principios da economia
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PRINCIPIOS DA ECONOMIATRANSCRIPT
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economia
Flvio Ribas Tebchirani
Princpios dePrincpios de
3 EDIO
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princpios de economiamicro e macro
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O selo DIALGICA da Editora Ibpex faz referncia s
publicaes que privilegiam uma linguagem na qual o
autor dialoga com o leitor por meio de recursos textuais
e visuais, o que torna o contedo muito mais dinmico.
So livros que criam um ambiente de interao com o
leitor seu universo cultural, social e de elaborao de
conhecimentos , possibilitando um real processo de
interlocuo para que a comunicao se efetive.
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Flvio Ribas Tebchirani
princpios de economiamicro e macro3 edio revista, atualizada e ampliada
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Av. Vicente Machado, 317 . 14 andarCentro . CEP 80420-010 . Curitiba . PR . Brasil Fone: (41) [email protected]
conselho editorial Dr. Ivo Jos Both (presidente)
Dr. Elena Godoy Dr. Nelson Lus Dias Dr. Ulf Gregor Baranow
editor-chefe Lindsay Azambujaeditor-assistente Ariadne Nunes Wenger
editor de arte Raphael Bernadellipreparao de originais Raphael Moroz e Andr Pinheiro
capa Denis Kaio Tanaamiprojeto grfico Raphael Bernadelli
diagramao Jhonny Isaciconografia Danielle Scholtz
Informamos que de inteira responsabilidade do autor a emisso de conceitos.
Nenhuma parte desta publicao poder ser reproduzida por qualquer meio ou forma sem a prvia autorizao da Editora Ibpex.
A violao dos direitos autorais crime estabelecido na Lei n 9.610/1998 e punido pelo art. 184 do Cdigo Penal.
Este livro utilizado como material didtico nos cursos do Grupo Uninter.
1 edio, 2006 (12.708 exemplares).2 edio ampl., 2008. (28.488 exemplares)3 edio rev., atual. e ampl., 2011. Foi feito o depsito legal.
Tebchirani, Flvio RibasPrincpios de economia: micro e macro [livro eletrnico] / Flvio Ribas Tebchirani. 3 ed. rev., atual. e ampl. Curitiba: Ibpex, 2012.
2 MB ; PDF
BibliografiaISBN 978-85-7838-969-7
1. Economia I. Ttulo12-08279 CDD-330
Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP) (Cmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
ndices para catlogo sistemtico:1. Economia 330
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umrio
sapresentao6
como aproveitar ao mximo este livro8introduo10
1 fundamentos da cincia econmica122 formao de preos e equilbrio de mercado34
3 decises de produo544 estruturas de mercado68
5 teoria e poltica macroeconmica806 determinao da renda e do emprego98
7 mercado financeiro e poltica monetria1188 comrcio internacional e cmbio136
9 desenvolvimento econmico e economia brasileira158para concluir...179
referncias180respostas186
sobre o autor207
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O principal objetivo deste livro descrever, de forma simples
e direta, o modo capitalista de produo, analisando como
consumidores, empresas, trabalhadores e outros participantes
das atividades econmicas tomam decises. Alm disso, pre-
tendemos aprimorar o entendimento de algumas condies
econmicas agregadas, explicando como so determinados a
renda e o emprego, alm de explicitar a importncia da taxa
de juros, da taxa de cmbio e do comrcio internacional.
Para tratar tais assuntos com objetividade, estruturamos este
livro em nove captulos, sendo que os captulos dois, trs e
quatro tratam de temas microeconmicos, e os captulos cinco
a nove, de macroeconomia.
No captulo um, trazemos uma introduo apresentando concei-
tos gerais e destacando aspectos como os princpios ligados
economia e os diferentes formatos de organizao econmica,
social e poltica disposio da sociedade. Alm disso, traa-
mos um breve retrospecto da evoluo da cincia econmica
e de seus fundamentos ideolgicos.
presentao
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No captulo dois, discutimos como o comportamento indivi-
dual de firmas e consumidores determina o funcionamento
dos mer cados e a formao dos diferentes preos, questo
fundamental para compreendermos o mecanismo de funcio-
namento de uma economia de mercado.
No captulo trs, exploramos questes como as receitas e os
custos das firmas e a maximizao do lucro em mercados
competitivos altamente concorrenciais , nos quais as em-
presas no tm capacidade de fixar os preos de seus produtos.
No captulo quatro, abordamos as estruturas de mercado em
que as empresas tm poder de monoplio, isto , capacidade
de influenciar preos.
Nos captulos cinco, seis e sete, apresentamos questes conjun-
turais concernentes s decises de poltica econmica, que,
por sua vez, so relativas ao nvel de produo e emprego e
busca da estabilidade dos preos, dois grandes objetivos
de curto prazo na rea da macroeconomia.
No captulo oito, introduzimos o comrcio internacional e as
decises de poltica cambial e comrcio exterior assuntos
relevantes neste mundo cada vez mais integrado comercial
e financeiramente.
Por fim, no captulo nove, enfocamos questes estruturais liga-
das ao crescimento da produo e equidade, isto , melho-
ria na distribuio dos resultados, que, por sua vez, envolve
fatores quantitativos e qualitativos na busca da elevao do
padro de vida do conjunto da sociedade.
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Este livro traz alguns recursos que visam enriquecer o
seu aprendizado, facilitar a compreenso dos contedos
e tornar a leitura mais dinmica. So ferramentas pro-
jetadas de acordo com a natureza dos temas que vamos
examinar. Veja a seguir como esses recursos se encontram
distribudos no decorrer desta obra.
contedos do captulo:
O problema econmico fundamental; A metodologia da abordagem econmica; Princpios comportamentais em economia; Alternativas de organizao dos sistemas econmicos; A evoluo do pensamento econmico.
aps o estudo deste captulo, voc ser capaz de:
compreender a estrutura do sistema econmico capitalista e as pos-sveis alternativas de ordenamento institucional;
entender o papel dos agentes que compem o sistema econmico; reconhecer o papel do governo na economia.
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c) Unidades produtoras ou firmas (empresas) Tm como objetivo
a gerao de lucros por meio da produo de bens e ser-
vios, mediante a combinao de capital e trabalho, sob a
coordenao de um empresrio.
d) Instituies (polticas, jurdicas e socioeconmicas) Indi-
cam as regras do jogo, sob as quais operam os agentes.
O bom funcionamento do sistema depende da estabilidade
e da solidez das instituies. Entre elas, destacamos a im-
portncia das instituies democrticas, como: parlamentos
fortes e independentes; foras policiais eficientes; judicirio
e imprensa independentes; sociedade civil organizada (as-
sociaes, ONGs).
Perguntas & Respostas3. Quais os principis agentes de um sistema econmico
capitalista?
Compem o sistema de mercado (sistema capitalista): unidades
familiares, consumidores de bens e servios; firmas ou em-
presas, unidades que produzem bens e servios combinado
recursos e gerando renda (salrios, lucros, juros e aluguis);
governo, cuja interveno possibilita minimizar falhas de
mercado (externalidades, informao assimtrica e poder
de monoplio) e reduzir instabilidade por meio da gesto da
poltica econmica.
Os sistemas econmicos podem ser classificados da seguinte
forma:
Logo na abertura do captulo, voc fica
conhecendo os contedos que nele sero abordados.
Voc tambm informado a respeito
das competncias que ir desenvolver e dos
conhecimentos que ir adquirir com o estudo
do captulo.
Nesta seo, o autor responde a dvidas
frequentes, relacionadas aos contedos do captulo.
omo aproveitar ao m
ximo este livro
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anual de R$ 30.000,00 aps a deduo de todos os custos e
impostos incidentes. J que o projeto lucrativo, o presidente deve
aprovar o novo investimento? Ser que ele precisa de informaes adi-
cionais? Em caso positivo, de que informaes adicionais ele necessita?
Questes para reflexo1. Relacione o comportamento de redes de hipermercados que
adquirem firmas menores diante do conceito de longo prazo.
2. Voc considera que fuses de bancos (Ita e Unibanco;
Santander e Real, por exemplo) possibilitam rendimentos
crescentes de escala?
3. Voc acha que uma firma que opera em mercado competitivo
tem a possibilidade de obter lucros extraordinrios de forma
permanente?
Questes para reviso4. Qual a diferena entre os conceitos de lucro contbil, econ-
mico, normal e extraordinrio?
5. Que importncia voc atribui ao controle dos custos?
6. Qual a possibilidade de lucros extraordinrios em um mer-
cado perfeitamente competitivo (concorrncia perfeita)?
7. Que relao voc pode estabelecer entre firmas maiores e
rendimentos crescentes de escala?
mecanismos pelos quais possa aumentar ou diminuir siste-
maticamente o nvel de emprego a longo prazo. Devido a essa
vertente, os indivduos e as firmas otimizariam seus recursos.
Dessa forma, os mercados sempre entrariam em equilbrio,
pois os fundamentos microeconmicos (comportamento dos
agentes individuais) representam a base da teo ria macroeco-
nmica.
SnteseEmbora a teoria econmica represente um corpo de conheci-
mento nico, cujo objetivo descrever o funcionamento das
relaes de produo e de consumo, vimos que ela est sujeita
a diferentes ideologias. Sendo assim, os conceitos iniciais
tratados neste captulo sero teis para o aprofundamento
das discusses contidas nos captulos subsequentes.
Estudo de casoCom base nas informaes adquiridas a respeito das vrias
escolas de pensamento econmico, reflita sobre a situao
hipottica a seguir, procurando relacionar a posio dos v-
rios personagens s proposies dos grandes economistas e
pensadores.
Caso austral
A Repblica de Austral encontra-se em grave situao econmi-
ca. A inflao atinge patamares alarmantes e as contas das
operaes internacionais geram previses sombrias. Alm
disso, as reservas de moedas estrangeiras tornaram-se escas-
sas, o que pode inviabilizar a continuidade das importaes
29p r i n c p i o s d e e c o n o m i a
Voc dispe, ao final do captulo, de uma sntese que traz os principais conceitos nele abordados.
Esta seo traz ao seu conhecimento situaes que vo aproximar os contedos estudados de sua prtica profissional.
Nesta seo, a proposta lev-lo a refletir criticamente sobre alguns assuntos e trocar ideias e experincias com seus pares.
Com estas atividades, voc tem a possibilidade de rever os principais conceitos analisados. Ao final do livro, o autor disponibiliza as respostas s questes, para voc verificar como est sua aprendizagem.
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ntroduo
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bastante comum encontrarmos, na literatura especializada, a
cincia econmica dividida em dois grandes ramos que esto
fortemente relacioandos: macroeconomia e microeconomia. Nos
meios de comunicao, podemos ver vrios temas ligados
primeira vertente: inflao, desemprego, taxa de cmbio,
crescimento da produo, entre outros. J a microeconomia,
mesmo tratando de questes relevantes, como decises de
compra e produo, quanto cobrar por determinado produto,
ou mesmo a seleo da estratgia que deve ser adotada para
incrementar as vendas, atrai muito menos a ateno.
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Essas temticas esto presentes em nosso cotidiano, pois estamos,
constantemente, diante de situaes que envolvem problemas
econmicos relativos operao dos mercados, ao nvel de em-
prego ou funo do governo. Pretendemos, portanto, ajudar
a responder essas questes de modo reflexivo.
Alm disso, esperamos combinar a intuio natural do leitor
com argumentos lgicos sistematizados, aperfeioando seu
esprito crtico e contribuindo para a composio de um
arsenal de recursos, fazendo com que seja capaz de discutir
assuntos econmicos do dia a dia.
Boa leitura!
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1fundamentos da cincia econmicaNe
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contedos do captulo:
O problema econmico fundamental; A metodologia da abordagem econmica; Princpios comportamentais em economia; Alternativas de organizao dos sistemas econmicos; A evoluo do pensamento econmico.
aps o estudo deste captulo, voc ser capaz de:
1. compreender a estrutura do sistema econmico capitalista
e as possveis alternativas de ordenamento institucional;
2. entender o papel dos agentes que compem o sistema
econmico;
3. reconhecer o papel do governo na economia.
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1.1 introduo ao estudo da cincia econmicaA economia uma cincia social, pois estuda o homem em
sociedade, principalmente quando este atua na atividade
produtiva.
Dessa maneira, o problema econmico fundamental a escassez
de recursos fsicos (energia, mquinas, ferramentas, meios de
comunicao, prdios, instalaes etc.) e de trabalho humano
(principalmente mo de obra qualificada). Essa limitao,
por sua vez, defronta-se com necessidades humanas infinitas,
continuamente modificadas por inovaes tecnolgicas e pelo
desejo geral de melhoria do padro de vida.
De acordo com Vasconcellos (2002), a investigao cientfica da
economia utiliza argumentos positivos e normativos, de modo a ex-
plicar e a prever fenmenos por meio de modelos logicamente
consistentes, que representam uma realidade simplificada,
eliminando detalhes irrelevantes.
Argumentos normativos so subjetivos, isto , contm juzo de valor.
Expressam a opinio do analista com base em seus valores
e em sua percepo da realidade e indicam, preponderan-
temente, como o sistema deveria funcionar e no como ele
verdadeiramente funciona.
Argumentos positivos procuram escolher instrumentos adequados
para atingir determinado objetivo (como diminuir a concen-
trao de renda), avaliando aspectos positivos e negativos das
medidas adotadas (polticas de renda mnima, por exemplo).
Embora a teoria econmica1 (positiva) esteja subordina-
da determinada ideologia (uma certa maneira
de pensar e de encarar a realidade), est sujeita
ao rigor do mtodo cientfico (sistematizao e
comprovao emprica). Por outro lado, posies
normativas representam a opinio de quem as
formula, independentemente do necessrio rigor
cientfico.
Nesse contexto, vale ressaltar que a anlise puramente numrica
dos fenmenos econmicos no deve isolar as complexas rela-
es sociais sobre as quais repousa a teoria. Tampouco podem
ser desconsiderados aspectos polticos, histricos, geogrficos
e culturais especficos.
Conforme Mankiw (2001), embora o
estudo da economia tenha mltiplos
aspectos, algumas ideias centrais
aparecem de forma recorrente, re-
presentadas, aqui, pelos seguintes
princpios econmicos:
a) Pessoas enfrentam trade-offs Resultado da escassez de re-
cursos, um trade-off (a inevitabilidade das escolhas) repro-
duz o ditado popular de que nada de graa. Diariamen-
te, deparamo-nos com inmeros desses casos, por exemplo,
por meio dos seguintes questionamentos: Como devemos uti-
lizar o tempo, nosso recurso mais valioso? Estudando, passeando ou
vendo TV? Onde devemos aplicar nosso salrio? Comprando roupas ou
investindo na poupana para adquirir um automvel no final de ano?
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Embora a teoria econmica1 (positiva) esteja subordina-
da determinada ideologia (uma certa maneira
de pensar e de encarar a realidade), est sujeita
ao rigor do mtodo cientfico (sistematizao e
comprovao emprica). Por outro lado, posies
normativas representam a opinio de quem as
formula, independentemente do necessrio rigor
cientfico.
Nesse contexto, vale ressaltar que a anlise puramente numrica
dos fenmenos econmicos no deve isolar as complexas rela-
es sociais sobre as quais repousa a teoria. Tampouco podem
ser desconsiderados aspectos polticos, histricos, geogrficos
e culturais especficos.
Conforme Mankiw (2001), embora o
estudo da economia tenha mltiplos
aspectos, algumas ideias centrais
aparecem de forma recorrente, re-
presentadas, aqui, pelos seguintes
princpios econmicos:
a) Pessoas enfrentam trade-offs Resultado da escassez de re-
cursos, um trade-off (a inevitabilidade das escolhas) repro-
duz o ditado popular de que nada de graa. Diariamen-
te, deparamo-nos com inmeros desses casos, por exemplo,
por meio dos seguintes questionamentos: Como devemos uti-
lizar o tempo, nosso recurso mais valioso? Estudando, passeando ou
vendo TV? Onde devemos aplicar nosso salrio? Comprando roupas ou
investindo na poupana para adquirir um automvel no final de ano?
A economia uma cincia
social, pois estuda o homem
em sociedade, principal-
mente quando este atua na
atividade produtiva.
1 Considerada um conjunto
de leis comprovadas pela
evidncia emprica, a teoria
econmica um agrupa-
mento de ideias sobre a
realidade, concebida de
forma abstrata e com ca-
rter ideolgico,isto , leva
em conta um determinado
entendimento de como
as coisas so e como se
comportam.
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Por isso, as melhores decises exigem o conhecimento de todos
os custos envolvidos, explcitos ou no. No processo produti-
vo, o resultado da combinao dos recursos depende de sua
quantidade e qualidade, bem como da tecnologia utilizada.
Considerando, de forma simplificada, que existem apenas
dois bens computadores e automveis , podemos visualizar
a situao em uma curva de transformao e seus respectivos
custos de oportunidade.
b) Pessoas enfrentam trade-offs Resultado da escassez de
recursos, um trade-off (a inevitabilidade das escolhas)
reproduz o ditado popular de que nada de graa. Dia-
riamente, deparamo-nos com inmeros desses casos, por
exemplo, por meio dos seguintes questionamentos: Como
devemos utilizar o tempo, nosso recurso mais valioso? Estudando,
passeando ou vendo TV? Onde devemos aplicar nosso salrio? Com-
prando roupas ou investindo na poupana para adquirir um automvel
no final de ano?
c) Existem custos ocultos (custos de oportunidade) Tomar de-
cises exige a comparao de custos e benefcios dos v-
rios cursos de ao. Para avaliar corretamente a situao,
precisamos estar cientes da existncia de custos implcitos
( ocultos). A realizao de um curso superior significa no
s o pagamento de mensalidades e as despesas com livros
e outros materiais, mas tambm abrir mo de uma renda
que poderamos obter se nos dedicssemos a outra ativida-
de produtiva durante o tempo das aulas e do estudo ( custo
de oportunidade).
Grfico 1.1 Possibilidades de produo
Fon
te: M
anki
w, 2
001,
p. 2
5.
A
B
C
D
Quantidade produzida de
computadores
Quantidade produzida de
automveis
0
1.000
2.0002.200
3.000
300 600 700 1.000
Fronteira de possibilidades
de produo
Os pontos na curva de possibilidades de produo (C, A) representam situa es de eficincia (aumento na produo de um produto implica a reduo da produo do outro produto). Os pontos internos (B) so ineficientes, e os pontos externos (D), atingveis apenas se houver crescimento, o que exige mais investimentos, inovaes tecnolgicas ou recursos adicionais.
Automveis e computadores constituem alternativas de produo, isto ,
so dois bens que representam infinitas possibilidades produtivas. A
curva de transformao mostra a combinao da quantidade desses
bens, e representa, de forma abstrata, o custo de oportunidade de
cada um, pois o aumento da produo de computadores necessa-
riamente exige a reduo da produo de automveis, o que deriva
da primordial escassez de recursos (capital, trabalho etc.). Como
no dispomos de toda renda que gostaramos, isto , no podemos
adquirir todos os bens que desejamos, a escolha de algo necessa-
riamente implica em abandonar outra possibilidade. Por exemplo: o
aumento dos investimentos em educao obriga o governo a reduzir
seus gastos em sade ou na manuteno das estradas.
ou seja,
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Grfico 1.1 Possibilidades de produoF
onte
: Man
kiw
, 200
1, p
. 25.
A
B
C
D
Quantidade produzida de
computadores
Quantidade produzida de
automveis
0
1.000
2.0002.200
3.000
300 600 700 1.000
Fronteira de possibilidades
de produo
Os pontos na curva de possibilidades de produo (C, A) representam situa es de eficincia (aumento na produo de um produto implica a reduo da produo do outro produto). Os pontos internos (B) so ineficientes, e os pontos externos (D), atingveis apenas se houver crescimento, o que exige mais investimentos, inovaes tecnolgicas ou recursos adicionais.
Automveis e computadores constituem alternativas de produo, isto ,
so dois bens que representam infinitas possibilidades produtivas. A
curva de transformao mostra a combinao da quantidade desses
bens, e representa, de forma abstrata, o custo de oportunidade de
cada um, pois o aumento da produo de computadores necessa-
riamente exige a reduo da produo de automveis, o que deriva
da primordial escassez de recursos (capital, trabalho etc.). Como
no dispomos de toda renda que gostaramos, isto , no podemos
adquirir todos os bens que desejamos, a escolha de algo necessa-
riamente implica em abandonar outra possibilidade. Por exemplo: o
aumento dos investimentos em educao obriga o governo a reduzir
seus gastos em sade ou na manuteno das estradas.
ou seja,
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A alocao de recursos escassos de modo a obter o maior provei-
to possvel revela-se, geralmente, na seguinte anlise margi-
nal: benefcio lquido = benefcio total custo total, na tomada de deciso.
Na situao do Quadro 1.1, quantas fbricas devem ser construdas?
Quadro 1.1 Receita e custo
Fbricas Receita total Custo total
1 R$ 10.000,00 R$ 5.000,00
2 R$ 18.000,00 R$ 12.000,00
3 R$ 24.000,00 R$ 20.000,00
c) Pessoas respondem a incentivos Quando, por exemplo, o
preo da uva aumenta, as pessoas tendem a comer outras
frutas em razo de seu alto custo. Ao mesmo tempo, pro-
dutores de uva decidem contratar mais pessoas e aumentar
a rea destinada produo desse alimento, pois o benef-
cio para a sua venda aumentou. Como veremos adiante, o
efeito do preo sobre o comportamento de consumidores e
produtores uma das questes centrais em uma economia
capitalista de mercado.
A anlise marginal (custo-benefcio) revela que a Fbrica 3 exige custo
incremental de R$ 8.000,00 e receita incremental de R$ 6.000,00,
tendo, portanto, benefcio lquido negativo (R$ 2.000,00). A Fbrica
2 possibilita benefcio lquido positivo (R$ 1.000,00), com receita
incremental de R$ 8.000,00 e custo incremental de R$ 7.000,00.
ou seja, Nenhuma pa
rte de
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blica
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oder
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Nesse caso, devem ser construdas duas fbricas, situao em que o
resultado lquido (receita total custo total) de R$ 6.000,00. Com
trs fbricas, o resultado seria menor (R$ 4.000,00).
d) Mercados so, em geral, uma forma eficiente de organizar a econo-
mia Predominam hoje, mundialmente, as economias cujas
decises so descentralizadas (caracterstica das economias
capitalistas de mercado), em que milhes de consumidores e
de empresas interagem com base em interesses prprios,
orientados pelos preos. As economias dos pases comunis-
tas, que operavam fundamentadas em decises centralmen-
te planificadas, entraram em colapso, representando uma
importante mudana nas ltimas dcadas a nvel mundial.
e) Governos, em certas circunstncias, podem melhorar os
resultados do mercado Existem situaes em que
a interveno governamental na economia pro-
move melhoria da eficincia (o melhor uso dos
recursos) e da equidade (distribuio dos resulta-
dos). Conhecidas como falhas de mercado, essas
situaes envolvem externalidades2 e, tambm, o
poder de mercado3 exercido por empresas no sen-
tido de influir indevidamente nos preos. Outra
forma de interveno a utilizao de instrumen-
tos, por meio da poltica econmica governamen-
tal, para estabilizar a economia (evitar oscilaes
excessivas na produo ou no nvel de emprego,
por exemplo).
2 Um exemplo
pode ser o impacto
de aes de
determinadas
empresas sobre a
sociedade na forma
de poluio, cau-
sada por processos
industriais.
3 a capaci-
dade de firmas,
em regime de
oligoplios/mono-
plios, aumentarem
unilateralmente pre-
os (ou reduzirem
quantidade) e dimi-
nurem a qualidade
ou a variedade de
bens/servios com
o objetivo de maxi-
mizar resultados.
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perguntas & respostas1. Qual o palpel dos preos em uma economia de mercado
(capitalista)?
Nas economias de mercado (capitalistas), o sistema de preos
permite a coordenao das principais decises, j que no h
possibilidade de atender plenamente as infinitas necessida-
des humanas. As escolhas dos consumidores so delimitadas
pela renda individual e pela disposio de pagar pelos bens e
servios, enquanto as firmas se pautam pela busca de maiores
lucros. Objetiva-se, principalmente, a eficincia produtiva.
2. Qual o papel do governo em uma economia social de
mercado?
Nas economias sociais de mercado, a atuao mais ampla do
governo e o uso intensivo da poltica econmica buscam con-
ciliar a eficincia produtiva das economias capitalistas com
uma melhor distribuio da renda e justia social, bem como
com a reduo das instabilidades da produo e do emprego.
1.2 sistemas econmicosUm sistema econmico pode ser considerado o formato da
sociedade em aspectos poltico, jurdico e socioeconmico,
Esses instrumentos podem ser: (1) medidas de ordem fiscal
(aumentos/redues de tributos ou dos gastos governamen-
tais) ou (2) medidas de natureza monetria (aumento/reduo
do crdito e da taxa de juros), por exemplo.
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por meio do qual se busca atingir o objetivo de melhoria do
bem-estar. De acordo com Vasconcellos e Garcia (2004), os
elementos bsicos que compem esse sistema so:
a) Fatores de produo o conjunto de recursos produtivos,
representados por mquinas, equipamentos, ferramentas,
terra cultivvel, energia e mo de obra, aqui agrupados em
duas categorias genricas: capital e trabalho.
b) Unidades consumidoras ou famlias So detentoras de ren-
dimento e tm como objetivo fundamental maximizar seu
bem-estar por meio do consumo de bens e servios. Bens
so tangveis e podem ser classificados em bens de consumo
(satisfazem diretamente necessidades humanas), bens de ca-
pital (so utilizados para produzir outros bens) e bens inter-
medirios (matrias-primas e outros itens que necessitam de
beneficiamento para se tornarem bens de consumo ou de
capital). Servios so intangveis, isto , no tm expresso
material.
c) Unidades produtoras ou firmas (empresas) Tm como objetivo
a gerao de lucros por meio da produo de bens e ser-
vios, mediante a combinao de capital e trabalho, sob a
coordenao de um empresrio.
d) Instituies (polticas, jurdicas e socioeconmicas) In-
dicam as regras do jogo, sob as quais operam os agentes.
O bom funcionamento do sistema depende da estabilida-
de e da solidez das instituies. Entre elas, destacamos a
importncia das instituies democrticas, como: parla-
mentos fortes e independentes; foras policiais eficientes;
judi cirio e imprensa independentes; sociedade civil orga-
nizada (associaes, ONGs).
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perguntas & respostas3. Quais os principais agentes de um sistema econmico
capitalista?
Compem o sistema de mercado (sistema capitalista): unidades
familiares, consumidores de bens e servios; firmas ou em-
presas, unidades que produzem bens e servios combinado
recursos e gerando renda (salrios, lucros, juros e aluguis);
governo, cuja interveno possibilita minimizar falhas de
mercado (externalidades, informao assimtrica e poder
de monoplio) e reduzir instabilidade por meio da gesto da
poltica econmica.
Os sistemas econmicos podem ser classificados da seguinte
forma:
Figura 1.1 Sistemas econmicos
Economias central-
mente planificadas
(socialistas): nelas,
as decises econ-
micas fundamentais
so resolvidas por
rgos centrais
de planejamento,
predominando a
propriedade pblica
dos meios de
produo.
Sistemas mistos
(economia social
de mercado):
predominam regras
de mercado com
atuao mais inten-
sa do setor pblico
para melhorar a
distribuio da
renda, promover a
equidade e reduzir
as instabilidades no
nvel de produo
e emprego por
meio da utilizao
ativa da poltica
econmica.
Economias de
mercado (capitalis-
tas): predominam
a livre iniciativa
e a propriedade
privada dos fatores
de produo. Alm
disso, nesse tipo de
sistema, as deci-
ses econmicas
so descentraliza-
das, baseadas no
sistema de preos.
Sistemas econmicos
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1.3 evoluo do pensamento econmicoA aurora do sistema capitalista se d com a acumulao de ca-
pital, que ocorre a partir do sculo XVI devido aos seguintes
fatores: a descoberta de ouro e prata na Amrica, a conquista
e o saque das ndias Orientais e a transformao da frica
em fonte de mo de obra escrava.
Apresentamos, na sequncia, as principais correntes do pensa-
mento econmico originadas a partir dessa poca, conforme
aponta Fusfeld (2001):
Fase pr-cientfica (at 1750) Enquanto na Antiguidade o pensa-
mento econmico estava subordinado filosofia, poltica,
moral crist e aos usos e costumes (normas consuetudinrias),
nessa fase, as novas ideias mercantilistas voltam-se para o na-
cionalismo e a autossuficincia. Adotando uma viso esttica
do mundo, esse conjunto de prticas levou as naes a um
permanente estado de guerra, com estrita regulamentao
da atividade produtiva. A acumulao de reservas em metais
preciosos , aqui, o objetivo principal, razo da busca per-
manente de supervits comerciais.
Fase cientfica (1750 a 1870) Inicialmente, os antimercantilistas,
denominados fisiocratas, utilizavam tcnicas quantitativas
com base na ideia da eficcia do mercado, que, por sua vez,
se igualaria ao movimento natural do universo, isento de
polticas (componente no eliminvel da condio humana).
Dessa ideia, derivou, sob o ponto de vista desses fisiocra-
tas, a necessidade de um tirano esclarecido, ou seja, um
soberano que serviria como intermedirio para que as leis
da natureza fossem cumpridas (Vasconcellos; Garcia, 2004,
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p. 16). Posteriormente, um conjunto cientfico sistematizado,
que passou a ser conhecido como escola clssica, deslocou o
campo de reflexo da economia da esfera de circulao das
mercadorias para a esfera da produo. Contrapondo-se s
ideias mercantilistas, essa instituio estabeleceu que a ri-
queza se origina no aumento da produtividade, de corrente da
diviso do trabalho e da especializao. J o valor, sinnimo
de riqueza, resulta do trabalho humano, o que determina
uma inovao no estudo da economia poltica: o valor dos
bens passa a ser estabelecido nas relaes dos homens. Esse
movimento era baseado na livre iniciativa, na busca in-
dividual do lucro e na necessidade de ampliar os mer-
cados. Seus principais representantes so: Adam Smith4
(1723-1790), David Ricardo (1772-1823), John Stuart Mill
(1806-1873), Thomas Malthus (1766-1834) e Jean Baptiste
Say (1768-1832).
Marxismo indiscutvel a relevncia, como terico, de Karl
Marx (1818-1883) no capitalismo, diante do grande alcance
das questes por ele abordadas. Opondo-se aos clssicos,
esse terico desenvolveu novos conceitos, como o da mais-
-valia (apropriao do excedente econmico pelo capitalista) e
o do exrcito de reserva industrial (o crescimento do nmero
de trabalhadores e da oferta de trabalho deprecia o valor do
salrio), antevendo o colapso do sistema capitalista resultante
da concentrao crescente do capital, do aumento do desem-
prego e do declnio na taxa de lucro.
Contrariamente ao ideal clssico, em que o equilbrio resul-
tado das foras de mercado, o marxismo entende a sociedade
como palco de conflitos. Utilizando um argumento moral,
Marx acreditava que as injustias inerentes ao capitalismo
4 Sua obra A
riqueza das na-
es, de 1776,
considerada
a base da
moderna teoria
econmica
como conjunto
sistematizado.
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gerariam condies sociais e econmicas que no poderiam
ser sustentadas. Por meio de fundamentos sociolgicos, ele
props que o conflito de classes, no qual, de um lado, haveria
um nmero decrescente de capitalistas cada vez mais ricos e,
de outro, uma crescente classe trabalhadora miservel, iria
determinar uma revoluo social. Alm disso, a acumulao de
capital em mos privadas ocasionaria crises de desemprego
crnico e o colapso econmico do capitalismo. Dessa forma,
a tica do conflito representada, segundo a viso desse
autor, pelas seguintes dicotomias: ideal e realidade, capital e
trabalho, crescimento e estagnao. Alm disso, ele pregava
que, dos conflitos, surgiriam transformaes que dariam
lugar a uma sociedade mais tica e harmoniosa. O processo
dialtico marxista , portanto, a conquista de transformaes
por meio de conflitos.
Escola neoclssica Revisitando os clssicos, essa abordagem
terica dos princpios econmicos bsicos considera a nova
realidade, que conta com os seguintes fatores: concentrao
econmica com forte tendncia monopolstica, interferncia
estatal, crescimento real dos salrios, fortalecimento dos
sindicatos e notvel prosperidade das economias ocidentais,
alm de, contrariamente s pessimistas previses dos clssi-
cos, notvel prosperidade das economias ocidentais. Ademais,
a introduo de novos conceitos tericos e de refinado instru-
mental quantitativo alterou, de forma significativa, a teoria
econmica: nessa fase, o homem econmico, que racional e
calculador, empenha-se na maximizao de sua satisfao.
Escola keynesiana John Maynard Keynes (1883-1946), conside-
rado o fundador da macroeconomia, mostrou que as eco-
nomias capitalistas no tinham a capacidade de promover
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automaticamente o pleno emprego, abrindo caminho,
assim, para o uso da poltica econmica. Esse pro-
cesso desenvolveu-se contrariamente proposta neo-
clssica, segundo a qual a ao governamental deveria
limitar-se produo dos chamados bens pblicos (segu-
rana, sade e educao). A teoria geral do emprego, do juro
e da moeda, de Keynes, considerada o marco divisor
da macroeconomia, propondo um novo esquema terico para
explicar a Grande Depresso dos anos 19305 cataclsmico
acontecimento histrico que horrorizou o mundo pelos seus
efeitos econmicos e polticos, quando a teoria neoclssica
no conseguia mais explicar a situao.
Na teoria keynesiana, quem determina o nvel de pro-
duo so o conjunto das despesas de consumo, o n-
vel de investimentos privados e os gastos do governo,
alm das exportaes lquidas (exportaes menos
importaes). A teoria abre caminho para a coordena-
o governamental no sentido de estimular a demanda
(efetiva) e, assim, conduzir a economia ao pleno em-
prego, contrariando os clssicos (Lei de Say6), para quem o
sistema capitalista levaria a economia ao equilbrio com
pleno emprego de forma automtica.
Atualidade Hoje, possvel identificar novas abordagens, por
exemplo:
Monetarismo (Milton Friedman, 1958) A contrarrevoluo de Friedman prope que a instabilidade dos preos (inflao)
um fenmeno monetrio, exigindo o controle efetivo do esto-
que de moeda. Ele argumenta que a economia de mercado
autorregulatria e estabelece que uma oferta monetria estvel
o verdadeiro segredo da estabilidade macroeconmica. Alm
f l v i o r i b a s t e b c h i r a n i26
5 Fase de notvel
queda da produo
e aumento do
desemprego, que
comeou em 1929
e prolongou-se at
a Segunda Guerra
Mundial, atingindo
os principais pases
capitalistas (Stiglitz;
Walsh, 2003, p. 96).
6 Essa lei determina
que A oferta cria
sua prpria procura
(Vasconcellos, 2002,
p 197). Expressa a
filosofia do liberalismo
econmico, segundo
a qual o mercado,
sem interveno do
Estado, conduz ao
pleno emprego.
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disso, Friedman prega que, a longo prazo, os nveis de produto
e de emprego dependem das condies de produtividade e da
disponibilidade dos fatores de produo.
Novos clssicos7 (Robert Lucas, 1995) Adotando uma postura ainda mais ortodoxa, a nova macroeco-
nomia clssica introduz a hiptese das expectativas racio-
nais, segundo a qual os agentes percebem adequada-
mente o contexto, eliminando erros sistemticos. Dessa
maneira, o governo no possui mecanismos pelos quais
possa aumentar ou diminuir sistematicamente o nvel
de emprego a longo prazo. Devido a essa vertente, os
indivduos e as firmas otimizariam seus recursos. Dessa
forma, os mercados sempre entrariam em equilbrio,
pois os fundamentos microeconmicos (comporta mento
dos agentes individuais) representam a base da teo ria
macroeconmica.
snteseEmbora a teoria econmica represente um corpo de conheci-
mento nico, cujo objetivo descrever o funcionamento das
relaes de produo e de consumo, vimos que ela est sujeita
a diferentes ideologias. Sendo assim, os conceitos iniciais
tratados neste captulo sero teis para o aprofundamento
das discusses contidas nos captulos subsequentes.
estudo de casoCom base nas informaes adquiridas a respeito das vrias escolas
de pensamento econmico, reflita sobre a situao hipottica a
seguir, procurando relacionar a posio dos vrios personagens
s proposies dos grandes economistas e pensadores.
27p r i n c p i o s d e e c o n o m i a
7 Trata-se da
denominao
utilizada para
determinadas
correntes de
pensamento. Os
novos clssicos
representam a
verso moderna
da tradio do
laissez faire, de
Adam Smith.
As prescries
novo-clssicas
estabelecem que
tentativas do
governo de reduzir
o desemprego
poderiam disparar
movimentos de
acelerao da
inflao (Fusfeld,
2001).
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Caso Austral
A Repblica de Austral encontra-se em grave situao econmica.
A inflao atinge patamares alarmantes e as contas das opera-
es internacionais geram previses sombrias. Alm disso, as
reservas de moedas estrangeiras tornaram-se escassas, o que
pode inviabilizar a continuidade das importaes de petrleo,
matrias-primas e alimentos essenciais. O presidente Carlos
Oviedo convocou, ento, uma reunio urgente no Supremo
Conselho da Repblica para decidir as medidas a serem ime-
diatamente implantadas, em virtude de a populao pressio-
nar o governo e exigir providncias, o que trouxe grande
instabilidade ao quadro poltico. Essa instabilidade, por sua
vez, praticamente fechou o acesso do pas ao crdito externo.
Reuniram-se todos os membros do conselho. O presidente abriu
os trabalhos e, em seguida, passou a palavra ao ministro das
Foras Armadas, general Ernesto Figueiredo, que assim se
manifestou:
Senhor presidente e senhores membros do conselho:
seguramente, nossos problemas tm origem nas perdas inter-
nacionais que estamos sofrendo. A espoliao internacional
empobrece o pas. Proponho doravante estrita regulamen-
tao de nossas transaes externas, deixando a cargo da
Empresa Nacional de Comrcio Exterior o planejamento e
a execuo de nossas exportaes e importaes, sendo que
essas devem se referir somente a matrias-primas essenciais,
de forma a maximizar nossas reservas cambiais, seguramente,
a maior riqueza nacional.
A seguir, o presidente pediu a opinio do ministro do Planeja-
mento, Leon Trosky, que se manifestou da seguinte forma:
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Senhores, com todo o respeito que devido opinio do
general Figueiredo, proponho que faamos um avano insti-
tucional. Considero que apenas a centralizao das opera-
es externas no resolver nossos problemas. Precisamos,
isto sim, planificar de forma centralizada todas as decises
da rea econmica, decidindo o nvel e a direo dos inves-
timentos, direcionando ao governo a concesso de crdito
e, s empresas estatais, o maior nmero possvel de setores.
Nosso pas vive grave crise social, com uma enorme con-
centrao de renda, fato que debilita nosso mercado interno
e causa estagnao. Vemos grande explorao dos traba-
lhadores, cujos nfimos proventos no permitem uma vida
digna, situao essa que caracteriza conflito de classes e que,
certamente, desembocar, mais cedo ou mais tarde, em uma
transformao profunda de nosso sistema.
Pedindo um aparte, o ministro da Economia, Gustavo Campos
recm-chegado do exterior, onde fora negociar a dvida
externa de Austral emitiu o seu parecer:
Discordo, senhores. Nosso pas representa uma parcela
insignificante das transaes internacionais; nossas empresas
so atrasadas tecnologicamente, e seus custos, muito elevados.
Proponho que faamos reformas estruturais no sentido de
abolir todas as barreiras do comrcio exterior, promovendo
choque de competio. Confio na racionalidade de nossos
empresrios no sentido de encontrarem a vocao econmica
do pas. Certamente, estabeleceremos o equilbrio em uma
economia especializada, moderna, aberta ao exterior, na qual
o preo ser a varivel principal. Proponho, finalmente, que,
ao governo, retornem apenas as clssicas e histricas fun-
es: educao, sade e segurana. Dessa forma, deixaremos
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ao mercado as decises sobre a mais eficiente alocao dos
recursos. Lembro, ainda, que vital o rigoroso controle da
moeda, do crdito e dos juros pelo Banco Central, cujas me-
tas monetrias devero ser estabelecidas dentro de critrios
absolutamente tcnicos.
Prosseguindo, o presidente chamou o presidente do Banco
Central, Furtado Neto, que assim declarou:
Prezados colegas. Concordo, em parte, com o ministro
Campos. Todavia, considero que os problemas mais graves
so o alto nvel de desemprego e a ociosidade de muitas de
nossas indstrias. Por isso, proponho que o governo intensifi-
que seus investimentos na infraestrutura do pas, ocasionando
refle xos multiplicadores em nvel de produo, reduzindo a
presso sobre os preos e estimulando a produo exportvel,
o que, certamente, solucionar definitivamente os crnicos
problemas de desequilbrio externo que sempre enfrenta-
mos. Outra medida utilizar a reduo dos tributos como
fator de estmulo aos negcios. Alm disso, sabemos que a
dinmica competitiva da indstria moderna est ligada ao
processo de gerao e difuso de inovaes. Assim, nossa
poltica industrial deve criar estmulos ao setor privado para
investimentos em pesquisa e desenvolvimento, sob pena de
ficarmos irremediavelmente atrasados neste mundo, que se
transforma rpida e profundamente.
Aps esse pronunciamento, o presidente de Austral suspendeu
a reunio por 30 minutos para anlise e deliberao final.
Devemos notar que as diferentes propostas derivam de
concepes diversas, resultantes da ideologia de cada parti-
cipante e expressas em argumentos normativos conflitantes.
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questes para reflexo1. Relacione o equacionamento do problema econmico funda-
mental (escassez de recursos) com o sistema de preos vigente
nas economias de mercado (capitalistas) e com a alternativa
de planejamento centralizado.
2. Como voc considera ser possvel conciliar a livre iniciativa e
a busca do lucro empresarial com as necessidades ambientais
e a preservao da concorrncia?
questes para reviso1. O problema econmico fundamental :
a) a pobreza.
b) o controle da produo.
c) a escassez de recursos.
d) o governo.
e) a corrupo.
2. Assinale a afirmativa verdadeira:
a) Os mercados possibilitam a organizao da sociedade com
equidade, pois o nvel de bem-estar depende dos salrios
arbitrados pelo governo.
b) Economias centralmente planificadas operam mais eficien-
temente devido racionalidade das principais decises.
c) Fatores de produo (trabalho e capital), firmas, consu-
midores, governo e instituies (jurdicas, polticas e
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socioeconmicas) constituem os principais elementos de
um sistema econmico de mercado.
d) Em uma economia de mercado, a racionalidade de firmas
e de consumidores suficiente para dispensar a existncia
de slidas instituies, que so necessrias em economias
centralmente planificadas.
e) O poder de mercado de grandes firmas, que possibilita
influenciar de forma significativa os preos, pode ser elimi-
nado pela concorrncia capitalista.
3. A produo, a distribuio e o consumo de bens e servios
utilizados pelas pessoas na busca de melhores padres de
bem-estar dependem de decises no mbito do sistema eco-
nmico adotado. Uma economia capitalista, organizada nos
moldes do mercado, fundamenta as decises econmicas com
base nas seguintes caractersticas:
a) Pessoas autointeressadas e firmas maximizadoras de lucro
que interagem em mercados concorrenciais.
b) Lucros e direitos de propriedade, que representam incen-
tivos para a produo.
c) Restries oramentrias e temporais, definindo oportu-
nidades e mostrando trade-offs, isto , a inevitabilidade
das escolhas.
d) Alternativamente ao racionamento, adoo do sistema de
preos para coordenar decises de consumo e de produo.
e) Todas as alternativas anteriores esto corretas.
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2formao de preos e equilbrio de mercadoNe
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contedos do captulo:
O funcionamento dos mercados; O comportamento dos agentes: firmas e consumidores; O processo de formao dos preos e o equilbrio de mercado;
A sensibilidade da demanda s variaes de preo e renda.
aps o estudo deste captulo, voc ser capaz de:
1. compreender a lei da oferta e da demanda;
2. entender o comportamento do consumidor diante dos
preos dos produtos e de sua renda;
3. relacionar fatores que afetam decises de produo e de
consumo.
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1 Expresso latina
que signi fica tudo
o mais constante.
Como diversas
variveis interfe-
rem nos modelos
econmicos, consi-
dera-se o efeito
daquela que est
sendo estudada,
permanecendo
constantes as
demais. Isso torna
a anlise mais
operacional.
2.1 formao de preosO processo de formao dos preos representa o captulo da
microeconomia que analisa mercados individuais (mercados de
um nico produto).
A anlise desse processo retrata aspectos comportamentais de
consumidores e de firmas. Segundo Vasconcellos (2002), a
formao de preos est fundamentada nos seguintes pressu-
postos bsicos:
o valor dos bens subjetivo (valor utilidade), baseado em preferncias dos consumidores, que, por sua vez,
representam o grau de satisfao por eles atribudos
aos bens e servios;
a utilidade total tende a aumentar, isto , os consumi-dores preferem sempre consumir mais;
embora diversas variveis interfiram no processo, con-sidera-se o efeito puro ou lquido de cada varivel iso-
ladamente sobre a demanda e a oferta (coeteris paribus1).
Quadro 2.1 Algumas aplicaes da teoria microeconmica
Empresas
Poltica de preos
Previses de custos, faturamento e demanda
Elaborao e avaliao de projetos
Poltica de propaganda e publicidade
Diferenciao de mercados
Decises timas de produo
(continua)
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Poltica econmica
Efeitos de impostos sobre mercados especficos
Poltica de subsdios
Fixao de preos mnimos
Controle de preos e salrios
Poltica de tarifas pblicas
Poltica de preos pblicos
Leis antitruste2
2.2 demandaDemanda (procura) a quantidade de determinado bem/servio
que o consumidor deseja adquirir em determinado perodo,
o que depende, principalmente:
do preo do bem/servio; do preo de outros bens/servios; da renda do consumidor; do gosto/preferncia do consumidor; de fatores sazonais; da disponibilidade de crdito e do cenrio econmico.
2.2.1 lei geral da demandaConforme indicado no Quadro 2.2 e no Grfico 2.1, o comporta-
mento dos consumidores revela-se inversamente relacionado,
no que diz respeito s quantidades demandadas e o preo de
um bem (coeteris paribus), considerando-se que permanecem
inalterados os demais fatores determinantes do preo.
Fon
te: A
dapt
ado
de V
asco
ncel
los;
Gar
cia,
200
4, p
. 34.
(Quadro 2.1 concluso)
2 Truste a estrutura empresarial em que vrias
empresas, que j detm a
maior parte de um mercado,
se ajustam ou se fundem
para assegurar o controle,
estabelecendo preos altos
para obter maior margem de
lucro (Houaiss; Villar, 2009,
p. 1888).As leis antitruste
tm como finalidade punir
essas prticas.
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Quadro 2.2 Demanda do produto X
Alternativas de preo Quantidades demandadas
R$ 3,00 9.000
R$ 6,00 6.000
R$ 8,00 4.000
R$ 10,00 2.000
Grfico 2.1 Demanda do produto X
2000 4000 6000 9000
R$ 6,00
R$ 8,00
R$ 10,00
0
Quantidade
Preo
R$ 3,00
Demanda
A curva presente no grfico, que representa a demanda do consumidor
por um bem/servio, de inclinao descendente (declividade ne-
gativa), indicando que, a preos mais baixos, o indivduo demanda
mais da mercadoria.
ou seja,Ne
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Tal comportamento condicionado pelas seguintes condies:
a) Efeito-substituio medida que o preo de uma merca-
doria reduz, os consumidores passam a us-la em substi-
tuio a mercadorias similares, cujos preos no foram
alterados.
b) Efeito-renda Uma reduo no preo de determinada
mercadoria aumenta o poder aquisitivo (a renda real dos
consumidores), e isso lhes permite comprar mais unidades
desse mesmo produto. Alm de um estmulo ao consumo,
o declnio do preo permite tambm o acesso ao mercado
considerado de pessoas com menor poder aquisitivo.
c) lei da utilidade marginal decrescente Um indivduo busca (de-
manda) determinado produto pela satisfao ou utilidade
que ele oferece. Quanto mais unidades de uma mercadoria
um indivduo consumir por unidade de tempo, maior ser a
utilidade total. Embora esta aumente, a utilidade marginal (extra),
resultante do consumo de cada unidade adicional, diminui
por saturao.
perguntas & respostas1. Que razes explicam o fato da curva de demanda (normal)
estar inclinada para baixo (inclinaa negativa)?
A curva da demanda tem inclinao descendentes (negativa)
porque representa o comportamento do consumidor, que, a
preos mais baixos, demanda maior quantidade do bem, Tal
consumidor explicado pelo efeito de substituio, pelo efeito
de-renda e pela utilidade marginal decrescente.
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2.2.2 deslocando a curva de demandaEnquanto mudanas nos preos provocam alteraes nas quan-
tidades demandadas, resultando em deslocamentos ao longo da
curva da demanda, outros fatores, como mudanas na renda dos
consumidores ou em preos de bens substitutos ou corre latos,
alteraes de preferncias, expectativas etc. (como podemos
verificar no Grfico 2.2), provocam deslocamentos da curva da
demanda.
Grfico 2.2 Deslocamentos da curva da demanda
Quantidade
Preo
Deslocamentos da curva da demanda para a direita indicam aumentos
da demanda. Como podemos observar, ao mesmo preo (indicado
no eixo vertical), a nova curva da demanda indica maior quantidade.
Por outro lado, deslocamentos para a esquerda indicam reduo da
demanda. Ao mesmo preo, a quantidade diminuiu.
ou seja,Ne
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2.2.2 deslocando a curva de demandaEnquanto mudanas nos preos provocam alteraes nas quan-
tidades demandadas, resultando em deslocamentos ao longo da
curva da demanda, outros fatores, como mudanas na renda dos
consumidores ou em preos de bens substitutos ou corre latos,
alteraes de preferncias, expectativas etc. (como podemos
verificar no Grfico 2.2), provocam deslocamentos da curva da
demanda.
Grfico 2.2 Deslocamentos da curva da demanda
Quantidade
Preo
Deslocamentos da curva da demanda para a direita indicam aumentos
da demanda. Como podemos observar, ao mesmo preo (indicado
no eixo vertical), a nova curva da demanda indica maior quantidade.
Por outro lado, deslocamentos para a esquerda indicam reduo da
demanda. Ao mesmo preo, a quantidade diminuiu.
ou seja,
perguntas & respostas
2. Por que os consumidores reagiriam fortemente a uma even-
tual elevao no preo de determinada marca de biscoitos
e, ao mesmo tempo, seriam poucos afetados por mudanas
no preo do sal de cozinha?
Existe grande disponibilidade de bens substitutos no caso de
biscoitos, o que determina alta sensibilidade s variaes dos
preos de uma determinada marca (alta elasticidade-preo
da demanda). Por outro lado, embora o sal de cozinha seja
um bem essencial, o seu peso no oramento do consumidor
relativamente baixo, fazendo com que as variaes do seu
preo no determinem alteraes relativamente altas nas
quantidades demandadas.
2.3 ofertaOferta a quantidade de um bem/servio que os produtores
desejam vender em certo perodo de tempo, sendo determi-
nada principalmente pelos seguintes fatores:
preo do bem/servio; preo dos fatores de produo (insumos); tecnologia empregada; preo dos demais bens; nmero de produtores.
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2.3.1 curva da ofertaDe acordo com a lei da oferta, quanto mais alto o preo (pode-
roso incentivo para as firmas), maior a quantidade ofertada.
Preos mais elevados possibilitam a expanso da produo,
havendo, nesse caso, a necessidade de contratao de traba-
lhadores adicionais, pagamento de horas extras e investimento
na expanso das fbricas. Alm disso, a indstria conjun-
to de firmas do mesmo ramo tambm pode atrair novos
participantes.
Quadro 2.3 Oferta do produto X
Alternativas de preo Quantidades ofertadas
3 3.000
6 6.000
8 8.000
10 10.000
Grfico 2.3 Oferta do produto X
3000 6000 8000 100000
Quantidade
Preo
Oferta
R$ 6,00
R$ 8,00
R$ 10,00
R$ 3,00
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2.3.2 deslocando a curva da ofertaModificaes na oferta de qualquer bem ou servio deslocam a
curva para a direita ou esquerda, e a cada preo, uma quanti-
dade maior ou menor ofertada. A oferta tambm pode sofrer
deslocamento em casos de reduo ou aumento no preo dos
insumos de uma inovao tecnolgica que reduza os custos
de produo, ou quando h aumento ou reduo do nmero
de produtores e mudanas nas expectativas.
Grfico 2.4 Deslocamentos da curva de oferta
Quantidade
Preo
2.4 equilbrio de mercadoNessa situao, a quantidade demandada iguala-se tanto quan-
tidade ofertada quanto ao preo de equilbrio, isto , no h
sobra nem falta do produto: o mercado encontra-se limpo.
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Isso significa que no h sobras nem escassez do produto ao
preo de equilbrio. Dessa forma, vendedores e compradores
no tm motivo para mudar seu comportamento.
Quando os preos esto abaixo do
equilbrio, h excesso de demanda,
o que determina escassez. Com pre-
os acima do equilbrio, h excesso de
oferta, resultando na formao de es-
toques indesejados.
Preo abaixo do equilbrio (R$ 3,00, mos-
trado no Quadro 2.4) gera presso
ascendente, pois, nesse caso, as
quantidades demandadas superam
as quantias produzidas e ofertadas. Alm disso, a escassez
resultante fora os preos para cima, at que, ao preo de
R$ 6,00, quantidades ofertadas e demandadas igualam-se,
estabilizando o mercado atravs do preo de equilbrio.
Preos acima do equilbrio (R$ 8,00 e R$ 10,00 no Quadro 2.4) geram
presses descendentes, pois as quantidades produzidas e
ofertadas superam as quantidades demandadas, e as sobras
resultantes foram os preos para baixo, j que as firmas
precisam se desfazer de estoques indesejveis.
importante citar que o sistema de preos atua como um me-
canismo de racionamento e de coordenao. A competio
entre firmas e consumidores gera um equilbrio natural e
estacionrio, sem escassez e sem estoques no desejados.
importante citar que o
sistema de preos atua
como um mecanismo de ra-
cionamento e coordenao.
A competio entre firmas
e consumidores gera um
equilbrio natural e estacio-
nrio, sem escassez e sem
estoques no desejados.
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Quadro 2.4 Equilbrio de mercado do produto X
Alternativas de preoQuantidades
ofertadasQuantidades demandadas
R$ 3,00 3.000 9.000
R$ 6,00 6.000 6.000
R$ 8,00 8.000 4.000
R$ 10,00 10.000 2.000
Grfico 2.5 Equilbrio de mercado do produto X
3.000 6.000 8.000 10.0000 Quantidade
Preo
Oferta
Demanda
R$ 2,00
R$ 4,00
R$ 6,00
R$ 8,00
R$ 10,00
R$ 9,00
R$ 3,00
No grfico, a quantidade de 6.000 nivela o mercado (demanda e oferta
esto igualadas naquela quantidade). Portanto, o mercado est limpo:
consumidores e firmas produtoras esto satisfeitos, adquirindo/
vendendo 6.000 unidades ao preo de R$6,00.
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perguntas & respostas3. O que podemos entender por equilbrio de mercado?
O equilbrio de mercado representa a tendncia natural de pre-
os e quantidades atingirem determinado nvel, satisfatrio
tanto para os consumidores quanto para as firmas produtoras
do bem. Na ausncia de interferncias governamentais ou
de companhias com poder de monoplio, capazes de afetar
essas condies, a situao constantemente harmonizada
pelo sistema de preos em equilbrio dinmico e permanen-
temente ajustada.
2.5 interferncias do governo no mercadoEm algumas situaes estratgicas, o governo interfere no me-
canismo de mercado e no sistema de preos, seja fixando
impostos para financiar as atividades governamentais, seja
estabelecendo preos mnimos para dar proteo aos pro-
dutores agrcolas ou decretando o valor do salrio mnimo.
Nesse contexto, o sistema de preos eliminado quando o
governo decreta tabelamentos e congelamentos, o que geral-
mente determina a escassez do produto cujo valor foi fixado
abaixo do preo de equilbrio.
2.6 elasticidadeBens e servios apresentam sensibilidade especfica s variaes
de preos e da renda, que so medidas pela elasticidade,
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um mecanismo til para a determinao de polticas e de
estratgias empresariais ou de poltica econmica.
2.6.1 elasticidade-preo da demanda (EPD)A EPD mede a sensibilidade da demanda em rela-
o s mudanas de preos, sendo influenciada
pelos seguintes fato