ppgl – ufsm - mestrado em estudos linguísticos apresentadora: joseane amaral orientador: prof....
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PPGL – UFSM - Mestrado em Estudos LinguísticosApresentadora: Joseane Amaral
Orientador: Prof. Dr. Marcos Gustavo Richter
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Trabalho Pesquisa de dissertação sobre o estudo das
expectativas e a constituição do papel social do professor de línguas.
Objetivo Análise de textos de duas revistas: uma da área de
Letras e outra de Educação Física -> estudo comparativo.
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Os fatores de atribuição na THA
A THA postula para a organização do trabalho três pilastras. Pela ordem crescente de complexidade: fatores de atribuição, fatores de mediação e fatores de controle.
Nossa análise - > fatores de atribuição, pensados em sua relação com a atividade docente.
Atribuição -> conjunto de variáveis centradas nas noções de papéis sociais, espaços institucionais, atribuições, competências, modelos de conduta, referência e pertença grupal.
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Papel social e mapeamento de expectativas
“Papéis sociais são feixes de expectativas, que se ligam, em uma determinada sociedade, ao comportamento dos portadores de posições”. (Dahrendorf, 1969, p. 54).
Segundo Luhmann (1983): Expectativas cognitivas - marcadas pela adaptação e
assimilação de desapontamentos.
Expectativas normativas - permanecem como a não adaptação, e as possíveis discrepâncias são atribuídas ao “ator”. Têm relação com o papel social.
Ex. da secretária: expectativa cognitiva (loura, jovem, bela); expectativa normativa (que saiba digitar rápido, atenda bem ao público, etc.).
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Fundamentos da análise
Acumulam-se publicações vulgarizadoras sobre a prática do professor -> interferência da mídia nos rumos da profissão docente.
Corpus: revistas - análise comparativa entre Educação Física (emancipada juridicamente) e Letras - ambas ligadas à esfera educacional.
Aportes da Linguística de Corpus – programa WordSmith Tools.
Proposta a ser desenvolvida: utilização do Mapeador Semântico de Berber Sardinha e Richter.
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Análise – fase inicial
Revistas on-line - Educação Física x Língua Portuguesa.
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Critérios para seleção dos corpora
Palavra-chave “professor”; Número de palavras semelhante. Os dois corpora possuem relativamente o mesmo número
de palavras: 37 mil.
No quadro a seguir apresentamos a lista de frequência das palavras – Wordlist - nos dois corpora selecionados.
Nosso estudo pretende evidenciar as diferenças entre as duas profissões integrantes da esfera educacional.
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Análise - Wordlist
Revista Língua Portuguesa Revista Educação Física
Reflexões sobre os dados colhidos
Salientamos que nossa análise, embora incipiente, já demonstra resultados significativos no que tange à comparação linguística do corpus destas duas profissões, distintas em termos legais, embora integrantes da esfera educacional.
O recurso Wordlist permite perceber que a visão de “profissional” parece diferir na comparação entre os corpora: a revista Educação Física possui 373 ocorrências das palavras profissional e profissionais, ao passo que a Língua Portuguesa apresenta, somados, apenas 10.
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Também com relação à atribuição, a palavra “motivação” nos chama a atenção: parece que o profissional de Letras recorre muito mais a este recurso do que o de Educação Física.
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Considerações parcialmente finais
Segundo Richter (2008, p.71), o profissional que não tem o privilégio da endogenia “... dado o caráter exógeno, não emancipado de sua (semi)profissão, é levado a exercê-la num espaço social atravessado por paradoxos e contradições, povoado de vozes estranhas ao próprio profissional”.
Essa realidade compromete a autoimagem do professor, interferindo em sua constituição profissional. Como ele não usufrui de respaldo social e legal para adotar/construir condutas bem demarcadas, acaba respondendo com práticas permeadas por uma confusão crônica sobre como deve agir, o que pode ou não “cobrar” de seus alunos, enfim, qual é, na realidade, seu compromisso específico de especialista. Por isso, muitas vezes, o profissional aceita que lhe atribuam responsabilidades que não são suas.
Através da apreciação dos corpora, fica nítida a diferença entre os profissionais de Letras e Educação Física. Permanecendo na passividade, o docente de línguas acaba por carregar consigo o peso das tarefas de uma profissão organizada alopoieticamente, cujo papel social permanece obscuro em meio às práticas sociais.
Por isso, defendemos em nossa análise a investigação das práticas endógenas e dos mecanismos que envolvem a estabilização das expectativas profissionais. Ao nosso ver, a regulamentação da atividade parece conferir ao professor voz ativa e poder de ação na organização do seu próprio trabalho.
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Referências
DAHRENDORF, Ralph. Homo Sociologicus. Londres, Róutledge and Kegan Paul, 1969.
LUHMANN, N. Sociologia do Direito I. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1983.
RICHTER, M. G. Aquisição, representação e atividade. Santa Maria: UFSM, PPGL-Editores, 2008.
________; GARCIA, J. R. C. A profissionalização do professor: condição necessária para uma prática respeitável. Linguagens & Cidadania. Santa Maria, ano 8 nº 1, jan-jun.2006. Disponível em
<http://jararaca.ufsm.br/websites/l&c/download/Artigos/L&C_1S_06/Jaci_MarcosL&C06.pdf>. Acesso em: 30 set.2009.
________. et al. O modelo holístico como alternativa à formação docente. In: I CONGRESSO LATINO AMERICANO SOBRE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE LÍNGUAS, Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, 2006. Disponível em: <http://www.cce.ufsc.br/~clafpl/81_Marcos_Richter_%20Dioni_Paz_Fabricia_Cavichioli_e_Candida.pdf>. Acesso em: 30 set.2009.
STEINHILBER, Jorge. Profissional de Educação Física... Existe? Rio de Janeiro: Sprint, 1996.
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