a difusão irregular doargônio. Um anfibolito nas proximidades de Minduri, in-trusivo no complexo Mantiqueira, forneceu idade deresfriamento do anfibólio com 1086m.a. (MIN-428). Essasduas últimas determinações apontam ou para areomogeneização do sistema K/Ar no ciclo Uruaçuano, ouuma difusão pardal do Ar no dclo Brasiliano, das rochasda infra-estrutura.

As idades isocrônicas Rb/Sr foram obtidas em rochaspreponderantemente micáceas, devendo refletir idades deresfriamento das micas que as compõem, conformeproposUrporJager (1979, p. 9 e 10).

Assim, julgou-se razoável sugerir que as idadesisocrônicas obtidas para as rochas essencialmentequartzobiotíticas de Santana do Garambéu e Madre deDeus de Minas estão próximas da idade de resfriamentodas fases D3 e D4 que, nessa região, deve ter ocorrido emépoca posterior às zonas mais internas da faixa dedobramentos. Além do mais, a fase Ds provocou metamor-fismo da fades xisto-verde, que gerou clorita e seritíta, demodo que tais isócronas devem ter influência parcial desseprocesso, isto é, as idades do intervalo 800 a ± 50ma. sãomistas, pois envolvem relações isotópicas de resfriamentocristalizadas nas fases D3 e D4 (1050 a ± 50nLa.) preser-vadas e relações isotópicas de resfriamento da fase Ds (550a ± 50m.a.). As isócronas de Andrelândia e Arantína,provavelmente, representam idades mais aproximadas doresfriamento das fases D3 e D4, apesar de tambémmostrarem efeitos de superposição da fase tectonotennalDs (dclo Brasiliano). Isso deve ocorrer devido à menormodificação causada ao sistema Rb/Sr de rochas sub-

Page 133: PONTE NOVA FOLHA SE23-X-B-II - IAEA

128 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

a condições de metamorfismo de médio a ahograu, onde as parageresistentes a novas ncfismo de grau bail

pelft

superpostaDe qualquer modo, o intervalo sugerido para essas

idades de resfriamento (1050 a ± SOnu.) deve ser en-CSffSdO ©OHIO B O B U I D O P J m A OCIOflBSCSO C DmCta^DÚfuSflBO

O resfriamento final do ciclo Brasiliano promoveu ofechamento dos sistemas Rb/SrcK/Ar em todas as micas,finalizando a cratooizaçáo da plataforma Brasileira.

Nos eventos tectonotermais definidos pelasdeterminações geocronologicas referidas, as rochas cons-tituintes da Caixa de dobramentos ako Rio Grande foramobjeto de deformação progressiva dúctil no cicloUmaçuano (Cases D3 e D4) e deformação flexural roptil-dúctfl no ciclo Brasiliano (fase Ds).

Quando do processo distensivo da fase rift, durante oqual se individualizou o aulacogeno Andrelândia-Araxá-Canastra (figura fJ.6.14), houve a intrusão, na seqüênciagrauvaquiana frontal ao cinturão de empurrões Manti-queira, de rochas relacionadas com o magmatismo básicoinicial (anfihoütos e serpentinitos associados à formaçãoCambuquira do grupo Andrelándia; faixa máfico-wlfrwfly» de Bom Jesus da Penha-Jacuí (?); anfibolitos euitrabásicas da serra da Canastra etc; rochas básicas eultrabásicas associadas ao complexo Lambari), e acoalescência da fase regressiva da bacia grauvaquiana,^couÃnfia pcl*top ínnft*fii. com o início da sedimentaçãojffllarogfnfrír fanglomcrados, sedimentação fluvilacustrc edeltaica (?). Nessa ocasião, ou cessou o movimentocolisional transamazônico, como parecem indicar asintrusões tardi- a pós-tectônicas (1900nuL), ou seus efeitossobre as rochas da seqüência grauvaquiana foram mas-carados pelas deformações do Proterozóico Médio.

Durante essa fase de enchimento da bacia desedimentação, houve o seu avanço a norte, sedimentandoa seqüência psamopelito-carbonática, do grupo São Joãodei Rei, sobre o já então consolidado continente, formadopela colisão das províncias geotectõnicas São Francisco eMantiqueira.

A abertura do aulacogeno pode ter provocado ummovimento transcorrente, com formação de bacia pull-apart, a sudoeste do bloco Varginha-Guaxupé, onde sedesenvolveu a seqüência psamopelítica, superior àsgrauvacas do grupo Itapira.

Essa yf"wrntí'c*K> culmina com o enchimento da bacia(grupos Canastra e São João dei Rei), que se espessa muitoe avança até a região central de Goiás com característicasmiogeoss inclinais.

A seguir, iniciou-se o processo compressivo que irá fechareste novo riflo tectonossedímentar, foiMtifiiífMfct o cinturãode empurrões Canastra, com imensas nappes supracruslais.

Nessa região, o sentido geral do movimento foi de SSWpara NNE, com variações locais devido à irregularidadedoa blocos enutais envolvidos.

A vergência dessa colisão foi deduzida a partir defeições estruturais consplcuas, relacionadas com aUansprwic^oecxaccfbamentodaelipticidadedochpsoidede deformação, determination pela deformação por dsa-lhamento dúctil de baixo ângulo, tais como Bneaçõesminerais c geométricas, cristais com sombras de pressão,sjgmoinVs de fatia&o, tension guha, bandas S-C

Esse processo originou imensas escamas de empurrão edobras recumbentes com flancos inversos transpostos poradelgaçamento contínuo, gerando intensa foliação detransposição plano-axial e bandamento composidonalmetamórfico, que representam a superfície de referenciaregional St+1 c 11— paralelização dos n^fn**^ ífrolfaTCfF*e interfonnacionais, isto é, Sa/St+1-

A anáfise das paiagfacscs metamórficas, desenvolvidasawfil»fJifr> m<Hin a, ako, POS*

as metajoorficas com gradientesinhtouaidentificaçãb de

durante a etapa tardia da fase de deformação D3.A morfologia dos dobramentos da fase D4 varia, de

acordo com seus posicionamentos na faixa de dobramen-tos. A norte de Luminárias-Madre de Deus de Minas-Iber-tioga são dobras em joelho, com foliação plano-axial poucodesenvolvida. Entre tal limite e a linha imaginária Monse-nhor Paulo-Serranos-Arantina-Lima Duarte, essas dobraspodem assumir a geometria de dobras similares invertidascom adelgaçamento do flanco invertido. Nessa situação,apresentam uma cUvagem de crenulaçáo na zona axial dasdobras. Daí para o sul pode haver transposição SÚ1-D4 doflanco inverso dessas dobras. Adkãonando-se o aumentodo metamorfismo, que, ao sul dessa fiitíma Unha atinge 0ponto mais alto da fáciesanfibolito(cordierita + «li+ K-feldspato), torna-se difícü, na maior parte dos casos,separar as duas fases de deformação (D3 e D4)desse pacoteUtológico, responsáveis pela sua evolução no ProterozóicoMédio/ciclo (ectonotennal Umaçuano.

Com geometria totalmente diversa, pois apresentaplanos anais variando de NE-SW a N-S, com atitudepróxima à vertical, ocorre a fase de deformação D5, comuma possível subfase ou fase associada,que se manifesta emdomínios a oeste da área do projeto.

Essa fase tcrmodefonnaciooal, considerada como partedo ciclo tectonotermal Brasiliano, compreende aremobtlizaçáo ensiálica de unidades mais antigas (ves-tigeossinclinal), tendo como resultado o aquecimentoregional e a geração anatética e/ou diapírica de magmatitoscalcialcalinos c alcalinos intracrustais. O aquecimentoregional foi responsável pela implantação do metamorfis-mo de grau baixo (nsto-verde) tardi-Ds sobre as rochas defácies anfíbolito lardi-D}.

Em certas condições especiais de anisotropia crustal,essa fase de deformação, normalmente responsável pelaformação de amplas dobras flexurais (comprimento deonda > Skm), origina o rcalinhamento e aumento de as-simetria de tais dobras associados à constituição de zonasde cisalhamento dúclil-rúptil de alto ângulo, cuja direção

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SF.23-X-B-D (Ponte Now) 129

«aria deWSW-ENEaSW-NE(D6); nesses casos, as dobrasD5 miimcm • morfologia de dobras em joelho com eixosmergulhantcs divergentes em relação à zona de

A vergênciadc tais dobras é indistinta, e os pegmatites eaplitos citados anteriormente são pré-dobramentosbrasilianos

é^SMewdaid* catado de Mnas Gcrab

F.ssa rfntcsc representa uma reavaliação mais completa,devido à aquisição de novos conhecimentos, daquelaapresentada por Padilha & Vasconcelos (in: Süva et aL, op.cit. e Baltazar et ai., op. riL).

A infra-estrutura dessa região deve ter-se constituídodurante o Arqueano, com sua consolidação final ocorren-do no ciclo tectonotermal Jequié (2500 a ± lOOma.). Essacrosta arqueana sofreu deformações e metamorfismo in-tensos durante o ciclo tectonotermal Transamazõnico(2000a±200nLa.).

No final do ciclo Jequié, iniciou-se o processo de rif-teamento ensiáüco que constituiu o fulcro ^a* atividadestectonotermaís do ciclc Transamazõnico - o granderesponsável pelo quadro geológico atual da região. Essequadro atualístico mostra uma intensa imbricaçãotectônica, colocando o nível crustal inferior sobre ointermediário, e este sobre o nível crustal superior.

Essa imbricação tectônica - o cinturão de empurrõesMantiqueira — foi constituída na f?*^ principal do cicloTransamazõnico e marca a colisão de dois blocos crustais: aprovíncia geotectônica Mantiqueira e a provínciageotectônica São Francisco. Essa colisão tem sua existênciasuportada pela grande descontinuidade gravimétrica quesepara os blocos gravimetricamente homogêneos São Pauloe Vitoria, a sul e leste, respectivamente, e Brasília, a norte. A

o que induz a propor-se o cavalgamento dos dois primeirosblocos sobre o último (Hasui & Obrara, 1964; Haralyi &Hasui, 1982a, 1982b). Essa constatação geofísica tem coin-cküdo com os dados geológicos mapeados na região. Com oobjetivo de amarrar os dados geológicos no campo com osdados groftáfos gravimetria», executaram-se cinco perfisgravmétricos com estações de LOOOm em 1.000m (500m em5Q0mnoperaMomeVerde/C^lçao^), medidas dedensidadedas rochas aflorantes e descrição geológica dos pontos (figuraD.5.1). Os perfis gravimetria» interpretados mostraramgrande npfiiamrnto crustal devido à superposição de es-camas de empurrão ao cruzarem a dracontinuidade referida.

Coincidindo com o espessamento crustal referido,afloram quatro conjuntos biológicos distintos: a suítemetamórfica São Bento dos Tones e o complexo Manti-queira no âmbito da província geotectônica Mantiqueira, cos complexos Barbacena e Rcssaquinha ao âmbito daprovíncia geotectônica São Francisco.

A suite metamorfica São Bento dos Torrescaracterísticas biológicas, petrologicas e Ia assemelham ao ownplCTP Juiz de Fora (comparar dadoiidas tabelas Ü22, 0.2.9 e D216, do texto explicativo dafolha lima Duarte), e que constituiria, con este, oprotocontinente Mantiqueira. A posição atual que ocupateria sido atingida no processo de encurtamento crustalresponsável pela formação de * « r y c de empurrão nocinturão Mantiqueira, yip uma "*»»*" da infra-estruturaqdo referido protoconrinmte, obduetada sobre o protocon-tinente São Francisco. A maior diferença entre os doisgrupamentos ffiicos citados fica por conta da associaçãobiológica. Enquanto, no complexo Juiz de Fora, há umapresença marcante de rochas paraderivadas (gnaissrskinzigíticos, gnaisses calássilicáiicos e quartzitos, as-sodadus aos ortognaisses intermediários e ácidos, commetabasitos c metaubrabasitos subordinados), na suítemetamorfica São Bento dos Torres não foram < *«'*»H *.até o momento, rochas paraderivadas, e as rochasmetabisicas sào mais abundantes. Além disso, ageocronologia sugere idades de Arqueano Superior eMédio (2600ma. e 3000ma^ respectivamente) (figurasIL6.2 e D.63) para essas rochas, em contraste com as variasisocronas transamazônicas dos complexos Mantiqueira eRessaquinba. Tais rochas apresentam metamorfismoregional na fácies granubto.

Os complexos Mantiqueira e Ressaquinha mostramidades de retrabalhamento e/ou formação situadas no in-tervalo do ciclo tectonotermal Transamazõnico 2000 a±200m.a. (figuras D.6.4, Ujbó e D.6.6). São agrupamentosde rochas que se revestem de especial importância nacomposição do acervo de informações que indicam aexistência de """? colisão continente vtrsus continente, deidade transamazônica, envolvendo os protocontinentesMantiqueira (província geotectônica Mantiqueira) e SãoFrancisco (província geotectõnica São Francisco).

A arialisc dos gráficos litoquímicos, onde foramlançados os dados analíticos de amostras dos plagioclásio-gnaisses do complexo Mantiqueira (para maiores detalhesver texto e figuras dos subitens U2325 da folha Barbacenae 112.4.6 da folha lima Duarte), permitiu concluir-se que,em parte, a composição dessas rochas aproxima-se daquelados granhos de sintais (Keqin, 1982), dos granhos MS(Chaoqun, 1985) e dos granitos de traa>ição (Jili & Jiayuan,1985). Esses graniu» desenvolvem-se em margens con-tinentais ativas, em ambientes compressivos do tipo cordi-Iheirano.

Convergentes com essa conclusão, alinham-se asobservações a seguir:

a) os diagramas dos subitens citados no parágrafo anterior,q^moaram a vmiaçáo da protoo'ioVide do posicionamentodos corpos feneos na crosta com os teores relativos de Rb eSr (Coodie, 1973), indicam uma variação de espessura dacrosla compatível com o ambiente indicado;

b) os metabasitos e os metaultrabasitos associados tec-tonicamente ao complexo Mantiqueira são (figuras II.2.41

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Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

e U2S2, da folha lima Durtc) basaltos toleítícos oceânicosde fM* alumina, pftdiyfflytf^Titr tipo MORB-T (ver asfiguras citadas, acrescidas da figura 11^55), com rarosexemplares do tipo intrapkca, de origem mantélica, cris-talizados em »mKi*ntft transicional e em sistema aberto dealta pressão e fonte equivalente a granada lberzolito, re-presentando, talvez, o nfvel 2 da crosta oceânica;

c) as razões iniciais das isócronas são muito elevadas.

Concluindo, essa colisão mnfinrntal interdigitou tcc-tonkamente parte do conjunto "batólito cordilheirano +embasamento" da margem continental ativa do protocon-

tado, cujas raízes compõem, na atualidade, o complexoMantiqueira.

O complexo Ressaquinha (subitem H.2.2.2.5 —litogeoquímica, folha Barbacena), por seu lado, mostracaracterísticas essencialmente %"*a* (Takahashi et aL,1980) de caráter metaluminoso (segundo Debon & Le Fort,1983), derivando por diferenciação de um mesmo magmagabro-anortosítico, três trends: um trend tolcítico, onde seencaixam as rochas básicas e intermediárias do complexo;

anHr» a mau>f naftf düS rnr^flff

intermediárias; e um terceiro subaicalino escuro, principal-mente representado pelos corpos diferenciados dequartzomonzonito, monzogranitos e raros gabros (di-ques?), como mostra o diagrama Q-P de Debon & Le Fort(op. àt.) (verfolha Barbacena). Elaborou-se um diagramadiscriminante, com base em Hunter (1971) e Condir(1981), segundo o qual foi possível reconhecerem-se duasunidades no complexo Ressaquinha: uma trondhjemítica

j) c "H'a ralfialfaiin^ (unidade 2). Nesta, écomum a presença de encraves, de dimensões variadas, degnaisses e anfibolitos.

Os Hiagrama» apresentados, utilizando terras-raras (Eux ID, Eu x Ca, TR x Yb/La), sugerem, para as rochas docomplexo Ressaquinha, origem em ambiente transicional(Jili & Jiayuan, op. cit.), tendo sido cristalizadas a profun-didades médias e altas - 20-30km (diagrama íogRb xlogSr de Condie, 1973), caractcristicamente em condiçõestectônicas de soerguimento pos-colisional, com tendênciaa sincolisional (diagrama R1-R2 de La Roche, seguindo ainterpretação de Batcbelor & Bowden, 198S, apresentadana folha Barbacena). Duas amostras consideradas comodesse complexo caíram no campo das intrusões pré-colisionais (siaconvergência de placas), na placa emsuhducção, representando eventos precoces ou ~ scamasinterdigitadas do complexo M&Btlqueira, assumidas comodo complexo Ressaquinha durante a colisão. Essa últimahipótese é favorecida pela dúvida que ficou, quando domapeamento, quanto à posição lúostratigráfica das rochasgranitóides gn íwifj»« bandadas, situadas na região quemedeia Barbacena s Desterro do Melo, logo ao norte dazona de ocorrência da seqüência vulcanossedimentar docomplexo Barbacena, e que pode estender-se até Lamim.

Avaliando-se o exposto, foi possível sugerir-se que:

a) as unidades aqui denominadas complexos Manti-queira e Ressaquinha compõem complexos granitóidestranspostos, interdigitados e com restos do soalho oceânicoobduetado, que obliteram antiga zona de sutura crustal tipocolisão continente versus continente;

b) o complexo Mantiqueira apresenta comocaracterística marcante a diversidade de fontes quegeraram seus granitóides, já que existem três tipos do ponto

miwaintf.

(op. cit): um pré-colisionaL gerado em margem continen-tal ativa, à semelhança de um batólito cordilheirano; umsincolisional, formado a partir da refusão da pilha grauva-quiana subduetada juntamente com parte da crosta ondese aloja; um tardicoUsionaL peraluminoso a subaicalino,formado após o espessamento da crosta pela colisão, masainda afetado pelos movimentos tangenáais;

c) o complexo Ressaquinha apresenta-se mais uniforme,com as rochas ácidas, intermediárias e básicas formadas apartir de uma mesma fonte magmática crustal pordiferenciação, talvez mais profunda que a anterior, tipica-mente calcialcalina, com menor impressão do tectonismoUngencial e posicionadas, principalmente, de acordo como discriminante tectônico de Batchelor & Bowden (op.cit.), durante o soerguimento pos-colisional;

d) o complexo Barbacena, pelo seu caráter vulcanos-sedimentar e pelo posicionamento que ocupa, pode repre-sentar uma seqüência ofiobtica do Proterozóico Inferior,ao contrário de uma seqüência tipo greenstone-belt ar-queana subduetada.

As determinações isotópicas Rb/Sr sobre osgranodioritos tardi- a pós-tectônicos (figuras II.6.10, II.6.11e II.6.12) forneceram idades em torno de 2000m.a. Assim,possivelmente um processo de colisão continental desen-volveu-se no ciclo tectonotermal Transxnazônico e con-dicionou 1 formação de uma bacia grauvaquiana frontal aocinturão e de duas bacias aulacogênicas: a baciaAndrelândia-Araxá-Canastra c a bacia Espinhaço.

A bacia grauvaquiana frontal iniciou-se com asedimentação, no front do cinturão de empurrões, desedimentos terrígenos finos, com raros níveis psamíticos,intercalados com material vulcanoclástico e possíveis der-rames e intrusões máficas e ultramáficas (complexo Lam-ban), que passam lateral e verticalmente para as grauvacasda formação Cambuquira (grupo Andrelándia Inferior, dafolha Uma Duarte) do grupo Andrelándia. Essa bacia, aoser preenchida e em regime de quiescência tectônica, deuorigem à sedimentação pelitopsamftica (grupoAndrelándia Superior, da folha Lima Duarte; formaçãoSão Tome das Letras) e a pelitocarbonatada transgressiva(grupo São João dei Rei) sobre o continente São Francisco-Mantiqueira ao norte, leste e ao sul e, provavelmente,coalescru com a sedimentação penecontemporânea doaulacogeno Andrelândia-Araxá-Canastra.

Todo esse conjunto lítico, composto pelas seqüênciasgrauvaquiana, peUtopsamítica e pelitocarbonática, sofreuo efeito de uma tectônica tangencial, em regime de cisa-

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SF23-X-B-D (Poste Now) 131<

mamfüito doctil, com desenvolvimeiito de ama intensafobaçáo piano-axial com transposição (St+1), que tambémfrmmpfi^ wn party, n h»nA»mrntn mrtMiiArftrn/miinnftinn

(St-i/St) da infra-estrutura. Esse movimento tanto pode tersido motivado pela continuação do deslocamento docinturão de empurrões, com vetor de deslocamentomodificado (?), como pode indicar o fechamento da f»**»de dobramentos alto Rio Grande, já que o vetor de des-locamento dasnappes de supracrustais 6 variável desde SWpara NE, no extremo-oeste, até SSW para NNE, no leste.Essa é a hipótese mais provável, devido ao recobrimento^mc nappes tr*ntama7ftnirat. principalmente coostitufdaspor rochas da infra-estrutura arqueana, pelas nappesuruaçuanas (D3), essencialmente constituídas porseqüências supracrustais, particularmente evidente nas fo-lhas lima Duarte e Barbacena. Muitas vezes, o efeito dessenovo empilhamento de nappes na infra-estrutura é aformação de zonas de cisalhamento de alto ângulo como asde Barbacena e Campo do Meio, acionadas em rampasoblíquas e laterais.

No prosseguimento da estruturação regional, registrou-se a retomada do processo de deformação e metamorfismoda fades anCbolito a xisto-verde, no final do cicloUruaçuano, com o metamorfismo sendo tardio em relaçãoa essa fase deformativa (D4). Encerrando a evolução

tectouca pré-cambriana dessa área, ela foi submetida adobramentos amplos (fase Dj) - associados • m a s decisalhamento de transpressáo, que podem suceder tem-poralmente o dobramento e, por isso mesmo, w H " fcomo uma fase de deformação dependente - e ametamorfismo da fades xisto-verde tardi-Ds, provavel-mente no ciclo tectonotennal Brasiliano (550 a ± SODU.).A fase de deformação brasiliana principal está TffP^tnas idades de resfriamento das biotitas, com as idades deformação dos pegmatitos e aplitos representando a faseterminal de cratonização da região.

No extremo-nordeste da área enfocada (folhas RioEspera e Ponte Nova), não há registros, até o momento,de idades uruaçuanas, e as brasilianas apenas refletem oresfriamento das biotitas. Desse modo, nessa região, aevolução da bacia grauvaquiana (grupo Dom SUvérío)talvez tenha se concluído no próprio cicloTransamazônico, com o cinturão de empurrões Manti-queira comprimindo-a e empurrando-a contra aprovíncia geotectônica São Francisco, formando umanappe de cobertura (figura II.6.13). No final desseprocesso, uma larga zona de cisalhamento de altoângulo, transpressional-sinistral, desenvolveu-se cruzan-do a faixa de afloramento do grupo Dom Silvério, deonde resultou a forma quase sigmoidal que ela ostenta.

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SF.23-X-B-H (Pome Nova) 133

Capítulo 7Geologia Econômica

porWalmirde Pinho Tavares

7.1 PMonuna mineral da área

No âmbito da folha Ponte Nova, o principal recursoeconômico consiste no minério de manganês do distritomanganesífero de Saúde, encontrado na porção noroesteda folha, nos domínios do grupo Dom Silvério.

Esse distrito é conhecido desde o início do século e,segundo Frões Abreu (1973), "em 1916, Octávio de Albu-querque cita a existência de notável jazida de manganês nodistrito de Saúde (MG), a qual logo entrou em produção".

Engloba um grupo de depósitos que ocorrem numa faixade 40km de extensão, aproximadamente, entre osmunicípios de Dom Silvério e São Domingos do Prata.

Secundariamente, ocorrem, ainda, o ouro, garimpadono leito ativo dos rios Doce, Piranga e do Carmo, nosmunicípios de Ponte Nova, Santa Cruz do Escalvado, RioDoce e Barra Longa; mica, cujos depósitos estãorelacionados a corpos btemperízados de pegmatito, geral-mente aflorando em forma de diques, de espessurasvariadas, e encaixados, via de regra, era biotita-gnaisses.Ocorrem, ainda, expressivos jazimentos de materiais deconstrução (depósitos aluvionares de areia, pedreiras degnaisses, um depósito de argila e algumas ocorrências demármore).

Nesta folha, até 29.02.1988, foram protocolizados noDNPM S3 processos, dos quais 11 já arquivados. Dosprocessos em andamento, em número de 41,22 já tiveramoutorgados seus alvarás, quatro áreas são possuidoras deconcessão de lavra, outras quatro estão com os relatóriosde pesquisa apresentados, duas pertencem a regime delicenciamento e as restantes, em número de dez, estão comseus requerimentos de pesquisa em andamento (tabela11.7.1). A distribuição das áreas pode ser verificada nafigura 0.7.1.

7.1.1 Manganês

É sem dúvida o principal recurso econômico da(unidade 2) região. É encontrado nas rochas xistosas dogrupo Dom Silvério da região de Dom Silvério; o minérioextraído 6 o oxido de manganês, cujo protominérío c o

Ttbr!» :: 7 ! - Quttro Mtaliitico do* dirtilo* «iwrírioi

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53

gondito. O minério, originado pela meteorização do gon-dito, é encontrado em bolsões de enriquecimentosecundário.

De acordo com o levantamento efetuado no DNPM, dos13 processos" protocolizados, apenas dois possuemdecretos de lavra, que correspondem as minas do Lucas edo Portão e que constituem os principais depósitos dodistrito manganesífero em questão.

As reservas desse distrito são desconhecidas, ad-mitindo-se chegarem a alguns milhões de toneladas deóxidos de manganês de médio a baixo teor, e reservamenos expressiva de minério do tipo pilha, na mina doLucas.

As informações obtidas no DNPM e diretamente comos detentores dos direitos legais, bem como através dabibliografia, permitiram tirar as seguintes conclusões:

Mina do Lucas ou Retiro do Córrego Grande

Localiza-se no município de São Domingos do Prata,estando em produção desde a Primeira Guerra Mundial.

Segundo Fróes Abreu (op. cit.), a produção acumuladaé da ordem de 350.0001 e em 1972 produziram-se 500 a

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134 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

43°00"20o00"

2O"3O

3020°00"

43°00

"«"Ml

2O°3O'42cJ0'

iHuiriimto de

Alvará de Pcs*i«iM

Otcrcto de Lavra

p í j l j lelatírio de Pesquisa apresentado

/ | Prxesso arquivado

LicenciatMto

rio. 117.1 - Arm» protocolizada» no ONPM até 29.02.1968. no âmbito da fofrr Pont* Nova.

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SF23-X-B-D (Ponte Nora) 135

800t/m£s, das quais 150t de minério tipo pilha e o restantede minério metalúrgico, com teores acima de 34% de Mn.Ainda segundo Fróes Abreu, a reserva foi estimada porCoelho & Guimarães em 900.0001, baseada na execução devárias galerias e extração de lOO.OOOt. Atualmente 6 difícilavaliar-se o depósito em virtude da lavra predatória de quefoi objeto. A empresa detentora dos direitos de lavraapresenta um cálculo (1975) de 187.0001 de minériomedido.

Trata-se de uma mineração a céu aberto e encontra-se,atualmente, em regime de funcionamento precário,produzindo, conforme informações no local, cerca de6.000t/ano.

Os relatórios anuais de lavra apresentados ao DNPMdão a seguinte produção, nos últimos quatro anos:

198415.8021

19857.812t

19863343t

19871.632t

Mina do Portão

Localiza-se entre os municípios de Dom Silvério e SãoDomingos do Prata, na fazenda Braga. Trata-se de umamina a céu aberto, atualmente em pleno funcionamento, ecujo titular é a Tratex Mineração Ltda. A lavra émecanizada e o beneüciamento, manual. Está produzindo165t/mês, produção esta que se destina à indústria de ferro-gusa, aciaria e indústria em geraL Conforme informaçõeslocais, a reserva inferida seria da ordem de 3.000.000t comum teor mínimo de 15% de Mn, e máximo de 51% (médiade28a30%).

O relatório anual de lavra apresentado ao DNPM dáuma produção de 1.324t em 1987; os dados das reservassão os a seguir especificados:

LocalSão BartolomeuCachoeirinhaBiquinhaPastinhoFábricaTotal

t10.80030.00017.0002.0003.00062.800

%Mn4130-43.7938.3242.60_47.61-

Outros depósitos de manganês que ocorrem no distritosão de propriedade da Mineração Rander Ltda., conformea seguir relacionado:

DNPM 804.5341/77 - Buraco Escuro: reserva aflorantemedida de 293.323t (o relatório de pesquisa consultado noDNPM dá uma reserva total de 1.821.0001 com 46% de Mn,4.776.000t com 40% de Mo e 1.957.800t com 36% de Mn);

DNPM 830.453/82 - 50.63H de reserva aflorantemedida-,

DNPM 830.454/82 - 1903551 de reserva aflorantemedida;

DNPM 830.455/82 - 398.5161 de reserva aflorantemedida;

DNPM 831.182/85 - Volta Fria (área já lavrada pelaACESITA).

7.1.2 Ouro

Ocorre em pequena quantidade nas aluviões dos riosDoce, Piranga e do Carmo, tendo sido catalogados, pelaequipe do projeto, três garimpos semimecanizados (doisiio rio Doce e um no rio do Carmo), e dois garimposmanuais (um no rio Piranga e um no rio Doce) envolvendocerca de dez empregados para uma produção mensal daordem de l.OOOg. Toda a produção destina-se a fundiçõesdo Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte.

Segundo o Projeto Mapas Metalogenéticos e dePrevisão de Recursos Minerais, folha Ponte Nova1:250.000, as bacias dos rios Doce e Piranga, no âmbitodesta folha, são dadas como de menor favorabUidade paraconter mincralizações econômicas de ouro.

Os garimpos catalogados são:- garimpo manual do leito ativo do rio Piranga, no local

denominado restaurante Caipira, município de PonteNova, com produção mensal de lOg;

- garimpo semimecanizado (balsa, lavador de madeira)no leito ativo do rio Doce, no local denominado pedra doEscalvado, município de Santa Cruz do Escarvado, comtrês empregados e produção mensal de 120g;

- garimpo manual no leito ativo do rio Doce, no localdenominado Managaia, município de Santa Cruz do Escal-vado, com produção mensal de lOg;

- garimpo semimecanizado (balsa, lavador demadeira) no leito ativo do rio do Carmo, no localdenominado fazenda Apaga Fogo, nos municípios deRio Doce e Barra Longa, com dois empregados eprodução mensal de 400g;

- garimpo semimecanizado (balsa, lavador de madeira)no leito ativo do rio Doce, local denominado ilha doEfigênio, municípios de Rio Doce e Santa Cruz do Escal-vado, com três empregados e produção mensal de SOOg.

Além dessa presença aluvionar na área, há notícias deouro primário no município de Rio Casca que, contudo,não puderam ser confirmadas no presente trabalho.

7.13 Mica (moscovita)

Registrou-se apenas a presença de alguns pequenosdiques pegmatíticos de pouca importância, a maioria delesjá totalmente esgotada na extração de placas de mica depequeno tamanho; diques ocorrem sempre nasproximidades do contato dos ortognaisses do complexoMantiqueira com as faixas de kinzigitos do complexo Juizde Fora. Foram catalogados cinco garimpos abandonados

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136 Programa Levantamento» Geológicos Básico» do Brasil

oe nuca, todot lavrados p- i _ ~ã*,> .1..

ama ocorrência, atom discriminada:

-garimpo abandonado (com doai galerias)local: fazenda Sena Queimadamnnidpio: Abre Campo

-garimpo abandonadolocal: fazenda Taquaralnuundpio: Santo Antonio do Grama

local: ribeirio dos Maiasmnmrfpio: Santo Antônio do Grama

local: ribeirão dos Maiasmunicípio: Santo Antônio do Gramabem mineral: mica e feUspato

locak fazenda Santa Cruzmunicípio: Santo Antônio do Grama

™* tfwtf Ifllffft SOAOuOOSOO

local: Grotamonicfpio: Santo Antônio do Grama

7ãA Materials de construção

Trata-se de uma atividade em franco desenvolvimento,ocorrendo na região a exploração de areia, no municípiode Ponte Nova, de argila em Santa Cruz do Escarvado e depedreiras de gnaisses, a maioria desativada, nos municípiosde Rio Casca, Abre Campo, Urucãnía, Dom SüVeno, PonteNovaeJequeri

À exceção da argila, usada na fabricação de tijolos (verdados mais adiante), os demais materiais são exploradospara emprego imediato na construção civil.

As pedreiras de gnaisses são exploradas essencialmentepara a produção de brita, utilizada na construção civil c naconservação de rodovias, bem como na confecção deparalelepípedos destinados a calçamento de ruas e guiasde passeio.

Dentre os depósitos naturais de areia, cinco encontram-se em atividade exploratória atravéj de dragas de sucçãoinstaladas no rio Piranga, com uma produção mensal^tfTM^tfli de cere de 3.100o , conforme discriminado aseguir:

a) areia

- leito do rio Pirangalocai* farenda Cata Brancamunicípio: Ponte Nova

tubulaçofi

r»odnçio:800«3/mês

—leito do rio Pírsaga

Pote Novalavra mtr aniiaila* draga, pá caircgadcira, tubulações

regados: trêsempegaos: t e sprodnçio: 600 m / • £ •destino: construção civilrequerente: Dora Monteiro

leitodo rio PirangalocaL fazenda do Ribeirãomunicípio: Ponte Novalavra mecanizada: draga, pá carregadeira, tubulaçõeempregados: trêsprodução: 900m3/mési]fjfjfit^ construção civilrequerente: Márcio Benati (Empresa MBC)

- leito do rio Pirangalocal: granja do Gantoismunicípio: Ponte Novalavra mecanizada' draga, pá carregadeira, tubulaçõesempregados: trêsprodução: 600m3/mêsdestino: construção civilrequerente: Draga Martacá Ltda.

- leito do rio Pirangalocal: Náutico (chácara Excael)município: Ponte Novalavra mecanizada: draga VMempregados: doisprodução: 200m3/mêsdestino: construção civilrequerente: José Flávio Matos Mesquitaárea requerida: 170m lineares

b) argila

local: Cerâmica Semião Ltda.município: Santa Cruz do Escalvadolavra mecanizada- trator, pá carregadeiraempregados: trêsprodução: 300m3/mésdestino: cerâmica de tijolos

c) pedreiras

- pedreira desativadabem mineral: gnaisse

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SP.23-X.B-iI (Ponte Novi) 137

locak fazenda Palmitalmunicípio: Rio Casca

- pedreira em atividadebem mineral: gnaisselocal: sítio Cava Alvamunicípio: Abre Campolavra mecanizada: briladores, compressores, páscarregadeiras, motoresempregados: 12produção: 600m3/mêsdestino: construção civilbenefídamento: britadores (nBS. 0,1,2,)recuperação: 80%vida útil: dez anosárea requerida: 8harequerente: Pedreira Abre Campo Indústria eComércio Lida.

- pedreira desativadabem mineral: gnaisselocal: Mane Antôniomunicípio: Urucánia

- pedreira desativada (Bandeira)bem mineral: gnaisselocal: Buracomunicípio: Urucánia

- pedreira fazenda Chalet, desativadabem mineral: gnaisselocal: fazenda Chaletmunicípio: Urucániaárea requerida: 2,25hareg. licença n° 23Srequerente: Companhia Agrícola Pontenovense

- pedreira desativadabem mineral: gnaisselocal: fazenda Mingaumunicípio: Dom Silvério

- pedreira semiparalisadabem mineral: gnaisselocal: pousada Jaúmunicípio: Dom Silvérioprodução: 64m3/mêsdestino da produção: prefeitura de Dom Silvérioequipamento: manual

- pedreira paralisadabem mineral: gnaisselocal: fazenda Porto Santo Antôniomunicípio: Ponte Nova

- pedreira em atividade

bem mineral: gnaisselocal: granja d'Alenamunicípio: Ponte Novalavra mecanizada: compressores, britadores, bucks,caminhãoempregados: vintebenefidamento: peneira rotativaprodução: 4.067,80m3/anodestino: construção civilvida útil: seis a oito anos

- pedreira semiparalisadabem mineral: gnaisselocal: fazenda Roncadormunicípio: Jequeridestino da produção: prefeitura de Jequerilavra: manualempregados: variável

7.1 £ Mármore (metacalcário)

Duas ocorrências de mármore foram catalogadas pelosresponsáveis pela folha Ponte Nova, nos locaisdenominados Cota e córrego dos Mendes, na suítemetamórfica São Sebastião do Soberbo ou nos ortognaissesnos municípios de Santa Cruz do Escalvado e Urucánia,totalmente desprovidas de qualquer interesse econômico.

Ocorrem sob a forma de duas lentes, encaixadas emgnaisses alterados; a primeira, com atitude suborizontal ecerca de 20m de extensão por 1,5m de largura. Já a segundaé quase vertical, com dimensões 12m x l,60m.

12 Projeções e perspectivas

Na falha Ponte Nova, inserem-se, parcial ou integral-mente, os municípios de Abre Campo, Alvioópolis, Am-paro da Serra, Barra Longa, Dom Silvério, Guaraciaba,Jequeri, Piedade de Ponte Nova, Ponte Nova, RaulSoares, Rio Casca, Rio Doce, Santa Cruz do Escalvado,Santo Antônio do Grama, São Domingos do Prata, SãoJosé do Goiabal, São Pedro dos Ferros, Sericita eUrucânia.

São municípios pouco populosos, à exceção de PonteNova, que se situa na porção sudoeste da folha, onde seconcentra uma população de 43.932 habitantes (34.782 nazona urbana e 9.150 na zona rural), conforme dados docenso de 1980 e com suas atividades voltadas essencial-mente para a agropecuária.

A atividade mincrária é secundária, nela predominandoa cxplotação do minério de manganês e materiais deconstrução. Sob a ótica da arrecadação do IUM, pode serconsiderada como insignificante, já que segundo os dadosda Receita Federal, em 1987, os poucos municípios quecontribuíram foram: Ponte Nova (Cz$8,617,44), São

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138 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

Domingos do Prata (Cz$255.774,51), Raul Soares(CzSl.453.907.71) c Alvinópolis (Cz$t35.<»8^4).

Admitind e uma reserva de alguns milhões detoneladas de minério de manganês para o distritomanganesffero de Saúde, o que 6 perfeitamente viável,conclui-se que o seu aproveitamento pode ser bastanteincrementado, atingjndo-se níveis da ordem mensal de10.000 a 20.000t/mês, sem comprometer a exaustão de suasminas a curto prazo.

Para tanto, a infra-estrutura 6 satisfatória, não exigindoinvestimentos de vulto. A malha viária é bem-desenvorvidana folha Ponte Nova, contando com rodovias asfaltadas(BR-262, MG-329 e outras estaduais), bem como estradassecundárias, encascalhadas, de tráfego permanente. Acidade de Ponte Nova, principal pólo de desenvolvimentoda região, dista 176km, por asfalto, de Belo Horizonte e éservida também por estrada de ferro da RFFSA.

Quanto à disponibilidade de energia e água, visando aeventuais operações de lavra e beneficiamentomecanizadas de maior porte, não há problema, pois toda aregião é servida de energia elétrica da CEMIG - Cia.Energética de Minas Gerais e conta com rede fluvial im-portante como os rios Doce e Piranga. Para os materiais de

construção não há grandes perspectivas para o incrementoda produção. São exploradas visando ao emprego imediatona construção civil, atividade esta sem grande expressão, jáque as cidades da região são pouco populosas.

Das pedreiras existentes, apenas duas estão ematividade, duas semiparalisadas; as demais, em número deseis, desativadas. Já os depósitos de areia, em numero decinco, estão todos em atividade, atendendo à demanda domercado.

Quanto ao ouro, devido ao pequeno porte e baixosteores das ocorrências, o seu aproveitamento atual só se fazatravés da garímpagem. É uma área aberta à pesquisa (vercapítulo sobre geoqufmica).

7 J Aspectos ambientais

A inexpressividade da atividade minerária nesta folha nãotem acarretado problemas ecológicos. Estes se devem, em suaquase-totalidade, às concentrações urbanas sem estruturassanitárias adequadas, ao desmatamento indiscriminado, aouso em excesso de defensivos agrícolas e a obras viárias semos devidos cuidados de preservação ambiental.

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SR23-XB-I1 (Porte No») 139

Capítulo 8Metalogenia

PorRoberto FeUáo Malouf

8.1 Introdução

A integração e interpretação multidisciplinar dasinformações disponíveis sobre a folha Ponte Nova permitirama preparação da carta metatogenético-previsional, na escala1:100.000, seguindo as diretrizes de elaboração, do SistemaDNPM/CPRM (Delgado, 1987), ainda em fase deaperfeiçoamento. Apesar de os dados relativos às diversasmineralizações não serem considerados suficientes para umacompleta visualização do panorama metalogenético em basesconceituais, eles são satisfatórios, quando integrados aosoutros indícios geológicos, geoquúnicos e geofísicos. Estetrabalho foi executado com base nas seguintesinformações:

- cadastramento mineral;- carta geológica na escala 1:100.000;- carta geoquímica na escala 1:100.000;- mapa geofísico na escala 1:100.000;- dados de litogeoquímica, relativos aos resultados de

elementos maiores e ekmentos-traço (inclusive terras- raras).Dentre os principais resultados alcançados, cabe des-

tacar a delimitação e a especificação de algumas áreas deinteresse à prospecção e/ou exploração mineral, com basena cartografia metalogenético-previsional em escalas desemidetalhe, conforme concepção exposta a seguir, bemcomo a expectativa metalogenética face à ambiênciageológico-geotectônica. Através do cadastro dos recursosminerais, foram catalogadas 47 ocorrências minerais, cor-respondentes a oito substâncias minerais, conforme dis-criminado na legenda da carta metalogenético-previsionale sintetizado na tabela D.8.1.

%2 Concepção c metodologia da carta metalogenétko-previsional

Dados sobre mineralização, estratigrafía, petrologia,estrutura, geomorfologia, geoquímica e geofísica foram levan-tados, integrados e hierarquizados em uma única carta,denominada carta metalogenético-previsional, marcando umnovo estagio no tratamento de informações multidisàplinares

através do Programa Levantamentos Geológicosdo Brasil - PLGB, com o objetivo de delimitar, na escala1:100.000, as áreas com indícios de mineralizações,prioritárias para a prospecção c a exploração mineral.

A metodologia aplicada, fundamentada nos princípiosl S h l ( ) l Í H

to adquirido durante a execução do Projeto MapasMetalogenéticos e de Previsão de Recursos Minerais, es-cala 1:250.000, através do Convênio DNPM/CPRM, im-plantado a partir de 1982, constitui a base para a elaboraçãodas novas cartas, na escala 1:100.000.

A concepção da legenda resultou, em parte, de adaptaçõesna simbologia gráfica, utilizada nacional e intemacional-mente, segundo critérios de legibilidade e precedência, sendoajustada à escala 1:1OOÜOO tendo em vista:

- a necessidade de especialização do fundo geológico,para torná-lo melalogeneticamente significativo;

- a importância de se representar o máximo deinformações metalogenéticas sobre os jazimentos mineraisindividuais, de forma clara e legível;

- a conveniência de se estabelecer a distinção entre osdados econômicos e metalogenéticos;

- a valorização dos indícios indiretos de mineralização,visando à sua representação cartográfica.

Dentre as referências bibliográficas consultadas,merecem destaque: Carta Metalogenética e de Previsão deRecursos Minerais do Brasil, Escala 1:250.000 (Siqueira &Souza, 1982; Siqueira, 1984); Mapa Metalogenético daEspanha, Escala 1:200000 (Espanha-PNIM, 1972);MapaMetalogenitico da Austrália, Escala 1:250.000 (Bowman &Stevens, 1978; Bowman, 1977; Güiigan, 1975; Matson,1975); Carta Melalogenética da Europa, Escala 1:250.000(BRGM-Unesco, 1968-1970). Também foram «amin*<facas legendas do Mapa Metalogenitico da Bahia, Escala1:1.000.000 (Sá, 1982), do Mapa Metalogenitico do Brasil(Suszczynski, 1973) e o Mapa da América do Norte, Escala1:5.000.000 (Guild, 1981).

A carta metalogenético-previsional é elaborada sobreuma base geológica especializada dependente do nível deconhecimento da área. Essa especialização contempla adistinção cronológica e/ou espacial das unidadesütoslraligráficas de maior categoria como complexos, su-

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140 Geológicas Básicas do Bns i

Tab* Ia 11.8.1 - Recursos nntrait da Folha Pont* Nova •Baapacttvoa Contextos Geológicos

SubstanciaMineral

Hanganta

Ouro

•Ica faosco-vlta)/ caul ia

Pegaatlto

Calcário

CranItoIndustrial

«• d* 1OcorrCnc t•• i

18 Ii

i

5 1

5

1

1 1

I 11

1 71

1

1 2|

I 2l

Hata1otectos

Condito encaixado ea quartz1tos •xiatoa eanganesfferos da unidademteraedlarta do grupo Doa StIverio.

AluviSes recentes doa n o » do Car ao.Piranga • Doe*.

Pegaatttos encaixados ea •llonlto-xistos pertencentes ao doafmo doagnaleses klnzigfticos do coaplexoJuiz d* Fora.

Pegaatitos encaixados ea allonlto-xistos pertencentes ao doafnio dosgnaisses kmzigfticos do coaptexoJuiz de Fora.

Lente de aáraore encaixada ea gnaissedo coaplexo Mantiqueira.

Lente de aáraore encaixada ea gnaisseda sufte MtnarFici SSo Sebastiãodo Soberbo.

Inseridas na seqencie deortognaísses do coaplexo Mantiqueira.

Associado a unidade de blotlta-anfibolognaisses bandados do coaplexoJuiz de Fora.

Associado a Iitótipos da sufte•etaaorfica SSo Sebaetilo do Soberbo.

Areia 5 t AluviSes recentes do rio Plranga.+ _

1 l AluviSes recentes do rio Plranga.ArgiIa

pergrupos e grupos, bem como associações magmâticas35 séries toleíticas, faV**?iV 'waT c ai*

calinas. São também realçados os Iitótipos especiais(metaloctetos prováveis e possíveis), enquanto as unidadesde menor categoria, tais como formação, membro e seusequivalentes, sem realce metalogenético, são identificadasapenas pelo uso de Ictras-símbolo. Os elementosestruturais da carta geológica são integralmente preser-vados e eventualmente acrescidos de informaçõesgeofísica*, como lineament os, profundidades c contornodo substrato das coberturas etc

Na representação dos jazimentos minerais, es-tabeleceu-se uma distinção entre as característicasmetalogendticas e as econômicas. As primeiras constituema parte interna do símbolo de d'T"ré? constante e deforma geométrica variável em função da morfologia. Osdados econômicos sio representado»- por umacircunferência independente, conetntrica ao símbolomorfológico, de acordo com a forma de representaçãoadotada no Mapa Metalogtnitico da Espanha, Escala1:200.000 (Espanha-PNIM, 1972).

A simbologia representativa dos caracteresmetalogenâicos abrange os dados factuais sobre os jaamen*tos minerais, como a textura do minério, morfologia,orientação do(s) corpo(s) mineralizado(s), quinúsmo eassociação mineralógica. Adicionalmente, contéminformações sobre a classe do jazinteato, procurando-se

geológica do que genética, adaptada das propostas porWacrenier & Rouveyrol (1977), Stantoo (1972) e RoaÜner(1963). Essa classificação aprosma-se da utilizada para osdepósitos minerais do Brasil (Branco, 1984).

Os dados econômicos dos jazimentos que tem sido ob-jeto de pesquisa e lavra mineral, são representados por umacircunferência externa, onde constam informações quantoà situação atual: ativo, inativo ou intermitente; o diâmetro,graduado em três dimensões, expressa a importânciaeconômica do jazimento em três categorias: pequeno,médio e grande. A bate para o estabelecmento dos omitesdessas categorias é a mesma utilizada no Mapa Gtotójcodo Brasil Escala 1:1500.000 (Branco, 1984). Um traçoaposto acima, abaixo, ft direita ou i esquerda dessa

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SF.23-X-B-II (Ponte Nova) 141

i indica a sãtuaçio atval do jamnento: mina,i on deposito, respectivamente.

Os indícios indiretos de mineralizaçôes, a partir deadkaçoes gcoounòcas, geoftncas on zonas de akeraçio de

cartográfico especfico, visando a um maior realce.A integração dos dados multidisáplinares permite

reconhecer os melalotectos comprovados, prováveis epossíveis, dependendo te as relações entre eles e os indíciosde mineralização foram obtidas por ligação direta,estatística ou de analogia a contexto geológico-metalogenético, propiciando a delimitação de áreasamerafizadas prováveis, possíveis e potenciais, de acordocom critérios explicit ados na própria carta.

A anáfise da ambiência geotectônica de cada unidadeEtostratígráfica distingnida no presente levantamento,

i abordagem interdisciplinar - geologia, geoquímica,geofísica e cadastramento mineral - permite estabeleceralguns parâmetros metalogenéticos gerais dentro das

especifícidades das áreas mJacraliTarias/prevUioaais.Pretende-se, com isso, realçar aspectos como a vocaçãometalogenética dos diferentes tratos crustais, respeitadasas suas individualidades, bem como fornecer uma divisão

ampla das diversas condkionantes dos processos dapmineralizaçôes. No caso dos dados utogeoqufmkos, alémdas interpretações petrotectomeas já exaradas no capituloreferente à estratigrafia, procurou-se também umaavaliação comparativa das rochas granitóides e básicas aultrabásicas com base nos parâmetros consagrados emobras como as de Turekian & Wedepohl (1961), Tauson &Kozlov (1977) e Olade (1980). Cabe ressaltar, ainda, aescala regional do trabalho ora apresentado, que limita asabstrações ao plano das tendências, no que se refere aopotencial mineral percebido no âmbito de cada unidade oudomínio metatogenetico considerado, e não raro obrigan-do a inferências ou generalizações na identificação docontrole das mineralizações.

Os indícios diretos e indiretos das mineralizasões, emordem decrescente de prioridade, na folha Ponte Nova,com os respectivos contextos geologico-metalogenéUcos,encontram-se assinalados na tabela 11.8.2, vindo a serdescritos dentro das respectivas unidades litostratigráücas.

Tab»]»Nova

II.8.Sr Relação àke arete Minerfil izadaa d* Folha Pont*

Areaa I Indício» Dlretoa * Indl IContexto Ceologico/Met»loq*n*ticoIreto» d* Mineral izacttes l

-4

] 1

11

III

IT »,b

V

Hn

F*rro (Cu. Hn)

JLu

(Au, Pb)

(•oecovit», caulim)

Mineralizaç0*« d* aangantaaaaociadaa a gondlto» • Kiatoa•»nqane«íf*ro0 da unidad*inUrMditnt do Crupo Doa511v*r1 o.

Miner» Li z»ç5*a *a> *r*a ond*ocorre *>fpr*aaiva contribuiçãod* rochaa vulcSnicaa aiflcaa doCrupo Do* Silver>o, *nc*rrendoocorr#nciaa d* r*rro ••fomaç8*a f*rríf*raa, d*•anpanta •• gondlto* • indício*9*oquf»icoa par» Cu • Hn *a«edlaento» d* corr*nt*.

Canapoa d* ouro •• aluvtO** do*n o * Doe*, Piranga • do Carao,coa poaalbi1idad* d* ocorrancia*no* tarraço* aubatuaia do rioDoe* • naa barra* aaaocladaa k*zona* a*andrant** do* rio*.

Indício* d* ouro a**ociado* •zon*a d* fratura* a/ou falha* d*direçlo HE-Sü, qu* af*taa a*•aqutncia* do CoaplaMOMnntiqu*ira • Suft* Rataaorfica£lo Sebaatlfo do Sobarbo, ala*)d* anoaalia* para chuabo aa•*dla*nto* d* corr*nt*.

P«9>atito* *a zona* ailonfticaa,xiatoaaa • quartzo*»* no doai m odo* çjnai«a*a klnzigftlcoa 4o

i Coapicxo Juiz d* Fora.

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142 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

8 3 4 Costpla» Jub de For.

Na área de ocorrência dessa

ao longo de zonas müooticas," -" losg

e sudeste da folha, observam-se rochas charnoqufticas,gniwsin alummosos, ortoanfibo&tos e ortognaca intermediários, submetido» a coodiçôcs de metamorfis-mo de grau forte a médio e que produzem intensasperturbações no campo magnética

A disposiçio dos resultados das análises modais determos ortoderivados no diagrama QAP da figura IL8.1mostra uma ampla predominância de rochas granitóides egranulfticas de composição tonaWrira, integrantes da sériemagmática calcialcalina baixo-K. São amostrasperahunmosas, típicas de granitóides I-MC (hibridismo),com potencialidade para mi«wi|i™yW de Au-Cu-Mo-(Pb-Zn), mas a ausência de especializações apontada pelosparâmetros de Ramsay (1986), devido aos valores muitobaixos de razões como, por exemplo, Rb/Ba e Rb/Sr, bemcomo a inexistência de concentrações Htogeoqufmicasrelevantes, situa-os apenas como precursores. Por outrolado, é digno de nota o fato de que na cidade de AbreCampo, pouco a leste do limite oriental da folha, tem-se umdepósito aurffero associado a sulfetos (pinta) em rochascharnoqufticas e "quartzfticas", com fortes evidências deremobilização do material dentro de uma das muitas zonasde riffalhwnfnffT de alto fowifk* que afetam essa ||nHitdf

de, nas porções leste parte da unidade B (AjfB) do compleiu Juc de Fora. AprgnurJTnin podr nfar •mtoriada i irttmtn dm gnaiurssupracrustais, com formação de mobffizados granitóides,aparentemente durante o pico do metamorfismo daseqüência paraderivada.

qUm outro conjunto de ortognaisses tem composição

sicnograníüca (figura D.8.1) e integra uma associação cal-naíraima alto-K, à qual podem associar-se depósitos deU-Tb-Mo. Contudo, também essas amostras exibem umpequeno grau de diferenciação, siruando-se junto com asdemais nos campos dos granitos normais e alto-Ca (gra-nodioritos e quartzodioritos), conforme evidenciado nodiagrama da figura H.8.2. A título de exemplo, um espécimegranítico desse complexo contém Z320ppm de bário.

Em termos geoquímicos, destacam-se apenas anomaliasde cobalto em sedimento de corrente (SSppm) e cromo emconcentrado de bateia (340ppm), possivelmenterelacionados a presença de rochas ortoanfibolíticaspróximo ao limite oeste da unidade e em posição coinci-dente com um notável gradiente magnético indicativo dezona de cisalhamento. O ouro, detectado com O.lSppm naanálise de uma fração pesada, pode novamente ser repor-tado à evolução da deformação da área e assume umarelativa importância devido ao grande número de descon-tinuidades produzidas tendo pelo cisalhamento(metalotectos estruturais) como pela freqüência dasalterações observadas nas rochas, ainda que normalmentepouco intensas, salíentando-se os processos deseridtizaçáo e carbonatarão. Por último, os anfiboütosdessa unidade contêm até 270ppm de cobre.

Foram delimitadas duas áreas mineralízadas/prcvisionais (Va e Vb) em função de extensos corpos depegmatítos (seis ocorrências cadastradas), alguns dosquais têm sido garimpados para o aproveitamento de mos-covita e caulim. Esses corpos pcgmatíticos distribuem-se

•*"W

ctpahnente aqueles situados no pólo composicional ácido(a intermediário), têm sido objeto de freqüentesdualidades no que tange à interpretação da sua derivação.Com base na apreciação do acervo petrográÜco epetroquímico, no presente trabalho, tais flrsmn s iotomados como petrogeneticamente ortoderivados etratados junto com ütótipos grantjcos e granodiorticos.

O amplo espectro compicontra-se demonstrado na figura IL8.1, destacando-se umagrupamento calcialcaHno baixo-K c outro akalino a snb-akaÜno, o último correspondente a sienogranitos e mon-zogranitos da série calcialcalina alto-K. Gerados emambiente tectonko do tipo continental, são interpretadoscomo derivativos de fenômenos de colisão continental e/oudo estabelecimento de um arco magmático. Os termos dopólo mais alcalino podem significar condições progressiva-mente mais cratônicas e uma parte menor desse subcon-junto tem características crustais, dentro do diagrama deLameyre et aL (1983).

No caso dos granitóides da série calcialcaHna baixo-K, decomposição tonatfúca a quartzodiorftica, há expectativametalogenética para minerafizações de Au-{ Ag>Cu-Mo-Pb-Zn, devido as suas feições transicionais, híbridas, denotandoum processo de sintais manto-crosta e moderadacontaminação (I-MC). A potencialidade dos tipos alcafinos(agpaíücos) é para depósitos de U-Tb-Mo,e dós tipos crus-tais, para Sn-Nb-TR-(W)-U-Y. Vários indícioslitogeoquunioos recolhidos na área são condizeiites com essepanorama, conforme exposto mais adiante, mas ascaracterísticas gerais são indicativas de um babo grau dediferenciação (figura ÍI.&2), definindo esses phttonitos fpwwprecursores junto com os parâmetros estabelecidos por Ram-say (1986) (razões Rb/Ba, Rb/Sr, Rb/Zr etc), via de regramuito baixos nos materiais investigados.

Na região do rio Doce, a cerca de 20km a norte de PoeteNova, foram delimitadas duas áreas mineralizadas/prcvisionais (IVa e IVb) para ouro e chumbo em terrenosintegrantes das unidades Mantiqueira e São Sebastião doSoberbo, atravessados por zonas de fraturas e/ou falhas dedireção NE-SW, possivelmente desenvolvidas durante aúltima fase de deformação Th, ou seja, o sistema de cisal-hamento de alto ângulo (transcorrente) que afetou essesconjuntos litológícos. Os indícios de ouro registrados emnove estações de amostragem de concentrados de bateia,

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SF.&-X-B-II (Pome Norn) 143

90

•KUÇOI ciada*, Mgundo Lamtyr» at al. (1983),Fta. IW.1 - Diagrama modal QAP com as principais sérias plutomca» • raplicado a granitâidas. rochas charnoqufticas • Qnáissicas da folha Pont» Nova-

Campos: (A) s*r» calcialcalina; (B) séria monzonftica; (C) sat* atealinc-aluminosa. p ) sari» aJcaüna supsfsaturada; © Çwitóídas d*fuiio « u ^ ou rrwbilizactos l«uc()granHkm; (F) séria totrttica (MSO - o ^ p o ^

bf-grsnrto., (Bra)-(mu)-(iu)-a>bH>i-gnaissas granftioos a alHX-gnaisw lonalhico. Sufta mmmófitea Sao SabMtto doJobart»: n(•n)-(hd)4l-gnaissas granfticos a tonalfticos; andsrbito. Complaxo Mantkjuaira. (A) M-granitt; hb^ranodiortto,

(gra)-(mu)-(aH)-bl-flnaissas graníboos a (all)-(hb)-W-gn8issts tonaifticos; (v)norito a alKhamoandarbito. Complaxo Mx da Fora: (o)(all)-(hbHrt-gnaissai ácidos a imarmadiários; (•) andaibiio». _ _ _ _ _ _ _ _ „ _

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144 PragrvuLevaataaientasGeoMgícas Básicos do Brasil

Ba'

GRANITOS FORTEMENTE DIFERENCIADOS

o GRANO0IORIT0S / 'TREND" D E DIFERENCIAÇÃO

/ o Q Z "DIORITOS

/DIORITOS

o

fíg. IL&2 -Diagramafb^Sf d» B Bouwily & B Sokkary (1975) mostrando os trano* dadifaranciaçioamrochasgraníticasagnüsticas da folha Pontt Nova.

Grupo Som Silvario: (a) (mu)-tw-flr«n-tos. (gra)-(mu)-(tu)-(hb)-bt-gnaissn granítieos • aH-M-gnaiss* tonalftioo. Suit» mttamórfica SftoSebastião do SotMrbo: (*) (aU)-(hb)-M-gnaissn graníticot • tonaüticos; «ndarbito. CompMwo Mantiquaira: (A) bt-granito, hb-granodioriio,

(gra)-(mu)-(an)-bt-gnaisws grantticos • (all)-(hb)-bt-gnaissas tonaltticos; (v) norito • an-cnamoandarMo. CompMxo Juiz da Fora: (*)(all)-(hb)-bt-gnaisaas ácidos a intarmadiarios; (*)andarbitos.Granit6idastardi-após-(>2 (+).

——"-" "———™~

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SF-23-X-B-II (Pome Now) 145

7fippmt asflftriam-tf ade chumbo (até 140ppm) no mesmo tipo de material; partedo ouro ali detectado pode ser proveniente das coberturasdetrito-laterflicas geradas dm» ite a atuação do ciclo Vel-has, pliopleistocênico, quando os principais tribi tários dorio Doce drenavam as importantes áreas aurífcras situadasa montante, no Quadrilátero Ferrffero.

Um grande numero de outras anomalias geoquímicas foidefinido através dos trabalhos prospectivos de varredura en-cetados no contexto do complexo Mantiqueira, sem permitir,no entanto, o defineamento de outras áreas previsionais quan-to a recursos mínfmit Merecem menção, dentre os dadosrelativos aos sedimentos de corrente, quase uma dezena dealtos conteúdos de níquel (65 a 95ppm), um numero aindamaior de amostras com 5.000ppm ou mais de ma^anús, alémda presença de cobre (85 a 95ppm), zinco (120ppm) e cobaho(70 a 75ppm). A maior parte desses indícios indiretos podeestar vinculada à presença de corpos de rochas anJübolíticasno seio do complexo e dos ortoanfibolitos cartografados noseu limite oriental, pois a suíte metálica é plenamentecompatível com a natureza básica dos litótipos em questão; aárea de ocorrência do complexo exibe, outrossim, um númerorazoavelmente grande de anomalias magnéticas circulares aelípticas, talvez relacionadas a corpos subaflorantes denatureza gabróide, corroborando a suposição sobre intensas

fe

Com referência aos concentrados de bateia, também sãodignas de nota duas anomalias de ouro (0,25ppm e0,9ppm), bem como outras ds cromo (440ppm), cobre(95ppm) e zinco (250ppm), com um destaque todo especialpara um valor de 200ppm de estanho no córrego TintiraPororó, imediatamente a sudoeste de Ponte Nova, o qualpode estar refletindo atividades graníticas tardias (granitossin-D3 a tardi-E>2).

Os anfibolitos contidos nesse complexo têm um quimis-mo correspondente a basaltos toleíticos oceânicos, geradosnum ambiente tectônico do tipo arco-dc-ilha; registrou-seuma única anomalia litogeoquímica de cromo (3.000ppm),aparentemente sem um maior significado prospective oque parece ser igualmente o caso de alguns valoresintermediários de cobre (110 a 160ppm).

Nos termos granitóides da unidade foram observadasapenas alterações sempre discretas e normalmente através deprocessos de sericitização, seguida de cloritização,epidotização e carbonatação; argüização e moscovitizaçãoSÃO raras. Apesar disso, rochas gnáissicas a homblenda e/oubiotita exibem altas concentrações, ainda que em pequenopercentual das amostras, para os metais Sr (lOOOppm), La(700 a mais de lDOOppm), Pb (200ppm), Nb (70 a lOOppm),Mo (5 a 15ppm), Cu (300ppm) e Y (SOO e 700ppm).

(metavulcânicas basálticas a andesíticas), gnaissescaldssükáticos (meUpelitos carbonáticos) e pequenas len-tes de mármores, submetidas a metamorfumo regional defades anfibolito. O registro carbonático pouco desenvol-vido limita sobremaneira as possibilidades quanto amineralizações plumbozincfferas do tipo Mississipi Valley,e só foram encontradas anomalias discretas em sedimentosde corrente (140ppm de Zn e 40ppm de Pb) e concentradosde bateia (150ppm de Zn); os gnaisses calássilicaticosencerram concentrações esporádicas de Sr (2.000ppm) eW (70ppm), mas sem exibir fortes evidências departicipação de processos mineralizantes, a julgar pelosincipientes fenômenos de alteração nas rochas da unidade(predominância de sericitização, com alguma cloritizaçãoassociada).

A presença proeminente de rochas metabásicas emmeio às rochas gnáissicas exerce grande influência sobre osrelevos geoquímico e geoffsico regionais. A distribuiçãogeoquünica dos metais analisados encerra anomalias quepodem ser relacionadas com segurança aos corposmetabasálticos, destacando-se, nos sedimentos de cor-rente, valores de cobre (50 ppm), níquel (90 a ISOppra),cobalto (55 a 60ppm), Cr (215ppm) e Mn (5.000ppm oumais). Essa suposta proveniência dos metais básicos e fer-rosos resultou ratificada pelos altos conteúdoslitogeoquímicos observados em anfibólio-(dolomita)-xisto,cabendo mencionar os máximos de Co (200ppm), Cr(l.OOOppm), Cu (300ppm) e Ni (5.000ppm). Do ponto devista do relevo fornecido pelo levantamento aerogeofísico,são dignas de nota as perturbações do campo magnético(anomalias dipolares) existentes entre as localidades dePonte Nova e Jequeri, cuja proveniência ainda não foiconstatada, mas pode ser, ao menos em parte, cor-relacionada ao mesmo ambiente já referido, ou seja, umaassociação bimodal congregando gnaisses paraderívados erochas anfibolíticas. É nesse segmento meridional da folhaque foram percebidas anomalias de ouro (até l,5ppm) eoutros, menores, de cobre.

As áreas mineralizadas/previsionais IVa e FVb já foramdescritas no item referente ao complexo Mantiqueira. Nocaso do ouro, configura-se como mais provável hipóteseque o situa como pré-orogênico, remobilizado da pilbavulcanossedimentar (?) para zonas de falha e/ov de cisa-lhamento tardi- a pós-tectonicas. Por outro lado, o nível dainfluência de ortognaisses calcialcalinos presentes nessaunidade (figura II.8.1) sobre o comportamento do ouroainda constitui uma incógnita; apesar da inexistência deanálises litogeoquímicas, o diagrama de Lameyre et ai.(1983) indica potencialidade para jazimentos de Au-Cu-Mo-Pb-Zn.

%33 Suíte metamórtka Sio Sebastião do Soberbo

As rochas supracrustais dessa unidade são constituídasde (anfibólio)-bíotila-paragnaisses, anfibolitos

Í3Â Grupo Dom Silvério

Dividido em três domínios principais de acumulação derochas supracrustais, o grupo Dom Silvério ocupa uma

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146 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

faixa de direção meridiana e contínua na porção ocidentalda folha. No domínio basalto (?) verificam-se intensasmanifffijfnf^** de rrvtm» com quimismo <x?rTfspf>ndcntff! abasaltos tft^r^r"* normais e gerados em ambiente con-

COtOO TcBtSWO d e '"Pfl tCCtônica dlS-

mai« de 10km de extensão, bem como na p"*"hi1?d<id{f deocorrência de rochas da fades carbonátíca (queluzito).

i í

tenstva e constituindo uma unidade metavulcano-sedimentar pela associação com xistos pelíticos,metaultramifícas e rochas caldssilicáticas. A poten-cialidade mineral nesse domínio 6 para depósitosvulcanogemcos, sunetados, piritosos, de Cu-(Fe)-(Au) as-sociados a y,lfrn» ou tufos "^-"^alados entre derramesmáficos, o que motivou a sua inclusão na área II (ver cartametalogenético-previsional). Os indícios indiretos(geoqufmicos) obtidos são escassos e limitados a cobre(SSppm) em sedimentos de corrente, e altos conteúdosmetálicos em rochas como tremolitito (490ppm de Ni,1.640ppm de Y e TOppm de Nb), mctaulírabásica (190ppmde Cu, 480ppm de Ni e 9S0ppm de Cr) e anfibolitos (120 a160ppm de Cu); algumas r .* rendas isoladas e aparente-mente pouco significativas de óxidos de mang nA^ foramigualmente percebidas nesse domínio. Não -obstante asfortes deformações impostas pelas tectônkas tangenáal(D2) e transcorrente (D3), em condições de metamorfismocompatíveis com as fádes anfibolito e xisto-verde, nãoforam constatadas concentrações auríferas pelaamostragem encetada no ambiente secundário.

A unidade intermediária (?), PId$2, encerra metas-sedimentos elásticos (xistos pelíticos, biotita-gnaisseslaminados e quartzitos impuros) e químicos ou clástico-químicos (mármores, rochas caldssilicáticas, formaçõesferríferas e gonditos), além de biotita-anfibolitos(mctabasaltos toleíticos), configurando uma típicaseqüência vulcanossedimentar-exalativa. É nesse domínioque foi delimitada a área mineralizada I, portadora de 18ocorrências lenticulares a irregulares de óxidos de Mn(principalmente pirolusita) provenientes do enri-quecimento supergênico sobre gonditos e xistosespessartíticos. Também aqui são válidos os conceitosemitidos para a área O, que abrange grande parte dessaunidade, com perspectivas para mineralizações de Fe-(Cu)-(Mn). Os depósitos manganesíferos integrantes dodistrito de Saúde coincidem com um forte lineamentomagnético e encontram-se alinhados de forma razoavel-mente discordante em relação aos limites conferidos àunidade pela tectônica de encurtamento crustal e/oumovimentação transcorrente. No tocante à prospecçáogeoquímica, salienta-se um grande numero de anomaliasde cobre (SO a 60ppm), manganês (5.000ppm ou mais) ecobalto (SSppm) 1 n sedimentos de corrente, seguidas deouro (0,10ppm) em concentrado de baleia e cobre emanfibolitos e rocha calcissilícática (máximo de 250ppm). Agrande potencialidade da área mineralizada (I) e boasperspectivas de ampliação das reservas atualmente co-nhecidas e restritas ao minério aflorante residem nadistribuição das diversas camadas de gondito, com espes-«uras variáveis de 10 a 60cm, ao longo de uma faixa com

q qsuperior, possivelmente depositada em ambiente detransição e sem participação do magmatwmo basáltico(inicial?), não foram encontradas quaisquer evidências de

da área, no grupo Dom Süvério também ocorrem rocha*de composição predominantemente granítica (figuraII.8.1), talvez sob a forma de escamas cristalinas deempurrão imbricadas com os termos supracrustais. Mesmoque se considere a hipótese de palingêneses inrracrustaispós-Di, isto é, uma idade próxima do desenvolvimento edeformação da seqüência metavulcanossedimentar, afadologia metamórfica e outros aspectos apontam no sen-tido de um grau apreciável de aloctonia para os granitóides.Esses corpos apresentam, por vezes, características deforte diferenciação (figura Ú.8.2) e vinculação à série degranitóides do tipo S (CR) ou plumasíticos, pois sãofreqüentemente leucocráticos e encerram constituintesmineralógicos como moscovita, turmalina e granada. Osseus aparentes níveis de colocação (meso- e epizona) eerosão (apical ou acro), aliados às indicações deespecialização (anomalia de Rb c depleções de Ba e Sr) etipologia da série magmática compõem um quadro deparâmetros bastante favoráveis para mineralizações de Sn,Nb, U, Y, TR e (W). Alterações como carbonataçáo eargilização são eventualmente pronunciadas nessasicchas.

834 Granitóides tardi- a pós-tcctAnlcM

Alguns corpos de granitos pegmatóides ocorrem sob aforma de diques e mostram-se pouco ou nada afetados peloevento D2 (deformação tangenáal). Conforme pode serobservado no diagrama Rb-Ba-Sr (figura 0.8.2), espédmescoletados no rio Doce, próximo à ddade homônima,situam-se em um patamar bastante elevado dentro do trenddos granitos fortemente diferenciados, similar ao en-contrado para os "granitos jovens" da Nigéria (Olade,1980). Esses materiais mais tardios da área, ricos em mos-covita e outros componentes potássicos, podem constituiruma evolução de granitóides nada ou menos especializadosproduzidos por palingêneses intracrustais, e mostram-seenriqueddos em Rb (S10 a SSOppm), Pb (ISO e l.OOOppm),Be (L5ppm), Bi (300ppm), Nb (70ppm) e Sn (20ppm), alémde valores discretos de Ag, em contraposição a fortesdepleções de Ba, Sr e Zr. Junto com outros parâmetrosforneridos por Ramsay (1986), tais rochas são distinguidascomo integrantes do tipo plumasítico especializado, cujosprecursores foram plútons da associação alcalifeldspato-granito, e são associadas com mineralizações de Sn, Ta, Nb,W c F (greisens, veios de quartzo c/ou fluorita madça,pegmatitos e metais raros).

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SF23-X-h-n (Ponte Nova) 147)

SJjfCobertwaa

Em função da evolução polidclica do relevo, particular-mente da atuação do ciclo Velhas, ocorrem coberturas

i preservadas emelevados da área. O amplo desenvolvimento atingido pelascoberturas aluvionares presentes no vale do rio Doce, con-tudo, constitui um reflexo do afogamento do relevo decor-rente de tectônica extensional (quaternária?). Devido áscaracterísticas aurfferas das araviões encontradiças nosrios Piranga, do Carmo e Doce, cabe discernir, no caso doúltimo, o curso principal em relação aos tributários

menores que sofreram intensos processos de cohnataçáo,constituindo o sistema de rias da "região dos lagos". Comoessas drenagens não recebem os sedimentos provenientesde sítios "nr"»i'«Kk* como o Quadrilátero Fciitfcio, nãohá uma expectativa favorável quanto a concentraçõesaurfferas em terraços aluvionares e barras de pontal as-sociadas as zonas meandrantes, como £ o caso do canalatual do rio Doce.

Além do ouro, a potencialidade dessas aluvióes recentesestende-se para um grande número de outros mineraisresistatos, por exemplo, zireão, monazita, xenotima, il-menitaetc.

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PARTE

CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

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SFJB-X-B-n (Ponte Now) 151

Capítulo 1Conclusões

Luiz Alberto BrandaUst

O levantamento geológico levado a efeito na folha PonteNova, inserida no Projeto Barbacena, representa um sig-nificativo avanço no conhecimento geológico de faixa doterritório mineiro situada a leste do Quadrilátero Ferrífero.

De acordo com a filosofia de trabalho adotada no Pro-grama Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil -PLGB, alicerçado na utilização de técnicas adequadas àescala de levantamento, conseguiu-se materializar umacartografia geológica atualizada e confiável, de maneira apermitir que os usuários do setor mineral possam planejarseus investimentos com menores riscos.

Muitas das conclusões enunciadas foram resultado deintegração com as demais folhas do projeto, tendo umcunho estatístico regional, que propiciou também a ela-boração de um modelo de evolução crustal.

Relatam-se a seguir as principais contribuições geo-lógicas advindas do levantamento nos campos estratigrá-fico, petrológico, litoambiental, geoquímico, geofísico emetalogenético.

1. A folha Ponte Nova insere-se na província geotec-tônica Mantiqueira, tendo rochas do domínio da crostainferior e intermediária, com fades metamórfica variandodesde granulito até anfibolito baixo - xisto-verde, comprocessos evolutivos durante períodos de tempo bem-defi-nidos do Arqueano ao Proterozóico.

2. Ficaram plenamente constatados três eventos defor-também n s {frwinic folhas levantadas.

O evento mais m <"w t f é de caráter compressivo e estárelacionado à fofiação/bandamentognáissica de transposiçãode baixo ângulo (St), agre*^" às zocas de cjsalhamcntog ( t ) ,dúctil de baixo ângulo, geradas no ciclo Transamazônico,conforme datações efetuadas nas outras folhas. Forte line-urifo mineral amplamente distribuída, resultante dessa trans-posição, indica transporte tectõnico de ESE para WNW. Osregistros do evento deformacional pré-St são bastante dis-cretos, enquanto o evento pos-St resultou em dobramentosabertos de eixo N-S de ampla distribuição, tendo carátercontradonal compressivo, associados a zonas de ásalhamen-to de abo ângulo, as quais afetam principalmente os extremosoeste e sudeste da folha.

3. No que tange à estratigrafia tentou-se, a princípio,manter a nomenclatura em uso, introduzindo-se, porém,modificações propiciadas pela escala e decorrentes da car-tografia efetuada, criando-se a suíte metamórfica São Se-bastião do Soberbo, em estrita obediência ao Guia deNomenclatura Estratíffáfica (Petri et ali, 1986). É definidacomo uma seqüência constituída dominantemente por (an-fibólio)-biotita-gnaisses bandados paraderivados, com fre-qüentes intercalates de biotita-anfíbolitos, níveisral<*iss?1'<*6t*çp<i que frMunrínwym g snaisses «^Ví^fíH^t-ticos, além de lentes calctticas e níveis de moscovita-quart-zitos ou moscovita-quartzitos miloníticos. Efeitosretrometamórficos traduzem-se na sericitização e argili-zação do plagiodásio, alem de saussuritização e carbo-natação, actinolitizaçáo do piroxênio e da hornUenda. Nasuíte metamórfica São Sebastião do Soberbo associam-serochas tipicamente de origem sedimentar com calássili-cáticas e anfibolitos que caem no campo das vulcânicas tipobasalto andesítico, espilíüco e tolefiico.

As demais unidades apresentaram tópicos conclusivoscomo segue:

3.1 As" rochas do complexo Juiz de Fora têm idade ar-queana e constituem o domínio da crosta inferior, onde mas-sas preservadas charnoenderbíticas ocorrem no seio degnaisses lánzigíticos e hornblenda-btotita-gnais&es, que sãoprodutos diaftorétkos dos primeiros, ocorrendo tambémgnais-ses de composição tonalítica. As principais paragênesesdiagnosticas são: quartzo + «•^«"i' + homblenda + hi-perstênio + biotita; «nWina + quartzo + mperstêmo +granada + biotíta; quartzo + ««fa™ + hiperstênio +biotha; quartzo + andesma + oligoclásio + biotíta + gra-nada + K-feldspato. Os efeitos retrometamórficos são carac-terizados pela uralitização e biotitizaçáo do piroxênio,sericitização do plagiodásio, biotitização da homblenda eliberação de carbonata Uma migmatização rósea, quandopresente, é caracteristicamente pré- a sintectõroca em relaçãoà foliação de transposição, com efeitos de remjeçáo posterior.As rochas granitóídes do complexo Juiz de Fora têm caráterinequivocamente peraluminoso, são calcialcalinas,aproximando-se mais do tipo I-MC (Median Contaminated),geradas em regime tectõnico pré-colisional.

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132 Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil

3 2 As rochas omplexo Mantiqueirapetrograficamente são ortoclásio-leucogranitosprotomüoníticos, gnaisses granito-miloniticos auUramilonfticos, gnaisses tonalito-trondhjemíticos

ukramüoníticos, tendo os primeirascaracterísticas magmáticas reliqoiares; corpos de an-Sbolitos sio subordinados. Efeitos retrometamórficos dafides xisto-verde atingiram o conjunto, produzindoseriou e minerais argilosos, alem de ciorita. As rochasgranitóides ácidas e intermediárias têm caráterperahimmoso, são crustais ou até do tipo I-MC (MedianContaminated) com contribuição mantftlica, geradas emambiente pr6colisional a sincolisional. Têm compor-tamento ligeiramente mais cnistal que os espécimes docomplexo Juiz de Fora. As rochas básicas são carac-terizadas como tolettos de ambiente oceânico

3 3 O grupo Dom Silvério é constituído por três uni-dades, inferior, média e superior, representando uma se-qüência «"^^"llfanotSiVHinwntar fjf médío a baiXO grau,tendo em vista as características de seus ikótipos comoxistos magnetíticos, formações ferríferas com afinidades

^ralafhia» Foliação milnnftira fjf baÍXO ân-guk> também reflete os efeitos do evento Transaraazônicoa exemplo das outras wnwladfs. Efeitos de um cisalharaentocontrackmal de alto ângulo se fazem sentir com grandeintensidade, principalmente nas unidades média e supe-rior, gerando moscovita nos planos de ásalhamento comforte lineação mineral horizontalizada N-S a NNE. Rochasleucograníticas pegmatóides com moscovita e tunnalinainjetam concordantemente os xistos, principalmente nasunidades inferior e média. Os xistos grafitosos do leito dorio Piranga, bastante piritosos e associados a calcissili-cáticas, são indicativos de condicionantes redutoras origi-nalmente. Os grandes depósitos de Mn estão associados agonditos da unidade média. No grupo Dom Silvério osanfibolitos classificam-se quimicamente como tolcftos nor-mais, cuja composição química mostra que são rochas bemdistintas daquelas do supergrupo Rio das Velhas e com-

plexo Barbacena, tendo amostras de rochas característicasde ambiente oceânico e continental com magmatismo detendência alcalina; guardam relações químicas que in-dicam »fi««HiK^ nuinr com rochaspouco menor com formações ferríferas, distanciando-sedas rochas pettticas. Os quartzkos (formações ferríferas)se aproximam do padrio de formações fenfiVras da tteiesoxido e não deixam dúvida quanto à natureza de formaçãoferrífera bandada pré-cambnana.

3.4 Existe uma fase importante de magmatismoatribuída em parte ao final do Proterozóico Inferior, carac-terizada pelas rochas meta^gneas da faixa de rio Doce.

3.5 A presença de diques e/ou silis de basabo, diabáaoegabro indica a presença de eventos mesozókos a Xandoa área.

4. Os dados geoquünkos permitem concluir que o ouroapresenta-se, aparentemente, com um controle tectonos-trutural, ligado as zonas de cisalhamento de baixoÉ

, gÉ epigenético (em veios de quartzo) no grupo Dom Silvérioe a contribuição carbonática pode ser trapeadora de ouro;injeções graníticas esbranquiçadas são portadoras ouremobilizadoras de ouro. Os efeitos de concentraçãosecundária se fazem presentes na área como um todo,atuando sobre os elementos-traço. A dispersão doselementos químicos é singcnético-clástica. Finalmente, emtermos prospectivos, somente o ouro apresenta potencial.

5. Os dados da gravimetria permitem um modelamentogeofísico de blocos crustais, onde se interpreta uma crostacom 20km de espessura entre Acaiaca e Rio Casca. Oajuste do perfil calculado aos dados de campo, nomodelamento, só foi possível com a adoção de baixosângulos de mergulho (20°). O modelamento do perfilsugere uma colisão de blocos com obducçáo da crostagranulítica, crosta inferior, sobre a crosta intermediáriagnáissica.

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SR23-X-B-II (Poste Nora) 153

Capítulo 2Recomendações

PorLuiz Alberto Bnmdalise

Se, por um lado, a evolução do conhecimento geológicopermitiu que se chegasse a resultados conclusivos, apósuma análise crítica observa-se uma série de problemassuscitados no texto ou decorrentes das idéias nele expostas,que impõe a necessidade de se recomendar algunsprocedimentos, visando a trabalhos futuros na área.

Há necessidade Jc que seja efetuado levantamentogeológico na escala 1:25.000 na quadrícula de DomSilvério, entre os paralelos 20"00> e 2O"15'S e meridianos42*45' e 43*00>W/Gr, objetivando o conhecimento ade-quado da seqüência metavulcanossedimentar do grupoDom Silvério Por outro lado, visa a ampliar as reservas demanganês já existentes na área, tendo em vista outrasocorrências observadas no projeto; além do potencial paraouro, existem ainda ocorrências de talco.

Com base nas unidades definidas neste projeto, certa-mente é necessária a realização de levantamentosgeológicos na escala 1:100.000 na folha Viçosa, tendo comofinalidade a integração entre as folhas Ponte Nova e RioEspera dentro do Programa Levantamentos GeológicosBásicos do Brasil - PLGB.

Datações geocronológicas devem ser efetuadas em rochasdo grupo Dom Silvério, com a finalidade de dar maiorsegurança ao seu posicionamento estratigráfico dentro daevolução geológica da área, uma vez que a petroquímicaconcluiu que as básicas são distintas daquelas do supergrupoRio das Velhas. Pelo menos uma idade mínima pode serobtida de rochas granitóides e/ou pegmatóides e foliadas queestão injetadas em concordância estrutural com os metamor-fitos do referido grupo.

Outro fato significativo que deve ser estudado refere-seàs rochas de fades granulito do córrego Pedra Dourada,hiperstênio-piroclásio-granulitos, granada-biotita-gnais-ses, cuja posição estratigráfica, precariamente es-tabelecida, as vincula ao complexo Mantiqueira. Alémdisso, é necessário um estudo petroquímico adequado,

para compará-las com aquelas de Acaiaca e do complexoJuiz de Fora.

É extremamente interessante que se faça um estudo dafaixa entre o córrego das Contendas e a ponte do rio Doce,no leito desse último, onde existe um magmatismo intenso,incomum dentro dos ortognaisses. A presença de rochasde fades anfibolito alto e de restos de rochas de fadesgranulito põe lado a lado rochas de níveis crustais distintos,podendo constituir uma importante melange tectõnica. Oestudo dessa faixa, onde se tem a presença de restos degranulito, poderia elucidar o aparecimento dos granulhosdo córrego Pedra Dourada e São Bartolomeu.

Na parte estrutural, os estudos devem ser endereçadosao dsalhamento de alto ângulo das regiões de Dom Silvérioe Santo Antônio do Grama-Abre Campo, objetivando des-lindar as características dnéticas dessas zonas de dsa-lhamento dúctil e sua relação com fases mineralógicasneoformadas. Além disso, o aparecimento das duaslineações minerais fortemente impressas tem de teresclarecidas suas causas.

No que concerne à geoquímica, as bacias anômalasdelimitadas carecem de trabalhos adicionais com afinalidade ~dè-verificar e confirmar o potencial e o sig-nificado prospective) de cada uma. É de bom ahitre que seexecutem trabalhos em nível de detalhe e semidetalhe noâmbito das bacias anômalas para Au, objetivando seupotencial.

Na parte econômica, além do atado para o manganês,merecem atenção os xistos grafítosos e piritosos do grupoDom Silvério, prindpalmente aqueles do rio Piranga, ondese tem calcissilicáticas e granitos nas proximidades, detec-tando-se ouro. O estudo prospectivo das grandes aluvióesdo rio Doce, bem como as argilas que ocorrem em suasbaixadas vizinhas, tem de ser levado a efeito. As rochascharnoquíticas e associadas podem constituir importantefonte para confecção de pedras ornamentais.

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SF.23-X-B-II (Poote Nova) 155

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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APÊNDICES

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SÚMULA DE DADOS DE PRODUÇÃO

1. Mapeamento GeológicoCaminhamcnto geológico (km) 1302Afloramentos estudados 1.075Amostras coletadas ?• . . , 1.498Cadastramento mineral • 47Análises pctrográficas 143

2.GeoBsicaGravimetria (km) 626Interpretação de dados aeromagnetométricos (km2) 2.900Densidade de rochas 41

3. Geoquímica3.1 AmostragemSedimento de corrente 330Concentrado de minerais pesados 99Rocha 162

32 Análises de sedimento de correnteEspectrografia 9.900Absorção atômica 2.6S7

33. Análises de rochaElementos-traço 92Óxidos 166Terras-raras 97Fluorescência de raio X 83

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INFORMAÇÕES GERADAS

Os levantamentos propiciaram os dados reproduzidos no Apêndice 1 e os documentos listados a seguir, que seencontram disponíveis no presente trabalho e nos escritórios do DNPM c CPRM.

1. DOCUMENTOS PRODUZIDOS E INSERIDOS NO TEXTO EXPLICATIVOFiguras e Gráficos;Tabelas de Resultados Pelrográficos e Químicos;Fotografias de Afloramentos;Carta Geoquímica Simplificada e Reduzida;Diagramas de Correlação;Mapas Geofísicos Reduzidos.

2. DOCUMENTOS ANEXOS AO TEXTO EXPLICATIVOCarta Geológica - Escala 1:100.000;Carta Metalogenético-Previsional - Escala 1:100.000.

3. DOCUMENTOS DISPONÍVEIS EM ARQUIVO ELETRÔNICOCadastro Geoquímico, com dados de campo e analíticos de todas as amostras com análise química;Fichas de Afloramentos;Fichas de Análise Petrográfíca (Seção Delgada);Fichas de Cadastramcnto de Recursos Minerais; . .Perfis Gravimétricos.

4. DOCUMENTOS DISPONÍVEIS NO DNPMMapa de Afloramentos - Escala 1:100.000;Mapa de Dados Estruturais - Escala 1:100.000;Carta Geoquímica - Escala 1:100.000;Mapa de Pontos de Amostragem de Sedimentos de Corrente, Concentrado de Baleia, Solo, Laterita e Rocha;Mapa Bouguer Provisório do Brasil (Sudeste) - Escala 1:2.500.000;Mapa de Contorno Magnetométrico (campo total redundo do IGRF) - Escalas 1:100.000 e 1:5.00.000;Mapa de Interpretação Magnetométrica - Escala 1:100.000 e 1:500.000;Mapa de Interpretação do Mapa Bouguer (Sudeste do Brasil) - Escala 1:2.500.000.

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ILUSTRAÇÕES FOTOGRÁFICAS

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r

B

1

1

Foiomkrografte 1 (Amostra RM-118A) - Complexogranulito-enderbítico. Textura hipidiomorfo-granular de quartzo

(Qz) e piagiodásio (Pg) com contatos intergranularesinterpenetrados, característicos de cristalização simultânea. Nocanto superior esquerdo, matriz microgranulada e recristalizada

(processo de milonitizacão incipiente). Nicóis X.Fotomlcrografia 2 (Amostra RM-4SA) - Complexo

granulito^nderbítico. Fase avançada de mílonitizaçào commicrogranulaçao mecânica dos porfiroclastos de plagioclàsio (Pg)

e recristalizaçao sintectdnica, com forte disposição planarorientada, inclusive do ortopiroxênio (OPx). Nicóis X.Fotomlcrografia 3 (Amostra HM-16) - Associaçãometavulcanossedimentar de baixo a médio grau,

plagioclasio-nornblenda-xisto, com granulacio fina e texturanematoblastica fortemente desenvolvida associada a horizontes

vulcanoclasticos. Nicóis XFotomlcrografia 4 (Amostra RM-2S1 A) - Ortognaisses graníticos.

Milonito caracterizado por textura porfiroclâstica (augen)especialmente em microcllnio, com bordas arredondadas pelasubgranulaçâo, com formacfto de uma mesóstase recuperada.

Notar o encurvamento das lamelas de geminaçio do porfiroclastode microclínio no quadrante inferior direito. Nicóis X.

Fotomlcrogrsfla 9 (Amostra RM-2S1 A) - Ortognaisses graníticos.Milonito. Detain* do porfiroclasto d* microcllnio da

fotomicrografia 4, com as bordas em estágio avançado desubgranulaçlo. Nicóis X Aumento: 20 vczss.

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10

Fotomlerografla 6 (Amostra RM-380A) - Ortognaissesgranftiçps. Estágio de milonítizaçâo e recristalízaç&o mais

avançadb,~csm toda a associação mineral original subgranuladae poligonizada na forma de matriz fina. O quartzo se recristalizou

quase que exclusivamente na forma de ribbon* (RB),peculiaridade que, somada à poligonizaçao da matriz, indica

importante episódio de recristalizaçao pós-tectonica. Nicóis X.Aumento: 20 vezes.

Fotomlerografla 7 (Amostra LB-241) - Ortognaisses granfticos.Milonito da mesma fase que o da fotomicrografia 6, com forte

desenvolvimento de palhetas idiomórficas de mica branca (MB),fortemente orientadas segundo a foliaçfto de fluxo e por

turmalina (TM). Nicóis X. Aumento: 20 vezes.Fotomlerografla 8 (Amostra RM-380A) - Ortognaisses

granfticos. Estágio avançado de recristalizaçao comdesenvolvimento de turmalina (TM) sin- a tarditectonica, com os

ribbons de quartzo (RB) sofrendo fone inflexão em voltadaquela. Nicóis X. Aumento: 10 vezes.

Fotomlerografla 9 (Amostra LB-2BA) - Ortognaisses tonalftJcoscom textura de recristalizaçao granoblástica poligonal fina edistinta disposição planar orientada da biotita (Bt). Estágioavançado de recristalizaçao sem preservação ds texturas

magmáticas originais. Nicóis X. Aumento: 10 vezes.Fotomicrografia 10 (Amostra LB-28C) - Ortognaisses

tonalíticos. Mesmo em estágio avançado de cominuíçlo erecristalizaçao, cristais remanescentes (porfíroblastos) de

plagioclásio (Pg) ígneo podem, eventualmente, resistir. Aumento:10 vezes

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v %

Foto f - Aspecto da «strutura migmatftíca tipo schollen, com matarlal charnoanderbrtico anvolvando tipos básicos anflbolfttom, amdomínio do complaxo Juiz da Fora. Local: ao norta da Abra Campo, na folha Matipó, próximo ao limita com a folha Ponta Nova. Foto 2 -Estrutura achoHan, local, am gnaisaa bandado da unldada 0 do complaxo Juiz da Fora, onda naoaaoma granitic© róaao, ramobílizado,parcola o gnaisaa. Local, padraira da Abra Campo, nã rodovia BR-262 (afloramanto RM-192). Foto 3 - Zona da cisalhamanto da baixo

ângulo (ZCBA), formando duplax, colocando ortognaissaa do complaxo Mantiqueira «obra paragnaissaa da sufta matamórfiea SloSabastiio do Sobarbo (afloramanto RM-084). Local: corta da MG-329, proximidades da Cardosos. Foto 4 - Datalha da foto 3, mostrando

o gnaisaa porfirobiástioo (afloramanto RM-084).

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Fete 5 - Gnaiua porfirobléttico, mostrando um bandamanto/fofiaçío Di, cortados por Si (Da) na baaa (afloramento RM-064). Local:corte da MG-328, proximidades da Cardosos. Foto • - Bandamento descontínuo observado em ortognaiese tonalWco, ocasionado pato

cfaaJhamento de baixo ftngulo regional I/Kttorimtnto RM-306). Local: oórrego Onctrtíra, fazenda Rtaoho Novo. Foto 7 - Detalhe dobandamento composicional do gnaisse tonalftíoo, mostrando uma laminaçio descontínua. Local: oorrego Qndrtha, fazenda Haoho

Novo. Foto I - Atuaçio diferencial do cisalhamento de baixo angulo em IHótipos distintos o> complexo Mantiqueira. Note-se alaminaçio fina, oom milonito, provocada paio eisalhamento. O tocai eorresponde a uma importante zona da etsaJhamento, que aeaneta

problemas de estabilidade no corte da BR-282 (afloramento RM-315), 2km ao sul da ponte sobre o rio Doce.

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r

Foto f - Encrava ortodarivado mto/natfUoo, discordant» dot gnaiuat tonaiWco». Ot gnaJtaat do lajado tam follaçâo da dtamamanto dabaixo ângulo com fina laminaçio (afloramanto RM-040). Local: usina Triv«u«to, attnda Ponta Nova-fltoOooa Foto 10->0ataHia do

ancrava tonslWco mostrando bandamanto pratarfto a $ , sando cortado por foffaclo da dtalhamanto norbontaltzada sagundo adhwanalornalordocanlvata(afloranwrtoRI»V04fl).yoto11-Bicravaadaar^

Mar^ualra.htots^asdlscordâiv^nftktoarmeasstrutursdosrmtwitoíortodsfNactoJo^baixo angulo doa gnaftsas (afloramanto RM-31S). Local: BB-2S2, Zan ao sul da poma sobra o rio Doca. Foto 12-Encrava da mataoabroam ortognalasatonalfMoo. Nott asa aawituramlgmatftlca da tagragaçao. dobrada, dlscordamadasatruturadognalatanapanalnfarior

a madlana. Na parta supartor, a aatrutura do matagabro aneurva-sa a é atamtMIca i aUrutwradaíoHaçiomHonWcadognalsaadoccmpiaxo Mantkjual« (a<Vyamanto RM-367). Local; ponta dorto Casca, no acasao da Aguaa réVraaa à BB-aea:

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14

f « o 13 - Contato da ortognaitaa do comptaxo Mantiquaira (parta suparior) com o» paragnaiiaaadatiiflamatam6fficaSto8abaM»odo Sobarbo. O contato w faz por zona da dtalhamanto da baixo ângulo, mostrando astrutura duptax noa paragnaisaas (aflonvnanto

RM-064). Local: MQ-329, proximidade a» Cardosos. Foto 14 - Qnaissa bandado contando, na parta superior, pacota da quartzto comoarca da 6m da aspassura, caracterizando geneticamente a seqüência metamórfica Sao Sebastião do Soberbo (afloramento RM-278).Local: margem direita do rio Doce, na localidade de Santana do Deserto. Foto 15-Aspecto bandado, mais contínuo, dos gnaisees da

suite metamórfica Slo Sebastilo do Soberbo. Note-se a superfície de empurrão na parte superior (afloramento RM-048). Local: salda daPonte Nova para Rio Doce. Foto 1 6 - Biotita-anfíbolognaisse, muito micàceo, da suite metamórfica Sao Sebastilo do Soberbo, injetado

por veios granodiorfticos cisalhados (afloramento LB-25).,Local: Sesmarís de ama_

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f

20

Foto 17 - Afloramanto da biottta nfibi aiciaallicattooa da tuft* matamorflca Slo Sabaafflo do Sobarbo. Nota-aa ointanao dobramanto oonfuao do oonfunto, faca è pratança dot nfvait calciaiHJcttcoa («flofamarrto S8-46). Local: norta da Santana do

Oaaarto, na aatrada pan fazanda Radra Dourada. Polo IS - Aapacto do btottt»-«nflbotognalata bandado, com dobrat am bainha,aaaodado a rochaa caldfilicáttcaa da tufta matamorflca Sao Sabattiio do Sobarbo (afloramanto RM-2S8). local: fazanda da lagoa.

N i » i t - Contato do grupo Oom SUvério com ortognajtaaa do oomplaxo Manttyuaira,a!ravéa a * Z O M da dcaMarnarrto do mMtoanguto. Ma parta auparlor, btotrta-moaoovtta-ultto mHonMoo; totopoaio, ocorra laucognaJaaa mHonWoo oom larrtaa i

quarttofaldapátlcaa. Local: (azanda do Suano, i margam aaquarda do rto do Carmo, na atirada Sana longa - Dom SaVédo. foto 3 9 »Oatallw do oontato do grupo Oom Sttvarto, tobrapoa» ao gnaitaa do complaw) Mantlquaka por daamamanlo da m*dlo ângulo, oomoomponanta tataral da trantcorrêoda. local: fazanda do Suano, è margam aaajwrda do rio do Carmo, na aatrada Barra longa-Oom

SUvério.

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rtrrjr-- • i.../Z w,.. •

WM^ ./ ?/> ; , J . J?AZ....Foto 21 - Quartzito moscovftioo milonftico da unidade 3 do grupo Dom Siivério, mostrando dobramento apertado segundo dsalhamento

de alto Ingulo, que baliza o contato dessa unidade com o complexo Mantiqueira (ortognaisses granrto-tonalrtioos) (afloramentoRM-565). Local: proximidades da fazenda da Serra, no acesso desta à estrada Dom Siivério - Conego Joio Pio. Polo 22 - Detalhe do

quartzito da unidade 3 do grupo Dom Siivério, mostrando mulllom segundo a foliacao do cisalhamento de baixo angulo (afloramentoRM-486). Local: regiio de Volta Grande, i beira do rio Sem Peixe. Foto 23 - Xisto da urjidade 2 do grupo Dom Siivério, com xistosidadede baixo Ingulo, mostrando segregações de quartzo em veios dobrados (afloramento RM-409). Local: córrego do Mingau, sul de Dom

Siivério. Foto 24 - Qabro anfibolitizado Santo Antônio do Grama, mostrando segregações feldspaticas mais grosseiras, contendoaglomerados de anfibólio cortando a foliaçao suborizontal (afloramento OF-16). Local: fazenda Pouso Ato

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- M#W>yí#sy/s%ySà?&M?s;v??>Mti „ _ , „ - ,Foto 28 - Estrutura variolftica prasarvada da rocha origínalmcnta intrusiva, mostrando "fsnocrfstais" da plagiodásio oom induaõaa da

anftbolto (afloramanto RM-058). Local: ponta do rio Ooca, à antrada <i» Rto Doca. foto M - Invasão da matarlal granWoo na rooliamostrada na foto 25, qua aprsianta granulaçio mais fina (afloramanto RM-059). Fofo 27 - Ofqua da rocha fina comando WotKa

porfirfUca, da origsm msgmàtica, cortando ortoanfíbolíto s ortognaisaa (RMO24). Local: ponta do rio Oooa, à antrada da Ho Ooea. foto2$ - Oqua da basalto cortando anfibolito com vaios faldspaticos. Obsarva-aa o torta frsturamanto vartícal do baaarto (afloramanto

RM424). Local: ponta do rio Ooca, à sntrada da Rto Ooea.

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Foto 2» - Granite pogrnatóida com xanollto da ortognaisse do oomplaxo Mantiqueira. Obaarva aa a dimensão doa lanocrtaiaia(afloramento RM-024) Local: ponta do rio Doca, à entrada de Rio Doca. Foto 3 0 - Granite pegmatóide cortando anflbotito injetado porvetos feldspaticos, segundo a foiiaçao. Na parto superior esquerda, encrave de rocha gnáissica no granito (afloramento RM-024). Local:ponta do rio Doce, à entrada de Rio Doce. Foto 31 - Granite pegmatóide cortando ortognaisse do complexo Mantiqueira (afloramento

RM-024). Local: ponte do rio Doce, à entrada de Rio Doce. Foto 32 - Dobra em "bainha" desenhada pala foiiaçao da transposição Si. amgnaisse bandado do complexo Jura de Fora (afloramento RM-189). Local: pedreira Cava, próximo a Abra Campo.

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Foto 3 3 - Dobraa itoclinait intrafoiiait am gnaitta laminado a milonitico (foliacao S») do complaxo Mantiquaira (afioramanto RM-74À).Local: ramal da ligação da rodovia MG-329 a Santa Cruz do Escalvado. Foto 34 - Laminaçáo gnaitaica da tranapoaieic (teilaçâc St, fataDa) com dobraa intrafoiiait pratarvadaa, am gnaiaaa do complaxo Mantiquaira (afloramento OF-07). Local: margam do rio Caaca, careada «km a tudoatta da Santo Antonio do Grama. Foto 35 - Bandamanto gnáiaaico (foliaçâo Si, faaa Dj), radobrando coaxlalmanta dobra

itodinal praaxittanta, datanhada por um bandamanto matamórfioo da lata da daformaçio DL Qnaiaaa do oomplaxo Mantiquaira(afioramanto LB-14». Local: margam <3o rio Caaca, êtttn Rio Catca a Água» Férreat. Foto M - Ampla dobra abaria, do tipo ftaxural, dadaformaçio D3 am gnaiua anfibolftico do complaxo Mantiquaira (afioramanto RM-131). Local: rodovia MO-266, próximo a Uruoinla.

Page 178: PONTE NOVA FOLHA SE23-X-B-II - IAEA

Feio 97 - Dobra abarta, do tipo flaxural, da deformação Dj am micaxiato grafitoao com quaitzH •, partenoentaa ao grupoDom Sirvérto (afloramentos LB-30/ LB-31). Loeal: fãzanda Retiro, naa margana do rio Rranga, município da Ponta Nova. Fole M -

"Irrtarfarancla»" tipo domoa i baciat am gnaiaaea anfibolftícos do complexo Mantiqueira. Devem-ae nâo ao ao caráter acilfndrioo daadobraa Dj, como também a boudlna arradondadot da anfibolttoa (afloramanto RM-054). Local: margam do rio Doca, a 10km da Ponta

Nova para Rto Doca. Foto 39 - Zona da ciaalhamento da alto angulo am gnaiate bandado da unidade D do complexo Juiz da Fora,mostrando dobru da arrasto indicando movimento directorial sinistrai (afloramanto OF-66). Local: rogiio de Romeiro do Maio, município

da Abre Campo.

Page 179: PONTE NOVA FOLHA SE23-X-B-II - IAEA

Programe Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil(período 1985- 1989)

NA.19-X-CNA19-X-0NA19-Y-BNA.19-Y-DNA.1W-ANA.1»Z-BNA.18-Z-CNA.19-Z-0NA20-X-C-IIINAJO-X-C-VISA.19-V-BSA.10-X-ASA.19-X-BSA23-V-O/SAJB-Y-BSA23-X-C/SA23-Z-ASA23-Z-CS&22-X-CSB22-X-0Sa22-Y-BSB.22-Z-BSB.22-Z-0

RtoAiari1

lauarata1

Rtoteana'Cucul1

RtoUaupse1

Pico da Neblina1

Paredão1

Serra do Ajarani'-1

RtoCuricuriari1

Sâo Gabriel da Cachoeira1

TuriacW4

Pinheiro4

Cururupu/4

SaoLui»4

Itapecuru-Mirim 4

Serra Pelada4

Marabá4

Sao Felix do Xingu4

Xambtoá4

AragutJna *

SC22-X-8SB.23-V-A

sa24-v-r>vSB.24-Y-B-IISC.22-X-ASC.22-Z-CSC24-X-D-VSD.21-Y-C-USD.22-Z-C-VISD.22-Z-CWVSO.22-Z-O-VS0.23-Y-0SD-23-Z-O-IISD.23-Z-D-VSD.24-Y-B-VSO24-Y-B-V1S£22-X-A-«fS&22-X-A-V1S&22-X-B-ISE22-X-B-USE22-X-B-IVSE22-X-B-VSE.22-X-B-VI

Conceição do Araguaia 4

RtoCajuapará4

Mombaça1

Catarina*1 — g*mhrt|n 4HMvnÇeMlXinguara4

Arapiraca1

Pontas e Lacerda1

Kaguaru1

Jaraguá1

Plrenópoiia1

Buriti»2

Monta Azul3

Rto Pardo de Mina»3

Ibicaraí1

Itabuna'Itaberai1

NazárVNeropoiia1

Anápolia1

Goiânia1

Leopoldo Bulhõesf

Caraiba1

SE^3-V-BSE24-Y-C-VS&24-Y-CVISFSQ-X-B1SFÍ3-X-O-ISFÍ4-V-A-WSF^4-V-A*SF.24-V-AVSF^4-\M-VIS&22-XOM.4SQ^2-XOVL2S&22-X4K1SG.22-X-IR3SG^2-X-W4SG^2-X-CMV1SG^2-X-D-IV5SO22-X-r>fV.3S&222-O43JSG^2-Z-CHI.1SG^2-Z-D-VSH^2-V-C-IVSH.22-Y-A-1.4SR22-Y-C-II

SâoRomâo 2

Baixo Guandu1

Coíatina1

Mariana1

Rto Pomba 1

Mbnaodáudto 1

Oomingoa MartinsCacnoairo Itapamirim'Pfuma1

1 Campo Largo7

2 Contenda r

Rto Branco do S u l 7

Curitiba7

Plraquara7

I Araucária7

! SàoJoaádo»Pinhais7

I Mandirituba7

Botuverá/1

Bruaqua1

Horianópoli»'Santa Maria3

Passo do Salsinho'Piratini'

NB^O-Z-B-VNB.20-Z-B-VINB.2O-Z-CWINB.20-Z-D-IIINB.20-Z-D-VNB-20-Z-D-VINB51-Y-A-IVNB.21-Y-C-INB.21-Y^-IVSA.22-Y-DSA.23-Y-0SB.22-7.ASB.23-V-BS8.23-V-CSB.24-X-Brt)SB.24-Z-B-IISB.24-Z-B-VSB24-Z-CSB.24-Z-C-VISB.24-Z-D-IVSB.25-V-CSB.25-V-C-IVS8.2S-Y-C-V

Rio Quino'

Vila Pereira'Rto Vfruquim'

Attamira4

Santa Inás4

Serra dos Carajás *Vtorino Freire *Imperatriz4

Areia Branca/Mossoró 2

Currais Novos 3

Jardim do Seridó 3

Serra Talhada2

Afogados da Ingazaira'MonteiroNatal2

João Câmara'Limoeiro'

SC.20-V-B-VSC-20-V-C-VSC20-V-C-VISC.20-V-D-ISC.24-V-A-IIISC.24-V-A-VISC.24-V-B-IVSC.24-V-C-IIISC.24-V-DSC.24-V-D-ISC.24-X-C-VSC.24-X-C-VISC.24-Y-8SC.24-Y-B-VISC.24-Y-CSC.24-Y-DSC.24-Z-A-IISC.24-Z-A-HISC.25-V-A-IISC.21-Z-ASD.21-Z-CSD.22-X-DSD.22-Z-8

Porto Velho'Abunl 'Mutumoaraná'Jactparaná1

Santa Filomena'Riacho do Caboclo'Cristália'Petroiina'Uauá2

ItamotíngaSanta Bríaida'Piranhas T

Senhor do Bonfim 2

Euclides da Cunha 3

Jacobina2

Serrinha 2

Jeremoabo'Ca/ira'

Vitória de Sto.Antao1

Rosário do Oeste 2

Cuiabá2

Porangatu 2

Uruaçu2

SD.22-Z-CSD.22-Z-DSD.23-X-BSD.23-X-0SD.23-Y-CSD.23-Z-D-IVSD.24-V-A-IISD.24.V-A-VSD.24-V-CSD.24-V-C-IISD.24-Y-ASE.22-V-BSE.22-X-ASE.22-X-BSE.22-X-DSE.23-Z-BSE.23-Z-CSE.23-Z-0SF.23-V-D-V.4SF.23-X-B-IISF23-X-B-IVSF.23-XOIIISF.23-X-C-IV

Ceres2

Goianásia2

Ibotirama 2

Bom Jesus da Lapa 2

Brasilia2

Janaúba3

Utinga1

Lençóis1

livramento do Brumado 2

Mucug»'

Vitória da Conquista2

Iporá2

SLufs de Montes Betos2

Goiânia2

Morrinhos 2

Guanhias2

Beto Horizonte2

Ipatinga2

Sao Gonçato do Sapucaí'Ponta Nova'Rto Espera1

Barbacena1

Lima Duarte'

Em editoração

SB.24-Y-C-VSB.24-Y-C-VIS8.24-Z-WS8.24Z-D-II

PfttOfSimoea1

Patos'Juazeirinho'

SC.24-V-A-IISC.24-V-A-IVSC.24-V-A-VSC.24-Y-0-II

Paulistana'Barra do Bonito'Afrànio1

Gavião'

SC.24-Y-D-IV Mundo Novo'SC.24-Y-O-V Pintada»'SC.24-Y-O-VI Serrinha'

' Levantamento Geoiógico/Geoqufmico/Metalogenático na escala 1:290.000,1.100.000,1 50.000; 2 Mapaa Metaloge.iéttoos e da Previsão daRecurso* Minerais escala 1:250.000; 3 Mapaa da Previsão da Recursos Hídricos Subterrâneos escala 1:100.000; 4 Projeto Especial Mapa» deRecursos Minerais, d * Solos a da Vegetação para a Area do Programa Grande Carajás - Subprojato Recursos Minerais; * Levantamentogeotógtoo visando ao meto-ambtente; "Levantamentos aerogeofísicos;' i«w-«««*« n««iArti«nín*«n,,(mi«« é» I M I J I M « a t n w i w m M

Page 180: PONTE NOVA FOLHA SE23-X-B-II - IAEA

NAáO-X-B/NA.21-V-ANA.20-X-DNA£O-Z-BNB.2O-Z-BeNB.21-Z-A/NB.20-Z-D/NB.21-Y-CNA.21-Z-BUK22-V-B/N&22-Y-DNA£2-V-DNK22-Y-ANAÍ2-Y-BNA22-Y-DSA£1-X-BSÀ24-Y-ASA.24-Y-BS/C24-Y-CSAJM-Y-DSA24-Z-CSB.22-X-CSB.22-X-DSB.22-Z-ASB.24-V-AS8.24-V-BSB.24-V-CSB.24-V-DSB.24-X-ASB.24-X-CSB.24-Y-ASB.24-Y-BSB.24-Y-CSB.24-Y-DSB.24-Z-ASB.24-Z-BSB.24-Z-DSB^S-Y-ASB.25-Y-CSC20-V-CSC.20-V-DSC.20-Y-BSO20-Y-DSC.20-Z-ASC-20-Z-BSC.20-Z-C8O20-Z-DSO21-Z-B8C.22-X-D8C.22-Z-B8C22-Z-DSO23-X-D8C23-Y-C8C.23-Z-B8C.23-Z-DSC.24-V-A8O24-V-B

GEOeeGTMMETAAFLOPETR

H^n^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^SJB^BHB^BJBJBJBJBJBJU

e&BBBmmgmmmmHmÊIÊÈlllllMMilfl"^^^^^™^p'""11""B"w^B^^^^^^Wí^^s»^Haaa^isaiaaaiãiaa

Uriraooers2

Conceição do Maú *BoaVtota2

Caracaraf2

Monta Roraima 8

VilaSurumu/2

RtoMaú2

RtoQtaré2

RtoOiapoque2

Cabo Orange2

Lourenoo2

Serra do Tumucumaque 2

RtoAraguari2

Macapá8

RtoMaicuru8

Pamafba2

Acarau2

Granja8

Sobral8

FortalezaRtoRacaiúnas2

Marabá8

Rte Paraopabas 8

Píripiri8

Quixadá8

Crateús2

Quixaramubim 2

Aracati8

Morada Nova8

Valença do Piauí8

Iguatu8

Ptoos2

Juazeiro do Norte 2

Souza8

Caicó2

Paios8

Cabedelo2

Joio Pessoa2

Abuni8

Ariquemea8

AHoJamari8

Serra dos Uopianes 2

Rondônia2

RJoBranoo2

Dv^aAaViãVfVlsk a\á^rit/*t ^

Pimenta Buano 2

VHa Guarita2

MlfBcxnm do MofttPorto Nacional2

Gurupi8

Sao Raimundo Nonato2

Naovidada8

Xkjue-Xlque2

Barra3

PaulMana2

Salgualro3

• Mapas da aarvtoodtaponlveii

^ ^ ^ ^ ^

Dlapi

SCJ4-X-ASCÍ4-X-BSCÍ4-X-CSC.24-X-DSC.24-Y-ASC^4-Z-ASC.24-Z-B/DSC.24-Z-CSC^5-V-ASC^5-V-CSD^O-V-BSD^O-X-ASD^O-X-BSD.20-X-CSD.20-X-DSD^1-Y-CSD^1-Y-DSD^2-X-ASD^2-X-BSD^2-X-CSDJ2-Y-DS022-Z-ASD^3-V-ASD.23-V-CSOÍ3-X-ASO^3-X-CSD^3-Y-ASD^3-Z-ASDÍ3-Z-BSD^4-V-ASD^4-V-BSO^4-V-D/80^4-X-CSD.24-XASD.24-Y-B/SD^4-Z-AS D ^ Y - CSD^4-Y-D/SD.24-Z-CSE.21-V-D-VSE^I-Y-B-IISE^1-Y-B-IHSE^3-V-ASE.23-V-CSE.23-V-DSE.23-X-ASE.23-X-BSE73-X-CSE.23-X-DSEÍ3-Y-A8E.23-Y-BSE.23-Y-CSE23-Y-DSE23-Z-ASE.24-V-C8E^4-Y-A8EÍ4-Y-C

i para cópia» h«

fflfvelepafa oonauJlai

Ftoreeta8

Garanhuna2Paulo Afonso8

Santana do Ipanema 'Mirangaba2

Jeremoabo2

Aracaju/Estância2

Tobias Barreto 2

Recife8

Maceió2

Principe da Beira8

Pedras Negras8

Vilhena8

lha do Sossego 2

PimentetrasMato Grosso2

Barra do Bugres 2

Araguaçu2

Alvorada2

Sao Miguel do AraguaiaBarra do Garças 2

MozarlÉndiaArraias8

Campos Batos2

Barreiras2

Santa Maria da Vitoria8

SioJoiod'Alianca8

Manga2

Guanambi2

Saabra2

Itaberaba2

Jaquié/2

Jaguaribe2

SaNador2

Ihéus/2

Macaré8

Rk> Pardo8

Itapsfjnga/Canavieiras8

Morraria do bisua'Lagoa de Mandioré1

Amolar1

VnaS2

Paracatu8

Joio Pinheiro8

Montes Claros 2

Araçual2

PiraporaCapeiinha2

Patos de Minas2

Três Marias2

Uberaba2

Bom Despacho2

Curveto2

TaófiloOtoni2

Governador Valadares a

CoUrtina2

«ooráflcas (•)

2

8F^1-V-B Baia Negra 'SF^i-X-A Mranda^ .SF^3-V-A-I^ Bk>8aoLourenalnho7

SF^3-V-A-»I1 kanhaam7

SFJ23.V-^NI2 Mangagua7

SF23-Y-A-V.4 Campinas7

SF.23-Y-A-VL3 Vaünhos7

SFJ3-Y-C-ÍI2 Maiatuba7

SF^3-Y-C-II.4 Cabreuva7

SF^3-Y-C-BI.1 Jundiai7

SF23-Y-C-HI3 Santana do Parnalba7

SFÍ3-Y-C-IIÍ4 Ouandhoa7

SF^3-Y-C-V^ SioRoque7

SF^3-Y-C-V4 JuquWba7

SF.23-Y-C-VT1 tapaoericada Serra7

SF^3-Y-C-VI^ Sio Paulo7

SF.23-Y-C-VI.3 Imbu-Guaçu7

SFJJ3-Y-C-VI.4 Racho Grande7

SF.23-Y-D-I.1 Piracaia7

SF^3-Y-D-L2 para t i 7

3F^3-Y-D-I.3 kaquaqueoatuba7

SF^3-Y-W4 Santa Isabel7

SF^3-Y-WI3 Jacarai7

SF^3-Y-D-rV.i Suzano (Mauá)7

SF-23-Y-D-IV.2 Mogi daa Cruzes 7

SF^3-Y-O-IV.3 Santos7

SF^3-Y-IWV.4 Berttoga7

SF.23-Y-D-V.1 Saleaópolis7

SF^3-YD-V.2 Pk» do Papagaio 7

SF^3-V-A Franca2

SF.23-V-B Fumas2

SF^3-V-C «beirio Prato 2

SF^3-V-0 Varginha2

SF^3-X-A DMnópoUs2

SF^3-X-B Ponte Nova8

SF^3-X-C Barbacana8

SF.23-X-D Juiz de Fora8

SF^3-Y-A Campinas2

SF.23-Y-B Guaratinguatá2

SF.23-Y-C Sio Paulo 8

SF.23-Y-D Santos2

SG.22-X-A Telemaoo Borba 2

SG^2-X-B/ Itararé/2

SG^2-X-C Ponta Grossa 2

SG.22-X-D/ Curitiba/2

SG.23-V-C Cananéia8

SGÍ3-V-A Iguape8

SG.22-Z-D Florianópolis2

SH.21-Z-D Bagé2

SH.21-Z-B Sio Gabriel8

SH.22-X-B Criciúma8

SH.22-Y-D/ Patotas/2

SH^2-Z-C Mostarda2

SI.22-V-A/ Jaguario/2

SI.22-V-B Rto Grande 2

• OaquasM da computador com anállaes químicas, patrográficas, mineralógicas etc (*)effleiama de Informações Oedóglcas do Brasil- SIGA ( - )• Baaaa da Dados:

-BbHoorafU- OoomVtoias Minerais- Daaortoio de Afloramento

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- Projetos de Geologia, Gaoquimíca, Geofísica- Dados do Sondagem- Acervo Bibliográfico da CPRM

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