pré-propostas de estratégias de ação do plhis de joinville · rosa maria marques de sousa . iii...
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i
PLANO LOCAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE
SOCIAL – PLHIS - MARINGÁ
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PRODUTO 8
ESTRATÉGIAS DE AÇÃO
Revisão 1
janeiro/2011
ii
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PREFEITO
Sílvio Magalhães Barros II
VICE-PREFEITO
Carlos Roberto Pupin
SECRETÁRIO EXTRAORDINÁRIO DE HABITAÇÃO
Gilberto Donizetti Delgado
SECRETÁRIO DE PLANEJAMENTO
Jurandir Guatassara Boeira
SECRETARIA DE AÇÃO SOCIAL E CIDADANIA - SASC
Rosa Maria Marques de Sousa
iii
CONSELHO MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E GESTÃO - CMPGT
REPRESENTANTES DA PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ
TITULAR SUPLENTE ÓRGÃO REPRESENTADO
Jurandir Guatassara Boeira
(Presidente)
José Vicente A. do Socorro (Vice-Presidente) SEPLAN
Walter José Progiante Claudinei José Vecchi SEURB
Mika Yada Noguchi Maria Isabel Cordeiro Calvo Machado SEURB /SEPLAN
Inako Kubota Jocelei Terezinha Tozeto Menon SEURB
José Gilberto Purpur Vera Maria de Oliveira SETRAN
Antonio Mário M. Filho
(Marinho)
Márcia Midori Fukuyama Parra SEURB
Diniz Afonso Lídia Maria da Fonseca Maróstica SEMAA
REPRESENTANTES DA SOCIEDADE CIVIL
TITULAR SUPLENTE ÓRGÃO REPRESENTADO
Pedro Granado Martines Sílvio Saiti Iwata CODEM
Hélio Moreira Júnior Fernando Farinazo AEAM
Rúbia Irma Sales Lilianny Ripker Gaspar COMDEMA
Adolfo Cochia Junior Marcos Mauro Pena de Araújo Moreira Filho SINDUSCON
Ana Lúcia Rodrigues Carla C. Rodrigues de Almeida UEM
Carlos Antonio Trentine Dionilson da Silva FEABRAM
Fernando Alves dos Santos Wandré Fernando Faeti Alvarenga FEABAM
Anicéia Savi Claudecir da Silva AMUSEP
Letícia Weiller Samuel Antonio Claret P. de Miranda CESUMAR
REPRESENTANTES DO PODER LEGISLATIVO MUNICIPAL
TITULAR SUPLENTE ÓRGÃO REPRESENTADO
Humberto José Henrique Aparecido D. Regini CMM
iv
EQUIPE TÉCNICA MUNICIPAL
SECRETARIA EXTRAORDINÁRIA DE HABITAÇÃO Gilberto Donizete Delgado -
SECRETÁRIO
SEPLAN - SECRETARIA DE PLANEJAMENTO Jurandir Guatassara Boeira -
SECRETÁRIO
SECRETARIA EXTRAORDINÁRIA DE HABITAÇÃO Márcia Midori Fukuyama Parra
SECRETARIA EXTRAORDINÁRIA DE HABITAÇÃO Márcia Tamie Matsumato Amaro
SECRETARIA EXTRAORDINÁRIA DE HABITAÇÃO Sergio Bertoni
SECRETARIA EXTRAORDINÁRIA DE HABITAÇÃO Valério Odorizzi
SECRETARIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL E CIDADANIA Maria Célia de Rezende Zanata
SECRETARIA DE PLANEJAMENTO Marleidy Araujo de Oliveira
SECRETARIA DE PLANEJAMENTO Rosa Maria Loureiro
v
EQUIPE RZS - CONSULTORIA E PLANEJAMENTO LTDA
COORDENAÇÃO GERAL
ARQUITETA/URBANISTA
Zulma Schussel
COORDENAÇÃO DO PROCESSO PARTICIPATIVO
ARQUITETO/ URBANISTA
Tomás Moreira
ENGENHEIRO CIVIL Ricardo Schussel
ADVOGADA Jusselma Tosin Maia
ASSISTENTE SOCIAL Rúbia Stein do Nascimento
ARQUITETO/URBANISTA Paulo Nascimento Neto
ARQUITETA/URBANISTA Sílvia Lucena Schussel
ESTAGIÁRIA DE ARQUITETURA E URBANISMO Juliana Helena Bordini Tomaz
vi
APRESENTAÇÃO
Esse documento está estruturado em seis capítulos que apresentam os resultados dos
trabalhos realizados para a elaboração do Plano Local de Habitação de Interesse Social – PLHIS
de Maringá.
O Capítulo 1, de introdução, traz a contextualização do PLHIS.
O Capítulo 2 apresenta uma síntese das Necessidades Habitacionais de Maringá que
foram detalhadas no Produto 5 - Caderno do Diagnóstico do PLHIS Maringá.
O Capítulo 3 apresenta a identificação da quantidade e localização das terras passíveis
de serem destinadas para habitação de interesse social, a partir de metodologia de cálculo ali
detalhada.
O Capítulo 4 apresenta os Princípios, Diretrizes e Objetivos do PLHIS Maringá,
estabelecidos em consonância com a PNH, Estatuto da Cidade e Plano Diretor Municipal.
No Capítulo 5, são apresentadas as Estratégias de Ação, e detalhadas as Linhas
Programáticas e Programas.
No Capítulo 6 são detalhadas as Metas normativas, recursos e fontes de
financiamento. E, no Capítulo 7, as Metas físico-financeiras e o cenário de implementação do
PLHIS.
Por último é apresentado um quadro síntese de todos os programas propostos e suas
vinculações com os objetivos e diretrizes do PLHIS.
Maringá, janeiro 2011.
vii
LISTA DE SIGLAS ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas
CadÚnico – Cadastro Único
CEBRAP – Centro Brasileiro de Análise e Planejamento
CAIXA – Caixa Econômica Federal
CEM – Centro de Estudos da Metrópole
COHAPAR – Companhia de Habitação do Paraná
CREA – Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia
DATASUS – Banco de dados do Sistema Único de Saúde
FDS – Fundo de Desenvolvimento Social
FGTS – Fundo de Garantia por Tempo de Serviço
FJP – Fundação João Pinheiro
FNHIS – Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social
FPM – Fundo de Participação dos Municípios
FUNDEF – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização
do Magistério
HIS – Habitação de Interesse Social
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços
IPARDES - Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social
IPTU – Imposto Predial e Territorial Urbano
IPVA – Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores
IRRF – Imposto de Renda Retido na Fonte
ITBI – Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis
ITR – Imposto Territorial Rural
LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias
LOA – Lei de Orçamentária Anual
MCidades – Ministério das Cidades
OGU – Orçamento Geral da União
ONU – Organização das Nações Unidas
PAR – Programa de Arrendamento Residencial
PPA – Plano Plurianual de Investimentos
PDM – Plano Diretor Municipal
PlanHab – Plano Nacional de Habitação
PLHIS – Plano Local de Habitação de Interesse Social
PSH – Programa de Subsídio À Habitação de Interesse Social
RMM – Região Metropolitana de Maringá
s.m. – salário mínimo
SNHIS – Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social
SUS – Sistema Único de Saúde
UEM – Universidade Estadual de Maringá
ZEIS – Zona Especial de Interesse Social
viii
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO vi
SUMÁRIO DE FIGURAS .................................................................................................................. x
SUMÁRIO DE TABELAS .................................................................................................................. x
SUMÁRIO MAPAS ........................................................................................................................ xiii
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 2
2. NECESSIDADES HABITACIONAIS DE MARINGÁ ......................................................................... 5
2.1. Déficit Habitacional ou Déficit Quantitativo .......................................................................... 6
2.2. Inadequação Habitacional e Déficit Habitacional Qualitativo ............................................... 9
2.3. Demanda de Domicílios ....................................................................................................... 11
2.4. Situação do Déficit Quantitativo dos Distritos de Floriano e Iguatemi Maringá ................. 12
2.4. Síntese das Necessidades Habitacionais de Maringá ........................................................... 12
2.5. Oferta Habitacional Privada de Maringá .............................................................................. 14
2.6. Oferta Habitacional Pública de Maringá .............................................................................. 18
3. IDENTIFICAÇÃO DA QUANTIDADE E LOCALIZAÇÃO DAS TERRAS PASSÍVEIS DE SEREM
DESTINADAS PARA HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL. ............................................................. 22
4. PRINCÍPIOS, DIRETRIZES E OBJETIVOS DO PLHIS MARINGÁ ................................................... 26
4.1. Princípios .............................................................................................................................. 26
4.2. Objetivos Gerais ................................................................................................................... 27
4.2.1. Objetivos Específicos referentes à Urbanização e Produção da Habitação de Interesse
Social ........................................................................................................................................... 27
4.2.2. Objetivos Específicos referentes à Qualidade e Produtividade da Produção Habitacional28
4.2.3. Objetivos Específicos referentes ao Desenvolvimento Sócio Ambiental das Áreas
destinadas à Habitação de Interesse Social ................................................................................ 28
4.2.4. Objetivos Específicos referentes ao Desenvolvimento Institucional ................................ 29
4.3. Diretrizes .............................................................................................................................. 29
4.3.1. Diretrizes para a Urbanização e Produção da Habitação de Interesse Social ................... 29
4.3.2. Diretrizes para a Qualidade e Produtividade da Produção Habitacional .......................... 30
4.3.3. Diretrizes para o Desenvolvimento Sócio Ambiental das Áreas destinadas à Habitação de
Interesse Social ............................................................................................................................ 30
4.3.4. Diretrizes para o Desenvolvimento Institucional .............................................................. 31
5. ESTRATÉGIAS DE AÇÃO ........................................................................................................... 34
5.1. LINHAS PROGRAMÁTICAS E PROGRAMAS ........................................................................... 35
5.1. Linhas Programáticas e Programas ...................................................................................... 37
ix
5.1.1. LINHA PROGRAMÁTICA 1 .................................................................................................. 37
5.1.1.1. Programas referentes à LP1 ........................................................................................... 37
I. P1A- Integração Urbana de Assentamentos Precários ............................................................ 37
II. P1B - Programa para Implantação de Núcleos Comunitários Rurais ...................................... 40
III. P1C – Programa para Promoção Pública e Privada de Loteamentos Urbanos ...................... 45
IV. P1D – Programa para Promoção Pública ou Privada ou Por Autogestão de Novas Unidades
Habitacionais ............................................................................................................................... 52
V. P1E – Programa para Aquisição de Lotes e Unidades Habitacionais Existentes ..................... 54
5.1.2. LINHA PROGRAMÁTICA 2 ................................................................................................. 55
5.1.2.1. Programas referentes à LP2 ........................................................................................... 55
I. P2A- Programa de pesquisa voltada para a qualidade e produtividade da produção
habitacional ................................................................................................................................. 55
II. P2B- Programa de Ampliação e Reforma da Habitação, por meio de Assistência Individual e
Assistência Coletiva ..................................................................................................................... 56
III. P2C- Programa de Construção de Sanitários.......................................................................... 58
5.1.3. LINHA PROGRAMÁTICA 3 ................................................................................................. 60
5.1.3.1. Programas referentes à LP3 ........................................................................................... 60
III. P3A- PROMOÇÃO PÚBLICA DE CONJUNTOS HABITACIONAIS DIRIGIDOS AO ENFOQUE DO
GÊNERO, DAS PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS E DOS IDOSOS .................................... 60
III. P3B- PROMOÇÃO PÚBLICA DE LOCAÇÃO SOCIAL PARA O ATENDIMENTO DE FAMÍLIAS EM
SITUAÇÃO EMERGENCIAL ........................................................................................................... 64
5.1.4. LINHA PROGRAMÁTICA 4 ................................................................................................. 65
5.1.4.1. Programas referentes à LP4 ........................................................................................... 65
I. P4A- Programa de Desenvolvimento Institucional .................................................................. 65
II. P4B- Programa de capacitação profissional de técnicos dirigentes para gestão do PLHIS ..... 67
III. P4C Programa para elaboração de outros planos com os quais o PLHIS deve se articular a
exemplo do plano de regularização urbanística fundiária, plano de prevenção de risco, plano
de drenagem e plano de preservação do patrimônio histórico .................................................. 68
6. Metas, recursos e fontes de financiamento............................................................................ 69
6. Metas, recursos e fontes de financiamento............................................................................ 70
6.1. Questões normativas e institucionais .................................................................................. 70
6.2. Metas normativas e institucionais ....................................................................................... 71
7. Metas físico-financeira e Cenário ............................................................................................ 72
7.1. Metas físico-financeiras ....................................................................................................... 72
7.2.Cenário .................................................................................................................................. 74
8. IDENTIFICAÇÃO DOS PROGRAMAS E AÇÕES ........................................................................... 76
x
8.1. Relação dos programas habitacionais financiados ou executados diretamente pela
Prefeitura Municipal, e pelos demais entes federativos ou por agências bilaterais .................. 76
9. IDENTIFICAÇÃO DAS FONTES DE RECURSOS E FINANCIAMENTO ........................................... 78
9.1. Linhas de atendimento e programas habitacionais no nível federal ................................... 78
9.2. Plano Plurianual de Investimentos - PPA ............................................................................. 79
10. Monitoramento do Plano Local de Habitação de Interesse Social de Maringá .................... 80
10.1. Sistema de informação ....................................................................................................... 80
10.2 - Sistema de monitoramento .............................................................................................. 81
11. Síntese dos objetivos, diretrizes, linhas de ação, programas e intervenções estratégicas .. 83
12. REFERÊNCIAS ........................................................................................................................ 87
SUMÁRIO DE FIGURAS Figura 1 – ESTRUTURAÇÃO DO PLHIS MARINGÁ ........................................................................ 34
Figura 2 – PROPOSTA DE LOCALIZAÇÃO DO NÚCLEO COMUNITÁRIO RURAL ............................ 42
Figura 3 – ÁREAS APTAS PARA A IMPLANTAÇÃO DE LOTEAMENTOS DE HIS ............................. 51
SUMÁRIO DE TABELAS
Tabela 1 - PROJEÇÃO DOS DOMICÍLIOS PARTICULARES PERMANENTES– 2000 A 2021 ............... 5
Tabela 2- PROJEÇÃO DOS DOMICÍLIOS URBANOS, POR FAIXAS DE RENDA MENSAL FAMILIAR .. 6
Tabela 3- PROJEÇÃO DOS DOMICÍLIOS URBANOS ALUGADOS EM MARINGÁ, POR FAMÍLIAS
COM RENDA ATÉ 3 SALÁRIOS-MÍNIMOS ...................................................................................... 7
Tabela 4- PROJEÇÃO DA ESTIMATIVA DOS COMPONENTES DO DÉFICIT HABITACIONAL
QUANTITATIVO POR SITUAÇÃO DO DOMICÍLIO ........................................................................... 8
Tabela 5 - SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA DE MARINGÁ PELA SANEPAR SEGUNDO
CATEGORIAS - 2009 ..................................................................................................................... 10
Tabela 6 – SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO PELA SANEPAR SEGUNDO CATEGORIAS -
2009 ............................................................................................................................................. 10
Tabela 7- PROJEÇÃO DOS DOMICÍLIOS URBANOS COM RENDA DE 0 ATÉ 5 SALÁRIOS MÍNIMOS
A PARTIR DOS CRITÉRIOS DE CARÊNCIA DE INFRAESTRUTURA URBANA ................................... 10
Tabela 8 - PROJEÇÃO DA INADEQUAÇÃO DOS DOMICÍLIOS URBANOS QUANTO AO
ADENSAMENTO EXCESSIVO E À CARÊNCIA DE INFRAESTRUTURA ............................................. 11
Tabela 9. PROJEÇÃO DA DEMANDA DE DOMICÍLIOS, MARINGÁ, 2010-2021............................. 12
xi
Tabela 10 - SITUAÇÃO DO DÉFICIT QUANTITATIVO DOS DISTRITOS DE FLORIANO E IGUATEMI
MARINGÁ .................................................................................................................................... 12
Tabela 11 - SÍNTESE DAS NECESSIDADES HABITACIONAIS PARA A FAIXA DE RENDA ATÉ 5
SALÁRIOS MÍNIMOS, MARINGÁ – 2010/2021............................................................................. 13
Tabela 12- ALVARÁS EXPEDIDOS EM MARINGÁ – 2000/2010 .................................................... 14
Tabela 13 - VALOR MÉDIO DO METRO QUADRADO DE CONSTRUÇÃO, POR ZONA – MARINGÁ,
2010 ............................................................................................................................................. 15
Tabela 14 – VALOR MÉDIO DO METRO QUADRADO DE TERRA, POR ZONA – MARINGÁ, 2010. 16
Tabela 15 – VALORES DOS ALUGUÉIS EM DIVERSAS ÁREAS DE MARINGÁ, 2010 ...................... 17
Tabela 16 - RELAÇÃO DE OBRAS EM EXECUÇÃO E EM ANDAMENTO – PROCESSOS LICITATÓRIO
OU APROVAÇÃO - SECRETARIA EXTRAORDINÁRIA DE HABITAÇÃO ........................................... 18
Tabela 17 – VAZIOS URBANOS APTOS A RECEBEREM EMPREENDIMENTOS DE HIS .................. 23
Tabela 18 – VAZIOS URBANOS FLORIANO .................................................................................. 24
Tabela 19 - – VAZIOS URBANOS IGUATEMI ................................................................................ 24
Tabela 20 – CUSTOS MÉDIOS PARA A CONSTRUÇÃO DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL
SEGUNDO CATEGORIAS............................................................................................................... 35
Tabela 21 – ESTIMATIVA DE CUSTOS PARA O ATENDIMENTO DO DÉFICIT QUALITATIVO –
CARÊNCIA DE INFRAESTRUTURA ................................................................................................. 38
Tabela 22 – RELAÇÃO ENTRE RENDA MÉDIA E DENSIDADE POR SETOR CENSITÁRIO NOS
SETORES CENSITÁRIOS COM RENDA ENTRE 0 E 5 S.M. .............................................................. 39
Tabela 23 - P1A - PROGRAMA PARA INTEGRAÇÃO URBANÍSTICA DE ASSENTAMENTOS
PRECÁRIOS. ................................................................................................................................. 40
Tabela 24 – POPULAÇÃO URBANA E RURAL DOS DISTRITOS FLORIANO E IGUATEMI, 2000. ..... 42
Tabela 25 - P1B - PROGRAMA PARA IMPLANTAÇÃO DE NÚCLEOS COMUNITÁRIOS RURAIS. .... 44
Tabela 26 – ESTIMATIVA DE CUSTOS PARA IMPLANTAÇÃO DE LOTES URBANIZADOS .............. 50
Tabela 27 - P1C –SP2– PROGRAMA DE ATENDIMENTO PARA PROMOÇÃO PÚBLICA E PRIVADA
DE LOTEAMENTOS URBANOS ..................................................................................................... 51
Tabela 28 – ESTIMATIVA DE CUSTOS PARA IMPLANTAÇÃO DE NOVAS UNIDADES
HABITACIONAIS ........................................................................................................................... 52
Tabela 29 - PID – PROGRAMA PARA PROMOÇÃO PÚBLICA OU PRIVADA OU POR AUTOGESTÃO
DE NOVAS UNIDADES HABITACIONAIS ....................................................................................... 53
Tabela 30 – P1E – PROGRAMA PARA AQUISIÇÃO DE LOTES E UNIDADES HABITACIONAIS
EXISTENTES .................................................................................................................................. 54
Tabela 31 – P2A – PROGRAMA DE PESQUISA VOLTADA PARA A QUALIDADE E PRODUTIVIDADE
DA PRODUÇÃO HABITACIONAL ................................................................................................... 56
xii
Tabela 32 – ESTIMATIVA DE CUSTOS PARA AMPLIAÇÃO E REFORMA DA HABITAÇÃO, POR MEIO
DE ASSISTÊNCIA INDIVIDUAL E ASSISTÊNCIA COLETIVA ............................................................. 57
Tabela 33 – P2B – PROGRAMA DE AMPLIAÇÃO E REFORMA DA HABITAÇÃO, POR MEIO DE
ASSISTÊNCIA INDIVIDUAL E ASSISTÊNCIA COLETIVA. .................................................................. 58
Tabela 34 – P2C – PROGRAMA DE CONSTRUÇÃO DE SANITÁRIOS ............................................. 59
Tabela 35 – P3A –PROMOÇÃO PÚBLICA DE CONJUNTOS HABITACIONAIS DIRIGIDOS O
ENFOQUE DO GÊNERO, DAS PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS E DOS IDOSOS ............. 63
Tabela 36 – P3A – PROMOÇÃO PÚBLICA DE LOCAÇÃO SOCIAL PARA O ATENDIMENTO DE
FAMÍLIAS EM SITUAÇÃO EMERGENCIAL ..................................................................................... 64
Tabela 37- P4A – PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL .................................... 66
Tabela 38 – P4B – PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL DE TÉCNICOS DIRIGENTES
PARA GESTÃO DO PHIS................................................................................................................ 67
Tabela 39- P4C– PROGRAMA PARA ELABORAÇÃO DE OUTROS PLANOS COM OS QUAIS O PLHIS
DEVE SE ARTICULAR A EXEMPLO DO PLANO DE REGULARIZAÇÃO URBANÍSTICA FUNDIÁRIA,
PLANO DE PREVENÇÃO DE RISCO, PLANO DE DRENAGEM E PLANO DE PRESERVAÇÃO DO
PATRIMÔNIO HISTÓRICO ............................................................................................................ 68
Tabela 40 – P2C – PROGRAMA DE ATENDIMENTO PARA ARTICULAÇÃO REGIONAL ................. 68
Tabela 41 - CUSTOS POR PROGRAMA E LINHA PROGRAMÁTICA LPA1, Maringá, 2010- 2021 ... 73
Tabela 42. CUSTOS POR PROGRAMA E LINHA PROGRAMÁTICA LPA2, Maringá, 2010- 2021 .... 73
Tabela 43. CUSTOS POR PROGRAMA E LINHA PROGRAMÁTICA LPA3, Maringá,2010- 2021 ..... 73
Tabela 44. CUSTOS POR PROGRAMA E LINHA PROGRAMÁTICA LPA4, Maringá, 2010- 2021 .... 74
Tabela 45. CUSTO TOTAL POR LINHA PROGRAMÁTICA - PLHIS, Maringá, 2010- 2021.............. 74
Tabela 46 – Síntese dos objetivos, diretrizes, linhas de ação e programas ................................ 83
xiii
SUMÁRIO MAPAS
MAPA 03 – DECLIVIDADE URBANA
MAPA 07 – RENDA MÉDIA SEGUNDO SETORES CENSITÁRIOS
MAPA 13 – ZONEAMENTO DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
MAPA 16 – VALOR DA TERRA SEGUNDO ZONAS URBANAS
MAPA 19 – VAZIOS URBANOS
MAPA 20 – APTIDÕES E RESTRIÇÕES
MAPA 21 – VAZIOS URBANOS CLASSIFICADOS SEGUNDO A APTIDÃO
MAPA 22 – VAZIOS URBANOS APTOS POR RENDA MÉDIA SEGUNDO SETORES CENSITÁRIOS
MAPA 23 – VAZIOS URBANOS APTOS POR VALOR DA TERRA
MAPA 24 – COMBINAÇÕES ENTRE DENSIDADE DEMOGRÁFICA E RENDA MÉDIA DA FAMÍLIA
POR SETORES CENSITÁRIOS - 2000
MAPA 25 – ÁREAS PRIORITÁRIAS PARA IMPLANTAÇÃO DE INFRAESTRUTURA
1
1. INTRODUÇÃO
2
1. INTRODUÇÃO
Este documento representa a síntese do planejamento habitacional no âmbito local.
Ele aborda o planejamento e a definição de estratégias de ação de curto, médio e longo prazo,
explicitando as ações necessárias para que seus objetivos e suas diretrizes sejam alcançados.
Corresponde ao Produto 8 da Etapa 3 de acordo com o contrato nº 053/2010, entre a
Prefeitura Municipal de Maringá e a empresa RZS – Consultoria e Planejamento Ltda., para
elaboração do Plano Local de Habitação de Interesse Social – PLHIS de Maringá.
O PLHIS-Maringá se constitui num dos mais importantes instrumentos de gestão da nova
Política Habitacional do Município, juntamente com o Plano Diretor municipal, bem como com
a Política Nacional de Habitação, o Sistema Nacional de Habitação e o Plano Nacional de
Habitação, estruturando e dando corpo à uma nova política local voltada para a Habitação de
Interesse Social.
O PLHIS-Maringá foi formulado a partir das especificidades da demanda e das carências
identificadas no município. Ele é, portanto, um documento que apresenta a atualização do
diagnóstico sobre a situação habitacional, a inserção regional e características do município, a
oferta habitacional, o desenho da política habitacional, a elaboração de estratégias de ação, as
fontes de financiamento existentes e a serem mobilizadas para as ações propostas, a indicação
de um sistema de monitoramento e avaliação da política habitacional de interesse social.
As ações e os programas em andamento, do governo municipal, nortearam sua
elaboração, seja por intermédio da consolidação do que vem sendo realizado, seja por meio da
proposição de seu aprimoramento, bem como introdução de novas estratégias.
A estrutura do Plano considera diferentes modalidades de atendimento habitacional,
com a finalidade de assegurar a atuação sistêmica e contínua do poder público municipal, por
meio de ações planejadas e integradas, bem como da articulação entre os órgãos públicos e
destes com os demais agentes intervenientes na provisão habitacional, em especial de
interesse social.
Levando em consideração as diretrizes de prazos do Plano Nacional de Habitação, o
Plano estipulou sua articulação ao Plano Plurianual de Investimentos – PPA, instrumento de
planejamento orçamentário-financeiro do governo municipal. Desta maneira, as metas de
produção física e de avanços institucionais estarão atreladas ao planejamento dos recursos
necessários. Neste sentido, o horizonte temporal para o PLHIS-Maringá é definido a partir da
sincronia com os três próximos Planos Plurianuais (PPAs), tendo o ano de 2024 como horizonte
3
final para a concretização das propostas, e os anos de 2013, 2017 e 2021 como balizas
intermediárias.
O PLHIS-Maringá, simultaneamente à elaboração dos PPAs pelo governo, prevê revisões
no primeiro ano de cada ciclo governamental (2013, 2017 e 2021), de modo a permitir
avaliações periódicas e ajustes nos cenários propostos. Ele deve ser avaliado constantemente,
tanto na etapa de elaboração e revisão das estratégias de ação como no processo de sua
execução.
O processo de elaboração do Plano contou com atividades que envolveram a
participação de técnicos municipais e de representantes da sociedade civil. A participação da
sociedade na elaboração do PLHIS-Maringá, enquanto diretriz geral de uma gestão pública
democrática tem como principal virtude a democratização das ações do governo municipal em
razão de maior proximidade do poder público com os cidadãos, possibilitando a participação
efetiva da sociedade nas ações de governo.
A participação da sociedade na elaboração deste Plano procurou fortalecer as práticas
participativas já desenvolvidas na elaboração do Plano Diretor de Maringá, bem como atender
as recomendações do Estatuto das Cidades, em 2001, e do Plano Nacional de Habitação, em
2008. O Estatuto da Cidade define, em seu capítulo sobre a gestão democrática (inciso II artigo
2º) que a política urbana municipal deve ser exercida com “gestão democrática por meio da
população e de associações representativas dos vários segmentos da comunidade na
formulação, execução e acompanhamento de planos, programas e projetos de
desenvolvimento urbano”. O Plano Nacional de Habitação ratifica, em 2008, a importância da
participação e controle social na elaboração, implementação e execução das políticas públicas.
Por meio do Plano Local de Habitação de Interesse Social de Maringá se pretende
implementar um conjunto de ações capazes de construir um caminho que permita avançar no
sentido de universalizar o acesso à moradia digna para todo cidadão e toda cidadã
maringaense. Ele é, portanto, o ponto de convergência de um processo de planejamento
habitacional para o município de Maringá.
4
2. NECESSIDADES HABITACIONAIS DE MARINGÁ
5
2. NECESSIDADES HABITACIONAIS DE MARINGÁ
Nesse item estão apresentados sinteticamente os resultados do diagnóstico
habitacional de Maringá, que se encontram detalhados no Produto 5 - Caderno do Diagnóstico
Habitacional, parte integrante deste PLHIS, no que se refere às necessidades habitacionais de
Maringá.
Com referência às projeções do déficit habitacional, foram selecionados os anos de
2010, 2013, 2017 e 2021, quando será necessária essa informação para elaboração das
propostas de investimentos na área de habitação para a elaboração dos Planos Anuais de
Investimentos – PPAs.
A projeção dos domicílios particulares permanentes para 2010 é de 113.090
domicílios, sendo 111.320 na área urbana e 1.318 na área rural. De acordo com as projeções
fornecidas pelo Ministério das Cidades, Maringá contará em 2021 com 138.381 domicílios
permanentes na área urbana e 2.200 na área rural, totalizando 140.581 domicílios.
Tabela 1 - PROJEÇÃO DOS DOMICÍLIOS PARTICULARES PERMANENTES– 2000 A 2021 Município DOMICÍLIOS PARTICULARES PERMANENTES (1)
Maringá TOTAL ZONA URBANA ZONA RURAL
2.000 84.208 82.890 1.318
2.010 113.090 111.320 1.770
2.013 120.137 118.257 1.880
2.017 129.606 127.577 2.029
2.021 140.581 138.381 2.200
Fonte: OLIVEIRA E. L.; GIVISIEZ, G. H. N. e RIOS-NETO, E. L. G. Demanda futura por moradias no Brasil 2008-2023: uma abordagem demográfica. Brasília: Ministério das Cidades, 2009. Dados trabalhados por RZS Consultoria e Planejamento Ltda.
A distribuição dos domicílios permanentes entre os três distritos (Sede, Floriano e Iguatemi),
mostra uma concentração muito forte no distrito Sede que conta com 81.048 domicílios,
enquanto Floriano e Iguatemi apresentam respectivamente: 121 e 1.609 domicílios.
No que se refere à projeção das faixas de renda da população, foi feita uma estimativa
de que o crescimento populacional até 2021 mantenha a mesma distribuição percentual das
faixas de renda do Censo de 2000 do IBGE. A faixa com renda inferior a três salários mínimos
representava 24,30% dos domicílios urbanos naquele ano, enquanto a faixa de 3 a 5 salários
mínimos representava 20,61% dos domicílios. A soma das duas faixas, de 0 a 5 s.m. era igual
6
44,91% do total dos domicílios do município, (32.662 habitações) o que é bastante
representativo, tendo em vista que esse é o público prioritário para o atendimento pelo PLHIS.
Tabela 2- PROJEÇÃO DOS DOMICÍLIOS URBANOS, POR FAIXAS DE RENDA MENSAL FAMILIAR
ANO
FAIXAS DE RENDA MENSAL FAMILIAR (EM SALÁRIOS-MÍNIMOS)
ATÉ 3 > 3 A 5 > 5 A 10 > 10 TOTAL
Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. %
2010 27.051 24,3 22.944 20,6 30.755 27,7 30.570 27,5 111.320 100
2013 28.716 24,3 24.375 20,6 32.712 27,7 32.454 27,5 118.257 100
2017 30.981 24,3 26.280 20,6 35.291 27,7 35.025 27,5 127.577 100
2021 33.607 24,3 28.520 20,6 38.282 27,7 37.972 27,5 138.381 100
FONTE: Projeções a partir de Fundação João Pinheiro (FJP), Centro de Estatística e Informações (CEI). Déficit Habitacional no Brasil - Municípios Selecionados e Microrregiões Geográficas, 2000. Dados trabalhados por RZS Consultoria e Planejamento Ltda.
2.1. Déficit Habitacional ou Déficit Quantitativo
O Déficit Habitacional ou Déficit Quantitativo refere-se à quantificação de
necessidade de reposição de unidades habitacionais precárias e o atendimento às
famílias que não dispõem de moradia em condições adequadas. Pelos dados de 2000,
em Maringá esse déficit corresponde a 5.113 unidades, sendo 5.056 unidades na área urbana.
De acordo com os conceitos da FJP, considera-se na composição do déficit habitacional
a necessidade de produção de novas habitações devido à parte do estoque de domicílios não
oferecer as condições básicas de uma moradia, ou à existência de famílias que comprometem
excessivamente sua renda com aluguel. A esses conceitos, soma-se também a existência de
domicílios em assentamentos precários que necessitam ser removidos. As situações nas quais
os domicílios não oferecem as condições básicas de moradia são os chamados domicílios
“rústicos”, “improvisados”, “cômodos alugados ou cedidos” e “famílias conviventes”.
Os “domicílios rústicos” são aqueles predominantemente “construídos” com material
improvisado e devem ser repostos (reconstruídos), seja por que não apresentam paredes de
alvenaria ou madeira aparelhada, seja porque representam desconforto e riscos de
contaminação por doenças e insalubridade.
Os “domicílios improvisados” são locais utilizados como moradia tendo sido
construídos com outra finalidade, denotando necessidade de novas habitações. Exemplos:
caixas de papelão, vãos de pontes, carcaças de veículos. O Censo Demográfico de 2000
identificou 141 domicílios improvisados em Maringá, sendo aproximadamente 117 na área
urbana.
7
É usada a expressão “famílias conviventes” para mais de uma família composta por
pelo menos duas pessoas (famílias conviventes secundárias) residindo no mesmo domicílio da
família considerada “principal”. O Censo Demográfico de 2000 identificou 4.636 famílias nesta
condição, sendo que apenas 33 estão situadas na área rural. Assim, em Maringá, 99,28% das
famílias conviventes estão situadas na área urbana e 70,67% delas estão na condição de renda
familiar até 3 salários mínimos.
Os chamados “cômodos alugados ou cedidos” são as famílias que moram em
quartos ou cômodos alugados ou cedidos usando de forma comum áreas de acesso e
equipamentos sanitários, com ausência de privacidade. Foram identificados em 2000, 336
cômodos em Maringá, todos na área urbana do município sendo que 63,98% dessas famílias
estão inseridas na faixa de rendas de 0 e 3 s.m.
Quanto ao “ônus excessivo com aluguel”, a Fundação João Pinheiro classifica as
famílias com renda familiar até três salários mínimos, que comprometem 30% ou mais de sua
renda com pagamento de aluguel. Como não foi possível identificar o comprometimento da
renda das famílias com aluguel, adotou-se o total de famílias em imóveis alugados com renda
até 3 salários mínimos. A Tabela 3 abaixo apresenta os domicílios alugados por faixas de renda.
Tabela 3- PROJEÇÃO DOS DOMICÍLIOS URBANOS ALUGADOS EM MARINGÁ, POR FAMÍLIAS COM RENDA ATÉ 3 SALÁRIOS-MÍNIMOS
ANO
DOMICÍLIOS ALUGADOS POR FAIXAS DE RENDA MENSAL FAMILIAR (EM SALÁRIOS-MÍNIMOS)
Sem rendimentos Até 1 s.m. Mais de 1 a 2
s.m. Mais de 2 a 3
s.m. Total
2010 592 765 2.815 3.593 7.765
2013 629 813 2.991 3.817 8.250
2017 678 877 3.227 4.118 8.900
2021 736 951 3.500 4.466 9.653
FONTE: Projeções a partir de Fundação João Pinheiro (FJP), Centro de Estatística e Informações (CEI). Déficit Habitacional no Brasil - Municípios Selecionados e Microrregiões Geográficas, 2000. Dados trabalhados por RZS Consultoria e Planejamento Ltda.
Observa-se que o maior número de domicílios urbanos alugados encontram-se na faixa
de 2 a 3 s.m., uma vez que as famílias com renda inferior a essa, têm dificuldades para pagar o
aluguel.
Nas oficinas do PLHIS realizadas com a população dos bairros, a maior reclamação dos
participantes foi quanto ao valor do aluguel, que por ser muito alto, comprometia o
orçamento da família, não permitindo a compra de um imóvel próprio. Em pesquisa na
Internet e em jornal local, verificou-se que o valor médio do aluguel em bairros onde se
8
localizam os conjuntos habitacionais, para casas de 1 dormitório é de R$ 352,00; para as casas
de 2 dormitórios - R$ 485,00; e para as casas de 3 dormitórios - R$562,00. Quanto aos
apartamentos, o valor médio varia de R$340,00 à R$496,00. Considerando-se que em 44,91%
dos domicílios a renda varia de 0 à 1 s.m., e que o valor do salário mínimo atual é R$ 510,00, o
menor valor médio de aluguel encontrado (R$ 352,00) comprometeria 69% da renda da
família, caracterizando ônus excessivo com aluguel para as faixas de renda mais baixas.
Em Maringá, em 2000, 9.724 domicílios se encontravam vagos, sendo que desses,
9.434 se localizavam na área urbana e 290 na área rural. Não foi realizada projeção desses
valores, porque não se dispõe de informações sobre as suas características, devendo muitos
deles estarem vagos por circunstâncias momentâneas, tais como reforma, mudança de
inquilino, inventário, entre outros. Por outro lado, a tendência é a diminuição dessa situação
frente à pressão por mais moradias que tende a ocorrer no município.
Obedecendo a composição do déficit quantitativo adotada pela FJP, foi realizada a
projeção de cada um dos itens, sendo que não consta a ocorrência de domicílios rústicos no
município.
Tabela 4- PROJEÇÃO DA ESTIMATIVA DOS COMPONENTES DO DÉFICIT HABITACIONAL QUANTITATIVO POR SITUAÇÃO DO DOMICÍLIO
ANO DOMICÍLIOS
IMPROVISADOS FAMÍLIAS CONVIVENTES CÔMODOS TOTAL
FAMÍLIAS COM
RENDA ATÉ 3 SM QUE PAGAM
ALUGUEL
TOTAL COM
FAMÍLIAS COM
RENDA ATÉ 3 SM QUE PAGAM
ALUGUEL
Total Urb Rural Total Urb. Rural Total Urb. Rural Total
2010 190 158 32 6.255 6.210 45 453 453 0 6.898 7.765 14.663
2013 202 168 34 6.645 6.597 47 482 482 0 7.328 8.250 15.579
2017 218 181 37 7.168 7.117 51 520 520 0 7.906 8.900 16.806
2021 236 196 40 7.775 7.720 55 564 564 0 8.575 9.653 18.228
FONTE: Projeções a partir de Fundação João Pinheiro (FJP), Centro de Estatística e Informações (CEI). Déficit Habitacional no Brasil - Municípios Selecionados e Microrregiões Geográficas, 2000. Dados trabalhados por RZS Consultoria e Planejamento Ltda.
A tabela 4 demonstra que, se nada for produzido na área habitacional no município,
em 2021, o déficit habitacional quantitativo chegará à 8.575 unidades, sendo que 8.480 na
área urbana e 95 na área rural. Se forem acrescidas a esse total, as famílias com renda até 3
SM que pagam aluguel, o déficit será de 18.228 unidades.
9
2.2. Inadequação Habitacional e Déficit Habitacional Qualitativo
Além do déficit quantitativo, é necessário também analisar as características dos
domicílios que representam o déficit qualitativo. Para isso, analisam-se determinados
critérios, como a inadequação habitacional, a densidade, a infraestrutura e outros.
Correspondem à “inadequação habitacional” os domicílios nas seguintes situações:
“densidade excessiva”, “inadequação fundiária urbana”, “carência de serviços de
infraestrutura” e “inexistência de unidade sanitária domiciliar interna”.
A “densidade excessiva” corresponde a domicílios com mais de dois moradores por
cômodo servindo de dormitório (o que inclui quartos e sala), excluindo-se as famílias
conviventes, já consideradas para cálculo do déficit. Cerca de 2.046 domicílios de Maringá
apresentavam densidade excessiva em 2000, sendo que 42,5% desses encontram-se na faixa
de renda mensal familiar até 3 salários mínimos, considerada prioritária com relação ao PLHIS.
A “inadequação fundiária urbana” corresponde às famílias que declaram ser
proprietárias da edificação, mas não do terreno em que residem, correspondendo a situações
irregulares de ocupação de terras. Em Maringá, o censo de 2000 detectou 1,95% dos
domicílios urbanos nesta situação, correspondendo a 1.620 unidades em números absolutos.
No entanto, a Secretaria Extraordinária de Habitação informou que esse número não condiz
com a realidade atual, que não apresenta a ocorrência de ocupações irregulares no município,
portanto não foi considerado nas projeções realizadas.
A chamada “carência de serviços de infra-estrutura básica” refere-se a domicílios
sem acesso a um ou mais dos seguintes serviços: energia elétrica; abastecimento de água por
rede com canalização interna; esgotamento sanitário por fossa séptica ou por rede; coleta de
lixo direta ou indireta. No caso de Maringá, com relação ao saneamento básico, 94% da
população é atendida por rede de esgotos, e segundo informações da Prefeitura, estão
previstos investimentos da Sanepar contemplando alguns bairros que ainda não dispõem do
serviço, quais sejam: Jardim São Francisco, Jardim Bertioga, Jardim Aeroporto, Sanenge III,
Jardim Europa, Jardim Céu Azul, Jardim Porto Seguro, Jardim Del Plata, Jardim Madrid, Jardim
Cidade Canção, Jardim Catedral, parte do Jardim Universo e Gleba Ribeirão Pingüim, elevando
para 96% da população o atendimento. Considerando-se a média nacional de 49,6 % da
população urbana atendida por saneamento básico, Maringá apresenta uma ótima situação
em relação ao saneamento básico. Os dados das Tabelas 5 e 6 abaixo apresentam as
informações de 2009 da Sanepar. Verifica-se que nesse espaço de tempo, a situação evoluiu,
10
sendo que no município hoje a carência de infraestrutura atinge 4% do total de domicílios, o
que representa aproximadamente 4.453 unidades habitacionais, com uma perspectiva de
atender toda a população nos próximos anos.
Tabela 5 - SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA DE MARINGÁ PELA SANEPAR SEGUNDO CATEGORIAS
- 2009
Categorias Unidades Atendidas LIGAÇÕES
Residenciais 112.973 90.845
Comerciais 14.909 10.678
Industriais 816 797
Utilidade pública 655 650
Poder público 434 433
TOTAL 129.787 103.403
FONTE: SANEPAR.
Tabela 6 – SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO PELA SANEPAR SEGUNDO CATEGORIAS - 2009 Categorias Unidades Atendidas LIGAÇÕES
Residenciais 93.500 63.519
Comerciais 13.381 8.857
Industriais 461 448
Utilidade pública 429 421
Poder público 268 268
TOTAL 108.039 73.513
FONTE: SANEPAR. Nota: unidades (economias) atendidas é todo imóvel (casa, apartamento, loja, prédio, etc) ou subdivisão independente do imóvel, dotado de pelo menos um ponto de água, perfeitamente identificável, como unidade autônoma, para efeito de cadastramento e cobrança de tarifa.
Tabela 7- PROJEÇÃO DOS DOMICÍLIOS URBANOS COM RENDA DE 0 ATÉ 5 SALÁRIOS MÍNIMOS A PARTIR DOS CRITÉRIOS DE CARÊNCIA DE INFRAESTRUTURA URBANA
ANO
Iluminação Abastec. de água¹
Esgoto Sanitário¹
Coleta de lixo
Total1
2010 12 904 4.453 12 4.4772
2013 13 0 0 13 26
2017 14 0 0 14 28
2021 15 0 0 15 30
FONTE: Projeções a partir de Fundação João Pinheiro (FJP), Centro de Estatística e Informações (CEI). Déficit Habitacional no Brasil - Municípios Selecionados e Microrregiões Geográficas, 2000. Dados trabalhados por RZS Consultoria e Planejamento Ltda. (1) Considerados as casas e apartamentos urbanos carentes de um ou mais dos serviços de infra-estrutura: iluminação elétrica, rede geral de abastecimento de água, rede geral de esgotamento sanitário ou fossa séptica e coleta de lixo (2) Somou-se apenas os valores de iluminação, coleta de lixo e esgotamento sanitário, visto que o último se sobrepõe ao abastecimento de água.
A “Inexistência de unidade sanitária domiciliar interna” compreende as famílias
que não dispõem de acesso a sanitários ou banheiros no interior de suas moradias,
correspondendo a 109 domicílios em Maringá.
11
Levando em conta essas características peculiares ao município, a Tabela 8 apresenta
a projeção dos domicílios com adensamento excessivo e com carência de infraestrutura na
faixa de renda de 0 a 5 SM, que acrescidos dos 109 domicílios sem banheiro, representam o
total do Déficit Qualitativo de Maringá, lembrando que não é possível somar esses itens
num único total tendo em vista as diferenças entre eles ). É importante ressaltar ainda que,
segundo informações da Prefeitura Municipal de Maringá, a previsão é que em 2013 o
município se encontre sem carência de infra-estrutura de Abastecimento de Água e Esgoto
Sanitário, uma vez que existem projetos e recursos para tal
Tabela 8 - PROJEÇÃO DA INADEQUAÇÃO DOS DOMICÍLIOS URBANOS QUANTO AO ADENSAMENTO EXCESSIVO E À CARÊNCIA DE INFRAESTRUTURA
ANO
PROJEÇÃO DO ADENSAMENTO URBANO EXCESSIVO POR FAIXAS DE RENDA PROJEÇÃO DA CARÊNCIA
DE INFRAESTRUTURA URBANA FAIXAS DE RENDA MENSAL FAMILIAR (EM
SALÁRIOS-MÍNIMOS)
ATÉ 3 MAIS DE 3 A 5 TOTAL TOTAL
Abs. % Abs. % Abs. Abs.
2010 1.313 42,5 990 32,1 2.303 4.477
2013 1.395 42,5 1.052 32,1 2.447 26
2017 1.505 42,5 1.135 32,1 2.640 28
2021 1.633 42,5 1.231 32,1 2.864 30
FONTE: Projeções a partir de Fundação João Pinheiro (FJP), Centro de Estatística e Informações (CEI). Déficit Habitacional no Brasil - Municípios Selecionados e Microrregiões Geográficas, 2000. Dados trabalhados por RZS Consultoria e Planejamento Ltda. (1) Optou-se por considerar o valor integral e não sua divisão em faixas de renda devido à indisponibilidade de informações atualizadas para tal..
2.3. Demanda de Domicílios
A demanda demográfica corresponde à quantidade de moradias que deve ser
acrescida ao estoque para acomodar o crescimento populacional projetado.
A Tabela 9 apresenta as projeções referentes à demanda de domicílios referente ao
período de 2010 até 2021 para Maringá e, considerando os objetivos do PLHIS, foram
destacadas: a demanda por faixas de renda entre 0 e 3 salários mínimos e maiores que 3 até 5
salários mínimos.
12
Tabela 9. PROJEÇÃO DA DEMANDA DE DOMICÍLIOS, MARINGÁ, 2010-2021
DEMANDA 2.010 2.013 2.017 2.021
N° Total de Domicílios 113.090 120.137 129.606 140.581
Demanda Total de Domicílios período 9.516 7.047 9.469 10.975
Demanda de Domicílios na Faixa de 0 a 3 SM (24,3%) 2.312 1.712 2.301 2.667
Demanda de Domicílios na Faixa de 3 a 5 SM (20,6%) 1.960 1.452 1.951 2.261
Demanda de Domicílios na Faixa de 0 a 5 SM (44,9%) 4.273 3.164 4.252 4.928
Fonte: OLIVEIRA E. L.; GIVISIEZ, G. H. N. e RIOS-NETO, E. L. G. Demanda futura por moradias no Brasil 2008-2023: uma abordagem demográfica. Brasília: Ministério das Cidades, 2009.
2.4. Situação do Déficit Quantitativo dos Distritos de Floriano e Iguatemi Maringá
Com relação aos distritos de Floriano e Iguatemi, cujo déficit já está computado no
valor do déficit total de Maringá, a tabela 8 abaixo, apresenta no caso de Floriano, uma renda
média de 2,5 salários mínimos, enquanto a renda média das famílias de Iguatemi é de 3,4
salários mínimos, superior à de Floriano. No entanto, em Iguatemi, uma parcela significativa da
população reside em imóvel alugado, enquanto que em Floriano esse número é bem menor.
Tabela 10 - SITUAÇÃO DO DÉFICIT QUANTITATIVO DOS DISTRITOS DE FLORIANO E IGUATEMI MARINGÁ Distrito Área do setor
censitário(ha) População
(2000) Renda média (s.m.)
Domicílios Permanentes
Domicílios improvisados
Domicílios sem
banheiro
Domicílios alugados
Floriano 18,7 429 2,5 s.m. 121 0 2 11
Iguatemi 307,2 5.766 3,4 s.m. 1.609 1 4 266
Fonte: Dados agregados segundo setores censitários | Censo Demográfico do IBGE 2000
2.4. Síntese das Necessidades Habitacionais de Maringá
A Tabela 9 apresenta a síntese das necessidades habitacionais para 2010, 2013,
2017 e 2021 em Maringá. Observa-se que no caso do déficit quantitativo foram considerados
os domicílios rústicos, improvisados, famílias conviventes e famílias com renda até 3 s.m. que
moram em domicílios alugados.
No caso do déficit qualitativo, foram considerados: o adensamento excessivo,
domicílios sem banheiro e carência de infraestrutura, sendo que a inadequação fundiária
não foi adicionada, tendo em vista as informações da Secretaria Extraordinária de Habitação,
da sua inexistência no município. Quanto à demanda demográfica, foi considerada a
13
projeção dos domicílios até 2021. O Déficit Habitacional Quantitativo e a Demanda
Demográfica representam a necessidade de construção de novas unidades habitacionais ou
para reposição das existentes ou para atender a demanda demográfica.
Por sua vez, o Déficit Qualitativo por Adensamento Excessivo no interior da
moradia pode ser solucionado com a melhoria ou ampliação da moradia, enquanto que para a
extinção do Déficit Qualitativo por Carência de Infraestrutura são necessários
investimentos nas redes de infraestrutura pública dos assentamentos (rede de abastecimento
público, rede de coleta e tratamento de esgotos, pavimentação, iluminação pública e
drenagem urbana) de forma a garantir uma melhor qualidade de vida à população.
Tabela 11 - SÍNTESE DAS NECESSIDADES HABITACIONAIS PARA A FAIXA DE RENDA ATÉ 5 SALÁRIOS MÍNIMOS, MARINGÁ – 2010/2021
NECESSIDADES HABITACIONAIS 2.010 2.013 2.017 2.021
DÉFICIT HABITACIONAL QUANTITATIVO
14.663 15.579 16.806 18.228
DÉFICIT QUALITATIVO – CARÊNCIA DE INFRAESTRUTURA
4.477 26 28 30
DÉFICIT QUALITATIVO – ADENSAMENTO EXCESSIVO E DOMICÍLIOS SEM BANHEIRO*
2.931 2.447 2.640 2.864
DEMANDA DEMOGRÁFICA DE 0 À 5 SM
4.273 3.164 4.252 4.928
* No caso dos domicílios sem banheiro, não foi feita a projeção para 2021, uma vez que deverá ser atendida a
demanda nesse 1º quatriênio (109U.H.).
2.4.1. Comparação entre os resultados produzidos, o CadÚnico e a pesquisa do CEM e o Cadastro da Secretaria Extraordinária da Habitação
Como justificativa para os resultados apresentados, foi realizado um comparativo
entre os dados da Fundação João Pinheiro e os do CADÚNICO, cadastro sócio-econômico de
famílias de baixa renda gerido pelo Ministério de Desenvolvimento Social (MDS), que objetiva
subsidiar os programas sociais desenvolvidos pelas três esferas governamentais.
Essa comparação permite verificar que, enquanto o CADÚNICO apresenta um total de
4.322 domicílios cedidos/alugados, a projeção para 2010 da FJP apresenta um total de 7.765
domicílios alugados na faixa de renda familiar até 3 salários mínimos.
Se for considerado no Déficit Habitacional Quantitativo o número de domicílios da
estatística apresentada pela FJP, (14.663 unidades) verifica-se que o total encontra-se bastante
próximo do cadastro de famílias junto à Secretaria Extraordinária de Habitação (16.600
unidades). Se considerar-se a projeção para 2010 que totaliza o déficit de 18.228 unidades
14
(sem contar com a Demanda Demográfica que acrescenta mais 4.922 unidades, conforme a
Tabela nº 9 deste documento).
Optou-se pela utilização das projeções baseadas nas informações da FJP, que mais se
aproximam do cadastro de famílias junto à Secretaria Extraordinária de Habitação.
2.5. Oferta Habitacional Privada de Maringá
A oferta de moradias está condicionada à dinâmica de mercado, ao desempenho da
indústria de construção e à ação do setor público quanto à provisão de infra-estrutura e o
estabelecimento do sistema regulatório.
Neste contexto, as questões de disponibilidade de terra e informalidade das
construções são reflexos da oferta de crédito e de terra, condicionados pelo sistema de
financiamento, para garantir prazos maiores e juros subsidiados, que devem ser substanciados
por uma política federal.
A produção de terra urbanizada decorre da ação do poder público na provisão de infra-
estrutura, dos equipamentos e dos serviços urbanos, tais como energia, transportes, sistema
viário, saneamento, entre outros, que repercute na disponibilidade de oferta de espaços
destinados à moradia, condicionando os aspectos da questão fundiária e da política
habitacional, articuladas com a política urbana.
Com relação à produção de habitações populares por empreendedores privados e
particulares, foram selecionados no cadastro técnico da prefeitura, os alvarás do período de
2000 até junho de 2010, de construções residenciais com área inferior a 70,00m². O número
de construções por ano varia entre 2000 e 3000 unidades, numa média que tem abaixado nos
últimos anos. Mesmo sabendo-se que podem ocorrer distorções nessa informação, uma vez
que nem todas as habitações com área inferior a 70,00 m² são dirigidas às faixas de renda
entre zero e três salários mínimos, considerou-se que essas faixas de renda são o cliente
preferencial dessas habitações
Tabela 12- ALVARÁS EXPEDIDOS EM MARINGÁ – 2000/2010
ANO RESIDÊNCIAS COM MENOS DE 70,00m²
PROJETO RESIDENCIAL APROVADO
% DE RESIDÊNCIAS COM MENOS DE 70m²
SOBRE O TOTAL
2000 381 3.181 12,0
2001 277 3.156 8,8
2002 279 2.939 9,5
2003 131 3.005 4,4
2004 132 2.876 4,6
2005 64 3.051 2,1
15
2006 122 2.670 4,6
2007 93 2.823 3,3
2008 22 3.465 0,6
2009 10 3.252 0,3
2010 – até Junho
61 2.203 2,8
FONTE: Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação Municipal - 2010
Foi realizada também uma pesquisa de anúncio em jornal e internet sobre imóveis nas
Zonas onde ocorre mais a produção de empreendimentos populares, de acordo com o Mapa
16 –Valor da Terra segundo Zonas, onde verificou-se o elevado valor do metro quadrado
(média de 1.300,00/m²), não possibilitando às famílias de renda até 3 s.m., acesso à moradia
própria sem apoio de políticas públicas de habitação.
Tabela 13 - VALOR MÉDIO DO METRO QUADRADO DE CONSTRUÇÃO, POR ZONA – MARINGÁ, 2010
TIPO DO IMÓVEL LOCALIZAÇÃO ÁREA VALOR R$/M2
CASA Z 45 50,00 R$ 60.000,00 R$ 1.200,00
CASA Z 30 43,00 R$ 55.000,00 R$ 1.279,07
CASA Z 18 48,00 R$ 70.000,00 R$ 1.458,33
CASA Z 18 53,20 R$ 70.000,00 R$ 1.315,79
APTO Z 17 90,00 R$ 150.000,00 R$ 1.666,67
APTO Z 17 79,00 R$ 175.000,00 R$ 2.215,19
CASA Z 39 136,80 R$ 150.000,00 R$ 1.096,49
CASA Z 37 100,00 R$ 150.000,00 R$ 1.500,00
CASA Z 37 103,00 R$ 105.000,00 R$ 1.019,42
CASA Z 37 80,00 R$ 98.000,00 R$ 1.225,00
CASA Z 37 70,00 R$ 95.000,00 R$ 1.357,14
CASA Z 37 70,00 R$ 90.000,00 R$ 1.285,71
Fonte: anúncios imobiliários na Internet acessados em 23/11/2010.
Quanto ao valor da terra, foi feita uma pesquisa em todas as zonas de Maringá, que
resultou no Mapa 16 –Valor da Terra segundo Zonas e na Tabela 14 abaixo, que exprime a
problemática do município em relação ao preço do metro quadrado de terreno, que inviabiliza
a implantação de HIS em muitas regiões da cidade. Com relação aos distritos de Iguatemi e
Floriano, não foram encontradas informações disponíveis para o mapeamento.
16
Tabela 14 – VALOR MÉDIO DO METRO QUADRADO DE TERRA, POR ZONA – MARINGÁ, 2010 Nome Preço 1 Preço 2 Preço 3 Média
Zona 1 2.241,37 0,00 0,00 2.241,37
Zona 2 1.773,39 842,45 490,88 1.035,57
Zona 3 312,01 431,03 396,55 379,86
Zona 4 485,19 466,67 288,13 413,33
Zona 5 414,20 342,71 358,26 371,72
Zona 6 497,32 508,13 498,01 501,15
Zona 7 1.147,85 458,29 583,91 730,02
Zona 8 466,67 343,21 409,83 406,57
Zona 9 0,00 0,00 0,00 0,00
Zona 10 0,00 0,00 0,00 0,00
Zona 11 497,33 0,00 0,00 497,33
Zona 12 0,00 0,00 0,00 0,00
Zona 13 0,00 0,00 0,00 0,00
Zona 14 525,39 0,00 0,00 525,39
Zona 15 317,00 0,00 0,00 317,00
Zona 17 354,73 347,59 407,08 369,80
Zona 18 909,09 242,79 0,00 575,94
Zona 19 216,66 339,48 208,33 254,82
Zona 20 202,89 375,45 250,00 276,11
Zona 21 388,89 333,35 303,03 341,76
Zona 22 166,66 190,96 0,00 178,81
Zona 23 321,42 296,29 283,33 300,35
Zona 24 225,64 281,08 264,56 257,09
Zona 25 61,73 393,51 0,00 227,62
Zona 26 296,73 0,00 0,00 296,73
Zona 27 358,00 372,00 320,00 350,00
Zona 28 387,09 430,46 134,64 317,40
Zona 29 354,16 778,86 535,50 556,17
Zona 30 207,31 0,00 0,00 207,31
Zona 31 385,51 269,84 200,00 285,12
Zona 35 0,00 0,00 0,00 0,00
Zona 36 277,77 398,40 482,31 386,16
Zona 37 458,95 383,33 405,45 415,91
Zona 38 0,00 0,00 0,00 0,00
Zona 39 0,00 0,00 0,00 0,00
Zona 40 166,66 369,45 471,46 335,86
Zona 41 0,00 0,00 0,00 0,00
Zona 42 0,00 0,00 0,00 0,00
17
Zona 43 416,66 0,00 0,00 416,66
Zona 44 316,95 440,86 434,40 397,40
Zona 45 100,67 0,00 0,00 100,67
Zona 46 96,53 180,00 0,00 138,27
Zona 47 250,00 310,00 0,00 280,00
Zona 48 140,75 395,60 162,03 232,79
Zona Central 0,00 0,00 0,00 0,00
FONTE: INTERNET E JORNAIS LOCAIS (ACESSADO EM AGOSTO/2010)
No que se refere aos imóveis alugados, nas oficinas do PLHIS realizadas com a
população dos bairros, a maior reclamação dos participantes foi quanto ao valor do aluguel,
que por ser muito alto, comprometia o orçamento da família não permitindo a compra de um
imóvel próprio. Em pesquisa na Internet e em jornal local, verificou-se que o valor médio do
aluguel em bairros onde se localizam os conjuntos habitacionais, para casas de 1 dormitório é
de R$ 352,00; para as casas de 2 dormitórios o valor médio é de R$485,00; e para as casas de 3
quartos o valor médio é de R$ 562,00. Quanto aos apartamentos, o valor médio varia de R$
340,00 à R$ 496,00. Considerando-se que em 44,91% dos domicílios a renda varia de 0 a 1
s.m., e que o valor do salário mínimo atual é R$ 510,00, o menor valor médio de aluguel
encontrado (R$ 352,00) comprometeria 69% da renda da família, caracterizando ônus
excessivo com aluguel para as faixas de renda mais baixas.
Tabela 15 – VALORES DOS ALUGUÉIS EM DIVERSAS ÁREAS DE MARINGÁ, 2010 QUARTOS TIPO LOCALIZAÇÃO ÁREA VALOR
LOCAÇÃO R$ 1,00
1 CASA JARDIM ALVORADA S.I 350
1 CASA CONJUNTO PARIGOT DE SOUZA S.I 450
1 CASA JARDIM TABAETÉ 29 360
1 CASA VILA MORANGUEIRA 55 280
1 CASA PARQUE DAS GREVÍLEAS 37 300
1 CASA JARDIM UNIVERSO S.I 350
1 CASA JARDIM NOVO OÁSIS 50 500
1 FUNDOS VILA SANTA IZABEL S.I 300
2 CASA JARDIM PARIS III S.I 550
2 CASA JARDIM DIAMANTE S.I 560
2 CASA JARDIM DIAMANTE S.I 620
2 CASA JARDIM ITAIPU 85 650
2 CASA CONJUNTO REQUIÃO S.I 400
2 CASA CONJUNTO NEY BRAGA S.I 425
2 CASA VILA SANTO ANTONIO 60 450
18
2 CASA VILA SANTO ANTONIO 60 450
2 CASA VILA BOSQUE S.I 400
2 CASA CONJUNTO RES. BRANCA VIEIRA S.I 350
3 CASA CONJUNTO PATRÍCIA 59 600
3 CASA JARDIM BRASILIA S.I 600
3 CASA CONJUNTO ITATIAIA S.I 400
3 CASA CONJUNTO KARINA S.I 650
1 APTO JARDIM SÃO SILVESTRE S.I 300
1 APTO JARDIM NOVO HORIZONTE S.I 380
2 APTO JARDIM ALVORADA 70 550
3 APTO JARDIM NOVO HORIZONTE 90 520
3 APTO JARDIM NOVO HORIZONTE 90 480
3 APTO PARQUE RES, CIDADE NOVA 60 490
FONTE: INTERNET E JORNAIS LOCAIS (ACESSADO EM AGOSTO/2010)
2.6. Oferta Habitacional Pública de Maringá
Na Tabela 17 abaixo, estão relacionadas todas as obras em execução ou em
andamento direcionadas a HIS, sob a responsabilidade da Secretaria Extraordinária de
Habitação, cujo valor total em reais, tomando como base o valor médio de R$ 60.000,00 a UR.
é de R$ 177.660.000,00.
Tabela 16 - RELAÇÃO DE OBRAS EM EXECUÇÃO E EM ANDAMENTO – PROCESSOS LICITATÓRIO OU APROVAÇÃO - SECRETARIA EXTRAORDINÁRIA DE HABITAÇÃO
PROGRAMA MINHA CASA MINHA VIDA:
OBRAS EM EXECUÇÃO – TERRENOS DE PROPRIEDADE DOS EMPREENDEDORES:
NOME DO CONJUNTO HABITACIONAL
LOCALIZAÇÃO Nº. UNIDADES RENDA FAMILIAR
PRAZO DE ENTREGA
Cristina Helena Barros Jardim Sumaré 160 aptos. 03-06 salários
Abril/2011
Conjunto Habitacional Irajá
Distrito de Iguatemi 108 aptos. 00-03 salários
Abril/2011
Conjunto Atenas II Bairro Atenas 74 casas 03-06 salários
Março/2011
342
OBRAS EM EXECUÇÃO – TERRENOS DE PROPRIEDADE DO MUNICÍPIO:
NOME DO CONJUNTO HABITACIONAL
LOCALIZAÇÃO Nº. UNIDADES RENDA FAMILIAR
PRAZO DE ENTREGA
Conjunto Albino Meneguetti
Distrito de Iguatemi 172 casas 00-03 salários
Maio/2011
19
Conjunto Pioneiro Gonçalo Vieira Santos
Distrito de Floriano 136 casas 00-03 salários
Maio/2011
308
PROJETOS EM ANDAMENTOS – TERRENOS DE PROPRIEDADE DO MUNICÍPIO:
NOME DO CONJUNTO HABITACIONAL
LOCALIZAÇÃO Nº. UNIDADES RENDA FAMILIAR
SITUAÇÃO CEF/PMM
Condomínio Santa Rosa Lote 58-6 112 aptos. 00-03 salários
aprovado
Condomínio Santa Júlia Lote 58-7 144 aptos. 00-03 salários
aprovado
Lotes 117/118
Distrito de Floriano 300 casas 00-03 salários
regularização
556
PROJETOS EM ANDAMENTOS – TERRENOS DE PROPRIEDADE DOS EMPREENDEDORES:
NOME DO CONJUNTO HABITACIONAL
LOCALIZAÇÃO Nº. UNIDADES RENDA FAMILIAR
SITUAÇÃO CEF/PMM
Cristina Helena Barros II
Jardim Sumaré 160 aptos. 03-06 salários
aprovado
Nome a ser definido Rua P. Antonio Tait 288 aptos. 03-06 salários
em análise
Nome a ser definido Av. Pintassilgo 48 aptos. 03-06 salários
aprovado
Conjunto Dolores Duran I
Cidade Alta 72 casas 03-06 salários
aprovado
Conjunto Dolores Duran II
Cidade Alta 76 casas 03-06 salários
aprovado
Conjunto Dalva de Oliveira
Cidade Alta 176 aptos. 00-06 salários
aprovado
Conjunto Ataulfo Alves Cidade Alta 192 aptos. 00-06 salários
aprovado
Nome a ser definido Jardim Madrid 99 aptos. 00-06 salários
em análise
Nome a ser definido Jardim Alvorada 72 aptos. 03-06 salários
em análise
1183
PROGRAMA OGU 1 E OGU-2:
OBRAS EM EXECUÇÃO – TERRENOS DE PROPRIEDADE DO MUNICÍPIO:
NOME DO CONJUNTO HABITACIONAL
LOCALIZAÇÃO Nº. UNIDADES RENDA FAMILIAR
PRAZO DE ENTREGA
Lote 58/1
Atenas 42 casas 00-03 salários
Março/2011
Lote 58/2
Atenas 28 casas 00-03 salários
Março/2011
Conjunto Village Blue Village Blue 06 casas 00-03 salários
Dezembro/2010
76
20
PAC-PROGRAMA DE ACELERAÇÃO DO CRESCIMENTO
OBRAS EM EXECUÇÃO – TERRENOS DE PROPRIEDADE DO MUNICÍPIO:
NOME DO CONJUNTO HABITACIONAL
LOCALIZAÇÃO Nº. UNIDADES RENDA FAMILIAR
PRAZO DE ENTREGA
Residencial Pioneiro Odwaldo B. Neto
Cidade Alta 271 casas 00-03 salários
Outubro/2011
Residencial Pioneiro Honorato Vechi
Cidade Alta 41 casas 00-03 salários
Outubro/2011
312
OBRAS A LICITAR – TERRENOS DE PROPRIEDADE DO MUNICÍPIO:
Jardim Santa Rosa Quadra 109 9 casas 00-03 salários
A licitar
Jardim Licce Jardim Lice 1 casa 00-03 salários
A licitar
Jardim dos Pássaros Quadra 80 20 casas 00-03 salários
A licitar
Jardim Botanico
Quadra 214 5 casas 00-03 salários
A licitar
Jardim Atlanta
Quadras 369/377 20 casas 00-03 salários
A licitar
Jardim Diamante Quadras 20/30 57 casas 00-03 salários
A licitar
Parque Residencial Patrícia
Jd. Patrícia 2 casas 00-03 salários
A licitar
Jardim Copacabana Gl. Rib.Morangueiro 5 casas 00-03 salários
A licitar
Jardim Douradaos Quadra 93 13 casas 00-03 salários
A licitar
Jardim Pinheiros III Quadra 425 5 casas 00-03 salários
A licitar
Conjunto Lea Leal Quadra 93 7 casas 00-03 salários
A licitar
Jardim Kakogawa Quadra 176 3 casas 00-03 salários
A licitar
Jardim Madrid
Quadras 82/139 9 casas 00-03 salários
A licitar
Atenas II
Quadras 112/150 18 Casas 00-03 salários
A licitar
Paris VI
Quadras 110-A/111-A 10 Casas 00-03 salários
A licitar
184
TOTAL DE UNIDADES RESIDENCIAIS - SEHAB 2961
21
3. IDENTIFICAÇÃO DAS TERRAS PASSÍVEIS DE SEREM
DESTINADAS PARA HABITAÇÃO DE INTERESSE
SOCIAL.
22
3. IDENTIFICAÇÃO DA QUANTIDADE E LOCALIZAÇÃO DAS TERRAS PASSÍVEIS DE SEREM DESTINADAS PARA HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL.
Apesar do número expressivo de loteamentos aprovados, o município ainda possui
áreas com uma ocupação dispersa que poderão ser adensadas. Para efeito do PLHIS,
considerou- se a existência de lotes vagos nos loteamentos aprovados, apesar de que, em
muitos casos, o valor da terra não permita a sua utilização para habitação de interesse social.
Para identificar as áreas passíveis de serem destinadas à habitação de interesse social,
foi utilizada a seguinte metodologia, baseada nas informações do Plano Diretor:
1. Identificou-se na lei de uso do solo quais seriam as zonas aptas para receberem
habitação de interesse social (HIS). Foram selecionadas a ZR2 e a ZR3, tendo em vista os
parâmetros urbanísticos dessas zonas. Cabe explicar que as ZEIS poderiam ser criadas em
qualquer região da cidade. Mas buscou-se compatibilizar esse critério com o valor do metro
quadrado do solo de cada região, evitando-se áreas passíveis de verticalização, onde o custo
da terra é mais alto. (Mapa nº13 – Zoneamento do Uso e Ocupação do Solo).
2. Foram sobrepostas as informações sobre as declividades da Área Urbana (Mapa nº
3); a identificação das Áreas de Preservação Permanente – APPs; e a Zona de Proteção
Ambiental, gerando as restrições ambientais apresentadas no Mapa nº 20 - Aptidões e
Restrições. O cruzamento dessas restrições com as zonas selecionadas no item 1 permitiu
identificar as áreas aptas para implementação de ZEIS.
3. Na sequência, as informações do Mapa nº 20 foram sobrepostas às do Mapa nº19 –
Vazios Urbanos, resultando no Mapa nº 21 – Vazios Urbanos Classificados, que destaca as
áreas passíveis tanto do ponto de vista do zoneamento quanto das aptidões ambientais, para a
implantação de HIS.
4. Por último, o Mapa nº 21 – Vazios Urbanos Classificados foi sobreposto ao Mapa nº
07 – Renda Média segundo Setores Censitários, que identifica as áreas onde se concentram as
famílias nas faixas de renda até 5 s.m., resultando no Mapa nº 22 onde estão indicados os
vazios urbanos que têm potencial para receber HIS. O Mapa nº 23 apresenta o cruzamento do
Mapa nº 21 com o Mapa nº 16 – Valor da terra (esse valor foi calculado a partir do preço
médio de imóveis em anúncios de venda na internet) segundo zonas urbanas.
23
5. Foram calculadas as áreas dos vazios urbanos aptos a receberem HIS, conforme
tabela abaixo:
Tabela 17 – VAZIOS URBANOS APTOS A RECEBEREM EMPREENDIMENTOS DE HIS
Vazios Urbanos - Maringá
Classe Área (m²) Área (ha) % da Área Total dos Vazios Urbanos
Áreas com restrição ambiental e quanto ao Zoneamento
4.263.546 426,35 6,3%
Áreas com restrição ambiental 6.187.358 618,74 9,2%
Áreas com restrição quanto ao Zoneamento
11.827.811 1.182,78 17,6%
Áreas aptas - ZR2 43.605.717 4.360,57 64,8%
Áreas aptas - ZR3 1.388.116 138,81 2,1%
Total 67.272.548 6.727,25 100,0%
As áreas aptas (ZR2 e ZR3) somam 44.993.833,00 m². Levando-se em conta a
necessidade de abertura de ruas, doação à prefeitura, no caso de novos loteamentos,
considerou-se como área líquida passível de ser loteada, 65% do total, que resultou em
29.245.991,22 m².
Considerando ainda, o lote mínimo de 300,00 m², nesses vazios urbanos será
possível a produção de aproximadamente 97.487 lotes.
Do ponto de vista da demanda, segundo o Cadastro da Secretaria Extraordinária da
Habitação, em 2010 seria necessária a construção de 16.600 unidades para a população com
renda mensal entre 0 a 5 s.m., quantidade esta passível de ser absorvida dentro do perímetro
urbano, nos vazios urbanos existentes, através do número de lotes possíveis de serem criados
Nesse total já estão incluídos os distritos de Floriano e Iguatemi, mas as tabelas 19 e
20, abaixo apresentam a situação dos dois em detalhe, onde se percebe que Iguatemi dispõe
de áreas aptas para a consolidação de sua urbanização em maior volume que Floriano:
24
Tabela 18 – VAZIOS URBANOS FLORIANO
Vazios Urbanos - Floriano
Classe Área (m²) Área (ha) %
Áreas com restrição ambiental e quanto ao Zoneamento 0 0,00 0,0%
Áreas com restrição ambiental 179.900 17,97 56,3%
Áreas com restrição quanto ao Zoneamento 0 0,00 0,0%
Áreas aptas - ZR2 139.476 13,95 43,7%
Áreas aptas - ZR3 0 0,00 0,0%
Total 319.376 31,92 100,0%
Tabela 19 - – VAZIOS URBANOS IGUATEMI Vazios Urbanos - Iguatemi
Classe Área (m²) Área (ha) %
Áreas com restrição ambiental e quanto ao Zoneamento
0 0,00 0,0%
Áreas com restrição ambiental 622.492 62,26 25,9%
Áreas com restrição quanto ao Zoneamento
16.831 1,69 0,7%
Áreas aptas - ZR2 1.763.139 176,29 73,4%
Áreas aptas - ZR3 0 0,00 0,0%
Total 2.402.462 240,24 100,0%
FONTE: TABULAÇÃO RZS A PARTIR DE DADOS DO GEOPROCESSAMENTO DA PMM
25
4. PRINCÍPIOS, DIRETRIZES E OBJETIVOS DO PLHIS
MARINGÁ.
26
4. PRINCÍPIOS, DIRETRIZES E OBJETIVOS DO PLHIS MARINGÁ
O Plano Municipal de Habitação de Interesse Social de Maringá objetiva constituir um
marco de referência para a política habitacional do município, estabelecendo princípios,
objetivos e diretrizes.
4.1. Princípios
O Plano Municipal de Habitação de Interesse Social de Maringá tem como
fundamentos os seguintes princípios:
1. Da função social da cidade e propriedade, conforme Art. 182 da Constituição Federal
de 1988, regulamentado pelo Estatuto da Cidade Lei 10.257/2001 e pela Lei Federal
11.124/05, bem como pelo Plano Diretor de Maringá. A função social da cidade é
entendida como o direito à terra urbanizada, à moradia, ao saneamento ambiental, à
infra-estrutura e serviços públicos, à mobilidade urbana e acessibilidade, ao trabalho, à
cultura e ao lazer, à preservação e conservação do meio ambiente - assegurando a
recuperação e proteção dos ecossistemas e recursos ambientais existentes e
garantindo a todos os habitantes um meio ambiente ecologicamente equilibrado, ao
respeito, à proteção e preservação dos principais marcos da paisagem urbana, da
cultura e da memória social, bem como à promoção da justiça social - mediante ações
que visem a erradicação da pobreza e da exclusão social, da redução das desigualdades
sociais e da segregação sócio-espacial.
2. Da moradia digna, como direito universal e fator de inclusão social, afirmado no
Tratado dos Direitos Econômicos e Sociais da Organização das Nações Unidas, ratificado
pelo Brasil em 1992 e incluído na Constituição Federal em 2000, compreendida como
aquela localizada em terra urbanizada, com acesso a todos os serviços públicos
essenciais por parte da população que deve estar abrangida em programas geradores
de trabalho e renda, bem como aquela que garante ao morador a segurança na posse e
como tal deve ser reconhecida, protegida e efetivada por meio de políticas públicas
específicas;
3. Da sustentabilidade, entendida como aquela que contempla de forma integrada,
harmoniosa e equilibrada, a economia, o meio ambiente, a justiça social, a diversidade
27
cultural e a democracia política e institucional, visando garantir a qualidade de vida
para as presentes e futuras gerações.
4. Da defesa da dignidade da pessoa humana, com valorização e respeito à vida e à
cidadania, reconhecendo e assegurando atendimento humanizado a todas as pessoas,
com respeito às diversas identidades religiosas, culturais, étnico-raciais, geracionais, de
gênero, de orientação sexual e as das pessoas com deficiência;
5. Da gestão democrática e participativa da política habitacional, incorporando a
participação dos diferentes segmentos da sociedade em sua formulação,
implementação, execução, acompanhamento e monitoramento, bem como garantindo
a descentralização, o controle social e a transparência dos procedimentos decisórios;
6. Da compatibilidade e integração com as políticas habitacionais no nível federal e
estadual e seus planos – Plano Nacional de Habitação e Plano Estadual de Habitação,
estruturadores de uma nova concepção de política habitacional integrando as
diferentes esferas de governo;
7. Da intersetorialidade, transversalidade e integração sistêmica com as políticas
setoriais do município, em particular: da Promoção Social, da Promoção Econômica, da
Qualificação do Ambiente Natural, da Qualificação do Ambiente Construído, da
Estruturação e Ordenamento Territorial, bem como da Mobilidade e Acessibilidade;
8. Da co-responsabilidade pelo atendimento às demandas habitacionais entre as esferas
de governo municipal, estadual e federal, bem como demais segmentos e atores
sociais intervenientes no setor.
4.2. Objetivos Gerais
O Plano Local de Habitação de Interesse Social de Maringá tem como objetivo garantir
o atendimento às necessidades habitacionais do conjunto da população, considerando as
características diferenciadas da demanda e atuando de forma diferenciada segundo
segmentos de renda da população, tendo como prioridade o atendimento à população de
menor renda.
4.2.1. Objetivos Específicos referentes à Urbanização e Produção da Habitação de Interesse Social
I. Reverter o processo de segregação sócio-espacial, por intermédio da oferta de
áreas, do incentivo e indução à produção habitacional dirigida aos segmentos
28
sociais de menor renda, inclusive em áreas centrais, bem como pela urbanização e
regularização dos assentamentos precários ocupados por população de baixa
renda.
II. Incentivar o aproveitamento de áreas dotadas de infra-estrutura não utilizadas ou
subutilizadas, inseridas na malha urbana.
III. Priorizar a utilização de terrenos de propriedade do Poder Público para a
implantação de projetos habitacionais de interesse social.
IV. Promover a melhoria de condições de habitabilidade das famílias que residentes
em locais inadequados para a moradia.
4.2.2. Objetivos Específicos referentes à Qualidade e Produtividade da Produção Habitacional
I. Garantir a diversidade de soluções e a adequação tecnológica dos projetos,
construção e manutenção dos empreendimentos habitacionais aos
condicionantes do meio físico, visando melhoria da qualidade ambiental e
paisagística dos empreendimentos habitacionais de interesse social.
II. Estimular a produção de habitação de interesse social por demais agentes da
produção habitacional, tais como a iniciativa privada, as associações e
cooperativas populares de produção de moradias.
III. Ampliar a produtividade e melhorar a qualidade na produção habitacional.
4.2.3. Objetivos Específicos referentes ao Desenvolvimento Sócio Ambiental das
Áreas destinadas à Habitação de Interesse Social
I. Garantir a participação dos agentes sociais nas diversas instâncias de participação,
como as Conferências Municipais de Habitação: população moradora,
movimentos que lutam por moradia, universidades, organizações não
governamentais, setores imobiliários e empresariais entre outros, na elaboração e
definição das ações e prioridades da política habitacional.
II. Estimular a assessoria jurídica e técnica de engenharia, de arquitetura e social
para indivíduos, entidades, grupos comunitários e movimentos na área de
habitação de interesse social.
III. Priorizar o atendimento a grupos, famílias e pessoas com maior fragilidade social,
obedecendo aos mecanismos de cotas a deficientes físicos e idosos.
29
IV. Priorizar demandas apresentadas por movimentos sociais, associações e grupos
representativos dos segmentos da população.
4.2.4. Objetivos Específicos referentes ao Desenvolvimento Institucional
Estimular a cooperação com os municípios lindeiros na formulação de programas
habitacionais e de desenvolvimento de ações integradas em áreas de interesse regional.
Priorizar programas e projetos habitacionais para famílias de baixa renda,
articulados no âmbito federal, estadual e municipal.
Definir e adotar mecanismos de subsídios financeiros para famílias de baixa
renda, concedidos com a finalidade de complementar sua capacidade de pagamento
para o acesso à moradia.
Utilizar a PLHIS como principal instrumento de tomada de decisão nas
questões
Adotar mecanismos de acompanhamento e avaliação e indicadores de impacto
social das políticas, planos e programas.
Incentivar a implementação de mecanismos permanentes de assistência técnica, jurídica e
social aos programas e ações de habitação de interesse social.
4.3. Diretrizes
Para o pleno atendimento dos objetivos, o Plano Local de Habitação de Interesse Social de Maringá estabelece como diretrizes:
4.3.1. Diretrizes para a Urbanização e Produção da Habitação de Interesse Social
1. Articular a política habitacional com as diretrizes estabelecidas no Plano Diretor do
Município de Maringá e com a legislação urbanística dele decorrente.
2. Utilizar os instrumentos urbanísticos do Estatuto da Cidade que viabilizem a obtenção
de imóveis em área urbanizadas e bem localizadas para a produção de habitação de
interesse social pelos setores público, privado e associativo.
3. Consolidar a política fundiária por meio dos instrumentos urbanísticos previstos no
Estatuto da Cidade, de Habitação de Interesse Social e demarcação de Zonas Especiais
de Interesse Social.
4. Integrar as ações em habitação com as demais ações de políticas urbanas, sociais e
ambientais, incluindo o acesso à equipamentos sociais e de infraestrutura urbana,
30
condições adequadas de mobilidade urbana e a proteção dos recursos naturais e da
paisagem.
5. Implementar programas habitacionais alternativas como o aluguel social, o leasing, a
auto-gestão e o consórcio, incrementando o comércio e o aproveitamento de imóveis
usados ou vazios.
4.3.2. Diretrizes para a Qualidade e Produtividade da Produção Habitacional
1. Estimular a modernização e a criação de um ambiente tecnológico e de gestão que
oriente as ações dos agentes da cadeia produtiva do setor habitacional.
2. Estimular a assessoria jurídica e técnica de engenharia, de arquitetura e social para
indivíduos, entidades, grupos comunitários e movimentos na área de habitação de
interesse social e o intercâmbio entre as experiências.
3. Estimular a autogestão na produção de moradias, articulando esforços na direção da
aplicação de padrões mínimos de conforto ambiental, na redução do desperdício e da
capacitação profissional para a execução e gestão de obras.
4.3.3. Diretrizes para o Desenvolvimento Sócio Ambiental das Áreas destinadas
à Habitação de Interesse Social
1. Viabilizar o melhor aproveitamento da infraestrutura instalada e das edificações
existentes bem como a produção de novas unidades habitacionais, particularmente
em terrenos vazios ou subutilizados, de forma a reverter a tendência de expulsão da
população de baixa renda para áreas da cidade menos dotadas de infra-estrutura e de
proteção ambiental.
2. Atuar na contenção de ocupações por assentamentos habitacionais nas áreas
inadequadas para essa finalidade, em especial as áreas de preservação ambiental,
áreas de risco, áreas contaminadas e áreas de bens de uso comum do povo.
3. Promover programas de ação social pós-ocupação, visando a melhor inserção da
população de baixa renda nos conjuntos habitacionais e no espaço urbano
consolidado.
4. Garantir o enfoque do gênero, das pessoas com necessidades especiais e dos idosos na
elaboração dos programas habitacionais.
31
4.3.4. Diretrizes para o Desenvolvimento Institucional
1. Implementar sistema de monitoramento e avaliação dos programas e ações da Política
Municipal de Habitação, de forma sistemática e participativa, democratizando as
informações sobre as ações públicas desde a sua concepção até os resultados de sua
implantação e garantindo o seu controle social.
2. Aprimorar e ampliar a captação de recursos junto a outras esferas de governo, agentes
financeiros e instituições internacionais para os programas de habitação de interesse
social.
3. Aprimorar os mecanismos e práticas de planejamento e gestão, de modernização
organizacional, de capacitação técnica de agentes públicos e privados e da atualização
dos marcos legais.
32
Diretrizes quanto à a Urbanização e Produção da
Habitação de Interesse Social
1. Articular a política habitacional com as diretrizes estabelecidas no Plano
Diretor do Município de Maringá e com a legislação urbanística dele decorrente
2. Utilizar os instrumentos urbanísticos do Estatuto da Cidade que viabilizem a
obtenção de imóveis em área urbanizadas e bem localizadas para a produção de habitação de interesse
social pelos setores público, privado e associativo.
3. Consolidar a política fundiária por meio dos instrumentos urbanísticos previstos no Estatuto da Cidade, de
Habitação de Interesse Social e demarcação de Zonas Especiais de
Interesse Social
4. Integrar as ações em habitação com as demais ações de políticas urbanas,
sociais e ambientais, incluindo o acesso à equipamentos sociais e de infra-
estrutura urbana, condições adequadas de mobilidade urbana e a proteção dos
recursos naturais e da paisagem
Diretrizes quanto à Qualidade e Produtividade da Produção Habitacional
1. Estimular a modernização e a criação de um ambiente tecnológico e de gestão que oriente as ações dos agentes da cadeia produtiva do
setor habitacional;
2. Estimular a assessoria jurídica e técnica de engenharia, de arquitetura e
social para indivíduos, entidades, grupos comunitários e movimentos na área de habitação de interesse social e
o intercâmbio entre as experiências
3. Estimular a autogestão na produção de moradias, articulando esforços na
direção da aplicação de padrões mínimos de conforto ambiental, na
redução do desperdício e da capacitação profissional para a
execução e gestão de obras
Diretrizes quanto ao Desenvolvimento Sócio Ambiental
das Áreas Destinadas à Habitação de Interess e Social
1. Viabilizar o melhor aproveitamento da infraestrutura instalada e das
edificações existentes bem como a produção de novas unidades
habitacionais, particularmente em terrenos vazios ou subutilizados, de
forma a reverter a tendência de expulsão da população de baixa renda para áreas da cidade menos dotadas de infra-estrutura, áreas de risco e de
proteção ambiental
2. Garantir o enfoque do gênero, das pessoas com necessidades especiais e
dos idosos na elaboração dos programas habitacionais
3. Promover programas de ação social pós-ocupação, visando a melhor
inserção da população de baixa renda nos conjuntos habitacionais e no espaço
urbano consolidado
4. Atuar na contenção de ocupações por assentamentos habitacionais nas áreas inadequadas para essa finalidade, em
especial as áreas de preservação ambiental, áreas de risco, áreas contaminadas e áreas
de bens de uso comum do povo
Diretrizes quanto ao Desenvolvimento
Institucional
1. Aprimorar e ampliar a captação de recursos junto a outras esferas de
governo, agentes financeiros e instituições internacionais para os
programas de habitação de interesse social
2. Implementar sistema de monitoramento e avaliação dos programas e ações da Política
Municipal de Habitação, de forma sistemática e participativa,
democratizando as informações sobre as ações públicas desde a sua concepção até os resultados de sua
implantação e garantindo o seu controle social
3. Aprimorar os mecanismos e práticas de planejamento e gestão, de modernização
organizacional, de capacitação técnica de agentes públicos e privados e da atualização dos
marcos legais
33
5. ESTRATÉGIAS DE AÇÃO.
34
5. ESTRATÉGIAS DE AÇÃO
Na perspectiva de alcançar até 2021 os objetivos estabelecidos neste Plano, é
fundamental a definição e execução de estratégias de ação que se baseiem nas diretrizes
definidas como estruturadoras do PLHIS Maringá. É importante ainda considerar que:
não é possível equacionar o problema de moradia atual e futura se forem
mantidos os atuais níveis de investimentos;
que o Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social aportará recursos
financeiros importantes para o Fundo Municipal de habitação;
que as ações na busca da erradicação do déficit serão regidas conjuntamente
pelas três esferas de governo, passando a implementar políticas, programa e
projetos habitacionais de maneira articulada.
Nesse sentido, as estratégias da política habitacional são o resultado da articulação das
diretrizes estabelecidas, transformado em linhas programáticas, que derivam nos programas e
projetos.
Figura 1 – ESTRUTURAÇÃO DO PLHIS MARINGÁ
PRINCÍPIOS DA PLHIS MARINGÁ
OBJETIVOS
DIRETRIZES
LINHAS PROGRAMÁTICAS
PROGRAMAS E AÇÕES
35
5.1. LINHAS PROGRAMÁTICAS E PROGRAMAS
Para fazer frente às necessidades habitacionais foram estabelecidos objetivos,
diretrizes, que resultaram em estratégias que estão apresentadas na forma de linhas
programáticas que deverão ser desenvolvidas pela Prefeitura Municipal para garantir a
implementação do Plano Local de Habitação de Interesse Social de Maringá. Estas linhas estão
referenciadas nas diretrizes para que o plano cumpra seus objetivos e, portanto, possa ser
instituído, por meio de regras específicas junto ao Fundo Municipal de Habitação.
Diante deste desenho, é possível vincular as linhas de financiamento municipais com
os programas e linhas das esferas estaduais e federais. As orientações para a utilização dos
recursos passam pela combinação de regras tanto municipais, no âmbito da regulamentação
do Fundo Municipal de Habitação, como também pela verificação e aplicação das regras destes
programas estruturados nas demais esferas.
Para estimar os custos das linhas programáticas foram utilizados como referência os
custos médios das obras fornecidos pela Secretaria Extraordinária da Habitação, conforme a
Tabela nº 18.
Tabela 20 – CUSTOS MÉDIOS PARA A CONSTRUÇÃO DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL SEGUNDO CATEGORIAS
Discriminação Custo (R$ 1,00)/U.H.
URBANIZAÇÃO SIMPLES
Topografia 54,35
Pavimentação Primária 1.440,00
Rede de Esgoto 1.442,31
Rede de Água 801,28
Rede de Energia Elétrica 380,00
Iluminação Pública 95,35
Arborização 48,00
Total Urbanização Simples 4.261,29
URBANIZAÇÃO COMPLEXA
Topografia 54,35
Pavimentação Primária 11.081,00
Rede de Esgoto 1.442,31
Rede de Água 801,28
Rede de Energia Elétrica 308,00
Iluminação Pública 95,35
36
Arborização 48,00
Galeria de Águas Pluviais 3.521,62
Passeios e Calçadas 512,00
Recuperação de Área Degradada 600,00
Total Urbanização Complexa 18.535,91
REMANEJAMENTO
Desfavelamento
(remoção de casa, cerca e muros) 3100,00
Residência Alvenaria
(Projeto Padrão COHAPAR CF 40) 32.236,52
Recuperação de Área Degradada 600,00
Total Remanejamento 35.516,52
REASSENTAMENTO
Desfavelamento
(remoção de casa, cerca e muros) 3.100,00
Lote Urbanizado (PMCMV) 43.535,91
Residência Alvenaria
(Projeto Padrão COHAPAR CF 40) 32.236,56
Recuperação de Área Degradada 600,00
Total Reassentamento 79.472,43
REGULARIZAÇÃO
Regularização Fundiária 451,13
Total Regularização 451,13
MELHORIA HABITACIONAL
Melhoria Habitacional 7.000,00
Total Melhoria Habitacional 7.000,00
PRODUÇÃO DE NOVAS MORADIAS
Lote Urbanizado 43.535,91
Residência Alvenaria
(Projeto Padrão COHAPAR CF 40) 32.236,52
Total Produção de Novas Moradias 75.772,43
LOTES
Lote Padrão 12 x 25m – 300m² 25.000,00
Custo de Urbanização Simples 4.261,29
Total Lotes Urbanizados 29.261,29
FONTE: SECRETARIA EXTRAORDINÁRIA DE HABITAÇÃO, 2010.
37
5.1. Linhas Programáticas e Programas
Abaixo estão apresentadas as linhas programáticas e os programas de atendimento
com as estimativas de custo por programa:
5.1.1. LINHA PROGRAMÁTICA 1
LP 1 – URBANIZAÇÃO E PRODUÇÃO DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL
Esta linha programática tem como objetivo a elaboração de programas voltados para a
produção de novas unidades habitacionais e de lotes urbanizados, assim como dotar de
infraestrutura as áreas caracterizadas como assentamentos precários, onde apesar da
regularidade fundiária, não apresentam condições urbanísticas adequadas. As ações
decorrentes desta linha terão como eixos condutores os instrumentos urbanísticos do Estatuto
da Cidade e do Plano Diretor Municipal.
5.1.1.1. Programas referentes à LP1
I. P1A- Integração Urbana de Assentamentos Precários
Tem como objetivo o atendimento das necessidades existentes no universo dos
assentamentos precários que apesar de possuírem a regularidade fundiária de suas áreas, não
apresentam condições urbanísticas adequadas, com carência de infraestrutura e
equipamentos urbanos, compreendendo a pavimentação do sistema viário, implantação de
infra-estrutura de saneamento básico, execução de obras de consolidação geotécnica,
construção (quando necessária) de equipamentos sociais.
Devido ao panorama previamente apresentado no documento, observa-se que a
prefeitura municipal já possui projetos concretos para a implantação de infraestrutura de
abastecimento de água e esgotamento sanitário na área urbana, tendo como previsão a
supressão do respectivo déficit até 2012. Assim, a priorização se deu pela compatibilização à
meta do poder público municipal, identificando-se a manutenção de inexpressivo déficit
remanescente nos anos subseqüentes a 2012, para os quais também é previsto o
atendimento.
38
Tabela 21 – ESTIMATIVA DE CUSTOS PARA O ATENDIMENTO DO DÉFICIT QUALITATIVO – CARÊNCIA DE INFRAESTRUTURA
PRIORIDADE Nº DE
DOMICÍLIOS CUSTO
UNITÁRIO CUSTO TOTAL
2010/2013 4.471 16.604,93 74.240.642,03
2013/2017 26 16.604,93 431.728,18
2017/2021 28 16.604,93 464.938,04
2021/2024 30 16.604,93 498.147,90
TOTAL 4.561 - 75.635.456,15 FONTE: RZS Consultoria e Planejamento.
CUSTO ESTIMADO: R$ 75.635.456,15. (Foram considerados os custos utilizados pela
Secretaria Extraordinária de Habitação para Urbanização Complexa, constantes na Tabela
nº10. desconsiderando-se os valores relativos à rede de água, rede de energia elétrica,
iluminação pública e recuperação de área degradada. Vale considerar que esses número são
estimativos uma vez que quando forem executadas as obras, serão detalhados todos os
itens
Paralelamente ao atendimento do déficit qualitativo mencionado, o Plano de
Habitação de Interesse Social de Maringá buscou analisar as áreas urbanas do município, com
vistas ao estabelecimento de critérios de priorização para futuros investimentos, sobretudo de
equipamentos urbanos.
Para a priorização dos investimentos, foi utilizada a metodologia de pontuação das
áreas em função das suas características. As variáveis adotadas foram a densidade
populacional por Setor Censitário do IBGE e a renda média da população por Setor
Censitário. Foi criado um coeficiente de correlação entre as duas variáveis, de forma que,
quanto maior a densidade e menor a renda, maior a necessidade de intervenção pelo poder
público municipal.
O resultado pode variar entre 0 e 5, sendo que as regiões prioritárias correspondem às
áreas de alta densidade e população de baixa renda, onde a pontuação se aproxima de 5. O
recorte territorial adotado desconsiderou os Setores Censitários com renda média acima de 5
s.m, tendo em vista o objeto do PLHIS.
Observou-se que o indicador variou de 1 a 4 pontos, não atingindo os valores extremos
de pontuação. Deste modo, adotou-se para construção do critério de priorização de
implantação de infraestrutura, a pontuação entre 0 a 4, onde:
1 a 2 – Prioridade baixa;
2 a 3 – Prioridade média;
39
3 a 4 – Prioridade elevada.
Tabela 22 – RELAÇÃO ENTRE RENDA MÉDIA E DENSIDADE POR SETOR CENSITÁRIO NOS SETORES CENSITÁRIOS COM RENDA ENTRE 0 E 5 S.M.
Renda Densidade Prioridade Classificação
0 a 1 s.m. 0 a 50 hab/ha +4 Prioridade elevada.
0 a 1 s.m. 50 a 100 hab/ha +5 Não registrado para o caso de Maringá
0 a 1 s.m. 100 a 150 hab/ha +5 Não registrado para o caso de Maringá
1 a 3 s.m. 0 a 50 hab/ha +3 Prioridade média.
1 a 3 s.m. 50 a 100 hab/ha +3 Prioridade média.
1 a 3 s.m. 100 a 150 hab/ha +4 Prioridade elevada.
3 a 5 s.m. 0 a 50 hab/ha +1 Prioridade baixa.
3 a 5 s.m. 50 a 100 hab/ha +2 Prioridade média.
3 a 5 s.m. 100 a 150 hab/ha +2 Prioridade média.
O Mapa nº 24 apresenta as correlações existentes conforme os dados por setores
censitários. A aplicação da classificação de prioridade nesta correlação resulta no Mapa nº 25,
organizado por Setores Censitários. A análise dos resultados dentro do recorte territorial das
Zonas urbanas permite concluir que nenhuma zona apresenta percentual representativo de
sua área com grau de prioridade elevado. Contudo, são observadas áreas de alta prioridade
inseridas nas Zonas 25, 36 e 43. As Zonas 21, 22, 25, 30, 31, 37, 38, 39, 46 e 47 apresentam
predominantemente um panorama de nível mediano de prioridade e as demais se apresentam
com nível baixo de prioridade em relação aos futuros investimentos em infraestrutura e
equipamentos urbanos.
Reiterando o exposto anteriormente, a aplicação desta metodologia procurou
desenvolver uma metodologia de priorização nas áreas urbanas de Maringá, dotando o poder
público de instrumentos de orientação para a elaboração de políticas públicas e projetos
envolvendo investimentos em infraestrutura e equipamentos públicos. Sua atualização a partir
da disponibilização dos dados completos por setores censitários do Censo Demográfico de
2010 permite ainda a atualização dos dados, estabelecendo assim um mecanismo de consulta
e apoio ao planejamento urbano e de política habitacional.
40
Tabela 23 - P1A - PROGRAMA PARA INTEGRAÇÃO URBANÍSTICA DE ASSENTAMENTOS PRECÁRIOS.
Objetivos Específicos Promover a integração urbanística de assentamentos
precários.
Participantes
Agente Promotor Município
Agente Financeiro FNHIS, Caixa Econômica Federal, Fundo Municipal de
Habitação
Demais Participantes Secretaria de Meio Ambiente, Secretaria de Assistência Social.
Modalidade de atendimento Urbanização Complexa nos assentamentos precários.
Beneficiário
Final
Renda De zero a cinco salários mínimos.
Situação Locacional 4.561 assentamentos em área urbana.
Requisitos Características do
Empreendimento Assentamentos precários em área urbana.
Fontes de Recurso / Subsídios Fundo Municipal / Fundo Estadual / FNHIS
Indicadores de avaliação Percentual de melhoria das condições urbanas.
Grau de satisfação das famílias com as mudanças ocorridas.
Horizonte Temporal 2021
Orçamento Global R$ 75.635.456,15
II. P1B - Programa para Implantação de Núcleos Comunitários Rurais
A área rural de Maringá sofreu um esvaziamento a partir da década de sessenta, como
mostra o Gráfico nº 1 e a sua população representa 1,62% da população total do município.
Muitos dos moradores da zona rural trabalham em parceria com os proprietários da terra e
não dispõem de moradia própria, ficando dependentes do emprego e na aposentadoria, têm
dificuldades financeiras para a aquisição de uma moradia. Também os trabalhadores rurais
volantes são outro público demandante de habitação, que normalmente não aparece nas
estatísticas oficiais do déficit habitacional. Porém, a necessária manutenção da população na
área rural depende das condições de vida que ela consegue ter ali.
41
GRÁFICO 1– EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO MARINGÁ 1960/2007
*2009(estimativa IBGE)
FONTE: PMM/ IBGE 2000
A proposta consiste em criar um núcleo rural piloto de 100 unidades, que passará à
categoria de urbanização especial, para efeito de registro de imóveis. Com lotes variando
entre 5 e 10 ha, destina-se à população rural, que com o apoio da Emater poderá produzir de
forma cooperada, comercializando a produção excedente e gerando uma renda alternativa
para a família. Considerando que a população rural é pequena no município, esse projeto
piloto pode ser implantado próximo ao perímetro urbano de Floriano, que concentra 27,9%
da população rural de Maringá, permitindo manter uma proximidade da área urbana do
distrito para o atendimento das necessidades da população quanto aos serviços públicos de
saúde, educação e assistência social.
0
50.000
100.000
150.000
200.000
250.000
300.000
350.000
400.000
Po
pu
laçã
o
Anos
População Total
População Urbana
População Rural
42
Figura 2 – PROPOSTA DE LOCALIZAÇÃO DO NÚCLEO COMUNITÁRIO RURAL
Fonte: Plano Diretor de Maringá. Disponível em www.maringa.pr.gov.br/ Acessado em 23/11/2010.
Tabela 24 – POPULAÇÃO URBANA E RURAL DOS DISTRITOS FLORIANO E IGUATEMI, 2000.
DISTRITO POPULAÇÃO
TOTAL POPULAÇÃO
URBANA POPULAÇÃO
RURAL % POP. URB/ POP.TOTAL
Floriano. 1.732 429 1.303 24,8
Zona 34. 429 429 -
Iguatemi. 5.955 5.767 188 96,8
Zona 33. 5.767 5.767
FONTE: CENSO 2000, IBGE.
43
A proposta representa a garantia da permanência da população nesses locais. A Lei
Federal nº 11.977/2009, na Seção 3 do Capítulo I, apresenta a regulamentação dos possíveis
recursos para financiamento da habitação rural.
Seção III Do Programa Nacional de Habitação Rural – PNHR
Art. 11. O Programa Nacional de Habitação Rural - PNHR tem como finalidade subsidiar a produção de moradia aos agricultores familiares, definidos nos termos do art. 3º da Lei nº 11.326, de 24 de julho de 2006, e trabalhadores rurais. (Redação dada pela Lei nº 12.249, de 11 de junho de 2010) (Vide Lei nº 12.249/2010, art. 139, inc I, d)
Parágrafo único. A assistência técnica deve fazer parte da composição de custos do PNHR.
Art.12. Fica a União autorizada a conceder subvenção econômica no âmbito do PNHR até o montante de R$ 500.000.000,00 (quinhentos milhões de reais).
Parágrafo único. Enquanto não efetivado o aporte de recursos de que trata o caput, caso o agente operador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS tenha suportado ou venha a suportar, com recursos das disponibilidades atuais do referido fundo, a parcela da subvenção econômica de que trata o caput, terá direito ao ressarcimento das quantias desembolsadas, devidamente atualizadas pela taxa Selic.
Art. 13. A subvenção econômica de que trata o art. 12 será concedida somente no ato da contratação da operação de financiamento, com o objetivo de:
I - facilitar a produção do imóvel residencial; (Redação dada pela Lei nº 12.249, de 11 de junho de 2010) (Vide Lei nº 12.249/2010, art. 139, inc I, d)
II – complementar o valor necessário a assegurar o equilíbrio econômico-financeiro das operações de financiamento realizadas pelos agentes financeiros; ou
III – complementar a remuneração do agente financeiro, nos casos em que o subsídio não esteja vinculado a financiamento
CUSTO ESTIMADO: R$ 7.577.243,00. Construção de 100 unidades (Produção de novas
moradias = R$ 75.772,43/ U.H). Ressalta-se que foi considerado como referência o valor da
moradia em área urbana da Tabela nº 10, apesar da dimensão do lote ser maior, uma vez que
valor da terra por m² na área rural é bem menor, compensando dessa forma a diferença.
44
Tabela 25 - P1B - PROGRAMA PARA IMPLANTAÇÃO DE NÚCLEOS COMUNITÁRIOS RURAIS.
Objetivos Específicos Atender a demanda por moradia gerada nas áreas rurais,
com vistas à manutenção da população na área rural.
Participantes
Agente Promotor Secretaria Extraordinária de Habitação
Agente Financeiro Caixa Econômica Federal, Fundo Municipal de Habitação
Demais Participantes
Secretaria de Meio Ambiente e Agricultura, Secretaria de Assistência Social e Cidadania, Secretaria do Estado da Agricultura e Abastecimento - SEAB e Empresa Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural – Emater
Modalidade de atendimento Urbanização Complexa nos assentamentos precários.
Beneficiário
Final
Renda De zero a três salários mínimos.
Situação Locacional Zona Rural do Município.
Requisitos Características do
Empreendimento
Implantação do Núcleo Comunitário Rural composto de 100
lotes com área variando entre 5.000 e 10.000 m², limítrofe ao
perímetro urbano do Distrito de Floriano. Esses lotes passam a
categoria de urbanização especial. As atividades serão
desenvolvidas com o apoio da Emater e da Secretaria de Meio
Ambiente e Agricultura.
Fontes de Recurso / Subsídios FNHIS, Fundo Municipal
Indicadores de avaliação
Percentual de manutenção das famílias na área rural, de forma
produtiva.
Grau de satisfação das famílias com as mudanças ocorridas.
Horizonte Temporal 2021
Orçamento Global R$ 7.577.243,00
45
III. P1C – Programa para Promoção Pública e Privada de Loteamentos Urbanos
Este programa tem por objetivo promover a implantação de loteamentos públicos e
privados de forma a atender a demanda demográfica futura. Até 2021, é necessária a
construção de 16.617 unidades habitacionais até 2021, conforme mostra a Tabela 8 deste
documento.
Poderão ser utilizados para isso os diversos vazios urbanos existentes na cidade, (Ver
mapa nº 23) favorecendo a densificação urbana e garantindo uma infraestrutura mínima para
os novos moradores.
Desse modo, o programa se divide em dois subprogramas:
SUBPROGRAMA 1 - ATUALIZAÇÃO DOS MARCOS REGULATÓRIOS MUNICIPAIS DE FORMA A POSSIBILITAR A
IMPLEMENTAÇÃO FÍSICA DO PROGRAMA.
SP1A. REGULAMENTAR A CRIAÇÃO DE ZEIS NO MUNICÍPIO
As ZEIS são áreas destinadas predominantemente à moradia de população de baixa
renda, independentemente de tratar-se de áreas previamente ocupadas por assentamentos
populares ou de áreas vazias e subutilizadas.
Para atender a essa destinação, nas áreas vazias, a legislação da ZEIS deve prever a
aplicação articulada dos instrumentos de indução do desenvolvimento urbano e cumprimento
da função social da propriedade. São áreas sujeitas a regras específicas de parcelamento, uso
e ocupação do solo. Considerando essas características das ZEIS, elas podem ser classificadas
em dois tipos básicos:
• ZEIS 1: Áreas públicas ou privadas ocupadas por assentamentos precários tais como:
favelas e assemelhados, cortiços, loteamentos e conjuntos habitacionais irregulares,
habitados por famílias de baixa renda.
• ZEIS 2: Áreas, terrenos e imóveis vazios, sub-utilizados ou não utilizados, adequados
para a produção de habitação de interesse social (HIS).
As normas e parâmetros de parcelamento do solo e edificação para empreendimentos
habitacionais de HIS devem contemplar, entre outros:
• as tipologias de empreendimentos, tais como: loteamentos de interesse social
associados ou não à produção de habitação unifamiliar (uma unidade por lote); habitação
unifamiliar; conjuntos habitacionais horizontais; conjuntos habitacionais verticais;
• as zonas ou áreas da cidade onde os empreendimentos são permitidos;
46
• as condições previstas na definição de HIS (área mínima e máxima das unidades,
número máximo de banheiros e de vagas para estacionamento);
• as dimensões mínima e máxima dos lotes individuais, bem como a frente (testada)
mínima admissível;
• a dimensão máxima (área do terreno) e o número máximo de unidades, no caso de
conjuntos habitacionais;
• a área mínima e máxima da cota parte de terreno vinculada a cada unidade no caso
de conjuntos;
• as características do sistema viário que será admitido como via de acesso aos
conjuntos (largura mínima, via de pedestre ou necessariamente via que permita o tráfego de
veículos), associadas à tipologia e escala dos empreendimentos;
• a infra-estrutura mínima a ser exigida no caso de parcelamento do solo,
compreendendo (de acordo com a legislação federal): drenagem de águas pluviais;
características geométricas do sistema viário e tratamento do pavimento; rede de eletricidade
e iluminação pública; rede de abastecimento de água potável e de coleta de esgotos; sistema
de coleta de lixo, arborização, etc.
• porcentagem e características de áreas públicas (para áreas verdes e usos
institucionais) a serem doadas no caso de parcelamento do solo;
• áreas não edificáveis, áreas de preservação permanente e outros parâmetros da
legislação ambiental a serem observados;
• condições de insolação, iluminação, ventilação e salubridade das habitações,
incluindo recuos, aberturas, pé direito mínimo (que pode ser variável segundo o tipo de
compartimento) e captação de águas pluviais;
• gabarito das edificações e número máximo de pavimentos no caso de conjuntos
verticais sem elevador;
• vagas para estacionamento e espaços de uso coletivo nos conjuntos;
• condições para os usos não habitacionais nos conjuntos;
• condições de aprovação dos empreendimentos.
47
SP1B. REGULAMENTAR OS INSTRUMENTOS URBANÍSTICOS DEFINIDOS NO PLANO DIRETOR MUNICIPAL DE
MARINGÁ, EM CONSONÂNCIA COM O ESTATUTO DA CIDADE
I. Desapropriação com Títulos da Dívida Pública
A Desapropriação com Títulos da Dívida Pública permite ao poder público municipal,
após haver declarado um imóvel como subutilizado (Parcelamento e Utilização
Compulsória) e aplicado o IPTU Progressivo no Tempo, desapropriá-lo com títulos da
dívida pública ou dar o adequado aproveitamento ao imóvel, no prazo de cinco anos.
A proposta é regulamentar esse instrumento em lei específica, prevendo que tanto no
caso de desapropriação ou aproveitamento do imóvel, o destino das multas impostas será o
Fundo Municipal de Habitação.
A lei do Plano Diretor Municipal – PDM nos artigos 121 e 122, trata da questão.
Art. 121. O instrumento da Desapropriação com Títulos da Dívida Pública tem como objetivos: I - promover a reforma urbana; II - fazer cumprir a função social da propriedade urbana e da cidade, a que o imóvel se destina; III - combater o processo de periferização; IV - inibir o processo de retenção especulativa de imóvel urbano, que resulte na sua subutilização ou não utilização; Art. 122. A Desapropriação com Títulos da Dívida Pública poderá ser aplicada nas seguintes macrozonas: I - Macrozona de Consolidação; II - Macrozona de Qualificação; III - Macrozona Urbana Industrial, restritos à Área Industrial 1; IV - Setores Especiais. § 1º O valor real da indenização: I - corresponde ao valor venal estabelecido na planta genérica de valores na data da primeira notificação, conforme previsto no Art. 115. desta Lei. II - não computará expectativas de ganhos, lucros cessantes e juros compensatórios. § 2º Os títulos de que trata este artigo não terão poder liberatório para pagamento de tributos. § 3º O Município procederá ao adequado aproveitamento do imóvel no prazo
máximo de cinco anos, contado a partir da sua incorporação ao patrimônio público. § 4º O aproveitamento do imóvel poderá ser efetivado diretamente pelo Poder Público Municipal ou por meio de alienação ou concessão a terceiros, observando-se, nestes casos, o devido procedimento licitatório. § 5º Ficam mantidas para o novo adquirente de imóvel as mesmas obrigações de parcelamento, edificação ou utilização previstas no Artigo 112 desta Lei.
48
II. Direito de Preempção
O Direito de Preempção é um importante instrumento urbanístico para a PMHIS,
garantindo ao poder público municipal a possibilidade de reserva e compra de áreas a preços
de mercado, tanto para garantir espaços para equipamentos públicos como também para a
implantação de conjuntos habitacionais para população de baixa renda. Para isso é importante
a regulamentação do tema, que consta nos arts. 130 a 132 da lei do PDM.
Art. 130. O Direito de Preempção confere ao Poder Público Municipal a preferência para a aquisição de imóvel urbano objeto de alienação onerosa entre particulares, no caso deste necessitar de áreas para realização de programas e projetos municipais. Art. 131. O Direito de Preempção será exercido nos termos das disposições contidas nos artigos 25, 26 e 27 da Lei federal nº 10.257/2001 - Estatuto da Cidade. Art. 132. O órgão de pesquisa, planejamento e gestão territorial por meio de Lei Municipal específica, com base no Sistema Integrado de Planejamento e no Plano de Sistema Viário e Transportes, poderá delimitar as áreas em que incidirá o Direito de Preempção, definir procedimentos e fixar prazos de vigência. Parágrafo único. A Lei Municipal descrita no caput deste artigo deverá enquadrar cada área em uma ou mais das finalidades enumeradas no Artigo 26 da Lei federal nº 10.257/2001 - Estatuto da Cidade
A proposta é regulamentar esse instrumento em lei específica, para a delimitação das
áreas em que incidirá o direito de preempção do ponto de vista do interesse da PLHIS e
acrescentando ao artigo 132 do PDM, os incisos que constam do artigo 26 do Estatuto da
Cidade: I – regularização fundiária; II – execução de programas e projetos habitacionais de
interesse social; III – constituição de reserva fundiária; IV – ordenamento e direcionamento da
expansão urbana; V – implantação de equipamentos urbanos e comunitários.
III. Transferência de Potencial Construtivo
A lei do Plano Diretor Municipal – PDM nos artigos 140 e 141, trata da Transferência
de Potencial Construtivo, como forma de compensação ao proprietário de imóvel sobre o qual
incida o interesse público, como o interesse social.
Do ponto de vista da PMHIS, sua utilização pode ser prevista para a indenização de
áreas para implantação de HIS, o que vem ao encontro das dificuldades normalmente
encontradas para aquisição de áreas para HIS.
49
Art. 140. Entende-se como Transferência de Potencial Construtivo o instrumento de política urbana, utilizado como forma de compensação ao proprietário de imóvel sobre o qual incide um interesse público, de preservação de bens de interesse sócio ambiental ou de interesse social, de transferir para outro local o potencial construtivo que foi impedido de utilizar. Parágrafo único. Para efeito de aplicação da Transferência de Potencial Construtivo, o enquadramento dos imóveis conforme o caput deste artigo será definido por órgão municipal competente e aprovado pelo Conselho Municipal de Planejamento e Gestão Territorial. Art. 141. A transferência total ou parcial de potencial construtivo também poderá ser autorizada pelo Poder Público Municipal, após a aprovação do Conselho Municipal de Planejamento e Gestão Territorial, como forma de indenização e/ou ressarcimento, mediante prévio acordo com o proprietário nas desapropriações destinadas a melhoramentos viários, equipamentos públicos, programas habitacionais de interesse social e programas de recuperação de bens de interesse sócio ambiental.
IV. Operação Urbana Consorciada
A utilização do instrumento urbanístico Operações Urbanas Consorciadas é
interessante tanto para auxiliar o município na eliminação da carência de infraestrutura
quando poderá ser atrelado à Transferência de Potencial Construtivo, permitindo que o
município possa executar as obras com menos desembolso financeiro ao mesmo tempo em
que adensa áreas que o Plano Diretor indicou para tal; como também para a implementação
de conjuntos habitacionais, quando o poder público poderá promover a revitalização de áreas
degradadas em associação com a iniciativa privada em troca da Transferência de Potencial
Construtivo. Outra proposta é acrescentar ao artigo 149 do PDM, um inciso que inclua
programas e projetos habitacionais de interesse social, como sendo também prioritários para
a utilização do referido instrumento.
Art. 146. Compreende-se como Operação Urbana Consorciada o conjunto de intervenções e medidas coordenadas pelo Poder Público Municipal, com a participação dos proprietários, moradores, usuários permanentes e investidores privados, com o objetivo de alcançar em uma área transformações urbanísticas estruturais, melhorias sociais e a valorização ambiental. Art. 147. Mediante leis específicas o Poder Público Municipal utilizará Operações Urbanas Consorciadas e estabelecerá as condições a serem observadas em cada operação com as seguintes finalidades: I - ampliação e melhoria da Rede Viária Estrutural e outras infra-estruturas; II - ampliação e melhoria da Rede Estrutural de Transporte Público Coletivo; III - implantação e melhoria de espaços públicos; IV - implantação de programas de habitação de interesse social;
50
V - implantação de equipamentos estratégicos para o desenvolvimento urbano. Art. 149. Este instrumento deverá ser utilizado prioritariamente nos seguintes projetos: I - Anel Viário Municipal; II - Requalificação do Eixo Ferroviário; III - Recuperação e Conservação dos Corredores de Biodiversidade.
SUBPROGRAMA 2 - PROMOÇÃO PÚBLICA E PRIVADA DE LOTEAMENTOS URBANOS.
Esse subprograma objetiva a produção pública ou privada de lotes urbanos, com a
possibilidade de financiamento de materiais de construção e assistência técnica no caso de
autogestão. Visa principalmente o atendimento à demanda do crescimento demográfico, que
em Maringá e a utilização dos vazios urbanos a partir da implementação dos instrumentos
urbanísticos arrolados acima.
A proposta é a implantação de 4.273 unidades em 2010; 3.164 unidades entre 2010 e
2013; 4252 unidades entre 2013 e 2017 e 4928 unidades entre 2017 e 2021, conforme
demonstrado na Tabela 28, abaixo:o item 2 deste documento.
Tabela 26 – ESTIMATIVA DE CUSTOS PARA IMPLANTAÇÃO DE LOTES URBANIZADOS 2010-2013 2013-2017 2017-2021 2021-2024
N° de lotes urb.
Custo (R$) N° de lotes urb.
Custo (R$) N° de lotes urb.
Custo (R$) N° de lotes urb.
Custo (R$)
4.273 125.033.492 3.164 92.582.721 4.252 124.419.005 4.928 144.199.637
Total 486.234.855,93
FONTE: Dados Tabulados por RZS Consultoria Ltda. a partir de informações da Sec. Extraordinária de Habitação, 2010.
Os empreendimentos serão localizados nos vazios urbanos e preferencialmente serão
de tamanho médio, em torno de 100 lotes cada, com a intenção de integrá-los ao espaço
urbanizado e impedir a criação de áreas segregadas no espaço urbano.
51
Figura 3 – ÁREAS APTAS PARA A IMPLANTAÇÃO DE LOTEAMENTOS DE HIS
FONTE:Rzs Consultoria Ltda. a partir de pesquisa de anúncios na internet
Tabela 27 - P1C –SP2– PROGRAMA DE ATENDIMENTO PARA PROMOÇÃO PÚBLICA E PRIVADA DE LOTEAMENTOS URBANOS
Objetivos Específicos Viabilizar a promoção pública e privada de lotes
urbanizados.
Participantes
Agente Promotor Secretaria Extraordinária de Habitação, Ministério das Cidades, Cooperativas Habitacionais, Sociedades Habitacionais.
Agente Financeiro Caixa Econômica Federal, FMH.
Demais Participantes Instituições Financeiras Privadas.
Beneficiário
Final
Renda De zero a três salários mínimos – subsídio total. De quatro a seis salários mínimos – financiamento parcial ou total.
Situação Locacional Vazios Urbanos.
Fontes de Recurso / Subsídios
Fundo Municipal / Fundo Estadual / Fundo Nacional de
Habitação de Interesse Social / Recursos orçamentários dos
Governos Federal (OGU), Estadual e Municipal.
Indicadores de avaliação Número de lotes implantados;
Grau de satisfação das famílias.
Horizonte Temporal 2021
Orçamento Global R$ 486.234.855,93
52
IV. P1D – Programa para Promoção Pública ou Privada ou Por Autogestão de Novas Unidades Habitacionais
O déficit habitacional quantitativo de Maringá em 2010 é de 14.663 unidades, sendo
que em 2021 alcançará o número de 18.228 unidades, segundo as projeções para o período
2010/2021, se não houver investimentos no setor habitacional.
A proposta é distribuir entre os períodos 2010/2013; 2013/2017; 2017/2021; e
2021/2024, a construção de unidades residenciais que poderão ocorrer a partir de diversas
modalidades de empreendimentos. A estimativa de custos baseou-se nos valores calculados
para unidades unifamiliares em lotes individualizados, mas não se exclui a possibilidade de
verticalização em algumas áreas, cujo custo do metro quadrado de solo seja maior. Foi
utilizado o valor fornecido pela Secretaria Extraordinária de Habitação para produção de
novas moradias, constante deste documento
As novas unidades habitacionais, assim como os lotes urbanizados, terão como
prioridade de implantação, os vazios urbanos.
Tabela 28 – ESTIMATIVA DE CUSTOS PARA IMPLANTAÇÃO DE NOVAS UNIDADES HABITACIONAIS
2010-2013 2013-2017 2017-2021 2021-2024
N° de dom.
Custo (R$) N° de dom.
Custo (R$) N° de dom.
Custo (R$) N° de dom.
Custo (R$)
4.557 345.294.964 4.557 345.294.964 4.557 345.294.964 4.557 345.294.964
Total R$ 1.381.179.854,00
FONTE: Dados Tabulados por RZS Consultoria Ltda. a partir de informações da Sec. Extraordinária de Habitação, 2010.
53
Tabela 29 - PID – PROGRAMA PARA PROMOÇÃO PÚBLICA OU PRIVADA OU POR AUTOGESTÃO
DE NOVAS UNIDADES HABITACIONAIS
Objetivos Específicos
Produção de unidades habitacionais;
Diminuição dos custos unitários dos financiamentos;
Integrar o programa a recursos de fontes de financiamento
existentes.
Participantes
Agente Promotor
Secretaria Extraordinária de Habitação, Ministério das
Cidades, Cooperativas Habitacionais, Sociedades
Habitacionais.
Agente Financeiro Caixa Econômica Federal, Fundo Estadual de Habitação, e
Fundo Municipal de Habitação
Demais Participantes Secretaria de Assistência Social, Secretária de Controle
Urbano, Secretaria de Planejamento.
Modalidade de atendimento
Construção de unidades habitacionais completas;
Assessoria jurídica, social e arquitetural aos moradores para
organização da gestão.
Beneficiário
Final
Renda
De zero a três salários mínimos – subsídio total.
De quatro a seis salários mínimos – financiamento parcial ou
total.
Situação Locacional Vazios urbanos e glebas não parceladas
Fontes de Recurso / Subsídios Fundo Municipal / Fundo Estadual / Ministério das Cidades /
Caixa Econômica Federal (PAR/PSH).
Indicadores de avaliação Número de unidades habitacionais.
Horizonte Temporal 2021
Orçamento Global R$ 1.381.179.854,00
54
V. P1E – Programa para Aquisição de Lotes e Unidades Habitacionais Existentes
Esse programa tem por objetivo orientar a população na compra de imóveis usados e
facilitar seu acesso aos agentes financeiros.
Tabela 30 – P1E – PROGRAMA PARA AQUISIÇÃO DE LOTES E UNIDADES HABITACIONAIS EXISTENTES
Objetivos Específicos Viabilizar a aquisição de unidades habitacionais existentes,
movimentando o mercado imobiliário.
Participantes
Agente Promotor Município, Ministério das Cidades, Instituições Financeiras
Públicas e Privadas.
Agente Financeiro Caixa Econômica Federal, Instituições Financeiras Públicas e
Privadas.
Demais Participantes Assistência Técnica.
Modalidade de atendimento
Aquisição de unidades habitacionais;
Assessoria jurídica, social aos moradores para organização da
gestão.
Beneficiário
Final
Renda
De zero a três salários mínimos.
De quatro a cinco salários mínimos – financiamento parcial
ou total.
Situação Locacional Edificações em área urbana.
Fontes de Recurso / Subsídios
Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social / Fundo
Municipal / Caixa Econômica Federal / Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço / Sistema Brasileiro de Poupança e
Empréstimo.
Indicadores de avaliação Número de unidades habitacionais que tiverem apoio;
Grau de satisfação das famílias.
Horizonte Temporal 2.011 a 2021
Orçamento Global
Obs.: Nesse caso, o montante de recursos fica definido pela demanda da população de obtenção de financiamento individual.
55
5.1.2. LINHA PROGRAMÁTICA 2
LP 2 – QUALIDADE E PRODUTIVIDADE DA PRODUÇÃO HABITACIONAL
Tem como objetivo viabilizar o acesso a materiais de construção e serviços de assistência
técnica para execução, conclusão, reforma e ampliação de unidades habitacionais promovidas
pela população, de modo a garantir boas condições de habitabilidade e salubridade, uso
adequado de materiais e técnicas construtivas, valorização arquitetônica e inserção urbana
adequada.
Objetiva ainda, ofertar serviços de assistência técnica em arquitetura, engenharia, assuntos
jurídicos, serviço social e contabilidade, a qual pode ser oferecida pelos governos municipais e
estaduais, seja por meio de seus quadros técnicos ou por meio de convênios ou contratos com
Organizações Não Governamentais, universidades e escritórios de arquitetura e engenharia.
5.1.2.1. Programas referentes à LP2
I. P2A- Programa de pesquisa voltada para a qualidade e produtividade da produção habitacional
Esse programa refere-se ao desenvolvimento de pesquisas voltadas ao
desenvolvimento tecnológico da habitação. Propõe a parceria do poder público municipal com
as universidades para a estruturação de um pólo tecnológico da construção civil, buscando
novas soluções e o barateamento da construção de HIS.
Deverá buscar recursos junto às entidades federais para a implementação do pólo,
desenvolvendo pesquisas que envolvam o arranjo produtivo local da construção civil, de forma
a otimizar as potencialidades da região, ao mesmo tempo em que minimiza as deficiências
locais.
56
Tabela 31 – P2A – PROGRAMA DE PESQUISA VOLTADA PARA A QUALIDADE E PRODUTIVIDADE DA
PRODUÇÃO HABITACIONAL
Objetivos Específicos
Desenvolve um pólo tecnológico da construção civil,
voltado para a HIS, e direcionado para pesquisas de
construção sustentável.
Participantes
Agente Promotor Município
Agente Financeiro Caixa
Demais Participantes Ministério das Cidades, Secretaria de Planejamento e
Governo do Estado do Paraná através das Universidades.
Modalidade de atendimento
Beneficiário
Final
Renda
Situação Locacional
Fontes de Recurso / Subsídios OGU – Tesouro da União
Indicadores de avaliação Resultados das pesquisas
Horizonte Temporal 2021
Orçamento Global R$ 600.000,00
II. P2B- Programa de Ampliação e Reforma da Habitação, por meio de Assistência Individual e Assistência Coletiva
Este programa tem por objetivo atender as famílias que, apesar de serem donas de
seus imóveis, possuem adensamento excessivo na moradia e que enfrentam dificuldades para
conseguir ampliá-la ou reformá-la. Dirige-se às famílias com renda entre 0 e 5 s.m. e dá apoio a
elas a partir da assistência individual e coletiva. Do ponto de vista espacial, como é dirigido a
pessoas individualmente ou a associações de moradores, estará disperso na área municipal,
tanto na área urbana como rural.
A lei nª 11.888/08 regulamenta a assistência técnica e nos artigos 1 e 2 da Lei do Plano
Diretor, explica suas funções
Art. 1o Esta Lei assegura o direito das famílias de baixa renda à assistência técnica pública e gratuita para o projeto e a construção de habitação de interesse social, como parte integrante do direito social à moradia previsto no art. 6
o da Constituição Federal,
e consoante o especificado na alínea r do inciso V do caput do art. 4o da Lei n
o 10.257,
de 10 de julho de 2001, que regulamenta os arts. 182 e 183 da Constituição Federal, estabelece diretrizes gerais da política urbana e dá outras providências. Art. 2º As famílias com renda mensal de até 3 (três) salários mínimos, residentes em áreas urbanas ou rurais, têm o direito à assistência técnica pública e gratuita para o projeto e a construção de habitação de interesse social para sua própria moradia.
57
§ 1o O direito à assistência técnica previsto no caput deste artigo abrange todos os trabalhos de projeto, acompanhamento e execução da obra a cargo dos profissionais das áreas de arquitetura, urbanismo e engenharia necessários para a edificação, reforma, ampliação ou regularização fundiária da habitação. § 2o Além de assegurar o direito à moradia, a assistência técnica de que trata este artigo objetiva: I - otimizar e qualificar o uso e o aproveitamento racional do espaço edificado e de seu entorno, bem como dos recursos humanos, técnicos e econômicos empregados no projeto e na construção da habitação; II - formalizar o processo de edificação, reforma ou ampliação da habitação perante o poder público municipal e outros órgãos públicos; III - evitar a ocupação de áreas de risco e de interesse ambiental; IV - propiciar e qualificar a ocupação do sítio urbano em consonância com a legislação urbanística e ambiental.
Foi registrado um crescimento negativo no número de ocorrências de adensamento
excessivo entre 2010 e 2021 e a proposta de intervenção se refere à criação de um grupo de
análise dentro da Prefeitura, para fornecer assistência técnica às famílias que necessitarem
dessa ação, assim como o financiamento da ampliação ou reforma.
Tabela 32 – ESTIMATIVA DE CUSTOS PARA AMPLIAÇÃO E REFORMA DA HABITAÇÃO, POR MEIO DE
ASSISTÊNCIA INDIVIDUAL E ASSISTÊNCIA COLETIVA 2010-2013 2013-2017 2017-2021 2021-2024
N° de dom.
Custo (R$) N° de dom.
Custo (R$) N° de dom.
Custo (R$) N° de dom.
Custo (R$)
2.303 16.121.000 2.447 17.129.000 2.640 18.480.000 2.864 20.048.000
Total 71.778.000
FONTE: Dados Tabulados por RZS Consultoria Ltda. a partir de informações do MCIdades, 2010.
58
Tabela 33 – P2B – PROGRAMA DE AMPLIAÇÃO E REFORMA DA HABITAÇÃO, POR MEIO DE ASSISTÊNCIA
INDIVIDUAL E ASSISTÊNCIA COLETIVA.
Objetivos Específicos
Viabilizar o acesso a aquisição de materiais de construção
associados a serviços de e assistência técnica para a
execução, conclusão, reforma e ampliação de unidades
habitacionais por autopromoção individual;
Viabilização da execução de melhoria no estoque
habitacional;
Diminuição do adensamento excessivo;
Melhoria das condições de habitabilidade.
Participantes
Agente Promotor Município, Ministério das Cidades, Caixa Econômica Federal.
Agente Financeiro Ministério das Cidades, Caixa Econômica Federal, Fundo
Municipal de Habitação, Instituições Financeiras Privadas.
Demais Participantes Assistência Técnica, Cooperativas Habitacionais, Sociedades
Habitacionais.
Modalidade de atendimento
Ampliação ou reforma da unidade habitacional;
Execução de adaptações para moradores com necessidades
especiais.
Beneficiário
Final
Renda De zero a três salários mínimos
Situação Locacional Área urbana e rural.
Fontes de Recurso / Subsídios
Subsídios integrais com recursos não-onerosos do Fundo
Nacional de Habitação de Interesse Social / Fundo Municipal
/ Fundo Estadual, Créditos com recursos onerosos do FGTS.
Indicadores de avaliação
Número de unidades habitacionais que tiveram apoio na
execução, conclusão, reforma e ampliação;
Grau de satisfação das famílias com as mudanças ocorridas.
Horizonte Temporal 2021
Orçamento Global R$ 71.778.000
III. P2C- Programa de Construção de Sanitários
Quanto aos domicílios sem banheiro, o maior número de ocorrências é nas Zonas 24 e
25, com 10 e 9 domicílios nesta situação respectivamente. As Zonas 36, 37,38 e 39 juntas
contam 23 domicílios sem bwc.
59
Se considerarmos o total da população residente nos bairros de Maringá, o número de
ocorrências não ultrapassa duas unidades habitacionais por bairro, o que mostra que trata-se
de uma situação dispersa e de fácil solução.
Tabela 34 – P2C – PROGRAMA DE CONSTRUÇÃO DE SANITÁRIOS
Objetivos Específicos
Viabilizar o acesso à aquisição de materiais de construção
associados a serviços de assistência técnica para construção
de sanitário por autopromoção;
Viabilização da execução de melhoria no estoque
habitacional;
Melhoria das condições de habitabilidade.
Participantes
Agente Promotor Município.
Agente Financeiro Caixa Econômica Federal, FUNASA.
Demais Participantes Assistência Técnica, Cooperativas Habitacionais, Sociedades
Habitacionais.
Modalidade de atendimento
Construção banheiros;
Execução de adaptações para moradores com necessidades
especiais.
Beneficiário
Final
Renda
De zero a três salários mínimos – subsídio total.
De quatro a seis salários mínimos – financiamento parcial ou
total.
Situação Locacional Área urbana e rural.
Fontes de Recurso / Subsídios
Subsídios integrais com recursos não-onerosos do Fundo
Nacional de Habitação de Interesse Social / Fundo Nacional de
Saúde.
Indicadores de avaliação
Número de unidades habitacionais que tiveram apoio na
instalação de sanitários.
Grau de satisfação das famílias com as mudanças ocorridas.
Orçamento Global R$ 706.000,00
60
5.1.3. LINHA PROGRAMÁTICA 3
LP 3 – DESENVOLVIMENTO SÓCIOAMBIENTAL DAS ÁREAS DESTINADAS À HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL
Essa linha programática visa estabelecer condições para o desenvolvimento
sustentável dos bairros populares de Maringá, a partir da implementação de um urbanismo
sustentável, que implica que todas as pessoas que residem no município tenham acesso aos
equipamentos públicos e que a população em geral se sinta pertencente a essa região.
5.1.3.1. Programas referentes à LP3
III. P3A- PROMOÇÃO PÚBLICA DE CONJUNTOS HABITACIONAIS DIRIGIDOS AO ENFOQUE DO GÊNERO, DAS PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS E DOS IDOSOS
Quanto às pessoas idosas, a Lei Federal 10.741, de 1º de outubro de 2003 instituiu o
Estatuto do Idoso, que dedicou especial atenção quanto ao direito de moradia, como é
possível verificar nos art. 37 e 38 daquele Estatuto.
“Art. 37º O idoso tem direito a moradia digna, no seio da família natural ou substituta, ou desacompanhado de seus familiares quando assim o desejar, ou, ainda em instituição pública ou privada” “Art. 38º Nos programas habitacionais, públicos ou subsidiados com recursos públicos, o idoso goza de prioridade na aquisição de imóvel para moradia própria, observado o seguinte: I- reserva de 3% (três por cento) das unidades residenciais para atendimento aos idosos; II- implantação de equipamentos urbanos comunitários voltados ao idoso; III- eliminação de barreiras arquitetônicas e urbanísticas, para garantia de acessibilidade do idoso; IV- critérios de financiamento compatíveis com os rendimentos de aposentadoria e pensão.”
O Município de Maringá se evidencia no cumprimento da legislação com a implantação
do Condomínio do Idoso, projeto pioneiro que oferece moradia com total acessibilidade e
infraestrutura aos idosos. O projeto arquitetônico conta com 40 (quarenta) unidades, foi
idealizado pela Prefeitura Municipal e desenvolvido pelos alunos de arquitetura da UEM em
parceria com o Governo. Propõe-se a sua continuidade e ampliação, uma vez que o município
61
apresenta um índice de longevidade alto e o IDH-M numa situação privilegiada em relação aos
demais municípios paranaenses (6º lugar no ranking do Estado).
Quanto às pessoas com necessidades especiais, o art. 213 da Constituição Federal
no inciso III garante que é dever do Estado assegurar às pessoas portadoras de qualquer
deficiência a plena inserção na vida econômica e social e o total desenvolvimento de suas
potencialidades:
III - garantir às pessoas portadoras de deficiência o direito à habitação e reabilitação com todos os equipamentos necessários.
Conforme o Decreto Federal Nº. 914, de 6 de setembro de 1993, art. 5º, são diretrizes da Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência:
III - incluir a pessoa portadora de deficiência, respeitadas as suas peculiaridades, em todas as iniciativas governamentais relacionadas à educação, saúde, trabalho, à edificação pública, seguridade social, transporte, habitação, cultura, esporte e lazer;
IV - viabilizar a participação das pessoas portadoras de deficiência em todas as fases de implementação desta Política, por intermédio de suas entidades representativas.
Em todo o Brasil, o poder público tem discutido o acesso das pessoas portadoras de
deficiência a moradia, através de projetos de leis estaduais e municipais, que têm apontado a
destinação e reserva de um percentual entre 3% a 5% de todas as novas habitações ou
empreendimentos dos Programas de Habitação para estas pessoas, tendo como referência o
percentual de 3% contemplado no Estatuto do Idoso.
A proposta é a criação de lei municipal dispondo sobre a destinação preferencial aos
deficientes físicos das unidades habitacionais localizadas em andar ou pavimento com
melhores condições de acesso desde que regularmente inscritos no Cadastro da Secretaria
Extraordinária de Habitação, garantindo às pessoas portadoras de deficiências, o atendimento
por construções diferenciadas, adaptadas às suas necessidades especiais, atendendo as
especificações sobre acessibilidade constantes das Normas da ABNT NBR-9050.
Também propõe-se a criação de conjuntos específicos para pessoas que necessitem
de cuidados especiais (idosos e portadores de necessidades especiais) que poderão ser
conjugados com unidades básicas de saúde, com tratamento especial para essa população
entre outros, de maneira a permitir sua integração na sociedade sem a dependência de
familiares que muitas vezes não existem. Esses conjuntos deverão ser implantados em áreas
urbanas consolidadas facilitando a interação dos moradores com a comunidade vizinha.
62
No que se refere ao gênero, embora não exista legislação especifica a análise social
referente à condição das mulheres, nas áreas de intervenção, parte de uma concepção mais
ampla de vulnerabilidade.
Entende-se que mulheres que assumem sozinhas a responsabilidade doméstica
(prover recursos, manutenção da casa e cuidado com os filhos) são vulneráveis, podendo ou
não ter sofrido episódios de violência na relação com ex-companheiros. Nesse sentido, a
facilitação da documentação para aquisição da casa própria, entre outros.
Em ocasiões de separação do casal, para o cadastramento e assinatura de contratos,
poderá ser priorizada a titularidade do responsável pela guarda dos filhos, entendendo que o
responsável pela guarda terá maiores necessidades.
CUSTO ESTIMADO: R$ 7.577.243,00. Construção de 100 unidades (Produção de novas moradias = R$ 75.772,43/ U.H). Foi considerado como referência o valor da moradia em área urbana da Tabela nº 10.
63
Tabela 35 – P3A –PROMOÇÃO PÚBLICA DE CONJUNTOS HABITACIONAIS DIRIGIDOS O ENFOQUE
DO GÊNERO, DAS PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS E DOS IDOSOS
Objetivos Específicos Viabilizar a promoção pública e privada de conjuntos
habitacionais cujos projetos explorem o conceito de
desenho sustentável, permitindo condições de moradia
para idosos, pessoas com dificuldades especiais e gênero,
sendo que quanto a este último, estabelecer facilidades de
financiamento para as mulheres chefes de família.
Participantes Agente Promotor Município, Cooperativas Habitacionais, Sociedades
Habitacionais, Instituições Financeiras Privadas.
Agente Financeiro Caixa Econômica Federal, Governo Estadual.
Demais Participantes Assistência Técnica.
Beneficiário
Final
Renda De zero a três salários mínimos – subsídio total.
De quatro a seis salários mínimos – financiamento parcial ou
total.
Situação Locacional Loteamentos em área urbana consolidada
Fontes de Recurso / Subsídios Fundo Municipal / Fundo Estadual / Fundo Nacional de
Habitação de Interesse Social / Caixa Econômica Federal,
Recursos orçamentários do governo federal e municipal.
Indicadores de avaliação Número de unidades habitacionais que tiveram apoio;
Grau de satisfação das famílias.
Horizonte Temporal 2021
Orçamento Global R$ 7.577.243,00
64
III. P3B- PROMOÇÃO PÚBLICA DE LOCAÇÃO SOCIAL PARA O ATENDIMENTO DE FAMÍLIAS EM SITUAÇÃO EMERGENCIAL
Esse programa prevê a construção de um conjunto habitacional voltado à locação
social, que terá como função abrigar famílias em situação emergencial. As famílias terão um
abrigo temporário, a custos subsidiados, durante o período em que necessitarem de apoio do
poder público para a moradia, cujo prazo máximo não poderá passar de um ano.
CUSTO ESTIMADO: R$ 7.577.243,00. Construção de 100 unidades (Produção de novas moradias = R$ 75.772,43/ U.H). Foi considerado como referência o valor da moradia em área urbana da Tabela nº 10. Tabela 36 – P3A – PROMOÇÃO PÚBLICA DE LOCAÇÃO SOCIAL PARA O ATENDIMENTO DE FAMÍLIAS
EM SITUAÇÃO EMERGENCIAL
Objetivos Específicos viabilizar a promoção pública de locação social para o
atendimento de famílias em situação emergencial
Participantes Agente Promotor SEHABIS, Cooperativas Habitacionais, Sociedades
Habitacionais, Instituições Financeiras Privadas.
Agente Financeiro Caixa Econômica Federal, Governo Estadual.
Demais Participantes SASC, Defesa Civil.
Beneficiário
Final
Renda De zero a três salários mínimos – subsídio total.
De quatro a seis salários mínimos – financiamento parcial ou
total.
Situação Locacional Loteamentos em área urbana consolidada
Fontes de Recurso / Subsídios Fundo Municipal / Fundo Estadual / Fundo Nacional de
Habitação de Interesse Social / Caixa Econômica Federal,
Recursos orçamentários do governo federal e municipal.
Indicadores de avaliação Número de unidades habitacionais que tiveram apoio;
Grau de satisfação das famílias.
Horizonte Temporal 2021
Orçamento Global R$ 7.577.243,00
65
5.1.4. LINHA PROGRAMÁTICA 4
LP 4 – DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL
Esse programa visa o desenvolvimento da estrutura técnica da prefeitura de maneira a
propiciar um melhor envolvimento com o PLHIS.
5.1.4.1. Programas referentes à LP4
I. P4A- Programa de Desenvolvimento Institucional
Este programa tem por objetivo aparelhar a máquina administrativa municipal para
dar conta das novas tarefas resultantes da implementação do PLHIS. Questões como a
transformação da Secretaria Extraordinária de Habitação em Secretaria Municipal de
Habitação deverão ser analisadas com atenção tendo em vista o volume de recursos e tarefas
que serão de responsabilidade desse quadro de servidores, que deverão estar capacitados e
estruturados para tal.
Outro assunto relevante é a constituição de um Conselho específico para habitação de
interesse social, distinguindo as atividades de competência específica desse conselho, tais
como a gestão do Fundo Municipal de Habitação de Interesse Social que não se encontra
detalhada, sobre questões tais como: quem fará o orçamento anual do fundo; quem será o
responsável pela normatização e concessão de financiamento e subsídios com os recursos do
fundo aos beneficiários da política municipal de habitação.
Também a gestão das informações geradas pelo cadastro da Secretaria é outro tema
que merece atenção, visto que sua atualização sistemática é imprescindível à avaliação dos
resultados da implementação do PLHIS, a partir do Sistema de Monitoramento.
66
Tabela 37- P4A – PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL
Objetivos Específicos Promover ações estratégicas para o desenvolvimento
institucional visando a organização institucional e o
fortalecimento da cultura de gestão administrativa, de
modo gradual para otimizar os recursos operacionais e
financeiros existentes, por intermédio de ações e estudos
que contribuam para aumentar a eficiência, efetividade e
eficácia dos investimentos e ações habitacionais.
Participantes Agente Promotor Ministério das Cidades, Governo do Estado do Paraná,
Município.
Agente Financeiro Caixa Econômica Federal, Governo Estadual e Municipal.
Fontes de Recurso / Subsídios Recursos do Orçamento Geral da União / Recursos
orçamentários do governo estadual e municipal / Recursos
Internacionais.
Indicadores de avaliação Percentual de ações para melhoria da organização
institucional;
Percentual de oficinas de capacitação para execução.
Horizonte Temporal 2021
Orçamento Global R$ 500.000,00 nos dois primeiros anos de execução do PLHIS
para compra de equipamentos e softwares para a Secretaria
Extraordinária de Habitação.
67
II. P4B- Programa de capacitação profissional de técnicos dirigentes para gestão do PLHIS
Tabela 38 – P4B – PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL DE TÉCNICOS DIRIGENTES PARA GESTÃO
DO PHIS
Objetivos Específicos
Promover ações estratégicas para o desenvolvimento
institucional para capacitação profissional de técnicos;
Desenvolvimento de ações de capacitação do poder público
municipal, inclusive mediante articulações regionais, para
ampliação e melhor aproveitamento da capacidade técnica e
das estruturas de operacionalização pública.
Participantes Agente Promotor
Ministério das Cidades, Governo do Estado do Paraná,
Município.
Agente Financeiro Caixa Econômica Federal, Governo Estadual e Municipal.
Fontes de Recurso / Subsídios
Recursos do Orçamento Geral da União / Recursos
orçamentários do governo estadual e municipal / Recursos
Internacionais.
Indicadores de avaliação Percentual de ações de capacitação.
Horizonte Temporal 2021
Orçamento Global R$ 800.000,00 (sendo R$ 50.000,00 por ano)
68
III. P4C Programa para elaboração de outros planos com os quais o PLHIS deve se articular a exemplo do plano de regularização urbanística fundiária, plano de prevenção de risco, plano de drenagem e plano de preservação do patrimônio histórico
Tabela 39- P4C– PROGRAMA PARA ELABORAÇÃO DE OUTROS PLANOS COM OS QUAIS O PLHIS DEVE SE
ARTICULAR A EXEMPLO DO PLANO DE REGULARIZAÇÃO URBANÍSTICA FUNDIÁRIA, PLANO DE PREVENÇÃO DE RISCO, PLANO DE DRENAGEM E PLANO DE PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO
Objetivos Específicos
Promover ações estratégicas para o desenvolvimento
institucional de elaboração de planos complementares e de
interface AP plano habitacional.
Participantes Agente Promotor
Ministério das Cidades, Governo do Estado do Paraná,
Município.
Agente Financeiro Caixa Econômica Federal, Governo Estadual e Municipal.
Fontes de Recurso / Subsídios
Recursos do Orçamento Geral da União / Recursos
orçamentários do governo estadual e municipal / Recursos
Internacionais.
Indicadores de avaliação Percentual de planos desenvolvidos, diretamente atrelados
ao PHIS.
Horizonte Temporal 2021
Orçamento Global -
Tabela 40 – P2C – PROGRAMA DE ATENDIMENTO PARA ARTICULAÇÃO REGIONAL
Objetivos Específicos Promover ações estratégicas para o desenvolvimento
institucional de articulação regional.
Participantes Agente Promotor Governo do Estado do Paraná, Município.
Agente Financeiro Governo Estadual e Municipal.
Fontes de Recurso / Subsídios Recursos orçamentários do governo estadual e municipal.
Indicadores de avaliação Percentual de articulações regionais no âmbito habitacional.
Horizonte Temporal 2021
Orçamento Global -
69
6. Metas, recursos e fontes de financiamento.
70
6. Metas, recursos e fontes de financiamento
6.1. Questões normativas e institucionais
A base normativa do Município de Maringá referente ao setor urbanístico e
habitacional foi elencada no Produto Diagnostico Habitacional, no qual foram analisadas as
legislações mais relevantes ao tema. Destacamos algumas questões que devem ser destacadas
como importantes para o encaminhamento deste Plano Municipal de Habitação de Interesse
Social:
1. O Plano Diretor, estabelece como instrumentos para a implementação da política de
desenvolvimento: diretrizes, planos de ação integrada, estando o plano de
atendimento a demanda habitacional, inserido entre os planos de ação. As próximas
revisões do Plano Diretor poderão oportunamente endossar as demandas deste PLHIS-
Maringá, incorporando, no que couberem, as questões por ele apresentada. São
questões pertinentes e cabíveis enquanto matéria do Plano Diretor, sendo importante
para consolidação deste Plano, as diretrizes referentes ao setor habitacional estarem
em consonância com as diretrizes apresentadas por neste Plano.
2. As Zonas Especiais de Interesse Social – ZEIS definem destinação e normas próprias de
uso e ocupação do solo, específicos para regularização fundiária e urbanística,
produção e manutenção de habitação de interesse social, sendo uma das principais
ações no sentido de criar condições para o incremento da produção habitacional.
3. O Plano Diretor regulamenta a aplicação dos instrumentos de política urbana —
preconizados pelo Estatuto das Cidades. A lei pode ser considerada como auto-
aplicável, pois oferece parâmetros, regulamenta e delimita as áreas onde os
instrumentos de política urbana poderão e deverão ser aplicados, inclusive com
indicação de prioridades de áreas. No entanto, ha alguns instrumentos importantes
para encaminhamento da política de habitação proposta neste Plano que necessitam
ter ampliada a sua utilização, garantindo a efetiva aplicação do instrumento,
prioritariamente o Parcelamento, Edificação ou Utilização Compulsórios - PEUC, bem
como o IPTU Progressivo no Tempo e o Direito de Preempção.
O município de Maringá já oficializou sua adesão ao Sistema Nacional de Habitação de
Interesse Social – SNHIS, de acordo com as exigências da Lei Federal no 11.124/0522. O Fundo
e o Conselho Municipal, bem como o desenvolvimento institucional são questões
fundamentais para o PLHIS-Maringá.
71
O desenvolvimento institucional deve ser considerado como estratégico para a
consolidação e fortalecimento da Política Municipal de Habitação de Interesse Social
de Maringá, proposto, inclusive. A Política Municipal de Habitação deve contemplar
mecanismos de gestão, que possibilitem integrar diferentes atores, distintas esferas e
níveis de atuação, de forma transparente e eficiente. Nesse sentido, devem-se
privilegiar os mecanismos e praticas de planejamento que resultem em modernização
organizacional e capacitação técnica dos agentes públicos e privados, buscando
propiciar uma maior capacidade de gerenciamento das questões habitacionais. No
arranjo institucional do Plano Local de Habitação de Interesse Social de Maringá, são
considerados agentes promotores de programas habitacionais os órgãos, instituições e
empresas públicas – estatais ou não – e privadas que promovam empreendimentos
habitacionais dirigidos para grupos de famílias de baixa renda. Assim, são importantes
agentes promotores do PLHIS-Maringá: Governo Federal, Governo Estadual, Governo
Municipal, Cooperativas e Associações Habitacionais, bem como Empresas do Setor da
Construção Civil.
6.2. Metas normativas e institucionais
Considerando os objetivos e diretrizes propostos, bem como os programas a serem
implementados, e as questões normativas e institucionais, definem-se metas de natureza
normativa e institucional, a serem cumpridas pela Política Local de Habitação de Interesse
Social de Maringá, no período previsto para sua efetivação.
Metas Normativas
Do ponto de vista normativo, o Plano Local de Habitação de Interesse Social de
Maringá adotará as seguintes metas:
Considerar na revisão do Plano Diretor as diretrizes para habitação de interesse social;
Elaborar a lei de ZEIS de maneira a incorporar as questões indicadas neste Plano;
Elaborar e regulamentar lei de Assistência Técnica, respeitando as características do
Programa proposto neste Plano e das linhas de atuação do PlanHab;
Criar regulamentação básica de atuação e participação das associações e cooperativas
municipais, correspondendo às exigências do SNHIS;
72
Promover a revisão da Política Municipal de Habitação e do Plano Local de Habitação
de Interesse Social de Maringá, após a publicação dos resultados dos Censos
Demográficos do IBGE, em prazo a ser estabelecido, com eventual redefinição dos
programas, ações, estratégias e metas.
Metas Institucionais
Do ponto de vista institucional, o Plano Local de Habitação de Interesse Social de
Maringá adotara as seguintes metas:
Integrar estrutural e institucionalmente o Monitoramento e Avaliação do PLHIS ao
Sistema de Informações Geográficas de Maringá, promovendo a unificação de
informações referentes à política de habitação e setores afins produzidas pelas
Secretarias Municipais, disponibilizando-as publicamente;
Estruturar o Cadastro Universal e Unificado da Demanda Habitacional do Município, de
forma vinculada ao Sistema de Informações Geográficas;
Promover Audiências Públicas e Conferências, para debater, avaliar e estabelecer
critérios de priorização das linhas de ação, alocação de recursos e atendimento dos
beneficiários dos Programas Habitacionais, subsidiando e auxiliando a atuação dos
Conselhos ligados a questão habitacional;
Dar publicidade periódica, conforme previsto neste Plano, dos indicadores aferidos
pelo Monitoramento e Avaliação, como instrumento de controle social das ações;
Estruturação do Programa de Assistência Técnica.
7. Metas físico-financeira e Cenário
7.1. Metas físico-financeiras
Para a elaboração das metas físico-financeiras partiu-se do quadro síntese das
necessidades habitacionais abaixo, já citada anteriormente neste documento (tabela 10).
73
SÍNTESE DAS NECESSIDADES HABITACIONAIS PARA A FAIXA DE RENDA ATÉ 5 SALÁRIOS MÍNIMOS, MARINGÁ – 2010/2021
NECESSIDADES HABITACIONAIS 2.010 2.013 2.017 2.021
DÉFICIT HABITACIONAL QUANTITATIVO
14.663 15.579 16.806 18.228
DÉFICIT QUALITATIVO – CARÊNCIA DE INFRAESTRUTURA
4.447 26 28 30
DÉFICIT QUALITATIVO – ADENSAMENTO EXCESSIVO E DOMICÍLIOS SEM BANHEIRO*
2.931 2.447 2.640 2.864
DEMANDA DEMOGRÁFICA DE 0 À 5 SM
4.273 3.164 4.252 4.928
Tabela 41 - CUSTOS POR PROGRAMA E LINHA PROGRAMÁTICA LPA1, Maringá, 2010- 2021 ANO LPA 1 – URBANIZAÇÃO E PRODUÇÃO DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL TOTAL
P1A P1B P1C P1D P1E LPA1
2010-2013
74.240.642,03 1.894.310,75 125.033.492,00 345.294.964,00 - 546.463.408,78
2013-2017
431.728,18 1.894.310,75 92.582.721,00 345.294.964,00 - 440.203.723,93
2017-2021
464.938,04 1.894.310,75 124.419.005,00 345.294.964,00 - 472.073.217,79
2021-2024
498.147,90 1.894.310,75 144.199.637,00 345.294.964,00 - 491.887.059,65
TOTAL 75.635.456,15 7.577.243,00 486.234.855,00 1.381.179.854,00 - 1.950.627.408,15
Tabela 42. CUSTOS POR PROGRAMA E LINHA PROGRAMÁTICA LPA2, Maringá, 2010- 2021
ANO
LPA 2- LINHA PROGRAMÁTICA DE QUALIDADE E PRODUTIVIDADE DA PRODUÇÃO HABITACIONAL
TOTAL
P2A P2B P2C LPA2
2010-2013 600.000,00 16.121.000 706.000,00 17.427.000,00
2013-2017 - 17.129.000 - 17.129.000
2017-2021 - 18.480.000 - 18.480.000
2021-2024 - 20.048.000 - 20.048.000
TOTAL 600.000,00 71.778.000 706.000,00 73.084.000
Tabela 43. CUSTOS POR PROGRAMA E LINHA PROGRAMÁTICA LPA3, Maringá,2010- 2021 ANO LPA 3 – DESENVOLVIMENTO SÓCIOAMBIENTAL DAS ÁREAS DESTINADAS À
HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL TOTAL
P3A P3B LPA3
2010-2013 1.894.310,75 1.894.310,75 3.788.622,00
2013-2017 1.894.310,75 1.894.310,75 3.788.622,00
2017-2021 1.894.310,75 1.894.310,75 3.788.622,00
2021-2024 1.894.310,75 1.894.310,75 3.788.622,00
TOTAL 7.577.243,00 7.577.243,00 15.154.486,00
74
Tabela 44. CUSTOS POR PROGRAMA E LINHA PROGRAMÁTICA LPA4, Maringá, 2010- 2021
ANO LPA 4 – DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL TOTAL
P4A P4B P4C LPA4
2010-2013 500.000,00 200.000,00 - 700.000,00
2013-2017 - 200.000,00 - 200.000,00
2017-2021 - 200.000,00 - 200.000,00
2021-2024 - 200.000,00 - 200.000,00
TOTAL 500.000,00 800.000,00 - 1.300.000,00
Tabela 45. CUSTO TOTAL POR LINHA PROGRAMÁTICA - PLHIS, Maringá, 2010- 2021 ANO TOTAL POR LINHAS PROGRAMÁTICAS (R$ 1,00) TOTAL POR PPA
LPA1 LPA2 LPA3 LPA4
2010-2013 546.463.408,78 17.427.000,00 3.788.622,00 700.000,00 568.379.030,78
2013-2017 440.203.723,93 17.129.000,00 3.788.622,00 200.000,00 461.321.345,93
2017-2021 472.073.217,79 18.480.000,00 3.788.622,00 200.000,00 494.541.839,79
2021-2024 491.887.059,65 20.048.000,00 3.788.622,00 200.000,00 515.923.681,65
TOTAL 1.950.627.410,15 73.084.000,00 15.154.488,00 1.300.000,00 2.040.165.898,15
7.2.Cenário
O cenário, estabelecido de modo realista de acordo com as condições com que o
município deverá trabalhar no período de implementação deste Plano, depende da efetiva
implementação do Sistema Nacional de Habitação bem como da adesão do Estado do Paraná a
este Sistema, da adoção de critérios obtidos e técnicos na distribuição dos recursos da União,
do Estado e do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço para os municípios e da capacidade
de investimento de recursos próprios do município.
Os indicadores de efetividade quantitativa são:
Número de núcleos, domicílios e famílias em assentamentos precários e
informais atendidas por programas e subprogramas;
Número de domicílios e famílias não residentes em assentamentos precários e
informais atendidas em assentamento;
Quantidade de terra destinada a programas e subprogramas de habitação de
interesse social, por desapropriação;
Quantidade de terra destinada a programas e subprogramas de habitação de
interesse social por meio da ZEIS – Zonas Especiais de Interesse Social;
75
Custo médio de urbanização, regularização fundiária, melhorias habitacionais,
aquisição de terras;
Os indicadores de efetividade qualitativa são:
Grau de satisfação das famílias com as mudanças ocorridas, medido por meio
de pesquisa de opinião;
Grau de participação da população na elaboração, definição e implementação
da política habitacional.
Os indicadores institucionais são:
Alterações na legislação municipal;
Evolução dos recursos investidos em habitação pelos diversos agentes da
política habitacional, em especial do Fundo Municipal de Habitação e demais
formas de captação de recursos.
Os indicadores de impacto são:
Alteração na distribuição dos rendimentos domiciliares por faixa de renda;
Comportamento dos preços fundiários e imobiliários;
Dinâmica de lançamento s imobiliários para a população alvo do Plano;
Movimento de licenciamento e habite-se residencial e de loteamentos.
76
8. IDENTIFICAÇÃO DOS PROGRAMAS E AÇÕES
8.1. Relação dos programas habitacionais financiados ou executados diretamente pela Prefeitura Municipal, e pelos demais entes federativos ou por agências bilaterais
RELAÇÃO DE OBRAS EM EXECUÇÃO E EM ANDAMENTO – PROCESSOS LICITATÓRIO OU APROVAÇÃO - SECRETARIA EXTRAORDINÁRIA DE HABITAÇÃO
PROGRAMA MINHA CASA MINHA VIDA:
OBRAS EM EXECUÇÃO – TERRENOS DE PROPRIEDADE DOS EMPREENDEDORES:
NOME DO CONJUNTO HABITACIONAL
LOCALIZAÇÃO Nº. UNIDADES RENDA FAMILIAR (em S.M.)
PRAZO DE ENTREGA
Cristina Helena Barros Jardim Sumaré 160 aptos. 3 à 6 Abril/2011
Conjunto Habitacional Irajá
Distrito de Iguatemi 108 aptos. 0 à 3 Abril/2011
Conjunto Atenas II Bairro Atenas 74 casas 3 à 6 Março/2011
342
OBRAS EM EXECUÇÃO – TERRENOS DE PROPRIEDADE DO MUNICÍPIO:
NOME DO CONJUNTO HABITACIONAL
LOCALIZAÇÃO Nº. UNIDADES RENDA FAMILIAR (em S.M.)
PRAZO DE ENTREGA
Conjunto Albino Meneguetti
Distrito de Iguatemi 172 casas 0 à 3 Maio/2011
Conjunto Pioneiro Gonçalo Vieira Santos
Distrito de Floriano 136 casas 0 à 3 Maio/2011
308
PROJETOS EM ANDAMENTOS – TERRENOS DE PROPRIEDADE DO MUNICÍPIO:
NOME DO CONJUNTO HABITACIONAL
LOCALIZAÇÃO Nº. UNIDADES RENDA FAMILIAR (em S.M.)
SITUAÇÃO CEF/PMM
Condomínio Santa Rosa Lote 58-6 112 aptos. 0 à 3 aprovado
Condomínio Santa Júlia Lote 58-7 144 aptos. 0 à 3 aprovado
Lotes 117/118
Distrito de Floriano 300 casas 0 à 3 regularização
556
PROJETOS EM ANDAMENTOS – TERRENOS DE PROPRIEDADE DOS EMPREENDEDORES:
NOME DO CONJUNTO HABITACIONAL
LOCALIZAÇÃO Nº. UNIDADES RENDA FAMILIAR (em S.M.)
SITUAÇÃO CEF/PMM
Cristina Helena Barros II
Jardim Sumaré 160 aptos. 3 à 6 aprovado
Nome a ser definido Rua P. Antonio Tait 288 aptos. 3 à 6 em análise
Nome a ser definido Av. Pintassilgo 48 aptos. 3 à 6 aprovado
Conjunto Dolores Duran I
Cidade Alta 72 casas 3 à 6 aprovado
Conjunto Dolores Cidade Alta 76 casas 3 à 6 aprovado
77
Duran II
Conjunto Dalva de Oliveira
Cidade Alta 176 aptos. 0 à 6 aprovado
Conjunto Ataulfo Alves Cidade Alta 192 aptos. 0 à 6 aprovado
Nome a ser definido Jardim Madrid 99 aptos. 0 à 6 em análise
Nome a ser definido Jardim Alvorada 72 aptos. 3 à 6 em análise
1183
PROGRAMA OGU 1 E OGU-2:
OBRAS EM EXECUÇÃO – TERRENOS DE PROPRIEDADE DO MUNICÍPIO:
NOME DO CONJUNTO HABITACIONAL
LOCALIZAÇÃO Nº. UNIDADES RENDA FAMILIAR (em S.M.)
PRAZO DE ENTREGA
Lote 58/1
Atenas 42 casas 0 à 3 Março/2011
Lote 58/2
Atenas 28 casas 0 à 3 Março/2011
Conjunto Village Blue Village Blue 06 casas 0 à 3 Dezembro/2010
76
PAC-PROGRAMA DE ACELERAÇÃO DO CRESCIMENTO
OBRAS EM EXECUÇÃO – TERRENOS DE PROPRIEDADE DO MUNICÍPIO:
NOME DO CONJUNTO HABITACIONAL
LOCALIZAÇÃO Nº. UNIDADES RENDA FAMILIAR (em S.M.)
PRAZO DE ENTREGA
Residencial Pioneiro Odwaldo B. Neto
Cidade Alta 271 casas 0 à 3 Outubro/2011
Residencial Pioneiro Honorato Vechi
Cidade Alta 41 casas 0 à 3 Outubro/2011
312
OBRAS A LICITAR – TERRENOS DE PROPRIEDADE DO MUNICÍPIO:
Jardim Santa Rosa Quadra 109 9 casas 0 à 3 A licitar
Jardim Licce Jardim Lice 1 casa 0 à 3 A licitar
Jardim dos Pássaros Quadra 80 20 casas 0 à 3 A licitar
Jardim Botanico
Quadra 214 5 casas 0 à 3 A licitar
Jardim Atlanta
Quadras 369/377 20 casas 0 à 3 A licitar
Jardim Diamante Quadras 20/30 57 casas 0 à 3 A licitar
Parque Residencial Patrícia
Jd. Patrícia 2 casas 0 à 3 A licitar
Jardim Copacabana Gl. Rib.Morangueiro 5 casas 0 à 3 A licitar
Jardim Douradaos Quadra 93 13 casas 0 à 3 A licitar
Jardim Pinheiros III Quadra 425 5 casas 0 à 3 A licitar
Conjunto Lea Leal Quadra 93 7 casas 0 à 3 A licitar
Jardim Kakogawa Quadra 176 3 casas 0 à 3 A licitar
Jardim Madrid Quadras 82/139 9 casas 0 à 3 A licitar
78
Atenas II
Quadras 112/150 18 Casas 0 à 3 A licitar
Paris VI
Quadras 110-A/111-A 10 Casas 0 à 3 A licitar
184
TOTAL DE UNIDADES RESIDENCIAIS - SEHAB 2961
9. IDENTIFICAÇÃO DAS FONTES DE RECURSOS E FINANCIAMENTO
Este capítulo trata da identificação dos diferentes programas habitacionais e
fontes de financiamento disponíveis para a solução do déficit habitacional. As linhas de
atendimento e programas habitacionais citados no texto a seguir foram extraídas do Plano
Nacional de Habitação de Interesse Social, principal fonte de referência sobre a matéria hoje
no país.
O Sistema Nacional de Habitação visa reunir os esforços dos governos (União,
Estados e Municípios) e do mercado privado, além de cooperativas e associações populares,
para atender o déficit habitacional. O Sistema Nacional de Habitação está dividido em dois
subsistemas:
(1) Subsistema de Mercado e,
(2) Subsistema de Habitação de Interesse Social. A tese que sustenta a Política
Nacional de Habitação é que é preciso combinar ações que ampliem o mercado privado em
direção às classes médias que atualmente não encontram alternativas para moradia e ações de
promoção pública que dêem conta da população de rendas mais baixas, especialmente
aquelas situadas no intervalo de 0 a 5 s. m.
A Caixa Econômica Federal, principal agente financeiro das operações para o setor
imobiliário e braço do governo na implantação da política habitacional, implementou
mudanças nos procedimentos de aprovação de projetos, no sentido de torná-los menos
complexos e burocráticos, não apenas para dar conta do aumento dos recursos destinados à
habitação e ao saneamento como também devido à reorientação da aplicação de parte deles
para as faixas de renda situadas abaixo de 5 salários mínimos.
9.1. Linhas de atendimento e programas habitacionais no nível federal
Programas do governo federal Programas do governo Programas de assessoria
79
que respondem ao déficit
habitacional
federal que respondem à
inadequação habitacional
técnica.
Carta de Crédito Individual (CCI)
na maior parte de suas
modalidades;
Apoio à Melhoria das
Condições de Habitabilidade
de Assentamentos Precários;
Programa Nacional de Apoio
à Regularização Fundiária
Sustentável - Papel Passado
Carta de Crédito Associativo
(CCA);
Assistência Técnica
Apoio à Produção;
Ação de Apoio à Provisão
Habitacional de Interesse Social
Programa Crédito Solidário;
Ação de Apoio à Provisão
Habitacional de Interesse Social
*Os programas citados na tabela acima se encontram detalhados no Caderno do Diagnóstico deste Plano.
9.2. Plano Plurianual de Investimentos - PPA
O Plano Plurianual de Investimentos do município do quadriênio 2010/2013 prevê
investimentos na área de habitação conforme demonstra a tabela abaixo:
AÇÕES GOVERNAMENTAIS
AÇÃO PROPOSTA VALORES EM R$
Manutenção das atividades habitacionais 1.838.769,00
Reforma de Unidades Habitacionais 1.946.000,00
Construção de Unidades Habitacionais 22.833.940,00
Infraestrutura em áreas habitacionais 17.919.602,00
Adequação de áreas destinadas a habitação 6.000.000,00
Total 50.538.311,00
Fonte: Prefeitura Municipal de Maringá. Disponível em
http://venus.maringa.pr.gov.br/arquivos/orcamento/PPA/2010_2013/index_ppa_2010_2013.htm acessado em
out./2010.
80
10. Monitoramento do Plano Local de Habitação de Interesse Social de Maringá
Para que os canais de participação e controle social na política e as instâncias de
governo responsáveis por sua implementação possam ter disponibilizados dados, informações
e análises que permitam avaliar o cumprimento dos objetivos, diretrizes e metas delineadas,
bem como indicar as correções de rumo, a Prefeitura Municipal de Maringá deve dispor de
instrumentos de gestão, de sistema de informações e de mecanismos de monitoramento e
avaliação da política habitacional.
10.1. Sistema de informação
Para que os canais de participação e controle social na política e as instâncias de
governo responsáveis por sua implementação possam ter em mãos dados, informações e
análises que permitam avaliar o cumprimento dos objetivos, diretrizes e metas delineadas,
bem como indicar as correções de rumo, a Prefeitura Municipal de Maringá deve dispor de
instrumentos de gestão, de sistema de informações e de mecanismos de monitoramento e
avaliação da política habitacional.
A Prefeitura Municipal de Maringá deverá estruturar como sistema de informação e
monitoramento o Acompanhamento da Política Habitacional de Interesse Social, junto à
Secretaria Municipal de Habitação, de modo a desenvolver mecanismos próprios para o
monitoramento, avaliação de seus programas, subprogramas e projetos e acompanhamento
da evolução dos indicadores do município. O Executivo manterá atualizado,
permanentemente, as informações geo-referenciadas em meio digital.
O Sistema tem como diretrizes:
Adotar unidade territorial básica;
Atender aos princípios da simplificação, economicidade, eficácia, clareza,
precisão e segurança, evitando-se a duplicação de meios e instrumentos para
fins idênticos;
Disponibilização das informações: deve ser assegurada ampla e periódica
divulgação dos dados na página eletrônica da Prefeitura Municipal, bem como
seu acesso aos munícipes, por todos os meios possíveis;
Executivo Municipal deve dar ampla publicidade a todos os documentos e
informações produzidos no processo de elaboração, revisão, aperfeiçoamento
do Plano Local de Habitação, de planos, programas, subprogramas e projetos,
bem como no controle e fiscalização de sua implementação, a fim de assegurar
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o conhecimento dos respectivos conteúdos à população, devendo ainda
disponibilizá-las a qualquer munícipe que requisitá-la por petição simples,
ressalvadas as situações em que o sigilo seja imprescindível à segurança da
sociedade e do Estado,
Conselho Municipal de Planejamento e Gestão Territorial – CMPGT.
10.2 - Sistema de monitoramento
O Plano Local de Habitação estabelece um conjunto de indicadores para a avaliação e
o monitoramento, propiciando o acompanhamento das metas estabelecidas. Demais
indicadores podem ser acrescidos, na medida em que se tronem necessários.
O Sistema de monitoramento tem como objetivos:
Acompanhar os resultados e o cumprimento das metas;
Acompanhamento temporal do impacto da política habitacional;
Monitoramento de mudanças conjunturais que possam recomendar a revisão
e reestruturação dos programas e subprogramas, das estratégias e metas, bem
como das práticas.
Monitorar o impacto na diminuição do déficit e da inadequação habitacional;
Monitorar os programas e subprogramas;
Monitorar as alterações e adequações necessárias na gestão da política
habitacional;
Monitorar a evolução, disponibilização e o uso do banco de terras para
habitação;
Acompanhar o comportamento do mercado imobiliário para as faixas de renda
prioritárias para o Plano.
Os indicadores de efetividade quantitativa são:
Número de núcleos, domicílios e famílias em assentamentos precários e
informais atendidas por programas e subprogramas;
Número de domicílios e famílias não residentes em assentamentos precários e
informais atendidas em assentamento;
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Quantidade de terra destinada a programas e subprogramas de habitação de
interesse social, por desapropriação;
Quantidade de terra destinada a programas e subprogramas de habitação de
interesse social por meio da ZEIS – Zonas Especiais de Interesse Social;
Custo médio de urbanização, regularização fundiária, melhorias habitacionais,
aquisição de terras;
Os indicadores de efetividade qualitativa são:
Grau de satisfação das famílias com as mudanças ocorridas, medido por meio
de pesquisa de opinião;
Grau de participação da população na elaboração, definição e implementação
da política habitacional.
Os indicadores institucionais são:
Alterações na legislação municipal;
Evolução dos recursos investidos em habitação pelos diversos agentes da
política habitacional, em especial do Fundo Municipal de Habitação e demais
formas de captação de recursos.
Os indicadores de impacto são:
Alteração na distribuição dos rendimentos domiciliares por faixa de renda;
Comportamento dos preços fundiários e imobiliários;
Dinâmica de lançamentos imobiliários para a população alvo do Plano;
Movimento de licenciamento e habite-se residencial e de loteamentos.
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11. Síntese dos objetivos, diretrizes, linhas de ação, programas e intervenções estratégicas
Tabela 46 – Síntese dos objetivos, diretrizes, linhas de ação e programas
OBJETIVOS DIRETRIZES LINHAS DE AÇÃO PROGRAMAS
01. Objetivos, Diretrizes, Linhas de Ação e Programas Específicos referentes à Urbanização e Produção da Habitação de Interesse Social
Reverter o processo de
segregação sócio-espacial, por
intermédio da oferta de áreas,
do incentivo e indução à
produção habitacional dirigida
aos segmentos sociais de
menor renda, inclusive em
áreas centrais, bem como pela
urbanização e regularização
dos assentamentos precários
ocupados por população de
baixa renda.
Articular a política habitacional
com as diretrizes estabelecidas
no Plano Diretor do Município
de Maringá e com a legislação
urbanística dele decorrente
LP 1 – URBANIZAÇÃO
E PRODUÇÃO DE
HABITAÇÃO DE
INTERESSE SOCIAL
PA 1A – Programa de
integração urbana de
assentamentos precários.
PA 1B – Programa para
implantação de núcleos
comunitários rurais.
Incentivar o aproveitamento
de áreas dotadas de infra-
estrutura não utilizadas ou
subutilizadas, inseridas na
malha urbana.
Utilizar os instrumentos
urbanísticos do Estatuto da
Cidade que viabilizem a
obtenção de imóveis em área
urbanizadas e bem localizadas
para a produção de habitação
de interesse social pelos setores
público, privado e associativo.
PA 1C – Programa para
promoção pública e
privada de loteamentos
urbanos com oferta de
materiais de construção e
assistência técnica.
Priorizar a utilização de
terrenos de propriedade do
Poder Público para a
implantação de projetos
habitacionais de interesse
social.
Consolidar a política fundiária
por meio dos instrumentos
urbanísticos previstos no
Estatuto da Cidade, de
Habitação de Interesse Social e
demarcação de Zonas Especiais
de Interesse Social
PA 1D – Programa para
promoção pública ou
privada ou por autogestão
de novas unidades
habitacionais.
Promover a melhoria de
condições de habitabilidade
das famílias que residentes em
locais inadequados para a
moradia.
Integrar as ações em habitação
com as demais ações de
políticas urbanas, sociais e
ambientais, incluindo o acesso à
equipamentos sociais e de
infraestrutura urbana,
condições adequadas de
mobilidade urbana e a proteção
dos recursos naturais e da
paisagem
PA 1E – Programa para
Aquisição de Lotes e
Unidades Habitacionais
Existentes.
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02. Objetivos, Diretrizes, Linhas de Ação e Programas Específicos referentes à Qualidade e Produtividade da
Produção Habitacional
Garantir a diversidade de
soluções e a adequação
tecnológica dos projetos,
construção e manutenção dos
empreendimentos
habitacionais aos
condicionantes do meio físico,
visando melhoria da qualidade
ambiental e paisagística dos
empreendimentos
habitacionais de interesse
social.
Estimular a modernização e a
criação de um ambiente
tecnológico e de gestão que
oriente as ações dos agentes da
cadeia produtiva do setor
habitacional;
LPA 2 – LINHA
PROGRAMÁTICA
QUALIDADE E
PRODUTIVIDADE DA
PRODUÇÃO
HABITACIONAL
PA 2A - Programa de
pesquisa voltada para a
qualidade e produtividade
da produção habitacional
Estimular a produção de
habitação de interesse social
por demais agentes da
produção habitacional, tais
como a iniciativa privada, as
associações e cooperativas
populares de produção de
moradias.
Estimular a assessoria jurídica e
técnica de engenharia, de
arquitetura e social para
indivíduos, entidades, grupos
comunitários e movimentos na
área de habitação de interesse
social e o intercâmbio entre as
experiências;
PA 2A - Programa de
Ampliação e Reforma da
Habitação, por meio de
Assistência Individual e
Assistência Coletiva
Ampliar a produtividade e
melhorar a qualidade na
produção habitacional.
Estimular a autogestão na
produção de moradias,
articulando esforços na direção
da aplicação de padrões
mínimos de conforto ambiental,
na redução do desperdício e da
capacitação profissional para a
execução e gestão de obras.
PA 2C - Programa de
Construção de Sanitários
O3. Objetivos, Diretrizes, Linhas de Ação e Programas Específicos referentes ao Desenvolvimento Sócio
Ambiental das Áreas destinadas à Habitação de Interesse Social
Garantir a participação dos
agentes sociais nas diversas
instâncias de participação,
como as Conferências
Municipais de Habitação:
população moradora,
movimentos que lutam por
moradia, universidades,
organizações não
governamentais, setores
imobiliários e empresariais
entre outros, na elaboração e
definição das ações e
prioridades da política
habitacional.
Viabilizar o melhor
aproveitamento da
infraestrutura instalada e das
edificações existentes bem
como a produção de novas
unidades habitacionais,
particularmente em terrenos
vazios ou subutilizados, de
forma a reverter a tendência de
expulsão da população de baixa
renda para áreas da cidade
menos dotadas de
infraestrutura, áreas de risco e
de proteção ambiental
LPA 3 – LINHA
PROGRAMÁTICA DE
DESENVOLVIMENTO
SÓCIO-AMBIENTAL
DAS ÁREAS
DESTINADAS À
HABITAÇÃO DE
INTERESSE SOCIAL
PA 3A - Promoção pública
de conjuntos habitacionais
dirigidos ao enfoque do
gênero, das pessoas com
necessidades especiais e
dos idosos.
Estimular a assessoria jurídica Garantir o enfoque do gênero,
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e técnica de engenharia, de
arquitetura e social para
indivíduos, entidades, grupos
comunitários e movimentos na
área de habitação de interesse
social.
das pessoas com necessidades
especiais e dos idosos na
elaboração dos programas
habitacionais;
Priorizar o atendimento a
grupos, famílias e pessoas com
maior fragilidade social,
obedecendo aos mecanismos
de cotas a deficientes físicos e
idosos.
Promover programas de ação
social pós-ocupação, visando a
melhor inserção da população
de baixa renda nos conjuntos
habitacionais e no espaço
urbano consolidado;
Priorizar demandas
apresentadas por movimentos
sociais, associações e grupos
representativos dos segmentos
da população.
Atuar na contenção de
ocupações por assentamentos
habitacionais nas áreas
inadequadas para essa
finalidade, em especial as áreas
de preservação ambiental, áreas
de risco, áreas contaminadas e
áreas de bens de uso comum do
povo.
04. Objetivos, Diretrizes, Linhas de Ação e Programas Específicos referentes ao Desenvolvimento Institucional
Estimular a cooperação com os
municípios lindeiros na
formulação de programas
habitacionais e de
desenvolvimento de ações
integradas em áreas de
interesse regional.
Aprimorar e ampliar a captação
de recursos junto a outras
esferas de governo, agentes
financeiros e instituições
internacionais para os
programas de habitação de
interesse social
LPA 4 – LINHA
PROGRAMÁTICA DE
DESENVOLVIMENTO
INSTITUCIONAL
PA 4A - Programa de
desenvolvimento
institucional
Priorizar programas e projetos
habitacionais para famílias de
baixa renda, articulados no
âmbito federal, estadual e
municipal.
Implementar sistema de
monitoramento e avaliação dos
programas e ações da Política
Municipal de Habitação, de
forma sistemática e
participativa, democratizando as
informações sobre as ações
públicas desde a sua concepção
até os resultados de sua
implantação e garantindo o seu
controle social
PA 4B - Programa de
capacitação profissional de
técnicos dirigentes para
gestão do PLHIS
Definir e adotar mecanismos
de subsídios financeiros para
famílias de baixa renda,
concedidos com a finalidade de
complementar sua capacidade
de pagamento para o acesso à
moradia.
Aprimorar os mecanismos e
práticas de planejamento e
gestão, de modernização
organizacional, de capacitação
técnica de agentes públicos e
privados e da atualização dos
marcos legais
PA 4C - Programa de
capacitação profissional de
técnicos dirigentes para
gestão do PLHIS
Utilizar a PLHIS como principal
instrumento de tomada de
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decisão nas questões
habitacionais.
Adotar mecanismos de
acompanhamento e avaliação
e indicadores de impacto social
das políticas, planos e
programas.
Incentivar a implementação de
mecanismos permanentes de
assistência técnica, jurídica e
social aos programas e ações
de habitação de interesse
social.
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12. REFERÊNCIAS
FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO – FJP. Déficit Habitacional no Brasil – Municípios Selecionados e Microrregiões Geográficas. Disponível em: http://www.cidades.gov.br/secretarias-nacionais/secretaria-de-habitacao/ (consultado em 21/06/2010)
IBGE. Censo Demográfico, 2000
IBGE. Contagem Populacional 2007
MINISTÉRIO DAS CIDADES. Plano Nacional de Habitação. Disponível em: http://www.cidades.gov.br/secretarias-nacionais/secretaria-de-habitacao/politica-nacional-de-habitacao/4PoliticaNacionalHabitacao.pdf (consultado em 21/06/2010)
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ Disponível em: www.maringa.pr.gov.br/ (consultado em 21/06/2010)
CÂMARA MUNICIPAL DE MARINGÁ Disponível em: http://www.cmm.pr.gov.br/ (consultado em 21/06/2010)
IPARDES Caderno Municipal de Maringá Disponível em http://www.ipardes.gov.br (consultado em 21/06/2010)
CODEM - Conselho de Desenvolvimento Econômico de Maringá http://www.codem.org.br/
http://www.codem.org.br/investe/ (consultado em 21/06/2010)
AEN – Agência Estadual de Notícias Disponível em http://www.aen.pr.gov.br/ (consultado em 21/06/2010)
ANTONIO, Daliana C. de Lima. A ocupação do espaço e o cumprimento das leis ambientais na cidade de Maringá. Artigo. Curso de Ciências Sociais – Departamento de Ciências Sociais. Curso de Ciências Sociais – Departamento de Ciências Sociais. Universidade Estadual de Maringá. Arq. Apadec, 8 (supl.): Mai, 2004.
RODRIGUES, Ana Lúcia. A ocupação urbana da região metropolitana de Maringá: uma história de segregação. Revista paranaense de desenvolvimento, Curitiba, n.108, p.61-86, jan./jun. 2005.
IPARDES. (2004). Atlas das Necessidades Habitacionais do Paraná: Regiões Metropolitanas.
Curitiba: Instituto Paranaense de desenvovimento Econômico e Social.
MINISTÉRIO DAS CIDADES. (2009). Curso à Distância: Planos Locais de Habitação de Interesse
Social . Brasília: Ministério das Cidades.
OLIVEIRA, E. G.-N. (2009). Demanda futura por moradias no Brasi, 2008-2023: uma abordagem demográfical. Brasília: MCidades
REGO, Renato Leão. O desenho urbano de Maringá e a idéia de cidade-jardim. Acta Scientiarum. Maringá, v. 23, n. 6, p. 1569-1577, 2001.