programas de formaÇÃo institucionalizados como um “lugar” de valorizaÇÃo da docÊncia...
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PROGRAMAS DE FORMAÇÃO INSTITUCIONALIZADOS COMO UM “LUGAR” DE VALORIZAÇÃO DA DOCÊNCIA UNIVERSITÁRIA
Programa de Formação Docente Universitária: experiência da Universidade de São Paulo
Profa. Dra. Adriana Katia Corrêa Grupo de Apoio Pedagógico
do Campus USP Ribeirão PretoComissão de Apoio PedagógicoPró-Reitoria de Graduação USP
Maio 2015 – UNICAMP
• OrigensOrigens• Ações FormativasAções Formativas• Avanços do Programa de Formação de ProfessoresAvanços do Programa de Formação de Professores• Retrocessos do Programa de Formação de Retrocessos do Programa de Formação de
ProfessoresProfessores• Tensões e Desafios do Programa de Formação de Tensões e Desafios do Programa de Formação de
ProfessoresProfessores
- Pimenta, S. G; Almeida, M.I. Pedagogia universitária: caminhos - Pimenta, S. G; Almeida, M.I. Pedagogia universitária: caminhos para a formação de professores, São Paulo, Cortez, 2011;para a formação de professores, São Paulo, Cortez, 2011;
- Almeida, M.I. Formação do professor do ensino superior: desafios - Almeida, M.I. Formação do professor do ensino superior: desafios e políticas institucionais, São Paulo, Cortez, 2012;e políticas institucionais, São Paulo, Cortez, 2012;
- Veiga, I.P.A. (coord). Universidade e desenvolvimento profissional - Veiga, I.P.A. (coord). Universidade e desenvolvimento profissional docente: propostas em debate, Araraquara, Junqueira & Marin, docente: propostas em debate, Araraquara, Junqueira & Marin, 2012.2012.
- Corrêa, A.K.; Catirse, A.; Soares, E.G., Silva, G.M.; Souza, M.C.B.; - Corrêa, A.K.; Catirse, A.; Soares, E.G., Silva, G.M.; Souza, M.C.B.; Gonçalves, M.F.C.; Rivas, N.P.P.; Iamamoto, Y. Curso pedagogia Gonçalves, M.F.C.; Rivas, N.P.P.; Iamamoto, Y. Curso pedagogia universitária: os professores e sua prática pedagógica. Artigo em universitária: os professores e sua prática pedagógica. Artigo em avaliação na Revista Diálogo Educacional.avaliação na Revista Diálogo Educacional.
ORIGENS: de iniciativa local à constituição de programa de formação institucionalizado
•2002 – Idealizada a constituição do Grupo de Apoio Pedagógico do Campus USP Ribeirão Preto pelos Presidentes de Comissão de Graduação das Unidades do Campus - atividades iniciadas em setembro de 2002;
•2004 – Institucionalizada formação de Grupos de Apoio Pedagógico na Universidade pela Portaria Interna Pró-G nº4/2004, que dispõe sobre as principais ações de apoio pedagógico ao docente na USP.
ORIGENS: de iniciativa local à constituição de programa de formação
institucionalizadoPolítica de Valorização do Ensino de Graduação
•Constituição de grupos de apoio pedagógico é uma das estratégias utilizadas pela Pró-Reitoria de Graduação, nas últimas gestões.
– GAPs – Unidades/ Campus– GAP CENTRAL – Coordenadores – atuação junto à
Pró-G– Comissão de Apoio Pedagógico – CAP – 2009 –
Comissão Assessora
FINALIDADE DA COMISSÃO DE APOIO PEDAGÓGICO
• A Comissão de Apoio Pedagógico (CAP) tem por finalidade assessorar o Conselho de Graduação (CoG), suas Câmaras e a Pró-Reitoria de Graduação (Pró-G) na elaboração implementação e acompanhamento da política de aperfeiçoamento pedagógico do corpo docente da Universidade de São Paulo, de acordo com as políticas nacionais e institucionais relacionadas ao ensino de graduação.
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Em cada GAP – Unidades USP, Campus USP;GAPRP – Período 2002- Maio 2015Palestras / Evento 26;Oficinas – Temáticas Pedagógicas – 11 (4 em
2012; 4 em 2013 e 3 em 2014) Curso Pedagogia Universitária do
Interior – em articulação com CAP – 2008, 2009, 2011 e 2015.
AÇÕES FORMATIVAS
AÇÕES FORMATIVASCapital – Ações da CAP
Seminários de Pedagogia Universitária 21.Eventos: 3
Cursos Pedagogia Universitária – de 2007, 2008, 2009 e 2011 – na capital e Ribeirão Preto / 2015 – Ribeirão Preto;
Total Universidade 08 Cursos (240 a 260 horas – encontros mensais / quinzenais – Atividades Presenciais e à distância).
Cerca de 500 docentes participantes (USP – cerca de 5700 professores)Objetivo: “estimular o desenvolvimento de intervenções no cotidiano, buscando efetivar o papel da pedagogia no ensino superior e compreender, renovar e valorizar o seu lugar nas práticas de coordenação pedagógica e de atuação docente nos contextos institucionais”.Duração de 6 a 10 encontros mensais (6 horas por encontro); 04 encontros quinzenais - três meses por semestre.
AÇÕES FORMATIVASCursos Pedagogia Universitária
PREMISSAS
•Leitura crítica da realidade, gerando questionamentos dos valores presentes nas políticas e no modo de organizar o trabalho na Universidade, tendo em vista o contexto sócio político brasileiro. A docência não comporta apenas uma dimensão técnica, mas pedagógica e política, tendo em vista o desenvolvimento do compromisso social pelo docente;
•Formação como processo contínuo que se potencializa na construção coletiva de aprendizagem, na articulação teoria-prática – reflexão a partir da realidade / potencial transformador: reflexão sobre a prática pedagógica reconstruindo-a em diálogo com elementos teórico-conceituais do campo de saber da pedagogia universitária;
•Fundamentos do programa de formação docente – perspectiva crítica de educação – processo formativo dialógico e reflexivo – superar senso comum e compreender trabalho docente em suas distintas dimensões – considerar universidade e suas finalidades, os interesses presentes; a lógica mercadológica em confronto com a perspectiva de formação humana.
AÇÕES FORMATIVASCursos Pedagogia Universitária
Temáticas: contextualização do Ensino Superior no Brasil, identidade docente, gestão de cursos, currículo e projeto político-pedagógico, processo de ensino-aprendizagem, metodologia e avaliação, planejamento
Organização:•Responsáveis por ministrar cursos – modelos diversos: convidado externo com participação de docentes do GAPRP e CAP; incentivo de maior participação dos docentes da Faculdade de Educação/Curso de Pedagogia da própria Universidade; curso com participação quase exclusiva dos docentes do GAPRP.
Financiamento: Pró-Reitoria de Graduação
Participantes: docentes de distintos cursos da universidade, com predomínio das áreas da saúde e exatas, em distintos momentos da carreira universitária – participação espontânea
•Versão de curso específica para coordenadores e membros de Comissão de Graduação – foco gestão pedagógica.
AVANÇOS • Problemática da formação docente ganha
destaque em diversas instâncias relacionadas ao ensino de graduação;
• Questões relevantes sobre o ensino universitário são trazidas à tona – expansão do ensino superior, o avanço da lógica de mercado, perfil de alunos, novas demandas do mundo do trabalho, impacto tecnológico ...
• Discussões ampliadas, relacionadas às dimensões político-econômicas e sociais, envolvendo as condições concretas do trabalho docente na universidade.
• Constituição de grupos de apoio pedagógico com a participação de docentes de diversos campos de conhecimento;
• Constituição da CAP como grupo assessor – participação na elaboração e acompanhamento das políticas de formação docente;
Estrutura para cuidar da formação pedagógica
• Foco maior na organização de ações pedagógicas de caráter mais contínuo, reflexivo, dialógico e com potencial transformador das práticas pedagógicas – Cursos Pedagogia Universitária;
• Articulações com outras instâncias relacionadas ao ensino de graduação – interface com gestão pedagógica (trabalho para reconstituir/constituir grupos coordenadores de cursos);
• Formulação de indicadores para avaliação do trabalho docente - Inserção da participação em programas de formação docente pode ser considerado nos processos de avaliação docente;
• Disparador/apoio a alguns processos de mudança de currículo em vários cursos e algumas mudanças nos programas de disciplinas – superar “paradigma transmissivo”.
RETROCESSOS • Dificuldades de manutenção de profissional
responsável mais permanente para ministrar cursos;
• Tendência à organização de ações formativas pontuais – “enquete” junto aos professores - compreensão das práticas formativas restritas à dimensão técnica
• Limites de ordem financeira
• Em alguns momentos, nesse contexto, certo “encolhimento” de atuação da CAP.
Tensões• Universidade pública – lógica de mercado X fins sociais -
formação humana (política e emancipadora);
• Exigências para atuação docente X Condições Concretas do Trabalho docente;
• Valorização do ensino X Ênfase na pesquisa – produtivismo;
• Formação docente crítico-reflexiva / ”lógica emancipadora” X instrumentalização/”lógica domesticadora”;
• Formação docente: projeto individual X projeto coletivo;
DESAFIOS• Fortalecimento dos GAPs - possibilitar atuação
questionadora e ativa da CAP;
• Lidar com as mudanças de gestão – fortalecimento da política de formação docente;
• Extrapolar a compreensão das práticas formativas restritas à dimensão técnica (nos diversos grupos);
• Como aliar a dimensão das tecnologias de ensino nas ações de formação docente que se pretendem críticas, emancipadoras;
• Como aliar formação docente com participação política promovendo novos olhares e ações relativas ao trabalho docente e à universidade como instituição social;
• Construir ações agregadoras que fortaleçam a troca de experiências e de ações coletivas no que se refere aos programas de formação docente, o que inclui a produção de conhecimentos a partir das ações formadoras;
• Intensificar movimentos que de fato transformem a universidade em “lugar” de formação docente -
No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
Carlos Drummond de Andrade
OBRIGADA!