prevenÇÃo de infecÇÃo em sÍtio cirÚrgico
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PREVENÇÃO DE INFECÇÃO EM
SÍTIO CIRÚRGICO
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FINALIDADE
Eliminar a microbiota transitória da pele e reduzir a
microbiota residente.
As escovas utilizadas no preparo cirúrgico das mãos
devem ser de cerdas macias e descartáveis
MÃOS
PREPARO PRÉ – OPERATÓRIO
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3 a 5 minutos para a primeira
cirurgia
2 a 3 minutos para as cirurgias
subseqüentes.
DURAÇÃO DO PROCEDIMENTO
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ANVISA 2006
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RESOLUÇÃO - RDC Nº 8,
DE 27 DE FEVEREIRO DE 2009
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RESOLUÇÃO - RDC Nº 8,
DE 27 DE FEVEREIRO DE 2009
Dispõe sobre as medidas para redução da ocorrência de
infecções por Micobactérias de Crescimento Rápido - MCR em
serviços de saúde.
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária, no uso da atribuição que lhe confere o inciso I....
Considerando que é obrigatória a esterilização dos produtos para saúde
classificados como críticos;
Considerando que a ocorrência de infecções por Micobactérias de Crescimento
Rápido - MCR está associada principalmente à realização de procedimentos cirúrgicos
e diagnósticos por videoscopias com penetração de pele, mucosas adjacentes,
tecidos subepiteliais e sistema vascular, cirurgias abdominais e pélvicas
convencionais, cirurgias plásticas com o auxílio de ópticas, mamoplastias procedimentos
de lipoaspiração;
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RESOLUÇÃO - RDC Nº 8,
DE 27 DE FEVEREIRO DE 2009
…Considerando que nas investigações relacionadas aos surtos por
MCR em serviços de saúde foram identificadas falhas no
processamento de instrumental cirúrgico e produtos para saúde e
na utilização dos saneantes líquidos;
Considerando que a limpeza prévia do instrumental cirúrgico e dos
produtos para saúde é essencial para a eficácia de qualquer
método de esterilização;......
……Art. 1º Esta Resolução aplica-se aos serviços de saúde que realizam
procedimentos cirúrgicos e diagnósticos por videoscopias com penetração
de pele, mucosas adjacentes, tecidos sub-epiteliais e sistema vascular,
cirurgias abdominais e pélvicas convencionais, cirurgias plásticas com o
auxílio de ópticas, mamoplastias e procedimentos de lipoaspiração.
Parágrafo único. Esta norma não se aplica ao instrumental óptico utilizado nos
procedimentos endoscópicos para acesso às cavidades corporais, por orifícios
naturais.
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• Art. 2º Fica suspensa a esterilização química por imersão, utilizando agentes esterilizantes líquidos, para o instrumental cirúrgico e produtos para saúde utilizados nos procedimentos citados no Art. 1º.
• Art. 3º Os acessórios utilizados para biópsias ou outros procedimentos que atravessem a mucosa são classificados como artigos críticos.
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DE 27 DE FEVEREIRO DE 2009
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RESOLUÇÃO - RDC Nº 8,
DE 27 DE FEVEREIRO DE 2009
Art. 4º O responsável pelo Centro de Material e Esterilização- CME
deve supervisionar todas as atividades relacionadas ao pro-
cessamento de instrumentais e produtos para saúde, incluindo as rea-
lizadas por empresas terceirizadas.
Parágrafo único. Cada etapa do processamento do instrumental
cirúrgico e dos produtos para saúde deve seguir um
Procedimento Operacional Padrão - POP, elaborado com base em
referencial científico. Este documento deve ser amplamente
divulgado no CME e estar disponível para consulta.
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RESOLUÇÃO - RDC Nº 8,
DE 27 DE FEVEREIRO DE 2009
Art. 5º É proibido o processamento de instrumental cirúrgico e produtos para saúde fora do CME, exceto quando realizado por
empresas terceirizadas regularizadas junto à Autoridade Sanitária.
Art. 6º Todo o instrumental cirúrgico e produtos para saúde que não pertençam ao serviço de saúde devem ser encaminhados
previamente ao CME para processamento, obedecendo ao prazo definido por este setor.
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Art. 7º Os pacientes submetidos aos procedimentos referidos no art. 1º
devem ser acompanhados pelo serviço de saúde que realizou o
procedimento, para identificar sinais e sintomas sugestivos de infecção por
MCR. Nos primeiros 90 dias, o acompanhamento deve
ser mensal. Após este período, os pacientes devem ser orientados a
procurar o serviço de saúde caso ocorra qualquer anormalidade re-
lacionada ao procedimento cirúrgico, até completar 24 meses.
Art. 8º Os casos suspeitos e confirmados de infecção por MCR
devem ser informados à autoridade sanitária local e eletronicamente,
pelo formulário de "Notificação de Infecção Relacionada à Assistência à
Saúde por Micobacteriose não Tuberculosa", disponível no endereço
eletrônico da Anvisa (www.anvisa.gov.br).
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Art. 11. O ciclo flash das autoclaves a vácuo não pode ser utilizado
como rotina para o processamento do instrumental e produtos para
saúde utilizados nos procedimentos citados no art. 1º.
Parágrafo único. A utilização do ciclo flash das autoclaves a vácuo só
pode ocorrer em casos de urgência, como em contaminação
acidental de instrumental cirúrgico do procedimento em curso.
Este ciclo deve ser monitorado por indicadores químicos e biológicos.
Além disso, o ciclo deve ser documentado com as seguintes
informações: data, hora, motivo do uso, nome do instrumental cirúrgico
ou produto para saúde e nome e assinatura do responsável pelo
procedimento.
Este registro deve estar disponível para a avaliação pela Autoridade
Sanitária.
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Art. 12. A inobservância dos requisitos desta Resolução constitui
infração de natureza sanitária, sujeitando o infrator ao processo e
penalidades previstas na Lei nº. 6.437 de 20 de agosto de
1977, sem prejuízo das responsabilidades civil e penal cabíveis.
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• As infecções de sítio cirúrgico são a 3ª causa mais
comum de infecções. O controle de infecção nesta
topografia inclui os métodos de esterilização, a técnica
cirúrgica, pré, trans e pós-operatório e antibiótico
profilaxia.
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DIAGNÓSTICO
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Tempo de observação
Início até 30 dias após o procedimento
No caso de implante de prótese início até 01 ano após o implante, ou até a
retirada da prótese, se esta ocorrer em período inferior
TEMPO DE OBSERVAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO
Classificação
ISC incisional superficial envolve apenas a pele e o tecido celular
subcutâneo do local da incisão
ISC incisional profunda pode envolver ou não os mesmos tecidos da ISC
superficial, mas envolve obrigatoriamente tecidos moles profundos, como
fáscia e camadas musculares
ISC órgão ou espaço específica envolve órgãos ou espaços profundos
manipulados durante a cirurgia, mas não necessariamente a incisão
Meningite após manipulação do SNC, peritonite após cirurgia abdominal,
endocardite após troca de válvula cardíaca
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• OBSERVAÇÃO: as infecções de sítio cirúrgico
causadas por mycobactéria atípica deverão ser
consideradas, independente do prazo decorrido da
data do procedimento.
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PRINCIPAIS AGENTES MICROBIANOS NA ISC
• Patógenos provenientes de 03 fontes
– Microbiota do próprio paciente importância da topografia da
cirurgia, da técnica, do tempo de duração e das condições
infecciosas prévias do paciente
– Equipe de saúde antissepsia pré-operatória e condições
infecciosas
– Ambiente inanimado, incluindo material cirúrgico (importância
menor, porém não irrelevante) falha no processo de
esterilização, ar do ambiente cirúrgico (importante em algumas
cirurgias; menor importância na prática diária)
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FATORES DE RISCO
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• Tempo de Internação prolongado no pós-operatório;
• Tricotomia;
• Tempo cirúrgico Prolongado;
• Cirurgia de urgência (preparo inadequado do paciente,
técnica menos rigorosa e pior estado clínico;
• Técnica Cirúrgica;
• Presença de infecção;
• Idade;
• Obesidade;
• Diabetes.
FATORES DE RISCO
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RELACIONADO AO PROCEDIMENTO CIRÚRGICO
Classificação da cirurgia de acordo com o potencial de
contaminação
• LIMPA – 1,5%
• POTENCIALMENTE CONTAMINADA – 7,7%
• CONTAMINADA – 15,2%
• INFECTADA – 40%
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FATORES DE RISCO PARA ISC
CLASSIFICAÇÃO DAS CIRURGIAS POR POTENCIAL DE
CONTAMINAÇÃO
• Cirurgias limpas
– Eletivas, primariamente fechadas e sem drenos
– Feridas não traumáticas e não infectadas, sem sinais inflamatórios
– Não há quebra de técnica
– Não há abordagem de vísceras ocas
Herniorrafia / Safenectomia
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FATORES DE RISCO PARA ISC
CLASSIFICAÇÃO DAS CIRURGIAS POR POTENCIAL DE
CONTAMINAÇÃO
• Cirurgias potencialmente contaminadas
– Há abordagem dos tratos digestivo, respiratório, genitourinário e orofaringe
sob situações controladas, sem sinais de processo inflamatório
– Pequena quebra de técnica ou implantação de dreno
Gastrectomia / nefrectomia
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FATORES DE RISCO PARA ISC
CLASSIFICAÇÃO DAS CIRURGIAS POR POTENCIAL DE
CONTAMINAÇÃO
• Cirurgias contaminadas
– Feridas traumáticas recentes (menos de 04 horas), abertas
– Contaminação grosseira durante cirurgia do trato digestivo
– Manipulação de via biliar ou genitourinária na presença de bile ou urina
infectadas
– Quebras maiores de técnica
– Inflamação, mas não secreção purulenta
Colecistectomia com inflamação / fratura exposta recente
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FATORES DE RISCO PARA ISC
CLASSIFICAÇÃO DAS CIRURGIAS POR POTENCIAL DE
CONTAMINAÇÃO
• Cirurgias infectadas
– Presença de secreção purulenta
– Tecidos desvitalizados
– Corpos estranhos
– Contaminação fecal
– Trauma penetrante há mais de 04 horas
Ceco perfurado / fratura exposta há mais de 04 horas
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PREVENÇÃO DAS ISC
NO PERÍODO
PRÉ-OPERATÓRIO
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• Tratar todas as infecções bacterianas identificadas
previamente ao procedimento.
• Reduzir o período de internação pré-operatório.
• Pacientes fumantes devem parar de fumar por 30 dias
antes da cirurgia.
• Banho deve ser tomado na noite anterior a cirurgia,
inclusive com lavagem dos cabelos com água e sabão
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• Otimizar o estado nutricional do paciente.
• Realizar a poda dos pêlos (tesoura) até 2 horas antes do
procedimento, quando necessário.
• Tricotomia se imprescindível e imediatamente antes do ato cirúrgico
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PREVENÇÃO DAS ISC NO
CENTRO CIRÚRGICO
(período trans operatório)
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PREVENÇÃO DA ISC
NO CENTRO CIRÚRGICO
• Circulação interna no Centro Cirúrgico
– Áreas irrestritas roupas comuns e circulação sem limitações
vestiários e salas administrativas externas
– Áreas semi-restritas roupa privativa e gorro processamento e
estocagem de artigos, corredores e salas internas
– Áreas restritas roupa privativa, gorro e máscara + controle do número
de pessoas salas cirúrgicas com materiais expostos
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PREVENÇÃO DA ISC
NO CENTRO CIRÚRGICO
• Paramentação cirúrgica
– Aventais milhares de células epiteliais são desprendidas por minuto,
junto com bactérias, dispersando-se no ambiente o uso de avental de
algodão reduz em aproximadamente 30% a taxa de dispersão
– Máscaras utilizadas com dupla finalidade prevenção da ISC e
proteção dos membros da equipe cirúrgica contra respingos de sangue e
secreções durante o procedimento
– Propés estudos concluíram não haver diferença significativa de
contaminação no piso entre calçados limpos, calçados de uso habitual e
propés
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PREVENÇÃO DA ISC
NO CENTRO CIRÚRGICO
• Paramentação cirúrgica
– Gorros devem cobrir totalmente o cabelo na cabeça e face
– Luvas devem ser usadas após a escovação das mãos e depois de
vestido o avental estéril é recomendado a troca a cada 02 horas de
procedimento.
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CCIH
VAMOS PREVENIR A INFECÇÃO HOSPITALAR?
RETIRE SEUS ADORNOS E LAVE AS MÃOS
![Page 43: PREVENÇÃO DE INFECÇÃO EM SÍTIO CIRÚRGICO](https://reader031.vdocuments.pub/reader031/viewer/2022012101/6169f3e811a7b741a34d322c/html5/thumbnails/43.jpg)
CCIH
MÁSCARAS CIRÚRGICAS
“Todas as pessoas que
entrarem nas áreas restritas
do centro cirúrgico, devem
utilizar máscara quando
itens e equipamentos
estéreis estiverem expostos“
(A máscara deverá cobrir a boca e o nariz)
![Page 44: PREVENÇÃO DE INFECÇÃO EM SÍTIO CIRÚRGICO](https://reader031.vdocuments.pub/reader031/viewer/2022012101/6169f3e811a7b741a34d322c/html5/thumbnails/44.jpg)
![Page 45: PREVENÇÃO DE INFECÇÃO EM SÍTIO CIRÚRGICO](https://reader031.vdocuments.pub/reader031/viewer/2022012101/6169f3e811a7b741a34d322c/html5/thumbnails/45.jpg)
E MAIS…..
![Page 46: PREVENÇÃO DE INFECÇÃO EM SÍTIO CIRÚRGICO](https://reader031.vdocuments.pub/reader031/viewer/2022012101/6169f3e811a7b741a34d322c/html5/thumbnails/46.jpg)
• Fazer degermação da pele do campo
operatório, lavando-o com clorexidina
degermante, retirar a clorexidina com solução
salina a 0,9% e secar compressa estéril.
• Fazer anti-sepsia da pele do campo operatório
com solução clorexidina alcoólica.
![Page 49: PREVENÇÃO DE INFECÇÃO EM SÍTIO CIRÚRGICO](https://reader031.vdocuments.pub/reader031/viewer/2022012101/6169f3e811a7b741a34d322c/html5/thumbnails/49.jpg)
![Page 50: PREVENÇÃO DE INFECÇÃO EM SÍTIO CIRÚRGICO](https://reader031.vdocuments.pub/reader031/viewer/2022012101/6169f3e811a7b741a34d322c/html5/thumbnails/50.jpg)
Trocar entre pacientes
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PÓS - OPERATÓRIO
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• Estimular a deambulação.
• Observar a necessidade de fisioterapia o mais precoce
possível.
• Retirar curativo cirúrgico após 24 ou 48 horas e avaliar a
necessidade de manter ou não o curativo.
• Não utilizar antibiótico tópico na ferida cirúrgica.
• Retirar dispositivos, provenientes de procedimentos
invasivos, o mais rápido possível (ex: cateter vesical,
drenos, entre outros).
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Muito obrigada