produto 2: o sistema viário estrutural: análise e ... · pinhalzinho sp monte sião mg ... placas...

43
Produto 2: O Sistema Viário Estrutural: Análise e Diagnóstico decorrentes das Visitas de Campo DA CARACTERIZAÇÃO INICIAL A cidade de Socorro foi colonizada no início de 1738, fundada em 09 de agosto de 1829, cujo nome é dado em homenagem à padroeira da cidade Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. O relevo é montanhoso (Serra da Mantiqueira) e a cidade estende-se às margens do Rio do Peixe- afluente do Rio Mogi-Guaçu. O turismo é uma das principais atividades econômicas do município, e se diversifica em 8 segmentos: Turismo de Saúde, Turismo Cultural, Turismo Rural, Ecoturismo, Turismo de Negócios e Eventos, Turismo de Estudos e Intercâmbio, Turismo de Aventura e Turismo Social. O turista dispõe de grandes hotéis, hotéis resort, hotéis fazenda e pousadas aconchegantes, com variada infraestrutura e preços. No centro da cidade depara-se com traços da história materializado na arquitetura, apresentam-se casarões do início do século passado com suas portas altas, janelas de guilhotinas, no geral, em excelente estado de conservação. Além do Turismo, a produção e venda das malharias são atratoras de viagem, visto que são cerca de 400 as malharias no município. O Município de Socorro oferece ainda grande variedade para a prática dos esportes de Aventura: Bóia-Cross, Arvorismo, Aqua-Ride, Trekking, Cannoing, Rafting entre outros.

Upload: hoangdung

Post on 09-Nov-2018

215 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Produto 2: O Sistema Viário Estrutural: Análise e

Diagnóstico decorrentes das Visitas de Campo

DA CARACTERIZAÇÃO INICIAL

A cidade de Socorro foi colonizada no início de 1738, fundada em 09 de agosto de 1829,

cujo nome é dado em homenagem à padroeira da cidade Nossa Senhora do Perpétuo

Socorro.

O relevo é montanhoso (Serra da Mantiqueira) e a cidade estende-se às margens do Rio

do Peixe- afluente do Rio Mogi-Guaçu.

O turismo é uma das principais atividades econômicas do município, e se diversifica em 8

segmentos: Turismo de Saúde, Turismo Cultural, Turismo Rural, Ecoturismo, Turismo de

Negócios e Eventos, Turismo de Estudos e Intercâmbio, Turismo de Aventura e Turismo

Social.

O turista dispõe de grandes hotéis, hotéis resort, hotéis fazenda e pousadas

aconchegantes, com variada infraestrutura e preços.

No centro da cidade depara-se com traços da história materializado na arquitetura,

apresentam-se casarões do início do século passado com suas portas altas, janelas de

guilhotinas, no geral, em excelente estado de conservação.

Além do Turismo, a produção e venda das malharias são atratoras de viagem, visto que

são cerca de 400 as malharias no município.

O Município de Socorro oferece ainda grande variedade para a prática dos esportes de

Aventura: Bóia-Cross, Arvorismo, Aqua-Ride, Trekking, Cannoing, Rafting entre outros.

2

Municípios Vizinhos:

Águas de Lindóia SP Pedra Bela SP

Lindóia SP Toledo MG

Serra Negra SP Munhoz MG

Monte Alegre do Sul SP Bueno Brandão MG

Pinhalzinho SP Monte Sião MG

Região Administrativa: Bragança Paulista – a 45 km;

Região de Governo: Campinas – à 110 Km;

Distância em relação à São Paulo - 135 Km.

3

DO OBJETIVO

O objetivo é destacar as relações críticas do sub-sistema viário estrutural urbano de

Socorro com a estrutura urbana de usos e ocupação, evidenciando os desequilíbrios

funcionais de articulação e da mobilidade. Implicou no reconhecimento de três aspectos:

a) a qualidade da hierarquia do sistema e sua capilaridade;

b) o sistema de circulação de pedestres em seus aspectos funcionais: de acessibilidade,

segurança e conforto e;

c) os conflitos de articulação e conexão com o viário regional.

Este relatório apresenta informações preliminares obtidas durante visitas e obtenção de

dados, no meses de abril e maio de 2013, com o objetivo de levantar dados sobre a

infraestrutura e mobilidade urbanas no município.

As observações referem-se aos levantamentos de dados relativos: ao sistema viário

(hierarquização viária, tráfego, pavimentação, ciclovias e ciclofaixas, passeios públicos,

dispositivos de circulação aos portadores de necessidades especiais, conservação de

estradas municipais); à drenagem urbana (sistemas de escoamento, rede hídrica

estrutural e sub-bacias, canais e rede de águas pluviais); às obras públicas (pontes,

passarelas, obras de contenção, conservação de prédios públicos, entre outros) e, aos

projetos urbanos estratégicos (sistema viário estrutural, espaços públicos e urbanização).

Serão apresentados os registros fotográficos, juntamente às informações, a fim de

facilitar o entendimento das situações apontadas no relatório.

4

DAS VISITAS DE CAMPO

Em março, foi realizada reunião para apresentação da equipe técnica, responsável pela

execução dos trabalhos que subsidiarão a elaboração do Plano de Mobilidade, ao Prefeito,

aos Diretores e aos Secretários da administração municipal. Nessa oportunidade,

realizou-se a vistoria, com a finalidade de coletar dados e informações relativas aos

aspectos infraestruturais das ciclovias pretendidas com obtenção de mapeamento da

cidade.

Ainda no período da tarde foi percorrida toda a cidade com, tendo sido visitado os

principais pontos de conflito no trânsito da cidade. Destacando a necessidade de diversos

pontos substituir a sinalização, bem como a adequação de circulação, com criação de

sistema binário de circulação, e ainda a necessidade de rever estacionamentos.

No inicio de maio a equipe concentrou-se aspectos da expansão urbana, dos vetores de

crescimento e ainda na analise do Plano Diretor vigente.

Ainda nesta data foi constatado como é necessário rever a sinalização de algumas ruas,

tendo sido incluídas nas analises do plano de mobilidade.

No dia 18 de maio, foi finalizada a etapa de visita de campo, estabelecendo

levantamentos mínimos de tráfego e sistema viário, com registro fotográfico a seguir.

Como retorno, de maneira geral, os secretários, diretores e o prefeito destacaram a

importância do Plano, mas também da necessidade de implantação de novas travessias

do Rio do Peixe, da implantação de ciclovias e da circulação de algumas ruas do centro.

5

DOS REGISTROS FOTOGRÁFICOS

Exemplo calçada irregular, com vários desníveis e impossibilidade de circulação

de cadeirantes e carrinhos de bebê

Nesta calçada fica nítida a falta de condição para circulação de cadeirantes,

carrinhos de bebe, risco para idosos

6

SP-147 função arterial estará em duplicação

Placas fora de norma

7

Placa com formato fora de norma

Placas fora de posicionamento

8

Seta fora de norma

Seta fora de norma, sinalização insuficiente

9

Placa fora de norma

Sem sinalização

10

Infraestrutura viária deficiente

Rodovia sem acostamento

11

Estrada municipal sem acostamento

Rodoviária nova afastada

12

Placas fora de norma

Sem recuos

13

Placa fora de norma

Placa em péssimo estado de conservação

14

Ponto inusitado

Ponto e banco no Bairro Oratório

15

Falta fiscalização, pois o estacionamento em contramão é recorrente

Infraestrutura viária deficiente

16

Lombada fora de posicionamento com placa fixada na cerca

Ponto com riscos de queda telhado em temporal

17

Placa fora de norma

Passagem para apenas 1 veículo não sinalizada

18

Falta fiscalização de trânsito

Pavimento necessitando recapeamento

19

Placa fora de norma

Placa Orientação dentro da norma

20

Pista sem acostamento

Padrão disperso de ocupação

21

Novos loteamentos dentro dos padrões de urbanidade

Calçadas com entulho e falta de recuo em nova construção

22

Declividade muito acentuada

Sinalização frequentemente desrespeitada

23

Parcelamento com jeito de irregular

Lombada fora do posicionamento previsto CTB

24

Gabarito viário insuficiente

Gabarito viário insuficiente

25

Ponto inusitado Bairro Oratório

Infraestrutura viária deficiente

26

Infraestrutura viária deficiente

Bom padrão de iluminação

27

Infraestrutura viária deficiente

Vista geral área central bem ocupada, poucos vazios urbanos

28

Vista geral área central bem ocupada, poucos vazios urbanos

Placa com posicionamento fora de norma

29

Placa R-3 ausente

Calçada insuficiente acesso ao centro

30

Acesso ao centro com gabarito viário limitador

Placa fora de norma

31

Problemas de drenagem

Placa fora de posicionamento, problemas de drenagem

32

Declividade acentuada, impossível utilizar a calçada

Declividade acentuada com degraus no passeio

33

Declividade acentuada

Placa necessitando troca

34

Condomínios em consolidação

Ciclovia? Sinalização ausente

35

Ciclovia? Sinalização frequentemente desrespeitada

Ciclistas no centro

36

Ciclistas no centro

Cavalgadas são frequentes

37

Sem acostamento ou calçada

Placa fora de norma

38

Cobertura avança além do lote

Pavimentação nova mas sem condição para pedestres

39

Placa encoberta

Drenagem insuficiente, alagamento do ponto

40

Aeroporto em implantação

Infraestrutura viária deficiente

41

Acesso ao aeroporto precário

Placa de estacionamento fora de norma

42

Semáforo com apenas 1 foco: fora de norma

Lombada sem sinalização e fora de norma construtiva

43

DAS OBSERVAÇOES DO CÓDIGO DE OBRAS

PASSEIOS:

Art. 82 – Os proprietários dos imóveis que tenham frente para logradouros públicos pavimentados ou

dotados de meio-fio são obrigados a pavimentar 80% (oitenta por cento) da largura do passeio, e a

mantê-los em bom estado em frente de seus lotes.

Parágrafo único – Em determinados logradouros públicos, a Prefeitura poderá determinar a

padronização da pavimentação dos passeios públicos, por razões de ordem técnica e estética.

Art. 83 – Enquanto não houver a construção do passeio, o proprietário se obriga a mantê-lo nivelado

e livre para o trânsito de pedestres.

Art. 84 – Será permitida a construção de passeios de concreto, que obedecerá as seguintes normas:

I – a espessura mínima será de 0,06m (seis centímetros); tratando-se de entrada para veículo, a

espessura mínima será de 0,15m (quinze centímetros);

II – o traço do concreto será 1:2:3: em volume;

III – a superfície será desempenada e com declividade máxima de 4% (quatro por cento);

IV – os passeios, no sentido longitudinal, deverão ser contínuos, sem mudança de declividade que

dificulte o trânsito seguro de pedestres;

V – no caso de ruas com declividade longitudinal de até 10% (dez por cento), a acomodação do

passeio junto aos acessos de veículos deverá ser feita de modo as preservar faixa de pelo menos

1,50m (um metro e cinqüenta centímetros) de passeio com no máximo 4% (quatro por cento) de

declividade transversal, livres de postes, árvores ou outros elementos que possam impedir o livre

trânsito de portadores de necessidades especiais de qualquer natureza;

VI – no caso de ruas com declividade longitudinal superior a 10% (dez por cento) será permitido o uso

de patamares no lado interno das curvas. Deverá ser prevista uma faixa de trânsito contínua, do lado

externo, de no mínimo, 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros) de largura, totalmente

desobstruída;

VII – nos demais casos, o desnível entre o passeio e o terreno lindeiro deverá ser feito no interior do

imóvel;

VIII – nos locais antigos, com passeios de largura inferior a 1,50m, (um metro e cinqüenta

centímetros) somente serão permitidas as implantações de postes e equipamentos de sinalização

estritamente necessários, e colocados por órgão da Prefeitura, ou por esta autorizados.

§ 1º – Outros materiais, que não o concreto, poderão ser autorizados pela Prefeitura, em função da

evolução da técnica e dos costumes.

§ 2º – A Prefeitura poderá determinar as modificações nos jardins dos passeios sempre que julgar

que está havendo prejuízo para o trânsito de pedestres.