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Município de São Bernardo do Campo Secretaria de Educação PPP 2017 EMEB “LUANA LINO DE SOUZA” “...Cada um de nós compõe a sua história Cada ser em si carrega o dom de ser capaz de ser feliz...” Almir Sater

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Município de São Bernardo do Campo Secretaria de Educação

PPP 2017

EMEB “LUANA LINO DE SOUZA”

“...Cada um de nós compõe a sua história

Cada ser em si carrega o dom de ser capaz de ser feliz...”

Almir Sater

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Por que um PPP na escola?

Projeto porque a escola deve ter intencionalidade;

Projeto Político porque a escola deve assumir suas opções

éticas, decidir que cidadão quer formar para qual sociedade;

Projeto Político Pedagógico porque todos os envolvidos na

atuação da escola devem conhecer e atuar na condução e

organização das práticas que levem à efetividade das

aprendizagens pretendidas.

Ilma P. Alencastro Veiga

O P.P.P. é o documento que reflete e norteia o trabalho do educador,

apontando as diretrizes para a prática educativa.

Sua elaboração, tarefa essencial, tem nas discussões, nas escolhas, nos

conteúdos, e na forma, nossa preocupação de um olhar voltado para a criança

como indivíduo que constrói seu próprio conhecimento por meio de experiências,

trocas com o meio e iniciativas partilhadas. A criança deve ter suas ações apoiadas,

sua individualidade respeitada, e também deve ser atendida em suas necessidades

de proteção, segurança, bem-estar e saúde física e mental.

O PPP é o documento que expressa o compromisso da equipe escolar em

garantir o desenvolvimento físico, mental e social da criança dentro dos preceitos da

construção da autonomia, identidade, integração, acesso à cultura, ética e respeito

ao outro.

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1 - IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR .......................................... 4

2 - CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA .................................................................................................... 7

3 - ANÁLISE E REFLEXÃO DAS AVALIAÇÕES REALIZADAS PELA EQUIPE ESCOLAR NO ANO DE 2016 ................................................................................................................................ 14

4 - CARACTERIZAÇÃO E PLANO DE AÇÃO PARA OS SEGMENTOS DE ATUAÇÃO DA ESCOLA ......................................................................................................................................... 16

5 - EQUIPE ESCOLAR .................................................................................................................. 19

6 - PLANO DE FORMAÇÃO PARA 2017 ...................................................................................... 23

7 - FUNCIONÁRIOS ....................................................................................................................... 26

8 - CONSELHOS............................................................................................................................ 30

9 - ASSOCIAÇÃO DE PAIS E MESTRES ...................................................................................... 31

10 - ORGANIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO PEDAGÓGICO. ........................ 32

11- ROTINA ................................................................................................................................... 45

12 - AÇÕES QUE APOIAM O CONHECIMENTO E A APRENDIZAGEM ..................................... 51

13 - HIGIENE E SAÚDE ................................................................................................................. 55

14 - AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS DOS ALUNOS ........................................................... 61

15 - ACOMPANHAMENTO DOS INSTRUMENTOS METODOLÓGICOS .................................... 62

16 - CALENDÁRIO ESCOLAR HOMOLOGADO ........................................................................... 63

18 - ANEXOS ................................................................................................................................. 65

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1 - IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR

Escola Municipal de Educação Básica “Luana Lino de Souza”

Rua: Rua Carlos César de Carvalho, nº 230

Bairro: Sítio Bom Jesus

CEP: 09840-845

Telefone: 4358-5985; 4358-3339

Email: [email protected]

CIE: 230066 (código de identificação escolar/PRODESP)

Blog: emebluanalinodesouza.blogspot.com.br

Identificação da Equipe Gestora

Dirigente de Creche: Iara de Lima Santana

Professora Responsável pela Coordenação Pedagógica: Juliana da Silva Domingos Orientadora Pedagógica: Déa Cristiane Kerr Affini

Equipe de Orientação Técnica responsável pelo acompanhamento da escola

Psicóloga: Maria de Fátima Neves da Silva

Assistente Social: Marcia Maria Maiole Carvalho

Fonoaudióloga: Renata Gramani

Fisioterapeuta: Flávia Alves Lente

Modalidade de Ensino oferecida pela escola:

Educação Infantil: crianças de sete meses a três anos

Período de atendimento: integral

Horário de Funcionamento da Escola: das 7h às 17h30

Horário de Atendimento às Crianças: das 7h30 às 17h30

Horário de Atendimento da Secretaria: das 7h30 às 16h30

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OBJETIVO DA UNIDADE ESCOLAR

Proporcionar situações de interação da criança com o outro e com o ambiente,

promovendo: autonomia; criatividade; pensamento crítico; autoestima; respeito às diferenças e

aprendizagens; considerando o conhecimento que a criança traz; favorecendo que ela se

reconheça como parte integrante do seu meio.1.1 - Quadro de Identificação dos Funcionários

Nome Matrícula Cargo Função Horario de Tra- Período balho Férias

Iara de Lima Santana 25579-9 Dirigente 08:00 / 17:00 Janeiro

Izabel Regina Anderson Rocha 30526-7 Coord. Pedag. 09:00 / 18:00 Janeiro

Wagner Gomes de Proença Maciel 31352-7 Oficial de Escola 07:00 / 16:00 Janeiro

Silmara Peres da Motta 17951-9 Prof. Substituta 12:30 / 18:00 Janeiro

Claudete Pereira Soares 26163-3 Aux. Educação 08h00/17h00 Janeiro

Dalva de Fátima Mendes 35.876-5 Aux. Educação 07:45 / 16:45 Janeiro

Daniela Rodrigues dos Santos 37118-3 Aux. Educação 07:45 / 16:45 Janeiro

Hellen Barbosa Ribeiro Dias 32603-1 Aux. Educação 07:45 / 16:45 Janeiro

Joab Costa da Silva 41.588-0 Aux. Educação 07:45 / 16:45 Janeiro

Lígia Regina da Silva 39.411 Aux. Educação 08h30/17h30 Janeiro

Márcia Lopes dos Santos 39518-3 Aux. Educação 07:45 / 16:45 Janeiro

Priscila Silva Souza 410660 Aux. Educação 08:00/ 17:00 Janeiro

Rose Aparecida Laurentino 33.328-0 Aux. Educação 08h00/17h00 Janeiro

Sabrina Talita Costa da Silva 32891-0 Aux. Educação 08h00/17h00 Janeiro

Solange Francisca Carvalho 22..121-7 Aux. Educação 07:45 / 16:45 Janeiro

Vivian Cristina P. Dos Anjos 40.291-0 Aux. Educação 08:00/ 17:00 Janeiro

Bruna de Meira Campos Sapuppo 38436-2 Professora 10:00 / 18:00 Janeiro

Carolina L. Ribeiro Dundes 37066--6 Professora 10:00 / 18:00 Janeiro

Edilene Aparecida Andreassa 21815-1 Professora 07:00 / 15:00 Janeiro

Edna Martins Pereira do Carmo 35981-8 Professora 10:00 / 18:00 Janeiro

Erica Cibele Lupette Eustachio 36830-2 Professora 10:00 / 18:00 Janeiro

Francine Jesus Martins Machado 42.320-5 Professora 10:00 / 18:00 Janeiro

Imaculada Ap. Costa Torres 3290445 Professora 10:00 / 18:00 Janeiro

Isabel Albuquerque dos Santos 37893-1 Professora 10:00 / 18:00 Janeiro

Juliana da Silva Domingos 36471-4 Professora 10:00 / 18:00 Janeiro

Laysla Mariane Bohlhalter Ferreira 42.572-8 Professora 07:00 / 15:00 Janeiro

Luciana Quadros 37.773-1 Professora 10:00 / 18:00 Janeiro

Renata Madeira Amaro Pereira 36928-5 Professora 10:00 / 18:00 Janeiro

Riberson Francielle Morais 31.842-0 Professor 10:00 / 18:00 Janeiro

Solange Maria Ferreira Souza 22121-7 Professora 10:00 / 18:00 Janeiro

Valdemir Ferreira Mandu 42.212-8 Professor 10:00 / 18:00 Janeiro

Hilda Celeste Moreira 60137-4 Aux. Limpeza 09:00 / 18:00 Junho

Claudia Alves Marques de Souza 60117-0 Aux. Limpeza 06:00 / 15:00 Junho

Claudineia Rodrigues dos Santos 19.397-5 Aux. Limpeza 09:00 / 18:00

Eliane Maria Rodrigues da Silva 22885-3 Servente 06:00 / 15:00 Janeiro

Neila Avelar Campelo Silva 61408-2 Aux. Limpeza 06:00 / 15:00 Julho

Raimunda de Jesus Paulo 23095-5 Servente 06:00 / 15:00 Janeiro

Tânia Regina da Silva 19781-4 Aux. Limpeza 06:00 / 15:00 Julho

Walkiria Matheus Costa 61.984 Aux. Limpeza 09:00 / 18:00

Angela Maria Lopes Coutinho Convida Aux. Cozinha 06:30 / 16:48 Janeiro

Ivone da Silva Peixoto de Oliveira Convida Cozinheira 07:00 / 16:48 Janeiro

Vanilda Santiago Santos Convida Aux. Cozinha 07:00 / 16:48 Janeiro

Helena Maria da Silva SKILL Vigia 06:00 / 18:00 ---------

Marineida de Oliveira SKIIL Vigia 06h00/18h00 ---------

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1.2 - Quadro de Organização das Modalidades

Total de Total de

Período Agrupamento Turma Professoras Auxiliar em Crianças Crianças

Educação por Turma por Período

Priscila

Berçário final -

Juliana (7h30 às 16h30) 14 14

Isabel Daniela

(8h30 as 17h30)

Solange Maria Dalva

Infantil I A

(8h00 às 17 h00) 15

Solange Francisca

Edna Reis

(7h30 as 16h30)

Vívian

Infantil I B

Edna M. (8h30 às 17H030 18 51

Carolina Joab

INTEGRAL

(7h30 às 17h30)

Márcia

Infantil I C

Renata (8h30 às 17h30) 18

Imaculada Lígia

(8h30 às 17H030

Infantil II A

Ivete Claudete 20

Bruna (8h00 às 17H00)

Infantil II B

Érica Rose 20 60

Hosana (8h00 às 17H00)

Infantil II C

Edilene Talita 20

Riberson (8h00 às 17h00)

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2. CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA

CONCEPÇÕES E PRINCÍPIOS

Concepção de Homem

O Homem é um ser social, cultural e histórico, que pensa, age, sente, tem hipóteses sobre o mundo, constrói seu conhecimento a partir de interações estabelecidas inicialmente com a família e interações feitas gradativamente nas demais instituições sociais.

Apto a pensar, a sentir e a agir, tem a possibilidade de escolher, testar, experimentar e aprender com os resultados de suas escolhas, controladas pela responsabilidade.

O ser humano ao nascer apresenta uma grande imaturidade motora, porém é ativo e agente de seu próprio desenvolvimento, capaz de mudar a si próprio e ao meio onde vive, ou seja, de ser sujeito de sua própria história.

Concepção de Criança

A criança pequena depende do adulto como mediador de suas relações com o meio... “o desenvolvimento se constrói na e pela interação da criança com outras pessoas de seu meio ambiente, particularmente com aquelas mais envolvidas afetiva e efetivamente em seu cuidado. Experiências anteriores servem de base para novas construções, as quais dependem da relação que o indivíduo estabelece com o ambiente numa situação determinada.” (Zilma de Morais e outras em Creches, Faz de Conta e Cia).

Com esta concepção de desenvolvimento infantil, entendemos a criança como ser que é capaz de exercer sua autonomia, que constrói a aprendizagem a partir de conexões entre experiências novas e conhecimento anterior. É capaz de reflexão crítica, pois observa, experimenta, problematiza e argumenta. Ajudada, busca diferentes respostas para um mesmo problema e passa a dominar formas cada vez mais complexas de falar, raciocinar, solucionar problemas, memorizar, prestar atenção em algo e a construir conceitos sobre diferentes objetos e situações.

Desenvolve-se porque aprende, e aprende a partir do que lhe é significativo. Assim sendo esta concepção tornar-se-á viva em cada uma das atividades propostas à

criança. A rotina é planejada e organizada de forma que possibilite que a criança, em cada faixa etária, exerça sua autonomia e seja protagonista na construção da sua própria aprendizagem. A significância desta ideia será concretizada no decorrer deste PPP, no planejamento de cada professor e no envolvimento de cada um que direta ou indiretamente atua no processo educativo da escola, portanto cada membro dentro da unidade deve ter claro este conceito para tornar-se parte importante no caminho para o desenvolvimento das crianças, ensinando e aprendendo com elas.

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Concepção de Escola

A Escola

Escola é... O lugar onde se faz amigos

Não se trata só de prédios, salas, quadros,

Programas, horários, conceitos...

Escola é, sobretudo, gente.

Gente que trabalha, que estuda

Que alegra, se conhece, se estima. O diretor é gente,

O coordenador é gente, o professor é gente,

O aluno é gente,

Cada funcionário é gente.

E a escola será cada vez melhor,

Na medida em que cada um

Se comporte como colega, amigo, irmão.

Nada de “ilha cercada de gente por todos os lados”.

Nada de conviver com as pessoas e depois descobrir que não tem amizade a ninguém.

Nada de ser como um tijolo que forma parede,

Indiferente, frio, só.

Importante na escola não é só estudar, não é só trabalhar,

É também criar laços de amizade,

É criar ambiente de camaradagem,

É conviver, é se “amarrar nela”!

Ora, é lógico...

Numa escola assim vai ser fácil Estudar, trabalhar, crescer, Fazer amigos, educar-se, ser feliz.

Paulo Freire

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Os projetos didáticos, rotina, passeios, festas, eventos, são pensados e elaborados nesta concepção de escola, apresentada por Paulo Freire, onde as diferenças são respeitadas, onde todos trabalham objetivando ampliar os conhecimentos das crianças, onde se busca um convívio prazeroso e a avaliação processual realizada pelos instrumentos de registro, observação e reflexão sobre a ação indicando caminhos para o planejamento e o replanejamento na busca do conhecimento, da autonomia, da criatividade e do pensamento crítico.

ESCOLHAS DEFINEM NOSSOS CAMINHOS. CELEBRAR A VIDA VALE A PENA, A TODO O MOMENTO!

Em 2012 a discussão proposta foi sobre “Escola Laica”: a escola que não adota nenhuma religião como preponderante, respeita todas, assim como respeita ideologias, crenças, valores e posições partidárias. Nossa tarefa era decidir os caminhos da escola no respeito a todos e a cada um, e fazer o planejamento das festas juninas e do dia com a família.

Diante de gravuras, exercitamos o nosso direito e possibilidades de escolhas. Ao longo do dia ouvimos teóricos em vídeo defendendo suas posições diferentes para um mesmo argumento, pensamos, discutimos, construímos enredos e cenários, dos caminhos que queremos trilhar nos temas propostos, posicionando a escola numa concepção laica e com respeito às tradições e culturas do povo brasileiro.

Considerando que a equipe escolar se renovou, passados cinco anos da discussão sobre “escola laica”, retomamos este tema em formação para a equipe escolar em Reunião Pedagógica.

Não sem dificuldades, partimos de uma coleção de questões para a busca da nossa historia, do nosso conhecimento ao mesmo tempo dávamos atenção ao novo trazido pela voz da professora Roseli Fischman. Fomos levados por um turbilhão, na coleção de nossas ideias até o saudosismo surgiu. Partimos para a organização, como quem recusa o sentido de estar sem perspectivas ou estar em desordem, explicitamos nossa História e com muita paciência, o pensamento do grupo se organizou e tornou decisivo que o trabalho na escola respeita o conceito de laicidade, e não é como alguns filmes, prontos, acabados, mas sim como uma organização de coleção de filmes que trazem a diversidade de enredos que nos permitem optar pela tolerância, paciência, possibilidades e o respeito pela escolha.

Como equipe de uma escola temos a responsabilidade de um trabalho com paciência, atenção e organização. O grupo insiste na paciência, sinalizando para uma mudança de comportamento, atitudes e concepções. É preciso dedicação para as sutilezas, mais paciência, e muita determinação para que a concepção de laicidade se faça presente em todos os momentos, todas as ações e principalmente em nossas intencionalidades.

Acreditando em nossa capacidade de planejar e propor “festas” que tragam para as crianças saberes de nossa cultura, respeitando com muita ética os valores de cada um e de todos, sob muita concentração, trabalho, muito trabalho numa dinâmica que mais parecia uma bagunça organizada, conseguimos uma proposta, um planejamento, uma... organização de festas, com valorização do que já temos, do acervo de nosso material, do nosso histórico e da busca incessante pela EDUCAÇÃO DE QUALIDADE para nossas crianças.

(Texto elaborado pela Dirigente Iara depois de uma atividade em que cada pessoa deveria citar uma palavra para avaliar a Reunião Pedagógica, as palavras em destaque vermelho são as que

o grupo mencionou como avaliativas da reunião e segue a ordem de apresentação

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É função da escola trazer o melhor da cultura humana às crianças, visando a formação de um ser criativo e crítico, conhecedor de sua história e capaz de fazer escolhas usando seus conhecimentos e respeitando as diferenças. Nesta creche há comemorações e festas enfatizando o fator cultural de cada momento, tais como festas juninas, que apresentam comidas típicas, vestimentas, músicas e danças de nossa cultura; dia das crianças, que retrata a preocupação com os pequenos desde a Declaração dos Direitos das Crianças; momento em que o projeto da escola foca principalmente o direito ao brincar e ser feliz, e também o Natal, festa tradicional que envolve toda a população do país. Entendendo que, sendo uma escola laica, será valorizado o que cada momento traz da cultura e conhecimento histórico, sem tendências religiosas. A escola não pode ser um espaço alienado dos valores culturais e eventos do meio em que está inserida, é dever da escola insistir em apresentar para sua comunidade o valor cultural e as formas alternativas de marcá-los, valorizando aspectos culturais e afetivos negando assim a motivação comercial que a mídia oferece. Com esta postura da escola, a criança terá parâmetros para escolher e desenvolver-se como ser realmente crítico e autônomo.

A escola deve sempre se pautar em princípios que orientem suas ações:

Éticos: da Autonomia, da Responsabilidade, da Solidariedade e do Respeito ao Bem Comum;

Políticos: dos Direitos e Deveres da Cidadania, do Exercício da Criticidade e do Respeito à Ordem Democrática;

Estéticos: da Sensibilidade, da Criatividade, da Ludicidade e da Diversidade de Manifestações Artísticas e Culturais.

Pautando nossas ações nestes princípios esperamos obter uma educação de qualidade que garanta aprendizagens que contribuam para a formação de cidadãos autônomos e críticos, capazes de participar da sociedade em que estão inseridos com competência, dignidade e responsabilidade. Estes princípios devem ser garantidos nas ações que efetivem a participação de todos os segmentos da comunidade escolar, nas decisões do Conselho de Escola e APM, na intencionalidade quando do planejamento de reuniões e atendimento aos pais, reuniões pedagógicas, HTPCs, na rotina e no cotidiano das relações da escola.

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Concepção de Creche

Ao longo das últimas décadas, temos presenciado rápidas e intensas transformações em nossa sociedade, com importantes mudanças nas funções e relações dentro da família.

Com o ingresso da mulher no mercado de trabalho, devido às transformações sociais, econômicas e culturais, começaram as reivindicações trabalhistas por um lugar onde deixar as crianças para as famílias (muitas vezes encabeçadas por um único elemento, pai/mãe solteiros ou separados) poderem trabalhar, procurando, assim, soluções alternativas e complementares ao cuidado e educação dos filhos.

No final do século XIX, a creche tinha um papel assistencialista. Em São Bernardo do Campo, as creches começaram a existir por volta de 1960/70, com

caráter assistencial, fazendo parte do setor de Promoção Social respondendo à Secretaria da Saúde, a qual visava cuidados médicos, higiene e alimentação.

Só a partir de 1990, com a passagem das creches para a Secretaria de Educação, começaram os concursos exigindo a formação de 2º grau para os profissionais. Em 1995 foram contratados professores para atuar junto às crianças de 0 a 3 anos.

Com a promulgação da LDB, em 1996, definiu-se que a educação infantil “tem como finalidade o desenvolvimento integral das crianças de 0 a 6 anos”.

A lei passa a reconhecer, então, que creche não é apenas uma instituição para a mãe deixar a criança enquanto trabalha, mas sim um direito da criança, uma escola que participa e compartilha com a família e comunidade a educação desta criança e o seu desenvolvimento integral.

Reconhecendo o direito da criança de zero a três anos à educação é preciso pautar as necessidades, os desejos e interesses dessa faixa etária para que a atuação dos educadores vise o desenvolvimento dos pequenos; definindo a necessidade do registro desses trabalhos para documentar o processo vivido.

Com o compromisso de documentar também o que entendemos como materiais necessários para atender os desejos e necessidades do público alvo da creche para uma educação infantil de qualidade, discussões e pesquisas se voltaram para definir os itens que compõem esse material.

Das discussões e pesquisas feitas, surgiu a seguinte relação:

Espaço físico externo: com gramado, árvores e acessibilidade. Que possibilite atividadespara desenvolvimento físico e social: correr, brincar, rolar, andar, pular, pedalar, subir em árvores.

Salas para as turmas: amplas, ventiladas com janelas na altura das crianças e espaço suficiente para o repouso, conforme o documento Parâmetros Básicos de Infraestrutura para Instituições de Educação Infantil. (Encarte 1. Brasília: MEC, SEB, 2008)

Materiais para as turmas que ficam nas salas: colchões (densidade 23/26); lençóis; edredons; travesseiros; ventiladores; rádio USB / CD; acervo de CDs; tapetes isolantes da temperatura do chão e de fácil higienização; uma mesa com oito lugares e cadeiras para cada sala de Infantil II. Brinquedos adequados às faixas etárias em acesso fácil das crianças.

Refeitório: equipado adequadamente com mobiliário para a faixa etária atendida.

Cozinha: equipada para preparo de alimentos para bebês e crianças pequenas. Materiais e

eletrodomésticos: geladeira, freezer, fogão industrial, pias, despensa, processador de alimentos, liquidificador industrial e doméstico, centrífuga, pratos, canecas, talheres, panelas, travessas, cumbucas, mamadeiras, canecas com alças e tampas, entre outros.

Material de higiene e limpeza: detergente, cloro, luvas, desinfetante, rodos, vassouras, panos de limpeza, sabonete líquido, álcool líquido, álcool gel, buchas, escovas, etc. Com boa qualidade e em quantidade suficiente para o atendimento das 125 crianças atendidas a cada ano. A questão da limpeza e higiene são pontos centrais de discussão do trabalho da creche dada a situação peculiar de desenvolvimento da faixa etária das crianças que estão, entre outras coisas, constituindo seus sistemas imunológicos.

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Brinquedos. Bonecas: tamanhos e etnias diversas, resistentes, apropriadas a faixa etária e

em quantidade suficiente para, no mínimo, o uso de uma turma de crianças por vez; banheiras; mamadeirinhas; carrinhos de bonecas; bichinhos de pelúcia; bonecos do tipo Playmobil. Carrinhos: com tamanhos diversos, resistentes, apropriados à faixa etária e em quantidade suficiente para, no mínimo, o uso de uma turma de crianças; trenzinhos com estrada de ferro; carrinhos com autopista. Brinquedos de montar; lego; quebra cabeça de madeira. Bolas: vários tamanhos e cores, resistentes, apropriadas a faixa etária e em quantidade suficiente para, no mínimo, o uso de uma turma de crianças por vez; traves; cesto (para bola ao cesto); KITs: casinha, escritório, médico, cabelereiro, lanchonete, lavanderia (pegadores, varais, pedaços de tecidos), escritório, policial, bombeiro, ferramenta, feira (sacolas / frutas / verduras), cozinha, limpeza (vassourinhas / rodinhos / pazinhas); animais selvagens; animais domésticos. Fantasias: variadas e em quantidade suficiente para as turmas. Espelhos: nas salas, nos corredores, com tamanhos diversos. Brinquedos para movimento: bambolês; cordas; brinquedos para produzir bolinhas de sabão; esguicho de água; praticáveis; motocas; triciclos. Brinquedos de Parque (área externa): escorregador, balanças, gangorra, gira-gira, casinha. Mini playground de plástico (área interna): escorregador, balanço, gangorras (cavalinhos/jacarés). Brinquedos para tanque de areia: de puxar/empurrar; caminhões com pás carregadeira; baldinhos; pazinhas. Bandinha com instrumentos musicais variados. Sucatas variadas: caixas e garrafas plásticas de tamanhos e formatos diferentes entre outras possibilidades.

Ateliê: tinta guache; aquarela; pintura a dedo; pincéis variados; brochinhas; trinchas; lousa; giz branco e colorido; massa de modelar; brinquedos e formas para massa de modelar; tesouras; lápis preto; canetas; canetinhas e canetões, esferográficas e hidrográficas; lápis de cor finos e jumbo; carvão vegetal; giz de cera fino e grosso; argila; papeis de cores e texturas diversas (cartolina / color set / celofane / crepom / dobradura / micro ondulado / laminado / pardo / sulfite branco e colorido); barbante, glitter, lantejoula de várias cores; cola branca e colorida; papel contact.

Biblioteca: livros de diversos tamanhos e materiais (capa dura / capa mole / grandes / pequenos / de pano / de plástico); livros que contemplem a multiplicidade de etnias; gibis. Fantoches, dedoches, palitoches. DVDs (aparelho e mídias); TV; Aparelho de som; suporte para livros e prateleiras que permitam que fiquem expostos e ao alcance das crianças manusearem.

Concepção de Comunidade

A escola entende que a família é o primeiro grupo social em que a criança é inserida, sem a qual não sobrevive. O bebê humano deixado à própria sorte, não tem condições de se desenvolver, pois depende de outros seres humanos em interação para adquirir sua identidade cultural e biológica. Por isso a escola busca parceria com a comunidade na educação das crianças através da ampliação dos canais de diálogo, troca de experiências e informações, numa relação que deve ser garantida no dia a dia e em espaços formativos.

Nas reuniões com pais a comunidade escolar deve ter sua participação garantida, a fala de cada um ser incentivada e respeitada em suas opiniões, sugestões, comentários e questionamentos.

Entre tantos objetivos, no DIA COM A FAMILIA na escola a aproximação escola/família é prioritária, numa situação de lazer e de forma descontraída une pessoas com mesma intencionalidade: a educação das crianças.

As famílias são chamadas a compor CONSELHO DE ESCOLA e APM participando das decisões que são de competência destes órgãos colegiados. A escola entende que os membros destes órgãos devem participar das reuniões pedagógicas aproximando-se assim das decisões que competem a estes momentos.

Com essa concepção, buscamos a efetivação da parceria escola / comunidade, o desenvolvimento de projetos que considerem e valorizem os saberes das famílias e a ampliação da participação destas nas atividades da escola.

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Concepção de Educador

O educador é responsável pela tarefa de conduzir o processo educativo, organizar as práticas pedagógicas que devem apontar na direção da ampliação da experiência e dos conhecimentos das crianças em todas as dimensões: cognitivas, lúdicas, afetivas, expressivas e corporais; atento aos cuidados, à proteção, aos gostos, ludicidade e aprendizagens, valorizando todas as linguagens. Atender as necessidades das crianças: físicas (cuidados, movimento, higiene); emocionais (afetos, emoções, carinho, colo, compreensão, aconchego); cognitivas (aprendizagem de conceitos, conhecimento do mundo físico, acesso aos bens culturais); sociais (convívio coletivo, tolerância e respeito ao outro; valorizar o diálogo com argumentos aberto ao confronto e não ao conflito).

O educador que busca seu aperfeiçoamento e enriquecimento de seus conhecimentos amplia a possibilidade de diversidade na produção e reprodução da cultura. Deve ser investigativo, instigador, não acomodado em situações pré-estabelecidas, deve ser criativo, documentando sua atuação com registros de suas reflexões, avaliando, repensando e remodelando sua prática. Conforme assegura Paulo Freire: “É preciso ouvir as falas, os não ditos, os gestos e silêncios”.

Concepção de Educador de Creche

Deve ser aquele que transmite segurança para a criança, que seja autêntico, sincero, que respeite o outro, o parceiro mais experiente com quem ela pode contar que estimule a independência e as escolhas dos pequenos visando o desenvolvimento da autonomia de acordo com sua faixa etária.

É preciso que esse educador conheça cada vez mais o desenvolvimento infantil para que compreenda o que acontece com as crianças em cada fase desse desenvolvimento, tendo condições assim de propiciar experiências no processo educativo, respeitando as dimensões cognitivas, lúdicas, afetivas, expressivas, corporais e sociais.

Uma característica indispensável ao educador de creche é ser “Acolhedor”, pois além de receber, acolher e interagir com as crianças essas ações devem ser estendidas aos seus familiares uma vez que a faixa etária atendida demanda de atenção, proteção e cuidados específicos. A parceria dos educadores com as famílias promove a adaptação e avanços nas aprendizagens das crianças.

Obs: os conceitos acima relacionados são produtos de reflexões provocadas em reuniões pedagógicas e HTPCs com bases teóricas, conforme indicações RCN, assessorias sobre Educação Infantil e a partir de 2011 com formações para as coordenadoras pedagógicas, de Suely Melo Amaral sobre o desenvolvimento infantil de zero a três anos; Conceitos norteadores da teoria histórico cultural; e também de Monica Pinazza com trabalhos sobre o Projeto Pedagógico de Conceitos Estruturantes para a Formação Contínua na Perspectiva do Desenvolvimento e o trabalho com Áreas de Experiências.

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3. ANÁLISE E REFLEXÃO DAS AVALIAÇÕES REALIZADAS PELA EQUIPE ESCOLAR NO ANO DE 2016

O trabalho da Equipe da creche no ano de 2015, na Reunião Pedagógica de 02 de dezembro, se

pautou nos três pressupostos que amparam a meta para uma educação de qualidade da Secreta-

ria de Educação de São Bernardo do Campo: Gestão Democrática, Qualidade Social das Práticas

Pedagógicas e Acesso e Permanência das crianças com sucesso escolar.

Foi possível analisar esses pressupostos no contexto dos Indicadores de Qualidade da Educação

Infantil. Quando pensamos em Gestão Democrática nos remetemos a constante elaboração e

revisitação do Planejamento Institucional, motivado por situações novas que demandam ajustes

ou novos integrantes do grupo que desconhecem o trabalho já elaborado. O debate incentivado

promoveu a argumentação e compreensão de ideias que modificaram a prática pedagógica e me-

lhoraram a qualidade de atendimento às crianças. Embora haja o debate, fatos consolidados que

caracterizam a evolução da entidade foram devidamente justificados e assimilados pelos novos

componentes.

A interação do grupo visa resolver situações que envolvam complexidade e discernimento em

busca de um princípio óbvio que é o direito da criança pela educação, após as discussões em

torno do que é ética e ética na educação, o grupo passou a reconhecer que o direito da criança à

escola não deve ser baseado no critério de mãe trabalhadora pois nosso trabalho amplia os

conhecimentos social, cognitivo e motor, sendo de extrema importância para toda e qualquer

criança. O grupo reconhece também que há muito ainda a ser feito no que diz a ampliação das

vagas em creches de nosso município. A Gestão Democrática também se deteve no trabalho das interações, importante Indicador de

Qualidade, que vai se moldando com a mudança dos integrantes do grupo. Nesse ano não foi

necessário retomar as formações dos trios de educadores, ou quartetos, contratos de trabalho,

responsabilidades, combinados, respeito às diferenças, etc, mas retomaremos pois houve uma

grande mudança no corpo docente. Descentralizando responsabilidades e pontualmente

constituindo o educador de creche que tem papel fundamental na formação da criança pequena

que atendemos. A gestão democrática se faz presente em todas as decisões tomadas pelo grupo:

uso de verbas, escolhas de passeios, de projetos e atividades são discutidos com todos os

educadores, pois entendemos que a gestão escolar deve levar em consideração as etapas de

desenvolvimento infantil para que as necessidades sejam de fato atendidas. Como os pressupostos estão ligados entre si, não é possível se falar de interação em Gestão

Democrática sem observar os resultados nas Práticas Pedagógicas. O reflexo do trabalho com os

educadores focando as interações nos grupos das salas permitiu um relacionamento mais profis-

sional, afastando melindres pessoais e direcionado ao bem estar da criança.

Qualificando as interações dos adultos, as relações adulto/criança passou a ser foco de estudo.

O grupo passou a observar, por meio de discussões e direcionamentos, em momentos de forma-

ção, HTPC e Reuniões Pedagógicas, o estágios de suas crianças, os conteúdos trabalhados nas

relações diárias com os pequenos e o quanto as crianças desenvolveram nessa trajetória. A Prá-

tica Pedagógica foi se ampliando na consistência e intencionalidade. Os educadores buscaram

bases teóricas para suas argumentações e criaram situações que provocaram a curiosidade nas

crianças, investindo na aprendizagem. O Acesso e permanência com sucesso foi constantemente discutido em cada parada para se

refletir sobre o trabalho da escola. O grupo entendendo que o acesso é direito da criança questio-

na a falta de vagas para todos, fato que anularia a condição de se conseguir uma vaga na creche

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só para a mãe trabalhadora. É fato que o município ainda não oferece a estrutura desejada para

que esse acesso seja realmente viável. A permanência com sucesso das crianças matriculadas deve ser um propósito de todos envolvi-

dos na educação de qualidade, para que se consolide o envolvimento no objetivo, a equipe, nes-

se ano se debruçou em estudar o desenvolvimento infantil de zero a três anos, as habilidades que

a criança dessa faixa etária deve desenvolver, propor brincadeiras e situações significativas de

aprendizagem que possibilitem aos pequenos avançar em suas competências. Outro fator que contribuiu para a permanência com sucesso é contarmos com o quadro de edu-

cadores completo, pois em caso de ausência de um educador, tanto professor quanto auxiliar em

educação, há na Unidade Escolar o profissional substituto, que estando diariamente na escola

estabelece vínculo com as crianças que necessitam disso para se sentirem seguras além de evi-

tar que fiquem sem atendimento. Igualmente, é necessário dizer que a mudança no horário dos professores, embora legal e neces-

sária para sua formação continuada, causou adaptações na rotina, intensificando as atividades de

higiene e alimentação, pois durante a maior parte do tempo ficam dois educadores na sala. Nossa

atenção e compromisso é para que esses momentos não se tornem mecânicos pois são impor-

tantes para a consolidação dos vínculos e atenção individual.

Com a prática consolidada de Aconchego, na adaptação das crianças, é apresentado às famílias

parte do trabalho da rotina da escola. Nesse momento as dúvidas são esclarecidas causando

tranquilidade às famílias e confiança em deixar suas crianças aos nossos cuidados., para reforçar

esse conhecimento sobre a rotina escolar a equipe gestora apresentou um vídeo na primeira

reunião do ano que mostra a rotina de nossa escola, e na pauta da reunião com os pais as

professoras acrescentaram uma visita com os mesmos por todos os espaços.

Um item observado e estudado pelo grupo de educadores foi o espaço/ambiente, começando pe-

la higiene e limpeza até sua importância com ambiente educador. O cuidado de organizar o espa-

ço de forma que provocasse a curiosidade da criança a circular por ele, explorar seus atrativos, se

deter em suas cores, objetos, músicas, tecidos, brinquedos, etc, foi conteúdo de formações du-

rante esse ano e práticas de sala de aula, atingindo a permanência com sucesso quando se cons-

tata que a criança é feliz estando na escola.

Em relação à dimensão interações adulto / adulto, há também que se sincronizarem as tarefas

dos segmentos da equipe escolar, para que os ambientes sejam limpos em momentos em que as

turmas estejam utilizando outros espaços. O grupo avaliou que as numerosas faltas dos

funcionários da equipe de apoio podem prejudicar a permanência com sucesso das crianças,

porém, o grupo reconhece também que as funcionárias presentes fazem o possível para que o

atendimento às crianças não seja prejudicado e todos concordam que os espaços utilizados por

elas devem ser priorizados quando a equipe está incompleta, pois a limpeza além de tornar o

ambiente mais agradável é primordial para boas condições de saúde. Cada vez que recebemos

novos integrantes, o grupo se transforma requerendo uma adaptação, estabelecimentos vínculos

profissionais, aceitação de novas ideias que qualifiquem melhor o trabalho dentro dos princípios e

concepções que defendemos no PPP.

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4 – CARACTERIZAÇÃO E PLANO DE AÇÃO PARA OS SEGMENTOS DE ATUAÇÃO DA ESCOLA

4.1- CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE

“Aqui tem:

Um filho que vai ser de quem?

Do fato ou do ato de ser de quem?

Aqui tem:

Cachaça, esgoto e esperança...

Criança esperando criança!

Mas tem também:

Velhinha fazendo tricô...

Filho que vai ser doutor...

E se pisar ali sem querer

O foco da dengue vai ter.

Abaixo da casa bonita

O descaso se faz perceber”.

Claudete P. Soares

Caminhando pelas ruas do bairro Sítio Bom Jesus, Santa Mônica e Jardim do Lago, nas quais vivem a maior parte das crianças atendidas por esta EMEB encontramos muitas casas bonitas, bem acabadas, algumas contando com vários pisos/andares ao lado de outras, bem mais simples e até mesmo em condições precárias. Há também muita sujeira e lixo em algumas ruas e, principalmente ao redor da escola. Apesar do bairro contar com serviço de coleta de lixo regular, a comunidade ainda se utiliza dos terrenos vazios para jogar lixo e entulho.

Chama a atenção o grande número de cães pelos bairros e a infestação de ratos. O número de comércios abertos nas garagens é bem grande, principalmente salões de

beleza e bares. A população mostra-se muito receptiva e acolhedora. Conversando com os moradores,

percebe-se que gostam de morar no bairro e ressaltam a tranquilidade como aspecto positivo do lugar, pois as crianças brincam pelas ruas, inclusive ladeiras. O bairro é servido por linhas de ônibus com destino a diferentes bairros da cidade e também para outras cidades vizinhas.

As pessoas têm consciência dos problemas existentes nesta comunidade. A maior insatisfação é quanto à saúde pública. Soma-se a isso a inexistência de escolas de 4 a 6 anos e mais creches no bairro, pais e filhos andam muito para chegar às escolas mais próximas. Outra queixa é a falta de cursos profissionalizantes em lugares mais acessíveis e não só no centro da cidade e também, há falta de opções de lazer para crianças e idosos. Mesmo tendo essa consciência a população não sabe como se organizar para reivindicar seus direitos, a Sociedade Amigos do Bairro não exerce o papel de liderar e fortalecer as reivindicações e assim promover melhorias em sua comunidade. O pronto Socorro que havia nas proximidades, em 2011 deixou de atender a população que agora é encaminhada para a UPA localizada em um bairro vizinho. Em 2015 o prédio passou por reformas e desde o inicio de 2016 atende como Unidade Básica de Saúde.

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Em 2014, nova pesquisa foi feita com os funcionários da creche, moradores da comunidade focando alguns itens para retrata-la de maneira mais atual. Foi perguntado a eles como são constituídas suas famílias, se há crianças na casa, se elas brincam, como e onde as brincadeiras acontecem. A preocupação da pesquisa foi de “reparar” na população atendida pela creche nos dias de hoje, tomando emprestada a frase e a atitude de José Saramago “Se podes

olhar, vê. Se podes ver, repara”, bem colocada pela professora Terezinha Rios na formação dos gestores no início do ano de 2014. O resultado da pesquisa apontou que, apesar de haver praças com equipamentos de ginástica, pistas de skate e parquinhos, ainda não são suficientes para atender a necessidade de lazer do grande número de crianças do entorno da escola. Mostrou que os pequenos ainda brincam de bola, pipa, bicicleta, etc. nas ruas do bairro. É necessário registrar que o entorno da creche passou por modificações entre 2013 e 2014: foi reformado o Ginásio Poliesportivo situado no terreno ao lado da escola e entre ele e a creche foi organizada uma praça com brinquedos de parque infantil. Hoje podemos notar a comunidade usufruindo do local, com crianças brincando e adultos utilizando o lugar com o espaço de lazer.

Em 2016 através de relatos de funcionários moradores da comunidade soubemos do grande número de pessoas desempregadas e também do aumento de assaltos a pedestres da região.

Outro dado interessante foi que o comércio nas garagens se intensificou, e que os moradores continuam destacando que o lugar é bem favorecido com condução e comércio.

Na pesquisa sobre as atrações culturais que acontecem no bairro houve destaque sobre atividades que acontecem gratuitamente para a comunidade proposto pela Escola Termomecânica e que, para participar, é só realizar o cadastro proposto por esta instituição.

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4.2. Comunidade Escolar

4.2.1.Caracterização da Comunidade Escolar

Apesar das famílias demonstrarem interesse pelo trabalho realizado na escola, a relação escola/família deve ser aprimorada buscando melhorar a comunicação entre as duas instituições, que ainda hoje apresenta dificuldades em regularização de contatos. Esse trabalho já foi iniciado em 2012, com o grupo de educadores inserindo em sua rotina semanal, horários para atendimento às famílias. Esses encontros permitem maior aproximação da escola com os familiares, ampliando os conhecimentos acerca do que acontece com as crianças atendidas. Mesmo com horários para atendimentos estipulado entendemos que precisamos qualificar melhor esses encontros como momentos formativos.

O objetivo do diálogo escola/família é formar parceria na educação da criança, abrindo canais de troca de experiências e informações, numa relação que deve ser garantida no dia a dia e em espaços formalizados.

Em março de 2016, tivemos um problema estrutural que assustou a toda comunidade porque não sabíamos os riscos que crianças e adultos corriam dentro da escola sem sua solução.Os pais foram convocados para uma reunião com o engenheiro responsável pela obra e com uma representante da Secretaria de educação. Notamos que essa situação, apesar de altamente estressante, pela suspensão de aulas por alguns dias para famílias e funcionários, fortaleceu a parceria, tendo mais familiares participantes ativamente de nossa A.P.M. Contudo o que se almeja é que a participação seja intensa a ponto das famílias conhecerem nosso embasamento teórico e intencionalidade, tendo abertura para discussões que ampliem a qualidade do trabalho escolar.

4.2.2.Plano de Ação para a Comunidade Escolar

As famílias têm espaços de participação em reuniões pedagógicas, reunião dos pais com os educadores coletiva e individualmente, reuniões de APM e Conselho de Escola e Dia com Famílias – sábados letivos.

Para as reuniões pedagógicas, os membros da APM e CE são incentivados a participar por serem os representantes legais da comunidade na escola e é enviada a pauta antecipadamente.

Nas reuniões com pais a comunidade escolar tem sua participação garantida na escola onde a fala de cada um é incentivada e respeitada em suas opiniões, sugestões, comentários e questionamentos.

Dentro da ação planejada para 2015, mantivemos em 2016 a prática de socializar trechos do PPP da U. E. com os pais, pareceu claro para o grupo a necessidade de uma formação com as famílias sobre a rotina da escola e a sua importância para os pequenos. As Reuniões com Pais aconteciam de forma informativa sobre Rotina Escolar e Desenvolvimento Infantil, o que não tornava significativo às famílias o trabalho da creche. Este problema foi detectado na Avaliação de 2015. Em 2016 tivemos uma palestra com a assistente social que abordou o tema: Assistencialismo

Diante disso surgiu o encaminhamento para que as Reuniões com Pais fossem realizadas de maneira mais dialogada e interativa em relação aos conteúdos da creche.

A presença de familiares no DIA DA FAMILIA tem como objetivo a aproximação escola / família em uma situação lúdica que proporcione momentos de experiências vividas pelas crianças na rotina da escola. Esses eventos são caracterizados por oficinas em salas tematizadas, diversificadas conforme planejamento, tais como: cinema, sala da fada, contação de histórias, dobraduras, máscaras, massinha de modelar, sala dos sentidos, sala de pintura e apresentações de teatro profissional.

Em 2016 realizamos em nosso sábado letivo atividades que garantiram a participação dos pais juntamente com seus filhos, nossas atividades foram: Teatro de sombras que teve uma grande participação e boa avaliação por parte da comunidade, o Teatro interpretado pelos educadores, baseado na história: “Bruxa, Bruxa venha à minha festa” de Audrey e Don Wood, oficina de confecção de bilboquê e oficina de confecção de máscaras inspiradas nos personagens da história Bruxa, Bruxa venha à minha festa.

Por ter sido muito bem avaliado no ano anterior também disponibilizamos a biblioteca, para que juntamente às crianças os pais pudessem manusear e ler livros. Pretendemos continuar qualificando essas estratégias porque são bem apreciadas pelas famílias.

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4.2.3.Avaliação

A escola tem a prática de solicitar a avaliação dos eventos pelas famílias com registro em livro Ata, cujos conteúdos são considerados para reflexão e planejamento dos próximos encontros.

5 Equipe Escolar

5.1.Professores

ESCOLARIDADE

NOME SITUAÇÃO TEMPO TEMPO

ENSINO GRADUAÇÃO PÓS - NA NA

FUNCIONAL MÉDIO

GRADUAÇÃO

PMSBC ESCOLA

Bruna de Meira Campos Sapuppo Estatutária Pedagogia Ludo-pedagogia 4 anos 2 anos

10 meses

2 meses

Carolina de Lourdes Ribeiro Dundes Estatutária Pedagogia Arte e

Musicalização

5 anos e

11 meses 2 anos

2 meses

Edilene Aparecida Andreassa Estatutária Ciências do ------ 25 anos 12 anos

1º grau e 7 meses

Edna Martins Pereira do Carmo Estatutária Mag. ------------- ------ 05 anos 4 anos

e 8 meses e 2 meses

Erica Cibele Lupette Eustachio Estatutária Mag. -------------- ------ 06 anos 5 anos

e 2 meses

Francine Jesus Martins Machado Estatutária Mag. Pedagogia

Psicopedagogia Clínica e Institucional. Ed.Especial.Tutoria de E.A.D.

8 meses 2 meses

Imaculada Aparecida Costa Torres Estatutária Pedagogia Arte e 9 anos

e 8 meses 2 anos

Musicalização e 2 meses

Isabel Albuquerque Santos Estatutária Pedagogia Gestão de 5 anos e 3

meses

2 anos

e 2 meses

Pessoas

Katia Cilene Barbosa

Estatutária Pedagogia 4 anos 2 meses

Laysla Mariane Bohlhalter Deficiência intelectual, autismo.

7 meses 3 meses

Luciana Quadros Estatutária Superior em Educação Infantil

5 anos e 3 meses

2 meses

Renata Madeira Amaro Pereira Estatutária Pedagogia ------ 06 anos 4 anos e 2

meses

Riberson Francielle Morais Estatutário Mag. 11 anos e 9 meses

1 ano

Solange Maria Ferreira Souza Estatutária Pedagogia Educação Infantil 25 anos e

3 meses

4 anos e 2

meses

Valdemir Ferreira Mandu Estatutário Pedagogia 11 meses 11 meses

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5.1.1 Caracterização

A equipe de professores da creche teve metade do seu quadro alterado em 2017 devido ao

processo de remoção no final de 2016 e a aposentadoria de uma professora. A Equipe de Gestão, na

atribuição das salas manteve o procedimento de costume, compondo os trios de forma que os

educadores apontassem suas opções de escolhas para companheiras de sala e faixa etária, buscando

com isso mais entrosamento para bom desenvolvimento do trabalho. Para a designação das

professoras do período da tarde houve uma reunião em que todas apresentaram suas preferências e

de comum acordo foram definidas suas turmas. A maioria das educadoras possui graduação em Pedagogia, duas delas possuem formação em

Magistério e apenas uma possui formação em Ciências. Dessa maneira as formações continuadas em

horários de trabalho ocorrem no sentido de ampliar os conhecimentos do grupo, provocar reflexões e

qualificar as práticas pedagógicas. Os HTPCs acontecem às terças-feiras, em dois momentos: no horário das 08h10 às 11h10 para

as professoras cuja jornada de trabalho seja das 10h00 às 18h00, e das 13h50 às 16h50 para as

professoras cuja jornada de trabalho seja das 7h00 às 15h00. Tanto os HTPCs quanto as Reuniões

Pedagógicas tem como princípio a formação continuada dos profissionais e o planejamento, decidindo

sobre as ações necessárias para o trabalho pedagógico, rotina da escola e ações com a comunidade. Em 2015, foi implantado um terço de horário dos professores para jornada formativa em horário

de trabalho segundo Lei nº 11.738/2008. O movimento traz o diferencial de ter o horário de trabalho

pedagógico (HTP) dentro da unidade escolar, para estudo, planejamento e registros. Foi possível notar

que o tempo para a jornada formativa que ocorreu em 2015 ampliou as condições de planejamentos e

organização de trabalho para as professoras, que utilizam esse tempo para pesquisas, elaboração de

atividades, registro, etc, contemplando com isso melhoria na qualidade da prática em sala de aula. Um fator que deve ser observado é existir em cada Unidade Escolar a equipe completa. Essa

atuação permite atendimento aos pequenos em situações de LTS de educadores, assim como nos horários de trabalho coletivo. A presença constante de educadores, volantes ou de apoio no ambiente da escola promove o vínculo desses educadores com todas as crianças, transformando a relação adulto/criança em uma atitude de proximidade e segurança. Contar com esses profissionais viabiliza a formação continuada do educador de creche buscando uma melhor qualificação no atendimento das crianças.

5.1.2 Considerações sobre o Plano de Formação para os Professores

O Plano de Formação dirige seu olhar para a prática, para os avanços conquistados e continuará a apoiar-se nos princípios já firmados por esta Unidade Escolar:

CORAGEM: para experimentar, avançar, ousar, acreditar em si e no outro.

LIBERDADE: para ser autônomo e facilitador da autonomia do outro, assumir o seu envolvimento teórico e prático.

EQUILÍBRIO: respeito considerando a igualdade de direitos e as peculiaridades de cada um, res-ponsabilidade de suas ações, reconhecimento das próprias possibilidades e as do outro, ter ações pensadas e planejadas.

Entendendo que uma educação de qualidade se faz num processo formativo e que a formação dos educadores desta Unidade Escolar vem num processo definido pelo documento Indicadores de Qualidade da Educação Infantil, devemos dar continuidade ao trabalho iniciado em 2010 efetivando a ideia do slogan “O que é bom pode ficar melhor”. Os espaços formativos darão suporte teórico que ampare a prática pedagógica proporcionando à Equipe condições de ampliação dos conhecimentos, possibilidades de analisar e avaliar a significação e adequação de suas ações. O educador é parte

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essencial do processo de mediação entre a criança e os diversos conhecimentos acumulados historicamente pela humanidade.

O trabalho pedagógico visa desenvolver os objetivos da proposta, priorizando aqueles que atendam aos projetos desenvolvidos na escola nos espaços de formação dos educadores (H.T.P.C.), formação da equipe (reunião pedagógica) e orientação dos educadores de cada classe (reuniões de trios). As teorias visitadas para ampliação e aprofundamento dos saberes da equipe são as que entendem a aprendizagem das crianças na relação com o outro e com o meio e as respeitam como pessoas de direito.

O grupo todo concorda que se destaca que um dos objetivos da creche é o desenvolvimento da oralidade das crianças, pretendemos qualificar a conversa individualizada com a criança de maneira intencional, observando seus desejos e interesses, potencializando a execução de propostas de atividades que visem o seu desenvolvimento e definindo a necessidade do registro desses trabalhos para documentar o processo vivido pela Unidade Escolar.

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5.2 Auxiliares em Educação

ESCOLARIDADE

NOME SITUAÇÃO TEMPO TEMPO

FUNCIONAL ENSINO GRADUAÇÃO PÓS - NA NA

MÉDIO GRA- PMSBC ESCOLA

DUA-

ÇÃO

Claudete Pereira Soares Estatutária X ------------- ---------- 18 anos 09 anos

--- e 2 meses

Daniela Rodrigues dos Santos Estatutária X ------------- ---------- 05 anos 04 anos

--- e 9 meses

Hellen Barbosa Ribeiro Dias Estatutária RH --------- 10 anos e 1 mes 04 anos

Marcia Lopes dos Santos Estatutária Direito ---------- 3 anos 7 3 anos 7

meses meses

Priscila Silva Souza Estatutária X ------------ ---------- 09 anos 2 anos e

----- 06 meses

Dalva Fátima Mendes Estatutária

Pedagogia Letras 5 anos 2 meses

Sabrina Talita Costa da Silva Estatutária Pedagogia ---------- 09 anos e 10

meses 08 anos e 10 meses

---

Rose Aparecida Laurentino Estatutária X 09 anos e 1 02 meses

mese

Vivian Cristina dos Anjos Estatutária Pedagogia

3 anos e 1 mês 02 meses

Joab Costa Silva Estatutário X

01 ano e 9 meses

01 ano e 9 meses

Solange Francisca Carvalho Estatutária Fisioterapia

01 ano e 9 meses 02 meses

Lígia Regina da Silva Estatutária Pedagogia

03 anos e 8 meses 02 meses

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5.2.1Caracterização dos Auxiliares em Educação

Nosso quadro conta com 12 profissionais, permitindo dessa forma que cada turma do Berçário e Infantil I possa contar com mais um auxiliar em educação em cada sala, além de uma auxiliar volante para as três turmas de infantil II.

Cinco auxiliares em educação tem formação em Ensino Médio, três são formadas em Pedagogia, outra em Pedagogia e Letras, uma graduou-se em RH, outra em Direito e outra em Fisioterapia. Com diferentes áreas de formações o grupo necessita de formação direcionada para a educação infantil de zero a três anos, para conhecer, entender e promover o desenvolvimento dos pequenos.

As formações em HTPC, não definidas por lei, são sistematizadas nesta creche, e a partir de 2016 passaram a acontecer às 5ªs feiras, no horário das 12h30 às 14horas que será mantido em 2017. O grupo participa das Reuniões Pedagógicas em que o tema sobre a educação infantil é amplamente discutido.

5.2.2 Plano de Formação para os Auxiliares em Educação

Justificativa

Os auxiliares em educação são os que mais tempo ficam em contato com as crianças, o grupo todo entende que dentro da escola somos todos educadores e por esse motivo devem estar em constante aprendizagem e participar ativamente do projeto da escola, sendo necessário um horário destinado à sua formação.

Objetivos

Conhecer e se apropriar do projeto politico pedagógico da creche. Provocar nos educadores a reflexão de como acontece a educação infantil de zero a três

anos, para conhecer, entender e promover o desenvolvimento dos pequenos.

6. Plano de Formação para 2017 Musicalização na educação infantil.

Justificativa Considerando que a música é parte integrante da cultura que permeia todas as sociedades em todos os tempos, e a criança tem direito ao acesso à cultura, ao movimento, a expressão, a imaginação e a curiosidade, a escola tem como desafio reconhecer a diversidade de ritmos que formam a identidade do país incluindo o ritmo que os diferentes imigrantes trouxeram de seus países de origem formando essa nação. O desafio da creche é como a temática a ser desenvolvida na concepção apresentada no PPP amplie os conhecimentos das crianças e apresenta recursos para que ela vivencie fundamentos corporalmente em suas expressões, os ritmos, sua velocidade, sua intensidade, sua emoção e principalmente brinque, divirta-se, emocione-se e tenha repertório ampliado para conseguir escolher músicas que goste de ouvir. Objetivos Compreender a importância da música e artes no desenvolvimento infantil, suas formas de manifestações características para a faixa etária atendida e aumentar seu repertório musical e as várias possibilidades para que estas sejam apresentadas às crianças. Trazer material formativo que estimule os professores a construírem com as crianças novos projetos musicais.

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Conteúdos e ações

Leitura de textos reflexivos sobre musicalização infantil; vivências musicais e de construções de objetos musicais.

Retomar o texto do PPP no que diz respeito a artes, analisando e reescrevendo a partir das aprendizagens adquiridas.

Observação dos conhecimentos dos profissionais continuamente através das discussões.

Cronograma:

Fevereiro /março/ abril/ maio/ junho/julho

Planejamento para adaptação criança/escola e escola/criança; Combinados sobre os espaços de uso coletivo; Leitura e reflexão dos textos, vídeos e vivências musicais. Reescrita do PPP no que se refere a música Relatório semestral individual de aprendizagem de cada criança.

Agosto/Setembro/Outubro/Novembro/Dezembro

Palestra sobre primeiros socorros com educador do SAMU

Reflexão sobre conteúdos apresentados no PPP. Discussão sobre o tema e vivências, considerando a faixa etária atendida por nós e

concepções pedagógicas.

Escolhemos o tema de artes plásticas por observarmos necessidade do grupo e ainda não iniciamos seu planejamento.

Avaliação Através da retomada das questões respondidas na etapa inicial da formação, comparando com as respostas as mesmas perguntas ao final. Durante o processo através das discussões e observação da prática e leitura dos registros dos professores. 6.1 Conteúdos para Reuniões Pedagógicas de 2017 As pautas a seguir são formuladas a partir de uma previsão de conteúdos que podem ser modificados conforme desenrolar do projeto pedagógico. 01 de fevereiro Discussão sobre calendário; Planejamento da reunião com pais: itens comuns a todas as turmas. 02 de fevereiro Planejamento da primeira reunião com pais; Discussão sobre o Dia do Aconchego; Planejamento do período de adaptação; Normas administrativas; Formação das Comissões organizadoras dos espaços escolares. 03 de fevereiro

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Acolhimento no Cenforpe. Período da tarde (organização da escola). 01 de março Dinâmica sobre nomes (significados), conversa sobre respeito à individualidade e discussão sobre a importância das emoções no desenvolvimento humano/criança; Apresentação da avaliação de 2016 para iniciarmos o plano de formação de 2017; Avaliação a partir do PPP sobre a importância do sábado letivo;

Apresentação e apreciação do filme: Como Estrelas na Terra. 12 de maio

Apresentação do plano de formação: “Viajando no mundo da música” para toda a equipe de apoio e ampliação dos conhecimentos para toda equipe; Organização da escola para o sábado letivo, que ocorrerá no dia 13 de maio. 07 de julho Reflexão da reunião com pais; Reflexão e avaliação sobre o andamento do projeto: Viajando no Mundo da Música (avaliação sobre a formação e continuidade didática). 29 de julho Apresentação da nova formação em artes visuais e plásticas; Passeio ao Museu de Arte Moderna de São Paulo - MAM 18 de agosto Palestra sobre primeiros socorros com educador do SAMU. Será planejada conforme a observação da necessidade do grupo. 06 de outubro Reunião de planejamento de atividades com crianças; Organização das atividades finais de ano.

02 de dezembro Avaliação dos indicadores de qualidade. 22 de dezembro Atribuição de turmas e trios para o próximo ano; Organização da escola (espaço físico).

6.2. Reunião dos Trios de Educadores com a Coordenadora Pedagógica

Com a implementação de mudanças de horários dos professores com um terço da jornada destinada para a formação, a prática de reunir semanalmente os profissionais de um mesmo trio ficou insustentável. Para suprir essa necessidade passou-se a garantir nos dias de reuniões pedagógicas em 2016 horários no período da tarde para esta finalidade, com a equipe gestora acompanhando as necessidades formativas de cada trio. Esta estratégia permanece para 2017, porém tentaremos nesse ano organizar um horário em que esses encontros possam acontecer, caso tenhamos professores volantes para assumirem a sala durante essa reunião. Nesses momentos serão discutidas questões sobre o planejamento para o grupo de crianças, dinâmica, devolutiva de registros, relatórios e outros assuntos relativos às crianças e ao trio que os educadores ou a Equipe Gestora acharem relevantes serem tratados.

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Avaliação do Plano de Formação

O plano de formação é avaliado durante o processo, acontece a cada encontro formativo nas Reuniões Pedagógicas e mensalmente nos HTPCs, focando ora as aprendizagens pessoais e do grupo, ora a coordenação do trabalho pela equipe gestora. A sistematização das discussões coletivas de avaliação acontecerá semestralmente nos respectivos espaços formativos e serão inseridas no PPP, dando como tema estudado, encaminhamentos estipulados e ações definidas.

7. Funcionários

Uma Equipe pode ser definida como agrupamento de pessoas que se relacionam com necessidades profissionais semelhantes, personalidades e opiniões diferentes e papéis pré-definidos, visando objetivos comuns.

Para que haja melhor relacionamento entre os membros de uma equipe é necessário haver empenho e flexibilidade na busca de melhores resultados para alcançar os objetivos.

Compreendemos que a função de educador não é exclusiva dos professores, ou dos profissionais que trabalham diretamente com a criança em sala de aula, mas é extensiva a todos os profissionais que, de forma direta ou indireta, convivem com a criança no ambiente escolar e trabalham pela preservação de sua saúde, segurança e bem estar. Neste sentido, todos participam nos projetos, reuniões pedagógicas e planejamento de ações coletivas, como sujeitos integrantes e atuantes na equipe com direito aos conhecimentos e decisões.

A efetivação de um trabalho de qualidade depende muito de um convívio em grupo produtivo e cooperativo. Portanto, é fundamental que todos aprendam a dialogar, ouvir o outro, a ajudar e pedir ajuda, aproveitar a crítica, explicar um ponto de vista, coordenar ações com o objetivo de obter sucesso nas tarefas conjuntas.

É fundamental organizar a escola como um espaço onde a cidadania possa ser exercida a cada momento e desse modo seja aprendida para que todos se apropriem do espaço escolar e reforcem os laços de identificação com a escola.

“Vida de grupo dá muito trabalho e muito prazer, porque eu não

construo nada sozinho; tropeço a cada instante nos limites do

outro e nos meus próprios, na construção da vida, do

conhecimento, da nossa história”.

(Madalena Freire)

A equipe escolar é formada por todos os profissionais que trabalham na escola e que, respeitadas as especificidades de suas tarefas cooperam nas ações que compõem a educação da criança.

Caracterização

Dirigente de Creche

Gerenciar a U.E. conforme princípios democráticos, garantindo a participação e procurando envolver todos, equipe escolar e pais ou responsáveis, por seus representantes nas decisões que afetam a gestão escolar.

Viabilizar e garantir os objetivos, princípios, concepções e ações da Escola explicitados no PPP, por meio das ações formativas, providências administrativas, estratégias e acompanhamentos das ações, buscando a qualidade de atendimento.

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Responsabilizar-se pela documentação administrativa dos alunos e funcionários, executadas pelos oficial administrativa.

Responsabilizar-se também pela documentação e gerenciamento da verba da APM em parceria com os membros que a compõem.

Zelar pelas boas condições físicas do prédio da escola e suas dependências, comunicando a SE das necessidades de reformas e manutenção.

Providenciar itens de manutenção que possam ser executados com a verba que a APM recebe do convênio com a PMSBC.

Coordenadora Pedagógica

As ações da Coordenadora Pedagógica são pautadas em princípios formativos que garantam o respeito aos saberes dos profissionais, considerando-os como sujeitos que constroem conhecimento, articulando os diferentes saberes, garantindo a unidade do PPP e a ampliação dos conhecimentos já constituídos pela equipe escolar predominando estudos aprofundados que permitam aos profissionais construírem um perfil reflexivo e pesquisador, entendendo que a apropriação do conhecimento se faz por múltiplas relações que sustentam teoria e prática. A CP atuará como responsável por:

Coordenar em parceria com o diretor escolar a elaboração e articulação do PPP com a participação de todos os educadores, funcionários e pais representantes, sistematizando a escrita do mesmo.

Diagnosticar as necessidades formativas da equipe docente e de apoio para organizar e elaborar o plano de formação com parcerias da EOT e OP.

Desenvolver as etapas de formação inclui:

1. Planejar e coordenar em parceria com a dirigente, os espaços de formação coletivos e individuais;

2. Realizar observação em sala de aula para futuras intervenções conforme necessidades individuais;

3. Fazer leitura, devolutiva e acompanhamento dos instrumentos metodológicos do professor;

4. Discutir, definir e elaborar encaminhamentos dos instrumentos metodológicos do professor;

5. Apoiar o professor no atendimento e orientação a pais ou responsáveis quanto às questões relativas ao trabalho pedagógico da escola;

Fazer contato com diferentes profissionais para viabilizar atividades pedagógicas do plano de formação;

Participar junto com a dirigente das reuniões e decisões da APM e Conselho de Escola.

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Oficial de Escola

A porta de entrada da escola é a secretaria. O primeiro contato da família que busca informações, inscrição e apoio a diferentes tipos de encaminhamentos acontece com o oficial da escola, iniciando, com o seu atendimento uma relação de confiabilidade da comunidade com a instituição escolar.

O oficial é responsável por: Organizar e manter atualizados prontuários de documentos de alunos, procedendo ao

registro e escrituração relativos à vida escolar, especialmente no que se refere à matrícula, frequência.

Manter registros de levantamentos de dados estatísticos e de informações educacionais; Responsabilizar-se pela alimentação de dados dos programas sistêmicos, tratando-os com precisão nas informações, principalmente nos processos de matricula e lista de espera de alunos, de remoção de funcionários, e outros. Receber, registrar, distribuir e expedir correspondências, processos e papéis em geral que tramitam na Unidade, organizando e mantendo o protocolo e arquivo;

Organizar e manter atualizados assentamentos dos servidores em exercício na Unidade; Requisitar, receber e controlar o material de consumo; Manter registros do material permanente recebido pela Unidade e do que lhe for dado ou cedido e elaborar inventário anual dos bens patrimoniais; Organizar e manter atualizado o documentário de leis, decretos, regulamentos, resoluções, portarias e comunicados de interesse para a Unidade; Atender os servidores da escola e os pais dos alunos, prestando-lhes esclarecimentos relativos à escrituração e legislação; Atender ao público; Redigir memorandos, cartas, relatórios e ou mensagens, cotas em processo, termos de juntada de documentos; Participar do funcionamento de instituições complementares e auxiliares de ensino; Desenvolver outras atividades correlatas ao cargo.

Professores e Auxiliares em Educação

O educador é parte essencial do processo de mediação entre o conhecimento e os valores acumulados historicamente pela humanidade e a criança, destinatária natural destes, à medida que representa as futuras gerações.

Nesse sentido, dentre as funções do educador, sobressai o seu papel de formador, responsável pela inserção da criança como agente consciente de construção e transformação da sociedade.

Cabe ao educador a apresentação da diversidade cultural e de valores que compõe a sociedade brasileira, incutindo no educando os valores da tolerância e do respeito às diferenças, ao mesmo tempo em que o prepara para o exercício do direito de escolha.

Os educadores devem estar atentos, em todos os momentos da rotina escolar, procurando prevenir possíveis acidentes, tanto com mobiliários, brinquedos quanto mediar em interações e conflitos que ocorrem entre as crianças. Enfim, acreditamos que para o bom desempenho do seu papel é imprescindível que o educador: sinta prazer no que faz; tenha comprometimento consigo mesmo, com seu educando e com a proposta pedagógica da escola; busque permanentemente o conhecimento necessário para o exercício de sua função.

Equipe de Apoio a Limpeza

O pessoal de apoio responsável pela limpeza da escola é parte integrante da equipe escolar, sua importância é evidenciada, entre outras contribuições, pelo fato de sua função estar ligada diretamente à saúde e bem estar das crianças; proporcionam também momentos de aprendizagens, pois quando necessário esclarecem dúvidas das crianças e/ou orientam o educando em situações diversas.

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Equipe da Alimentação Escolar

Tendo em vista que a criança passa 1/3 do seu dia na escola, é de suma importância uma equipe preparada de merendeiras para atender às necessidades básicas de alimentação para seu desenvolvimento físico e intelectual. A alimentação servida na escola de 0 a 3 anos é preparada para atender as especificidades desta faixa etária, com olhar individualizado para cada grupo ou criança que necessite de dieta ou atenção diferenciada.

As cozinheiras e suas auxiliares, respeitada a natureza de seu trabalho, são parte integrante da equipe da escola que considera a criança em seu ambiente educacional.

7.1. Plano de Formação dos Funcionários de Apoio

Em 2016 o trabalho de todos os segmentos com as crianças continuou focado nas discussões das especificidades da educação de zero a três anos. Pareceu cada vez mais clara a ideia de que o objetivo da creche, como um todo e de cada segmento pelas suas atribuições deve ser constantemente pensado, discutido e aprimorado, buscando sempre a melhor qualidade na educação. Este princípio terá continuidade em 2017.

Os vários segmentos dos funcionários de apoio são parte integrante da Equipe da Escola: participam das formações em Reuniões Pedagógicas, de APM e Conselho de Escola e sempre que necessário em reuniões por segmento com a equipe de gestão.

Pensando na especificidade do papel que todos os profissionais têm, na creche, de serem referência de convivência para a construção de significados sobre a vida coletiva, que as crianças dessa faixa vivenciam. Em reunião pedagógica destinada à reflexão da importância do trabalho de cada segmento para a criança da creche utilizamos como estratégia questões que trouxeram as seguintes afirmações:

Para o oficial de escola: qual a diferença entre atender um público de pais de alunos do

ensino médio e um público de famílias de crianças de 7 meses a três anos? O oficial apontou que a Secretaria da Creche é o primeiro contato da Comunidade com a escola e

que este contato influenciará na relação da família com a escola no decorrer do tempo em que a criança está na creche. O acolhimento às famílias de alunos de creche deve ter um diferencial, buscar a inclusão da família e da criança. Conforme a maneira como é recebida, a família se sente à vontade e segura para deixar seu filho na creche.

Para o segmento de apoio à limpeza: Limpar uma creche é diferente de limpar um supermercado, um hospital? Em quê? Como é a relação desses profissionais com as crianças? Em quê e como os funcionários são educadores? Como devem agir se observarem alguma criança em situação de perigo, em uma situação vexatória ou com alguma necessidade, como por exemplo: nariz escorrendo, um choro, ou estar perdido no espaço da escola? É importante demonstrar carinho e atenção a elas? É importante conversar com elas mesmo que não saibam falar? Na creche, respeitando a especificidade de cada segmento, somos todos responsáveis pelas crianças que atendemos, nós da equipe de limpeza contribuímos com um ambiente higienizado, bonito, seguro e organizado. As relações com as crianças acontecem num clima de alegria e interação. Auxiliamos a locomover as crianças quando ainda não andam, conversamos o tempo todo com elas, ficando sempre atentas aos cuidados dos pequenos.

Para o segmento da Alimentação Escolar: cozinhar em uma creche é igual a cozinhar em um hospital ou uma fábrica? Em que é diferente? Como se traduz o papel educativo desses profissionais na creche? Como devem agir se observarem alguma criança em situação de perigo ou situação vexatória? Ou com alguma necessidade, como por exemplo: nariz escorrendo, um choro, ou por estar perdido no espaço da escola? É importante demonstrar carinho e atenção a elas? É importante conversar com elas mesmo que não saibam falar? A equipe de alimentação escolar, como todos, tem ligação especial com as crianças da creche.

Sabemos da necessidade que os pequenos têm de uma alimentação equilibrada, nutritiva e

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saborosa. Mesmo seguindo os critérios recebidos da merenda escolar, investimos com atenção na elaboração dos pratos, procurando despertar o apetite com aroma especial ou cores diversas. Além da grande atenção as questões de higiene, considerando que nossas crianças estão desenvolvendo seu sistema imunológico.

Avaliação do Plano

O dia-a-dia de uma creche apresenta uma série de situações em que se faz necessário repensar as rotinas estabelecidas. Dessa maneira, devido à singularidade das funções do trabalho em educação de zero a três, a avaliação acontece a cada novo desafio, tendo a responsabilidade por parte da gestão de mediar as amplas discussões sobre as queixas em atividades coletivas como Reuniões Pedagógicas, de APM e Conselho de Escola. A sistematização das decisões tomadas nesses encontros fará parte do Projeto Político Pedagógico.

8. Conselhos

8.1. Conselho de Escola

8.1.1. Caracterização do Conselho de Escola

NOME CARGO

Iara de Lima Santana Membro

Izabel Regina Anderson Rocha Membro

Gladson Magalhães de Almeida Presidente

CONSELHO DE

Ivone da Silva Peixoto de Oliveira Representante dos Pais

ESCOLA

Michel Alves Pereira Representante dos Pais

Edna Martins Pereira do Carmo Representante da APM

Silmara Peres Motta Pedro Representante dos professores

Vivian Cristina dos Anjos Representante dos Funcionários

Carolina de Lourdes Ribeiro Duendes Suplente Representante dos Professores

Ana Paula da Conceição Souza Suplente Representante dos Pais

Elizabeth Cristina de Souza Suplente Representante dos Pais

Rose aparecida Laurentino Suplente Representante de Funcionários

8.1.2. Plano de Ação do Conselho de Escola

Periodicidade das reuniões:

- Bimensais e sempre que necessário com reunião extraordinária.

Principais ações para 2017

- Discutir e analisar as necessidades levantadas pela comunidade escolar e decidir

os encaminhamentos para cada uma. - Discutir, analisar e decidir os itens propostos no plano de trabalho da APM

elaborando o plano de aplicação de verbas. - Participar nas reuniões pedagógicas e planejamentos de ações coletivas. - Como representantes, discutir e encaminhar propostas, dúvidas, desejos etc., de

seus pares aos órgãos competentes. - Representar os pais em reivindicações em órgãos públicos

8.1.3 AvaliaçãoAs avaliações são pontuais após cada reunião definindo as ações e encaminhamentos.

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9. Associação de Pais e Mestres

9.1.Caracterização

NOME CARGO

Valéria Simões dos Santos Diretor executivo

DIRETORIA Gladson Magalhães de Almeida Vice Diretor Executivo

EXECUTIVA Ângela Maria Lopes Coutinho 1º tesoureiro

Ana Paula da Conceição Souza 2º tesoureiro

Juliana da Silva Domingos 1º secretario

Claudete Souza De Jesus Santana 2º secretario

NOME CARGO

Michel Alves Pereira Presidente

CONSELHO Adriana de Oliveira Vaz 1º Secretário

DELIBERATIVO Kelly de Souza Batista 2º Secretário

Carolina de Lourdes Ribeiro Duendes Professor

Iara de Lima Santana Dirigente de creche

NOME CARGO

Ivone da Silva Peixoto de Oliveira Presidente

CONSELHO Carolina de Lourdes Ribeiro Duendes Membro

FISCAL

Edna Martins Pereira do Carmo Membro

9.2. Plano de Ação

Periodicidade das reuniões:

- Bimensais e sempre que necessário com reunião extraordinária.

Principais ações para 2017:

- Dar encaminhamentos ao plano de trabalho da APM determinado pela SE. - Auxiliar a Gestão da escola na pesquisa de preços, qualidade e necessidade

dos materiais e equipamentos a serem adquiridos. - Auxiliar na compra de materiais e equipamentos necessários à escola. - Como representantes a equipe gestora, irá mediar, discutir e encaminhar

propostas, dúvidas, desejos etc., de seus pares, até os órgão que sejam de

competência e à SE.

9.3. Avaliação

A avaliação acontece a cada apresentação da prestação de contas e da

necessidade que a Unidade Escolar apresenta, decidindo a utilização verba.

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10. ORGANIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO PEDAGÓGICO.

1. Objetivos Lei 9.394 de 20/12/1996 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional; Lei 11.274 de 06/02/2006 que altera a LDB com os artigos: Art.3º que altera a redação do art.32 da Seção III Do Ensino Fundamental; Art.5º que estabelece: “Os Municípios, Os Estados e o Distrito Federal, terão prazo

até 2010 para implementar a obrigatoriedade para o Ensino Fundamental disposto

no art. 3º desta lei e a abrangência da pré-escola de que trata o art.2º desta lei.

Objetivos da Educação Básica LDB: Título V – Dos Níveis e das Modalidades de Educação e Ensino. Capítulo II Seção I Das Disposições Gerais Art. 22º. “A Educação básica tem por finalidade desenvolver o educando,

assegurando-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e

fornecer-lhes meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores”.

Seção II

Da Educação Infantil

Art. 29º. “A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como

finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade (ou zero a

cinco, na medida em que as crianças de seis anos ingressem no Ensino

Fundamental), em seus aspectos físico, psicológicos, intelectual e social,

complementando a ação da família e da comunidade”.

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10.1 Áreas do Conhecimento - Experiências na educação infantil

Observando a dinâmica de atividades propostas em nossa escola, que em sua maioria acontecem a partir do projeto trabalhado formando uma aprendizagem interdisciplinar e respaldado nas Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil que nos fala sobre a indivisibilidade das dimensões expressivo-motora, afetiva, cognitiva, linguística, ética, estética e sociocultural da criança, durante esse ano faremos discussões com todo o grupo para que nossas áreas de conhecimento sejam unificadas, afim de que nosso PPP esteja fiel à forma como acreditamos ocorrer a aprendizagem das crianças pequenas.

LINGUA PORTUGUESA

LINGUAGEM GESTUAL

“Observando e estudando as crianças pequenininhas

descobrimos que elas aprendem desde que nascem e só quando aprendem é que elas formam e desenvolvem a inteligência e a personalidade.

“No primeiro ano de vida, a atividade principal da criança

(isto é, aquela através da qual ela entra em contato com o

mundo que a rodeia, aprende e se desenvolve) é a

comunicação com os adultos que cuidam dela.

“Essa comunicação ainda não é verbal, mas emocional,

pois a criança, nessa idade, não é capaz de se comunicar

através de palavras, mas já é capaz de se comunicar

através do olhar e do movimento corporal, percebendo

emoções no toque, na fala e no olhar do adulto. Por isso,

chamamos essa comunicação entre a criança e o adulto

de comunicação emocional. A atenção e a fala carinhosa

do adulto é o maior incentivo ao seu desenvolvimento

nessa idade.

“A iniciativa dos adultos de falar com a criança

pequenininha antes que ela seja capaz de responder e de

aproximar objetos para ver e pegar, cria na criança novas

necessidades: a necessidade de comunicação e de

percepção (de ver, ouvir e de pegar objetos)”.

Suely Amaral Mello

Com um olhar atento para nossa rotina é facilmente percebido esse tipo de linguagem e o quanto passa despercebido pelos adultos envolvidos o resultado dessa interação. Ciente da seriedade da questão, uma discussão sobre o assunto desencadeou pesquisas, reflexões, encaminhamentos e novas posturas, ampliando a complexidade do ensinar e aprender. O grupo de educadores mais e mais se percebe sujeito de suas ações, responsável pelas atitudes e consciente de novos desafios.

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LINGUAGEM ORAL

Poesia

Poesia é... brincar com as palavras

Como se brinca

Com bola, papagaio, pião.

Só que bola, papagaio, pião

De tanto brincar se gastam. As palavras não:

Quanto mais se brinca com elas,

Mais novas ficam.

Como a água do rio

Que é água sempre nova.

Como cada dia

Que é sempre um novo dia.

Vamos brincar de poesia?

José Paulo Paes

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Em linguagem, queremos possibilitar à criança, a partir do modelo do adulto, a

apropriação da fala e do simbólico e suas ampliações, o conhecimento de livros, símbolos

gráficos, várias versões do bem e do mal, conhecer seus direitos e deveres e sua

capacidade de fazer escolhas, ouvir o outro, ser ouvida, fazer combinados, argumentar, e

com a orientação do educador dar um significado que esteja inserido em um contexto.

“O trabalho com a linguagem constitui um dos eixos básicos na educação infantil,

dada sua importância para a formação do sujeito, para a interação com outras pessoas,

na orientação das ações das crianças, na construção de muitos conhecimentos e no

desenvolvimento do pensamento”. (Referencial Curricular para Educação Infantil).

A linguagem, ao mesmo tempo em que enriquece as possibilidades de comunicação e expressão, possibilita formas mais objetivas e diversas de compreender o real, tornando-se um potente veículo de socialização.

Por meio da linguagem o ser humano tem acesso a outras realidades sem necessariamente ter que vivê-las concretamente. É na interação social que as crianças são inseridas na linguagem, partilhando significados e sendo significadas pelo outro. Quando falamos de crianças pequenas considera-se a linguagem gestual, as expressões e suas manifestações (dor, prazer, alegria, raiva...) a principal forma de comunicação neste período.

É de fundamental importância o contato sistemático das crianças com a linguagem como condição para que elas construam sua história e sua autonomia, fazendo uso destas em todas as suas funções definidas socialmente, refletindo, levando hipóteses e operando sobre a língua enquanto objeto de conhecimento. Estarão assim, inseridas ativamente em um contexto sociocultural.

É no diálogo e pela palavra que se dá a produção da língua oral, a compreensão da sua estrutura e, principalmente a ampliação do vocabulário. Por meio desse exercício que a criança organiza a sequência necessária para expressão de suas ideias e desenvolve progressivamente a capacidade de argumentação, tendo o adulto como modelo de linguagem correta.

A partir das trocas que se realizam no grupo, há um processo reflexivo, que ganha

significação específica em cada criança e depois volta ao grupo.

É essencial que a criança mesmo ainda não alfabetizada, entre em contato com diferentes textos escritos. O fato da criança estar em contato constante com histórias, contos, cartas, bilhetes, listas, gibis, rótulos, etc. em atividade de leitura e escrita mediadas pelo professor, propicia a ela informações importantes sobre as funções específicas de cada texto (contar uma notícia, ler história, etc.), permitindo a ela a construção de uma postura de leitora competente. Daí a importância da escola contar com um espaço específico de leitura, pois aprender uma língua não é somente aprender as palavras, mas também os significados culturais, e, com eles, os modos pelos quais as pessoas do seu meio sociocultural entendem, interpretam e representam a realidade.

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Orientações Didáticas

A aprendizagem da fala dá-se de forma privilegiada por meio das interações que

a criança estabelece desde que nasce. É importante que o adulto fale com a criança de forma

clara, sem infantilizações e sem imitar o jeito da criança falar.

A ampliação da capacidade das crianças utilizarem a fala de forma cada vez mais

competente em diferentes contextos dá-se na medida em que elas vivenciam experiências

diversificadas e ricas envolvendo os diversos usos possíveis da linguagem.

A preocupação não é só com a fala, mas com a linguagem como um todo, incluindo

a forma como a criança se comunica com o outro e se expressa, sem esquecer que ela, a

criança, tem o adulto educador como modelo.

O educador deve estar sempre atento ao uso da linguagem para que a criança

aprimore a forma de expressar suas necessidades, desejos, sentimentos e emoções, além de

ampliar seu vocabulário, fazendo uso de diversas formas de linguagem: a coloquial, a poética,

a musical, a formal (norma culta) encontrada na literatura infantil.

O educador deve estar consciente de que durante todo o momento em que está

com a criança na creche, a comunicação acontece e a criança está assimilando sua fala e

expressões (faciais e corporais). Ela capta através da comunicação emocional o que o adulto

educador “sente”, mesmo sem o educador dizer palavra alguma.

A atenção precisa estar focada também nas conversas individualizadas que devem

ocorrer com intencionalidade de promover o desenvolvimento da oralidade dos pequenos.

MATEMÁTICA

NOÇÕES PRÉ- LÓGICAS

As noções pré-lógicas atendem as necessidades da criança em construir

conhecimentos que incidem nos mais variados domínios do pensamento; na organização

tempo / espaço; nos deslocamentos e nas sequências que impregnam suas vivências. Nas

Noções Pré-lógicas, de forma lúdica, nos jogos e na rotina, o educador apresenta e amplia

conceitos matemáticos de valores de grandeza, qualidade, quantidade, tamanho, peso e forma.

O educador ao desenvolver ações que trabalham os conceitos matemáticos não

tem como finalidade que a criança construa a noção de número nesta faixa etária. Em todas as

áreas de conhecimento estão presentes os conteúdos das noções pré-lógicas.

A criança chega à compreensão e a descoberta do significado do número por meio

da aquisição de conhecimentos que envolvem os conceitos de conservação, quantidade,

reversibilidade, classificação e seriação, que acontecem quando assegurados pelo equilíbrio

de três fatores: o amadurecimento neurológico; a ação física e mental da criança sobre o meio

e seus objetos; e o intercâmbio criança/adulto e criança/criança numa ação de socialização

num processo de trocas de experiências e respeito mútuo.

Orientações Didáticas

Desde bebês, as primeiras noções podem se trabalhadas em situações de brincadeiras, na rotina e atividades planejadas, permitindo a construção gradativa de conceitos dentro de um contexto significativo, sempre inseridas e integradas no cotidiano das crianças, ampliando suas experiências, principalmente jogos e brincadeiras que permitem a familiarização com elementos espaciais e numéricos.

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Cabe ao educador a organização e modificação do espaço; construir por exemplo, diferentes circuitos (caixas, cadeiras, mesas, pneus e panos), por onde as crianças possam engatinhar, andar, subindo, descendo, passando por dentro, por cima e por baixo.

Para acompanhar a passagem do tempo organizando quadro de aniversariante; calendários (contando quantos dias faltam para o aniversário, passeio, etc); na estruturação da rotina para a criança ter noção de antes e depois e da duração de cada atividade; painel com pesos e medidas de cada um comparando as diferenças entre todos e observando as próprias mudanças.

O faz-de-conta pode ser enriquecido com objetos e brinquedos que contenham números como telefones, máquinas de calcular, relógios, etc.

O professor pode utilizar-se do folclore brasileiro que é fonte de riquíssima de cantigas, rimas infantis, parlendas envolvendo contagem e números.

CORPO E MOVIMENTO

O “Movimento” é uma das formas de interação da pessoa com o meio, interação esta que acontece pela ação direta sobre o objeto, situação e pelo contato com o outro e as respostas recebidas. Em Movimento, devem ser dadas oportunidades para a expressão corporal, o domínio do movimento voluntário, a lateralidade, o equilíbrio, vivenciados nas brincadeiras espontâneas e nas atividades dirigidas, de roda, de corrida com regras, jogos, parque, dança, circuito...

No primeiro ano de vida predomina a dimensão subjetiva do movimento, pois as emoções são o canal privilegiado de interação do bebê com o adulto e mesmo com outras crianças. Nesta fase acontecem importantes conquistas no plano de sustentação do próprio corpo que antecedem e proporcionam o aprendizado de locomoção. Nessa idade a exploração do próprio corpo é muito presente, o que permite a descoberta dos limites e a unidade do próprio corpo, conquistas estas, importantes no plano da consciência corporal. Inicia-se o domínio da preensão, aquisição que representa um avanço no plano da motricidade objetiva ou motricidade com intenção. O bebê se expressa e desenvolve as habilidades necessárias para uma relação mais independente com o ambiente.

Ao andar, a criança se diverte em locomover-se de um lado para o outro. Com o amadurecimento do sistema nervoso torna-se mais segura e estável, desdobrando-se nos atos de correr, pular etc., propiciando a exploração do espaço. Ao mesmo tempo em que explora, ela também começa a adequar seus gestos e movimentos as suas intenções e as demandas das suas necessidades e do meio.

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A imitação, bastante presente nas crianças pequenas, reconhecimento da imagem do seu corpo, o que se dá principalmente por meio das interações sociais, as brincadeiras que faz diante do espelho, auxiliam a criança na formação da consciência corporal, aprendendo a reconhecer as características físicas que integram a sua pessoa, aspecto fundamental para a construção de sua identidade.

Segundo Wallon, o movimento ajuda no entendimento de mundo, o que traz a autonomia gestual. O bebê entende o espaço e adquire consciência sobre si através, principalmente, do contato emocional que mantém com o adulto. De 1 a 3 anos, a criança tem sua autonomia gestual desenvolvida, passando a uma busca mais cognitiva do mundo físico, o que será base para o pensamento simbólico. Neste processo a criança desenvolve a construção da linguagem que apoia o desenvolvimento do pensamento e vice-versa. Sendo assim, entendemos que inibir movimento é inibir cognição.

Pretendemos que nos conteúdos abordados em nosso trabalho, o movimento como ação que permite a comunicação sujeito/mundo, permeie as experiências vividas dando intencionalidade a ação e a autonomia.

Com base no exposto até aqui entendemos movimento, não como uma área específica, e sim que ele permeia todas as áreas de conhecimento.

Sabemos também que:

Movimento se aprende;

O homem (ser humano) é capaz do movimento voluntário, de pensar e de controlar o movimento;

Mesmo parado, estamos em movimento para o controle da atenção e os movimentos internos como circulação, batimentos cardíacos, respiração não param.

Ao observarmos o movimento, temos dois focos principais:

1. “o quê acontece?”, por exemplo, o correr, pular, andar, pegar, gesticular..., e 2. “como acontece?”

o ritmo do movimento (lento ou rápido e suas variações);

as diferentes direções que o movimento pode ter (para frente, para trás, para o lado, para perto, para longe...);

em quais planos do espaço, o movimento acontece (no alto; no baixo; inclinado...);

em que posições acontecem (deitado de lado, de costas, de barriga, em pé; de cócoras; ajoelhado; de gatinhas...)

O desenvolvimento cognitivo e afetivo está interligado ao desenvolvimento motor; e estes saberes devem apoiar o planejamento de todas as áreas.

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CIÊNCIAS

CONHECIMENTO DO MUNDO FÍSICO E SOCIAL

Em conhecimento do mundo, é importante desafiar a percepção e a observação das crianças para a diversidade do mundo que as cerca. A criança se apropria do saber pela experiência, que se estabelece na troca com o meio, nas descobertas de como o mundo é, como e do que são feitas as coisas, o que significam e quais as possibilidades e limites de sua ação. As crianças podem conhecer o mundo por meio da atividade física, afetiva e mental, construindo explicações subjetivas e individuais para os diferentes fenômenos e acontecimentos.

Como entendemos a leitura de mundo?

A criança atribui significado a tudo que está ao seu redor. Ela “lê” o mundo como ele se apresenta: suas manifestações, transformações físicas e sociais. É importante que as crianças tenham contato com diferentes elementos, fenômenos e acontecimentos do mundo, sejam instigadas por questões significativas para observá-los e explicá-los e tenham acesso a modos variados de compreendê-los e representá-los.

O acesso das crianças ao conhecimento das ciências é mediado pelo mundo social e cultural assim, as questões presentes no cotidiano e os problemas relacionados à realidade, observáveis pela experiência imediata ou conhecidos pela mediação de relatos orais, livros, jornais, revistas, televisão, rádio, fotografias, filmes, etc., são excelentes oportunidades para a construção desse conhecimento, relacionados com sua capacidade de perceber a existência de objetos, seres, formas, cores, sons, odores, de movimentação no espaço e de manipulação dos objetos.

O nosso compromisso de educador é possibilitar a leitura de mundo e a ampliação do repertório de conhecimentos e respeito às diversidades culturais. Partindo do conhecimento de “senso comum”, lendas e mitos que as crianças têm confrontar suas hipóteses para que façam relação com o conhecimento científico.

A partir desse compromisso, assumido na prática, as crianças terão a oportunidade de aprender a viver em grupo, respeitando e aceitando as diferenças e as regras do convívio social e fazendo relação a culturas dos diversos povos do presente e de outras épocas. Diante de todo esse trabalho é necessário que o professor exercite sua paciência controlando sua ansiedade, tendo consciência de que cada criança tem seu ritmo de aprendizagem e respeitando-as como indivíduos que estão construindo seu conhecimento. Isso pode ser feito através de sondagem e da observação dos interesses e curiosidades das crianças, o professor elege prioridade do seu grupo e pode trabalhar por meio de projetos.

Orientações Didáticas

A aprendizagem das crianças desta faixa etária se dá pela observação, exploração e interferência do meio. É desta forma que poderão gradualmente construir as primeiras noções a respeito de seu grupo social e das relações humanas.

O educador irá proporcionar atividades que coloquem a criança em contato com pequenos animais, plantas, com fenômenos naturais e transformações como as que envolvam a observação, trocas de ideias entre as crianças, o cuidado e a criação de pequenos animais (formigas, tatuzinhos, minhocas etc.). Também cuidar e acompanhar o crescimento de algumas plantas constituem experiências bastante interessantes para a criança.

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Em relação à transformação de materiais e objetos, o professor pode proporcionar atividades que deixem as crianças com liberdade de manusear, explorar e utilizar de diversas formas. Pensando isso o professor pode colocar diversos materiais e objetos na sala, dispostos de forma acessível: objetos que produzem sons, brinquedos, materiais para construção, sucatas, massas, mingaus de variadas temperaturas, fazer receitas, etc. As atividades que permitem observar e lidar com transformações decorrentes de misturas de elementos e materiais são sempre interessantes para crianças pequenas. Elaborar receitas caseiras, tintas que não sejam tóxicas, as mais diversas misturas pelo prazer do manuseio e observação da transformação.

As brincadeiras, jogos, histórias, músicas, danças tradicionais e passeios que ampliem e valorizem a cultura e o conhecimento da criança.

O educador intermedia a ação da criança em suas relações sociais, favorecendo o respeito mútuo e o conhecimento do outro, e oportunidades para que elas possam exteriorizar seus sentimentos.

O educador deve, como um ser consciente dos usos e implicações, pensando principalmente na sua relação com a preservação e conservação do ambiente, vivenciar com as crianças atividades utilizando situações e objetos reais da unidade escolar, como por exemplo: utilização adequada das torneiras e descargas, comparando com os ganhos e perdas a natureza e a reserva de água.

Aproveitando a alimentação, o educador pode conversar sobre o desperdício de alimentos, a fome, desigualdade de distribuição de renda, a produção de lixo e o destino deste. Pode ainda conversar sobre objetos de uso do dia a dia, som, vídeo, CD, discutindo o que é, para que servem, como se faz para funcionar, quem será que o inventou, quais são os modelos diferentes, quem pode mexer: adulto ou criança? Quando e por quê?

CONHECIMENTO DE SI

Em conhecimento de si e do outro, proporcionar situações para o conhecimento e relacionamento com diferentes padrões de comportamentos e culturas, fazer da escola o lugar para a troca desses saberes, a interação do grupo para que a criança conheça o outro e se reconheça no grupo.

É por meio de seu corpo, do seu movimento e pelo conhecimento e reconhecimento das emoções que a criança adquire plena consciência de si mesma, de sua realidade corporal, encontra-se com os objetos, com o mundo das pessoas trazendo para si a realidade que a cerca. O conhecimento de si, alcançado na relação com o outro, e na experiência com o próprio corpo permite: a consciência de seus limites, suas possibilidades, a autoafirmação e a expressão da individualidade.

O educador, atento às questões de independência e autonomia deve, organizar e

manter uma rotina que possibilite a criança se situar e antecipar suas ações. Com postura de confiança e de credibilidade, a criança desenvolve sua autoestima, favorecendo o conhecimento de si como pessoa plena.

Orientações Didáticas

O educador deve confiar e acreditar na capacidade de todas as crianças criando situações educativas para que, dentro dos limites impostos pela vivência em coletividade, cada criança possa ter respeitado os seus hábitos, ritmos e preferências individuais.

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É importante que sempre se referencie às crianças, professores, funcionários da escola e pais pelo nome, para a valorização e identificação de cada um.

O educador deve favorecer momentos de escolhas, tanto em relação às

atividades quanto aos parceiros, deve propiciar situações para que as crianças imitem ações, e representem diferentes papéis (faz-de-conta).

O desenvolvimento da capacidade de se relacionar depende da promoção e

organização das atividades em grupo, respeitando as diferenças e estimulando as trocas entre as crianças.

Propiciar o convívio em grupo para que cada criança amplie o seu repertório,

conheça suas potencialidades, limites e desenvolva a autoestima. As atividades devem ainda criar e dar oportunidades para que as crianças dirijam suas próprias ações e sejam cooperativas.

Utilizar os momentos da rotina tais como almoço, banheiro, pertences pessoais,

para que as crianças possam vivenciar situações que desenvolvam sua independência pessoal.

ARTES VISUAIS

Partindo da concepção de que a arte é uma linguagem manifesta desde os primeiros momentos da história do homem e estruturada em cada época e cultura de maneira singular, julgamos que o conhecimento dessa linguagem contribuirá para maior conhecimento do homem e do mundo.

A criação artística é um ato de expressão do HOMEM, que independe de sua idade, portanto, a criança pequena também deve ser respeitada em suas produções. É entrando em contato com diversos objetos de arte que parte significativa do conhecimento nesta área acontece. Esse contato oferecido para a criança pelo educador permite a descoberta do prazer pela arte; a exploração e domínio dos gestos e das técnicas; a possibilidade de expressão por meio da criação; o hábito dos cuidados com materiais e ambiente; respeito e apreciação de sua produção e a do colega. Quando propomos atividades de artes, pretendemos que as crianças tenham contato e explorem os vários tipos de materiais, variedades de cores, diferentes suportes e instrumentos, para que ela possa escolher qual a técnica, o suporte, e o meio que utilizará em sua produção.

Objetivos:

- Propiciar a exploração, o manuseio e o conhecimento dos diferentes meios, suportes e instrumentos do fazer artístico;

- Valorizar e incentivar a exploração, a expressão, a criação e a apreciação das artes visuais e plásticas;

- Formar o hábito de cuidados com os materiais e o ambiente.

Orientações Didáticas

Em artes, a expressão pessoal e a criatividade devem ser garantidas. É importante sempre valorizar as produções e a criação artística, a diversidade de produção, a expressão espontânea e individual das crianças. O educador deve permitir a livre escolha da criança sobre o que irá fazer de produção, isso implicará escolher quais os materiais usar, quanto tempo precisará para terminar seu trabalho etc.

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As atividades devem ser planejadas com antecedência e o educador ao apresentá-las fará combinados com as crianças, como: formas de utilizar e cuidar dos materiais, o respeito com o próprio trabalho e com o do outro, organização do ambiente.

Através da apreciação é importante propor as crianças relacionarem seus próprios trabalhos com os de outros produtores (artistas ou não) e propiciar momentos de contato e observação da natureza para sensibilização artística.

Para que aconteça a oficina de percurso (ambiente do ateliê organizado de forma a permitir que a criança escolha entre diversos materiais expostos aquele que desejar para sua produção), o ambiente deve ser preparado previamente de forma a ser atrativo para as crianças com intuito de provocar a curiosidade, o interesse e o envolvimento da criança com a proposta. Dentro da rotina é importante a utilização diária do espaço de acordo com as atividades planejadas previamente. Nesse planejamento deve haver um tempo previsto para arrumação, organização e limpeza dos materiais e do ambiente com a participação das crianças (guardando os materiais utilizados, deixando os pincéis em potes com água, limpeza das mesas recolhendo os papéis e pedaços de massinhas para deixar o ambiente em condições de uso para a próxima turma).

MÚSICA

Pelo fato da música também ser uma linguagem, pode-se dialogar com a criança através desta, promovendo a criação de novas formas de expressão onde ela escuta, percebe, descobre, repete sons, isto é, constrói seu conhecimento musical.

Propomos trabalhar a musicalização não tendo como objetivo formar músicos e sim resgatar canções e brincadeiras infantis, músicas e brincadeiras do nosso folclore, ampliando para outros gêneros, estilos e culturas.

Orientações Didáticas

O professor deve promover momentos de apreciação musical, escuta de vários gêneros, estilos, épocas e culturas.

O ambiente deve ser preparado previamente com intuito de propiciar a atenção e o envolvimento da criança com a proposta.

Estratégias

Berçário e Infantil I Cantar para os bebês Exploração livre de instrumentos da banda e instrumentos fabricados pelos educadores como chocalhos, que serão utilizados livremente, cantar cantigas de roda com acompanhamentos de palmas e instrumentos. O educador servirá como modelo tocando instrumentos, cantando, acompanhando músicas com instrumentos. Exploração de sons de sucatas. Início das rodas de música. Incentivar a criança a cantar e a ouvir diferentes ritmos. Turma Infantil II

Exploração de instrumentos. Confecção de instrumentos. Roda de reconhecimento de instrumentos. Sonorização de histórias. Explorar os sons do próprio corpo, objetos e vozes de personagens. Roda de música. Incentivar a criança a cantar e a ouvir diferentes ritmos.

Observar sons externos e internos, sons gravados, etc. Jogos de improvisação para sonorizar, utilizando o corpo ou objetos. Cantar com instrumentos.

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BRINCAR

“Criança não necessita só de comida, saúde e

educação. Ela também precisa brincar na infância

para ser feliz.

“Brincar não é brincadeira, brincar é coisa séria,

um dos direitos da criança é brincar”. – ECA

No brincar, o educador deve considerar que o imaginário faz parte da brincadeira da criança, portanto é necessário proporcionar momentos e ambientes que facilitem a brincadeira simbólica e a vivência de papeis sociais.

“É fundamental que se assegure à criança o

tempo e os espaços para que o caráter lúdico do

lazer seja vivenciado com intensidade, capaz de

formar a base sólida para a criatividade e a

participação cultural e, sobretudo para o exercício

do prazer de viver...”. (MARCELINO, 1996.p.38)

A brincadeira é um comportamento socialmente construído, que ajuda a criança a aprender sobre si mesma e sobre o universo cultural em que está inserida. Para que ocorra, de fato os processos de aprendizagem no brincar são necessários três elementos: o tempo, o lugar e as pessoas. Anos atrás, havia espaços nas residências e ruas para que as brincadeiras acontecessem. Hoje os espaços das casas ficaram reduzidos e as ruas já não podem ser consideradas apropriadas para as brincadeiras. Assim, a escola, por alinhar tempo, espaço e pessoas passa a ser um local propício para a aprendizagem também da cultura lúdica.

Há diferentes modalidades do brincar: Brincadeira simbólica Brincadeira de construção

Brincadeira tradicional

As brincadeiras como parte do cotidiano educativo, contribuem significativamente para o desenvolvimento do pensamento, da afetividade, da gestualidade, da memória, da capacidade criativa das crianças. Todas essas modalidades do brincar ajudam a construir um ser humano mais sensível, crítico e brincante.

Na brincadeira simbólica, a criança pode dar vida aos objetos inanimados, dando-lhes outros significados, reviver outras realidades e exteriorizar seus conflitos. Pela brincadeira, ela recria a própria vida, vivenciando prazeres e conflitos, resolvendo-os e compensando-os por meio da imaginação; aprende a conhecer a si própria, as pessoas que a cercam, as relações entre elas e os papéis que assumem; toma decisões, aprende regras de convívio social e forma sua personalidade.

Para enriquecer a brincadeira o educador deve preparar o ambiente, tornando-o instigante e provocativo, contando com a participação da criança. Partindo das ideias das crianças, o educador será o mediador para organizar o espaço. Levantar possibilidades para enriquecer esses espaços, selecionando materiais coerentes com a brincadeira proposta.

Nos jogos de construção, a criança desenvolve a espontaneidade, a inteligência, a coordenação, o autocontrole, o prazer da realização, a autoconfiança.

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Construir, transformar, destruir, reconstruir são possibilidades que essas brincadeiras oferecem.

Para possibilitar o desenvolvimento dessa brincadeira, o educador deverá oferecer materiais de natureza diversa, ampliando as alternativas de construções, tendo cuidado com a manutenção desses materiais, a fim de preservar a saúde da criança. Jogos de encaixe, caixas de papelão de tamanhos variados, sucatas diversas, madeirinhas, entre outros fazem parte esses materiais.

O educador deve auxiliar, estimular, dar ideias e algumas dicas para definir melhor o acabamento dessas construções.

As produções merecem ser apreciadas, registradas e compartilhadas.

Nas brincadeiras tradicionais, está a possibilidade do desenvolvimento da autonomia, de fazer escolhas, de seguir regras do aprendizado e da vivência das emoções, regras de convivência social.

Brincadeiras marcadas pelo anonimato estão sempre abertas a incorporar novas criações. Como são transmitidas de geração para geração, revelam crenças; valores, costumes, mitos e rituais religiosos. Cabe à escola resgatar as brincadeiras tradicionais. Para isso o educador deverá conhecer, apresentar, valorizar, participar da brincadeira de forma direta e ativa; considera-la no contexto escolar, observar para ampliar o repertorio; modificar regras de acordo com a faixa etária. Tudo isto implica em pesquisa; divulgação e comparação das diversas variantes desse brincar.

Brincando a criança desenvolve a linguagem, pensamento, criatividade, iniciativa e, além disso, diverte-se e sente prazer na brincadeira.

Por todos seus benefícios a brincadeira está sempre presente em quase todas as áreas e a rotina da escola garante momentos para que isso aconteça, ou seja, brincar se aprende brincando.

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11. Rotina

“Adaptação... Acolhimento; porque é bom para toda criança ser bem recebida e sentir-se importante para alguém.”

Gisele Ortiz (Revista Avisa Lá)

“Crianças de 0 a 1 ano necessitam: - proteção para perigos físicos;

- cuidados de saúde adequados; - adultos com os quais desenvolve apegos;

- adultos que entendam e respondam a seus sinais; - coisas para olhar, tocar, escutar, cheirar, e provar;

- oportunidades para explorar o mundo; - estimulação adequada para o desenvolvimento da linguagem.

Crianças entre 1 e 3 anos necessitam de todas as condições acima e mais: - apoio na aquisição de novas habilidades motoras, de linguagem e pensamento;

- oportunidade para desenvolver alguma independência; - ajuda para aprender a controlar seu próprio comportamento;

- oportunidade para aprender a cuidar de si próprias; - oportunidades diárias para brincar com uma variedade de objetos”.

Maria Malta Campos

A criança, ao ingressar na escola e separar-se dos pais vive um momento delicado em que precisa aprender a ficar longe do convívio familiar e a relacionar-se com diferentes pessoas em um novo ambiente. Assim entendemos que a adaptação deve ser planejada e estruturada de modo a facilitar “esse momento tão delicado”.

Ao entrar na creche, a criança percebe a diferença entre este espaço e o de sua casa, e para ter confiança e segurança nele, precisa construir novos vínculos, nos quais os educadores ganham papel fundamental, serão o “porto seguro” para a criança, garantindo-lhe atenção e atividades adequadas. Sendo mediador entre ela e o novo mundo a que agora tem acesso, irão encorajá-la a atingir uma condição mais autônoma. Esse novo adulto passa a ser referência para a criança, que retorna a ele a cada situação de desconforto ou insegurança, buscando apoio para poder reorganizar suas emoções.

Por ser um momento delicado, o período de adaptação requer alguns ajustes na rotina escolar e deve ocorrer de forma gradativa, respeitando os limites de cada criança. Algumas crianças necessitam de um período maior do que outras, e isso será levado em consideração pela instituição escolar, respeitando a necessidade da criança e não um tempo imposto pelo calendário escolar. A creche é a primeira instituição escolar da criança, e para muitas é até mesmo o primeiro grupo social diferente da família com quem convive. A garantia de uma adaptação sem traumas ou sofrimento para a criança pode ser fator fundamental para a sua socialização em diferentes grupos de seu convívio futuro e das aprendizagens na sua vida escolar.

Na primeira reunião com os pais é organizado o esquema do período de adaptação juntamente com as entrevistas, facilitando o diálogo aberto e contínuo com os pais, ajudando a responder as necessidades individuais da criança. A escola também adota outros canais de comunicação com as famílias: através das agendas dos alunos, que são elaboradas pela equipe escolar, contendo informações importantes sobre a identidade da

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criança e o regimento escolar que informa os procedimentos internos da creche, como também nos diálogos com os familiares em momentos de entrada e saída das crianças.

Em 2003, ao pensarmos na adaptação da criança na escola, usamos uma dinâmica diferente. Dessa dinâmica resultaram depoimentos das monitoras, profissionais que acompanhavam a creche desde sua criação. Nas falas aqui registradas ficam facilmente identificados os princípios e a concepção que regem as ações das educadoras.

“Eu sou uma pessoa estranha para ela. Causa angústia trabalhar e receber as crianças,

saber que ela sofre, a gente sofre igual, saber que a criança vai sentir falta da casa”.

Maria José

“Onde estou?... a criança pergunta pelo olhar que percorre o ambiente e as

pessoas enquanto chora ou fica quieta”.

.Neusa

“Primeiro a gente tem que se organizar internamente, pensando em como a gente vai

se sentir, aceitar a reação deles, sentir-se bem para esperá-los”.

Maria Leandro

“Se a gente se sente bem no lugar, se o ambiente é gostoso, eles também vão sentir-se

bem”.

Neusa

“Segurança transmite segurança para as crianças”.

Maria da Paz

“A criança também conhece a gente, por dentro e por fora”.

Maria José

Como organizar o período de adaptação?

“Bom planejamento, o que vai trabalhar e como organizar o ambiente, para a educadora não

ficar perdida”.

Maria Leandro

“Tem que ter brinquedos para as crianças”.

Maria José

“Tem que ir trabalhando para as crianças irem interagindo com os outros para aceitar todos”.

Maria Leandro

“Receber as crianças em pequenos grupos para ter mais tempo para estar acolhendo. A música

é uma atividade que chama a atenção da criança”.

Maria Leandro

“A calma da gente é a calma da criança”.

Maria José

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Qual o Objetivo?

“Queremos que a criança permaneça bem na escola, venha a sentir-se bem, feliz, segura, isto

dá satisfação para o educador, que cria vínculos, os educadores encontram com jovens que

foram seus alunos e lembra, abraça, porque tem boas lembranças da creche. Isto faz a gente

viver, dar valor”.

Maria José

A Família

“É importante passar segurança para os pais, que nos olham desconfiados e com razão,

pois estão entregando o seu “tesouro”; importante aceitar que a mãe tem dó de deixar o seu

filho, que queria escutar o que está acontecendo”.

Neusa

“Demonstrar cuidado com a criança também dá segurança para os pais”.

Maria Leandro

A adaptação deve ser pontuada pelo planejamento dos educadores de forma bastante detalhada para orientar ações que priorizem o aconchego, a segurança e o prazer da criança ao vir para a escola.

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11.1. Organização da Rotina

A rotina diária, coerente ao longo do tempo dá às crianças uma forma específica de “compreender o tempo”. A criança começa a compreender o horário da escola como uma série previsível de acontecimentos. Uma rotina coerente e estruturada auxilia a criança na sua organização pessoal interferindo positivamente em seu desenvolvimento emocional. A rotina deve ser estabelecida, porém, deve ter flexibilidade, permitindo, por exemplo, o prolongamento, interrupção ou alteração de uma atividade para serem adaptadas às mudanças e necessidades do grupo. A rotina deve ser composta de atividades pensadas de forma a serem prazerosas tornando a escola um ambiente atraente. Uma rotina bem estruturada favorece a autonomia das crianças.

A rotina proposta de forma coerente oferece à criança estrutura básica para que se organize e se responsabilize pelas próprias ações, adquira confiança no ambiente e na situação uma vez que sabe o que vai acontecer e pode preparar-se para isso.

Atividades que ajudam a se apropriar da rotina envolvem: planejamento, presença de objetos referência, e combinados com a criança sobre o planejamento e mudanças que possam acontecer.

Para a organização da rotina da escola em seu tempo/espaço fazem parte alguns horários fixos para as atividades de higiene, alimentação e repouso, proporcionando e dimensionando o direito das crianças a essas atividades de forma planejada. Porém tais horários não inviabilizam o atendimento aos diferentes ritmos e tempos individuais possibilitando atendê-los em suas necessidades básicas.

Ainda na rotina de cada turma, organizada conforme as próprias necessidades, fazem parte as atividades de: roda de conversa, hora da história, artes, atividades de movimento, brinquedoteca, atividades de área externa, sala de leitura e sala de TV/vídeo.

A rotina também deve ser planejada pelo educador nos dias de suas Faltas Abonadas ou licenças programadas uma vez que se prioriza o atendimento às crianças da turma, em suas aprendizagens e desenvolvimentos. Dessa maneira, embora o educador não esteja na sala com as crianças ele deverá deixar delineadas as atividades para os dias de suas faltas.

RODA DE CONVERSA

Na roda de conversa, os alunos interagem, conhecem-se e desenvolvem habilidades da língua falada, a capacidade de esperar a vez para falar e ouvir o que o outro está falando, a compreensão, a oralidade, a pronúncia através da escuta, apossam-se do direito à voz, da sua identidade como integrante do grupo, conquistam segurança para se expressarem e participarem também como ouvinte, observador. Os educadores são os mediadores, promovedores, provocadores e condutores do diálogo e sempre proporcionando oportunidades para todos. Assim, a roda de conversa é um momento muito importante dentro da rotina escola.

OBJETIVOS:

O ambiente escolar deve possibilitar atividades diárias que encorajem a criança a falar e se comunicar com maior frequência. A roda de conversa é uma atividade vital na obtenção de nossos objetivos:

> Desenvolver a oralidade, a argumentação, o questionamento e a articulação.

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> Promover a conversa e a atenção em grupo, de modo organizado, trocando experiências, contando novidades, falando, perguntando, respondendo, expondo ideias, dúvidas, descobertas e inquietações - dessa forma, compartilhando e adquirindo conhecimentos; > Favorecer o diálogo e o intercâmbio de ideias, que promovam a ampliação das capacidades comunicativas, aumento do vocabulário e, principalmente, ensinem as crianças a valorizarem o grupo como um lugar seguro para a troca e aprendizagem; > Suscitar o respeito às diferenças individuais e à vez da voz do outro;

> Possibilitar oportunidades para que a criança se expresse, situando-a dentro do grupo; > Incentivar, com intervenções cuidadosas, a fala daquelas que pouco ou nunca se manifestam oralmente; > Constituir a disposição de ouvir enquanto o outro fala, provocando o exercício da espera necessária;

> Ajudar a iniciar um trabalho, projeto ou aula, para verificar conhecimentos e também avaliá-los. Pode-se fazer uma avaliação prévia do que a turma sabe antes de iniciar um conteúdo, e sondar o que aprenderam com o que foi disponibilizado para ela; > Combinar ou apresentar atividades e programações;

> Socializar notícias, ideias e assuntos;

> Tomar decisões que envolvam a todos; > Demonstrar interesse por qualquer assunto que a criança proponha, para o qual o educador deve ser o interlocutor real, atencioso para as trocas comunicativas com elas. Para tanto, ele precisa permanecer atento às colocações delas, ouvi-las, buscando atribuir sentidos e significados dentro dos contextos e experiências da realidade delas. Não pode-os esquecer que todas as colocações infantis trazem consigo uma intenção, por vezes, não as compreendemos, mas precisamos ouvi-las buscando significados e viabilizando a comunicação.

> Proporcionar um momento de conversa prazerosa que conquiste ou fortaleça vínculos para a afirmação de todos, cada qual com sua individualidade, como um grupo.

ESPAÇO

Optar por um ambiente fechado e restrito ao grupo para o momento da roda de conversa, mas que seja familiar às crianças, que apresente aconchego, conforto e passe segurança, para o qual elas já tenham um conhecimento prévio do território. Exemplo: sala de aula; sala de leitura, “brinquedoteca” e espaços afins. Sempre quando possível, salientar a importância da não interrupção por parte de outras pessoas da escola, deixando um recadinho ou uma placa na porta com um aviso. Fazer desse momento uma hora peculiar do grupo, com sua prioridade e importância, evitando assim, dispersão e desinteresse por parte da criança.

Estruturar a roda no espaço de forma que todos se enxerguem e exercitem a aprendizagem de postura, tanto para ser ouvido como para poder ouvir.

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TEMPO

A roda de conversa deve acontecer todos os dias, na hora que o educador achar apropriada. Sua duração obedecerá a fatores como: circunstâncias, interferências, incidentes e, diante do tema, assunto, proposta, que estarão em roda, considerar o envolvimento da criança; ou seja, respeitar o tempo que se fará necessário para o desenvolvimento da conversa.

BIBLIOTECA

Objetivos: > Oportunizar situações que contribuam para a formação do gosto pela leitura;

> Proporcionar que o espaço seja reconhecido e utilizado para o desenvolvimento das diferentes linguagens de comunicação;

> Dar continuidade ao sistema de “biblioteca circulante” para que as crianças levem para casa todas as semanas, livros de suas escolhas.

Orientações Didáticas: O educador deve estimular a curiosidade natural da criança, apresentando os livros, mostrando as variedades de gêneros literários e as diferentes linguagens; formar parceria com as famílias em busca dos nossos objetivos.

O educador deve ser modelo de leitor na postura, utilização e manuseio do material impresso, sendo ele responsável pela manutenção, organização e cuidados com o acervo da biblioteca, além dos outros recursos: televisão, DVD, CD, aparelho de som, etc.

ATIVIDADES NA QUADRA POLIESPORTIVA

A quadra poliesportiva é um espaço que foi construído próximo à escola para uso da comunidade local. Nela são realizadas atividades esportivas com orientações de professores da Secretaria de Esportes. Em 2006, esta Secretaria criou um projeto de interação com a Secretaria de Educação, que visava atender a nossa faixa etária (zero a três anos) e pela proximidade fomos convidados a participar.

Participamos por dois anos de atividades coordenadas por professores de Educação Física. Em 2009 e a partir de então, não fomos incluídos no projeto, porém o espaço nos foi disponibilizado às segundas-feiras, quando não há atividade com a comunidade.

Por avaliarmos a importância desse espaço para a socialização das crianças com pessoas e lugares diferentes, pelo espaço físico diferenciado, optamos pela continuidade do uso da quadra.

Objetivos:

• Oportunizar a criança conhecer e explorar espaços diferentes da escola favorecendo sua integração e socialização nesses ambientes;

• Promover a socialização entre crianças/crianças e crianças/comunidade; • Propiciar atividades de exploração do ambiente, onde a criança possa correr, pular,

andar, respeitando o limite de cada uma.

Orientações Didáticas

O educador deve organizar o grupo para que a criança ande em segurança no trajeto da escola para a quadra e vice-versa, caminhando em um ritmo em que todas possam acompanhar.

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Em um primeiro momento de ida à quadra os educadores devem deixar que as crianças explorem o espaço. Quando estiverem mais familiarizadas com o espaço deve planejar previamente as atividades, levando o material necessário para os objetivos propostos.

OBSERVAÇÃO: Devido às reformas da quadra desde 2013 as atividades foram suspensas, sendo retomadas em 2016, até o segundo semestre, quando por boatos de roubos de crianças na proximidade os educadores não se sentiram seguros para ir até a quadra. Em 2017 existe um projeto para que toda a área ao redor do ginásio se transforme em um parque integrando nossa escola a ele, ficando mais seguro nosso percurso entraremos em contato com a administração para que possamos retomar as atividades.

SALA DE BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS

Brincando de Brincar

Objetivo Propiciar atividades e/ou situações de brincadeiras por meio das quais as crianças explorem, manipulem materiais e através dos sentidos e do corpo, desenvolvam a criatividade e imaginação, aprendam as funções socais dos objetos e os utilizem, e nas relações destas brincadeiras signifiquem e ressignifiquem os papéis sociais.

Orientações Didáticas:

Os educadores devem propiciar uma organização neste espaço que permita à criança a busca de brinquedos para incorporá-los em suas brincadeiras. Outra situação poderia ser a organização da sala para uma brincadeira simbólica ou temática, observando as reações das crianças ao brincar, para num replanejamento aumentar os desafios e repertórios da brincadeira, ampliando assim as possibilidades simbólicas das crianças.

A organização do espaço deve fazer parte dos procedimentos das atividades. 12. AÇÕES QUE APOIAM O CONHECIMENTO E A APRENDIZAGEM

Eventos/Festas/Passeios/Estudo do Meio

Os passeios proporcionam à criança novas vivências, experiências e conhecimento de novos espaços, assim como a possibilidade de relacionar os conhecimentos adquiridos na escola com os espaços visitados.

Fundamentação

As famílias relatam em pesquisas feitas na escola sobre a dificuldade de realizar passeios como a escola proporciona. Consideram de grande importância estes passeios para o lazer e conhecimento das crianças.

Orientações Didáticas

Alguns passeios são definidos para atender a necessidade de um projeto, por sala de

aula ou por todo o grupo da escola e outros passeios acontecem para proporcionar lazer e ampliar o conhecimento de novos espaços.

A equipe de gestão e/ou educadores, previamente avalia a adequação do local, com relação à idade das crianças e à proposta pedagógica.

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Os educadores contextualizam os passeios para as crianças de acordo com objetivos propostos, seja de lazer, conhecimento ou projeto.

As crianças só poderão participar dos passeios com autorização dos pais ou responsáveis. Esta autorização deverá ser feita por escrito a cada passeio e portada durante o mesmo.

Toda a equipe de funcionários é mobilizada a participar do passeio, garantindo segurança, alimentação, higiene e demais cuidados adequados à faixa etária.

São confeccionados crachás de identificação pessoal, constando os seguintes dados: nome, endereço e telefone da escola; nome completo da criança e nome da professora.

Cada professora deverá providenciar um kit de cuidados contendo: troca de roupa, toalha, saco plástico e papel higiênico.

A professora deverá fazer chamada antes da saída para o passeio e também uma lista dos presentes para conferir as crianças no retorno.

Passeios a serem Planejados para 2017 Todo Grupo – Passeio de Lazer e Teatro Martins Pena.

> Poderão ser programados outros passeios conforme projetos das professoras.

Estes passeios dependem de oportunidades oferecidas que atendam a faixa etária das crianças da escola.

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12.1. FESTAS E EVENTOS

O QUE AS CRIANÇAS NOS INSPIRAM

Quando nossos pensamentos buscam imagens que fortaleçam a união do grupo pa-

ra planejar, não é o que nos falta, mas sim aquilo que transborda, que é forte, que pul-

sa, que provoca respeito, sinônimo de vida, felicidade retratada, com certeza é a ima-

gem de criança que nos vem à mente. Criança aprendendo, brincando, conhecendo,

conversando, criando laços de amizade, sempre em movimento, expressando sua ale-

gria e felicidade. Este cenário se completa com a harmonia de nossas ações e respeito

às necessidades das crianças. A escola pensada, planejada em seus espaços, deve

proporcionar diversão, descontração, união, alegria, harmonia em um ambiente rico de

possibilidades de conhecimento para a criança experimentar e principalmente brincar.

A aprendizagem está em todos os cantos e momentos, o saber traz a felicidade de

ensinar e aprender. As festas são momentos que favorecem a interação, a sintonia en-

tre as pessoas e as aprendizagens sociais, festa é lugar de felicidade e descobertas.

Uma festa verdadeiramente, só acontece com alegria, cooperação, união, liberdade e

criatividade de cada um e de todos que a planejam, executam e dela participam.

A nossa interpretação de festa não é apenas riso e alegria naquele momento, ela

tem consequências para a vida. A amizade e união, como referências de convívio pos-

sibilitam à criança, buscar desde muito nova, o equilíbrio e a cumplicidade nas relações

sociais. Destas relações surgem amizades, amizades verdadeiras.

Pensando em todo este contexto, convido a todos para nos entregarmos à diversão

de organizar e produzir momentos de prazer e felicidade ao outro, conscientes que es-

tamos produzindo e acolhendo saberes das famílias que participarão do encontro famí-

lia e escola, amanhã 23/06/2012.

Obs: as palavras destacadas em vermelho foram citadas pela equipe na sequência

em que foram apresentadas no texto, respeitando tempo de verbo, gênero, número,

tendo como estimulo provocativo figuras expostas na biblioteca. ,

(Texto elaborado pela dirigente Iara em que as palavras em vermelho significavam a

avaliação dos participantes da reunião pedagógica).

Justificativa Julgamos importante enfatizar algumas datas comemorativas através das festas,

trabalhando assim a socialização e aspectos culturais valorizados pela comunidade e também para ressignificá-las, deixando de lado o tom comercial que impera na mídia.

Fundamentação As festas são importantes por serem eventos que garantem a transmissão de valores

culturais e sociais, por terem a presença da maioria da comunidade escolar; por meio delas acontece a interação entre crianças / educadores / funcionários e famílias; possibilitam às crianças opção para escolha. É uma oportunidade de enfatizar o lado não comercial destes eventos, em que se comemora a aprendizagem, a cultura, a alegria e a interação.

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Orientações Didáticas

O educador deve planejar os eventos preocupando-se com a diversidade cultural de sua turma, incluindo a todos, dando o significado que o evento possa ter para cada cultura, preocupar-se com os conteúdos culturais, históricos e sociais que devem ser ensinados, sem agregar conteúdos específicos de religião, crenças ou valores restritos a um grupo.

Carnaval: evento interno com apresentações de marchinhas carnavalescas

e a participação de todas as turmas.

Dia das Mães: As crianças levam paras as mães ou pessoa responsável que representa e cumpre o papel maternal na família, uma mensagem, na qual deve ter alguma participação, como uma pintura por exemplo. O educador trabalha o cotidiano da criança enfatizando o contato com a figura materna.

Festa Junina: Nossa Festa Junina é interna. Nesta festa as crianças têm a oportunidade de entrar em contato com elementos da cultura brasileira como os doces típicos, músicas e costumes regionais, como também vivenciar um dia diferente no ambiente escolar. As crianças podem vir vestidas a caráter conforme escolha da família. Organizamos barracas de brincadeiras, tais como: pescaria, lambida da vaca, etc. onde todas as crianças participam conhecendo características desta festa.

Dia dos Pais: É comemorado da mesma maneira que comemoramos o dia das mães.

Semana da Criança: A semana da criança é comemorada para marcar efetivamente a presença da infância, fase da vida com características peculiares que necessitam de proteção e possibilidades de desenvolvimento.

Dia da Família: A escola realiza atividades, promovendo a participação da criança juntamente com a família, como, modelagem, sala da história, pintura facial, cinema, dobradura e sala da bruxa. Os educadores se dividem sendo responsáveis para preparar cada oficina, os pais e as crianças ficam livres para escolher em qual querem participar.

Festa de encerramento: A Unidade escolar é decorada com motivos da época, com participação das crianças. A festa é realizada na última semana de aula. As turmas de três anos recebem uma lembrança por estarem encerrando a sua permanência nesta escola.

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13. HIGIENE E SAÚDE

Saúde: uma questão de higiene e limpeza

Vygotsky, Piaget e Wallon desafiam-nos a buscar na educação infantil “um espaço-tempo” no qual educar e cuidar estejam no mesmo patamar de importância, compreendendo que as crianças estão em constante construção de conhecimento sobre o mundo que as cercam, na interação que estabelecem com as pessoas e com o meio em que vivem.

Especialistas são unânimes ao dizer que no dia a dia dos pequenos, os cuidados e a educação devem estar articulados. “Cuida-se ao educar e educa-se ao cuidar”, explica Zilma de Oliveira, docente da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (USP).

“Na escola, a promoção e a manutenção da higiene pessoal das crianças devem estar sempre presentes. É interessante que sejam desenvolvidas ações que favoreçam a construção dos conhecimentos necessários para que a criança comece a cuidar de si, do outro e do ambiente. Assim, ela irá aprendendo a limpar o nariz, a lavar as mãos após o uso do banheiro e antes das refeições, etc.” (Proposta Curricular – Rotina)

Reforçando o conceito de que o adulto é modelo e que deve preservar a saúde do outro e a sua própria, é importante que sua higiene pessoal seja observada como parte de sua identidade.

Orientações Didáticas

Uso do Banheiro

Manter limpos e desinfetados os sanitários, especialmente após o uso das crianças com diarreia. Utilizar água, sabão, e água sanitária de 2,0 a 2,5 % para desinfecção.

Os sanitários devem dispor de água, sabão líquido, toalhas de papel e álcool gel para a higiene das mãos.

Acompanhar as crianças sempre que necessitem usar o banheiro, auxiliando-as na higienização, ensinando-as a se limparem e quando não conseguirem, o educador deverá fazer por elas. Orientá-las quanto à utilização do vaso sanitário, verificando a limpeza do mesmo sempre que utilizar.

O educador deve sempre lembrar a criança de lavar as mãos depois de utilizar o banheiro.

As crianças devem estar calçadas sempre que forem ao banheiro.

Troca de fraldas

Todas as trocas devem ser feitas no banheiro.

O educador deve usar luvas descartáveis.

Lavar as mãos antes e depois da troca. Retirar o excesso das fezes antes de colocar a criança na “cuba” de banho, evitando a

parada de detritos na cuba ou ralo. Forrar o colchonete onde a troca é realizada. Depositar as fraldas no lixo adequado, com pedal, que deve estar posicionado próximo do

local de trocas. Separar e colocar em um saco plástico as fraldas com fezes antes de lançá-las no lixo.

Banho

Higienizar a cuba com detergente e álcool antes do banho, em caso de diarreia, procurar o pessoal de apoio para desinfetar adequadamente a cuba.

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Utilizar esponja somente quando necessário e descartá-la após o uso.

Utilizar sabonete líquido para o banho.

Organizar os pertences das crianças (toalha, roupas...)

Colocar a roupa suja em saquinho plástico.

Garantir o uso de toalhas de banho individuais que devem ser lavadas todos os dias. As roupas das crianças devem ser trocadas por limpas e adequadas à temperatura, sempre

que necessário.

Lavar as mãos

Educadores

Antes e depois das trocas de fraldas.

Após o uso das luvas.

Antes das refeições.

Ao sair do parque.

Após o uso do banheiro Após limpar o nariz das crianças (que devem ser limpos sempre que necessário, o papel

sujo deve ser descartado).

Crianças

Antes e depois das refeições.

Após usar o banheiro.

Após a troca da fralda.

Após as atividades de Artes.

Ao sair do parque

Após limpar o nariz e sempre que houver necessidade.

Refeições

Em casos de vômito nos utensílios de plástico (cumbucas, pratos, canecas), descarta-los, jogando-os fora. Quanto aos talheres levar às merendeiras separadamente para desinfecção.

Trocar utensílios que caírem no chão. Encaminhar para devida esterilização das merendeiras os utensílios utilizados por crianças

que apresentem feridas na boca. Ocorrendo incidentes na mesa com suco ou comida as merendeiras devem ser chamadas;

quando ocorrer no chão chamar as funcionárias do apoio. Atentar para que a criança não coma alimentos caídos na mesa ou do chão, providenciando

reposição.

Roupa de cama / banho e brinquedos

Superfícies que tenham contato com vômito ou fezes, lavar com água e sabão, desinfecção com água sanitária 2% e secagem com papel toalha.

Superfícies que não tenham contato com vômito ou fezes, lavar com água e sabão, desinfecção com água sanitária 1%(um litro de água sanitária para um litro de água), secar com papel toalha.

Brinquedos Lavar com água e sabão, desinfecção com água sanitária a 0,02% (uma colher de sopa de água sanitária em um litro de água – deixando imerso por 60 minutos). Não enxaguar e deixar secar.

Colocar número nos lençóis tendo como referência cada criança. As crianças deverão dormir sempre no mesmo número.

Trocar sempre os lençóis babados e suados.

As roupas de cama (fronhas e lençóis) não devem sacudidas, devem ser lavadas comágua e sabão e secas em secadora de roupas.

Trocar toalhinhas (babador) a cada refeição caso as crianças as utilizem para fazer as refeições e enviá-las para lavar (Berçário e um ano).

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Colocar as toalhas de banho usadas no balde para que no fim do dia sejam lavadas.

Conservar adequadamente os tapetes das salas, mantendo-os o mais higienizado possível (evitar pisar nos tapetes com calçados que vieram da rua, não colocar cadeiras sobre eles, e não pisar com salto).

Organização dos pertences pessoais

Orientar as crianças quanto à organização dos pertences pessoais dentro da mochila.

Separar os calçados das roupas. Roupas sujas devem ser colocadas dentro de sacos plásticos para não misturar com roupas

limpas. Roupas sujas de cocô devem estar dentro de um saquinho, amarrado no lado externo da

mochila.

Armazenamento das chupetas

Lavar com água e sabão, desinfecção com água sanitária a 0,02% (uma colher de sopa de água sanitária em um litro de água – deixando imerso por 60 minutos). Não enxaguar e deixar secar.

As chupetas devem ficar guardadas em recipiente limpo, exclusivo e de fácil acesso aos educadores.

É opção dos educadores de pedir uma chupeta para ficar na escola ou a chupeta pode ir e vir todos os dias pela mochila, armazenada adequadamente no pote individualizado e devidamente higienizado.

Os potes que ficam na escola devem ser higienizados periodicamente.

Brinquedos

Os brinquedos acessíveis às crianças devem estar sempre limpos e em estado de conservação que não ofereça perigo. Ficando sob a responsabilidade dos educadores a observação da condição adequada dos brinquedos e providenciando o conserto, a solicitação da higienização pelas funcionárias da limpeza ou o descarte.

Lavar com água e sabão, desinfecção com água sanitária a 0,02% (uma colher de sopa de água sanitária em um litro de água – deixando imerso por 60 minutos). Não enxaguar e deixar secar.

Soninho

Mantenha portas ou janelas abertas, inclusive nos dias frios, para evitar o aumento de germes no ar, o que facilita a transmissão de doenças. Agasalhar bem as crianças, nos dias frios.

Disponha os bebês em posições opostas: a cabeça de um bebê ao lado dos pés do outro. No final do período de sono, abra as cortinas devagar, coloque uma música suave e aumente

lentamente a tom de voz para que as crianças passem a acordar tranquilamente.

Higiene da escola Na rotina desta instituição buscamos criar um ambiente de cuidados que considere

as especificidades da faixa etária atendida, desenvolvendo atividades diárias que visam além do educar, o bem estar da criança, a manutenção da saúde e prevenção de doenças.

Portanto, faz parte da nossa rotina os seguintes procedimentos com as crianças: lavar as mãos antes da oferta de alimentos ou após o uso dos sanitários ou de alguma atividade que assim o exija; fazer a higiene bucal, considerando os movimentos corretos da escovação de dentes e língua; uso adequado dos sanitários, papel higiênico; uso correto da torneira; cuidados de higienização das “cubas” após cada banho. Além do trabalho de higiene com as crianças, os adultos devem observar a própria higiene como referência para as crianças e para evitar contaminações. A limpeza dos ambientes internos e externos da escola é atribuída às funcionárias responsáveis pela limpeza de forma a equilibrar as tarefas e formar responsabilidades com cada espaço.

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Todas as atividades do pessoal de apoio à limpeza são realizadas buscando um princípio maior: o da autonomia que leva em conta as necessidades da criança, incentivando gradativamente seus desejos/necessidades de realizar por si só algumas ações e a capacidade de optar por realizá-las (sozinhos ou não).

O pessoal de apoio responsável pela limpeza da escola é parte integrante da equipe escolar, sua importância é evidenciada entre outras contribuições, pelo fato de sua função estar ligada diretamente a saúde e bem estar das crianças pequenas.

O grupo participa das reuniões pedagógicas de forma efetiva e não apenas como ouvintes, sendo as reuniões planejadas e tematizadas considerando a participação de todos os segmentos de funcionários da escola.

No início do ano letivo ou sempre que ocorre alguma mudança estrutural, o grupo se reúne com a Equipe Gestora para analisar as tarefas, avaliar a rotina e fazer as atribuições de cada um, essa rotina é passada para um quadro permanecendo uma cópia no mural da dirigente e outro afixado em local de acesso aos funcionários. São realizados combinados e orientações a respeito de horários sem prejuízos a dinâmica da escola ou sobrecarregar um ou outro funcionário.

Os horários de trabalho são definidos distribuindo o grupo de forma que sempre atenda:

A abertura da escola;

A limpeza antes da entrada das crianças, das salas, da areia, e mais o que se fizer necessário; Limpeza das salas e dos tapetes, preparando as salas para o sono das crianças durante o

almoço destas. A higienização dos banheiros, limpeza do refeitório, áreas de circulação e outros ambientes

que se fizer necessário durante o sono das crianças; A limpeza após a saída das crianças e fechamento da escola

A escala para horários de almoço é elaborada de maneira que contemple a necessidade da Unidade Escolar mantendo a presença de pelo menos um funcionário da limpeza presente para qualquer eventualidade. Os critérios para definir os horários de cada um são discutidos com o grupo, caso não haja consenso, a decisão caberá a Dirigente.

É da responsabilidade deste grupo:

Organização e controle de estoque do almoxarifado.

Limpeza geral da escola – mobiliários, piso, janelas, portas, paredes, área interna e externa.

Manutenção de limpeza nos ambientes;

Recolher e retirar o lixo;

Abrir e fechar a escola;

Arrumar os ambientes para repouso das crianças;

Lavar as roupas: lençóis, mantas, toalhas, panos de limpeza... Lavar os brinquedos usados pelas crianças, conforme necessidade e solicitação dos

educadores; Rastelar (diariamente) e fazer desinfecção da areia com cloro (semanalmente)

Abrir o portão e observar a entrada e saída das turmas;

Quando necessário, atender ao telefone, dar recados e auxiliar na organização da escola; Participar das festas, dos passeios e visitas extra escola, auxiliando os educadores nos

cuidados com as crianças. Participar das reuniões pedagógicas;

Participar de órgãos como APM e Conselho de escola representando seu segmento; Comunicar a direção da escola sobre observações que julgue relevante para o bom

andamento da unidade.

Rotina da Equipe de Apoio à Limpeza Na escola temos limpezas diárias, semanais e quinzenais. Segue abaixo detalhamento

sobre a rotina do pessoal responsável pela limpeza. Período da manhã são executadas diariamente limpeza nas áreas:

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Diretoria;

Berçário e fraldário com higienização das cubas de banho, pias e piso;

Banheiro de funcionários e professoras; Biblioteca com espanação do pó dos livros, limpeza do chão (varrer e passar pano), limpar as

mesinhas com detergente e água sanitária diluídas em água, limpeza dos tapetes; Sala de Brinquedos/brincadeiras (brinquedoteca). Como a biblioteca, auxiliar na organização

dos brinquedos, higienização dos brinquedos sempre que necessário; Sala da coordenadora: espanação do pó, uso de lustra móveis, limpeza do piso;

Secagem das roupas lavadas no dia anterior;

Limpeza da sala de artes após o uso de cada turma; Refeitório: após cada refeição das crianças, recolhendo os alimentos caídos e limpando com

pano com detergente e água sanitária; Solário dos bebês: o ambiente é varrido antes dos bebês utilizarem; Salas de aula: os tapetes são limpos e enrolados para limpeza do chão (água com detergente

e álcool), espanação do pó e limpeza com pano com álcool nos armários de fórmica, após o piso estar seco os tapetes são recolocados e os colchões para o repouso das crianças;

Banheiro infantil: manutenção (retirada do lixo, limpeza das sujeiras que podem ocorrer).

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Período da tarde

Refeitório e pátios internos: limpeza do piso, passando 1º pano com água, detergente e água sanitária, 2º pano com água, álcool e um pouco de desinfetante, limpeza dos coxinhos com esponja e sapólio em pó;

Sala de artes: mesas (limpeza com esponja macia, e detergente e água sanitária diluída em água), piso (detergente e água sanitária diluídas em água);

Banheiro infantil: higienização das privadas, pias, cubas de banho, piso e coxinho com água, detergente, água sanitária e desinfetante. No final do período é realizada a manutenção;

Fraldário: manutenção;

Roupas: lavagem dos lençóis, toalhas, cobertores (quando necessário); Brinquedos: lavagem dos brinquedos com detergente e água sanitária quando necessário por

solicitação do educador.

Atividade semanal:

Piso das salas referencia das crianças: lavar, encerar e lustrar;

Portas e batentes: limpeza com água sanitária e lustra móvel; Higienização da areia do parque com cloro diluído em água na proporção de 10 litros de água

para 1 litro de cloro, realizado às segundas feiras no final no primeiro horário da manhã; Lavar o piso dos solários, e sempre que necessário.

Atividade quinzenal:

Lavar a área externa (cimentada) da escola;

Limpeza dos vidros.

Obs.: 1 – Qualquer atividade descrita deverá ser realizada sempre que necessário mesmo que exceda a rotina, pela pessoa responsável ou por outra disponível. 2 – Caberá a Dirigente avaliar e determinar as atividades não descritas na rotina, porém necessárias por urgência, emergência ou mudanças estruturais que deverão ser realizadas.

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14. Avaliação das Aprendizagens dos Alunos

Histórico de Avaliação “A mudança de concepção de educação vem no bojo

das novas visões de ensino e aprendizagem. Toda busca de saber nasce de uma inquietação da falta que emana da prática”.

(Madalena Freire)

Considerando que o objetivo maior da educação a que nos propomos é o de desenvolver nas crianças a autonomia, a criatividade e o pensamento crítico, partindo do conhecimento que as crianças já trazem, e buscando a ampliação do seu saber, a avaliação desempenha um papel diagnosticador que constata desempenhos, dificuldades numa perspectiva processual, como momento de reflexão que aponta para um replanejamento.

Temos como nosso principal instrumento de avaliação o “registro”, portanto ele não pode ser uma mera descrição de fatos que fornece poucas informações e não nos leva a uma reflexão.

Nos registros devemos descrever nossas emoções, pensamentos, opiniões, conflitos. Também as atividades desenvolvidas, com os objetivos propostos, apresentar as aprendizagens das crianças, o que deu certo e o que deve ser mudado. Um registro que leve a uma reflexão para dar o passo seguinte, a atitude de fazer um replanejamento. Procurando saídas para superar as dificuldades e ampliar as aprendizagens das crianças.

Sabemos que um registro reflexivo não é apenas um instrumento de avaliação do educando, mas também do educador, pois ao pensar sobre nossas práticas pedagógicas, podemos optar pela mudança, alterações que julgamos necessárias.

De posse dos registros que apontam a observação constante e um acompanhamento minucioso da ação reflexiva, o educador tem condições de elaborar o relatório individual apontando as aprendizagens das crianças e em que situação deve intervir para mediar o desenvolvimento de cada uma. Os relatórios individuais são semestrais, elaborados pelas professoras, que relata o trabalho realizado e as aprendizagens das crianças.

O dia-a-dia da escola oferece situações de ensino e aprendizagens que além do olhar do educador e seus registros, devem ser registradas por instrumentos que falam por si o percurso de trabalho da comunidade escolar. As fotografias cumprem esse papel. A escola mantém esta prática há algum tempo, confeccionando álbuns que contam a história de cada ano vivenciada nesse ambiente.

“Gosto de ser gente porque inacabado sei que sou um ser condicionado, mas consciente do inacabado sei que

posso ir mais além dele”. Paulo Freire

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15. Acompanhamento dos Instrumentos Metodológicos

Retomamos a prática já desenvolvida nesta escola de apresentação de Seminários em que cada trio tinha reuniões com a dirigente e coordenadora para planejar a apresentação do projeto desenvolvido pela sala nas reuniões pedagógicas. Foi avaliado positivamente por todos os segmentos da escola e terá continuidade em 2017. A diferença é que os projetos serão apresentados de acordo com a faixa etária.

A partir de 2014 realizamos os encontros dos HTPCs das professoras em dois grupos.

Os registros são elaborados em caderno próprio, pelas professoras e são lidos pela coordenadora pedagógica, que acompanha o planejamento dos projetos, os planejamentos e as atividades em sala, registrando sua devolutiva e encaminhamentos neste caderno.

Da mesma forma, os relatórios individuais são acompanhados pela coordenadora pedagógica desde sua elaboração. Acompanhamento que visa dar suporte ao grupo de professoras para o que deve ser observado e relatado nesses instrumentos metodológicos.

A prática dos Seminários continuará em 2017, pois acreditamos que essa troca de experiências é rica para toda a equipe demonstrando maior facilidade para o grupo em apresentar sua atuação pedagógica.

O horário do HTPC em duas turmas apresentou facilidades para as professoras devido aos horários, mas esse fato trouxe dificuldades, postergando a tomada de decisões em que demandava a discussão e opinião das professoras juntas em assuntos que diziam respeito à escola no geral. Aos poucos essas dificuldades foram superadas com formas diferentes de trocas de comunicações, como por exemplo, a utilização de quadro branco para comunicados, pesquisas e orientações.

O acompanhamento dos instrumentos metodológicos é avaliado continuamente e tem se mantido, pois atenderam as necessidades formativas do grupo.

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16. CALENDÁRIO ESCOLAR HOMOLOGADO

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17. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SÃO BERNARDO DO CAMPO, Secretaria de Educação e Cultura, Proposta Curricular,

São Bernardo do Campo – SP, 2007.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, Secretaria de Educação Básica, Indicadores de Quali-

dade na Educação Infantil, Brasília, 2009.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, Secretaria de Educação Básica, Critérios para um

Atendimento em Creches que Respeite os Direitos Fundamentais das Crianças, Brasí-

lia, 2009.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, Secretaria de Educação Básica, Diretrizes Curriculares

Nacionais para a Educação Infantil, Brasília, 2010.

VEIGA, Ilma P. Alencastro (org). Projeto Político Pedagógico da Escola. São Paulo,

Papiros, 1995.

CAMPOS, Maria Malta. Por uma Prática de Formação do Profissional de Educação In-

fantil. Minas Gerais, 1994.

FREIRE, Madalena. Educador: Educa a Dor.

MELLO, Suely Amaral. A Educação das Crianças de 0 a 6 anos: regularidades do de-

senvolvimento. Texto da Assessoria de 2011.

RIOS, Terezinha Azeredo. A Educação que Queremos: Projeto Político Pedagógico.

Texto da formação de 2014.

CORTELLA, Mário Sérgio. Educação, Escola e Docência novos tempos, novas atitu-

des. Editora Cortez, 2014

ORTIZ, Cizele e DE CARVALHO, Maria Tereza Venceslau. Interações: ser professor

de bebês – cuidar, educar e brincar, uma única ação. Editora Blucher, 2012

Hummel, Mônica, Mudança de Hábitos. Texto de formação para diretores de 2015.

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18. ANEXOS

ESTRUTURA FÍSICA

Espaços das crianças:

Salas referências São 07 salas de atividades. Nestas salas as crianças são recebidas pelos educadores, encontram seus colegas de turma, realizam atividades, repousam e no final do dia esperam a pessoa que virá buscá-las para retornarem às suas casas. Cada um desses espaços tem as marcas da turma, suas produções, brinquedos e livros que são organizados de forma a facilitar o acesso e as escolhas das crianças.

Biblioteca Escolar (B.E) Espaço com mobiliário específico para a faixa etária, onde as crianças, com a mediação dos educadores, podem escolher e manusear livros e fantoches; ouvir histórias e assistir à DVDs que fazem parte do acervo da escola, que é constantemente renovado. Além dos objetivos específicos dos educadores a biblioteca favorece o trabalho de despertar na criança o gosto pela leitura e consequentemente o cuidado com os livros. Todas as turmas têm horários pré-estabelecidos para ocupação deste ambiente. Os livros estão expostos em prateleiras, carrinhos e caixas organizadoras. As crianças têm a opção de manusearem e “ler” os livros sentados em almofadas ou em cadeiras apoiando os livros sobre mesas. A atividade de leitura se estende às famílias com a “Biblioteca Circulante”, cada criança leva um livro para casa no final de semana, incentivando a leitura compartilhada com os familiares.

Sala de Brinquedos e Brincadeiras A sala de brinquedos contém materiais e brinquedos diversos que possibilitam brincadeiras, construções livres e ações orientadas pelos educadores. Brinquedos específicos sugerem ação, enredo, personagens, construções que convidam para a brincadeira simbólica. É um espaço para trocas e aprendizagens, onde a criança tem a possibilidade de fazer a relação corpo/espaço/tempo, dedicar-se à descoberta do lúdico explorando os diferentes brinquedos e desenvolvendo papeis sociais.

Ateliê de Artes O ateliê de artes é o espaço pensado para favorecer a expressão artística da criança por meio das atividades de pintura, desenho, modelagem, colagem, recortes, etc. Papéis, colas, tesouras, pincéis, tintas, entre outros materiais estão ao alcance das crianças, possibilitando a escolha para o uso e o cuidado para guardá-los. É principalmente neste ambiente que as crianças experimentam diferentes texturas, suportes, utensílios de efeitos gráficos, possibilidades de cores entre outras experiências para suas produções.

Refeitório Organizado no pátio interno, em forma de L, no centro do prédio. Possui mesas adequadas à faixa etária das crianças para as refeições diárias (café, almoço, lanche e jantar). Neste espaço estão dispostos também: purificadores de água e canecas, que são constantemente trocadas, para as crianças se servirem. Um lavatório com espelho, para higiene das mãos e bucal. Nas paredes há murais para a exposição de produções das crianças. Entre a refeição de uma turma e outra há um intervalo para higienização do espaço e dos mobiliários. A dinâmica durante as refeições é de self-service; as comidas são levadas para as mesas em travessas de inox, para que as crianças sirvam-se, fazendo suas escolhas, orientadas pelos educadores. Este sistema evita a espera prolongada e facilita a possibilidade de orientação dos educadores.

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Pátio Interno (anexo ao refeitório)

Contem um lavatório com espelho, utilizado para higiene das mãos e escovação dos dentes; Um espaço livre, onde os educadores organizam “circuitos” de corpo e movimento com equipamentos (atividade desenvolvida preferencialmente em dias de chuva). As paredes deste espaço são suportes para os murais onde são expostas as produções das crianças.

Banheiro/Vestiário das crianças. Neste espaço estão as ‘colmeias’ (armários com divisórias), onde ficam as mochilas

das crianças com seus pertences, permitindo a elas a independência quanto aos próprios cuidados.

São quatro banheiros, onde as crianças são cuidadas e orientadas quanto a sua higiene corporal. Acontece o banho de rotina para as turmas de berçário e sempre que necessário, para as demais turmas. Os vasos sanitários de altura e tamanho adequado para as crianças facilitam seu uso e o trabalho de retirada das fraldas. Os banheiros são lavados diariamente com higienização das cubas de banho, vasos sanitários, pisos e azulejos, e limpos sempre que necessário. Uma auxiliar de limpeza permanece de “plantão” para auxiliar na limpeza e retirar o lixo sempre que necessário.

Área Externa Área externa possui muitas plantas o que torna esse local bastante agradável. Toda a

área externa livre é ocupada pelas crianças nas brincadeiras com motocas, bolas, bambolês, etc. Há um parque com areia e brinquedos tais como: balanços de pneu, escorregadores, casinha e gangorra.

Espaços de Apoio

Cozinha/Despensa

A cozinha é equipada com 1 fogão industrial de 6 bocas e 2 fornos, um forno elétrico, um purificador de água e outros equipamentos que facilitam o preparo e a qualidade das refeições. As merendeiras preparam as 5 refeições do dia (café, hidratação, almoço, lanche e jantar), seguindo orientações da nutricionista da merenda escolar da SE

A despensa é local destinado ao armazenamento dos alimentos. Neste espaço, além das prateleiras de ardósia polida para organização de alimentos não perecíveis existe uma geladeira industrial e uma geladeira doméstica com freezer e um freezer. Lavanderia

Local onde ficam máquinas de lavar e secadoras de roupas. Este espaço é responsabilidade das auxiliares de limpeza da escola, que lavam os lençóis, edredons, toalhas e roupas das crianças sempre que for necessário.

Almoxarifado

São dois almoxarifados: 1. Materiais e produtos de limpeza (interno). 2. Brinquedos da área externa (motocas, brinquedos de areia, regadores, etc).

Espaço Administrativo e de Coordenação Pedagógica

Diretoria Local reservado onde a Dirigente exerce funções administrativas da gestão escolar, atende funcionários, familiares dos alunos e pessoas da comunidade.

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Secretaria Local onde o oficial de escola responde pelo atendimento ao público, funcionários, documentação da escola e demanda administrativa que a escola recebe principalmente vinda da S.E.

Sala da Coordenadora Pedagógica. Ambiente reservado para documentação, trabalhos e reuniões pedagógicas em pequenos grupos e atendimento aos pais.

Sala dos Educadores e reuniões. Com a implantação da jornada formativa, a creche ampliou o uso da sala de reuniões para os horários de HTP dos educadores.

Histórico das Avaliações da

Equipe Escolar Avaliação Luana

Lino de Souza - 2010

Em 2010 a escola começou a utilizar o documento “Indicadores da Qualidade na Educação Infantil” como instrumento para sua avaliação institucional, e a partir de então a formalizar em registros no PPP o conteúdo desta avaliação que indica as principais conquistas da escola que devem ser mantidas, e as metas que devem ser estabelecidas na busca de alcançar uma escola de qualidade para as crianças da faixa etária atendida. A escola recebeu o material do Ministério da Educação responsável pela organização do documento que apresenta os “Indicadores de Qualidade na Educação Infantil”. Em reunião ficou decidido que adotaríamos esta prática por contemplar todas as áreas de atuação da escola, por meio das suas dimensões. A saber:

Dimensão 1: planejamento Institucional. Dimensão 2: multiplicidade de experiências e linguagens

Dimensão 3: interações

Dimensão 4: promoção da saúde

Dimensão 5: espaços, materiais e mobiliário Dimensão 6: formação e condição de trabalho das professoras e demais profissionais

Dimensão 7: cooperação e troca com as famílias e participação na rede de proteção social.

Após esta etapa constituiu-se uma comissão de representantes de todos os segmentos da equipe escolar, os membros da APM e Conselho de Escola foram convidados a participar, se comprometeram, mas não compareceram às reuniões. A comissão reuniu-se regularmente para estudo, planejamento das estratégias de trabalho, divulgação, revisão dos textos, questionários (adequando-os a realidade da escola) usando como referência o P.P.P. e fez a escolha do slogan de avaliação: o logo da escola e a frase “O QUE ESTÁ BOM PODE FICAR AINDA MELHOR”.

A divulgação foi por meio de:

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Faixa indicativa, colocada na frente da escola.

Cartazes com perguntas investigativas.

Reunião de educadores com pais do conselho e APM.

Carta explicativa aos pais.

Convite aos pais, comunidade e chefias da Educação.

Camiseta para a comissão, conselho e APM com slogan.

A avaliação foi realizada no dia 10/12/2010, com discussão em subgrupos, plenária para cada subgrupo apresentar sua discussão e estabelecimentos das prioridades para as ações de 2011. Observação: em todos os grupos de discussão estavam presentes representantes de pais de cada Dimensão e as prioridades estabelecidas e plenárias.

Da avaliação de 2010 foram elencadas as prioridades para 2011 e cada dimensão apontou encaminhamentos que necessitaram ser viabilizados para melhorar a qualidade do atendimento desta unidade. Destacamos como prioridades de investimentos: as dimensões 3 – “interações”; dimensões 4 “promoção da saúde” e dimensão 6 “formação e condições de trabalho das professoras e demais profissionais” que tiveram o plano de ação elaborados pela equipe escolar junto com a comunidade no início de 2011.

Dimensão 3 – “interações” - o foco deve ser:

Combate ao uso de apelidos e comentários pejorativos, discriminatórios e preconceituosos, sejam eles empregados por adultos ou crianças.

Dimensão 4 - “promoção da saúde”- o foco deve ser:

Proteger todos os pontos potencialmente perigosos do prédio para garantir a circulação segura das crianças e evitar acidentes – (a manutenção dos brinquedos e troca de areia do parque; parafusos expostos de poste que foram retirados; providências quanto a mudança da casa do gás).

Dimensão 6 - “formação e condições de trabalho das professoras e demais profissionais”- o foco deve ser:

Os momentos formativos incluídos na jornada de trabalho remunerada dos profissionais que garanta o aprimoramento de seus conhecimentos. (formação para atendimento de crianças com NEE, e primeiros socorros).

Avaliação Equipe Escolar Luana Lino de Souza - 2011

O trabalho de avaliação da Escola em 2011, com os pais convidados a participar, manteve a continuidade e os moldes de dinâmica já utilizados no ano anterior, organizada pelos “Indicadores de Qualidade na Educação Infantil” do Ministério da Educação: com discussão de cada Dimensão em subgrupos e depois plenária para apresentação da síntese das discussões, estabelecendo avanços de 2011 e necessidades do ano de 2012.

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Iniciamos a avaliação pelas necessidades estabelecidas como prioridades elencadas para 2011

Dimensão 3 – Interações

Respeito à dignidade das crianças: 3.1 Indicadores de interação: Foi tema de formação dos educadores em HTPC e nas Reuniões Pedagógicas, mas o grupo avalia que esse é um trabalho contínuo, os educadores devem estar sempre atentos ao modo de falar com a criança, se policiar para que não fale apelidos pejorativos. Deve haver uma harmonia entre os funcionários para que os educadores tenham liberdade de corrigir o parceiro caso aconteça alguma situação que constranja a criança. A coordenação e direção devem ser pontuais em situações que prejudiquem a criança.

Dimensão 4 – Promoção da saúde

4.1 Responsabilidade pela alimentação saudável da criança: a avaliação apontou para a necessidade de agilizar o procedimento para dietas especiais. É um processo lento e muito burocrático, necessitando de receitas médicas, ofícios e memorandos para que a merenda envie o alimento. Essa morosidade faz com que os pais tenham que trazer o alimento de casa até que a escola o receba da merenda. Outro fator a ser trabalhado é a ausência de opções em dias em que o cardápio incluiu alimentos de pouca aceitação. 4.2 Limpeza, salubridade e conforto: Apesar da troca da areia do parque, a desinfecção da mesma deve ocorrer constantemente. Fato que não aconteceu em 2011, pois a SE não enviou o produto para a desinfecção com a frequência e quantidade necessária. É necessário também um alambrado ao seu redor. Em relação às instalações elétricas, deve haver uma manutenção no prédio todo, pois temos ventiladores quebrados e lâmpadas queimadas há muito tempo. Nos banheiros ainda existem descargas quebradas ou de difícil utilização. 4.3 Segurança: A segurança está em estado de alerta, pois existem salas com vidros e espelhos quebrados, a casa do gás continua em local de circulação de pessoas oferecendo perigo, tomadas sem proteção para as crianças, produtos de limpeza em armários baixos e sem fechaduras e o piso da brinquedoteca está danificado.

Dimensão 6 – Formação e Condições de trabalho

6.1 Formação inicial: a formação inicial do município esta de acordo com o que deve ser exigido a cada cargo. 6.2 Formação continuada: A formação oferecida em HTPC e Reuniões Pedagógicas proporcionou momentos de reflexões e discussões acerca das necessidades apontadas como prioridades na Avaliação dos Indicadores de Qualidade da Educação Infantil, embasando o grupo com teorias e experiências para efetivar ações de melhor qualidade. Quanto à formação interna, é sugerido que se inclua além do H.T.P.C. de professores e auxiliares, uma formação para o pessoal de apoio. Para auxiliares a formação não é incluída na carga horária. Funcionários da equipe de apoio deveriam ter uma formação especial para lidar com crianças. A palestra sobre

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primeiros socorros foi esclarecedora, porém não houve continuidade. Os cursos em parceria foram extintos. 6.3 Condição de trabalho adequada: Os funcionários da escola não tiveram acesso às vacinas das campanhas do ano de 2011. A questão da gratificação por trabalho insalubre ainda não acontece. Em relação a auxiliares volantes e professores substitutos que precisam se locomover para outras escolas e não recebem vale transporte que supra essa necessidade. A autonomia da escola é prejudicada, não tendo oportunidade de organizar suas próprias atividades dentro do calendário anual.

A equipe avaliou como conquistas que a escola vem mantendo, embora não tendo sido tomada por prioridades, pois são procedimentos e/ou atitudes já consolidadas na rotina escolar, os seguintes itens:

Dimensão 1 – Planejamento Institucional

1.1.Proposta pedagógica consolidada: quanto a participação dos pais em reuniões com educadoras há uma alta frequência com boa participação, porém em Reunião de APM, Conselho de Escola e avaliações a frequência ainda é baixa. 1.2. Planejamento, acompanhamento e avaliação: A estruturação da rotina é feita de acordo com a necessidade da criança. É pratica dos educadores planejar, acompanhar e avaliar as atividades e flexibilizá-las de acordo com a necessidade da turma. 1.3. Registro da prática educativa: É prática das educadoras fazer o registro das atividades, o que posteriormente, serve de suporte para os relatórios individuais. As auxiliares e pessoal de apoio podem e devem contribuir com elementos para a elaboração do registro.

Dimensão 2 – Multiplicidade de Experiências e Linguagens

2.1 Crianças construindo sua autonomia: continua acontecendo no dia-a-dia o estímulo à autonomia da criança. Trabalhamos possibilitando às crianças que façam escolhas e expressem suas vontades, necessidades, e sentimentos na interação com o outro utilizando gestos e oralidade. 2.2 Crianças relacionando-se com o ambiente natural e social: Trabalhamos com projetos que procuram inserir a família na escola como parceira na pesquisa. Exemplos desse nosso trabalho são: mostra cultural, festas, reuniões com pais, etc. 2.3 Crianças tendo experiências saudáveis com o próprio corpo: os educadores respeitam o ritmo de cada criança, estimulam e proporcionam novas experiências. 2.4 Crianças expressando-se por meio de diferentes linguagens plásticas, simbólicas, musicais e corporais: a escola continua trabalhando as áreas de expressão relacionando umas com as outras ao realizar as atividades diárias. 2.5 Crianças tendo experiências agradáveis, variadas e estimulantes com a linguagem oral e escritas: Faz parte da rotina da escola o trabalho em biblioteca, com o projeto de levar livros para casa para que a família participe de momentos de leitura, conheça o cotidiano escolar de seu filho e usufrua do envolvimento que essa atividade proporciona. Os pais se apropriam desses procedimentos desde o início do ano letivo, na Reunião com Pais, em que são informados desta e de outras propostas já incorporadas no Projeto Político Pedagógico da nossa Unidade Escolar.

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2.6 Crianças reconhecendo suas identidades e valorizando as diferenças e a cooperação: O Trabalho de formação dos educadores em 2011 deu grande ênfase na dimensão 3 – Interações, com reflexões e discussões sobre o respeito a dignidade do sujeito, respeito ao ritmos das crianças dando suporte aos educadores para mudanças de atitudes e perspectivas. Apesar do grupo de educadores entenderem essa dimensão como prioridade ainda sente dificuldades para efetivar definitivamente essa proposta no seu próprio trabalho e dificuldade maior ainda em ampliá-la como intervenção para as atitudes da comunidade. Dimensão 5 – Espaços, Materiais e Mobiliários.

5.1 Espaços e mobiliários que favorecem as experiências das crianças: o item elencado em 2010 foi atingido (barra de apoio para o berçário), porém temos novas demandas de necessidades como: rampas da área externa, grades de ralos quebrados, piso da brinquedoteca danificado. 5.2 Materiais variados e acessíveis às crianças: as crianças têm acesso a brinquedos de qualidade e de grande variedade. 5.3 Espaços, materiais e mobiliários para responder aos interesses e necessidades dos adultos: não há espaço reservado para educadores (sala de reuniões).

Dimensão 7 - Cooperação e troca com as famílias e participação na rede de proteção social

7.1 Respeito e acolhimento: os critérios de matrícula não são claros para a comunidade. Há pouca informação para os pais em relação aos direitos dos filhos com N.E.E. 7.2 Garantia do direito das famílias de acompanhar as vivências e produções das crianças: a escola proporciona espaços para a participação da família que pode acompanhar o desenvolvimento de seu filho através de relatórios, reuniões e sempre que necessário. 7.3 Participação das famílias nas tomadas de decisões e gestão da escola: é garantida a participação da família em Reuniões com Pais, de APM e Conselho de Escola, para tomada de decisões e opiniões. 7.4 Participação da instituição na rede de proteção dos direitos das crianças: a escola enquanto instituição tem o dever de procurar a família em casos de faltas contínuas, podendo encaminhar para o conselho tutelar quando existir algum problema que impeça a criança de frequentar a escola, problema de saúde física, violência física, moral ou qualquer situação de risco ou de qualquer possibilidade de bloqueio ao desenvolvimento. Sempre que solicitada por outros órgãos da Rede de Proteção Social, sem extrapolar os limites de sua competência.

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Avaliação Equipe Escolar Luana Lino de Souza - 2012

O prosseguimento deste processo aconteceu com a Avaliação de 2012 que se deu em dois momentos, utilizando os Indicadores de Qualidade de Educação Infantil como instrumento avaliativo. No primeiro momento avaliamos as prioridades estabelecidas para o ano de 2012, as Dimensões 1, 3, e 7, em Reunião Pedagógica, com os pais chamados a participar. Depois, na ocasião da Reunião com Pais, como um dos itens da pauta, avaliamos as demais dimensões: 2,4,5 e 6.

Dimensão 1 – Planejamento Institucional: A equipe avaliou como Amarelo o indicador 1.1. – Proposta Pedagógica, pois o PPP é revisitado e atualizado com maior participação de professoras sendo necessário que este procedimento seja estendido de uma forma mais efetiva aos demais segmentos e famílias. No Indicador 1.2.1 Planejamento, acompanhamento e avaliação, o grupo avaliou como Amarelo no que se refere à organização periódica dos ambientes, que é necessário uma atenção maior para desdobramento do indicador. Também foi avaliado como Amarelo o Indicador 1.2.4, Planejamento, acompanhamento e avaliação, devido à equipe entender que embora aconteça o acompanhamento da Secretaria para os atendimentos necessários à escola, o procedimento e a disponibilidade de profissionais (EOT) demandam tempo que a necessidade da Unidade Escolar não comporta. A mesma avaliação com Amarelo é considerado para o Indicador 1.2.5 Planejamento, acompanhamentos e avaliação, pois, o grupo acredita que é necessário ampliar a participação das crianças com opiniões nos planejamentos e avaliações.

Dimensão 2 – Multiplicidades de Experiência e Linguagens: Foi avaliada pelo grupo na cor verde, contudo houve uma ressalva para um novo indicador de qualidade 2.5.6, criado pelo grupo. – lugar adequado para atividade de leitura e pesquisa. Apesar de a escola possuir uma sala para a biblioteca, em 2012 essa sala atendeu a uma turma de infantil I, pois a sala destinada a essa turma está necessitando de reparos. Vale registrar que a ocorrência não impediu as atividades de leitura, contação de histórias e biblioteca circulante que aconteciam na biblioteca, essas atividades foram realizadas em outros espaços da escola.

Dimensão 3 – Interações: tem sido observada e trabalhada nesta escola desde 2010, dessa forma foi avaliada como verde em todos os seus indicadores, pois o grupo atua de forma a pro-mover uma educação de qualidade. Contudo é de consenso da equipe que em momento algum os procedimentos e interações que ocorrem devem ser negligenciados, evitando assim que a qualidade decaia.

Dimensão 4 – Promoção da Saúde: Foi avaliada como Amarelo, pois apresenta algumas necessidades de investimentos: No indicador 4.1. Apesar de a instituição dispor de cardápio variado, no caso de dietas especiais ainda é necessário contar com as famílias enquanto acontece a adequação da Merenda para atender a escola.

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No indicador 4.3., que se mantém avaliado como vermelho, além da casinha de gás que demanda um processo bastante burocrático para se resolver, temos algumas portas que necessitam de mola de segurança, no caso delas fecharem bruscamente por causa de correntes de vento, para que se evitem acidentes com crianças que se movimentam explorando os ambientes.

Dimensão 5 – Espaços, materiais e mobiliários: Necessita de muita atenção. O grupo avaliou como amarelo o indicador 5.1 – Espaços e mobiliários que favorecem as experiências das crianças: Houve, em 2012, disponibilização da biblioteca para atender a turma de Infantil I devido a necessidade de reparos da sala que era usada por essa turma. Também destacamos a necessidade de substituição / manutenção dos pés das mesas do refeitório que apresentam ferrugem. Com a Avaliação detectamos novos desafios, tais como:

Dimensão 1:

Participação de todos os segmentos / famílias na construção PPP;

Organização periódica dos ambientes coletivos;

Participação da EOT para acompanhamento e avaliação;

Troca de saberes e seminários;

Participação das crianças nos planejamentos e avaliação;

Auto - avaliação.

Dimensão 2:

Trabalho com as famílias;

Momentos de trocas de experiências;

Mais passeios.

Dimensão 3:

Respeito ao direito do outro;

Transformar obstáculos em desafio;

Maior participação da comunidade;

Intensificar o tratamento para a igualdade;

Fortalecimento da união do grupo e segmentos;

Transformar ideias em práticas.

Dimensão 4

Cardápios especiais;

Casinha do gás;

Molas para as portas das salas;

Melhoria do parque;

Salas dos professores.

Dimensão 5:

Melhoria do parque;

Instrumentos musicais sucateados;

Mesas do refeitório danificadas;

Espaço para as motocas;

Sala dos professores/Atendimento aos pais;

Área externa coberta;

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Manutenção geral.

Dimensão 6:

Sala dos professores;

Respeito ao outro / igualdade.

Dimensão 7:

Critérios para matrículas;

Relação escola / família;

Frequência das crianças;

Papel Social da Escola;

Participação da Comunidade;

Transformar ideias em prática.

Avaliação de Indicadores de Qualidade da Educação Infantil de 2013.

A avaliação desse ano, baseada nos Indicadores de Qualidade da Educação Infantil, teve como foco as sete dimensões, o evento aconteceu em reunião pedagógica com a presença de todos os funcionários da escola com convite estendido a todos os pais das crianças atendidas.

O resultado da avaliação foi:

Dimensão 1 – Planejamento Institucional

Nosso PPP está em processo de consolidação quanto à participação da comunidade (famílias), pois tanto a comunidade como os demais segmentos da equipe escolar tem pouca participação na sua elaboração. Por exemplo, em reuniões com pais, além de divulgar o documento lendo trechos dele, é preciso levantar o que a comunidade entende que deveria constar no PPP da escola, visando uma participação mais efetiva na construção do documento. Postura semelhante à que acontece com relação à verba recebida pela SE, que em reunião de APM, com presença da comunidade e profissionais da escola se discute o valor recebido, as necessidades da escola e em que será priorizada sua utilização, mantendo a atenção no acompanhamento das ações, visando sempre melhor qualidade para a educação de nossas crianças.

Na organização e planejamento dos espaços coletivos da creche tais como biblioteca, ateliê e brinquedoteca, a equipe avaliou que da forma como foi desenvolvido não atendeu qualitativamente as necessidades das crianças. Como encaminhamento sugeriram que se faça rodízio entre as educadoras para este trabalho, com registro em tabela, e acompanhamento pela Coordenadora Pedagógica.

Os educadores observam os interesses e desejos das crianças cotidianamente em vários assuntos, em vários momentos da rotina, em ações, estabelecendo relações para potencializar propostas de atividades, cantinhos de brincadeiras. Essas são ações que qualificam o planejamento do trabalho com as crianças: o olhar atento, a observação das crianças para criar cenários

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de brincadeiras e atividades de conhecimento. Esse trabalho deve continuar a constar nos registros dos educadores de forma cada vez mais intencional.

Houve acompanhamento sistemático dos instrumentos metodológicos (cadernos de registros e os primeiros relatórios) dos educadores pela coordenadora pedagógica no primeiro semestre, e o grupo avaliou que essa prática qualifica o trabalho e deve continuar. É importante considerar que o acompanhamento da equipe gestora dos instrumentos metodológicos no segundo semestre focou na preparação dos seminários dos trios para apresentação nas reuniões pedagógicas, o que também foi avaliado significativamente pela equipe escolar.

Dimensão 2 – Multiplicidades de Experiência e Linguagens

O trabalho educativo em nossa creche procura desenvolver e ampliar diversas formas da criança conhecer o mundo e se expressar nas seguintes questões: conquista da autonomia da criança nos cuidados diários; exercitar escolhas de brinquedos, livros, músicas, brincadeiras e materiais diversos respeitando as possibilidades de cada faixa etária. O grupo avaliou que a oferta de opções pode ser qualificada com maior diversidade.

Na proposta de vivencias de desafios corporais, o grupo avaliou que está bem consolidado, bem como com animais e plantas, 2013 foi um ano cheio de experiências ricas e diversas. Os passeios de 2013 também foram muito proveitosos para as crianças: concerto de banda sinfônica, zoológico, espaço Brincar do SESC, dois teatros.

A equipe entende que desenvolver projetos com maior valorização e consideração dos saberes das famílias será um próximo passo a qualificar. Entende que essa participação pode ocorrer no desenrolar e no produto final de projetos desenvolvidos com as crianças, o que pressupõe uma melhor pesquisa dos saberes das famílias que poderiam ser disparadores de propostas.

As práticas de cuidados com o próprio corpo, bem como a retirada das fraldas, experiências agradáveis com o próprio corpo e respeito aos ritmos próprios das crianças em suas necessidades fisiológicas estão bem consolidadas em nossa creche com muitas discussões acumuladas e escritas claras sobre o assunto em nosso PPP.

A escola favorece em suas ações que a criança se expresse por diferentes linguagens: plásticas, musicais, simbólicas e corporais vivenciando brincadeiras com sons, ritmos e melodias produzidos com a voz, corpo, instrumentos musicais e objetos diversos. Um repertório variado, com músicas, poemas, parlendas de diferentes culturas, além das dirigidas para o público infantil é apresentado às crianças que cantam e dançam em diversos momentos da rotina. Ainda na área de Artes, as crianças produzem pinturas, desenhos, esculturas com diversos materiais em diferentes ambientes, não se restringindo ao Ateliê.

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As atividades de faz de conta acontecem em diversos ambientes da escola favorecendo o desenvolvimento, entre outros da socialização.

Experiências agradáveis e variadas com a linguagem escrita são oferecidas nas atividades em que o educador lê, conta historias, incentiva a criança a manusear livros, e ampliando a participação para a família com a biblioteca circulante, em que a criança leva um livro para ser lido por um familiar em casa.

Em 2013, inserimos um indicador a mais em nossa avaliação tratando da oralidade das crianças. As discussões sobre este indicador trouxeram bastante reflexão para o grupo, que notou que conversam bastante com as crianças, contudo, as conversas individualizadas não ocorrem como deveriam, principalmente para o Infantil II que passam a se cuidar com mais autonomia. Isso provocou nos educadores a reflexão de que precisam promover situações em que haja intencionalidade na conversa com cada criança. Ao discutir o grupo tomou consciência e validou que as cozinheiras tem uma relação comunicativa muito gentil, interessada e estimulante com as crianças e o seguimento do apoio pode ampliar sua participação intencional neste aspecto.

O cotidiano da creche é riquíssimo em aprendizagens e avanços das crianças que vão se desenvolvendo em tantas habilidades e conquistas. Como registrar esses momentos? Os educa-dores discutiram outras formas de registrar e captar esses momentos além da escrita, tais como uso de instrumentos tecnológicos, mas não se chegou a um encaminhamento por alguns receios levantados: quebra, perda, furto, acesso a esses instrumentos enquanto se está com as crianças. Foram considerações que precisam ser melhores elaboradas pelo grupo.

Em nossa creche as crianças reconhecem suas identidades respeitadas pelo trabalho em que se percebe como único, se diferenciando dos outros pelo nome, cor, família, origem e cultura.

No dia-a-dia da creche existem situações planejadas e outras inesperadas onde a civilidade é focada visando um ambiente cooperativo.

Dimensão 3 – Interações

Em nossa creche o respeito à dignidade das crianças é contemplado com o combate às práticas que desrespeitam a integridade das crianças e as coloque em situação vexatória.

O atendimento ao ritmo e à necessidade da criança tem especial atenção pela equipe de nossa escola, contudo um ponto discutido em nossa Reunião de Avaliação foi a situação de crianças que, devido a rotina familiar, dormem tarde, chegando à escola de manhã com sono, não conseguindo acompanhar a rotina. Muitas vezes, durante o dia, acontecem deslocamentos das turmas nos ambientes da escola, e respeitando-se o número criança/educador surge a impossibilidade de um adulto ficar atendendo a criança em sua necessidade de repouso e o outro atender o restante da turma. Há que se registrar que o

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período em que há três educadoras na sala, fato que contemplaria esta situação, se restringe ao horário das 10h às 15h. Dessa forma, o grupo entende que cada caso deve ser estudado individualmente em sua necessidade e se buscar uma saída alternativa para o problema.

Na creche o respeito à identidade de cada criança fica evidenciado quando a reconhecemos em sua individualidade, chamando-a pelo seu nome, acolhendo quando chegam ou mesmo quando deixam nossa escola, ajudando-as a manifestar seus sentimentos e a perceber os sentimentos dos outros.

A atenção aos desejos e interesse dos bebês são considerados pela equipe da escola que compreendendo os significados dos olhares, do choro, do corpo, das verbalizações, elaboram um planejamento que atenda as necessidades de nossas crianças.

As crianças em suas interações com o outro e com o mundo fazem descobertas, superam desafios, conquistam saberes que incorporam às suas habilidades em atividades que são constantemente promovidas pela equipe de educadoras, que planejam os espaços, materiais e brincadeiras e as crianças retratam essas atividades em suas produções. Na nossa escola as educadoras junto com as crianças organizam exposições para apresentar às famílias e à comunidade essas produções.

Dimensão 4 – Promoção da Saúde

Existe em nossa escola a responsabilidade pela alimentação saudável das crianças, pois, a equipe de educadoras segue um programa da instituição para a retirada da mamadeira e introdução de alimentos sólidos, temos um cardápio variado, porém nosso questionamento é quanto ao valor nutricional de alimentos recebidos, tais como: embutidos e congelados (peixes). Temos vivenciado também situações em que as crianças solicitam repetições e não podemos atender devido à quantidade de gêneros alimentícios não ser suficiente para possibilitar repetições.

A equipe de funcionários da nossa creche está sempre atenta para atender aos cuidados de higiene, salubridade e conforto das crianças, tanto a equipe de apoio deixando os ambientes limpos e ventilados, quanto os educadores nos momentos de cuidado e higiene dos pequenos.

A segurança de nossa escola é sempre reavaliada e ações são tomadas para que seja mantida. Apesar de se ter providenciado tampa de proteção para todas as tomadas no decorrer do ano de 2013, as tomadas novamente estão sem proteção devida estas tampas protetoras serem facilmente retiradas, até mesmo pelas crianças. O encaminhamento é novamente repor as tampas protetoras e toda a equipe se preocupar em mantê-las.

Também a colocação das molas nas portas para proteger contra os acidentes que possam ocorrer com fechamento brusco destas falta ser

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realizada, mas a ação está combinada e faz parte da relação de serviços que a SE tem efetuado nessa Unidade Escolar. Deve ser efetuada ainda neste ano.

Com a renovação constante do quadro de funcionários na escola o grupo entende que é necessário formações constantes sobre o tema Segurança e Primeiros Socorros, pois os funcionários novos desconhecem os procedimentos que devem ser tomados em casos de acidentes.

Dimensão 5 – Espaços, materiais e mobiliários.

Nossa escola preocupada com as experiências positivas das crianças possui uma biblioteca em que os livros e revistas existem em quantidades suficientes e ficam acessíveis a elas. Temos brinquedos, instrumentos musicais e materiais pedagógicos suficientes que atendem ao interesse dos pequenos. As salas de atividades possuem espelhos seguros, na altura das crianças o que possibilita a brincadeira com a observação da própria imagem, móveis seguros que facilitam os bebês a se apoiar e ficar de pé, porém uma das salas não possui janelas numa altura que permita às crianças a visão do espaço externo também a quantidade de pias e filtros são insuficientes para atender a demanda de crianças da escola.

Nossa creche dispõe de banheiro de uso exclusivo dos profissionais, com chuveiro, pia e vaso sanitário, há espaço para recepção e acolhimento dos familiares, contudo não há na escola um local para descanso, estudo, planejamento e o grupo vivencia esta necessidade. Sala dos professores.

Dimensão 6 – Formação e condição de trabalho das professoras e demais profissionais

Nosso quadro de educadores possui profissionais com habilitação em nível médio e o grupo nota a necessidade da formação de todos em Pedagogia por entender que essa formação possibilita conhecer mais profundamente como a criança aprende e se desenvolve, aprendizado que ampliará as condições de melhor atendimento às crianças.

O trabalho de formação com as educadoras, promovendo leituras e discussões de pesquisas e estudos sobre a infância e práticas de educação infantil possibilita que as professoras planejem, avaliem e aprimorem seus registros, reorientando suas práticas.

Em nossa creche os momentos formativos são estendidos também para as auxiliares de educação, embora não esteja normatizado no Estatuto.

As professoras desta escola vivenciam em momentos da rotina, como na entrada e na saída das crianças, a dificuldade de atenderem as crianças sozinhas, pois com três profissionais por turma não há possibilidade de contemplar todo o horário de atendimento, das 7h às 18h, com, no mínimo dois educadores.

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Ao que se refere à prevenção de problemas de saúde das professoras e demais profissionais é necessário um olhar mais atento, pois a escola não dispõe de mobiliário adequado aos funcionários, não há cadeiras suficientes para os adultos em caso de reuniões em que o grupo todo de funcionários participa sendo necessário usar as cadeiras das crianças durante as oito horas do evento.

O grupo também aponta para a necessidade de se rever o motivo da não utilização da máscara quando se efetuam as trocas de fraldas. O Equipamento de Proteção Individual auxilia os educadores em momentos em que o odor é desagradável.

Dimensão 7 - Cooperação e troca com as famílias e participação na rede de proteção social

Nossa escola acolhe as famílias com respeito e dignidade desde o primeiro contato, adequando horários para entrevistas e reuniões conforme suas possibilidades, se inteirando do dia-a-dia das famílias, mantendo-as informadas dos trabalhos e responsabilidades que temos como instituição de educação infantil, procurando estabelecer com eles uma relação de troca visando o bem estar das crianças, contudo a comunidade parece desconhecer o trabalho de educador, vendo-o apenas como um cuidador, sem vínculo com a educação. Um encaminhamento pensado pelo grupo seria palestras para os pais com formação acerca do trabalho e do papel do educador na creche.

A equipe analisou também que o calendário escolar e o critério de atendimento de vagas seguido pela creche não contempla completamente às necessidades das famílias, pois, as férias escolares nem sempre coincidem com as férias das familiares e a quantidade de vagas oferecidas não atende a procura da comunidade.

Às famílias acompanham a vivência das crianças na creche por meio de reuniões que acontecem a partir de seu ingresso na escola. No início do ano temos o dia do aconchego momento em que a família junto com a criança circulará nos espaços da escola vivenciando alguns momentos da rotina de maneira planejada pelas educadoras com o objetivo de incutir segurança tanto na criança que chega quanto na família que deixará a criança aos nossos cuidados. Nas reuniões com pais, que acontecem pelo menos três vezes por ano, são apresentados os planejamentos, as vivências e as produções das crianças, assim como relatórios sobre a aprendizagem podem ser discutidos nessas reuniões.

Nossa escola ativa na rede de proteção dos direitos das crianças comunica casos de doença infecciosa às famílias e ao Sistema de Saúde, acompanha a frequências dos pequenos investigando as razões de faltas constantes, está sempre atenta a sinais de negligência, violência doméstica e exploração sexual.

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Avaliação Equipe Escolar 2014 – EMEB Luana Lino de Souza

A avaliação desse ano, baseada nos Indicadores de Qualidade da Educação Infantil, realizada na reunião pedagógica de 14 de novembro de 2014, contou com a presença de todos os segmentos da equipe escolar estendendo o convite às famílias e responsáveis. Conforme orientação da SE, focamos os pressupostos Gestão Democrática, Práticas Pedagógicas e Acesso e Permanência com Sucesso Escolar. Iniciamos a reunião, com a escrita individual sobre o que cada um notou de mais significativo em todas as ações da escola, positiva ou negativamente. Em subgrupos mistos dos segmentos, compartilharam suas observações e categorizaram nos itens nos quais deveriam focar. Em plenária cada subgrupo socializou sua síntese, das quais apresentamos o registro final abaixo.

O trabalho com a comunidade teve o intuito de ampliar a participação desta na elaboração do PPP, na constituição da APM, Conselho de Escola e nas Reuniões com Pais, para isso a Escola intensificou o convite para a comunidade escolar participar na reunião de avaliação e principalmente, em nossas reuniões mensais em que era apontando as necessidades da creche, tornando mais claro e transparente o trabalho na unidade escolar. Decidindo em conjunto o direcionamento da verba recebida buscando melhor qualidade para a educação de nossas crianças. O empenho nesse trabalho trouxe o reconhecimento das famílias que se sentem acolhidas pela estratégia usada. Embora esta participação ainda apresente-se muito frágil, houve maior assiduidade nas reuniões de professores com pais. O compromisso destacado na avaliação é de se pensar em métodos para uma maior aproximação das instituições escola/família.

A Avaliação deste ano apontou que a Gestão Democrática se ampliou, pois os envolvidos no cotidiano escolar observaram e avaliaram que nossos espaços coletivos ainda não são usados adequadamente e que precisamos atentar para organização e manutenção da limpeza dos mesmos. E que para se obter uma escola de melhor qualidade é necessário dialogar, ouvir o outro, aceitar as diferenças, aproveitar a crítica para buscar uma unidade.

Também foi apontado na avaliação que é necessário ter mais atenção aos combinados com a equipe, já que Gestão Democrática implica em agir com transparência em qualquer ação e que a decisão tomada ou implantada deva ser de conhecimento de todos.

Uma prática já consolidada em nossa creche é da participação de todos os segmentos nos eventos da Unidade Escolar porque entendendo os objetivos do trabalho pedagógico desenvolvido podemos atender à criança com mais qualidade.

Pensando também que a “Gestão Democrática tem como princípio que a educação é um processo de emancipação humana” (Amélia Hamze), esta avaliação apontou que profissionais de nossa equipe enfrentam desafios, vencendo-os e não aceitando as diversidades como obstáculos e sim como um

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fator de enriquecimento e autonomia. Exemplos desta situação são os profissionais que assumiram trabalho diferente do que vinha realizando até então com turmas de faixa etária diferentes para eles, gerando insegurança no início do ano como no depoimento:

“Estava insegura para assumir uma sala de Infantil II devido a faixa etária das crianças, e hoje aprendi a acreditar em minha capacidade”. Érica Cibele, professora com experiência em berçário que recebeu uma turma de Infantil II em 2014.

Entre outros exemplos, houve também a difícil tarefa em transpor algumas crianças de uma ali-mentação líquida para pastosa e depois para alimentação sólida, que envolveu muitas reflexões entre equipe escolar e famílias, e um olhar para a singularidade das crianças nesse processo. Fatos como estes ocorrem a cada ano em nossa Unidade Escolar e o empenho em utilizar diversas estratégias, ouvir relatos sobre experiências positivas, pensar novos procedimentos resultam em desenvolvimento da equipe escolar e consequentemente benefícios para as crianças.

Entendemos que a avaliação da Gestão Democrática incorpora as dimensões 1 – Planejamento Institucional, Dimensão 4- Promoção da Saúde, Dimensão 5 - Espaços, matérias e mobiliários e também a Dimensão 7 – Cooperação e Troca com as Famílias e Participação nas Redes Sociais, dos Indicadores de Qualidade da Educação Infantil.

A Educação infantil de qualidade deve garantir experiências às crianças que promovam o conhecimento de si e do mundo por meio da ampliação de experiências sensoriais, expressivas, corporais que possibilitem movimentação ampla, expressão da individualidade e respeito pelos ritmos e desejos das crianças, situação apontada pela professora Marly quando relata o desenvolvimento da aluna Camila que necessitou de maior incentivo e envolvimento: “A criança teve sucesso, pois ela chegou na escola sem falar, apenas apontava para o que queria, tinha medo de brincar na areia, de escorregar. Hoje se encontra independente, perdeu o medo de escorregar, fala, calça o sapato e até dança”.

Nosso trabalho apresenta sucesso quando a criança se desenvolve e vai se tornando independente a cada dia em um ambiente limpo, tranquilo, que provoque sua curiosidade por meio de experimentações. Nesta creche as crianças são estimuladas, recebem carinho e desenvolvem vínculos com os educadores, permitindo que ampliem o conhecimento de si e do mundo. A avaliação apresentou de forma positiva essa Prática Pedagógica já incorporada na escola. Nota-se, na maioria dos envolvidos, a satisfação e alegria na relação adulto /criança, criança/criança, nos diversos seguimentos. É necessário, porém, que a sensação de bem estar se estenda a todos os funcionários, que se debruce sobre o motivo pelo qual ainda não temos a satisfação plena no grupo e busquemos maneira de efetivá-la.

Favorecendo a inserção das crianças nas diferentes linguagens oportunizamos que aconteça o progressivo domínio, por elas, de vários gêneros e formas de expressão: gestual, verbal, plástica, dramática e musical. Como por exemplo,

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numa conversa com a educadora e as crianças em um momento de observação das formigas: “ O grupo observava uma carreira de formigas passando e um deles me pediu – Me ajuda a pegar uma! Enquanto outra criança já replicou – Não! Elas estão levando as folhas para a toca delas!”, ou numa apresentação teatral da GCM em que a criança mantinha os olhos fixos nos personagens, rindo, transbordando de alegria.

A equipe escolar, visando o respeito à individualidade observa as crianças, acompanha seu tempo garantindo respeito ao seu ritmo e desejos, efetuando o desfralde de crianças em momentos diferentes, caso seja necessário e de acordo com a família. Um caso que mereceu foco foi o das irmãs gêmeas Ângela e Sophia, Infantil I A e IB que chegaram à escola sem falar, sem andar, sem engatinhar, sentando somente com apoio, quase não demonstravam emoção, usando fraldas. O trabalho de estímulo, acolhimento e interação possibilitaram às irmãs tamanho desenvolvimento que terminam o ano desfraldadas, andando, falando e interagindo com todos da creche. Como positivamente avaliou Ângela, nossa merendeira: “Sentimos satisfação no caso de Ângela e Sophia! Os profissionais envolvidos neste trabalho estão de parabéns”

Houve destaque na avaliação também para um projeto do Infantil I em que o tema foi sopa, disparado por uma das crianças cantar essa música aleatoriamente. As educadoras aproveitaram o tema e desenvolveram o projeto, que focou no desenvolvimento das sensações: ver/ouvir/sentir/ degustar/cheirar. Muitas habilidades foram desenvolvidas além dos objetivos apontados, inclusive o conhecimento de mundo com as crianças visitando a feira livre do bairro, inserindo a turma no contexto social, encantando os feirantes pelos conhecimentos adquiridos pelas crianças.

A equipe como um todo se percebe no trabalho dirigido às crianças e anualmente o segmento de auxiliares em educação se mobiliza para apresentar um espetáculo teatral com peças de histórias conhecidas o que denota capacidade de se auto gerir, promovendo às crianças contato com as artes cênicas.

Dentre as práticas pedagógicas interiorizadas, acreditava-se que para as crianças maiores, a higiene das mãos depois de usar o banheiro já não precisasse de tanta supervisão, mas houve apontamentos que indicaram contrário. Dessa maneira se retomará o acompanhamento mais de perto para esta questão.

É Prática Pedagógica de nossa creche experiências que provoquem a participação e a confiança das crianças nas atividades coletivas promovendo interações que incentivem a curiosidade, a exploração, o encantamento, o questionamento e o conhecimento das crianças em relação ao mundo físico e social, ao tempo e à natureza. O teatro João e Maria, apresentado pelo grupo de auxiliares promoveu o encantamento pela história apresentada, explorada pelas crianças de diversas formas na unidade. O espaço do Teatro Martins Penna proporcionou relação com o mundo físico e social além da interação de todas as turmas por estarem no evento juntas (teatro e ônibus).

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Continuando a avaliação por meio dos Indicadores de Qualidade da Educação Infantil, a equipe escolar entende que quando se avalia Práticas Pedagógicas analisam-se as dimensões 2- Multiplicidades de experiências e Linguagens e, 3- Interações.

Entendendo a Educação Infantil como direito da criança, uma vez matriculada na creche a criança passa a ser estimulada em sua plenitude. É inserida num mundo de experiências motoras, alimentares, sociais, emocionais, etc. Passa a se reconhecer integrante de um grupo que lhe apresentará normas sociais consolidadas e nelas vai se desenvolver. Como exemplifica a avaliação de um dos funcionários no que tange à Acesso e Permanência com Sucesso: “Há uma criança que quando chegou não se alimentava direito, era tímido e hoje já é esperto, come melhor e sempre conta com a ajuda das educadoras e da equipe da cozinha. Essa parceria foi muito importante!”.

Importante também pontuar que a alimentação de todas as crianças, por várias vezes é considerada problema durante esses anos na creche, pois as crianças chegam à escola, bem pequenas e sua principal fonte de alimentação é o leite (até o materno), então o processo da transposição de alimentos de líquidos para sólidos começa de maneira gradual, contudo junto com ele inicia-se um trabalho com as famílias para a redução do uso de mamadeiras visando melhoria na adaptação do bebê na escola. Nesse processo as crianças, raramente aceitam todos os alimentos ofertados e é necessário insistir e estimular, para que a crianças variem os gêneros alimentícios, cuidando para que não seja forçado a comer o que não gosta. A avaliação mostrou que em 2014, houve uma evasão da escola. O grupo justificou que a permanência é garantida devido à diversidade de propostas pedagógicas na escola, que para as crianças a creche é um lugar alegre, seguro, um lugar para elas. Espaço que as insere no grupo social., como mostra o depoimento de Lourdes, nossa auxiliar de cozinha, quando sua fala remete a visita à feira pela turma de Infantil I,: “Não dá para explicar o sentimento de ver as crianças chegando com as sacolinhas, entregando os legumes para a Ivone (Cozinheira), a satisfação das crianças, a carinha de felicidade delas”. Por outro lado a creche também se mostra um lugar de acolhimento em situações difíceis para a criança, como o exemplo citado pela auxiliar Daniella do Infantil I: “Mirella, no início do ano chorava, falando da morte do pai. Devagar o vínculo com as educadoras foi se constituindo e quando eu disse que meu pai também havia morrido, da mesma maneira que os pais das duas outras educadoras da turma e que eles estavam bem, ela se acalmou. Depois disso Mirella raramente se mostrava abatida por esse motivo”. Registramos também que no início das aulas Murilo- Infantil I sentia-se inseguro de escalar o morro da árvore, no quintal da creche e que garantindo a possibilidade dessa experiência, a criança venceu mais esse desafio. Outro caso que se pode verificar foi Helloá do Infantil II que era inicialmente bastante tímida e com estímulo e incentivo, hoje conversa e canta animadamente com a turma.

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Há que se pensar em encaminhamentos para uma melhor interação da relação escola/família, avaliada como deficitária no reconhecimento do papel social de cada uma das instituições na vida das crianças, para que ambas caminhem na direção do desenvolvimento integral desta. AVALIAÇÕES REALIZADAS PELA EQUIPE ESCOLAR NO ANO DE 2015

O trabalho da Equipe da creche no ano de 2015, na Reunião Pedagógica de 13 de novembro, se pautou nos três pressupostos que amparam a meta para uma educação de qualidade da Secretaria de Educação de São Bernardo do Campo: Gestão Democrática, Qualidade Social das Práticas Pedagógicas e Acesso e Permanência das crianças com sucesso escolar.

Foi possível analisar esses pressupostos no contexto dos Indicadores de Qualidade da Educação Infantil. Quando pensamos em Gestão Democrática nos remetemos a constante elaboração e revisitação do Planejamento Institucional, motivado por situações novas que demandam ajustes ou novos integrantes do grupo que desconhecem o trabalho já elaborado. O debate incentivado promoveu a argumentação e compreensão de ideias que modificaram a prática pedagógica e melhoraram a qualidade de atendimento às crianças. Embora haja o debate, fatos consolidados que caracterizam a evolução da entidade foram devidamente justificados e assimilados pelos novos componentes.

Ainda que a interação do grupo vise resolver situações que envolvam complexidade e discernimento em busca de um princípio óbvio que é o direito da criança pela educação, há ainda que se trabalhar para superar a ideia de que a vaga na creche deve ser oferecida só para as crianças cuja mãe trabalha, pois a mãe não trabalhadora não precisa deixar seu filho na escola. Com esse pensamento muda-se o foco do atendimento da nossa instituição que é atender à criança que tem direito a educação de qualidade.

A Gestão Democrática também se deteve no trabalho das interações, importante Indicador de Qualidade, que vai se moldando com a mudança dos integrantes do grupo. Nesse ano foi necessário retomar as formações dos trios de educadores, ou quartetos, contratos de trabalho, responsabilidades, combinados, respeito às diferenças, etc. Descentralizando responsabilidades e pontualmente constituindo o educador de creche que tem papel fundamental na formação da criança pequena que atendemos.

Como os pressupostos estão ligados entre si, não é possível se falar de interação em Gestão Democrática sem observar os resultados nas Práticas Pedagógicas. O reflexo do trabalho com os educadores focando as interações nos grupos das salas permitiu um relacionamento mais profissional direcionado ao bem estar da criança, afastando melindres pessoais.

Qualificando as interações dos adultos, as relações adulto/criança passaram a ser foco de estudo. O grupo passou a observar, por meio de discussões e direcionamentos, em momentos de formação, HTPC e Reuniões Pedagógicas, o estágios de suas crianças, os conteúdos trabalhados nas relações diárias

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com os pequenos e o quanto as crianças desenvolveram nessa trajetória. A Prática Pedagógica foi se ampliando na consistência e intencionalidade. Os educadores buscaram bases teóricas para suas argumentações e criaram situações que provocaram a curiosidade nas crianças, investindo na aprendizagem.

O Acesso e permanência com sucesso foi constantemente discutido em cada parada para se refletir sobre o trabalho da escola. O grupo entendendo que o acesso é direito da criança questiona a falta de vagas para todos, fato que anularia a condição de se conseguir uma vaga na creche só para a mãe trabalhadora. É fato que o município ainda não oferece a estrutura desejada para que esse acesso seja realmente viável.

A permanência com sucesso das crianças matriculadas deve ser um propósito de todos envolvidos na educação de qualidade, para que se consolide o envolvimento no objetivo, a equipe, nesse ano se debruçou em estudar o desenvolvimento infantil de zero a três anos, as habilidades que a criança dessa faixa etária deve desenvolver, propor brincadeiras e situações significativas de aprendizagem que possibilitem aos pequenos avançar em suas competências.

Outro fator que contribuiu para a permanência com sucesso é contarmos com o quadro de educadores completo, pois em caso de ausência de um educador, tanto professor quanto auxiliar em educação, há na Unidade Escolar o profissional substituto, que estando diariamente na escola estabelece vínculo com as crianças que necessitam disso para se sentirem seguras além de evitar que fiquem sem atendimento.

Igualmente, é necessário dizer que a mudança no horário dos professores, embora legal e necessária para sua formação continuada, causou adaptações na rotina, intensificando as atividades de higiene e alimentação, pois durante a maior parte do tempo ficam dois educadores na sala. Nossa atenção e compromisso são para que esses momentos não se tornem mecânicos, pois são importantes para a consolidação dos vínculos e atenção individual.

Com a prática consolidada de Aconchego, na adaptação das crianças, é apresentado às famílias parte do trabalho da rotina da escola. Nesse momento as dúvidas são esclarecidas causando tranquilidade às famílias e confiança em deixar suas crianças aos nossos cuidados.

Um item observado e estudado pelo grupo de educadores foi o espaço/ambiente, começando pela higiene e limpeza até sua importância com ambiente educador. O cuidado de organizar o espaço de forma que provocasse a curiosidade da criança a circular por ele, explorar seus atrativos, se deter em suas cores, objetos, músicas, tecidos, brinquedos, etc., foi conteúdo de formações durante esse ano e práticas de sala de aula, atingindo a permanência com sucesso quando se constata que a criança é feliz estando na escola.

Em relação à dimensão interações adulto / adulto, há também que se sincronizarem as tarefas dos segmentos da equipe escolar, para que os

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ambientes sejam limpos em momentos em que as turmas estejam utilizando outros espaços. Esse fato também se identifica pela mudança do grupo. Nesse ano tivemos aposentadoria de uma professora, e o afastamento por licença de saúde no segmento do auxiliares de apoio, mudanças no segmento dos auxiliares em educação. Cada vez que recebemos novos integrantes, o grupo se transforma requerendo uma adaptação, estabelecimentos vínculos profissionais, aceitação de novas ideias que qualifiquem melhor o trabalho dentro dos princípios e concepções que defendemos no PPP.

AVALIAÇÕES REALIZADAS PELA EQUIPE ESCOLAR EM 2016

Os trabalhos de Avaliação aconteceram na Reunião Pedagógica do dia 02 de

dezembro de 2016, norteadas pelas Diretrizes e Compromissos de: Gestão

Democrática, Práticas Pedagógicas e Acesso e Permanência com Sucesso,

encaminhados à Unidade Escolar pela Secretaria de Educação.

A divisão da Equipe em subgrupos propiciou a discussão dos Compromissos

relacionando-os com as ações efetivadas pela Escola que ocorreram no ano letivo.

O compromisso de evidenciar a participação e corresponsabilidade da comunidade

escolar dando voz a todos os envolvidos, na Gestão Democrática foi constatado

em ações da escola como: Pauta antecipada, Reuniões e Eventos apresentados

com antecedência, Calendário Mensal e bilhetes enviados por intermédio de agenda

do aluno, relembrando às famílias na semana do evento, possibilitando maior

participação da comunidade nos acontecimentos da escola.

Notamos avanços nesse compromisso pela vivência de uma situação séria na

estrutura predial da creche devido a um grande vazamento de água que provocou

uma cratera no terreno da escola, mesmo depois de tomadas as providências

usuais para sanar o problema e recebendo o atendimento possível da SE, o caso

demandava preocupação, pois, as avaliações sobre o vazamento feitas pela

Engenharia da SE e pela Defesa Civil não deixavam claro a segurança para se

utilizar o espaço da escola. O fato foi apresentado em reunião extraordinária aos

pais, pela Gestão da Escola, que passaram a acompanhar o caso passo a passo,

chegando a formar uma equipe de representação do grupo de pais e junto com a

Equipe Gestora buscar na SE rapidez nos encaminhamentos e ações. A dificuldade

adquiriu grandes proporções, pois, muitas famílias dependem da creche para

atender suas crianças, devido às necessidades das mães que não tem quem cuide

de seus filhos enquanto trabalham, e na iminência de perigo em se utilizar o espaço

da escola, as aulas foram suspensas. Embora a decisão de suspender as aulas

tenha sido definida em mútuo acordo com as famílias, causou bastante turbulência

em nossa rotina, que só ficou resolvida definitivamente quando recebemos a

confirmação que o problema não acarretava perigo de desmoronamento para o

prédio e as aulas voltaram ao normal.

Diante disso, entendemos como desafio apurar o olhar para a educação infantil de

zero a três anos, ter ciência do que precisam as crianças desta faixa etária para

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uma educação de qualidade. Direcionar cuidados desde a estrutura do prédio, sua

disposição de salas, portas e janelas, iluminação, espaços e ambientes ventilados,

mobiliário e objetos significativos para seu desenvolvimento, entre tantas outras

demandas. O envolvimento Escola/Família demonstrou fortalecimento das duas

instituições para que o direito das crianças à creche fosse reivindicado e

agilizasse o processo de manutenção do espaço, dando indícios de ser o caminho

para a efetivação desse compromisso .

Outro compromisso na diretriz Gestão Democrática é o trabalho com ações em

parcerias, com programas e dispositivos da comunidade; nessa direção planejamos

para os dias em que a escola é aberta para atividades do “Dia com a Família”,

aulas de zumba e apresentação de um espetáculo de teatro. A aula de zumba,

atividade de movimento que envolveu os participantes num agradável

entrosamento, teve a professora Agnes, profissional de uma academia do entorno

da creche, como responsável por conduzir a vivência. Em outra oportunidade,

assistimos à peça de teatro “Chapeuzinho Vermelho e os Super Heróis”, que foi

encenada pelo grupo de teatro Tic Tac.

A ação da escola na elaboração do convite, com a participação das crianças na

confecção e entrega aos pais pessoalmente, além da escolha de atividades de

interesse da nossa comunidade escolar levou um tom de informalidade aos eventos

apontando para avanços na maior participação da comunidade. Nosso desafio se

delineia em buscar mais propostas que atinjam aos interesses do público da

comunidade escolar, a proposta será de pesquisar o que a população do entorno

tem interesse em participar e analisar possibilidades de se viabilizar as ações.

A avaliação se debruçou também na Diretriz “Qualidade Social da Educação por meio da prática pedagógica” com compromissos acerca dos planos de formação para os sujeitos da Escola e a efetivação destas formações na prática pedagógica de sala de aula. A começar pelo compromisso de “elaboração de planos específicos, de acordo com as necessidades dos diversos sujeitos envolvidos na elaboração do Projeto Político Pedagógico”, salientamos que esse procedimentos vem sendo observado e aprimorado a cada ano, pois se entende que cada funcionário é um indivíduo que trabalha com o objetivo de melhor atender as crianças da creche. O individuo sendo único e devendo se inserir no contexto da escola, precisa ouvir e ser ouvido, conhecer, interiorizar e desenvolver habilidades para facilitar suas atribuições e atividades na escola melhorando eticamente as relações com o grupo conforme citação de nosso PPP (p.9),

“....A escola deve sempre se pautar em princípios que orientem suas ações: Éticos: da Autonomia, da Responsabilidade, da Solidariedade e do Respeito ao Bem Comum; Políticos: dos Direitos e Deveres da Cidadania, do Exercício da Criticidade e do Respeito à Ordem Democrática; Estéticos: da Sensibilidade, da Criatividade, da Ludicidade e da Diversidade de Manifestações Artísticas e Culturais”.

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A ação da escola para efetivação desse compromisso acontece com propostas para

discussões abertas em momentos de HTPC e Reuniões Pedagógicas, em que se

expõem situações conflitosas, discutem-se ideias e determinam-se novos

encaminhamentos.

Com a remoção dos auxiliares em educação em 2015, contamos em nosso quadro

de funcionários com profissionais que precisavam de reuniões que apresentasse

esse caráter formativo. Discussões sobre atribuições e apresentações dos fazeres

construídos na educação infantil de zero a três anos em São Bernardo do Campo e

como essas atribuições acontecem em nossa escola conferiu aos iniciantes maior

segurança no trabalho do dia a dia.

Atrelado e decorrente desse compromisso a comunidade escolar apresenta

necessidades de planos de formação articulados que atendam as necessidades de

todos os segmentos. No ano de 2016 a escola se apresentou com uma deficiência

de mão de obra para o segmento de apoio à limpeza. A situação obrigou a

aumentar tarefas para as funcionárias que estavam em serviço. O acúmulo de

atividades provocou novas moléstias que afastaram outras profissionais, tornando o

ambiente tenso e insalubre. Foi preciso, diante da nova necessidade, uma ação da

escola para abrir espaços e tempos para formações emergenciais, em que foram

discutidos concepções, princípios, ética, normas e retomada de velhos

conhecimentos sobre os direitos das crianças, motivo para a existência da creche.

O problema foi resolvido, com as participantes compreendendo a necessidade do

trabalho em grupo, demonstrando que discussões sobre os temas citados acima, a

melhor compreensão dos fatos e formas racionais de se resolver embates

interferiam nas relações e direcionavam para que surgissem propostas de

soluções.

Encaramos como desafio a proposta de que cada individuo de cada segmento

conheça e reconheça a necessidade e a importância do próprio trabalho e do

trabalho do outro, compreenda que a escola funciona melhor quando todos e cada

um aceita e acolhe suas atribuições com responsabilidade, se sinta necessário a

ponto de evitar o máximo possível que sua ausência debilite o funcionamento da

escola como um todo, atuando conscientemente para a melhor qualidade social da

educação.

Objetivo se conquista com o compromisso de práticas didáticas significativas, com

trabalhos de educadores reflexivos que conhecem a criança que atendem, assim

como a necessidade da faixa etária.

A ação da escola se deu com a viabilização do Projeto Folclore que, além de utilizar

diversas práticas de leitura, narrativas, vídeo, figuras, inserindo as crianças no

mundo das lendas, usou também artes cênicas como uma linguagem a mais para

apresentar o conteúdo.

O fato revela que o grupo se sente confortável em apresentar tipos diferentes de

estímulos, demonstrando competência em transitar entre as múltiplas linguagens,

certificando seu conhecimento de que a criança aprende com todos os sentidos do

corpo.

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Com relação à Diretriz: Acesso, permanência e sucesso escolar em 2016, que deve

ser garantido à todas às crianças segundo indica o PPP (p.13) , citamos o exemplo

de Arthur, um aluno cadeirante, com paralisia cerebral. Com o compromisso do

acolhimento a todas as crianças, considerando necessidades coletivas e individuais

e respeitando as diversidades, Arthur nos proporcionou desafios para efetivarmos

o compromisso assumido. As ações da escola para a viabilização do cumprimento

de nosso objetivo começou com a orientação de nossa O.P. e encaminhamentos à

SE, solicitando acompanhamento e orientação da Equipe de Orientação Técnica.

O acompanhamento feito por Flávia, fisioterapeuta da EOT, foi orientando,

explicando e capacitando as educadoras mais diretamente ligadas ao atendimento

de Arthur e a Coordenadora Pedagógica, que junto com a equipe do Infantil I,

participava destas ações para efetivar o compromisso de inclusão. Flávia também

providenciou junto a SE a disponibilização de móveis de tecnologia assistiva, tais

como, cadeira de rodas, cadeira para refeitório e o cantinho, que facilitou a inserção

de Arthur em diversos momentos da rotina. Com Arthur incluído o máximo possível,

a preocupação do grupo voltou-se para buscar os objetivos de desenvolvimento

para faixa etária. Adquirir a marcha e a oralidade. Como desde o início a relação

com a família de Arthur foi clara, acompanhamos também os procedimentos dos

pais com relação às terapias. A criança recebia atendimentos do CER, a mãe

adquiriu órteses para os pés e pernas, o que foi facilitando a movimentação da

criança, dando o entendimento que para a marcha é só uma questão de tempo.

Quanto ao desenvolvimento da oralidade, Flávia solicitou a observação da

fonoaudióloga Mônica, também da EOT, que veio para atendê-lo. Mônica fez sua

observação orientando o grupo a forma que deveríamos agir com Arthur

estimulando sua fala. As educadoras colocaram em prática as orientações e já

notamos evolução de Arthur sonorizando alguns vocábulos.

Também como ação da escola para efetivação do compromisso tivemos uma

formação, em Reunião Pedagógica, para o grupo todo da creche, com orientações

sobre procedimentos, atitudes e posturas com relação ao atendimento ao paralítico

cerebral como o Arthur, que a equipe de fisioterapeutas da SE ministrou.

Os avanços notados para atender ao Arthur são evidentes, contudo há que se

encarar o desafio de oferecer suporte constante para os educadores a quem for

atribuído uma inclusão, o acompanhamento terá que ser mais de perto, não

negligenciando uma vez se quer o apoio de um auxiliar na sala, além do auxiliar fixo