pontecial não madeireiro
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Produtos do Convênio da PMRB com o Basa e a Fundação BiomaTRANSCRIPT
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ZONEAMENTO ECONÔMICO, AMBIENTAL, SOCIAL E CULTURAL DE RIO BRANCO – ZEAS
Projeto IV BANCO DA AMAZÔNIA
POTENCIAL PARA PRODUTOS FLORESTAIS NÃO-
MADEIREIROS NO MUNICÍPIO DE RIO BRANCO – ACRE
RIO BRANCO – AC, 2009
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 6
2. MATERIAL E MÉTODOS ......................................................................................... 7
2.1. Levantamento de dados secundários .............................................................. 7
2.2. Levantamento de campo para realização dos inventários ........................... 8
2.3. Aptidão não-madeireira ...................................................................................... 9
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO............................................................................. 11
3.1. Os dados secundários e suas limitações. ..................................................... 11
3.2 Aptidão não madeireira do município de Rio Branco e entorno ................. 12
Açaí (Euterpe precatoria Mart.) ............................................................................... 20
Andiroba (Carapa guianensis Aublet.) ................................................................... 21
Copaíba (Copaifera sp.) ........................................................................................... 23
Murmuru (Astrocaryum murumuru Mart.) .............................................................. 24
Jarina (Phytelephas macrosperma Ruiz & Pav.) ................................................. 25
Jatobá (Hymenaea coubaril L.) ............................................................................... 26
A castanheira (Bertholletia excelsa Humb. & Bonpll) .......................................... 27
3.4. Aspectos econômicos e sociais ...................................................................... 29
4. CONCLUSÕES ........................................................................................................ 32
5. Referências bibliográficas ...................................................................................... 33
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Imagem CBERS, 2005 identificando as áreas que tiveram seus
inventários utilizados na avaliação da aptidão florestal madeireira e não
madeireira do município de Rio Branco. ............................................................. 5
Figura 2. Amostra das parcelas implantadas nas áreas inventariadas no
município de Rio Branco-AC. .............................................................................. 7
Figura 3. Fluxograma das etapas para definição do potencial não madeireiro,
município de Rio Branco/AC. .............................................................................. 9
Figura 4. Aptidão não madeireira do município de Rio Branco/AC. .................. 15
Figura 5. Produção de castanha-do-brasil nos municípios do Estado do Acre
onde ocorre a espécie, ao longo dos anos de 1998 a 2004. Fonte IBGE/SIDRA.
.......................................................................................................................... 26
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LISTA DE QUADROS
Quadro 1. Potencial produtivo de Euterpe precatoria (Açaí), frutos/polpa em
áreas de florestas no estado do Acre abrangendo as regionais Alto Acre, Baixo
Acre, Tarauacá-Envira e Juruá. ........................................................................ 18
Quadro 2. Potencial produtivo de Carapa guianensis (Andiroba), frutos/óleo em
áreas de florestas no estado do Acre abrangendo as regionais Baixo Acre,
Tarauacá-Envira e Juruá .................................................................................. 20
Quadro 3. Potencial produtivo de Copaifera sp. (Copaíba), resina/óleo em
áreas de florestas no estado do Acre abrangendo as regionais Alto Acre, Baixo
Acre, Purus, Tarauacá-Envira e Juruá. ............................................................. 21
Quadro 4. Potencial produtivo de Astrocaryum murumuru (Murmuru),
frutos/óleo em áreas de florestas no estado do Acre abrangendo as regionais
Alto Acre, Baixo Acre, Purus, Tarauacá-Envira e Juruá. .................................. 22
Quadro 5. Potencial produtivo de Phytelephas macrosperma (Jarina), sementes
florestais em áreas de florestas no estado do Acre abrangendo as regionais
Baixo Acre, Alto Acre e Juruá ........................................................................... 23
Quadro 6. Potencial produtivo de Hymenaea courbaril (Jatobá), sementes
florestais em áreas de florestas no estado do Acre abrangendo as regionais
Baixo Acre, Alto Acre, Purus, Tarauacá-Envira e Juruá. .................................. 24
Quadro 7. Potencial socioeconômico de manejo da polpa e óleos vegetais.
Cadeia produtiva dividida em Produção – Beneficiamento – Comercialização. 28
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LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Espécies com aptidão não madeireira, registradas para o município
de Rio Branco, a partir de dados de trabalhos não publicados e relatórios
resgatados pelo Programa ZEAS ..................................................................... 10
Tabela 2. Lista de espécies úteis da flora de Rio Branco, conforme os registros
do banco de dados da flora do Acre. ................................................................ 11
Tabela 3. Espécies vegetais com aptidão de uso não madeireiro, documentado
na região de Xapuri e observadas no município de Rio Branco e arredores .... 12
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1. INTRODUÇÃO
O Estado do Acre está localizado em uma região bastante peculiar em
termos ambientais, uma vez que ainda mantém cerca de 90% da sua cobertura
florestal, representada por uma grande variedade de tipologias florestais que abriga
uma alta diversidade de plantas e de animais (BARBOSA et al. 2003).
A região sudoeste do estado revela um padrão de ocupação territorial
marcado pela presença de vários Projetos de Assentamento Dirigido do INCRA
instalados ao longo da BR 364; pela substituição paulatina da cobertura florestal
pelas fazendas e pastagens de grandes e pequenos pecuaristas e, também, pela
presença de Unidades de Conservação de uso direto e indireto (ACRE 2000, 2006).
Como resultado desse processo, é evidente, a expansão da fragmentação
florestal o que gera perda de biodiversidade e dos serviços ambientais a ela
associados (FEARNSIDE 1999, SWEENEY et al. 2004), tais como a manutenção
do ciclo hídrico regional e a conservação dos solos.
O manejo florestal de uso múltiplo pressupõe a oferta de um leque
variado de produtos, matérias-primas e serviços pelo ecossistema florestal de
maneira continuada e permanente, isto é: para as gerações atuais e futuras.
Em função desse quadro e da necessidade de se conhecer o potencial
dos recursos madeireiros e não madeireiros de Rio Branco e arredores, este
relatório foi elaborado e apresenta uma aproximação sobre as informações
disponíveis, com base em fontes primárias e secundárias.
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2. MATERIAL E MÉTODOS
2.1. Levantamento de dados secundários
Para o levantamento do potencial da cobertura vegetal do município,
foram utilizadas informações de inventários florestais dos planos de manejo
fornecidos pelo Escritório de Manejo do Instituto de Meio Ambiente do Acre -
IMAC (Base de dados Programa ZEAS) já realizados no Município e em seu
entorno em áreas particulares com manejo florestal. E estudos recentes
realizados na área do Seringal São Francisco do Espalha e em três pontos da
Rodovia Transacreana (Figura 1).
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Figura 1. Imagem CBERS, 2005 identificando as áreas que tiveram seus inventários
utilizados na avaliação da aptidão florestal madeireira e não madeireira do município de Rio
Branco.
2.2. Levantamento de campo para realização dos inventários
Para a realização dos inventários foram instaladas oito unidades
amostrais em forma de cruz (Figura 2), em áreas localizadas no município de
Rio Branco com tipologias diferentes, sendo cinco no Seringal São Francisco do
Espalha e três ao longo da Rodovia Transacreana. Cada braço da amostra, com
400 m, teve 250 m inventariados. Considerando-se que o início de cada braço
fica no centro da cruz, os 150 m a partir do início da amostra não foram
inventariados. Assim, o levantamento foi realizado a partir de 150 m do centro da
amostra (formato de cruz) onde foram inventariadas todas as espécies
madeireiras e não-madeireiras, com Circunferência Acima do Peito (CAP) > 15
cm, em um retângulo de 10 X 250 m (Figura 2). Cada amostra (cruz)
correspondeu a 2 ha inventariados, totalizando 162 ha em oito pontos
amostrados.
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Figura 2. Amostra das parcelas implantadas nas áreas inventariadas no município de Rio Branco-AC.
As áreas amostradas no município do Bujari encontram-se localizadas em
tipologias idênticas as que ocorrem no município de Rio Branco, e em função da
escala a ser trabalhada (1:100.000) serão consideradas associações de
tipologias florestais para a análise dos dados.
2.3. Aptidão não-madeireira
Para a análise da aptidão não-madeireira foram utilizados dados dos
inventários realizados no Seringal São Francisco do Espalha (levantamento
primário), informações dos inventários florestais dos planos de manejo
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fornecidos pelo Escritório de Manejo do Instituto de Meio Ambiente do Acre -
IMAC, (utilizou-se estas informações por termos várias espécies arbóreas com
potencial não madeireiro, além do levantamento de Castanha-do-brasil
(Bertholletia excelsa H.B.K.) e seringueira (Hevea brasiliensis Muell. Arg.))
dados secundários extraídos de relatórios governamentais e de organizações
não governamentais, trabalhos científicos, trabalhos técnicos e informações da
Segunda Fase do ZEE.
As espécies com potencial não madeireiro trabalhadas neste relatório
foram as indicadas como prioritárias para o Estado do Acre na Segunda Fase do
ZEE, são elas: Bertholletia excelsa (Castanha), Hevea brasiliensis (Seringa),
Carapa guianensis (Andiroba), Copaifera sp (Copaíba), Astrocaryum murumuru
(Murmuru) e Euterpe precatoria (Açaí), Phytelephas macrocarpa (Jarina) e
Hymenaea courbaril (Jatobá), Para as análises de possibilidade de mercado
abordou os seguintes grupos de uso:
Para inferir sobre o potencial de cada espécie foram utilizados os
seguintes parâmetros fitossociológicos: i) ocorrência de cada indivíduo; ii)
potencial produtivo da cada espécie em áreas de floresta no município.
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ZEE FASE II
Potencial Não-madeireiro
Inventários
Representativos
da Tipologia
Campo Mapa de TipologiasPOTENCIAL NÃO-
MADEIREIRO
Produção/Indivíduo
Renda Anual por
Indíviduo
Figura 3. Fluxograma das etapas para definição do potencial não madeireiro, município de Rio Branco/AC.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
3.1. Os dados secundários e suas limitações.
Fidelidade na identificação das árvores
Uma das limitações graves do manejo florestal é a falta de padronização
na determinação botânica das espécies exploradas. As instituições que aprovam
os planos de manejo e o licenciamento acabam por utilizar listas de nomes
populares associados aos nomes científicos sem que as espécies tenham sido
identificadas por especialistas, ou pelo menos confrontadas com as amostras
botânicas existentes em uma coleção científica.
A identificação das espécies deve ser realizada com o máximo rigor e
exatidão possível, pois a sua negligência pode comprometer manutenção e
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integridade das populações. Espécies raras, de baixa densidade, ou com
distribuição geográfica restrita, podem estar sendo identificadas erroneamente e
tratadas como uma espécie comum, e então, sendo exploradas com a mesma
intensidade que uma espécie comum. Quando efetuada por especialistas
taxonômicos, a identificação das espécies é rigorosa e confiável, no entanto por
ser dependente de material fértil, muitas vezes fica limitada.
3.2 Aptidão não madeireira do município de Rio Branco e entorno
Da lista de trabalhos não publicados e relatórios envolvendo espécies
arbóreas com potencial não madeireiro resgatados pelo Programa ZEAS, tem-se
um total de sete espécies com aptidão de uso registrado para o município de Rio
Branco e entorno (Tabela 1), sendo estes os únicos dados que apresentam a
densidade dessas espécies. A Castanheira apresenta 0,1 a 3,0 indivíduos/ha, o
Açaí 2,0 a 54 indivíduos/ha, a Copaíba 0,03 a 2,0 indivíduos/ha, a Jarina 2,0
indivíduos/ha e o Murmurú 1 a 23 indivíduos/ha.
O banco de dados da flora do Acre também registra para o município de
Rio Branco, 36 espécies arbóreas que se destacam pela aptidão de uso na
alimentação, como medicamento e, também, pelo uso na ornamentação (Tabela
2).
Tabela 1. Espécies com aptidão não madeireira, registradas para o município de Rio
Branco, a partir de dados de trabalhos não publicados e relatórios resgatados
pelo Programa ZEAS.
Nome popular Espécie/nome Categoria de uso
Castanheira Bertollethia excelsa Alimentação
Açaí Euterpe precatoria Alimentação
Andiroba Carapa guianensis Medicinal
Copaíba Copaífera Medicinal
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Jarina Phytelephas macrocarpa Artesanato
Jatobá Hymenaeae courbaril Medicinal/Alimentação
Murmuru Astrocaryum murumuru Alimentação
Tabela 2. Lista de espécies úteis da flora de Rio Branco, conforme os registros do
banco de dados da flora do Acre.
Espécie Categoria de uso
Allophylus pilosus Medicinal
Attalea phalerata Alimentação
Bactris major Alimentação
Bactris maraja Alimentação
Bauhinia Medicinal
Bauhinia glabra Medicinal
Brosimum lactescens Árvore espera
Casimirella Medicinal
Chamaesyce capitellata Medicinal
Garcinia Alimentação
Geonoma juruana Alimentação
Guettarda aff. acreana Medicinal
Hasseltia floribunda Medicinal
Hura crepitans Medicinal
Leonotis nepetifolia Medicinal
Mascagnia macrodisca Medicinal
Momordica charantia Medicinal
Moutabea Medicinal
Oenocarpus mapora Alimentação
Ormosia grandiflora Medicinal
Pouteria Alimentação
Psidium guajava Medicinal
Psychotria viridis Medicinal
Rollinia mucosa Alimentação
Senna reticulate Ornamental
Spondias mombin var. globosa Alimentação
Spondias testudinis Alimentação
Urera laciniata Medicinal
Wulffia baccata Medicinal
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Além desses registros, trabalhos realizados na região de Xapuri (KAINER
& DUREYA 1992, MING et al. 1997) documentaram a aptidão de uso das
plantas exóticas e nativas que também ocorrem na capital do Acre e são
comumente utilizadas pela população (Tabela 3).
Tabela 3. Espécies vegetais com aptidão de uso não madeireiro, documentado na
região de Xapuri e observadas no município de Rio Branco e arredores.
Categoria de uso/ Família Espécie
Bebida
Arecaceae Oenocarpus bataua.
Anacardiaceae Spondias testudinis
Arecaceae Mauritia flexuosa
Caesalpiniaceae Senna occidentalis
Alimento
Anacardiaceae Spondias globosa
Anacardiaceae Spondias mombin
Arecaceae Astrocaryum aculeatum
Arecaceae Attalea butyracea
Mimosaceae Inga cf. calantha
Moraceae Pseudolmedia macrophylla
Pedaliaceae Sesamum indicum
Quiinaceae Quiina
Condimento
Asteraceae Spilanthes acmella
Apiaceae Foeniculum vulgare Mill.
Combustível
Flacourtiaceae Banara nitida
Fibras
Cyclanthaceae Evodianthus funifer
Sabão
Cucurbitaceae Fevillea pedatifolia
Cobertura
Arecaceae Attalea butyracea
Arecaceae Attalea phalerata
Arecaceae Geonoma deversa
Medicinal
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Pteridófita Adiantum obliquum Willd.
Lamiaceae Leonotis nepetifolia (L.) Aiton
Scrophulariaceae Scoparia dulcis L.
Pedaliaceae Sesamum indicum L.
Solanaceae Brunfelsia grandiflora D. Don
Asteraceae Pseudelephantopus spiralis (Less.) Cronq.
Apocynaceae Himatanthus sucuuba (Spruce) Woodson
Asteraceae Tagetes patula L.
Caesalpiniaceae Cassia occidentalis L.
Chenopodiaceae Chenopodium ambrodioides L.
Phytolaccaceae Petiveria alliacea L.
Euphorbiaceae Phyllanthus cf. nirari L.
Piperaceae Pothomorphe peltata (L.) Miq.
Verbenaceae Lippia alba (Mill.) N. E. Br.
Scrophulariaceae Capraria biflora
Scrophulariaceae Scoparia dulcis L.
Ornamental
Nyctaginaceae Mirabilis jalapa L.
Caesalpiniaceae Senna reticulata (Willd.) H. S. Irwin & Barneby
Heliconiaceae Heliconia spp.
Costaceae Costus spp.
Zingiberaceae Renealmia spp.
Halucinógeno
Malpighiaceae Mascagnia macrodisca (Triana & Planch.) Nied.
Rubiaceae Psychotria viridis Ruiz & Pav.
Poção
Solanaceae Brunfelsia grandiflora D. Don
Simpatias
Euphorbiaceae Jatropha curcas L.
Euphorbiaceae Jatropha gossypifolia L.
A soma desses registros resulta em um total de 70 espécies com uso
potencial documentado para Rio Branco, porém, é importante salientar, que os
esforços sistemáticos voltados à catalogação e avaliação de aspectos básicos
da ecologia populacional dessas espécies ainda é incipiente diante da riqueza
de espécies úteis existentes na região.
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No mapa de aptidão não madeireira os tons de verde mais escuro indicam
maior índice de potencial de ocorrência de espécies não madeireiras (Figura 4).
Ao sul do município, onde os tons de verde são mais escuros, observa-se que
este índice varia de 0,358 a 0,496 e a tipologia predominante nesta área é a
FAP + FAB (Floresta Aberta com Palmeira mais Floresta Aberta com Bambu)
onde podem ser encontradas algumas espécies de palmeiras como: Euterpe
precatória. (açaí), Iriartea exorrhiza. (paxiúba), Attlea pharelata (uricuri), M.
flexuosa (buriti). Além de algumas espécies arbóreas dominantes: Hura
crepitans (açacu), Fícus sp. (apuí), Calycophyllum spruceanum (Mulateiro),
dentre outras (Acre, 2000). Esta tipologia representa 19,14% da área total do
município. Os altos índices de aptidão não madeireira, quando comparado com
o restante do município, se deve ao conhecimento das espécies que ocorrem
nesta área com base nas tipologias florestais.
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68°0'0"W
68°0'0"W
69°0'0"W
69°0'0"W
10°0
'0"S
10°0
'0"S
0 20 40 60 8010Km
LegendaPotencialNão-madeireiro
0,000
0,001 - 0,237
0,238 - 0,291
0,292 - 0,327
0,328 - 0,357
0,358 - 0,380
0,381 - 0,400
0,401 - 0,424
0,425 - 0,457
0,458 - 0,496
Figura 4. Aptidão não madeireira do município de Rio Branco/AC.
Ao leste onde o índice varia de 0,381 a 0,496 encontra-se manchas das
tipologias, FAP+FAB (Floresta Aberta com Palmeira mais Floresta Aberta com
Bambu), cujas espécies mais representativas já foram supracitadas; FAB+FAP
(Floresta Aberta com Bambu mais Florestas Aberta com Palmeiras), tipologia
mais representativa dentro o município com 23,6 %, com palmeiras no sub-
bosque apresentando maior concentração das espécies: Astrocarium murumuru
(murmuru), Phytelephas macrocarpa (jarina), Oenocarpus distichus. (bacaba),
Euterpe precatoria (açaí), Iriartea sp. (paxiubinha), Iriartea exorrhiza. (paxiubão),
Oenocarpus bataua. (patauá), Attalea excelsa (uricuri), Bactris maior (marajá) e
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Astrocaryum sp (tucumã); FAB+FD (Floresta Aberta com Bambu mais Floreta
densa), representa 0,94% em todo município, uma pequena mancha com
existência rara de palmeiras, mas podem ser encontradas representantes de
Iriartea sp (paxiúbas) e O. bataua (patauá) e FAP+FD+FAB (Floresta Aberta
com Palmeira mais Floreta Densa mais Floresta Aberta com Bambu), 7,04%
dentro do município, onde são encontradas espécies de palmeiras como:
Oenocarpus bataua (patauá), Euterpe precatoria. (açaí), Astrocarium murumuru
(murmuru), Phytelephas macrocarpa (jarina), Oenocarpus distichus (bacaba). E
em relação as espécies arbóreas, as mais ocorrentes são: Aspidormerma
vargasii (amarelão), Torresea acreana (cerejeira), Bertholletia excelsa
(castanheira), Tabebuia sp. (ipê), Apuleia leiocarpa (cumaru-cetim) entre outras.
Estas quatro tipologias, que estão representadas em remanescentes florestais
na área mais antropizada do município, não possuem levantamentos primários
de referência. As inferências a respeito do índice de potencialidade são
realizadas com base na extrapolação das informações referentes a outros
levantamentos realizados nestas tipologias em outras áreas do município. Deve-
se haver um real levantamento de campo para checagem destas informações.
No Norte do município ocorre uma variação do índice de 0,292 a 0,381
onde encontra-se manchas das tipologias FAB+FAP+FD (Floresta Aberta com
Bambu mais Florestas Aberta com Palmeiras mais Floresta Densa), que
representa 0,73% dentro do município, a FAB+FD (Floresta Aberta com Bambu
mais Floresta Densa), FAB+FAP (Floresta Aberta com Bambu mais Floresta
Aberta com Palmeira) (estas três tipologias já tiveram suas espécies
predominantes citadas anteriormente);e, FAP+FD (Floresta Aberta com Bambu
mais Floresta Densa), que na sua representação dentro do município apresenta
um total de 3,26%. Esta floresta apresenta manchas com o dossel aberto com
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presença de espécies de palmeiras como Euterpe precatoria (açaí), Oenocarpus
bataua (patauá), Oenocarpus distichus (bacaba), Iriartea exorrhiza (paxiubão),
Iriartea sp. (paxiubinha), A. murumuru (murmuru), P. macrocarpa (jarina). E em
relação as espécies arbóreas foram observadas nesta fisionomia Bertholletia
excelsa (castanheira), Cedrela Odorata. (cedro vermelho), Torresea acreana ,
Dipterys ferrea (cumaru-ferro), Tabebuia serratifolia (pau d’arco amarelo), dentre
outras( Acre, 2000).
Já a noroeste, final da Rodovia Transacreana, e a sudoeste do município
onde estão localizados o Seringal são Francisco do Espalha e parte da Resex
Chico Mendes, observa-se uma variação bastante baixa do índice de
potencialidade, 0,001 a 0,237 e 0,001 a 0,327 respectivamente. A noroeste
encontra-se as tipologias FAP+FAB (Floresta Aberta com Palmeira mais Floresta
Aberta com Bambu); FAB+FAP (Floresta Aberta com Palmeira mais Floresta
Aberta com Bambu); e, FAP+FD (Floresta Aberta com Palmeira mais Floresta
Densa). No sudoeste, além das tipologias citadas acima, encontra-se FABD
(Floresta Aberta com Bambu Dominante); FAP+FD+FAB (Floresta Aberta com
Palmeira mais Floresta Densa mais Floresta Aberta com Bambu); e, FAP
(Floresta Aberta com Palmeira), cujas espécies mais representativas foram
citadas anteriormente, com exceção da FAP que apresenta um dossel aberto
com presença das espécies de palmeiras como A. murumuru (murmuru),
Astrocaryum sp. (tucumã), A. excelsa (uricuri), E. oleraceae (açaí), Bactris maior.
(marajá), A. wallissii (jaci), P. macrocarpa (jarina) dentre outras. Em relação as
espécies arbóreas ocorrem Hevea brasiliensis (seringueira), Bertholletia excelsa.
(castanheira), Apuleia leiocarpa (cumaru-cetim), Manilkara huberi
(maçaranduba), Qualea tesmannii (catuaba amarela), dentre outras (Acre,
2000). Esta situação de poucas espécies pode estar relacionada a dois fatores,
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a não ocorrência das espécies com potencial não madeireiro e/ou a falta de
informação. Supõe-se que deve ser atribuído a falta de informações primárias
(levantamento de campo) nestas regiões, já que não foram encontradas
informações a respeito de planos de manejo nesta área. As áreas cinzas são
áreas antropizadas no município e correspondem a 26,12% de sua área total,
(869.687,176 ha).
A seguir são discutidas as características ecológicas e o potencial de manejo de
algumas espécie prioritárias separadamente. Também, são apresentados alguns
quadros com o potencial destes produtos para as regiões do estado do Acre
(informações retiradas do documento condensado: Potencial florestal dos
produtos não-madeireiros prioritários para o estado do acre. ZEE/AC, 2006).
Açaí (Euterpe precatoria Mart.)
O manejo e o aproveitamento dos frutos do Açaí, quando feito de modo
adequado, ou seja, subindo na planta para coletar o cacho, não elimina a
palmeira. Desta forma, os frutos são recursos que possuem potencial ecológico
de manejo intermediário (Quadro 1). Além disso, a espécie possui boa
disponibilidade de frutos e sementes, característica fundamental para espécies
submetidas ao aproveitamento de seus recursos, porque traz maiores chances
de estabelecimento de plântulas do que para aquelas com poucas estruturas
reprodutivas. A renda gerada com a comercialização de açaí é alta.
Quadro 1. Potencial produtivo de Euterpe precatoria (Açaí), frutos/polpa em áreas de
florestas no estado do Acre abrangendo as regionais Alto Acre, Baixo Acre, Tarauacá-
Envira e Juruá.
Açaí - Estatística Número de indivíduos produtivos/ha.
Produção de frutos/ano/ha. (kg).
Renda/ano/ha. de frutos (R$)
Produção de polpa/ano/ha. (kg).
Renda/ano/ha de polpa (R$)
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Baixo Acre (n=9)
Mínimo e Máximo 0,2 e 280 1,5 e 2100 0,75 e 1050 0,47 e 645 1,69 e 2322
Média ± Desvio padrão
42,5±91,3 318,7±684,7 159,4±342,4 97,9± 210,3 352,4± 757,1
Alto Acre (n=13)
Mínimo e Máximo 0,8 e 75 6 e 562,5 5,4 e 506,2 1,8 e 172,8 7,4 e 622,1
Média ± Desvio padrão
27 ± 22,1 202,5± 165,7 182,2±82,9 62,2± 50,9 248,8±203,7
Tarauacá/Envira (n=2)
Mínimo e Máximo 46 e 56 345 e 420 310,5 e 378 106 e 129 381,6 e 464,4
Média ± Desvio padrão
51±7,1 382,5±53,2 344,3±47,9 117,5±16,3 423±58,7
Juruá (n=8)
Mínimo e Máximo 2 e 19 15 e 142,5 13,5 e 128,2 4,6 e 43,8 16,5 e 157,7
Média ± Desvio padrão
10,1±6 75,7±45 37,9± 40,5 23,3± 13,8 83,9±49,7
Um Açaí produz 7,5 ± 4,2 kg de frutos/ha/ano (Rocha, 2004); uma lata de
18 litros de frutos é comercializada a R$7,00 (SEPROF). O preço de um kg de
polpa de Açaí é de R$2,50 (Ferreira & Ferreira, não publicado 2002); Uma lata
de frutos produz 4,3 kg de polpa (Ferreira & Ferreira, não publicado 2002). Os
mesmos valores de produção e preço foram utilizados para calcular o potencial
em todas as regionais do estado do Acre. A estimativa da produção de polpa
não leva em consideração os custos de beneficiamento..
Andiroba (Carapa guianensis Aublet.)
Esta espécie tem ampla distribuição no neotrópico. No Brasil ocorre na
bacia amazônica, principalmente nas várzeas e nas faixas alagáveis ao longo
dos cursos de água, sendo também encontrada na terra firme (Boufleuer, 2004).
Ocorre em todas as regionais do estado do Acre.
É considerada uma espécie de densidade média intermediária (entre 0,01
a 11 indivíduos/ha), tolerante à sombra, porque pode germinar sobreviver,
crescer e se reproduzir à sombra na floresta, com distribuição espacial
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agrupada. Estas características ecológicas proporcionam de intermediária a alta
quantidade de sementes de Andiroba na floresta.
Esta árvore exibe floração/frutificação anual. Provavelmente entomófila com uma
predominância de besouros e abelhas como potenciais polinizadores
(Nascimento et al., 2001). A dispersão das sementes é feita pela água e também
por grandes roedores (Hall, et al. 1994).
Quadro 2. Potencial produtivo de Carapa guianensis (Andiroba), frutos/óleo em áreas de
florestas no estado do Acre abrangendo as regionais Baixo Acre, Tarauacá-Envira e
Juruá.
Andiroba – Estatística Número de indivíduos produtivos/ha
Produção de sementes/ano/ha (kg)
Renda/ano/ha de sementes (R$)
Produção de óleo/ano/ha (l)
Renda/ano/ha de óleo (R$)
Baixo Acre (n=6) Mínimo e Máximo 0,16 e 7,2 7,2 e 324 2 e 90,7 0,26 e 12 2,6 e 120 Média ± Desvio padrão
2,6 ± 3,1 117± 139,5 32,8± 39,1 4,3 ± 5,2 43 ± 52
Alto Acre (n=1) 0,07 3,15 1,6 0,12 1,2
Purus (n=1) 0,01 0,45 0,2 0,02 0,16
Tarauacá/Envira (n=2) Mínimo e Máximo 6 e 11,7 270 e 526,5 135 e 263,3 10 e 19,5 100 e 195 Média ± Desvio padrão
8,9 ± 4 400,5±180 200,3 ±90 14,8 ± 6,7 148 ± 67
Juruá (=1) 0,01 0,45 0,2 0,02 0,16
Cada 100 kg de sementes produzem em média 18 litros de óleo (Shanley, et al.2005). Cada 1 kg contém 55 sementes (Shanley, et al.2005). O preço de um litro de óleo é de R$ 10,00. Uma árvore produz de 700 a 4000 sementes/ano ou 22,4 a 122 kg. 1l de óleo = 27 kg de sementes. A estimativa da produção de óleo não leva em consideração os custos de beneficiamento.
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Copaíba (Copaifera sp.)
Ocorre nas florestas do Brasil, Colômbia, Venezuela, Guianas, Argentina,
Paraguai, Bolívia, Panamá. Pelo menos 25 espécies são representadas na
região amazônica (Gentry, 1993 citado por Plowden, 2003). As principais
espécies que são comercializadas são: Copaifera reticulata, C. multijuga, e C.
langsdorffi (MMA-SCA, et al. 1998 citado por Plowden, 2003). No Acre ocorrem
as espécies Copaifera reticulata, C. guianensis, C. multijuga. A Copaíba ocorre
na bacia amazônica em várzeas e nas florestas de terra firme (Alencar, et al.
1979). No Acre não foi amostrada apenas na regional Tarauacá-Envira.
O manejo e o aproveitamento do óleo/resina das espécies de Copaíba
quando coletado de modo adequado, ou seja, através de um furo por trado
(Leite, et al.2001), não mata as plantas. Desta forma, o óleo pode ter alto
potencial de manejo sustentável. A copaíba também possui uma alta quantidade
de estruturas reprodutivas, característica fundamental para espécies submetidas
ao aproveitamento de seus recursos.
Quadro 3. Potencial produtivo de Copaifera sp. (Copaíba), resina/óleo em áreas de
florestas no estado do Acre abrangendo as regionais Alto Acre, Baixo Acre, Purus,
Tarauacá-Envira e Juruá.
Copaíba – Estatística Número de indivíduos produtivos/ha
Produção de óleo/ano/ha (l)
Renda/ano/ha de óleo (R$)
Baixo Acre (n=5) Mínimo e Máximo 0,009 e 2 0,009 e 2 0,13 e 30 Média ± Desvio padrão 0,26 ± 0,49 0,26 ± 0,49 3,9 ± 7,3
Alto Acre (n=18) Mínimo e Máximo 0,02 e 0,4 0,02 e 0,4 0,3 e 6 Média ± Desvio padrão 0,16± 0,16 0,16± 0,16 2,4 ± 2,4
Purus (n=8) Mínimo e Máximo 0,007 e 0,05 0,007 e 0,05 0,1 e 0,75 Média ± Desvio padrão 0,03±0,03 0,03±0,03 0,4± 0,4
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Juruá (=4)
Mínimo e Máximo 0,008 e 1 0,008 e 1 0,1 e 15 Média ± Desvio padrão 0,52±0,5 0,52±0,5 7,8± 8,2
Uma árvore produz 1 litro de óleo por ano (Shanley, et al. 2005); O preço do litro do óleo é de R$15,00 (Projeto BID, 2001). Cada n representa um hectare.
Murmuru (Astrocaryum murumuru Mart.)
Palmeira de sub-dossel que possui estipe único ou cespitoso. No Acre
ocorre em todas as regionais (Ferreira, comunicação pessoal), apesar de não ter
sido amostrada nas regionais Purus e Tarauacá/Envira.
O manejo das sementes do Murmuru não matam a palmeira, a coleta é
feita no chão. As sementes têm abundantes reservas e nenhuma dormência.
Esta palmeira exibe floração/frutificação anual. Provavelmente a polinização se
faz por abelhas e besouros e a dispersão por pequenos mamíferos e aves. Para
esta palmeira os possíveis polinizadores e dispersores são comuns. Uma
espécie de besouro desenvolve-se dentro do fruto do Murmuru, consumindo
inteiramente a amêndoa em seu interior. Normalmente, os cocos que ficam
sobre o chão a partir de dois meses após a queda, apresentam o furo indicando
que foi predado (Dias, 2005 – não publicado).
Quadro 4. Potencial produtivo de Astrocaryum murumuru (Murmuru), frutos/óleo em
áreas de florestas no estado do Acre abrangendo as regionais Alto Acre, Baixo Acre,
Purus, Tarauacá-Envira e Juruá.
Murmuru – Estatística Número de indivíduos produtivos/há
Produção de sementes/ano/ha (kg)
Renda/ano/ha de sementes (R$)
Produção de óleo/ano/ha (kg)
Renda/ano/ha de óleo (R$)
Baixo Acre (n=7) Mínimo e Máximo 0,06 a 23 0,6 a 223,1 0,16 a 62,4 0,2 a 95,6 2,5 a 956,1 Média ± Desvio padrão
5,1 ± 8,1 49,5 ± 78,6 13,8 ± 21,9 21,2 ± 33,7 212 ±336,7
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Alto Acre (n=7) Mínimo e Máximo 0,1 a 7 1 a 67,9 0,3 a 19 0,4 a 29,1 4,2 a 291 Média ± Desvio padrão
1,59 ± 2,5 15,4 ±24,2 4,3 ± 6,8 6,6 ± 10,4 66,1 ± 103,9
Juruá (=7) Mínimo e Máximo 5 a 43 48,5 a 417,1 13,6 a 116,7 20,8 a 178,8 207,9 a
1787,6 Média ± Desvio padrão
23,5 ± 14,1 227,9 ± 136,7 63 ± 68,8 97,7 ± 58,6 976,9 ± 586,2
Uma palmeira produz 9,7 kg de frutos/ano (Sousa et al. 2001). O preço
unitário por 1 kg de frutos é de R$0,50 (BID, 2001). Uma lata de 18 litros = 1300
frutos = 10,5 kg (Sousa et al. 2004). Um litro de óleo custa R$10,00. Os cálculos
para as espécies foram feitos tendo como comparações diferentes números e
tamanhos de amostragens. A estimativa da produção de óleo não leva em
consideração os custos de beneficiamento
Jarina (Phytelephas macrosperma Ruiz & Pav.)
Ocorre em todas as regionais apesar de não ter sido amostrada nas
regionais Purus e Tarauacá-Envira.A Jarina é uma palmeira dióica produz
menos de 1000 sementes por indivíduo por evento reprodutivo.
No Alto e Baixo Acre a palmeira apresentou indivíduos com até 14
infrutescências, o número de frutos variando de 5 a 26, e de 1 a 6 sementes por
fruto. Um quilograma de sementes tem em média 41 sementes (Boufleuer,
2002).
Quadro 5. Potencial produtivo de Phytelephas macrosperma (Jarina), sementes
florestais em áreas de florestas no estado do Acre abrangendo as regionais Baixo Acre,
Alto Acre e Juruá.
Jarina - Estatística Número de indivíduos produtivos/ha
Produção de sementes /ano/ha (kg)
Renda/ano/ha de sementes (R$)
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Baixo Acre (n=4) Mínimo e Máximo 1 e 74 4,6 e 340,4 11,5 e 851 Média ± Desvio padrão
25,5 ± 34,2 117,3± 157,3 293,2 ± 393,3
Alto Acre (n=5) Mínimo e Máximo 41 e 174 188,6 e 800,4 471,5 e 2001 Média ± Desvio padrão
120 ± 53,8 552 ± 247,5 1380 ± 618,7
Juruá (n=1) 1 4,6 11,5
Um kg de sementes de Jarina custa R$2,50; Um indivíduo produz 4,6 kg de sementes por ano; 1 indivíduo produz 177 sementes/ano.
Jatobá (Hymenaea coubaril L.)
Ocorre em todas as regionais do estado do Acre. Possui entre 1000 e
10000 sementes por evento reprodutivo. Exibe frutificação supra-anual. O fruto é
do tipo vagem, seco e indeiscente. Um kg de sementes de Jatobá possui 275
unidades.
Quadro 6. Potencial produtivo de Hymenaea courbaril (Jatobá), sementes florestais em
áreas de florestas no estado do Acre abrangendo as regionais Baixo Acre, Alto Acre,
Purus, Tarauacá-Envira e Juruá.
Jatobá - Estatística
Número de indivíduos produtivos/ha
Produção de sementes/ano/ha (kg)
Renda/ano/ha de sementes (R$)
Baixo Acre (n=21) Mínimo e Máximo 0,01 e 2 0,1 e 26,6 2 e 399 Média ± Desvio padrão 0,3 ± 0,4 4 ± 5,3 59,8 ± 79,8
Alto Acre (n=5) Mínimo e Máximo 0,09 e 0,3 1,2 e 4 17,9 e 59,8 Média ± Desvio padrão 0,2 ± 0,07 2,6 ± 0,9 39,9 ± 13,9
Purus (n=11) Mínimo e Máximo 0,006 e 0,2 0,08 e 2,6 1,2 e 39,9 Média ± Desvio 0,06 ± 0,06 0,8 ± 0,8 12 ± 12
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padrão
Tarauacá/Envira (n=1) 0,08 1,1 16
Juruá (n=2) Mínimo e Máximo 0,01 e 0,03 0,1 e 0,4 2 e 6 Média ± Desvio padrão 0,02 ± 0,01 0,2± 0,1 4 ± 2
Uma árvore produz aproximadamente 4000 sementes (Shanley,
2005;IPEF, 2005); Trezentas sementes pesam 1 kg (Muxfeldt, et al. 2004); 1 kg de sementes custa R$15,00 (FUNTAC, 2005).
A castanheira (Bertholletia excelsa Humb. & Bonpll)
A castanheira é uma espécie típica de terra firme, prefere solos argilo-
arenosos e segundo Prance & Mori (1979) ocorre em agregados naturais, com
50 a 100 indivíduos, distanciados por até 1 km. Um estudo recente, realizado no
sudeste do Estado do Acre (Wadt et al., 2005a) discorda dessa descrição de
Prance & Mori, pelo menos para os castanhais do Acre, onde não se observa
formação de agregados e sim uma distribuição quase aleatória das árvores com
distância média entre elas de 34,3 m (com mínimo de 1m e máximo de 233m).
O Acre apresenta grande potencial para produção de castanha nas
regionais do Alto e Baixo Rio Acre. As condições de mercado são favoráveis
onde observa-se um aumento da demanda interna pelo produto e um crescente
interesse por países tanto da Europa como da América do Norte.
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0
1.000
2.000
3.000
4.000
5.000
6.000
7.000
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
Ano
Pro
du
çã
o (
ton
)
SENA MADUREIRA
RIO BRANCO
ACRELÂNDIA
BUJARÍ
CAPIXABA
PLÁCIDO DE CASTRO
PORTO ACRE
SENADOR GUIOMARD
ASSIS BRASIL
BRASILÉIA
EPITACIOLÂNDIA
XAPURÍ
Figura 5. Produção de castanha-do-brasil nos municípios do Estado do Acre onde
ocorre a espécie, ao longo dos anos de 1998 a 2004. Fonte IBGE/SIDRA.
As exigências internacionais para a qualidade da castanha têm trazido
resultados benéficos para a cadeia produtiva, podendo ser citadas as ações do
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento quanto ao controle sanitário
e exigências para exportação. Além disso, o setor produtivo tem se
conscientizado da necessidade de se melhorar o sistema de produção e
experiências com a certificação tem sido positivas no Estado.
Apesar de todo o cenário positivo para a atividade, observa-se na base
uma certa resistência por parte dos produtores em mudar as práticas de coleta,
ou seja, implementar as técnicas de manejo recomendadas pelo Governo e pela
Embrapa. Isso se deve ao fato de não haver uma política de diferenciação de
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preço para a castanha manejada, ou seja, exige-se melhor qualidade, mas na
safra as negociações são feitas, na maioria das vezes, sem nenhuma referência
à qualidade, desmotivando aqueles que tomam certos cuidados e produzem
uma castanha de melhor qualidade.
3.4. Aspectos econômicos e sociais
A comercialização de óleo de copaíba, sementes de andiroba, sementes
de murmuru, frutos de açaí, in natura no Baixo Acre, pode render em média ao
seringueiro R$ 209,90/ha; no Alto Acre R$ 188,90/ha (Murmuru, Açaí, Copaíba);
no Purus R$ 0,40/ha (Copaíba); em Tarauacá- Envira R$ 544,60/ha (Andiroba e
Açaí); no Juruá R$ 108,70/ha (Açaí, Copaíba e Murmuru).
As principais fragilidades para a produção da polpa de Açaí são: 1) a
exigência de transporte rápido, porque os frutos e polpa são perecíveis, em
áreas que na maior parte das vezes não há nem animais de carga; 2) a
exigência de políticas públicas de incentivos a produção através de
treinamentos, infra-estrutura (estradas, energia elétrica, transporte), 3) custos de
congelamento e manutenção da polpa em câmaras de congelamento.
No beneficiamento da polpa todos os indicadores de potencial foram
baixos, evidenciando o grande aporte de recursos necessários para desenvolver
o beneficiamento do Açaí. Na comercialização do produto apenas a organização
comunitária e políticas públicas direcionadas para o desenvolvimento do setor
tem baixo potencial.
Para os óleos a receita e os custos de produção da instalação das
unidades de beneficiamento são maiores no Juruá e em Tarauacá/Envira do que
no Baixo Acre e no Purus. Provavelmente nas primeiras regionais as unidades
terão maior porte porque nelas há um maior volume potencial de matéria prima
(Projeto BID, 2001), o que corrobora com a análise atual, em que o potencial
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produtivo é maior nas regionais Tarauacá-Envira e Juruá do que nas regionais
Baixo e Alto Acre.
Alguns problemas para o desenvolvimento da cadeia produtiva são: (1)
Falta de integração dos principais atores públicos e privados no
desenvolvimento dos PFNM; (2) flutuação da qualidade, quantidade, legalidade
e preços; (3) Assistência técnica deficiente; (4) falta de comunicação e
planejamento entre as parcerias interinstitucionais; (5) Falta de mão de obra
especializada; (6) Falta de comunicação interna e externa entre produtores e
instituições; (7) Falta de manejo e monitoramento das boas práticas de manejo;
(8) Falta de planejamento da produção; (9) Falta de contrapartida da
comunidade, gerando um clima de assistencialismo; (10) Falta de organização
para a produção de mercado; e (11) Falta de uma estratégia de mercado.
As principais oportunidades do manejo e do desenvolvimento da cadeia
produtiva são: (1) a continuidade da produção, (2) a maior rentabilidade, (3)
maiores oportunidades de mercado, (4) conservação florestal e de serviços
ambientais, como por exemplo melhor qualidade do ar, minimização de
enchentes, (5) conservação da biodiversidade, (6) conservação da cultura local,
(7) melhor distribuição de renda e emprego.
Quadro 07. Potencial socioeconômico de manejo da polpa e óleos vegetais. Cadeia produtiva
dividida em Produção – Beneficiamento – Comercialização.
Produção Produto Florestal
Indicadores socioeconômicos
Polpa (Açaí) Óleo Justificativa
Regularização Fundiária
Alto potencial (3)
Alto potencial (3)
1. Posse: Baixo potencial 2. Assentamento Agrícola: Médio potencial 3. Reservas extrativistas, T.indígenas: Alto potencial.
Organização comunitária
Médio potencial (2)
Médio potencial (2)
1. Familiar: Baixo potencial 2. Associação: Médio potencial
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3. Cooperativa: Alto potencial
Disponibilidade de mão de obra
Baixo potencial (1)
Alto potencial (3)
1. Pouca mão de obra: Baixo potencial 2. Quantidade intermediária: Médio potencial 3. Abundante mão de obra: Alto potencial
Transporte Baixo potencial (1)
Alto potencial (3)
1. Exige muito (carros, carroças): Baixo potencial. 2. Exige (animais de carga): Médio potencial 3. Exige pouco (nas costas): Alto potencial
Custos de Produção /Necessidade de créditos
Médio potencial (2)
Médio potencial (2)
1. Alto custo: Baixo potencial 2. Custo intermediário: Médio potencial 3. Baixo custo: Alto potencial
Assistência técnica especializada
Baixo potencial (1)
Médio potencial (2)
1. Exige muita: Baixo potencial 2. Exige intermediária: Médio potencial 3. Exige pouco: Alto potencial
Políticas públicas
Baixo potencial (1)
Médio potencial (2)
1. Exige políticas: Baixo potencial 2. Exige pouco: Médio potencial 3. Não exige: Alto potencial
Beneficiamento Produto Florestal
Indicadores socioeconômicos
Polpa (Açaí)
Óleo (Andiroba, Copaíba, Murmuru).
Justificativa
Organização comunitária
Baixo potencial (1)
Baixo potencial (1)
1. Exige muita: Baixo potencial 2. Exige: Médio potencial 3. Exige pouco: Alto potencial
Gerenciamento administrativo
Baixo potencial (1)
Baixo potencial (1)
1. Exige muito: Baixo potencial 2. Exige: Médio potencial 3. Exige pouco: Alto potencial
Infra-estrutura (luz, estradas, etc.)
Baixo potencial (1)
Alto potencial (3)
1. Exige muito: Baixo potencial 2. Exige: Médio potencial 3. Exige pouca: Alto potencial
Recursos humano-técnicos
Baixo potencial (1)
Baixo potencial (1)
1. Exige muito: Baixo potencial 2. Exige: Médio potencial 3. Exige pouco: Alto potencial
Custos de beneficiamento /necessidade de crédito
Baixo potencial (1)
Médio potencial (2)
1. Alto custo/exige muito: Baixo potencial 2. Intermediário/exige: Médio potencial 3. Baixo custo/Exige pouco: Alto potencial
Políticas públicas Baixo potencial (1)
Baixo potencial (1)
1. Exige políticas: Baixo potencial 2. Exige pouco: Médio potencial 3. Não exige políticas: Alto potencial
Comercialização Produto Florestal
Indicadores socioeconômicos
Polpa (Açaí)
Óleo (Andiroba, Copaíba,
Justificativa
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Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque Rio Branco – AC – CEP 69.909-730 Tel. +55 (68) 3211-2200/3211-2246 [email protected]
Murmuru).
Organização comunitária
Baixo potencial (1)
Baixo potencial (1)
1. Exige muita: Baixo potencial 2. Exige: Médio potencial 3. Exige pouco: Alto potencial
Recursos Humanos/ técnicos
Médio potencial (2)
Médio potencial (2)
1. Exige muito: Baixo potencial 2. Exige: Médio potencial 3. Exige pouco/não exige: Alto potencial
Oportunidade de mercado (Demanda)
Alto potencial (3) Médio potencial (2)
1. Baixa oportunidade: Baixo potencial 2. Intermediária: Médio potencial 3. Alta oportunidade: Alto potencial
Valor de mercado (Preço de venda)
Alto potencial (3) Alto potencial (3)
1. Baixo valor: Baixo potencial 2. Valor intermediário: Médio potencial 3. Alto valor: Alto potencial
Quantidade comercializada
Alto potencial (3)
Médio potencial (2)
1. Baixa: Baixo potencial 2. Intermediária: Médio potencial 3. Alta: Alto potencial
Retorno econômico
Alto potencial * (3)
Alto potencial * (3)
1. Baixo: Baixo potencial 2. Intermediário: Médio potencial 3. Alto: Alto potencial
Políticas públicas Baixo potencial (1)
Baixo potencial (1)
1. Exige políticas: Baixo potencial 2. Exige pouco: Médio potencial 3. Não exige políticas: Alto potencial
*O retorno econômico depende do tamanho da unidade de beneficiamento do PFNM.
4. CONCLUSÕES Embora o estudo tenha sido limitado em relação à área inventriada,
observa-se regiões no município com potenciais diferenciados para a produção
de PFNM.
As espécies que se destacam em termos de ocorrência e valor comercial
são: açaí, castanha, copaíba e jatobá. No entanto é necessário um estudo mais
detalhado com base de dados ecológicos para a definição dos valores de
produção para essas espécies.
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5. Referências bibliográficas ACRE. Governo do Estado. Ministério do Meio Ambiente. Zoneamento ecológico-econômico do Acre (ZEE). Rio Branco: PPG-7, 2000.
CHAU MING, L.; GALDÊNCIO, P.; SANTOS, V. P. Plantas medicinais – Uso popular na Reserva Extrativista “Chico Mendes”, Acre. Botucatu: CEPLAM; UNESP-Botucatu, 1997.165p.
KAINER, K. A.; DURYEA M. L. Tapping women's knowledge: Plant resource use in extractive reserves, Acre, Brazil, 1992 Econ. Bot. 46: 408-425. ROCHA, E.; WADT, L.H. de O; MAIA, W.G.G. Potencial florestal dos produtos não-madeireiros prioritários para o estado do acre. Governo do Estado do Acre, SEMA – ZEE/AC, 2006.