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PROFESSOR: EDER FABENI CONTEÚDO: DEFINIÇÕES E ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS DATA: 17.10.2018

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PROFESSOR: EDER FABENI CONTEÚDO: DEFINIÇÕES E ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS

DATA: 17.10.2018

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• Na prática, o lançamento corresponde à verificação daocorrência do fato gerador pela pessoa competente e á sualiquidação. Verificada a ocorrência do fato gerador,identifica-se quem deve adimplir a obrigação (sujeitopassivo) e em favor de quem (sujeito ativo). Ademais, estaobrigação é quantificada, calculando-se o valor do tributo (ede eventual multa) a ser recolhido.

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• De conformidade com o princípio da irretroatividade da legislaçãotributária, o lançamento rege-se pela lei vigente ao tempo daocorrência do fato gerador a que se reporta, sendo quemodificações introduzidas de ofício ou por decisão administrativaou judicial nos critérios para o lançamento somente podem serefetivadas, em relação a um mesmo sujeito passivo, quanto a fatosgeradores posteriores a essas modificações.

• O lançamento, após a notificação do sujeito passivo, não se altera,a não ser nos casos excepcionados pelo art. 145 do CTN:

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I - impugnação do sujeito passivo;

II - recurso de ofício;

III- iniciativa de ofício da autoridade administrativa, nos casos previstos no artigo 149.

Art. 145. O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo só podeser alterado em virtude de:

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• Art. 149. O lançamento é efetuado e revisto de ofício pela autoridadeadministrativa nos seguintes casos:

I - quando a lei assim o determine;

II - quando a declaração não seja prestada, por quem de direito, no prazo e naforma da legislação tributária;

III - quando a pessoa legalmente obrigada, embora tenha prestado declaraçãonos termos do inciso anterior, deixe de atender, no prazo e na forma dalegislação tributária, a pedido de esclarecimento formulado pela autoridadeadministrativa, recuse-se a prestá-lo ou não o preste satisfatoriamente, a juízodaquela autoridade;

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IV - quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a qualquerelemento definido na legislação tributária como sendo de declaraçãoobrigatória;

V - quando se comprove omissão ou inexatidão, por parte da pessoalegalmente obrigada, no exercício da atividade a que se refere o artigoseguinte;

VI - quando se comprove ação ou omissão do sujeito passivo, ou de terceirolegalmente obrigado, que dê lugar à aplicação de penalidade pecuniária;

VII - quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em benefíciodaquele, agiu com dolo, fraude ou simulação;

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VIII - quando deva ser apreciado fato não conhecido ou não provadopor ocasião do lançamento anterior;

IX - quando se comprove que, no lançamento anterior, ocorreufraude ou falta funcional da autoridade que o efetuou, ou omissão,pela mesma autoridade, de ato ou formalidade especial.

Parágrafo único. A revisão do lançamento só pode ser iniciadaenquanto não extinto o direito da Fazenda Pública.

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• Após a constituição do crédito pela administração tributária e anotificação do sujeito passivo, abre-se a oportunidade decontestação da obrigação e do montante cobrado. Isto se dá pormeio de uma impugnação, também denominada recursoadministrativo. Caso o fisco ao apreciar esta impugnação, dê razãoao sujeito passivo, o lançamento anteriormente efetuado pode sermodificado.

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• Ademais, o lançamento também pode ser alterado de ofício, masapenas nos casos do art. 149 do CTN.

• No entanto, nos casos de erro de direito, ou seja, modificação dainterpretação da legislação tributária pelo fisco (ainda que decorrade decisão administrativa ou judicial), não será possível modificar olançamento já realizado.

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6.3. Modalidades de Lançamento Tributário

• O CTN prevê três modalidades de lançamento tributário, ou seja,três maneiras pelas quais o crédito tributário pode ser constituído.

• São elas: lançamento de ofício (ou direto), lançamento pordeclaração (ou misto) e lançamento por homologação (ouautolançamento)

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6.3.1. Lançamento de ofício

• O lançamento de ofício é aquele em que o próprio fisco apura omontante devido e notifica o sujeito passivo para que pague. É ocaso do IPVA e do IPTU, na maioria dos estados e Municípios, emque o fisco calcula o valor do imposto devido por cada contribuintee notifica-o para que pague. Note-se que não há participaçãodireta do sujeito passivo.

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• Além dos casos em que a lei prevê originariamente o lançamentode ofício, pode ele ocorrer para revisar lançamentos feitosanteriormente por qualquer das outras modalidades, ou paraefetivar lançamentos que deveriam ter sido feitos por outrasmodalidades e não foram, nos termos do art. 149 do CTN,respeitado sempre o prazo decadencial fixado.

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• Em resumo, além dos casos em que a lei originariamentedetermina o lançamento por ofício (caso do IPTU, na maioria dosmunicípios), a autoridade deve valer-se de tal modalidade deconstituição do crédito nos casos de omissão, insuficiência,inexatidão, erro, falta funcional, fraude, dolo ou simulação amacular declarações, esclarecimentos ou lançamentos anteriores,ou ainda quando seja necessário apreciar fato não conhecido ounão provado quando do lançamento anterior.

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• Esse lançamento subsidiário ou substituto se dá pela autuaçãofiscal, após procedimento fiscalizatório (autuação = lançamento deoficio relacionado à fiscalização tributária).

• Reiteramos que o fisco somente pode rever o lançamento anteriorem caso de erro de fato (quanto à existência ou às característicasdo fato), e não em caso de erro direito (quanto à corretainterpretação e aplicação da legislação tributária).

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• De qualquer forma, eventual revisão do lançamento somentepoderá ocorrer dentro do prazo decadencial (prazo dentro do qualo fisco pode constituir o crédito tributário).

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• Como exemplo, se um fiscal lança um tributo, aplicando umaalíquota de 10% pois identificou a operação tributada como sendovenda de um motor elétrico, mas posteriormente verifica que setratava de venda de motor a diesel, cuja alíquota é de 15%, tal fiscalcometeu um erro de fato e deve rever o lançamento corrigindo aalíquota aplicável, desde que não tenha transcorrido o prazodecadencial). Mas, como outro exemplo, se o fiscal identificoucorretamente a operação como sendo venda de um motor a diesel,mas interpretou incorretamente a lei, entendendo que era caso deaplicação da alíquota de 10%, não poderá posteriormente rever olançamento, pois ocorreu um erro de direito.

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6.3.2. Lançamento por declaração

• O lançamento por declaração é iniciado pelo sujeito passivo quefornece determinadas informações ao fisco. A administraçãotributária, por sua vez, com base nas informações fornecidas,conclui a constituição do crédito, notificando o sujeito passivo paraque realize o pagamento.

• São raros os exemplos de tributos lançados por declaração. Háalguns autores que citam o ITR , embora a legislação específicadesse tributo refira-se ao lançamento por homologação.

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• A declaração pode ser retificada pelo próprio declarante ou pelaautoridade. No caso do declarante, para reduzir ou excluir tributomediante comprovação de erro e somente antes de notificado dolançamento. A autoridade, por sua vez, pode retificar de ofício oserros na declaração quando apuráveis pelo exame da declaração.

• Importante salientar que, embora o declarante não possa maisretificar a declaração após a notificação do lançamento, nadaimpede que o sujeito passivo, posteriormente, impugne aconstituição do crédito por meio de recurso administrativo oumesmo por ação judicial.

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