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PRODUÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE CERÂMICAS PARA BLINDAGEM BALÍSTICA J. T. ALVES 2 ; J. M. K. ASSIS 1 ; F. C. L. MELO 1,2 ; C. M. A LOPES 1,2 Pça. Mal do ar Eduardo Gomes, 50, 12228-904 – São José dos Campos – SP E-mail: [email protected] 1.Divisão de Materiais, Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) 2.Divisão de Engenharia Mecânica-Aeronáutica, Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) A fabricação de elementos para proteção balística tais como coletes e capacetes à prova de bala e blindagem de veículos, tem evoluído ao longo dos anos, juntamente com os materiais e os modelos utilizados para estes fins. A demanda por sistemas de proteção leves, que não dificultem o conforto e a mobilidade do usuário e que possuam bom desempenho de resistência ao impacto balístico, tem direcionado as pesquisas. Neste trabalho serão apresentados os resultados de caracterização de duas cerâmicas a base de alumina e carbeto de silício. As cerâmicas foram produzidas em escala laboratorial e caracterizadas por meio de ensaios de massa específica, microscopia eletrônica de varredura (MEV), dureza Vickers, resistência à flexão em temperatura ambiente e difração de raios X. Os materiais selecionados foram ensaiados em túnel balístico onde foi possível verificar a eficiência dos materiais desenvolvidos e sua aplicabilidade em blindagem balística. Palavras –chave – Alunina, carbeto de silício. Blindagem balística INTRODUÇÃO As blindagens fabricadas com materiais híbridos cerâmica-polímero são hoje o que se tem de mais moderno e efetivo em termos de proteção balística. Uma das combinações de grande eficiência contra munições mais pesadas (nível de proteção 19º Congresso Brasileiro de Engenharia e Ciência dos Materiais – CBECiMat, 21 a 25 de novembro de 2010, Campos do Jordão, SP, Brasil 1993

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PRODUÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE CERÂMICAS PARA BLINDAGEM BALÍSTICA

J. T. ALVES2; J. M. K. ASSIS1; F. C. L. MELO1,2; C. M. A LOPES1,2

Pça. Mal do ar Eduardo Gomes, 50, 12228-904 – São José dos Campos – SP E-mail: [email protected]

1.Divisão de Materiais, Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) 2.Divisão de Engenharia Mecânica-Aeronáutica, Instituto Tecnológico de

Aeronáutica (ITA)

A fabricação de elementos para proteção balística tais como coletes e

capacetes à prova de bala e blindagem de veículos, tem evoluído ao longo dos

anos, juntamente com os materiais e os modelos utilizados para estes fins. A

demanda por sistemas de proteção leves, que não dificultem o conforto e a

mobilidade do usuário e que possuam bom desempenho de resistência ao impacto

balístico, tem direcionado as pesquisas. Neste trabalho serão apresentados os

resultados de caracterização de duas cerâmicas a base de alumina e carbeto de

silício. As cerâmicas foram produzidas em escala laboratorial e caracterizadas por

meio de ensaios de massa específica, microscopia eletrônica de varredura (MEV),

dureza Vickers, resistência à flexão em temperatura ambiente e difração de raios X.

Os materiais selecionados foram ensaiados em túnel balístico onde foi possível

verificar a eficiência dos materiais desenvolvidos e sua aplicabilidade em blindagem

balística.

Palavras –chave – Alunina, carbeto de silício. Blindagem balística

INTRODUÇÃO

As blindagens fabricadas com materiais híbridos cerâmica-polímero são hoje

o que se tem de mais moderno e efetivo em termos de proteção balística. Uma das

combinações de grande eficiência contra munições mais pesadas (nível de proteção

19º Congresso Brasileiro de Engenharia e Ciência dos Materiais – CBECiMat, 21 a 25 de novembro de 2010, Campos do Jordão, SP, Brasil

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IV e superior) constitui-se em uma camada frontal cerâmica colocada sobre um

laminado polimérico (1).

A cerâmica quando utilizada em associação com um laminado polimérico em

blindagens rígidas tem a finalidade de aumentar a eficiência do painel balístico, sem

comprometer a leveza requerida. Nas configurações mais comuns, essa camada

cerâmica frontal recebe o impacto desacelerando o projétil. A função da cerâmica é

fornecer um revestimento rígido, capaz de fragmentar e erodir a ponta do projétil,

convertendo sua energia cinética em energia de fratura, diminuindo a quantidade de

movimento e reduzindo a sua capacidade de penetração. O laminado polimérico

suporta a cerâmica e absorve a energia cinética residual do projétil e dos próprios

fragmentos da cerâmica (1-2).

Este trabalho tem a finalidade de auxiliar a compreensão do comportamento

balístico dos materiais cerâmicos apresentando os resultados de caracterização de

cerâmicas de carbeto de silício e alumina.

MATERIAIS E MÉTODOS

Os materiais utilizados para o processamento da alumina foram à alumina

CT1200 (Al2O3–1), com tamanho médio de partículas (D50 Cilas) de 1.3 μm e a CT-

3000 (Al2O3–2) com tamanho médio de partículas (D50 Cilas) de 0,8 μm ambas da

Almatis (Alemanha). Como aditivos de sinterização foram utilizados óxido de nióbio

(Nb2O5) (CBMM), óxido de magnésio (MgO) (Merck), e talco (3MgO.4SiO2.H2O)

(Costalco).

Para o processamento de carbeto de silício foram utilizados os carbetos de

silício nacional (Saint Gobain) (SiC -1) e importado (H. C. Starck) (SiC -2). O aditivo

de sinterização (YAG) foi preparado com o óxido de alumínio A1000SG (Alcoa

Chemicals) e o óxido de ítrio (H.C. Starck).

Para cada cerâmica, os pós foram misturados em moinho de bolas por 24

horas e moldados na forma de barra retangular (40,1 x 5,0 x 7,2 mm) por prensagem

uniaxial sob pressão de 40 MPa, seguida de prensagem isostática sob a pressão de

300 MPa. As placas de geometria hexagonal (73,6 x 38,9 x 7,2 mm) preparadas

para o ensaio balístico foram prensadas em prensa uniaxial (20 toneladas). A

sinterização foi realizada em um processo que consistiu de uma taxa de

aquecimento de 10 °C/min em um patamar de 1500 °C por 60 minutos, ao ar, para

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as placas de alumina e de 1950 °C por 30 minutos, sob vácuo de 10-2 Torr, para as

placa de carbeto de silício.

As cerâmicas foram caracterizadas por difração de raios-x, utilizando um

Difratômetro de Raios-X Panalytical MPD XPERT PRÓ 3060, com velocidade de

varredura de 1º/s; massa específica por Arquimedes, segundo a norma ASTM C343-

82; microscopia eletrônica de varredura (LEO, modelo 435 VPI); resistência à flexão

em 4 pontos utilizando-se um equipamento universal de ensaios Instron, modelo

4301, com célula de carga de 5 kN e velocidade de ensaio de 0,5 mm/min; e

microdureza Vickers (Digital Microhardness Tester FM) com carga de 1000 g para o

SiC e 300 g para alumina, com tempo de aplicação de 10 s.

O material polimérico usado para preparação dos corpos de prova híbridos

polímero-cerâmica para teste balístico foi o Dynemma HB26 (DSM), um compósito

de fibras de polietileno de ultra alta massa molar. As placas com 36 camadas foram

processadas via prensagem a quente a 130 °C por 60 minutos.

As placas cerâmicas foram limpas com álcool isopropilico e água deionizada

em banho de ultra-som e secas em estufa. A superfície das placas de polímero foi

limpa com álcool isopropílico. Para a colagem das placas cerâmicas e poliméricas foi

utilizado uma mistura de adesivo bicomponente à base de epóxi (Araldite) com 0,25

% de pó de alumina.

A resistência balística dos painéis híbridos foi avaliada de acordo a norma

NIJ STANDARD 0108.01 (3), usando provete de tiro e projétil de calibre 7,62 x 51

mm.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A Tab. 1 apresenta os dados de retração linear, porosidade e massa

específica das cerâmicas.

Considerando as massas específicas teóricas da alumina e do carbeto de

silício, respectivamente 3,96 g/cm3 e 3,20 g/cm3 (4,5), pode-se observar uma baixa

densificação da Al2O3–1 e SiC–1, alta porosidade, baixa retração linear, o que

dificultou o polimento e consequentemente a análise de microdureza. No caso do

SiC nacional esse resultado é um reflexo da larga distribuição de tamanho de

partículas, maior diâmetro médio de partícula comparado com o SiC importado da

Starck. A composição Al2O3–1 apresentou baixa densificação em função da baixa

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temperatura de sinterização e do elevado tamanho médio de partículas. Dessa

forma, as demais caracterizações foram realizadas apenas para as cerâmicas

AL2O3–2 e SIC-2 que apresentaram maior densificação, baixa porosidade e retração

linear próxima de 20 %.

Tabela 1: Massa específica , porosidade e retração linear.

ρ (g/cm3) ρR (%) P (%) RL(%)

SiC - 1 2,65 82,81 16,47 12,22

SiC - 2 2,95 92,19 1,29 20,65

Al2O3 - 1 3,26 82,32 3,75 17,35

Al2O3 - 2 3,83 96,72 0,31 19,29

ρ– massa especifica; P – porosidade; RL – Retração Linear

A Tab. 2 apresenta os resultados de caracterização mecânica da Al2O3 -2 e

do SiC–2. Após o ensaio de resistência a flexão em 4 pontos determinou-se a

tensão de ruptura do ensaio de flexão e aplicou-se a Estatística de Weibull.

Tabela 2: Caracterização das cerâmicas de Al2O3 - 2 e SiC - 2.

Hv (GPa) m σ50% (MPa)

Al2O3 - 2 14,97 ± 0,92 4,54 181 ± 45

SiC – 2 17,22 ± 2,97 6,08 283 ± 53

Hv – microdureza Vickers; m – Módulo de Weibull; σ50% - tensão de ruptura.

Para as massas específicas teóricas destas cerâmicas já mencionadas, os

valores de microdureza Vickers encontrados na literatura estão entre 15 e 16 GPa

para a alumina e entre 24 e 32 GPa para o carbeto de silício (6,7).

Em comparação com outros resultados experimentais (7,8), a alumina

sinterizada via fase líquida com os mesmos aditivos de sinterização (Al2O3–2)

apresentou certa melhora nos valores de massa específica e microdureza, no

entanto o valor da tensão de ruptura está abaixo do esperado para esse material.

Valores de tensão de ruptura abaixo do observado na literatura também foram

obtidos na avaliação das propriedades mecânicas do SiC, isto pode ter ocorrido em

função da sinterização ter sido realizada em vácuo, normalmente este materiais são

sinterizados em atmosfera de Argônio.

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As Figs. 1 e 2 apresentam os difratogramas das cerâmicas Al2O3–2 e SiC–

2, respectivamente. Pode-se observar na Fig. 1 a formação de três fases, também

encontradas na literatura(8) quando sinterizados com os mesmos aditivos, o niobato

de alumínio e a magnocolumbita, além da alumina. Na Fig. 2 observa-se a formação

de duas fases, o carbeto de silício e o aluminato de Ítrio.

10 20 30 40 50 60 700

1000

2000

3000

4000

5000

6000

7000

2

1 - Al2O3 - Alumina2 - MgNb2O6 - Magnocolumbita3 - AlNbO(4) - Niobato de Alumínio

3 2

1

1

1

1

1

3

1

1

1

2

111

2

Inte

nsid

ade

(u.a

.)

Figura 1 - Difratograma de Raios-X da cerâmica Alumina ( Al2O3 - 2).

10 20 30 40 50 60 70 800

1000

2000

3000

4000

5000

1

11

1

122

1

1

1

1

1

1

1 - SiC - Caberto de Silicio2 - YAlO3 - Aluminato de Itrio

Inte

nsid

ade

(u.a

.)

Figura 2 - Difratograma de Raios-X da cerâmica carbeto de silício (SiC – 2).

A Fig. 3 apresenta a fotomicrografia, obtida por microscopia eletrônica de

varredura utilizando os elétrons secundários, da superfície polida da cerâmica SiC-2.

Pode-se observar a presença das duas fases: a escura, que corresponde ao carbeto

de silício e a fase mais clara que é a fase do aluminato de Ítrio. A Fig. 4 apresenta a

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fotomicrografia da superfície polida atacada termicamente da cerâmica Al2O3–2.

Pode-se observar uma larga distribuição de tamanho de grãos com diâmetros

variando de aproximadamente 1 a 6 µm, com grãos de formato arredondado ou

alongado.

A caracterização da microestrutura não revelou nenhum indicativo que

pudesse justificar os baixos valores da tensão de ruptura encontrado, vale realçar

que os valores de microdureza encontrados estão de acordo com os observados na

literatura.

Figura 3 - Fotomicrografias da superfície polida do carbeto de silício (SiC -2): a) 1000X; b) 5000X.

Figura 4 – Fotomicrografias da superfície da alumina atacada termicamente (Al2O3–2): a) 1000 X; b) 5000X.

A Tab. 3 apresenta os resultados do teste de impacto balístico para a Al2O3–2

e o SiC-2. Ambos os painéis híbridos foram eficientes na absorção do impacto de

alta velocidade, apresentando penetração parcial (PP) com baixa deformação da

b a

a b

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camada posterior, sendo que a deformação para o painel preparado com a cerâmica

de SiC–2 foi menor.

Tabela 3: Resistência ao impacto balístico da Al2O3–2 e do SiC-2.

Al2O3 – 2 SiC – 2

Velocidade do projétil (m/s)

849 835

Resultado do teste

PP PP

PP : Penetração Parcial.

CONCLUSÃO

As cerâmicas Al2O3–2 e SiC–2 apresentaram massas específicas relativas

altas, baixa porosidade, boa retração linear. Porém, houve uma discrepância nas

propriedades mecânicas de ambas as cerâmicas, onde valores de dureza estão se

contrapondo a baixos valores de Tensão de Ruptura. A caracterização

microestrutural apresentou os resultados esperados e, a princípio, o que foi

observado em relação à distribuição de fases e de tamanhos de grãos não justifica

os baixos resultados da caracterização mecânica, indicando que pode ter havido

algum problema nos ensaios.

Outro indício dessa possibilidade é que embora as propriedades mecânicas

não sejam as ideais, o material suportou o impacto balístico de calibre 7,62 a

velocidades superiores a 800 m/s.

REFERÊNCIAS

1. GONÇALVES, D.P. Análise e investigação de impactos em blindagem composta cerâmica/metal. 2000. 107f. Dissertação (Mestrado em Ciência no

curso de Engenharia Mecânica Aeronáutica) – Instituto Tecnológico de

Aeronáutica, São José dos Campos, 2000.

2. MCCONELL, V.P. Balllistic protection materials a moving target. Reinforced

Plastics, v.50, n. 11, p. 20-25, 2006.

3. NIJ STANDARD 0108.01. Ballistic resistant protective materials. Washington,

DC: National Institute of Justice, U. S. Department of Justice, 1985.

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4. MATWEB Material Property Data. Alumina, 99,9%, Al2O3. Disponível em: <

http://www.matweb.com/search/DataSheat.aspx?MatGUID=c8c56ad547ae4cfab

ad15977bfb537fl&ck >. Acesso em: 27 janeiro 2010.

5. MATWEB Material Property Data. Silicon carbide, beta-SiC (semiconductor

properties).Disponível em:

<http://www.matweb.com/search/DataSheat.aspx?MatGUID=603e9d9d798642d

093a74dd7879b6d34 >. Acesso em: 27 janeiro 2010.

6. MOSTAGHACI, H. (Ed.). Advanced ceramic materials. Switzerland: Trans

Tech Publications, 1996.

7. ASSIS, J.M.K. et al. Mechanical properties of zirconia toughened alumina

composites with TZP partially nanostructures sintered by liquid phase. Materials Science Forum, v. 591-593, p. 436-440, 2008.

8. DEVEZAS, T., et al. Reducing the firing temperature of alumina ceramics through

the addition of niobia. In: INTERNATIONAL CONFERENCE ON CERAMIC

POWDER PROCESSING SCIENCE, 2., 1988, Berchtesgaden. Proceedings... Berchtesgaden: [s.n.], p. 3-7. 1988.

PRODUCTION AND CHARACTERIZATION OF CERAMICS FOR ARMOR APPLICATION

The fabrication of devices for ballistic protection as bullet proof vests and

helmets and armored vehicles has been evolving over the past years along with the

materials and models used for this specific application. The requirements for high

efficient light-weight ballistic protection systems which not interfere in the user

comfort and mobility has driven the research in this area. In this work we will present

the results of characterization of two ceramics based on alumina and silicon carbide.

The ceramics were produced in lab scale and the specific mass, scanning electron

microscopy (SEM) microstructure, Vickers hardness, flexural resistance at room

temperature and X-ray diffraction were evaluated. Ballistic tests performed in the

selected materials showed that the ceramics present armor efficiency.

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Key-words: alumina, silicon carbide, armor application

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