processo civil i ponto 3 flavia moreira guimarÃes pessoa

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PROCESSO CIVIL I PROCESSO CIVIL I PONTO 3 PONTO 3 FLAVIA MOREIRA GUIMARÃES PESSOA FLAVIA MOREIRA GUIMARÃES PESSOA

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Page 1: PROCESSO CIVIL I PONTO 3 FLAVIA MOREIRA GUIMARÃES PESSOA

PROCESSO CIVIL I PROCESSO CIVIL I

PONTO 3PONTO 3

FLAVIA MOREIRA GUIMARÃES PESSOAFLAVIA MOREIRA GUIMARÃES PESSOA

Page 2: PROCESSO CIVIL I PONTO 3 FLAVIA MOREIRA GUIMARÃES PESSOA

JURISDIÇÃO E JURISDIÇÃO E COMPETENCIACOMPETENCIA

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JURISDIÇÃOJURISDIÇÃO

poder de aplicar, de dizer o Direito, poder de aplicar, de dizer o Direito, conferido exclusivamente aos membros conferido exclusivamente aos membros do Poder Judiciário. do Poder Judiciário.

poder-dever que possui o Estado-juiz, por poder-dever que possui o Estado-juiz, por meio de seus órgãos jurisdicionais, de meio de seus órgãos jurisdicionais, de aplicar a lei ao caso concretoaplicar a lei ao caso concreto

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ESPÉCIESESPÉCIES

Contenciosa:Contenciosa: existe conflito de interesses. existe conflito de interesses. Caracteriza-se pelo contraditório ou Caracteriza-se pelo contraditório ou possibilidade de contraditório.possibilidade de contraditório.

Voluntária:Voluntária: não existe conflito de interesses, não existe conflito de interesses, visando a todos os interessados o mesmo visando a todos os interessados o mesmo objetivo. EX. , nomeações de tutores, pedidos objetivo. EX. , nomeações de tutores, pedidos de alvará judicial. Refere-se à homologação de de alvará judicial. Refere-se à homologação de pedidos que não impliquem litígio. Não há pedidos que não impliquem litígio. Não há partes, mas apenas interessados. Não há coisa partes, mas apenas interessados. Não há coisa julgada.julgada.

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PRINCIPIOS DA JURISDICAOPRINCIPIOS DA JURISDICAO

princípio da investidura: a jurisdição princípio da investidura: a jurisdição somente é exercida por quem tenha sido somente é exercida por quem tenha sido regularmente e legitimamente investido na regularmente e legitimamente investido na autoridade de juiz, em regra por concurso autoridade de juiz, em regra por concurso público;público;

2- princípio da aderência ao território: os 2- princípio da aderência ao território: os magistrados somente têm autoridade nos magistrados somente têm autoridade nos limites territoriais estabelecidos;limites territoriais estabelecidos;

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PRINCIPIOS DA JURISDICAOPRINCIPIOS DA JURISDICAO

3- princípio da indelegabilidade: é vedado ao juiz, 3- princípio da indelegabilidade: é vedado ao juiz, que exerce atividade pública, delegar as suas que exerce atividade pública, delegar as suas funções a outra pessoa ou mesmo a outro Poder funções a outra pessoa ou mesmo a outro Poder estatal;estatal;

4- princípio da inevitabilidade: significa que a 4- princípio da inevitabilidade: significa que a autoridade dos órgãos jurisdicionais, sendo autoridade dos órgãos jurisdicionais, sendo emanação do próprio poder estatal soberano, emanação do próprio poder estatal soberano, impõe-se por si mesma, independentemente da impõe-se por si mesma, independentemente da vontade das partes ou de eventual pacto para vontade das partes ou de eventual pacto para aceitarem os resultados do processo (posição de aceitarem os resultados do processo (posição de sujeição/submissão);sujeição/submissão);

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PRINCIPIOS DA JURISDICAOPRINCIPIOS DA JURISDICAO

5- princípio da inafastabilidade ou indeclinabilidade: 5- princípio da inafastabilidade ou indeclinabilidade: segundo o qual a todos é possibilitado o acesso ao segundo o qual a todos é possibilitado o acesso ao Judiciário em busca da solução de suas situações Judiciário em busca da solução de suas situações litigiosas e conflitos de interesses em geral, bem assim litigiosas e conflitos de interesses em geral, bem assim para a administração de interesses privados pela para a administração de interesses privados pela jurisdição voluntária (artigo 5º, inciso XXXV da jurisdição voluntária (artigo 5º, inciso XXXV da CF/1988);CF/1988);

6- princípio do juiz natural: orgao jurisdicional 6- princípio do juiz natural: orgao jurisdicional previamente indicado pelas normas constitucionais e previamente indicado pelas normas constitucionais e legais, proibidos os juízos/tribunais de exceção (artigo legais, proibidos os juízos/tribunais de exceção (artigo 5º, inciso XXXVII, da CF/1988);5º, inciso XXXVII, da CF/1988);

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PRINCIPIOS DA JURISDICAOPRINCIPIOS DA JURISDICAO

7- princípio da inércia: em regra, as partes 7- princípio da inércia: em regra, as partes têm que tomar a iniciativa de pleitear a têm que tomar a iniciativa de pleitear a tutela jurisdicional.tutela jurisdicional.

Excecao:InventarioExcecao:Inventario Art. 989. O juiz determinará, de ofício, que Art. 989. O juiz determinará, de ofício, que

se inicie o inventário, se nenhuma das se inicie o inventário, se nenhuma das pessoas mencionadas nos artigos pessoas mencionadas nos artigos antecedentes o requerer no prazo legal.”antecedentes o requerer no prazo legal.”

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CARACTERISCAS DA CARACTERISCAS DA JURISDICAOJURISDICAO

Substitutividade - Consiste na circunstância de o Estado, Substitutividade - Consiste na circunstância de o Estado, ao apreciar o pedido, substituir a vontade das partes, ao apreciar o pedido, substituir a vontade das partes, aplicando ao caso concreto a “vontade” da norma aplicando ao caso concreto a “vontade” da norma jurídica. Em suma, o poder judiciário ao compor o litígio jurídica. Em suma, o poder judiciário ao compor o litígio substitui a vontade das partes. Na jurisdição voluntária substitui a vontade das partes. Na jurisdição voluntária não há substituição da vontade.não há substituição da vontade.

Imparcialidade –para que se possa aplicar o direito Imparcialidade –para que se possa aplicar o direito objetivo ao caso concreto, o órgão judicial há de ser objetivo ao caso concreto, o órgão judicial há de ser imparcial. imparcial.

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CARACTERISCAS DA CARACTERISCAS DA JURISDICAOJURISDICAO

Lide – conflito de interesses qualificados pela pretensão Lide – conflito de interesses qualificados pela pretensão de alguém e pela resistência de outrem. Na jurisdicao de alguém e pela resistência de outrem. Na jurisdicao voluntaria não há lidevoluntaria não há lide

Monopólio do Estado – o Estado tem o monopólio da Monopólio do Estado – o Estado tem o monopólio da jurisdição, que pode ser exercido pelo Judiciário, como jurisdição, que pode ser exercido pelo Judiciário, como também pelo legislativo.também pelo legislativo.

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CARACTERISCAS DA CARACTERISCAS DA JURISDICAOJURISDICAO

Unidade – a jurisdição é poder estatal; portanto, é uma. Para cada Unidade – a jurisdição é poder estatal; portanto, é uma. Para cada Estado soberano, uma jurisdição. Só há uma função jurisdicional, Estado soberano, uma jurisdição. Só há uma função jurisdicional, pois se falássemos de varias jurisdições, afirmaríamos a existência pois se falássemos de varias jurisdições, afirmaríamos a existência de varias soberanias e, pois, de vários Estados. No entanto, nada de varias soberanias e, pois, de vários Estados. No entanto, nada impede que esse poder, que é uno, seja repartido, fracionado, em impede que esse poder, que é uno, seja repartido, fracionado, em diversos órgãos, que recebem cada qual suas competências. O diversos órgãos, que recebem cada qual suas competências. O poder é uno, mas divisível.poder é uno, mas divisível.

Aptidão para a produção de coisa julgada material: a definitividade Aptidão para a produção de coisa julgada material: a definitividade – é a possibilidade da decisão judicial fazer coisa julgada material – é a possibilidade da decisão judicial fazer coisa julgada material situação que já foi decidida pelo Poder judiciário em razão da situação que já foi decidida pelo Poder judiciário em razão da apreciação do caso concreto a qual não poderá ser revista por apreciação do caso concreto a qual não poderá ser revista por outro poder, exceto : caso de pensão alimentícia etc.outro poder, exceto : caso de pensão alimentícia etc.

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Alternativas a JurisdiçãoAlternativas a Jurisdição

A mediação é uma das técnicas não-estatais de solução A mediação é uma das técnicas não-estatais de solução de lides, através da qual um terceiro se coloca entre os de lides, através da qual um terceiro se coloca entre os contendores e tenta conduzi-los à solução . Esse contendores e tenta conduzi-los à solução . Esse terceiro denomina-se mediador, o qual é um profissional terceiro denomina-se mediador, o qual é um profissional qualificado que tenta com que os próprios litigantes qualificado que tenta com que os próprios litigantes descubram as causas do problema e tentam dirimi-las. descubram as causas do problema e tentam dirimi-las.

Conciliacao. - as partes chegam a um acordo. Conciliacao. - as partes chegam a um acordo. extraprocessual, quando ocorre fora do processo e com extraprocessual, quando ocorre fora do processo e com o intuito de evitá-lo e endoprocessual, quando o intuito de evitá-lo e endoprocessual, quando promovida no curso do processopromovida no curso do processo

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Alternativas a JurisdiçãoAlternativas a Jurisdição

Arbitragem é um meio extrajudicial de resolução capaz Arbitragem é um meio extrajudicial de resolução capaz de dirimir contendas entre particulares, podendo ser de dirimir contendas entre particulares, podendo ser determinada na elaboração do contrato, pela cláusula determinada na elaboração do contrato, pela cláusula arbitral ou depois do surgimento da questão arbitral ou depois do surgimento da questão controvertida, pelo compromisso arbitral, ambos dando controvertida, pelo compromisso arbitral, ambos dando início ao que se convencionou chamar de juízo arbitral, início ao que se convencionou chamar de juízo arbitral, sendo também obrigação das partes a indicação de um sendo também obrigação das partes a indicação de um ou mais terceiros para serem árbitros.ou mais terceiros para serem árbitros.

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COMPETÊNCIACOMPETÊNCIA

arts 86 ao 101, CPCarts 86 ao 101, CPC A competência é a medida da jurisdição, A competência é a medida da jurisdição,

é a divisão da jurisdição atribuída aos é a divisão da jurisdição atribuída aos órgãos do poder estatal.órgãos do poder estatal.

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competência internacional ou competência internacional ou externaexterna

pode ser concorrente ou exclusiva. pode ser concorrente ou exclusiva. Concorrente- dois países são competentes, Concorrente- dois países são competentes,

concorrentemente, para processar e julgar determinado concorrentemente, para processar e julgar determinado fato. fato.

Exclusiva - apenas um deles é competente para Exclusiva - apenas um deles é competente para processar e julgar determinado fato, excluindo-se, desta processar e julgar determinado fato, excluindo-se, desta maneira, o outro.maneira, o outro.

   --

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competência concorrente competência concorrente

está prevista no art. 88, CPC que determina está prevista no art. 88, CPC que determina que é competente a autoridade judiciária que é competente a autoridade judiciária brasileira quando: brasileira quando:

I - I - o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil; (reputa-se domiciliada no estiver domiciliado no Brasil; (reputa-se domiciliada no Brasil a pessoa jurídica estrangeira que aqui tiver agência, Brasil a pessoa jurídica estrangeira que aqui tiver agência, filial ou sucursal) filial ou sucursal)

II - II - no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação; no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação; III - III - a ação se originar de fato ocorrido ou de fato a ação se originar de fato ocorrido ou de fato

praticado no Brasil. praticado no Brasil.   

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competência exclusivacompetência exclusiva

prevista no art. 89, CPC: prevista no art. 89, CPC: compete à autoridade judiciária brasileira, compete à autoridade judiciária brasileira,

com exclusão de qualquer outra: com exclusão de qualquer outra: I - I - conhecer de ações relativas a imóveis conhecer de ações relativas a imóveis

situados no Brasil; situados no Brasil; II - II - proceder a inventário e partilha de bens, proceder a inventário e partilha de bens,

situados no Brasil, ainda que o autor da herança situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja estrangeiro e tenha residido fora do seja estrangeiro e tenha residido fora do território nacional.território nacional.

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Competência internaCompetência interna

Indicação de quais os órgãos Indicação de quais os órgãos competentes para o julgamento de competentes para o julgamento de determinado processo levado a Juízo.determinado processo levado a Juízo.

A competência interna pode ser fixada em A competência interna pode ser fixada em razão da matéria, do valor da causa, da razão da matéria, do valor da causa, da função e do território.função e do território.

Page 19: PROCESSO CIVIL I PONTO 3 FLAVIA MOREIRA GUIMARÃES PESSOA

Competência em razão do Competência em razão do valorvalor

Regem a competência em razão do valor as Regem a competência em razão do valor as normas de organização judiciária, normas de organização judiciária, ressalvados os casos expressos no ressalvados os casos expressos no Código de Processo Civil.Código de Processo Civil.

Quanto ao valor, pode-se citar como Quanto ao valor, pode-se citar como exemplo de competência em razão deste exemplo de competência em razão deste critério os Juizados Especiais criados pela critério os Juizados Especiais criados pela Lei 9099/95. Lei 9099/95.

Page 20: PROCESSO CIVIL I PONTO 3 FLAVIA MOREIRA GUIMARÃES PESSOA

Competência em razão da Competência em razão da matéria matéria

Regem a competência em razão da matéria Regem a competência em razão da matéria as normas de organização judiciária, as normas de organização judiciária, ressalvados os casos expressos no ressalvados os casos expressos no Código de Processo Civil.Código de Processo Civil.

visa a uma melhor atuação e adequação visa a uma melhor atuação e adequação da justiça a cada caso. Surgem, assim, as da justiça a cada caso. Surgem, assim, as varas especializadas em direito criminal, varas especializadas em direito criminal, civil, direito eleitoral, de família e civil, direito eleitoral, de família e sucessões etc.sucessões etc.

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Competência funcional Competência funcional

Fixada tanto nas leis de organização Fixada tanto nas leis de organização judiciária, quanto regimentos e no próprio judiciária, quanto regimentos e no próprio CPC.CPC.

Ex. Competência de Camaras, Tribunal Ex. Competência de Camaras, Tribunal Pleno, Presidente do Tj etc.Pleno, Presidente do Tj etc.

Page 22: PROCESSO CIVIL I PONTO 3 FLAVIA MOREIRA GUIMARÃES PESSOA

Competência territorialCompetência territorial

Este critério de competência indica onde Este critério de competência indica onde deverá ser proposta determinada ação, já deverá ser proposta determinada ação, já que os órgãos jurisdicionais exercem que os órgãos jurisdicionais exercem jurisdição nos limites das suas jurisdição nos limites das suas circunscrições territoriais.circunscrições territoriais.

Page 23: PROCESSO CIVIL I PONTO 3 FLAVIA MOREIRA GUIMARÃES PESSOA

REGRA GERAL DIREITO PESSOAL E REGRA GERAL DIREITO PESSOAL E REAL SOBRE MOVEISREAL SOBRE MOVEIS

   A regra na competência territorial é que as A regra na competência territorial é que as

ações devem ser propostas no domicílio ações devem ser propostas no domicílio do réu (direito pessoal e direito real de do réu (direito pessoal e direito real de coisas móveis).coisas móveis).

Page 24: PROCESSO CIVIL I PONTO 3 FLAVIA MOREIRA GUIMARÃES PESSOA

DOMICILIO DO REU – 94 CPCDOMICILIO DO REU – 94 CPC

§ 1§ 1oo Tendo mais de um domicílio, o réu será demandado Tendo mais de um domicílio, o réu será demandado no foro de qualquer deles.no foro de qualquer deles.

§ 2§ 2oo Sendo incerto ou desconhecido o domicílio do réu, Sendo incerto ou desconhecido o domicílio do réu, ele será demandado onde for encontrado ou no foro do ele será demandado onde for encontrado ou no foro do domicílio do autor.domicílio do autor.

§ 3§ 3oo Quando o réu não tiver domicílio nem residência no Quando o réu não tiver domicílio nem residência no Brasil, a ação será proposta no foro do domicílio do autor. Brasil, a ação será proposta no foro do domicílio do autor. Se este também residir fora do Brasil, a ação será Se este também residir fora do Brasil, a ação será proposta em qualquer foro.proposta em qualquer foro.

§ 4§ 4oo Havendo dois ou mais réus, com diferentes Havendo dois ou mais réus, com diferentes domicílios, serão demandados no foro de qualquer deles, domicílios, serão demandados no foro de qualquer deles, à escolha do autor.à escolha do autor.

Page 25: PROCESSO CIVIL I PONTO 3 FLAVIA MOREIRA GUIMARÃES PESSOA

REGRA GERAL DIREITO REGRA GERAL DIREITO REAL SOBRE IMOVEISREAL SOBRE IMOVEIS

Art. 95. Nas ações fundadas em direito Art. 95. Nas ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro da real sobre imóveis é competente o foro da situação da coisa. Pode o autor, situação da coisa. Pode o autor, entretanto, optar pelo foro do domicílio ou entretanto, optar pelo foro do domicílio ou de eleição, não recaindo o litígio sobre de eleição, não recaindo o litígio sobre direito de propriedade, vizinhança, direito de propriedade, vizinhança, servidão, posse, divisão e demarcação de servidão, posse, divisão e demarcação de terras e nunciação de obra nova.terras e nunciação de obra nova.

Page 26: PROCESSO CIVIL I PONTO 3 FLAVIA MOREIRA GUIMARÃES PESSOA

REGRAS ESPECIAISREGRAS ESPECIAIS

Art. 100. É competente o foro:Art. 100. É competente o foro: I - da residência da mulher, para a ação de separação I - da residência da mulher, para a ação de separação

dos cônjuges e a conversão desta em divórcio, e para a dos cônjuges e a conversão desta em divórcio, e para a anulação de casamento; anulação de casamento;

II - do domicílio ou da residência do alimentando, para a II - do domicílio ou da residência do alimentando, para a ação em que se pedem alimentos;ação em que se pedem alimentos;

III - do domicílio do devedor, para a ação de anulação III - do domicílio do devedor, para a ação de anulação de títulos extraviados ou destruídos;de títulos extraviados ou destruídos;

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REGRAS ESPECIAISREGRAS ESPECIAIS

IV - do lugar:IV - do lugar: a) onde está a sede, para a ação em que for ré a) onde está a sede, para a ação em que for ré

a pessoa jurídica;a pessoa jurídica; b) onde se acha a agência ou sucursal, quanto b) onde se acha a agência ou sucursal, quanto

às obrigações que ela contraiu;às obrigações que ela contraiu; c) onde exerce a sua atividade principal, para a c) onde exerce a sua atividade principal, para a

ação em que for ré a sociedade, que carece de ação em que for ré a sociedade, que carece de personalidade jurídica;personalidade jurídica;

d) onde a obrigação deve ser satisfeita, para a d) onde a obrigação deve ser satisfeita, para a ação em que se Ihe exigir o cumprimento;ação em que se Ihe exigir o cumprimento;

Page 28: PROCESSO CIVIL I PONTO 3 FLAVIA MOREIRA GUIMARÃES PESSOA

REGRAS ESPECIAISREGRAS ESPECIAIS

V - do lugar do ato ou fato:V - do lugar do ato ou fato: a) para a ação de reparação do dano;a) para a ação de reparação do dano; b) para a ação em que for réu o administrador b) para a ação em que for réu o administrador

ou gestor de negócios alheios.ou gestor de negócios alheios. Parágrafo único. Nas ações de reparação do Parágrafo único. Nas ações de reparação do

dano sofrido em razão de delito ou acidente de dano sofrido em razão de delito ou acidente de veículos, será competente o foro do domicílio do veículos, será competente o foro do domicílio do autor ou do local do fato.autor ou do local do fato.

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Competência em razão da pessoa Competência em razão da pessoa

   Prerrogativas funcionais, da fazenda Prerrogativas funcionais, da fazenda

publica etc, p. ex., julgamento de publica etc, p. ex., julgamento de autarquias federais, do Presidente da autarquias federais, do Presidente da República.República.

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COMPETENCIA ABSOLUTACOMPETENCIA ABSOLUTA

São absolutos os critérios de competência São absolutos os critérios de competência fixados pela matéria, pela pessoa e pela fixados pela matéria, pela pessoa e pela função. A competência absoluta é aquela função. A competência absoluta é aquela estabelecida em favor do interesse estabelecida em favor do interesse público, não sendo passível de público, não sendo passível de modificação pela vontade das partes, em modificação pela vontade das partes, em foro de eleição. Gera nulidade que pode foro de eleição. Gera nulidade que pode ser argüida de oficio.ser argüida de oficio.

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COMPETENCIA RELATIVACOMPETENCIA RELATIVA

São relativos os critérios de competência São relativos os critérios de competência fixados pelo lugar e valor da causa.fixados pelo lugar e valor da causa.

A competência relativa é aquela A competência relativa é aquela estabelecida em favor do interesse privado, estabelecida em favor do interesse privado, sendo passível de modificação pela sendo passível de modificação pela vontade das partes, em foro de eleição. vontade das partes, em foro de eleição.

Não pode ser argüida de oficio. Não pode ser argüida de oficio. Sofre PreclusaoSofre Preclusao

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INCOMPETENCIA INCOMPETENCIA

Argüi-se, por meio de exceção, a Argüi-se, por meio de exceção, a incompetência relativa.incompetência relativa.

A incompetência absoluta é arguida em A incompetência absoluta é arguida em preliminar de contestação e deve ser preliminar de contestação e deve ser declarada de ofício. declarada de ofício.

pode ser alegada, em qualquer tempo e pode ser alegada, em qualquer tempo e grau de jurisdição, respondendo a parte grau de jurisdição, respondendo a parte pelas despesas do atraso.pelas despesas do atraso.

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MODIFICAÇÃO DE MODIFICAÇÃO DE COMPETENCIACOMPETENCIA

A competência, em razão do valor e do território, A competência, em razão do valor e do território, poderá modificar-se pela conexão ou poderá modificar-se pela conexão ou continência. continência.

Reputam-se conexas duas ou mais ações, Reputam-se conexas duas ou mais ações, quando lhes for comum o objeto ou a causa de quando lhes for comum o objeto ou a causa de pedir.pedir.

Dá-se a continência entre duas ou mais ações Dá-se a continência entre duas ou mais ações sempre que há identidade quanto às partes e à sempre que há identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas o objeto de uma, por ser causa de pedir, mas o objeto de uma, por ser mais amplo, abrange o das outras.mais amplo, abrange o das outras.

Page 34: PROCESSO CIVIL I PONTO 3 FLAVIA MOREIRA GUIMARÃES PESSOA

MODIFICAÇÃO POR MODIFICAÇÃO POR PREVENCAOPREVENCAO

Correndo em separado ações conexas perante Correndo em separado ações conexas perante juízes que têm a mesma competência territorial, juízes que têm a mesma competência territorial, considera-se prevento aquele que despachou considera-se prevento aquele que despachou em primeiro lugar. em primeiro lugar.

Prevenção é o fenômeno pelo qual, dada a Prevenção é o fenômeno pelo qual, dada a existência de vários juízes igualmente existência de vários juízes igualmente competentes para processar e julgar competentes para processar e julgar determinado fato, será considerado competente determinado fato, será considerado competente (jurisdição preventa) aquele que em primeiro (jurisdição preventa) aquele que em primeiro lugar tomar conhecimento da causa.lugar tomar conhecimento da causa.

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Art. 102. A competência, em razão do valor e do território, poderá Art. 102. A competência, em razão do valor e do território, poderá modificar-se pela conexão ou continência, observado o disposto modificar-se pela conexão ou continência, observado o disposto nos artigos seguintes.nos artigos seguintes.

Art. 103. Reputam-se conexas duas ou mais ações, quando Ihes for Art. 103. Reputam-se conexas duas ou mais ações, quando Ihes for comum o objeto ou a causa de pedir.Art. comum o objeto ou a causa de pedir.Art.

104. Dá-se a continência entre duas ou mais ações sempre que há 104. Dá-se a continência entre duas ou mais ações sempre que há identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas o objeto de identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas o objeto de uma, por ser mais amplo, abrange o das outras.uma, por ser mais amplo, abrange o das outras.

Art. 105. Havendo conexão ou continência, o juiz, de ofício ou a Art. 105. Havendo conexão ou continência, o juiz, de ofício ou a requerimento de qualquer das partes, pode ordenar a reunião de requerimento de qualquer das partes, pode ordenar a reunião de ações propostas em separado, a fim de que sejam decididas ações propostas em separado, a fim de que sejam decididas simultaneamente.Art. simultaneamente.Art.

Page 36: PROCESSO CIVIL I PONTO 3 FLAVIA MOREIRA GUIMARÃES PESSOA

. 106. Correndo em separado ações conexas perante juízes que . 106. Correndo em separado ações conexas perante juízes que têm a mesma competência territorial, considera-se prevento aquele têm a mesma competência territorial, considera-se prevento aquele que despachou em primeiro lugar.que despachou em primeiro lugar.

Art. 107. Se o imóvel se achar situado em mais de um Estado ou Art. 107. Se o imóvel se achar situado em mais de um Estado ou comarca, determinar-se-á o foro pela prevenção, estendendo-se a comarca, determinar-se-á o foro pela prevenção, estendendo-se a competência sobre a totalidade do imóvel.competência sobre a totalidade do imóvel.

Page 37: PROCESSO CIVIL I PONTO 3 FLAVIA MOREIRA GUIMARÃES PESSOA

Art. 219. A citação válida torna prevento o juízo Art. 219. A citação válida torna prevento o juízo (….)(….)

ESTE DISPOSITIVO REFER E-SE A JUíZOS ESTE DISPOSITIVO REFER E-SE A JUíZOS DE COMARCAS DIFERENTES, DE COMARCAS DIFERENTES, DETERMINANDO-SE A COMPETêNC IA PELA DETERMINANDO-SE A COMPETêNC IA PELA CITAçãO ANTERIOR. NO CASO DE AçõES CITAçãO ANTERIOR. NO CASO DE AçõES PERANTE JUíZOS COM A M ESMA PERANTE JUíZOS COM A M ESMA COMPETêNCIA TERRITORIAL, CONSIDERA-COMPETêNCIA TERRITORIAL, CONSIDERA-SE PREVENTO AQUELE QUE DE SPACHOU SE PREVENTO AQUELE QUE DE SPACHOU EM PRIMEIRO LUGAR EM PRIMEIRO LUGAR

Page 38: PROCESSO CIVIL I PONTO 3 FLAVIA MOREIRA GUIMARÃES PESSOA

Art. 108. A ação acessória será proposta Art. 108. A ação acessória será proposta perante o juiz competente para a ação perante o juiz competente para a ação principal.principal.

Art. 109. O juiz da causa principal é Art. 109. O juiz da causa principal é também competente para a reconvenção, também competente para a reconvenção, a ação declaratória incidente, as ações de a ação declaratória incidente, as ações de garantia e outras que respeitam ao garantia e outras que respeitam ao terceiro interveniente.terceiro interveniente.