pragas da batata doce

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Pragas da Batata doce As principais pragas, consideradas pragas-chave são broca- da-raiz (Euscepes postfasciatus, Coleoptera, Curculionidae) e a broca-das-hastes (Megastes pusialis,Lepidoptera, Pyralidae). Estas ocorrem com maior freqüência e geralmente causam danos severos, se não forem tomadas medidas de controle. A larva-arame (Conoderus sp, Coleoptera, Elateridae); as vaquinhas (Diabrotica speciosa, Coleoptera, Chrysomelidae; Diabrotica bivittula, Coleoptera, Chrysomelidaee Sternocolaspis quatuordecimcostata, Coleoptera, Chrysomelidae) e o negrito (Typophorus negritus) são também muito freqüentes (GALLO et al., 1978), mas geralmente são menos agressivos e portanto podem ser ocasionalmente considerados pragas, em condições que favoreçam a intensa reprodução do inseto. A) Broca-da-raiz - Euscepes postfasciatus, Coleoptera, Curculionidae São besouros com 3 a 5mm de comprimento, com coloração castanha ou marrom, tendo manchas claras. As fêmeas depositam seus ovos nas raízes e nas ramas da batata-doce. Nas ramas, os ovos são colocados de preferência nos nós e nas partes mais grossas, junto ao colo. Na raiz tuberosa, as fêmeas fazem um orifício de oviposição e colocam um ovo por orifício, tampando-o com material fecal, que se oxida e passa a ter uma coloração preta amarronzada. As larvas atacam tanto as ramas quanto as raízes, escavando galerias, onde são depositados os dejetos fecais . É nas raízes que elas se desenvolvem e provocam os maiores estragos; o ataque severo pode até causar a morte das partes aéreas da planta. roca-das-ramas ou broca-do-colo – Megastes pusialis, Lepidoptera, Pyralidae. As lagartas desta praga formam galerias largas dentro do caule e hastes largas, podendo se estender até às batatas. As fêmeas depositam seus ovos no caule e nas hastes da planta próximo à base, por isso recebem o nome de “broca- do-coleto”. Logo após a eclosão, as larvas penetram nas ramas, escavando galerias que podem abrigar mais de uma

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Page 1: Pragas Da Batata Doce

Pragas da Batata doce

As principais pragas, consideradas pragas-chave são broca-da-raiz (Euscepes postfasciatus, Coleoptera, Curculionidae) e a broca-das-hastes (Megastes pusialis,Lepidoptera, Pyralidae). Estas ocorrem com maior freqüência e geralmente causam danos severos, se não forem tomadas medidas de controle.

A larva-arame (Conoderus sp, Coleoptera, Elateridae); as vaquinhas (Diabrotica speciosa, Coleoptera, Chrysomelidae; Diabrotica bivittula, Coleoptera, Chrysomelidaee Sternocolaspis quatuordecimcostata, Coleoptera, Chrysomelidae) e o negrito (Typophorus negritus) são também muito freqüentes (GALLO et al., 1978), mas geralmente são menos agressivos e portanto podem ser ocasionalmente considerados pragas, em condições que favoreçam a intensa reprodução do inseto.

A) Broca-da-raiz - Euscepes postfasciatus, Coleoptera, Curculionidae

São besouros com 3 a 5mm de comprimento, com coloração castanha ou marrom, tendo manchas claras. As fêmeas depositam seus ovos nas raízes e nas ramas da batata-doce. Nas ramas, os ovos são colocados de preferência nos nós e nas partes mais grossas, junto ao colo. Na raiz tuberosa, as fêmeas fazem um orifício de oviposição e colocam um ovo por orifício, tampando-o com material fecal, que se oxida e passa a ter uma coloração preta amarronzada. As larvas atacam tanto as ramas quanto as raízes, escavando galerias, onde são depositados os dejetos fecais . É nas raízes que elas se desenvolvem e provocam os maiores estragos; o ataque severo pode até causar a morte das partes aéreas da planta.

roca-das-ramas ou broca-do-colo – Megastes pusialis, Lepidoptera, Pyralidae.

As lagartas desta praga formam galerias largas dentro do caule e hastes largas, podendo se estender até às batatas. As fêmeas depositam seus ovos no caule e nas hastes da planta próximo à base, por isso recebem o nome de “broca-do-coleto”. Logo após a eclosão, as larvas penetram nas ramas, escavando galerias que podem abrigar mais de uma lagarta. Estas são inicialmente de cor rosada com pontuações escuras e, quando no último ínstar, têm cor predominante rosa com pontos negros no dorso. Geralmente as lagartas empupam por duas semanas dentro das hastes e completam o ciclo que dura, em média, 57 dias. Os adultos são mariposas pardo-escuras e medem 40 a 45mm de envergadura. (POLLARD, 1989).

Larva-arame – Conoderus sp., Coleoptera , Elateridae.

A larva-arame ataca as batatas, perfura o caule e outras partes subterrâneas da planta, podendo seus danos serem confundidos com os de outros insetos como a larva-alfinete. Os furos são profundos, o que diminui o valor comercial das raízes, além de facilitar a entrada de fungos e bactérias. Embora cause pequenos danos, a larva-arame apresenta a característica desejável de ser predadora de outros insetos.

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Os adultos apresentam a forma do corpo afilada, típica de elaterídeos (vagalume), saltando-se quando colocados com dorso sobre o solo. As larvas medem até 20mm de comprimento, apresentam corpo rígido, cilíndrico, fortemente quitinizadas (duras como couraças) e pouco flexíveis, caracterizando o nome comum de “larva-arame”. Os adultos ocorrem principalmente no verão, enquanto as larvas ocorrem no inverno e na primavera.

Vaquinha (Bicho-alfinete) – Diabrotica speciosa, Coleoptera, Chrysomelidae

Os principais danos são causados pelas larvas que fazem pequenos furos na raiz, diminuindo o seu valor comercial. Além do dano direto, a perfuração na raiz facilita a entrada de fungos e bactérias. A fêmea põe os ovos no solo ou na base do caule da planta. As larvas são geralmente brancas e atingem até 10mm de comprimento. Os adultos são besouros verdes, com manchas amarelas nos élitros e medem 5 a 8 mm. Eles se alimentam das folhas e as danificam, deixando-as perfuradas.

Vaquinha – Diabrotica bivittula, Coleoptera, Chrysomelidae

Quando adulto, apresenta-se como um besouro brilhante com listas brancas e escuras nos élitros. Os danos causados pelas larvas e pelo adulto são similares aos causados pela Diabrotica speciosa.

Vaquinhas – Sternocolaspis quatuordecimcostata, Coleoptera, Chrysomelidae

O adulto é um besouro verde-metálico, medindo de 7 a 10 mm de comprimento. A fêmea faz a postura dos ovos no solo e as larvas fazem pequenos furos superficiais nas raízes. O adulto se alimenta de folhas, deixando-as rendilhadas.

Negrito da batata-doce – Typophorus nigritus, Coleoptera, Chrysomelidae

As larvas cavam galerias dentro das raízes e nas ramas. Os danos nas raízes são facilmente reconhecidos por causa dos excrementos encontrados nas galerias. Em algumas oportunidades podem-se encontrar larvas no interior dos túneis um mês após a colheita. Os adultos emergem durante a primavera no início do verão, têm formato arredondado, cor verde-azulado metalizado e medem cerca de 8mm de comprimento. Alimentam-se de folhas e põe seus ovos agrupados debaixo daquelas localizadas ao nível do solo. As larvas passam o inverno no interior das galerias e se empupam no solo, no inicio do período de temperaturas mais elevadas (BIMBONI; RUBERTI, 1990).

Gorgulho da batata-doce – Cylas spp., Coleoptera, Brentidae

Há cerca de 27 espécies descritas. Porém, a mais importante é Cylas formicarius elegantulus, encontrada em países próximos ao Brasil, como os da América Central.

As larvas e os adultos se alimentam de raízes no campo e durante o armazenamento, escavando túneis que se estendem em direção ao interior da raiz e ramas, causando danos semelhantes aos da broca-da-raiz. O adulto mede aproximadamente 8mm de comprimento. Sua cabeça e os élitros são de cor azul escuro metalizado e o tórax e as

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patas são de cor vermelho escuro. As larvas são brancas com cabeça marrom claro, e o número de gerações por ano varia de 6 a 8 (BIMBONI; RUBERTI, 1990).

Outros insetos, como pulgões (Myzus sp., Aphis sp.), cigarras (Empoasca sp.), lagarta-rosca (Agrotis ipsilon), lagartas da folhagem (Syntomeida melanthus) e o bicho-bolo (Dyscinetus planatus) raramente causam danos de importância econômica. As formigas cortadeiras se constituem praga importante somente na fase de implantação da cultura, pois cortam brotações novas da rama, podendo provocar falhas na lavoura.

Referencia : http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Batata-doce/Batata-doce_Ipomoea_batatas/pragas.html

Pragas do inhame

Lagarta-da-folhagem - Plusia sp., Lepidóptera, Noctuidae

É a principal praga nos cultivos de inhame, cujos efeitos danosos são verificados pelos cortes irregulares e arrendondados entre as nervuras do limbo foliar e pelo acúmulo de excremento de cor negra, sobre as folhas e o solo. A época de aparecimento desta praga está condicionada às chuvas, nos cultivos não irrigados, ou à irrigação por aspersão, nos cultivos irrigados.

O controle biológico pode ser feito com Bacillus thuringienses na dose de 150-200 g do produto comercial para 100 L de água. Para maior eficiência de aplicação, o produto deve ser aplicado nas horas mais frias do dia, evitando-se ventos fortes. A aplicação deve ser feita aspergindo a solução sobre e entre a folhagem do inhame, no início do aparecimento da praga (no primeiro estágio larval) sempre atingindo as lagartas. Repetir o tratamento a intervalos de 15 dias, a depender do nível de reinfestação.

- Cupim do solo – Syntermes molestus., Isóptera, Termitidae

A incidência de cupim, atacando o inhame não é muito comum, entretanto, quando ocorre infestação no solo pode ocasionar enormes prejuízos e, em geral, isso acontece quando a túbera permanece no solo além do tempo necessário.

Em terrenos comprovadamente infestados recomenda-se efetuar uma atração e uma gradagem polvilhando, em seguida, com inseticida à base de paration ou malation, em pó seco, revolvendo-se novamente todo o solo de plantio.

- Broca-do-caule do inhame – Xystus arnoldi., Coleóptera, Curculionidae

O ataque dessa praga provoca o secamento progressivo do ramo principal acima do colo, comprometendo o crescimento da planta e acarretando até sua morte. No início do aparecimento desta praga, pode-se fazer o controle biológico com a aplicação de Bacillus thuringiensis na dose de 150-200 g do produto comercial para 100 litros de

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água. O  tratamento a pode ser repetido em intervalos de 15 dias,  a depender do nível de reinfestação.

Referencia: http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/territorio_mata_sul_pernambucana/arvore/CONT000gx8wsdcp02wx7ha0myh2lonxrc8hl.html

Pragas da mandioca:

Mandarová- Erinnyis ello, Lepidoptera, Sphingidae

O mandarová da mandioca é considerado uma das pragas mais importantes desta cultura, pela ampla distribuição geográfica e alta capacidade de consumo foliar, especialmente nos últimos ínstares larvais. A lagarta pode causar severo desfolhamento, o qual, durante os primeiros meses de desenvolvimento da cultura, pode reduzir o rendimento e até ocasionar a morte de plantas jovens. Este inseto ocorre somente nas Américas, onde tem desfolhado grandes plantios de mandioca. O mandarová da mandioca pode ocorrer em qualquer época do ano, mas em geral ocorre no início da estação chuvosa ou da seca, entretanto, é uma praga de ocorrência esporádica, podendo demorar até vários anos antes de surgir um novo ataque.No início, a lagarta é difícil de ser vista na planta, devido ao tamanho diminuto (5 mm) e à coloração, confundindo-se com a folha. Quando completamente desenvolvidas, a coloração das lagartas é o mais variado possível, havendo exemplares de cor verde, castanho-escura, amarela e preta, sendo mais freqüentes as de cores verde e castanho-escura. A lagarta passa por cinco estádios que duram aproximadamente de 12 a 15 dias, período em que consome, em média, 1.107 cm² de área foliar, sendo que 75% dessa área é consumida no quinto ínstar. 

Percevejo de renda- Leptopharsa heveae, Hemíptera, Tingidae

É uma praga de hábito sugador que ocorre durante épocas secas. O adulto é de cor cinzenta e a ninfa (fase jovem do inseto) é branca, sendo ambos encontrados na face inferior das folhas medianas e basais da planta; quando o ataque é severo, podem chegar até as folhas apicais. O dano é causado tanto pelas ninfas como pelos adultos, cujos sinais de ataque manifestam-se por pontuações amarelas pequenas que se tornam de cor marrom-avermelhada. Na face inferior das folhas aparecem inúmeros pontos pequenos, de cor preta, que correspondem aos excrementos dos insetos. Quando a infestação é severa pode ocorrer o desfolhamento da planta. O dano na folhagem pode causar redução na fotossíntese e queda das folhas inferiores. Podem ocorrer reduções no rendimento, a depender da cultivar utilizada, estágio de desenvolvimento da planta, intensidade e duração do ataque.

Mosca-branca  Bemisia tabaci, Hemiptera, Aleyrodidae

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A mosca-branca pode ser encontrada em muitas plantas cultivadas ou nativas. Como praga de alimentação direta e vetora de vírus, causa danos significativos em mandioca nos agroecossistemas das Américas, África e, em menor grau, na Ásia.Os adultos geralmente são encontrados na face inferior das folhas da parte apical da planta, podendo ser vistos sacudindo-se os brotos da planta para fazê-los voar. Já as ninfas (fase jovem do inseto) podem ser encontradas na face inferior das folhas mais velhas. Tanto os adultos como as ninfas sugam a seiva das folhas. Quando em altas populações, a mosca-branca pode causar reduções no rendimento das raízes, especialmente se o ataque é muito prolongado. O dano direto do adulto consiste em amarelecimento e encrespamento das folhas apicais, enquanto o dano das ninfas manifesta-se por meio de pequenos pontos cloróticos. O dano indireto, tanto de adultos como ninfas, devido a seus excrementos, cuja substância é açucarada e comumente chamada de “mel” ou “mela” pelo agricultor, consiste na presença de um fungo conhecido como fumagina, que reduz a capacidade fotossintética da planta.

Brocas do caule

As larvas são encontradas no interior das hastes, sendo o ataque detectado pela presença de excrementos e serragem que saem das galerias feitas pelo inseto. Durante os períodos secos, as plantas atacadas podem perder suas folhas e secar, reduzindo assim a qualidade do material para plantio. Quando a infestação é severa, as plantas podem morrer.

Cupins

Apresentam o corpo branco-cremoso e asas maiores que o abdome. Estes insetos atacam a cultura da mandioca, especialmente durante os períodos prolongados de estiagem. Atacam o material de propagação armazenado, penetrando pela parte seca, podendo destruí-lo totalmente. Nas plantas jovens, constroem galerias entre a medula e o córtex, impedindo assim o transporte de nutrientes, fazendo com que elas apresentem um secamento progressivo descendente e logo depois morram. Quando esses insetos atacam as raízes de plantas desenvolvidas, observam-se, na epiderme, agregações de terra cristalizada sob as quais se localizam os cupins. Acredita-se que o maior dano é causado quando atacam as manivas, embora possam afetar seriamente as plantas adultas, podendo também afetar o estabelecimento da cultura, especialmente durante épocas de secas prolongadas.