preservaÇÃo e recuperaÇÃo dos mananciais · rio evaporação Água armazenada no solo...
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PRESERVAÇÃO EPRESERVAÇÃO E RECUPERAÇÃO DAS RECUPERAÇÃO DAS
NASCENTES NASCENTES
Rinaldo de Oliveira CALHEIROSRinaldo de Oliveira CALHEIROS
Fernando César Vitti TABAI Fernando César Vitti TABAI Sebastião Vainer BOSQUILIA Sebastião Vainer BOSQUILIA
Márcia CALAMARI Márcia CALAMARI
Palestra baseada no Livro de:Palestra baseada no Livro de:
CALHEIROS, R. DE O.; TABAI, F. C. V.; BOSQUILIA, S. V. & CALHEIROS, R. DE O.; TABAI, F. C. V.; BOSQUILIA, S. V. & CALAMARI, M.CALAMARI, M. Preservação e Recuperação de Nascentes,Comitê de Preservação e Recuperação de Nascentes,Comitê de Bacias Hidrográficas do Piracicaba, Capivarí, Jundiaí, Piracicaba, 2004.Bacias Hidrográficas do Piracicaba, Capivarí, Jundiaí, Piracicaba, 2004.
CICLO HIDROLÓGICOCICLO HIDROLÓGICO
HORIZONTEMENOS
PERMEÁVEL
Escoamentosuperficial
Rio
Evaporação
Águaarmazenada no
solo
Evapotranspiração
Precipitação
LENÇOL FREÁTICO
NASCENTEcom acúmulo
de água
NASCENTEsem acúmulo
de água
Tipos mais comuns de nascentes originárias de lençol não confinado: Tipos mais comuns de nascentes originárias de lençol não confinado: de encosta, de fundo de vale, de contato e de rio subterrâneo de encosta, de fundo de vale, de contato e de rio subterrâneo
NASCENTE DE ENCOSTA OU ELUVIAL
NASCENTE DE FUNDO DE VALE OU
DEPRESSAO OU NASCENTE DIFUSA
CAMADA IMPERMEÁVEL
CAMADA DE MOVIMENTACAO DO LENCOL FREATICO
ROCHA OU SOLO NASCENTE VOCLUSIANA OU
TERRENCIAL (DE RIO SUBTERRANEO)
CAMADA IMPERMEÁVEL
CAMADA DE MOVIMENTACAO DO LENCOLFREÁTICO
FONTE ANTICLINAL OU DE CONTATO
Bacia de cabeceira - Bacia de cabeceira - Preservada com densa mata Preservada com densa mata
ciliarciliar
C omo a ág ua de uma C omo a ág ua de uma nas c ente fic a nas c ente fic a prejudic ada ?prejudic ada ?
FORMAS DE CONTAMINAÇÃO DE UMA NASCENTEFORMAS DE CONTAMINAÇÃO DE UMA NASCENTE
Banheiro
Fossa Sépticavazando e
contaminandoo lençol
LençolFreático
Erosão com aenxurrada
Pulverização emcultura próxima à
nascente
RESULTADO: Águaturva e contaminada com
coliformes fecais eprodutos químicos
Terrenodescoberto, duro,
com má infiltraçãoda chuva
Nascente
Mas e se eu mexer na Mas e se eu mexer na nascente... tem algum nascente... tem algum
problema ?problema ?
À exemplo das nascentes, os rios, córregos e lagoas também tem À exemplo das nascentes, os rios, córregos e lagoas também tem suas Áreas de Preservação Permanentes. Sobre as larguras das suas Áreas de Preservação Permanentes. Sobre as larguras das faixas de contorno vegetal dos corpos d’água (nascentes e rios) tem-faixas de contorno vegetal dos corpos d’água (nascentes e rios) tem-
se as Resoluções n.se as Resoluções n.
oo
303 e n 303 e n
oo
302, de março de 2002 que 302, de março de 2002 que
regulamentam o art. 2regulamentam o art. 2
oo
da lei n da lei n
oo
4.771/65. 4.771/65.
- - Várzeas:Várzeas: Em veredasEm veredas (área brejosa ou encharcada que contém nascentes ou cabeceiras de (área brejosa ou encharcada que contém nascentes ou cabeceiras de cursos d’água) a faixa marginal, em projeção horizontal, deve apresentar a largura mínima de 50 cursos d’água) a faixa marginal, em projeção horizontal, deve apresentar a largura mínima de 50 metros, a partir do limite do espaço brejoso e encharcadometros, a partir do limite do espaço brejoso e encharcado. .
- - LagoasLagoas naturais:naturais: No entorno deNo entorno de lagos e lagoas naturaislagos e lagoas naturais, a faixa deve ter largura , a faixa deve ter largura mínima de:mínima de:
► 30 metros, para os que estejam situados em ► 30 metros, para os que estejam situados em Áreas Urbanas ConsolidadasÁreas Urbanas Consolidadas (1) (1)► 50 metros para os corpos d’água, que estejam em ► 50 metros para os corpos d’água, que estejam em Áreas RuraisÁreas Rurais, com até com 20 ha de, com até com 20 ha de superfície, e se superior a 20 ha a faixa marginal passa a ser de 100 metros. superfície, e se superior a 20 ha a faixa marginal passa a ser de 100 metros.
-Reservatórios artificiaisReservatórios artificiais - - No entorno deNo entorno de Reservatórios artificiaisReservatórios artificiais a faixa deve ter a faixa deve ter largura mínima, a partir da cota máxima normal de operação do reservatório, de: largura mínima, a partir da cota máxima normal de operação do reservatório, de:
► 30 metros para reservatórios artificiais situados em ► 30 metros para reservatórios artificiais situados em Áreas Urbanas ConsolidadasÁreas Urbanas Consolidadas ; ;► 100 metros para áreas rurais.► 100 metros para áreas rurais. OBS: Essas larguras poderão ser ampliadas ou reduzidas, sempre observando a largura mínima de 30 metros, OBS: Essas larguras poderão ser ampliadas ou reduzidas, sempre observando a largura mínima de 30 metros, conforme o estabelecido no Licenciamento Ambiental e no Plano de Recursos Hídricos da Bacia, se houver. Essa conforme o estabelecido no Licenciamento Ambiental e no Plano de Recursos Hídricos da Bacia, se houver. Essa redução, no entanto, não se aplica à áreas de ocorrência original da floresta ombrófila densa – porção amazônica, redução, no entanto, não se aplica à áreas de ocorrência original da floresta ombrófila densa – porção amazônica, inclusive os cerradões, e aos reservatórios artificiais utilizados para fins de abastecimento público. inclusive os cerradões, e aos reservatórios artificiais utilizados para fins de abastecimento público.
► 15 metros, no mínimo, para os reservatórios artificiais de ► 15 metros, no mínimo, para os reservatórios artificiais de geração de energia elétricageração de energia elétrica com até com até 10 ha, sem prejuízo da compensação ambiental; 10 ha, sem prejuízo da compensação ambiental;► 15 metros, no mínimo, para reservatórios artificiais ► 15 metros, no mínimo, para reservatórios artificiais nãonão utilizados em abastecimento público utilizados em abastecimento público ouou geração de energia elétrica, com até 20 ha de superfície e localizados na área rural. geração de energia elétrica, com até 20 ha de superfície e localizados na área rural.
Essas disposições se aplicam:Essas disposições se aplicam:
- às acumulações artificiais de água inferiores a 5 ha de superfície, que sejam resultantes do- às acumulações artificiais de água inferiores a 5 ha de superfície, que sejam resultantes do barramento ou represamento de cursos d'água e localizadas em barramento ou represamento de cursos d'água e localizadas em APPsAPPs, ,
- às acumulações artificiais de água inferiores a 5 ha de superfície destinadas ao abastecimento- às acumulações artificiais de água inferiores a 5 ha de superfície destinadas ao abastecimento público mesmo não sendo resultantes do barramento ou represamento de cursos d'água e público mesmo não sendo resultantes do barramento ou represamento de cursos d'água e localizadas em localizadas em APPsAPPs..
Exemplo de uma bacia com diferentes tipos de corpos Exemplo de uma bacia com diferentes tipos de corpos hídricos com as respectivas, exigidas ou não, Áreas de hídricos com as respectivas, exigidas ou não, Áreas de
Preservação Permanente, em vista de usos e dimensões.Preservação Permanente, em vista de usos e dimensões.Nascen te
(Ba cia d e ca be cei r a )Córrego
5m de larguraRio
65m de largura
50 m
30 m
100 m
Barramentocom 5 ha
100 m
Reservatório artificial,com 5 ha, utilizadopara o gado e peixe
Reservatório artificial,com 5 ha, utilizado paraabastecimento público
Em toda intervenção na nascente, rios, córregos e lagos e APP deve-se consultar antes e obter-Em toda intervenção na nascente, rios, córregos e lagos e APP deve-se consultar antes e obter-se a autorização por parte dos órgãos competentes que, em São Paulo, são o DEPRN e o DAEE.se a autorização por parte dos órgãos competentes que, em São Paulo, são o DEPRN e o DAEE.
Alteração da cobertura vegetal da APP - Protocolar processo de licenciamento no DEPRNProtocolar processo de licenciamento no DEPRN, , que irá ao IBAMA.A autorização, se dada, deverá exigir do interessado que cumpra um Termo de Compromisso de Recuperação AmbientalTermo de Compromisso de Recuperação Ambiental,,contemplando o reflorestamento da APP da nascente com mudas de árvores de espécies nativas regionais diversas.
Reservatórios artificiais p/ geração de energia e ao abasteci/to público - Deve-se elaborar o Plano Ambiental de Plano Ambiental de Conservação e Uso do entorno do reservatório artificialConservação e Uso do entorno do reservatório artificial, , de acordo com o Termo de ReferênciaTermo de Referência expedido pelo órgão competente, condicionada sua aprovação a realização prévia de consulta pública, incluindo o Comitê.
Uso da água da nascente - P/ evitar que as interferências sem critérios nas nascentes ou nos cursos d'água (o represamento, p. ex.) prejudique a natureza ou o vizinho de baixo (à jusante) do córrego ou rio, toda ação, tanto o proprietário rurail como o urbano deve obter a Outorga de Direito do Uso dos Recursos HídricosOutorga de Direito do Uso dos Recursos Hídricos (Lei 7.663/91, regulamentada através da portaria DAEE 717/96). Pode ser outorga de direito para: Captação de Água Superficial, Barramento e Canalização. A documentação a ser entregue no DAEE deve ser acompanhada do Requerimento Requerimento Protocolado ou Parecer Técnico Florestal do DEPRN.Protocolado ou Parecer Técnico Florestal do DEPRN. - -
Assim, para as nascentes localizadas em áreas urbanas, sem interferência, vale a mesma legislação da área rural. Para aquelas já perturbadas, quando for necessária nova interferência, deve-se consultar os órgãos competentes. Em São Paulo, específica/te p/ empreendimentos habitacionais, deve-se dirigir ao Grupo de Anál. e Aprov. de Proj. Habitacionais (GRAPROHAB - Sec. de Est. da Habitação).
Tá bom mas .... e da í ?Tá bom mas .... e da í ?
Lá na nas c ente... Qua is Lá na nas c ente... Qua is s ão os princ ipa is c uidados s ão os princ ipa is c uidados inic ia is que devo tomar ?inic ia is que devo tomar ?
Princ ipa is c uidados Princ ipa is c uidados
1. Isolamento da área de captação 1. Isolamento da área de captação
2. Distribuição do uso do solo2. Distribuição do uso do solo
3. Eliminação das instalações rurais3. Eliminação das instalações rurais
4. Replanejamento das estradas4. Replanejamento das estradas
Distribuição espacial errada das culturas e estruturas rurais Distribuição espacial errada das culturas e estruturas rurais em função da nascente e a corrigida para a forma correta em função da nascente e a corrigida para a forma correta
PASTO
ALGODAO
MILHO
NASCENTE
NASCENTE
30 m
150 200100
MILHO
40 m
CERCA
ÁREA DEPROTEÇAO
CASAS
ESTÁBULOS ECHIQUEIROS
ALGODÃO
PASTO
CASASESTÁBULOS ECHIQUEIROS
ESTRADA
ESTRADA
FAIXA DEINTERFASE DEVEGETAÇÃO
NATURAL
A) DISTRIBUIÇÃOERRADA B) DISTRIBUIÇÃO
CORRETADECLIVEDO
TERRENO
HORTA
200m
150100
MATA CILIAR
50 m
X ii... ac ho que a veg etaç ão da X ii... ac ho que a veg etaç ão da minha nas c ente tá muito m inha nas c ente tá muito
fraquinha... c omo s aber s e devo fraquinha... c omo s aber s e devo e o que prec is a s er feito ?e o que prec is a s er feito ?
Disposição das pioneiras e secundárias na área Disposição das pioneiras e secundárias na área de plantio e uma recomposição da vegetação de plantio e uma recomposição da vegetação
visando unir fragmentos de mata ciliarvisando unir fragmentos de mata ciliar
E u já quero a nas c ente prá E u já quero a nas c ente prá “ág ua de beber”.... e a í ?“ág ua de beber”.... e a í ?
CAIXA DE PROTEÇÃO DE NASCENTE TIPO CAIXA DE PROTEÇÃO DE NASCENTE TIPO TRINCHEIRATRINCHEIRA
CANALIZAÇÃOADUTORA
HORIZONTEMENOS
PERMEÁVEL
HORIZONTE DEMOVIMENTAÇÃO DOLENÇOL FREÁTICO
CAIXA DECAPTAÇÃO
Parede-filtro
Piso concretado
Tampa deInspeção
Registro-Varãodo cano de limpeza
Cano ladrão
Tela deproteção
CAPTAÇÃO COM DRENOS CAPTAÇÃO COM DRENOS COBERTOSCOBERTOS
CAMADA IMPERMEÁVEL
CAMADA DE MOVIMENTACAO DO LENCOL FREÁTICO
NASCENTE
PONTO DE CAPTAÇAO MAIS ALTO QUE A
NASCENTE
Mangueirasflexíveis
PedrasGrandes
Pedra brita
Caco de telhaou tijolo
Pedra - Ferro
Grama
..
..
.
.
.
..
.
Tubo de saída d’águaPVC 25mm x 30 cm
Tubo de limpezaPVC 40mm x 30 cm
Tubo ladrãoPVC 40mm x 30
cm
Boca aberta
Tubo deconcreto
Boca fechadaconcretada
INSTALAÇÃO DO PROTETOR DE FONTE INSTALAÇÃO DO PROTETOR DE FONTE CAXAMBÚCAXAMBÚ
Nascente 1 – oNascente 1 – observa-se a nascente na meia encosta e uma lagoa (barramento) abaixo. A bserva-se a nascente na meia encosta e uma lagoa (barramento) abaixo. A vegetação de topo de morro é presente e densa, mas, talvez, não cumprindo a largura vegetação de topo de morro é presente e densa, mas, talvez, não cumprindo a largura
mínima determinada pela legislação. A área da vegetação protetora da nascente é pequena, mínima determinada pela legislação. A área da vegetação protetora da nascente é pequena, não cercada o que permite o livre acesso do gado à APP, testemunhado, inclusive , pelo não cercada o que permite o livre acesso do gado à APP, testemunhado, inclusive , pelo
momento da foto. O mesmo ocorre com a lagoa que, por ser um barramento, deveria momento da foto. O mesmo ocorre com a lagoa que, por ser um barramento, deveria apresentar uma faixa vegetada, ocorrendo o mesmo (falta de mata ciliar) com o canal de apresentar uma faixa vegetada, ocorrendo o mesmo (falta de mata ciliar) com o canal de
condução da água da nascente à lagoa. Na lagoa, particularmente, observa-se o livre acesso condução da água da nascente à lagoa. Na lagoa, particularmente, observa-se o livre acesso de gado ao lago, o que promoverá a contaminação da água que pode estar sendo usada pelo de gado ao lago, o que promoverá a contaminação da água que pode estar sendo usada pelo
vizinho, à jusante. vizinho, à jusante.
Nascente 2 – observa-se a total ausência de vegetação protetora, resumindo-se a um Nascente 2 – observa-se a total ausência de vegetação protetora, resumindo-se a um único jambolão (exótica). A lagoa formada pela nascente está quase totalmente único jambolão (exótica). A lagoa formada pela nascente está quase totalmente
tomada por Taboa (exótica) que, sendo uma consumidora imediata de água, diminui a tomada por Taboa (exótica) que, sendo uma consumidora imediata de água, diminui a vazão, contamina-a pela decomposição de seus restos vegetais, aumentando o teor vazão, contamina-a pela decomposição de seus restos vegetais, aumentando o teor de matéria orgânica da água, intensificando o desenvolvimento de microorganismos de matéria orgânica da água, intensificando o desenvolvimento de microorganismos (coliformes totais). Essa vegetação causa ainda a diminuição da velocidade da água, (coliformes totais). Essa vegetação causa ainda a diminuição da velocidade da água,
tendendo a torná-la estagnada. A área da APP não tem mais cerca de isolamento, tendendo a torná-la estagnada. A área da APP não tem mais cerca de isolamento, restando apenas dois moirões apodrecidos, permitindo o livre acesso de pessoas, restando apenas dois moirões apodrecidos, permitindo o livre acesso de pessoas,
testemunhado pelo marcado carreador e, do gado à água, observado pelo pisoteio de testemunhado pelo marcado carreador e, do gado à água, observado pelo pisoteio de parte de sua borda e excrementos espalhados em volta da nascente, testemunhados parte de sua borda e excrementos espalhados em volta da nascente, testemunhados
pela foto-detalhe.pela foto-detalhe.
Nascente 3 - Condição muito típica das nascentes da região, inserida em uma área cultivada Nascente 3 - Condição muito típica das nascentes da região, inserida em uma área cultivada com a monocultura de cana-de-açúcar. Observa-se que a faixa vegetada da APP é muito com a monocultura de cana-de-açúcar. Observa-se que a faixa vegetada da APP é muito estreita, bem menor que os 50 m recomendados. Os terraços tendem a desaguar na estreita, bem menor que os 50 m recomendados. Os terraços tendem a desaguar na nascente, trazendo na época das chuvas produtos químicos e fertilizantes contribuindo para nascente, trazendo na época das chuvas produtos químicos e fertilizantes contribuindo para sua degradação. Presença acentuada de Taboa (exótica), sintoma do carreamento de sua degradação. Presença acentuada de Taboa (exótica), sintoma do carreamento de fertilizantes e/ou erosão do solo superficial, mais fértil, da área de cultivo (ação antrópica). fertilizantes e/ou erosão do solo superficial, mais fértil, da área de cultivo (ação antrópica). Vegetação protetora pobre, talvez resultado da ausência de estrutura de isolamento (cerca, Vegetação protetora pobre, talvez resultado da ausência de estrutura de isolamento (cerca, por exemplo), o que facilita o livre acesso de trabalhadores e máquinas oriundas da área por exemplo), o que facilita o livre acesso de trabalhadores e máquinas oriundas da área circundante, intensamente cultivada. Presença de uma notável faixa de contorno não circundante, intensamente cultivada. Presença de uma notável faixa de contorno não vegetada - provavelmente uma estrada - deixando desprotegida a vegetação periférica da vegetada - provavelmente uma estrada - deixando desprotegida a vegetação periférica da APP. Dentro da situação apresentada, há uma grande possibilidade de estar sendo enviada APP. Dentro da situação apresentada, há uma grande possibilidade de estar sendo enviada ao vizinho, à jusante, água contaminada por fertilizantes e defensivos agrícolas.ao vizinho, à jusante, água contaminada por fertilizantes e defensivos agrícolas.
Nascente 4 – Nota-se que a nascente “foi queimada” juntamente com a cana-de-Nascente 4 – Nota-se que a nascente “foi queimada” juntamente com a cana-de-açúcar. Testemunha da total ausência de respeito e cuidado com o recurso hídrico açúcar. Testemunha da total ausência de respeito e cuidado com o recurso hídrico
que fica à mercê de uma prática agrícola mal conduzida, comum nessa monocultura que fica à mercê de uma prática agrícola mal conduzida, comum nessa monocultura típica da região. A nascente não tem nenhuma estrutura de proteção contra o fogo, típica da região. A nascente não tem nenhuma estrutura de proteção contra o fogo, cerca de isolamento ou faixa de interface. Nota-se, como esperado, uma pobre mata cerca de isolamento ou faixa de interface. Nota-se, como esperado, uma pobre mata
ciliar também no córrego que deveria escoar a água dessa nascente que está, ciliar também no córrego que deveria escoar a água dessa nascente que está, lamentavelmente, em acentuado processo de morte.lamentavelmente, em acentuado processo de morte.
Nascente 5 – Nascente de beira de estrada, muito conhecida na região de Piracicaba, Nascente 5 – Nascente de beira de estrada, muito conhecida na região de Piracicaba, chamada nascente do Mandacaru. Utilizada, inclusive, para consumo humano, apresenta chamada nascente do Mandacaru. Utilizada, inclusive, para consumo humano, apresenta em todo o contorno uma vasta, bem formada e exuberante área de proteção vegetal. Da sua em todo o contorno uma vasta, bem formada e exuberante área de proteção vegetal. Da sua insurgência (olho-d'água) no meio do morro, até o ponto de utilização, à beira da estrada, insurgência (olho-d'água) no meio do morro, até o ponto de utilização, à beira da estrada, onde está o caminhão, a água cumpre um longo percurso em canal aberto, na superfície do onde está o caminhão, a água cumpre um longo percurso em canal aberto, na superfície do solo, em meio à vegetação. Assim, fica sujeita a ser contaminada pela deposição e solo, em meio à vegetação. Assim, fica sujeita a ser contaminada pela deposição e decomposição de restos vegetais e excrementos de animais silvestres, resultando no decomposição de restos vegetais e excrementos de animais silvestres, resultando no aumento de coliformes totais. Em detalhe, observa-se a caixa de recepção descoberta, cheia aumento de coliformes totais. Em detalhe, observa-se a caixa de recepção descoberta, cheia de folhas em decomposição.de folhas em decomposição.
Nascente 6 – Nascente muito bem conservada, circundada de extensa área de mata preservada, aflorando no interior de uma gruta que recebeu uma proteção de alvenaria, com uma portinhola fechada com cadeado. Em detalhe, é mostrado o desenvolvimento de raízes dentro da gruta, exigindo sua retirada duas vezes por ano. A água é conduzida por meio de tubo de cimento amianto a um reservatório de distribuição de alvenaria, muito bem construído, limpo e desinfetado com cloro a cada dois anos. Em detalhe, é mostrada a tampa de inspeção. Desse reservatório, a água é distribuída para diversos pontos de consumo, inclusive para a cidade de Analândia.
ADUÇÃO POR GRAVIDADECOM MANGUEIRA DE
POLIETILENO
CAIXA D’ÁGUA DEDISTRIBUIÇÃO
LAGÔA
NASCENTE
ÁREA DEPRESERVAÇÃO
Nascente 7 – Nascente situada na meia encosta do morro, muito bem protegida por Nascente 7 – Nascente situada na meia encosta do morro, muito bem protegida por uma densa área de mata preservada, onde foi construída uma caixa de captação de uma densa área de mata preservada, onde foi construída uma caixa de captação de alvenaria. Da nascente até a sede da fazenda, a água é conduzida por mangueira de alvenaria. Da nascente até a sede da fazenda, a água é conduzida por mangueira de polietileno preta, que se bifurca, abastece a lagoa e a caixa d'água de fibra de vidro. polietileno preta, que se bifurca, abastece a lagoa e a caixa d'água de fibra de vidro. Desta última, a água é distribuída para diversos pontos de consumo. Nota-se a Desta última, a água é distribuída para diversos pontos de consumo. Nota-se a ausência da APP na lagoa, perfeitamente legal por se tratar de um reservatório artificial ausência da APP na lagoa, perfeitamente legal por se tratar de um reservatório artificial com menos de 5 ha de superfície, não resultante de barramento ou represamento de com menos de 5 ha de superfície, não resultante de barramento ou represamento de curso d'água, localizado em área de preservação.curso d'água, localizado em área de preservação.
CAIXA DEDISTRIBUIÇÃO
CAIXA DEDECANTAÇÃO DE
PARTICULAS SOLIDAS(AREIA, ARGILA)
FILTRO DE MATERIAISGROSSEIROS
(FOLHAS E GRAVETOS)
CONDUÇÃO DA ÁGUAEM VALA ABERTA
CAPTAÇÃO DIRETA,COM A ÁGUA SAINDO
DO MEIO DO MATO
M A T O
TELA PLÁSTICA
CONDUÇÃO COMMANGUEIRA DE
POLIETILENO
Nascente 8 – Nascente situada na meia encosta do morro, bem protegida por vegetação nativa, tem sua água utilizada sem nenhuma estrutura de proteção da nascente (Trincheira ou Caxambu, por exemplo). Assim, observa-se a água saindo do meio do mato, escoando em dreno natural aberto de superfície. Após 10 m de percurso a água é recebida por um monte de pedras tipo seixos, coberto por uma tela plástica tendo esse conjunto, provavelmente, a função de reter materiais grosseiros como folhas e galhos. A água então é captada em um tanque de sedimentação enterrado no solo,
revestido por lona plástica e coberto por tábuas o que permitiria a entrada de vermes, insetos e pequenos animais. Deste, a água é então conduzida por mangueira de polietileno enterrada, a uma caixa de distribuição de alvenaria coberta por folha de fibrocimento, tendo sido tomado o cuidado de se instalar uma tela plástica para impedir a entrada de insetos e outros. Desta, então, a água é distribuída para diversos pontos de consumo.