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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
1. MODELO DE INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDAE
JURÍDICA
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA
CÍVEL DA COMARCA DE __________________
Autos de Processo n. ______________________ - Fase de Execução
Nome e prenome do autor, nacionalidade, estado civil (a
existência de união estável), profissão, portador do RG/SP n. __________, inscrita no
CPF/MF sob nº __________, endereço eletrônico, residente e domiciliado na Rua
___________ n. ___, bairro __________, CEP__________, nesta Capital, por
intermédio de seu advogado que esta subscreve (instrumento de mandato incluso), vem,
mui respeitosamente, perante Vossa Excelência, com fundamento nos artigos 133 a 136
do Código de Processo Civil propor INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA
PERSONALIDADE JURÍDICA em face de Nome e prenome do réu (empresa ou
sócios), CNPJ ___________, endereço eletrônico, residente e domiciliado na Rua
___________ n. ___, bairro __________, CEP__________, nesta Capital, pelos
motivos de fato e de direito abaixo articulados:
1. O exequente obteve êxito na demanda que versa sobre
indenização por danos morais em razão de erro médico cuja sentença transitou em
julgado. Depreende-se da decisão que o hospital foi condenado a pagar a quantia de R$
100.000,00 (cem mil reais). No entanto, até agora o executado furta-se a satisfazer o
débito.
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
2. Na fase de cumprimento da sentença, o exequente
constatou por meio dos documentos em anexo que o hospital executado não foi
localizado no endereço por ele fornecido à Receita Federal e ao Registro de Comércio.
Ademais, todos os meios para localizar a executada foram empregados sem êxito,
inclusive não havendo bens disponíveis para serem penhorados. Caracterizada está,
portanto, a atuação fraudulenta da executada, com abuso da personalidade jurídica
prevista no artigo 50 do Código Civil que assim preleciona:
Art. 50 do CC. Em caso de abuso da personalidade jurídica,
caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão
patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do
Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que
os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam
estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios
da pessoa jurídica.
3. Quando o abuso da personalidade jurídica ficar
caracterizado pelo desvio de finalidade, prejudicando sobremaneira credores, o
magistrado pode desconsiderar a personalidade jurídica e estender aos bens particulares
dos sócios a responsabilidade de quitar o débito da empresa.
4. Sabe-se que a relação estabelecida entre paciente e
hospital é regida pelo Código de Defesa do Consumidor. Por esse motivo, o art. 28 do
CDC dispõe que:
O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da
sociedade quando, em detrimento do consumidor, houver abuso
de direito, excesso de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito
ou violação dos estatutos ou contrato social. A desconsideração
também será efetivada quando houver falência, estado de
insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa jurídica
provocados por má administração.
5. Como se pode notar, a desconsideração da personalidade
jurídica tem por finalidade coibir a prática de atos fraudulentos por parte dos sócios do
hospital executado, havendo, inclusive, indícios de sua liquidação irregular, devendo ser
aplicada no caso a Súmula n. 435 do C. Superior Tribunal de Justiça: “Presume-se
dissolvida irregularmente a empresa que deixar de funcionar no seu domicílio sem
comunicação aos órgãos competentes, legitimando o redirecionamento da execução
fiscal para o sócio-gerente”.
Isto posto, nos termos dos arts. 133 a 135 do CPC, o
exequente requer a Vossa Excelência que se digne de:
a) instaurar o incidente de desconsideração da
personalidade jurídica, determinando-se a imediata comunicação da instauração deste
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
incidente ao distribuidor, a fim de que se façam as anotações devidas, nos termos do art.
134, § 1º, do CPC;
b) requer a suspensão do processo principal até o
julgamento final do presente incidente, conforme dispõe o art. 134, § 3º, do CPC;
c) citar os sócios do executado para se manifestarem e
requererem as provas cabíveis, querendo, no prazo de 15 (quinze) dias, consoante art.
135 do CPC;
d) ao final, desconsiderar a personalidade jurídica do
executado, integrando os seus sócios no polo passivo da presente ação, possibilitando-
se, assim, o alcance de seus bens, os quais garantirão o débito em litígio.
Nestes termos,
pede deferimento.
Local e data.
Nome, assinatura e OAB.
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
2. MODELO DE DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA
COM PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA
CÍVEL DA COMARCA DE __________________
PEDIDO DE TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA – ART. 300 DO CPC
Autos de Processo n. ______________________ - Fase de Execução
Nome e prenome do autor, nacionalidade, estado civil (a
existência de união estável), profissão, portador do RG/SP n. __________, inscrita no
CPF/MF sob nº __________, endereço eletrônico, residente e domiciliado na Rua
___________ n. ___, bairro __________, CEP__________, nesta Capital, por
intermédio de seu advogado que esta subscreve (instrumento de mandato incluso), vem,
mui respeitosamente, perante Vossa Excelência, com fundamento nos artigos 133 a 136
do Código de Processo Civil propor INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA
PERSONALIDADE JURÍDICA em face de Nome e prenome do réu (empresa ou
sócios), CNPJ ___________, endereço eletrônico, residente e domiciliado na Rua
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
___________ n. ___, bairro __________, CEP__________, nesta Capital, pelos
motivos de fato e de direito abaixo articulados:
1. O exequente obteve êxito na demanda que versa sobre
indenização por danos morais em razão de erro médico cuja sentença transitou em
julgado. Depreende-se da decisão que o hospital foi condenado a pagar a quantia de R$
100.000,00 (cem mil reais). No entanto, até agora o executado furta-se a satisfazer o
débito.
2. Na fase de cumprimento da sentença, o exequente
constatou por meio dos documentos em anexo que o hospital executado não foi
localizado no endereço por ele fornecido à Receita Federal e ao Registro de Comércio.
Ademais, todos os meios para localizar a executada foram empregados sem êxito,
inclusive não havendo bens disponíveis para serem penhorados. Caracterizada está,
portanto, a atuação fraudulenta da executada, com abuso da personalidade jurídica
prevista no artigo 50 do Código Civil que assim preleciona:
Art. 50 do CC. Em caso de abuso da personalidade jurídica,
caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão
patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do
Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que
os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam
estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios
da pessoa jurídica.
3. Quando o abuso da personalidade jurídica ficar
caracterizado pelo desvio de finalidade, prejudicando sobremaneira credores, o
magistrado pode desconsiderar a personalidade jurídica e estender aos bens particulares
dos sócios a responsabilidade de quitar o débito da empresa.
4. Sabe-se que a relação estabelecida entre paciente e
hospital é regida pelo Código de Defesa do Consumidor. Por esse motivo, o art. 28 do
CDC dispõe que:
O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da
sociedade quando, em detrimento do consumidor, houver abuso
de direito, excesso de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito
ou violação dos estatutos ou contrato social. A desconsideração
também será efetivada quando houver falência, estado de
insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa jurídica
provocados por má administração.
5. Como se pode notar, a desconsideração da personalidade
jurídica tem por finalidade coibir a prática de atos fraudulentos por parte dos sócios do
hospital executado, havendo, inclusive, indícios de sua liquidação irregular, devendo ser
aplicada no caso a Súmula n. 435 do C. Superior Tribunal de Justiça: “Presume-se
dissolvida irregularmente a empresa que deixar de funcionar no seu domicílio sem
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comunicação aos órgãos competentes, legitimando o redirecionamento da execução
fiscal para o sócio-gerente”.
6. É importante salientar que o executado, por meio dos
atos fraudulentos que têm empregado a fim de não pagar o débito ao exequente,
emprega meios ardilosos dificultando a execução. Com o objetivo de impedir que o
executado continue com esse comportamento reprovável, o exequente pleiteia a tutela
provisória de urgência, a fim de que Vossa Excelência autorize o emprego imediato do
sistema de penhora eletrônica (Bacenjud) em face do executado e, caso seja ineficaz tal
medida assecuratória, seja concedida a penhora de tantos bens quantos forem
necessários para a garantia do débito, nos termos do art. 294 e 294 do CPC.
Isto posto, nos termos dos arts. 133 a 135 do CPC, o
exequente requer a Vossa Excelência que se digne de:
a) instaurar o incidente de desconsideração da
personalidade jurídica, determinando-se a imediata comunicação da instauração deste
incidente ao distribuir, a fim de que se façam as anotações devidas, nos termos do art.
134, § 1º, do CPC;
b) requer a suspensão do processo principal até o
julgamento final do presente incidente, conforme dispõe o art. 134, § 3º, do CPC;
c) citar os sócios do executado para se manifestarem e
requererem as provas cabíveis, querendo, no prazo de 15 (quinze) dias, consoante art.
135 do CPC;
d) conceder a tutela provisória de urgência, nos termos dos
arts. 294, 297 e 300 do CPC a fim autorizar o emprego imediato do sistema de penhora
eletrônica (Bacenjud) em face do executado e, caso seja ineficaz tal medida
assecuratória, seja concedida a penhora de tantos bens quantos forem necessários para a
garantia do débito, nos termos do art. 294 e 294 do CPC.
e) ao final, desconsiderar a personalidade jurídica do
executado, integrando os seus sócios no polo passivo da presente ação, possibilitando-
se, assim, o alcance de seus bens, os quais garantirão o débito em litígio.
Nestes termos,
pede deferimento.
Local e data.
Nome, assinatura e OAB.
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
3. MODELO DE PETIÇÃO INICIAL DE EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA
CONTRA DEVEDOR SOLVENTE CUMULADO COM DESCONSIDERAÇÃO
DA PERSONALIDADE JURÍDICA DA EMPRESA
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ________
VARA CÍVEL DA COMARCA DE ______________________
PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA
Nome e prenome de exequente, nacionalidade,
estado civil (a existência de união estável), profissão, portador do RG/SP n.
__________, inscrita no CPF/MF sob nº __________, endereço eletrônico, residente e
domiciliado na Rua ___________ n. ___, bairro __________, CEP__________, nesta
Capital, por intermédio de seu advogado que esta subscreve (instrumento de mandato
incluso), vem, mui respeitosamente, perante Vossa Excelência propor AÇÃO DE
EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA, com base nos arts. 824 a 909 do Código de
Processo Civil, contra Nome e prenome do executado (empresa ou sócios), CNPJ ou
CPF/MF n. ___________, endereço eletrônico, residente e domiciliado na Rua
___________ n. ___, bairro __________, CEP__________, nesta Capital, pelos
motivos de fato e de direito abaixo articulados:
1. Em ____/____/____, o exequente vendeu ao
executado um veículo da marca_______, modelo _______, placa _________, ano
_______, chassi _______, cor_____, no valor de R$ 15.000,00 (quinze mil reais) cuja
quantia deveria ser paga em 30 (trinta) dias em forma de depósito bancário. Para a
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formalização do negócio, firmou contrato de venda e compra assinado por duas
testemunhas.
2. Passados os 30 (trinta) dias, o executado não fez
o referido depósito. Diante disso, o exequente tentou por diversas vezes entrar em
contato com o executado, mas não teve sucesso. Visto que o executado não atendia as
ligações telefônicas do exequente, este foi até o local do domicílio do executado e ficou
surpreso ao saber que a empresa devedora encerrara suas atividades há mais de três
meses.
3. A exequente levantou informações na Receita
Federal e constatou que o executado está inativo há um mês, encerrando suas atividades
comerciais. Diante dessa situação, dois aspectos importantes devem ser considerados: o
exequente é portador de título executivo extrajudicial e o executado encerrou suas
atividades mercantis.
4. O contrato de venda e compra é título executivo
extrajudicial, de acordo com o artigo 784, inciso III, do Código de Processo Civil: “São
títulos executivos extrajudiciais: III – o documento particular assinado pelo devedor e
por 2 (duas) testemunhas.” Trata-se, portanto, de título líquido, certo e exigível para
fundamentar a presente demanda.
5. Há de considerar também que o executado
encerrou suas atividades, furtando-se à responsabilidade de quitar o débito para com o
exequente. A postura do executado caracteriza desvio de finalidade, ensejando a
desconsideração da personalidade jurídica nos termos do artigo 50 do Código Civil:
Em caso de abuso da personalidade jurídica,
caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela
confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a
requerimento da parte, ou do Ministério Público quando
lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas
e determinadas relações de obrigações sejam estendidos
aos bens particulares dos administradores ou sócios da
pessoa jurídica.
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
6. Depreende-se do artigo supramencionado que, nesse
caso, a responsabilidade assumida pela personalidade jurídica estende-se aos seus sócios, uma
vez que o patrimônio daquela confundiu-se com o patrimônio destes. Além do mais, o
encerramento das atividades do executado demonstra, repise-se, que ele não tem interesse de
adimplir suas obrigações.
Isto posto, requer a Vossa Excelência que se digne de
declarar a desconsideração da personalidade jurídica do executado, a fim de estender a
responsabilidade do débito aos sócios, citando-os para se manifestarem e requererem as provas
cabíveis, querendo, no prazo de 15 (quinze) dias, consoante o art. 135 do CPC.
Requer a concessão da tutela provisória de urgência,
nos termos dos artigos 294, 297 e 300 do CPC a fim de autorizar o emprego imediato do
sistema de penhora eletrônica (Bacenjud) em face do executado e, caso seja ineficaz tal
medida assecuratória, seja concedida a penhora de tantos bens quantos forem
necessários para a garantia do débito, nos termos do art. 294 e 294 do CPC.
Requer ainda a Vossa Excelência que se digne de
determinar a citação do executado por meio do Sr. Oficial de Justiça, visto que o
executado está se ocultando, com os permissivos legais do artigo 212, § 2º, do Código
de Processo Civil, a fim de pagar em 03 (três) dias o valor de R$ 16.800,00 (dezesseis
mil e oitocentos reais), acrescidos de juros legais, correção monetária, custas e
honorários advocatícios de 5% (cinco por cento), nos termos do artigo 827, § 1º, do
Código de Processo Civil.
Caso não haja pagamento no prazo legal de 3 (três)
dias, requer-se, desde já, o acréscimo aos honorários advocatícios, que deverão ser de
10% (dez por cento) do valor executado (art. 827, caput, do CPC). com a penhora de
dinheiro (CPC, art. 835, I e § 1º) pelo sistema do Banco Central.
Dá-se à causa o valor de R$ 16.800,00 (dezesseis
mil e oitocentos reais) a título de alçada.
Nestes termos,
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
4. MODELO DE PETIÇÃO INICIAL DE EXECUÇÃO PARA ENTREGA DE
COISA CERTA
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA
CÍVEL DA COMARCA DE ______________
PROCESSO DE EXECUÇÃO PARA ENTREGA DA COISA CERTA
NOME DO EXEQUENTE, nacionalidade, estado
civil, [existência de união estável - convivente em regime de união estável]
profissão, portador da Cédula de Identidade RG n. ____________, devidamente inscrito
no CPF/MF sob o n. _____________, endereço eletrônico, residente e domiciliado na
Rua ____________ n. _____, no bairro de ____________, na cidade de ____________,
nesta Capital, CEP ____________, por intermédio de seu advogado e bastante
procurador infra-assinado (instrumento de mandato em anexo), vem, mui
respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor AÇÃO DE EXECUÇÃO
PARA ENTREGA DE COISA CERTA, com fundamento nos artigos 233 a 242 do
Código Civil cumulado com os artigos 806 a 810 do Código de Processo Civil, em face
de NOME DO EXECUTADO, nacionalidade, estado civil, [existência de união
estável - convivente em regime de união estável] profissão, portador da Cédula de
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Identidade RG n. ____________, devidamente inscrito no CPF/MF sob o n.
_____________, endereço eletrônico, residente e domiciliado na Rua ____________
n. _____, no bairro de ____________, na cidade de ____________, nesta Capital, CEP
____________, pelos motivos de fato e de direito abaixo articulados:
I – DOS FATOS
1. O exequente adquiriu do executado, por meio do
Pedido n. _______, datado de __________, um equipamento odontológico da marca
_______________, com cadeira ______________________ e equipamentos
complementares pelo preço de R$ 15.800,00 (quinze mil e oitocentos reais). Esses bens
foram pagos em duas parcelas, sendo R$ 10.000,00 (dez mil reais) pagos no ato da
compra, mediante cheque de n.________, do banco _______, de titularidade do
exequente cujo título foi levado à compensação pelo executado. O segundo pagamento
foi feito por meio de depósito bancário trinta dias depois do primeiro pagamento,
conforme demonstra comprovante em anexo.
2. Foi ajustado ainda que o bem ser-lhe-ia
entregue ao exequente no dia ___/___/___, no entanto, o executado informou-lhe que
estava impossibilitado de entregar o bem, porque não o possuía em estoque e ele teria de
aguardar cerca de um ano para receber o equipamento. Com o escopo de minimizar o
problema, o executado entregaria um equipamento em comodato para suprir-lhe suas
necessidades.
3. O exequente concordou com a entrega do
equipamento em comodato até que o equipamento adquirido lhe fosse definitivamente
entregue, no entanto, o executado também não cumpriu com a promessa. Passados três
meses, o exequente telefonou para o executado e este lhe disse que não entregaria o
equipamento, porque o representante comercial não transferiu o pagamento para a conta
bancária do executado.
4. Em razão disso, o exequente enviou uma
notificação ao executado a fim de cumprir a obrigação, recebendo resposta no sentido
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de que não poderia fazê-lo, arguindo que não tinha o equipamento disponível e que não
daria outro em comodato, porque não recebeu o pagamento do representante comercial.
II – DO DIREITO
5. A ação de entrega de coisa certa é cabível contra
aquele que se comprometeu a entregar determinado bem móvel ou imóvel por meio de
contrato escrito. Este documento é um titulo executivo extrajudicial, conforme dispõe o
art. 784, inc. III, do CPC que dispõe o seguinte: “São títulos executivos extrajudiciais:
III – o documento particular assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas.”
6. O aresto abaixo colacionado do Tribunal de
Justiça do Paraná ratifica o posicionamento expresso no item anterior:
APELAÇÃO CÍVEL - EMBARGOS À EXECUÇÃO –
EXECUÇÃO PARA A ENTREGA DE COISA
CERTA - TERMO DE ACORDO – TÍTULO
EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL – ENTREGA DE
APARELHOS – DESCUMPRIMENTO – CARÁTER
ACESSÓRIO DEMONSTRADO MEDIANTE
PERÍCIA – AUSÊNCIA DE VEDAÇÃO NO
SENTIDO DE QUE NÃO DEVEM ACOMPANHAR
O PRINCIPAL – CLÁUSULA PENAL – MULTA
RESTRITA AO VALOR PRINCIPAL DA
OBRIGAÇÃO – ARTIGO 412 DO CÓDIGO CIVIL –
SENTENÇA MANTIDA. Apelação Cível desprovida.
Apelação Cível nº 1533217-7.
(file:///C:/Users/Martins/AppData/Local/Microsoft/Win
dows/INetCache/IE/F5QZZQ1N/acordao-
1533217700.pdf)
7. O executado não cumpriu com a obrigação
pactuada por meio de contrato, furtando-se à responsabilidade de satisfazê-la. Deverá
ser compelido judicialmente a entregar o equipamento ou ressarcir o exequente por
meio da devolução integral da quantia paga, além das perdas e danos, tudo devidamente
atualizado.
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8. Há de considerar ainda que a relação comercial
entre exequente e executado é regida pela Lei n. 8.078/90 (Código de Defesa do
Consumidor), conforme prelecionam os arts. 2º e 3º do Código Consumerista. O
exequente é dentista (consumidor) e adquiriu do executado (fornecedor) equipamentos
para o exercício de suas atividades profissionais.
9. Razão não assiste ao executado em não cumprir
com a obrigação da entrega dos equipamentos, uma vez que o exequente pagou
integralmente o preço avençado.
III – DO PEDIDO
Isto posto, requer a Vossa Excelência que se digne
de determinar a citação do executado, para que satisfaça a obrigação no prazo de 15
(quinze) dias, nos termos do artigo 806, § 2º, do Código de Processo Civil, entregando
os equipamentos, sob pena de busca e apreensão dos bens, cujo cumprimento deve se
dar imediatamente caso o executado não entregue amigavelmente os equipamentos no
prazo legal, devendo o Sr. Oficial de Justiça encarregado da diligência permanecer com
o mandado, podendo o executado, querendo, embargar no prazo legal, requerendo desde
já a fixação da multa diária no valor de R$ _________, nos termos do artigo 806, § 1º,
do Código de Processo Civil.
Requer a expedição de certidão de distribuição da
presente execução nos termos e para as finalidades do artigo 828 do Código de Processo
Civil, uma vez que a execução está fundamentada em instrumento particular de venda e
compra não registrado.
Requer ainda que se digne Vossa Excelência de
fixar liminarmente os honorários para a presente execução nos termos do artigo 85, § 1º,
do Código de Processo Civil, seja esta embargada, ou não, pagando, ainda, o executado
as custas e despesas processuais, na forma da lei.
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Requer sucessivamente não sendo possível a
execução específica (in natura), nos termos do artigo 809, caput, do Código de
Processo Civil, requer o prosseguimento da execução, nessa eventualidade, por quantia
certa contra devedor solvente, pelo valor de R$ ______________, acrescido de juros e
correção monetária.
Protesta provar o alegado por todos os meios de
prova admitidos em direito.
Dá-se à causa o valor de R$ _______________
para fins de efeitos fiscais.
Nestes termos,
pede deferimento.
Local e data.
Assinatura, nome e OAB.
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
5. MODELO DE PETIÇÃO INICIAL DE EXECUÇÃO PARA ENTREGA DE
COISA INCERTA
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA CÍVEL
DA COMARCA DE ______________
PROCESSO DE EXECUÇÃO PARA ENTREGA DA COISA INCERTA
NOME DO EXEQUENTE, nacionalidade, estado
civil, [existência de união estável - convivente em regime de união estável]
profissão, portador da Cédula de Identidade RG n. ____________, devidamente inscrito
no CPF/MF sob o n. _____________, endereço eletrônico, residente e domiciliado na
Rua ____________ n. _____, no bairro de ____________, na cidade de ____________,
nesta Capital, CEP ____________, por intermédio de seu advogado e bastante
procurador infra-assinado (instrumento de mandato em anexo), vem, mui
respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento nos artigos 243 a
246 do Código Civil cumulado com os artigos 811 a 813 do Código de Processo Civil,
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
propor AÇÃO DE EXECUÇÃO PARA ENTREGA DE COISA INCERTA
em face de NOME DO EXECUTADO, nacionalidade, estado civil, [existência de
união estável - convivente em regime de união estável] profissão, portador da Cédula
de Identidade RG n. ____________, devidamente inscrito no CPF/MF sob o n.
_____________, endereço eletrônico, residente e domiciliado na Rua ____________
n. _____, no bairro de ____________, na cidade de ____________, nesta Capital, CEP
____________, pelos motivos de fato e de direito abaixo articulados:
1. O exequente inscreveu-se em um concurso de
literatura patrocinado pelo executado, conforme demonstra o comprovante da inscrição.
O vencedor desse concurso tinha direito a ganhar um computador da marca
____________, última geração, de acordo com a propaganda veiculada pelo executado.
2. Ao término do concurso, o executado informou
o exequente de que ele havia ganhado o concurso e deveria passar no endereço do
executado, a fim de retirar o notebook. Quando o exequente chegou até o local, o
executado disse que não tinha o notebook disponível e que se comprometia a entregá-lo
no prazo de 30 (trinta) dias. Ambos assinaram um contrato dessa entrega. Passados os
30 (trinta) dias, o executado não cumpriu com a obrigação firmada entre eles.
3. O exequente tentou por diversas vezes uma
conciliação amigável, entretanto, o executado sempre furtou-se ao cumprimento da
obrigação. Nos últimos dias, o executado sequer atende as ligações do exequente,
indicando que ele não quer cumprir com a obrigação pactuada.
4. O caso sub judice enquadra-se na obrigação de
dar coisa incerta, segundo o art. 811 do CPC e 243 do CC. Explica a jurista Maria
Helena Diniz que: “A obrigação de dar coisa incerta ou obrigação genérica (Karl
Larenz) consiste na relação obrigacional em que o objeto, indicado de forma genérica
no início da relação, vem a ser determinado mediante um ato de escolha por ocasião de
seu inadimplemento.”
5. O notebook foi indicado de forma genérica,
porém, não o isenta de cumprir a obrigação. Por esse motivo, compete ao executado,
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
nos termos do art. 811 do CPC “entregá-la individualizada, se lhe couber a escolha.”
Porém, compete ao exequente impugnar a escolha feita pelo executado, de acordo com
o art. 812 do CPC.
Isto posto, requer a Vossa Excelência que se digne
de determinar a citação do executado, nos termos do art. 811, do CPC, a fim de que
entregue o notebook, individualizando-o, no prazo de 15 (quinze) dias sob pena de o
exequente fazê-lo.
Requer ainda que se digne Vossa Excelência de
fixar liminarmente os honorários para a presente execução nos termos do artigo 85, § 1º,
do Código de Processo Civil, seja esta embargada, ou não, pagando, ainda, o executado
as custas e despesas processuais, na forma da lei.
Requer sucessivamente não sendo possível a
execução específica (in natura), nos termos do artigo 809, caput, do Código de
Processo Civil, requer o prosseguimento da execução, nessa eventualidade, por quantia
certa contra devedor solvente, pelo valor de R$ ______________, acrescido de juros e
correção monetária.
Protesta provar o alegado por todos os meios de
prova admitidos em direito.
Dá-se à causa o valor de R$ _______________
para fins de efeitos fiscais.
Nestes termos,
pede deferimento.
Local e data.
Assinatura, nome e OAB.
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
6. MODELO DE PETIÇÃO INICIAL DE EXECUÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE
FAZER
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA
CÍVEL DA COMARCA DE ______________
PROCESSO DE EXECUÇÃO DA OBRIGAÇÃO DE FAZER
NOME DO EXEQUENTE, nacionalidade, estado civil,
[existência de união estável - convivente em regime de união estável] profissão,
portador da Cédula de Identidade RG n. ____________, devidamente inscrito no
CPF/MF sob o n. _____________, endereço eletrônico, residente e domiciliado na Rua
____________ n. _____, no bairro de ____________, na cidade de ____________,
nesta Capital, CEP ____________, por intermédio de seu advogado e bastante
procurador infra-assinado (instrumento de mandato em anexo), vem, mui
respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento nos artigos 247 a
249 do Código Civil cumulado com os artigos 815 a 821 do Código de Processo Civil,
propor AÇÃO DE EXECUÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER em face de NOME
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
DO EXECUTADO, nacionalidade, estado civil, [existência de união estável -
convivente em regime de união estável] profissão, portador da Cédula de Identidade
RG n. ____________, devidamente inscrito no CPF/MF sob o n. _____________,
endereço eletrônico, residente e domiciliado na Rua ____________ n. _____, no bairro
de ____________, na cidade de ____________, nesta Capital, CEP ____________,
pelos motivos de fato e de direito abaixo articulados:
1. O exequente firmou com o executado contrato de
restauração da obra “Estatua Viva” do Museu Municipal de ___________ no qual este
se obrigou a executar o serviço no prazo de 02 (dois) meses. O executado recebeu à
vista pelo trabalho a quantia de R$ 100.000,00 (cem mil reais), de acordo com o
contrato e o recibo de pagamento em anexo. Todavia, ele não cumpriu com o pactuado.
O exequente tentou amigavelmente fazer com que o executasse cumprisse a obrigação,
mas ele se mostrou irredutível.
2. É importante salientar que o executado foi escolhido
pelo exequente, porque ele é restaurador especializado em recuperar estátuas de
madeira. Portanto, a escolha deu-se pelos conhecimentos técnicos do executado.
3. Nesse caso, a obrigação de fazer é de natureza
infungível, por consistir num facere que só pode, ante a natureza da prestação ou por
disposição contratual, ser executado pelo próprio executado, sendo, portanto, intuitu
personae, uma vez que o exequente levou em consideração as qualidades pessoais do
executado.
4. O contrato acostado aos autos é um título executivo
extrajudicial líquido, certo e exigível, conforme dispõe o artigo 784, inciso II
combinado com o artigo 783 ambos do Código de Processo Civil. Dessa forma, deve o
executado ser compelido a cumprir com a obrigação pactuada no contrato.
Isto posto, requer a Vossa Excelência, nos termos do
artigo 815 e seguintes do Código de Processo Civil, o executado seja obrigado a
restaurar a “Estátua Viva” do Museu da cidade de ______________, conforme consta
do contrato em anexo, citando-o para que cumpra a obrigação no prazo de 02 (dois)
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
meses a contar da citação, ou outro prazo que este juízo entender ser cabível, sob pena
de multa diária a ser fixada por Vossa Excelência nos termos do artigo 814 do Código
de Processo Civil, condenando-o também nas custas, despesas processuais e honorários
advocatícios, de acordo com o artigo 85, § 1º, do Código de Processo Civil, tudo
devidamente atualizado.
Se o executado não satisfizer a obrigação no prazo
designado, requer a Vossa Excelência que se digne de determinar ao executado que
devolva a quantia paga, as despesas e custas processuais, condenando-o ainda em perdas
e danos pelos prejuízos causados ao exequente, além dos honorários advocatícios,
consoante o artigo 85, § 1º, do Código de Processo Civil, tudo devidamente corrigido
monetariamente.
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova
admitidos em direito.
Dá-se à causa o valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais) a
título de alçada.
Nestes termos,
pede deferimento.
Local e data.
Assinatura, nome e OAB.