principios contábeis iob

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 Este procedimento foi elaborada de acordo com a Resolução CFC nº 1.282/2010. Resumo: Este procedimento aborda algumas considerações sobre a nova roupagem dos princípios contábeis, introduzida pela Resolução CFC nº 1.282/2010. 1. Introdução 2. Não observância dos princípios de contabilidade - Penalidades impostas aos contabilistas 3. Princípio da entidade 4. Princípio da continuidade 5. Princípio da oportunidade  5.1 Integridade e tempestividade 6. Princípio do registro pelo valor original  6.1 Aspectos relacionados à atualização monetária 7. Princípio da competência 8. Princípio da prudência O que chamávamos de "princípios fundamentais de contabilidade", no bojo das alterações e dos ajustes promovidos a partir da edição da Lei 11.638/2007  , passou a denominar-se, simplesmente, "princípios de contabilidade". Os referidos princípios foram oficializados por meio da Resolução CFC nº 750/1993 . Originalmente, eram 7 princípios básicos: entidade, continuidade, oportunidade, registro pelo valor original, atualização monetária, competência e prudência. Recentemente, com a edição da Resolução CFC nº 1.282/2010  , foram promovidas algumas modificações nesses princípios.  A pr im ei ra mo di fi ca çã o di z re sp ei to à mu da a na su a de no mi na çã o. Ag or a, of ic ia lm en te , de ve mo s no s re fe ri r a el es co mo "p ri nc íp io s de contabilidade", e não mais como "princípios fundamentais de contabilidade" (PFC), sob a justificativa de ser suficiente para o perfeito entendimento dos usuários das demonstrações contábeis e dos profissionais da Contabilidade. Também ocorreu a "incorporação", pelo princípio do registro pelo valor original, do princípio da atualização monetária. Por conseguinte, foi revogada a Resolução nº 900/2001, que tratava especificamente do princípio da atualização monetária. Outra revogação importante foi a da Resolução CFC nº 774/1994 , que aprovava o apêndice à resolução sobre os princípios fundamentais de contabilidade. Nesse sentido, no presente texto, discorremos sobre a nova "roupagem" imposta aos princípios contábeis, trazida pela Resolução CFC nº 1.282/2010  .  A in ob se rv ân ci a do s pr in pi os de co nt ab il id ad e co ns ti tu i in fr ão às al ín ea s "c ", "d " e "e " do ar t. 27 do Decreto-lei nº 9.295/1946  e, quando aplicável, ao Código de Ética Profissional do Contabilista. Assim, o contabilista que comete infração fica sujeito a uma das seguintes penalidades: a) multa de 1 a 5 vezes o valor da anuidade do exercício em curso ; b) suspensão do exercício da profissão, pelo período de até 2 anos ; c) suspensão do exercício da profissão, pelo prazo de 6 meses a 1 ano. Princípios de Contabilidade Sumário Retornar ao Sumário 1. Introdução Retornar ao Sumário 2. Não observância dos princípios de contabilidade - Penalidades impostas aos contabilistas

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  • EsteprocedimentofoielaboradadeacordocomaResoluoCFCn1.282/2010.

    Resumo:Esteprocedimentoabordaalgumasconsideraessobreanovaroupagemdospr incpioscontbeis,introduzidapelaResoluoCFCn1.282/2010.

    1.Introduo2.NoobservnciadosprincpiosdecontabilidadePenalidadesimpostasaoscontabilistas3.Princpiodaentidade4.Princpiodacontinuidade5.Princpiodaoportunidade5.1Integr idadeetempestividade6.Princpiodoregistropelovalororiginal6.1Aspectosrelacionadosatualizaomonetr ia7.Princpiodacompetncia8.Princpiodaprudncia

    Oquechamvamosde"pr incpios fundamentaisdecontabilidade",nobojodasalteraesedosajustespromovidosapartir daediodaLein11.638/2007,passouadenominarse,simplesmente,"pr incpiosdecontabilidade".

    Os refer idos pr incpios foramoficializados pormeio daResoluoCFC n750/1993 .Or iginalmente, eram7 pr incpios bsicos: entidade,continuidade,oportunidade,registropelovaloror iginal,atualizaomonetr ia,competnciaeprudncia.

    Recentemente,comaediodaResoluoCFCn1.282/2010,forampromovidasalgumasmodificaesnessespr incpios.

    A pr imeira modificao diz respeito mudana na sua denominao. Agora, oficialmente, devemos nos refer ir a eles como "pr incpios decontabilidade", e no mais como "pr incpios fundamentais de contabilidade" (PFC), sob a justificativa de ser suficiente para o perfeitoentendimentodosusur iosdasdemonstraescontbeisedosprofissionaisdaContabilidade.

    Tambmocorreu a "incorporao", pelo pr incpio do registro pelo valor or iginal, do pr incpio da atualizaomonetr ia. Por conseguinte, foirevogadaaResoluon900/2001,quetratavaespecificamentedopr incpiodaatualizaomonetr ia.

    Outra revogao importante foiadaResoluoCFCn774/1994, que aprovavao apndice resoluo sobre os pr incpios fundamentaisdecontabilidade.

    Nesse sentido, no presente texto, discorremos sobre a nova "roupagem" imposta aos pr incpios contbeis, trazida pela Resoluo CFC n1.282/2010.

    A inobservncia dos pr incpios de contabilidade constitui infrao s alneas "c", "d" e "e" do art. 27 do Decreto lei n 9.295/1946 e,quandoaplicvel,aoCdigodeticaProfissionaldoContabilista.Assim,ocontabilistaquecomete infrao ficasujeitoaumadasseguintespenalidades:

    a)multade1a5vezesovalordaanuidadedoexerccioemcursob)suspensodoexercciodaprofisso,peloper ododeat2anosc)suspensodoexercciodaprofisso,peloprazode6mesesa1ano.

    PrincpiosdeContabilidade

    Sumrio

    RetornaraoSumri o

    1.Introduo

    RetornaraoSumri o

    2.NoobservnciadosprincpiosdecontabilidadePenalidadesimpostasaoscontabilistas

  • Sobreessepr incpio,oart.4 daResoluoCFCn750/1993assimdispe:

    Art. 4OPr incpio daENTIDADE reconheceoPatr imnio comoobjetodaContabilidade e afirmaa autonomiapatr imonial, a necessidadedadiferenciao de um Patr imnio particular no universo dos patr imnios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, umconjuntodepessoas, uma sociedadeou instituiodequalquer naturezaou finalidade, comou sem fins lucrativos. Por conseqncia, nestaacepo,oPatr imnionoseconfundecomaquelesdosseussciosoupropr ietr ios,nocasodesociedadeouinstituio.

    Pargrafo nico. O PATRIMNIO pertence ENTIDADE, mas a recproca no verdadeira. A soma ou agregao contbil de patr imniosautnomosnoresultaemnovaENTIDADE,masnumaunidadedenaturezaeconmicocontbil.

    Desse modo, segundo o pr incpio da entidade, o patr imnio deve revestirse do atr ibuto de autonomia em relao a todos os outrospatr imniosexistentes,poispertenceaumaentidade,entendidacomoumsujeitosuscetvelaquisiodedireitoseobr igaes.

    Comoseobserva,ocernedopr incpiodaentidadeestnaautonomiadopatr imnioaelapertencente.

    Com a redao dada pela Resoluo CFC n 1.282/2010 , de acordo com o pr incpio da continuidade, pressupese que a entidadecontinuar em operao no futuro e que, portanto, a mensurao e a apresentao dos componentes do patr imnio levam em conta estacircunstncia.

    Segundo a nova redao dada ao art. 6 da Resoluo CFC n 750/1993 , o pr incpio da oportunidade referese ao processo demensuraoeapresentaodoscomponentespatr imoniaisparaproduzir informaesntegrasetempestivas.

    A falta de integr idade e tempestividade na produo e na divulgao da informao contbil pode ocasionar a perda de sua relevncia, porissonecessr ioponderararelaoentreaoportunidadeeaconfiabil idadedainformao

    O pr incpio da oportunidade abarca 2 aspectos distintos, mas complementares: a integr idade e a tempestividade. Por isso, muitos autorespreferemdenominlode"pr incpiodauniversalidade".

    Em linhasgerais,a integr idadediz respeitonecessidadedeasvar iaes serem reconhecidasnasua totalidade, isto, semqualquer faltaouexcesso.

    Referese,pois,completezadaapreenso,quenoadmiteaexclusodequaisquervar iaesmonetar iamentequantificveis.

    Comoas var iaes incluemelementosquantitativos equalitativos, bemcomoos aspectos fs icos pertinentes, e levandose emconta, ainda,queaavaliaoregidaporpr incpiosprpr ios,aintegr idadedizrespeito,fundamentalmente,svar iaesemsi.

    Isso,todavia,noeliminaanecessidadedoreconhecimentodasvar iaesnoscasosemquenohcertezadefinitivadasuaocorrncia,massomentealtograudepossibil idade.

    Jatempestividadeobr igaaqueasvar iaessejamregistradasnomomentoemqueocorrerem,mesmonahiptesedealgumaincerteza.

    Casonosejaseguidoessepreceito,ficaro:a)incompletososregistrossobreopatr imniob) insuficientes quaisquer demonstraes ou relatosec) falseadas as concluses, diagnsticos eprognsticos.

    Essepr incpiosofreualteraes.AResoluoCFCn1.282/2010incorporou,aele,opr incpiodaatualizaomonetr ia.

    RetornaraoSumri o

    3.Princpiodaentidade

    RetornaraoSumri o

    4.Princpiodacontinuidade

    RetornaraoSumri o

    5.Princpiodaoportunidade

    RetornaraoSumri o

    5.1Integridadeetempestividade

    RetornaraoSumri o

    6.Princpiodoregistropelovalororiginal

  • Segundo a nova redao dada ao art.7 da Resoluo CFC n750/1993 , de acordo com o pr incpio do registro pelo valor or iginal, oscomponentesdopatr imniodevemserinicialmenteregistradospelosvaloresor iginaisdastransaes,expressosemmoedanacional.

    Notasequeorefer idopr incpiopassouacontemplarasseguintesbasesdemensurao:a) custo histr ico: os ativos so registrados pelos valores pagos ou a serem pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valorjustodosrecursosquesoentreguesparaadquir i losnadatadaaquisio.Ospassivossoregistradospelosvaloresdosrecursosqueforamrecebidosemtrocadaobr igaoou,emalgumascircunstncias,pelosvaloresemcaixaouequivalentesdecaixa,osquaisseronecessr iosparaliquidaropassivonocursonormaldasoperaeseb) var iao do custo histr ico: uma vez integrado ao patr imnio, os componentes patr imoniais, ativos e passivos, podem sofrervar iaesdecorrentesdosseguintesfatores:

    b.1)custocorrente:osativosso reconhecidospelosvaloresemcaixaouequivalentesdecaixa,osquais ter iamdeserpagosseesses ativos ou ativos equivalentes fossem adquir idos na data ou no per odo das demonstraes contbeis. Os passivos soreconhecidospelosvaloresemcaixaouequivalentesdecaixa,nodescontados,queser iamnecessr iospara liquidaraobr igaonadataounoper ododasdemonstraescontbeisb.2)valor realizvel: osativos somantidospelosvaloresemcaixaouequivalentesdecaixa,osquaispoder iamserobtidospelavenda emuma forma ordenada.Os passivos somantidos pelos valores em caixa e equivalentes de caixa, no descontados, queseesperaser iampagosparaliquidarascorrespondentesobr igaesnocursonormaldasoperaesdaentidadeb.3) valor presente: os ativos so mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de entrada lquida de caixa que seespera seja gerado pelo item no curso normal das operaes da entidade. Os passivos so mantidos pelo valor presente,descontado do fluxo futuro de sada lquida de caixa que se espera seja necessr io para liquidar o passivo no curso normal dasoperaesdaentidadeb.4) valor justo: o valor pelo qual umativopode ser trocado, ouumpassivo liquidado, entre partes conhecedoras, dispostas aisso,emumatransaosemfavorecimentoseb.5) atualizaomonetr ia: os efeitos da alterao do poder aquisitivo damoeda nacional devem ser reconhecidos nos registroscontbeismedianteoajustamentodaexpressoformaldosvaloresdoscomponentespatr imoniais.

    Soresultantesdaadoodaatualizaomonetr ia:a)amoeda,emboraaceitauniversalmentecomomedidadevalor,norepresentaunidadeconstanteemtermosdopoderaquisitivob) para que a avaliao do patr imnio possamanter os valores das transaes or iginais, necessr io atualizar sua expresso formalem moeda nacional, a fim de que permaneam substantivamente corretos os valores dos componentes patr imoniais e, porconsequncia,odoPatr imnioLquidoec)aatualizaomonetr ianorepresentanovaavaliao,mastosomenteoajustamentodosvaloresor iginaisparadeterminadadata,mediante a aplicao de indexadores ou outros elementos aptos a traduzir a var iao do poder aquisitivo da moeda nacional em umdadoper odo.

    Segundoanovaredaodadaaoart.9 daResoluoCFCn750/1993,pelopr incpiodacompetnciaosefeitosdastransaeseoutroseventosdevemserreconhecidosnosper odosaquesereferem,independentementedorecebimentooupagamento.

    Tambmficoupressuposta,deacordocomtalpr incpio,asimultaneidadedaconfrontaodereceitasededespesascorrelatas.

    Segundo o art. 10 da Resoluo CFC n 750/1993 , ficou determinada, pelo pr incpio da prudncia, a adoo do menor valor para oscomponentes do Ativo e domaior para os do Passivo, sempre que se apresentem alternativas igualmente vlidas para a quantificao dasmutaespatr imoniaisquealteremopatr imniolquido.

    ComasalteraespromovidaspelaResoluoCFCn1.282/2010 ,pelopr incpiodaprudncia,pressupeseoempregodecertograudeprecauo no exerccio dos julgamentos necessr ios s estimativas em certas condies de incerteza. Isso se justifica no sentido de queativose receitasnodevemser superestimadosequepassivosedespesasnodevemser subestimados,atr ibuindomaior confiabil idadeaoprocessodemensuraoeapresentaodoscomponentespatr imoniais.

    RetornaraoSumri o

    6.1Aspectosrelacionadosatualizaomonetria

    RetornaraoSumri o

    7.Princpiodacompetncia

    RetornaraoSumri o

    8.Princpiodaprudncia

    LegislaoReferenciada

    Decretolei n9.295/1946

    Lei n11.638/2007

    Reso luoCFCn1.282/2010

    Reso luoCFCn750/1993

    Reso luoCFCn774/1994