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Curso de Operador Florestal
Módulo 1
Subunidade de Formação 1.3
Processos de Mobilização do solo
Escola Profissional Dr. Francisco Fernandes
Eng. Roberto Abreu
Ano letivo 2012/2013
• Objetivos e Conteúdos Programáticos
Processos de mobilização do soloControlo da vegetação espontânea
Máquinas e equipamentos utilizados
Boas práticas de higiene e segurança
Legislação aplicável3.1 - Processos de Mobilização do solo
• Processos de Mobilização do Solo
Técnicas de Repovoamen
to
Preparação da
estação
Mobilização do Solo
Implantação da
Vegetação
Operações
Complementares
3.1 - Processos de Mobilização do solo
• Processos de Mobilização do Solo
Objetivos
• Aumentar a profundidade do solo
• Aumentar a capacidade de retenção de água
• Facilitar o arejamento
• Facilitar a absorção de elementos nutrientes pelas raízes
• Facilitar o desenvolvimento das raízes tanto em profundidade como de raízes
finas superficiais (absorção de nutrientes)
• Melhorar as condições de infiltração
• Reduzir o escoamento superficial
• Reduzir a erosão do solo 3.1 - Processos de Mobilização do solo
• Processos de Mobilização do Solo
3.1 - Processos de Mobilização do solo
Solo
Rocha Mãe
Meio Físico
- Profundidade do solo- Textura, tipo de horizontes- Profundidade do horizonte C- Teor de matéria orgânica e distribuição em
profundidade
Fatores a considerar:
- Presença de afloramentos rochosos;- Grau potencial de meteorização;
- Declive;- Hidrografia;- Áreas de proteção
• Processos de Mobilização do Solo - Operações e Métodos
• Quanto ao grau de incidência no solo
- Operações que não provoquem uma alteração significativa da disposição do solo;
- Operações que provoquem a inversão dos horizontes do solo (ou uma alteração
significativa da disposição dos mesmos horizontes).
• Quanto à forma de execução
- Operações manuais
- Operação mecanizadas
• De acordo com a área sobre a qual incidem as operações:
- Métodos de mobilização localizada
Restringida à periferia dos locais de plantação ou sementeira
– Métodos de mobilização em linhas ou em faixas (de largura variável)
– Métodos de mobilização total (ou contínua)3.1 - Processos de Mobilização do solo
• Distinguem-se entre si de várias maneiras:
• Processos de Mobilização do Solo
Operações Manuais
Abertura de covas/covachos
Operações Mecanizadas
Abertura de covas mecanizada
Subsolagem
Vala e cômoro
Lavoura
Ripagem
3.1 - Processos de Mobilização do solo
• Processos de Mobilização do Solo
Operações Manuais
– Abertura de covas ou covachos
• Remoção localizada do terreno
– Equipamento
• Enxadas, picaretas ou pequeno sacho
– Preparação por pontos predefinidos
• Covas variam entre 30x30x30 e 40x40X30-40 cm
• Covachos-abertura de buracos de < dimensões (sementeira de pinheiro bravo e
sobreiro)
– Utilização
• Terrenos onde não é possível a mecanização
• Declive (> 35%) - terraços ou manual
• Pedregosidade elevada (muita rocha)
• Afloramentos rochosos
• Áreas de proteção (ex. linhas de água), conservação e regeneração3.1 - Processos de Mobilização do solo
• Processos de Mobilização do Solo
3.1 - Processos de Mobilização do solo
Abertura de covas ou covachos
• Processos de Mobilização do Solo
Operações Mecanizadas
– Métodos motomanuais
• métodos mecânicos manobrados por operadores
– Métodos mecânicos
• métodos mecânicos por alfaias ligadas à tomada de força de
uma máquina
• Alfaias (brocas) com Ø 20-50 cm, comprimento 1-1,3 metros
• A máquina (trator) trabalha/desloca-se segundo as linhas de
maior declive
3.1 - Processos de Mobilização do solo
• Abertura de covas ou covachos
• Processos de Mobilização do Solo Operações Mecanizadas
- Aumento importante da profundidade de trabalho relativamente ao manual
- Capacidade de realização em declives >35%
- Maior rendimento de trabalho
- Inviável se elevada pedregosidade em profundidade
- Não é viável se a rocha mãe está relativamente à superfície
- Não é aconselhável em terrenos argilosos
- Só se aplica para solos bons (textura) e profundos (sem pedregosidade)
- Necessidade de uma máquina com 75 cv no mínimo
Van
tag
en
s Desv
an
tag
en
s
- Utilização• Aplica-se em solos pouco argilosos, profundos, e com pequena/média pedregosidade• Declives muito elevados• Escassez de mão de obra 3.1 - Processos de Mobilização do solo
• Abertura de covas ou covachos
• Processos de Mobilização do Solo
- Ripagem Operações Mecanizadas
• Preparação mecanizada e linear que provoca a rutura de horizontes do solo num
plano vertical, sem alterar a sua disposição
• Realizada segundo linhas equidistantes paralelas entre si e à curva de nível, a uma
profundidade de 50-70 cm.
• Rompimento dos horizontes impermeáveis
3.1 - Processos de Mobilização do solo
• Processos de Mobilização do Solo
- Ripagem Operações Mecanizadas
• Ripper de 1 dente
3.1 - Processos de Mobilização do solo
• Equipamento
– Barra porta-alfaias acoplada a trator de rasto contínuo, na qual se montam 1, 2 ou 3
dentes de ripper.
– Máquina para: 1 dente/120cv; 2 dentes/140cv; 3 dentes de ripper/170cv
– O número de dentes a utilizar é em função de:
• declive
• largura de trabalho, profundidade do horizonte impermeável
– > declive - a utilização de 3 ou 2 dentes (não há profundidade constante de trabalho),
difícil ajustamento do plano da alfaia ao relevo do terreno.
• Processos de Mobilização do Solo
• Tempos de trabalho
– em função de: características da máquina (potência), afastamento das linhas e
estação (declive, rocha mãe, profundidade do solo)
3.1 - Processos de Mobilização do solo
• Processos de Mobilização do Solo
- Ripagem Operações Mecanizadas
• Linhas de ripagem
segundo as curvas de
nível
3.1 - Processos de Mobilização do solo
• Processos de Mobilização do Solo
- Ripagem Operações Mecanizadas
• Vantagens
– Melhora condições de desenvolvimento do sistema radical
– Melhora condições de infiltração de água
– Rutura de horizontes que não deixam passar a água ( a profundidades < 80-90 cm)
– Acelera processo de meteorização da rocha mãe
– Em regiões de chuvas elevadas (>1200mm), reduz a possibilidade de ocorrência de solos encharcados
– Quando a rocha mãe se encontra próximo da superfície e já está parcialmente meteorizada
– Não promove a alteração relativa de horizontes, mantendo-se os mais ricos na proximidade das raízes
3.1 - Processos de Mobilização do solo
• Processos de Mobilização do Solo
- Ripagem Operações Mecanizadas
• Inconvenientes/limitações
– Não aplicável em declives > a 35%
– Não aplicável em terrenos com elevada pedregosidade
• pode promover o transporte para a superfície de blocos provenientes de horizontes mais profundos
– Não em terrenos c/ baixa precipitação, pode acentuar a falta de água
– Não aconselhável :
• em solos arenosos profundos
• em solos em que o teor de argila é muito elevado
– Nestes casos o sulco deixado pelo ripper pode funcionar como chaminé para perda de água na estação seca.
3.1 - Processos de Mobilização do solo
• Processos de Mobilização do Solo
- Subsolagem Operações Mecanizadas
• Constitui uma variante da ripagem
• Introdução em sistemas intensivos de silvicultura (eucalipto)
• Os dentes do Ripper estão equipados, do lado de dentro, com aivecas laterais, pelo que ao
efetuar-se o rompimento do solo em profundidade, se procede também a uma ligeira
armação do solo, c/ formação à superfície de um pequeno cômoro de terra solta
• Execução sem inversão de horizontes
3.1 - Processos de Mobilização do solo
Equipamento
– Equipamento c/ características semelhantes à execução de ripagem
• máquina para: 1 dente/120cv; 2 dentes/140cv; 3 dentes de ripper/170cv
– Colocação de aivecas laterais, nos dentes exteriores do Ripper
– Aplicação das aivecas, a diferentes alturas
– Tipos de aivecas: luvas c/ lâmina de corte, subsoladores pequenos, subsoladores c/ aiveca
• Processos de Mobilização do Solo
- Subsolagem Operações Mecanizadas
3.1 - Processos de Mobilização do solo
• Processos de Mobilização do Solo
- Subsolagem Operações Mecanizadas
• Vantagens
– redução de custos de preparação de terreno, devido aos baixos tempos de trabalho
– ligeira armação do solo, sem inversão de horizontes
– os horizontes O e A, mais ricos e de melhor textura, permanecem à superfície, próximos do
sistema radical (raízes finas absorventes) das plantas instaladas
• Inconvenientes/limitações
– não em declives >a 35%
– não aconselhável :
• em solos arenosos profundos
• em solos em que o teor de argila é muito elevado
• o sulco deixado pelo ripper -pode funcionar como chaminé para perda de água no verão
– não com elevada pedregosidade
• pode promover o transporte para a superfície de blocos provenientes de horizontes mais profundos
3.1 - Processos de Mobilização do solo
3.1 - Processos de Mobilização do solo
• Processos de Mobilização do Solo
Operações Mecanizadas Armação em Vala e Cômoro
• Processos de Mobilização do Solo
Operações Mecanizadas - Armação em Vala e Cômoro
• Vantagens
– Melhores condições de armazenamento da água na vala
– Solo mobilizado, arejado e com disponibilidade hídrica
– Maior eficiência no controlo de infestantes herbáceas (cômoro)
– Maior facilidade no controlo de execução e de qualidade
– Aconselhável para estações com precipitação inferior a 800 mm
• Inconvenientes e limitações
–não pode ser executada em período muito húmido, nem no verão
–execução aconselhável só durante o período de sazão
–não em declives > a 35% (até15%, trator de rodas, até30% t. De rastos
–a inversão de horizontes pode reduzir a fertilidade junto do sistema radical, por isso recomenda-se
hoje que a sua profundidade não exceda nunca os 40cm3.1 - Processos de Mobilização do solo
• Processos de Mobilização do Solo
Operações Mecanizadas - Lavoura e Gradagem
3.1 - Processos de Mobilização do solo
• Preparação mecanizada do solo segundo linhas contíguas e paralelas, feita por
reviramento dos horizontes, obtendo uma camada mobilizada de espessura uniforme
- execução de forma contínua (< declives) vs em faixas (declives >)
• Equipamento
- máquina com potência de 52 KW
- alfaia – charrua reversível de 1 ou 3 discos, profundidade de ±20cm
Gradagem
Lavoura
• Soluções mecanizadas
- Alfaias de destruição e
incorporação da vegetação
espontânea no solo e mobilização do
solo:
- Gradagem
- Lavoura
• Processos de Mobilização do Solo
Operações Mecanizadas - Lavoura
3.1 - Processos de Mobilização do solo
• Vantagens
– Mobilização do solo c/ equipamento pouco sofisticado e de potência
relativamente baixo, em geral disponível nas explorações agrícolas
• Inconvenientes/limitações
– Só aplicável a solos com boa profundidade
– Período de execução de sazão (nem seco, nem encharcado)
– Não em declives > a 35% (até 15% - trator de pneus; 15-30% - trator de
rastos);
– Redução da fertilidade ao nível do sistema radical
(devido à inversão de horizontes)
Grade de discos
Charrua
• Processos de Mobilização do Solo
Operações Mecanizadas - Terraços
3.1 - Processos de Mobilização do solo
• Preparação mecanizada do solo, formando plataformas horizontais, c/ ligeira inclinação
para dentro, a fim de evitar que o escoamento das águas se faça pelo talude
• Plataformas devem ser paralelas à curva de nível, ripadas em todo o seu comprimento
• Com largura mínima de 3m, a fim de permitir no futuro a passagem de máquinas
• Equipamento:
– Máquina e alfaias: trator de rasto contínuo, do tipo Bulldozer (c/ movimentos
laterais), de potência > 90hp, equipado c/ lâmina frontal fixa ou inclinável
(angledozer/inclinação para dentro do talude) e 1 dente de ripper.
– Realização do topo para a base
• Tempos de trabalho
- Função: potência da máquina, declive (40, 50 a 60%), tipo de vegetação,
pedregosidade, largura e altura do terraço
• Processos de Mobilização do Solo
Operações Mecanizadas - Terraços
3.1 - Processos de Mobilização do solo
Solo
Nível do
terreno
• Realização do topo para a base
• Processos de Mobilização do Solo
Operações Mecanizadas - Terraços
3.1 - Processos de Mobilização do solo
• Vantagens
– Possível mecanização do solo em declives > a 30-35%
– Os terraços quando apresentam a plataforma ripada com uma ligeira inclinação para dentro, se bem
construídos, em local com baixa qualidade de paisagem e não em material originário facilmente
desagregável, podem constituir um importante processo de retenção e infiltração das águas de
escorrimento superficial
• Inconvenientes
– Elevados custos de execução (arborizações - retorno financeiro)
– Adaptados a silvicultura intensiva, com boa produtividade
– Impactes ambientais: alteração irreversível da morfologia do terreno, do solo e paisagem
– Impactes outras atividades: silvo pastorícia, caça
• utilização: em situações específicas, devidamente justificadas (financeiramente, económica e ambiental)
• Síntese da aplicabilidade dos métodos mais convenientes de mobilização do solo
• Mobilização mecanizada total, em faixas, em linhas ou localizada
• Mobilização manual localizado
• Mobilização mecanizada localizada
• Mobilização manual localizada
• Mobilização mecanizada em linhas ou em faixas (largura max 3m) em curvas de nível ao longo das
linhas de plantação, separadas por faixas não intervencionadas (largura min 1m)
• Mobilização mecanizada em linhas ou em faixas, em curvas de nível com largura max 40m
(declives <20%), ou de 20m (declives >20%), ambos os casos separados por faixas não
intervencionadas com largura min de 4m
• Mobilização mecanizada localizada
• Mobilização manual localizada
• Processos de Mobilização do Solo
• Processos de Mobilização do Solo
• Mobilização manual localizada
• Ausência de intervenções de mobilização
o Áreas envolventes das linhas de água
• Síntese da aplicabilidade dos métodos mais convenientes de mobilização do solo (cont.)
• Processos de Mobilização do Solo
Fim