projecto cÁritas diocesana do funchal ed.r.f.p.. d.r.f.p. centro novas oportunidades centro novas...
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PROJECTOPROJECTO
CÁRITAS DIOCESANA CÁRITAS DIOCESANA DO FUNCHALDO FUNCHAL
EED.R.F.P.D.R.F.P.
D.R.F.P.D.R.F.P.
CENTRO NOVAS CENTRO NOVAS OPORTUNIDADESOPORTUNIDADES
PROCESSO PROCESSO RVCCRVCC
Centro Novas Centro Novas Oportunidades Oportunidades
O Que é?O Que é?• É um espaço que está sedeado na
D.R.F.P.
• Possui uma Equipa de Profissionais que actua, no sentido de ReconhecerReconhecer, ValidarValidar ee Certificar CompetênciasCertificar Competências que os AdultosAdultos adquirem ao longo da sua vida, possibilitando a obtenção de uma certificação de 1º, 2º ou 3º ciclos do 1º, 2º ou 3º ciclos do ensino básico, ou ainda do ensino ensino básico, ou ainda do ensino secundário.secundário.
MÉTODO DA DSIMÉTODO DA DSI• Hoje, mais do que nunca, a Igreja
está consciente de que a sua mensagem social encontrará credibilidade: primeiro no testemunho das obrastestemunho das obras e só depois na sua coerência e lógica interna
(Centesimus Annus,57)
• A Igreja, vivendo na história, deve escrutar a fundo os sinais dos os sinais dos tempostempos e interpretá-los à luz do Evangelho(Vatic. II, 1965, Gaudium et Spes, 4; Paulo VI, 1967, Populorum
Progressio, 13)
DSI: RESENHA DSI: RESENHA HISTÓRICAHISTÓRICA
DSIDSI
DOUTORES DA IGREJA
(MORAL SOCIAL)
SAGRADA ESCRITURA
DSI: RESENHA DSI: RESENHA HISTÓRICAHISTÓRICA
Revolução industrial 1891
Leão XIII Rerum
NovarumA questãooperária
Conflitosideológicos
1931 Pio XI Quadragesimo Anno
A subsidiariedade
1937 Pio XI Divini Redemptoris
Refuta o comunismo e o liberalismo
II GuerraMundial Pio XII Mensagens Moral e
direito
DSI: RESENHA DSI: RESENHA HISTÓRICAHISTÓRICA
DescolonizaçãoGuerra Fria
1961
João XXIII
Mater et Magistra
Dignidade da pessoa
1963
Pacem in Terris
O bem comum internacional
Concílio Vaticano II
1965
Gaudium et Spes
Constituição pastoral
DSI: RESENHA DSI: RESENHA HISTÓRICAHISTÓRICA
Terceiro Mundo,Desenvolvimento, Justiça e Paz
1967
Paulo VI
Populorum Progressio
Desenvolvimento todo e de todos
1967
Criação da CPJP
1968
Dia Mundial da Paz
1971
Octagesima Adveniens
Consequências da sociedadepost -industrial
DSI: RESENHA DSI: RESENHA HISTÓRICAHISTÓRICA
Novos desafios no mundo do trabalho
1981
João Paulo II
Laborem Exercens
A ecologia humana do trabalho
O progresso e a ética 1987
Sollicitudo Rei Socialis
Os direitos humanos
Fim do comunismo 1991 Centesimu
s AnnusAs “Res Novae”
1992Catecismo da Igreja Católica
DSI: PRINCÍPIOS DSI: PRINCÍPIOS FUNDAMENTAISFUNDAMENTAIS
PRINCÍPIOS PRINCÍPIOS DE DE
ACÇÃOACÇÃO
PRINCÍPIO DOPRINCÍPIO DO BEM COMUMBEM COMUM
PRINCÍPIO DAPRINCÍPIO DA DIGNIDADEDIGNIDADE E E
CENTRALIDADECENTRALIDADEDA PESSOA HUMANADA PESSOA HUMANA
PRINCÍPIO DO PRINCÍPIO DO DESTINO DESTINO
UNIVERSALUNIVERSALDOS BENSDOS BENS
DSI: PRINCÍPIOS DSI: PRINCÍPIOS FUNDAMENTAISFUNDAMENTAISI -I -Princípio da dignidade e centralidade Princípio da dignidade e centralidade
da pessoa humana:da pessoa humana:
• O ser humano tem dignidade de pessoadignidade de pessoa desde a concepção até à sua morte
(João Paulo II, 1995, Evangelium Vitae)• A dignidade da pessoa humanadignidade da pessoa humana é um valor
transcendente(João Paulo II, Dia Mundial da Paz, 1999,nº2)
• Cada ser humano é pessoa, isto é natureza dotada de inteligência e de vontade livre, possuindo direitos e deveres (…) universais, invioláveis e inalienáveis
(Pacem in Terris, 9)• Só na liberdadeliberdade é que o homem se pode
converter ao bem(Gaudium et Spes, 17)
DSI: PRINCÍPIOS DSI: PRINCÍPIOS FUNDAMENTAISFUNDAMENTAIS
• Pode-se ser melhor pessoamelhor pessoa, mas não se pode ser mais mais pessoapessoa
DSI: PRINCÍPIOS DSI: PRINCÍPIOS FUNDAMENTAISFUNDAMENTAIS
II- II- O princípio do bem comum:O princípio do bem comum:
• Bem comumBem comum: conjunto das condições da vida social que permitem aos grupos e a cada um dos seus membros alcançarem mais plena e facilmente a própria perfeição
(Gaudium et Spes, 26)
DSI: PRINCÍPIOS DSI: PRINCÍPIOS FUNDAMENTAISFUNDAMENTAIS III- III- O princípio do destino universal dos O princípio do destino universal dos
bens:bens:
• Os bens deste mundo são originariamente são originariamente destinados a todosdestinados a todos. O direito à propriedade privada é válido e necessário, mas não anula o valor de tal princípio. Sobre a propriedade pesa, de facto, uma “hipoteca social”“hipoteca social”, quer dizer, nela é reconhecida, como qualidade intrínseca, uma função socialfunção social, fundada e justificada precisamente pelo princípio da destinação universal dos bens
(Sollicitudo Rei Socialis, 42)
DSI: PRINCÍPIOS DSI: PRINCÍPIOS FUNDAMENTAISFUNDAMENTAIS Do princípio do destino universal dos
bens resulta a opção preferencial pelos opção preferencial pelos
pobrespobres:
• Quando a Boa Nova é anunciada aos pobres (Mt 11,5) é sinal de que Cristo está presente
(Catecismo, 2443)
• Cada vez que vós fizestes estas coisas a um dos meus irmãos mais pequenos, a Mim o fizestes
(Mt25, 40)
DSI: PRINCÍPIOS DE DSI: PRINCÍPIOS DE ACÇÃO FUNDAMENTAISACÇÃO FUNDAMENTAIS
SolidariedadSolidariedadeeSubsidiariedaSubsidiarieda
dede
ParticipaçãoParticipação AutoridadeAutoridade
DSI: PRINCÍPIOS DE DSI: PRINCÍPIOS DE ACÇÃOACÇÃOI - I - O princípio da solidariedade:O princípio da solidariedade:
Princípio ordenador Valor humano Responsabilidade pessoal Virtude moral Dever social
DSI: PRINCÍPIOS DE DSI: PRINCÍPIOS DE ACÇÃOACÇÃOI - I - O princípio da solidariedadeO princípio da solidariedade ao longo da DSI:ao longo da DSI:
Amizade (Leão XIII)Caridade social (Pio XI)Civilização do amor (Paulo VI)Maior mandamento social (Novo Catecismo)
DSI: PRINCÍPIOS DE DSI: PRINCÍPIOS DE ACÇÃOACÇÃO I - I - O princípio da solidariedadeO princípio da solidariedade::
• A solidariedade não é um sentimento de compaixão vaga ou de enternecimento superficial pelos males sofridos por tantas pessoas próximas ou distantes. Pelo contrário, é a determinação firme e perseverante de se empenhar pelo bem comum, ou seja pelo bem de todos e de cada um, porque todos nós somos verdadeiramente responsáveis por todos
(Sollicitudo Rei Socialis,38)
DSI: PRINCÍPIOS DE DSI: PRINCÍPIOS DE ACÇÃOACÇÃOII - II - O princípio da O princípio da
subsidiariedade:subsidiariedade:
• Assim como é injusto subtrair aos indivíduos o que eles podem criar com a própria iniciativa e trabalho, para o confiar à comunidade, do mesmo modo, passar para uma sociedade maior e mais elevada o que as comunidades menores e inferiores podem realizar, é uma injustiça (…) O fim natural da sociedade e da sua acção é coadjuvar os seus membros, e não destruí-los nem absorvê-los
(Pio XI, 1931, Quadragesimo Anno)
DSI: PRINCÍPIOS DE DSI: PRINCÍPIOS DE ACÇÃOACÇÃOII - II - O princípio da subsidiariedade:O princípio da subsidiariedade:• Não interferir na vida dos grupos
sociais inferiores nem absorvê-los no que possam fazer por si mesmos
• Proteger e ajudar as sociedades inferiores para a realização do que são capazes
• Suprir a não acção das sociedades inferiores tendo em vista o bem comum (princípio da suplência)
DSI: PRINCÍPIOS DE DSI: PRINCÍPIOS DE ACÇÃOACÇÃO
• A solidariedade sem subsidiariedade pode degenerar facilmente em assistencialismo
• A subsidiariedade sem solidariedade expõe-se ao risco de alimentar formas de localismo egoísta
(Conselho Pontifício Justiça e Paz, 2004)
DSI: PRINCÍPIOS DE DSI: PRINCÍPIOS DE ACÇÃOACÇÃOIII - III - O princípio da autoridadeO princípio da autoridade:
• O Evangelho dá o critério chave para entender como devem actuar os que detêm autoridade (como um serviço): “Todo aquele que quiser ser entre vós o maior, seja vosso servo” (Mt,20,26)
DSI: PRINCÍPIOS DE DSI: PRINCÍPIOS DE ACÇÃOACÇÃOIV - IV - O princípio da participação:O princípio da participação:
• A participação é o empenhamento voluntário e generoso da pessoa nas permutas sociais (…) Este é um dever-direito inerente à dignidade da pessoa humana
(Catecismo, nº 1913)
• A participação implica, como qualquer dever ético uma conversão incessantemente renovada dos parceiros sociais
(Catecismo, nº 1916)
DSI: PRINCÍPIOS E DSI: PRINCÍPIOS E VALORESVALORES• Todos estes valores manifestam:
– A prioridade da éticaética sobre a técnica
– O primado da pessoapessoa sobre as coisas
– A superioridade do espíritoespírito sobre a matéria
(João Paulo II, 1979, Redemptor Hominis, 16)
• O indivíduo “contra” a família• O ter antes do ser• Os direitos antes dos deveres• Os meios acima dos fins• O afastamento entre gerações• O Estado antes da Sociedade• A economia acima da moral social• O desenvolvimento como
sinónimo de crescimento
E NUNCA…E NUNCA…
A PESSOA HUMANAA PESSOA HUMANA• Longe de ser o objecto e o elemento
passivo da vida social, o homem, pelo contrário é, e dela deve ser e permanecer o sujeito, o fundamento e o fim
(Pio XII, Radiomensagem, Natal 44)
• O cristianismo assume (…) o homem, na sua realidade concreta de espírito e matéria, inteligência e vontade
(Mater et Magistra, 2)
A FAMÍLIAA FAMÍLIA• Lugar primeiro da humanização da pessoa e da
sociedade(Christifideles Laici, 40)
• Célula primeira e vital da sociedade(Vaticano II, Apostolicam Actuositatem,11)
• A primeira sociedade natural titular de direitos próprios, naturais, originários, invioláveis e insubstituíveis
• Santuário da vida, sede da cultura da vida(Centesimus Annus, 39)
• Igreja doméstica chamada a anunciar, celebrar e servir o Evangelho da vida
(Evangelium Vitae, 92)• A escola do mais rico humanismo
(Gaudium et Spes, 50)• A primeira escola das virtudes sociais
(Vaticano II, Gravissimum educationis, 3)• Uma comunidade de amor e de solidariedade
(Santa Sé, Carta dos Direitos da Família, 1983)
A FAMÍLIAA FAMÍLIA• Na família a pessoa está sempre no centro da
atenção enquanto fim e nunca como meio(Gaudium et Spes, 47)
• A família encontra a sua legitimação na natureza humana e não no reconhecimento do Estado. A família não é, portanto, para a sociedade e para o Estado, antes a sociedade e o Estado são para a família
(Conselho Pontifício Justiça e Paz, 2004)• A sociedade e o Estado não podem, portanto,
nem absorver, nem substituir, nem reduzir a dimensão social da própria família; devem antes honrá-la, reconhecê-la, respeitá-la e promovê-la segundo o princípio da subsidiariedade.
(Catecismo, nº 2211)
O TRABALHO: O TRABALHO: ANTROPOLOGIA e ÉTICAANTROPOLOGIA e ÉTICA• O primeiro fundamento do valor do
trabalho é o próprio homem, o seu sujeito
(Laborem Exercens, 6)
• O trabalho é para o homem e não o homem para o trabalho
(Laborem Exercens, 6)
• Hoje, mais do que nunca, trabalhar é trabalhar com os outros e trabalhar para os outros
(Centesimus Annus, 31)
O DIREITO AO O DIREITO AO TRABALHOTRABALHO
• O trabalho deve ser remuneradoremunerado de tal modo que permita ao homem e à família levar uma vida digna, tanto material e social, como cultural e espiritual, tendo em conta as funções a a produtividade de cada um, assim como a situação da empresa e o bem comum
(Gaudium et Spes, 67)
O DIREITO AO O DIREITO AO TRABALHOTRABALHO• A verdadeira promoção da mulhermulher exige
que o trabalho seja estruturado de tal maneira que ela não se veja obrigada a pagar a promoção com o abandono daquilo que lhe é específico e com detrimento da família, na qual, como mãe, tem papel insubstituível
(Laborem Exercens, 19)
• É necessário garantir o respeito de horários “humanos” de trabalho e de repouso
(Centesimus Annus,15)
O DIREITO AO O DIREITO AO TRABALHOTRABALHO• O trabalho infantiltrabalho infantil, nas suas formas
intoleráveis, constitui um tipo de violência menos evidente do que outros, mas nem por isso menos terrível
(Dia Mundial da Paz, 1996)
• Os imigrantesimigrantes devem ser acolhidos enquanto pessoas e ajudados, juntamente com as suas famílias, a integrar-se na vida social
(Catecismo, nº 2241)
AS RES NOVAE AS RES NOVAE DO MUNDO LABORALDO MUNDO LABORAL O contexto da globalização:O contexto da globalização:• Novas formas de produção e transformação da
organização do trabalho• Deslocalização e disseminação da tomada de decisões
estratégicas, produção e mercados de consumo• Fragmentação física do ciclo produtivo• Maior flexibilidade no mercado de trabalho e na
gestão dos processos• Alteração da geografia das profissões e qualificações
(tradicionais, novas, emergentes, obsoletas, desaparecidas)
• Novas formas de trabalho não enquadráveis na definição clássica de dependente ou de autónomo
• Velocidade de comunicação sem limites de espaço e de tempo
• Aumento das “actividades anfíbias”
AS RES NOVAE AS RES NOVAE DO MUNDO LABORALDO MUNDO LABORAL
• A globalização a priori não é boa nem é má em si, mas depende do uso que dela faz o homem(João Paulo II, Discurso à Academia Pontifícia das Ciências
Sociais, 2001)
• É necessário globalizar a solidariedade
(João Paulo II, Discurso no dia do trabalhador, 2000)
AS RES NOVAE AS RES NOVAE DO MUNDO LABORALDO MUNDO LABORAL
• A DSI recomenda, antes de tudo, que se evite o erro de considerar que as mudanças em curso ocorrem de modo determinista. O factor decisivo desta complexa fase de mudança é, uma vez mais, o homem
(Laborem Exercens, 10)
INICIATIVA E INICIATIVA E EMPRESAEMPRESA• A empresa não deve ser considerada
apenas como uma “sociedade de capitais”; ela é também uma “sociedade “sociedade de pessoas”de pessoas”, da qual fazem parte, de modo diverso e com responsabilidades específicas, quer aqueles que fornecem o capital necessário para a sua actividade, quer aqueles que colaboram com o seu trabalho
(Centesimus Annus, 43)
• A empresa deve ser uma comunidade solidária (…) e tender para uma “ecologia humana”“ecologia humana” do trabalho
(Centesimus Annus, 38 e 43)
Baseadas:
•Na caridade (amor)caridade (amor)
•Na solidariedadesolidariedade
•Na subsidiariedadesubsidiariedade
•Na proporcionalidade dos meiosproporcionalidade dos meios
UMA NOVA DIMENSÃO DAS RELAÇÕES E UMA NOVA DIMENSÃO DAS RELAÇÕES E TRANSFERÊNCIA SOCIAISTRANSFERÊNCIA SOCIAIS
UMA NOVA DIMENSÃO DAS UMA NOVA DIMENSÃO DAS RELAÇÕES RELAÇÕES E TRANSFERÊNCIA SOCIAISE TRANSFERÊNCIA SOCIAIS Na caridade (amor)Na caridade (amor):
• A afirmação de que as estruturas justas tornariam supérfluas as obra de caridade esconde, de facto, uma concepção materialista do homem: o preconceito segundo o qual o homem viveria “só de pão” (Mt, 4, 4) – convicção que humilha o homem e ignora precisamente aquilo que é mais especificamente humano
(Deus Caritas Est, 28)• O amor – caritas – será sempre necessário,
mesmo na sociedade mais justa. Não há qualquer ordenamento estatal justo que possa tornar supérfluo o serviço do amor.
(Deus Caritas Est, 28)
UMA NOVA DIMENSÃO DAS UMA NOVA DIMENSÃO DAS RELAÇÕES RELAÇÕES E TRANSFERÊNCIA SOCIAIS E TRANSFERÊNCIA SOCIAIS Na solidariedadeNa solidariedade:• Como um valor e não uma técnica• Como uma expressão de liberdade,
não uma norma exterior ou imposta• Fundamentada em princípios
inalienáveis de dignidade do Homem, e não em interesses circunstanciais
• Como um estímulo activo e não uma dependência estigmática
• Como uma referência de exemplaridade
UMA NOVA DIMENSÃO DAS UMA NOVA DIMENSÃO DAS RELAÇÕES RELAÇÕES E TRANSFERÊNCIA SOCIAISE TRANSFERÊNCIA SOCIAIS Na subsidiariedadeNa subsidiariedade:• Numa harmoniosa hierarquia e
subordinação de valores: o ser antes do ter; a convivência antes do isolamento, a família antes da cidade; a cidade antes do Estado
• Na ordem das coisas subordinada à ordem das pessoas
• Na afirmação de uma cultura de partilha solidária de riscos, e não apenas de uma atitude passiva de dependência
• Na obrigação do Estado respeitar e proteger a solidariedade das famílias e dos corpos intermédios
UMA NOVA DIMENSÃO DAS UMA NOVA DIMENSÃO DAS RELAÇÕES RELAÇÕES E TRANSFERÊNCIA SOCIAISE TRANSFERÊNCIA SOCIAIS Na proporcionalidade dos meiosNa proporcionalidade dos meios::• Através de um justo equilíbrio entre riqueza e
distribuição• Através da edificação de uma economia
competitiva e solidária que potencie o principio da reciprocidade, respeite a liberdade de criação e de adesão e a igualdade de oportunidades
• Através da melhor combinação possível entre recursos monetários e não monetários e renováveis (tempo, competência, saberes, partilha, gratidão, lealdade, gratuitidade, etc.)
• Através de uma sintonia social entre as macro-políticas e as micro-iniciativas
• Através de uma intervenção estatal que não caia nos excessos de burocracia e de tecnocracia social
UMA NOVA DIMENSÃO DAS UMA NOVA DIMENSÃO DAS RELAÇÕES RELAÇÕES E TRANSFERÊNCIA SOCIAISE TRANSFERÊNCIA SOCIAIS
• Construir uma grande solidariedade de mentes, corações e mãos capaz de vencer as diferenças e as divisões
(João Paulo II)
OS CONTRASTESOS CONTRASTES““1º 1º Mundo”Mundo”
““2º 2º Mundo”Mundo”
““3º 3º Mundo”Mundo”
AlimentaçAlimentaçãoão
Que devo comer para não engordar?
Que há para comer?
Comerei hoje?
VestuárioVestuárioQue modelo estreio?
Que visto hoje?
Tenho roupa?
NecessidaNecessidadesdes
Dispõem do supérfluo
Têm o necessário
Carecem do básico
EsperançaEsperança Antecipam o futuro
Pensam no futuro
Sofrem o presente
OS CONTRASTES e OS OS CONTRASTES e OS DESAFIOSDESAFIOS• Se queres a paz vai ao
encontro dos pobres(Dia Mundial da Paz, 1993)
• A medida moral de uma economia é a maneira como trata os pobres
(Conferência Episcopal dos EUA, 1998)
• Melhor que distribuir dinheiro é distribuir oportunidades
OS CONTRASTES e OS OS CONTRASTES e OS DESAFIOSDESAFIOS
•ABUNDÂNCIA = f (ter)
•DIGNIDADE = f (ser)
OS CONTRASTES e OS OS CONTRASTES e OS DESAFIOSDESAFIOS• Indivisibilidade dos direitos humanos• Indissociabilidade dos riscos sociais• O dualismo social• As novas formas de pobreza, exiguidade,
exclusão e vulnerabilidade• A pobreza de escolhas e de oportunidades• A persistência da pobreza• A pobreza potencial e ameaçadora• Os sem-poder e a não participação• Compartimentação dos problemas e
segmentação das soluções• O primado das estatísticas
OS CONTRASTES e OS OS CONTRASTES e OS DESAFIOSDESAFIOS• Nós sabemos que a pobreza significa, antes
de mais, ter fome de pão, necessitar de roupas, e não ter abrigo. Mas existe um tipo de pobreza muito maior. Representa ser indesejado, não ser amado, ser esquecido. Significa não ter alguém a quem chamar seu.
• Fica sabendo que os mais pobres dos pobres estão entre os teus vizinhos, no teu bairro, na tua cidade, talvez até na tua própria família. Quando os conheceres, isso fará com que os ames
(Beata Teresa de Calcutá)
OS CONTRASTES e OS OS CONTRASTES e OS DESAFIOSDESAFIOS• Dada a sua pouca voz, a ideia da
pobreza é, muitas vezes, a imagem que a própria sociedade dela tem:
“ É pobre ou torna-se pobre aquele que se sente pobre”
(Stoleru)
“É pobre aquele que os outros consideram pobre”
(J.P. Sartre)
IGUALDADE DE IGUALDADE DE OPORTUNIDADESOPORTUNIDADES
• PREVENÇÃO como solução• REPARAÇÃO como meio• PROMOÇÃO como valor• INOVAÇÃO como método
• A ECONOMIA DE TROCATROCA• A ECONOMIA DE DOMDOM
IGUALDADE DE IGUALDADE DE OPORTUNIDADESOPORTUNIDADES
•O meu direito à igualdade é poder ser diferente de ti
•O meu direito à diferença é dever ser igual a ti
Inserção Inserção
InclusãoInclusão
Meio Meio SocialSocialPessoaPessoa
ParticipaçãParticipaçãoo
IGUALDADE DE IGUALDADE DE OPORTUNIDADESOPORTUNIDADES
ff [[(3(3XXE)E)XXSS]] = = √DD
igual à
raiz do
(EDUCAÇÃO+ECONOMIA+ÉT(EDUCAÇÃO+ECONOMIA+ÉTICA)ICA) vezesvezes
SOLIDARIEDASOLIDARIEDADEDE
DESENVOLVIMENDESENVOLVIMENTOTO
Elevado àElevado à famíliafamília
DESENVOLVIMENTODESENVOLVIMENTO A origem da palavra:
DES (ENVOLVIMENTO)
Na sua dimensão»Individual»Comunitária ou social»Cultural e natural
O primado da quantidade, do nível de vida e do produtivismo:
Crescimento (económico)Crescimento (económico)
O primado da qualidade, do modo de vida e da integralidade:
Desenvolvimento (humano)Desenvolvimento (humano)
DESENVOLVIMENTODESENVOLVIMENTO• O subdesenvolvimento dos nossos dias não é
apenas económico; mas é também cultural, político e simplesmente humano (…). De modo que, chegados a este ponto, é forçoso perguntar se (…) não será, pelo menos em parte, o resultado de uma concepção demasiado limitada, ou seja predominantemente económica do desenvolvimento
Sollicitudo Rei Socialis, 15• Para haver desenvolvimento autêntico ou nele
participam todas as nações do mundo ou não será na verdade desenvolvimento
(Sollicitudo Rei Socialis, 17)• A encíclica Sollicitudo Rei Socialis introduz a
diferença entre progresso e desenvolvimento ao afirmar que “o verdadeiro desenvolvimento não pode limitar-se à multiplicação dos bens e dos serviços, isto é aquilo que se possui, mas deve contribuir para a plenitude do ‘ser’ do homem”
(Conselho Pontifício Justiça e Paz, 2004)
DESENVOLVIMENTODESENVOLVIMENTO
•O desenvolvimento é o nome novo da paz
(Paulo VI)
DESENVOLVIMENTODESENVOLVIMENTO
• Dimensão económica do Estado
• Dimensão social do mercado
• Dimensão ética e cívica da sociedade
SERSER
TERTER
SABERSABER
FAZERFAZER
DARDAR
AMARAMAR
LEMBRARLEMBRAR
SONHARSONHAR
DESENVOLVIMENTODESENVOLVIMENTO
Pergunta:Pergunta:• ““Por favorPor favor, dê-nos a , dê-nos a sua sua
opiniãoopinião sobre a sobre a escassezescassez de de alimentosalimentos no no resto do mundoresto do mundo””
UMA “SONDAGEM” UMA “SONDAGEM” FALHADAFALHADA
Liberdade: SER
Necessidade: TER
Responsabilidade: PARTILHAR
Conhecimento: SABER
Generosidade: DAR
• O Titanic foi feito por profissionais. A Arca de Noé foi feita por amadores.
(Anónimo)
ALGUNS ALGUNS ADVERSÁRIOS ADVERSÁRIOS
• No plano éticoético: o relativismo• No plano comportamentalcomportamental: a indiferença e a
licenciosidade• No plano da vidavida: a “cultura da morte”• No plano espiritualespiritual: o positivismo hedonista• No plano geracionalgeracional: o egoísmo• No plano institucionalinstitucional: a “cultura anti-família”• No plano socialsocial: o individualismo predador• No plano económicoeconómico: o utilitarismo, o
endeusamento do mercado ou do Estado• No plano religiosoreligioso: o fanatismo• No plano políticopolítico: a “miopia” e o “culto
mediatista”
Política sem Política sem
princípiosprincípios
OS SETE PECADOS SOCIAIS:OS SETE PECADOS SOCIAIS:
(Mahatma Gandhi)
Religião sem Religião sem
sacrifíciosacrifício
Fortuna sem trabalhoFortuna sem trabalhoEducação sem Educação sem
caráctercarácterCiência sem Ciência sem
humanidadehumanidadeComércio sem moralComércio sem moral
Prazer sem Prazer sem
consciênciaconsciência
A oração é o fruto do silêncioA oração é o fruto do silêncioO fruto do silêncio é a féO fruto do silêncio é a fé
O fruto da fé é o amorO fruto da fé é o amor O fruto do amor é o serviçoO fruto do amor é o serviço O fruto do serviço é a pazO fruto do serviço é a paz
(Beata Teresa de Calcutá)
•SSe Deus não está e Deus não está presente em nós, tudo presente em nós, tudo se torna completamente se torna completamente insuficienteinsuficiente
(Bento XVI)