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PREFEITURA MUNICIPAL DE BELÉM
SECRETARIA MUNICIPAL DE ASSUNTOS JURÍDICOS – SEMAJ PROCURADORIA ADMINISTRATIVA
Travessa Primeiro de Março, 424 – Campina. CEP: 66015-052 Tel.: (91) 3182 - 1103
DECRETO Nº -PMB, DE DE Junho DE 2018.
Dispõe sobre a Permissão de Uso para a implantação de passarelas aéreas e passagens subterrâneas entre edificações, nos termos do art. 142 da lei 8.655 de 30 de julho de 2008 – Plano Diretor do Município de Belém, institui parâmetros e dá outras providências.
O PREFEITO MUNICIPAL DE BELÉM, no uso de suas atribuições legais,
Considerando a competência lhe é outorgada pelo art. 94, inciso XX, da Lei Orgânica
do Município de Belém - LOMB;
Considerando o disposto na LOMB/1990, em seu art. 37, inciso XI, que estabelece
como competência do município na promoção do bem estar de sua população, dispor
e cuidar de seu peculiar interesse, especialmente a regulamentação da utilização de
bens públicos de uso comum;
Considerando o disposto na LOMB/1990, em seu art. 121, inciso V, que estabelece
que o Plano Diretor deva indicar as diretrizes na definição de critérios para a
autorização de implantação de equipamentos urbanos e comunitários e definir sua
forma de gestão;
Considerando a função municipal de planejar, decorrente do art. 182 da Constituição
Federal/88 perfectibilizada no Plano Diretor do Município de Belém – PDM/Belém, Lei
nº 8.655/2008;
Considerando o disposto no PDM/Belém, em seu art. 3º, parágrafo único o qual
estabelece que o uso e a ocupação do solo deverão ser compatíveis com a oferta de
infraestrutura, e serviços públicos e em respeito ao direito de vizinhança, a segurança
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do patrimônio público e privado, a preservação e recuperação do ambiente natural e
construído;
Considerando o disposto no PDM/Belém, em seu art. 46, inciso I, que considera as
passarelas como infraestrutura integrante do sistema Viário do Município;
Considerando o disposto no PDM/Belém, em seu art. 74, inciso III, que estabelece
como objetivo do ordenamento territorial a ampliação às possibilidades de acesso a
bens, serviços e equipamentos públicos; e inciso VI, a melhoria das condições de
mobilidade e acessibilidade;
Considerando o disposto no PDM/Belém, em seu art. 142, inciso III, alínea “b” que
estabelece o preço público como um dos instrumentos financeiros e o inciso IV, alínea
“b”, que define a concessão, permissão ou autorização de uso de bens públicos
municipais como um instrumento jurídico – administrativo, ambos como instrumentos
de política urbana, com o objetivo de promover o planejamento, controle e gestão do
Município de Belém;
Considerando o disposto na Lei Ordinária nº 7.400/88, em seu Art. 25, §2º, que
caracteriza as passagens como compartimento de permanência transitória, aqueles
locais de uso definido, ocasional ou temporário, caracterizando espaços habitáveis de
permanência confortável por tempo determinado;
D E C R E T A : CAPÍTULO I - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 1º. Este Decreto dispõe sobre a Permissão de Uso, a título oneroso, e Alvará de
Obras, para a implantação de passarelas aéreas sobre vias públicas, bem como sobre
passagens subterrâneas entre edificações (públicas ou privadas) sob logradouros
públicos municipais, dispondo ainda sobre os parâmetros urbanísticos necessários à
sua implantação.
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§1º. A Permissão de Uso, a título oneroso, será paga pelo permissionário mediante
preço público.
§2º O Alvará de Obras será emitido pela Secretaria Municipal de Urbanismo mediante
análise técnica do projeto apresentado a luz dos parâmetros urbanísticos vigentes.
Art. 2º. Para efeitos de aplicação deste Decreto considera-se:
I - Alvará de Obras: documento que autoriza a execução das obras sujeitas à
fiscalização da
Prefeitura;
II - corredor de tráfego: via com grande volume de tráfego;
III - Habite-se: documento fornecido pelo Poder Executivo Municipal, através do qual
autoriza a ocupação e uso da edificação;
VI - logradouro público: espaço livre destinado pela municipalidade à circulação,
parada ou estacionamento de veículos, ou à circulação de pedestres, tais como
calçada, parques, áreas de lazer, calçadões;
III - passarela: obra de arte destinada à transposição de vias, em desnível aéreo, para
a interligação entre edificações para uso de pedestres;
IV - passagem subterrânea: obra de arte destinada à transposição de vias, em
desnível subterrâneo, para a interligação entre edificações, e a circulação de
pedestres e veículos;
V - permissão de uso: ato administrativo unilateral, discricionário e precário, não
exigindo em regra a licitação pública;
VI - permissionário: aquele que obteve licença ou permissão para algo;
VII - preço público: remuneração decorrente da outorga do uso do bem público a
terceiros pela Administração Pública;
VIII - via: superfície por onde transitam veículos, pessoas e animais, compreendendo a
pista, a calçada, o acostamento, ilha e canteiro central;
CAPÍTULO II - DA PERMISSÃO PROVISÓRIA DE USO
Art. 3º. O Chefe do Poder Executivo poderá emitir a Permissão Provisória de Uso com
base nas diretrizes técnicas emitidas, devendo ser publicada no Diário Oficial do
Município de Belém.
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§1º Cabe ao permissionário todas as despesas com a averbação da respectiva
permissão de uso no Cartório de Registro de Imóveis.
§2º A Permissão Provisória de Uso não gera direito à implantação da passarela ou da
passagem subterrânea, o que só se constituirá após a obtenção do respectivo Alvará
de Obras e Termo de Permissão de Uso.
Art. 4º. Compete à Secretaria Municipal de Urbanismo – SEURB proceder à análise
técnica de viabilidade urbanística da instalação da passarela ou passagem
subterrânea, observando os seguintes aspectos:
I - a instalação deverá ser vinculada, exclusivamente, a imóveis destinados ao uso
comercial ou serviço com área total construída mínima de 20.000,00m² e gabarito
mínimo de 12,00 metros;
II - é vedada a instalação em via classificada como Corredor de Tráfego, conforme
Anexo 01/26 da Lei nº 02/2003 - Lei Complementar de Controle Urbanístico, exceto
para o uso Serviço de Saúde;
III - é vedada a instalação em via com faixa de domínio menor ou igual a 9,00m;
IV - o cumprimento das determinações deste Decreto, das demais legislações
municipais vigentes e normas técnicas do Corpo de Bombeiros.
Art. 5°. Não poderá ser instalada passarela ou passagem sobre praças, parques,
jardins públicos, bem como, reservas naturais relevantes definidas pelo órgão
municipal competente.
§1°. A instalação de passarelas nas Zonas Especiais de Preservação do Patrimônio
Histórico-Cultural (ZEIP) deverá ser objeto de análise pelos órgãos competentes.
§2°. É vedada a instalação das obras de arte no Centro Histórico de Belém, definido
conforme Anexo VI da Lei n° 8.655/2008 – Lei do Plano Diretor do Município de
Belém.
§3°. Quando se tratar de passarela aérea ou passagem subterrânea nas áreas com
edificações que constituem o Patrimônio Histórico, Artístico, Ambiental e Cultural do
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Município de Belém, inclusive aquelas objeto de tombamento individual com o seu
entorno imediato a nível federal, estadual ou municipal deverá ser apresentado projeto
com anuência prévia do(s) órgão(s) de preservação do patrimônio ou sucedâneo.
Art. 6º. O requerimento de Permissão de Uso Provisória de utilização do espaço aéreo
e do espaço subterrâneo, de que trata o art. 1º deste Decreto, será direcionado ao
setor de análise da Secretaria Municipal de Urbanismo - SEURB, ou seu sucedâneo, o
qual emitirá Parecer Técnico após avaliação de sua viabilidade urbanística.
§1º O Parecer Técnico conterá as diretrizes técnicas para aprovação do projeto
arquitetônico da passarela ou da passagem;
§2º Para a emissão do Parecer Técnico, o requerente deverá solicitar abertura de
processo administrativo junto à SEURB, contendo os seguintes documentos:
I - para as passagens subterrâneas:
a) Projeto Arquitetônico em 02 (duas) vias impressas, no mínimo, devidamente
aprovado e carimbado pelo Corpo de Bombeiros do Estado do Pará;
b) Projeto Arquitetônico em meio digital (arquivo com extensão DWG);
c) Registro de Responsabilidade Técnica – RRT do(s) responsável(is) pelo Projeto
Arquitetônico;
d) Alvará/ Habite-se dos imóveis a serem interligados, se houver;
e) Anuência das concessionárias das redes de água, esgoto e energia;
f) Parecer Técnico do órgão municipal de trânsito favorável ao empreendimento;
g) Licenças Ambientais, a serem emitidas pelo órgão municipal ambiental.
II - para as passarelas aéreas:
a) Projeto Arquitetônico em 02 (duas) vias impressas, no mínimo, devidamente
aprovado e carimbado pelo Corpo de Bombeiros do Estado do Pará;
b) Projeto Arquitetônico em meio digital (arquivo com extensão DWG);
c) Registro de Responsabilidade Técnica – RRT do(s) responsável(is) pelo Projeto
Arquitetônico;
d) Alvará/ Habite-se dos imóveis a serem interligados, se houver;
e) Anuência das concessionárias das redes de água, esgoto e energia;
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f) Parecer Técnico do órgão municipal de trânsito favorável ao empreendimento;
g) Licenças Ambientais, a serem emitidas pelo órgão municipal ambiental.
§3º A Permissão Provisória de Uso será emitida em nome do proprietário dos lotes
que se identificar como o requerente do processo.
§4º O Parecer Técnico e o Termo de Permissão Provisória de Uso terão validade
máxima de 12 (doze) meses, cuja contagem será interrompida no ato do protocolo
para fins de emissão do Alvará de Obras.
CAPÍTULO III - DO ALVARÁ DE OBRAS
Art. 7º. Para a emissão do Alvará de Obras de que trata este Decreto deverá ser
protocolado processo administrativo contendo os seguintes documentos:
I - Parecer Técnico;
II - Termo de Permissão Provisória de Uso;
III - Projeto Arquitetônico legal completo da passarela ou da passagem subterrânea,
com a indicação da ligação entre as edificações, devidamente aprovado e carimbado
pelo Corpo de Bombeiros do Estado do Pará (02 vias impressas);
IV - Projeto Arquitetônico legal completo da passarela ou da passagem subterrânea
em meio digital (arquivo com extensão DWG);
V - Registro de Responsabilidade Técnica – RRT do(s) responsável(is) pelo Projeto
Arquitetônico;
VI - Anotação de Responsabilidade Técnica – ART do(s) responsável(is) pelo Projeto
estrutural da passarela ou passagem subterrânea;
VII - Documento de posse ou propriedade dos lotes das edificações;
VIII - Certidão Conjunta Negativa ou Positiva com efeito de negativa emitida pela
SEFIN referente aos lotes das edificações;
IX - Projeto Arquitetônico completo das edificações, assinado pelo responsável técnico
e carimbado pelo Corpo de Bombeiros Militar (02 vias impressas);
X - Projeto Arquitetônico completo das em meio digital (arquivo com extensão DWG);
XI - Anotação de Responsabilidade Técnica – ART do(s) responsável(is) pela
execução da passarela ou passagem subterrânea e obras das edificações;
XII - Atestado de Viabilidade Técnica emitido pela COSANPA;
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XIII - Atestado de Viabilidade Técnica emitido pela SESAN;
XIV - Parecer Técnico emitido pelo I COMAR favorável ao empreendimento;
XV - Autorização de Serviço – AS emitida pela SeMOB para o empreendimento;
XVI - Licença de Instalação emitida pela SEMMA para o empreendimento;
XVII - Plano de manutenção preventiva da passarela ou passagem subterrânea.
§1º Quando a passarela ou passagem subterrânea for destinada à interligação entre
edificações já existentes, o requerente deverá protocolar, juntamente com a solicitação
de Alvará de Obras para a obra de arte, solicitação para modificação de projeto das
edificações que irão recebê-la, seja ela com ou sem acréscimo de área construída,
indicando no projeto a previsão da passarela ou da passagem subterrânea.
§2º Quando a passarela ou passagem subterrânea for destinada à interligação de uma
edificação existente e uma edificação nova, o requerente deverá protocolar,
juntamente com a solicitação de Alvará de Obras para a obra de arte, solicitação para
modificação de projeto da edificação existente e aprovação de projeto e licença da
edificação nova que irão recebê-la, indicando no projeto a previsão da passarela ou da
passagem subterrânea.
§3º Quando a passarela ou passagem subterrânea for destinada à interligação entre
edificações novas, o requerente deverá protocolar, juntamente com a solicitação de
Alvará de Obras para a obra de arte, solicitação para aprovação de projeto e licença
das edificações que irão recebê-la, indicando no projeto a previsão da passarela ou da
passagem subterrânea.
§4º Concluído o licenciamento da obra das edificações, será entregue ao interessado,
mediante pagamento de taxas, o Alvará, bem como cópia do projeto licenciado, que
deverá ser mantido no local da obra, para fins de fiscalização.
§5º O Alvará de Obras expirar-se-á no prazo de 01 (um) ano, contados a partir de sua
emissão, caso não seja iniciada a respectiva obra, admitida sua renovação a critério
da Secretaria Municipal de Urbanismo.
Art. 8º. As passagens e passarelas de que trata este Decreto deverão:
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I - atender ao Decreto Federal nº 5.296, de 2 dezembro de 2004, e à NBR 9050/2015,
ou sucedâneas;
II - atender ao disposto no Código Civil Brasileiro, nas Normas Técnicas do Corpo de
Bombeiros Militar do Estado do Pará, na NBR 14718/2001 e demais normativas em
vigor, quanto aos critérios de segurança;
III - atender aos critérios a serem estabelecidos pelo ente público competente quando
se tratar de patrimônio histórico e cultural e suas áreas envoltórias;
IV - respeitar os locais sob proteção e preservação natural definidos pela legislação
ambiental;
V - respeitar as áreas de abrangência de servidões públicas existentes no local e
adjacências, bem como as áreas militares;
VI - observar os parâmetros urbanísticos definidos na Lei Complementar de Controle
Urbanístico e no Plano Diretor do Município de Belém, para as Áreas Aeroportuárias,
quando se tratar de passarelas;
VII - causar a menor interferência relativa à aeração, insolação ou iluminação das
edificações próximas e à paisagem urbana;
VIII - resguardar a arborização existente, podendo ocorrer a sua poda desde que
autorizado pelo órgão municipal ambiental competente;
IX - garantir o não comprometimento do logradouro público municipal para sua futura
utilização;
X - garantir a visibilidade da sinalização de trânsito;
XI - garantir a circulação de pedestres e de veículos na rede viária, bem como o fluxo
dos veículos de emergência;
XII - garantir a manutenção, o funcionamento e a instalação de infraestrutura de redes
de serviços públicos existentes.
Art. 9º. As passarelas sobre vias públicas municipais deverão respeitar os seguintes
parâmetros:
I - As laterais das passarelas devem ser protegidas por uma estrutura de, no mínimo,
1,20m (um metro e vinte centímetros) de altura;
II - largura interna útil mínima de 1,80m (um metro e oitenta centímetros);
III - pé-direito mínimo de 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros) e altura máxima
de 5,00m (cinco metros), para o caso de passarela com dois pavimentos;
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VI - altura de 7,00m (sete metros), medida a partir do eixo longitudinal da superfície de
rolamento, até a face inferior da passarela.
§1º As passarelas que possuem declividade devem estar em conformidade com a
norma técnica da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT 9050/2015,
referente à acessibilidade de Pessoa com Deficiência – PcD.
§2º As passarelas que interligam áreas ou edificações privadas devem ser
constituídas de material desmontável.
Art. 10. A área da passarela ou passagem será destinada, exclusivamente, à
circulação de pedestres, sendo vedada a colocação de qualquer obstáculo ou
equipamento que impeça ou dificulte a livre circulação, assim como proibida a sua
utilização para uso de publicidade externa.
Art. 11. Tratando-se de passarela ou passagem que interligue áreas ou edificações
privadas, apenas uma única passarela ou passagem pode ser instalada por imóvel,
desde que obedeça às seguintes condições:
I - interligue apenas 02 (dois) imóveis;
II - pertençam os imóveis a serem interligados, ao mesmo proprietário ou locatário;
III - estejam os imóveis em situação regular junto ao Município de Belém;
IV - estejam os imóveis, o(s) proprietário(s), o(s) responsável(eis) técnico(s) e o(s)
locatário(s), adimplentes(s) com o fisco municipal.
Art. 12. As passarelas que interliguem áreas ou edificações privadas devem ter os
seus apoios instalados no interior dos imóveis a serem interligados, devendo ser
observados os afastamentos previstos para a edificação, conforme previsão da
legislação municipal vigente.
CAPÍTULO IV - DA PERMISSÃO DE USO
Art. 13. O Chefe do Poder Executivo poderá emitir a Permissão de Uso de que trata
este Decreto, com base nas diretrizes técnicas emitidas, devendo ser publicada no
Diário Oficial do Município de Belém.
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§1º Cabe ao permissionário todas as despesas com a averbação da respectiva
permissão de uso no Cartório de Registro de Imóveis.
§2º A Permissão de Uso será emitida em nome do proprietário dos lotes que se
identificar como o requerente do processo.
Art. 14. A Permissão de Uso do espaço público deverá ser outorgada com prazo de
validade de um (01) ano, mediante pagamento de preço público exigível nos termos
deste decreto, podendo ser revogada a qualquer tempo pelo Poder Executivo, sem
indenização, em caso de interesse público.
§1º A Permissão de Uso deverá ser renovada anualmente, mediante solicitação de
renovação protocolada na Secretaria Municipal de Urbanismo – SEURB;
§2º Quando for revogada a permissão de uso pelo Poder Público, o permissionário
deverá providenciar a remoção das estruturas da passarela e a vedação da passagem
em até 30 (trinta) dias após a notificação da revogação.
§3º Não ocorrendo a remoção das estruturas passarela ou a vedação da passagem,
quando for o caso no prazo estipulado no parágrafo anterior, o Município a promoverá
por seus meios, passando ao permissionário os custos, com acréscimo de 100% (cem
por cento), a título de indenização.
Art. 15. O permissionário terá no máximo 02 (dois) anos para início da implantação da
passarela ou passagem, e 02 (dois) anos para conclusão da obra da passarela e da
passagem, a contar da data de expedição do respectivo Termo de Permissão de Uso
pela Administração Pública Municipal.
Parágrafo único. O prazo para a conclusão da passarela e da passagem subterrânea
poderá ser renovado por igual período.
Art. 16. O permissionário de uso do espaço público deverá recolher uma contrapartida
financeira resultante de avaliação.
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Parágrafo único. O preço público a ser pago para o uso do espaço público será
anual, recolhido pela Secretaria Municipal de Urbanismo – SEURB, e destinado ao
Tesouro Municipal.
Art. 17. O cálculo de avaliação financeira para estabelecimento do preço público será
feito por meio de parecer técnico da CODEM mediante solicitação formal e prévia da
SEURB.
§1º O procedimento avaliatório adotado será o Método Comparativo Direto de Dados
de Mercado, conceituado pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas),
através da NBR 14.653-2 – Avaliação de Imóveis Urbanos.
§2º A avaliação será realizada por analogia e sobre projeção da área ocupada pela
benfeitoria, utilizando o método comparativo de mercado;
§3º O preço público será atualizado anualmente, com base em índices vigentes no
mercado, como IGP-M (Índice Geral de Preços de Mercado), fornecido pela Fundação
Getúlio Vargas.
§4º A guia de recolhimento municipal para pagamento do preço público deverá ser
emitida conjuntamente a guia das taxas do licenciamento das edificações.
Art. 18. A utilização da passarela e da passagem subterrânea pelos usuários finais só
poderá ocorrer após a emissão do Habite-se pela Secretaria Municipal de Urbanismo,
que deverá ser requerida pelo interessado.
Parágrafo único. Para a emissão do Habite-se, o órgão da Secretaria Municipal de
Urbanismo, responsável pela fiscalização, deverá vistoriar e atestar a conclusão da
obra, a fim de certificar o cumprimento dos requisitos contidos neste Decreto.
Art. 19. A permissão outorgada pelo município para uso do espaço aéreo ou
subterrâneo deverá ser renovada anualmente, mediante solicitação protocolada na
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Secretaria Municipal de Urbanismo – SEURB e pagamento do valor do preço público
atualizado.
§1º Para a emissão da renovação, o permissionário deverá apresentar os seguintes
documentos:
a) Laudo de vistoria de boa conservação da estrutura do equipamento instalado;
b) ART do responsável técnico pelo laudo de vistoria;
c) Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros Militar do Pará vigente;
§ 2º O valor de que trata o caput será recolhido por meio de Documento de
Arrecadação Municipal (DAM), na forma e no prazo estipulado pela Secretaria
Municipal de Urbanismo.
CAPÍTULO V - DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 20. O projeto arquitetônico da passarela ou da passagem, sua construção,
segurança e manutenção são de responsabilidade do permissionário, cabendo ao
Município à aprovação do projeto, a autorização e fiscalização.
Art. 21. O uso do espaço público municipal somente será concedido àqueles que
estiverem regulares com o fisco municipal e operarem de acordo com as normas
urbanísticas e ambientais.
Art. 22. A demolição, o desmonte ou a vedação das estruturas será exigida quando:
I - não comprovado o pagamento do valor anual do preço público, conforme previsto
neste Decreto;
II - não atendidas às exigências urbanísticas referentes à implantação da passarela;
III - a instalação for executada sem autorização e não seja possível sua regularização;
IV - as instalações forem consideradas de risco na sua segurança, estabilidade ou
resistência, por laudo de vistoria, e o permissionário ou responsável técnico não tomar
as medidas necessárias no prazo de 48 (quarenta e oito) horas;
V - indicada, no laudo de vistoria, a necessidade de imediata demolição, parcial ou
total, diante de ameaça iminente de desmoronamento ou ruína;
VI - inviabilize a execução de intervenção ou obra de interesse público.
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Parágrafo único. Não ocorrendo à demolição, o desmonte ou a vedação, quando for
o caso, por parte do infrator, no prazo fixado pelo órgão competente, o Município a
promoverá por seus meios, passando ao permissionário os custos, com acréscimo de
100% (cem por cento), a título de indenização.
Art. 23. Nas infrações praticadas por pessoa jurídica também devem ser punidos com
multa seus administradores ou controladores, quando tiverem agido com dolo ou
culpa.
Art. 24. O proprietário do imóvel responde perante o Município e terceiros pelos danos
relacionados à instalação ou manutenção da passarela,
Art. 25. Cumpre ao proprietário ou responsável pela instalação da passarela promover
a sua regular manutenção, visando conservar suas condições de segurança, higiene e
durabilidade.
Art. 26. Aplicam-se aos casos de inobservância às regras previstas neste Decreto,
dentre outras contidas em lei ou regulamento, as infrações administrativas, os
procedimentos de fiscalização e de julgamento do Auto de Infração previstos na Lei
Complementar nº 02/1999 e na Lei nº 8106/2001, ou sucedâneas.
Parágrafo Único. As multas relativas ao descumprimento na execução do projeto
aprovado não eximirão o infrator de adequar a obra aos termos de outorga da
permissão.
Art. 27. As disposições deste Decreto não se aplicam às passarelas suspensas de
travessias de pedestres sobre vias para interligação de usos de qualquer natureza e o
logradouro público, nem às passarelas de interligação entre múltiplas edificações
existentes sobre o mesmo imóvel e que não se sobreponham a logradouros públicos,
cujas análises observarão em todo o caso às regras exclusivas da Lei Complementar
nº 02/1999 e da Lei nº 8.655/2008, Plano Diretor do Município de Belém.
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Art. 28. Fica revogado, em todos os seus termos, o Decreto nº 69.415-PMB, de 23 de
março de 2012, publicado no Diário Oficial do Município de Belém, edição nº 12.062,
de 29 de março de 2012.
Art. 29. Revogam-se as disposições em contrário.
Art. 30. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Palácio Antonio Lemos, de de 2018.
Zenaldo Rodrigues Coutinho Junior Prefeito Municipal de Belém