profetas maiores daniel semiba
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Profetas Maiores:
Livro de Daniel
Profeta e seu contexto
Arquitetura e Estrutura do livro
Seção Narrativa e Profética
Apocalíptica
1
Daniel: Deus é meu juíz
• BH faz parte dos Escritos e está entre Ester e Esdras-Neemias
• O livro de Daniel situa no exílio durante os domínios babilônico, medo e persa
• Daniel foi levado para Babilônia em 605 ou 597 (cf. Dn 1,1) e viveu pelo menos até 537 a.C. (Dn 10,1)
• Deve ter alcançado mais de 80 anos de idade
• Contemporâneo da profeta Ezequiel, em Ez 14,14.20 menciona um personagem chamado Daniel ou Danel.
2
Contexto histórico 1
• Período Babilônico: 605-539 a.C.
• Nabucodonosor (605-562)
• Evil Merodaque (562-560)
• Neriglissar (560-556)
• Nabonido-Belsazar co-regência pai e filho
• (556-539)
• Período Persa: 538-331 a.C.
• Ciro
• Xerxes
• Artaxerxes3
Contexto histórico 2
• Período Grego: 331-167 a.C.
• Filipe de Macedônia
• Alexandre, o Grande
• Ptolomeus: 321-198 a.C. (Egito)
• Selêucidas: 198-167 a.C. (Síria)
• Período Hasmoneu (Macabeu): 167-63 a.C.
• Período Romano: 63-135 d.C.
• Herodes: 63-4 a.C.
• Procuradores 4 a.C. a 70 d.C.
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Arquitetura do Livro 1
• Primeira Parte: Dn 1-6, relatos exemplares
• Segunda Parte: Dn 7-12, visões apocalípticas
• Terceira Parte: Dn 13,14, tradição lendária
• Dn 1,1-2,4a; 8-12 em hebraico
• Dn 2,4b-7 em aramaico
• Dn 3,24-90 e 13-14 em grego
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Arquitetura do Livro 2
• Dn 1-6: reis pagãos abertos e simpáticos,
dispostos à conversão, o sistema não é
problema para os judeus, mas sim de
algumas minorias que são hostis
• Cosmovisão monista. Tradição mais antiga.
• Dn 7-12: o rei pagão encarna o mal absoluto
em sua oposição radical ao Deus de Israel
• Cosmovisão dualista. Época de Macabeus6
Estrutura quiástica2 Uma visão de quatro reinos e seu final
(Nabucodonosor)
3 Fidelidade e salvação miraculosa
(os três amigos)
4 Experiência de julgamento e previsão
(Nabucodonosor)
5 Experiência de julgamento e previsão
(Belsazar)
6 Fidelidade e salvação miraculosa
(Daniel)
7 Uma visão de quatro reinos e seu final
(Daniel)7
Estrutura do Livro• Parte I (1-6) Os seis relatos exemplares:
• Três narrativas de tentações:
• Prova dos alimentos 1,1-21
• Prova do fogo 3,1-23
• Prova dos animais ferozes 6,1-29
• Três narrativas de interpretações:
• Sonhos de Nabucodonosor 2,1-49
• Sonhos de Nabucodonosor 3,98-4,34
• Visões de Baltasar 5,1-30 8
Estrutura do Livro
• Parte II (7-12) As cinco visões apocalípticas:
•
• A visão da Besta do Mar e do Filho do
homem (7,1-27)
• A visão do Carneiro e do Bode (8,1-27)
• A visão da setenta semanas (9,1-27)
• A visão do diálogo com o anjo ao grande rio
(10,1-21)
• A visão do reino do sul e reino do norte
(11,1-12,13) 9
Formação de Texto 1
• A data da escrita varia entre 536 a 167 a.C.
• A 1ª parte do livro, quanto a língua, marco social e perspectivas teológicas, deve ter sido escrita na primeira fase da época helenística
• A 2ª parte do livro deve ter sido escrita durante a Guerra dos Macabeus (167-164 a.C.) e terminada antes da morte de Antíoco IV Epifânio
• Evidência interna: diferença da cosmovisão10
Formação de Texto 2
• A base histórica de Dn 1-6 é a diáspora oriental, e o seu contexto histórico-geográfico: o rei tem nome e endereço
• Ao contrário, em Dn 7-12 os reis não têm nome, ambiente nada favorável, descrição negativa e simbólica de confronto de poderes
• shalom de Deus no exílio x opressão na terra
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Temas em Daniel
• Monoteísmo: piedade judaica
• História universal: interesse pela hist. univ.
• Escatologia: intervenção de Deus
• Anjos e demônios: angelologia
• Ressurreição: retribuição pós-morte (12,2)
• Filho do homem: messianismo
• Os reinos: Os quatro reinos na figura animal: leão, urso, leopardo e um animal estranho
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Seção narrativa 1
• Prova dos alimentos:
• A recusa da comida do rei nada tem a ver com as leis da pureza judaica. Mas é manifestação da distância crítica que Daniel pretende instaurar.
• O alimento régio aparece como o instrumento para que os jovens obtenham a ciência caldeia. Portanto, a prova de que a sabedoria vem de Deus. Com a abstinência Daniel, Ananias, Misael e Azarias foram avaliados como sendo dez vezes mais inteligentes do que todos os magos e adivinhos de todo seu reino.
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Seção narrativa 2
• Interpretação do primeiro sonho do rei:
• No mundo antigo a interpretação dos sonhos constituía uma função ampla na vida pública e particular.
• O rei queria que os magos adivinhem o sonho sem que tenha contado. Uma situação absurda
• Daniel pede que Deus o revelasse. Este fato fez notório a superioridade da sabedoria de Daniel.
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Seção narrativa 3• Prova do fogo:
• Tem por protagonistas os três colegas de Daniel.
• Todos são convocados para adorar a estátua de Nabucodonosor. Atenção convergiu sobre os três jovens hebreus que pretendem adorar a imagem régia. O rei condena os jovens à prova de fogo. A fornalha é acesa sete vezes mais e até os carrascos foram cremados. Os três jovens passeiam no meio das chamas com a presença da quarta pessoa (divina).
• O rei pessoalmente declara libertação reconhecendo a superioridade do seu Deus.
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Seção narrativa 4
• Interpretação do segundo sonho do rei:
• Novamente, todos os magos, mágicos, caldeus e astrólogos são convocados a interpretar, mas em vão.
• Somente Daniel que tem em si o espírito dos deuses santos, consegue ler as visões do sonho que o rei teve. (4,6)
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Seção narrativa 5
• Interpretação de visões do Baltasar:
• Cena do banquete do Baltasar.
• A mão que escreve misteriosamente na parede vem interromper a orgia blasfema.
• A corte real se divertem cantando hinos aos deuses de ouro, prata, pedra e madeira.
• Convocação de Daniel e sua interpretação.
• O juízo divino rápido e trágico traz o desfecho.
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Seção narrativa 6
• Prova dos animais ferozes:
• Daniel é submetido à prova de sua fé monoteísta
• É lançado na cova dos leões como alimento, mas Daniel não renega Deus.
• Milagrosamente as bocas do leão são fechadas e Daniel sai ileso.
• Os perseguidores são devorados por leões.
• O rei torna-se ainda mais amigo de Daniel.
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Seção profética 1
• Visão de quatro animais:
• Daniel ele mesmo torna-se vidente (7,1)
• Sobem do mar quatro animais:
• (1) um leão alado,
• (2) um urso,
• (3) uma pantera de quatro cabeças com asas de pássaro e, enfim,
• (4) um animal indescritível, com dez protuberâncias, no meio das quais desponta um pequeno chifre.
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Seção profética 2
• Visão de quatro animais:
• Constituição do tribunal presidido pelo Ancião dos dias. Os livros foram abertos.
• O animal é morto e aos animais restantes foi tirado todo poder. Após a sentença, um novo elemento aparece e vai ao Ancião dos dias.
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Seção profética 2
• Visão do carneiro e do bode:
• Um carneiro com dois chifres de tamanho desigual dá chifradas para oeste, norte e sul
• E um bode veloz que vem do ocidente que derruba o carneiro. Inesperadamente o chifre do bode se quebra e é substituído por outros quatro.
• A duração desse período é 2300 tardes e noites, isto é, três anos e meio.
• Carneiro: império Persa; Bode: império Grego21
Seção profética 3
• Visão das setenta semanas:
• A contagem dos anos que Jeremias estabeleceu para o exílio.
• Enquanto Daniel ora para solucionar o enigma. Gabriel vem para explicar: não se trata de 70 anos, mas de 70 semanas de anos.
• Explicação do período do exílio
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Seção profética 4
• A visão do diálogo com o anjo ao grande rio
• Menção de um Rio grande (não define se é Tigre ou Eufrates)
• Este capítulo serve como uma introdução ao restante do livro
• Descreve sobre a preparação espiritual que receptor da revelação, caso Daniel, cumpria antes de encontrar com o anjo (mensageiro)
• O diálogo relata o mundo espiritual: principado de anjos e sua relação de poderes: príncipes do reino da Pérsia, da Grécia e Miguel, príncipe de Israel 23
Seção profética 5
• Visão das setenta semanas:
• Após as 1ª sete semanas (49 anos) será consagrado um chefe; durante a outras 62 serão reconstruídas a Jerusalém, no fim de período um ungido será morto (9,26)
• Na última semana a Jerusalém será invadida por um rei estrangeiro, que fará cessar o sacrifício e a oblação, mas seu fim é certa.
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Seção profética 6
• Visão de reino do sul e reino do norte:
• Depois de Ciro, haverá mais três reis na Pérsia. O último será vencida por general da Grécia, cujo império será dividido em quatro reinos. Deste o rei do sul (Ptolomeus) e o do norte (Selêucidas) entrarão em luta entre si.
• Do reino do norte subirá um homem vil. Perseguirá a Israel fazendo cessar os sacrifícios perpétuos no templo.
• O término da abominação da desolação depois de três anos e meio.
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Apocalíptica 1
• A apocalíptica é herdeira da profecia: surge quando esta se extinguiu e pretende levar avante sua missão.
• Apresenta-se como interpretação atualizada de uma profecia.
• A interpretação alegórica é comum.
• É resultado também da atividade sapiencial.
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Apocalíptica 1
• A finalidade da apocalipses não é preparar seus adeptos para enfrentar na resistência ativa, militar, mas de educar e informar sobre o final de uma situação de sofrimento e opressão, real ou imaginária.
• Dar a chave do entendimento da história que aparentemente absurda e sem sentido sob o ponto de vista da fé do crente.
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Apocalíptica 2
• A função da apocalíptica é consolar o povo para resistência passiva. Fortalecer para manter-se firme e resistir, não para lutar.
• Características:
• Transcendência
• Dualismo
• Determinismo
• Liberdade e responsabilidade
• História de mitologia
• Anjos e demônios
• Ressurreição 28
• REFERÊNCIAS:
• 1. DE LACY, J. M. Abrego. Os Livros Proféticos. Coleção Introdução ao Estudo da Bíblia.
2ª ed. São Paulo: Ave Maria, 2006. 295 p.
•
• 2. CARO, J. M. SÁNCHEZ. (ed.) História, Narrativa, Apocalíptica. Coleção Introdução ao
Estudo da Bíblia. São Paulo: Ave Maria, 2004. 479 p.
•
• 3. SCHOKEL, L. Alonso e DIAZ J.L. Sicre. Profetas I: Isaías, Jeremias. Coleção Grande
comentário bíblico. São Paulo: Paulinas. 1988. 680 p.
•
• 4. SCHOKEL, L. Alonso e DIAZ J.L. Sicre. Profetas II: Ezequiel, Profetas menores, Daniel,
Baruc Cartas de Jeremias. Coleção Grande comentário bíblico. São Paulo: Paulinas. 1991.
731 p.
•
• 5. BALLARINI, Teodorico. e outros. Profetismo e Profetas em geral: Isaías, Jeremias,
Lamentações, Baruc, Carta de Jeremias, Ezequiel. Introdução à Bíblia. Vol. II/3. Petrópolis:
Vozes, 1977. 431 p.
•
• 6. BALLARINI, Teodorico. e outros. Os Doze Profetas, Daniel. Introdução à Bíblia. Vol. II/4.
Petrópolis: Vozes, 1978. 282 p.
•
• 7. AMSLER, S. Os Profetas e os livros proféticos. São Paulo: Paulinas, 1992. 452 p.29