processo de reassentamento no âmbito das cheias na cidade de maputo | antónio tovela
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Processo de Reassentamento no âmbito das cheias na
Cidade de Maputo
APRESENTADO POR
ANTÓNIO TOVELA (Arquitecto e Planificador Físico)
Vereador de Mercados e Feiras
9 e 10 de Outubro de 2013 Huambo, Angola
CONSELHO
MUNICIPAL DE
MAPUTO
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ESTRUTURA
1 INTRODUÇÃO
2 ACÇÕES DESENVOLVIDAS APÓS CHEIAS
3 CONCLUSÕES
OBJECTIVO
•Protecção Civil na Cidade de Maputo durante a epóca chuvosa;
• Acções de reassentamento das famílias acfectadas após chuvas.
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África
Maputo Moçambique
Localização da cidade de Maputo
INTRODUÇÃO 1
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Moçambique está localizado na costa sudeste da África com os seguintes Limites:
Norte: a Tanzânia, Oeste: Zâmbia, Malawi e Zimbabwe, A Sul: África do Sul e Suazilândia. A Este: O Oceano Índico.
Do ponto de vista geopolítico, Moçambique desempenha um importante papel como porta de entrada para os países do interior.
Maputo , capital de Moçambique, é a área urbana mais populosa do país, e sua contribuição é superior a 30 % do Produto Interno Bruto nacional. Maputo é também a porta de entrada para os investidores , do turismo e os migrantes;
Maputo tem uma área de 308 Km2 e cerca de 1,2 milhões de habitantes
distribuídos pelos seus sete Distritos Municípios ( Censo 2007);
INTRODUÇÃO: Localização da Cidade de Maputo
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Defesa civil e ou Proteção Civil
A defesa civil ou protecção civil é o conjunto de acções preventivas, de socorro, assistênciais reconstrutivas, destinadas a evitar ou minimizar os desastres naturais e os incidentes tecnológicos, preservar a moral da população e restabelecer a normalidade social.
A defesa civil é também referida como "defesa passiva", "segurança
civil" ou "gestão de emergência". A Lei 2/97 de 29 de Maio no seu artigo 29, citamos "as autarquias locais
respondem civilmente perante terceiros pelas ofensas dos direitos destes ou pela violação das disposições destinadas a proteger os seus interesses, resultantes dos actos ilicitos praticados com dolo ou mera culpa pelos respectivos orgãos e agentes administrativos no exercício das suas funçoes e por causa desse exercicio nos termos e na forma prescritos na lei"
INTRODUÇÃO: Protecção Civil
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O INGC- Instituto Nacional de Gestão de Calamidades foi criado em 1999; é uma instituição autónoma que se subordina ao MAE- Ministério da Administração Estatal; É dirigido por um Director Geral coadjuvado por um Director Geral Adjunto. Está estruturado em:
Direcção de Prevenção e Mitigação;
Direcção das zonas áridas e semi-áridas Centro Operativo de Emergência Unidade Nacional de Protecção Civil Gabinete de Coordenação de Reassentamento
Anualmente são elaborados os Planos de Contingência Elaborada a Lei de Gestão das Calamidades Naturais Inclusão nos curículos escolares de temas sobre “riscos de desastres naturais”.
INTRODUÇÃO: Protecção Civil
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2. ACÇÔES DESENVOLVIDAS APÓS CHEIAS
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Para o caso da autarquia de Maputo, a necessidade da defesa ou protecção civil constitui um plano ambicioso a elaboração de um instrumento legal, todavia, as autoridades Municipais tem trabalho em prol de proteção dos munícipes, principalmente vítimas das cheias, criando:
Grupos de salvamento e resgate dos afectados (Polícia, militares, activistas da Cruz Vermelha, etc)
Centros de acomodações (primeiros socorros e distribuicao de mantimentos, vestuário e prestação de cuidados de saúde).
Reassentamento das pessoas afectadas (talhões, tendas, materias para
reconstrucao das suas casas, talhoes e casas construidas). Construção de infraestruturas e serviços básicas (vias de acesso, água;
luz, saúde, escolas, etc.)
ACÇÔES DESENVOLVIDAS APÓS CHEIAS
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A cidade de Maputo tem vivido nos meses de Janeiro de cada ano momentos dramáticos de chuvas intensas. A drenagem de grande parte das águas pluviais, é feita das zonas urbanas para o mar através do Rio Mulaúze (Vala do Infulene), Distrito KaMubukwana e pelos canais de drenagem dos bairros Albazine e Costa do Sol no Distrito KaMavota, áreas onde a maior parte dos produtores da cidade de Maputo realiza as suas actividades para o seu auto-sustento e o abastecimento dos mercados. Foram afectadas zonas residênciais nos Distritos KaMpfumu, Nlhamankulu, KaMaxakeni, KaMavota, KaMubukwana, e nos Distritos Katembe e KaNyaka houve somente a perda de culturas. Houve perda de várias culturas: (alface, couve, beterraba, feijão jugo, batata doce de polpa alaranjada, repolho entre outras) e houve perdas no sector pecuário, devido ao arrastamento, alagamento e soterramento das capoeiras e/ou currais; houve a degradação de algumas vias de acesso aos campos de produção.
ACÇÔES DESENVOLVIDAS APÓS CHEIAS 2
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ACÇÔES DESENVOLVIDAS APÓS CHEIAS
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Dados das famílias afectadas pelas chuvas e por reassentar
Nota: os Distritos Municipais KaMpfumu, KaTembe e KaNyaka não foram afectados. Dados de Fevereiro de 20013
Distrito Famílias Pessoas
Nlhamankulu 68 315
KaMaxakeni 52 259
KaMavota 386 1554
KaMubukwana 650 2824
KaTembe
KaNyaka
Total 1156 4952
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ACÇÔES DESENVOLVIDAS APÓS CHEIAS
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Áreas e produtos agrícolas afectados nas machambas
Nota: Estes dados serviram de base para o apoio dos produtores em sementes.
Distrito Área agrícola
afectada (Ha)
Produtores
KaMavota 85,1 533
KaMubukwana
129 479
KaTembe
0,8 30
KaNyaka
0,2 25
Total 215,1 1.067
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As 1156 famílias foram distribuídas pelos 12 centros de acomodação que foram criados para o feito, sendo 5 no Distrito KaMubukwana, 5 no Distrito KaMavota, 1 no Distrito KaMaxakeni e 1 no Distrito de Nlhamankulu. Os Centros de Acomodação funcionavam nas Escolas, nos campos de jogos, nas instalações religiosas e em diversas Associações. Foram distribuídas por família, tendas, colchões, roupa diversa e alimentação para as famílias afectadas; e as equipes multidisciplinares (saúde, educação, acção social, polícia, etc.) prestavam assistência específica aos necessitados. O Presidente do Conselho Municipal; Vereadores, Directores Municipais e técnicos das áreas afins reuniam diariamente para a avaliação da situação e busca de apoios e criação de condições para o reassentamento das famílias.
ACÇÔES DESENVOLVIDAS APÓS CHEIAS 2
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Acções Prioritárias:
•Identificação de áreas seguras para o reassentamento das famílias; •Demarcação de talhões e abertura das vias de acesso; •Transferência das famílias e entrega de talhões com o respectivo DUAT; •Entrega por família dum KIT de construção (Tenda, material de construção, colchões e mantas), KIT de utensílios básicos e produtos alimentares e sementes; •Construção de sistemas de abastecimento de água, energia eléctrica, instalações escolares e de saúde.
•Destruição das antigas áreas residenciais e reconversão em locais públicos (áreas verdes de protecção).
ACÇÔES DESENVOLVIDAS APÓS CHEIAS 2
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Baixa da Cidade de Maputo
durante as chuvas de Janeiro de 2013
Imagens fotográficas ilustrando as inundações em Janeiro de 2013
Av 25 de Setembro durante as chuvas em Janeiro de 2013
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Imagens ilustrando as famílias afectadas nos Centros de Acomodação
Imagens fotográficas ilustrando os Centros de Acomodação em Março de 2013
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Imagens fotográficas ilustrando as casas construídas após cheias 2011
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Imagens fotográficas ilustrando as zonas de reassentamento 2013
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Imagens fotográficas ilustrando obras dos sistemas de drenagem - 2013
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3. CONCLUSÕES
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Foram reassentadas 1100 famílias em áreas seguras e possuem o DUAT
do respectivo talhão.
As áreas de reassentamento estão providas de vias de acesso, em
construção as infraestruturas básicas para o provimento de água, luz,
educação, saúde, mercados, entre outros.;
Melhoradas as condições de habitação e socio-económicas das famílias
que outrora foram afectadas pelas cheias.:
• António Tovela– Vereador de Mercados e Feiras, tovela2013@gmail. com
Conselho Municipal de Maputo
Paços do Município, 1º andar, C.P. 251 – Maputo
Tel: (+258) 21320047, 21356126, Fax: (+258) 21320053
Moçambique
CONCLUSÕES 3
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OBRIGADO
António Tovela: Arqtº e Plan. Físico
Vereador de Mercados e Feiras, Cidade de Maputo
E-mail: tovela2013@gmail. com