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Relatório final do Projeto Ecossistemas EmpreendedoresTRANSCRIPT
Relatório final
Projeto Ecossistemas Empreendedores
Ecossistemas Empreendedores
Agenda
1) Introdução
2) Domínios
3) Modelagem de Posicionamento de EJs em Ecossistemas Empreendedores
•Capital Humano
•Cultura
•Políticas
•Finanças
•Suporte
•Mercado
Introdução
O que são ecossistemas empreendedores?
Imagine um ambiente onde diversos atores interagem para a sua sobrevivência, evolução e
desenvolvimento. Em biologia, isso poderia ser um breve conceito de ecossistema.
Agora, imagine uma força invisível que faz com que seres humanos se arrisquem e busquem
por soluções para os seus próprios problemas e problemas de seus iguais. Num sentido amplo,
essa força é a definição de empreendedorismo.
Então, o que são ECOSSISTEMAS EMPREENDEDORES?
?
Introdução
O que são ecossistemas empreendedores?
Desta forma, define-se um ecossistema empreendedor como um ambiente (bairro, cidade,
região, etc) dotado de atores que, em maior ou menor grau, contribuem para o
desenvolvimento do empreendedorismo através de suas interações.
No presente projeto, será usado o framework desenvolvido pela Babson College – maior
universidade dedicada ao empreendedorismo no mundo – para ilustrar um ecossistema
empreendedor.
Introdução
Ecossistemas Empreendedores
Políticas
Finanças
Cultura Suporte
Capital
Humano
Mercados
Framework desenvolvido por Daniel Isenberg, professor de Harvard e da Babson College
Introdução
E como é isso em Minas Gerais?
A sinergia e a intensidade da interação entre estes atores é fundamental para o seu bom
funcionamento. Em Minas Gerais, essa interação carece de sincronia e desenvolvimento de seus
atores. Tendo em vista o propósito de criar um estado mais empreendedor, a FEJEMG
desenvolve estudos sobre como cobrir as lacunas existentes. Este projeto tem, então, os
seguintes objetivos:
1) Mapear os principais atores do ecossistema empreendedor mineiro
2) Analisar o relacionamento dos atores entre si
3) Definir oportunidades e ações por parte da FEJEMG em relação ao ecossistema
empreendedor mineiro
4) Elaboração de uma agenda institucional para a FEJEMG
5) Desenho de um framework de atuação das empresas juniores em seus próprios
ecossistemas, favorecendo a execução de suas estratégias em consonância com a estratégia do
Movimento Empresa Júnior e o propósito “Minas Empreendedora”
Introdução
Hipóteses
Para sustentar o desenvolvimento do projeto, foram traçadas hipóteses sobre como o
Movimento Empresa Júnior contribui para o desenvolvimento de ecossistemas
empreendedores, sendo elas as seguintes:
2
1 3
Políticas
Finanças
Cultura Suporte
Capital
Humano
Mercados O MEJ impacta diretamente no suporte às
empresas através de seus serviços (1), na
formação de líderes empreendedores mais
preparados (2) e na formação da cultura
empreendedora nos locais em que está
presente (3).
Introdução
A estratégia do Movimento Empresa Júnior
BRASIL EMPREENDEDOR
Em 2015 seremos o principal movimento de empreendedorismo
universitário do país e construiremos resultados de maneira integrada para
potencializar a formação empreendedora e o desenvolvimento do Brasil
Aprendizado
por Projetos
Aprendizado
por Gestão
Cultura
Empreendedora
Propósito compartilhado
Visão do MEJ
Formação empreendedora oferecida
pelas empresas juniores
Introdução
Os domínios
A primeira fase do projeto envolve um entendimento de cada um dos seis domínio a partir do
framework base. Neste relatório, serão apresentadas as informações referentes a três deles:
capital humano, cultura empreendedora e políticas públicas para o empreendedorismo.
Confira a seguir...
Capital Humano
Introdução
Como se sabe, tudo que se conhece é criado por pessoas. Num ecossistema empreendedor
isso não é diferente. E para prepararmos essas pessoas e estimular o empreendedorismo,
tomamos como base de análise duas perspectivas: as universidades e as organizações
voltadas ao desenvolvimento empreendedor.
Antes mesmo do ingresso nas universidades, o sistema educacional não aborda o
empreendedorismo. Desta forma, o estimulo a criação de empresas não ocorre de forma a
sustentar o desenvolvimento de novos negócios.
Ainda assim, o problema se sustenta nos currículos das instituições de ensino superior, que
carecem de disciplinas que preparem os graduandos para a criação e desenvolvimento de novas
ideias e negócios.
Capital Humano
Pesquisa Endeavor
Para auxiliar na análise desses fatores, foi utilizada uma pesquisa feita pela Endeavor –
organização global de promoção do empreendedorismo – que buscou identificar o perfil
empreendedor dos universitários mineiros. A seguir, trechos do relatório:
“Uma pesquisa realizada pela Endeavor, maior organização mundial de fomento ao
empreendedorismo, mostra que 8,2% dos universitários mineiros já têm o próprio negócio,
superando a média nacional, de 7,6%. O dado curioso é que a maioria deles, 39,8%, – média
também maior que a nacional – nunca cursou disciplinas ligadas ao tema de
empreendedorismo.”
“A maioria dos estudantes já vê o empreendedorismo com bons olhos (52,8%) e considera a
carreira do empreendedor como algo a ser seguido (48,2%).”
Nacional MG
Muitas vezes penso em me
tornar um empreendedor 48,2% 39,4%
Eu gostaria de me ver como
um empreendedor 52,8% 44,7%
Capital Humano
Pesquisa Endeavor
Podemos perceber alguns pontos interessantes na pesquisa:
a. Apesar dos universitários mineiros serem mais empreendedores do que a média, no geral
a vontade do universitário mineiro em empreender é menor do que a média nacional.
b. Mesmo querendo empreender, poucos estão se preparando para isso.
E as Instituições de Ensino Superior?
Capital Humano
Pesquisa Endeavor - IES
De acordo com a pesquisa, conseguimos tirar algumas percepções sobre o ensino empreendedor
brasileiro:
• As universidades brasileiras não estão conectadas ao mercado. Enquanto 71,4% das universidades no
mundo convidam palestrantes focados em empreendedorismo / empreendedores, apenas 6,3% das
brasileiras tem essa prática.
• Cerca de 37% das universidades no mundo promovem excursões para que seus estudantes entrem em
contato com o empreendedorismo, no Brasil este número cai para 18,8%.
• As universidades brasileiras são fortes em competições de planos de negócios, 75% delas
promovem estas atividades contra 58% em todo o mundo.
• Já o número de universidades que oferecem curso prático de criação de novos negócios
representa 41% nos demais países pesquisados e 30% no Brasil.
Capital Humano
Ensino Empreendedor
Continuando a analisar a educação empreendedora, podemos perceber que o foco das IES é a
educação para a carreira acadêmica, formando excelentes pesquisadores e professores, mas criando
uma carência de empreendedores no ecossistema.
Além disso, podemos perceber que as universidades atualmente não se relacionam com organizações
de estímulo ao desenvolvimento empreendedor, como Endeavor e SEBRAE que seriam fundamentais
para gerar uma educação mais voltada para formação de empreendedores dentro das universidades.
Então, qual o principal meio de formação de empreendedores dentro de nossas IES?
Capital Humano
Empresas Juniores
Podemos ver hoje o potencial de formação das empresas juniores no Brasil, posicionando-as como
uma das principais formadoras de empreendedores dentro das universidades.
O principal ponto de discussão é que algumas universidades/faculdades ainda são céticas sobre a
existência de EJ’s nas mesmas, portanto vemos como principal foco de atuação neste domínio por
parte da FEJEMG o trabalho contínuo para o reconhecimento das empresas juniores dentro de suas
universidades, promovendo a marca e gerando endosso para a criação das próximas EJ’s nas IES.
Cultura Empreendedora
Introdução
Ao analisar a cultura empreendedora do estado ou de qualquer lugar, é importante ressaltar a
definição de empreendedorismo e as características de um empreendedor.
Empreendedorismo designa os estudos relativos ao empreendedor, seu perfil, suas origens,
seu sistema de atividades, seu universo de atuação. Empreendedor é o termo utilizado para
qualificar, ou especificar, principalmente, aquele indivíduo que detém uma forma especial,
inovadora, de se dedicar às atividades de organização, administração, execução;
principalmente na geração de riquezas, na transformação de conhecimentos e bens em novos
produtos – mercadorias ou serviços; gerando um novo método com o seu próprio
conhecimento.
Cultura Empreendedora
Pesquisa Endeavor
Através de um estudo realizado pela Endeavor com o apoio da Ibope Inteligência, que
conseguiu chegar ao perfil de um empreendedor através de entrevistas com donos de
empresas, potenciais empreendedores e outros jovens e adultos que não pretendem abrir um
negócio próprio, temos a seguir algumas das características identificadas:
Podemos também levantar algumas características marcantes nos empreendedores mineiros:
Desconfiado
Conservador
Pouco exaltador da cultura (em alguns lugares)
Desconhecimento do conceito de startup
Apaixonado
Antenado
Independente
Arrojado
Pragmático
Lutador
Cultura Empreendedora
Comparações das características
Como pontos de partidas, podemos analisar as características desconfiado e conservador.
Essas duas são grandes entraves para a cultura empreendedora. Analisando as características
comuns de um empreendedor brasileiro, tem-se a coragem de assumir risco e confiança. O
mineiro então opta por negócios mais concretos e com poucos riscos. Essas duas
características não dizem respeito somente aos empreendedores, mas também a investidores e
mercado.
A falta de investidores com coragem de assumir riscos acaba influenciando também na
cultura empreendedora. Afinal, como se pode abrir um negócio sem investimento? Os
investidores procuram algo mais concreto e que tenha retorno garantido. Podemos tomar
como base o investimento que a maioria da população procura. Poupança, compra de imóveis e
outros investimentos mais seguros. Raramente temos brasileiros investindo na bolsa de valores,
por exemplo, que são investimentos de alto risco. Isso faz com que muitos empreendedores
não se lancem ao mercado, a falta de investidores devido à preferência em algo mais
concreto.
Cultura Empreendedora
Comparações das características
A desconfiança torna o mercado não susceptível a novas mudanças. Novas idéias, novos
negócios, acabam não conseguindo tanto entrar no mercado devido a essa desconfiança que os
mineiros possuem. Isso acarreta ainda no atraso em aplicação de novas tecnologias, novo
métodos, novos conceitos que poderiam, ou até são gerados por empreendedores que
possuem uma visão mais aberta e ampla da situação. O empreendedor fica no entrave
causado então pela falta de investidores em seus negócios e ainda pela desconfiança do
mercado em receber novas ideias, novas práticas, novos negócios.
Como rompermos essas barreiras?
Cultura Empreendedora
Casos de Sucesso
Para se mudar essa visão, podemos trabalhar com exemplos de sucesso em Minas. Com esses
casos palpáveis, facilitamos a implementação de uma cultura empreendedora no estado,
reduzindo a desconfiança.
Para isso, temos Alair Martins, fundador da empresa de atacado Martins; Salim Mattar,
fundador da Localiza, e vários outros casos de sucessos. A demonstração desses casos de
sucesso para um mineiro desconfiado e conservador, pode fazer com que ele tenha mais
confiança em novos negócios e seja apto a tomar riscos. Seria interessante ainda, mostrar casos
mais regionais (dependendo da região de replicação), para que a aceitação dos exemplos
sejam ainda maiores.
Podemos ainda destacar ainda como um caso de sucesso, o San Pedro Valley, ambiente criado
para incentivar a abertura de novas empresas que conta atualmente com mais de 50 start-ups.
Tem como mentor e criador Gustavo Caetano, CEO da Samba Tech. Esse ambiente, que tenta
recriar o Vale do Silicio, conta também com Aceleradoras, Investidoras e Incubadoras e
incentivam ainda mais a criação de novas empresas.
E qual o papel das EJ’s neste domínio?
Cultura Empreendedora
Papel das empresas juniores
Diante desse cenário, as empresas juniores podem agir como disseminadoras da Cultura
Empreendedora em diversas instâncias.
Tendo como foco a disseminação em todo o Movimento Empresa Junior e nos atores
relacionados, as empresas juniores tem como função formar novos empreendedores e
disseminar a cultura em seu ambiente. Podemos ainda funcionar como articuladores das
iniciativas com as universidades, proporcionando o nascimento de mais startups e
disseminando ainda mais a cultura empreendedora no estado.
Políticas
Introdução
Analisar o domínio de Políticas é fundamental para entendermos como são acelerados os
resultados e a abertura de startups no estado, dado que as políticas públicas de apoio ao
desenvolvimento de novas empresas são as mais impactantes na construção de um
ecossistema empreendedor.
A nível federal, ainda conseguimos perceber uma carência de políticas e posturas pró-
empreendedorismo. Isso é percebido através da análise de estudos como tempo médio de
abertura de uma empresa e a baixa quantia de leis de apoio a abertura de novos negócios.
E em Minas Gerais?
Políticas Em Minas Gerais
Em Minas Gerais consegue-se visualizar um cenário muito mais favorável à abertura de uma
empresa do que a média dos outros estados brasileiros!
Essa hipótese foi confirmada através de um contato com o Escritório de Prioridades
Estratégicas de Minas Gerais: um órgão autônomo, ligado diretamente ao governador com a
finalidade de contribuir para a definição e a execução das prioridades estratégicas do Governo,
assumindo papel colaborador junto aos órgãos e entidades da Administração Pública do Poder
Executivo.
Em contato com o Escritório, pudemos perceber o posicionamento claro do governo mineiro,
dando um foco muito maior em políticas para o desenvolvimento econômico de Minas
Gerais do que em políticas assistencialistas ou sociais.
Isso fica ainda mais claro quando analisamos 3 importantes iniciativas apoiadas pelo governo:
1. Startup Minas
2. Minas Fácil
Mas o que são essas iniciativas?
Políticas
Startup Minas
Atualmente, vemos como parte do programa TI Maior do Governo Federal (programa de
aceleramento de startups de tecnologia em determinadas áreas) o Startup Brasil.
O Startup Brasil, hoje, atua indiretamente com as startups, sendo que sua participação baseia-
se no repasse de verbas para as aceleradoras escolhidas que irão repassar a verba e todo seu
trabalho de aceleramento de empresas para as startups escolhidas.
Diferenciando-se do Startup Brasil, o Startup Minas baseou-se no Startup Chile para pautar
suas ideias, ou seja, nesse programa o papel do governo não é, somente, o de repassar
verbas. Pelo contrário, no Startup Minas as startups escolhidas são agraciadas com 4 itens:
Políticas
Startup Minas
1. Seed Capital: dinheiro para se investir em startups em estágio inicial (até 3 anos de
existência)
2. Espaço de coworking: locais de trabalho em comum, promovendo interação contínua de
empreendedores.
3. Programa de mentoria: designação de mentores que auxiliarão no desenvolvimento
dessas startups.
4. Conexões entre os diversos atores do ecossistema, através da promoção de eventos e
iniciativas apoiadas pelo governo.
Políticas
Minas Fácil
Um grande obstáculo para a criação de uma empresa no Brasil sempre foi a burocracia existente
em todo processo de legalização e regulamentação da mesma.
O tempo médio para abertura de uma empresa no Brasil é aproximadamente 150 dias,
desmotivando os empreendedores e desestimulando a abertura das mesmas.
Pensando nisso, o governo de Minas Gerais criou o Sistema Minas Fácil: um programa para
redução do prazo de abertura de uma empresa no estado.
Atualmente, através desse sistema, é possível criar uma empresa frente a Junta Comercial de
Minas Gerais em 3 dias (em Belo Horizonte) ou até 9 dias (caso a empresa seja no interior do
estado), mostrando-se muito menor do que a média nacional.
Políticas
Conclusão
Vemos que as políticas públicas e as práticas do governo mineiro tem gerado resultados a
curto prazo.
Entretanto, as mesmas são concentradas em Belo Horizonte e na sua região metropolitana.
Isso ocorre devido a falta de articuladores no estado como um todo, ou seja, é fundamental a
articulação das EJ’s para que essas prática e políticas cheguem no interior do estado.
Finanças
Introdução
Um empreendedor pode contar com dois tipos de capital para se investir em sua empresa:
1) Capital Próprio
2) Capital de Terceiros
Mais adiante iremos desdobrar e analisar a realidade mineira frente à essas oportunidades dos
empreendedores, mas primeiramente precisamos contextualizar o ciclo de vida de uma
empresa, com o objetivo de entendermos onde cada tipo de capital é investido.
Finanças
Ciclo de Vida de uma Empresa
O diagrama nos mostra como se comporta uma empresa ao longo dos anos e divide-a em 4
estágios: Introdução, Crescimento, Maturidade e Declínio.
Esses estágios são relacionados com o retorno financeiro que a empresa está obtendo com suas
atividades.
Finanças
Introdução
Desdobrando os tipos de capitais, temos que o empreendedor pode captar investimentos de 5
maneiras:
1) Capital próprio (empreendedor)
2) Investimento Anjo (Angel Investment)
3) Capital Semente (Seed Capital)
4) Capital de Risco (Venture Capital)
5) Finaciamentos Bancários
Mas como os tipos de capitais se relacionam com esses estágios?
Finanças
Capital Próprio
A forma mais básica de financiamento com que um empreendedor conta para iniciar uma startup
é o seu próprio capital, ou ainda o capital de familiares e amigos (que pode ser considerado
capital próprio, pois chega na forma de empréstimo, não de maneira comercial ou societária).
Um termo que define muito a utilização desse capital é Bootstraping, onde o investidor recorre à
uma reserva pessoal ou inicia o empreendimento sem auxílio de investidores.
Ou seja, vemos que investimento não é o principal empecilho para a abertura de um negócio,
sendo que o negócio pode ser otimizado através de um fácil acesso aos investidores.
E se o empreendedor necessitar de investimentos?
Finanças
Investidor Anjo
Quando o empreendedor ainda está testando sua ideia de negócio inovadora, pode contar com a
ajuda de um ou mais investidores anjos. Também conhecidos como anjos de negócios, eles são
profissionais experientes, bem-sucedidos, capitalizados e dispostos a participar da criação de
startups. Em troca de seu dinheiro, orientação, networking e dedicação em geral, o investidor anjo
torna-se um sócio da startup.
Finanças
Capital Semente
Existem algumas iniciativas no Brasil chamadas de capital semente, que costumam ser uma
quantidade de dinheiro necessária para o início de uma empresa.
Ou seja, essa capital assim como o Investidor anjo é utilizado no estágio de introdução de uma
nova empresa.
Finanças
Venture Capital
Empresas de venture capital aplicam recursos em startups que já tenham testado seus produtos
e ideias de negócio e estejam prontas para crescer. Esse investimento, comumente maior do que R$
1 milhão, é feito de forma societária, em troca de uma participação na empresa.
Neste tipo de capital temos que ter bem claro a necessidade de a empresa ser uma S.A. (Sociedade
Anônima), com isso trazemos uma breve descrição desse tipo de empresa:
Forma jurídica de constituição de empresas na qual o capital social não se encontra atribuído a um
nome em específico, mas está dividido em ações que podem ser transacionadas livremente, sem
necessidade de escritura pública ou outro ato notarial.1 Por ser uma sociedade de capital, prevê a
obtenção de lucros a serem distribuídos aos acionistas.
Finanças
Empréstimos Bancários
Consiste em tomar um empréstimo em um banco, onde muitas vezes temos taxas melhores e mais
atrativas para novos empreendedores.
No Brasil, contamos com diversos bancos que oferecem uma linha de crédito diferenciada para os
empreendedores individuais.
O Santander, por exemplo, além de uma linha de crédito, mantém um contato estreito com novos
empreendedores através do http://www.santanderempreendedor.com.br/.
Além disso, vemos uma quantidade grande bancos estatais apoiando a abertura de novos negócios,
como BNDES, Banco do Brasil e CAIXA, oferecendo investimento facilitados para empresas em
estágio inicial para obtenção de melhores equipamentos ou criação de um capital de giro.
Finanças
Governo Estadual
Atualmente, como dito anteriormente, o Governo de Minas tem um foco muito grande no
desenvolvimento econômico do Estado com base na abertura de novos negócios, sendo o mesmo
grande apoiador e realizador de iniciativas que incentivem a abertura de novos negócios.
Um exemplo disso, são os eventos realizados em parceria com a FIEMG para estreitar o
relacionamento entre startup e fundos de capital semente, como podemos ver no link abaixo:
http://www.finep.gov.br/imprensa/noticia.asp?noticia=1555
Como mostrado a FINEP hoje é uma grande realizadora desses eventos tendo realizado 12 edições
do Seed Forum, 19 do Venture Forum e 6 do Forum Brasil Abertura de Capital.
Por fim, temos também o CRIATEC, fundo criado pelo BNDES, que já auxiliou na abertura de mais
de 42 empresas no Brasil e está com sua segunda fase em etapa de lançamento.
Finanças
Conclusão
Vemos portanto, que apesar de Minas Gerais ter iniciado a criação dos primeiros fundos de
investimentos, atualmente no Estado não se tem o conhecimento de que é possível investir/captar
capital de risco para investimento em startups.
Com isso, uma das formas mais comuns de investimentos é através do setor bancário, dado a grande
publicidade feito pelas empresas desse setor.
Concluímos, portanto, que um grande ponto de melhoria é a melhoria do acesso e da disseminação
dessas informações para os atores do ecossistema, a fim de criar melhores condições para o pleno
desenvolvimento das empresas no Estado.
Suporte
Introdução
Neste domínio analisaremos organizações e iniciativas que tem como objetivo auxiliar na abertura
de um novo negócio, amplificar seus resultados e estruturar seus modelos negócios. Dentre as
várias formas de alcançar esses resultados, abordaremos as quatro principais iniciativas e
organizações de suporte a empreendedores e empresas, sendo elas:
1) Incubadoras
2) Aceleradoras
3) SEBRAE
4) Empresas Juniores
Suporte
Incubadoras
O processo de incubação é um dos mecanismos mais eficazes para lançar e desenvolver novos
empreendimentos. No Brasil e no mundo as estatísticas revelam que a taxa de mortalidade de
empresas que passam pelo processo de incubação é reduzida de 70% para 20% em comparação
com as empresas normais.
Normalmente atreladas a alguma instituição de ensino superior, as incubadoras oferecem uma
série de facilidades, como:
a. Espaço físico para alojar as empresas;
b. Assessoria para a gestão técnica e empresarial;
c. Infraestrutura e serviços compartilhados: salas de reunião, telefone, fax, acesso à internet,
suporte em informática;
d. Acesso a mecanismos de financiamento;
e. Possibilidade de ampliar mercados e networking;
f. Processo de acompanhamento, avaliação e orientação.
Suporte
Incubadoras
No Brasil, existem 384 incubadoras de empresas, segundo a Anprotec (Associação Nacional de
Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores), sendo que as maiores e mais renomadas
estão filiadas à algum tipo de IES. As incubadoras podem ser divididas em 5 tipos:
- Incubadoras de Base Tecnológica: empresas cujos produtos, processos ou serviços são gerados a
partir de resultados de pesquisas aplicadas e nos quais a tecnologia representa alto valor agregado.
- Incubadoras tradicionais: que abriga empresas dos setores tradicionais da economia, as quais
detêm tecnologia largamente difundida e queiram agregar valor aos produtos, processos ou
serviços.
- Incubadoras mistas: organização que abriga tanto empreendimentos de Base Tecnológica como
de Setores Tradicionais.
- Incubadoras sociais: são incubadoras que apoiam empreendimentos oriundos de projetos sociais.
- Incubadoras de Cooperativas: abrigam empreendimentos associativos em processo de formação
e/ou consolidação.
Em Minas Gerais temos 3 grandes polos de incubadoras, sendo eles Belo Horizonte (UFMG), Viçosa
(UFV) e Juiz de Fora (UFJF)
Suporte
Aceleradoras
Aceleradoras são um tipo moderno de incubadoras de empresas. Diferentemente das incubadoras,
que geralmente são financiadas pelo governo, as aceleradoras são empresas com fins lucrativos e
financiadas com capital privado.
O processo para participar das aceleradoras é aberto, e estas geralmente procuram
por startups consistindo de um time pequeno para apoiá-los financeiramente, oferecer mentoria,
treinamento e participação em eventos durante um período que vai de três a nove meses. Em troca,
as aceleradoras recebem participação societária na empresa.
O principal valor para o empresário que é escolhido para participar do programa da aceleradora,
além do investimento e do treinamento, é a oportunidade de poder estar inserido num ambiente
com outras startups, empresários e investidores, facilitando assim a criação de um networking e
eventualmente criando novas oportunidades para a startup, assim como o acesso à mentores das
aceleradoras, proporcionando uma troca de experiências fundamental para a amplificação de
resultados.
Suporte
Aceleradoras
Em Minas Gerais, ainda não temos uma grande presença deste tipo de organização,
quantitativamente significante. Entretanto, temos que ressaltar que uma das maiores aceleradoras do
Brasil se encontra em Belo Horizonte, a Aceleradora.
Mais uma vez, temos que ressaltar o fato de que a utilização dessas organizações para alavancagem
de um negócio ainda não é muito divulgada entre os empreendedores mineiros.
Suporte
SEBRAE
Provavelmente, o meio de suporte e auxílio à empreendedores e novos negócios mais conhecido no
Brasil. O SEBRAE oferece entre seus principais serviços: Capacitação, Consultoria, Informação, acesso
ao mercado e à serviços financeiros.
O Sebrae presta consultoria a negócios em formação e empresas já formalizadas e mais avançadas.
As consultorias são presenciais e envolvem estudos de viabilidade, planos de negócio, gestão
financeira, marketing, inovação e tecnologia, além de diagnósticos para situações específicas.
Além disso, o SEBRAE oferece cursos gratuitos e subsidiados para o auxílio na gestão das empresas,
capacitando ainda mais os empreendedores brasileiros.
Por fim, o SEBRAE também oferece o Programa SEBRAETEC.
Suporte
SEBRAETEC
O Programa SEBRAETEC é uma ferramenta que permite às empresas de qualquer setor econômico,
acessarem os conhecimentos tecnológicos existentes e disponíveis nas instituições de ensino,
pesquisa e extensão tecnológica, por meio de subsídio de até 80% dos serviços de consultoria
tecnológica individual (com até 400 horas/ano).
O programa tem como objetivos:
1) Identificação detalhada das necessidades e deficiências da empresa em aspectos relacionados
à tecnologia e produção.
2) Elaboração de plano de ação de acordo com o perfil da empresa e os interesses do
empreendedor, com o objetivo de aplicar soluções tecnológicas que elevem o desempenho da
empresa no mercado.
3) Aumento da produtividade, utilização racional de matéria-prima, redução custos de produção,
melhoria do processo de produção, redução dos custos operacionais, melhoria na qualidade final do
produto e aumento da competitividade da empresa no mercado.
Suporte
Empresas Juniores
A função das das empresas juniores é desenvolver pessoal e profissionalmente as pessoas que
compõem o seu quadro por meio da vivência empresarial. Dessa forma, além de atingir seu próprio
objetivo, as EJs contribuem para o desenvolvimento do empreendedorismo em sua região. Em alta
escala, o Movimento Empresa Junior (MEJ) contribui com uma importante parcela no
desenvolvimento empreendedor, empresarial, econômico e social do país.
Isso ocorre pelo fato das EJs terem reduzidos custos operacionais e de tributação, podendo oferecer
serviços de qualidade a um custo baixo podendo atender diretamente as micro e pequenas
empresas, que costumeiramente não tem acesso a consultoria sênior quando enfrentam grandes
dificuldades de gestão.
Vale ressaltar que, com o objetivo de manter a ótima qualidade de serviços, todo o trabalho
executado tem o acompanhamento e a orientação de um professor da respectiva área do
conhecimento.
Mercado
Introdução
O último domínio analisado é, evidentemente, aquele que combina todos os outros e dá forma a um
ecossistema empreendedor. Ao se falar em mercado vem à mente a interação do empreendedor com
seus clientes, seus concorrentes e outros fatores não domináveis.
Desta forma, analisar o mercado através de sua dinâmica de interação e consumo constitui fator
chave para a conclusão do presente relatório.
Mercado
Early Adopters
O presente termo foi criado, inicialmente, para identificar o perfil de cliente que adere a um novo
produto de uma nova empresa. Isso é fundamental no entendimento de um ecossistema
empreendedor devido ao fato de que é um fator que irá determinar o potencial de demanda por
inovação num determinado mercado.
Desta forma, através da visão de especialistas, chegou-se à seguinte conclusão: apesar do perfil do
consumidor mineiro ser dotado de desconfiança e indisposição a novos produtos, o principal gargalo
para o sucesso de novas startups mora no fato de que o foco em venda destas é muito baixo em
detrimento de um foco muito grande em gestão e marketing indireto.
Desta forma, o perfil do consumidor mineiro não é a principal barreira, mas sim a não orientação dos
empreendedores sob uma visão de negócios mais organizada e direcionada ao faturamento.
Mercado
Redes Empreendedoras
Para tal análise, foram consultados materiais e especialistas para a entender como se dão as redes de
relacionamento dos empreendedores do estado.
Assim, divide-se a visão dessas redes sob duas formas: as redes verticais (fornecedor
empreendedor cliente) e as redes horizontais (empreendedor outros empreendedores).
Tendo em vista que tal projeto conduz uma análise agregada do ecossistema empreendedor mineiro,
esta análise se restringe a uma explicação exemplificada de tais redes.
Mercado
Redes Empreendedoras
Nas redes verticais, percebe-se que existem algumas iniciativas de órgãos representativos que
buscam a conexão entre empreendedores que buscam fazer negócio entre si, caracterizando um
ambiente de interação de negócios. Exemplo disso é o Café Empresarial, organizado pelo Conselho
Jovem da Associação Comercial e Empresarial de Juiz de Fora e as Rodadas de Negócios da
AMCHAM em Belo Horizonte. Entretanto, tal prática ainda é rara, o que possibilita que tal iniciativa
possa ser desenvolvida por empresas juniores.
Já as redes horizontes possuem um exemplo forte e dinâmico em Belo Horizonte. O San Pedro Valley
é uma das principais comunidades de startups do Brasil, conseguindo conectar empreendedores
para compartilhar desafios, oportunidades e proporcionar aprendizado coletivo.
Políticas
San Pedro Valley
Políticas
San Pedro Valley
Criado a partir da iniciativa de diversos empreendedores da região metropolitana de Belo
Horizonte, o San Pedro Valley é uma plataforma para conectar e promover a comunidade
empreendedora de Belo Horizonte e região metropolitana.
Atualmente, a plataforma conta com mais de 60 organizações entre startups, coworking space,
aceleradoras e incubadoras.
Com isso, qualquer empreendedor que queira abrir uma nova empresa em Belo Horizonte
consegue ter a sua disposição uma listagem dos principais atores daquele ecossistema ao
qual ele está se inserindo.
http://www.sanpedrovalley.org/
Conclusões
Para que serviu esse relatório?
Como foi possível perceber, todas as análises e levantamentos feitos neste relatório foram, ao
mesmo tempo, amplos e superficiais. Isso ocorreu devido ao fato de que o ambiente em questão
(Minas Gerais) só pode ser analisado de forma agregada enquanto ecossistema empreendedor.
Em contraponto a este relatório, as empresas juniores possuem condições de realizar análises
profundas e concentradas em suas próprias regiões.
Desta forma, o objetivo final deste projeto é, justamente, facilitar às empresas juniores um
posicionamento claro, objetivo e sistemático de suas ações em seus respectivos ecossistemas
empreendedores. Isso se justifica sob duas perspectivas (que também servirão de insumo para a
definição de tal posicionamento) a estratégia da EJ e a estratégia do Movimento Empresa Júnior.
No slides a seguir, será apresentada a ferramenta desenvolvida e sua instrução de uso.
EJ em ação
Quadro Empreendedor
EJs em ação
Como atuar no meu ecossistema empreendedor?
Foi apresentado ao longo do relatório as diferentes partes componentes de um ecossistema
empreendedor – os domínio – através de um framework padrão (originado do Babson
Entrepreneurship Ecosystem Project).
Tendo os insumos como instrução base e aprofundamento no assunto, a pergunta chave é: “E agora?
Como eu posso ser parte fundamental disso?”
Para tanto, foi criado o Quadro Empreendedor, que auxilia as empresas juniores no design de um
posicionamento favorável a três restrições:
1) Estratégia da empresa júnior
2) Estratégia do Movimento Empresa Júnior
3) Lacunas do ecossistema empreendedor
Quadro Empreendedor
Entenda como funciona
Existem cinco componentes chave de um ecossistema empreendedor que se relacionam
diretamente com uma empresa júnior e que, se trabalhados com tal orientação, geram resultado
direto no ecossistema empreendedor em questão:
Mídia e eventos Empreendedores / clientes
MEJ (empresários juniores e pós-juniores)
Universidade Projetos e serviços
Quadro Empreendedor
Entenda como funciona
Podem, então, relacionar-se mutuamente:
Quadro Empreendedor
Entenda como funciona
Originando o Quadro Empreendedor:
Quadro Empreendedor
CULTURA CAPITAL HUMANO SUPORTE
Mídia e Eventos
Universidade
MEJ (Empresários juniores / Pós-juniores)
Empreendedores / Clientes Projetos e serviços
Quadro Empreendedor
CULTURA CAPITAL HUMANO SUPORTE
Mídia e Eventos
Universidade
MEJ (Empresários juniores / Pós-juniores)
Empreendedores / Clientes Projetos e serviços
O que a EJ faz para
estimular a atitude
empreendedora?
Como a EJ assegura que
seus clientes e
empreendedores da região
estão mais capacitados?
Como a atitude
empreendedora é
estimulada em âmbito
universitário?
Como a cultura
empreendedora é cultivada
na EJ?
Como os estudantes são
capacitados pela EJ?
Como são formados
empreendedores na EJ?
Como os projetos e serviços
da EJ garantem aos clientes
maiores competências e
recursos para alcançarem
excelentes resultados?
Como os empreendedores
que chegam até a EJ tem
seus problemas
solucionados?
Quadro Empreendedor
Exemplo (EJ fictícia)
Semana
Empreendedora
Relatório Final
de Projeto
Capacitações
para alunos
Dinâmicas de
valores
Trainee
Capacitações
Projetos de
consultoria
Quadro Empreendedor
É possível reparar que existem alguns eixos que conectam e dão sentido ao quadro. Observe a
seguir:
Eixos
Quadro Empreendedor
CULTURA CAPITAL HUMANO SUPORTE
Mídia e Eventos
Universidade
MEJ (Empresários juniores / Pós-juniores)
Empreendedores / Clientes Projetos e serviços
DESENVOLVIMENTO DE NEGÓCIO
Quadro Empreendedor
CULTURA CAPITAL HUMANO SUPORTE
Mídia e Eventos
Universidade
MEJ (Empresários juniores / Pós-juniores)
Empreendedores / Clientes Projetos e serviços
ATUAÇÃO INSTITUCIONAL E MARKETING
Quadro Empreendedor
CULTURA CAPITAL HUMANO SUPORTE
Mídia e Eventos
Universidade
MEJ (Empresários juniores / Pós-juniores)
Empreendedores / Clientes Projetos e serviços
RETORNO UNIVERSIDADE / SOCIEDADE
Quadro Empreendedor
O Quadro Empreendedor é de uso livre e irrestrito. Seu uso é de responsabilidade da empresa júnior
que dele utiliza e é uma ferramenta para a modelagem de sua atual ou futura atuação em seu
respectivo ecossistema empreendedor.
Recomenda-se sua utilização através de impressão e folha A1 e uso de Post-It® para um design
colaborativo e com a possibilidade de maiores interações e novas ideias.
Bom proveito!
Conclusões
Fontes
Babson Entrepreneurship Ecosystem Project
http://entrepreneurial-revolution.com
San Pedro Valley
http://www.sanpedrovalley.org/
Endeavor MG
http://www.endeavor.org.br
Planejamento Estratégico do Movimento Empresa Júnior
Triênio 2013-2015
http://www.brasiljunior.org.br
Escritório de Prioridades Estratégicas
Governo do Estado de Minas Gerais
http://escritorio.mg.gov.br
Agora é com você!
Por uma Minas Gerais mais empreendedora
[email protected] [email protected]
Relações Institucionais
Marco Aurélio Oliveira
Renan Tiburcio
Ryoichi Penna