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Apresentamos a seguir alguns exemplos de trabalhos de diagramação desenvolvidos

para a Editora Atlas, empresa com a qual já trabalhamos há 18 anos.

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SÃO PAULOEDITORA ATLAS S.A. – 2009

Contabilidade Básica

José Carlos Marion

10a Edição

Atualizada conforme a Lei no 11.638/07, MP no 449/08 (Lei no 11.941/09) e Pronunciamentos do CPC (Comitê de

Pronunciamentos Contábeis)

contab-bas.indb 3 22/3/2010 14:27:42

Parte I

Relatórios Contábeis

“Abrange o estudo do patrimônio de uma entidade e as variações deste patrimônio, eviden-ciados no balanço patrimonial, demonstração do resultado do exercício, demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados e demonstração dos fluxos de caixa.”

contab-bas.indb 25 22/3/2010 14:27:46

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ConceitoPrincipais demonstrações financeirasPeríodos de apresentação das demonstrações financeirasRequisitos para publicação das demonstrações financeiras

3

Demonstrações Financeiras

Homem: “– As Demonstrações Financeiras mostram bons lucros!”

Mulher: “– É, mas o Fluxo de Caixa mostra que não temos dinheiro para pagar o nosso salário.”

contab-bas.indb 45 22/3/2010 14:27:50

CONTABILIDADE 31

PILARES DA CONTABILIDADE

Pilares da Contabilidade são as regras básicas da Contabilidade que podemos chamar genericamente de princípios contábeis.

A Contabilidade repousa, basicamente, em dois pilares da teoria contábil: a entidade contábil e a continuidade da empresa.

Em primeiro lugar, há necessidade da existência da entidade contábil, ou seja, uma pessoa para quem é mantida a Contabilidade. Não havendo entidade contábil, não há, evidentemente, a contabilidade aplicada.

Desse primeiro conceito deduz-se que a Contabilidade é mantida para a entidade como pessoa distinta dos sócios. A Contabilidade é realizada para a enti-dade, devendo o contador fazer um esforço para não misturar as movimentações da entidade com as dos proprietários. Pessoas físicas e jurídicas não devem ser confundidas, ou sócios não devem ser confundidos com empresas.

O segundo pilar é baseado no pressuposto de que a empresa é algo em andamento, em continuidade, que funcionará por prazo indeterminado. Uma em-presa em processo de extinção (descontinuidade) ou liquidação será contabilizada por outras regras que não são estudadas neste livro.

Professor de Contabilidade: para ser professor de curso superior, exige-se pós-graduação.

Para o exercício profissional da Contabilidade é necessário estar habi-litado pelo Conselho Regional de Contabilidade (CRC).

Continuidade: refere-se à entidade que está funcionando com prazo indeter-minado; algo em andamento; não está em fase de extinção ou liquidação.

Entidade contábil: pessoa para quem é mantida a Contabilidade, podendo ser pessoa jurídica ou física.

Pessoa física: ser natural, indivíduo considerado como tal a partir do seu nas-cimento.

Pessoa jurídica: ser abstrato, constituído legalmente através de um contrato, formado por duas ou mais pessoas.

Usuários da contabilidade: pessoas ou entidades interessadas em conhecer a situação da empresa para a tomada de decisões: administradores, gerentes, governo, bancos, fornecedores etc.

Palavras-chaves

contab-bas.indb 31 22/3/2010 14:27:48

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Administração

de Marketing

Philip Kotler

Northwestern University

ANÁLISE, PLANEJAMENTO

IMPLEMENTAÇÃO E CONTROLE

5a

edição

Tradução

AILTON BOMFIM BRANDÃO

Administrador de Empresas (FEA/USP)

SÃO PAULO

EDITORA ATLAS S.A. — 2008

COMPREENSÃO DA

ADMINISTRAÇÃO DE

MARKETING

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26 PLANEJAMENTO DOS

PROGRAMAS DE MARKETING

teriais, equipamentos e de novas formas de organização

e marketing.

As empresas norte-americanas são um caso a par-

te. Nos anos 70, figuravam entre as mais poderosas a

General Motors, Sears, RCA e IBM. Hoje, todas as qua-

tro estão lutando para permanecer rentáveis porque fa-

lharam em termos de marketing. Não entenderam que o

mercado e os consumidores estavam mudando e que era

necessário fornecer valor competitivo. A General Motors

está ainda tentando entender por que os carros alemães

e japoneses são mais preferidos do que os seus na maior

parte do mundo. A poderosa Sears está presa entre as

lojas de departamentos populares e as butiques, de um

lado, e do outro, pelas lojas de descontos. A RCA, inven-

tora de muitas novas patentes, nunca dominou a arte de

marketing e, agora, coloca sua marca em produtos lar-

gamente importados do Japão e da Coréia do Sul. A IBM,

uma das maiores empresas orientadas para venda do

mundo, experimentou seu primeiro prejuízo em 1992 –

$ 4,96 bilhões – porque continuou focando a venda de

O que é mais eficaz para levar um consumidor a

comprar os licores DeKuyper: um anúncio impresso com

uma grande foto da garrafa e do logo DeKuyper estam-

pados no centro ou uma barra virtual que permite aos

usuários de computador clicar sobre receitas de drinques

e conversar com um “garçom virtual”? A DeKuyper está

apostando na segunda opção, gastando mais de $ 40.000

para colocar sua “Sala DeKuyper” na versão on-line da

Vibe, revista baseada em Los Angeles. Mas as empresas

não precisam empregar cinco fotos para mostrar seus

produtos on-line. Muitas empresas estão oferecendo a

opção de compra pela Internet simplesmente colocando

sua home page na vasta mídia de editoração eletrônica

conhecida como World Wide Web. Pequenos negócios e

empresas bem consolidadas como IBM, GE, Hyatt Hotels

e J. C. Penney estão agilizando a exploração das possibi-

lidades de marketing, compra e busca de informações

da Web. Os chamados softwares de busca como Mosaic

facilita aos usuários de computador “viajar” pelo mundo

via Web. Ainda não se sabe se os milhões de “navegado-

res” da Internet se tornarão compradores. A realidade é

que poucas empresas vêm ganhando algum dinheiro na

Web e há alguns obstáculos a considerar:

� Segurança: Quando uma empresa conecta sua rede

interna de computadores ao mundo exterior, fica ex-

posta a possíveis usos não autorizados e a ataques

eletrônicos por vândalos. As empresas podem tam-

bém relutar em usar a Web para enviar cotações de

preço ou outras informações financeiras. Há risco

das informações serem interceptadas pelos concor-

rentes. Similarmente, os consumidores relutam em

enviar o número de seus cartões de crédito através

dos fios.

� Problemas legais: A legislação sobre o comércio ele-

trônico ainda está sendo definida. Não há consenso

sobre assuntos como a natureza dos contratos ele-

trônicos e a distribuição de material protegido por

direitos autorais.

� Tecnologia: À medida que novas ferramentas de

software tornam a Internet mais fácil para o usuá-

rio, também se exige conexões de rede mais com-

plexas.

� Custo: Para as empresas explorarem mais a Internet,

devem pagar centenas ou até milhares de dólares

por mês por linhas telefônicas, computadores pode-

rosos e especialistas em net.

� Problemas culturais: A Internet tem uma cultura

estabelecida que é não abrir para a propaganda

agressiva. As primeiras iniciativas de se anunciar pela

Internet provocou repulsa e retaliação dos usuários.

Os anunciantes inteligentes são cautelosos ao tor-

nar os anúncios uma opção positiva para o usuário,

acoplando serviços às ofertas.

Dada a velocidade intensa pela qual a tecnologia e

os protocolos da Internet se desenvolvem, é improvável

que essas restrições deterão os milhões de empresas e

consumidores que estão diariamente conectados à net.

“Não é questão de opção as empresas entrarem na

Internet”, afirma Midori Chan, vice-presidente de cria-

ção da Interse, que ajudou a colocar a Windham Hill

Records e a Digital Equipment Corp. na net. “Não estar

na Internet nos anos 90 é o mesmo que não dispor de

um telefone”.

Fonte: LEWIS, Peter H. Getting down to business on the net. The

New York Times, 19 June 1994, C1:2; LEWIS, Peter H. Companies rush

to set up shop in cyberspace. The New York Times, 2 Nov. 1994, D1:3;

MILLER, Cyndee. Marketers find it’s hip to be on the Internet. Marketing

News, p. 2, 27 Feb. 1995; TETZELI, Rick. Electronic storefronts on the

Internet. Fortune, p. 191, 28 Nov. 1994.

Conquistando consumidores na

World Wide Web

22 PLANEJAMENTO DOS

PROGRAMAS DE MARKETING

As rápidas mudanças podem, facilmente, tornar

obsoletas as principais empresas vencedoras de ontem.

Nos anos 20, Henry Ford permaneceu fabricando o Ford

Modelo T preto, mesmo quando os compradores de car-

ros começavam a clamar por mais variedade. A General

Motors respondeu e surpreendeu a Ford. Mais tarde, nos

anos 50, a GM manteve-se fabricando grandes automó-

veis quando os consumidores começavam a clamar por

carros menores – um clamor que a Volkswagen e os ja-

poneses começaram a atender. Depois, nos anos 80, os

consumidores começaram a insistir em qualidade e os

japoneses responderam com carros melhores.1

Que desafios as empresas enfrentam à medida que

os anos 90 chegam ao fim? Com o término da Guerra

Fria, empresas e países estão enfrentando crescente com-

petição global, sérias diferenças de renda, deterioração

ambiental, infra-estrutura precária, estagnação econô-

mica, baixa formação de mão-de-obra e inúmeros pro-

blemas econômicos, políticos e sociais.

Sim, esses são desafios; mas também são oportu-

nidades. A boa notícia é que a globalização representa

maior mercado para bens e serviços. A má notícia é que

as empresas enfrentam agora maior número de concor-

rentes. A deterioração ambiental representa muitas opor-

tunidades para as empresas que podem criar meios mais

eficazes de proteger ou sanear o ambiente. A infra-es-

trutura precária fornece amplas oportunidades nas áre-

as de construção, transporte e comunicação. A estagna-

ção econômica favorece as empresas que são boas em

produção e marketing enxutos. A baixa qualificação da

mão-de-obra desafia organizações educacionais e de trei-

namento a preparar programas mais eficazes para me-

lhorar as habilidades humanas.

Entretanto, esses desafios são apenas uma fonte

de oportunidades de negócios. Consideremos as oportu-

nidades apresentadas pelos avanços científicos e

tecnológicos em engenharia genética, robótica multisen-

sorial, inteligência artificial, micromecânica, biologia

molecular, supercondutores e dezenas de outras áreas

científicas.

O papel de marketing em ajudar as empresas a ti-

rar vantagem dessas oportunidades é crítico. Um acadê-

mico descreveu marketing como “criação e entrega de

um padrão de vida”. Tomamos essa afirmativa como uma

visão inspirada e criativa do propósito de marketing.

Neste capítulo, apresentamos uma visão geral do mo-

derno pensamento de marketing e de sua prática. Após

explorarmos em detalhes os desafios enfrentados pela

empresa de hoje, levantaremos as seguintes questões:

� Que conceitos centrais fundamentam a dis-

ciplina marketing?

Avaliação do Papel Crítico de

Marketing no Desempenho

Organizacional

Marketing é tão básico que não pode ser considerado uma função separada. É o

negócio total visto do ponto de vista de seu resultado final, isto é, do ponto de vista do

consumidor... O sucesso empresarial não é determinado pelo fabricante, mas pelo consu-

midor.

PETER DRUCKER

Marketing consiste em todas as atividades pelas quais uma empresa se adapta a seu

ambiente – criativa e rentavelmente.

RAY COREY

O trabalho de marketing é converter necessidades societais em oportunidades rentá-

veis.

ANÔNIMO

1. DUDAK, Tomas (Org.). International directory of company histories. Chicago, Londres : St. James Press, 1988. v. 1. p. 135-215.

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SumárioSumáriouuuSumário

Prefácio, 27

1 PAPEL DE MARKETING EM ECONOMIA

GLOBAL, 35

Marketing – Afinal, o que vem a ser isso?, 37

Marketing é mais do que vendas e propagan-

da, 37

Como foi que todas essas bicicletas chegaram

até aqui?, 37

Como marketing se relaciona com produção, 37

Bicicletas, como ratoeiras, não se vendem

por si mesmas, 37

Bicicletas não fornecem utilidade, por si, 38

Marketing é importante para você, 39

Marketing é importante para todos os

consumidores, 39

Marketing será importante para seu

cargo, 39

Marketing afeta o crescimento econômico,

39

Como deveríamos definir marketing?, 39

Micro ou macromarketing?, 39

Definição de micromarketing, 40

Aplica-se a organizações com e sem fins

lucrativos, 40

Tem início com as necessidades dos

clientes, 40

Constrói um relacionamento com o

cliente, 40

Foco deste texto – micromarketing para fins

gerenciais, 40

Definição de macromarketing, 41

Ênfase em todo o sistema, 41

Toda sociedade precisa de um sistema

econômico, 41

Como são tomadas as decisões econômicas, 41

Planejadores governamentais podem tomar

as decisões, 41

Economia dirigida pelo mercado se auto-

ajusta, 42

Todas as economias necessitam de sistemas de

macromarketing, 43

Marketing envolve troca, 43

O que é mercado, 43

Mercados centrais auxiliam as trocas, 43

Um sistema monetário simplifica as transa-

ções, 43

Intermediários ajudam ainda mais as

trocas, 44

Mercado central e intermediários podem

proliferar no ciberespaço, 44

Papel de marketing no desenvolvimento econô-

mico, 45

Sistema de marketing eficaz faz-se necessá-

rio, 45

Rompendo o círculo vicioso da pobreza, 45

Estágios de desenvolvimento econômico, 45

Estágio 1 – agricultura de subsistência, 45

Estágio 2 – pré-industrial ou comercial, 45

Estágio 3 – indústria primária, 46

Estágio 4 – indústria de produtos de consu-

mo perecíveis e semiperecíveis, 46

William D. Perreault Jr.

E. Jerome McCarthy

Tradução

Bazán Tecnologia e Lingüística Ltda.

SÃO PAULO

EDITORA ATLAS S.A. – 2001

ketingMarketing EssencialUma Abordagem Gerencial e Global

2ª Edição

Page 9: Portfolio 2

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1

1. Saber o que é marketing e por que é importante conhecê-lo.

2. Compreender a diferença entre micromarketing e macromarketing.

3. Saber por que e como os sistemas de macromarketing se desenvolvem.

4. Compreender por que marketing é de suma importância para o

desenvolvimento econômico e nossa economia global.

5. Saber por que especialistas em marketing –

incluindo intermediários e facilitadores – se proliferam.

6. Conhecer as funções de marketing e quem as desempenha.

7. Compreender novos e importantes termos (apresentados em destaque).

Ao terminar este capítulo, você deverá:

Papel de Marketing em

Economia Global

PAPEL DE MARKETING EM ECONOMIA GLOBAL 47

ria dos países – altamente desenvolvidos ou não –

anseia por poder vender suas mercadorias e serviços

nos mercados externos. Ao mesmo tempo, contudo,

costumam não gostar que os clientes do mercado in-

terno gastem seu dinheiro com produtos procedentes

do exterior. Desejam que o dinheiro – e as oportuni-

dades de novos empregos e crescimento econômico –

permaneçam na economia local.

Tarifas e quotas podem reduzir o comércio

exterior

Impostos e restrições nas fronteiras nacionais e

regionais reduzem o fluxo de mercadorias e serviços

entre os sistemas de macromarketing dos diversos

países. As tarifas aduaneiras – impostos sobre impor-

tados – variam, dependendo de a política do governo

em questão ser de elevar suas receitas ou de limitar o

comércio. Tarifas restritivas geralmente estancam as

movimentações. Contudo, mesmo níveis tarifários

voltados para a geração de receitas causam o bloqueio,

desencorajam a livre movimentação de mercadorias

e acarretam elevação dos preços pagos pelos consu-

midores.

As quotas agem como as tarifas, no que tam-

bém restringem. Elas estabelecem as quantidades es-

pecíficas de cada produto, que podem entrar e sair de

determinado país. Podem existir grandes oportunida-

des comerciais nos mercados de uma Europa uni-

ficada, por exemplo, mas quotas de importação (ou

restrições de exportação aplicadas contra determina-

do país) podem desencorajar países não europeus a

participar.

O impacto dessas restrições pode ser visto no

mercado russo. Primeiro, parecia que, com a queda do

comunismo, o mercado russo se abriria mais para a

indústria automobilística estrangeira. E, de certa ma-

A Colgate brilha em marketing na Índia rural

Dois terços da população da Índia ainda vivem em áreas rurais agrícolas. Muitos carecem das facili-

dades básicas da vida. Por exemplo, três em cada quatro pessoas ainda usam fogão a lenha. Somente cerca

de 40% têm eletricidade, e menos de 20% possuem água encanada. A maioria não pode comprar uma ge-

ladeira. Uma pessoa que trabalha na lavoura canavieira, por exemplo, ganha apenas 1 dólar por dia.

Muito embora esses habitantes do campo não tenham dinheiro, eles são mais de 600 milhões de in-

divíduos e, portanto, constituem um mercado potencial para produtos básicos como pasta de dente e xam-

pu. Os gerentes de marketing da Colgate sabem disso. Entretanto, muitos indianos da área rural nunca ti-

veram às mãos um tubo de pasta de dente. Em seu lugar, usam pó de carvão e a haste de uma planta nativa

para a higiene bucal. Contudo, a Colgate não se fia em anúncios de estilo norte-americano – ou na drogaria

local – para realizar sua tarefa de venda. Metade da população rural é analfabeta, e poucos têm TV. Tam-

bém não freqüentam lojas. Em vez disso, uma vez por semana, os homens vão a um mercado central em

uma aldeia próxima para obter os mantimentos básicos que eles próprios não plantam.

Apesar desses desafios, desde 1990, a Colgate já dobrou suas vendas – e a população rural indiana

está agora comprando mais de 17.000 toneladas de pasta de dente por ano. Que mágica foi essa? A Colgate

envia uma van equipada com um gerador e todo o aparato de vídeo até a aldeia nos dias de feira (o mer-

cado central). A música atrai compradores e, então, um vídeo de meia hora de entretenimento (infomercial)

explica os benefícios (que inclui maior capacidade de atração sexual!) com o uso da pasta de dente Colgate.

A van só consegue atingir 100 pessoas de cada vez, mas muitas das que assistem ao vídeo experimentam a

pasta de dente. É claro que não muitas se disporiam a gastar o salário de um dia de trabalho em troca de

um tubo normal. Assim, a Colgate oferece um tubo bem menor por seis rúpias (cerca de 18 centavos

de dólar). Essa abordagem da Colgate é dispendiosa, mas os gerentes da empresa têm em vista um retorno

de longo prazo sobre seus investimentos em marketing.

De onde veio essa idéia? As vans com vídeo foram primeiramente usadas em 1987 para difundir pro-

paganda para um partido político ao qual havia sido negado tempo de exposição na televisão estatal. Entre

eleições, as vans ficavam paradas, e, assim, seu proprietário as ofereceu em forma de aluguel a empresas

como a Colgate.9

www.mhhe.com/fourps

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Formato Serviços de Editoração

Princípios de

Administração Financeira

Stephen A. Ross

Randolph W. Westerfield

Bradford D. Jordan

Tradução

Andrea Maria Accioly Fonseca Minardi

Revisão Técnica

Antonio Zoratto Sanvicente

SÃO PAULO

EDITORA ATLAS S.A. – 2008

24 PRINCÍPIOS DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

Seções de insights da indústria (veja pági-

nas 97, 246 e 332). A Hershey Chocolate

North America é destacada ao longo do texto em

uma série única de seções que aplica os tópicos-

chaves a situações da empresa. Essas séries foram

escritas por Samuel C. Weaver, diretor de Planeja-

mento e Análise Financeira da Hershey Chocolate

North America. Elas permitem aos alunos explorar,

do ponto de vista de planejamento financeiro, as

aplicações práticas dos tópicos de finanças corpo-

rativas, tais como orçamento de capital, recompra

de ações, política de dividendos.

Recomendações para uso de calculadoras

e estratégias para planilhas (veja páginas

116, 138 e 164). Considerando que existe mais

de uma forma de resolver problemas de finanças

corporativas, acrescentamos duas novas seções que,

além de encorajarem os alunos a aprender diferen-

tes métodos de solução, irão ajudá-los a adquirir ou

aperfeiçoar habilidades com calculadoras financei-

ras e planilhas em Excel. As “dicas” de cálculo são

seções completas, presentes em vários capítulos,

que expõem os alunos pela primeira vez aos fun-

damentos do cálculo e ilustram como resolver pro-

blemas com o uso de calculadoras. O Apêndice D

contém maiores detalhes, resolvendo problemas

em duas calculadoras específicas. As Estratégias

para Planilhas também são seções completas e mos-

tram aos alunos como construir planilhas para re-

solver problemas, uma parte vital da educação dos

alunos em qualquer negócio.

Planejamento Financeiro a Longo Prazo

Samuel C. Weaver, Ph.D.Diretor de Planejamento e Análise FinanceiraHershey Chocolate North America

O planejamento estratégico émuito importante para qualquer orga-nização. Embora o planejamento em sipossa ter vida curta, os benefícios doplanejamento permeiam a organiza-ção e produzem efeitos duradouros. Oplanejamento estratégico serve paracanalizar a comunicação para diversosníveis. No nível mais alto, reúne a altaadministração geral com a alta admi-nistração operacional na discussão dasaspirações da empresa e os caminhos

produtos novos. A produção, por ou-tro lado, preferiria fabricar um pro-duto padronizado de uma única ma-neira e evitar muitas das mudançasassociadas à diferenciação ou às di-ficuldades de início de fabricação denovos produtos. A área de vendasgostaria de satisfazer a qualquer ne-cessidade dos clientes por amostrase entregas especiais, enquanto a lo-gística preferiria uma abordagempadronizada e exigências de entrega

ções da empresa em realidade. O plane-jamento financeiro a longo prazo auxi-lia a ordenar as alternativas, priorizarobjetivos e dar uma direção à empresa.

O planejamento a longo prazotambém pode ser utilizado para esta-belecer padrões e objetivos de desem-penho. O resultado das decisões de in-vestimento em novos produtos é trans-formado em objetivos de vendas e lu-cro. Um investimento pesado em pro-paganda não deveria apenas refletir-seem despesa de propaganda, mas tam-bém prever a elevação de vendas as-sociada àquele esforço de propaganda.As instalações deveriam ser revistas àluz da projeção de vendas e das pro-vidências tomadas para maximizar acontribuição da produção.

Na Hershey Foods, alguns anosatrás preparamos um plano financei-ro decenal. O esforço se transformounum exercício esotérico a partir doterceiro ano de projeção. Portanto,

Insight da Indústria

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Page 11: Portfolio 2

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Formato Serviços de Editoração

26 PRINCÍPIOS DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

Uso pedagógico das cores (veja páginas 86,

221 e 229). Utilizamos um esquema amplo de

cores em Princípios de administração financeira, não

apenas para tornar o texto mais convidativo, mas

principalmente para usar as cores como elementos

funcionais que auxiliam os alunos a acompanhar as

discussões. Em praticamente todos os capítulos, as

cores desempenham papel importante e evidente

em si mesmo. Segue um exemplo do uso pedagó-

gico das cores.

Construção de conceitos (veja páginas 80,

166 e 230). As seções dos capítulos são inten-

cionalmente curtas para proporcionarem um pro-

cesso de aprendizagem gradativo. A cada seção se-

gue-se uma série de pequenas questões conceituais

que enfatizam as idéias básicas apresentadas. Os es-

tudantes utilizam as questões para se assegurarem

de que identificaram e compreenderam os concei-

tos mais importantes.

Tabelas de resumo (veja páginas 88, 92 e

121). Essas tabelas expõem novamente os con-

ceitos, resultados e equações de maneira sucinta.

Aparecem toda vez que é útil enfatizar e resumir

um grupo de conceitos correlatos.

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Taxa de Desconto VPL(A) VPL(B)0% $ 60,00 $ 70,005 43,13 47,88

10 29,06 29,7915 17,18 14,8220 7,06 2,3125 –1,63 –8,22

Questões conceituais

3.1a Por que geralmente é necessário pa-

dronizar demonstrações financeiras?

3.1b Descreva como os balanços e de-

monstrações de resultado de tama-

nho comum são elaborados.

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I. SímbolosVP = Valor presente, o valor hoje de fluxos de caixa futurosVFt = Valor futuro, o valor de fluxos de caixa no futuror = Taxa de juros, taxa de retorno ou taxa de desconto por período –

tipicamente, mas nem sempre, 1 anoC = Montante de caixat = Número de períodos – tipicamente, número de anos

II. Valor futuro de C aplicado a r % por período durante t períodosVFt = C � (1 + r )t

O termo (1 + r)t é denominado fator de valor futuro.

III. Valor presente de C a ser recebido em t períodos a r % por períodoVP = C/(1 + r )t

O termo 1/(1 + r )t é denominado fator de valor presente.

IV. A equação básica do valor presente que indica a relação entre valorpresente e valor futuro é:VP = VFt/(1 + r )t

Parte Um

VISÃO GERAL DA

ADMINISTRAÇÃO

FINANCEIRA

Iniciamos nosso estudo de Administração Financeira examinan-

do o papel do administrador financeiro e os objetivos da Admi-

nistração Financeira. Descrevemos também diversas modalida-

des de organização de empresas e as vantagens e desvantagens

de cada uma.

Conteúdo

1 Introdução à

Administração

Financeira

Page 12: Portfolio 2

portfólio

Formato Serviços de Editoração

1

INTRODUÇÃO À

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

A Apple Computer surgiu como uma socieda-

de entre duas pessoas, sendo no início uma empre-

sa de “fundo de quintal”. Cresceu rapidamente e,

por volta de 1985, já era uma grande empresa de

capital aberto, com 60 milhões de ações negocia-

das em Bolsa e um valor de mercado superior a US

$1 bilhão. Na época, o mais conhecido co-funda-

dor da empresa, Steven Jobs, de 30 anos, possuía

7 milhões de ações da Apple, as quais estavam ava-

liadas em $ 120 milhões.

Não obstante seus interesses e seu papel no

sucesso da fundação da empresa, Jobs foi forçado

a abrir mão de suas responsabilidades opera-

cionais em 1985, quando o desempenho financei-

ro da Apple piorou. Em seguida, ele renunciou.

Naturalmente, você não pode manter um

bom empreendedor em baixa. Jobs então fundou

a Pixar Animation Studios, empresa responsável

pela animação do bem-sucedido filme Toy Story.

A Pixar tornou-se uma empresa de capital aberto

em 1995 e, depois de uma recepção entusiasma-

da do mercado de capitais, a participação de 80%

de Job passou a valer por volta de $ 1,1 bilhão.

Por fim, apenas para mostrar que o mundo é re-

dondo, em 1997, o futuro da Apple ainda estava

duvidoso, e a empresa, lutando por um lugar no

Espera-se que, ao terminar a leitura do capítulo, você

tenha adquirido boa noção sobre:

Os tipos básicos de decisões em administração financeira e o papel

do administrador financeiro.

Os objetivos do administrador financeiro.

As implicações financeiras das diferentes modalidades de

organização de empresas.

Os conflitos de interesse que podem surgir entre administradores e

proprietários de empresas.

mundo “Wintel”, contratou Steven Jobs como pre-

sidente!

A carreira de Jobs, que começa como um

empreendedor de “fundo de quintal”, torna-se um

executivo de empresa, ex-empregado e, finalmen-

te, presidente, ilustra assuntos relacionados a mo-

dalidades de organização de empresas, objetivos

organizacionais e controle de organizações, todos

eles discutidos neste capítulo. De fato, indepen-

dentemente de seu interesse principal ser conta-

bilidade, finanças, administração, marketing ou

alguma outra área, este capítulo o coloca diante

da questão mais fundamental no mundo dos ne-

gócios: Por que estamos aqui? Colocado de ma-

neira mais precisa, qual é o objetivo do negócio?

Embora o foco deste capítulo seja o objetivo do

negócio com base em uma perspectiva financeira,

esperamos que você reconheça que o assunto dis-

cutido e as conclusões a que chegamos são na rea-

lidade muito mais amplos e aplicam-se a todos os

participantes do processo decisório. Para aqueles

que estiverem interessados em abrir um pequeno

negócio de qualquer tipo, este capítulo também

fornece informações (e alertas) importantes sobre

os diferentes tipos de organização de empresas

que venham a escolher.

Page 13: Portfolio 2

portfólio

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS, IMPOSTOS E FLUXO DE CAIXA 57

capital dos acionistas, ou capital próprio. Esse setor

do balanço procura refletir o fato de que, se a em-

presa vendesse seus ativos e utilizasse o dinheiro

para pagar todas as suas dívidas, o valor residual

pertenceria aos acionistas. Assim, o balanço fecha,

pois o valor do lado esquerdo é sempre igual ao

valor do lado direito. Ou seja, o valor dos ativos da

empresa é igual à soma dos exigíveis com o patri-

mônio líquido:1

Ativo = Exigível + Patrimônio líquido [2.1]

Esta é a chamada identidade ou equação do

balanço, e sempre se verifica, pois o patrimônio lí-

quido é definido como sendo a diferença entre ati-

vo e exigível.

CAPITAL DE GIRO LÍQUIDO

Conforme é apresentado na Figura 2.1, a di-

ferença entre o ativo circulante e o passivo cir-

culante da empresa é denominada de capital de

giro líquido. O capital de giro líquido é positivo

quando o ativo circulante excede o passivo cir-

culante. Com base nessa definição, isso significa

que o fluxo de caixa que ficar disponível dentro de

12 meses excede o fluxo de caixa que precisa ser

pago dentro do mesmo período. Por essa razão, o

capital de giro líquido é normalmente positivo em

empresas saudáveis.

Capital de giro líquido

Ativo circulante menos passivo circulante.

EXEMPLO 2.1 Elaboração do balanço

Uma empresa possui ativo circulante de

$ 100, ativo permanente líquido de $ 500, dívidas

a curto prazo de $ 70 e dívidas a longo prazo de

$ 200. Como fica seu balanço? Qual é o patrimônio

líquido? Qual é o capital de giro líquido?

Neste caso, o ativo total é igual a $ 100 +

$ 500 = $ 600 e o exigível total é $ 70 + $ 200 =

$ 270. Portanto, o patrimônio líquido é a diferença

$ 600 – $ 270 = $ 330. O balanço ficaria da seguinte

maneira:

Ativo Exigível e Patrimônio Líquido

Ativo circulante $ 100 Passivo circulante $ 70

Ativo permanente Exigível a longo prazo 200

líquido 500 Patrimônio líquido 330

Total do exigível e

Ativo total $ 600 patrimônio líquido $ 600

O capital de giro líquido é a diferença entre o

ativo circulante e o passivo circulante, ou seja,

$ 100 – $ 70 = $ 30. �

A Tabela 2.1 apresenta um balanço patri-

monial simplificado para uma empresa fictícia, a

1. As expressões capital próprio, capital dos acionistas, capi-

tal dos proprietários, patrimônio líquido são usadas como

Ativo Passivo

Ativo circulante Passivo circulante

Caixa $ 104 $ 160 Contas a pagar $ 232 $ 266

Contas a receber 455 688 Títulos a pagar 196 123

Estoques 553 555 Total $ 428 $ 389

Total $ 1.112 $ 1.403

Ativo permanente

Instalações e Exigível a

equipamentos $ 1.644 $ 1.709 longo prazo $ 408 $ 454

Patrimônio líquido

Capital mais

reservas 600 640

Lucros retidos 1.320 1.629

Total $ 1.920 $ 2.269

Ativo Total $ 2.756 $ 3.112 Passivo Total $ 2.756 $ 3.112

Tabela 2.1

Balanço

patrimonial da

U. S.

Corporation.

U. S. CORPORATION

Balanço Patrimonial de 31 de dezembro de 1997 e 1998

($ milhões)

1997 1998 1997 1998

sinônimos numa sociedade por ações. Há outras variantes,

além dessas.

46 PARTE I – VISÃO GERAL DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

GRUPOS DE INTERESSE

(STAKEHOLDERS)

Até agora nossa discussão dá a entender que

administradores e acionistas são as únicas partes

que têm interesse nas decisões da empresa. Isso é

naturalmente uma simplificação. Empregados,

clientes, fornecedores e até governo possuem inte-

resse financeiro na empresa.

Esses vários grupos, em conjunto, são deno-

minados grupos de interesse associados à em-

presa, ou stakeholders. Em geral, grupo de inte-

resse é alguém que não é nem acionista nem cre-

dor, mas tem direito potencial sobre os fluxos de

caixa da empresa. Esses grupos também tentarão

exercer controle sobre a empresa, muitas vezes em

detrimento dos acionistas.

Grupos de interesse (stakeholders)

Alguém que não seja nem acionista nem credor,

mas que também possui direitos potenciais sobre

os fluxos de caixa da empresa.

Questões conceituais

1.5a Que é relação de agency?

1.5b Que são problemas de agency e como

podem surgir? O que são custos de

agency?

1.5c O que incentiva os administradores

de grandes sociedades por ação a

maximizar o valor das ações?

Ética é um tópico que vem

ganhando interesse cres-

cente na comunidade em-

presarial. Grande parte dessa discus-

são tem sido liderada por filósofos e

tem-se concentrado em princípios

morais. Em vez de rever essas ques-

tões, gostaria de discutir um conjun-

to complementar (mas geralmente

ignorado) de questões, do ponto de

vista econômico. O mercado impõe

custos potencialmente elevados a in-

divíduos e instituições que possuem

comportamento antiético. Essas for-

ças de mercado, portanto, fornecem

incentivos importantes ao comporta-

mento ético na comunidade empresa-

rial.

Economia é sobretudo o estudo

de fazer escolhas. Gostaria, portanto,

de examinar o comportamento ético

simplesmente como uma das esco-

lhas disponíveis ao indivíduo. As

análises econômicas sugerem que, ao

considerar uma alternativa, você

identifica seus custos e benefícios. Se

os benefícios estimados excederem os

custos estimados, você adotará a al-

ternativa; caso contrário, não a ado-

tará. Para nos concentrarmos nessa

discussão, consideremos a seguinte

situação específica: suponhamos que

você tenha sido contratado para en-

tregar um produto de determinada

qualidade. Você trapacearia reduzin-

do a qualidade para abaixar os cus-

tos, em uma tentativa de aumentar o

lucro?

A economia implica que,

quanto maior o custo de trapacear,

maior a probabilidade de as atitudes

éticas serem escolhidas. Esse princí-

pio banal possui diversas implica-

ções.

Em primeiro lugar, quanto

maior a probabilidade de ser apa-

nhado, menor a probabilidade de

um indivíduo trapacear. Essa impli-

cação nos ajuda a entender diversos

esquemas institucionais para fisca-

lizar o mercado. Por exemplo, uma

empresa concorda em ter suas de-

monstrações contábeis auditadas

por firmas de auditoria externa.

Essa fiscalização profissional perió-

dica aumenta a possibilidade de se

detectarem problemas, reduzindo,

portanto, qualquer incentivo a fraudar

as condições financeiras reais da em-

presa.

Em segundo lugar, quanto maio-

res as sanções impostas, menor a

probabilidade de os indivíduos trapa-

cearem. Uma transação comercial

que se espera repetir entre as mesmas

partes possui probabilidade menor de

trapaça, pois a perda de lucros pro-

venientes do fluxo de vendas futuras

fornece poderoso incentivo para obe-

decer às regras do contrato. No en-

tanto, se a existência futura da em-

presa for mais incerta, os custos es-

perados de vendas futuras também o

serão. Portanto, empresas em dificul-

dades estão mais sujeitas a trapacear

do que empresas com boa saúde fi-

nanceira. As empresas, portanto,

têm incentivos a adotar políticas fi-

nanceiras que auxiliem a garantir,

com credibilidade, que não trapacea-

rão. Por exemplo, se for difícil ava-

liar a qualidade do produto antes da

compra, os clientes duvidarão das

alegações da empresa sobre a quali-

Incentivos de Mercado para o Comportamento Ético,

segundo Clifford W. Smith Jr.

Princípios em Ação

Page 14: Portfolio 2

portfólio

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116 PARTE III – AVALIAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA FUTUROS

Recomendação para Uso de Calculadoras

Você resolve problemas de valor presente em uma calculadora financeira do mesmo modo que pro-

blemas de valor futuro. No exemplo que acabamos de examinar (valor presente de $ 1.000 a se-

rem recebidos em 3 anos a 10%), você usaria o seguinte procedimento:

Aperte 3 15 1.000

Calcule para –657,50

Observe que a resposta possui um sinal negativo; conforme discutimos acima, isso é devido ao fato de

que o valor presente representa um desembolso hoje em troca de uma entrada de $ 1.000 mais tarde.

1 0,9524 0,9091 0,8696 0,8333

2 0,9070 0,8264 0,7561 0,6944

3 0,8638 0,7513 0,6575 0,5787

4 0,8227 0,6830 0,5718 0,4823

5 0,7835 0,6209 0,4972 0,4019

Tabela 4.3

Fatores de valor

presente.

Número de

Períodos

Taxa de Juros

5% 10% 15% 20%

EXEMPLO 4.6 Propaganda enganosa

Recentemente, algumas empresas têm dito

coisas como “Venha experimentar nosso produto.

Se vier, lhe daremos $ 100 apenas por ter vindo!”

Se você ler as letras miúdas, descobrirá que eles lhe

darão um certificado de poupança que lhe pagará

$ 100 em 25 anos ou coisa parecida. Se a taxa de

juros de tais certificados for 10% ao ano, quanto

você iria realmente receber hoje?

Na realidade, receberá o valor presente de

$ 100 a ser pago em 25 anos. Se a taxa de descon-

to for 10% ao ano, o fator de desconto será:

1/1,1

25

= 1/10,8347 = 0,0923

Isso quer dizer que $ 1 dólar em 25 anos vale

um pouco mais do que nove centavos hoje, consi-

derando 10% como taxa de desconto. Assim, a pro-

moção na realidade lhe paga por volta de 0,0923

× $ 100 = $ 9,23. Talvez, isso seja suficiente para

atrair clientes, mas certamente não é igual a

$ 100. �

À medida que o prazo de pagamento aumen-

ta, o valor presente diminui. Conforme é ilustrado

pelo Exemplo 4.6, o valor presente tende a se tor-

nar menor conforme horizonte de tempo aumen-

ta. Se você examinar um horizonte suficientemen-

te distante, o valor presente se aproximará de zero.

N %i PMT PV FV

Além disso, para um dado prazo, quanto maior for

a taxa de desconto, menor será o valor presente. Em

outras palavras, valor presente e taxa de desconto

estão inversamente relacionados. Aumentando a

taxa de desconto, diminui-se o VP, e vice-versa.

A relação entre prazo, taxa de desconto e

valor presente está ilustrada na Figura 4.3. Perce-

ba que, quando nos aproximamos de 10 anos, o

valor presente é substancialmente menor do que as

quantias futuras.

Questões conceituais

4.2a Que queremos dizer com valor pre-

sente de um investimento?

4.2b Descontar um valor futuro ao presen-

te é o inverso de que processo?

4.2c O que queremos dizer com avaliação

de fluxo de caixa descontado ou

FCD?

4.2d Em termos gerais, qual é o valor pre-

sente de $ 1 a ser recebido em t pe-

ríodos, considerando uma taxa de

desconto de r por período?

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS, IMPOSTOS E FLUXO DE CAIXA 65

operacional. De acordo com a prática contábil,

normalmente fluxo de caixa operacional é defini-

do como lucro líquido mais depreciação. No caso

da U. S. Corporation, isso equivaleria a $ 412 + 65

= $ 477.

A definição contábil de fluxo de caixa opera-

cional diverge da nossa em um importante aspec-

to: os juros são deduzidos ao calcular-se o lucro

líquido. Note que a diferença entre o fluxo de cai-

xa operacional por nós calculado ($ 547) e a cifra

de $ 477 é $ 70, exatamente o valor dos juros pa-

gos durante o ano. A definição contábil de fluxo de

caixa portanto considera os juros pagos como des-

pesa operacional. Nossa definição os trata adequa-

damente como despesas financeiras. Se não hou-

vesse despesas de juros, as duas definições seriam

equivalentes.

Para finalizar nosso cálculo do fluxo de caixa

gerado pelos ativos da U. S. Corporation, precisa-

mos considerar quanto do fluxo de caixa operacio-

nal de $ 547 foi reinvestido na empresa. Conside-

ramos em primeiro lugar os gastos com ativo per-

manente.

Gastos de capital

O gasto líquido de capital é exatamente o di-

nheiro gasto em ativos permanentes menos o di-

nheiro recebido com a venda dos ativos permanen-

Importância do Fluxo de Caixa

Samuel C. Weaver, Ph.D.

Diretor de Planejamento e Análise Financeira

Hershey Chocolate North America

Ao se tomar uma decisão de in-

vestimento, o fluxo de caixa é uma

medida crítica. O fluxo de caixa é o

que determina o sucesso de uma deci-

são econômica. Decisões contábeis, ou

seja, decisões baseadas em lucro

contábil, analisam o projeto ano a ano.

Muitas decisões de grandes empresas

são diluidoras, significando que redu-

zem o lucro no primeiro ou nos dois

primeiros anos, pois a recompensa

pelo investimento começa a vir apenas

em períodos posteriores, quando o in-

vestimento se torna totalmente opera-

cional. Com uma visão apenas voltada

para lucro, novos investimentos, novas

pesquisas, novos produtos e novas

aquisições podem não ser realizados.

Quando se tomam decisões tra-

dicionais de reposição de ativos, pro-

jeta-se o fluxo de caixa incremental ge-

rado pelo investimento de capital. As

fontes usuais de fluxo de caixa nessas

decisões são a redução de custo ou a

redução de investimento em capital

de giro. Esse fluxo de caixa incre-

mental é revisto, discutido, e reali-

zam-se análises de sensibilidade. A

análise final procura entender todas

as vulnerabilidades, assim como o

grau de conservadorismo presente

nas estimativas de fluxo de caixa.

Felizmente, as decisões tradicionais

de reposição de ativos são apoiadas

em estudos de engenharia, estimati-

vas de custo e anos de experiência.

Quando se toma decisão de in-

vestimento em novos produtos, há

um grau muito maior de variabilida-

de presente nas projeções de fluxo de

caixa. O direcionador mais importan-

te é a projeção das vendas. A Hershey

Foods utiliza empresas de pesquisa

de mercado e seus vários anos de ex-

periência para estimar o nível de ven-

das em potencial. Os custos de equi-

pamentos, as complicações associa-

das com o início da produção e os

custos de produção quando o projeto

entra em regime normal são algumas

das premissas críticas presentes nas

projeções do fluxo de caixa.

Na Hershey, também utilizamos

técnicas de avaliação econômica de

fluxo de caixa de maneiras não tradi-

cionais. Projetamos fluxos de caixa no

processo de tomada de decisões sobre

investimentos em software, pesquisa e

desenvolvimento e principais iniciati-

vas de marketing.

Além disso, o coração da análise

para nossos programas bem-sucedidos

de aquisição é a avaliação econômica

de fluxos de caixa projetados. Do pon-

to de vista financeiro, uma aquisição

é análoga à introdução de vários no-

vos produtos. Ao final de 1996, a

Hershey adquiriu a Leaf North Ame-

rica. A Leaf, com suas diversas marcas,

tais como Jolly Rancher, Pay Day e

Heath, será uma das melhores aquisi-

ções na história da Hershey. No entan-

to, em uma visão de lucro, a Leaf em

1996 teria diminuído o lucro em $ 17

milhões (ou $ 11 por ação). Felizmen-

te, o fluxo de caixa é que foi levado em

conta!

As empresas pequenas entendem

a importância do fluxo de caixa. “O

caixa é rei!” é uma frase popular. Nós,

também, incluídos entre as 200 maio-

res empresas, compreendemos a im-

portância do fluxo de caixa.

Insight da Indústria

Page 15: Portfolio 2

portfólio

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504 PRINCÍPIOS DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

ro e, em seguida, aperte a tecla de sinal +/– . Não

utilize a tecla de sinal, – , pois o efeito é imprevi-

sível.

PROBLEMAS SELECIONADOS

Esta seção fornece soluções, com as teclas

utilizadas, de alguns problemas do texto, ilustran-

do as nove funções básicas da calculadora financei-

ra.

1. Valor Futuro e Valor Presente de uma

Única Soma

Calcule o valor futuro de $ 2.250 à taxa

anual de 17% no prazo de 30 anos (Problema 2, Ca-

pítulo 4).

O empréstimo será liquidado em 42,90 me-

ses.

5. Precificação de Obrigações Simples

A Mullineaux Co. emitiu uma obrigação há

um ano a uma taxa de cupom de 8,25%. A obriga-

ção faz pagamentos semestrais. Se a YTM de tais

obrigações for de 7,10%, qual será o preço corren-

te? (Problema 6, Capítulo 6).

O valor futuro é $ 249.895,46

2. Valor Presente e Valor Futuro de uma

Anuidade Comum

O banco de Betty oferece-lhe um empréstimo

de $ 20.000 por sete anos à taxa de juros de 11%

ao ano. Qual será a prestação anual para quitar o

empréstimo? (Problema 8, Capítulo 5).

–2.250,00 PV

30,00 N

17,00 I/YR

FV 249.895,46

BA II PLUSHP-10B

–2.250,00 PV

30,00 N

17,00 I/Y

CPT FV 249.895,46

–2.250,00 PV

30,00 N

17,00 I/YR

FV 249.895,46

BA II PLUSHP-10B

–2.250,00 PV

30,00 N

17,00 I/Y

CPT FV 249.895,46

BA II PLUSHP-10B

Sua prestação anual será de $ 4.244,31.

3. Calculando a Taxa de Juros

Desconhecida

Suponha que o custo total de um curso supe-

rior seja igual a $ 75.000, quando seu filho entrar

na faculdade daqui a 18 anos. Atualmente, você

tem $ 7.000 para aplicar. Que taxa de juros você

precisa obter em sua aplicação para custear a edu-

cação universitária de seu filho? (Problema 6, Ca-

pítulo 4).

–20.000,00 PV

7,00 N

11,00 I/YR

PMT 4.244,31

–20.000,00 PV

7,00 N

11,00 I/Y

CPT PMT 4.244,31

BA II PLUSHP-10B

–7.000,00 PV

18,00 N

75.000,00 FV

I/YR 14,08

–7.000,00 PV

18,00 N

75.000,00 FV

CPT I/Y 14,08

Você precisa obter uma taxa de juros de pelo

menos 14,08% ao ano para cobrir as despesas fu-

turas com a educação de seu filho.

4. Calculando o Número Desconhecido

de Períodos

Um de seus clientes ficou inadimplente. Vocês

fizeram um acordo envolvendo um programa de

pagamento de $ 374 por mês. Você cobrará juros

mensais de 1,4% sobre o saldo vencido. Se o saldo

atualmente está em $ 12.000, em quanto tempo

será liquidado? (Problema 21, Capítulo 5).

BA II PLUSHP-10B

–12.000,00 PV

1,40 I/YR

374,00 PMT

N 42,90

–12.000,00 PV

1,40 I/Y

374,00 PMT

CPT N 42,90

Como a obrigação faz pagamentos semes-

trais, precisamos dividir o pagamento de cupons

pela metade (8,25 ÷ 2 = 4,125 = = > $ 41,25) e

dobrar o número de períodos (10 anos até o ven-

cimento × 2 = 20 períodos). Dessa maneira, o pre-

ço corrente da obrigação é $ 1.081,35.

6. Retorno esperado

A Vasicek Co. tem obrigações no mercado

com uma taxa de cupom de 12,5% e prazo de 8

anos. As obrigações fazem pagamentos anuais. Se

BA II PLUSHP-10B

41,25 PMT

1.000,00 FV

20,00 N

3,55 I/YR

PV –1.081,35

41,25 PMT

1.000,00 FV

20,00 N

3,55 I/Y

CPT PV –1.081,35

Page 16: Portfolio 2

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AdministraçãoFinanceiraCorporate Finance

Stephen A. RossRandolph W. WesterfieldJeffrey F. Jaffe

TraduçãoANTONIO ZORATTO SANVICENTE

SÃO PAULOEDITORA ATLAS S.A. – 2010

Visão GeralPARTE I

1 Introdução às Finanças de Empresas2 Demonstrações Financeiras e Fluxo de Caixa

Na gestão de uma empresa, o administrador financeiroprecisa encontrar respostas para três tipos de per-

guntas importantes. Em primeiro lugar, que investimen-tos a longo prazo deve a empresa fazer? Essa é a decisãode investimento. Em segundo lugar, como podem ser le-vantados os recursos para os investimentos escolhidos?Essa é a decisão de financiamento. Em terceiro lugar,como deve a empresa gerir suas atividades monetárias efinanceiras no dia-a-dia? Essas decisões envolvem o pro-cesso de financiamento a curto prazo, e preocupam-secom o capital de giro líquido.

No Capítulo 1, discutimos essas questões importan-tes, fazemos uma sucinta apresentação inicial das idéiasbásicas deste livro e descrevemos a natureza da moder-na sociedade por ações, explicando por que veio a trans-formar-se na principal modalidade de empresa. Usando

o enfoque de conjunto de contratos, o capítulo discuteas finalidades da moderna sociedade por ações. Emboranem sempre os objetivos de acionistas e administrado-res possam ser os mesmos, os conflitos serão dirimidosgeralmente em favor dos acionistas. Por último, o capí-tulo analisa algumas das características mais marcantesdos modernos mercados financeiros. Esse material pre-liminar talvez seja conhecido pelos estudantes que te-nham alguma base em contabilidade, finanças e econo-mia.

O Capítulo 2 examina as demonstrações financei-ras básicas. Trata-se de material de revisão para os estu-dantes com alguma base em contabilidade. Descrevemoso balanço patrimonial e a demonstração de resultado. Ocapítulo visa mostrar maneiras de converter dados dedemonstrações financeiras em fluxos de caixa. O conhe-cimento do processo de identificação de fluxos de caixacom base em demonstrações financeiras é particularmen-te importante para os capítulos futuros sobre orçamentode capital.

Page 17: Portfolio 2

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Introdução àsFinanças de Empresas

CAPÍTULO

1

A Video Product Company projeta e produz progra-mas bastante populares para aparelhos de videogame. A empresa foi fundada em 1997, e logo a

seguir seu jogo “Gadfly” apareceu na capa da revistaBillboard. Em 1999, as vendas da empresa superaram$ 20 milhões. Inicialmente, a Video Product havia toma-do $ 2 milhões emprestados da Seed Ltd., uma firma decapital de risco, e ofereceu seu depósito de mercadoriascomo garantia do empréstimo. No presente momento, adireção financeira da Video Product reconhece que ovolume inicial de financiamento foi muito pequeno. Alongo prazo, a empresa desejaria expandir suas ativida-des de projeto de programas nos setores educacional eempresarial. Entretanto, atualmente enfrenta um proble-ma de fluxo de caixa a curto prazo e não é capaz de com-prar sequer $ 200.000 em materiais para atender a suasencomendas de fim de ano.

A experiência da Video Product ilustra as preocu-pações fundamentais das finanças de empresas:

1. Qual deve ser a estratégia de investimento alongo prazo de uma empresa?

2. Como se devem levantar recursos para finan-ciar os investimentos escolhidos?

3. Qual é o fluxo de caixa a curto prazo necessá-rio para que a empresa pague suas contas?

Essas não são as únicas questões pertinentes às fi-nanças de empresas. Encontram-se, porém, entre as ques-tões mais importantes e, na seqüência apresentada, re-presentam um roteiro bastante resumido de nosso livro.

Uma das maneiras pelas quais as empresas levan-tam recursos para financiar seus investimentos envolvea venda ou “emissão” de títulos. Os títulos, às vezes cha-mados de instrumentos financeiros ou direitos, podem serclassificados grosseiramente nas categorias de capitalpróprio ou capital de terceiros, e também são chamadosde ações ou obrigações. A distinção entre capital próprioe capital de terceiros é uma distinção básica na modernateoria de finanças. Todos os títulos de uma empresa re-presentam direitos que dependem ou estão condiciona-

dos ao valor da empresa.1 Na Seção 1.2, mostraremoscomo os títulos de capital de terceiros e capital própriodependem do valor da empresa, e os descreveremos comodireitos condicionados distintos.

Na Seção 1.3, discutimos as diversas modalidadesde organização de empresas, bem como os prós e con-tras da constituição de uma sociedade por ações.

Na Seção 1.4, examinamos de perto os objetivos dasociedade por ações e discutimos por que a maximizaçãoda riqueza do acionista tende a ser o objetivo primordialda sociedade por ações. No restante do livro, supomosque o desempenho da empresa depende do valor que elacria para seus acionistas. Os acionistas ficam mais satis-feitos quando o valor de suas ações é aumentado emdecorrência de decisões da empresa.

Uma empresa obtém recursos emitindo títulos nosmercados financeiros. O valor de mercado dos títulosexistentes de dívida a longo prazo e capital próprio deempresas, negociados nos mercados financeiros dos Es-tados Unidos, é superior a $ 20 trilhões. Na Seção 1.5,descrevemos algumas das principais características dosmercados financeiros. Em termos bastante simples, hádois tipos de mercados financeiros: os mercados mone-tários e os mercados de capitais. A última seção do capí-tulo apresenta um esboço do restante do livro.

1.1 QUE SÃO FINANÇAS DE EMPRESAS?

Imaginemos que você decida montar uma empre-sa para fabricar bolas de tênis. Para esse fim, contratagerentes para adquirir matéria-prima e organiza um gru-po de empregados para produzir e vender as bolas detênis. Na terminologia de finanças, faz investimento emativos, tais como estoques, máquinas, instalações e mão-

1. Usaremos as palavras firma, companhia e empresa como si-nônimas. Entretanto, existem diferenças entre firma e sociedade porações. Essas diferenças serão discutidas na Seção 1.3.

28 VISÃO GERAL

que o cliente ainda não tenha pago. Supõe-se que ocliente fará o pagamento rapidamente. Do ponto devista contábil, a Midland parece rentável. Entretanto,o ponto de vista financeiro é diferente. Ele preocupa-se com fluxos de caixa:

THE MIDLAND COMPANYVisão Financeira

Demonstração do ResultadoAno encerrado em 31 de dezembro

Entrada de caixa $ 0–Saída de caixa – 900.000

–$ 900.000

O ponto de vista financeiro considera se está ha-vendo geração de fluxos de caixa por meio das opera-ções de negociação de ouro pela Midland. A criaçãode valor depende do recebimento efetivo de $ 1 mi-lhão e de quando isso acontecerá.

Distribuição de fluxos de caixa no tempo.O valor de um investimento feito pela empresa dependedo momento em que ocorrem os fluxos de caixa. Uma daspremissas mais importantes em finanças é a de que osindivíduos preferem receber fluxos de caixa mais cedo.Um dólar recebido hoje vale mais do que um dólar rece-bido daqui a um ano. Essa preferência temporal desem-penha um papel importante na formação de preços deações e obrigações.

EXEMPLO

A Midland Company está tentando escolher umade duas propostas de lançamento de novos produtos.As duas alternativas devem proporcionar fluxos decaixa durante um período de quatro anos, e seu custoinicial será de $ 10.000. São os seguintes os fluxos decaixa das duas propostas:

Ano Novo produto A Novo produto B

1 $ 0 $ 4.0002 0 4.0003 0 4.0004 20.000 4.000

Total $ 20.000 $ 16.000

À primeira vista, parece que o novo produto Aserá o melhor. Entretanto, os fluxos de caixa da pro-posta B ocorrem mais cedo do que os da proposta A.Sem informações adicionais, não é possível decidirqual é o conjunto de fluxos de caixa que criaria maisvalor para os credores e acionistas. Isso depende dese o valor da obtenção mais rápida de caixa, na pro-

posta B, supera o maior fluxo total de caixa da alter-nativa A. Os preços de obrigações e ações refletem essapreferência por fluxos de caixa mais rápidos, e vere-mos como usá-la para decidir entre A e B.

Riscos de fluxos de caixa. A empresa precisaconsiderar o fator risco. O volume e a distribuição dosfluxos de caixa no tempo geralmente não são conheci-dos com certeza. A maioria dos investidores possui aver-são a risco.

EXEMPLO

A Midland Company está considerando a possi-bilidade de expandir suas operações para o exterior.Está avaliando a Europa e o Japão como locais possí-veis. A Europa é considerada relativamente mais se-gura, ao passo que operar no Japão é consideradomuito arriscado. Em ambos os casos, a empresa encer-raria suas operações depois de um ano.

Após uma análise financeira completa, a Midlandchegou aos seguintes fluxos de caixa para os planosalternativos de expansão em três cenários igualmen-te prováveis – pessimista, mais provável e otimista:

Pessimista Mais provável Otimista

Europa $ 75.000 $ 100.000 $ 125.000Japão 0 150.000 200.000

Se ignorarmos o cenário pessimista, talvez oJapão seja a melhor alternativa. Quando levamos essecenário em conta, a escolha não parece tão evidente.Esse país parece mais arriscado, mas também ofereceum nível esperado mais alto de fluxo de caixa. O queé risco e como pode ser definido? Precisamos respon-der a essa importante pergunta. As finanças de empre-sas não podem fugir à análise de alternativas com ris-co, e grande parte de nosso livro preocupa-se com odesenvolvimento de métodos de avaliação de oportu-nidades com risco.

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QUESTÕESCONCEITUAIS?.................................................................................

Quais são as questões básicas de finanças de empre-sas?

Descreva estrutura de capital. Apresente três motivos para indicar por que é difícil

determinar a criação de valor.

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Formato Serviços de Editoração

SÃO PAULOEDITORA ATLAS S.A. – 2010

Administração

BatemanSnell

Novo Cenário Competitivo

2a Edição

Tradução:Bazán Tecnologia e Lingüística Ltda.

Revisão Técnica:José Ernesto Lima Gonçalves

Tomada de Decisões Administrativas 69

Os gerentes são obrigados a agir e, às vezes, isso ocorre

em circunstâncias trágicas. Quando o World Trade Center

foi atacado, os escritórios da Merill Lynch foram destruídos

e três funcionários foram mortos. A empresa tinha planos

adequados para crises em potencial, como a perda de ener-

gia, a perda de água, a perda de um prédio e a perda de

comunicações de voz e de dados. Ela não tinha um plano

para o caso de todos esses problemas acontecerem ao mes-

mo tempo.

A direção estabeleceu prioridades rapidamente: ter cer-

teza de que as pessoas estavam bem; transferir 9.000 fun-

cionários; colocar a infra-estrutura no lugar; fazer com que

a empresa voltasse a operar. Foi um tremendo desafio e,

como diz o executivo da Merrill, Bob McCann, “nós tínha-

mos que tomar decisões imediatas. Nem sempre as coisas

foram suaves, mas funcionou” (p. 134). Surpreendentemen-

te, a Merrill Lynch estava funcionando quando a Bolsa de

Valores reabriu no dia 19 de setembro.

Felizmente, a maioria das decisões administrativas não

nasce de uma tragédia e não é tão assustadoramente notá-

vel. Aqui estão alguns poucos exemplos de situações das

quais você provavelmente não soube, mas que ainda assim

são importantes. Pense o que você teria feito.

Imagine que você receba um relatório dizendo que uma

cadeira dobrável que a sua empresa vende fechou sozinha e

um cliente machucou um músculo. O que você faria?

Ou que você seja diretor de uma outra empresa, uma que

venda detectores de fumaça, e alguns clientes dizem que os

alarmes deles não funcionam de maneira adequada. Quais

providências você tomaria?

Ou você fica sabendo que alguns assentos removíveis nos

carrinhos de bebê que você vende não estavam fixos na es-

trutura. E agora?

Ou uma dobradiça na grade móvel de um berço de bebê

está com defeito. O que você faria?

No último caso, a empresa de móveis Baby’s Dream no-

tificou o Comitê de Segurança de Produtos ao Consumidor

(CPSC) –, mas não antes de haver um relato de nove pes-

soas machucadas – e a empresa foi multada em US$ 200.000

por não relatar o defeito imediatamente.

Para os carrinhos de bebê, a direção da Baby Trend agiu

positivamente, contactando 120 lojas da Babies “R” Us, ve-

rificando 2.250 carrinhos de bebê para ter certeza de que

os ferrolhos estavam fixos e reavendo os carrinhos de bebê

que já tinham sido vendidos.

Quanto aos detectores de fumaça, Harvey Grossblatt, da

Universal Security Instruments, decidiu coletar mais informa-

ções, contactou um laboratório independente e o CPSC e

descobriu que nenhum dos dois conseguiu encontrar algum

problema nos alarmes. Mas enquanto tantas pessoas que

tomam decisões teriam considerado o episódio terminado,

Grossblatt disse: “Vamos ter uma abundância de precaução

e vamos lidar com isso”, e fez um recall para 34.000

detectores de fumaça, com um custo de US$ 150.000.

E quanto ao incidente com a cadeira dobrável? Peter

Jenkins, da Boston Warehouse Trading Corp., não tinha idéia

se era um acidente singular ou uma cadeira com defeito. Ele

descreveu a situação como sendo muito estressante, porque

não sabia se realmente havia um problema e não sabia o que

fazer. Felizmente, executou testes no depósito da empresa,

descobriu um parafuso que era pequeno demais e que dei-

xava as cadeiras enfraquecidas, notificou o CPSC e fez recall

de 1.800 cadeiras. “Eu não gostaria que a minha mãe sen-

tasse [numa]”, ele disse.

Este capítulo não é sobre o recall de produtos, ou sobre

o CPSC, ou sobre ética e responsabilidade social, que serão

amplamente discutidos no Capítulo 5. Ele é sobre a tomada

de decisões, a atividade administrativa mais fundamental e

mais constante. Os assuntos cobertos incluem a tomada de

decisões em circunstâncias de crise. Enquanto o contexto e

as especificidades das decisões são diferentes, os exemplos

Estabelecendo o contexto

O que fazer? Da ação rápida à inação

O erro na produção parecia pequeno para alguns, mas a Baby Trend

agiu com decisão e responsabilidade.

Em última análise, gestão significa a substituição de idéias por ação, do conhecimento por cultu-

ra e tradição e da cooperação por força.

Peter Drucker

Objetivos de aprendizagem

Após estudar o Capítulo 1, você deverá saber:

1 Os maiores desafios da administração no novo cenário competitivo.

2 Os fatores de vantagem competitiva para sua empresa.

3 As funções da administração e sua evolução no contexto contemporâneo dos

negócios.

4 A natureza da administração nos diferentes níveis de uma organização.

5 As habilidades necessárias para tornar-se um administrador eficaz.

6 Que metas perseguir enquanto administra sua carreira.

1

Gestão

Recursos Didáticos

Objetivos de aprendizagemUm roteiro de cada capítulo para seusalunos – os Objetivos de Aprendizagem lhesdirão o que terão aprendido depois deestudar o capítulo.

Um tema de relevância deste livro é comoadministrar de modo a produzir resultados– resultados que atendam aos anseios dosclientes; como ser um “pensador e execu-tor”; como saber quando se deve, ou não,agir. Bateman e Snell reuniram uma am-pla gama de recursos didáticos que desta-cam os altos e baixos das empresas, esti-mulam a aprendizagem e a compreensãoe desafiam os estudantes a reagir.

“Estabelecendo o contexto”(Texto de abertura)Para uma apresentação de organizações da vidareal que representam bons exemplos introdutórios,veja a seção “Estabelecendo o Contexto” de cadacapítulo.

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portfólio

Formato Serviços de Editoração

As quatro “práticas básicas” que osadministradores e as empresas devemlevar a seus clientes

Qualidade

As expectativas dos clientes sobre um produto ou serviço devem seratingidas e excedidas. Os administradores devem assegurar atra-tividade, ausência de defeitos, confiabilidade e segurança em tudoo que a organização produz.

Custo

Os bens e serviços devem conter valor a preços que o cliente estejadisposto a pagar. Para atingir esse objetivo, os administradoresdevem manter os custos sob controle, a fim de permitir que a em-presa estabeleça preços justos, que cubram os custos e realizemlucros.

Inovação

Os administradores devem empenhar-se constantemente paracriar rapidamente novos bens e serviços competitivos que os clien-tes valorizem. Essa prática é a chave para estar à frente dos con-correntes.

Velocidade

As organizações devem responder às necessidades do mercado ra-pidamente, lançando antecipadamente novos produtos; entregan-do rapidamente as encomendas aos clientes; e atendendo pronta-mente aos pedidos dos clientes.

26 Administração • Bateman e Snell

O consultor e autor Tom Peters observa queatualmente – muito mais do que nunca – você seráresponsabilizado por suas ações e pelos resultados.78

No passado, as pessoas em muitas empresas podiamchegar, realizar um trabalho razoável, obter uma ava-liação decente e obter um aumento igual ao aumen-to do custo de vida e talvez mais. Hoje, administra-dores devem fazer mais e melhor e tudo será muitomais visível. Administradores terão muitos colegas deequipe ao redor do mundo, alguns dos quais se co-nhecem pessoalmente, mas muitos jamais se encon-trarão. Você provavelmente passará de um projetopara outro e de uma equipe para outra. Você seráavaliado “passe por passe, tacada por tacada – combase na qualidade e na singularidade e pontualidadee paixão” de sua contribuição.79 Peters conclui que ashabilidades mínimas de que você necessitará parasobreviver e vicejar são o domínio de algo que o mun-do valoriza (e ser capaz de afirmar o que é de formasucinta); desenvolver uma forte rede de colegas quepossam ajudar (e a quem você ajudará) com projetos

atuais e futuros; ter habilidades empreendedoras queo ajudem a agir como se estivesse dirigindo sua pró-pria empresa; amar tecnologia; vender a si próprio(por exemplo, através de um web site pessoal); e es-tar disposto a melhorar e até mesmo se reinventarconstantemente.

Um estudo de sucesso de carreira levou o autora afirmar: “No ambiente econômico atual, pessoas quetemem competição, desejam segurança e exigem es-tabilidade estão freqüentemente afundando comopedras na água.”80 O sucesso requer padrões eleva-dos, autoconfiança em situações competitivas e umadisposição de continuar a crescer e a aprender coisasnovas.81 Você terá que aprender a pensar estrategi-camente, discernir e transmitir sua visão de negó-cios, tomar decisões e trabalhar em equipes. Terá queentregar vantagem competitiva e vicejar com mudan-ças. Estes e outros tópicos, essenciais para seu suces-so de carreira, oferecem o foco para os capítulos sub-seqüentes.

Termos-chaveAdministraçãoAdministradores da linha de frente (gerência

operacional)Administradores de alto nível (alta gerência)Administradores de nível intermediário (média

gerência)Competitividade em custosControleGestão do conhecimentoHabilidade técnica

Habilidades conceituais e de decisãoHabilidades interpessoais e de comunicaçãoInovaçãoLiderançaOrganizaçãoPlanejamentoQualidadeVelocidade

Resumo dos objetivos de aprendizagemAgora que você já estudou o Capítulo 1, você

deve saber:

Os principais desafios da administração no novocenário competitivo.

Administradores de hoje precisam lidar com for-ças dinâmicas que criam mudanças maiores e maisconstantes do que nunca. Entre as muitas forças queestão criando a necessidade de os administradores re-pensarem suas abordagens, destacamos quatro ondasprincipais de mudança: a Internet, a globalização, aadministração do conhecimento e a colaboração atra-vés de fronteiras organizacionais.

Os geradores de vantagem competitiva para suaempresa.

Como os negócios são uma arena competitiva,você precisa entregar valor aos clientes de formassuperiores às de seus concorrentes. Os quatro pilaresda vantagem competitiva são inovação, qualidade,velocidade e custo.

As funções da administração e como estãoevoluindo no atual ambiente de negócios.

Apesar de mudanças maciças, a administraçãoainda retém certos fundamentos que não irão desa-

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46 Administração • Bateman e Snell

Após o fiasco das empresas de Internet no começo dadécada de 2000, além de tanta acusação por tanta coisa,desde estratégia ruim até ganância corporativa, outro fatordesempenhou papel importante no fracasso de muitas em-presas: as regulamentações do governo. Um advogado daGlobal Crossing, que solicitou a falência da empresa depoisde sua queda de elevada posição entre as empresas de tele-comunicações que mais arrecadavam, comparou as taxasexigidas por todos os níveis de governo com um roubo, di-zendo: “Elas estão sendo vítimas de um assalto à mão ar-mada.”

Agências locais, estaduais e do governo exigiam taxasexcessivas ou serviços gratuitos de empresas antes de lhesassegurarem um direito de passagem para cabos. Além dis-so, às vezes levava anos até que o acesso fosse aprovado eos pedidos das empresas passassem pelas burocracias e pe-las barreiras legais. Os resultados para os consumidores eramatrasos nos serviços, provedores limitados e preços mais al-tos quando o excesso de taxas era repassado para eles.

Por exemplo, apesar de terem dito que a Global Crossingprecisaria apenas de uma permissão rotineira para que elaterminasse o seu cabo de fibra óptica transpacífico ao lon-go das últimas 60 milhas até Seattle, o órgão federal Admi-nistração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA) entãoexigiu US$ 5 milhões da empresa como taxa para colocar ocabo dentro de um santuário marinho federal. As taxas depermissão incluíam US$ 3,9 milhões para monitorar os efei-tos do cabo sobre as estrelas-do-mar, as esponjas e outroselementos da vida marinha do santuário durante dez anos eUS$ 500.000 para financiar uma exposição do centro de vi-sitantes sobre o fundo do mar. A NOAA cobrou uma taxade servidão separada de US$ 7,2 milhões pelo valor de mer-cado da servidão da propriedade do oceano.

Outros participantes das telecomunicações, como os pro-vedores de telefone, reclamam que os sistemas de cabo re-cebem concessões exclusivas enquanto eles precisam con-correr uns com os outros (e com os sistemas de cabo). Asagências governamentais são autorizadas por lei a buscarapenas uma “compensação justa e razoável” para direitosde passagem, o que as agências acreditam que signifique oequivalente de aluguéis de mercado, enquanto as empresasacreditam que elas não deveriam precisar pagar mais do queo impacto do trabalho delas. “Se retalharmos a rua, acredi-tamos que precisaremos restaurá-la, mas quando vemos ta-xas baseadas nas minhas receitas operacionais brutas, tenhodificuldade de relacionar isso com os custos da cidade”, dizRick Wolfe, da Williams Communications.

Eis alguns exemplos das barreiras que as empresas detelecomunicações enfrentam:

Manter-se conectado é fundamental para os negócios, mas asempresas de telecomunicações costumam se deparar com altastaxas governamentais para poderem prestar os seus serviços.

Estabelecendo o contexto

Empresas de telecomunicações enfrentam pressões externas

Taxas elevadas. Pelo direito de instalar fios em WhitePlains, New York, para prover serviços de dados rá-pidos para empresas, pediu-se que a AT&T pagas-se 5% não apenas da receita do serviço telefônicolocal, mas também da renda dos serviços de longadistância, de rádio e de cabo da cidade. Eugene,Oregon, cobra 9% da receita da telefonia básica.

Pedidos de serviço gratuito. Quando a Williams quisinstalar 10 milhas de cabos ao longo das estradasde Maryland, a secretaria dos transportes estadualexigiu que ela fornecesse cabos de fibra óptica gra-tuitos para monitorar a temperatura das estradasestaduais e ligar computadores para que os cida-dãos pudessem solicitar carteiras de habilitação es-taduais on line, além de US$ 780.000 por ano emtaxas de direitos de passagem.

Burocracia. Quando a Qwest instalou menos de umamilha de fios para serviços de banda larga para oseu único cliente, Berkeley, Califórnia, a cidade exi-giu um volume excessivo de informações, como pla-nos de negócios, taxas de aplicação e mapas sub-

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“Prefiro ser esta metamorfose ambulanteDo que ter aquela velha opinião formada sobre tudo...”

1(Raul Seixas)

Cada vez mais, é considerada a questão da sustentabilidade nos negócios advinda da preocupação da sociedade com modelos de produção que resultem em produtos compe-titivos em termos de preço, mas também que tenham qualidade, sanidade, preservem o meio ambiente e promovam o ganho social. Este capítulo inicial tem como objetivo justa-mente explicar o conceito por trás do desenvolvimento do método de projetos integrados de negócios sustentáveis, que busca responder sobre alguns desses complexos anseios da sociedade.

Neste livro é mostrada a importância de uma orientação para mercado de um projeto em agronegócio, que tradicionalmente corre o risco de ser mais orientado para produção. Essa orientação fica a cargo de uma empresa coordenadora que é chamada aqui de em-presa âncora. Depois, são sugeridas quatro dimensões fundamentais.

A primeira tem a ver com a viabilidade técnica, econômico-financeira; a segunda tem a ver com a viabilidade organizacional, ou seja, a capacidade dos envolvidos de realizarem contratos de forma eficiente; já a terceira tem relação com a competitividade da rede de negócios existente e, finalmente, a quarta destaca as características de sustentabilidade presentes no projeto.

O capítulo também traz casos emblemáticos que refletem experiências reais desses modelos em diferentes regiões do Brasil e seus desafios a serem superados. O entendimento deste capítulo é essencial para o melhor aproveitamento dos demais capítulos do livro.

Objetivos do capítulo

O que o leitor deverá aprender neste capítulo:

Entender a importância do conceito de Projeto Integrado de Negócios Sustentáveis.•

1 Artigo publicado no XXXII Encontro da ANPAD, 6 a 10 de setembro de 2008, Rio de Janeiro, RJ. O método PINS também foi publicado em periódicos, revistas e livros na Argentina, Venezuela, Estados Unidos e Canadá.

1Projeto Integrado de Negócios Sustentáveis: o Conceito1

Marcos Fava Neves, Luciano Thomé e Castro

5917.indb 1 10/5/2010 14:15:17

Inserindo Pequenos Produtores de Maneira Sustentávelem Modernas Cadeias Produtivas

Marcos Fava NevesLuciano Thomé e Castro

Organizadores

AGRICULTURA INTEGRADA

Autores

SÃO PAULOEDITORA ATLAS S.A. – 2010

Marcos Fava NevesLuciano Thomé e CastroRoberto Fava ScareEduardo Eugênio SpersFrederico Fonseca LopesRicardo Messias RossiMarco Antonio ConejeroVinícius Gustavo TrombinJosé Carlos de Lima Júnior

Carla C. Martoni Pereira GomesMairun Junqueira Alves PintoGabriela Fernandes BegiatoJéssica Paezani SanchesLucas Sciencia do PradoMarina Darahem MafudVinícius Mazza da SilvaLetícia Serra TavaresBeatriz Beltreschi

Prefácios

Luiz Carlos Everton de FariasOrlando Cezar da Costa Castro

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Formato Serviços de Editoração

Eliseu Martinsda Faculdade de Economia, Administração eContabilidade da Universidade de São Paulo

O Uso da Contabilidade de Custos como Instrumento Gerencial de Planejamento e Controle

Sua Utilização para Fins Fiscais e Societários

As Diferenças entre os Métodos de Custeio:Custeio por Absorção

Custeio VariávelRKW

ABC (Custeio Baseado em Atividades)

SÃO PAULOEDITORA ATLAS S.A. – 2010

De acordo com os Pronunciamentos Técnicos do CPCe com as Leis nos 11.638/07 e 11.941/09

10a Edição

Contabilidade de Custos

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Parte I

Introdução àContabilidade de Custos

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Formato Serviços de Editoração

1A Contabilidade de Custos, a Contabilidade Financeira e a

Contabilidade Gerencial

Sentimo-nos muitas vezes confundidos com as expressões Contabilidade Finan-ceira, Contabilidade de Custos e Contabilidade Gerencial. São sinônimas? Representam disciplinas distintas? São apenas enfoques diferentes dados à Contabilidade?

Essas e outras dúvidas são comumente dirimidas por meio de uma ligeira análise histórica; esta, ao explicar cronologicamente o aparecimento de cada expressão e a razão de seu uso, acaba por dar-nos uma visão mais ampla dos conceitos em questão. Por isso, e para podermos também saber o porquê de muitos dos princípios utilizados na Contabilidade de Custos, faremos um breve retrospecto histórico.

1.1 DA CONTABILIDADE FINANCEIRA À DE CUSTOS

Até a Revolução Industrial (século XVIII), quase só existia a Contabilidade Fi-nanceira (ou Geral), que, desenvolvida na Era Mercantilista, estava bem estruturada para servir as empresas comerciais.

Para a apuração do resultado de cada período, bem como para o levantamento do balanço em seu final, bastava o levantamento dos estoques em termos físicos, já que sua medida em valores monetários era extremamente simples: o Contador verificava o montante pago por item estocado, e dessa maneira valorava as mercadorias. Fazendo o cálculo basicamente por diferença, computando o quanto possuía de estoques ini-ciais, adicionando as compras do período e comparando com o que ainda restava, apurava o valor de aquisição das mercadorias vendidas, na clássica disposição:

Estoques Iniciais(+) Compras(–) Estoques Finais(=) Custo das Mercadorias Vendidas

Confrontando esse montante com as receitas líquidas obtidas na venda desses bens, chegava-se ao lucro bruto, do qual bastava deduzir as despesas necessárias à manutenção da entidade durante o período, à venda dos bens e ao financiamento de suas atividades. Daí o aparecimento da também clássica Demonstração de Resultados da empresa comercial:

5940.indb 19 18/5/2010 12:11:01

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Marcelo Cavalcanti Almeida

Interpretações dos artigos contábeis da Lei no 6.404/76, com as modificações introduzidas pela Lei no 11.638/07 e pela Lei no 11.941/09, e de acordo com ospronunciamentos do CPC

Inclui casos programados para estudo e respectivas soluções

Contempla instrumentos financeiros, intangíveis, fluxos de caixa, valores adicionados, combinação de negócios, participações societárias, consolidação, incorporação, fusão, cisão etc.

SÃO PAULOEDITORA ATLAS S.A. – 2010

Manual Prático deInterpretação Contábilda Lei Societária

5959.indb iii 10/06/2010 18:37:49

sumário

Prefácio, ix

1 Exercício Social, 1

Exercícios, 2

2 Disposições Gerais, 3

2.1 Demonstrações financeiras exigidas, 3

2.2 Demonstrações financeiras comparativas, 4

2.3 Contas semelhantes e contas de pequenos saldos, 4

2.4 Destinação dos lucros, 5

2.5 Notas explicativas, 6

2.6 Opção de elaboração da demonstração dos fluxos de caixa, 8

2.7 Destinação dos lucros – possibilidade de a CVM regulamentar de forma diversa, 8

Exercícios, 9

3 Escrituração, 10

3.1 Mudanças contábeis, 10

3.2 Exigências da legislação tributária ou de legislação especial, 11

3.3 Obrigatoriedade das companhias abertas seguirem normas expedidas pela CVM e de auditoria, 12

3.4 Assinatura das demonstrações financeiras, 12

3.5 Normas emitidas pela CVM de acordo com os padrões internacionais, 13

3.6 Opção das companhias fechadas por seguir normas da CVM, 13

Exercícios, 13

4 Balanço Patrimonial – Grupos de Contas, 15

Exercícios, 17

5 Balanço Patrimonial – Ativo – Classificações das Contas, 18

5.1 Ativo circulante e realizável a longo prazo, 18

5.2 Investimentos, 20

5.3 Imobilizado, 21

5.4 Intangível, 21

5.5 Ciclo operacional, 22

Exercícios, 22

6 Balanço Patrimonial – Passivo – Classificações das Contas, 25

Exercícios, 26

7 Balanço Patrimonial – Patrimônio Líquido, 28

7.1 Capital social, 28

7.2 Reservas de capital, 29

7.2.1 Ágio na colocação de ações, 29

Sumário

5959.indb v 10/06/2010 18:37:49

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portfólio

Formato Serviços de Editoração

33.1 Mudanças contábeis

Norma da lei societária:

“Art. 177. A escrituração da companhia será mantida em registros permanentes, com obe-diência aos preceitos da legislação comercial e desta Lei e aos princípios de contabilidade geralmente aceitos, devendo observar méto-dos ou critérios contábeis uniformes no tem-po e registrar as mutações patrimoniais se-gundo o regime de competência.

§ 1o As demonstrações financeiras do exercí-cio em que houver modificação de métodos ou critérios contábeis, de efeitos relevantes, deverão indicá-la em nota e ressaltar esses efeitos.”

As mudanças contábeis são relacionadas com al-terações de estimativas contábeis (por exemplo, mu-dança na vida útil de bens do ativo imobilizado para

fins de depreciação) e com alterações de princípios contábeis (por exemplo, mudança na metodologia de valorização dos estoques, ou seja, do método do cus-to médio para o método do primeiro a entrar é o pri-meiro a sair).

Esse parágrafo do art. 177 requer que os efeitos dessas mudanças sejam divulgados em notas expli-cativas às demonstrações financeiras. Os efeitos das mudanças de estimativas contábeis são contabiliza-dos de forma prospectiva. Os efeitos de mudanças de princípios contábeis são contabilizados de forma retrospectiva.

O registro dos efeitos de forma retrospectiva re-quer que as demonstrações financeiras do exercício social anterior, apresentadas para fins de compara-ção, sejam refeitas extracontabilmente, de maneira que o novo princípio contábil seja aplicado em ambos os exercícios, possibilitando, dessa maneira, a com-parabilidade dos números das demonstrações finan-ceiras.

Esse assunto foi regulamentado através do pro-nunciamento técnico CPC 23.

3

Escrituração

5959.indb 10 10/06/2010 18:37:50

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portfólio

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1Direito Constitucional

1 Constitucionalismo

A origem formal do constitucionalismo está ligada às Constituições escritas e rígidas dos Estados Unidos da América, em 1787, após a Independência das 13 Colônias, e da França, em 1791, a partir da Revolução Francesa, apresentando dois traços marcantes: organização do Estado e limitação do poder estatal, por meio da previsão de direitos e ga-rantias fundamentais. Como ressaltado por Jorge Miranda, porém, “o Direito Constitu- cional norte-americano não começa apenas nesse ano. Sem esquecer os textos da época colonial (antes de mais, as Fundamental orders of Connecticut de 1639), integram-no, desde logo, no nível de princípios e valores ou de símbolos a Declaração de Independência, a Declaração de Virgínia e outras Declarações de Direitos dos primeiros Estados”.1

O Direito Constitucional é um ramo do Direito Público, destacado por ser fundamen-tal à organização e funcionamento do Estado, à articulação dos elementos primários do mesmo e ao estabelecimento das bases da estrutura política.

Tem, pois, por objeto a constituição política do Estado, no sentido amplo de estabelecer sua estrutura, a organização de suas instituições e órgãos, o modo de aquisição e limitação do poder, através, inclusive, da previsão de diversos direitos e garantias fundamentais.

Jorge Miranda define o Direito Constitucional como

“a parcela da ordem jurídica que rege o próprio Estado, enquanto comunidade e enquanto poder. É o conjunto de normas (disposições e princípios) que recordam o contexto jurídico correspondente à comunidade política como um todo e aí si- tuam os indivíduos e os grupos uns em face dos outros e frente ao Estado-poder e que, ao mesmo tempo, definem a titularidade do poder, os modos de formação e manifestação da vontade política, os órgãos de que esta carece e os actos em que se concretiza”.2

1 MIRANDA, Jorge. Manual de direito constitucional. 4. ed. Coimbra: Coimbra Editora, 1990. t. 1. p. 138.2 MIRANDA, Jorge. Op. cit. p. 13-14.

2a Prova

5975.indb 1 20/5/2010 19:33:08

2a Prova 2a Prova

SÃO PAULOEDITORA ATLAS S.A. – 2010

Alexandre de Moraes

DIREITOCONSTITUCIONAL

26a ediçãoRevista e atualizada até a EC no 64/10 e Súmula Vinculante 31

Inclui as Leis nos 12.016/09 (Mandado de Segurança Individual e Coletivo) e 12.063/09 (ADI Omissão)

5975.indb 3 20/5/2010 19:33:01

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SÃO PAULOEDITORA ATLAS S.A. – 2010

Amaury José RezendeCarlos Alberto PereiraRoberta Carvalho de Alencar

Entendendo a Lógica dos Tributose seus Reflexos sobre os Resultados das Empresas

Contabilidade Tributária

5983.indb iii 19/07/2010 11:47:58

“Dominava Salomão sobre todos os reinos desde o Eufrates até à terra dos fi-listeus e até à fronteira do Egito; os quais pagavam tributo e serviram a Sa-lomão todos os dias da sua vida.”

Bíblia. I Livro dos Reis, 4-21

“Ele foi Quem vos criou pomares [...] Comei de seus frutos, quando frutifica-rem, e pagai seu tributo, no dia da colheita, e não vos excedais, porque Deus não ama os perdulários.”

Alcorão. AL AN’AM 141

O objetivo deste capítulo é conceituar tributo, apresentando algumas de suas classificações, bem como destacando elementos importantes na caracterização de um tributo em particular. Compreendendo a estrutura teórica que permeia a definição de tributos, fica mais fácil compreender a lógica de funcionamento de cada um deles, o que será objeto da próxima parte do livro.

3.1 Conceito de tributo

Até este ponto do livro, usamos a palavra tributo sem preocupação com a conceituação. O leitor já deparou com as expressões imposto e taxa, utilizadas

3

O Que é Tributo?

5983.indb 45 19/07/2010 11:48:01

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O Que é Tributo? 51

incidência, a lei também deve descrever o momento em que se considera que a hipótese de incidência ocorre.

Hipótese de incidência

Fato Gerador Base de Cálculo e Alíquota

Disponibilidade econômica ou jurídica de renda ou proventos de qualquer natureza

Salário mensal

Imposto retido do salário

Cálculo do Imposto

Figura 3.1 Como nasce o imposto – IR pessoa física.

Continuando com o exemplo do imposto de renda, já sabemos que alguém que adquirir econômica ou juridicamente renda ou proventos de qualquer natu-reza deve pagar imposto de renda. Mas em que momento se pode considerar que isso ocorreu? Suponha um empregado assalariado que recebe um adiantamento quinzenal e o restante do salário ao final do mês. Quando ocorre o fato gerador? A cada vez que ele recebe dinheiro, ou só no final do mês? E por que não no final do ano? A lei precisa estabelecer qual é o momento em que considera que ocor-reu tal fato.

Assim, alguns fatos geradores concretizam-se num único ato, como é o caso do imposto devido na transmissão de bens intervivos, outros são concretizados em vários atos, mas apurados num período específico, como é o caso das contri-buições sociais incidentes sobre o faturamento das empresas, e outros persistem ao longo do tempo, sem prazo para conclusão, como é o caso do imposto sobre a propriedade de veículos automotores.

5983.indb 51 19/07/2010 11:48:01

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SÃO PAULOEDITORA ATLAS S.A. – 2010

Tecnologia da Informação Aplicada a Sistemas de Informação Empresariais

Denis Alcides RezendeAline França de Abreu

O Papel Estratégico da Informaçãoe dos Sistemas de Informaçãonas Empresas

7a Edição Revisada e Ampliada

5993.indb iii 18/06/2010 09:22:51

Sistema Empresa

1

1.1 TEORIA GERAL DE SISTEMAS

Antes de discutir sobre empresa, sistemas e Tecnologia da Informação, é preciso entender a Teoria Geral de Sistemas, suas premissas e seus pressupostos.

1.1.1 Introdução e pressupostos

Desde 1950, a Teoria Geral de Sistemas (TGS) começou a ser estudada como teoria pelo biólogo alemão Ludwig von Bertalanffy, abordando as questões cien-tíficas e empíricas ou pragmáticas dos sistemas. O foco de seus esforços estava na produção de conceitos que permitam criar condições de aplicações na realidade empírica e pragmática, sob a óptica das questões científicas dos sistemas.

Os pressupostos básicos da Teoria Geral de Sistemas (CHIAVENATO, 1993) são:

existe uma nítida tendência para a integração nas várias ciências naturais e sociais;

essa integração parece orientar-se rumo a uma teoria dos sistemas;

essa teoria de sistemas pode ser uma maneira mais abrangente de estudar os campos não físicos do conhecimento científico, especialmente as ciências sociais;

5993.indb 3 18/06/2010 09:22:52

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SÃO PAULOEDITORA ATLAS S.A. – 2010

Márcio Luiz BorinelliRenê Coppe Pimentel

De acordo com:

Pronunciamentos do CPCAlterações da Lei n o 11.941/09Alterações da Lei no 11.638/07

Inclui:

Testes de Concursos eProcessos Seletivos

Curso de Contabilidadepara Gestores, Analistase outros Profissionais

00 iniciais.indd iii 13/07/2010 15:22:00

M uito se diz que a Contabilidade é a linguagem dos negócios. Há também os que afirmam que a Contabilidade é uma ciência... ou seria uma técnica? Para

muitas organizações empresariais, no entanto, a Contabilidade é entendida, mera-mente, como mais um departamento dentro de sua estrutura empresarial. Quando perguntado a um profissional que não é da área contábil o que é Contabilidade, que resposta se deveria obter? Acredita-se que são diferentes os enfoques pelos quais se pode conceituar e definir a expressão Contabilidade. Em razão disso, cada enfoque sugere objetivos e responsabilidades diferentes para a Contabilidade. Mas, afinal, o que é Contabilidade?

Objetivos do capítulo

Após o estudo deste capítulo, o leitor deverá estar apto a:

Definir Contabilidade, sob diferentes perspectivas.

Discorrer sobre os objetivos da Contabilidade.

Entender quais são as responsabilidades da Contabilidade.

1Contabilidade: Definição, Objetivos e Responsabilidades

6003.indb 3 06/07/2010 15:26:36

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SÃO PAULO

EDITORA ATLAS S.A. – 2005

Administração de produção

e de operações

Manufatura e serviços:

uma abordagem estratégica

Henrique L. Corrêa

Carlos A. Corrêa

Edição Compacta

1

Introdução e Evolução Histórica da

Gestão de Produção e Operações

Boxe 1.1 Aeroporto de Congonhas, São Paulo

O Aeroporto de Congonhas, convenientemente localizado numa região cen-tral de São Paulo, é hoje o maior aeroporto do Brasil em número anual de passagei-ros.

Atualmente, esse aeroporto está operando com nove empresas aéreas regula-res, levando e trazendo, aproximadamente, 32 mil passageiros por dia, viajando por90 localidades, espalhadas em todo o Brasil.

Possui uma rede comercial com lojas distribuídas entre as alas norte e sul eo saguão central, oferecendo aos usuários uma série de serviços que incluem lan-chonete, engraxataria, cabeleireiro, joalheiro, livraria, banco, posto telefônico,drogaria, câmbio, caixas eletrônicos, locadoras de veículos, perfumaria e tabaca-ria.

Figura 1.1 Saguão do Aeroporto de Congonhas.

Page 32: Portfolio 2

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Introdução e Evolução Histórica da Gestão de Produção e Operações 19

� tratar a gestão de operações reconhecendo que ela pertence a uma redede operações que deve interagir para que o grande sistema que aten-de ao cliente usuário final do “pacote de valor” gerado seja bem aten-dido, pois é ele quem, mais do que nunca, detém o poder de favorecercom sua preferência à rede de operações mais competente.

Quadro geral de referência para gestão estratégica de produção e operações

Figura 1.8 Quadro de referência completo para “gestão estratégica de operações”, queé o guia para o restante do livro.

Gestão Estratégicade Operações

Restrições eoportunidades

O que épriorizado pelos

Negócio

Ambiente

Mercadosvisados

VisãoNegócio

VisãoAprendizado

VisãoMercado

VisãoAmbiente

Resultados• Estratégia de operações• Redes de operações• Pacotes de valor• Medidas de desempenho• Qualidade total• Ética, sustentabilidade e

segurança• Produtos e processos• Instalações• Planejamento e controle

de operações• Controle estatístico do

processo e confiabilidade

Recursos e competências Desempenhooperacional

• Qualidade

• Custos

• Flexibilidade

• Velocidade

• Confiabilidade

Estratégia

Desempenhooperacional dos

Concorrentes

Benchmarking

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SÃO PAULOEDITORA ATLAS S.A. – 2008

Antônio André Cunha Callado(Organizador)

Agronegócio

Colaboradores

Aldo Leonardo Cunha CalladoAna Paula Amazonas SoaresCélia Vicente de OliveiraCharles Ulises de Montreuil CarmonaFernando Gomes de Paiva JuniorHorst Dieter MöllerIsrael de Oliveira BarrosJacques Alberto RibemboimJosé de Lima AlbuquerqueRodolfo Araújo de Moraes FilhoRomilson Marques CabralTânia Nobre Gonçalves Ferreira Amorim

2a Edição

Agronegócio.indb iii 3/3/2008 11:10:53

1.1 O Agronegócio como um sistema

Desde que as relações entre os setores de uma organização, ou mesmo as relações entre duas ou mais organizações têm sido investigadas através de uma perspectiva que busque a compreensão das diversas vantagens e restrições possí-veis decorrentes dessas interações, o conceito de sistema tem sido aplicado para ilustrar interdependências entre partes para compor um todo mais amplo.

O ambiente econômico e social no qual o agronegócio está inserido tem se tornado cada vez mais complexo e diversificado. O que anteriormente era enten-dido como uma exploração econômica de propriedades rurais isoladas é parte de um amplo espectro de inter-relações e interdependências produtivas, tecnológicas e mercadológicas.

Para Stoner e Freeman (1999), uma abordagem sistêmica permite que os gestores, bem como os demais profissionais envolvidos em qualquer modalidade de empreendimento, vejam uma organização como um todo e como parte de um sistema maior, que é o seu ambiente externo. Para Megginson, Mosley e Pietry Jr. (1998), sistema é a reunião ou combinação de elementos, ou partes, formando um todo complexo e uno.

Com a globalização e integração dos mercados, o conceito de sistemas tem permitido a interpretação e concepção de arranjos institucionais voltados para atividades econômicas que atentam tanto ao mercado doméstico quanto ao mer-cado internacional.

1

Sistemas agroindustriais

Antônio André Cunha CalladoAldo Leonardo Cunha Callado

Agronegócio.indb 1 3/3/2008 11:10:54

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SÃO PAULOEDITORA ATLAS S.A. – 2006

Alberto Luiz AlbertinRosa Maria de Moura Albertin(Organizadores)

Aspectos eContribuições do Uso de Tecnologia de Informação

Alberto Luiz AlbertinAntonio Carlos Gastaud MaçadaDan RemenyiEduardo Santos GalasFábia JuliaszFabio FariaFauzi de Moraes ShubeitaFernando de Souza MeirellesFrank BannisterJair Antonio FagundesJairo Bonapaz FeltenJoão Luiz BeckerLuis Felipe FeldensMacedonio AlanisNorberto A. TorresPaul D. R. GriffithsRosa Maria de Moura AlbertinVera Maria Rodrigues Ponte

1 Introdução

As organizações têm procurado um uso cada vez mais intenso e amplo de Tecnologias de Informação e Comunicação, como uma poderosa ferramenta empresarial que altera as bases da competitividade e estratégias empresariais (ALBERTIN e ALBERTIN, 2005; ALBERTIN, 2006).

O ambiente empresarial, tanto em nível mundial como nacional, tem passado por inúmeras mudanças nos últimos anos, as quais têm sido consideradas dire-tamente relacionadas com as Tecnologias de Informação (TI). Um dos aspectos mais importantes deste novo contexto é o surgimento do ambiente digital, que passou a permitir, de fato, a realização de Negócios na Era Digital e de Comércio Eletrônico.

O uso de TI é uma realidade nos diversos setores da economia. A assimilação e utilização desta tecnologia tornam-se parte da estratégia das organizações. O conhecimento dos vários aspectos e contribuições, bem como da sua utilização atual, potencial e tendências é importante para o aproveitamento bem-sucedido das oportunidades do ambiente de Negócios na Era Digital.

Este capítulo analisa os aspectos e as contribuições do uso de TI, em especial Comércio Eletrônico, no mercado brasileiro, utilizando a Estrutura de Análise de Comércio Eletrônico e as principais conclusões da Pesquisa FGV-EAESP de Comércio Eletrônico no Mercado Brasileiro (ALBERTIN, 2006) e dos projetos de pesquisa de Albertin (2002 e 2000), A Realidade dos Negócios na Era Digital no Mercado Brasileiro, em 2002, e Comércio Eletrônico: Situação Atual e Tendências, em 2000, realizados com o apoio do Núcleo de Pesquisa e Publicações (NPP), da Escola de Administração de Empresas de São Paulo (EAESP), da Fundação Getulio Vargas (FGV).

Esta análise permite entender o relacionamento entre os aspectos e as con-tribuições. Tão importante quanto entender este relacionamento, esta análise

1Aspectos e Contribuições do Uso de Tecnologia de InformaçãoRosa Maria de Moura Albertin e Alberto Luiz Albertin

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Código CivilInterpretado

Sílvio de Salvo Venosa

SÃO PAULO

EDITORA ATLAS S.A. – 2010

Cláudia Rodrigues é coautora nos comentários aos artigos 966 a 1.195

Código Ciivil Interpretado.indb iii 4/12/2009 07:06:27

art. 1o • Código Civil – Venosa 1

CAPÍTULO IDa Personalidade e da Capacidade

Art. 1o

Art. 1o Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.

Código Civil de 1916

Art. 2o Todo homem é capaz de direitos e obrigações na ordem civil.

O Direito regula e ordena a sociedade. Não exis-te sociedade sem Direito, assim como não existe Di-reito sem sociedade. A sociedade é constituída de pessoas. Os animais e as coisas podem ser objeto de Direito, mas nunca serão sujeitos de Direito, atri-buto exclusivo da pessoa. Toda pessoa estará sem-pre participando das relações jurídicas, de direitos e deveres.

O estudo do Direito deve começar pelo conheci-mento e compreensão das pessoas, os sujeitos de di-reito, porque são elas que se relacionam dentro da sociedade. Portanto, em qualquer instituto jurídico que se estude, em qualquer situação jurídica, deve-se partir de um ponto fundamental, questionando-se: qual é a relação jurídica existente? Quem faz par-te dessa relação jurídica? Quais são os sujeitos de direito dessa relação? O ser humano, a pessoa, é a destinação de todas as coisas no campo do Direito.

A palavra persona no latim significa máscara de teatro, ou, em sentido figurado, o próprio papel

atribuído a um ator, isso porque na Antiguidade os atores adaptavam uma máscara ao rosto, com um dispositivo especial que permitia emitir a voz. Pela evolução de sentido, o termo pessoa passou a re-presentar o próprio sujeito de direito nas relações jurídicas, como se todos nós fôssemos atores a re-presentar um papel na sociedade.

O fato é que em nosso conhecimento vulgar de-signamos pessoa a todo ser humano. No sentido ju-rídico, pessoa é o ente suscetível de direitos e obri-gações. No direito moderno, consideram-se pessoas tanto o homem, isoladamente, como as entidades personificadas, isto é, certos grupos sociais que se denominam pessoas jurídicas; os romanos levaram muito tempo para conceber tais pessoas como enti-dades diversas de seus componentes, isto é, as pes-soas humanas que no campo jurídico hoje denomi-namos pessoas físicas ou pessoas naturais.

Os romanos não possuíam termo específico para designar os sujeitos de direito, pois persona é usa-do nos textos com a significação de ser humano em geral, aplicando-se também aos escravos que não eram sujeitos da relação jurídica; eram considera-dos coisas (res).

Portanto, a personalidade, conjunto de atributos jurídicos ou aptidões, no Direito Romano e em to-das as civilizações antigas, não era atributo de todo ser humano. A personalidade era considerada pri-vilégio que exigia certas condições.

Parte Geral

LIVRO IDAS PESSOAS

TÍTULO IDAS PESSOAS NATURAIS

Código Ciivil Interpretado.indb 1 4/12/2009 07:06:32

Page 36: Portfolio 2

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Código de Defesa do Consumidor

LEI No 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990

Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICAFaço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Título IDOS DIREITOS DO CONSUMIDOR

Capítulo IDISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1o O presente Código estabelece normas de proteção e defesa do consumidor, de ordem pública e interesse social, nos termos dos arts. 5o, inciso XXXII, 170, inciso V, da Constituição Federal e art. 48 de suas Dispo-sições Transitórias.

O contrato deve obedecer às diretrizes normativas existentes ao tempo da sua celebração. No direito pátrio, a consagração desse postulado abriga-se no art. 5o, XXXVI, da Constituição da República, preceito legal taxativo quanto à invulnerabilidade do ato jurídico perfeito. Mesmo num cenário jurídico pautado pelo dirigismo contratual e pela relativização dos princípios tradicionais dos con-tratos, não se pode atropelar a garantia constitucional do ato jurídico perfeito e permitir que lei nova possa de qualquer forma regular pactos firmados antes da sua edição. As normas constitucionais sobrepõem-se a quaisquer outras de escalão hierárquico inferior ou a razões de conveniência social, de modo que não podem ser desrespeitadas sob pretexto de interpretação engenhada com vistas à proteção de interesses legítimos da sociedade. Nessa ordem de ideias, estando validamente concebido o contrato, ato jurídico perfeito por excelência, a lei nova não serve à

código de defesa do consumidor.indb 1 14/5/2009 16:58:55

SÃO PAULOEDITORA ATLAS S.A. – 2009

Código de Defesado Consumidor

James Eduardo Oliveira

Anotado e ComentadoDoutrina e Jurisprudência

4a Edição

código de defesa do consumidor.indb iii 14/5/2009 16:58:54

Page 37: Portfolio 2

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Desafios da Medicina do Turnaround Management

Eduardo Lemos

A medicina da recuperação

Em plena era da informação, um paciente pode ler o que a ciência tem a dizer sobre sua doença e pode chegar a saber sobre ela quase tanto quanto o médico. Mas este último nunca poderá ser suprimido. Além do conhecimento transcrito nas várias publicações e base de dados especializadas, nem todas às quais o paciente tem aces-so, o médico possui uma abrangente formação necessária à eficaz contextualização dos conceitos. Além da profundidade do conhecimento acadêmico transferido por anos de estudos e experiência da medicina aplicada – conhecimento que foi discu-tido e testado em salas de aula, pesquisas e laboratórios –, o médico é dono de um insubstituível entrelace de experiências acumuladas em situações da vida real. Cada paciente representa um caso específico que desafia uma comprovada capacidade analítica, bagagem executiva e noções multidisciplinares provenientes também da biologia, química, farmacologia, psicologia, sociologia, antropologia, física, radiologia, engenharia genética, psiquiatria etc. Portanto, a prescrição e aplicação de exames e medicamentos, operações e outras terapias nunca devem ser determinadas e auto-ministradas pelo paciente sozinho. E afora o preparo intelectual e a vivência aplica-

Introdução à Edição Brasileira

Como Recuperar uma Empresa.indb 1 27/7/2009 15:45:33

SÃO PAULOEDITORA ATLAS S.A. – 2009

Stuart SlatterDavid Lovett

Como Recuperaruma Empresa

A Gestão da Recuperação doValor e da Performance

Capítulos exclusivos à edição brasileira

Eduardo Lemos Thomas Felsberg

Organização:

www.perform.com.br

Design de capa:Denys William Bachion

Como Recuperar uma Empresa.indb iii 27/7/2009 15:45:30

Page 38: Portfolio 2

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50 Como Recuperar uma Empresa • Slatter / Lovett

Pode

r de n

egoc

iaçã

odo

s for

nece

dore

s

Ameaça de novosconcorrentes

Ameaça de produtosou serviços substitutos

Poder de negociaçãocom

compradores

SUBSTITUTOS

POTENCIAIS CONCORRENTES

FOR

NEC

EDO

RES C

LIENT

ES

CONCORRENTES DO SETOR

Rivalidade entre empresas existentes

Fonte: PORTER, Michael. Competitive strategy. New York: Free Press, 1980. p. 4. Reimpresso com per-missão.

Figura 2.5 Forças que impulsionam a concorrência no setor.

No estudo das causas de declínio, destaca-se a forma como o grau de concor-rência de preço muda com o tempo. Tipicamente, a concorrência de preço aumenta na medida em que o setor amadurece, fazendo com que os fatores-chave do sucesso sejam também mudados. Quando o ritmo de crescimento do setor começa a dimi-nuir, a concorrência de preço começa a se tornar mais importante e as margens di-minuem. Isso pode resultar em um abalo no setor e os concorrentes com estruturas de custo mais altas poderão não conseguir mais competir.

Enquanto um setor, como um todo, possa estar sujeito a concorrência de pre-ços, nem todas as empresas em tal setor terão necessariamente o mesmo destino. O sucesso de uma empresa, medido pela sua lucratividade, depende não apenas das variáveis do setor (e outras externas), sobre as quais a empresa não tem nenhum con-trole, mas também da sua estratégia e qualidade da implementação de sua estratégia.

O trabalho de Richard Rumelt indica que o caráter de uma empresa tem um peso maior na previsão do retorno sobre o capital do que a sua participação no se-tor. Portanto, não é surpreendente a existência de empresas em setores altamente competitivos, em declínio, e que no entanto apresentam altos índices de retorno. O

Como Recuperar uma Empresa.indb 50 27/7/2009 15:45:40

1 Gestão da Recuperação

O que é uma situação de recuperação?

Uma situação de recuperação não tem definição sumária e universalmente re-conhecida. Para fins deste livro, é a circunstância em que uma empresa ou unidade de negócio (doravante simplesmente “empresa”) se encontra, na qual a performance financeira demande ações corretivas de curto prazo sem as quais a empresa quebra em futuro previsível. A lucratividade de tais empresas, como indicado pelo retorno sobre o capital investido, é usualmente significativamente menor do que aquela es-perada em seu setor. Ao contrário de alguns autores, nossa definição de recuperação de empresa não se limita às empresas passando por crise de liquidez e, portanto, é mais abrangente. Uma empresa com dificuldade de caixa certamente demanda ações de recuperação mas na nossa definição é possível para uma empresa precisar da abordagem do turnaround management sem necessariamente estar em crise de caixa. Uma mais ampla definição reconhece que existem sintomas que podem levá-la à falência bem antes que uma crise de liquidez venha a se estabelecer. Tais empre-sas estão frequentemente com os negócios estancados, ativos subutilizados e gestão ineficaz. Muitas destas empresas têm sobrevivido nos anos não obstante uma ges-tão carente. Se uma empresa acuada não se submete a uma recuperação, uma crise acaba se deflagrando diante da inabilidade dos administradores de reconhecerem em tempo a exigência de se tomarem as medidas necessárias para adaptar a sua empresa ao dinâmico mercado no qual atua. Empresas estagnadas frequentemente se encontram em mercados maduros nos quais capitalizaram vantagem competitiva

Como Recuperar uma Empresa.indb 11 27/7/2009 15:45:33

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O Cliente: Chave do

Sucesso no Mercado

Parte I

Capítulo 1: Importância do Comportamento do Cliente em Administração

Capítulo 2: Três Papéis do Cliente: Usuário, Pagante, Comprador

Capítulo 3: Valores de Mercado que os Clientes Buscam

SÃO PAULO

EDITORA ATLAS S.A. – 2008

Comportamento

do Cliente

Jagdish N. Sheth

Emory University

Banwari Mittal

Northern Kentucky University

Bruce I. Newman

DePaul University

Indo Além do Comportamento

do Consumidor

Tradução

Lenita M. R. Esteves

Doutora em Tradução pela Unicamp,

Professora de Língua Inglesa e Tradução da

Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP

Revisão Técnica

Rubens da Costa Santos

Ph.D., Professor da Escola de Administração

de Empresas de São Paulo (EAESP/FGV)

Page 40: Portfolio 2

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34 O CLIENTE: CHAVE DO SUCESSO NO MERCADO

Janela para a Prática

Quando Detroit interpreta mal os clientes, de novo!

Durante a crise do petróleo da década de 1970, as fabricantes de carros dos EUA foram

surpreendidas quando os norte-americanos passaram a comprar Toyotas e Hondas aos mon-

tes, esquivando-se de seus antigos favoritos – os grandes “bebedores de gasolina” que eram

os carros fabricados nos EUA. Relutando no início, e depois numa pressa nervosa, os fabri-

cantes norte-americanos aderiram à onda do “carro pequeno”, embora atrasados em uma

década inteira.

Seria possível pensar que Detroit (cidade em que as três grandes fabricantes de carros

estão sediadas) aprendeu a lição. Até certo ponto, aprendeu mesmo – projetando carros pe-

quenos e em seguida assumindo uma nova postura voltada para a qualidade e a eficiência de

custos. A porcentagem de carros estrangeiros era de 40% em 1997, 3% a mais que nos anos

anteriores. Embora Detroit tenha tentado reconquistar um pouco de sua participação de

mercado perdida, alguns na cidade pensavam que os compradores de carros estrangeiros eram

diferentes, que eles não eram verdadeiros americanos. Todavia, as três grandes (Ford, Gene-

ral Motors e Chrysler) detinham 85% do mercado de caminhões. Por que os norte-america-

nos preferiam os produtos fabricados em seu próprio país, quando se tratava de caminhões e

furgões, mas compravam artigos importados, quando se tratava de carros? Parte da resposta

está em que os compradores de caminhões formam um grupo de consumidores diferente do

formado pelos compradores de carros. No entanto, também pode ser que os caminhões nor-

te-americanos supram suas necessidades (tanto em termos de utilidade quanto de qualida-

de), tanto quanto os caminhões importados.

Se os compradores de carros importados os compram, deve ser por um bom motivo. Em

algumas categorias, os fabricantes norte-americanos simplesmente não oferecem o carro que

esses consumidores desejam. Tome-se o segmento de carros de luxo. As mais importantes

marcas norte-americanas nesse segmento são o Cadillac e o Lincoln. Muitos consumidores

amam os Cadillacs e os Lincolns. Todavia, da mesma forma, muitos os odeiam. E isso não tem

nada a ver com o fato de esses carros serem fabricados nos EUA. Observe-se como esses car-

ros são grandes; cada um pode levar até seis passageiros. Quantos consumidores, especial-

mente os consumidores abastados que podem pagar por esses modelos luxuosos e caros, real-

mente precisam levar seis passageiros? No entanto, em vez de fabricarem carros de luxo

menores, quando muitos dos amantes dos carros de luxo preferiram os bem menores como o

Lexus, o BMW e o Mercedes, Detroit simplesmente pôs a culpa no fato de esses consumido-

res serem diferentes – eles amavam produtos importados, e ponto final!

Só agora os fabricantes norte-americanos estão acordando. A GM está oferecendo o

Cadillac Catera, um carro menor e mais esportivo fabricado atualmente na Alemanha. A

Lincoln está trabalhando em um modelo menor, mas vai precisar de pelo menos 18 meses

para colocá-lo para rodar. Por que Detroit demora tanto para atualizar-se? Porque interpreta

erroneamente os compradores de produtos importados como amantes de produtos importa-

dos, quando na realidade esses consumidores estavam apenas procurando modelos peque-

nos, mas mesmo assim luxuosos e de prestígio.

Fonte: Baseado em FLINT, Jerry. Hey, just give me a great car. Forbes, p. 65, 2 Jun. 1997.

Importância do Comportamento do Cliente

em Administração

TOM HANKS, BRINQUEDOS QUE

SE TRANSFORMAM E O INSIGHT

DO CLIENTE

No filme Quero ser Grande (Big), o ator nor-

te-americano Tom Hanks faz o papel de Josh, um

garoto de 13 anos que por acidente ganha um

corpo adulto, mas conserva a mente de uma

criança. Esse menino preso no corpo de um adul-

to continua a se comportar como criança – ino-

cente, curioso e brincalhão. Para sustentar-se, ele

consegue um emprego de digitador em uma fá-

brica de brinquedos. Certo dia, ele estava em uma

loja de brinquedos, e o presidente da empresa

para a qual ele trabalhava o notou. Intrigado pelo

fascínio daquele “rapaz” pelos brinquedos, o pre-

sidente perguntou-lhe quais eram suas opiniões

sobre alguns dos brinquedos em exibição. Im-

pressionado pelos insights que Josh lhe oferecia,

o presidente o promoveu ao cargo de Vice-presi-

dente de Desenvolvimento de Novos Produtos.

A presença de Josh no comitê de análise de

novos produtos mostrou-se muito divertida. Um

dia, o executivo de pesquisa de marketing da

empresa estava apresentando os resultados de

testes para um novo produto que parecia um ar-

ranha-céu, mas podia transformar-se em um

robô. Tom Hanks continuou a brincar com o pro-

tótipo durante toda a apresentação, exatamente

como o faria um menino de 13 anos.

“Estes testes foram conduzidos durante um

período de seis meses, com a utilização de um

formato experimental duplo-cego com oito gru-

pos demográficos superpostos. Os testes focais

demonstraram uma base sólida na faixa dos nove

aos onze anos de idade... robôs e brinquedos que

se transformam... e isso representa um quinto da

1

Após ler este capítulo, você deverá ser capaz de:

� Descrever a abrangência deste livro e explicar como ele ultrapassa o que geralmente se

estuda em livros sobre o comportamento do consumidor.

� Apresentar o conceito de “cliente” e seus três papéis.

� Explicar a importância de se estudar o comportamento do cliente.

� Discutir tanto produtos quanto serviços que os clientes dos mercados de bens de consumo

e industrial compram.

� Discutir os benefícios da adoção de uma abordagem orientada para o cliente.

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Apresentaremos neste capítulo uma síntese do processo de convergência mun-dial de normas contábeis desde a criação do International Accounting Standards Committee (IASC) e do International Accounting Standards Board (IASB), o acordo de convergência das normas internacionais de contabilidade com as normas norte-americanas emitidas pelo Financial Accounting Standards Board (FASB) e a adesão do Brasil às normas internacionais de contabilidade e a consequente criação do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC).

1.1 Evolução histórica do processo de convergência das normas internacionais de contabilidade

A globalização da economia e o desenvolvimento de grupos empresariais multinacionais foram os principais fatores para o surgimento da necessidade de criação de um padrão internacional de contabilidade que facilitasse o processo de análise de investimentos e consolidação de demonstrações de empresas localizadas em diferentes países.

Para atender essa necessidade foi desenvolvido o seguinte processo:

1972 – A criação de um comitê de pronunciamentos contábeis internacionais foi sugerida em 1972 durante o 10o Congresso Mundial dos Contadores.

1973 O comitê de pronunciamentos contábeis internacionais, chamado IASC em inglês (International Accounting Standards Committee), foi criado em 1973 pelos organismos profissionais de contabilidade de 10 países: Alemanha, Austrá-lia, Canadá, Estados Unidos da América, França, Irlanda, Japão, México, Países

1Harmonização Mundial de

Normas Contábeis

SÃO PAULOEDITORA ATLAS S.A. – 2009

José Hernandez Perez Junior

Conversão de Demonstrações Contábeis

FASBFinancial Accounting Standards Board

USGAAPUnited States Generally Accepted Accounting Principles

IASBInternational Accounting Standards Board

IFRSInternational Financial Reporting Standards

CPCComitê de Pronunciamentos Contábeis

Atualizado até 30-6-2009

7a Edição

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INSTRUÇÕES PARA LER ESTE LIVRO 1

Instruções para Ler este Livro

Não que isso seja necessário, pois este livro pode ser lido da forma tradicional, ou de qualquer outra forma, mesmo uma peculiar que vocês, por acaso, adotem. Há os que

começam pelo meio, outros fazem leitura dinâmica de partes e, ainda, há outros que a iniciam pelo final. Aqui, tudo é válido.

Essas instruções representam apenas um roteiro, quase uma sugestão, para tornar a leitura mais gratificante. A rigor, isso não faria falta. Mas, dentro do tema criatividade, a proposição preten-de ter sentido inovador, além de útil.

Porém, antes de vocês analisarem as instruções, também pode ser interessante tomar conhecimento da minha apresenta-ção, como autor. Será como quem, antes de ouvir uma palestra, recebe informações sobre a pessoa que vai falar. Ajuda a estabe-lecer uma relação melhor entre o emissor e o receptor da mensa-gem.

Portanto, com licença, apresento-me. Nasci em 1931 e até hoje (1997) não tive uma vida chamada normal: virei a mesa vá-rias vezes, poucas com bons resultados materiais. Estudei Sociolo-gia e depois Propaganda, setor em que me fixei por 30 anos, por-que havia finalmente encontrado uma atividade excitante: criar.

Então fui bem pago e ganhei aqueles prêmios que os publi-citários criam para si próprios. Onde, porém, me realizei mais foi, depois, como professor, primeiro de criação publicitária, depois de criatividade. Na extensão dessa função, organizei e dirigi du-

Capítulo Zero ou Introdução

Criatividade.indb 1 1/3/2010 13:31:23

INSTRUÇÕES PARA LER ESTE LIVRO 5

COMENTÁRIOS

Ecos do Capítulo Zero (Especulando e comentando)

Que instruções dar para ler?

Instrução para ler é algo que pode soar perfeitamente im-becil em uma apreciação “objetiva”, daquelas que não são fei-tas pelo lado esquerdo do cérebro.

Como todos, principalmente nós ociden-tais, temos um vício de cobrar objetividade de tudo, esse tipo de apreciação é constante, só não acontecendo em mesas de bar, sob a influência liberalizante do álcool, ou em cir-cunstâncias análogas.

Como nos frustramos de aproveitar as ambiguidades do mundo!

De vez em quando aparece um livro como “Histórias de Cronópios e Famas”, de Julio Cortázar, que parece ter sido escrito só com a nossa parte mais solta. Dele lembra-mos aqui as instruções para subir uma es-cada, uma brincadeira mental deliciosa. Co-meça ensinando que devemos ficar de frente para o primeiro degrau, levantar um dos pés e colocá-lo sobre ele, para em seguida transferir o peso do cor-po para esse pé, ao mesmo tempo em que colocamos o segun-do pé ao lado do primeiro ou, em caso de pressa, já no segundo degrau.

Se vocês não acharam graça dessa amostra, talvez este-jam constantemente cobrando racionalismo de tudo. Tomem cuidado! É um sinal inequívoco de que estão perdendo uma parte da vida e, sem dúvida, uma parte valiosíssima, senão a melhor. Mas não se desesperem, isso tem cura. Sempre é tempo para darmos mais espaço ao marinheiro bêbado que temos dentro de nós, em lugar de ficarmos sob o comando implacável do pastor protestante que também está conosco. O

Temos em nós um pouco da criança que fomos, alegre e descondicionada. É bom dar mais espaço a ela atenuando nossa parte adulta, compenetrada e pouco criativa.

Criatividade.indb 5 1/3/2010 13:31:23

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34 CRIATIVIDADE

lidades criativas, dentro das atribuições assumidas na vida. A pessoa evidencia esse comportamento criativo quando sua atu-ação no dia a dia já se mostra naturalmente acima da média, nesse campo. É uma pessoa que se coloca, em seu meio, de forma “interferente-relevante-inovadora”. Essa maneira de ser costuma gerar uma provocação frequente por parte dos que a cercam: “Dê uma ideia para isso, você que é uma pessoa criativa.” A partir daí, há um estímulo permanente para a pessoa exercer sua criativida-de, o que passa a acontecer de forma cada vez mais frequente. O comportamento criativo tem assim uma retroalimentação, o que pode ser chamado de feedback.

Os frutos palpáveis

As ideias criativas, na forma de puros insights ou de soluções arduamente raciocinadas, são simbolizadas nessa metáfora pelos frutos que a árvore produz, denominados fatos criativos. Nada têm a ver, na maioria dos casos, com obras-primas de grandes per-sonalidades criativas. Trata-se da manifestação prática da criativi-dade no dia a dia, geralmente responsável pelo que chamamos de inovação. São atos originais e relevantes pensados para a solução de problemas, para a descoberta de oportunidades ou caminhos novos, na vida profissional e nas atividades de todo dia. Poderia ser, por exemplo, imaginar uma forma mais fácil de chegar a uma fonte de lucro ou prazer, como uma família, que conheci, que descobriu um jeito original de usar o calor do sol para desidratar sobras de alimentos, para sua conservação.

Os fatos criativos podem ser definidos pelo que eles trazem de ganho mais rápido (e não previsto) em qualquer linha da evolução. Modificam o status quo de alguma forma, seja com uma nova receita de bolo ou com uma nova concepção arquitetônica.

Os fatos criativos distinguem-se das mani-festações criativas nas artes pelo compromisso deles com a realidade e as circunstâncias. Sim, em ambos os campos há uma ruptura, mas a criatividade artística tem um compromisso maior com a estética e a conquista de novas formas de expressão.

Os fatos criativos distinguem-se da manifestação cria-tiva nas artes pelo compromisso deles com a realidade e os resultados.

Criatividade.indb 34 1/3/2010 13:31:26

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SÃO PAULOEDITORA ATLAS S.A. – 2009

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

ALEXANDRE ASSAF NETO • FABIANO GUASTI LIMA

Curso de Administração Financeira.indb iii 17/12/2008 14:13:04

Prefácio, xv

Parte I – Fundamentos de Finanças, 1

1 Introdução às Finanças Corporativas, 2

1.1 Como evoluíram as finanças das empresas, 4

1.2 As novas responsabilidades da administração financeira, 11

1.3 A dinâmica das decisões financeiras, 11

1.4 Decisões financeiras em ambiente inflacionário, 15

1.5 A administração financeira e o objetivo da empresa, 16

1.6 Dinâmica das decisões financeiras no Brasil, 23

Resumo, 25Testes de verificação, 27Exercícios propostos, 29Links da web, 30

Sugestões de leituras, 30

Respostas dos testes de verificação, 31

2 Ambiente Financeiro Brasileiro, 32

2.1 Intermediação financeira, 34

2.2 Sistema Financeiro Nacional, 35

2.3 Valores mobiliários, 38

2.4 Ativos financeiros, 38

2.5 Mercado de ações, 40

2.6 Mercados financeiros, 43

2.7 Taxas de juros no Brasil, 45

Resumo, 49

Testes de verificação, 52

Exercícios propostos, 55

Links da web, 56

Sugestões de leituras, 57

Respostas dos testes de verificação, 57

SUMÁRIO

Curso de Administração Financeira.indb v 17/12/2008 14:13:07

Page 45: Portfolio 2

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Parte I

1 INTRODUÇÃO ÀS FINANÇAS CORPORATIVAS

2 AMBIENTE FINANCEIRO BRASILEIRO

Curso de Administração Financeira.indb S1:1 17/12/2008 14:13:16

FUNDAMENTOS DE FINANÇAS

Curso de Administração Financeira.indb xviii 17/12/2008 14:13:15

Page 46: Portfolio 2

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Objetivos do capítulo

1. Abordar toda a trajetória de evolução das finanças de empresas, direcionada

para o estudo conceitual das finanças corporativas.

2. Identificar os objetivos e as responsabilidades atuais da administração

financeira.

3. Descrever as funções da administração financeira e também compreender a

abrangência das duas grandes decisões financeiras: decisão de investimento e decisão de financiamento.

4. Compreender o impacto que o fenômeno da inflação causa nas decisões

financeiras, sua influência e aspectos marcantes.

5. Tratar a relação da administração financeira com o objetivo da empresa,

e descrever as formas de mensuração deste objetivo.

6. Abordar a dinâmica das decisões financeiras de acordo com a realidade

brasileira.

Para ser um bom administrador financeiro de uma empresa, é preciso

conhecer a fundo os fundamentos das finanças de empresas – também

chamada de corporate finance ou finanças corporativas. O que é a admi-

nistração financeira? Qual sua importância para as empresas? Como são

tomadas as decisões financeiras? Como as características da economia

brasileira podem limitar os instrumentos financeiros mais tradicionais? A

resposta a essas e a outras questões pertinentes constitui a preocupação

central deste capítulo introdutório ao estudo das finanças corporativas.

Curso de Administração Financeira.indb S1:3 17/12/2008 14:13:17

1INTRODUÇÃO ÀS FINANÇAS CORPORATIVAS

Curso de Administração Financeira.indb S1:2 17/12/2008 14:13:16

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Produtos Financeiros 111

EXEMPLOS ILUSTRATIVOS

a) Conversão de Taxa Over em Taxa Efetiva

Considere uma taxa over de 4% a.m. definida para um mês com 23 dias úteis. Calcule a corres-pondente taxa efetiva.

Solução:

23

f

0,04i 1 1 0,0311

30

3,11% a.m.

⎡ ⎤⎛ ⎞= + − =⎢ ⎥⎜ ⎟⎝ ⎠⎢ ⎥⎣ ⎦=

b) Conversão de Taxa Efetiva em Taxa Over

Converter uma taxa efetiva de 2,6% ao mês em taxa over, sabendo que no período existem 21 dias úteis.

Solução:

121Taxa (1 0,026) 1 30

0,0367 3,67% a.m.o.

over⎡ ⎤= + − ×⎢ ⎥⎣ ⎦

= =

c) Taxa Efetiva Mensal de Juros

Considere uma aplicação com taxa over de 1,87% ao mês pelo prazo de 39 dias corridos, nos quais existem 28 úteis. Calcular a taxa efetiva de juros mensal.

Solução:

Lembrando que os juros são capitalizados nos dias úteis, e que os dias úteis foram contados em mais de 30 dias corridos, deve-se ajustar o prazo para calcular a taxa efetiva, uma vez que os 28

úteis correspondem a fração de 28

0,7179487239

=

dos 39 dias corridos da aplicação financeira. Ajus-tando para 30 dias tem-se: 0,71794872 × 30 =21,53846. E assim, a correspondente taxa efetiva será:

21,53846

f

0,0187i 1 1

30

0,0135 1,35% a.m.

⎡ ⎤⎛ ⎞= + −⎢ ⎥⎜ ⎟⎝ ⎠⎢ ⎥⎣ ⎦= =

5.2.1 Taxa over anual efetiva

Como ficou demonstrado, as taxas over são descritas em termos mensais de apuração. Por de-terminação do Banco Central do Brasil – BACEN, desde o ano de 1998, tais taxas passaram a ser apu-radas em termos efetivos anuais, visando divulgar no mercado financeiro uma visão de longo prazo de suas operações.

Para isso, o Banco Central fixou 252 dias úteis para cada ano, considerando que em média existem 21 dias úteis em cada mês. As taxas apuradas no SELIC são definidas como over anual efetiva.

EXEMPLO ILUSTRATIVO – Taxa Over Efetiva Anual

O Banco Central publicou uma taxa over efe-tiva anual de 12,74% ao ano para o mês de março de 2007, que possui 22 dias úteis.

Pode-se então calcular a taxa por dia útil:

i = (1 + 0,1274)1/252 – 1 = 0,00047596= 0,047596% ao dia útil

De posse dessa taxa diária, calculam-se ainda as seguintes taxas:

• Taxa over nominal mensal, bastando multi-plicar a taxa ao dia útil por 30 dias:

i = 0,047596% × 30 dias = 1,43% a.m.o.

• Taxa over efetiva mensal, bastando capita-lizar a taxa ao dia útil pelo número de dias úteis no mês:

i = (1 + 0,00047596)22 – 1= 1,05% a.m.o.

No exemplo acima, a taxa de 12,74% é deno-minada taxa over anual efetiva, que equivale a uma taxa anual efetiva, transformada para dia útil consi-derando a presença de 252 dias úteis no ano.

Curso de Administração Financeira.indb 111 17/12/2008 14:13:39

APLICAÇÃO PRÁTICA

Cia. Vale do Rio Doce (<www.cvrd.com.br>)

Missão e Visão Corporativa

Missão

Superar desafios e barreiras, transformando recursos naturais em riqueza e promovendo desenvolvi-mento sustentável com ética e transparência para:

seus acionistas, sob a forma de retorno total superior à média de mercado dos segmentos onde • a Companhia atua;

seus clientes, pela proposta superior de confiabilidade de suprimento e de valor de uso, sustenta-• dos por inovação e desenvolvimento constantes;

seus empregados, por meio de um ambiente de trabalho ético, transparente, desafiador, de opor-• tunidades e que traga orgulho profissional para todos, com remuneração competitiva baseada na meritocracia;

seus fornecedores, pela sua visão de longo prazo e disposição de promover parcerias que visem • ganhos para ambas as partes, através do desenvolvimento e inovação contínuos e fornecimento de bens e serviços de qualidade com custo compatível;

as comunidades e países onde atua, pela ética, pelo respeito ao meio ambiente e pela responsa-• bilidade social com que age, garantindo que sua presença contribua positivamente para o Desen-volvimento Sustentável;

o Brasil, pela contribuição à economia, à geração de empregos e renda, à melhoria da qualidade • de vida da população e ao desenvolvimento regional e nacional.

A missão é um objetivo de longo prazo que deve nortear o posicionamento estratégico e a atuação institucional e operacional da empresa (2007-2010).

Visão corporativa

Considerando-se a missão da empresa e os desafios identificados, a importância da busca por excelên-cia operacional reflete-se na revisão da Visão 2010 da Companhia: ser uma empresa brasileira com atuação global, posicionada entre as três maiores empresas de mineração diversificada do mundo e, até 2010, atingir a excelência em pesquisa, desenvolvimento, implantação de projetos e operação de seus negócios.

Sempre com foco em mineração, a Vale atua em diversas partes do globo, de maneira a que a empresa possua vantagens competitivas sustentáveis com:

negócios associados de logística, com foco em soluções voltadas para a maximização do valor de • sua base de ativos;

ativos de energia, priorizando projetos de geração, preferencialmente, hidroelétrica, voltados para • o auto-consumo, de forma a garantir competitividade e acesso a energia.

Curso de Administração Financeira.indb S1:17 17/12/2008 14:13:20

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1Noções Preambulares

1 Sociedade, direito e processo

Sociedade e direito são idéias intimamente vinculadas na medida em que

aquela não existe sem este. E o direito, quando violado, exige intervenção do

Estado, que se vale do processo para restabelecer o primado da ordem jurídica.

Vivendo em sociedade, o homem se relaciona com seus semelhantes de várias

formas, em função de circunstâncias de ordem econômica, política, profissional,

intelectual etc. Assim, o operário, em sua árdua jornada de trabalho, manterá,

basicamente, relações com seus colegas de profissão, além de com seus familiares

e vizinhos. Ao que ascender profissionalmente, passará a ter vínculos com colegas

estudantes e, se realizar negócios e celebrar contratos, ver-se-á ligado a outras

pessoas, estabelecendo com elas relações diversificadas.

Já o aposentado que não continue a trabalhar provavelmente voltará seus

interesses para os membros de sua família e para os amigos, em relacionamento

mais singelo e tranqüilo. Entretanto, manterá vínculos econômicos com outras

pessoas se alugar ou vender um imóvel, se comprar um televisor ou sofrer dano

causado por obra vizinha, por exemplo.

Tem-se, pois, que, por mais que se esforce, o homem, normalmente, não

consegue desligar-se de seus semelhantes, e, quando isso ocorre, o isolamento pode

traduzir quadro patológico.

As relações que se estabelecem entre as pessoas podem ser amigáveis ou

cordiais, mas também conflituosas ou belicosas. Por exemplo, o vizinho, amigo

de tantos anos, pode tornar-se nocivo ao perturbar o sossego com ruídos excessivos

ou com edificação de obra irregular. O inquilino, que antes cumpria fielmente as

obrigações contratuais, deixa de pagar o aluguel ou danifica o imóvel. O

comerciante da esquina, que sempre primara pela lisura, passa a vender produtos

deteriorados.

SÃO PAULO

EDITORA ATLAS S.A. – 2005

CURSO DE DIREITO

PROCESSUAL CIVIL

João Batista Lopes

Parte Geral

Volume 1

Page 49: Portfolio 2

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Direito e Política:

uma Intersecção Necessária

1

1.1. Filosofia política e ciência política; 1.2. Tradição normativista jurídica e poder; 1.3.

A questão da política; 1.4. A crise da consciência política; 1.5. O momento político pós-

democrático; 1.6. A necessidade da política; 1.7. O direito e a noção de poder; 1.8. Os

juristas e o poder; 1.9. Política e poder no direito positivo brasileiro; 1.10. As transfor-

mações do cenário político na pós-modernidade e os desafios ao Estado de Direito; 1.11.

Individualismo, pós-modernidade e a despedida da política; 1.12. A política em tem-

pos de globalização: discriminação e insegurança mundial

1.1 Filosofia política e ciência política

A pergunta preliminar que se poderia propor neste campo de reflexão é

exatamente o que seja a política, à medida que, quando se pretende estabele-

cer uma rota ou um percurso pelos corredores da história do pensamento polí-

tico, o difícil é determinar quais são os pensadores políticos e quais os critérios

que permitem defini-los como pertencentes a esta categoria e não a outra. En-

tão, de princípio, este texto deve perguntar:

“Por que – em termos mais simples – alguns escritores são considera-

dos ‘políticos’ e julgados merecedores de ser inseridos nesta história, e

outros excluídos ou catalogados sob outros rótulos, como autores de teo-

rias econômicas ou mais genericamente sociais?” (Bobbio, Matteucci, Di-

cionário de política, 2001, verbete Filosofia Política, p. 493).

Desde já se encontra a primeira dificuldade: o desafio de definir o que seja

a política. Com este, vem outro desafio, a saber, o de identificar e classificar com

exatidão a dimensão teórica da filosofia política. Sem querer enveredar pelo

SÃO PAULO

EDITORA ATLAS S.A. – 2008

Curso de Filosofia

Política

Eduardo C. B. Bittar

Livre-docente e Doutor, Professor Associado do Departamento de

Filosofia e Teoria Geral do Direito da Faculdade de Direito da

Universidade de São Paulo

3a

Edição revista, aumentada e

modificada pelo Autor

Page 50: Portfolio 2

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1 Introdução

O novo Código Civil brasileiro, Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002, cujo texto foi publicado no Diário Oficial da União em 11 de janeiro de 2002, por força do art. 2.044, entrou em vigor no dia 11 de janeiro de 2003. Durante a vacatio legis muito se falou, criticando ou elogiando a novel legislação. Nos primeiros meses, era ponto pacífico que o Código só entraria em vigor no ano de 2004, prorrogando por mais um ano o período de relacionamento entre a sociedade e a nova lei.

O Projeto de Código Civil tomou o no 634, em 1975, e somente após 26 anos foi aprovado pelo Congresso Nacional, revogando a Lei no 3.071, de 1o de janeiro de 1916, antigo Código Civil, de autoria do insigne Prof. Clóvis Beviláqua.

O novo diploma é dividido em duas partes: Parte Geral e Parte Especial. Ini-cia-se a Parte Geral com o estudo das pessoas naturais – da personalidade e da capacidade (arts. 1o a 10), dos direitos da personalidade (arts. 11 a 21), da au-sência (arts. 22 a 39), subdividida em curadoria dos bens do ausente (arts. 22 a 25), sucessão provisória (arts. 26 a 36) e sucessão definitiva (arts. 37 a 39), das pessoas jurídicas (arts. 40 a 69), do domicílio dessas pessoas (arts. 70 a 78), passando para os bens (arts. 79 a 103), os fatos jurídicos, compreendendo os ne-gócios jurídicos (arts. 104 a 184), o ato jurídico lícito (art. 185), os atos ilícitos (arts. 186 a 188), o estudo da prescrição e da decadência (arts. 189 a 211) e, fi-nalmente, das provas (arts. 212 a 232); a Parte Especial é subdividida em Direito das Obrigações (arts. 233 a 965), incluindo as várias espécies dos contratos, dos

1

Da sucessão em geral

direito das sucessões.indb 1 3/3/2008 14:43:02

SÃO PAULOEDITORA ATLAS S.A. – 2008

Salomão de Araujo Cateb

Direito dasSucessões

5a Edição

direito das sucessões.indb iii 3/3/2008 14:43:00

Page 51: Portfolio 2

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Princípios e Fontes do Processo Penal

1.1 Princípios

Iniciaremos o estudo de processo penal por meio dos seus princípios informadores. Para edifi car o conhecimento acerca do processo, o candidato, nas provas e concursos de direito processual penal, precisa ter em mente quais são os alicerces do processo penal e, a partir daí, ter de forma estruturada todo o conhecimento da matéria.

Os princípios de processo penal, em sua grande parte, são encontrados em nossa Constituição Federal (CF), quer de forma cristalina, quer de forma implícita. Vejamos os princípios de maior incidência em provas e concursos.

1.1.1 Princípio da presunção de inocência

É o princípio segundo o qual “ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória”. Encontra-se consagrado na Constituição Federal (CF) de forma explícita no art. 5o, LVII. No processo penal brasileiro, até que se prove o contrário, toda pessoa é inocente. Nas provas e concursos, esse princípio pode ser encontrado com as seguintes denominações: princípio da não culpabilidade ou estado de inocência.

Ate

nçã

oPARA O EXAME DA OAB: vale lembrar que a exigência da prisão provisória, para apelar, não ofende a garantia constitucional da presunção de inocência (Súmula 9 do STJ).

1

Direito Processual Penal - OAB.indb 1 26/11/2009 13:59:26

SÃO PAULOEDITORA ATLAS S.A. – 2010

C O L E Ç Ã O E X A M E D A O R D E M

RODRIGO ARNONI SCALQUETTE

DIREITOPROCESSUAL

PENAL

7Direito Processual Penal - OAB.indb iii 26/11/2009 13:59:23

Page 52: Portfolio 2

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Page 53: Portfolio 2

portfólio

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SÃO PAULO

EDITORA ATLAS S.A. – 2009

Láudio Camargo Fabretti

Dilene Ramos Fabretti

Direito Tributário para os

Cursos de Administração

e Ciências Contábeis

7a

Edição

Revista e Atualizada com a

Lei Complementar no

118/05

1

Atividade Financeira

do Estado

1.1 CONCEITO DE ESTADO DE DIREITO

Para analisar a atividade financeira do Estado, cabe, de início, recordar o

conceito adotado pela Teoria Geral do Estado. Esta o define como a nação políti-

ca e juridicamente organizada. O Estado é formado, em síntese, por três elemen-

tos: povo (os nacionais do país), território e governo. A totalidade de habitantes,

nacionais e estrangeiros, denomina-se população. Portanto, o povo, conjunto de

cidadãos que vive em determinado território (espaço físico e geográfico), escolhen-

do ser governado por quem passará a deter o poder, forma o Estado.

O território é a base física que contém o povo e sobre ele incide o conjun-

to de leis denominado ordenamento jurídico.

A definição mais simples de poder, dada pela ciência política, é: a capaci-

dade de impor aos outros determinado tipo de comportamento.

O Estado exerce esse poder com a finalidade principal de realização do bem

comum, pela prestação de serviços e construção de obras públicas que assegurem

a estrutura básica para que a sociedade civil (povo que vive no mesmo território e

sujeito às mesmas normas jurídicas) atinja seus objetivos.

Coerção é o poder de exigir o cumprimento da lei até pela força, se for

necessário.

Do poder coercitivo do Estado, surge a distinção principal entre o Direito

Público, que é compulsório, posto que rege a supremacia do interesse coletivo sobre

o particular, visando à realização do bem comum e obrigando a todos, e o Direito

Page 54: Portfolio 2

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SÃO PAULOEDITORA ATLAS S.A. – 2010

Alberto RolloOrganizador

Atualizado com a Lei no 12.034/09

Alberto RolloJoão Fernando Lopes de CarvalhoAlberto Luis Mendonça RolloAlexandre Luis Mendonça RolloArthur Luis Mendonça Rollo

ELEIÇÕES NO DIREITO BRASILEIRO.indb iii 15/3/2010 14:02:23

1.1 Cidadão e sufrágio – 1.2 Voto universal e direto – 1.3 Voto secreto – 1.4 Voto por correspondência – 1.5 Voto obrigatório – 1.6 Data do pleito – 1.7 Coincidência de mandatos – 1.8 Governante eleito – 1.9 Pleito proporcional – 1.10 Participação de partidos novos – 1.11 Fa-lecimento do majoritário entre o primeiro e o segundo turno – 1.12 Mais idoso – 1.13 Situação do vice eleito em chapa una e indivisível – 1.14 Falecimento do candidato majoritário eleito antes de sua pos-se – 1.15 Não cômputo dos votos brancos e nulos – 1.16 Candidato mais idoso.

A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e nos termos da lei. A essência do que é de-mocracia está contida neste caput do artigo 14 da Constituição Federal, aliado ao parágrafo único do artigo 1o desse mesmo diploma, que diz ser o poder algo que emana do povo e que é exercido através de seus representantes. Para consolidar o tripé, resta a observação do princípio da alternância de poder para podermos entender o que é e como funciona a democracia. Todo o restante aparato legal e constitucional só acrescenta em termos de regras sobre como se realizarem elei-ções, quem pode ou não disputá-las, introduzindo ou retirando regras ao sabor da vontade popular que não passa, na maior parte das vezes, ou de observâncias à vontade dos dirigentes de plantão, ou de atenção à vontade da mídia, que se atribui, sem maiores razões de ordem ética ou moral, ser ela a legítima represen-tante do desejo do povo.

1 CidadaniaAlberto Rollo

ELEIÇÕES NO DIREITO BRASILEIRO.indb 1 15/3/2010 14:02:24

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SÃO PAULO

EDITORA ATLAS S.A. – 2008

EMPREENDENDO

NOVOS NEGÓCIOS

EM CORPORAÇÕES

Peter Quadros Seiffert

Estratégias, Processo

e Melhores Práticas

Inclui os casos

Votorantim Novos Negócios,

Intel Capital e Promon

2a

Edição

Prêmio Internacional conferido no Babson

College/EUA: The Thunderbird Award

outstanding paper BALAS 2004

Neste capítulo são apresentados os conceitos que servem para orientar o

debate e a construção do modelo proposto no livro. Dessa forma, são aborda-

dos os conceitos de empreendedorismo, sua base teórica, tipologias de empreen-

dedorismo corporativo, contexto, adequação ou fit estratégico, dinâmica organi-

zacional no empreendedorismo corporativo, estratégias de entrada, processos,

além das tipologias organizacionais e a moderna organização.

2.1 O empreendedorismo

Um dos marcos teóricos sobre o empreendedorismo data do século XX e foi

desenvolvido por Shumpeter, destacando a importância do empreendedor no

desenvolvimento econômico e na sobrevivência do capitalismo. Sua teoria conso-

lidou o conceito de empreendedorismo, que era definido como:

“Atitudes que estão presentes em apenas uma pequena fração da população

é que definem o tipo empreendedor e também a função empresarial. Essa função

não consiste essencialmente em inventar nada ou criar as condições para serem

exploradas por uma empresa. Consiste em fazer as coisas acontecerem”

(SCHUMPETER, 1984, p. 132).

Para este autor, o empreendedor é responsável pela destruição criativa atra-

vés da constante inovação. Esse fenômeno era considerado um antídoto para uma

sociedade capitalista burocrática, na qual novos produtos deveriam ser induzi-

dos para manter operando a dinâmica do sistema econômico.

O empreendedor tinha função social ao provocar inovação e crescimento

econômico, entendido pelo autor como desenvolvimento.

2 O contexto e a evolução

do empreendedorismo

corporativo

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SÃO PAULOEDITORA ATLAS S.A. – 2010

Execução Criminal

Sidio Rosa de Mesquita Júnior

Teoria e Prática

DoutrinaJurisprudência

Modelos

6a Edição

EXECUÇÃO CRIMINAL.indb iii 9/4/2010 12:57:03

1.1 Generalidades

A execução era estudada segundo os princípios dos Direitos Criminal, Proces-sual e Administrativo. Na realidade, conforme ensina Florian, “a execução penal é fase de grande complexidade, e nela convergem regras jurídicas de três espécies: penal, processual e administrativa”.1 Frederico Marques ensina que as regras de ordem processual predominam, sustentando que não se pode considerar a regulamentação jurídico-carcerária como segmento do Direito Administrativo.2

Não obstante a existência daqueles que negam a autonomia do Direito de Execução Criminal, o mesmo teve sua autonomia reconhecida no X Congresso Penitenciário Internacional, realizado em 1930, na cidade de Praga, ocasião em que foi denominado Direito Penitenciário. Assim, o estudo deste capítulo será rea-lizado com base na existência de ser um ramo autônomo do Direito. Entretanto, nossa perspectiva é de que o Direito constitui ciência única, sendo a autonomia meramente didática.

1 Cf. MARQUES, José Frederico. Tratado de direito penal. Campinas: Bookseller, 1997. v. 1, p. 36.2 Ibidem.

1

Fontes, Princípios e Autonomia do Direito de Execução Criminal

EXECUÇÃO CRIMINAL.indb 3 9/4/2010 12:57:05

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SÃO PAULOEDITORA ATLAS S.A. – 2007

FACTORINGNO BRASIL

Luiz Lemos Le i t e

11a EdiçãoRevista e

Ampliada

Factoring no Brasil.indb iii 3/7/2007 15:36:14

Nos primórdios da História do Ocidente, há mais de dois mil anos antes da nossa era, Hamurabi, Rei da Babilônia, fez gravar num bloco de pedra, como parte do chamado “Código de Hamurabi”, fórmulas de gestão comercial e normas que regulamentavam os procedimentos do comércio daquela época. Comércio pressupunha confiança (crédito). Naqueles primórdios da civilização, a forma de obter e transferir recursos a terceiros sur-gia como necessidade do tráfico de mercadorias e foi utilizada pelos povos antigos, cal-deus, babilônios, fenícios, etruscos, gregos e romanos, entre outros que faziam comércio no Oriente Médio e no Mediterrâneo.

À falta de uma regulamentação escrita, os regimes legais para essas transações eram os usos e costumes da época.

Os registros históricos mostram que o comércio é tão velho quanto a humanidade.

Alguns pesquisadores vão buscar no “Código de Hamurabi” as origens históricas dos bancos e de outras atividades comerciais relacionadas com o crédito, dentre as quais, localizam o factoring. Daí afirmar-se que as origens do factoring perdem-se em tempos imemoriais.

A figura do agente mercantil nasceu com a civilização para facilitar e incrementar o comércio, que era, naqueles longínquos tempos, baseado nas trocas de mercadorias – o escambo – pois não existia moeda.

A troca (venda) de mercadorias ou ativos com a finalidade de obter os recursos ne-cessários para o comerciante tocar e girar os seus negócios é tão velha quanto o comércio em si e atividades desta natureza datam daqueles tempos praticadas pelos comerciantes da Babilônia para contornar dificuldades encontradas na comercialização de suas mer-cadorias.

1

Origens Históricas do Factoring

Factoring no Brasil.indb 1 3/7/2007 15:37:02

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Pedro Podboi Adachi

Família S.A.

Gestão de Empresa Familiare Solução de Conflitos

SÃO PAULOEDITORA ATLAS S.A. – 2006

família.indb iii 30/8/2006 10:21:29

Muitos livros de Administração preferem utilizar o termo organização para ex-plicar a definição de uma empresa.

Como organização, os autores incluem não só as empresas, sejam elas indus-triais, comerciais ou prestadoras de serviços, mas também qualquer entidade, como ONGs (organizações não governamentais), fundações, associações, prefeituras, entes governamentais, sindicatos, universidades, orquestra filarmônica, igrejas, partidos políticos, clubes, associações de qualquer fim, dentre outros.

Figura 1.1 Exemplos de organizações.

1

O que é uma empresa?

família.indb 3 30/8/2006 10:21:31

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FilosofiaFilosofiaDDireitoFilosofiaFiFilosofiaFF fF

Filosofiado Direito

ALYSSON LEANDRO MASCARO

SÃO PAULOEDITORA ATLAS S.A. – 2010

00 iniciais.indd iii 12/1/2010 12:57:12

Page 60: Portfolio 2

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SÃO PAULOEDITORA ATLAS S.A. – 2009

Fundamentos de Administração

Antonio Cesar Amaru Maximiano

Manual Compacto para as Disciplinas TGA e Introdução à Administração

2a Edição

Fundamentos de Administração.indb iii 10/3/2009 15:14:19

Conceitos Básicos

Parte I

Fundamentos de Administração.indb 1 10/3/2009 15:14:20

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1

Organizações e Administração

OBJETIVOS

Ao terminar o estudo deste primeiro capítulo, você deverá estar prepara-do para:

Explicar o que são as organizações.•

Descrever o processo de administrar or-• ganizações e definir cada uma de suas funções.

Explicar o papel dos gerentes e descrever • as competências que são importantes para seu desempenho.

1 ORGANIZAÇÕES

Uma organização é um sistema de trabalho que transforma recursos em pro-dutos e serviços (Figura 1.1).

Você e todos nós vivemos dentro de organizações e cercados por elas. • A faculdade, a universidade e o centro acadêmico são organizações. A prefeitura, a padaria, o aeroporto, o shopping center e cada uma de suas lojas também. Serviços de saúde, água e energia, segurança pública, controle de poluição, alimentação, diversão, educação em todos os níveis. Praticamente tudo depende de organizações.As organizações também fornecem os meios de subsistência para muitas • pessoas. Em retribuição por seu trabalho, as pessoas recebem salários, abonos, lucros distribuídos e outras formas de remuneração. Esses ren-dimentos do trabalho e de investimentos permitem às pessoas adquirir os bens e serviços de que necessitam.

Fundamentos de Administração.indb 3 10/3/2009 15:14:20

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SUMÁRIO

Prefácio à edição brasileira xi

Introdução xvii

1 Serviços bancários e balanço patrimonial 1

2 Criação de valor para os acionistas 5

3 Os fatores determinantes do retorno sobre o patrimônio (ROE) 13

4 Gestão dos centros de receitas (lucros) 19

5 Alocação do lucro e preço de transferência para depósitos e

empréstimos 25

6 Regulamentação sobre a adequação de capital 35

7 Apreçamento de empréstimos (1): a margem sobre o

patrimônio 43

8 Apreçamento de empréstimos (2): risco de crédito e provisões

para perdas com crédito 53

9 Securitização 61

10 Criação de valor: um resumo 67

11 O controle do risco da taxa de juros (1): o descasamento de taxas

no prazo 71

12 O controle do risco da taxa de juros (2): o modelo de

simulação 81

13 Contratos a termo e contratos de futuros financeiros 87

14 O controle do risco da taxa de juros (3): o valor do patrimônio em

risco 95

15 O controle do risco de liquidez 101

16 Opções 105

17 Gerenciamento de ativos e de passivos: uma arte, não uma

ciência 111

Apêndice A: Provisão e alocação de capital – dois conceitos importantes 115

Apêndice B: Solução dos exercícios propostos 123

Apêndice C: Glossário 141

Apêndice D: A evolução da gestão de ativos & passivos 155

Bibliografia 165

Índice remissivo 167

SÃO PAULO

EDITORA ATLAS S.A. – 2005

GERENCIAMENTO DE

ATIVOS E DE PASSIVOS

UM GUIA PARA A

CRIAÇÃO DE VALOR E CONTROLE DE RISCOS

JEAN DERMINE E YOUSSEF F. BISSADA

Com a colaboração de

ETIENE MERCIER, ANTONIO CLAUDIO PAIVA E

FRANCISCO DA SILVA COELHO

O que todo banqueiro, representantes de Bancos Centrais,

auditores de bancos, consultores e advogados precisam conhecer

Page 63: Portfolio 2

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1

SERVIÇOS BANCÁRIOS E

BALANÇO PATRIMONIAL

1

INTRODUÇÃO

Objetivos

Este livro tem como propósito o estudo voltado para o gerenciamento deativos e de passivos em um banco comercial (A/LM). A/LM implica utiliza-ção de um conjunto de instrumentos que asseguram que o valor é criado paraos acionistas e que os riscos estão sendo controlados.

A pedagogia é única.À medida que o mundo dos bancos desloca sua atenção com relação à

expansão das operações registradas em demonstrações financeiras ou no ba-lanço contábil para a preocupação com taxas de retorno sobre o capital e como controle de riscos, o conhecimento sobre o gerenciamento de ativos e depassivos (A/LM) se torna uma necessidade para todos os banqueiros que res-pondem pelos centros de resultados.

Gerenciamento de Ativos e de Passivos (A/LM) foi elaborado para ban-queiros especializados na área de atendimento a corporações, tesoureiros,profissionais responsáveis pela área de varejo, especialistas em gerenciamentode ativos e de passivos e planejadores estratégicos de bancos. Funcionáriosde Bancos Centrais, auditores, consultores e advogados também apreciarão arelevância deste livro.

Apresentando inicialmente noções básicas e entrando em debates avan-çados, este livro proporciona cobertura completa sobre o gerenciamento deativos e de passivos. Uma série de lições com relação ao gerenciamentode ativos e de passivos se processa passo a passo, sem que nenhum conheci-mento prévio sobre o gerenciamento de ativos e de passivos seja necessário.

Apesar do fato de que os instrumentos podem ser apresentados sob umaforma matemática complexa, a apresentação no livro permanece intuitiva esimples devido à utilização de modernas técnicas educacionais.

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14 Gerenciamento de Ativos e de Passivos • Dermine/Bissada

Retorno sobre o patrimônio

Primeiramente, vamos apresentar o demonstrativo das receitas líquidasdo E-Bank. O demonstrativo das receitas líquidas de uma empresa mostra amudança na riqueza dos acionistas (o patrimônio) ao longo de certo períodode tempo.

Demonstrativo de Receitas Líquidas ($ milhões), 2000

Receitas Financeiras

Receitas de juros 90 Juros advindos de empréstimos e de

operações com títulos

+ taxas de serviços 30 Comissões advindas de serviços (ex.: taxa

de cartões de crédito)

– Despesas Financeiras (juros) –70 Juros pagos sobre depósitos

– Provisões para devedores –10 Provisões para perdas com empréstimos

duvidosos concedidos

– Despesas operacionais –22 Despesas não financeiras, tais como sa-

lários, manutenção de computadores etc.

Lucro antes dos impostos 18

– Impostos aplicáveis (40%) –7,2

Lucro após os impostos 10,8

O balanço patrimonial do E-Bank é similar àquele apresentado no Capí-tulo 1:

Balanço Patrimonial ($ milhões), 31 de dezembro 2000

Ativos Passivos

1.100 Dívidas = 1.000 (incluindo depósitos)

Patrimônio Líquido = 100

Como notamos no Capítulo 2, o valor das

ações será influenciado pela lucratividade (ren-

tabilidade) futura e pelo retorno sobre o

patrimônio do E-Bank. Um alto retorno sobre o

patrimônio provavelmente causará valorização

maior das ações.

Como diretor financeiro do E-Bank, você

quer entender quais são os fatores econômicos

mais importantes na determinação do retorno

sobre o patrimônio.

Para analisar o retorno sobre o patrimônio,

você precisará tanto do demonstrativo de resul-

tados quanto do balanço patrimonial do banco.

10 Gerenciamento de Ativos e de Passivos • Dermine/Bissada

mercado da ação. No caso 1, o retorno sobre o patrimônio (ROE) de10,8% excede a taxa de desconto de 5% e, desse modo, existe cria-ção de valor de $ 15,8. No caso 2, o ROE de 10,8% está abaixo dataxa de desconto de 15% e temos, então, perda de valor de –$ 9,6.

Deste modo, a regra de ouro para a criação de valor é que o ROE do E-Bank deve ser maior que a taxa de desconto (custo do capital ou patrimônio –COE3) para garantir a criação de valor.

ROE > COE = taxa livre de risco + prêmio de risco

3 COE = Cost of equity = Custo do capital ou do patrimônio.

PONTOS PRINCIPAIS

Considere um banco com um patrimônio inicial de $ 100, um ROE de 10% e um

horizonte de tempo de três anos. Calcule o valor de mercado e a criação de valor para os

casos em que os valores de mercado para desconto são de 12%, 10% e 8%.

� Valor para o acionista é criado quando o valor do mercado das ações exce-

de o valor do capital ou do patrimônio investido.

� O custo do capital ou do patrimônio (COE) é o retorno mínimo exigido pe-

los acionistas.

� Custo do Capital (COE) = taxa livre de risco dos títulos públicos + prêmio

de risco.

� Valor é criado quando o retorno sobre o capital (ROE) > custo do capital

(COE).

EXERCÍCIO CAPÍTULO 2

Fluxos de caixa (dividendos) acumulados

para os investidores

1o ano

10

2o ano

10

3o ano

110

Favor preencher as lacunas abaixo:

a) Valor de mercado a 12% = + +2 3

. . . . . . . . . . . . . . .= . . . . .

(1 + . . . . .) (1 + . . . . .) (1 + . . . . .)

Criação de Valor =. . . . . – 100 = . . . . .

b) Valor de mercado a 10% = + +2 3

. . . . . . . . . . . . . . .= . . . . .

(1 + . . . . .) (1 + . . . . .) (1 + . . . . .)

Criação de valor =. . . . . – 100 = . . . . .

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1.1 Aspectos da inovação e rotina

A estruturação das organizações pode não parecer, mas é essencial para ga-

rantir o sucesso das empresas no mercado competitivo. Muitas vezes, um resulta-

do é conseguido sem muito esforço, dependendo de como estão organizadas as

linhas de comunicação e decisão de uma empresa. Outras vezes, exige trabalhos

abundantes, trâmites burocráticos e os resultados, quando aparecem, em geral,

não são satisfatórios.

Na literatura especializada sobre negócios, é comum aparecer, sob diferentes

abordagens, as dificuldades vividas pelas empresas para conseguir melhores re-

sultados, que no fundo são problemas típicos de estruturação organizacional de

suas atividades.

Organizações modernas requerem agilidade na tomada de decisão e veloci-

dade na comunicação. Esses desafios podem ser ultrapassados, quando a organi-

zação é bem estruturada, voltada para seus princípios e seus objetivos.

1

Formas Organizacionais de Projeto

Neste capítulo, serão tratados as formas organizacionais e os ambientes no

âmbito do gerenciamento de projetos.

As interfaces no gerenciamento de projetos levam em conta as formas

organizacionais e seu entendimento certamente ajudará o gerente de proje-

tos a buscar o sucesso de seu empreendimento. Após esta unidade, o leitor

terá condições de responder às seguintes questões:

a) Quais as formas organizacionais mais comuns?

b) Como organizar o projeto?

c) Que tipos de organizações são mais aderentes ao gerenciamento de pro-

jetos?

d) Qual o conceito de escritório de projetos?

Parte

I

Um dos principais aspectos que levam o projeto ao suces-

so é, sem dúvida, o trabalho do seu gerente. Analogias em

geral ajudam a entender esta figura ímpar dentro do proje-

to; via de regra, elas são feitas com orquestras e times de fu-

tebol. É possível que estas equipes funcionem sem ele, mas

quando se tem um bom maestro ou técnico esportivo os re-

sultados são sempre melhores. Acreditando nesta premissa,

estudos (Maximiano, 1988; Rabechini Jr., 2001, entre ou-

tros) têm sido realizados sobre as competências do gerente

de projetos, enfatizando suas habilidades.

O gerente de projetos atual deve ser dotado de compe-

tências múltiplas, dominando distintamente o entendimen-

to de questões que vão além do projeto, que se referem aos

negócios e aos aspectos gerenciais. O gerente de projetos

atual, neste sentido, está inserido num mundo globalizado,

onde muitas vezes administra equipes multilocalizadas, com

problemas tecnológicos complexos e em franca evolução.

Deve estar antenado para as mudanças, características

deste início de milênio, na forma de operar e conduzir os

negócios e processos no âmbito empresarial, em conseqüên-

cia da forte competição ditada por consumidores exigentes

em preço, prazo e qualidade de produtos/serviços. Quer

pelos efeitos da globalização, quer pela abertura de merca-

do ou mesmo pela recente estabilidade econômica, o consu-

midor nacional está sendo objeto de atenção das empresas

que visam atendê-lo com singularidade. Para isso, as empre-

O Ambiente do Gerente

Page 66: Portfolio 2

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38 O Ambiente do Gerente

Trabalho Bom Obscurecido por Publicidade Ruim

Infelizmente, os tipos de problemas verificados ao longo do projeto obscure-

ceram as contribuições do programa estratégico de transporte do metrô de Los

Angeles. Como resultado, tanto os projetos individuais quanto o programa como

um todo estiveram sujeitos à crítica freqüente e ao ataque da mídia, do público e

dos governantes.

O que provocou isso? A magnitude do projeto associada a um rompimento

provocado pela construção, afetando a comunidade, fez do programa do metrô

uma “grande notícia”. Os jornalistas investigativos vendem jornais, revelando pro-

blemas, e o multibilionário programa do metrô, pago pelo contribuinte, proveu

ampla oportunidade para manchetes negativas. As agendas dos governantes nem

Tabela 1 Situação do programa de metrô ferroviário.

Linha

Azul

Linha

Verde

Linha Azul

Pasadena

Linha

Vermelha

Rota

Sétima

Estação/Metrô

Central para

Long Beach

Norwalk para

El Segundo

Estação

União para

Pasadena

Estação

União para

West Lake

Comprimento (milhas) 22 20 14 5

Estações 22 14 14 5

Data de início de operação 1990 1995 2002 1993

Situação do projeto 100% 100% 78% 100%

Situação da construção 100% 96% 2% 100%

Custo (milhões US$) $ 877 $ 718 $ 998 $ 1.450

Linha

Vermelha

Segmento 2

Linha

Vermelha

Segmento 3

– North

Hollywood

Linha

Vermelha

Segmento 3

– East Side

Linha

Vermelha

Segmento 3

– Mid City

Rota

West Lake

para Western/

Vermont para

Hollywood

Hollywood

para North

Hollywood

Estação União

para Whittier

Western para

Pico/Olympic

Comprimento (milhas) 7 6 4 2

Estações 8 3 4 2

Data de Início de operação 1998 2000 2002 TBD

Situação do projeto 98% 86% 30% 0%

Situação da construção 55% 7% 0% 0%

Custo (milhões US$) $ 1.517 $ 1.324 $ 980 $ 491

Page 67: Portfolio 2

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SÃO PAULO

EDITORA ATLAS S.A. – 2005

Gestão Estratégica

de Empresas Brasileiras

Agricola Bethlem

Casos Resolvidos

1

Conceituação

1.1 A inadequação dos princípios e teorias de administração e oplanejamento estratégico

Os estudantes brasileiros de Administração são expostos, durante os cur-sos de que participam, a vários “princípios de administração”, desenvolvidos pordiversos autores “clássicos”. Esses autores inferiram os seus princípios de suaexperiência em países como França (Fayol, 1947), Estados Unidos (Taylor, 1947,Ford, 1954, Gilbreth, 1914, Follet,1941, Emerson, 1913 etc.) e Inglaterra(Urwick, 1956). Nestes mesmos países, muitos destes princípios sofreram tan-tas críticas que acabaram perdendo a importância que se lhes atribuía; passa-ram a ser vistos até mesmo como provérbios (Simon, 1970), e como tal de vali-dade episódica. Apesar disto, em um grande número de escolas brasileiras deAdministração, continuam-se ensinando estes “princípios”. Muitas vezes elesfazem parte de algo estranho, que, recebendo o nome de Teoria Geral de Admi-nistração, não é nem teoria, nem geral, e, sem dúvida nenhuma, tem pouco ounada a ver com o que faz quem administra.

A disciplina que se convencionou chamar de Teoria Geral de Administraçãoconsiste, na verdade, numa repetição enfadonha do que os estudiosos da admi-nistração, alguns na primeira metade do século XX, outros até a década de 60,concluíram – e o fizeram a partir de metodologias falhas e com uma incrível ar-rogância, observando mal empresas que atuavam em condições tão diversas dasatuais quanto a atmosfera de Vênus é diferente da da Terra. Este tipo de estudo,que na graduação se tornou uma total perda de tempo e esforço, talvez fossejustificável na pós-graduação para aqueles que serão professores, desde que seusassem as “teorias” para mostrar que cada tentativa de contribuição teórica emgeral se explica pelo momento histórico e lugar onde surgiu, e pela posição so-

Page 68: Portfolio 2

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SÃO PAULOEDITORA ATLAS S.A. – 2009

Gestão Ambiental eResponsabilidadeSocial Corporativa

Takeshy Tachizawa

Estratégias de Negócios Focadas naRealidade Brasileira

6a Edição Revista e Ampliada

gestão ambiental - tachizawa.indb iii 25/5/2009 14:10:26

Parte IGestão Ambiental e Responsabilidade Social nas Organizações

Visão geral

1. Aspectos econômicos da gestão ambiental e da responsabilidade social

Estudo de caso: Confecção de Roupas Paulista Ltda. (CRP)

2. Tecnologias de gestão e questões ambientais e de responsabilidade social

Estudo de caso: Higiene e Limpeza Ltda.

3. Transformações empresariais, gestão ambiental e responsabilidade social

4. Responsabilidade social e ambiental nas organizações

5. Rotulagem ambiental no contexto dos negócios verdes Estudo de caso: Indústria de Papel e Celulose S.A.

Não há conflito entre lucratividade e a gestão ambiental com respon-sabilidade social; ambas podem harmonizar-se na prática.

gestão ambiental - tachizawa.indb 1 25/5/2009 14:10:27

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O movimento ambientalista cresce em escala mundial.

Um dos maiores desafios que o mundo enfrenta neste novo milênio é fazer com que as forças de mercado protejam e melhorem a qualidade do ambiente, com a ajuda de padrões baseados no desempe-nho e uso criterioso de instrumentos econômicos, num quadro harmo-nioso de regulamentação. O novo contexto econômico caracteriza-se por uma rígida postura dos clientes, voltada à expectativa de interagir com organizações que sejam éticas, com boa imagem institucional no mercado, e que atuem de forma ecologicamente responsável.

Diante de tais transformações econômicas e sociais, uma inda-gação poderia emergir. A questão ambiental e ecológica não seria mero surto de preocupações passageiro que demandaria medidas com pesado ônus para as empresas que a adotarem?

Pesquisa recente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e do Ibope mostra o contrário. Revela que 68% dos consumidores brasilei-ros estariam dispostos a pagar mais por um produto que não agredisse o meio ambiente.

Dados obtidos no dia-a-dia evidenciam que a tendência de preservação ambiental e ecológica por parte das organizações deve continuar de forma permanente e definitiva; os resultados econômicos passam a depender cada vez mais de decisões empresariais que levem em conta que: (a) não há conflito entre lucratividade e a questão am-biental; (b) o movimento ambientalista cresce em escala mundial; (c)

1Aspectos Econômicos da Gestão Ambiental e da Responsabilidade Social

gestão ambiental - tachizawa.indb 5 25/5/2009 14:10:27

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SÃO PAULOEDITORA ATLAS S.A. – 2008

Gestão do Processo de Desenvolvimento de

ProdutosUma Abordagem Baseada na Criação de Valor

Marcio Cardoso MachadoNilton Nunes Toledo

Gestão do processo de desenvolviiii iii 7/1/2008 13:58:57

O entendimento do processo de desenvolvimento de produtos (PDP) depen-derá em grande parte da forma como podemos enxergá-lo. Até aqui, foi possível observar a abordagem de representação do PDP a partir de uma seqüência de passos desde a idéia até o produto, que é a mais usual. Porém, existem outras abordagens que não lidam exatamente com a representação de uma seqüência de passos, mas com uma estrutura de decomposição de elementos-chave que compõem o PDP, quais sejam: qualidade, custo e tempo.

2.1 A estrutura genérica de decomposição

As abordagens de decomposição para representação de determinado sistema têm sido, com sucesso, implementadas para representar sistemas de manufatura.1 A Figura 2.1 dá uma idéia desta abordagem. O objetivo principal desta aborda-gem é desdobrar cada requisito funcional (RF) e seus respectivos parâmetros de projeto (PP) em níveis cada vez mais específicos e detalhados de forma a com-preender as inter-relações entre todos os RFs e PPs de determinado sistema. Isto possibilita verificar como a mudança em um requisito funcional pode impactar nos demais requisitos que compõem os sistemas. Podemos citar como exemplo uma mudança de material para a melhoria da qualidade. Com a abordagem de decomposição, é possível identificar que esta mudança pode trazer benefícios no que se refere à manufaturabilidade, porém pode representar um aumento dos custos operacionais.

1 Para maiores detalhes da abordagem de decomposição no sistema de manufatura, ver Cochran et al. (2000), Linck (2001), Duda (2000), e Arinez (2000).

2A Abordagem de Decomposição no Desenvolvimento de Produtos

Gestão do processo de desenvolvi10 10 7/1/2008 13:58:59

Page 71: Portfolio 2

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SÃO PAULOEDITORA ATLAS S.A. – 2005

Guilherme F. Fa. Sortino

Guia do executivopara tomada de decisõesCEO’s Tool Box H á três conceitos fundamentais que considero, talvez, os mais relevantes a

serem dominados pelos executivos profissionais: o significado de eficiên-cia, eficácia e efetividade.

Há, por assim dizer, bastante confusão entre esses conceitos, o que faz comque a maioria das pessoas que a eles se referem os utilize de modo incorreto.Confundem-se, sobretudo, eficiência com eficácia e elegeu-se o termo eficiênciapara se referir a toda situação onde se julga oportuno empregar os conceitos.

Em uma reunião com uma empresa parceira, por exemplo, ouvi do Presi-dente a seguinte frase: “Meu pessoal de vendas foi muito eficiente, pois conse-guiu atingir as metas estabelecidas para o ano passado.”

Outro dia, trabalhando em um projeto, um engenheiro ralhava com um su-bordinado dizendo: “Meu amigo, precisamos ser eficazes, pois, se não gastar-mos menos, o projeto não se paga...”

Se você percebeu onde residem os erros dessas expressões, então, segura-mente, você possui uma idéia ou conhece o significado de eficiência, eficácia eaté mesmo de efetividade.

Se não entendeu, não se penitencie, pois muita gente, em posições de co-mando, ainda confunde o assunto, visto que não se ensinou corretamente a eleso que significam estes termos.

Vamos começar explicando que tanto “eficiência” quanto “eficácia” estãoassociadas ao uso de recursos e ao alcance de resultados em uma atividade ouprojeto. Em outras palavras, ser eficiente e ser eficaz é o que interessa quandose toma uma decisão em busca de algum resultado.

De maneira muito elementar, mas precisa, podemos definir eficiência como“ser econômico, gastar menos ou exatamente o previsto quando se realiza umprocesso derivado de uma decisão”.

1

Três conceitos fundamentais:eficiência, eficácia e efetividade

“Você é o responsável por ajudar seu pessoal [...]na busca e na geração de prosperidade. Acredite!”

Pedro Mandelli (2001)

Page 72: Portfolio 2

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SÃO PAULO

EDITORA ATLAS S.A. – 2008

INOVAÇÃO

NO VAREJO

Predebon & Zogbi

O QUE FAZ O

LOJISTA CRIATIVO

2a

Edição

Metáforas: os Tíquetes da Viagem do Lojista Criativo 1

A

gora, após todos os preâmbulos necessários, podemos come-

çar a “trabalhar para valer”, a partir do princípio que deve

reger tudo: o lojista criativo nunca fica parado, acomodado, nem

em cima do sucesso; ele está sempre em busca de uma nova meta

– é um profissional que permanentemente viaja em direção a seu

próximo objetivo. Exatamente por isso adotamos a metáfora da

viagem, na qual este livro é passaporte. E os tíquetes de passagem,

tão necessários como o passaporte, serão outras metáforas, e adian-

te defenderemos a razão disso.

Vamos ao roteiro da viagem, que para nós pode ser uma filo-

sofia de trabalho a adotar. Sintetizando a questão, afirmamos que

só com inovação e criatividade o comerciante hoje pode extrair o

rendimento máximo de sua atividade. Em alguns casos, esse ca-

minho é o único viável para se enfrentar a concorrência e sobrevi-

ver. Vamos defender essa filosofia, contando com certo nível de

tolerância das mentes mais lógicas de alguns leitores, frente ao

estilo informal (1) e metafórico (2) que usaremos, em benefício

da comunicação melhor.

(1) Estilo informal por quê? Amigos leitores, inovação e

criatividade são valores que essencialmente se ligam à

ruptura, à “não-norma” e, portanto, se contêm melhor em

uma comunicação bastante coloquial, chegando, com

humor, à beira da irreverência. Precisamos dessa infor-

malidade para quebrar paradigmas, coisa necessária ao

indicarmos caminhos nunca antes percorridos – e é isso o

que se procura no uso da inovação e criatividade.

(2) Metáforas por quê? Há vários aspectos do tema “ação ino-

vadora” que precisam ser analisados com a razão e a emo-

1Metáforas: os Tíquetes

da Viagem do Lojista Criativo

Page 73: Portfolio 2

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6 Inovação no Varejo

grande loja que ele renunciaria às exigências de sua con-

dição humana.

� Segundo olhar, com outra pergunta: Pequenos varejistas

continuarão sobrevivendo? Nossa resposta também é sim,

ao considerar a total possibilidade de o comerciante se di-

ferenciar no sentido contrário, ao compensar a falta de es-

trutura com a pessoalização dos serviços e a agilidade para

oferecer serviços e produtos diferenciados e inovadores,

que não precisam de escala para serem implantados. Daí

a necessidade de o pequeno lojista estar bem conectado

com o mercado para inovar, criar, mesmo que disso de-

corra algum risco, como acontece quase sempre. Além

disso, o público comprador percebe o pequeno negócio

como algo extremamente dependente do seu consumo e

tenderá a cobrar dele outras características que nem pen-

saria em cobrar do grande estabelecimento, o que inclui

atenção pessoal e exceções em vários sentidos, como cré-

dito mais informal, embalagem especial, entrega persona-

lizada, ou, o que é bem comum, esclarecimentos sobre

funcionamento e uso de produtos, com dicas, opiniões e

mesmo críticas. A grande loja, mesmo que não pratique o

auto-serviço, não é vista como fornecedora normal do

atendimento mais pessoalizado.

Ainda explorando os dois olhares, um exemplo das

diferenças entre a grande rede e a pequena loja

perante o marketing de serviços

O exemplo está contido em uma história, do tipo do caso do

Gomesino e Marisa, na Introdução.

Heloísa entra em uma grande loja de departamen-

tos a fim de comprar um presente para seu marido. Não

fora fácil escolher, mas agora ela já havia resolvido dar

a ele algum apetrecho para pesca, esporte que ele pra-

tica. Chega ao departamento de caça e pesca, e começa

a escolher. Quanta coisa! Sua atenção é despertada por

um dispositivo eletrônico para atrair peixes. Será que

funciona no mar e em rios?, pergunta-se. A pilha será recarregável?

E a garantia de funcionamento, o que incluirá? Fazendo-se essas

perguntas, ela olha em volta e acha, lá longe, uma vendedora que,

muito sorridente, vem atendê-la, mas vê-se incapaz de responder

Estão

aparecendo lojas

especializadas

em clientes mais

exigentes.

Page 74: Portfolio 2

portfólio

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Page 75: Portfolio 2

portfólio

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SÃO PAULOEDITORA ATLAS S.A. – 2008

Luiz Martins LopesMarco Antonio Sandoval de Vasconcellos

(Organizadores)

Manual deMacroeconomia

Nível Básico e Nível Intermediário

Equipe de Professores da FEA-USP

Amaury Patrick GremaudCarlos Antonio LuqueCelso Luiz MartoneMárcio Bobik Braga

Marco Antonio Sandoval de VasconcellosRudinei Toneto Jr.

Samuel de Abreu PessoaSilvia Maria Schor

3a Edição

Manual de macroeconomia.indb iii 24/6/2008 13:09:43

PARTE

I

Amaury Patrick GremaudMárcio Bobik Braga

Marco Antonio Sandoval de VasconcellosRudinei Toneto Jr.

Apresentação

Como observamos na Introdução, o objetivo da Macroeconomia é estudar a determinação e o comportamento dos grandes agregados nacionais.

Nesta parte, discutiremos fundamentalmente a questão da determi-nação das variáveis macroeconômicas, ou, mais especificamente, como elas são medidas.

Com exceção da discussão sobre demanda de moeda, ao final do Capítulo 2, não tivemos a preocupação de explicar os fatores determinantes do compor-tamento dessas variáveis, ou que teoria está por trás desse comportamento, ou que políticas devem ser implementadas. Isso será discutido nas próximas partes, que tratam da Teoria Macroeconômica propriamente dita.

Nessa linha, trataremos, no Capítulo 1, da Contabilidade Nacional, onde discutiremos a medição das variáveis que representam o fluxo de bens e servi-ços de toda a economia, como o Produto Agregado, o Consumo, a Poupança, o Investimento etc. Veremos que esses conceitos podem ser medidos com base em sistemas contábeis, de forma análoga às empresas. Ou seja, considera-se que o país se comporta como uma grande empresa, produzindo um “produto” cha-mado Produto Nacional, que na verdade representa um agregado de todos os

Macroeconomia Básica: Agregados Macroeconômicos

Manual de macroeconomia.indb 17 24/6/2008 13:09:48

Page 76: Portfolio 2

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Introdução

Existem inúmeras formas de se medir o desempenho de uma economia. Uma das maneiras mais comuns consiste em calcular o valor total de todos

os bens e serviços produzidos pelo país. A atividade produtiva, porém, requer a utilização de fatores produtivos – terra, trabalho, capital – que devem ser re-munerados quando utilizados. A totalidade dessa remuneração, que representa salários, lucros, juros e aluguéis, também pode ser considerada um indicador de desempenho econômico. Podemos ainda listar uma série de variáveis, como a poupança agregada, o nível de investimento do país (também conhecido como formação bruta de capital fixo), saldo das transações do país com o resto do mundo etc. Esse e outros conceitos macroeconômicos são mensurados a partir das Contas Nacionais do país. A Contabilidade Nacional (ou Contabilidade Social, como preferem alguns) tem como objetivo mensurar a totalidade das transações econômicas do país.

A preocupação com os agregados macroeconômicos surgiu em grande me-dida a partir da publicação, em 1936, de A teoria geral do emprego, do juro e da moeda, de Keynes, na qual se desenvolve a maior parte dos conceitos que são objeto de estudo na Macroeconomia. A mensuração desses conceitos, objetivo da Contabilidade Nacional, no entanto, teve grande avanço a partir dos anos 40, tendo como referência os trabalhos de Simon Kuznets, Richard Stone e Wassily W. Leontief.

1Agregados Macroeconômicos:

Contabilidade Nacional e Balanço de Pagamentos

Manual de macroeconomia.indb 19 24/6/2008 13:09:48

O NOVO SISTEMA DE CONTAS NACIONAIS NO BRASIL14

Até 1998, o sistema adotado no Brasil baseava-se nas quatro contas, relativas à produção, apropriação (ou utilização de renda) e acumulação (ou forma-

ção de capital) dos agentes econômicos (famílias, empresas, setor público e setor externo), como mostramos anteriormente.

A partir daquela data, as contas nacionais sofreram um significativo avanço, seguindo a orientação da ONU, integrando o Sistema de Contas Nacionais com a Matriz Insumo-Produto.

O novo sistema é composto pela “Tabela de Recursos e Usos de Bens e Ser-viços” (TRU) e pelas chamadas “Contas Econômicas Integradas” (CEIs).

A TRU apresenta a oferta total da economia como o somatório da produção e importações e, simultaneamente, como o somatório do consumo intermediá-rio e da demanda final. Apresenta ainda a decomposição do valor adicionado nas categorias de renda e nos impostos e subsídios sobre a produção e os produtos. Todas as suas informações são desagregadas por setor, mostrando as compras intermediárias que os setores e unidades empresariais efetuam entre si para obter os insumos necessários à produção de bens e serviços, guardando assim semelhança com a matriz insumo-produto.

Já as CEIs guardam semelhança com o sistema anterior. Este sistema integra-do, entretanto, é apresentado por meio de três grandes grupos. O primeiro grupo é constituído pela conta de bens e serviços, que resume informações da TRU. O segundo grupo compõe-se de três contas: a conta de produção, que equivale à conta PIB no sistema antigo; a conta renda, que se divide em quatro subcontas – de geração, de alocação de distribuição secundária da renda e de seus usos –, que equivalem à conta renda nacional disponível bruta do sistema antigo; e a conta de acumulação, que equivale à conta de capital do sistema antigo. Por fim, o terceiro grupo contém a conta das operações correntes com o resto do mundo, equivalente à conta que leva o mesmo nome no sistema antigo.

Apresentamos em seguida as três contas Econômicas Integradas, para o ano de 2003, onde estão contidos os principais agregados do país.

14 Extraído de Gremaud, Vasconcellos e Toneto Jr. (2007). Para maior detalhamento, ver PAULINI e BRAGA (2007).

Ap

êndi

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Manual de macroeconomia.indb 50 24/6/2008 13:09:52

Page 77: Portfolio 2

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Formato Serviços de Editoração

SÃO PAULOEDITORA ATLAS S.A. – 2009

Alexandre Assaf Neto

11a Edição

Matemática Financeirae suas Aplicações

11.1 Juro

A matemática financeira trata, em essência, do es-tudo do valor do dinheiro ao longo do tempo. O seu objetivo básico é o de efetuar análises e comparações dos vários fluxos de entrada e saída de dinheiro de caixa verificados em diferentes momentos.

Receber uma quantia hoje ou no futuro não são evidentemente a mesma coisa. Em princípio, uma unidade monetária hoje é preferível à mesma unida-de monetária disponível amanhã. Postergar uma en-trada de caixa (recebimento) por certo tempo envol-ve um sacrifício, o qual deve ser pago mediante uma recompensa, definida pelos juros. Desta forma, são os juros que efetivamente induzem o adiamento do consumo, permitindo a formação de poupanças e de novos investimentos na economia.

As taxas de juros devem ser eficientes de maneira a remunerar:

a) o risco envolvido na operação (empréstimo ou aplicação), representado genericamente pela incerteza com relação ao futuro;

b) a perda do poder de compra do capital moti-vada pela inflação. A inflação é um fenômeno que corrói o capital, determinando um volu-

me cada vez menor de compra com o mesmo montante;

c) o capital emprestado/aplicado. Os juros devem gerar um lucro (ou ganho) ao proprietário do capital como forma de compensar a sua priva-ção por determinado período de tempo. Este ganho é estabelecido basicamente em função das diversas outras oportunidades de investi-mentos e definido por custo de oportunidade.

1.2 Taxas de juro

A taxa de juro é o coeficiente que determina o va-lor do juro, isto é, a remuneração do fator capital uti-lizado durante certo período de tempo.

As taxas de juros se referem sempre a uma unida-de de tempo (mês, semestre, ano etc.) e podem ser representadas equivalentemente de duas maneiras: taxa percentual e taxa unitária.

A taxa percentual refere-se aos “centos” do ca-pital, ou seja, o valor dos juros para cada centésima parte do capital.

Por exemplo, um capital de $ 1.000,00 aplicado a 20% ao ano rende de juros, ao final deste período:

1

Conceitos Gerais e Juros Simples

Page 78: Portfolio 2

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Conceitos Gerais e Juros Simples 7

n = 9 meses

J = $ 270.000,00

= J

Ci n�

270.000,00 270.000,00 = =

0,06 9 0,54= $ 500.000,00

C�

3. Um capital de $ 40.000,00 foi aplicado num fundo de poupança por 11 meses, produzindo um rendi-mento financeiro de $ 9.680,00. Pede-se apurar a taxa de juros oferecida por esta operação.

Solução:

C = $ 40.000,00

i = ?

n = 11 meses

J = $ 9.680,00

= J

iC n�

9.680,00 9.680,00 = =

40.000,00 11 440.000,00= 0,022 ou 2,2% ao mês

i�

4. Uma aplicação de $ 250.000,00, rendendo uma taxa de juros de 1,8% ao mês produz, ao fi-nal de determinado período, juros no valor de $ 27.000,00. Calcular o prazo da aplicação.

Solução:

C = $ 250.000,00

i = 1,8% ao mês (0,018)

n = ?

J = $ 27.000,00

= J

nC i�

27.000,00 27.000,00 = =

250.000,00 0,018 4.500,00= 6 meses

n�

1.9 Montante e capital

Um determinado capital, quando aplicado a uma taxa periódica de juro por determinado tempo, pro-duz um valor acumulado denominado de montante, e identificado em juros simples por M. Em outras pala-vras, o montante é constituído do capital mais o valor acumulado dos juros, isto é:

M = C + J

No entanto, sabe-se que:

J = C × i × n

Substituindo esta expressão básica na fórmula do montante supra, e colocando-se C em evidência:

M = C + C × i × n

M = C (1 + i × n)

Evidentemente, o valor de C desta fórmula pode ser obtido através de simples transformação algébri-ca:

+ � =

(1 )M

Ci n

A expressão (1 + i × n) é definida como fator de capitalização (ou de valor futuro – FCS) dos juros sim-ples. Ao multiplicar um capital por este fator, corrige-se o seu valor para uma data futura, determinando o montante. O inverso, ou seja, 1/(1 + i × n) é deno-minado de fator de atualização (ou de valor presente – FAS). Ao se aplicar o fator sobre um valor expres-so em uma data futura, apura-se o seu equivalente numa data atual. Graficamente, tem-se:

Cn Ct i n= × (1 + × )

Ct Cn i n= × 1/(1 + × )

Ct Cn

FCS

t n

FAS

46 Matemática Financeira e suas Aplicações • Assaf Neto

de cálculo demonstrada anteriormente, tem-se:

= , sendo:

1d n

id n�

− �

d = 16% a.q. (4% a.m.)

n = 1 quadrimestre

Substituindo:

0,16 0,1619,05% a.q.

1 0,16 1 0,84i = = =

− �

Logo:

i = 4 1,1905 – 1 = 4,46% a.m.

i = (1,1905)3 – 1 = 68,7% a.a.

2. Um título com valor de resgate de $ 14.000,00 é descontado num banco 78 dias antes de seu ven-cimento. Determinar o valor do desconto calcu-lado para a operação, e a taxa efetiva mensal de juros, sabendo-se que a taxa de desconto contra-tada é de 45% a.a.

Solução:

N = $ 14.000,00

n = 78 dias, ou: 78/30 = 2,6 meses

d = 45% a.a., ou: 45%/12 = 3,75% a.m.

� Desconto

DF = 14.000,00 × 0,0375

30 × 78

DF = 1.365,00

� Valor Descontado

VF = 14.000,00 – 1.365,00

VF = $ 12.635,00

� Taxa Efetiva

i = 1.365,00

12.635,00 1 período� = 10,8% p/78 dias

ou:

0,037578

30 = = =0,03751 1 78

30= 10,8% p/78 dias

d ni

d n

��− � − �

Logo:

i = 3078( 1,108) – 1 = 4,02% a.m. (taxa efetiva por juros compostos).

3. As condições de desconto de dois bancos são as seguintes:

Banco A: taxa de desconto bancário de 4,3% a.m. para operações com prazo de desconto de 4 meses;

Banco B: taxa de desconto bancário de 3,9% a.m. para operações com prazo de desconto de 3 meses.

Com base nestas informações, determinar a taxa efetiva mensal de juros cobrada por cada banco.

Solução:

� i (Banco A) = 0,043 4

= 20,77% a.q.1 0,043 4

�− �

i = 4 1,2077 – 1 = 4,83% a.m. (taxa efetiva mensal)

� i (Banco B) = 0,039 3

= 13,25% a.t.1 0,039 3

�− �

i = 3 1,1325 – 1 = 4,23% a.m. (taxa efetiva mensal)

3.2.2 Apuração da taxa de desconto com base na taxa efetiva

As formulações apresentadas nos itens preceden-tes atribuíram maior destaque ao cálculo da taxa efetiva de juros com base em dada taxa de descon-to. Considerando a fórmula desenvolvida, é possível também isolar o percentual do desconto “por fora” definido com base na taxa efetiva de juros. Isto é:

=−1d

id

sendo d, conforme definido, a taxa de desconto de todo o prazo da operação e; i a taxa efetiva de juros (taxa implícita).

Logo:

i (1 – d) = d

i – id = d

id + d = i

d (1 + i) = i

=+1i

di

Por exemplo, admita que uma instituição dese-ja cobrar uma taxa efetiva de juro de 3,7% ao mês

Page 79: Portfolio 2

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SÃO PAULOEDITORA ATLAS S.A. – 2008

Iran Siqueira LimaNey GalardiIngrid Neubauer

MERCADOS DE

INVESTIMENTOS

FINANCEIROS

Manual para Certificação ProfissionalANBID – Série 20 (CPA-20)

2a Edição

Mercado de investimentos financeiii iii 20/5/2008 16:23:30

1.1 CONCEITOS BÁSICOS DE ECONOMIA

1.1.1 Indicadores econômicos

Definição

Indicadores econômicos são medidas de desempenho utilizadas para medir o desenvolvimento de uma economia.

Os indicadores mais utilizados são aqueles que medem:

a) o crescimento da produção de uma economia (Produto Interno Bruto – PIB);

b) as taxas que medem o aumento de preços e a desvalorização da moeda (Índices de Inflação – IPCA, IGP-M, INPC, IPC-FIPE);

c) as taxas de conversão de moedas entre si (Taxa de Câmbio – PTAX);d) as taxas básicas de remuneração do capital utilizadas no mercado fi-

nanceiro (Taxa de Juros – SELIC, DI e TR).

1.1.1.1 Produto Interno Bruto (PIB)

O PIB de uma economia representa o valor, a preços de mercado, dos bens e serviços produzidos num país em certo período de tempo, normalmente medido por ano.

1

PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ECONOMIA,FINANÇAS E ESTATÍSTICA

Mercado de investimentos finance1 1 20/5/2008 16:23:33

Page 80: Portfolio 2

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SÃO PAULOEDITORA ATLAS S.A. – 2009

Sylvia Constant Vergara

Métodos de Coletade Dados no Campo

Métodos de coleta de dados no campo.indb iii 4/9/2009 12:07:19

Este livro representa um esforço para tratar de forma sim-ples e direta questões complexas, como os métodos de co-

letar dados e informações no campo, ou seja, de interagir com o campo. Seu objetivo é contribuir para a prática no uso desses

Apresentação

Métodos de coleta de dados no campo.indb ix 4/9/2009 12:07:20

Page 81: Portfolio 2

portfólio

Formato Serviços de Editoração

Resumo

Tal como a entrevista, apresentada e discutida no Capítulo 1, e a observação, discutida no Capítulo 3, o questionário é um método de coleta de dados no campo. Este capítulo informa

2Questionário

Métodos de coleta de dados no campo.indb 37 4/9/2009 12:07:25

Page 82: Portfolio 2

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SÃO PAULO

EDITORA ATLAS S.A. – 2007

Antonio R. Costa

Edson Crescitelli

Marketing Promocional

para Mercados Competitivos

Planejamento Implementação Controle

Técnicas

Fidelização

Merchandising Externo

Promoções na Internet

Pesquisa em Promoção

Prefácio de Gilmar Pinto Caldeira

Com a concorrência cada vez mais acirrada nas

economias de mercado modernas, constata-se o

crescimento do uso da promoção de vendas e do

merchandising cujas verbas empregadas, em alguns

casos, superam aquelas destinadas às outras estra-

tégias de comunicação.

Este fato se deve à competitividade constante

que estimula as empresas a buscar ações de efeitos

e resultados mais rápidos, o que confere à promo-

ção de vendas e ao merchandising papel importante

no processo de comunicação e comercialização de

grande número de produtos.

No Brasil, essa necessidade de resultados ime-

diatos, por sua vez, leva grande número de empre-

sas a fazer uso exagerado e, às vezes, até indiscri-

minado da promoção e do merchandising, conside-

rando-os como solução para todos os problemas.

Esta postura se configura errônea, pois:

1. em alguns casos, as causas dos problemas

estão em setores da empresa que não são

afetados ou solucionados através do uso de

promoção, como: produto obsoleto, mal

Parte I

Marketing Promocional/Promoção

de Vendas e Merchandising:

sua Localização no Composto de Marketing

Page 83: Portfolio 2

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Formato Serviços de Editoração

1

Composto de Marketing: Princípios

Básicos, Noções Gerais

Objetivos do capítulo

Demonstrar a localização da promoção e do

merchandising no composto de marketing.

Rever os conceitos básicos de marketing, que

auxiliarão o leitor no entendimento da promoção

e do merchandising como suas estratégias.

Diferenciar as ferramentas (estratégias) de

comunicação entre si, caracterizando

suas formas de aplicação.

1.1 CONCEITO DE MARKETING

O significado de marketing não é mais entendido, simplesmente, como sinô-

nimo de venda e/ou comunicação. Marketing moderno compreende um conjun-

to de atividades empresariais que visa à satisfação das necessidades e dos desejos

de um, ou vários mercados, através da oferta de produtos e serviços, por meio de

um processo de troca (Kotler).

Essas atividades da empresa envolvem grande número de ações, a serem

desenvolvidas desde a preparação e o lançamento de um produto até seu even-

COMPOSTO DE MARKETING: PRINCÍPIOS BÁSICOS, NOÇÕES GERAIS 21

Figura 1.1 Conceitos básicos, processo e sentido de marketing.

CONCEITOS BÁSICOS DE MARKETING

PROCESSO DE MARKETING

SENTIDO DE MARKETING

Necessidades

Público

Mercados

Troca

Transações

Desejos

Produto

DemandaConceitos

demarketing

Detecção das necessidades

Avaliação das necessidades

Qualitativamente

Quantitativamente

Determinação dos mercados de atuaçãoDesenvolvimento e lançamento do produtoDistribuição e comercializaçãoComunicaçãoAcompanhamento da vida do produto

do mercado para a empresa/produto;da empresa/produto para o mercado.

Page 84: Portfolio 2

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SÃO PAULOEDITORA ATLAS S.A. – 2006

Delane BotelhoDeborah Moraes Zouain(Organizadores)

Pesquisa Quantitativaem Administração

Alda Rosana AlmeidaAlexandre LinharesAndré Carlos Busanelli de AquinoDelane BotelhoFábio Renato FukudaJoaquim Rubens Fontes FilhoKathryn E. NewcomerLígia Helena da Cruz OurivesMarcelo MouraMoisés BalassianoPaulo Henrique Muller PradoPedro Jesus FernandezRicardo Lopes CardosoRinaldo ArtesRogério SobreiraSergio G. Lazzarini

Os programas públicos e sem fins lucrativos exigem, de diversas fontes, evidên-cias de que seus resultados sejam satisfatórios. Primeiramente, os bons gestores demandam dados que apóiem sua atuação como administradores eficientes e eficazes dos programas e dos recursos provenientes dos contribuintes. Exigências desta mesma natureza são feitas, também, por diversas entidades fiscalizadoras de vital importância em termos do sucesso do programa quanto à concretização dos objetivos de políticas públicas. Comissões legislativas, como a comissão orça-mentária do Congresso Nacional, solicitarão a comprovação dos resultados para embasar suas deliberações. Executivos em nível nacional ou regional de governo empregarão analistas de orçamento que possam servir-se dos dados para funda-mentar o processo de tomada de decisões. E auditores independentes poderão usar os dados para analisar e avaliar o gerenciamento dos programas.

Além disso, em países de todo o mundo existe um tema básico em muitas das atuais modalidades de gerenciamento que exige que os gerentes “gerenciem bus-cando resultados”. Em outras palavras, o que se espera dos gerentes é que venham a usar dados pertinentes ao desempenho de programas, visando à introdução de melhorias internas e à alocação de recursos, além do fornecimento de dados que apóiem os pedidos de verbas orçamentárias ou que contenham a devida resposta a questionamentos da supervisão. A aferição do sucesso de um programa é uma das funções básicas da administração pública.

Profissionais da área de avaliação de programas fornecem processos e ins-trumentos que são úteis no sentido de apresentar dados válidos, confiáveis e

1 Aplicação do Método de Regressão na Avaliação de ProgramasKathryn E. NewcomerDirector, School of Public Policy and Public Administration, The George Washington University

Page 85: Portfolio 2

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SÃO PAULO

EDITORA ATLAS S.A. – 2008

Recursos HumanosO Capital Humano das Organizações

Idalberto Chiavenato

8a

Edição

Mestre e Doutor em Administração pela City University of Los Angeles, Califórnia

A Interação entrePessoas e Organizações

Parte I

A expressão Recursos Humanos refere-se às pes-

soas que participam das organizações e que nelas desem-

penham determinados papéis. As pessoas passam gran-

de parte de seu tempo trabalhando em organizações. As

organizações requerem pessoas para suas atividades e

operações da mesma forma que requerem recursos finan-

ceiros, materiais e tecnológicos. Daí a denominação Re-

cursos Humanos para descrever as pessoas que traba-

lham nas organizações. No mundo industrializado de

hoje, a produção de bens e serviços não pode ser desen-

volvida por pessoas que trabalham individualmente.

Quanto mais industrializada é a sociedade, tanto mais ela

depende de organizações para atender a suas necessida-

des e aspirações. Além disso, as organizações criam um

tremendo e duradouro impacto sobre as vidas e sobre a

qualidade de vida das pessoas. A razão é simples: as

pessoas nascem, crescem, vivem, são educadas, traba-

lham e se divertem dentro de organizações. Sejam quais

forem seus objetivos – lucrativos, educacionais, religio-

sos, políticos, sociais, filantrópicos, econômicos etc. – as

organizações envolvem tentacularmente as pessoas que se

tornam mais e mais dependentes da atividade orga-

nizacional. À medida que as organizações crescem e se

multiplicam, elas requerem maior número de pessoas e

maior se torna a complexidade dos recursos necessários

a sua sobrevivência e a seu crescimento.

O contexto em que funciona a Administração de

Recursos Humanos (ARH) é representado pelas organiza-

ções e pelas pessoas que delas participam. As organiza-

ções são constituídas de pessoas e dependem delas para

atingir seus objetivos e cumprir suas missões. Para as

pessoas, as organizações constituem um meio pelo qual

elas podem alcançar vários objetivos pessoais, com um

mínimo custo de tempo, esforço e de conflito. Muitos dos

objetivos pessoais jamais poderiam ser alcançados ape-

nas por meio do esforço pessoal isolado. As organizações

surgem exatamente para aproveitar a sinergia dos esfor-

ços de várias pessoas que trabalham coordenadamente

e em conjunto.

Uma pequena história da ARH

A ARH é uma especialidade que surgiu a partir do

crescimento e da complexidade das tarefas organiza-

cionais. Suas origens remontam ao início do século XX,

após o forte impacto da Revolução Industrial, com a

denominação Relações Industriais, como uma atividade

mediadora entre as organizações e as pessoas, para

abrandar ou reduzir o conflito industrial entre os objeti-

vos organizacionais e os objetivos individuais das pes-

soas, até então considerados incompatíveis e irreconci-

liáveis. Era como se as pessoas e as organizações, embo-

ra estreitamente inter-relacionadas, vivessem em com-

partimentos separados, com fronteiras fechadas, trinchei-

ras abertas, requerendo um interlocutor estranho a

Parte I – A Interação entre Pessoas e Organizações

Page 86: Portfolio 2

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1

As Organizações

� Discutir o conceito de organização e sua complexidade.

� Aprender a situar as organizações em suas diferentes eras.

� Caracterizar as organizações como sistemas sociais e abertos.

� Descrever os níveis organizacionais e a influência ambiental.

� Mostrar os indicadores de eficácia organizacional.

1 As Organizações

O que você verá

neste capítulo

� Conceito de organização.

� As diferentes eras das organizações.

� As organizações como sistemas sociais.

� As organizações como sistemas abertos.

� Missão organizacional.

� Níveis organizacionais.

� As organizações e o ambiente.

� Conceito de eficácia organizacional.

� As Competências organizacionais.

Objetivos de

aprendizagem

22 A INTERAÇÃO ENTRE PESSOAS E ORGANIZAÇÕES

A ARH funciona em um contexto de organizações e

de pessoas. Administrar pessoas significa lidar com pes-

soas que participam de organizações. Mais do que isto,

significa administrar os demais recursos com as pessoas.

Assim, organizações e pessoas constituem a base funda-

mental em que funciona a ARH.

CONCEITO DE ORGANIZAÇÃO

A vida das pessoas constitui uma infinidade de

interações com outras pessoas e com organizações. O ser

humano é eminentemente social e interativo. Não vive

isoladamente, mas em constante convívio e relacionamen-

to com seus semelhantes. Devido a suas limitações indi-

viduais, os seres humanos são obrigados a cooperar uns

com os outros, formando organizações para alcançar cer-

tos objetivos que a ação individual isolada não consegui-

ria alcançar. A organização é um sistema de atividades

conscientemente coordenadas de duas ou mais pessoas.1

A cooperação entre elas é essencial para a existência da

organização. Uma organização somente existe quando:

1. Há pessoas capazes de se comunicarem e que

2. Estão dispostas a contribuir com ação con-

junta,

3. A fim de alcançarem um objetivo comum.

A disposição de contribuir com ação significa, sobre-

tudo, disposição para sacrificar o controle da própria con-

duta em benefício da coordenação. Essa disposição de

participar e de contribuir para a organização varia e flu-

tua de indivíduo para indivíduo e mesmo no próprio in-

divíduo, com o passar do tempo. Isso significa que o sis-

tema total de contribuições é instável, pois as contribui-

ções de cada participante na organização variam enorme-

A complexidade das organizações

Há uma enorme variedade de organizações: empre-

sas industriais, empresas comerciais, organizações de ser-

viços (bancos, hospitais, universidades, trânsito etc.), or-

ganizações militares, públicas (repartições) etc. Podem

estar voltadas tanto para a produção de bens ou produtos

(artigos de consumo, máquinas e equipamentos etc.)

como para a produção ou prestação de serviços (ativida-

des especializadas, como manuseio de dinheiro, medicina,

divulgação ou conhecimento, planejamento e controle do

tráfego etc.). Assim, existem organizações industriais,

econômicas, comerciais, religiosas, militares, educacio-

nais, sociais, políticas etc. A influência das organizações

sobre a vida das pessoas é fundamental: a maneira como

as pessoas vivem, compram, trabalham, se alimentam, se

vestem, seus sistemas de valores, expectativas e convic-

ções são profundamente influenciados pelas organiza-

ções. E vice-versa: também as organizações são influen-

ciadas pelos modos de pensar, sentir e agir das pessoas.

CASO DE APOIO

A NOVA ORGANIZAÇÃO DA MASTERPIECE

Roberto Perez é o presidente da Masterpiece,

empresa de produção e comercialização de autope-

ças. Perez sabe que outras empresas concorrentes

produzem produtos como os seus e que precisa estar

avante deles em termos de qualidade, produtividade

e preço. Para competir, não bastam máquinas e equi-

pamentos, instalações e tecnologia. Todos os concor-

rentes os possuem, já que podem ser comprados ou

alugados no mercado. É preciso contar com talento

humano para fazer cada vez mais barato, melhor e

mais rápido. Afinal, uma empresa viva é mais do que

simplesmente um conjunto de prédios, máquinas e

instalações; ela é feita de gente. Como avaliar sua

empresa do ponto de vista humano?

1 BARNARD, Chester I. As funções do executivo. São Paulo:

Atlas, 1971.

mente, em função não somente das diferenças indivi-

duais existentes entre os participantes, mas também do

sistema de recompensas aplicado pela organização, para

incrementar as contribuições.

Flash: A força das organizações

As organizações permitem satisfazer a diferen-

tes tipos de necessidade dos indivíduos: emocionais,

espirituais, intelectuais, econômicas etc. No fundo,

as organizações existem para cumprir objetivos que

os indivíduos isoladamente não podem alcançar em

face de suas limitações individuais. Assim, as orga-

nizações são formadas por pessoas para sobreporem

suas limitações individuais. Com as organizações, a

limitação final para alcançar muitos objetivos huma-

nos não é mais a capacidade intelectual ou de for-

ça, mas a habilidade de trabalhar eficazmente em

conjunto. O que você acha disso?

Page 87: Portfolio 2

portfólio

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O SISTEMA DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS 117

Recursos são importantes, mas o sucesso

organizacional é função das habilidades e compe-

tências que a organização possui ou possuirá para

concretizar sua missão e visão. A competência é o

conjunto de habilidades e tecnologias aplicadas de

maneira integrada e convergente. Assim, a compe-

tência para uma organização produzir em tempo de

ciclo rápido está baseada no conjunto de habilida-

des que se integram, entre elas a capacidade de

maximizar processos comuns numa linha de pro-

dução, flexibilidade para alterações no planejamen-

to e execução da produção, execução de sistemas

sofisticados de informação, gestão dos estoques e

desenvolvimento do compromisso de qualidade

pelos fornecedores. A competência nunca estará

baseada num só indivíduo ou equipe.

Quando uma competência afeta diretamente o

atendimento às demandas dos diferentes stakeholders,

diz-se que ela é uma competência essencial ou central

(core competence). O impacto de uma competência essen-

cial se manifesta em três aspectos competitivos da orga-

nização:8

1. Valor percebido: As competências essenciais

são as competências que permitem o ofere-

cimento de benefícios fundamentais para os

clientes. À vezes os benefícios fundamentais

não são percebidos desse modo porque o

cliente tem sua atenção voltada para bene-

fícios adicionais como descontos ou a bele-

za da propaganda. A organização deve re-

fletir sobre quais são os elementos de valor

do produto ou serviço, isto é, pelo que o

comprador realmente está pagando, quan-

to ele está disposto a pagar a mais para ter

acesso aos benefícios, qual é a hierarquia de

valor que o cliente tem relativo aos benefí-

cios oferecidos.

2. Diferenciação dos concorrentes: A competên-

cia singular em relação à concorrência é

considerada uma competência essencial.

Nessa categoria há muitas habilidades ou

recursos únicos da organização como sua

marca, tradição, curva de aprendizado,

acessos únicos ou gestão além dos parâ-

metros do setor.

3. Capacidade de expansão: As competências

que abrem as portas da organização para

Os profissionais devem refletir sobre as com-

petências associadas aos produtos e serviços ofere-

cidos no momento e verificar como a competência

relacionada poderia ser aplicada em diferentes ca-

tegorias de produtos e serviços. A Nike – fabrican-

te de tênis e roupas esportivas – criou um modelo

de negócios baseado na terceirização das operações

de fabricação (não é por aí que a Nike compete).

Ela aplica maravilhosamente suas competências

essenciais relacionadas a design, logística e

marketing.

Quase sempre as empresas partem de uma cartei-

ra de negócios e não de uma carteira de competências.

Isso faz com que, no curto prazo, a competitividade da

empresa derive de seus atributos de preço e desempenho

em produtos. Ocorre que os concorrentes imitam e rapi-

damente convergem para padrões similares e formidá-

veis de custo de produto e de qualidade – que são bar-

reiras mínimas para a competição contínua, mas cada vez

menos fontes de vantagem diferenciada. Nestes termos,

essa competição é passageira e fugaz.9

Dicas: Competências essenciais

8 CHIAVENATO, Idalberto; SAPIRO, Arão. Planejamento

estratégico. Op. cit.

novos segmentos são consideradas compe-

tências essenciais. Essas competências que

abrem novas oportunidades à organização

têm força competitiva muito grande, pois

viabilizam o oferecimento de novos produ-

tos e serviços gerados a partir dela.

�Competências associadas

�O impacto das competências essenciais

A competência essencial dá acesso potencial

a ampla variedade de mercados. Ela é um deter-

minante significativo para a satisfação e benefício

do cliente e deve ser difícil de ser copiada pelos

concorrentes. Para essas três características identi-

ficadas por Prahalad e Hamel – acesso, satisfação

do cliente e dificuldade de ser copiada pelos outros

– é importante verificar se a competência pode ser

combinada com outras capacidades para criar uma

vantagem única para os clientes. Pode ser que a

própria competência não complete esses critérios,

mas quando combinada com outras competências

torna-se um ingrediente essencial para definir a

singularidade da organização. A habilidade crítica

da gestão no futuro será identificar, cultivar e ex-

plorar as competências essenciais que fazem o cres-

cimento possível. As competências têm que ser

nutridas e amplamente difundidas na organização

9 CHIAVENATO, Idalberto; SAPIRO, Arão. Planejamento

estratégico. Op. cit.

Page 88: Portfolio 2

portfólio

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E aí, bonitão? Gostou do anúncio classificado? Quer o emprego? Mandou o curriculum? Foi selecionado pra entrevista?

Que bom! Então, antes de abrir seu portfólio, vamos fazer uns testezinhos ‘psicológicos’, aqueles de praxe.

2

Procura-se homem ou mulher (de preferência homem, porque ainda há muito machismo por aí) que seja

educado, instruído, elegante, insaciável, versátil, criativo, atento, carinhoso, atlético, experiente, gentil,

paciente, bem paciente, realmente paciente, absurdamente paciente, genial, brilhante, bem relacionado e

bem aparentado (na aparência e nos parentes), que escreva muito bem, erudito no conteúdo, popular na

expressão, que conheça culinária, música barroca, cinema, filosofia, elementos de ciências, moda, samba,

e , artes eróticas, arte sacra, política, psicologia, psicologia social, esportes e mais um

milhão de coisas interessantes e diferentes, além de rádio, televisão, jornal, revista, e elementos

de produção gráfica e eletrônica.

Procura-se alguém que sonhe em ganhar muito mas que se contente em ganhar pouco, que sonhe em

trabalhar pouco mas que se submeta a trabalhar muito, e que, sobretudo, aceite várias vezes ao dia o

implacável desafio do papel em branco.

É para relacionamento maduro, porém exigente, excessivamente intenso, desigual nas obrigações

recíprocas e mais ou menos fiel e duradouro.

Mandar portfólio ou para caixa postal 12.

jazz rock’n’roll

outdoor

curriculum

Procura-se Redator Publicitário

redação publicitária.indb 20 22/4/2009 14:39:52

Parece slogan da C&A, mas o redator tem mesmo de ser alguém com prazer em conhecer.

O quê? Tudo!

Atualização é a palavra-chave!

Mantenha-se sempre preparado, pela leitura de tudo que esteja ao seu alcance em prosa e verso (se não estiver ao seu alcance, vá buscar); pela audição de todos, ou quase todos os gêneros musicais; pela frequência em assistir a bons filmes do passado e do presente; pela assiduidade ao teatro, aos campos esportivos, do futebol ao golf etc. etc.

Procure desenvolver sua capacidade de abstração, de observação das pessoas, dos hábitos e costumes das sociedades, da natureza, das ruas...

O resto, aquele papo de que TEM QUE frequentar esse ou aquele lugar determinado pela moda, TEM QUE vestir aquele determinado tipo de roupa, TEM QUE isso, TEM QUE aquilo, que se dane! Isso tudo não passa de frescura.

Em suma, o único comportamento recomendável ao redator publici-tário é o da obsessão pela informação.

Simples assim? Simples assim!

4

O comportamento de uma gota d’água tem a ver com um negócio chamado tensão de superfície. Pesquise o assunto e escreva um comentário a respeito.

Acaba de passar pela minha rua um caminhão de frutas anunciando suas ‘glamoro-sas melancias’! Sensacional! Você alguma vez havia pensado em adjetivar assim uma melancia? Já o sujeito do carrinho de sanduíches oferece, num cartaz, seu hot-dog Bin Laden. O que será isso? Um hot-dog com temperos árabes ou terá um molho apimentado explo-sivo? Há muito o que se observar por aí.

Não confundir respeito ao cliente e ao consumidor de seus produtos com as bobagens ‘politicamente corretas’ que diariamente pipocam por aí. Muitas são frescuras mesmo.

Comportamento

redação publicitária.indb 31 22/4/2009 14:39:53

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76 O Artesão

Fazer do texto um mosaico é testar hipóteses de abordagens, quebras de linhas, volumes de parágrafos, sonoridades, beleza das palavras, ritmos de leitura, tudo isso até encontrar a solução perfeita (dentro das circunstâncias, claro).

EXEMPLO

Este anúncio foi criado para a tradicional Universidade Mackenzie, de São Paulo. Por uma série de razões, nem chegou a ser apresentado ao cliente. Mas é um bom exemplo de texto trabalhado como um mosaico.

O alfabeto ociden-tal tem 27 letras. Na língua portu-guesa, palavras podem ter de uma a, no máximo, umas vinte letras. Agora peça ao seu professor de matemática para ajudá-lo a fazer um cálculo de análise combinatória com estas informações. Você certamente chegará a números e possibilidades surpreendentes. In-clusive a palavras que ainda não exis-tem, mas que você pode perfeitamente inventar. E você vai querer me dizer que não dá para encontrar AQUELA palavra que falta no seu texto?

redação publicitária.indb 76 22/4/2009 14:40:01

Page 90: Portfolio 2

portfólio

Formato Serviços de Editoração

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Page 91: Portfolio 2

portfólio

Formato Serviços de Editoração

26 SPSS Aplicado à Pesquisa Acadêmica • Bruni

[j] Qual a frequência do menor peso?

[5] Use o menu File > Open > Data e carregue a base de dados vestibularIES.sav.[a] Quantas variáveis formam a base de dados?[b] Quantas são as variáveis com mensuração escalar?[c] Quantas são as variáveis com mensuração nominal?[d] Quantas são as variáveis com mensuração ordinal?[e] Quantos são os códigos possíveis para a variável Curso em segunda opção?[f] O que o código 5 quer dizer em Curso em segunda opção?[g] Quantos são os códigos possíveis para a variável Turno da segunda opção?[h] O que o código 2 quer dizer em Turno da segunda opção?[i] Qual o menor valor da variável pontos?[j] Qual o maior valor da variável pontos?

PARA AUMENTAR O CONHECIMENTO...

ESTATÍSTICA APLICADA À GESTÃO EMPRESARIAL. Adriano Leal Bruni

O livro “Estatística Aplicada à Gestão Empresarial” discute com maior profundidade todos os principais tópicos da Estatística, apresentando muitas aplicações na calculadora HP 12C. Para saber mais sobre o livro, visite www.EditoraAtlas.com.br ou www.MinhasAulas.com.br.

FILMES PARA AULASO site <www.MinhasAulas.com.br> comenta uma série de filmes para usos em diversas disciplinas. Veja os exemplos disponíveis para aulas de Estatística, como os comentários

sobre o filme “O Óleo de Lorenzo”.

SPSS aplicado a pesquisa academica.indb 26 9/6/2009 10:59:23

viii SPSS Aplicado à Pesquisa Acadêmica • Bruni

Análise de correlação, 204O coeficiente de determinação, 206Testes de hipóteses aplicados aos modelos de regressão e correlação, 208Erro padrão da estimativa, 208Erro padrão do coeficiente angular, 209Intervalo de confiança do coeficiente angular, 209Teste de hipótese para a nulidade do coeficiente angular, 209Erro padrão do coeficiente linear, 211Intervalo de confiança do coeficiente linear, 211Teste de hipótese para a nulidade do coeficiente linear, 211Erro padrão do coeficiente de correlação, 211Intervalo de confiança do coeficiente de correlação, 212Teste de hipótese para a nulidade do coeficiente de correlação, 212Intervalo de confiança para a projeção, 212Análise de variância, 213Cuidados necessários na análise de regressão e correlação, 214Entendendo o comportamento das variáveis no diagrama de dispersão, 215Analisando correlação com o SPSS, 218Analisando regressão e correlação com o SPSS, 219Exercícios, 222

Respostas, 225

Referências, 243

ENCONTRANDO O SPSS NA WEB

Uma versão de demonstração do aplicativo SPSS pode ser baixada gratuitamente da Internet. O site (<www.

MinhasAulas.com.br> fornece as instruções sobre como baixar o software em seu computador.

SPSS aplicado a pesquisa academica.indb viii 9/6/2009 10:59:18

Page 92: Portfolio 2

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82 SPSS Aplicado à Pesquisa Acadêmica • Bruni

Selecione todos os casos da base e não segmente os outputs com o Data Split File.[i] Qual empresa apresenta maior duração média dos filmes?[j] Qual empresa apresenta maior média para o uso de fumo?

[5] Os valores apresentados na tabela seguinte referem-se às vendas em $ 1.000,00 na semana passada de uma amostra de 12 lojas do Shopping Center Praia do Sol. Lembre-se das recomendações para a criação de bases de dados no SPSS apresen-tadas no primeiro capítulo e elabore uma base de dados no SPSS, estabelecendo os seguintes códigos: 1 – Lanchonete, 2 – Roupas masculinas, 3 – Presentes finos, 4 – Papelaria, 5 – Restaurante. Posteriormente, responda ao que se pede.

Segmento da loja Vendas em $ 1.000,00

Lanchonete 15, 22, 17

Roupas masculinas 56, 78

Presentes finos 25, 51

Papelaria 9, 20, 15

Restaurante 102, 160

Para a variável Vendas, calcule:[a] Média.[b] Moda.[c] Mediana.[d] Variância.[e] Desvio padrão.[f] 3o Quartil.[g] 57o Percentil.Agrupe apenas as vendas de lanchonetes e restaurantes e calcule o que se pede.[h] Média.[i] Moda.[j] Mediana.

RECURSOS DIDÁTICOS COMPLEMENTARESO site <www.MinhasAulas.com.br> disponibiliza uma grande

variedade de recursos complementares ao texto do livro, como bases de dados, slides, exercícios eletrônicos, relações de

fórmulas e tabelas. Visite-o sempre!

SPSS aplicado a pesquisa academica.indb 82 9/6/2009 10:59:36

Estimando e Testando Hipóteses 123

[a] Média ser maior ou igual a 25.[b] Média ser diferente de 25.[c] Média ser maior que 25.[d] Média ser menor que 25.[e] Média ser menor ou igual que 25.Analise os resultados do teste de definição verbal comparados pelo fato de os in-divíduos terem cursado ou não o jardim de infância.[f] Qual grupo apresentou maior média?[g] Qual o valor da maior média?Analise os resultados do teste de nomeação comparados pelo fato de os indivíduos terem cursado ou não o jardim de infância.[h] Qual grupo apresentou menor média?[i] Qual o valor da menor média?[j] Qual o valor da maior média?

ACESSANDO AS BASES DE DADOS NA WEBO site <www.MinhasAulas.com.br> disponibiliza muitas bases de

dados para uso no SPSS, incluindo todos os dados empregados neste livro. Para acessar diretamente todos os arquivos de dados,

use o link (<www.MinhasAulas.com.br/bases>).

SPSS aplicado a pesquisa academica.indb 123 9/6/2009 10:59:48

Page 93: Portfolio 2

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164 SPSS Aplicado à Pesquisa Acadêmica • Bruni

[c] Em qual prova a diferença foi menor?[d] Em qual prova a diferença mostrou-se mais significativa?[e] Em qual prova a diferença mostrou-se menos significativa?[f] Em alguma das provas, é possível supor a existência de uma diferença signi-

ficativa entre as variâncias?Execute a instrução Data > Split file > Compare Groups Baseds on Curso em 1ª opção. Agora compare a variável pontos agrupada por sexo.[g] Em qual curso a diferença foi maior?[h] Em qual curso a diferença foi menor?[i] Em qual curso a diferença mostrou-se mais significativa?[j] Em qual curso a diferença mostrou-se menos significativa?[5] Carregue a base de dados atividades_fisicas.sav.Compare o peso de fumantes de não fumantes e responda ao que se pede a se-guir.[a] Qual o peso médio dos fumantes?[b] Qual o peso médio dos não fumantes?[c] Qual a diferença entre as médias?[d] A diferença entre variâncias é significativa?[e] A diferença entre médias é significativa?Selecione apenas os que estão em má condição física, compare o peso de fuman-tes com o de não fumantes e responda ao que se pede a seguir.[f] Qual o peso médio dos fumantes?[g] Qual o peso médio dos não fumantes?[h] Qual a diferença entre as médias?[i] A diferença entre variâncias é significativa?[j] A diferença entre médias é significativa?

APLICATIVOS ELABORADORES DE PROVASMuitos recursos complementares como exercícios extras,

comentários de filmes, slides, planilhas e bases de dados po-dem ser encontrados no site <www.MinhasAulas.com.br>. Professores cadastrados no site da Editora Atlas (<www.

EditoraAtlas.com.br>) podem solicitar aplicativos elabora-dores de provas de diferentes disciplinas.

SPSS aplicado a pesquisa academica.indb 164 9/6/2009 11:00:00

Page 94: Portfolio 2

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SÃO PAULOEDITORA ATLAS S.A. – 2009

Tecnologia de Informaçãoe Desempenho EmpresarialAs Dimensões de seu Uso e sua Relação com os Benefícios de Negócio

2a EdiçãoAtualizada e ampliada, incluindo instrumento para o diagnóstico das dimensões do uso de Tecnologia de Informação

Inclui pesquisa realizada com executivos de negócio e de Tecnologia de Informação e estudo de caso real sobre a aplicação dos modelos propostos

Alberto Luiz AlbertinRosa Maria de Moura Albertin

Tecnologia de Informação e Desempenho Empresarial.indb iii 23/10/2008 16:44:58

O uso de TI nas empresas deve sempre estar relacionado com as necessidades estratégicas e operacionais da organiza-ção, contribuindo para o seu bom desempenho. Portanto, este uso deve considerar o contexto no qual as organizações estão inseridas, que é formado por dimensões aqui denominadas de direcionadores do uso de TI.

Estes direcionadores permitem a identificação correta do uso de TI pelas organizações que têm particularidades, dependendo da perspectiva e tipo de aplicação que se faz desta tecnologia.

Parte I

Dimensões do Usode Tecnologia de Informação

Tecnologia de Informação e Desempenho Empresarial.indb 5 23/10/2008 16:45:00

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O uso de TI por si só não determina o sucesso e o bom desempenho de uma organização. As características do mercado em que as organizações atuam devem ser consideradas para a definição do uso de TI como parte de suas estratégias e operacionalização. Os modelos, cultura, políticas, estruturas, processos organiza-cionais, incluindo suas evoluções, devem ser considerados na utilização de TI, seja porque são afetados, seja porque afetam esse uso. As habilidades, capacitações e comportamento dos indivíduos, como colaboradores, parceiros e clientes das organizações, influenciam no valor que a TI agrega aos negócios. Finalmente, as características da própria TI influenciam as decisões sobre o seu uso pelas organizações. A Figura 1.1 apresenta a integração estratégica e operacional que demonstra a integração destas dimensões.

Diretrizes organizacionais:

Restrições do mundo real:

Imperativos do mercado:

PolíticasMétodos de trabalhoEstrutura operacionalEstrutura organizacional

PessoalFunçõesRequerimentosInvestimentos

Mercados atendidosProdutosExpectativas dos clientesNíveis de serviçoPosição competitiva

Capacidade integradade entrega

Mercado

CapacidadesTecnológicas

Fonte: Adaptada de Hackett (1990).

Figura 1.1 Estrutura estratégica e operacional integrada.

1Direcionadores do Usode Tecnologia de Informação

Tecnologia de Informação e Desempenho Empresarial.indb 7 23/10/2008 16:45:00

Page 96: Portfolio 2

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1 – A Lei no 7.347/85 – a denominada Lei da Ação Civil Pública – está com-

pletando 20 anos. Há muito com o que se regozijar, mas também resta muito a

fazer. Não há dúvidas de que a lei revolucionou o direito processual brasileiro,

colocando o país numa posição de vanguarda entre os países de civil law, e nin-

guém desconhece os excelentes serviços prestados à comunidade na linha evolutiva

de um processo individualista para um processo social. Muitos são seus méritos,

ampliados e coordenados pelo sucessivo Código de Defesa do Consumidor, de

1990. Mas antes mesmo da entrada em vigor do CDC, e depois de sua promulga-

ção, diversas leis regularam a ação civil pública, em dispositivos esparsos e às vezes

colidentes. Podem-se, assim, citar os artigos 3o, 4

o, 5

o, 6

o e 7

o da Lei n

o 7.853, de

24 de outubro de 1989; o artigo 3o da Lei n

o 7.913, de 7 de dezembro de 1989; os

artigos 210, 211, 212, 213, 215, 217, 218, 219, 222, 223 e 224 da Lei no 8.069,

de 13 de junho de 1990; o artigo 17 da Lei no 8.429, de 2 de junho de 1992; o

artigo 2o da Lei n

o 9.494, de 10 de setembro de 1997; e os artigos 80, 81, 82, 83,

85, 91, 92 e 93 da Lei no 10.741, de 1

o de outubro de 2003.

Outras dificuldades têm sido notadas pela concomitante aplicação à tutela de

direitos ou interesses difusos e coletivos pela Ação Civil Pública e pela Ação Po-

pular Constitucional, acarretando problemas práticos quanto à conexão, à conti-

nência e à prevenção, assim como reguladas pelo CPC, o qual certamente não ti-

nha e não tem em vista o tratamento das relações entre processos coletivos. E

mesmo entre diversas ações civis públicas, concomitantes ou sucessivas, têm sur-

gido problemas que geraram a multiplicidade de liminares, em sentido oposto, pro-

vocando um verdadeiro caos processual que foi necessário resolver mediante a

suscitação de conflitos de competência perante o STJ. O que indica, também, a

necessidade de regular de modo diverso a questão da competência concorrente.

Assim, não se pode desconhecer que 20 anos de aplicação da LACP, com os

aperfeiçoamentos trazidos pelo Código de Defesa do Consumidor, têm posto à

1

Rumo a um Código Brasileiro de Processos

Coletivos – Exposição de Motivos

Ada Pellegrini Grinover

SÃO PAULO

EDITORA ATLAS S.A. – 2006

Tutela Coletiva

20 anos da Lei da Ação Civil Pública

e do Fundo de Defesa de Direitos Difusos

15 anos do Código de Defesa do Consumidor

Paulo Henrique dos Santos Lucon

(Coordenador)

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