programa mais médicos
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Programa “Mais Médicos”
Prof. Elton Zanoni
Agosto/2013
Mais Médicos, filme oficial:
http://www.youtube.com/watch?v=YEGfpIjRtg8
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Entenda o programa
O governo anunciou que 1.618 médicos, entre eles 358
estrangeiros, foram selecionados no primeiro mês do
programa Mais Médicos, lançado com o objetivo de levar
mais médicos a cidades do país onde há carência desses profissionais.
Esse número representa 10,5% da demanda total do projeto,
já que foram requisitados 15.460 médicos, em 3.511
municípios.
LEVAR MÉDICOS AOS LOCAIS COM CARÊNCIA.
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Posição do governo
O governo e seus simpatizantes defendem que o projeto é
uma solução plausível e necessária para aliviar o Sistema
Único de Saúde (SUS). Eles alegam que isso só é possível
com a presença de médicos por todo o país, inclusive nas
regiões mais remotas e pobres. E que, se não houver
brasileiros dispostos a ocuparem esses cargos, uma solução é
que venham os médicos de fora.
PARA MELHORAR O SUS, PRECISAMOS DE
MÉDICOS EM TODOS OS PONTOS DO PAÍS,
SEJAM BRASILEIROS OU ESTRANGEIROS.
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Posição das associações médicas
As associações médicas e boa parte das universidades de
medicina do Brasil reagiram negativamente ao Mais
Médicos, criticando sobretudo a importação de
profissionais estrangeiros.
Eles afirmam que a medida é paliativa, ineficaz e abre uma
brecha para atuação de profissionais cuja formação não foi
endossada pelos órgãos competentes no Brasil.
IMPORTAR MÉDICOS NÃO É A SOLUÇÃO.
MEDIDA É PALIATIVA E ARRISCADA.
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O que é o programa?
O programa foi anunciado pelo governo em 8 de julho, logo
após a onda de protestos no país, e prevê um pacote de
medidas emergenciais para melhorar o atendimento no
SUS, como investimentos em centros de saúde e na
contratação de médicos.
O PROGRAMA É UMA RESPOSTA AOS PROTESTOS
E PREVÊ UMA SÉRIE DE AÇÕES, ALÉM DA
CONTRATAÇÃO DE MÉDICOS.
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Realmente faltam médicos no Brasil?
Segundo o governo, o Brasil possui hoje 1,8 médico a cada
mil habitantes, um número baixo se comparado a países
como a Argentina (3,2) e Espanha (4).
A classe médica afirma que não há escassez de profissionais,
e, sim, uma má distribuição deles, com uma concentração
alta em regiões como Sul e Sudeste e déficit no Norte e em
áreas mais remotas do Nordeste.
GOVERNO: HÁ POUCOS MÉDICOS.
CLASSE MÉDICA: EXISTE APENAS MÁ DISTRIBUIÇÃO.
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Índices estaduais de quantos médico por mil habitantes.
(Fonte: Portal da Saúde/dados de 2012)
Os médicos
contratados irão
trabalhar na periferia
das grandes cidades e
nos municípios do
interior do país.
A intenção é superar a
má distribuição de
profissionais pelo
território nacional.
Apesar da média
nacional ser de 1,8
médicos por mil
habitantes, há 22
estados abaixo deste
índice.
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Segundo pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o
Brasil possui hoje 1,8 médicos por mil habitantes, atrás de países da América
Latina e também da Europa. A meta do governo é elevar essa
proporção para 2,5.
Fonte: Portal da Saúde/Governo Federal www.elton.pro.br
Onde estão as vagas do programa?
Prioritariamente nas regiões do país onde a falta de
profissionais é mais latente.
Após uma convocatória do governo, mais de 3,5 mil cidades
declararam o interesse pelo programa, solicitando o trabalho
de mais de 15 mil médicos.
Os que foram chamados pelo programa vão
trabalhar, em sua maioria, em Unidades Básicas de
Saúde.
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Como funciona a inscrição e
contratação dos médicos?
Em um primeiro momento, as vagas foram oferecidas para
médicos brasileiros interessados. Como não houve o
preenchimento de todas as vagas por brasileiros nessa
primeira etapa, as vagas foram então abertas para médicos
brasileiros que se formaram no exterior e aos estrangeiros.
No processo de inscrição, o médico indica o município que
tem interesse em trabalhar dentro de cada um dos grupos
determinados pelo governo.
OS ESTRANGEIROS SÓ FORAM RECRUTADOS
POIS AS VAGAS ABERTAS A BRASILEIROS NÃO
FORAM TODAS PREENCHIDAS. www.elton.pro.br
Como funciona a inscrição e a
contratação dos médicos?
A escolha é aceita ou não pelo governo e, então, o candidato
precisa confirmar seu interesse para finalizar o processo.
Os médicos brasileiros selecionados pelo programa irão
começar a trabalhar no início de setembro. Os formados no
exterior, na segunda quinzena do mesmo mês.
OS MÉDICOS COMEÇAM A ATUAR EM SETEMBRO.
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Quais serão os deveres dos médicos e
os seus benefícios?
A cargo horária é de 40 horas semanais, por um período
de três anos, que pode ser renovado uma única vez (ou seja,
o médico pode ficar até seis anos dentro do programa).
Os profissionais ganham uma bolsa de R$ 10 mil por mês,
mais uma ajuda de custo cujo valor depende da região onde a
vaga está localizada. Há o pagamento de INSS, porém a bolsa
não incluiu 13º salário, FGTS e horas extras.
Os custos de moradia e alimentação ficarão a cargo dos
municípios.
40 HORAS/SEMANA, POR 3 ANOS
MORADIA/ALIMENTAÇÃO PREFEITURA www.elton.pro.br
Quais os requisitos para um profissional
estrangeiro participar do Mais Médicos?
De acordo com o governo, só serão selecionados médicos
formados em instituições reconhecidas por seus
países e com formação acadêmica equivalente à adotada no
Brasil.
Além disso, só podem concorrer médicos estrangeiros vindos
de países com proporção de profissionais maior que a do
Brasil (1,8 médico por mil habitantes).
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Quais os requisitos para um profissional
estrangeiro participar do Mais Médicos?
Os médicos deverão passar, logo ao chegarem no Brasil, por
um curso de especialização em atendimento de atenção
básica, que dura três semanas (de 26 de agosto a 13 de
setembro) e será ministrado em universidades inicialmente
em Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte,
Brasília, Salvador, Recife e Fortaleza.
HAVERÁ UM CURSO DE 3 SEMANAS
AOS MÉDICOS SELECIONADOS.
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Quais os requisitos para um profissional
estrangeiro participar do Mais Médicos?
Durante essa etapa, eles também terão de se submeter a
cursos sobre o funcionamento do SUS e a aulas de português.
No total, a carga horária será de 120 horas.
No entanto, eles não terão de se submeter ao Exame Nacional
de Revalidação de Diplomas Médicos, o Revalida, que
usualmente é exigido a médicos estrangeiros que venham
atuar no Brasil.
NÃO SE EXIGIRÁ O “REVALIDA”.
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De onde vêm os médicos que estudaram no exterior e
como será a atuação deles no Programa?
Com o fim do primeiro mês de inscrição, foi confirmada a
participação de 522 médicos formados no exterior –
358 estrangeiros e o restante, brasileiros.
Eles estudaram em 32 países, com destaque para 142
médicos formados na Argentina e cem profissionais com
diplomas da Espanha. Em seguida, há 74 formados em Cuba,
45 em Portugal e 42 na Venezuela.
Entre os 358 estrangeiros mencionados acima, não há
médicos com a nacionalidade cubana, já que governo
brasileiro negociou a vinda desses profissionais à parte.
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De onde vêm os médicos que estudaram no exterior e
como será a atuação deles no Programa?
Todos terão um registro provisório concedido pelo
Conselho Regional de Medicina, cuja validade é restrita ao
tempo que eles ficarem no país e na região determinada pelo
Mais Médicos, e terão um supervisor vindo de uma
universidade federal, que lhe fará visitas periódicas e ficará à
disposição para tirar dúvidas via telefone, segundo o governo.
MÉDICOS RECEBERÃO UM REGISTRO PROVISÓRIO.
TERÃO UM SUPERVISOR À DISPOSIÇÃO.
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E os médicos cubanos?
Em 21 de agosto foi anunciada a contratação de 4 mil
médicos cubanos para atuarem no Brasil.
Anteriormente, essas contratações haviam sido descartadas,
pois tiveram repercussão negativa ao serem anunciadas.
Após fracasso de participação de brasileiros e outros
estrangeiros no “Mais Médicos”, as negociações foram
retomadas e fechadas.
O governo cubano usa os seus médicos como
produto de exportação e meios de obter divisas.
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E os médicos cubanos?
O acordo envolve os ministérios da Saúde do Brasil e
de Cuba e a Organização Pan-Americana de Saúde
(Opas), que fará o contrato com a ilha de Fidel Castro.
De acordo com Padilha, o Brasil repassará à Organização
exatamente a mesma quantia que pagará aos médicos
brasileiros: R$ 10 mil por mês, mais até R$ 30 mil de custos
de mudança, em um contrato total de R$ 511 milhões
até fevereiro de 2014.
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Fonte: O Globo www.elton.pro.br
E os médicos cubanos? A diferença é que os cubanos verão uma pequena parte desse
dinheiro. Todos os recursos serão entregues ao governo cubano, que fará o pagamento - em média, em outros contratos semelhantes, 30% do recebido pelo governo cubano.
Padilha, no entanto, afirma que não cabe ao governo brasileiro questionar isso e que não sabe qual será o salário dos cubanos.
O representante da Opas no Brasil, Joaquín Molina, responsável direto pela negociação, também disse não saber quanto ganhariam os cubanos.
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Qual são os motivos da polêmica sobre
a contratação de estrangeiros?
Entidades médicas como a Federação Nacional dos Médicos contestaram, inclusive judicialmente em várias instâncias, esse ponto do Mais Médicos.
Primeiro, afirmam que muitos desses médicos podem não estar familiarizados com as condições e as doenças mais típicas do Brasil.
As entidades criticam o fato de eles não precisarem ser submetidos ao Revalida. Isso abriria espaço para profissionais cuja formação acadêmica não foi avaliada nos padrões tradicionalmente exigidos no país, o que poderia acarretar na contratação de médicos pouco qualificados.
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Qual são os motivos da polêmica sobre
a contratação de estrangeiros?
Boa parte da classe médica também critica as bases do
programa, dizendo que o oferecimento de uma bolsa em
uma vaga temporária em vez de um plano de carreira
sólido, por exemplo, vai atrair médicos que desejam ficar
apenas um tempo naquela cidade, resolvendo o problema da
escassez de profissionais apenas temporariamente.
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O que o governo diz sobre as críticas?
O Ministério da Saúde afirma que não usará o Revalida para evitar que, com a revalidação plena, os médicos possam exercer a profissão em qualquer local do país, não apenas nos determinados pelo Mais Médicos.
O risco, segundo o governo, é que eles migrem para o setor privado de saúde.
Segundo a lógica do governo, sem o Revalida, os estrangeiros ficam atrelados a um contrato temporário e assim não causam um impacto no mercado de trabalho brasileiro, ou seja, não concorrem com os outros médicos que atuam no país.
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O que o governo diz sobre as críticas?
Quanto ao fato de os médicos não estarem familiarizados
com as condições e doenças típicas do Brasil, o governo
afirma que os estrangeiros ou formados no exterior vão
passar por um treinamento justamente para resolver esse
problema.
Por fim, sobre a ausência de um plano de carreira, o
Ministério da Saúde diz que o programa tem um caráter
emergencial, já que, nesse primeiro momento, não há
como acelerar a formação de novos profissionais
para solucionar o problema de falta de médicos.
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O que o governo diz sobre as críticas?
O Ministério afirma ainda, que paralelamente à contratação
de médicos, estão em curso ações de investimentos na
infraestrutura do setor de saúde, assim como a expansão
de vagas nas faculdades de medicina e nas residências
médicas, para que, no futuro, não seja mais necessária a
vinda de estrangeiros.
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Como serão os investimentos no setor
de saúde, a longo prazo?
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Como serão os investimentos no setor
de saúde, a longo prazo?
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Vídeo
Programa “3 a 1” / TV Brasil:
http://www.youtube.com/watch?v=WU1bB0_1GG4
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