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1.Miocardite estromal
A miocardite está relacionada aos processos inflamatórios que causam lesão
no miocárdio. Entre suas causas principais estão infecções virais, bacterianas,
por fungos e protozoários. Na fase ativa da miocardite pode apresentar algum
grau de hipertrofia, dependendo da duração da doença. Nos estágios
avançados, o miocárdio ventricular está flácido e com frequência mosqueado
por focos pálidos ou diminutas. Na microscopia é possível encontrar infiltrado
inflamatório, que tem relação com a necrose focal dos miócitos, além disso,
nota-se fibrose em paciente que passaram pela fase aguda, mas tiveram
regressão das lesões inflamatórias. Outro ponto que normalmente poderemos
encontrar na microscopia será o infiltrados difuso de linfócitos e de outras
células mononucleares. Possui amplo espectro clínico, de casos leves com
pouca sintomatologia, até casos graves e fatais. Os sintomas comuns são
fadiga, dispneia, palpitações, desconforto precordial, febre (as vezes pode se
confundir com o infarto agudo do miocárdio), com complicação tardia a
miocardiopatia dilatada. Para diagnóstico, é utilizado o exame de enzimas
cardíacas (revelam necrose do miocárdio), eletrocardiograma e
ecocardiograma, angiotomografia e biópsia endomiocárdica. O ecocardiograma
tem importante papel no diagnóstico diferencial da miocardite com outras
patologias que tenham a mesma forma clínica de apresentação, como doenças
valvulares agudas, cardiomiopatia inflamatória de takotsubo e infarto agudo do
miocárdio. A angiotomografia coronariana pode ser utilizada no diagnóstico
diferencial com síndrome coronariana aguda. A biópsia endomiocárdica tem
papel essencial naqueles casos de dúvida diagnóstica e rápida progressão da
doença, com suspeita de reação alérgica e eosinofilia auxilia na busca do
diagnóstico diferencial com outras condições
Miocardite Estromal, H&E, 40x
2. Pneumonia intersticial
A doença intersticial pulmonar representa um grupo numeroso e heterogêneo
de moléstias, caracterizadas pelo desenvolvimento de infiltrados celulares, com
ou sem deposição de matriz extracelular, nas regiões pulmonares distais aos
bronquíolos terminais. Como tais processos acometem as mesmas regiões
pulmonares, acabam por adquirir características clínicas, radiológicas e
funcionais semelhantes, que justificam não só sua inclusão num único grupo,
como também explica as dificuldades envolvidas com seus diagnósticos
específicos. são processos de natureza inflamatória, relativamente incomuns,
excluindo condições infecciosas ou neoplásicas que também podem mostrar
infiltrados pulmonares difusos. Para diagnostico, faz-se o uso da analise clinica,
sendo os principais sintomas: dispneia, tosse a vários meses, baqueteamento
digital nos casos mais tardios. Além disso, há o uso de exames
complementares, como: raio-x, TC, biopsia transbrônquica, lavado
broncoalveolar. Na microscopia pode-se observar a deposição progressiva de
colágeno nos espaços pulmonares distais, levando em sua fase final a pulmões
pequenos, duros e fibróticos. Por isso algumas vezes a doença intersticial
pulmonar é designada de maneira genérica como fibrose pulmonar, mas que
não é muito adequado. Na pneumonia intersticial inespecífica, primeiramente
ocorre uma inflamação intersticial crônica leve a moderada, onde há linfócitos e
alguns plasmócitos.
Pneumonia Intersticial, H&E, 10x e 40x
3. Gastrite com hiperplasia linfoide e HP
Os sintomas associados à gastrite crônica são tipicamente menos graves,
porém mais persistentes. A causa mais comum de gastrite crônica é a infecção
com o bacilo Helicobacter pylori. A doença se apresenta mais frequentemente
como uma gastrite predominantemente antral com alta produção de ácido, a
despeito da hipogastrinemia. Esta pangastrite está associada a atrofia mucosa
multifocal, secreção reduzida de ácido, metaplasia intestinal e risco aumentado
de adenocarcinoma gástrico. É possível observar os agregados linfoides com
centros germinativos e os plasmócitos subepiteliais abundantes na lâmina
própria superficial, característicos da gastrite por H. pylori. Quando
visualizados, os bacilos geralmente têm forma levemente recurvada e são
encontrados na superfície da mucosa ou nas criptas glandulares. Diagnóstico
clínico e endoscópico. Geralmente causa poucos sintomas, pode ocorrer:
náuseas, vômitos e desconforto no abdome superior, além dor por lesão das
células parietais e atrofia da mucosa do corpo e do fundo gástrico. O mais
importante é a relação da gastrite crônica com o desenvolvimento da úlcera
péptica e do carcinoma gástrico. Úlcera péptica, dispepsia funcional, refluxo
gastroesofágico, câncer gástrico, esofagite.
6. Carcinoma de esôfago
Carcinoma de esôfago.
A maioria dos carcinomas do esôfago (cerca de 60%) são polipóides
(crescimento exofítico). Dos de crescimento endofítico, cerca de 15% infiltram a
parede causando estenose através de reação desmoplásica. Os outros 25%
destróem a camada muscular levando a atonia e dilatação da luz. A grande
maioria dos carcinomas do esôfago são histologicamente do tipo epidermóide,
pois o epitélio de revestimento onde se originam é plano estratificado não-
corneificado. Cerca de metade localizam-se no terço médio, com o restante
distribuído mais ou menos igualmente nos terços superior e inferior. A
mortalidade é desproporcionalmente alta, devido à localização mediastinal do
esôfago, o que propicia a invasão precoce de estruturas nobres e torna a
ressecção cirúrgica completa difícil ou impossível. Uma importante complicação
é a invasão do brônquio direito causando fístula esôfago-brônquica.
(Pulmão. Câncer de Pulmão)
3. Câncer de pulmão
Há presença de tumor, geralmente, no hilo pulmonar ou ao seu redor. Sendo
que aproximadamente 3/4 das lesões são originadas nos brônquios de
primeira, segunda e terceira ordens. Pode ocorre a formação do carcinoma na
periferia do pulmão.
MASSA NEOPLÁSICA
1. Colecistite
É uma inflamação da vesícula biliar, que caso não seja tratada com urgência
pode levar à morte. A patologia afeta principalmente mulheres em período fértil,
obesos e pessoas de qualquer sexo com idade entre 40 e 50 anos. indivíduos
que têm uma dieta com muita ingestão de gordura estão mais propicias a
desenvolver a doença.normalmente, a doença não apresenta sintomas e na
maioria dos casos a pessoa só descobre o problema com a sensação de fortes
dores, que aparece repentinamente na parte superior do abdômen. Muitos
pacientes quando descobrem a doença já estão em estado grave e precisam
ser submetidos a processos cirúrgicos, no caso, remover a vesícula. Alguns
dos sintomas são: urina escura, febres e arrepios, junto com a coloração amarelada da pele, que podem ajudar no diagnóstico do problema. Na
microscopia da colecistite aguda iremos notar um padrão usual de inflamação.
Enquanto na colecistite crônica, o grau de inflamação é variável e podem estar
presentes criptas encobertas de epitélio no interior da parede da vesícula.
Ademais, a saculação do epitélio da mucosa pela parede (seios de Rokitansky-
Aschoff) pode estar bastante proeminente. Em poucos casos nota-se uma
calcificação distrófica no interior da parede da vesícula (vesícula em
porcelana).
Diagnostico diferencial: colelitíase
Coloração HE. Aumento 100x
Colecistite, H&E, 10x e 40x.
1. Colangiocarcinoma
A idade dos pacientes ao diagnóstico de colangiocarcinoma varia de 60 a 65
anos, com cerca de dois terços dos pacientes com a idade entre 50 e 70 anos.
É observada um discreto predomínio de homens do que de mulheres. A
icterícia é a apresentação clínica mais frequente nos colangiocarcinomas,
estando presente em mais de 90% dos pacientes. Outros sintomas menos
frequentemente observados são: prurido, dor abdominal, perda de peso.
Achados além da icterícia, ao exame físico são incomuns. A vesícula biliar
pode ser palpável nas lesões distais ao ducto cístico, quando a obstrução é
completa. A presença de ascite e esplenomegalia significa invasão da veia
porta e implica em um mau prognóstico. A localização mais comum dos
tumores de vias biliares, são: 1. ducto biliar comum (33-40%); 2. ducto hepático
comum (30-32%); 3. confluência dos ductos biliares hepáticos e 4. ducto
cístico. Os tumores difusos ou aqueles que não puderam ser classificados
anatomicamente corresponderam a 5-7% do total. Os resultados de autópsias
feitas em pacientes com diagnóstico de colangiocarcinoma, indicaram a
presença de metástases em 75 a 80% dos pacientes. Para diagnostico pode
ser solicitado exames complementares como: perfil hepático, medição de
antígeno carino-embrionario, USG abdominal, TC, colangiografia, angiografia,
biopsia.
Diagnóstico Diferencial: adenocarcinoma de vias biliares,
cistoadenocarcinomas.
.
5. Hepatite B
A hepatite B é uma doença infecto-contagiosa causada por um vírus que causa
a inflamação do fígado e graves alterações hepáticas, se não tratada pode
evoluir pra cirrose. O dano no fígado não é causado diretamente pelo vírus da
Hepatite B, mas pelo próprio sistema imunológico do portador, que ao tentar
eliminar o vírus danifica a célula hepática. Observa-se os hepatócitos em vidro
fosco. Vários hepatócitos mostram no citoplasma uma área homogênea rósea,
geralmente com halo claro na periferia, que é constituída por acúmulo do
antígeno de superfície do vírus (HBsAg). Exceto pela inclusão citoplasmática, o
aspecto morfológico das células parasitadas é normal. Anamnese com a
história do paciente, atenção aos antecedentes como alcoolismo, vacinação e
condições socioeconômicas. Sinais e sintomas são divididos em duas fases:
pré-ictérica e ictérica. Na primeira consta-se principalmente mal estar geral,
fraqueza, inapetência, dores abdominais difusas, náuseas vômitos, mialgia. Na
fase ictérica observa-se a coloração de pele e mucosas, hepatomegalia dolosa,
esplenomegalia, hipocolia fecal e prurido cutâneo. A hepatite B e diagnosticada
com a realização de exames específicos de sangue. O hemograma ou os
resultados de transaminases não são específicos para o seu diagnóstico. São
eles: Anti-HBc, HBsAg, Anti-HBs e Anti-HBc Como diagnóstico diferencial,
temos: Mononucleose infecciosa, rubéola, toxoplasmose, CMV, leptospirose,
malária, febre amarela e outras hepatites.
Hepatite B, H&E . 400X