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PREFEITURA MUNICIPAL DE CHAPADINHA
Secretaria Municipal de Saúde - SEMUS
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO
BÁSICO E SEUS IMPACTOS NAS CONDIÇÕES DE VIDA E NO AMBIENTE NATURAL,
CARACTERIZAÇÃO INSTITUCIONAL DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS E
CAPACIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE ENDIVIDAMENTO DO MUNICÍPIO.
Chapadinha
2015
PREFEITURA MUNICIPAL DE CHAPADINHA
Secretaria Municipal de Saúde - SEMUS
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO
BÁSICO E SEUS IMPACTOS NAS CONDIÇÕES DE VIDA E NO AMBIENTE NATURAL,
CARACTERIZAÇÃO INSTITUCIONAL DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS E
CAPACIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE ENDIVIDAMENTO DO MUNICÍPIO.
Plano Municipal de Saneamento Básico de Chapadinha –Diagnóstico municipal apresentado ao ComitêCoordenador para subsidiar as ações de planejamento eelaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico.
Chapadinha
2015
Prefeitura Municipal de Chapadinha
Endereço do contratante:
Av. Presidente Vargas Nº 310, Centro Chapadinha MA
CEP 65500-000
Gestão Ambiental Projetos e Consultoria Ltda
Endereço da contratada:
Rua Maria Pandu, 8 - Olho de Porco
Raposa/MA
CEP 65138-000
Chapadinha. Prefeitura Municipal de Chapadinha. SecretariaMunicipal de Saúde.
Plano municipal de saneamento básico de Chapadinha: plano detrabalho do PMSB / Secretaria Municipal de Saúde. – Chapadinha:Prefeitura Municipal de Chapadinha, 2014.
164 f. : il.
1. Política 2. Planejamento urbano 3. Saneamento I. Título
CDU
EQUIPE TÉCNICA
José Pereira de |Alencar
Químico Industrial – Esp. em Gestão e Manejo Ambiental na Agroindústria
Anderson Pires Ferreira
Biólogo, Mestre em Biodiversidade e Especialista em Gestão Ambiental
Telma Costa Thomé
Administradora, Especialista em Gestão Pública e Planejamento Estratégico
José Renato Marques Borralho Junior
Eng. Agrônomo Mestre em Agroecologia - Especialista em Engenharia Ambiental
Marcio Costa Fernandes Vaz dos Santos
Biólogo, PhD em Ciências Ambientais
Valéria Galdino Silva e Silva
Engenheira Ambiental
Yury Maciel Couto
Engenheiro Ambiental
Samme Sraya Oliveira Santos
Produtora de Eventos
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Entrada da Cidade de Chapadinha. ............................................................................7
Figura 2: Av. Oliveira Roma, onde localiza-se o principal centro comercial da cidade...........7
Figura 3: Pavimentação utilizada na maioria das vias da cidade de Chapadinha .....................8
Figura 4: Vista parcial da Avenida Vitorino Freire – Bairro Terras Duras...............................8
Figura 5: Av. Presidente Vargas, principal via que corta a Zona Urbana da cidade.................9
Figura 6: Rodovia BR-222 nas imediações da cidade. .............................................................9
Figura 7: Vista da cidade de Chapadinha. ...............................................................................10
Figura 8: Em vermelho, a localização do Município de Chapadinha no Estado do Maranhão.
Fonte: Wikimedia ....................................................................................................................11
Figura 9: Gráfico de Temperatura para Chapadinha-MA. ......................................................12
Figura 10: Tabela Climática para Chapadinha-MA. ...............................................................13
Figura 11: Gráfico Climático para Chapadinha-MA...............................................................13
Figura 12: Temperatura média do ar anual. ............................................................................14
Figura 13: População por sexo na Zona Urbana e Rural.........................................................15
Figura 14: Evolução Populacional de 1991 a 2010.................................................................17
Figura 15: Pirâmide Etária de Chapadinha .............................................................................18
Figura 16: Unidade de Saúde Básica em Chapadinha.............................................................20
Figura 17: Hospital Antônio Pontes de Aguiar – HAPA ........................................................20
Figura 18: Número de casos de AIDS registrados no município de 1990 a 2012. Fonte:
Relatórios Dinâmicos. ..............................................................................................................19
Figura 19: Número de casos de doenças transmitidas por insetos vetores em Chapadinha.
Fonte: Relatórios Dinâmicos ...................................................................................................20
Figura 20: Taxa de Mortalidade de Crianças em Chapadinha. ...............................................21
Figura 21: Imunizações em Crianças menores de 1 ano .........................................................22
Figura 22: Número de imunizações no período de 2010 a 2014.............................................23
Figura 23: Número de Escolas por nível em Chapadinha.......................................................25
Figura 24: Número de Matrículas por nível em Chapadinha ..................................................26
Figura 25: Número de docentes por nível em Chapadinha .....................................................27
Figura 26: Taxa de Frequência líquido no ensino fundamental e médio ................................28
Figura 27: Taxa de conclusão do ensino médio e fundamental nos últimos três censos do
IBGE.........................................................................................................................................29
Figura 28: IDEB dos anos finais e iniciais ao longo dos últimos anos ...................................30
Figura 29: Unidade de ensino João de Castro Barbosa – Zona Rural de Chapadinha............31
Figura 30: Pré-Escola no centro da cidade..............................................................................31
Figura 31: Escola Inácio Costa na Zona Rural do Município. ................................................32
Figura 32: Complexo policial de Chapadinha,........................................................................33
Figura 33: 4ª Companhia de Polícia Militar, sediada em Chapadinha....................................34
Figura 34: Sede da Guarda Civil em Chapadinha...................................................................34
Figura 35: Rodoviária Municipal ............................................................................................35
Figura 36: Interior da Rodoviária Municipal. .........................................................................36
Figura 37: Instalações do galpão de entrada do Aeroporto municipal ....................................37
Figura 38: Vista parcial da pista de pouso do aeroporto municipal de Chapadinha ...............37
Figura 39: Acesso a água em Chapadinha ..............................................................................38
Figura 40: Abrangência do Serviço de Coleta de Resíduos. ...................................................39
Figura 41: Proporção de Moradores Urbanos em Chapadinha ...............................................40
Figura 42: Frota veicular de Chapadinha ................................................................................41
Figura 43: Poço localizado no Conjunto Mil casas.................................................................42
Figura 44: Subestação da CEMAR em Chapadinha. ..............................................................43
Figura 45: Unidade do Ciretran de Chapadinha......................................................................44
Figura 46: Mercado Municipal de Chapadinha.......................................................................44
Figura 47: Interior do Mercado Municipal..............................................................................45
Figura 48: Unidade do SEBRAE em Chapadinha ..................................................................45
Figura 49: Caixa Econômica Federal ......................................................................................46
Figura 50: Universidade Federal do Maranhão – Campus Chapadinha..................................47
Figura 51: Distribuição doa religiões no município de Chapadinha.......................................48
Figura 52: Igreja Nossa Senhora das Dores (Matriz)..............................................................55
Figura 53: Olaria em Chapadinha. ..........................................................................................61
Figura 54: Produção por hectare dos principais produtos cultivados em Chapadinha............62
Figura 55: Principais Rebanhos em Chapadinha.....................................................................62
Figura 56: Balanço entre Receitas e Despesas de Chapadinha-MA .......................................63
Figura 57: Índice de Qualificação da Mão de Obra e Produtividade – IQMP, emprego, salário
e consumo de energia em Chapadinha – MA...........................................................................64
Figura 58: Participação dos setores no PIB de Chapadinha em relação ao Maranhão e ao
Brasil.........................................................................................................................................65
Figura 59: IDHM dos municípios da Região do Munim ........................................................65
Figura 60: Localização da Bacia Sedimentar do Parnaíba......................................................68
Figura 61: Mapa dos Solos de Chapadinha.............................................................................73
Figura 62: Abrangência da Bacia Hidrográfica do Munim.....................................................75
Figura 63: Volume captado na represa....................................................................................85
Figura 64: Modelo de estação de tratamento de água simplificado usado pela CAEMA.......86
Figura 65: Sistema de decantação da ETA..............................................................................88
Figura 66: Sistema de filtragem da ETA em funcionamento..................................................88
Figura 67: Sistema de filtragem da ETA em funcionamento..................................................89
Figura 68: Sistema de captação de água na represa e enviada para a ETA.............................89
Figura 69: Represa Itamacaoca em detalhe ao centro da imagem ..........................................90
Figura 70: Localização dos poços cadastrados no levantamento CPRM de 2011 no município
de Chapadinha. Nem todos os poços estão em operação. Fonte: Gestão Ambiental,2015 .....98
Figura 71: Localização dos poços cadastrados no levantamento CPRM de 2011 para a sede
municipal. Nem todos os poços estão em operação. ................................................................98
Figura 72: Padrão microbiológico da água para consumo humano ......................................101
Figura 73: Construção da ETA de Chapadinha.....................................................................111
Figura 74: Construção da ETA de Chapadinha.....................................................................112
Figura 75: Destinação de uso da água dos poços públicos e particulares. ............................119
Figura 76: Poços tubulares utilizados para abastecimento da população..............................120
Figura 77: Composição gravimétrica dos resíduos sólidos do Brasil ...................................124
Figura 78: Caminhão realizando a coleta de lixo no município............................................127
Figura 79: Divisão em quartos do resíduo para posterior segregação e pesagem.................127
Figura 80: Caracterização gravimétrica dos resíduos em Chapadinha/MA..........................128
Figura 81: Lixão de Chapadinha ...........................................................................................131
Figura 82: Lixão de Chapadinha ...........................................................................................131
Figura 83: Resíduos de ambulatório encontrado no lixão de Chapadinha............................132
Figura 84: Resíduos de ambulatório encontrado no lixão de Chapadinha............................133
Figura 85: Vala de deposição de lixo hospitalar e esgotamento de fossas............................133
Figura 86: Roteiro do Sistema de Coleta de Resíduos Urbanos de Chapadinha – MA. .......135
Figura 87: Ilustra alguns dos veículos utilizados para a coleta e transporte de resíduos. .....136
Figura 88: Ilustra alguns dos veículos utilizados para a coleta e transporte de efluentes
sanitários.................................................................................................................................136
Figura 89: Plástico coletado pelos catadores.........................................................................137
Figura 90: Material segregado pelos catadores .....................................................................137
Figura 91: Lata metálica coletado pelos catadores................................................................138
Figura 92: Material plástico segregado pelos catadores........................................................138
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Coordenadas geográficas do município de Chapadinha - MA................................10
Tabela 2: Número de estabelecimentos de saúde no município de Chapadinha.....................19
Tabela 3: Indicadores de Saúde dos municípios da região do Alto Munim segundo
DATASUS................................................................................................................................18
Tabela 4: Fecundidade das mulheres de Chapadinha..............................................................23
Tabela 5: Número de Famílias e Pessoas atendidas no PACS e PSF nos últimos 4 anos.......24
Tabela 6: Indicadores de Educação dos municípios da região do Alto Munim ......................30
Tabela 7: Setorização do Município de Chapadinha...............................................................55
Tabela 8: Produto Interno Bruto – PIB de Chapadinha...........................................................64
Tabela 9: Sistema de abastecimento de água ..........................................................................84
Tabela 10: Índice de hidrometração. .....................................................................................110
Tabela 11: Investimentos previstos .......................................................................................110
Tabela 12: Padrão microbiológico de potabilidade da água para consumo humano. ...........113
Tabela 13: Apresentação quantitativa das análises exigidas pela Portaria nº 2.914..............114
Tabela 14: Lista parcial de parâmetros do padrão de aceitação para consumo humano.......116
Tabela 15: Composição gravimétrica dos resíduos sólidos do Brasil ...................................123
LISTA DE QUADROS
Quadro 1: Parâmetros para Águas subterrâneas ...................................................................100
Quadro 2: Organismos presentes no lixo e seu tempo..........................................................129
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO...........................................................................................................5
2 CARACTERIZAÇÃO GERAL.................................................................................5
2.1 Histórico do Município......................................................................................... 5
2.2 Localização ......................................................................................................... 10
2.3 Dados climatológicos.......................................................................................... 11
3 DENSIDADE DEMOGRÁFICA.............................................................................15
4 SISTEMAS PÚBLICOS EXISTENTES.................................................................18
4.1 Saúde................................................................................................................... 18
4.2 Educação............................................................................................................. 24
4.3 Segurança............................................................................................................ 32
4.4 Infraestrutura....................................................................................................... 34
4.5 Tradição, Costumes e Cultura............................................................................. 48
4.6 Práticas de Saúde e Saneamento......................................................................... 49
4.7 Relação entre Doenças e o Saneamento Básico ................................................. 51
4.8 Doenças infecciosas relacionadas com a água.................................................... 51
4.9 Doenças infecciosas relacionadas com esgoto.................................................... 53
4.10 Doenças infecciosas relacionadas com o lixo..................................................... 53
5 DINÂMICA SOCIAL...............................................................................................54
6 SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO........................................59
7 ECONOMIA..............................................................................................................61
8 ASPECTOS AMBIENTAIS.....................................................................................66
8.1 Meio Físico ......................................................................................................... 66
8.2 Geologia.............................................................................................................. 67
8.3 Pedologia ............................................................................................................ 71
8.4 Recursos Hídricos ............................................................................................... 73
8.4.1 Águas superficiais.........................................................................................73
8.4.2 Águas Subterrâneas ......................................................................................76
8.5 Meio Biótico ....................................................................................................... 78
8.5.1 Vegetação .....................................................................................................78
8.5.2 Fauna.............................................................................................................80
9 DIAGNÓSTICO DO SERVIÇO DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA ...............82
9.1 Histórico ............................................................................................................. 82
9.2 Fontes de abastecimento ..................................................................................... 82
9.3 Características do sistema de abastecimento de água......................................... 83
9.4 Captação ............................................................................................................. 84
9.5 Estação de Tratamento de Água – ETA.............................................................. 85
9.6 População atendida ............................................................................................. 90
10 DIAGNÓSTICO DA QUALIDADE DA ÁGUA DO MUNICÍPIO .....................91
10.1 Introdução ........................................................................................................... 91
10.2 Poluição da água subterrânea.............................................................................. 93
10.3 Fontes pontuais de poluição e microorganismos patogênicos ............................ 94
10.4 Doenças por transmissão hídrica ........................................................................ 96
10.5 Localização da área de estudo ............................................................................ 96
10.6 Monitoramento da qualidade da água dos poços artesianos de Chapadinha ...... 98
10.7 Resultados e Discussão..................................................................................... 108
10.8 Conclusões ........................................................................................................ 109
11 SITUAÇÃO DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA DE CHAPADINHA ...........110
11.1 Índice de hidrometração ................................................................................... 110
11.2 Previsão de Investimentos ................................................................................ 110
11.3 Avaliação dos índices de perdas no sistema de abastecimento de água ........... 112
11.4 Parâmetro legal e referências............................................................................ 112
11.5 Águas Subterrâneas .......................................................................................... 118
11.6 Aspectos Qualitativos das Águas Subterrâneas ................................................ 120
12 DIAGNÓSTICO DO SERVIÇO DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO ............120
12.1 Área Rural......................................................................................................... 120
12.2 Área Urbana...................................................................................................... 120
13 GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANO ..........................121
13.1 Definições de resíduos sólidos.......................................................................... 122
13.2 Caracterização dos resíduos sólidos ................................................................. 124
13.2.1 Metodologia aplicada na Gravimetria dos resíduos domésticos e comerciais125
13.2.2 Caracterização Biológica ............................................................................129
13.3 Gerenciamento dos resíduos sólidos de Chapadinha – MA ............................. 130
13.4 Coleta e Transporte dos Resíduos Sólidos Urbanos ......................................... 133
14 DIAGNOSTICO DO SISTEMA DE DRENAGEM DE CHAPADINHA .........138
15 VISÃO INTEGRADA DO PLANO MUNICIPAL DE GERENCIAMENTO DE
RESÍDUOS LÍQUIDOS E SÓLIDOS .......................................................................140
15.1 Ações Preventivas e Corretivas a serem praticadas.......................................... 141
15.2 Metas de Redução, Reutilização, Coleta Seletiva e Reciclagem...................... 141
15.3 Princípios norteadores para Elaboração de Projeto de Destinação Final de Resíduos e
Instalação de Sistema de Coleta e Tratamento de Esgotos ....................................... 141
15.3.1 Aspectos Gerais ..........................................................................................141
15.3.2 Identificação das áreas favoráveis para a disposição..................................142
15.3.2.1 Aspecto Político...................................................................................142
15.3.2.2 Aspecto Econômico .............................................................................142
15.3.2.3 Aspecto Ético .......................................................................................142
15.3.3 Seleção de sítio para instalação de unidade de tratamento e disposição final de
resíduos e efluentes..............................................................................................................142
15.4 Modelo conceitual da dinâmica urbana de chapadinha .................................... 143
15.4.1 Especificidades Municipais para Aperfeiçoamento de Modelo Conceitual da
Dinâmica de Uso e Ocupação do Solo de Chapadinha .................................................144
a) O desafio da disponibilidade hídrica .................................................................145
b) Desafios logísticos .............................................................................................145
16 DESAFIOS PARA IMPLANTAÇÃO DE UMA GESTÃO INTEGRADA DE PLANO
DE SANEAMENTO BÁSICO EM CHAPADINHA................................................146
REFERÊNCIAS ..........................................................................................................147
APRESENTAÇÃO
O relatório que apresentamos nesta oportunidade se refere ao produto II – Diagnóstico
Técnico-Participativo dos Sistemas – parte integrante do Plano Municipal de Saneamento
Básico (PMSB) do Município de Chapadinha, Maranhão. Nesta etapa, nos termos da Lei
Federal 11.445/2007 e Lei Federal 12.305/2010, são realizadas todas as atividades necessárias
à coleta e sistematização de dados primários e secundários que visam construir em conjunto
com a sociedade mobilizada, o mais fidedigno perfil da situação socioeconômica, ambiental,
de infraestrutura, perfil epidemiológico de saúde, além, naturalmente, dos eixos que compõem
o referido plano: Abastecimento de Água, Esgotamento Sanitário, Limpeza urbana e Manejo
de Resíduos Sólidos, bem como o Manejo de Águas Pluviais e Drenagem.
5
__________________________________________________________________________________________Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N.
04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected]
Site: www.gestaoamb.com.br
1 INTRODUÇÃO
O município de Chapadinha, assim como todo o município do Maranhão e do Brasil
deverão elaborar seus Planos de Saneamento Básico segundo determina a Lei de Saneamento,
Nº 11.445/2007 que estabelece as diretrizes nacionais e Política Federal de Saneamento Básico.
Na fase do Diagnóstico Técnico-Participativo dos Sistemas é que se aprofunda o
diálogo entre a sociedade, os grupos de trabalhos, de coordenação e grupos de apoio,
principalmente aqueles que possuem ações direcionadas ao serviço de saneamento básico,
como a Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema) e Secretaria de Obras e
Serviços Públicos, com a finalidade de levantar informações para o Diagnóstico dos serviços
públicos de saneamento municipal.
Para elaboração dessa etapa, contamos com o representativo empenho do Comitê
Executivo, criado pelo Decreto Municipal nº 025/2014, especialmente nos integrantes que
lideraram as equipes treinadas pela Empresa GESTÃO AMBIENTAL para as pesquisas em
campo e posterior debate com a sociedade civil em Conferência, o que nos permitiu a efetiva
integração entre o disposto nas diversas políticas públicas praticadas no município em interface
com as reais condições do saneamento básico. Isso nos permite apresentar um diagnóstico
técnico participativo em interação sistêmica com as demais áreas da estrutura pública
municipal, especialmente saúde e educação, além do meio ambiente, considerado tema
transversal na política de qualidade de vida que hora norteia a política pública de exercício de
cidadania em todo mundo.
2 CARACTERIZAÇÃO GERAL
2.1 Histórico do Município
Segundo historiadores, a vida nomandista dos índios Anapurus chegaram a ocupar terras
pelo Brasil afora principalmente em áreas litorâneas, e que em razão das perseguições dos
colonos europeus, fez com que os mesmos se dividissem em pequenos grupos que procuraram
migrar para várias regiões. Baseados nesses fatos os historiadores acreditam que os habitantes
primitivos da cidade de Chapadinha devem ser descendentes dos índios Anapurus da Tribo
Tupi.
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Em face da topografia plana e da cor das mulheres primitivas que habitavam o local, o
povoado recebeu a denominação de Chapada das Mulatas. Segundo antigos historiadores,
Chapadinha nasceu por volta do século XVIII, com fixação em 1783. Era aproximadamente a
5 km do centro da cidade na direção Sul, mais precisamente no bairro da Aldeia. Naquele local
se encontravam descendentes dos índios Anapurus da Tribo Tupi, os mesmos habitantes das
terras do baixo Parnaíba, localizada na estrada entre o Porto da Manga (atualmente cidade de
Nina Rodrigues) e Vila de Brejo (atualmente cidade de Brejo).
Em 25 de setembro de 1802, atendendo ao crescimento do povoado, foi criada, por
provisão régia, a freguesia de Nossa Senhora das Dores, subordinada à jurisdição da paróquia
de Vargem Grande, então comarca de Itapecuru-Mirim.
Pelo Decreto Estadual Nº 36, de 17 de outubro de 1890, foi o povoado elevado à
categoria de Vila, com o nome de Chapadinha, sendo desmembrada de Vargem Grande e Brejo.
Graças à exploração das riquezas naturais da região, como o babaçu e a carnaúba, Chapadinha
experimentou rápido e crescente desenvolvimento econômico e demográfico. Em 29 de março
de 1938, por decisão do então interventor Paulo Martins de Souza Ramos, foi elevada à
categoria de cidade.
O povoado prosperou rapidamente atraindo comerciantes e outras famílias. Hoje, fazem
cerca de 231 anos de sua primeira povoação (foram 107 anos na condição de povoado, outros
48 anos como vila e agora 76 anos como cidade).
As figuras de 1 a 7 mostram alguns pontos da cidade atualmente.
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Figura 1: Entrada da Cidade de Chapadinha.Foto: FERREIRA, Pires, 2014
Figura 2: Av. Oliveira Roma, onde localiza-se o principal centro comercial da cidade.Foto: FERREIRA, Pires, 2014
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Figura 3: Pavimentação utilizada na maioria das vias da cidade de ChapadinhaFoto: FERREIRA, Pires, 2014
Figura 4: Vista parcial da Avenida Vitorino Freire – Bairro Terras DurasFoto: JUNIOR, Borralho, 2014
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Figura 5: Av. Presidente Vargas, principal via que corta a Zona Urbana da cidade.Foto: FERREIRA, Pires, 2014
Figura 6: Rodovia BR-222 nas imediações da cidade.Foto: JUNIOR, Borralho, 2014
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Figura 7: Vista da cidade de Chapadinha.Foto: Melquisedeque Mendes Silva
2.2 Localização
O município de Chapadinha possui uma área de 3.247,383 km2 (Figura 8) e está
localizado na Mesoregião do Leste Maranhenses e na Microregião de mesmo nome, que
abrange os municípios de: Chapadinha, São Benedito do Rio Preto, Buriti, Urbano Santos,
Milagres do Maranhão, Mata Roma, Anapurus, Belágua, Brejo. A distância terrestre até a
capital do estado é de 254 km.
Os limites da cidade são com os municípios de: Vargem Grande, Mata Roma, Urbano
Santos, São Benedito do Rio preto, Timbiras, Codó, Afonso Cunha, Coelho Neto e Buriti.
A tabela 1 abaixo trás as coordenadas geográficas de Chapadinha-MA.
Tabela 1: Coordenadas geográficas do município de Chapadinha - MA
Latitude: -3.7405 Longitude: -43.3593
3° 44′ 26″ Sul 43° 21′ 33″ Oeste
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Figura 8: Em vermelho, a localização do Município de Chapadinha no Estado do Maranhão.Fonte: Wikimedia
2.3 Dados climatológicos
A região em estudo é caracterizada pela incidência de grande quantidade de energia
luminosa. O regime térmico é bastante uniforme, com temperaturas elevadas e pequenas
variações ao longo do ano. Tal situação é decorrente de fatores como baixa latitude, baixa
altitude, a proximidade do mar e o relevo plano e suave ondulado.
A alternância entre chuvas e tempo estável, deve-se a imposição do Anticlone Sul,
centro de alta pressão localizado no centro do Oceano Atlântico, que no final do verão e no
outono diminui no Norte e Nordeste do Brasil, quando passam a atuar os ventos alísios do
hemisfério Norte da Zona de Convergência Intertropical (NIMER, 1972). É a intensidade da
12
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corrente de circulação perturbada que vai orientar a duração e a qualidade da estação chuvosa
na porção norte do Maranhão, onde se encontram as áreas em estudo.
Chapadinha tem um clima tropical e o verão tem muito menos pluviosidade que o
inverno. A classificação do clima é As de acordo com a Köppen e Geiger. A temperatura média
é 26.9 °C (Figura 09 e 10). A média anual de pluviosidade é de 1670 mm. O mês mais seco é
Agosto com 12 mm (Figura 11). Apresentando uma média de 342 mm, o mês de Março é o mês
de maior precipitação. A temperatura média do mês de Outubro, o mês mais quente do ano, é
de 28.3 °C. Ao longo do ano Junho tem uma temperatura média de 26.0 °C. Durante o ano é a
temperatura média mais baixa. O mês mais seco tem uma diferença de precipitação 330 mm
em relação ao mês mais chuvoso. 2.3 °C é a variação das temperaturas médias durante o ano
(CLIMATE-DATA, 2015).
Figura 9: Gráfico de Temperatura para Chapadinha-MA.
Fonte: Climate-Data
13
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Figura 10: Tabela Climática para Chapadinha-MA.Fonte: Climate-Data
Figura 11: Gráfico Climático para Chapadinha-MA.
Fonte: Climate-Data
A umidade relativa do ar anual da área estudada encontra-se na faixa de 76% a 79%
(Figura 12).
14
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Figura 12: Temperatura média do ar anual.Fonte: Universidade Estadual do Maranhão (2004)
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3 DENSIDADE DEMOGRÁFICA
Em 1991 a população de Chapadinha era de 56.862 habitantes, sendo que 28.694
residentes na Zona Urbana e 28.168 na Zona Rural. Neste ano, a densidade demográfica era de
18,5 hab/km2 (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 1991).
Nove anos depois, a sua população total, no entanto aumentou em 8%, especialmente
na área urbana que alcançou o percentual de 22,9% em relação a 1991, enquanto a população
rural diminuiu cerca 13,8% (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA,
2011a), demonstrando um grande êxodo da população para zona urbana. A cidade se torna um
atrativo para a mão de obra rural, que são deslocados para prestação de serviços e outras
atividades, relacionadas à comercialização de produtos regionais.
Dados do último censo demográfico, de 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (2011a), apontam que a população de Chapadinha era de 73.350 pessoas, com
previsão de crescimento estimada para 76.972 pessoas em 2014. A Zona Urbana continua a ser
a mais habitada, com 52.883 habitantes (Figura 13) e a Zona Rural continua a declinar, com
20.467 residentes. A Figura 15 mostra a evolução populacional de 1991 a 2010.
Figura 13: População por sexo na Zona Urbana e Rural
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Fonte: (IBGE, 2010)
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Figura 14: Evolução Populacional de 1991 a 2010.Fonte: IBGE 2014.
Em 2010 o município apresentava uma densidade demográfica de 22,59 hab/km2 e
predominância de uma população jovem (Figura 15).
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Figura 15: Pirâmide Etária de ChapadinhaFonte (IBGE 2014)
A população do município é predominantemente de pretos e pardos (IBGE 2010),
resultado dos seus primeiros habitantes mulatos, com uma incidência bastante significativa de
brancos.
4 SISTEMAS PÚBLICOS EXISTENTES
4.1 Saúde
Segundo o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde do Brasil (CNES, 2015),
existem 59 estabelecimentos de saúde em Chapadinha (Tabela 2), destes, 1 é privado. Os 39
leitos para internação contabilizados no município se encontram na rede pública de
atendimento. Apesar do número de estabelecimentos, a maioria atende apenas aos serviços
básicos de saúde (Figura 16), tendo como pólo de saúde municipal o Hospital Antônio Pontes
de Aguiar - HAPA (Figura 17), que sofre com problemas como a superlotação, por já não
conseguir atender toda a demanda do município. Encontra-se em construção o Hospital Geral
de Chapadinha, que terá 50 leitos e atendimento para várias especialidades médicas. Apesar dos
problemas no sistema de saúde, o a expectativa de vida em Chapadinha é de 71,21 anos,
próxima da média nacional, que é de 73,8 anos.
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Tabela 2: Número de estabelecimentos de saúde no município de Chapadinha
ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE NÚMERO
Academia de saúde 1
Centro de atenção psicossocial 1
Centro de Saúde/Unidade Básica de Saúde 23
Clínica Especializada/Ambulatório Especializado 3
Consultório 13
Farmácia 1
Hospital geral 2
Laboratório de Saúde Publica 1
Posto de Saúde 7
Secretaria de Saúde 1
Unidade de Serviço de Apoio de Diagnose e Terapia 6
TOTAL 59
Fonte: Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde – CNES, 2015
20
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Figura 16: Unidade de Saúde Básica em ChapadinhaFoto: JUNIOR, Borralho, 2014
Figura 17: Hospital Antônio Pontes de Aguiar – HAPAFoto: FERREIRA, Pires, 2015
Em comparação com outros municípios, na região do Alto Munim, Chapadinha apresenta
baixos indicadores de saúde, conforme Figura 28:
18
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Tabela 3: Indicadores de Saúde dos municípios da região do Alto Munim segundo DATASUS
Município INS Número de
médicos para cada
1000 habitantes
Doses de vacinas
aplicadas em
relação a
população (%)
Número de
Leitos para
cada 1000
habitantes
Número de
Unidades Básicas
de saúde para cada
1000 habitantes
Taxa de
mortalidade
materna
Taxa de
mortalidade
infantil
Taxa de
detecção de
hanseníase
Taxa de
incidência de
Leishmaniose
Visceral
Taxa de
incidência de
Tuberculose
Óbitos por sintomas, sinais
e afecções mal definidos
em relação ao total de
óbitos (%)
Fonte DATASUS DATASUS DATASUS DATASUS DATASUS DATASUS DATASUS DATASUS DATASUS DATASUS
07 Regiões do alto Munim 0,479 0,3 0,4 0,2 0,3 160,7 14,2 25,9 4,2 22,2 1,8
Afonso Cunha 0,496 0,3 124,9 0,0 0,5 1 1 0,0 0,0 0,0 50,0
Anapurus 0,601 0,3 110,2 1,2 0,4 0 3 20,7 0,0 13,8 0,0
Belágua 0,576 0,4 95,7 3,0 0,4 0 5 0,0 0,0 14,3 0,0
Buriti 0,517 0,2 99,0 1,3 0,5 1 13 18,2 7,3 14,6 0,9
Chapadinha 0,462 0,3 87,4 2,8 0,3 2 22 33,3 6,7 37,3 1,1
Mata Roma 0,503 0,2 82,3 1,8 0,4 1 2 6,4 6,4 19,2 0,0
São Benedito do Rio Preto 0,448 0,2 87,1 1,4 0,1 0 5 22,2 0,0 5,6 0,0
Urbano Santos 0,503 0,3 119,0 2,8 0,2 2 11 43,4 0,0 11,8 0,0
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O Município teve de 1990 a 2012, 37 casos de AIDS diagnosticados, destes, 14
femininos e 23 masculinos (Figura 18). Em 2012, do número total de casos de AIDS, 20% eram
jovens de 15 a 24 anos, enquanto que as mulheres representavam 40% dos casos.
Figura 18: Número de casos de AIDS registrados no município de 1990 a 2012. Fonte:Relatórios Dinâmicos.
Algumas doenças são transmitidas por insetos, chamados vetores, como as espécies
que transmitem malária, febre amarela, leishmaniose, dengue, dentre outras doenças.
Em Chapadinha, entre 2001 e 2012, houve 682 casos de doenças transmitidas por
mosquitos (Figura 19), dentre os quais 2 casos confirmados de malária, nenhum caso
confirmado de febre amarela, 819 casos confirmados de leishmaniose e 680 notificações de
dengue.
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Figura 19: Número de casos de doenças transmitidas por insetos vetores em Chapadinha.Fonte: Relatórios Dinâmicos
A taxa de mortalidade de crianças menores de 5 anos, em 2001, era de 19,2 óbitos a
cada mil nascidos vivos. Em 2013, este percentual passou para 22,5 óbitos a cada mil nascidos
vivos (Figura 23), representando aumento de 17,6% da mortalidade.
O número total de óbitos de crianças menores de 5 anos no município, de 2001 a 2013,
foi 561.
A taxa de mortalidade de crianças menores de um ano para o Município, estimada a
partir dos dados do Censo 2010, é de 11,1 óbitos a cada mil crianças menores de um ano.
21
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Figura 20: Taxa de Mortalidade de Crianças em Chapadinha.
Fonte: Relatórios Dinâmicos.
A imunização é considerada uma das ações que contribuem para a redução da
mortalidade infantil. Em 2013, 93,1% das crianças menores de 1 ano estavam com a carteira de
vacinação em dia (Figura 21).
22
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Figura 21: Imunizações em Crianças menores de 1 anoFonte: Relatórios Dinãmicos.
No período de 2010 a 2014 foram aplicadas 425.398 imunizações (Figura 22).
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Figura 22: Número de imunizações no período de 2010 a 2014.
A fecundidade é maior entre as mulheres na zona rural e com baixa instrução
educacional, assim como o número de filhos tidos por elas (Tabela 4). Este quadro reflete uma
realidade de grande parte do Brasil, que está diretamente ligado ao nível de educação e
planejamento familiar.
Tabela 4: Fecundidade das mulheres de Chapadinha.
CLASSE NÚMERO
Mulheres de 10 anos ou mais de idade que tiveram filhos 17.573
Mulheres Urbanas de 10 anos ou mais de idade que tiveram filhos 13.164
Mulheres Rurais de 10 anos ou mais de idade que tiveram filhos 4.409Mulheres de 10 anos ou mais de idade que tiveram filhos - Sem instrução e fundamentalincompleto 11.750Mulheres de 10 anos ou mais de idade que tiveram filhos - Fundamental completo e médioincompleto 2.219Mulheres de 10 anos ou mais de idade que tiveram filhos - Médio completo e superiorincompleto 2.984
Mulheres de 10 anos ou mais de idade que tiveram filhos - Superior completo 611
Mulheres de 10 anos ou mais de idade que tiveram filhos - Não determinado 10
Filhos tidos nascidos vivos pelas mulheres de 10 anos ou mais de idade 67.918
Filhos tidos nascidos vivos pelas mulheres brancas de 10 anos ou mais de idade 15.178
0
20000
40000
60000
80000
100000
120000
140000
160000
2010 2011 2012 2013 2014
Imunizações
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Filhos tidos nascidos vivos pelas mulheres pretas de 10 anos ou mais de idade 4.678
Filhos tidos nascidos vivos pelas mulheres amarelas de 10 anos ou mais de idade 1.264
Filhos tidos nascidos vivos pelas mulheres pardas de 10 anos ou mais de idade 46.797
Filhos tidos nascidos vivos pelas mulheres indígenas de 10 anos ou mais de idade 0
Mulheres de 10 anos ou mais de idade que tiveram filhos nascidos vivos 10.578
Mulheres de 10 anos ou mais de idade, casadas, que tiveram filhos nascidos vivos 5.003Mulheres de 10 anos ou mais de idade, desquitadas ou separadas judicialmente, que tiveramfilhos nascidos vivos 154
Mulheres de 10 anos ou mais de idade, divorciadas, que tiveram filhos nascidos vivos 148
Mulheres de 10 anos ou mais de idade, viúvas, que tiveram filhos nascidos vivos 1.325
Mulheres de 10 anos ou mais de idade, solteiras, que tiveram filhos nascidos vivos 3.948
Fonte: IBGE 2010
Na atenção à saúde básica, merece destaque o Programa Agentes Comunitários de
Saúde (PACS) e o Programa Saúde na Família (PSF), com grande abrangência no município,
conforme Tabela 5:
Tabela 5: Número de Famílias e Pessoas atendidas no PACS e PSF nos últimos 4 anos.
Ano Nº Famílias Nº Pessoas2010 16393 681702011 16582 68196
2012 16720 678542013 16957 667562014 17010 66779
Fonte: DATASUS
4.2 Educação
No município de Chapadinha estão instalados 304 estabelecimentos de ensino, dos
quais 157 são de ensino fundamental. Destes, um é mantido pelo Estado, sete são particulares
e os demais estão sob a responsabilidade do município (Figura 23).
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Figura 23: Número de Escolas por nível em Chapadinha.Fonte: IBGE 2012
Quanto à população alfabetizada, o Censo 2010 contabilizou 47.792 em um total de
73.350 habitantes, demonstrando deficiência ainda na educação do município (INSTITUTO
BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2011a).
Das nove escolas de ensino médio, cinco são mantidas pelo município e o restante é
particular. Quanto aos alunos, o total de matrícula para o ensino fundamental no ano de 2012
foi 15.835 (Figura 24).
26
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Figura 24: Número de Matrículas por nível em ChapadinhaFonte: IBGE: 2010
Em 2010 o município tinha 915 docentes, sendo 647 somente no ensino fundamental
(Figura 25).
27
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Figura 25: Número de docentes por nível em ChapadinhaFonte: IBGE 2010.
No Município, em 1991, 38,4% das crianças de 7 a 14 anos não estavam cursando o
ensino fundamental.
Em 2006, o Ministério da Educação, como uma das providências para melhorar a
qualidade da educação, estabeleceu a implantação do ensino fundamental de nove anos no País.
Assim, passou a ser considerada a faixa etária de 6 a 14 anos para o ensino fundamental. Com
isso, em 2010, verificou-se que 23,0% destas crianças não estavam na escola.
Nas últimas décadas, a frequência de jovens de 15 a 17 anos no ensino médio
melhorou. Mesmo assim, em 2010, 62,9% estavam fora da escola (Figura 26).
28
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Figura 26: Taxa de Frequência líquido no ensino fundamental e médioFonte: Relatórios Dinâmicos 2015
A taxa de conclusão do fundamental, entre jovens de 15 a 17 anos, era de 7 % em
1991. Em 2010, este percentual passou para 43,3%.
Quando analisado o ensino médio, os percentuais de conclusão caem
significativamente. Em 1991, dos jovens de 18 a 24 anos, apenas 6,3% acabavam o ensino
médio. Em 2010, este valor aumenta para 32,4% (Figura 27).
29
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Figura 27: Taxa de conclusão do ensino médio e fundamental nos últimos três censos do IBGE.
Fonte: Relatórios Dinâmicos
O IDEB é um índice que combina o rendimento escolar às notas do exame Prova
Brasil, aplicado no último ano das séries iniciais e finais do ensino fundamental, podendo variar
de 0 a 10.
O município de Chapadinha, em 2013, está na 4.725ª posição, entre os 5.565
municípios do Brasil, quando avaliados os alunos dos anos iniciais, e na 4.199ª, no caso dos
alunos dos anos finais. Quando analisada a sua posição entre os 217 Municípios de seu Estado,
Chapadinha está na 121ª posição nos anos iniciais e na 91ª, nos anos finais.
O IDEB nacional, em 2013, foi de 4,9 para os anos iniciais em escolas públicas e de
4,0 para os anos finais (Figura 28). Nas escolas particulares, as notas médias foram,
respectivamente, 6,7 e 5,9.
Ainda considerando o IDEB de 2013, nos anos iniciais, somente 1.158 municípios
brasileiros obtiveram nota acima de 6,0; a situação é ainda mais crítica quando se verificam os
anos finais: Apenas 23 municípios brasileiros conseguiram nota acima de 6,0. Ao analisar
apenas os municípios do Estado, nenhum deles nos anos iniciais e finais obtiveram nota igual
ou superior a 6,0.
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Figura 28: IDEB dos anos finais e iniciais ao longo dos últimos anosFonte: Relatórios Dinâmicos.
Também foi analisado o Índice de Educação avaliado pelo IMESC, que traz um retrato
da situação educacional do município em relação aos vizinhos na região do Alto Mearim
(Figura 29).
30
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Tabela 6: Indicadores de Educação dos municípios da região do Alto Munim
Município INE Escolas que
funcionam em
prédio escolar em
relação ao total de
escolas (%)
Escolas com
abastecimento de
água da rede
pública ou poço
artesiano em
relação ao total de
escolas (%)
Escolas que
possuem energia
elétrica em
relação ao total
de escolas (%)
Número de
matrículas nas
escolas com
biblioteca em
relação ao total de
matriculas (%)
Número de
matrículas nas
escolas com
computadores
para uso dos
alunos em
relação ao total
de matrículas
(%)
Número de
computadores
para uso dos
alunos em
relação ao total
de matrículas
(%)
Funções
Docentes (de
toda a rede de
ensino) com
formação
Superior
Completo em
relação ao
total de
funções
docentes (%)
Número de
matrículas em
relação ao total
da população
(%)
Número de
matrículas da
educação de
jovens e adultos
em relação a
população
analfabeta de 2010
(%)
Distorção
idade-série no
ensino
fundamental
Índice da
educação
básica
(ensino
fundamental
Fonte SEDUCMA SEDUCMA SEDUCMA SEDUCMA SEDUCMA SEDUCMA SEDUCMA SEDUCMA SEDUCMA SEDUCMA SEDUCMA
07 Regiões do alto
Munim
0,516 89,0 54,8 88,6 28,7 54,4 1,2 41,5 37,2 16,9 33,7 3,4
Afonso Cunha 0,503 69,6 43,5 82,6 10,7 60,6 1,4 37,1 48,3 28,3 44,6 3,3
Anapurus 0,545 87,3 80,0 96,4 19,8 61,4 1,6 22,2 44,4 27,0 44,7 3,3
Belágua 0,495 62,0 44,0 90,0 17,1 44,1 1,1 47,1 50,0 24,5 39,1 3,2
Buriti 0,607 96,0 60,0 96,0 22,1 78,8 2,0 39,9 43,2 27,4 31,4 3,8
Chapadinha 0,491 97,6 47,9 82,8 42,2 41,7 0,8 60,8 30,6 3,2 29,6 3,5
Mata Roma 0,630 93,1 100,0 100,0 28,8 61,1 1,4 30,6 44,2 59,8 37,3 2,9
São Benedito do Rio
Preto
0,468 91,2 14,0 80,7 18,1 64,2 1,6 31,8 36,2 17,1 37,9 2,9
Urbano Santos 0,468 82,4 78,4 92,2 27,0 39,5 0,7 34,2 36,5 4,3 29,9 2,9
Fonte: IMESC
31
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As figuras 29 a 31 mostram escolas do município de Chapadinha.
Figura 29: Unidade de ensino João de Castro Barbosa – Zona Rural de ChapadinhaFoto: FERREIRA, Pires, 2014
Figura 30: Pré-Escola no centro da cidadeFoto: JUNIOR, Borralho, 2014
32
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Figura 31: Escola Inácio Costa na Zona Rural do Município.Foto: FERREIRA, Pires, 2014
4.3 Segurança
Embora ainda seja considerado um município com grau de violência moderada,
principalmente em suas áreas mais privilegiadas, não se pode deixar de considerar que a
insegurança pública tende a se acentuar no médio prazo, sendo necessárias ações preventivas e
inibidoras, as quais estão contempladas no Plano.
Para a implementação efetiva do programa de Segurança Pública espera-se
implementar o regime de colaboração do município com o poder público estadual e federal,
sobretudo ampliando efetivos policiais e disponibilidades de equipamentos apropriados.
O sistema de segurança pública é formado pela Polícia Civil, Polícia Militar e a Guarda
Municipal. A Polícia Militar é composta por doze policiais efetivos e nove rotativos vindos de
São Luís. A Guarda Municipal atende a determinação do Departamento Municipal de Trânsito,
contando com um efetivo de 13 guardas. O Município não dispõe de Batalhões de Salva Vidas
e do Corpo de Bombeiros.
33
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Chapadinha tem um complexo policial que atende como delegacia de polícia e cadeia
Pública que além das selas comuns com capacidade para 60 detentos, tem uma sela especial,
figura 32. Abriga a sede a 4ª Cia Independente de Polícia Militar (Figura 33) e também sedia
em Chapadinha a Guarda Civil Municipal (Figura 34), onde conta com um contingente de 62
Guardas Municipais.
Figura 32: Complexo policial de Chapadinha,Foto: Silva, Fabiano, 2015
34
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Figura 33: 4ª Companhia de Polícia Militar, sediada em ChapadinhaFoto: FERREIRA, Pires, 2014
Figura 34: Sede da Guarda Civil em ChapadinhaFoto: FERREIRA, Pires, 2014
4.4 Infraestrutura
35
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Com a complementação da BR 222 e a MA 230, ligando o Maranhão com o Ceará,
através da ponte da Jandira sobre o rio Parnaíba, dando assim mais esperança a Chapadinha de
melhorar sua estrutura socioeconômica em razão do fluxo de veículos que circula por este
trecho, que também diminuiu a distância entre São Luís e a cidade de Fortaleza no Ceará.
Com esta melhoria no setor de transporte, surgiram várias linhas interurbanas que
atendem na íntegra as necessidades da população, ligando as mais variadas localidades.
Atualmente as empresas que operam em Chapadinha são: Guanabara, Boa Esperança,
Transpiauí, Transbrasiliana, Solitur e Itapemirim (Figuras 35 e 36).
Figura 35: Rodoviária MunicipalFoto: FERREIRA, Pires, 2014
36
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Figura 36: Interior da Rodoviária Municipal.Foto: FERREIRA, Pires, 2014
A pista de pouso do aeroporto tem aproximadamente 1200 metros de asfalto e foi
inaugurada em setembro de 1989 (construída pelo Ministério da Aeronáutica). Tem capacidade
de receber pequenos aviões e jatinhos. No entanto, as instalações do aeroporto encontram-se
invadidas, funcionando em seu local um bar, figura 37. A pista de pouso é constantemente
acessada por motos, carros e pedestres que a utilizam como atalho para uma estrada que leva à
zona rural, colocando em perigo sua utilização. A camada asfáltica esteja em boas condições,
a situação do aeroporto é de completo abandono, figura 38.
37
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Figura 37: Instalações do galpão de entrada do Aeroporto municipal
Fonte: Gestão Ambiental, 2015
Figura 38: Vista parcial da pista de pouso do aeroporto municipal de ChapadinhaFonte: Gestão Ambiental, 2015
O abastecimento de água potável, o esgoto sanitário e a coleta de resíduos são alguns
serviços que melhoram a qualidade de vida das comunidades. Neste município, em 1991, 28,6%
dos moradores urbanos tinham acesso à rede de água geral com canalização em pelo menos um
cômodo. Em 2010, esse percentual passou para 45,2% (Figura 39).
Em 1991, 26,7% dos moradores urbanos tinham acesso à água e rede de esgoto
adequadas (rede geral ou fossa séptica), passando para 20,8% em 2010.
38
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Figura 39: Acesso a água em Chapadinha
Em 1.991, 13,1% dos moradores urbanos contavam com o serviço de coleta de
resíduos. Em 2.010, este percentual aumentou para 67,3%, figura 40.
39
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Figura 40: Abrangência do Serviço de Coleta de Resíduos.
Em 2.010, 96,8% dos moradores urbanos tinham energia elétrica distribuída pela
companhia responsável (uso exclusivo).
Em 2010, não havia moradores urbanos vivendo em aglomerados subnormais (favelas
e similares).
Para ser considerado proprietário, o residente deve possuir documentação de acordo
com as normas legais que garantem esse direito, seja ela de propriedade ou de aluguel. A
proporção de moradores, em 2010, com acesso ao direito de propriedade (própria ou alugada)
atingiu 93,4% (Figura 41).
40
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Figura 41: Proporção de Moradores Urbanos em Chapadinha
A Frota de Chapadinha conta com uma diversidade de meios de transporte, com
destaque para os automóveis e motocicletas (Figura 42).
41
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Figura 42: Frota veicular de Chapadinha
Em Chapadinha a Caema registrou 8.500 residências atendidas pela rede de água
encanada. A média de fornecimento de água é de 29m³/h. existem também tanto na sede quanto
na zona rural, grande quantidade de poços e cacimbões (Figura 43).
42
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Figura 43: Poço localizado no Conjunto Mil casas.Foto: JUNIOR, Borralho, 2014
Em 2005 a Cemar registrou 11.997 residências com energia elétrica. A média de
consumo geral de energia é de 1.358.526w/h (Figura 44).
43
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Figura 44: Subestação da CEMAR em Chapadinha.
Fonte: http://tvmirante.blogspot.com.br/2012/11/fatal-acidente-na-subestacao-da-cemar.html
O Ciretran de Chapadinha atende a toda a região do baixo Parnaíba e Alto Munim,
com a emissão de carteira de habilitação e fiscalização do trânsito, figura 45.
Outras instituições de destaque são: Mercado Municipal (Figura 46 e 47), Pastoral da
Criança, Conselho Tutelar, APAE, SEBRAE (Figura 48), Comunidade kolping, Sindicatos,
CDL, Associações e entidades estudantis. Em Chapadinha atualmente existem 4 Bancos, que
atendem além de Chapadinha, toda a região com pequenas filiais; Bradesco, Banco do Brasil,
Banco do Nordeste e Caixa Econômica Federal (Figura 49).
44
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Figura 45: Unidade do Ciretran de ChapadinhaFoto: Silva, Fabiano, 2015
Figura 46: Mercado Municipal de ChapadinhaFoto: FERREIRA, Pires, 2014
45
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Figura 47: Interior do Mercado MunicipalFoto: JUNIOR, Borralho, 2014
Figura 48: Unidade do SEBRAE em Chapadinha
46
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Foto: JUNIOR, Borralho, 2014
Figura 49: Caixa Econômica FederalFoto: JUNIOR, Borralho, 2014
Chapadinha por ser uma cidade polo da microrregião em referência às demais cidades
circunvizinhas, detém todos os polos de Universidades Públicas e Particulares. Assim como as
Universidades Públicas UFMA (Universidade Federal do Maranhão) (Figura 50) e UEMA
(Universidade Estadual do Maranhão), destacando-se várias outras particulares, sendo a maior,
a Faculdade Particular da Cidade: FAP.
47
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Figura 50: Universidade Federal do Maranhão – Campus ChapadinhaFoto: JUNIOR, Borralho, 2014
Na UFMA (Universidade Federal do Maranhão) são oferecidos os cursos de Biologia,
Zootecnia e Agronomia.
A construção de uma Universidade Pública/Federal na cidade facilitou a vida de
muitos jovens que terminam o ensino médio, pois a Universidade mais próxima é na capital
São Luís, que fica a cerca de 250km. Apesar da distância, conseguir uma vaga em uma
Universidade Federal da capital requer muito esforço e uma grande pontuação no ENEM
(Exame Nacional do Ensino Médio) que é o principal meio para conseguir estudar nela.
No Censo 2010 foram avaliadas as religiões, distribuídos em religião católica
apostólica romana, espírita e evangélicas, sendo a mais representativa a religião Católica, assim
como mostra a figura 51.
48
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Figura 51: Distribuição doa religiões no município de Chapadinha
4.5 Tradição, Costumes e Cultura
Chapadinha congrega uma população com capacidade de empoderamento
representativa, verificando-se a participação e mobilização social nos espaços de decisões
estratégicas para a inclusão social de minorias, construção de infraestrutura básica para o
desenvolvimento sustentável, especialmente na questão transversal do meio ambiente. Os
segmentos de educação e saúde têm recebido investimentos públicos municipais
representativos nos últimos anos, além das ações relevantes dos agentes de saúde que
desenvolvem medidas de educação em hábitos de higiene e saúde preventivas às populações
residentes em áreas mais remotas do meio rural.
Os fóruns de discussão e participação no processo decisório quanto às políticas
públicas demonstram receberem incentivos do poder público municipal, o que demonstra
grupos organizados sob forma de associações, sindicatos e lideranças rurais e urbanas, sendo
relevante destacar a alta mobilidade social obtida pela estrutura do poder municipal para
mobilização social com vistas à construção do Plano Municipal de Saneamento Básico, que tem
se engajado nas discussões e contribuições das informações obtidas
49
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Uma manifestação tradicional cultural e religiosa da cidade está no Festejo de Nossa
Senhora das Dores que acontece todo ano no mês de setembro, e também as festividades
carnavalescas que já foram declaradas as melhores, maiores e mais animadas do estado,
exercendo forte influência até em estados vizinhos atraindo diversos visitantes de muitos
lugares brasileiros e até estrangeiros.
Em 2014 foi lançado o documentário Tonny Cajazeira - O Astro do Maranhão (19'21'')
sobre a vida do cantor e sanfoneiro Antonio Alves de Oliveira. Nascido no povoado Mucuím,
e morador do povoado Cidade Nova (a 12km do centro de Chapadinha), o multi-instrumentista
TONNY CAJAZEIRA, há cinquenta anos nas festas pelos povoados pela região até Brejo
(MA), pelas pequenas cidades do norte do Maranhão, em toda região do Baixo Parnaíba. É
seguramente o maior símbolo musical da cidade de Chapadinha. Aprendeu a tocar sozinho e
desenvolveu um estilo único de compor, tocar e cantar. O filme documentário foi dirigido pelo
jornalista Dewis Caldas e foi lançado no Festival In-Edit, em SP. O lançamento em solo
maranhense ocorreu no Cine Praia Grande, no centro antigo de São Luís e também em
Chapadinha, na Praça do Povo, com show de Tonny Cajazeira e exibição do documentário para
mais de mil pessoas. O filme já exibido em vários estados do Brasil e em países como Itália,
Indonésia, Canadá, Espanha, Colômbia, Portugal e Polônia.
4.6 Práticas de Saúde e Saneamento
A Lei Municipal nº 1.041 de 2006, que institui o Plano Diretor Municipal, traz em seu
Artigo 11º, como um dos instrumentos de Gestão Municipal, a Política Ambiental e de
Saneamento, que tem como objetivo:
Art. 70
A política de saneamento ambiental integrado tem como objetivos atingir e manter o
equilíbrio do meio ambiente, alcançando níveis crescentes de salubridade, e promover a
sustentabilidade ambiental do uso e da ocupação do solo e a melhoria crescente da qualidade
de vida da população.
No Plano Diretor Municipal não há diagnóstico identificando a situação do município
no que se refere ao Saneamento.
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A Lei institui a criação do Plano de Gestão de Saneamento Ambiental Integrado que
deverá conter
Art. 72
Deverá ser elaborado Plano de Gestão de Saneamento Ambiental Integrado como
instrumento da gestão do saneamento ambiental, o qual conterá, no mínimo:
I - Diagnóstico dos sistemas de abastecimento de água e de esgotamento
sanitário, resíduos sólidos, manejo das águas pluviais e controle de vetores,
por meio da utilização de indicadores sanitários, epidemiológicos e
ambientais;
II - Metas e diretrizes gerais da política de saneamento ambiental, com base na
compatibilização, integração e coordenação dos planos setoriais de água,
esgoto, manejo das águas pluviais, resíduos sólidos, controle de riscos
ambientais e gestão ambiental;
III - Definição dos recursos financeiros necessários à implementação da política
de saneamento ambiental, bem como das fontes de financiamento e das
formas de aplicação;
IV - Identificação, caracterização e quantificação dos recursos humanos,
materiais, tecnológicos, institucionais e administrativos necessários à
execução das ações propostas;
V - Programas de educação sanitária em conjunto com a sociedade para
promoção de campanhas e ações educativas permanentes de sensibilização e
capacitação dos representantes da sociedade e do governo.
51
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§ 1° - O Plano de Gestão de Saneamento Ambiental Integrado deverá articular os sistemas de
informação de saneamento, saúde, desenvolvimento urbano, ambiental e defesa civil, de forma
a ter uma intervenção abrangente.
§ 2° - Todas as obras do sistema viário e de construção de unidades habitacionais executadas
pelo Poder Público no Município de Chapadinha deverão contemplar sistema de saneamento
integrado, devendo o Plano de Gestão de Saneamento Ambiental Integrado estabelecer
mecanismos de controle.
A Política de Saneamento Ambiental não faz referência à utilização de instrumentos
específicos buscando a universalização do acesso aos serviços de saneamento ou os
instrumentos do Estatuto das Cidades.
Não foi previsto a criação de um Fundo de Saneamento Ambiental ou de um Fundo de
Desenvolvimento Urbano, assim como não há definição relativa ao Orçamento Municipal,
determinação de prioridades de investimentos, definição de obras ou investimentos concretos
ou ampliação da rede de serviços de Saneamento Ambiental na expansão urbana.
4.7 Relação entre Doenças e o Saneamento Básico
Anualmente, 8 milhões de crianças morrem em decorrência de enfermidades
relacionadas à falta de saneamento no mundo. Isto significa 1 criança a cada 4 segundos. Dentre
os fatores que levam a transmissão destas doenças, estão a baixa qualidade ou quantidade de
água e a má destinação do lixo.
Em Chapadinha, principalmente na Zona Rural e arredores do núcleo urbano, a ausência
de Saneamento é um problema real que agrega riscos à saúde da população, sendo expostas a
parasitas, bactérias e vírus.
Todas estas doenças podem ocorrer decorrentes de um Saneamento Básico deficitário,
mesmo não ocorrendo casos nos últimos anos.
4.8 Doenças infecciosas relacionadas com a água
52
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As doenças infecciosas relacionadas com a água podem ser causadas por agentes
microbianos e agentes químicos e de acordo com o mecanismo de transmissão destas doenças
podem ser classificadas em quatro grupos:
1o. Grupo: Doenças cujos agentes infecciosos são transportados pela água e que são adquiridos
pela ingestão de água ou alimentos contaminados por organismos patogênicos, como por
exemplo:
a) Cólera (agente etimológico: Vibrio choleras)
b) Febre tifóide (agente etimológico: Salmonella typhi)
c) Disenteria bacilar (agente etmológico: Shigella spp.)
d) Hepatite infecciosa (agente etmológico: Vírus)
2o. Grupo: Doenças adquiridas pela escassez de água para a higiene. Estudos realizados em
várias comunidades comprovaram que a quantidade de água é mais importante que a qualidade.
Quando se aumentou o volume de água utilizado pela comunidade verificou-se uma diminuição
na incidência de certas doenças do trato intestinal porém a diminuição não foi significativa
quando se melhorou a qualidade. A falta de água afeta diretamente a higiene pessoal e
doméstica propiciando principalmente a disseminação de doenças tais como:
a) Diarreias, responsáveis por grande parte da mortalidade infantil,
b) Infecções de pele e olhos: sarnas, fungos de pele, tracoma (infecção nos olhos), etc.
c) Infecções causadas por piolhos, como a febre tifo.
3º Grupo: Doenças adquiridas pelo contato com a água que contém hospedeiros aquáticos. São
aqueles em que o patogênico passa parte do seu ciclo de vida na água, em um hospedeiro
aquático (caramujo, crustáceo, etc.) um exemplo clássico é a ESQUISTOSSOMOSE, em que,
a água poluída com excretas e que contém caramujos aquáticos, proporciona o desenvolvimento
dos vermes de SHISTOSOMA no interior dos caramujos. Depois os vermes são liberados na
água na forma infectiva (cercarias). O homem é infectado através da pele, quando entra em
contato com a água contaminada. Outras doenças deste grupo são contraídas pela ingestão de
peixe mal cozidos e crustáceos contaminados.
4º Grupo: Doenças transmitidas por insetos vetores relacionados com água. São aquelas
adquiridas através de picadas de insetos infectados que se reproduzem na água ou vivem
53
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próximos a reservatórios de água (mananciais, água estagnadas, córregos, etc.), como por
exemplo:
a) Malária (vírus) transmitida por mosquitos do gênero Anopheles;
b) Febre amarela e dengue (vírus) transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, que se
reproduzem em água limpa como, por exemplo, latas d’água, pneus com água, etc.;
c) Doenças do sono (causa sono mortal) que é transmitida pela mosca “tsetse”
(Glossino longipennis) que se reproduz e vive nas vegetações das margens de
córregos, picando as pessoas que vivem em áreas próximas;
Oncocercose (causa cegueira), transmitida pela mosca (Simulium) que põe seus ovos
em córregos de fluxos rápidos e bem aerados.
4.9 Doenças infecciosas relacionadas com esgoto
São aquelas causadas por patogênicos (vírus, bactérias, protozoários e helmintos)
existentes em excretas humanas, normalmente nas fezes.
Muitas doenças relacionadas com as excretas também estão relacionadas a água.
Podem ser transmitidas de várias formas como, por exemplo:
a) Contato de pessoa a pessoa. Ex.: poliomielite, hepatite A;
b) Ingestão de alimento e água contaminada com material fecal. Ex.: salmonelose,
cólera, febre tifoide, etc;
c) Penetração de alimentos existentes no solo através da sola dos pés. Ex.: Ascaris
lumbricoides, ancislotomíase (amarelão), etc.;
d) Ingestão de carne de boi e porco contaminada. Ex.: Taeníase;
Transmissão através de insetos vetores que se reproduzem em locais onde há fezes
expostas ou águas altamente poluídas (tanques sépticos, latrinas, etc.) Ex.: filariose, causada
por vermes nematóides do gênero Filaria que se desenvolvem no organismo dos mosquitos
transmissores que pertencem ao gênero Culex. Estes mosquitos se reproduzem em águas
poluídas, lagos e mangues. A presença desses mosquitos está associada a falta de sistemas de
drenagem e a carência de disposição adequada dos esgotos.
4.10 Doenças infecciosas relacionadas com o lixo
54
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Os resíduos sólidos (lixo) quando mal dispostos, proporcionam a proliferação de
moscas, as quais são responsáveis pela transmissão de uma infinidade de doenças infecciosas
(amebíase, salmonelose, etc.) O lixo serve ainda com o criadouro e esconderijo de ratos que
também são transmissores de doenças como: peste bubônica, leptospirose (transmitidas pela
urina do rato) e febres (devido a mordida do rato). O lixo também favorece a proliferação de
mosquitos que se desenvolvem em água acumulada em latas e outros recipientes abertos
comumente encontrados nos monturos. O homem pode ainda contaminar-se pelo contato direto
ou indireto através da água por ele contaminada (Chorume).
5 DINÂMICA SOCIAL
Chapadinha apresenta mais de 100 associações de moradores e produtores rurais,
sendo que parte destas Associações são ligadas aos 11 Sindicatos registrados no município. Os
povoados têm como sua maior representatividade as Associações de moradores, comandadas
pelos seus líderes comunitários.
As demais entidades de classe são formadas por: Sindicato do Trabalhadores Rurais,
Sindicato dos Arrumadores, Sindicato dos Pescadores, Colônias dos Pescadores, Associação
dos Proprietários de Táxi, Associação das Quebradeiras de Coco Babaçu, Clube das Mães de
Chapadinha, Associação Esportiva Galo da Chapada, Conselho Municipal de Desenvolvimento
Rural e entre outras.
A religiosidade é um aspecto preponderante no município, destacando-se:
Igreja Católica – Paróquia Nossa Senhora das Dores – Bairro Centro (Figura 52)
Igreja Evangélica Assembleia de Deus – Povoado Nova Belém
Igreja Batista de Chapadinha – Bairro Centro
Igreja Presbiteriana do Brasil – Bairro Centro
Igreja Internacional da Graça de Deus – Bairro Centro
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Figura 52: Igreja Nossa Senhora das Dores (Matriz)Foto: Vicente A. Queiroz
Levando em consideração estas entidades e representatividades marcantes da
sociedade chapadinhense, como condição seminal para o exercício da mobilização social na
coleta de dados, construção de diagnóstico, prognósticos e soluções estratégicas para a
implantação do Plano Municipal de Saneamento Básico de Chapadinha, nos termos da Lei
11.445/07, duas premissas foram consideradas: Primeiro a divisão territorial do município em
7 setores (Tabela 7) de acordo com critérios de representatividade, social, econômica,
geográfica e ambiental, conforme o Plano de Mobilização Social (CHAPADINHA, 2015).
Tabela 7: Setorização do Município de Chapadinha.
SETOR NOME DO SETOR LOCALIDADES Nº DE EVENTOS
1 LAGOA AMARELA
Lagoa Amarela
2Escondido
Poções
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SETOR NOME DO SETOR LOCALIDADES Nº DE EVENTOS
Gavião
Tutanguira
Pitombeira
Chapadão
Santa Maria
Riacho Fundo
2 RIACHO FUNDO
Inhambú
2
Conceição
Armazém
Bom Princípio
Boqueirãozinho
Caldeirão
Centro dos Buracos
Malhada
Pequizeiro
Poços
Ventura
Baturité
São Raimundo
Canto do Ferreira
Nova Belém
Poço Danta
Bacuri
Centrão
Cruz velha
Madeira Cortada
57
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SETOR NOME DO SETOR LOCALIDADES Nº DE EVENTOS
Chapada Limpa
Lagoa dos Farias
3 CHAPADA LIMPA
Roncadeira
2
Santa Maria do
Graco
Cumbre
Santana
Vacas
Lobo
São Pedro
Massena
4 MASSENA
Estrela
2
Mangabeira
Riacho Grande
Boca da Mata
Formiga
Varjota
Tabuleiro do batista
Brejo do Meio
Chapada Limpa
Canto do Boi
Manoel Lopes
Rumo
5 RUMO
Laranjeira
2Flexeira
Alagadiço Grande
58
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SETOR NOME DO SETOR LOCALIDADES Nº DE EVENTOS
Rodeio
Cercadinho
Veredão
Guarimã
Mambira
Desterro
6 SÃO JOSÉ
São José
2
Água Branca
Água Fria
Poço de Pedra
Cedro
Carnaúba Amarela
Tinguis
Vila Nova
Bom Jesus
Prata
Buriti do Estevam
7 MANGUEIRA
Mangueira
2
Macajuba
Carnaubal
Chico Dias
Tucuns
Tanque
Monte Alegre
Brejo D’anta
8 SEDE Bacabal 2
59
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SETOR NOME DO SETOR LOCALIDADES Nº DE EVENTOS
Chapada do Meio
Campestre
Canto do Araça
Roça Velha
Santa Luzia
Angelim
Centro Velho
Boa Vista
Taboca
Vila Isamara
Fonte: Chapadinha 2015.
A formação, através do Decreto municipal nº 23/2014, de dos dois grupos de trabalho,
compostos por atores representativos da sociedade civil, associações, sindicatos, líderes
comunitários, assim como servidores públicos da estrutura municipal que, juntamente com
equipe técnica contratada, operacionalizam o Plano de Trabalho. Estes servidores municipais
estão nominados e classificados por critérios de competências e habilidades.
Os atores e segmentos sociais estratégicos para a construção do Plano Municipal de
Saneamento Básico tem representatividade através das pessoas que integram os grupos de
trabalho, corroborando para a construção técnico-participativa dos produtos.
6 SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO
Na cidade de Chapadinha atualmente encontra-se a cobertura de 4 operadoras de
telefonia móvel celular. Além disso ainda existem serviços de Telefonia Fixa e Banda Larga da
operadora, assim como de várias outras operadoras locais de internet via rádio. Ao todo, são 16
empresas operando no setor de telecomunicações no município (Empresas do Brasil, 2015).
A participação social é o pilar central para formatação do Plano Municipal de
Saneamento Básico (PMSB), pois só a partir da opinião pública os gestores e técnicos podem
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planejar melhor as ações de saneamento básico. Deste ponto de vista, a mobilização social deve
ser de todo o município (zona rural e urbana) e em todas as etapas de elaboração do PMSB.
Para nortear e maximizar os resultados da coleta de informações públicas, o Plano de
Mobilização Social vem como etapa pioneira no planejamento de todos os procedimentos,
estratégias, mecanismos e metodologias que serão aplicados durante a elaboração do PMSB.
Com a valorização da opinião e participação pública, o Plano de Mobilização Social
ajudará a elaborar um plano adequado a realidade local, tão heterogênea ao longo de todo o
território brasileiro e promover melhor qualidade de vida para população.
É importante ressaltar que a apresentação em linguagem simples e a facilidade de
acesso incentivam o cidadão a se interessar pelo tema e aderir ao processo, legitimando-o.
Os meios de comunicação locais são: Rádios, mídia impressa e digital, exposição de
faixas e cartazes em locais estratégicos, blogs, portais, propaganda volante e divulgação via
agentes e lideranças comunitárias, este último, com destaque na Zona Rural. Estes meios de
comunicação também serão utilizados na convocação dos moradores para as palestras, reuniões
e oficinas educativas de explanação do que é o PMSB e a importância da opinião pública no
processo.
É importante destacar que uma outra forma de comunicação e disseminação de
informações, tanto na Zona Rural como na Zona Urbana, são as audiências públicas, que
funcionam como instrumento de informação, debate e proposição de opiniões.
Para cada fase e evento de elaboração do PMSB, foram levantadas as melhores formas
para divulgação dos eventos e informações já produzidas. Dentre os meios de divulgação do
material produzido e programação dos eventos, podem ser utilizados:
a) Folders e cartilhas virtuais e impressas;
b) Site da Prefeitura e site próprio do PMSB de Chapadinha - MA;
c) Propaganda em rádios e automotiva;
d) Faixas e Cartazes
Através de um Sistema de Informações, os produtos gerados em cada fase de
elaboração do PMSB ficarão disponíveis para consulta pública na forma digital pela internet
através do site da Prefeitura e em site específico para o PMSB e em meio físico em local
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designado pela Prefeitura de Chapadinha. Serão disponibilizadas as versões preliminares de
cada produto antes da sua aprovação e posteriormente será substituído pela versão final
aprovada pelo Comitê de Coordenação.
7 ECONOMIA
Atualmente, tem como grande atividade agrícola a plantação de soja, com crescente
ampliação dos plantios de eucaliptos para atender a fábrica de paletes da Suzano em instalação
no município. Sua economia é predominantemente baseada no setor de comércio e serviços,
sendo incipiente a indústria (basicamente concentrada na construção civil, olarias (Figura 53),
e também metalurgia). No passado a exploração do extrativismo de babaçu levou muita renda
a este município que era um dos maiores produtores do estado do Maranhão.
Figura 53: Olaria em Chapadinha.Foto: FERREIRA, Pires, 2014
O Censo Agropecuário de 2006 aponta a mandioca, melancia, arroz, milho e soja como
os principais produtos (Figura 54) da agricultura em Chapadinha (INSTITUTO BRASILEIRO
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DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2006). Importante salientar que o Eucalipto se destaca
como monocultura permanente.
Figura 54: Produção por hectare dos principais produtos cultivados em ChapadinhaFonte IGBE
Quanto a pecuária, destaque para criação de gado, suínos e caprinos, assim como a
produção de galinhas (Pesquisa Pecuária Municipal, 2013) (Figura 55).
Figura 55: Principais Rebanhos em ChapadinhaFonte IBGE
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Quanto ao equilíbrio entre as receitas e despesas orçamentárias, Chapadinha, assim
como o Maranhão e Brasil, ainda apresenta déficit nesta balança, tendo mais despesas do que
receitas (Figura 56).
Figura 56: Balanço entre Receitas e Despesas de Chapadinha-MAFonte IBGE 2010.
No Estado do Maranhão, a proporção de pessoas com renda domiciliar per capita de
até R$ 140,00 passou de 62,9%, em 2000, para 40,8% em 2010.
Apesar de uma população de aproximadamente 75.000 habitantes, ainda há o
predomínio de empregos informais no município, sendo que a grande maioria desses
empregados são colaboradores da Administração Pública de Chapadinha e recebem de 1 a 2
salários (Figura 57).
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Figura 57: Índice de Qualificação da Mão de Obra e Produtividade – IQMP, emprego, salárioe consumo de energia em Chapadinha – MA
Fonte: IMESCO município de Chapadinha possui PIB de 409.530 mil reais e PIB per capita de 5.448
reais (Tabela 8 e figura 58).
Tabela 8: Produto Interno Bruto – PIB de Chapadinha
Participação Valor (R$)
Valor adicionado bruto da agropecuária a preços correntes 105.660
Valor adicionado bruto da indústria a preços correntes 36.986
Valor adicionado bruto dos serviços a preços correntes 251.977
Impostos sobre produtos líquidos de subsídios a preços correntes 14.906
PIB a preços correntes 409.530
PIB per capita a preços correntes 5.448,26Fonte: IBGE
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Figura 58: Participação dos setores no PIB de Chapadinha em relação ao Maranhão e ao
Brasil.
Chapadinha apresenta o melhor IDHM da Região do Alto Munim (Figura 59), com
0,604, ocupando a 51ª posição no estado.
Figura 59: IDHM dos municípios da Região do MunimFonte: IBGE
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8 ASPECTOS AMBIENTAIS
8.1 Meio Físico
O território maranhense apresenta-se como uma grande plataforma inclinada na
direção sul-norte, com baixo mergulho para o oceano Atlântico. Os grandes traços atuais do
modelado da plataforma sedimentar maranhense revelam feições típicas de litologias
dominantes em bacias sedimentares. Essa plataforma, submetida à atuação de ciclos de erosão
relativamente longos, respondeu de forma diferenciada aos agentes intempéricos, em função de
sua natureza, de estruturação e de composição das rochas, modelando as formas tabulares e
subtabulares da superfície terrestre. Condicionados ao lineamento das estruturas litológicas, os
gradientes topográficos dispõem-se com orientações sul-norte. As maiores altitudes estão
localizadas na porção sul, no topo da Chapada das Mangabeiras, no limite com o estado do
Tocantins. As menores altitudes situam-se na região norte, próximo à linha de costa. Feitosa
(1983) classifica o relevo maranhense em duas grandes unidades: planícies, que se subdivide
em unidades menores (costeira, flúvio-marinha e sublitorânea), e planaltos.
As planícies ocupam cerca de 60% da superfície do território e os planaltos 40%. São
consideradas planícies as superfícies com cotas inferiores a 200 metros. Já os planaltos, restritos
às áreas do centro-sul do estado, são superfícies com cotas acima de 200 metros. O Maranhão
apresenta, de maneira simplificada, as seguintes formas de relevo no estado do Maranhão:
chapadas altas e baixas, superfícies onduladas, grande baixada maranhense, terraços e planícies
fluviais, tabuleiros costeiros, restingas e dunas costeiras, golfão maranhense e baixada litorânea
(Correia Filho, 2011).
O leste maranhense é formado, em quase sua totalidade, por planaltos entremeados de
chapadas, colinas e morros. A drenagem, utilizando-se de zonas de fraqueza nas rochas
sedimentares de direção sul-norte, esculpiu relevos de áreas planas, rampeadas em relação à
drenagem e/ou relevos residuais de topo plano. Dissecados em lombas, colinas e morros, esses
relevos têm altitudes variando de 140 a 400 metros. O Planalto Dissecado do Itapecuru, com
altitude entre 140 a 200 metros, apresenta um relevo de colinas e morros com vales
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sedimentados. Na área dos Tabuleiros do Médio Itapecuru, o relevo exibe um predomínio dos
topos dissecados em lombas e colinas, com altitudes entre 180 a 240 metros. Na área dos
Tabuleiros do Parnaíba, na margem esquerda do rio, ocorrem planos irregulares, em níveis
altimétricos entre 20 e 400 metros, com vertentes dissecadas em colina e morros. Os Tabuleiros
Sublitorâneos apresentam um relevo plano, entalhado por uma drenagem de direção sul-norte.
Ao longo dessa drenagem, ocorrem lombas e colinas suaves com altitudes variando de 25 a 100
metros, decaindo de sul para norte.
O relevo é plano e dominado por chapadas baixas, com altitudes inferiores a 300
metros. A planície aluvionar caracteriza-se por apresentar uma superfície extremamente
horizontalizada, onde os sedimentos inconsolidados (areias, argilas e cascalhos) encontram-se
depositados nas margens e nos leitos dos principais cursos d’água da região (Correia Filho,
2011).
8.2 Geologia
O município de Chapadinha está inserido nos domínios da Bacia Sedimentar do
Parnaíba (Figura 60), que, segundo Brito Neves (1998), foi implantada sobre os riftes
cambroordovicianos de Jaibaras, Jaguarapi, Cococi/Rio Jucá, São Julião e São Raimundo
Nonato. Compreende as supersequências Silurianas (Grupo Serra Grande), Devoniana (Grupo
Canindé) e Carbonífero-Triássica (Grupo Balsas) de Góes e Feijó (1994).
Na área do município, o Grupo Balsas está representado pela formação Motuca (P3m)
Permiano; o Cretáceo, pelas formações Codó (K1c) e Itapecuru (K12it); o Terciário, pelo Grupo
Barreiras (ENb); o Terciário-Quaternário, pelos Depósitos Colúvio-Eluviais (NQc); e o
Quaternário, pelos Depósitos Aluvionares (Q2a).
Formação Motuca (P3m). Plummer (1946) propôs a denominação formação Motuca
para designar os folhelhos vermelho-tijolo com intercalações de calcário e anidrita, sobrejacente
aos estratos Pedra de Fogo que afloram nos arredores da fazenda Motuca, entre São Domingos
e Benedito Leite, no estado do Maranhão. Aguiar (1971) dividiu essa formação em três
membros e ratificou a sua concordância com as formações Pedra de Fogo e Sambaíba,
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considerando-a de idade permo-triássica. A espessura máxima dessa formação na Bacia
Sedimentar do Parnaíba, atravessada em sondagem, é de 296 m (Petri e Fúlvaro, 1983).
Figura 60: Localização da Bacia Sedimentar do ParnaíbaFonte: Petri e Fulfaro, 1983.
Reúne na sua seção inferior, arenitos finos a médios, róseos a esbranquiçados, além de
folhelhos e siltitos arenosos, vermelho-tijolo. Na seção média predominam siltitos e folhelhos
esverdeados, bem laminados, com fraturas preenchidas por aragonita. A seção superior
constitui-se de arenitos avermelhados, finos a médios, argilosos. Ocorrem, também, leitos de
sílex contorcidos, indicando pequenos dobramentos convolutos. Assenta-se sobre a formação
Pedra de Fogo e é recoberta pela formação Sambaíba, com as quais mantém, respectivamente,
relações de contato gradacional na base e no topo, às vezes bruscos e com discordância erosiva.
Ocupa uma vasta área no extremo sudoeste do município de Chapadinha.
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A formação Codó consiste, litologicamente, em sua seção inferior, a conglomerados
basais, sobrepostos a folhelhos cinza-esverdeado a pretos, localmente betuminosos, com
fraturas preenchidas por pirita, além de níveis de calcário e camadas de gipsita. A seção média
inicia-se por conglomerado polimítico, com seixos representativos da seção inferior
retrabalhada, passando para folhelhos com ostracodes. No topo da unidade, tem-se arenitos e
siltitos cinza, carbonosos, com restos vegetais calcíferos e piritosos. As áreas de afloramentos
dos sedimentos da formação Codó são geralmente restritas e descontínuas. Ocorrem
normalmente nos vales dos principais cursos d’água da região central da bacia. Estendem-se
desde o flanco oeste, na região noroeste da confluência do rio Tocantins com o rio Araguaia,
até o vale do Parnaíba, na região nordeste, próximo a Esperantina-PI. Para a formação Codó a,
foi medida a espessura de 75 a 80 metros na região de Sítio Novo, no município de Grajaú. Ao
longo do rio Tocantins até a região de São José do Mearim, no Maranhão, encontrou-se a
espessura em torno de 20 metros; a norte de Marabá, no Pará, 15 metros; e, nas regiões de Codó
(MA) e Esperantina (PI), sua espessura não ultrapassa 12 metros. Aflora a sudoeste estendendo-
se para noroeste do município de Chapadinha, principalmente ao longo da drenagem do rio
Munim (Correia Filho, 2011).
Formação Itapecuru (K12it). Campbell (1948) foi quem primeiro descreveu essa
unidade, denominando-a de formação Serra Negra. Posteriormente, passou a usar o termo
Itapecuru, atribuindo-lhe idade cretácea, posicionando-a, com discordância local, sobre a
formação Codó. Litologicamente, essa unidade consiste, no flanco oeste e noroeste da bacia, de
arenitos avermelhados, médios a grosseiros, com faixas conglomeráticas muito argilosas e
intercalações de argilitos e siltitos, de coloração variegada. Seguem-se arenitos avermelhados
e esbranquiçados, finos a médios, caulínicos, com estratificação cruzada de grande porte. Nas
demais regiões, os arenitos são em geral finos com faixas de arenitos médios. O contato inferior
da unidade com as formações Codó e Grajaú é concordante, apresentando discordâncias locais.
Revela extensas e contínuas áreas de exposição, notadamente na região centro-oeste, norte e
centro-leste da bacia, bem como, em faixas isoladas e restritas no flanco oeste, a W do
município de Araguaiana e Colinas de Goiás. Sua espessura aflorante é superior a 200 metros.
Os perfis de furos estratigráficos indicam espessuras variáveis de 270m (poço VGst-1MA),
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400m (poço PMst-1-MA) e 600m (poço PAF-3-MA), segundo (Lima & Leite, 1978). É a que
tem maior expressão geográfica e aflora, praticamente, em todos os quadrantes do município
de Chapadinha.
Grupo Barreiras (ENb). A denominação Barreiras, com sentido estratigráfico, foi
empregada pela primeira vez por Moraes Rego (1930 apud SANTOS et al., 1984) que,
estudando a região oriental da Amazônia, chamou a atenção para a semelhança entre os
sedimentos terciários que constituem os baixos platôs amazônicos e os que formam os
tabuleiros das costas brasileiras norte, nordeste e leste. Mabesoone et al. (1972 apud SANTOS
et al., 1984) descreveram os sedimentos Barreiras, no Nordeste, como constituídos por uma
sequência afossilífera, de coloração variegada, composta predominantemente de arenitos
síltico-argilosos, argilas areno-siltosas e leitos conglomeráticos, com predominância de cores
avermelhadas e ocorrências de intercalações caulínicas de cores esbranquiçadas. Os sedimentos
são comumente mal selecionados e com nítida predominância das frações areia e argila.
Formam um relevo de interflúvios tabulares e colinas semiarredondadas, cortadas geralmente
em falésias, frente ao oceano. Brandão (1995 apud SANTOS et al., 1984) denominou de
“formação Barreiras” a sequência constituída de sedimentos areno-argilosos, sem ou com pouca
litificação, coloração avermelhada, creme ou amarelada mal selecionadas; granulação variando
de fina a média, com horizontes conglomeráticos e níveis lateríticos, sem cota definida, em
geral associados à percolação de água subterrânea. A matriz é argilosa, caulínica, com cimento
argilo-ferruginoso e, às vezes, silicoso. A estratificação é geralmente indistinta, notando-se
apenas um discreto paralelismo entre os níveis de constituição faciológica diferentes.
Localmente, podem apresentar estratificações cruzadas e convolutas. Ocorrem por toda faixa
litorânea e repousam, discordantemente, sobre o embasamento cristalino, em discordância
erosiva e angular. É capeada, na linha da costa, pelo cordão litorâneo de dunas, através de
discordância, e, no interior, passa transicionalmente, em alguns pontos, para as Coberturas
Colúvio-Eluviais. Ocupa vastas áreas a sul, sudeste, leste e região central do município de
Chapadinha, expondo-se amplamente na sede municipal.
Depósitos Colúvio-Eluviais (NQc). Com base em estudos de campo Oliveira et al.
(1974 apud AGUIAR, 1999), os capeamentos foram definidos como produtos de alteração de
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rochas cristalinas transformados em sedimentos areno-siltico-argilosos, inconsolidados, de
idade Terciário Quaternário. Braga et al. (1977) caracterizam litologicamente esses sedimentos
como um material areno-argiloso, caulinítico, com cimento argiloso e/ou. Eles são constituídos
de grãos de quartzo imaturos e pouco desgastados, ocasionais pontuações de opacos, palhetas
de mica e grãos de feldspatos, em vias de alteração.
A falta de estratificação, o caráter arcoseano, a presença de minerais micáceos e
feldspáticos caracterizam esses sedimentos como imaturos e, por outro lado, sugerem, em seu
processo de formação, condições climáticas semiáridas a que foram submetidos, desde a
degradação até os tempos atuais. Aflora em duas áreas, restritas, situadas no extremo sul do
município de Chapadinha.
Os Depósitos Aluvionares que constituem os sedimentos clásticos inconsolidados,
relacionados às planícies aluvionares atuais dos principais cursos d’água são, basicamente,
depósitos de planícies de inundação. Destacam-se por sua morfologia típica de planícies
sedimentares, associadas ao sistema fluvial e são, de modo geral, constituídos por sedimentos
arenosos e argilosos, com níveis de cascalho e matéria orgânica, inconsolidados e
semiconsolidados. Aflora a sudoeste, oeste e noroeste do município de Chapadinha, com maior
exposição ao longo da planície de inundação do rio Munim.
8.3 Pedologia
Os solos da região estão representados por Latossolo Amarelo, Podzólico Vermelho
Amarelo, Plintossolo e Planossolos (EMBRAPA, 2006) (Figura 61). Latossolos Amarelos são
solos profundos, bem ou acentuadamente drenados, com horizontes de coloração amarelada, de
textura média e argilosa, sendo predominantemente distróficos, ocorrendo também álicos, com
elevada saturação de alumínio e teores de nutrientes muito baixos. São encontradas em áreas
de topos de chapadas, ora baixas e dissecadas, ora altas e com extensões consideráveis,
apresentando relevo plano com pequenas e suaves ondulações, tendo como material de origem
mais comum, as coberturas areno-argilosas e argilosas, derivadas ou sobrepostas às formações
sedimentares. Mesmo com baixa fertilidade natural e em decorrência do relevo plano e
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suavemente ondulado, esse solo tem ótimo potencial para agricultura e pecuária. Devido sua
baixa fertilidade e acidez elevada, esses solos são exigentes em corretivos e adubos químicos e
orgânicos.
Os Podzólicos Vermelho-Amarelos são solos minerais com textura média e argilosa,
situando-se, principalmente, nas encostas de colinas ou outeiros, ocupando também áreas de
encostas e topo de chapadas, com relevo que varia desde plano até fortemente ondulado. São
originados de materiais de formações geológicas, principalmente sedimentares, de outras
coberturas argilo-arenosas assentadas sobre as formações geológicas. As áreas onde ocorrem
essa classe de solo são utilizadas com cultura de subsistência, destacando-se as culturas de
milho, feijão, arroz e fruticultura (manga, caju e banana), além do extrativismo do coco babaçu.
As áreas, onde o relevo é plano a suavemente ondulado podem ser aproveitadas para a
agricultura, de forma racional, com controle da erosão e aplicação de corretivos e adubos para
atenuar os fatores limitantes à sua utilização.
Plintossolos são solos de textura média e argilosa que tem restrição à percolação
d’água, sujeitos ao efeito temporário do excesso de umidade e se caracterizam por apresentar
horizonte plíntico, podendo ser álicos, distróficos e eutróficos. Ocupam áreas de relevo
predominantemente plano ou suavemente ondulado e se originam a partir das formações
sedimentares. Os Plintossolos eutróficos são os que propiciam maior produtividade com as
diversas culturas. Os Plintossolos álicos e distróficos, principalmente os arenosos, são solos de
baixa fertilidade natural e acidez elevada. Além do extrativismo do coco babaçu, nas áreas desse
solo, tem-se o uso agrícola com a cultura de mandioca, arroz, feijão, milho, fruticultura e a
pecuária extensiva, principalmente bovina. Em áreas com relevo plano e suavemente ondulado,
esses solos favorecem o uso de máquinas agrícolas, porém devem ser observados os cuidados
para evitar os efeitos da erosão.
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Figura 61: Mapa dos Solos de ChapadinhaFonte: EMBRAPA
Planossolos são solos minerais, mal drenados, com horizonte superficial ou
subsuperficial eluvial, de textura mais leve, que contrasta abruptamente com o horizonte B,
imediatamente subjacente, adensado, geralmente de acentuada concentração de argila,
permeabilidade lenta ou muito lenta. Podem ou não, ter horizonte cálcico, caráter carbonático,
duripã, propriedade sódica, solódica, caráter salino ou sálico. Os solos desta classe ocorrem
preferencialmente em áreas de relevo plano ou suavemente ondulado, onde as condições
ambientais e do próprio solo favorecem vigência periódica anual de excesso de água, mesmo
que de curta duração, especialmente em regiões sujeitas à estiagem prolongada, e até mesmo
sob condições de clima semi-árido.
8.4 Recursos Hídricos
8.4.1 Águas superficiais
O Maranhão é o único estado do Nordeste que menos se identifica com as
características hidrológicas da região, pois não há estiagem e nem escassez de recursos hídricos,
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tanto superficiais como subterrâneos, em seu território. É detentor de uma invejável rede de
drenagem com, pelo menos, dez bacias hidrográficas perenes. Podem ser assim
individualizadas: Bacia do rio Mearim, Bacia do rio Gurupi, Bacia do rio Itapecuru, Bacia do
rio Grajaú, Bacia do rio Turiaçu, Bacia do rio Munim, Bacia do rio Maracaçumé-Tromaí, Bacia
do rio Uru-Pericumã-Aurá, Bacia do rio Parnaíba-Balsas, Bacia do rio Tocantins, além de outras
pequenas bacias. Suas principais vertentes hidrográficas são: a Chapada das Mangabeiras, a
Chapada do Azeitão, a Serra das Crueiras, a Serra do Gurupi e a Serra do Tiracambu.
As bacias hidrográficas são subdivididas em sub-bacias e microbacias. Elas constituem
divisões das águas, feitas pela natureza, sendo o relevo responsável pela divisão territorial de
cada bacia, que é formada por um rio principal e seus afluentes.
O município de Chapadinha pertence à bacia hidrográfica do rio Munim o qual drena
sua área (Figura 62). Esse rio tem como afluente pela margem esquerda o rio Preto e pela
margem direita o rio Iguará. Estes drenam os terrenos da Bacia Sedimentar do Parnaíba, onde
é comum a ocorrência de falhas e/ou fraturas que controlam os cursos dos principais rios da
região. A área de abrangência do rio Munim localiza-se na porção nordeste do estado do
Maranhão, estendendo-se por aproximadamente 15.800km². Durante o seu percurso das
nascentes, no município de Aldeias Altas até a sua foz na baía de São José, percorre
aproximadamente 275km, drenando as áreas de 20 municípios dentre eles, Chapadinha, Nina
Rodrigues, Morros e Axixá e já se misturando às águas salgadas no município de Icatu. Limita-
se com as seguintes bacias fluviais: Piriá e Preguiças (N e NE); Parnaíba (S, SE e E); e Itapecuru
(NW, SW e S).
O rio Preto nasce na localidade Saquinho, no município de Buriti, servindo de divisa
entre os municípios de Anapurus, Mata Roma e Chapadinha, desaguando no rio Munim. O rio
Iguará nasce no município de Aldeias Altas e também serve de divisa entre os municípios de
Chapadinha e Timbiras, desaguando no rio Munim pouco depois de Vargem Grande. Além do
rio Munim, drena a área do município de Chapadinha o rio Iguará e os riachos São Joaquim, do
Limão, do Capinzal, Jenipapo, Bom Jesus, Guaraná, do Saco, Capinzal, Alto Alegre,
Boqueirão, Curralinho, do Piancó, do Centro Velho, da Água Fria, da Prata, Feio, da Onça,
dentre outros.
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Figura 62: Abrangência da Bacia Hidrográfica do Munim
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Fonte: Fórum Carajás
8.4.2 Águas Subterrâneas
O estado do Maranhão está quase totalmente inserido na Bacia Sedimentar do
Parnaíba, considerada uma das mais importantes províncias hidrogeológicas do país. Trata-se
de bacia do tipo intracratônica, com arcabouço geométrico influenciado por feições estruturais
de seu embasamento, o que lhe impõe uma estrutura tectônica em geral simples, com atitude
monoclinal das camadas que mergulham suavemente das bordas para o seu interior.
Segundo Góes et al. (1993), a espessura máxima de todo o pacote sedimentar dessa
bacia está estimada em 3.500 metros, da qual cerca de 85% são de idade paleozóica e o restante,
mesozóica. Dessa forma, o estado do Maranhão, por estar assentado plenamente sobre terrenos
de rochas sedimentares, diferentemente dos outros estados nordestinos, apresenta
possibilidades promissoras de armazenamento e explotação de águas subterrâneas, com
excelentes exutórios e sem períodos de estiagem.
É considerada água subterrânea apenas aquela que ocorre abaixo da superfície, na zona
de saturação, onde todos os poros estão preenchidos por água. A formação geológica que tem
capacidade de armazenar e transmitir água é denominada aquífero.
Em relação à geologia, existem três domínios principais de águas subterrâneas: rochas
ígneas e metamórficas, que armazenam água através da porosidade secundária resultante de
fraturas, caracterizando, segundo Costa (2000), “aquífero fissural”; rochas cabornáticas,
calcário e dolomito, que armazenam água com o desenvolvimento da porosidade secundária,
através da dissolução e lixiviação de minerais carbonáticos pela água de percolação ao longo
das descontinuidades geológicas, caracterizando o que é denominado de “aquífero cárstico”;
sedimentos consolidados, arenitos, e inconsolidados, as aluviões e dunas, que caracterizam o
aquífero poroso ou intergranular.
O município de Chapadinha apresenta um domínio hidrogeológico: o aqüífero poroso
ou intergranular, relacionado aos sedimentos consolidados das formações Motuca (P3m), Codó
(K1c), Itapecuru (K12it) e do Grupo Barreiras (ENb); e pelos sedimentos inconsolidados dos
Depósitos Clúvio-Eluviais (NQc) e pelos Depósitos Aluvionares (Q2a).
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Durante os trabalhos de campo foram cadastrados um total de 157 pontos d’água,
sendo 156 poços tubulares (99,36%) e 01 poços amazonas (0,64%).
As formações Motuca e Codó, composta de siltitos, folhelhos e arenitos muito finos e
argilosos, calcários e lentes de gipsita, portanto litologias essencialmente pelíticas, representa
um manancial de fraco potencial hidrogeológico. Esses aquitardos são explotados no município
principalmente através de poços tubulares rasos e poços escavados, tipo “amazonas”.
O aquífero Itapecuru ocorre como aquífero livre e semiconfinado, na área do
município. Apresenta uma constituição litológica reunindo arenitos finos a muito finos,
predominantemente argilosos, esbranquiçados, avermelhados e cremes, com níveis sílticos e
argilosos que caracteriza uma permeabilidade fraca a regular e uma produtividade de média a
fraca com os poços tubulares apresentando vazões entre 3,2 a 25,0m³/h. Esse aquífero é
alimentado pela infiltração direta das precipitações pluviométricas nas áreas de recarga; pela
infiltração vertical ascendente, através das formações inferiores e contribuição dos rios
influentes. Os exutórios são: a rede de drenagem superficial, quando os rios recebem por
restituição as águas armazenadas no aquífero, principalmente, durante as cheias;
evapotranspiração, quando o caráter argiloso do perfil geológico diminui a infiltração,
favorecendo uma maior evapotranspiração nas áreas de recarga; a infiltração vertical
descendente, na base do aquífero; algumas fontes de contato e descarga artificial, resultantes do
bombeamento de poços manuais e tubulares, existentes.
A formação Barreiras caracteriza-se por uma expressiva variação faciológica, com
intercalações de níveis mais e menos permeáveis, induzindo características hidrodinâmicas que
variam de ponto a ponto, dependendo do contexto hidrogeológico local. Suas possibilidades de
captação estão restritas às fácies arenosas, normalmente inseridas em sequências argilosas. As
comunicações hidráulicas entre os diferentes níveis são realizadas com grandes perdas de carga.
Segundo Cavalcante (1998 apud AGUIAR, 1999), as vazões predominantes são inferiores a
2,0m³/h, porém em algumas áreas podem apresentar valores bem superiores (máximas de 17,6
m³/h), quando os poços tubulares captam água dos estratos inferiores, mais arenosos.
Localmente, pode ser definida como um aquífero do tipo livre, com características regionais de
semiconfinamento, em função da presença de níveis silticoargilosos, segundo Aguiar (1999).
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Estudos mais recentes têm mostrado que as dunas/paleodunas e os sedimentos Barreiras
constituem um sistema hidráulico único que tem sido denominado “Sistema Aquífero
Dunas/Barreiras”. A recarga é proveniente da infiltração direta das águas de chuvas, da
contribuição dos rios influentes, das lagoas e do sistema dunas/paleodunas. Seus principais
exutórios são: as fontes, os rios e riachos perenes e as explotações de poços tubulares. É
importante lembrar que a explotação de aquíferos, muito próxima de zonas costeiras,
normalmente suscita precauções quanto à invasão de água salgada nesses pontos de captação,
em função do avanço da cunha salina.
As Coberturas Colúvio-Eluviais podem armazenar água subterrânea no período
chuvoso, dependendo de suas espessuras e, eventualmente, podem ser aproveitadas para
captação em condições pontuais. Elas têm uma maior importância na alimentação das
formações subjacentes e são explotadas através de poços de grande diâmetro, do tipo amazonas.
As Aluviões não possuem litologia bem definida, variando desde frações grosseiras,
como cascalhos, areias grossas até frações argilosas e constituem importantes aquíferos do tipo
livre. Sua alimentação se faz por infiltração lateral das águas dos rios e por infiltrações
pluviométricas. Seus exutórios, através das restituições aos rios, têm início em abril
prolongando-se até julho, com sensível rebaixamento do nível freático. De julho a setembro,
essa restituição é muito pequena e, de setembro a abril, é praticamente nula. A
evapotranspiração é outro exutório que consome grande quantidade de água das aluviões, além
da explotação de poços do tipo “amazonas”. A proximidade do litoral, a baixa declividade dos
rios e o avanço das marés, ao longo dos cursos d’água, influenciam na qualidade das águas
armazenadas nessa unidade e contribuem para sua pouca utilização na região.
8.5 Meio Biótico
8.5.1 Vegetação
A vegetação predominante em Chapadinha é do tipo cerrado constituída por árvores e
arbustos com altura variando de três a quatro metros, estruturada em dois estratos: um
arbóreo/arbustivo com árvores esparsas e retorcidas e outro herbáceo/gramíneo. As espécies
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mais comuns são: Araticum, Sucupira Preta, Murici, Pequi, Faveira, Ipê e Ipê Amarelo. As
Palmáceas presentes no município são a Carnaúba, o Buriti e o Babaçu.
O município de Chapadinha está localizado na região do Domínio do Cerrado,
especificamente na microrregião de Chapadinha, também conhecida como microrregião do
Alto Munim. O Domínio do Bioma Cerrado ocupa cerca de 1/5 da superfície do país, sendo que
aproximadamente 70% se encontram numa região chamada de “núcleo”, abrangendo os estados
de Goiás, Mato Grosso do Sul, Tocantins, oeste da Bahia, oeste de Minas Gerais, sul do Mato
Grosso e o Distrito Federal. O restante distribui-se pelas denominadas “Áreas Periféricas de
Cerrado” ocorrendo em direção ao norte nos estados do Maranhão e Piauí, a oeste na região
central do Mato Grosso e sudeste de Rondônia; e ainda em áreas não contínuas de vários estados
como São Paulo, Paraná, Pará, Amazonas, Amapá e Rio Grande do Norte (RIMA, 2012).
Entre as principais espécies, temos pau-terra (Qualea parviflora), janaúba
(Hymathanthus articulata), bacuri-bravo (Lafoensia pacari), amargoso (Vatairea macrocarpa),
sucupira (Bowdichia virgillioides), pequi (Caryocar brasiliensis), tucum (Astrocaryum
aculeatum), Connarus favosus, copaíba (Copaifera langsdorffii), algodão-bravo
(Cochlospermum sp.), entre outras.
Entre as principais espécies registradas na Savana Florestada destacam-se gonçalo-
alves (Astronium fraxinifolium), pau-d’árco (Handroanthus serratifolius); candeia
(Plathymenia reticulata), faveira (Parkia plathycephala), folha-larga (Salvertia
convallariodora), pau-terra (Qualea parviflora), barbatimão (Striphnodendron coriaceum),
marfim (Agonandra brasiliensis), mangaba (Hancornia speciosa), entre outras.
Um levantamento da flora de uma área em Chapadinha apontou como as principais
espécies registradas na área de influência do empreendimento, considerando todas as tipologias
de vegetação identificadas, um total de 89 espécies de 79 gêneros, distribuídas em 43 famílias.
Não foram registradas espécies endêmicas na área.
Todas as espécies registradas nesse estudo tem distribuição mais ou menos ampla entre
as fitofisionomias de Cerrado encontradas em outros estados brasileiros; inclusive, ocorrem
naturalmente em outros biomas e em áreas de transição (ecótono) destes. Das espécies com
potencial de utilização agrícola na região do cerrado, destacam-se as frutíferas, representadas
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por algumas dezenas de espécies de diferentes famílias que produzem frutos comestíveis
(RIMA, 2012).
8.5.2 Fauna
De acordo com o Relatório de Impacto Ambiental feito pela SUZANO (RIMA, 2012),
foram encontradas 224 espécies de peixes para a região de estudos e seus arredores. As famílias
com maior diversidade de espécies foram Characidae, Callichthyidae, Ariidae, Cichlidae,
Carangidae, Sciaenidae, Carcharhinidae, todas com sete ou mais espécies. A presença de grande
representatividade de Characidae denota boa transparência dos rios da região, pois esses
animais são geralmente caçadores ativos e que dependem de sua visão, sendo seus hábitos
alimentares prejudicados em águas com muito material em suspensão. A presença da Pirarara
indica fundos com boa qualidade de oxigenação, ou seja, ambientes não eutrofizados. A
ocorrência das espécies dependentes de mata ciliar, citada ao longo desse texto, também
sinalizam que ocorre boa conservação desse ecossistema.
Segunda o RIMA (2012), em estudos realizados anteriormente na região foram
registradas 30 espécies da herpetofauna, sendo 14 de anfíbios, 10 de lagartos, 6 de serpentes e
1 de jacaré. As espécies mais abundantes foram tijubina (Cnemidophorus ocellifer) e o calango
(Tropidurus hispidus), que representaram valores de 65% a 86% das espécies encontradas em
diferentes sítios de estudos.
Quatro espécies endêmicas do Cerrado são encontradas na região: O sapo Rhinella
ocellatus, a rã Physalaemus centralis, o lagarto “jacarezinho do seco” Hoplocercus spinosus e
a serpente Xenopholis undulatus (RIMA, 2012).
Há relatos do uso do Tejo, do Camaleão e do Jacaré como alimento, bem como existe
o hábito de guardar as serpentes peçonhentas em frascos com aguardente para em caso de
acidente ofídico ser ministrada ao acidentado como se fosse um remédio antiofídico, o que não
tem comprovação científica.
Os mamíferos são importantes não só do ponto de vista da manutenção dos processos
ecológicos, mas também porque é responsável pela polinização e dispersão de muitas espécies
de importância econômica, além da manutenção da diversidade biológica. Os estudos mais
complexos realizados na região, principalmente aqueles baseados no município vizinho
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(Urbano Santos) apontam para a ocorrência de 58 espécies de mamíferos, sendo 46 espécies de
terrestres não-voadores e 12 de quirópteros, compreendendo 08 ordens e 22 famílias.
É interessante a ocorrência do cachorro-do-mato-vinagre (Speothos venaticus), da
lontra (Lontra longicaudis) e do gato-palheiro (Leopardus colocolo), talvez o encontro mais
inesperado para essa região. Além disso, houve ocorrência de espécies inesperadas para essa
região, mesmo sendo ambiente de Cerrado, como é o caso de raposinha-do-campo (Lycalopex
vetulus) (RIMA, 2012).
A espécie de raposa (Pseudalopex vetulus), tatu-bola (Tolypeutes tricinctus), veado-
campeiro (Ozotocerus bezoarticus), queixada (Tayassu pecari), anta (Tapirus terrestris) e o
cachorro-do-mato-vinagre (Speothos venaticus) podem servir como indicadores da qualidade
ambiental, pois são altamente sensíveis às alterações antrópicas. O gato-do-mato (Leopardus
tigrinus) é considerado vulnerável à extinção, enquanto o gatomaracajá (L. wiedii) e a onça
pintada (Panthera onca) são consideradas em estado quase ameaçadas, segundo a lista de
espécies ameaçadas da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN, 2011).
É tradicional na região a prática de caça, e mesmo no estudo as comunidades
tradicionais investigadas admitem essa prática, inclusive sendo a anta Tapirus terrestris
considerada extinta na região desse estudo.
As aves são importantes componentes dos ecossistemas, pois participam de vários
processos vitais de interação entre plantas e animais que são essenciais para a diversidade
genética dentro das populações de espécies de árvores tropicais, permitindo uma maior
variedade e resistência genética das diversas espécies vegetais por meio da polinização e
dispersão de sementes. Além disso, são indicadores da qualidade dos ambientes e condições de
saúde. Desastres ambientais como queimadas, desmatamentos, poluição de lagoas e rios, as
afetam, prejudicando-as, causando extinções de espécies ou excesso de população. Elas também
ajudam no controle de pragas como insetos e lagartas que atacam as cidades e plantações e no
controle de ratos e cobras, pois os gaviões e corujas são grandes predadores de ratos e a ema é
comedora de cobras.
Dados apontaram a ocorrência de 154 espécies para as proximidades da região de
interesse. Esse número, entretanto, seguramente ainda é bem inferior a riqueza total de espécies
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de aves na região. A região do médio e baixo Paranaíba, entre o Maranhão e o Piauí, permanece
como uma das menos conhecidas do ponto de vista do estudo de aves (RIMA, 2012).
Os locais com maior riqueza de espécies nesse estudo foram aqueles onde existe a
combinação de habitats, que inclui diferentes ambientes aquáticos, florestais e de cerrado.
Normalmente, entre os representantes da avifauna mais ameaçados de extinção pela
fragmentação de áreas florestais estão às espécies maiores (gaviões), as aves chamadas de
cinegéticas, as quais são utilizadas para caça, os tinamídeos como inhambus, macuco e azulona
e os cracídeos como aracuãs, mutuns, jacus e jacutinga, os grandes frugívoros, ex. como
papagaios e tucanos, que vivem nas copas das árvores.
As espécies consideradas como registros interessantes ou ameaçadas/quase ameaçadas
em algum nível por diferentes entidades de controle e estudo de aves são a araponga Procnias
averano (Birdlife International, 2004) e/ou o pica-pau Picumnus pygmaeus, a gralha
Cyanocorax cristatellus, e o mineirinho Charitospiza eucosma (RIMA, 2012).
9 DIAGNÓSTICO DO SERVIÇO DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
9.1 Histórico
O diagnóstico do sistema de abastecimento de água foi elaborado com base nas
informações disponibilizadas pela Companhia de Água e Saneamento Ambiental
do Maranhão (CAEMA) e em visitas técnicas realizadas no município, associadas aos
levantamentos efetuados população.
O Município de Chapadinha está situada na Bacia Hidrográfica do rio Munim, tendo
como afluentes principais os rios Pretos e Iguará onde é feita a captação de água para abastecer
as populações de São Benedito do Rio Preto, Nina Rodrigues e Vargem Grande. Parte da
população de Chapadinha é abastecida pelo Riacho Macaoca, que também pertence à Bacia
Hidrográfica do Rio Munim.
9.2 Fontes de abastecimento
O abastecimento do município é feito atualmente da seguinte forma:
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a) A represa Itamacaoca contribui com o volume que varia entre 180 a 250m3/h
dependendo da estação (seca ou chuvosa). Hoje está contribuindo com 215m3/h durante
12 horas por dia entre as 6 e 18 horas;
b) Quatro poços artesianos que contribuem com 96m3/h durante 24 horas por dia. Os poços
são: Poço Subestação Cemar com 20,0m3/h; Poço do Areal (Creche Luiz Rocha Junior)
com 11,0m3/h; Poço do Posto de Saúde do Bairro Campo Velho com 24,0m3/h e Poço
do Escritório da Caema com 41,0m3/h;
c) O restante da zona urbana é abastecido por cerca de 50 poços espalhados em diversos
bairros/centro operacionalizados e custeados pela Prefeitura Municipal;
d) A zona rural é abastecida por cerca de 80 poços tubulares profundos e rasos, sem
tratamento, administrados e custeados pelo poder público municipal, sendo completado
por poços cacimbões sem controle ou tratamento sendo administrados por particulares.
9.3 Características do sistema de abastecimento de água
A Estação de Tratamento de Água – ETA iniciou suas operações na década de 1980,
após a captação na represa Itamacaoca.
O município de Chapadinha conta atualmente com uma Estação de Tratamento de
Água (ETA) para tratamento apenas da água da Represa, operada pela Companhia de Água e
Saneamento Ambiental do Maranhão (CAEMA), é a responsável por abastecer parte da zona
urbana. A zona rural dispõe de outros sistemas de abastecimento como poços tubulares,
cisternas ou até mesmo captação direta em mananciais próximos as residências sem passar pelo
sistema de tratamento público.
O Sistema de Abastecimento de Água tem como objetivo disponibilizar água potável
aos consumidores, atendendo requisitos recomendados, com garantia de quantidade e
qualidade. Assim, o sistema público de abastecimento de água é constituído por uma captação
de água superficial, tubulações, estação de tratamento, reservatórios, equipamentos e demais
instalações destinadas ao fornecimento de água potável. O sistema de abastecimento é
constituído por captação na represa Itamacaoca, uma Estação de Tratamento de Água – ETA e
reservatório, Tabela 9.
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Quanto ao abastecimento de água subterrânea o município conta com 4 poços para
abastecimento da zona urbana. Esta água e injetada na rede de distribuição, sem nenhum tipo
de tratamento.
.
Tabela 9: Sistema de abastecimento de água
SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
Estação de Tratamento de Água – ETA
Reservatório 1
Ponto de Captação na represa Itamacaoca
Fonte: Companhia de Água e Saneamento Ambiental do Maranhão, 2014.
9.4 Captação
O ponto de captação da água bruta é realizado na represa Itamacaoca, situada na zona
rural, mas no limite da área urbana. É abastecida com água da chuva, cuja área de contribuição
é predominantemente rural e também das nascentes do Riacho Itamacaoca, abastecida pelos
aquíferos, que são recarregados em áreas de recargas, também situadas na zona rural o que
garante uma relativa proteção à captação principal, quanto as fontes de contaminação, não
necessitando de grandes operações e quantidades de produtos para o posterior tratamento. O
sistema de captação é feito por uma bomba instalada na represa, que envia a água captada por
uma tubulação até a ETA.
O sistema complementar de captação é composto por 3 poços tubulares profundos que
fazem a captação no lençol freático urbano. Por fazer captação no lençol freático a
profundidades de até 90 metros, estas águas são susceptíveis à contaminação por parte de
inúmeras fossas sépticas urbanas. Quanto ao quarto poço que entrou em operação parcialmente
e recentemente, não há esta preocupação, uma vez que a captação de água é feita na formação
Corda a mais de 300 metros de profundidade.
Segue abaixo ilustração com valores de captação realizado diretamente na Represa
Itamacaoca, figura 63.
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Figura 63: Volume captado na represa.Fonte: Companhia de Água e Saneamento Ambiental do Maranhão – CAEMA, 2013
9.5 Estação de Tratamento de Água – ETA
O Sistema de distribuição de Água de Chapadinha distribui atualmente 4.884m3/dia,
sendo 2.580 da Represa que corresponde a 53% do total e 2304 dos 4 poços que corresponde a
47% do total. Este sistema liga o ponto de captação na Represa até a ETA e da ETA para os
pontos de consumo no município através de tubulações com extensão de 2817 metros.
A distribuição atende a 7.798 ligações ativas, havendo um déficit de 964m3/dia,
conforme mostrado a seguir:
7.798 x 5 pessoas/residência x 0,15m3/dia (consumo individual) = 5.848m3/dia
7.798 x 5 pessoas/resid. = 38.990 pessoas: 65.000 (população urbana) = 60%
(população atendida pela Caema)
O tratamento da água é feito através de procedimento convencional, sendo empregado
os seguintes processos: mistura rápida, floculação, decantação, filtração, desinfecção,
fluoretação, cloração, conforme figura 64:
,0
20000,0
40000,0
60000,0
80000,0
100000,0
120000,0
140000,0
160000,0
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Vol.Total CAPTADO (m³) - Represa
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Figura 64: Modelo de estação de tratamento de água simplificado usado pela CAEMA.
Fonte: Companhia de Água e Saneamento Ambiental do Maranhão, 2014.
De acordo com informações repassadas pela CAEMA as etapas da estação de
tratamento de água de Chapadinha são descritas de maneira simplificada a seguir:
a) Mistura rápida
A mistura rápida tem a finalidade de dispersar os coagulantes rápida e uniformemente
na massa líquida, de tal maneira que cada litro de água a tratar receba aproximadamente a
mesma quantidade de reagente no menor tempo possível, já que o coagulante se hidrolisa e
começa a se polimerizar em fração de segundo após o seu lançamento na água. Essa dispersão
pode ser feita por meios hidráulicos ou mecânicos.
b) Floculação
Nesta primeira etapa adiciona-se o produto coagulante, com o objetivo de formar
flocos. O produto usado em cerca de 90% das comunidades é o sulfato de alumínio. Para que
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se processe uma boa coagulação, necessita-se de uma mistura intensa, conseguida através de
uma agitação adequada que tem função de produzir turbulência. Esta mistura intensa é que
assegura uma distribuição uniforme do coagulante na água. O sulfato de alumínio em contato
com a alcalinidade natural da água bruta forma o hidróxido de alumínio, responsável pela
formação do floco, mais o ácido sulfúrico e gás carbônico, responsáveis pelo caráter ácido da
água. A floculação consiste na obtenção de um agrupamento e compactação das partículas em
suspensão e no estado coloidal, em grandes conjuntos denominados flocos, o que se consegue
através de uma agitação lenta para evitar o rompimento dos flocos adensados já formados.
Com a mistura (coagulação), a floculação influi na preparação da decantação e
indiretamente em uma boa filtração. Os flocos formados quanto mais densos, pesados, melhor
decantação. Esta etapa tem como objetivo a clarificação da água, com a retirada das partículas
em suspensão e dissolvida na água, através da absorção pelos flocos.
c) Decantação
É o processo de sedimentação dos flocos já formados, acumulando-se no fundo dos
tanques que levam o nome de decantadores, que em geral tem a forma retangular, permiti a
saída da água límpida pela parte superior para os filtros.
d) Filtração
O leito filtrante consiste em diversas camadas de areia com granulometria diferentes.
Tem como finalidade a retirada dos flocos que passa dos decantadores para os filtros e também
a retenção dos microrganismos. Os produtos mais usados são: gás cloro, hipoclorito de cálcio,
etc.
A cloração é utilizada para a desinfecção, mas também para a oxidação do ferro e
manganês.
A fluoretação é usada para prevenir cárie dentária, feita através dos produtos químicos
como: fluorsilicato de sódio, fluorita, etc.
e) Desinfecção
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A desinfecção é o processo de purificação, cuja finalidade é destruir bactérias
patogênicas que podem infectar o homem. As doenças causadas pela água são: cólera, febre
tifoide, hepatite, amebíase, febre paratifoide, salmoneloses, etc.
A seguir imagens de alguns processos da Estação de tratamento de água atual de
Chapadinha, figuras 65 a 68.
Figura 65: Sistema de decantação da ETAFonte: CAEMA, 2014
Figura 66: Sistema de filtragem da ETA em funcionamento
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Fonte: CAEMA, 2014
Figura 67: Sistema de filtragem da ETA em funcionamentoFonte: CAEMA, 2014
Figura 68: Sistema de captação de água na represa e enviada para a ETAFonte: CAEMA, 2014
Segue imagem com localização da ETA e ponto de captação de água superficial em
Chapadinha, figura 69.
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Figura 69: Represa Itamacaoca em detalhe ao centro da imagemFonte: Gestão Ambiental, adaptado de Google earth 2015
9.6 População atendida
CAEMA registrou 7.798 ligações ativas na rede de água encanada. A média de
fornecimento de água é de 215 m³/h e existe também na zona rural, um sistema de
abastecimento através de uma grande quantidade de poços e cacimbões.
Além de verificar dados fornecidos pela CAEMA e SNIS, foi realizado um
levantamento in loco, no qual foi possível comprovar que o município é abastecido
principalmente pela rede pública gerenciada pela CAEMA, que representa, mais da metade da
população. Quanto às demais fontes de abastecimento do município, o poço artesiano e outros
não foram especificados pela população durante o questionário, embora existam. As outras
formas de abastecimento não foram relatadas pela população, tais como cisterna, cacimba e
caminhão pipa.
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Com aumento da população do município foi observado um crescimento na utilização
de poços individuais. Desta forma, existe no município de Chapadinha, a utilização de fontes
alternativas de abastecimento que não são operadas pela CAEMA. Com isso deverá atender os
requisitos da Portaria MS no 2.914. O artigo 5º da Portaria do Ministério da Saúde no 2.914
estabelece as seguintes definições:
VI – sistema de abastecimento de água para consumo
humano: instalação composta por um conjunto de obras civis,
materiais e equipamentos, desde a zona de captação até as
ligações prediais, destinada à produção e ao fornecimento
coletivo de água potável, por meio de rede de distribuição;
VII – solução alternativa coletiva de abastecimento de
água para consumo humano: modalidade de abastecimento
coletivo destinada a fornecer água potável, com captação
subterrânea ou superficial, com ou sem canalização e sem rede
de distribuição.
As fontes alternativas urbanas (poços) são administradas pela Prefeitura Municipal e
a água é distribuída através de rede de distribuição não regular, também sob responsabilidade
da Prefeitura que a implantou durante vários anos passados.
Ressaltamos que de acordo a Portaria Ministério da Saúde nº 2.914, de 12 de dezembro
de 2011, é dever e obrigação das Secretarias Municipais de Saúde, a avaliação sistemática e
permanente, de risco à saúde humana do sistema de abastecimento de água ou solução
alternativa, considerando diversas informações especificadas nessa portaria e a divulgação
desses resultados impressos nas contas segundo Decreto Federal Nº 5.440/2005 G.M.
A água bruta proveniente da Represa é analisada apenas para Cor, Turbidez e pH.
10 DIAGNÓSTICO DA QUALIDADE DA ÁGUA DO MUNICÍPIO
10.1 Introdução
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A preferência pelo uso das águas subterrâneas para consumo humano se deve ao fato
de que, normalmente a água captada de poços artesianos apresenta, boa qualidade a baixo custo
para sua manutenção.
De toda água doce disponível, 97% são águas subterrâneas. Destas, 1,3% estão no
Brasil. Mais da metade da água de abastecimento público no Brasil provém destas reservas.
A crescente preferência pelo uso destas águas, se deve ao fato de que, em geral, eles
apresentam excelente qualidade e menor custo (GEOGOIÁS,2002).
No Brasil, da mesma forma que em outras partes do mundo, a utilização das águas
subterrâneas tem crescido de forma acelerada nas últimas décadas, e as indicações são de que
essa tendência deverá continuar. Apesar da crença popular que a água subterrânea está protegida
contra as diversas formas de contaminação, os cientistas estão descobrindo poluição em
aqüíferos em todos os continentes, tanto nas proximidades das lavouras, quanto de fábricas e
de cidades. O tempo médio de permanência da água nos depósitos subterrâneos é de 1.400 anos,
contra apenas 16 dias para a água fluvial (REBOUÇAS, 2002).
A inobservância das normas técnicas de perfuração de poços profundos pode causar
a poluição dos aquíferos. Vários prejuízos para a natureza e para quem usa a água podem ser
contabilizados.
Em Chapadinha/MA, toda a população rural é abastecida por água subterrânea,
enquanto que a população urbana é abastecida com água fornecida pela Caema, proveniente de
poços tubulares nos bairros periféricos e da Represa, sob administração municipal, destacando
que 70% da água consumida é de origem subterrânea.
Estes poços captam a água subterrânea a uma profundidade entre 80 a 365 metros, mas
nem sempre são observadas as distâncias mínimas recomendadas das fontes poluidoras, que
podem conter coliformes fecais, substâncias tóxicas, como resíduos de postos de gasolina, etc.
O monitoramento da qualidade das águas subterrâneas do município se deu em pelo
fato de grande parte da população ser abastecida com água proveniente de poços tubulares
profundos, uma vez que o rio Munim, principal fonte de captação superficial, fica a uma
distância de 15km o que dificulta e encarece a adução desta água para distribuição na zona
urbana.
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Face a isto e, em atendimento ao Termo de Referência para elaboração do PMSB do
município, mandamos coletar e analisar águas subterrâneas de 5 poços em 4 de fevereiro de
2015 e recebemos análises de mais 54 poços realizados pela Prefeitura de Chapadinha, entre
julho de 2014 e fevereiro de 2015, através do Centro de Saúde Benu Mendes que mais adiante
passamos a fazer a análise crítica dos mesmos, todos baseados na Portaria 2914/2011 do
Ministério da Saúde que dispõe sobre os procedimentos de controle e da vigilância da qualidade
da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade.
10.2 Poluição da água subterrânea
Inúmeras atividades do homem introduzem no meio ambiente substâncias ou
características físicas que ali não existiam antes, ou que existiam em quantidades diferentes. A
este processo chamamos de poluição. Assim como as atividades desenvolvidas pela
humanidade são muito variáveis, também o são as formas e níveis de poluição.
(ZIMBRES/2000).
No geral, os depósitos de água subterrânea são bem mais resistentes aos processos
poluidores dos que os de água superficial, pois a camada de solo sobrejacente atua como filtro
físico e químico. A facilidade de um poluente atingir a água subterrânea dependerá dos
seguintes fatores:
I) Tipo de aquífero: Os aquíferos freáticos são mais vulneráveis do que os confinados
ou semiconfinados. Aquíferos porosos são mais resistentes dos que os fissurais, e entre estes os
mais vulneráveis são os cársticos.
Em Chapadinha, ocorrem dois tipos de aquíferos:
a) Aquífero livre apresentado pela Formação Barreiras, com profundidades
de até 90 metros e por isso são mais vulneráveis ás contaminações. A grande maioria
dos poços tubulares da área urbana fazem captação de água neste aquífero, o que requer
cuidados especiais na locação do poço e na implantação da proteção sanitária;
b) Aquíferos semiconfinados e confinados: no caso de semiconfinados, a
captação de água é feita numa profundidade variável de 120 a 150 metros onde ocorrem
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fáceis arenosas da Formação Itapecuru. Neste caso, enquadram-se os poços tubulares
situados em cotas baixas (não situadas nas chapadas) que atendem as comunidades
rurais. Os poços confinados, bem mais protegidos de fontes contaminantes, situam-se
tanto na zona urbana, quanto na zona rural. Captam águas da Formação Corda a
profundidades superiores a 300 metros, sendo a litologia de 100 aos 220 metros. A
litologia de 100 a 220 metros é composta por folhelhos (Formação Codó) que são rochas
impermeáveis.
II) Profundidade do nível estático (espessura da zona de aeração): Como esta zona atua
como um reator físico-químico, sua espessura tem papel importante. Espessuras maiores
permitirão maior tempo de filtragem, além do que amentarão o tempo de exposição do poluente
aos agentes oxidantes e adsorventes presentes na zona de aeração.
III) Permeabilidade da zona de aeração e do aquífero: Uma zona de aeração
impermeável ou pouco permeável é uma barreira à penetração de poluentes no aquífero. Por
outro lado, alta permeabilidade (transmissividade) permitem uma rápida difusão da poluição.
O avanço da mancha poluidora poderá ser acelerado pela exploração do aquífero, na medida
que aumenta a velocidade do fluxo subterrâneo em direção às áreas onde está havendo a retirada
de água.
IV) Teor de matéria orgânica existente sobre o solo: A matéria orgânica tem grande
capacidade de adsorver uma gama variada de metais pesados e moléculas orgânicas. Um
poluente após atingir o solo, poderá passar por uma série reações químicas, bioquímicas,
fotoquímicas e inter-relações físicas com os constituintes do solo antes de atingir a água
subterrânea. Estas reações poderão neutralizar, modificar ou retardar a ação poluente. Em
muitas situações a biotransformação e a decomposição ambiental dos compostos fitos sanitários
pode conduzir à formação de produtos com uma ação tóxica aguda mais intensa
10.3 Fontes pontuais de poluição e microorganismos patogênicos
São fontes poluidoras, aquelas que atingem o aquífero através de um ponto. Exemplos:
sumidouros de esgotos domésticos, comuns em comunidades rurais, aterros sanitários,
vazamentos de depósitos de produtos químicos, vazamentos de dutos transportadores de
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esgotos domésticos ou produtos químicos, proximidade a posto de combustível. Estas fontes,
se constatadas são responsáveis por poluições altamente concentradas, das águas subterrâneas.
I) Fontes lineares de poluição: São as provocadas pela infiltração de águas superficiais
de rios e canais contaminados. A possibilidade de esta poluição ocorrer dependerá do sentido
de fluxo hidráulico existente entre o curso de água e o aquífero subjacente.
II) Fontes difusas de poluição: São as que contaminam áreas extensas. Normalmente
são devidas a poluentes transportados por correntes aéreas, chuva e pela atividade agrícola. Em
aglomerados urbanos, onde não haja rede de esgotamento sanitário, as fossas sépticas e
sumidouros estão de tal forma regularmente espaçada que o conjunto acaba por ser uma fonte
difusa de poluição (ALEXANDRE E SZIKSZAY ,1999).
A determinação da concentração dos coliformes assume importância como parâmetro
indicador da possibilidade da existência de microorganismos patogênicos, responsáveis pela
transmissão de doenças de veiculação hídrica, tais como febre tifóide, febre paratifóide,
desinteria bacilar e cólera. São dois os grupos de acordo com a Resolução CONAMA 274/2000:
I) A Escherichia coli, bactéria pertencente ao grupo dos coliformes termotolerantes, é
atualmente utilizada pelas estações de tratamento de água como indicador de maior
representabilidade da contaminação fecal. Segundo Cerqueira e Horta (1999), E. coli representa
percentuais em torno de 96 a 99% nas fezes humanas e de animais homeotérmicos tendo
somente sido encontrada em esgotos, efluentes, águas naturais e solos que tenham recebido
contaminação fecal recente.
Este grupo de bactérias indica a ocorrência de poluição microbiológica. Uma
ocorrência excessiva deste grupo indica infestações gerais. Dentro deste grupo encontra-se
alguns gêneros de bactérias bastante conhecidos como as Pseudomonas, Clostridium,
Desulfovibrio, Serratia e Mycobacterium.
II) Os coliformes totais são aqueles que não causam doenças, visto que habita o
intestino de animais mamíferos inclusive o homem. As bactérias do grupo coliforme são
consideradas os principais indicadores de contaminação fecal. O grupo coliforme é formado
por um número de bactérias que inclui os gêneros Klebsiella, Escherichia, Serratia, Erwenia e
Enterobactéria.
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10.4 Doenças por transmissão hídrica
A água de má qualidade gera altos índices de doenças infecciosas, como
esquistossomose, dengue, febre amarela e malária, doenças de pele e doenças diarréicas, cólera
e febre tifóide.
Aproximadamente 80% de todas as doenças de origem hídrica e mais de um terço das
mortes em países em desenvolvimento são causadas pelo consumo de água contaminada.
10.5 Localização da área de estudo
O levantamento cadastral das fontes de água subterrânea de Chapadinha (CPRM 2011)
foi utilizado para elaborar mapas georeferenciados de poços em escala municipal e urbana.
A Figura 70 localiza os poços tubulares existentes no município de Chapadinha, em
um total de 157 poços. Estes estão concentrados na sede e na porção central do município. A
Figura 71 situa os 69 poços tubulares da sede municipal. O limite da área urbana e o arruamento
estão superpostos para facilitar a visualização de sua distribuição.
Importante observar que os poços cadastrados no levantamento da CPRM incluem
poços não instalados, paralisados ou abandonados. Os operacionais totalizariam 125 em todo o
município.
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Figura 70: Localização dos poços cadastrados no levantamento CPRM de 2011 no município
de Chapadinha. Nem todos os poços estão em operação. Fonte: Gestão Ambiental,2015
Figura 71: Localização dos poços cadastrados no levantamento CPRM de 2011 para a sede
municipal. Nem todos os poços estão em operação.
10.6 Monitoramento da qualidade da água dos poços artesianos de Chapadinha
O termo qualidade da água é usado para descrever as características químicas, físicas
e biológicas da água. É através da análise destas características que é verificado se a qualidade
da água é adequada ao uso para o qual foi designada, de acordo com o estabelecido pela
legislação pertinente.
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Em uma bacia hidrográfica, a qualidade da água é influenciada pelas atividades
antrópicas, uso do solo e da água; e por fatores naturais, como o clima e a geologia. A qualidade
da água é, portanto, um indicador da qualidade ambiental da bacia.
O monitoramento da qualidade das águas é composto de amostragem, análises físico-
químicas e bacteriológicas (dependendo da sua utilização) e avaliação dos resultados obtidos,
para que se possa acompanhar/ avaliar o comportamento de determinados parâmetros, e assim
proteger o Meio Ambiente de possíveis contaminações e especialmente as pessoas que a
utilizam para consumo humano.
Neste contexto, os objetivos do estudo da qualidade das águas são:
Diagnosticar a qualidade da água subterrânea dos poços que abastecem o município de
Chapadinha/MA e avaliar se está de acordo com o uso designado pela legislação;
Identificar pelos poços monitorados atividades antrópicas (comerciais, industriais,
serviços com derivados de petróleo, etc.), que possam estar contribuindo para alteração
da qualidade água destes;
Prognosticar, com base no diagnóstico, as alterações na qualidade da água advindas
destas atividades;
Subsidiar, com base no diagnóstico, programas de monitoramento e apontar propostas
de melhorias/correções.
A avaliação da qualidade da água dos poços tubulares do munícipio de Chapadinha
ocorreu em dois momentos. O primeiro deu-se entre julho de 2014 a fevereiro de 2015 realizado
pela própria Prefeitura (Centro de Saúde Benu Mendes), somente para coliformetria e o
segundo deu-se em fevereiro de 2015 onde a Consultoria contratada para elaboração do PMSB,
através do Laboratório Acqua avaliou a qualidade da água em 5 poços (não monitorados pela
Prefeitura) para os parâmetros Cloretos, Cloro Residual Livre, Condutividade, Cor aparente,
Dureza total, Ferro total, Nitrogênio Nitrato, Nitrogênio Nitrito, pH, Sólidos Totais dissolvidos,
Sulfatos, Temperatura da amostra, Turbidez, Coliformes Totais, Escherichia coli P/A e
Bactérias Heterotróficas, no intuito de conhecer as características das águas destes poços, para
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servir de base na análise do Diagnóstico e Prognóstico do estudo denominado de Plano de
Saneamento Básico do município de Chapadinha/MA.
De acordo com o Quadro 1, os principais parâmetros padronizados pela Portaria
2914/2011 escolhidos para avaliação dos 5 poços, nesta fase foram:
Quadro 1: Parâmetros para Águas subterrâneas
Cloretos pH
Cloro Residual Livre Sólidos Totais dissolvidos
Condutividade Sulfatos
Cor aparente Temperatura da amostra
Dureza total Turbidez
Ferro total Coliformes Totais
Nitrogênio Nitrato Escherichia coli P/A
Nitrogênio Nitrito Bactérias Heterotróficas
Fonte: Portaria Ministério da Saúde 2914/2011
a) Requisitos Legais e Referências
A Portaria MS nº. 2914/2011 que substituiu a Portaria nº. 518/GM/MS/2004 dispõe
sobre os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano
e seu padrão de potabilidade.
Esta Portaria trata apenas do sistema de abastecimento e soluções alternativas de
abastecimento de água e padroniza o uso destas águas para o consumo humano, conforme pode
ser visualizado na figura 72.
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Figura 72: Padrão microbiológico da água para consumo humanoFonte: Portaria Ministério da Saúde 2914/2011
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b) Características Físico-Químicas e Microbiológicas dos Poços de Chapadinha
A qualidade das águas subterrâneas pode ser comprometida por diversos fatores.
Destaca-se os esgotos domésticos e industriais em fossas, a disposição inadequada de resíduos
sólidos urbanos e industriais, postos de combustíveis com lavagem de veículos, dentre outros.
Na zona rural, a agricultura também pode ser um dos principais contaminantes por bactérias,
vírus patogênicos, parasita e substâncias orgânicas e inorgânicas. O uso de agrotóxicos e
fertilizantes também pode ser uma fonte de contaminação destas águas. Além destes, deve-se
considerar ainda os dejetos bovinos e suínos depositados no solo, que pela infiltração, podem
contaminar a água com micro-organismos indicadores e patogênicos.
As características físico-químicas dos 5 poços de Chapadinhas, analisados para estes
parâmetros são: turbidez baixa, temperatura de pH uniformes, este último ligeiramente ácido e
presença de ferro além do limite permitido em apenas uma amostra.
Os poços são utilizados para abastecimento público uma vez que o rio que banha o
município passa a uma distância de 15Km que oneraria em muito a adução para tal.
O levantamento (coleta) para os poços feito pela Prefeitura foram realizados entre
julho de 2014 e fevereiro de 2015. Já os 5 poços realizados pela Consultoria, ocorreu num único
evento em fevereiro de 2015, apenas para diagnosticar o atual status da qualidade da água destes
poços que deixaram de ser feitos pela Prefeitura. A investigação realizada nos 5 poços, indica,
como pode ser visto mais adiante, alterações (parâmetros fora do padrão), em Ferro Total no
Poço da Rua do Sol. Nos demais poços (4), exceto o Poço Mercadinho Municipal – Centro
Travessa 15 de Novembro e o Campo Velho – Rua Antonio Sérgio Oliveira, que apresentam
presença de Bactérias Heterotróficas, embora dentro do padrão permitido, todos os demais,
apresentaram valores fora dos Padrões/Limite para Coliformes Totais, Escherichia Coli e
Bactérias Heterotróficas.
Outro aspecto importante a ser considerado é a concentração de Cloretos que se
encontra bem abaixo do limite aceitável em todos os pontos, ou seja, a água tem baixa
concentração de sal o que pode ser corroborado com os valores de sulfato, condutividade e
dureza que além de apresentarem valores bem abaixo do permitido, tem mostrado praticamente
uniforme nos 5 poços no período amostrado. As características físicas da água com relação à
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Cor, Turbidez, pH e Cloretos, devem ser objetos de análise diária em se tratando do consumo
humano.
A Caema realiza captação nos poços para abastecimento da cidade sem tratamento e
numa represa que trata numa ETA para tal fim. O município não tem um acompanhamento
sistemático de investigação laboratorial da água dos poços, somente para a água da Represa. A
Caema por sua vez, analisa a água depois de tratada, até porque há uma exigência do decreto
federal Nº 5.440/2005 G.M. para que conste na conta de água de cada consumidor o resultado
das análises realizadas, o número de amostras realizadas e os parâmetros de acordo com a
portaria 2914/2011. A Prefeitura deveria manter um programa de acompanhamento /
monitoramento dos poços permanente e da Represa, uma vez que a água é utilizada para
consumo humano.
Para esta campanha, selecionou-se apenas os 5 poços não monitorados pela Prefeitura
para analise físico-química e microbiológica
Os demais poços/pontos avaliados pela Prefeitura somam um total de 54 assim
distribuídos: 29 na zona urbana e 24 na área rural. Dos 29 da zona urbana, 14 apresentaram
resultados satisfatórios para exames bacteriológicos e 15 apresentaram resultados não
satisfatórios pois continham Coliformes Totais e Escherichia Coli. Apenas 1 (Poço Japão)
apresentou Coliformes Fecais.
Dos 24 da zona rural 9 apresentaram resultados satisfatórios para exames
bacteriológicos e 16, dentre estes 2 são poços freático raso e cacimbão (Povoado Morro da Cruz
e Povoado Baturité), apresentaram resultados não satisfatórios pois continham Coliformes
Totais e Escherichia Coli, embora 3 não tenham apresentado Escherichia Coli. Nenhum Poço
apresentou Coliformes Fecais.
c) Análise Crítica da Qualidade da Água
A avaliação dos resultados obtidos nos monitoramentos das águas subterrâneas tanto
as realizadas pela Prefeitura entre julho de 2014 e Fevereiro de 2015 para microbiologia, quanto
as realizadas em Fevereiro de 2015 por Laboratório contratado pela Consultoria, comparada
com os padrões estabelecidos pela Portaria 2914/2011 de 12/12/11 mostrou para os parâmetros
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físico-químicos, que o Ferro Total no Poço da Rua do Sol foi único parâmetro que apresentou
resultado fora do Limite permitido. Para os microbiológicos, nos 5 Poços realizados em Fev/15,
os parâmetros Coliformes Totais, Escherichia Coli e Bactéria Heterotróficas apresentaram
resultados fora do Padrão estabelecido pela legislação nos Poços Vila Izamana, Rua do Sol e
Santinha Dutra.
Nos demais pontos, aqueles que foram avaliados entre Julho/14 e Fev/2015 num total
de 54 distribuídos: 29 na zona urbana e 24 na área rural, os resultados foram os seguintes: Dos
29 poços da zona urbana, 14 apresentaram resultados satisfatórios para exames bacteriológicos
e 15 apresentaram resultados não satisfatórios pois continham Coliformes Totais e Escherichia
Coli. Apenas 1 (Poço Japão) apresentou Coliformes Fecais.
Dos 24 da zona rural 9 apresentaram resultados satisfatórios para exames
bacteriológicos e 16, dentre estes 2 são poços freático raso e cacimbão (Povoado Morro da Cruz
e Povoado Baturité), apresentaram resultados não satisfatórios pois continham Coliformes
Totais e Escherichia Coli, embora 3 não tenham apresentado Escherichia Coli. Nenhum Poço
apresentou Coliformes Fecais.
A seguir apresenta-se os comentários sobre o parâmetro Ferro Total, padronizados pela
Portaria 2914/11 e análise crítica dos resultados analíticos obtidos. Os demais parâmetros
físico-químico, se mantiveram dentro dos padrões estabelecidos por esta Portaria.
Ferro Total
O ferro aparece principalmente em águas subterrâneas devido à dissolução do minério
pelo gás carbônico da água.
Também traz o problema do desenvolvimento de depósitos em canalizações sede ferro-
bactérias, provocando a contaminação biológica da água na própria rede de distribuição. Por
estes motivos, o ferro constitui-se em padrão de potabilidade, tendo sido estabelecida a
concentração limite de 0,3mg/L na Portaria 2914/2011 do Ministério da Saúde. É também
padrão de emissão de esgotos e de classificação das águas naturais.
d) Importância nos estudos de controle de qualidade das águas
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O ferro, apesar de não se constituir em um tóxico, traz diversos problemas para o
abastecimento público de água. Confere cor e sabor à água, provocando manchas em roupas e
utensílios sanitários.
Bactérias do Grupo Coliforme
As bactérias do grupo coliforme constituem o indicador de contaminação mais
utilizado em todo o mundo, sendo empregado como parâmetro bacteriológico básico na
definição de padrões para monitoramento da qualidade das águas destinadas ao consumo
humano, bem como para caracterização e avaliação da qualidade das águas em geral.
Os coliformes são definidos como bacilos gram-negativos, aeróbios ou anaeróbios
facultativos, não formadores de esporos, que fermenta na lactose com produção de ácido e gás
em 48 horas a 35ºC. Neste grupo estão incluídos os gêneros: Citrobacter, Enterobacter,
Klebsiella,Escherichia, etc., sendo que as bactérias do gênero Escherichiasão exclusivamente
de origem fecal e os demais membros do grupo coliforme podem ocorrer às vezes com relativa
abundância no solo e mesmo em plantas.
Uma grande vantagem da utilização dos coliformes como indicador de contaminação,
é o fato de serem facilmente isolados da água e identificados. As técnicas bacteriológicas para
a sua detecção são simples, além de rápidas e econômicas, o que pode permitir a sua aplicação
em exames rotineiros para a avaliação da qualidade bacteriológica da água.
Contagem Padrão de Bactérias Heterotróficas
A contagem das bactérias heterotróficas na água é definida como o número total de
bactérias que podem crescer quando incubadas em Agar Plate Count a 37ºC por 48 horas. É
importante que a densidade de bactérias heterotróficas seja mantida sob controle, pois
densidades muito elevadas de microrganismos na água podem causar riscos à saúde dos
consumidores, pois algumas bactérias podem atuar como patógenos oportunistas e deterioração
da qualidade da água e alimentos, ocasionando odores e sabores desagradáveis, podendo
produzir limo ou películas.
Além disso, alguns desses microrganismos, quando presentes em número elevado,
podem impedir a detecção de coliformes.
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A determinação da densidade de bactérias heterotróficas em águas é um importante
instrumento auxiliar no controle bacteriológico para:
Avaliação das condições higiênicas e de proteção de poços, fontes, reservatórios,
piscinas e sistemas de distribuição de água para consumo humano;
Avaliação da eficiência das diversas etapas de operação de estações de tratamento de
água na remoção de bactérias;
Estimativa da biomassa de bactérias heterotróficas, presentes em corpos de água;
Determinação das possíveis causas de deterioração da qualidade de água;
Avaliação das condições higiênicas e da eficiência de operação de piscinas;
Avaliação das condições higiênicas e de sistemas de envasamento de águas minerais e
potáveis de mesa.
Dentro deste grupo de bactérias estão espécies gram-negativas, aeróbias e anaeróbias
Facultativas pertencentes aos seguintes gêneros: Pseudomonas, Aeromonas, Klebsiella,
Flavobacterium, Enterobacter, Citrobacter, Serratia, Acinetobacter, Proteus, Alcaligenes e
Escherichia. Alguns membros deste grupo são patógenos oportunistas, mas pouco se conhece
o efeito das altas contagens de bactérias heterotróficas na saúde humana. Essas bactérias podem
ainda interferir coma detecção de coliformes nas amostras de água.
Coliformes Termotolerantes
São definidos como microrganismos do grupo coliforme capazes de fermentar a
lactose a 44-45°C, sendo representados principalmente pela Escherichia coli e, também por
algumas bactérias dos gêneros Klebsiella, Enterobacter e Citrobacter. Dentre esses
microrganismos, somente a E. coli é de origem exclusivamente fecal, estando sempre presente,
em densidades elevadas nas fezes de humanos, mamíferos e pássaros, sendo raramente
encontrada na água ou solo que não tenham recebido contaminação fecal. Os demais podem
ocorrer em águas com altos teores de matéria orgânica, como por exemplo, efluentes industriais,
ou em material vegetal e solo em processo de decomposição. Podem ser encontrados igualmente
em águas de regiões tropicais ou sub-tropicais, sem qualquer poluição evidente por material de
origem fecal. Entretanto, sua presença em águas de regiões de clima quente não pode ser
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ignorada, pois não pode ser excluída, nesse caso, a possibilidade da presença de microrganismos
patogênicos.
Os coliformes termotolerantes não são, dessa forma, indicadores de contaminação
fecal tão bons quanto a E. coli, mas seu uso é aceitável para avaliação da qualidade da água.
São disponíveis métodos rápidos, simples e padronizados para sua determinação, e, se
necessário, as bactérias isoladas podem ser submetidas a diferenciação para E. coli. Além disso,
na legislação brasileira, os coliformes fecais são utilizados como padrão para qualidade
microbiológica de águas superficiais destinada a abastecimento, recreação, irrigação e
piscicultura.
Fontes Pontuais de Poluição e Microorganismos Patogênicos
São as que atingem o aquífero através de um ponto. Exemplos: sumidouros de esgotos
domésticos, comuns em comunidades rurais, aterros sanitários, vazamentos de depósitos de
produtos químicos, vazamentos de dutos transportadores de esgotos domésticos ou produtos
químicos, proximidade a posto de combustível. Estas fontes, se constatadas são responsáveis
por poluições altamente concentradas, das águas subterrâneas.
I) Fontes lineares de poluição:
São as provocadas pela infiltração de águas superficiais de rios e canais contaminados.
A possibilidade de esta poluição ocorrer dependerá do sentido de fluxo hidráulico existente
entre o curso de água e o aquífero subjacente.
II) Fontes difusas de poluição:
São as que contaminam áreas extensas. Normalmente são devidas a poluentes
transportados por correntes aéreas, chuva e pela atividade agrícola. Em aglomerados urbanos,
onde não haja rede de esgotamento sanitário, as fossas sépticas e sumidouros estão de tal forma
regularmente espaçada que o conjunto acaba por ser uma fonte difusa de poluição
(ALEXANDRE E SZIKSZAY ,1999).
A determinação da concentração dos coliformes assume importância como parâmetro
indicador da possibilidade da existência de microorganismos patogênicos, responsáveis pela
transmissão de doenças de veiculação hídrica, tais como febre tifóide, febre paratifoide,
desinteria bacilar e cólera. São dois os grupos de acordo com a Resolução CONAMA 274/2000:
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I) Escherichia coli
É uma bactéria pertencente ao grupo dos coliformes termotolerantes, é atualmente
utilizada pelas estações de tratamento de água como indicador de maior representatividade da
contaminação fecal. Segundo Cerqueira e Horta (1999), E. coli representa percentuais em torno
de 96 a 99% nas fezes humanas e de animais homeotérmicos tendo somente sido encontrada
em esgotos, efluentes, águas naturais e solos que tenham recebido contaminação fecal recente.
Este grupo de bactérias indica a ocorrência de poluição microbiológica. Uma ocorrência
excessiva deste grupo indica infestações gerais. Dentro deste grupo encontra-se alguns gêneros
de bactérias bastante conhecidos como as Pseudomonas, Clostridium, Desulfovibrio, Serratia
e Mycobacterium.
II) Os coliformes totais
São aqueles que não causam doenças, visto que habita o intestino de animais
mamíferos inclusive o homem. As bactérias do grupo coliforme são consideradas os principais
indicadores de contaminação fecal. O grupo coliforme é formado por um número de bactérias
que inclui os gêneros Klebsiella, Escherichia, Serratia, Erwenia e Enterobactéria.
Os laudos laboratoriais de todos os poços coletados encontram-se como anexo, ao
final deste estudo.
10.7 Resultados e Discussão
Dos 135 poços existentes no município de Chapadinha, 59 passaram por avaliação
através de coleta e análise laboratorial para colimetria, sendo que 5 deste passou também por
análise físico-química. Deste total, 34 estão na zona urbana e 25 na zona rural.
A Figura 65 e 66 (páginas 68 e pagina 69) apresente todos estes poços.
De todos os poços artesianos avaliados, resultou nos seguintes dados:
Zona urbana
Dos 34 pontos avaliados, 14 (Bebedouro da Pré Escola Boa Vista – Mutirão,
Bebedouro na Escola N.Sra. das Dores – Mutirão, Poço da Rua 5 de Q 3 – Mutirão, Poço da
Rua Bela Vista, Poço da Rua Alto Bonito, Poço da Rua do Estado – Areal, Poço da Av. 4 Q 4
– Cohab, Poço do Novo Monte Castelo, Polo da Rua Lucidio Frazão – Corrente, 2 Poços na TV
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da Corrente – São José, Poço da Rua Bernardo Pinto – Aparecida, Poço Mutirão I e Poço da
Vila Vagner) apresentaram resultados satisfatórios e 15 (Torneira da Escola Agostinho Ribeiro,
Poço Mutirão III, Torneira da Escola Gonçalves Dias, Poço da Vila Vitória, Poço Corrente I,
Poço Recanto dos Pássaros, Bebedouro Pré Escola Sorriso da Criança, Torneira do Poço
Castelo IV, Poço Boa Vista I, Poço Aldeia, Poço Bairro Novo I, POÇO Japão, Poço vila Isamara
III, Poço Caterpila II, Poço Caterpila IV) apresentaram resultados insatisfatório.
Zona rural
Dos 25 poços avaliados 9 (Cacimba Morro da Cruz, Poço Restaurante D.Nega, Poço
Nhambu, Poço Vila Nova, Poço Canto Bom, Poço Praça do Cardoso, Poço Buriti Estevam,
Poço Jenipapo, Poço Maceno) apresentaram resultados satisfatórios e 16 (Poço SAA Nova
Belém, Poço SAA Brejo do Meio, SAA Chapadinha Limpa, SAA Juçaral, Poço da Mata III,
Poço Boca da Mata dos Cardosos, Poço Morro da Cruz, Poço Baturité, Poço Santa Rita, Poço
Escola Leide Ponte, Riacho Feio, Poço Raso Pé da Ladeira, Poço Mangueira, Poço Boca da
Mata I, Poço Boca da Mata dos Vitoria, Poço Cacimba Santa Rita, Poço Raso Cacimba Baturité)
apresentaram resultados insatisfatório.
10.8 Conclusões
Há contaminação de aproximadamente 53% dos poços artesianos da zona urbana e
64% dos poços artesianos da zona rural de Chapadinha.
Fontes de contaminação fecal em água devido à atividade humana devem ser
estritamente controladas, por se tratar de água para consumo humano de toda uma cidade de
qualquer poder aquisitivo e residentes nos mais diversos setores. Além do mais estas águas
abastecem além de condomínios residenciais, clínicas e outras instituições de saúde, que por
certo estão utilizando estas águas contaminadas colocando em risco a saúde do indivíduo que a
consome.
Cabe aos órgãos fiscalizadores e gestores de recursos hídricos monitoramento
periódico da qualidade e quantidade das águas subterrâneas.
Deve ser realizado imediatamente pela Prefeitura, um diagnóstico completo de todo o
município com referência aos poços contaminados para verificar a origem destas
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contaminações e tomadas medidas de reparo e controle para eliminar tais fontes de
contaminação.
11 SITUAÇÃO DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA DE CHAPADINHA
11.1 Índice de hidrometração
O indicador de hidrometração é dado por um percentual, definido pela relação
numérica entre o número de ligações com hidrômetros sobre o total de ligações existentes no
dado momento de avaliação. De acordo com a tabela 10 a seguir a quantidade de ligações com
hidrômetros em Chapadinha é de 30,97%, considerado baixo e que traz problemas na
arrecadação e no controle e manutenção das ligações.
Tabela 10: Índice de hidrometração.
DESCRIÇÃO QTD/%
Qtd ligação de ativa (a) 7.789
Qtd ligação ativa com hidrômetro (b) 3.935
Índice de hidrômetração = b/a 30.97%
Fonte: Companhia de Água e Saneamento Ambiental do Maranhão, 2014.
11.2 Previsão de Investimentos
As fontes de financiamento se caracterizam por ser um recurso oneroso, o qual exige
retorno (pagamento) e estão vinculados a operações de crédito ou financiamentos. A obtenção
de recursos onerosos pode ser feita através de convênios ou contratos, apresentar-se como uma
das alternativas mais comuns para viabilizar os investimentos em saneamento.
De acordo com informações repassadas pela CAEMA (2013), estão previstos
investimento para ampliação do sistema de abastecimento de água e a rede de distribuição para
regiões onde atualmente não dispõe deste serviço, ver tabela 11.
Tabela 11: Investimentos previstos
Tipo de Obra Ano Tipo* Valor
Captação 2014/2015 Ampliação -
111
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Tratamento 2014/2015 Troca -
Adução/Estação Elevatória 2014/2015 Ampliação e Troca -
Preservação 2014/2015 Manutenção e Ampliação -
Rede 2014/2015 Manutenção e Ampliação -
Total previsto - - R$ 23.372.018,63
Fonte: Companhia de Água e Saneamento Ambiental do Maranhão, 2014.
Segue em andamento a construção da nova Estação de Tratamento de Água – ETA de
Chapadinha, este sistema irá ampliar a quantidade de residências que irão receber água tratada,
figuras 73 e 74.
Figura 73: Construção da ETA de ChapadinhaFonte: CAEMA, 2014
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Figura 74: Construção da ETA de ChapadinhaFonte: CAEMA, 2014
11.3 Avaliação dos índices de perdas no sistema de abastecimento de água
A determinação do índice de perdas do sistema de abastecimento de água na sede do
município de Chapadinha foi realizada através da análise de dados fornecidos pelo CAEMA,
referentes ao consumo total de água faturado no período de um ano (2013), ou seja, o volume
de água micromedido durante o período de um ano e dados sobre as vazões produzidas pelo
sistema, que se referem à produção da ETA existentes.
Segundo CAEMA (2013), em 2013 foi identificado em torno de 700 pontos de
vazamento no sistema abastecimento de água. Com isso, estima-se que Chapadinha deve ter em
torno de 50,0% de perda no sistema, que pode ter como causas principais vazamentos em
tubulações e quantidade de residências não contabilizadas por falta de hidrômetro ou por
ligações que não são controladas pela CAEMA.
As residências abastecidas pelos poços tubulares (50) gerenciados pela Prefeitura, tem
um índice de perdas de difícil quantificação, uma vez que a operação deles e feita de forma
irregular e inconstante pela população de cada bairro.
11.4 Parâmetro legal e referências
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O sistema de abastecimento de água para população deve seguir diretrizes de acordo a
Portaria do MS nº 2.914, de 12 de dezembro de 2011. Esta Portaria classifica as soluções
alternativas de abastecimento de água para consumo humano, toda modalidade de
abastecimento coletivo de água distinta do sistema público de abastecimento, incluindo fonte,
poço comunitário, distribuição por veículo transportador, instalações condominiais horizontais
e verticais, dentre outras.
A Portaria estabelece padrões de potabilidade da água do sistema de fornecimento,
determina número mínimo coletas a serem realizadas, as análises físicas, químicas,
microbiológicas, radioatividade. Além disso, a Portaria traz detalhamento para o padrão
microbiológico de potabilidade da água para consumo humano, conforme tabela 12 e 13.
Tabela 12: Padrão microbiológico de potabilidade da água para consumo humano.
Fonte: Ministério da Saúde, 2011. Portaria do Portaria MS nº 2.914, de 12 de dezembro de
2011.
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Tabela 13: Apresentação quantitativa das análises exigidas pela Portaria nº 2.914.
Fonte: Ministério da Saúde, 2011. Portaria do Portaria MS nº 2.914, de 12 de dezembro de 201
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A portaria também, traz recomendações e orientações para os seguintes tópicos:
Nos sistemas de fornecimento, em 20% das amostras mensais, para análise de
coliformes totais, deve ser feita a contagem de bactérias heterotróficas e, quando
excedidas 500 Unidades Formadoras de Colônia (UFC) por ml, devem-se
providenciar imediatas recoleta e inspeção local, sendo tomadas providências
cabíveis, no caso de constatação de irregularidade.
Para turbidez, após filtração rápida (tratamento completo ou filtração direta) ou
simples desinfecção (tratamento da água subterrânea), a norma estabelece o
limite de 1,0 UT (Unidade de Turbidez) em 95% das amostras. Entre os 5% dos
valores permitidos de turbidez superiores ao valor máximo permitido citado, o
limite máximo para qualquer amostra pontual deve ser de 5,0 UT. Para isso, o
atendimento ao percentual de aceitação do limite de turbidez deve ser verificado,
mensalmente, com base em amostras, no mínimo, diárias para desinfecção ou
filtração lenta e, a cada quatro horas, para filtração rápida, preferivelmente, no
efluente individual de cada unidade de filtração.
A água deve ter um teor mínimo de cloro residual livre de 0,5 mg/L, após a
desinfecção, mantendo, no mínimo, 0,2 mg/L, em qualquer ponto da rede de
distribuição, sendo recomendado que a cloração seja realizada em pH inferior a
8,0 e o tempo de contato mínimo seja de 30 minutos.
O teor máximo de cloro residual livre recomendado é de 2,0 mg/L.
Garantir pH da água na faixa de 6,0 a 9,5 no sistema de distribuição.
A água potável, deve atender o padrão de potabilidade, para substâncias
químicas que representam risco à saúde, conforme relação apresentada na
Portaria MS nº. 2.914 de 2011.
Parâmetros radioativos devem estar dentro do padrão estabelecido, porém, a
investigação destes, apenas, é obrigatória, quando existir evidência de causas de
radiação natural ou artificial.
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Monitoramento de cianotoxinas e cianobactérias deve ser realizado, seguindo as
orientações de amostragem, para manancial de água superficial e padrões e
recomendações estabelecidos na norma.
A água potável, também, deve estar em conformidade com o padrão de aceitação
de consumo humano, o qual está determinado na norma, sendo destacados, na
Tabela 14, os valores para os parâmetros mais comumente analisados.
A tabela 14 destaca os padrões aceitáveis para o consumo humano.
Tabela 14: Lista parcial de parâmetros do padrão de aceitação para consumo humano.
Fonte: Ministério da Saúde, 2011. Portaria do Portaria MS nº 2.914, de 12 de dezembro de
2011.
Dentro do contexto apresentado, as seguintes definições são consideradas:
Cianobactérias: microrganismos procarióticos autotróficos, também denominados
cianofíceas ou algas azuis, que podem ocorrer em qualquer manancial superficial,
especialmente nos com elevados níveis de nutrientes, podendo produzir toxinas com
efeitos adversos à saúde.
Cianotoxinas: toxinas produzidas por cianobactérias que apresentam efeitos adversos
à saúde por ingestão oral, incluindo microcistinas, cilindrospermopsina e saxitoxinas.
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Cloreto: presente nas águas naturais em maior ou menor escala, contém íons da
dissolução de minerais. Em determinadas concentrações, confere sabor salgado à água.
Ele pode ser de origem natural (dissolução de sais e presença de águas salinas) ou de
origem antrópica (despejos domésticos, industriais e águas utilizadas em irrigação).
Cloro residual livre: deve permanecer na água tratada até a sua utilização final. No
tratamento, o cloro é utilizado como oxidante de matéria orgânica e para destruir micro-
organismos. Quando aplicado, parte dele é consumido nas reações de oxidação e,
quando as reações se completam, o excesso que permanece é denominado cloro
residual. Teores positivos são desejáveis, pois é garantia de um processo de desinfecção
eficiente.
Coliformes totais: bactérias do grupo coliforme, bacilos gram-negativos, aeróbios ou
anaeróbios facultativos, não formadores de esporos, oxidase-negativos, capazes de
desenvolver na presença de sais biliares ou agentes tensoativos que fermentam a lactose
com produção de ácido, gás e aldeído a 35,0 ± 0,5ºC em 24-48 horas, e que podem
apresentar atividade da enzima ß -galactosidase. A maioria das bactérias do grupo
coliforme pertence aos gêneros Escherichia, Citrobacter, Klebsiella e Enterobacter,
embora vários outros gêneros e espécies pertençam ao grupo, podendo existir bactérias
que fermentam a lactose e podem ser encontradas tanto nas fezes como no meio
ambiente (águas ricas em nutrientes, solos, materiais vegetais em decomposição). Nas
águas tratadas, não devem ser detectadas bactérias coliformes, pois, se isso ocorre, o
tratamento pode ter sido insuficiente, ocorreu contaminação posterior ou a quantidade
de nutrientes é excessiva. Espécies dos gêneros Enterobacter, Citrobactere Klebsiella
podem persistir, por longos períodos e se multiplicarem em ambientes não fecais.
Coliformes termotolerantes: a definição é a mesma de coliformes, porém, restringem-
se às bactérias do grupo coliforme que fermentam a lactose a 44,5 ± 0,2ºC em 24 horas;
tendo, como principal representante, a Escherichia coli, de origem exclusivamente
fecal.
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Contagem de bactérias heterotróficas: determinação da densidade de bactérias
capazes de produzir unidades formadoras de colônias (UFC), na presença de compostos
orgânicos contidos em meio de cultura apropriada, sob condições pré-estabelecidas de
incubação: 35,0, ± 0,5ºC, por 48 horas.
Cor: resulta da existência de substâncias dissolvidas, provenientes de matéria orgânica
(principalmente da decomposição de vegetais – ácidos húmicos e fúlvicos), metais
como ferro e manganês, resíduos industriais coloridos e esgotos domésticos. No valor
da cor aparente, pode estar incluída uma parcela, devido à turbidez da água, sendo esta
removida, obtém-se a cor verdadeira.
Dureza: resultante da presença de sais presentes, com exceção de sódio e potássio. Nas
águas naturais, a dureza é predominantemente, dada a presença de sais de cálcio e
magnésio; no entanto, sais de ferro, manganês e outros, também, contribuem para a
dureza das águas. A dureza elevada causa extinção de espuma do sabão, sabor
desagradável e produz incrustações nas tubulações e caldeiras.
Escherichia coli (E.Coli): é a única espécie do grupo dos coliformes termotolerantes
cujo habitat exclusivo é o intestino humano e de animais homeotérmicos, onde ocorre
em densidades elevadas (CONAMA nº 357/2005).
pH: abreviação de potencial hidrogeniônico, que é usado para medir acidez ou
alcalinidade de soluções, através da medida de concentração do íon hidrogênio
(logaritmo negativo da concentração na solução). O pH 7 é considerado neutro, sendo,
abaixo de 7, ácido, e, acima, alcalino. É um parâmetro importante, por influenciar
diversos equilíbrios químicos que ocorrem, naturalmente, na água ou em unidades de
tratamento de água.
Turbidez: medida da capacidade de uma amostra de água em impedir a passagem de
luz. Grau de atenuação de intensidade que, um feixe de luz sofre, ao atravessá-la, devido
à presença de sólidos em suspensão, tais como partículas inorgânicas (areia, silte,
argila) e de detritos orgânicos, algas e bactérias.
11.5 Águas Subterrâneas
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De acordo com levantamento de informações sobre a utilização de água subterrânea
realizada pelo Serviço Geológico do Brasil – CPRM o município de Chapadinha registrou a
presença de 157 pontos d’água, sendo 156 poços tubulares e 01 poço amazonas. As
informações levantadas classificaram em duas naturezas: públicos (135 poços), quando estão
em terrenos de servidão pública e particulares (22 poços), quando estão em propriedades
privadas.
O relatório emitido CPRM constatou que o uso da água, 85 poços são utilizados para
o abastecimento da população rural e 50 da população da zona urbana, Dos 22 poços privados,
3 são utilizados na indústria, 2 na pecuária e 7 em Postos de combustíveis, Hoteis e Balneários.
A figura 75 exibe em termos percentuais as diferentes destinações da água subterrânea no
município. Quanto à natureza geológica da localização dos poços tubulares, figura 76, em
relação aos domínios hidrogeológicos de superfície, 100% estão locados sobre terrenos
sedimentares.
Figura 75: Destinação de uso da água dos poços públicos e particulares.Fonte: CPRM, 2011.
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Figura 76: Poços tubulares utilizados para abastecimento da população.
11.6 Aspectos Qualitativos das Águas Subterrâneas
O estudo elaborado pela CPRM verificou a qualidade das águas dos poços cadastrados
foram realizadas, “in loco”, e foi possível verificar que 2.46% apresentam água ligeiramente
salobra e 97.54% são consideradas água doce.
12 DIAGNÓSTICO DO SERVIÇO DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO
O município de Chapadinha não possui um sistema de escoamento superficial dos
efluentes domésticos e pluviais uma vez que são lançados em áreas livres, públicas e
particulares. As residências, prédios públicos e privados dispõe de um sistema de esgotamento
sanitário precário, pois os efluentes são lançados em fossa sépticos, sumidouros ou mananciais
próximos com isso contamina solo, águas superficiais e subterrâneas.
12.1 Área Rural
A zona rural de Chapadinha não possui um sistema público de coleta e tratamento de
esgoto. O tratamento das comunidades rurais é exclusivamente domiciliar, através de fossas
sépticas, sumidouros e similares existentes nos terrenos das construções.
12.2 Área Urbana
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Chapadinha apresenta sérios problemas com relação ao esgoto doméstico e águas
servidas, pois existem muitas ligações clandestinas de sumidouros diretamente na rede de
drenagem da área urbana. O poder público não dispõe de um método para coibir estas ações,
vindo a prejudicar toda a população. É elevado o número de residências sem esgotamento
adequado, com lançamento direto na rede pluvial, na rua e ainda diretamente no terreno,
indicando a fragilidade do sistema de saúde pública frente à precariedade do sistema de
esgotamento sanitário.
A falta de tratamento de esgoto sanitário causa baixa IDH (Índice de Desenvolvimento
Humano), que um dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (uma série de metas
socioeconômicas que os países da ONU). Além disso a ausência de tratamento de esgoto traz
doenças que afetam pessoas de todas as idades, mas as crianças são as mais prejudicadas. Estas
doenças são causadas principalmente por microrganismos patogênicos de origem entérica,
animal ou humana, presentes em água contaminada. Doenças causadas pela falta de tratamento
de Esgoto Sanitário: febre tifoide, cólera, hepatite A amebíase, giardíase, leptospiroses.
13 GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANO
Neste Capítulo apresenta-se a situação atual do Sistema de Gerenciamento dos
Resíduos Sólidos no Município de Chapadinha, no intuito de avaliar e propor melhorias no
modelo de gestão. Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT (2004),
Resíduos Sólidos são: resíduos nos estados sólido e semissólido, que resultam de atividades da
comunidade de origem: industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços de
varrição, inclusive lodos que não são passíveis de serem lançados em rede pública de esgotos
ou corpos de água.
O sistema de Gerenciamento de Resíduos se tornou um instrumento de grande
potencial, quando se trata de Reduzir, Reutilizar e Reciclar. Esses três pilares são de grande
importância na redução de resíduos, pois a partir do momento em que se tem a ideia, se observa
a transformação do comportamento da sociedade em relação aos resíduos por ela produzidos,
buscando ampliar a atenção da população não só para as questões relacionadas à coleta, como
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também para o seu destino final. Este sistema apresenta um conceito da necessidade de repensar
as atitudes, procurar novos hábitos no dia a dia, buscar redução no consumo, pensar e a avaliar
a necessidade de obter produtos ou itens. A metodologia 3R sistematiza a técnica de reduzir,
reciclar e reutilizar, pois aplica o método desde a geração até disposição final:
Reduzir: é a diminuição da geração de resíduo sólido, seja por meio da sua redução na
fonte (menor consumo de matéria-prima), seja na redução do consumo, ou na redução do
desperdício. Inclui-se também a redução da periculosidade, ou seja, opção pela utilização de
materiais ou equipamentos que apresentam menor risco no manejo e menor impacto ao meio
ambiente.
Reutilizar: é a possibilidade de utilizar um produto descartado para várias finalidades,
otimizar ao máximo o seu uso antes do descarte final, ou, ainda, o seu reenvio ao processo
produtivo, visando a sua recuperação para o mesmo fim ou recolocação no mercado, evitando
o descarte por um período maior.
Reciclar: é a transformação de um produto após o fim de sua vida útil, utilizando os
materiais que o compõem em outro produto, com finalidade diferente do produto original. A
compostagem, por exemplo, é uma forma de reciclagem. A ISO 14040 define reciclagem como
um conjunto de processos que permitem o redirecionamento de materiais, que de outra forma
estariam dispostos como resíduos, desde que esses processos estejam inseridos em um sistema
econômico, onde os materiais reciclados contribuam para a produção de material útil.
13.1 Definições de resíduos sólidos
Para Mancini (1999), o termo lixo era utilizado no lugar do termo técnico “resíduos
sólidos” havendo, portanto, desordem quanto à definição e o emprego dos termos. O ser
humano estabeleceu que lixo fosse toda matéria sólida que não lhe é mais útil, funcional ou
estética (PEREIRA NETO, 1999), diante disso, cabe salientar que existe uma grande diferença
entre resíduos sólidos e lixo.
Segundo Grimberg (2002), é preciso diferenciar lixo de resíduos sólidos. Restos de
alimentos, embalagens descartáveis, objetos inservíveis, quando misturados, tornam-se lixo e
seu destino passa a ser, na melhor das hipóteses, o aterro. Porém, quando separados em
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materiais secos e materiais úmidos, têm-se resíduos reaproveitáveis ou recicláveis. O que não
tem mais como ser aproveitado na cadeia de reuso ou reciclagem, denomina-se rejeito. Portanto,
ainda de acordo com Grimberg (2002), não cabe mais a denominação de lixo para aquilo que
sobra no processo de produção ou de consumo.
Boscov (2008) definiu resíduo como qualquer matéria que é descartada ou abandonada
ao longo de atividades industriais, comerciais, domésticas ou outras; ou ainda, como produtos
secundários para os quais não há demanda econômica e para os quais é necessária disposição.
Os resíduos podem se apresentar sob a forma de sólidos, semissólidos, líquidos e gases.
Segundo a norma brasileira NBR 10.004, define-se como resíduos sólidos os:
Resíduos nos estados sólidos e semissólidos que resultam de atividades da
comunidade, de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de
varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistemas de tratamento de
água e esgoto, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem
como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede
pública de esgotos ou corpos d’água, ou exijam para isto soluções técnicas e economicamente
inviáveis em face à melhor tecnologia disponível (ABNT, 2004).
De acordo com o IBGE em sua Pesquisa Nacional de Saneamento Básico, feita em
2008 e publicada em 2010, as estimativas da composição gravimétrica dos resíduos sólidos
coletados no Brasil, nesta data, eram, tabela 15 e figura 77:
Tabela 15: Composição gravimétrica dos resíduos sólidos do Brasil
RESÍDUOS PARTICIPAÇÃO (%) QUANTIDADE (TON/DIA)
Material reciclável 31,90 58.527,40
Metais 2,90 5.293,50
Aço 2,30 4.213,70
Alumínio 0,60 1.079,90
Papel. Papelão, tetrapack 13,10 23.997,40
Plástico total 13,50 24.847,90
Plástico filme 8,90 16.399,60
124
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Plástico rígido 4,60 8.448,30
Vidro 2,40 4.388,60
Matéria Orgânica 51,40 94.335,10
Outros 16,70 30.617,90
Total 100,00 183.481,50
Fonte: IBGE,2008
Figura 77: Composição gravimétrica dos resíduos sólidos do BrasilFonte: IBGE,2008
13.2 Caracterização dos resíduos sólidos
A questão dos resíduos sólidos tem sido amplamente discutida. Constitui-se em um
dos maiores desafios com que se defronta a sociedade moderna, pois o equacionamento da
questão dos resíduos sólidos urbanos assume magnitude alarmante. Além do crescimento na
geração dos resíduos devido ao aumento demográfico, observam-se mudanças significativas
em suas características, conforme a época do ano e de acordo com a região. A quantidade gerada
de resíduo, ao que tudo indica, está associada ao grau de desenvolvimento da região e, em geral,
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quanto mais evoluída, maior o volume e o peso de resíduos e de dejetos de todo o tipo (SOUZA,
2005). Entretanto, fatores como sazonalidade, clima, hábitos e costumes da população,
densidade demográfica, leis e regulamentações específicas, entre outros, influenciam a geração
de resíduos.
A caracterização dos resíduos é de fundamental importância, pois possibilita o estudo
do comportamento físico dos elementos que compõe os resíduos, viabilizando ações que
melhore a disposição adequada desses materiais (FARIAS & BRITO, 2000). Pereira Neto
(1999) afirma que a característica dos componentes dos resíduos é fator básico fundamental
para se determinar a forma de acondicionamento, transporte, tratamento e destinação final.
A heterogeneidade é uma das características principais dos RSU (Resíduo Sólido
Urbano), que apresentam uma composição qualitativa e quantitativa muito variada e
propriedades físicas e químicas distintas. Um parâmetro que expressa bem a característica dos
resíduos é a sua composição gravimétrica ou composição em peso. A composição gravimétrica
é o percentual de cada componente em relação ao peso total da amostra. Quanto maior a
quantidade de uma determinada componente mais a característica geral dos resíduos se
assemelhará às características desse componente. Portanto, caracterizar gravimetricamente o
resíduo permite adoção de medidas, olhando cada componente e reconhecendo sua participação
no todo, avaliando quantitativamente e qualitativamente correlacionando extratos
socioeconômicos e culturais por grupos geradores.
Com a determinação da composição gravimétrica pode-se avaliar a possibilidade de
aproveitamento tanto das frações recicláveis, quanto da matéria orgânica para a produção de
composto orgânico, ambos podendo ser utilizados para comercialização. Quando realizada por
regiões da cidade, esta ajuda a efetuar um cálculo mais justo da tarifa de coleta e destinação
final (IBAM, 2001).
Para conhecimento dos Resíduos Sólidos do município de Chapadinha, realizamos
entre os dias 15 e 18 de dezembro o levantamento gravimétrico no Lixão existente, que
apresentamos a seguir:
13.2.1 Metodologia aplicada na Gravimetria dos resíduos domésticos e
comerciais
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A área que foi designada para realizar o processo da gravimetria localiza-se no galpão
de uso dos catadores no próprio lixão municipal.
Para a correta caracterização gravimétrica dos resíduos coletado em Chapadinha,
adotaram-se os procedimentos apresentados a seguir:
a) Preparo da amostra
As amostras iniciais coletadas, com cerca de 3m³ de volume, foram obtidas a partir de
lixo não compactado (lixo solto). As amostras foram recolhidas de segunda a quinta-feira e
selecionadas de diferentes setores de coleta, a fim de se conseguir resultados que se aproximem
o máximo possível da realidade;
As amostras iniciais foram colocadas sobre uma lona, em área plana, e misturadas com
o auxílio de pás e enxadas, até se obter um único lote homogêneo, rasgando-se os sacos
plásticos, caixas de papelão, caixotes e outros materiais utilizados no acondicionamento dos
resíduos;
Dividiu-se a fração de resíduos homogeneizada em quatro partes, selecionando dois dos
quartos resultantes (sempre quartos opostos) que foram novamente misturados e
homogeneizados; repetiu-se o procedimento anterior até que o volume de cada um dos quartos
ficasse um pouco mais de 1m³;
Separou-se um dos quartos e encheu-se até a borda, aleatoriamente, cinco latões de 200
litros, previamente pesados;
Retalhou-se com facões, após o enchimento dos latões, a porção do quarto selecionado
que sobrou, ao abrigo do tempo (evitando sol, chuva, vento e temperaturas elevadas). Encheu-
se um recipiente de dois litros com o material picado e fechou-o o mais hermeticamente
possível;
As figuras 78 e 79 ilustram o processo gravimétrico realizado no município.
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Figura 78: Caminhão realizando a coleta de lixo no município.
Fonte: Gestão Ambiental, 2014
Figura 79: Divisão em quartos do resíduo para posterior segregação e pesagemFonte: Gestão Ambiental, 2014
b) Determinação do peso específico aparente
Pesou-se o conteúdo de cada latão cheio, descontando o peso do latão;
Somaram-se os pesos obtidos de todos os latões;
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Foi determinado o peso específico aparente através do valor da soma obtida, expresso
em kg/m³.
c) Determinação da composição gravimétrica
Escolheu-se, a lista dos componentes que se almejou determinar;
Espalhou-se o material dos latões sobre uma lona, sobre uma área plana;
O lixo foi separado por cada um dos componentes desejados;
Classificou-se como “outros”, qualquer material encontrado que não se enquadrou na
listagem de componentes pré-selecionada;
Pesou-se cada componente separadamente;
O peso foi dividido cada componente pelo peso total da amostra e calculada a
composição gravimétrica em termos percentuais (figura 80).
Figura 80: Caracterização gravimétrica dos resíduos em Chapadinha/MAFonte: Gestão Ambiental, 2014
Após realizada a gravimetria foi possível verificar que:
O Plástico é o principal componente presente, demonstrando o alto índice;
Os materiais que podem ser reciclados ou reutilizados, como, papel, vidro e metais
também foram encontrados, sendo o plástico o que apresentou o maior percentual e com
predominância;
5%
9%
23%
4%
39%
20%
Gravimetria Chapadinha - MA
Vidro
Ferro
Papel
Alumínio
Plástico
LixoOrgânico
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Total de componentes presentes nos resíduos sólidos da cidade de Chapadinha - MA,
87% é passível de tratamento ou beneficiamento, sendo 20% (matéria orgânica) através
de compostagem.
13.2.2 Caracterização Biológica
O lixo apresenta, no decorrer do seu processo de decomposição, materiais orgânicos
que tem um potencial energético com capacidade de realizar a nutrição mantendo o mecanismo
de respiração e as atividades de locomoção dos micro-organismos. Assim, o lixo é fonte de
produção para a vida animal e, consequentemente está sujeito a decomposição.
Os principais micro-organismos responsáveis por essa deposição são as bactérias e os
fungos. O estudo dessa população microbiana, bem como os patogênicos presentes no lixo,
juntamente com as características químicas, permite que se estabeleçam métodos de tratamento
e disposição final do lixo de forma mais adequada e, consequentemente mais econômica. No
estudo das características biológicas do lixo, a pesquisa é indispensável para que se tenha
conhecimento da presença e do tempo de permanência de vida desses organismos no ambiente,
haja que estes organismos são agentes causadores de doenças graves e letais, como a cólera, o
tifo, Poliomelite e Leptospirose e que podem ser transmitidas ao homem por contato direto com
o lixo (Quadro 1).
Quadro 2: Organismos presentes no lixo e seu tempo
Micro-organismos Tempo de sobrevivência (dias)
Ascaris Lumbricóides 2.000 a 2.500
Bacilo tuberculose 160 a 180
Entamoeba coli 10 a 15
Entamoebaestolítica 6 a 12
Larvas de vermes 30 a 40
Leptospirainterregans 15 a 45
Poli Virus 20 a 160
SolmanelleTyphi 30 a 70
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13.3 Gerenciamento dos resíduos sólidos de Chapadinha – MA
Os serviços de transporte e a destinação final de resíduos em Chapadinha, são
realizados pela Secretaria de Infraestrutura Limpeza Pública, que dividiu a cidade de
Chapadinha - MA em setores e desenvolveu uma programação semanal específica, que define
os dias da semana com que a coleta deve ser realizada. Os setores são compreendidos por um
conjunto de bairros/locais e na sua estrutura, não são considerados fatores sociais, culturais ou
econômicos, e sim, apenas características importantes para a logística de coleta. Existem 19
setores diferentes que compreendem toda a zona urbana da cidade. O recolhimento dos resíduos
sólidos nestes setores consiste na coleta porta-a-porta, por caminhão compactador, sem
discriminação de resíduos úmidos e resíduos secos. A frequência de coleta é em função da
geração.
Os RSU (Resíduo Sólido Urbano) e RSS (Resíduo Sólido Sanitário) coletados são
transportados para o Aterro da cidade de Chapadinha, situado a, aproximadamente, 8 km do
Centro da cidade, figuras 81 e 82. Aliada a esta problemática, a administração pública do
município, não possui um plano de gerenciamento dos Resíduos da Construção Civil (RCC), o
que vem causando uma degradação da área urbana em função da disposição irregular em
terrenos baldios.
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Figura 81: Lixão de ChapadinhaFonte: Gestão ambiental
Figura 82: Lixão de ChapadinhaFonte: Gestão ambiental
O sistema de coleta de resíduos urbanos de Chapadinha gerencia mensalmente 918
toneladas e grande parte desse lixo gerado é composto por plástico e com o nível muito superior
a todos os outros tipos de resíduo. O sistema de gerenciamento de resíduos perigoso como o
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lixo hospitalar está recebendo a mesma destinação do lixo comum, segue direto para o Lixão,
assim como os resíduos de construção civil e as podas de árvores e jardinagem. Além de a
destinação inadequada do lixo hospitalar e urbano são queimados, e fumaça e o particulado
gerado afeta a população que vive no entorno, figuras 83 a 85.
Figura 83: Resíduos de ambulatório encontrado no lixão de Chapadinha.Fonte: Gestão ambiental
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Figura 84: Resíduos de ambulatório encontrado no lixão de Chapadinha.Fonte: Gestão ambiental
Figura 85: Vala de deposição de lixo hospitalar e esgotamento de fossasFonte: Gestão ambiental
13.4 Coleta e Transporte dos Resíduos Sólidos Urbanos
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De acordo com o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, o Diagnóstico
do Manejo de Resíduos Sólidos realizado em 2013 verificou que Chapadinha com uma
população de 76.217 habitantes (54.949 sendo urbana), apenas 45.730 habitantes são atendidos
pelo sistema de coleta de resíduos sólidos.
Os resíduos sólidos precisam ser transportados mecanicamente, do ponto de geração
ao destino final. Caracterizam-se pelo envolvimento dos cidadãos, que devem acondicioná-los
adequadamente e apresenta-los em dias, horários preestabelecidos pela Secretaria responsável,
figura 84.
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Figura 86: Roteiro do Sistema de Coleta de Resíduos Urbanos de Chapadinha – MA.Fonte: Prefeitura Municipal de Chapadinha, 2014
Os resíduos em geral (varrição, construção civil, hospitalar, sanitário) são coletados e
transportados por caminhões e destinado no lixão do município de Chapadinha, figuras 87 e 88.
LOCALIDADE DOMINGO SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA SABADO
Centro x x x x x x
Bairro:
Corrente
Campo Velho
São José
x x x
Bairro:
Aparecida
Terra Dura
Catepila
Areal
x x x
Bairro:
Mutirão
Santa Luizax x
Bairro:
Terra Dura
Catepilax x
Bairro:
Vila Izamara
Novo
Barreiro
Vila Nota 10
x
Bairro:
Mil Casas x xBairro:
Alto Fogozo
Novo Castelo
Coabe xBairro:
Formigão x xBairro:
Recanto dos
Passaros xBairro:
Amorim x
ROTEIRO DE COLETA
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Figura 87: Ilustra alguns dos veículos utilizados para a coleta e transporte de resíduos.Foto: JUNIOR, Borralho, 2014
Figura 88: Ilustra alguns dos veículos utilizados para a coleta e transporte de efluentessanitários.
Foto: JUNIOR, Borralho, 2014
Chapadinha conta atualmente com uma Associação de Catadores que recolhe plástico,
papel, metal. A cidade não conta atualmente com um sistema de coleta seletiva com isso a
atividade dos catatores é realizada dentro do lixão. O lixão de Chapadinha recebe todo o tipo
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de resíduos desde papel, plástico que são classe 2 até resíduos de ambulatório que é considerado
Classe 1 (perigoso). Segue fotos de alguns resíduos que são separados pela associação, figuras
89 a 92.
Figura 89: Plástico coletado pelos catadores
Fonte: Gestão Ambiental, 2014
Figura 90: Material segregado pelos catadoresFonte: Gestão Ambiental, 2014
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Figura 91: Lata metálica coletado pelos catadoresFonte: Gestão Ambiental, 2014
Figura 92: Material plástico segregado pelos catadores.
Fonte: Gestão Ambiental, 2014
14 DIAGNOSTICO DO SISTEMA DE DRENAGEM DE CHAPADINHA
O sistema de drenagem urbana faz parte do conjunto de melhoramentos públicos
existentes em uma área urbana, quais sejam: redes de abastecimento de água, de coleta de
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esgotos sanitários e resíduos sólidos, cabos de transmissão de energia, de serviços de
comunicação, além da iluminação pública, pavimentação de ruas, guias e passeios, parques,
áreas de recreação e lazer (SMDU, 2012).
Quando o sistema de drenagem não é considerado desde o início da formulação do
planejamento urbano, é bastante provável que esse sistema, ao ser projetado, revele-se ao
mesmo tempo de alto custo e ineficiente. Em relação aos outros melhoramentos urbanos, o
sistema de drenagem tem uma particularidade: o escoamento de águas pluviais sempre ocorrerá
independentemente de existir ou não sistema de drenagem adequado. A qualidade desse sistema
é que determinará se os benefícios ou prejuízos à população serão maiores ou menores.
Chapadinha não dispõe de um sistema de escoamento de águas pluviais e com isso
causa alagamento e diversas vias, proliferação de doenças, água parada. A administração
pública deverá planejar para próximos anos o investimento neste sistema de drenagem. Com
isso melhorar o escoamento das águas pluviais e melhorar a qualidade de vida da população.
O sistema tradicional de drenagem urbana deve ser considerado como composto por
dois sistemas distintos, que necessitam ser planejados e projetados sob critérios diferenciados:
o sistema inicial de drenagem, ou microdrenagem, composto pelos pavimentos das ruas, guias,
sarjetas, bocas de lobo, rede de galerias de águas pluviais e, também, canais de pequenas
dimensões, dimensionados para o escoamento de vazões de 2 a 10 anos de período de retorno;
e o sistema de macrodrenagem, constituídos, em geral, por canais (abertos ou de contorno
fechado) de maiores dimensões, projetados para vazões de 25 a 100 anos de período de retorno
(PMSP, 1999).
A quase completa ausência de infraestrutura de drenagem urbana na cidade de
Chapadinha deve ser interpretada em um contexto mais amplo, além da clássica constatação de
que essa ausência é mais um exemplo de incompetência da gestão municipal.
Diferentemente da maioria das sedes municipais maranhense, geralmente instaladas
em planícies fluviais ou aluvionais que apresentam maior disponibilidade hídrica, a cidade de
Chapadinha está localizada em divisor de água entre as bacias dos rios Iguará e Negro.
Esta posição geográfica especial faz com que a zona urbana apresente peculiaridades
importantes para a gestão da drenagem urbana, mais especificamente:
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- Sub-bacias de drenagem de pequenas dimensões que não desenvolvem volume
de escoamento superficial significativo durante episódios de chuvas intensas;
- Ausência de rede de drenagem com talvegues diminuindo a probabilidade de
cheias por barramento voluntário ou involuntário de drenagem superficial. Essa característica
de relevo é de especial importância no contexto de áreas urbanas brasileiras, nas quais
predomina a urbanização informal, que muitas vezes edifica em talvegues, ou os transforma em
depósito de lixo;
Neste contexto, as guias (sarjetas) das vias pavimentadas possivelmente seriam
suficientes para lidar com volumes de escoamento superficial associados com episódios de
chuvas intensas. Esta constatação não de ser encarada como uma justificativa para a ausência
de infraestrutura de drenagem urbana, mas sim que a gestão do escoamento superficial poderia
ser feita de maneira mais simplificada do que na maioria das sedes municipais maranhenses.
15 VISÃO INTEGRADA DO PLANO MUNICIPAL DE GERENCIAMENTO DE
RESÍDUOS LÍQUIDOS E SÓLIDOS
O Plano Municipal de Saneamento Básico de Chapadinha (PMSB) deve ser coerente
com os princípios básicos da gestão de resíduos contemporânea que seriam:
- Real integração das políticas de saneamento básico na coleta e tratamento de
efluentes líquidos e resíduos sólidos;
- Visão holística das externalidades associadas à gestão de resíduos e efluentes e
elaboração de planos de monitoramento mais eficientes e realistas de corpos de água receptores;
- Gestão integrada com visões de médio e longo prazo, incorporando tanto a vida útil
do projeto de aterro sanitário, rede de coleta de esgotos e estações de tratamento, quanto planos
de monitoramento pós-operação;
- Incorporação das etapas de Redução - Reciclagem - Geração de Energia - Deposição
em Aterro Sanitário. Esta sequência pode ser considerada como uma hierarquia a ser seguida;
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- Elaboração de cenários mais aperfeiçoados sobre a dinâmica de uso e ocupação do
solo do entorno, considerando que essa dinâmica é fundamental no estabelecimento na tipologia
e volume de resíduos sólidos e efluentes líquidos.
15.1 Ações Preventivas e Corretivas a serem praticadas
- Estudos de viabilidade econômica,
- Integração do PMSB na legislação de uso e ocupação do solo,
- Integração do PMSB nas políticas de sustentabilidade ambiental municipais e
metropolitanas,
- Integração com os planos e políticas de governo em todos os níveis.
15.2 Metas de Redução, Reutilização, Coleta Seletiva e Reciclagem
- Elaborar programas integrados com o poder municipal, empresas para redução de
volume de resíduos,
- Determinar que tipos de resíduos devam ser levados ao aterro sanitário,
- Estabelecer ações de reaproveitamento - exemplo é o beneficiamento de resíduos da
construção civil, que seriam reaproveitados e não encaminhados ao aterro sanitário,
- Estabelecer programa de compostagem de material vegetal oriundo de poda, que seria
encaminhado para locais específicos e não ao aterro sanitário.
15.3 Princípios norteadores para Elaboração de Projeto de Destinação Final de
Resíduos e Instalação de Sistema de Coleta e Tratamento de Esgotos
15.3.1 Aspectos Gerais
A incorporação dos conceitos de gestão integrada reduziu o número de aterros
sanitários nos Estados Unidos da América do Norte (EUA), por exemplo, apesar do aumento
no volume de resíduos. Como resultado, o número de aterros sanitários caiu de 8.000, em 1988,
para 1.650 em 2005. Além da redução do número de aterros foi também reduzida a porcentagem
do volume total de resíduos sendo levada para os aterros, que atingiu, em 2005, apenas 54% do
total de resíduos gerados pela sociedade americana.
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No caso dos sistemas de coleta e tratamento de esgotos a integração é
fundamental para evitar a criação de redes isoladas atendendo bairros específicos ou áreas de
baixa densidade populacional. Essa fragmentação do sistema elimina os ganhos decorrentes de
uma economia de escala e dificulta a sua gestão e manutenção.
15.3.2 Identificação das áreas favoráveis para a disposição
A escolha do sítio de aterros sanitários e estações de tratamento de esgoto depende da
tecnologia a ser utilizada e da necessidade do PMSB. Será afetada também pelo perfil dos
resíduos e efluentes, e percepções dos grupos de interesse envolvidos e da sociedade civil
organizada.
15.3.2.1 Aspecto Político
A importância de conquistar a confiança do cidadão na classe política, governo, e
tecnologias a serem utilizadas. Dificilmente aspectos políticos impedem a execução do projeto,
mas são capazes de fazer com que seu licenciamento e outorgas entrem em litígio sem fim.
15.3.2.2 Aspecto Econômico
Aplicar com visão crítica as análises de custo e benefício, pois os benefícios são
geralmente mais amplos (atingem uma maior parcela da população), mas os custos geralmente
ocorrerão em escalas populacional e espacial mais restritas.
15.3.2.3 Aspecto Ético
Garantir o monitoramento do processo de elaboração e implantação do PMSB quanto
a necessidade de considerar se os ônus do mesmo não estão sendo distribuídos de forma
desigual (unilateral) e prejudicando classes sociais mais desfavorecidas. Por exemplo,
instalação do Centro de Tratamentos de Resíduos (CTR) e Estações de Tratamento de Esgoto
(ETE) em bairros pobres da periferia.
15.3.3 Seleção de sítio para instalação de unidade de tratamento e disposição
final de resíduos e efluentes
A seleção de sítios deverá levar em conta as seguintes variáveis, indicadores e instrumentos:
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- Modelo conceitual de gestão de resíduos e efluentes proposto,
- Diagnósticos e banco de dados atuais,
- Participação do poder público na elaboração e discussão dos objetivos e metodologias
do PMSB,
- Topografia de sítio adequada para o modelo de CTR e ETE adotado,
- Natureza do financiamento dos projetos técnicos,
- Dimensões de poligonal,
- Propriedade de poligonal,
- Natureza do resíduo e efluentes (se industriais ou domésticos),
- Volume diário previsto de resíduos e efluentes,
- Apresentação e discussão dos projetos técnicos com população,
- Distância de transporte do resíduo e extensão de rede de coleta,
- Viabilidade de acesso rodoviário para CTR,
- Viabilidade de acesso ferroviário para CTR,
- Proximidade de corredores de infraestrutura (energia e recursos hídricos para CTR,
- Plano de controle de chorume, com especificação de localização de ETE,
- Plano de controle de emissão de gases para CTR e ETE,
- Plano de controle de drenagem de entrada e saída para CTR,
- Plano de monitoramento de contaminação hídrica potencial para CTR e ETE,,
- Plano de mitigação e recuperação ambiental,
- Projeto de educação ambiental e relações públicas com comunidade,
15.4 Modelo conceitual da dinâmica urbana de chapadinha
A dinâmica urbana é aqui conceituada como as características espaciais e temporais
das áreas de maior concentração de população, infraestrutura e serviços. A premissa é de que
cada cidade apresenta peculiaridades em função de suas características geográficas e
socioeconômicas.
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Dessa maneira a elaboração de um modelo conceitual de referência é parte
fundamental para o entendimento de como as estas peculiaridades afetam a produção e gestão
de resíduos sólidos e saneamento ambiental de uma forma geral.
Importante esclarecer que existe uma característica em comum entre a maioria das
cidades brasileiras, que é o seu alto grau de informalidade, representada pelo planejamento
precário de vias, áreas de lazer e de uso comunitário, e a um alto nível de descumprimento de
normas urbanísticas de edificação e de uso e ocupação do solo.
O IBGE distingue áreas formais de informais apenas pela ocorrência de titularidade de
imóvel e existência de saneamento básico. Por esse critério, áreas metropolitanas, como a
cidade de São Luís apresentariam apenas 20% de informalidade. Contudo, se consideramos
critérios como condições de trafegabilidade e disponibilidade de áreas públicas e de lazer, e
padronização de lotes e áreas edificadas, esta porcentagem vai acima de 60%.
Outra característica geral, dessa vez para áreas urbanas de quase todo o mundo, é a de
que as áreas próximas dos sítios de maior importância logística ou econômicas serão aquelas
que apresentarão (ou apresentaram) as melhores condições urbanísticas e de saneamento básico.
Obedecendo a essas características gerais temos a área urbana formal da cidade
concentrada ao longo das principais avenidas, tais como a Rua do Comércio e a Avenida
Presidente Vargas, no sentido leste – oeste, e a Avenida Raimundo Oliveira, no sentido sul –
norte, refletindo as condições de logística e acesso ao centro da cidade.
15.4.1 Especificidades Municipais para Aperfeiçoamento de Modelo
Conceitual da Dinâmica de Uso e Ocupação do Solo de Chapadinha
Atipicamente à maioria das sedes municipais maranhenses, situadas em áreas
próximas a cursos de água em planícies fluviais, o núcleo original da cidade de Chapadinha se
situa exatamente no divisor de águas das bacias dos rios Iguará e Negro, em altitudes entre 100
e 200 m. Curiosamente, a expansão urbana a partir do núcleo original também se restringiu às
áreas de maior altitude. A expansão urbana para altitudes abaixo de 80 m ainda é exceção.
Essa peculiaridade geográfica se traduz em aspectos positivos e negativos para a
implantação bem-sucedida do PMSB. Os aspectos positivos principais são a geometria da
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malha urbana, com razoável dimensão de quadras e paralelismo de vias, e o baixo risco de
alagamento em episódios de chuvas intensas. Os aspectos negativos principais estão associados
à baixa disponibilidade hídrica na sede municipal e concentração populacional ao longo dos
cursos de água permanentes, e serão discutidos em item específico a seguir.
a) O desafio da disponibilidade hídrica
O posicionamento da sede municipal em divisor de água, em altitudes entre 100 e 200
m, implica na inexistência de cursos de água perenes cortando a cidade. O curso de água
principal da região – o rio Iguará – está a mais de 10 km da sede e em altitude em torno de 30
m. A sua utilização como principal fonte de abastecimento de água, a partir de bombeamento,
teria custos proibitivos. Não constitui surpresa, portanto, que o abastecimento hídrico da sede
se dá predominantemente por captação de água subterrânea, através de poços tubulares.
O relevo municipal caracterizado por chapadas cortadas por vales fluviais de até 100
m de desnível, concentra a maioria da população nas proximidades dos cursos de água
superficiais. As densidades populacionais ao longo destes será função de seu regime hídrico, se
permanentes ou efêmeros.
Importante observar que o clima sazonalmente seco faz com que os cursos de água
permanentes estejam restritos às maiores bacias de drenagem. Nas bacias menores os cursos de
água são intermitentes ou efêmeros. Como consequência, as
A posição central da bacia do Iguará e seus principais afluentes faz com aí esteja
concentrada a maior parte da população municipal. Essa disposição geográfica cria desafios
especiais de gestão de recursos hídricos, pois os cursos d´água que abastecem a população são
também aqueles utilizados para o lançamento de efluentes domésticos.
b) Desafios logísticos
O sucesso na implantação de um PMSB está diretamente associado às características
geográficas municipais e sua dinâmica de infraestrutura viária, qualidade quanto em extensão.
Do ponto de vista logístico, as grandes dimensões do município representam um sério
desafio. Com aproximadamente 100 km de comprimento e largura máxima de 50 km, o
município conta com apenas uma via asfaltada (BR 222), cruzando o município de leste a oeste,
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e uma via piçarrada se estendendo de norte a sul. Essa deficiência logística compromete, por
exemplo, a eficiência de um futuro sistema centralizado de coleta e disposição de resíduos, e
também na facilidade de implantação e manutenção de redes de água e esgoto.
16 DESAFIOS PARA IMPLANTAÇÃO DE UMA GESTÃO INTEGRADA DE
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO EM CHAPADINHA
Os desafios de gestão de saneamento básico do município de Chapadinha podem ser
classificados em diferentes escalas. A seguir identificaremos os principais desafios em grande,
média e microescala.
Na escala macro temos os problemas de execução de políticas públicas de saneamento
básico e resíduos sólidos. Um sofisticado sistema de leis e normas fundamenta as políticas
públicas brasileiras de programas de saneamento básico, que incluem a gestão de resíduos
líquidos e sólidos. A implementação dessas políticas é comprometida, contudo, pelas
deficiências das administrações federal, estaduais e municipais em recursos financeiros e
humanos.
Na escala média temos como principal problema o alto índice de área urbana informal
da maioria das cidades brasileiras, caracterizada por baixa padronização de infraestrutura viária,
de saneamento básico, serviços e lazer. Considerando que a eficiência de serviços de coleta e
transporte de resíduos sólidos e líquidos das fontes geradoras até aterros sanitários e estações
de tratamento de esgotos é diretamente afetada pela urbanização informal, cidades que
apresentam altas porcentagens de urbanização informal enfrentarão problemas maiores de
execução de seus programas de saneamento básico.
Na escala micro temos como principal desafio o baixo nível de informação da
população local em relação ao correto destino de resíduos sólidos e sobre a importância de
prevenção da poluição de corpos hídricos de superfície e subterrâneos. Na maioria das cidades
do interior maranhense o lixo é depositado ao longo das principais rodovias de acesso às
cidades, logo na sua entrada principal; e os esgotos são lançados in natura nos cursos de água.
Padrão semelhante pode ser observado na maioria da área urbana de Chapadinha.
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REFERÊNCIAS
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Constituição Federal, estabelece diretrizes gerais da política urbana e dá outras providências.
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em: 3 mar. 2014.
BRASIL. Lei nº 11.124, de 16 de junho de 2005. Dispõe sobre o Sistema Nacional de
Habitação de Interesse Social – SNHIS, cria o Fundo Nacional de Habitação de Interesse
Social – FNHIS e institui o Conselho Gestor do FNHIS. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/lei/l11124.htm>. Acesso em: 3
mar. 2014.
BRASIL. Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007. Estabelece diretrizes nacionais para o
saneamento básico; altera as Leis nos 6.766, de 19 de dezembro de 1979, 8.036, de 11 de
maio de 1990, 8.666, de 21 de junho de 1993, 8.987, de 13 de fevereiro de 1995; revoga a Lei
no 6.528, de 11 de maio de 1978; e dá outras providências. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11445.htm>. Acesso em: 3
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BRASIL. Lei nº 8.923, de 27 de julho de 1994. Acrescenta parágrafo ao art. 71 da
Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, prescrevendo sanção a ser aplicada em caso de
descumprimento do disposto no caput do referido artigo. Disponível em:
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BRASIL. Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995. Dispõe sobre o regime de concessão e
permissão da prestação de serviços públicos previsto no art. 175 da Constituição Federal, e dá
outras providências. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8987cons.htm>. Acesso em: 3 mar. 2014.
BRASIL. Lei nº 9.433, de 8 de janeiro de 1997. Institui a Política Nacional de Recursos
Hídricos, cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, regulamenta o
inciso XIX do art. 21 da Constituição Federal, e altera o art. 1º da Lei nº 8.001, de 13 de
março de 1990, que modificou a Lei nº 7.990, de 28 de dezembro de 1989. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9433.htm>. Acesso em: 3 mar. 2014.
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BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 518/GM, de 25 de março de 2004. Estabelece os
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SEMMA – Secretaria Municipal do Meio Ambiente;
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EQUIPE TÉCNICA
José Renato Marques Borralho Junior - Eng. Agrônomo Mestre em Agroecologia -Especialista em Engenharia Ambiental - CREA: 8917D/MA
José Pereira de AlencarQuímico Industrial – Esp. em Gestão e Manejo Ambiental na AgroindústriaCRQ 11200021 – 11ª REGIÃO
Anderson Pires FerreiraBiólogo - CRBio 77596/05D
Telma Costa ThomeAdministradora, Especialista em Gestão Pública e Planejamento Estratégico
Marcio Costa Fernandes Vaz dos SantosBiólogo, PhD em Ciências Ambientais
Valéria Galdino Silva e SilvaEngenheira Ambiental
Yury Maciel CoutoEngenheiro Ambiental
Samme Sraya Oliveira SantosProdutora de Eventos