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Projeto ICSAP: Construindo Rede de
Cuidado à Saúde em Campinas-SP
XXVII Congresso de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo
III Mostra de Experiências Regionais
São Bernardo do Campo, 06 de março de 2013
Renata Lúcia Gigante e Edson Malvezzi
DISTRITO DE SAÚDE SUL Unidades Assistenciais
16 Centros de Saúde
22 ESF, 8 ESF I, 2 ESF II e 7 EACS
5 Unidades de Referência
1 Pronto Atendimento
2 Ambulatórios de Especialidades
Serviço de Assistência Domiciliar – SAD
Coordenadoria Distrital de Vigilância à Saúde
5 Serviços de Saúde Mental Conveniados
Residências Terapêuticas
2 Centros de Convivência
Centro de Atenção Psicossocial - CAPS Sul
Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas - CAPS ad
Hospital Municipal Dr. Mário Gatti
HOSPITAL MUNICIPAL DR. MÁRIO GATTI
• Possui 230 leitos
• 24 leitos de UTI: 16 ad. / 08 inf.
• Centro Cirúrgico com 07 salas
• Ambulatório com 48 especialidades
• C. Cir. ambulatorial com 04 salas;
• Unacon: Serviço de Radio e Quimioterapia
• Em 2004 reconhecido como Hospital de Ensino
Referência METROPOLITANA para URGÊNCIA e EMERGÊNCIA
Atende em média 1.200 pessoas/dia
Produção Média Mensal 2012
11.463 Consultas PSA
5.145 Consultas PSI
6.610 Consultas ambulatoriais
767 Internações
426 Cirurgias
Possui cerca de 1.600 funcionários
HOSPITAL MUNICIPAL DR. MÁRIO GATTI
Contexto
Apoio do Governo
Integração D.S.Sul e H.M.M.G.
Prioridade Construção Redes de Atenção “ As redes são construídas por pessoas”
Qualificação do cuidado e DCNT na pauta
ICSAP como disparador para qualificação
do cuidado
ICSAP – conceito Internações por Condições Sensíveis a Atenção Primária
Conjunto de agravos em que o cuidado
oportuno e efetivo, ofertado por ações típicas da
atenção primária podem reduzir o risco de
hospitalização.
Constitui indicador da atividade hospitalar que
permite avaliar o acesso e a qualidade da
atenção primária. (ALFRADIQUE et al, 2009)
ICSAP - histórico
Conceito desenvolvido por Billings et all na
década de 1990, nos Estados Unidos.
Atualmente é um dos indicadores de acesso à atenção
de qualidade propostos para os países da (OCDE)
Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento Econômico. (NEDEL et al, 2010)
Países da OCDE
Alemanha França Noruega
Austrália Grécia Nova Zelândia
Áustria Holanda Polônia
Bélgica Hungria Portugal
Canadá Irlanda Reino Unido
Coréia Islândia República Checa
Dinamarca Itália República Eslovaca
Espanha Japão Suécia
Estados Unidos Luxemburgo Suíça
Finlândia México Turquia
ICSAP e AP
Revisões Sistemáticas:
Associação inversa entre o acesso a
serviços da AP e Hospitalização pelas
ICSAP, com melhores resultados em
países com sistema de saúde universal.
(ELIAS, 2008; ALFRADIQUE, 2009; NEDEL, 2010; MENDONÇA, 2011)
ICSAP no BRASIL
MSaúde lança em 2008 a Lista Brasileira de
Condições Sensíveis à Atenção Primária. (BRASIL, 2008)
Estados de MG e CE e município de Curitiba
são pioneiros em estudos sobre ICSAP. (NEDEL et al, 2010)
Em SP, estudo recente aponta tendência de
redução e sugere relação com a adoção da
Estratégia de Saúde da Família. (REHEM e EGRY, 2011)
PORTARIA Nº 221, DE 17 DE ABRIL DE 2008.
O Secretário de Atenção à Saúde, no uso de suas atribuições,
Considerando o estabelecido no Parágrafo único, do art. 1º, da Portaria nº 648/GM, de 28 de março de 2006, que aprova a
Política Nacional de Atenção Básica, determinando que a Secretaria de Atenção à Saúde, do Ministério da
Saúde, publicará os manuais e guias com detalhamento operacional e orientações específicas dessa Política;
Considerando a Estratégia Saúde da Família como prioritária para reorganização da atenção básica no Brasil;
Considerando a institucionalização da avaliação da Atenção Básica no Brasil;
Considerando o impacto da atenção primária em saúde na redução das internações por condições
sensíveis à atenção primária em vários países;
Considerando as listas de internações por condições sensíveis à atenção primária existentes em outros países e a necessidade da criação
de uma lista que refletisse as diversidades das condições de saúde e doença no território nacional; Considerando a possibilidade de incluir indicadores da atividade hospitalar para serem utilizados como medida indireta do funcionamento da
atenção básica brasileira e da Estratégia Saúde da Família; e,
Considerando o resultado da Consulta Pública nº 04, de 20 de setembro de 2007, publicada no Diário Oficial da União nº 183, de 21 de
setembro de 2007, Página 50, Seção 1, com a finalidade de avaliar as proposições apresentadas para elaboração da versão final da
Lista Brasileira de Internações por Condições Sensíveis à Atenção Primária, resolve:
Art. 1º - Publicar, na forma do Anexo desta Portaria, a Lista Brasileira de Internações por Condições Sensíveis à Atenção
Primária.
Parágrafo único - As Condições Sensíveis à Atenção Primária estão listadas por grupos de causas de internações e diagnósticos, de acordo
com a Décima Revisão da Classificação Internacional de Doenças (CID-10).
Art. 2º - Definir que a Lista Brasileira de Internações por Condições Sensíveis à Atenção Primária será utilizada
como instrumento de avaliação da atenção primária e/ou da utilização da atenção hospitalar, podendo ser aplicada
para avaliar o desempenho do sistema de saúde nos âmbitos Nacional,
Estadual e Municipal. Art. 3º - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
JOSÉ CARVALHO DE NORONHA SECRETÁRIO
1 - Doenças preveníveis por imunização e condições sensíveis
2 - Gastroenterites Infecciosas e complicações
3 - Anemia
4 - Deficiências Nutricionais
5 - Infecções de ouvido, nariz e garganta
6 - Pneumonias
7 - Asma
8 - Doenças pulmonares
9 - Hipertensão
10 - Angina
11 - Insuficiência Cardíaca
12 - Doenças Cerebrovasculares
13 - Diabetes melitus
14 - Epilepsias
15 - Infecção no Rim e Trato Urinário
16 - Infecção da pele e tecido subcutâneo
17 - Doença Inflamatória órgãos pélvicos femininos
18 - Úlcera gastrointestinal
19 - Doenças relacionadas ao Pré-Natal e Parto
PORTARIA Nº 221, DE 17 DE ABRIL DE 2008
ICSAP em CAMPINAS linha de base
Nas Internações por ICSAP no SUS Campinas
2004 = 15,11% 2009 = 14,63%
Fonte: http://picc.campinas.sp.gov.br/
CIDADE CURITIBA
PR
SÃO LUIS
MA
SALVADOR
BA
SÃO PAULO
SP
RIO JANEIRO
RJ
GUARULHOS
SP
CAMPINAS
SP
ICSAP
SUS
2009
8,53 8,94 11,07 14,01 14,13 14,59 14,63
Taxa de ICSAP em cidades brasileiras selecionadas com mais de 1.000.000 habitantes, 2009.
Internações por ICSAP no HMMG
2004 = 24,09% 2010 = 18,19%
ICSAP em CAMPINAS linha de base
ICSAP no HMMG - 2004 a 2010
0
5
10
15
20
25
30
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Ano
Pe
rcen
tua
l
(Fonte: SIH RDSP-SUS)
Histórico ICSAP DSSUL e HMMG
2009: Oficina AB
2010: Reuniões HMMG e DSSul
Formulação proposta inicial do Projeto
Apresentação e aprovação às instâncias
2011: Apresentação às unidades
Detalhamento, priorização e cronograma
2012: Início efetivo do Projeto
Ideias centrais do projeto
Utilizar os recursos existentes
Procurar convergência com outras iniciativas
em andamento
Adesão voluntária dos serviços
Propositalmente inacabado
Utilizar conceitos que tivessem consistência
técnica e política com os desafios do SUS
→ ICSAP como um dos eixos do processo
Projeto ICSAP DSSul e HMMG
Território da Intervenção
Rede pública de atenção à saúde do Distrito de Saúde
Sul e o HMMG
16 Centros de Saúde, 1 unidade de Pronto
Atendimento
Pronto Socorro de Adultos, Enfermaria de
Clínica Médica e de Neurologia
Projeto ICSAP
Objetivo Geral:
Qualificação do cuidado oferecido pela rede de
serviços, buscando a garantia de acesso e
continuidade do cuidado, através do estabelecimento de
mecanismos de integração entre os serviços
responsáveis pela atenção às CSAP.
Objetivos Específicos
Identificar fragilidades para acesso e gestão do cuidado: “Nós-
críticos” do itinerário.
Definir e pactuar fluxos e protocolos de atendimento entre unidades.
Reduzir internações, reinternações e tempo de internação pelas CSAP
incluídas no projeto
Otimizar/integrar projetos correlacionados: Gestão da Clínica, Saúde
do Adulto, Vigilância em Saúde, Núcleo de Saúde Coletiva, CCIH/NVE,
Programas de Residências Médica e Multiprofissional.
Consolidar este “processo”.
PROJETO ICSAP
PACIENTES
Idade igual ou superior a 20 (vinte) anos
em observação por período igual ou
superior a 24 (vinte e quatro) horas na
unidade
PROJETO ICSAP
ESCOLHA CSAP
Freqüência das ocorrências
Capacidade agir sobre estes agravos
Convergência com Projetos em andamento
HAS, ICC, AVC, DM, Pneumonias,
Asma e Doenças Pulmonares
PROJETO ICSAP
PROJETO ICSAP – como funcionamos
As Unidades de
Internação ligam
para os CSs para
compartilhar o caso.
UNIDADE REGISTRO NOME DN
IDAD
E
SEX
O
DATA
INTERNAÇÃO DATA ALTA
DIAGNÓSTICO
INERNAÇÃO
OUTROS
DIAG
PRESCRIÇÃO E
ORIENTAÇÃO DE ALTA
CLASSIFICA
ÇÃO RISCO
ENCAMINHA P/
CS
PROFISSIONAL
CONTATADO FF
ACOMPANHADO
PELA UNIDADE
(SIM OU NÃO)
DATA 1º
AGENDAME
NTO
DATA 1ª
CONSULTA
REALIZADA PLANO DE CUIDADO OBSERVAÇÕES
1 SVERDE 307351 MJP 1/22/1955 57 F 1/30/2012 2/3/2012 AVCi
HAS; Lupus
discóide
captopril 25mg 12/12h;
aas100mg;estatina
20mg VERDE SOUSAS
2 PASJ 306179 L G M 13121940 71 F 08/05/2012 8/6/2012 HA BCP VERDE SÃO JOSE MARIA ANGELA 453 Não 1/30/2012 1/30/2012
Encaminhado ao cardiologista
com urgência de acordo com a
orientação de alta do HMMG.
Realizado cadastro no programa
Hiperdia, solicitado exames e
programado retorno com a
Paciente não colheu exames e nem
retornou na consulta programada.
Programado visita domiciliar para o dia
19/03/2012. Tanto o paciente como o
acompanhante com dificuldade
cognitiva.
3 SVERDE 197817 IMB 4/21/1931 80 F 1/18/2012 1/25/2012 AMARELA
PARANAPANE
MA SAULA 3446 Não 2/8/2012 Não compareceu --
Realizado visita pelo ACS. Faz
tratamento pelo convênio. Foi
novamente internada na UNICAMP por
litíase renal e não compareceu no dia
da consulta agendada. Relata que dará
continuidade de seu tratamento pelo
convênio
4 SVERDE 105530 VVS 1/15/1943 69 M 2/6/2012 2/8/2012 AIT
EX-
TABAGISTA , AMARELA OZIEL ANA PAULA 40211 Não 2/14/2012 Não compareceu
Feito visita domiciliar pelo enfermeiro +
agente comunitário e constatado que o
paciente pertence a área do CS Oziel.
Passado o caso para o CS Oziel por
telefone.
5 HMMG 307766 LHG 1/30/1960 51 M 2/6/2012 2/10/2012
FA DE ALTA
RESPOSTA
VENTRICULAR
ICC CLASSE
III, HAS
Marevan 1,5 cp/dia;
Losartan 50mg 12/12h;
Furosemida 40mg/d;
Atenolol 50mg 12/12h;
amiodarona 200mg/d;
Anlodipina 5mg/d;
Sinvastatina 20mg/d;
Espironolactona 25mg/d;
Ciprofibrato 100mg/d
VERMELH
A FARIA LIMA VANESSA Ver observações.
A equipe desconhece este caso, a
enfermeira citada não foi contatada e
não conseguimos obter os dados para
convocação do paciente pois só existe
registro das iniciais, tornando
impossível a localização do paciente.
6 SVERDE 227716 JFS 5/10/1947 64 M 2/22/2012 3/1/2012 INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA, DPOC INFECTADAHAS, DM2
Predinisona 20mg 2x/dia
até 04/03/12;
Acetilcisteina 600mg 1x
por 7 dias; Lossartano
50mg1x; Alenia
(6/100gh) 01cap (INAL.)
2x; Glibenclamida 5mg
café e almoço. AMARELA
PARANAPANE
MA
5057 -
CS O
MAIA SIM 3/28/2012 3/28/2012
AVALIAÇÃO CLÍNICA, PASSARÁ
POR AVALIAÇÃO DO
UROLOGISTA EM ABRIL E
CARDIOLOGISTA EM MAIO,
AJUSTADA MEDICAÇÃO,
SOLICITADO EXAMES DE
CONTROLE E RETORNO APÓS
RESULTADOS.
Paciente pertence à área de
abrangência do C.S O. Maia. Realizado
contato telefônico com Simara do CS
de referência, passado o caso para a
mesma que relata que irá solicitar VD
pelo ACS.
7 SVERDE 308508 LF 8/13/1931 80 F 2/20/2012 01/03//2012
Celulite em
MIE HAS, DM2
Sinvastatina 10mg (0-0-
1); Captopril 50mg (1-0-
1); Anlodipina 5mg (1-0-
0); AAS 100mg (0-1-0);
Glibenclamida 5mg
(1x/dia) VERDE SÃO VICENTE TALITA 753 Sim 3/27/2012 3/27/2012
Agendado grupo HiperDia para
22.03.12 para acompanhamento e
vigilância
Feito VD pelo AE, data da última
consulta no CS em 11.01.12
Nº
PREENCHIMENTO PELO PS OU PA PREENCHIDO PELO CENTRO DE SAÚDE
PROJETO ICSAP – como funcionamos
Planilha Eletronica
Até 04/03/2013
75 registros
38 HMMG ( 25 PSA, 11 CM e 02 Neuro)
36 PASJ
Em dez/12 início envio IEP
PROJETO ICSAP – como funcionamos
Coletivo
Deliberar e monitorar
Reuniões mensais
Todos os serviços envolvidos
Grupo Executivo
Operacionalizar as decisões e monitoramento
Reuniões quinzenais
Representantes HMMG e DSSul
PROJETO ICSAP – como funcionamos
PROJETO ICSAP – alguns resultados
Reorganização interna do processo de
trabalho para favorecer o acesso do usuário e
qualidade do cuidado.
Ampliação da integração entre as equipes.
Criação de linhas guia para identificação e
classificação de risco dos usuários.
PROJETO ICSAP – alguns resultados
Criação de dispositivos e mecanismos que deram visibilidade e
novo status para a questão do aceso e qualificação do
cuidado aos agravos crônicos, apontando para a mudança
do modelo e para funcionamento em rede.
Adesão e co-responsabilização dos participantes ao
projeto.
Sistematização do envio do relatório eletrônico de alta HMMG para todas as unidades do Distrito Sul
Sistematizar o cuidado para os agravos do projeto
Gestão da clínica
Pactuar protocolos de atendimentos comuns HMMG/Distrito
Ampliar a integração entre os serviços:
Matriciamento: inclusão casos Icsap
Discussão de caso: trazer para as oficinas
Skype/Telesaúde como ferramentas alternativas
Envolver as Residências Médica, Odonto e Multi (ampliação da visão,
formação, para além do contexto hospitalar, ...)
Ampliar adesão interna do HMMG com participação
dos residentes
DESAFIOS
Inclusão dos ambulatórios de especialidades
Incluir classificação de risco ICSAP no relatório eletrônico de alta
Avaliar a possibilidade de inclusão dos pacientes com
classificação azul do PS e PA
Sistematizar prática de avaliação do projeto
Processo e resultado, dimensão dos serviços e dos pacientes
Ampliar a implantação em outros Distritos de Saúde
DESAFIOS