projeto mata atlântica salvador 2013
DESCRIPTION
Diagnóstico dos remanescentes de Mata Atlântica da cidade de Salvador, publicado em 2013.TRANSCRIPT
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
PROJETO MATA ATLÂNTICA SALVADOR
Diagnóstico da Vegetação do Bioma Mata Atlântica em
Salvador/BA
Edição Revisada e Ampliada
SALVADOR
2013
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
©Ministério Público do Estado da Bahia. Fundação José Silveira
Qualquer parte deste relatório pode ser reproduzida desde que citada a fonte.
Ministério Público do Estado da Bahia Avenida Joana Angélica, 1312, Nazaré. Salvador – Ba. 40.050-001
Telefones: 3103-6400 www.mp.ba.gov.br
Fundação José Silveira
Ladeira do Campo, s/n, Federação. Salvador – Ba. CEP 40.210-320 Telefone: 71 3504-5702
www.fjs.org.br
Bahia. Ministério Público. Fundação José Silveira
Projeto Mata Atlântica Salvador. Diagnóstico da Vegetação do Bioma Mata Atlântica na cidade de Salvador / Ministério Público do Estado da Bahia. Fundação José Silveira. Ed. rev. e ampliada. - Salvador: [s.n], 2013.
360 p. il.
1. Mata atlântica – conservação - Salvador (Bahia) . 2. Bioma - Salvador (Bahia). II. Título.
CDir: 341.347
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO FUNDAÇÃO JOSÉ SILVEIRA DA BAHIA
COORDENAÇÃO GERAL
Ana Luzia dos Santos Santana 5ª Promotoria de Justiça do Meio Ambiente da Capital
Antônio Sérgio dos Anjos Mendes
3ª Promotoria de Justiça do Meio Ambiente da Capital
GERENTE DO PROJETO
Rousyana Gomes de Araujo - MP/BA Coordenadora Técnica da Central de Apoio Técnico – Bióloga
Ministério Público do Estado da Bahia
EQUIPE TÉCNICA
Prof. Dr. Ardemírio Barros - UEFS Especialista em Sistemas de Informações Georreferenciadas e Processamento Digital de Imagens
Prof. Dr. Juarez Jorge Santos - UFBA
Especialista em Ecologia – Biólogo
Profª. Msc. Maria Lenise Silva Guedes - UFBA Especialista em Taxonomia Vegetal – Bióloga
Msc. Erivaldo Queiroz – SMA/Jardim Botânico
Especialista em Taxonomia Vegetal – Biólogo
Rousyana Gomes de Araujo – MP/BA Coordenadora Técnica da Central de Apoio Técnico – Bióloga
Andressa Lopes de Oliveira Passos – CIGEO/MP-BA
Especialista em Geoprocessamento – Geógrafa
Adriano Cassiano dos Santos – INEMA Especialista em Geoprocessamento – Geógrafo
Jacson Machado - INEMA
Especialista em Geoprocessamento
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Ricardo Acácio de Almeida - INEMA Especialista em Geoprocessamento – Geógrafo
Rosalvo Nascimento Alves – SUCOM
Topógrafo
Francisco Sanches Gomes Biólogo
Nid Coelho Amorim
Especialista em Gerenciamento Ambiental - Biólogo
Pedro Eduardo M. Andrade Silva - UFBA Biólogo
Rogério Moreira Cerqueira
Especialista em Gerenciamento Ambiental - Biólogo
Andrea Seixas Costa - UFBA Estagiário – Ciências Biológicas
Daniel Siqueira Campos de Oliveira- UFBA
Estagiário – Ciências Biológicas
Gustavo Ramos - UFBA Estagiário – Ciências Biológicas
Natássia Leite Matos - UFBA
Estagiário – Ciências Biológicas
Suzane Rocha Teixeira - UFBA Estagiário – Ciências Biológicas
ACOMPANHAMENTO
Cássia Brisele Soares Carvalho – ADEMI Assistente Técnico - Engenheira Florestal
Rosival Barros – ADEMI
Assistente Técnico - Engenheiro Florestal
Msc. Hailton Mello da Silva – ADEMI Assistente Técnico – Especialista em Geoprocessamento
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
COLABORAÇÃO
Helayne Mota Ribeiro da Silva – FJS Coordenadora de Projetos
Maria Aparecida Braga França – FJS
Auxiliar Administrativo
APOIO
Central de Apoio Técnio do Ministério Público do Estado da Bahia
Centro Integrado de Geoinformação do Ministério Público do Estado da Bahia
Exército Brasileiro – 19º Batalhão de Caçadores
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos
Marinha do Brasil – Base Naval de Aratu
Núcleo Mata Atlântica
Polícia Militar da Bahia
Companhia de Polícia de Proteção Ambiental da Bahia
Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia
Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano, Habitação e Meio Ambiente de Salvador
Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município de Salvador
Superintendência de Meio Ambiente de Salvador
Jardim Botânico de Salvador
FOTOS
Rousyana Gomes de Araujo Juarez Jorge Santos Nid Coelho Amorim
Erivaldo Queiroz Francisco Sanches Gomes
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Alphaville I, Salvador-BA fevereiro de 2011 a outubro de 2012........................................................................................................................78 Gráfico 2 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do peito (DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Alphaville I, Salvador-BA fevereiro de 2011 a outubro de 2012........................................................................................78 Gráfico 3 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Alphaville II, Salvador-BA fevereiro de 2011 a outubro de 2012......................................................................................................................84 Gráfico 4 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do peito (DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Alphaville II, Salvador-BA fevereiro de 2011 a outubro de 2012........................................................................................84 Gráfico 5 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Aterro Canabrava, Salvador-BA fevereiro de 2011 a outubro de 2012.............................................................................................................92 Gráfico 6 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do peito (DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Aterro Canabrava, Salvador-BA fevereiro de 2011 a outubro de 2012..................................................................92 Gráfico 7 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Aterro Metropolitano Centro, Salvador-BA fevereiro de 2011 a outubro de 2012......................................................................................100 Gráfico 8 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do peito (DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Aterro Metropolitano Centro, Salvador-BA fevereiro de 2011 a outubro de 2012....................................................100 Gráfico 9 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Bacian do Cobre, Salvador-BA fevereiro de 2011 a outubro de 2012. ..................................................................................................112 Gráfico 10 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do peito (DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Bacia do Cobre , Salvador-BA fevereiro de 2011 a outubro de 2012...............................................................................112 Gráfico 11 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Barragem Ipitanga I, Salvador-BA fevereiro de 2011 a outubro de 2012. ..................................................................................................120 Gráfico 12 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do peito (DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Barragem Ipitanga I, Salvador-BA fevereiro de 2011 a outubro de 2012...............................................................120 Gráfico 13 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Barragem Ipitanga II, Salvador-BA fevereiro de 2011 a outubro de 2012.........................................................................................................127 Gráfico 14 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do peito (DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Barragem Ipitanga II, Salvador-BA fevereiro de 2011 a outubro de 2012..............................................................127 Gráfico 15 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Base Naval de Aratu, Salvador-BA fevereiro de 2011 a outubro de 2012...........................................................................................................136 Gráfico 16 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do peito (DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Base Naval de Aratu, Salvador-BA fevereiro de 2011 a outubro de 2012...............................................................136 Gráfico 17 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Greenville, Salvador-BA fevereiro de 2011 a outubro de 2012. .............................................................................................................146 Gráfico 18 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do peito (DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial,
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Greenville, Salvador-BA fevereiro de 2011 a outubro de 2012......................................................................................146 Gráfico 19 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Loteamento Biribeira, Salvador-BA fevereiro de 2011 a outubro de 2012..........................................................................................................154 Gráfico 20 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do peito (DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Loteamento Biribeira, Salvador-BA fevereiro de 2011 a outubro de 2012..............................................................154 Gráfico 21 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Loteamento Patamares, Salvador-BA fevereiro de 2011 a outubro de 2012......................................................................................................161 Gráfico 22 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do peito (DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Loteamento Patamares, Salvador-BA fevereiro de 2011 a outubro de 2012..............................................................161 Gráfico 23 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Pedreira Aratu, Salvador-BA fevereiro de 2011 a outubro de 2012....................................................................................................................168 Gráfico 24 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do peito (DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Pedreira Aratu, Salvador-BA fevereiro de 2011 a outubro de 2012................................................................................168 Gráfico 25 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Pedreira Carangi, Salvador-BA fevereiro de 2011 a outubro de 2012...................................................................................................................176 Gráfico 26 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do peito (DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Pedreira Carangi, Salvador-BA fevereiro de 2011 a outubro de 2012...............................................................................176 Gráfico 27 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Pedreira Valéria, Salvador-BA fevereiro de 2011
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
a outubro de 2012...................................................................................................................184 Gráfico 28 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do peito (DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Pedreira Valéria, Salvador-BA fevereiro de 2011 a outubro de 2012..............................................................................184 Gráfico 29 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Posto TIC, Salvador-BA fevereiro de 2011 a outubro de 2012...............................................................................................................191 Gráfico 30 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do peito (DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Posto TIC, Salvador-BA fevereiro de 2011 a outubro de 2012......................................................................................191 Gráfico 31 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Trobogy, Salvador-BA fevereiro de 2011 a outubro de 2012......................................................................................................................200 Gráfico 32 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do peito (DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica.. Remanescente Trobogy, Salvador-BA fevereiro de 2011 a outubro de 2012......................................................................................200 Gráfico 33 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente 19º BC, Salvador-BA fevereiro de 2011 a outubro de 2012......................................................................................................................209 Gráfico 34 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do peito (DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente 19º BC, Salvador-BA fevereiro de 2011 a outubro de 2012......................................................................................209 Gráfico 35 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Valéria, Salvador-BA fevereiro de 2011 a outubro de 2012......................................................................................................................218 Gráfico 36 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do peito (DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Valéria, Salvador-BA fevereiro de 2011 a outubro de 2012......................................................................................218
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Gráfico 37 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Ilha de Maré, Salvador-BA fevereiro de 2011 a outubro de 2012......................................................................................................................227 Gráfico 38 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do peito (DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Ilha de Maré, Salvador-BA fevereiro de 2011 a outubro de 2012......................................................................................227 Gráfico 39 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Ilha dos Frades, Salvador-BA fevereiro de 2011 a outubro de 2012...................................................................................................................244 Gráfico 40 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do peito (DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Ilha dos Frades, Salvador-BA fevereiro de 2011 a outubro de 2012...............................................................................244
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Localização da região de estudo...............................................................................57
Figura 2 Subdivisão das áreas dos fragmentos.......................................................................73
Figura 3 Remanescente Alphaville I, vista geral da vegetação..............................................80
Figura 4 Remanescente Alphaville I, estrato Arbóreo.............................................................80
Figura 5 Área de Influência da Avenida Luís Viana – Remanescente Alphaville I.................81
Figura 6 Remanescente Alphaville II, estrato arbóreo, interior do fragmento.........................86
Figura 7 Fragmento Alphaville II, subosque............................................................................86
Figura 8 Área de Influência da Avenida Luís Viana – Remanescente Alphaville II................87
Figura 9 Remanescente Aterro Canabrava, vista geral da vegetação.......................................95
Figura 10 Remanescente Aterro Canabrava, vegetação arbórea..............................................95
Figura 11 Área de Influência da Avenida Luís Viana – Remanescente Canabrava.................96
Figura 12 Remanescente Aterro Metropolitano Centro, vista geral da vegetação..................102
Figura 13 Remanescente Aterro Metropolitano Centro, estrato arbóreo................................102
Figura 14 Área de Influência do Rio Ipitanga, Remanescente Aterro Metropolitano Centro.103
Figura 15 Remanescente Bacia do Cobre, estrato arbóreo do interior do fragmento.............115
Figura 16 Remanescente Bacia do Cobre, detalhe do subosque.............................................115
Figura 17 Área de Influência do Subúrbio Ferroviário, remanescente Bacia do Cobre.........116
Figura 18 Remanescente Barragem de Ipitanga I, Espelho d’água com vegetação do entorno....................................................................................................................................122
Figura 19 Remanescente Barragem de Ipitanga I, estrato arbóreo, tronco de pau paraíba no interior do fragmento..............................................................................................................122
Figura 20 Área de Influência do Rio Ipitanga, Remanescente Barragem de Ipitanga I.........123
Figura 21 Remanescente Barragem do Ipitanga II, vista do espelho d’água com vegetação do entorno....................................................................................................................................129
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Figura 22 Remanescente Barragem do Ipitanga II, estrato arbóreo, interior do fragmento....129
Figura 23 Área de Influência do Rio Ipitanga, Remanescente Barra de Ipitanga II..............130
Figura 24 Remanescente Base Naval de Aratu, estrato arbóreo............................................139
Figura 25 Remanescente Base Naval de Aratu, vista do subosque ........................................139
Figura 26 Área de Influência do Subúrbio Ferrovoário, remanescente Base Naval de Aratu.140
Figura 27 Remanescente Greenville, vista geral da vegetação...............................................149
Figura 28 Remanescente Greenville, dossel...........................................................................149
Figura 29 Área de Influência da Avenida Luís Viana, Remanescente Greenville.................150
Figura 30 Remanescente Loteamento Biribeira, estrato arbóreo do interior do fragmento....156
Figura 31 Remanescente Loteamento Biribeira, dossel descontínuo......................................156
Figura 32 Área de Influência da Avenida Luís Viana, Remanescente Loteamento Biribeira..................................................................................................................................157
Figura 33 Remanescente Loteamento Patamares – Fragmento Carnaúba, estrato arbóreo do interior do fragmento..............................................................................................................163
Figura 34 Remanescente Loteamento Patamares – Fragmento Bicuíba, estrato arbóreo no interior do fragmento..............................................................................................................163
Figura 35 Área de Influência da Avenida Luís Viana, Remanescente Loteamento Patamares................................................................................................................................164
Figura 36 Remanescente Pedreira Aratu, vista de encosta alterada e da paisagem vegetacional............................................................................................................................170
Figura 37 Remanescente Pedreira Aratu, estrato arbóreo e subosque..................................170
Figura 38 Área de Influência do Rio Ipitanga, Remanescente Pedreira Aratu.....................171
Figura 39 Remanescente Pedreira Carangi , vista geral da vegetação...................................178
Figura 40 Remanescente Pedreira Carangi, estrato arbóreo e subosque................................178
Figura 41 Área de Influência do Rio Ipitanga, Remanescente Pedreira Carangi...................179
Figura 42 Remanescente Pedreira Valéria, Equipamentos de britagem da Pedreira Valéria e lagoa com vegetação arbórea no entorno................................................................................186
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Figura 43 Remanescente Pedreira Valéria, estrato arbóreo...................................................186
Figura 44 Área de Influência do Rio Ipitanga, Remanescente Pedreira Valéria...................187
Figura 45 Remanescente Posto TIC, vista parcial do fragmento...........................................193
Figura 46 Remanescente Posto TIC, rizóforos (raizes suspensas) de hemiepífitas sobre troncos.....................................................................................................................................193
Figura 47 Área de Influência da Avenida Luís Viana, Remanescente Posto TIC.................194
Figura 48 Remanescente Trobogy, vista geral da vegetação..................................................203
Figura 49 Remanescente Trobogy, estrato arbóreo.................................................................203
Figura 50 Área de Influência da Avenida Luís Viana, Remanescente Posto TIC.................204
Figura 51 Remanescente 19º, vista geral da vegetação...........................................................212
Figura 52 Remanescente 19º BC, estrato arbóreo...................................................................212
Figura 53 Área de Influência da Avenida Luís Viana, Remanescente 19º BC.......................213
Figura 54 Remanescente Valéria, estrato arbóreo...................................................................220
Figura 55 Remanescente Valéria, Subosque...........................................................................220
Figura 56 Área de Influência do Subúrbio Ferroviário, Remanescente Valéria.....................221
Figura 57 Remanescente Ilha de Maré, vista geral da vegetação...........................................229
Figura 58 Remanescente Ilha de Maré, vista do subosque.....................................................229
Figura 59 Ilha de Maré............................................................................................................230
Figura 60 Remanescente Ilha dos Frades, estrato arbóreo, interior do fragmento..................247
Figura 61 Remanescente Ilha dos Frades, detalhe do subosque.............................................247
Figura 62 Ilha dos Frades........................................................................................................248
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Características dos satélites RapidEye......................................................................61 Tabela 2 Características das imagens RapidEye ...................................................................61 Tabela 3 Correlação espacial entre as bandas das imagens RapidEye...................................63 . Tabela 4 Lista dos remanescentes florestais analisados no Projeto Mata Atlântica de Salvador, fevereiro de 2011 a outubro de 2012......................................................................................71 Tabela 5 Parâmetros amostrados nas parcelas implantadas no remanescente de Mata Atlântica Alphaville I................................................................................................................74 Tabela 6 Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata Atlântica Alphaville I, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de importância (IVI) .........................................................................................................................................75 Tabela 7 Parâmetros amostrados nas parcelas implantadas no remanescente de Mata Atlântica Alphaville II..............................................................................................................82 Tabela 8 Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata Atlântica Alphaville II, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de importância (IVI)..........................................................................................................................................83 Tabela 9 Parâmetros amostrados nas parcelas implantadas no remanescente de Mata Atlântica, Aterro Canabrava, Salvador, BA..............................................................................88 Tabela 10 Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata Atlântica, Aterro Canabrava, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de importância (IVI)......................................................................................................................89 Tabela 11. Parâmetros amostrados nas parcelas implantadas no remanescente de Mata Atlântica do Aterro Metropolitano Centro, Salvador, BA........................................................97 Tabela 12 Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata Atlântica Aterro Metropolitano Centro, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de importância (IVI). ....................................................................................................................98 Tabela 13. Parâmetros amostrados nas parcelas implantadas no remanescente de Mata Atlântica da Barragem da Bacia do Cobre, Salvador, BA......................................................104 Tabela 14. Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata Atlântica da Barragem da Bacia do Cobre, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de importância (IVI)......................................................................................................107
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Tabela 15. Parâmetros amostrados nas parcelas implantadas no remanescente de Ipitanga I, Salvador, BA...........................................................................................................................117 Tabela 16 Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata Atlântica Barragem de Ipitanga I, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de importância (IVI)....................................................................................................................118 Tabela 17. Parâmetros amostrados nas parcelas implantadas no remanescente de Ipitanga II, Salvador, BA..........................................................................................................................124 Tabela 18 Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata Atlântica Barragem de Ipitanga II, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de importância (IVI)....................................................................................................................125 Tabela 19. Parâmetros amostrados nas parcelas implantadas no remanescente de Mata Atlântica de Base Naval de Aratu, Salvador, BA...................................................................131 Tabela 20. Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata Atlântica de Base Naval de Aratu, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de importância (IVI)....................................................................................................................133 Tabela 21. Parâmetros amostrados nas parcelas implantadas no remanescente de Mata Atlântica Greenville, Salvador, BA........................................................................................141 Tabela 22 Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata Atlântica Greenville, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de importância (IVI) .................................................................................................................................................143 Tabela 23. Parâmetros amostrados nas parcelas implantadas no remanescente de Mata Atlântica Loteamento Biribeira, Salvador, BA.......................................................................151 Tabela 24 Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata Atlântica Loteamento Biribeira, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de importância (IVI) ...................................................................................................................152 Tabela 25. Parâmetros amostrados nas parcelas implantadas no remanescente de Mata Atlântica Loteamento Patamares, Salvador, BA.....................................................................158 Tabela 26 Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata Atlântica Loteamento Patamares, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de importância (IVI)....................................................................................................................159 Tabela 27. Parâmetros amostrados nas parcelas implantadas no remanescente de Pedreira Aratu, Salvador, BA................................................................................................................165
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Tabela 28 Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata Atlântica de Pedreira Aratu, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de importância (IVI)....................................................................................................................166 Tabela 29. Parâmetros amostrados nas parcelas implantadas no remanescente de Pedreira Carangi, Salvador, BA............................................................................................................172 Tabela 30 - Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata Atlântica de Pedreira Carangi, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de importância (IVI)....................................................................................................................173 Tabela 31. Parâmetros amostrados nas parcelas implantadas no remanescente de Pedreira Valéria, Salvador, BA.............................................................................................................180 Tabela 32 – Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata Atlântica da Pedreira Valéria, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de importância (IVI)....................................................................................................................181 Tabela 33. Parâmetros amostrados nas parcelas implantadas no remanescente de Posto TIC, Salvador, BA...........................................................................................................................188 Tabela 34 Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata Atlântica do Posto TIC, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de importância (IVI)........................................................................................................................................189 Tabela 35. Parâmetros amostrados nas parcelas implantadas no remanescente de Trobogy, Salvador, BA...........................................................................................................................195 Tabela 36 Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata Atlântica de Trobogy, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de importância (IVI)........................................................................................................................................197 Tabela 37. Parâmetros amostrados nas parcelas implantadas no remanescente de Mata Atlântica do 19BC, Salvador, BA...........................................................................................205 Tabela 38 Parâmetros fitissociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata Atlântica do 19º BC, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de importância (IVI)........................................................................................................................................206 Tabela 39. Parâmetros amostrados nas parcelas implantadas no remanescente de Mata Atlântica de Valéria, Salvador, BA.........................................................................................214 Tabela 40. Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata Atlântica de Valéria, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de importância (IVI)........................................................................................................................................215
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Tabela 41. Parâmetros amostrados nas parcelas implantadas no remanescente de Mata Atlântica da Ilha de Maré, Salvador, BA................................................................................222 Tabela 42. Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata Atlântica da Ilha de Maré, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de importância (IVI)........................................................................................................................................224 Tabela 43. Parâmetros amostrados nas parcelas implantadas no remanescente de Mata Atlântica da Ilha dos Frades, Salvador, BA............................................................................231 Tabela 44. Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata Atlântica da Ilha dos Frades, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de importância (IVI)....................................................................................................................235 Tabela 45 – Lista de táxons (famílias, gêneros e espécies) ocorrentes no subosque dos
fragmentos de mata atlântica de Salvador. Fevereiro 2011 – outubro de 2012......................260
Tabela 46 Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da serrapilheira do remanescente Alphaville I da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro de 2011 a outubro de 2012.........................................................................................................................................269 Tabela 47 Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do remanescente Alphaville I da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro de 2011 a outubro de 2012.........................................................................................................................................269 Tabela 48 Densidades absoluta (DA) relativa (DR) frequências absoluta (FA) e relativa (FR) dos táxons (famílias, gêneros e espécies) de plantas ocorrentes no subosque do remanescente Alphaville I da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro de 2011 a outubro de 2012.........................................................................................................................................270 Tabela 49 Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da serrapilheira do remanescente Alphaville II da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro de 2011 a outubro de 2012.........................................................................................................................................271 Tabela 50 Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do remanescente Alphaville II da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro de 2011 a outubro de 2012.........................................................................................................................................272 Tabela 51 Densidades absoluta (DA) relativa (DR) frequências absoluta (FA) e relativa (FR) dos táxons (famílias, gêneros e espécies) de plantas ocorrentes no subosque do remanescente Alphaville II da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro de 2011 a outubro de 2012.........................................................................................................................................272 Tabela 52 Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da serrapilheira do remanescente Aterro Canabrava da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro de 2011 a outubro de 2012....................................................................................................................................274
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Tabela 53 Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do remanescente Aterro Canabrava da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro de 2011 a outubro de 2012.........................................................................................................................................274 Tabela 54 Densidades absoluta (DA) relativa (DR) frequências absoluta (FA) e relativa (FR) dos táxons (famílias, gêneros e espécies) de plantas ocorrentes no subosque do remanescente Aterro Canabrava da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro de 2011 a outubro de 2012.........................................................................................................................................275 Tabela 55 Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da serrapilheira do remanescente Aterro Metropolitano Centro da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro de 2011 a outubro de 2012...................................................................................................................276 Tabela 56 Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do remanescente Aterro Metropolitano Centro da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro de 2011 a outubro de 2012.........................................................................................................................................277 Tabela 57 Densidades absoluta (DA) relativa (DR) frequências absoluta (FA) e relativa (FR) dos táxons (famílias, gêneros e espécies) de plantas ocorrentes no subosque do remanescente Aterro Metropolitano Centro da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro de 2011 a outubro de 2012.........................................................................................................................................277 Tabela 58 Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da serrapilheira do remanescente Bacia do Cobre da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro de 2011 a outubro de 2012.........................................................................................................................................279 Tabela 59 Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do remanescente Bacia do Cobre da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro de 2011 a outubro de 2012.........280 Tabela 60 Densidades absoluta (DA) relativa (DR) frequências absoluta (FA) e relativa (FR) dos táxons (famílias, gêneros e espécies) de plantas ocorrentes no subosque do remanescente Bacia do Cobre da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro de 2011 a outubro de 2012.........280 Tabela 61 Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da serrapilheira do remanescente Ipitanga I da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro de 2011 a outubro de 2012.........................................................................................................................................285 Tabela 62 Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do remanescente Ipitanga I da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro de 2011 a outubro de 2012.........................................................................................................................................286 Tabela 63 Densidades absoluta (DA) relativa (DR) frequências absoluta (FA) e relativa (FR) dos táxons (famílias, gêneros e espécies) de plantas ocorrentes no subosque do remanescente Ipitanga I da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro de 2011 a outubro de 2012...................286
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Tabela 64 Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da serrapilheira do remanescente Ipitanga II da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro de 2011 a outubro de 2012.........................................................................................................................................288 Tabela 65 Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do remanescente Ipitanga II da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro de 2011 a outubro de 2012.................288 Tabela 66 Densidades absoluta (DA) relativa (DR) frequências absoluta (FA) e relativa (FR) dos táxons (famílias, gêneros e espécies) de plantas ocorrentes no subosque do remanescente Ipitanga II da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro de 2011 a outubro de 2012.........................................................................................................................................289 Tabela 67 Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da serrapilheira do remanescente Base Naval de Aratu da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro de 2011 a outubro de 2012......................................................................................................................290 Tabela 68 Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do remanescente Base Naval de Aratu da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro de 2011 a outubro de 2012.........................................................................................................................................291 Tabela 69 Densidades absoluta (DA) relativa (DR) frequências absoluta (FA) e relativa (FR) dos táxons (famílias, gêneros e espécies) de plantas ocorrentes no subosque do remanescente Base Naval de Aratu da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro de 2011 a outubro de 2012........................................................................................................................................ 291 Tabela 70 Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da serrapilheira do remanescente Grennville da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro de 2011 a outubro de 2012.........................................................................................................................................295 Tabela 71 Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do remanescente Greenville da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro de 2011 a outubro de 2012.........................................................................................................................................295 Tabela 72 Densidades absoluta (DA) relativa (DR) frequências absoluta (FA) e relativa (FR) dos táxons (famílias, gêneros e espécies) de plantas ocorrentes no subosque do remanescente Greenville da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro de 2011 a outubro de 2012.................296 Tabela 73 Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da serrapilheira do remanescente Biribeira da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro de 2011 a outubro de 2012.........................................................................................................................................298 Tabela 74 Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do remanescente Biribeira da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro de 2011 a outubro de 2012....................299
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Tabela 75 Densidades absoluta (DA) relativa (DR) frequências absoluta (FA) e relativa (FR) dos táxons (famílias, gêneros e espécies) de plantas ocorrentes no subosque do remanescente Biribeira da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro de 2011 a outubro de 2012....................299 Tabela 76 Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da serrapilheira do fragmento Carnauba da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro de 2011 a outubro de 2012.........................................................................................................................................301 Tabela 77 Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do fragmento Carnauba da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro de 2011 a outubro de 2012.........................................................................................................................................301 Tabela 78 Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da serrapilheira do fragmento Bicuiba da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro de 2011 a outubro de 2012.........................................................................................................................................302 Tabela 79 Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do fragmento Bicuiba da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro de 2011 a outubro de 2012.........................................................................................................................................302 Tabela 80 Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da serrapilheira do remanescente Pedreira Aratu da mata atlântica de Salvador. Fevereiro de 2011 a outubro de 2012.........................................................................................................................................303 Tabela 81 Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do remanescente Pedreira Aratu da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro de 2011 a outubro de 2012.........................................................................................................................................304 Tabela 82 Densidades absoluta (DA) relativa (DR) frequências absoluta (FA) e relativa (FR) dos táxons (famílias, gêneros e espécies) de plantas ocorrentes no subosque do remanescente Pedreira Aratu da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro de 2011 a outubro de 2012.........................................................................................................................................304 Tabela 83 Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da serrapilheira do remanescente Pedreira Carangi da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro de 2011 a outubro de 2012...................................................................................................................................306 Tabela 84 Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do remanescente Pedreira Carangi da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro de 2011 a outubro de 2012.........................................................................................................................................306 Tabela 85 Densidades absoluta (DA) relativa (DR) frequências absoluta (FA) e relativa (FR) dos táxons (famílias, gêneros e espécies) de plantas ocorrentes no subosque do remanescente Pedreira Carangi da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro de 2011 a outubro de 2012.........................................................................................................................................307
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Tabela 86 Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da serrapilheira do remanescente Pedreira Valéria da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro de 2011 a outubro de 2012.........................................................................................................................................309 Tabela 87 Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do remanescente Pedreira Valéria da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro de 2011 a outubro de 2012.........................................................................................................................................309 Tabela 88 Densidades absoluta (DA) relativa (DR) frequências absoluta (FA) e relativa (FR) dos táxons (famílias, gêneros e espécies) de plantas ocorrentes no subosque do remanescente Pedreira Valéria da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro de 2011 a outubro de 2012.........................................................................................................................................310 Tabela 89 Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da serrapilheira do remanescente Posto TIC da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro de 2011 a outubro de 2012.........................................................................................................................................311 Tabela 90 Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do remanescente Posto TIC da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro de 2011 a outubro de 2012.........................................................................................................................................312 Tabela 91 Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da serrapilheira do remanescente Trobogy da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro de 2011 a outubro de 2012.........................................................................................................................................313 Tabela 92 Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do remanescente Trobogy da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro de 2011 a outubro de 2012.........................................................................................................................................313 Tabela 93 Densidades absoluta (DA) relativa (DR) frequências absoluta (FA) e relativa (FR) dos táxons (famílias, gêneros e espécies) de plantas ocorrentes no subosque do remanescente Trobogy da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro de 2011 a outubro de 2012.........................................................................................................................................314 Tabela 94 Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da serrapilheira do remanescente 19º BC da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro de 2011 a outubro de 2012.........................................................................................................................................316 Tabela 95 Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do remanescente 19º BC da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro de 2011 a outubro de 2012......................316 Tabela 96 – Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da serrapilheira do fragmento Valéria da mata atlântica de Salvador. Fevereiro de 2011 a Outubro de 2012.........................................................................................................................................317
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Tabela 97 - Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do fragmento Valéria da mata atlântica de Salvador. Fevereiro de 2011 a Outubro de 2012.......................318 Tabela 98 – Densidades absoluta (DA), relativa (DR), frequências absoluta (FA) e relativa (FR) das espécies/táxons de plantas ocorrentes no subosque do fragmento Valéria da mata atlântica de Salvador. Fevereiro de 2011 a Outubro de 2012.................................................318 Tabela 99 – Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da serrapilheira do fragmento Ilha de Maré da mata atlântica de Salvador. Fevereiro de 2011 a Outubro de 2012.........................................................................................................................................321 Tabela 100 - Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do fragmento Ilha de Maré da mata atlântica de Salvador. Fevereiro de 2011 a Outubro de 2012..............321 Tabela 101 – Densidades absoluta (DA), relativa (DR), frequências absoluta (FA) e relativa (FR) das espécies/táxons de plantas ocorrentes no subosque do fragmento Ilha de Maré da mata atlântica de Salvador. Fevereiro de 2011 a Outubro de 2012........................................322 Tabela 102 – Distribuição de freqüência da biomassa espacial (standing crop) da serrapilheira do fragmento Ilha dos Frades da mata atlântica de Salvador. Fevereiro de 2011 a Outubro de 2012.........................................................................................................................................326 Tabela 103 - Distribuição de freqüência da espessura vertical da serrapilheira do fragmento Ilha dos Frades da mata atlântica de Salvador. Fevereiro de 2011 a Outubro de 2012..........326 Tabela 104 – Densidades absoluta (DA), relativa (DR), freqüências absoluta (FA) e relativa (FR) das espécies/táxons de plantas ocorrentes no subosque do fragmento Ilha dos Frades da mata atlântica de Salvador. Fevereiro de 2011 a Outubro de 2012........................................327
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
LISTA DE SIGLAS
ADEMI Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da
Bahia
CEAT Central de Apoio Técnio do Ministério Público da Bahia
CIGEO Centro Integrado de Geoinformação do Ministério Público da Bahia
COPPA Companhia de Polícia de Proteção Ambiental
CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente
FJS Fundação José Silveira
IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis
INEMA Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos
JBS Jardim Botânico de Salvador
MP/BA Ministério Público do Estado da Bahia
NUMA Núcleo Mata Atlântica
PMBA Polícia Militar do Estado da Bahia
SUCOM Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do
Município de Salvador
SEDHAM Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano, Habitação e Meio
Ambiente de Salvador
SEI Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia
SMA Superintendência de Meio Ambiente de Salvador
19º BC 19° Batalhão de Caçadores
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
APRESENTAÇÃO
A despeito de ter sido alçada à condição de patrimônio nacional pelo legislador constituinte
brasileiro de 1988, a vegetação de Mata Atlântica continua a sofrer sérias ameaças,
especialmente aqueles fragmentos florestais situados na malha urbana, decorrentes, na
maioria das vezes, ou da falta de planejamento na ocupação territorial ou mesmo em face da
pouca importância que, historicamente, se atribui à vegetação localizada nas cidades
brasileiras.
Baseado no reconhecimento da existência de fortes e reais ataques aos remanescentes
florestais atlânticos urbanos resolveu o legislador infraconstitucional, por intermédio da Lei
11.428/2006 - Lei da Mata Atlântica, exigir de cada município inserido no bioma Mata
Atlântica a aprovação de um “Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata
Atlântica”, elaborado a partir de um amplo e profundo diagnóstico da vegetação nativa, com
vistas a não só deter a desenfreada devastação, mas também, dar início ao seu necessário
processo de recuperação e uso sustentável.
A situação da Mata Atlântica no município de Salvador, cujo território está integralmente
inserido no bioma Mata Atlântica, ostenta status de visível fragmentação e degradação,
inexistindo, até o ano de 2010, qualquer estudo ou diagnóstico sobre a qualidade e quantidade
dos fragmentos florestais no município, com densidade técnica, para subsidiar a elaboração de
instrumentos de gestão, em especial, aquele preconizado na lei federal suprarreferida.
Diante dessa situação, o Ministério Público da Bahia, por intermédio das 3.ª e 5.ª Promotorias
de Justiça do Meio Ambiente da Capital, resolveu capitanear o processo de elaboração de
estudos técnico-científicos garantidores da efetiva aplicação da Lei da Mata Atlântica no solo
soteropolitano, âmbito no qual foi produzido o presente Diagnóstico da Vegetação do Bioma
Mata Atlântica em Salvador/BA, ora entregue à sociedade.
Esse Diagnóstico, cujo parâmetro norteador foi a Resolução CONAMA n.º 05/94, foi
elaborado por equipe multidisciplinar de dedicados e competentes membros da Academia
baiana, doutores nas suas respectivas áreas de atuação, tudo coordenado pela honrada
Fundação José Silveira e apoio do Poder Público Municipal, por seus Órgãos com atuação na
“ Tentamos proteger a árvore esquecidos de que ela é que nos protege” Carlos Drummond de Andrade
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
área ambiental e controle do solo urbano, do Instituto Estadual do Meio Ambiente e Recursos
Hídricos – INEMA, do Instituto Brasileiro dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA, e da
Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário de Salvador – ADEMI, os
quais souberam produzir, de forma zelosa e brilhante o primeiro mapeamento dos fragmentos
florestais situados no território de uma grande capital do país.
Espera-se, portanto, que esse minucioso Diagnóstico, que contém precisas indicações sobre a
vegetação nativa do território de Salvador, incluindo as ilhas, possa se constituir em um
poderoso subsídio à elaboração do multimencionado Plano Municipal de Conservação e
Recuperação da Mata Atlântica.
A todos que participaram e contribuíram para a realização desse excepcional trabalho, o
reconhecimento mais profundo das Promotorias de Justiça do Meio Ambiente, as quais os
exaltam pelos relevantes serviços prestados, fundamentais à defesa da Mata Atlântica em
Salvador, sendo imperioso registrar um especial agradecimento à Drª Rousyana Gomes de
Araujo, Assessora Técnica Pericial deste Ministério Público, que coordenou com maestria a
execução dos trabalhos realizados, com muita dedicação, empenho e compromisso,
perseguindo, juntamente com os demais membros da equipe, o ideal de melhor servir à
sociedade.
Doravante, o Ministério Público, os Órgãos municipais, estaduais e federais encarregados da
defesa do meio ambiente, o Poder Público em geral, as Organizações Não Governamentais, e
toda a sociedade brasileira, passarão a usufruir dessa importante fonte de informações sobre a
Mata Atlântica na Cidade de Salvador.
Que seja feito, então, um excelente uso do Diagnóstico da Vegetação do Bioma Mata
Atlântica em Salvador/BA, em honra a todos aqueles que se dedicam a cumprir as normas
fixadas no melhor texto constitucional do planeta.
Ana Luzia Santana Promotora de Justiça
Sérgio Mendes Promotor de Justiça
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
PORTARIA Nº 003.0.167397/2010
O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA, por intermédio da Quinta
Promotoria de Justiça do Meio Ambiente da Capital e da Terceira Promotoria de Justiça do
Meio Ambiente da Capital, no uso de suas atribuições que foram conferidas pelo art. 129, III,
da Constituição da República Federativa do Brasil, pelo art. 8.º, § 1º, da Lei Federal nº
7.347/85, art. 72, inciso 14, da Lei Complementar nº 11/96 e art. 21 da Resolução n.º
006/2009 do Egrégio Colégio de Procuradores do Ministério Público da Bahia,
aa)) CCoonnssiiddeerraannddoo o disposto no art. 225, caput, da Constituição Federal de 1988, o qual
dispõe que: “todos têm direito a um meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso
comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à
coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”;
b) Considerando as disposições constantes no Estatuto da Cidade que elencou dentre suas
diretrizes gerais a “a proteção, preservação e recuperação do meio ambiente natural e
construído, do patrimônio cultural, histórico, artístico, paisagístico e arqueológico” (art. 2.º,
inciso XI da Lei Federal 10.257/2001) e do Código Florestal (Lei Federal n.º 4.771/65) acerca
da manutenção das áreas de preservação permanente e dos remanescentes de vegetação
nativa, as quais devem ser observadas e incorporadas nas leis municipais, mormente quando
da concessão dos alvarás e autorizações para uso e ocupação do solo urbano;
ccc))) Considerando que a Lei Federal n.º 11.428/2006 – Lei da Mata Atlântica estabeleceu
critérios rígidos para supressão de vegetação nativa da Mata Atlântica para a implantação de
loteamentos ou edificações em áreas urbanas, vedando o corte de vegetação primária e
admitindo excepcionalmente o corte de um percentual da vegetação em estágio avançado ou
médio de regeneração, ainda assim mediante compensação destinando-se área equivalente à
desmatada para conservação;
d) Considerando o Decreto Federal n.º 6.660/2008, ao regulamentar a Lei da Mata Atlântica,
fixou o conteúdo básico do Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata
Atlântica, dentre estes o diagnóstico da vegetação nativa contendo mapeamento dos
remanescentes;
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
e) Considerando que o Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica
deverá apresentar um diagnóstico que aponte a situação da Mata Atlântica no município bem
assim indicar os fatores de risco e ameaças, apontar ações de conservação ou recuperação a
serem realizadas, além de indicar áreas para a criação de unidades de conservação públicas e
privadas, propícias ao desenvolvimento do ecoturismo, dentre outras ações;
f) Considerando que, de acordo com dados da Fundação SOS Mata Atlântica,
aproximadamente 123 milhões de pessoas vivem na área da Mata Atlântica, em 3.420
municípios, sendo que, destes, 2.928 têm suas sedes municipais dentro da área da Mata
Atlântica e que, a qualidade de vida destes quase 70% da população brasileira depende, em
grande parte, da preservação e recuperação dos remanescentes de vegetação nativa;
g) Considerando que estes remanescentes de Mata Atlântica mantêm nascentes de água,
regulando o fluxo dos mananciais que abastecem as cidades e comunidades do interior,
ajudando a regular o clima, a temperatura do solo e protegendo escarpas e encostas de morros,
sem falar na biodiversidade e beleza dessas paisagens sendo, pois, incontestável a
responsabilidade que os municípios têm para com a conservação e recuperação da vegetação
nativa da Mata Atlântica, em prol da qualidade de vida da população;
h) CCoonnssiiddeerraannddoo a publicação no sítio eletrônico do Instituto do Meio Ambiente do Estado
da Bahia - IMA, intitulado Mapeamento dos Estágios Sucessionais da Mata Atlântica no
Entorno da Av. Paralela (www.ima.ba.gov.br/index.php/diagonostico-e-estudos-ambientais)
elaborado em parceria com o Jardim Botânico de Salvador e com o Núcleo Mata Atlântica
deste Parquet, relativo a um inventário de fitofisionomia de algumas áreas do Município de
Salvador, onde se determinou o estágio de regeneração da vegetação nativa;
i) CCoonnssiiddeerraannddoo que é preciso assegurar que o Município de Salvador utilize o
estudo/diagnóstico acima referido com vistas a garantir a preservação dos remanescentes de
vegetação nativa protegida legalmente, no território da cidade, mormente quando da
concessão dos alvarás e autorizações para implantação de loteamentos ou edificações;
j) CCoonnssiiddeerraannddoo,, outrossim, que é necessário oferecer informações técnicas ambientais de
qualidade ao Conselho Municipal de Meio Ambiente – COMAM, com o fito de subsidiar a
implementação do Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica com
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
vistas a prevenir danos ambientais decorrentes de supressões e intervenções ilegais em áreas
de remanescentes da vegetação nativa da Mata Atlântica primária e secundária em estágios
médio e avançados de regeneração, existentes no âmbito do Município de Salvador;
EM RAZÃO DESSAS INFORMAÇÕES RESOLVE, ASSIM,
DETERMINAR:
Ø Instaure-se, de ofício, Procedimento de Investigação Preliminar com vistas a
desenvolver estudos técnicos científicos que garantam a efetiva aplicação dos
artigos 30 e 31 da Lei n.º 11.428/2006 – Lei da Mata Atlântica no Município
de Salvador;
Ø Autue-se o expediente, capeado pela presente portaria, registrando-se no
Sistema de Informações do Ministério Público - SIMP;
Ø Designa-se audiência com as Diretorias de Informações Ambientais do
Instituto de Meio Ambiente do Estado da Bahia – IMA e da
Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia – SEI para o
dia 30 de setembro de 2010, às 14h00, com objetivo de dar-lhes ciência da
instauração do presente procedimento e estabelecer correlato plano de
atuação;
Ø Nomeia-se Wellington Cristo Amaro, servidor do Ministério Público do
Estado da Bahia, lotado na 5.ª PJMA da Capital, para secretariar os trabalhos
neste procedimento.
Salvador, 27 de setembro de 2010.
Ana Luzia dos Santos Santana Promotora de Justiça
5.ª Promotoria do Meio Ambiente da Capital
Antonio Sérgio dos Anjos Mendes
Promotor de Justiça 3.ª Promotoria do Meio Ambiente da Capital
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
SUMÁRIO
MATA ATLÂNTICA: BREVE ANÁLISE DE SUA EXUBERÂNCIA INICIAL À
SEGREGAÇÃO EM REMANESCENTES E DA NECESSIDADE DE SUA
CONSERVAÇÃO NO MUNICÍPIO DE SALVADOR/BA................................................52
CONTEXTUALIZAÇÃO.........................................................................................................52
CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO....................................................................55
CAPÍTULO I - ABORDAGEM METODOLÓGICA DO SENSORIAMENTO
REMOTO E PROCESSAMENTO DIGITAL DE IMAGENS PARA CLASSIFICAÇÃO
DOS ESTÁGIOS SUCESSIONAIS DA VEGETAÇÃO DE MATA ATLÂNTICA EM
SALVADOR............................................................................................................................59
1.1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................59
1.2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS........................................................................62
1.3 RESULTADOS...................................................................................................................65
1.4 REFERÊNCIAS..................................................................................................................66
CAPÍTULO II - COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA
FITOSSOCIOLÓGICA..........................................................................................................67
2.1 INTRODUÇÃO..................................................................................................................67
2.2 METODOLOGIA...............................................................................................................69
2.3 RESULTADOS...................................................................................................................74
2.3.1 Remanescente Alphaville I............................................................................................74
2.3.2 Remanescente Alphaville II...........................................................................................82
2.3.3 Remanecente Aterro Canabrava..................................................................................88
2.3.4 Remanescente Aterro Metropolitano Centro..............................................................97
2.3.5 Remanescente Bacia do Cobre ...................................................................................104
2.3.6 Remanescente Barragem Ipitanga I...........................................................................117
2.3.7 Remanescente Barragem Ipitanga II.........................................................................124
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
2.3.8 Remanescente Base Naval de Aratu...........................................................................131
2.3.9 Remanescente Greenville............................................................................................141
2.3.10 Remanescente Loteamento Biribeira.......................................................................151
2.3.11 Remanescente Loteamento Patamares.....................................................................158
2.3.12 Remanescente Pedreira Aratu..................................................................................165
2.3.13 Remanescente Pedreira Carangi .............................................................................172
2.3.14 Remanescente Pedreira Valéria. ..............................................................................180
2.3.15 Remanescente Posto TIC...........................................................................................188
2. 3.16 Remanescente Trobogy.............................................................................................195
2. 3.17 Remanescente 19º Batalhão de Caçadores do Exército - 19° BC.........................205
2.3.18 Remanescente Valéria................................................................................................214
2.3.19 Remanescente Ilha de Maré......................................................................................222
2.3.20 Remanescente Ilha dos Frades..................................................................................231
2.4 DISCUSSÃO....................................................................................................................249
2.5 CONCLUSÃO..................................................................................................................253
2.6 REFERÊNCIAS................................................................................................................254
CAPÍTULO III - AVALIAÇÃO DA PRODUÇÃO DE BIOMASSA DA
SERRAPILHEIRA E COMPOSIÇÃO E ABUNDÂNCIA DA ASSOCIAÇÃO DE
PLANTAS DO SUBOSQUE................................................................................................258
3.1 INTRODUÇÃO................................................................................................................258
3.2 MATERIAL E MÉTODOS..............................................................................................259
3.3 RESULTADOS.................................................................................................................260
3.3.1 Remanescente Alphaville I..........................................................................................268
3.3.2 Remanescente Alphaville II.........................................................................................271
3.3.3 Remanecente Aterro Canabrava................................................................................273
3.3.4 Remanescente Aterro Metropolitano Centro............................................................276
3.3.5 Remanescente Bacia do Cobre....................................................................................279
3.3.6 Remanescente Barragem Ipitanga I...........................................................................285
3.3.7 Remanescente Barragem Ipitanga II ........................................................................287
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
3.3.8 Remanescente Base Naval de Aratu...........................................................................290
3.3.9 Remanescente Greenville............................................................................................294
3.3.10 Remanescente Loteamento Biribeira.......................................................................298
3.3.11 Remanescente Loteamento Patamares.....................................................................300
3.3.11.1 Fragmento Carnaúba.............................................................................................300
3.3.11.2 Fragmento Bicuíba..................................................................................................302
3.3.12 Remanescente Pedreira Aratu..................................................................................303
3.3.13 Remanescente Pedreira Carangi .............................................................................305
3.3.14 Remanescente Pedreira Valéria. ..............................................................................308
3.3.15 Remanescente Posto TIC...........................................................................................311
3. 3.16 Remanescente Trobogy.............................................................................................312
3. 3.17 Remanescente 19º Batalhão de Caçadores do Exército - 19° BC.........................315
3.3.18 Remanecente Valéria.................................................................................................317
3.3.19 Remanescente Ilha de Maré......................................................................................320
3.3.20 Remanescente Ilha dos Frades..................................................................................325
3.4 DISCUSSÃO....................................................................................................................332
3.5 CONCLUSÃO..................................................................................................................337
3.6 REFERÊNCIAS................................................................................................................339
APÊNDICES..........................................................................................................................343
52
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
MATA ATLÂNTICA: BREVE ANÁLISE DE SUA EXUBERÂNCIA INICIAL À
SEGREGAÇÃO EM REMANESCENTES E DA NECESSIDADE DE SUA
CONSERVAÇÃO NO MUNICÍPIO DE SALVADOR/BA
Rousyana Gomes de Araujo1
Andressa Lopes de Oliveira Passos2
CONTEXTUALIZAÇÃO
Mata Atlântica foi o primeiro nome dado pelos portugueses à extensa muralha verde que
separava o Oceano Atlântico das terras interiores (ROSS, 2008). Esse contínuo florestal,
tendo por referência o quadro e a conjuntura fisiográfica e ecológica do início da colonização
portuguesa, estendia-se do sudeste do Rio Grande do Norte ao sudeste de Santa Catarina,
ainda, incluíam-se as matas biodiversas da Serra Gaúcha, as florestas da região do Iguaçu e do
extremo-oeste dos planaltos paranaenses até a fronteira com o leste do Paraguai (AB’SÁBER,
2003).
Atualmente, esse contínuo de matas encontra-se reduzido e bastante fragmentado, com
aproximados 7% de sua extensão original, (Fundação SOS Mata Atlântica/INPE, 2009). Essa
situação conferiu à Mata Atlântica, no final do século passado, a condição de um dos cinco
mais importantes hotspot, ou seja, as regiões prioritárias para conservação da natureza por
serem biologicamente mais ricas, especialmente pela existência de espécies endêmicas e as
mais ameaçadas do planeta (MITTERMEIER et al, 1999).
É importante destacar que tal classificação, intensamente repetida nas publicações científicas,
amplamente propagada pelos ambientalistas e pouco apropriada no planejamento e uso dos
espaços, sobretudo os urbanos, revela em sua essência a intensa e contínua degradação do
aludido bioma. Assim sendo, a classificação de uma região enquanto hotspot de
1 Bióloga, Assessora Técnica Pericial do MP-BA, Coordenadora Técnica da CEAT-Meio Ambiente, do MP-BA.
2 Geógrafa, Especialista em Geotecnologia, Coordenadora do CIGEO/MP-BA.
53
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
biodiversidade denota que o bioma já perdeu mais que 70% de sua cobertura original,
encontra-se sob forte ameaça, apesar da extraordinária diversidade biológica que possui, é
uma região onde os esforços para reverter os processos de perda de cobertura vegetal e
biodiversidade, além do comprometimento dos serviços ambientais essenciais para a
sobrevivência e qualidade de vida humana devem ser intensificados e integrar todos os setores
da sociedade (BENSUSAN et al., 2006).
Os impactos negativos no bioma Mata Atlântica, amplamente conhecidos, desde os diferentes
ciclos econômicos de exploração, à expansão agropecuária, à ampliação dos centros
industriais até as intensas concentração e urbanização das cidades causaram a redução drástica
de sua vegetação natural e a confinaram em remanescentes florestais, em sua maioria, com
áreas inferiores a 100 hectares (BENSUSAN et al., 2006).
Ainda, a devastação foi maior nas áreas planas da região costeira e na estreita faixa litorânea
do Nordeste, onde resta menos de 1% da floresta original (MITTERMEIER et al., 1999). No
Estado da Bahia, a Mata Atlântica de sua capital, Salvador, também esteve sujeita aos
impactos supramencionados e sua densa e exuberante vegetação primária declinou até os
atuais remanescentes secundários fragmentados, que variam de frações de um hectare na área
continental até 900 hectares em área insular, já que a extensão territorial da capital baiana
abrange tanto continente quanto ilhas.
No entanto, esse complexo vegetacional nacional, embora fragmentado, constitui ainda a
floresta pluvial atlântica, composta por numerosas e variadas formas de vida que se ordenam
em grupos estruturais e se dispõem em estratos (RIZZINI, 1997).
Essa floresta possui extraordinária diversidade de árvores, uma de suas marcas carcterísticas –
458 espécies em único hectare, nas proximidades de Itacaré, Sul da Bahia, em área
preservada, praticamente formação primária (THOMAS et al., 1998). Em adição a essa
diversidade de plantas, há pelo menos 1.360 espécies de mamíferos, anfíbios, répteis e aves
(MITTERMEIER et al., 1999). Além de inúmeros animais invertebrados (DEAN, 1996).
54
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Assim sendo, impressionam os índices de diversidade biológica do bioma Mata Atlântica, que
resistem às intensas pressões e ameaças a que estão submetidos. Nesse contexto de
perturbações, resistência e resiliência, os processos de sucessão ecológica secundária são
determinantes para garantir a continuidade, mesmo que fragmentada, da floresta pluvial
atlântica. A sucessão secundária, aqui compreendida como o mecanismo pelo qual as florestas
tropicais se autorenovam, através da cicatrização de locais perturbados que ocorrem a cada
momento em diferentes pontos da mata (GOMEZ-POMPA, 1971). Esses processos de
autorenovação apresentam-se em estágios sucessionais diferenciados, com suas espécies
agrupadas em função de sua ocorrência preferencial em cada um desses estágios durante a
sucessão (BUDOWSKI, 1965).
Na Mata Atlântica, para esse mosaico de estágios sucessionais foram, na esfera legal,
definidas três grandes categorias que se baseiam em características gerais das formações
florestais, ou seja: estágio inicial, estágio médio e estágio avançado de regeneração. Assim,
com o objetivo de nortear a análise desses estágios de sucessão da Mata Atlântica para os
procedimentos de licenciamento, o Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA
estabeleceu parâmetros básicos, conceituou legalmente vegetação primária e secundária e
definiu valores mensuráveis para uniformizar a análise técnica dos elementos gerais das
formações florestais atlânticas. O detalhamento desses parâmetros, bem assim os valores
mensuráveis, tais como altura e diâmetro, para a vegetação de Mata Atlântica ao estado da
Bahia, foram definidos pela Resolução CONAMA nº 05/1994, que em conjunto com Lei
Federal nº 11.428/2006 e o Decreto nº 6.660/2008 disciplinam o uso e a proteção da
vegetação nativa do aludido bioma.
Além disso, a Lei Federal nº 11.428/2006, no artigo 38, instituiu o Plano Municipal de
Conservação e Recuperação da Mata Atlântica como instrumento de gestão para uso e
conservação da vegetação daqueles municípios incluídos no multimencionado bioma, de
acordo com o regulamentado pelo art. 43 do Decreto 6.660/2001. Assim, a fim de estimular a
elaboração e implantação do Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata
Atlântica para Salvador foi realizado o diagnóstico da vegetação desta cidade, visando
55
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
identificar e mapear os estágios sucessionais dos remanescentes desse bioma, com base na
legislação supracitada.
CARACTERIZAÇÃO DA REGIÃO DE ESTUDO
A região de estudo é o município de Salvador, capital do estado da Bahia, localizada entre as
coordenadas UTM 537.139,06 mE, 575.452,61 mE e 8.560.896,61 mN, 8.591.270,64 mN e
possui uma superfície total aproximada de 328,542 km2 (CONDER,1989) (Figura 1).
Quanto a tipologia climática, segundo Koppen, o município de Salvador possui clima tipo Af
(tropical quente e úmido sem estação seca). Já segundo Thornthwaite e Mather, o clima é tipo
B2rA'a' (úmido), com precipitação média anual de 2098,9mm e temperatura média anual
compensada de 25,3 ºC (SEI, 1999).
Em relação aos aspectos geopedológicos, a área de estudo apresenta topografia colinosa, fácie
geológica de substrato granulítico do período pré-cambriano encimado por largo manto de
intemperismo (regolito) de grande potencial hídrico e, sobre este, solos das classes latossolos
e podzol, principalmente.
A vegetação da região analisada encontra-se inserida no domínio da Floresta Ombrófila
Densa (IBGE, 2008), todavia, hoje representada por um mosaico de remanescentes
vegetacionais alterados por processos de origem antrópica.
Diante desse cenário de fragmentação, a região de estudo foi submetida a uma avaliação
preliminar por meio da análise e interpretação de ortofotografias 2010, imagens RapydEye
2009, da Lei Municipal 7.400/2008 e suas alterações – Plano Diretor de Desenvolvimento
Urbano do município de Salvador –, especificamente o Sistema Viário, o Sistema de Áreas de
Valor Ambiental e Cultural (SAVAM) e as Regiões Administrativas (RA`s), a fim de
identificar a localização e extensão dos remanescentes de vegetação, bem como se tais
fragmentos constituem ou comportam Unidades de Conservação de Proteção Integral.
Uma vez localizados os remanescentes de vegetação, computadas suas extensões e
identificados aqueles constituintes de Unidades de Conservação de Proteção Integral, a região
56
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
de estudo foi dividida em seis grandes áreas (Figura 2), com o objetivo de nortear, sobretudo,
espacialmente as ações de coleta de dados, processamento de informações e obtenção de
resultados realizadas pela equipe multidisciplinar executora do presente Diagnóstico.
Cabe ressaltar que não foram inclusos no presente trabalho os remanescentes que compõem as
Unidades de Conservação de Proteção Integral existentes em Salvador, a exemplo do Parque
Metropolitano de Pituaçu, Parque Joventino Silva e do Parque São Bartolomeu, uma vez que
unidades de conservação dessa natureza já possuem proteção especial, o que em tese já é
suficiente para assegurar a proteção e conservação de sua biodiversidade.
Assim, este Diagnóstico se concentrou nos remanescentes onde não há disciplinamento
especial, adicional à Lei Federal nº 11.428/2006 e ao Decreto nº 6.660/2008, para o seu uso,
especificamente as áreas privadas.
57
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Figu
ra 1
– L
ocal
izaç
ão d
a re
gião
de
estu
do
58
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
REFERÊNCIAS
AB’SÁBER, A. N. Os Domínios de Natureza no Brasil: potencialidades paisagísticas. São Paulo: Ateliê Editorial. 2003. BENSUSAN, N.; BARROS, A.C.; BULHÕES, B. & ARANTES, A. Biodiversidade: para comer, vestir ou passar no cabelo? São Paulo: Peirópolis. 2006. COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO URBANO DO ESTADO DA BAHIA. Sistemas de Informações Geográficas Urbanas do Estado da Bahia. Mapas Municipais, 1989. Disponível em: < http://www.informs.conder.ba.gov.br/produtos/tabelaII.1.html > Acesso em 01 out 2011. DEAN, W. A Ferro e Fogo: a história e a devastação da Mata Atlântica Brasileira. São Paulo: Companhia da Letras, 1996. FUNDAÇÃO SOS MATA ATLÂNTICA/INPE. Atlas dos remanescentes florestais da Mata Atlântica e ecossistemas associados no período de 2005–2008. São Paulo: Fundação SOS Mata Atlântica/INPE, 2009. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Mapa da área de aplicação da Lei n° 11.428 de 2006. Brasília: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2008. GÓMEZ-POMPA, A. Posible papel de la vegetación secundaria en la evolución de la flora tropical. Biotropica. Lawrence, 3: 125-35, 1971. ROSS, J.L.S. (org.) Geografia do Brasil. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2008. SUPERINTENDÊNCIA DE ESTUDOS ECONÔMICOS E SOCIAIS DA BAHIA. Balanço Hídrico do Estado da Bahia. Salvador: SEI, 1999. 250 p. (Série Estudos e Pesquisas, 45).
THOMAS, W.W. et al. Plant endemism in two forests in southern Bahia, Brazil. Biodiversity and Conservation 7: 311-322, 1998.
59
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
CAPÍTULO I
ABORDAGEM METODOLÓGICA DO SENSORIAMENTO REMOTO E PROCESSAMENTO DIGITAL DE IMAGENS PARA CLASSIFICAÇÃO
DOS ESTÁGIOS SUCESSIONAIS DA VEGETAÇÃO DE MATA ATLÂNTICA EM SALVADOR.
Ardemírio de Barros Silva1
1.1 INTRODUÇÃO
A Geotecnologia é a arte e a técnica de estudar a superfície, a subsuperfície e a atmosfera da
Terra e adaptar os dados e as informações às necessidades dos meios físicos, químicos e
biológicos. Fazem parte das Geotecnologias: o Processamento Digital de Imagens (PDI), a
Geoestatística e o Sistema de Informações Georreferenciadas (SIG). O SIG é usualmente
aceito como sendo uma tecnologia que possui o ferramental necessário para realizar análises
com dados e informações espaciais e portanto, oferece ao ser implementado, alternativas para
o entendimento da paisagem, da ocupação e utilização do meio físico.
A utilização de imagens de Sensoriamento Remoto vem sendo cada vez mais intensificada,
pois representa um sistema de aquisição de dados eficiente e de alta confiabilidade,
permitindo, por exemplo, a incorporação de novas visões da realidade ambiental.
De forma bem genérica, Sensoriamento Remoto pode ser definido como sendo a tecnologia
que permite a aquisição de dados sobre objetos sem contato físico com eles. Para que os dados
do Sensoriamento Remoto sejam adquiridos é necessária a utilização de sensores, que são
equipamentos capazes de coletar energia proveniente do objeto, convertê-la em sinal passível
de ser registrado e apresentá-lo em forma adequada à extração de informações. Os sensores
dos satélites captam a energia solar (sensores passivos) ou emitem energia (sensores ativos)
1 Geólogo, Doutor em Sistemas de Informações Geográficas pela Open University, professor titular da Universidade Estadual de Feira de Santana e Consultor ad hoc do CNPq, FAPESP, GEOCIENCIAS/UNESP, FLORESTA E AMBIENTE/UFRRJ, FUNDECT/MS e FINEP.
60
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
que é refletida pelos objetos em várias faixas do espectro eletromagnético de forma
diferenciada.
O Processamento Digital de Imagens (PDI) corresponde a um conjunto de técnicas que
permite realçar determinadas características de uma imagem.
A resolução espacial de uma imagem é a menor área (polígono regular) captada por um
sensor. A resolução temporal diz respeito ao tempo que o satélite leva para imagear uma
mesma área. A resolução radiométrica está relacionada à capacidade de discriminar alvos com
pequenas diferenças de intensidade. A resolução espectral é um conceito inerente às imagens
multiespectrais de Sensoriamento Remoto, sendo definida pelo número de bandas espectrais
de um sistema sensor e pela amplitude do intervalo de comprimento de onda de cada banda.
As imagens de Sensoriamento Remoto utilizadas para avaliação da biomassa verde da cidade
de Salvador são provenientes da missão comercial denominada RapidEye, que é formada por
uma constelação de 5 micro-satélites multispectrais, lançados em 29/8/2008 em um único
foguete russo (DNEPR-1). O controle é feito pela empresa alemã RapidEye AG. O
desenvolvimento da missão ocorreu em parceria com a empresa canadense de astronáutica
MacDonald Dettwiler and Associates Ltd., que forneceu os sistemas de pré-processamento de
dados e armazenamento de imagens aos satélites. A construção foi responsabilidade da Surrey
Satellite Technology Ltd e a empresa Jena-Optronik foi a responsável pela produção das
câmeras.
Os cincos satélites RapidEye produzem conjuntos de imagens de qualquer ponto da Terra em
pouco tempo, fazendo com que ele possa ser utilizado para monitoramentos de eventos em
agricultura, florestas, governos, seguradoras, entre outras áreas de conhecimento.
Cada satélite possui seu próprio nome, sendo eles: Tachys, Mati, Trochia, Choros e Choma.
Cada um dos cinco satélites da RapidEye efetua 15 voltas em torno do planeta por dia e os
sensores a bordo dos satélites podem coletar imagens sobre a superfície da Terra ao longo de
uma faixa de 77 km de largura por até 1500 km de extensão. Estes satélites podem ser
programados para coletar imagens transversalmente à trajetória de sua órbita, e juntos
conseguem gerar aproximadamente 4,5 milhões de Km2 de imagens por dia. As características
dos satélites RapidEye são mostradas na Tabela 1:
61
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Tabela 1 - Características dos satélites RapidEye.
Lançamento 20/08/2008
Local de lançamento Baikonur (Kasaquistão)
Veículo lançador DNPR-1
Situação atual Ativo
Órbita Heliossincrona
Altitude 630 km
Inclinação 97,8º
Tempo de duração da órbita 96,7 minutos
Horário de passagem 11:00 hs
Período de revisita 24 horas
Tempo de vida projetado 7 anos
Fonte: EMBRAPA, 2009 (adaptado pelo autor)
As imagens RapidEye são adequadas para avaliar e analisar a biomassa verde em escala de até
1:25.000, em função da radiação radiométrica, da resolução espacial, da resolução temporal e
da resolução espectral (Tabela 2).
Tabela 2 - Características das imagens RapidEye.
Bandas espectrais
Resolução espectral
Resolução espacial
Resolução temporal
Faixa imageada
Resolução radiométrica
Azul 440-510nm
6,5 m (nadir) e 5m para ortoimagens
24 horas (off-nadir) e 5,5 dias (nadir)
77,25 km
12 bits ou 4096 níveis de cinza
Verde 520-590nm Vermelho 630-690nm Red-Edge 690-730nm Infravermelho próximo
760-880nm
Fonte: EMBRAPA, 2009
62
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
1.2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
O Processamento Digital das Imagens (PDI) derivadas dos satélites RapidEye foi
desenvolvido com a aplicação de um conjunto de técnicas matemáticas com o objetivo de
remover os vários tipos de degradações e distorções inerentes aos processos de aquisição,
transmissão e visualização das imagens coletadas, facilitando a extração de dados e
informações. Para atingir os objetivos propostos, foram elaborados os seguintes
procedimentos metodológicos:
1. Aquisição das imagens RapidEye e Ortofotos 2010 junto a SEI (Superintendência de
Estudos Econômicos e Sociais da Bahia) e Ortofotos 2006 cedidas pelo Ministério Público do
Estado da Bahia. Separação em bandas individualizadas das imagens, montagem de um
mosaico com as ortofotos e organização de um banco de dados georreferenciados com a
descrição detalhada dos metadados.
2. Seleção de aplicativos de Sistemas de Informações Georreferenciadas e Processamento
Digital de Imagens de Satélite. Os aplicativos selecionados para o Projeto foram: ArcGis,
ENVI, Global Mapper, Carta Linx, Surfer, Microsoft Office, NitroPDF, IDRISI e Autocad.
3. Definição de Projeções Cartográficas: as imagens RapidEye obtidas estão em formato
geotiff, no sistema de projeção plana Universal de Transversa de Mercator (UTM) e datum
horizontal WGS 84. As ortofotos 2006 e arquivos vetoriais dos fragmentos estavam com
sistema de projeção UTM e Datum SAD 69. O conjunto dos dados foi convertido para o
sistema de projeção UTM e Datum horizontal WGS84.
4. A correção geométrica está relacionada à reamostragem de pixeis em relação a um
determinado sistema de projeção cartográfica, tendo por função corrigir distorções de caráter
geométrico que ocorrem no momento em que a imagem é adquirida. Esse método proporciona
que a imagem não tenha distorções expressivas e possua uma boa qualidade geométrica. Das
técnicas para correção geométrica, foi utilizada a convolução cúbica, utilizando-se como
63
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
imagem de referência ortofotos do ano de 2010; a imagem final apresentou um erro médio
quadrático inferior a 5m.
5. Avaliação do contraste de uma imagem é realizada através da análise de seu histograma
que representa a distribuição e freqüências de pixeis. Para aplicar o realce de contraste foram
testados os algoritmos gaussiano e linear em todas as bandas. O realce linear que expande os
valores máximos e mínimos de números digitais apresentou os resultados mais satisfatórios.
6. Foram calculadas as correlações espaciais entre as bandas para, eventualmente, utilizar a
técnica de Componentes Principais. O algoritmo utilizado foi o módulo de Pearson e os
resultados estão apresentados na Tabela 3:
Tabela 3 - Correlação espacial entre as bandas das imagens RapidEye
Banda 1 Banda 2 Banda 3 Banda 4 Banda 5 Banda 1 1 0,93 0.89 0,68 0,03 Banda 2 0,93 1 0,95 0,86 0,29 Banda 3 0,89 0,95 1 0,87 0,23 Banda 4 0,68 0,86 0,87 1 0,66 Banda 5 0,03 0,29 0,23 0,66 1
Tabela criada pelo autor (SILVA, 2011)
7. Para a escolha dos tripletos para a composição colorida foram utilizados a observação
visual e o OIF (Optimum Index Factor). Este último consiste numa operação matemática que
permite identificar a composição colorida com menor repetição de dados. Para se obter o OIF
deve-se calcular a razão entre o somatório dos desvios padrões dos números digitais pelo
somatório dos coeficientes de correlação de bandas. As bandas selecionadas para a
composição colorida falsa cor foram 5, 3 e 1 nos canais vermelho, verde e azul,
respectivamente.
8. A classificação de imagens de sensoriamento remoto constitui uma ferramenta capaz de
atribuir a cada pixel da imagem determinadas características com respostas espectrais comuns
ou semelhantes. Em função dos conhecimentos prévios sobre a área, foi definida a
classificação supervisionada e como classificador a distância mínima que é baseada no
64
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
agrupamento “pixel a pixel”. Esta classificação é realizada mediante o cálculo da menor
distância entre o pixel a ser classificado e os valores médios obtidos das amostras treinadas,
ou seja, o método da mínima distância calcula a distância do valor da reflectância de um pixel
à média espectral do arquivo de assinaturas e atribui ao pixel a categoria com a média mais
próxima. Foram definidas as classes de estágios sucessionais avançado, médio e inicial
(Quadro 1, criado pelo autor).
Quadro 1 - Chave de Interpretação da Imagem RapidEye, RGB531.
Classes Padrão Visualização
Estágio Inicial
Cor: vermelho
Tonalidade: claro
(R178G33B25)
Estágio Médio
Cor: vermelho
Tonalidade: médio
(R207G42B40)
Estágio Avançado
Cor: vermelho
Tonalidade: escuro
(R246G41B34)
9. Para eliminar pequenos ruídos, sem borrar a imagem, preservando as informações originais
da mesma e eliminar áreas menores que 400m2, foi aplicado um filtro da moda (5x5). O filtro
65
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
da moda atribui ao pixel que possui valor discrepante do conjunto de pixeis predominantes o
valor do pixel mais frequente.
10. Na imagem classificada foi realizada uma validação dos resultados, utilizando-se o índice
de kappa (IK) que alcançou valor acima de 0,85. O cálculo do IK foi baseado nos resultados
dos trabalhos realizados pela equipe de campo, responsável pela identificação dos estágios
sucessionias da vegetação dos remanescentes in situ. O resultado obtido significou que a
interpretação alcançou níveis muito satisfatórios.
11. Na imagem classificada foi realizada uma vetorização manual, separando-se os
remanescentes dos três estágios sucessionais (avançado, médio e inicial) tendo sido gerados
arquivos em formato “shape”.
12. Foram realizadas superposições entre ortofotos 2010 e arquivos vetoriais dos fragmentos
nos três estágios sucessionais e gravados no formato Portable Document Format (PDF).
1.3 RESULTADOS
Após executados os procedimentos metodológicos supramencionados, foi verificado que a
área de estudo, ou seja, o município de Salvador/BA, que abrange uma extensão territorial de
32.854,2 hectares, possui dentre este total, 5.249,194 hectares com vegetação de Mata
Atlântica, sendo que 42,872 % dessa vegetação encontra-se no estágio inicial, 56,205 %
encontra-se no estágio médio e 0,923 % no estágio avançado de regeneração.
Ademais, a representação cartográfica dos remanescentes analisados, com seus respctivos
estágios sucessionais, encontra-se no Apêndice A – Mapa da Classificação do Estágios
Sucessionais da Vegetação do Bioma Mata Atlântica em Salvador/BA, assim como nos
resultados do capítulo 2.
66
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
1.4 REFERÊNCIAS
EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA. Sistemas Orbitais de Monitoramento e Gestão Territorial – RapidEye. Disponível em: < http://www.sat.cnpm.embrapa.br/conteudo/rapideye.htm> Acesso em 01 set 2011.
67
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
CAPÍTULO II
COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA FITOSSOCIOLÓGICA.
Maria Lenise Silva Guedes1
Juarez Jorge Santos2
Rousyana Gomes de Araujo3
Nid Coelho Amorim4
Erivaldo Queiroz5
Francisco Sanches Gomes6
2.1 INTRODUÇÃO
A floresta ombrófila densa, distribuída nos ambientes quentes e úmidos do planeta, assim
denominada por Ellenberg & Mueller-Dombois (1967), corresponde no Brasil às formações
Amazônica no norte e Atlântica nas regiões nordeste, sudeste e sul deste país. Com fisionomia
e perfil vertical da vegetação praticamente semelhante, estas duas florestas exibem a
ocorrência de 493 espécies comuns (LIMA, 1969).
A Mata Atlântica já recebeu outras denominações atribuídas ao longo do tempo por
naturalistas europeus, botânicos e geógrafos brasileiros e ainda por instituição oficial como
dríades, florestas austro-oriental, pluvial de cordilheira marítima, pluvial Montana, domínio
de mares de morros vegetados e floresta ombrófila densa. A inferência de proximidade com o
Oceano Atlântico foi determinante para o estabelecimento da denominação Mata Atlântica,
1 Bióloga, Professora Adjunta III do Instituto de Biologia-UFBA nas disciplinas Botânica Sistemática dos Vegetais Superiores e Botânica Econômica. Curadora do Herbário Alexandre Leal Costa do IBIO-UFBA.
2 Doutor em Ciências Biológicas pela USP, pesquisador associado ao Laboratório de Estudos em Anatomia de Madeiras, do Instituto de Biologia/UFBA.
3 Bióloga, Assessora Técnica Pericial do MP-BA, Coordenadora Técnica da CEAT - Meio Ambiente, do MP-BA
4 Biólogo, Especialista em Gerenciamento Ambiental pela Universidade Católica do Salvador. Atua em atividades de consultoria em meio ambiente.
5 Biólogo, Mestre em Botânica pela UFBA.
6 Biólogo, Mestrando em Ecologia e Biomonitoramento - UFBA
68
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
portanto, como referida em livros textos Rizzini (1997) que a nomeia de Floresta Atlântica
(mata e floresta são sinônimos), Mamede et. al. (2004) e em demais pesquisas recentes.
A fisionomia da vegetação da Mata Atlântica é diferenciada a depender, principalmente, das
características climáticas que advém da altitude, relevo e também do tipo de formação
geopedológica. Em função disso, ocorrem subtipos fisionômicos, principalmente como a
Mata Atlântica Montana (das serras do Mar e da Mantiqueira), Mata Atlântica de Tabuleiros
(sul da Bahia) e a Mata Atlântica das Terras Baixas (em altitudes inferiores a 100 metros).
Dada a sua grande extensão latitudinal (6º no Rio Grande do Norte e 30º no Rio Grande do
Sul), a Mata Atlântica registra variações locais para temperatura, precipitação pluviométrica e
umidade do ar.
O conhecimento inicial sobre a Mata Atlântica é atribuído ao visitante português Gabriel
Soares de Souza, no seu Tratado Descritivo do Brasil de 1587, onde o autor relata pela
primeira vez as plantas do litoral da Bahia (SOUZA, 1938). Seguem-se outros visitantes
europeus como Spix e Martius (1975) que realizam um levantamento da flora entre 1817 e
1820. Com a inclusão de espécies de plantas da Mata Atlântica (Dríades) Martius e Eichler
(1840/1906) publicaram com o patrocínio dos imperadores do Brasil, Áustria e o rei da
Baviera, vários volumes da famosa “Flora Brasiliense”. Lutzemberg (1922) publicou a
primeira listagem de árvores da Mata Atlântica.
Na segunda metade século XX surgiram as primeiras representações cartográficas
georeferenciadas baseadas em imagem de radar, em que nas cartas temáticas de vegetação se
inclui a floresta ombrófila densa da Mata Atlântica, do também famoso Projeto Radam Brasil
(1982). Neste mesmo período, principalmente a partir da década de oitenta, se intensificaram
as pesquisas na Mata Atlântica abordando os aspectos florísticos e da estrutura
fitossociológica da vegetação.
Os trabalhos que abordam estudos de composição florística e estudos fitossociológicas são
escassos para a Mata Atlântica da Bahia. Citam-se os levantamentos realizados na mata
primária preservada da Mata da Esperança, localizada em Ilhéus/BA (Carvalho &
Amorim,1996) e de Lima e Guedes (2001) no fragmento Mata Casa Branca em Santa Cruz de
Cabrália- BA. Da mesma forma acima, para a vegetação de Mata Atlântica de Salvador ocorre
69
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
uma lacuna na bibliografia onde apenas aparecem a Carta de Vegetação de Salvador do
Projeto Radam Brasil (1982) e os trabalhos de Bautista et al (1994), Guedes e Santos (1997),
todos de cunho florístico e finalmente a pesquisa de Santos et al (2008) sobre a estrutura
fitossociológica do Parque de Pituaçu, em Mata Atlântica secundária.
Assim, com o objetivo de diagnosticar a vegetação e identificar, de acordo com a Resolução
CONAMA 005/1994, os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da Mata Atlântica de
Salvador, bem como fornecer as informações obtidas in situ, fundamentais para representar
cartograficamente tais estágios sucessionais, foi realizado o levantamento florístico e a análise
fitossociológica das populações de plantas dos seus fragmentos remanescentes.
2.2 METODOLOGIA
A fim de avaliar in loco a vegetação da região de estudo, ou seja, o município de
Salvador/BA, foi utilizada a divisão já estabelecida para o município neste Diagnóstico,
conforme figura 2, e identificados os remanescentes a serem vistoriados.
Essa divisão foi realizada com base nas imagens RapidEye 2009 e ortofotos 2010 da SEI, nos
Sistemas Viário e de Áreas de Valor Ambiental e Cultural do município de Salvador,
constantes da Lei Municipal 7.400/2008 - Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano.
Ademais, a divisão visou facilitar o acesso, por via terrestre e marítima, aos remanescentes
que tiveram sua vegetação examinada in situ. Além disso, nas áreas demarcadas, os
remanescentes vistoriados in loco foram denominados de acordo com a referência de sua
localização, conforme tabela 4.
Para analisar a vegetação dos remanescentes, de acordo com as definições estabelecidas pela
Resolução CONAMA n° 05/1994, especificamente identificar os estágios de regeneração, foi
realizado o levantamento florístico através do método do caminhamento, onde foi coletado
todo o material botânico fértil (florido e/ou frutificado) com o auxílio de equipamentos como
podão e tesoura de poda. Além disso, foram anotados em tabela de campo específica as
características dos indivíduos de espécies de plantas como hábito, presença de exudados do
70
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
caule (resinas, látex, aromas), além de aspectos como textura da casca e/ou lenho, cor das
flores e tipos de frutos, quando presentes, para subsidiar a identificação do material botânico.
Para analisar a estrutura fitossociológica da vegetação, foi empregado o método das parcelas
conforme Mueller-Dombois & Ellemberg (1974), com parcelas retangulares de 10mx20m
(200m²) dispostas em transectos com distância aproximada de cem metros entre si, todas
georreferenciadas. Para a amostragem de todos os indivíduos vivos ou mortos em pé da
parcela, utilizou-se como critério de inclusão o diâmetro a altura do peito (DAP) igual ou
superior a cinco centímetros, medido no tronco a um metro e trinta do solo, com o objetivo de
incluir os indivíduos pertencentes aos estratos arbóreo e arbustivo, além da inclusão dos cipós
e palmeiras. Os indivíduos que apresentaram ramificações do tronco abaixo do DAP foram
mensurados separadamente e aqueles que registraram a ocorrência de sapopemas (raízes
tabulares) ou deformações no tronco foram medidos imediatamente acima destas. A altura dos
indivíduos foi medida com régua articulada de doze metros e para aqueles mais altos
empregou-se clinômetro óptico. Todos os indivíduos mensurados foram identificados com
plaqueta numerada permanente.
No laboratório, o material botânico coletado foi prensado e desidratado em estufa elétrica, em
seguida foi identificado com auxílio de bibliografia especializada tais como Martius
(1840/1906); Lewis, (1984); Hoehne (1940/53 e 1941); Fontella-Pereira (1984); Harley &
Mayo (1980); Mori & Boom (1981), Barbosa et. al. (1968) Lorenzi & Souza (2008), e/ou por
comparação com as coleções existentes no acervo dos herbários: Alexandre Leal Costa
(ALCB) UFBA, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, RADAM BRASIL–IBGE
(HRB). O sistema de classificação utilizado foi o APG III(Angiosperm Phylogeny Group)
2009.
Quanto ao procedimento fitossociológico, foram processados os dados estruturais dos
indivíduos amostrados conforme legislação pertinente (diâmetro do tronco e altura médios),
além da obtenção dos índices fitossociológicos absolutos e relativos como densidade,
freqüência e dominância e sintéticos como índice de valor de importância (IVI) e índice de
valor de cobertura (IVC), com emprego do programa FITOPAC (Shepherd, 1995) com
solução das fórmulas matemáticas de Mueller-Dombois & Ellemberg (1974). Também foi
71
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
obtida a diversidade específica dos fragmentos através do índice de Shannon (H’) na base
logarítima natural segundo Pielou (1966). Os parâmetros citados acima foram utilizados para
tornar mais robustos os critérios empregados para a classificação dos estágios sucessionais.
Ainda, verificou-se se as espécies identificadas na área de estudo constavam na Lista Oficial
das Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção, anexo I da Instrução Normativa nº
6, de 23 de Setembro de 2008, do Ministério do Meio Ambiente.
Tabela 4 – Lista dos remanescentes florestais analisados no Projeto Mata Atlântica de
Salvador, fevereiro de 2011 a outubro de 2012.
Área de Influência Bairro Remanescente
Avenida Luis Viana
Patamares Alphaville I
Trobogy Alphaville II
Canabrava Aterro Canabrava
Patamares Greenville
Patamares Loteamento Biribeira
Patamares Loteamento Patamares
BR-324-Cabula Posto TIC
Trobogy Trobogy
Cabula 19° BC
Rio Ipitanga
Ipitanga Aterro Metropolitano Cento
Ipitanga Barragem Ipitanga I
Ipitanga Barragem Ipitanga II
Ipitanga Pedreira Aratu
Ipitanga Pedreira Carangi
72
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Área de Influência Bairro Remanescente
Valéria Pedreira Valéria
Subúrbio Ferroviário
Valéria Valéria
Pirajá Bacia do Cobre
São Tomé de Paripe Base Naval de Aratu
Ilhas Ilha de Maré Ilha de Maré
Ilha dos Frades Ilha dos Frades
73
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
74
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
2.3 RESULTADOS
A avaliação florística e fitossociológica está registrada de forma individualizada para cada
remanescente estudado no período de fevereiro de 2011 a outubro de 2012.
2.3.1 Remanescente Alphaville I
No remanescente Alphaville I foram amostrados 178 indivíduos vivos e mortos ainda em pé
em uma área total de 0,14 ha. Das parcelas implantadas, verificou-se que as 7 estão
localizadas no estágio médio, conforme a Resolução CONAMA 005/1994 (Tabela 5).
Tabela 5. Parâmetros amostrados nas parcelas implantadas no remanescente de Mata
Atlântica Alphaville 1, Salvador, BA. Ni = número de indivíduos; TotRam = total de ramos; NSpp =
número de espécies; AltMax = altura máxima; AltMed = altura média; DAPMax = diâmetro máximo; DAPMed
= diâmetro médio; AreaBas = área basal; ER=Estágio de Regeneração.
Parcelas Ni TotRam NSpp AltMax AltMed DAPMax DAPMed AreaBas ER
1 26 29 11 25 13,92 30,24 16,93 0,46 Médio
2 22 34 11 25 14,68 110,56 17,82 2,10 Médio
3 18 20 10 30 13,78 37,88 16,55 0,51 Médio
4 38 49 19 25 12,91 55,07 17,84 1,00 Médio
5 18 23 10 25 12,31 82,76 17,35 1,51 Médio
6 28 33 13 22 13,61 33,42 16,65 0,48 Médio
7 28 31 18 35 15,06 63,03 16,66 1,00 Médio
A mata existente possui fisionomia predominantemente arbórea, com seus estratos
diferenciados, altura média de 13,75 m e DAP médio de 17,11 cm. A cobertura arbórea é
predominantemente fechada, com indivíduos emergentes atingindo cerca de 35m.
Foram registradas 25 famílias, 31 gêneros e 38 espécies incluindo lianas. No arranjo
fitossociológico (tabela 6), as espécies de maior frequência foram Eschweilera ovata,
75
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Himatanthus bracteatus, Schefflera morototoni e Tapirira guianensis. Com relação à
dominância absoluta destacam-se as espécies Ficus gomelleira, Pera glabrata, Simarouba
amara e Himatanthus bracteatus. As espécies com maior IVI foram: Himatanthus bracteatus,
Simarouba amara, Ficus gomelleira e Tapirira guianensis. Para esse remanescente foi
observado densidade absoluta de 1271,43 ind.ha-1 e índice de diversidade de Shannon-Wiener
de 3,123 nat.ind-1.
No tocante à distribuição de frequência em intervalos de classe de altura, foi observada a
concentração dos valores na classe >12 com 59,55% dos indivíduos (gráfico 1). Para o
diâmetro, foi observado maior ocorrência na classe 8-18 com 39,89% seguido da classe >18
com 31,46% (gráfico 2).
Esses dados corroboram com uma arquitetura vegetacional secundária, com predominância do
estágio médio de regeneração.
Tabela 6 - Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata
Atlântica Alphaville I, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de importância
(IVI). Descritores quantitativos: Ni = número de indivíduos; DA = densidade absoluta (ind.ha-1); DR =
densidade relativa (%); DoA = dominância absoluta (m².ha-1); DoR = dominância relativa (%); FA = frequência
absoluta; FR = frequência relativa (%); IVI = índice do valor de importância (DR+DoR+FR); IVC = índice do
valor de cobertura (DR +DoR); AB = área basal (m².0,14 ha-1).
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Himatanthus
bracteatus 32 228,57 17,98 4,63 9,18 85,71 6,52 33,68 27,16 0,65
Simarouba amara 8 57,14 4,49 6,39 12,66 57,14 4,35 21,50 17,15 0,89
Ficus gomelleira 5 35,71 2,81 7,05 13,98 57,14 4,35 21,14 16,79 0,99
Morto 16 114,29 8,99 2,08 4,12 100,0 7,61 20,72 13,11 0,29
Tapirira guianensis 12 85,71 6,74 3,79 7,52 71,43 5,43 19,69 14,26 0,53
Eschweilera ovata 15 107,14 8,43 1,67 3,31 85,71 6,52 18,25 11,73 0,23
Pera glabrata 3 21,43 1,69 6,99 13,85 28,57 2,17 17,71 15,54 0,98
Allophylus laevigatus 11 78,57 6,18 2,57 5,10 57,14 4,35 15,62 11,28 0,36
Elaeis guineensis 7 50,00 3,93 3,92 7,78 42,86 3,26 14,97 11,71 0,55
Schefflera 10 71,43 5,62 0,70 1,38 71,43 5,43 12,44 7,00 0,10
76
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
morototoni
Attalea burretiana 4 28,57 2,25 3,01 5,97 42,86 3,26 11,47 8,21 0,42
Myrsine umbellata 3 21,43 1,69 0,75 1,48 28,57 2,17 5,34 3,16 0,10
Syagrus coronata 4 28,57 2,25 0,40 0,79 28,57 2,17 5,21 3,04 0,06
Thyrsodium
spruceanum 3 21,43 1,69 0,10 0,20 42,86 3,26 5,14 1,88 0,01
Protium
heptaphyllum 4 28,57 2,25 0,36 0,72 28,57 2,17 5,14 2,96 0,05
Vochysia lucida 1 7,14 0,56 1,70 3,37 14,29 1,09 5,02 3,93 0,24
Desconhecido 01 4 28,57 2,25 0,14 0,27 28,57 2,17 4,69 2,52 0,02
Guazuma ulmifolia 2 14,29 1,12 0,68 1,35 28,57 2,17 4,64 2,47 0,10
Hirtella sp. 3 21,43 1,69 0,23 0,46 28,57 2,17 4,32 2,14 0,03
Psychotria
carthagenensis 3 21,43 1,69 0,14 0,28 28,57 2,17 4,14 1,97 0,02
Cupania sp. 3 21,43 1,69 0,10 0,19 28,57 2,17 4,05 1,87 0,01
Inga thibaudiana 2 14,29 1,12 0,13 0,25 28,57 2,17 3,55 1,37 0,02
Allagoptera
caudescens 2 14,29 1,12 0,11 0,21 28,57 2,17 3,51 1,33 0,01
Inga laurina 2 14,29 1,12 0,06 0,13 28,57 2,17 3,42 1,25 0,01
Cipó 2 14,29 1,12 0,04 0,08 28,57 2,17 3,38 1,21 0,01
Henriettea succosa 2 14,29 1,12 0,03 0,07 28,57 2,17 3,37 1,19 <0,01
Bysronima sericea 2 14,29 1,12 0,53 1,06 14,29 1,09 3,27 2,18 0,07
Ocotea pubescens 1 7,14 0,56 0,80 1,60 14,29 1,09 3,24 2,16 0,11
Attalea salvadorensis 1 7,14 0,56 0,68 1,34 14,29 1,09 2,99 1,90 0,09
Cordia sagotii 2 14,29 1,12 0,05 0,09 14,29 1,09 2,30 1,22 0,01
Hieronyma
alchorneoides 1 7,14 0,56 0,21 0,41 14,29 1,09 2,06 0,97 0,03
Ficus sp. 1 7,14 0,56 0,12 0,24 14,29 1,09 1,89 0,80 0,02
Zanthoxylum
rhoifolium 1 7,14 0,56 0,07 0,15 14,29 1,09 1,79 0,71 0,01
Inga ciliata 1 7,14 0,56 0,06 0,12 14,29 1,09 1,77 0,68 0,01
Chaetocarpus 1 7,14 0,56 0,05 0,10 14,29 1,09 1,75 0,66 0,01
77
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
echinocarpus
Myrcia silvatica 1 7,14 0,56 0,04 0,08 14,29 1,09 1,73 0,64 0,01
Swartzia apetala 1 7,14 0,56 0,03 0,05 14,29 1,09 1,70 0,61 <0,01
Guatteria sp. 1 7,14 0,56 0,03 0,05 14,29 1,09 1,70 0,61 <0,01
Pouteria ramiflora 1 7,14 0,56 0,02 0,04 14,29 1,09 1,69 0,60 <0,01
Total 178 1271,43 100 50,46 100 1314,29 100 300 200 7,06
78
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Gráfico 1 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Alphaville I, Salvador-BA fevereiro de 2011 a outubro de 2012.
Gráfico 2 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do peito (DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente AlphavilleI, Salvador-BA fevereiro de 2011 a outubro de 2012.
79
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
No estrato arbóreo, ocorreram as espécies Himatanthus bracteatus (janaúba), Simarouba
amara (pau-paraiba), Ficus gomelleira (gameleira), Tapirira guianensis (pau-pombo),
Eschweilera ovata (biriba), Pera glabrata, Allophylus laevigatus, Elaeis guineensis (dendê),
Schefflera morototoni (matatauba), Attalea burretiana (indaiá), Myrsine umbellata
(pororoca), Syagrus coronata (licuri), Protium heptaphyllum (amescla), Thyrsodium
spruceanum, Vochysia lucida (pau-de-tucano), Guazuma ulmifolia, Psychotria
carthagenensis, Inga thibaudiana (ingá), Allagoptera caudescens, Inga laurina (ingá),
Henriettea succosa, Byrsonima sericea (murici), Ocotea pubescens, Attalea salvadorensis,
Cordia sagotii, Hieronyma alchorneoides, Zanthoxylum rhoifolium, Inga ciliata,
Chaetocarpus echinocarpus, Myrcia silvatica, Swartzia apetala e Pouteria ramiflora.
No subosque encontram-se indivíduos jovens do estrato arbóreo além de indivíduos dos
gêneros, Vismia, Miconia, Clidemia, Cordia, Elaeis, Myrcia, Syagrus, Guettarda, Allophylus,
Erythroxulum e Desmoncus polyacanthos (titara). No herbáceo destacam-se Poaceae com o
gênero Olyra, Heliconia psittacorum, Stromanthe porteana, Piper spp, Scleria bracteata,
Rhynchospora cephalotes, Oeceoclades maculata e indivíduos jovens das famílias
Araliaceae, Fabaceae, Myrtaceae, Boraginaceae, Melastomataceae, Arecaceae e Sapindaceae.
Na área ocorrem poucas trepadeiras e lianas, entre elas o Lygodium volubile, Philodendron
acutatum, Philodendron bipinnatifidum, Cissus erosa, Passiflora edmundoi, Vanilla sp,
Davilla spp, Dioscorea sp, além de indivíduos das Monilófitas.
A vegetação com as características acima mencionadas ocorre na extensão de 28,178 hectares
nesse remananescente, que corresponde ao estágio médio de regeneração. Assim, a mata
existente na área de Alphaville I é um remanescente de Floresta Ombrófila Densa, Mata
Atlântica, com predominância de vegetação secundária em estágio médio de regeneração,
definido conforme a Resolução CONAMA 005/1994.
80
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Figura 3 - Alphaville I, Vista geral da vegetação.
Figura 4 - Remanescente Alphaville I, estrato arbóreo
81
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
82
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
2.3.2 Remanescente Alphaville II
No remanescente Alphaville II foram amostrados 53 indivíduos em uma área total de 0,04 ha.
Das parcelas implantadas, verificou-se que as 2 estão localizadas no estágio médio, conforme
a Resolução CONAMA 005/1994 (Tabela 7).
Tabela 7. Parâmetros amostrados nas parcelas implantadas no remanescente de Mata
Atlântica de Alphaville II, Salvador, BA. Ni = número de indivíduos; TotRam = total de ramos; NSpp =
número de espécies; AltMax = altura máxima; AltMed = altura média; DAPMax = diâmetro máximo; DAPMed
= diâmetro médio; AreaBas = área basal; ER=Estágio de Regeneração.
Parcelas Ni TotRam NSpp AltMax AltMed DAPMax DAPMed AreaBas ER
1 21 29 10 15 7,75 47,43 13,02 0,42 Médio
2 32 47 12 20 9,97 35,9 11,94 0,53 Médio
A mata existente possui fisionomia predominantemente arbórea, com seus estratos
diferenciados, altura média de 8,86 m e DAP médio de 12,48 cm. A cobertura arbórea é
predominantemente fechada, com indivíduos emergentes atingindo cerca de 15 m.
Foram registradas 14 famílias, 14 gêneros e 17 espécies. No arranjo fitossociológico (tabela
8), as espécies de maior frequência foram Tapirira guianensis, Siparuna guianensis,
Schefflera morototoni, Miconia prasina e Allophylus laevigatus. Com relação à dominância
absoluta destacam-se as espécies Tapirira guianensis, Attalea burretiana, Schefflera
morototoni e Himatanthus bracteatus. As espécies com maior IVI foram: Tapirira guianensis,
Schefflera morototoni, Miconia minutiflora, Attalea burretiana e Himatanthus bracteatus.
Para esse remanescente foi observado densidade absoluta de 1325 ind.ha-1 e índice de
diversidade de Shannon-Wiener de 2,53 nat.ind-1.
No tocante à distribuição de frequência em intervalos de classe de altura, foi observada maior
concentração dos valores na classe 5-12 com 77,36 % dos indivíduos (gráfico 3). Para o
diâmetro, a maior frequência observada na classe <8 com 45,28% respectivamente (gráfico
83
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
4). Esses dados corroboram com uma arquitetura vegetacional secundária, com
predominância do estágio médio de regeneração.
Tabela 8 - Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata
Atlântica Alphaville II, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de importância
(IVI). Descritores quantitativos: Ni = número de indivíduos; DA = densidade absoluta (ind.ha-1); DR =
densidade relativa (%); DoA = dominância absoluta (m².ha-1); DoR = dominância relativa (%); FA = frequência
absoluta; FR = frequência relativa (%); IVI = índice do valor de importância (DR+DoR+FR); IVC = índice do
valor de cobertura (DR +DoR); AB = área basal (m².0,04 ha-1).
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Tapirira guianensis 8 200 15,09 4,89 20,75 100 9,09 44,93 35,84 0,2
Schefflera morototoni 6 150 11,32 4,2 17,84 100 9,09 38,25 29,16 0,2
Miconia minutiflora 11 275 20,75 1,98 8,42 50 4,55 33,72 29,17 0,08
Attalea burretiana 1 25 1,89 4,42 18,75 50 4,55 25,18 20,64 0,18
Himatanthus
bracteatus 3 75 5,66 2,99 12,71 50 4,55 22,92 18,37 0,12
Siparuna guianensis 4 100 7,55 0,34 1,46 100 9,09 18,1 9,01 0,01
Protium heptaphyllum 4 100 7,55 0,92 3,89 50 4,55 15,99 11,44 0,04
Allophylus laevigatus 2 50 3,77 0,18 0,78 100 9,09 13,65 4,56 0,01
Miconia prasina 2 50 3,77 0,16 0,69 100 9,09 13,55 4,46 0,01
Luehea divaricata 2 50 3,77 1,07 4,55 50 4,55 12,87 8,32 0,04
Casearia
commersoniana 2 50 3,77 0,82 3,48 50 4,55 11,8 7,25 0,03
Inga sp. 2 50 3,77 0,43 1,84 50 4,55 10,15 5,61 0,02
Coccoloba mollis 2 50 3,77 0,22 0,94 50 4,55 9,26 4,71 0,01
Inga thibaudiana 1 25 1,89 0,65 2,77 50 4,55 9,2 4,66 0,03
Desconhecido 01 1 25 1,89 0,11 0,46 50 4,55 6,9 2,35 <0,01
Eschweilera ovata 1 25 1,89 0,09 0,37 50 4,55 6,8 2,26 <0,01
Byrsonima sericea 1 25 1,89 0,07 0,31 50 4,55 6,74 2,19 <0,01
Total 53 1325 100 23,54 100 100 1100 300 200 0,9416
84
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Gráfico 3 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Alphaville II, Salvador-BA fevereiro de 2011 a outubro de 2012.
Gráfico 4 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do peito (DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Alphaville II, Salvador-BA fevereiro de 2011 a outubro de 2012.
85
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
No estrato arbóreo, ocorreram as espécies Tapirira guianensis (pau-pombo), Schefflera
morototoni (matatauba), Miconia minutiflora, Attalea burretiana (indaiá), Himatanthus
bracteatus (janaúba), Siparuna guianensis, Protium heptaphyllum (amescla), Allophylus
laevigatus, Miconia prasina, Luehea divaricata, Casearia commersoniana, Coccoloba mollis,
Inga thibaudiana (ingá), Eschweilera ovata (biriba) e Byrsonima sericea (murici).
No subosque encontram-se indivíduos jovens do estrato arbóreo além de Protium
heptaphyllum, Himatanthus bracteatus, Eschweilera ovata, Schefflera morototoni, Xylopia
sericea e Siparuna guianensis. No estrato herbáceo destacam-se Olyra latifolia, Heliconia
psittacorum, Piper spp, Scleria bracteata, Cordia sp, Clidemia spp, Psychotria sp e espécies
de Monilófitas. Das trapadeiras e lianas destacam-se Philodendron spp e espécies das famílias
Sapindaceae, Apocynaceae, Asteraceae, Convolvulaceae e Malpighiaceae.
A vegetação com as características acima mencionadas ocorre em toda extensão desse
remanescente 9,177 ha, que corresponde ao estágio médio de regeneração e não foram
registrados os estágios inicial e avançado. Assim, a mata existente no remanescente
Alphaville II é Floresta Ombrófila Densa, Mata Atlântica, com a vegetação secundária em
estágio médio de regeneração, definido conforme a Resolução CONAMA 005/1994.
86
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Figura 6 - Remanescente Alphaville II, estrato arbóreo, interior do fragmento.
Figura 7 - Remanescente Alphaville II, subosque
87
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
88
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
2.3.3 Remanescente Aterro Canabrava
No remanescente Aterro Canabrava foram amostrados 319 indivíduos vivos e mortos ainda
em pé, em uma área total de 0,24 ha. Das parcelas, verificou-se que 10 estão localizadas no
estágio médio e 2 no estágio avançado de regeneração, conforme a Resolução CONAMA
005/1994 (Tabela 9).
Tabela 9. Parâmetros amostrados nas parcelas implantadas no remanescente de Mata
Atlântica, Aterro Canabrava, Salvador, BA. Ni = número de indivíduos; TotRam = total de ramos;
NSpp = número de espécies; AltMax = altura máxima; AltMed = altura média; DAPMax = diâmetro máximo;
DAPMed = diâmetro médio; AreaBas = área basal; ER=Estágio de Regeneração.
Parcelas Ni TotRam NSpp AltMax AltMed DAPMax DAPMed AreaBas ER
1 34 50 10 12 4,86 16,74 5,56 0,25 Inicial
2 27 31 16 23 11,63 34,74 12,44 0,52 Médio
3 24 28 13 20 10,37 32,67 11,4 0,33 Médio
4 31 35 10 25 8,88 42,33 14,82 0,88 Médio
5 20 25 13 22 10,15 28,01 13,65 0,35 Médio
6 17 19 9 25 12,44 86,26 26,37 1,41 Avançado
7 30 38 12 17 8,22 34,7 10,95 0,42 Médio
8 38 104 6 10 4,72 17,13 6,96 0,22 Inicial
9 26 38 11 13 4,33 19,6 6,54 0,26 Inicial
10 25 29 15 32 13,36 42,34 16,09 0,73 Médio
11 31 41 12 16 9,43 34,76 12,63 0,55 Médio
12 16 19 10 18 10,75 74,48 21,79 1,16 Avançado
89
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
A mata existente possui fisionomia predominantemente arbórea, com seus estratos
diferenciados, altura média de 9,12 m e DAP médio de 13,26 cm. A cobertura arbórea é
predominantemente fechada, com indivíduos emergentes atingindo cerca de 30 m.
Foram registradas 28 famílias, 37 gêneros e 43 espécies incluindo lianas. No arranjo
fitossociológico (tabela 10), as espécies de maior frequência foram Tapirira guianensis,
Himatanthus bracteatus, Henriettea succosa e Byrsonima sericea. Com relação à dominância
absoluta destacam-se as espécies Tapirira guianensis, Vochysia lucida, Himatanthus
bracteatus e Stryphnodendron pulcherrimum. Aquelas espécies com maior IVI foram:
Himatanthus bracteatus, Tapirira guianensis, Byrsonima sericea, Henriettea succosa,
Vochysia lucida, Stryphnodendron pulcherrimum, Schefflera morototoni e Simarouba amara.
Para esse remanescente foi observado densidade absoluta de 1329 ind.ha-1 e índice de
diversidade de Shannon-Wiener de 3,164 nat.ind-1.
No tocante à distribuição de frequência em intervalos de classe de altura, foi observada a
concentração dos valores na classe 5-12m com 67,40 % dos indivíduos (gráfico 5). Para o
diâmetro, foi observada distribuição relativamente uniforme nas classes <8 e 8-18 com 41,38
e 37,93 % respectivamente (gráfico 6).
Esses dados corroboram com uma arquitetura vegetacional secundária, com predominância do
estágio médio de regeneração.
Tabela 10 - Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata
Atlântica Canabrava, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de importância
(IVI). Descritores quantitativos: Ni = número de indivíduos; DA = densidade absoluta (ind.ha-1); DR =
densidade relativa (%); DoA = dominância absoluta (m².ha-1); DoR = dominância relativa (%); FA = frequência
absoluta; FR = frequência relativa (%); IVI = índice do valor de importância (DR+DoR+FR)(%); IVC = índice
do valor de cobertura (DR +DoR)(%); AB = área basal (m².0,24 ha-1).
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Himatanthus
bracteatus 54 225,00 16,93 3,79 12,51 91,67 7,97 37,47 29,44 0,91
Tapirira guianensis 33 137,50 10,34 5,01 16,55 91,67 7,97 34,92 26,89 1,20
90
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Byrsonima sericea 26 108,33 8,15 1,61 5,33 66,67 5,80 19,32 13,48 0,39
Henriettea succosa 29 120,83 9,09 0,99 3,29 66,67 5,80 18,22 12,38 0,24
Vochysia lucida 5 20,83 1,57 4,16 13,74 16,67 1,45 16,76 15,3 1,00
Morto 14 58,33 4,39 0,77 2,55 83,33 7,25 14,24 6,94 0,18
Stryphnodendron
pulcherrimum 3 12,50 0,94 3,52 11,63 16,67 1,45 14,03 12,57 0,84
Schefflera
morototoni 9 37,50 2,82 1,21 4 41,67 3,62 10,47 6,82 0,29
Simarouba amara 11 45,83 3,45 1,1 3,64 33,33 2,90 10,01 7,09 0,26
Pera glabrata 6 25,00 1,88 1,43 4,72 25,00 2,17 8,79 6,6 0,34
Eschweilera ovata 7 29,17 2,19 0,72 2,39 41,67 3,62 8,24 4,59 0,17
Protium
heptaphyllum 9 37,50 2,82 0,34 1,11 41,67 3,62 7,58 3,93 0,08
Miconia sp. 12 50,00 3,76 0,18 0,61 33,33 2,90 7,29 4,37 0,04
Erythroxylum
citrifolium 10 41,67 3,13 0,14 0,46 41,67 3,62 7,25 3,6 0,03
Attalea sp. 4 16,67 1,25 1,06 3,51 16,67 1,45 6,23 4,77 0,25
Syagrus coronata 6 25,00 1,88 0,82 2,69 16,67 1,45 6,03 4,57 0,20
Bactris ferruginea 7 29,17 2,19 0,19 0,62 33,33 2,90 5,73 2,82 0,05
Myrsine umbellata 8 33,33 2,51 0,26 0,87 25,00 2,17 5,57 3,38 0,06
Thyrsodium
spruceanum 10 41,67 3,13 0,29 0,95 16,67 1,45 5,55 4,09 0,07
Inga laurina 6 25,00 1,88 0,37 1,22 16,67 1,45 5,13 3,67 0,09
Desconhecida 01 3 12,50 0,94 0,25 0,82 25,00 2,17 3,95 1,76 0,06
Inga thibaudiana 4 16,67 1,25 0,11 0,38 25,00 2,17 3,72 1,53 0,03
Cipó 4 16,67 1,25 0,08 0,27 25,00 2,17 3,65 1,46 0,02
Myrtaceae sp. 4 16,67 1,25 0,06 0,21 25,00 2,17 3,46 2 0,01
Curatella americana 4 16,67 1,25 0,23 0,75 16,67 1,45 3,31 1,85 0,06
Desconhecida 02 2 8,33 0,63 0,37 1,23 16,67 1,45 2,67 1,21 0,09
Coccoloba mollis 3 12,50 0,94 0,08 0,27 16,67 1,45 2,66 1,2 0,02
Cordia pilosa 3 12,50 0,94 0,08 0,26 16,67 1,45 2,6 1,14 0,02
Gochnatia 3 12,50 0,94 0,06 0,2 16,67 1,45 2,55 1,09 0,01
91
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
oligocephala
Kielmeyera neglecta 3 12,50 0,94 0,05 0,15 16,67 1,45 2,51 1,05 0,01
Allophylus laevigatus 2 8,33 0,63 0,09 0,29 16,67 1,45 2,37 0,91 0,02
Psychotria
carthagenensis 2 8,33 0,63 0,08 0,25 16,67 1,45 2,34 0,88 0,02
Moldenhawera
blanchetiana 1 4,17 0,31 0,32 1,05 8,33 0,72 2,09 1,36 0,08
Siparuna guianensis 2 8,33 0,63 0,03 0,1 8,33 0,72 1,46 0,73 0,01
Cupania rugosa 1 4,17 0,31 0,11 0,37 8,33 0,72 1,41 0,68 0,03
Xylopia sericea 1 4,17 0,31 0,07 0,24 8,33 0,72 1,29 0,56 0,02
Pogonophora
schomburgkiana 1 4,17 0,31 0,06 0,2 8,33 0,72 1,24 0,51 0,01
Ficus sp. 1 4,17 0,31 0,05 0,18 8,33 0,72 1,22 0,49 0,01
Abarema
cochliacarpos 1 4,17 0,31 0,04 0,15 8,33 0,72 1,19 0,46 0,01
Clusia nemorosa 1 4,17 0,31 0,03 0,09 8,33 0,72 1,14 0,41 0,01
Miconia prasina 1 4,17 0,31 0,01 0,05 8,33 0,72 1,09 0,36 <0,01
Ocotea glomerata 1 4,17 0,31 0,01 0,04 8,33 0,72 1,09 0,36 <0,01
Guarea guidonea 1 4,17 0,31 0,01 0,04 8,33 0,72 1,08 0,35 <0,01
Brosimum lactescens 1 4,17 0,31 0,01 0,04 8,33 0,72 1,08 0,35 <0,01
Total 319 1329 100 30 100 1150 100 300 200 7,26
92
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Gráfico 5 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Aterro Canabrava, Salvador-BA fevereiro de 2011 a outubro de 2012.
Gráfico 6 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do peito (DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Aterro Canabrava, Salvador-BA fevereiro de 2011 a outubro de 2012.
93
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
No estrato arbóreo ocorreram as espécies Himatanthus bracteatus (janaúba), Tapirira
guianensis (pau-pombo), Byrsonima sericea (muricí), Henriettea succosa (mundururu),
Vochysia lucida (pau-de-tucano), Stryphnodendron pulcherrimum, Schefflera morototoni
(matataúba) e Simarouba amara (pau-paraíba), Pera glabrata (sete-capote), Eschweilera
ovata (biriba), Protium heptaphyllum (amescla), Erythroxylum citrifolium, Syagrus coronata
(licuri), Bactris ferruginea (mané-veio), Myrsine umbellata (pororoca), Thyrsodium
spruceanum (caboatã-de-leite), Inga laurina (ingá), Curatella americana (lixeira), Coccoloba
mollis, Cordia pilosa, Gochnatia oligocephala, Kielmeyera neglecta, Allophylus laevigatus
(xau-xau), Psychotria carthagenensis, Moldenhawera blanchetiana, Siparuna guianensis,
Cupania rugosa (caboatã), Xylopia sericea, Pogonophora schomburgkiana, Abarema
cochliacarpos (barbatimão), Clusia nemorosa, Ocotea glomerata (louro), Miconia prasina
(mundururu), Brosimum lactescens e Guarea guidonea.
No subosque encontram-se indivíduos jovens do estrato arbóreo além de indivíduos dos
gêneros, Vismia, Miconia, Clidemia, Cordia, Elaeis, Myrcia, Syagrus, Guettarda, Allophylus
e Erythroxylum. No estrato herbáceo destacam-se Poaceae com o gênero Olyra,
Lecythidaceae, Burseraceae, Orchidaceae (Oeceoclades), Heliconia. Entre as epífitas,
destacam-se espécies Philodendron acutatum (imbé), Philodendron bipinnatifidum, Monstera
adansonii, Bromeliaceae e representantes de Monilophytas (Lygodium volubile, Nephrolepis
cf. pendula). As trepadeiras e lianas são representadas principalmente pelas famílias
Sapindaceae, Menispermaceae, Dilleniaceae, Cucurbitaceae e Convolvulaceae.
A vegetação com as características acima mencionadas ocorre em cerca de 39,500 hectares
deste remananescente, que corresponde ao estágio médio de regeneração. Além disso, foram
identificados trechos com fisionomia herbácea/arbustiva de porte baixo, com altura média de
4,3 m e DAP médio de 6,54 cm, que corresponde ao estágio inicial de regeneração com
cobertura de cerca de 4 hectares. Ainda foram identificados trechos com a fisionomia arbórea
dominante em relação às demais, formando um dossel fechado e relativamente uniforme no
porte, com altura média de 12,44 m e DAP médio de 26,37 cm, além da ocorrência de
espécies como: Simarouba amara, Ocotea glomerata e Inga laurina que caracterizam estágio
avançado de regeneração de três trechos perfazendo uma cobertura de aproximados 0,229 ha.
94
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Assim, a mata existente na área do Aterro Canabrava é um remanescente de Floresta
Ombrófila Densa, Mata Atlântica, com a vegetação secundária nos três estágios sucessionais,
definidos conforme a Resolução CONAMA 005/1994. Entretanto, há predominância da
vegetação secundária no estágio médio de regeneração.
95
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Figura 9 - Remanescente Aterro Canabrava, Vista geral da vegetação.
Figura 10 - Remanescente Aterro Canabrava, Vegetação Arbórea.
96
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
97
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
2.3.4 Remanescente Aterro Metropolitano Centro
No remanescente Aterro Metropolitano Centro foram amostrados 144 indivíduos vivos e
mortos ainda em pé, em uma área total de 0,08 ha. Das parcelas implantadas, verificou-se que
as 4 estão localizadas no estágio médio, conforme a Resolução CONAMA 005/1994 (Tabela
11).
Tabela 11. Parâmetros amostrados nas parcelas implantadas no remanescente de Mata
Atlântica do Aterro Metropolitano Centro, Salvador, BA. Ni = número de indivíduos; TotRam = total
de ramos; NSpp = número de espécies; AltMax = altura máxima; AltMed = altura média; DAPMax = diâmetro
máximo; DAPMed = diâmetro médio; AreaBas = área basal; ER=Estágio de Regeneração.
Parcelas Ni TotRam NSpp AltMax AltMed DAPMax DAPMed AreaBas ER
1 37 40 10 17 10,14 24,51 9,81 0,35 Médio
2 48 82 15 15 9,50 16,87 8,22 0,32 Médio
3 27 53 12 13 8,07 40,19 10,06 0,47 Médio
4 32 45 10 15 10,55 34,06 10,3 0,38 Médio
A mata existente possui fisionomia predominantemente arbórea, com seus estratos
diferenciados, altura média de 9,56 m e DAP médio de 9,59 cm. A cobertura arbórea é
predominantemente fechada, com indivíduos emergentes atingindo uma altura média de 17 m.
Foram registradas 18 famílias, 26 gêneros e 29 espécies incluindo lianas. No arranjo
fitossociológico (tabela 12), as espécies de maior frequência foram Tapirira guianensis e
Himatanthus bracteatus com 100% cada, seguidas de Simaba cedron, Henriettea succosa e
Byrsonima sericea com 75% cada. Com relação à dominância absoluta destacam-se as
espécies Tapirira guianensis, Attalea burretiana, Kielmeyera neglecta, Henriettea succosa e
Thyrsodium spruceanum. Aquelas espécies com maior IVI foram: Tapirira guianensis,
Thyrsodium spruceanum, Henriettea succosa, Kielmeyera neglecta e Himatanthus bracteatus.
98
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Para esse remanescente foi observado densidade absoluta de 1800 ind.ha-1 e índice de
diversidade de Shannon-Wiener de 2,651 nat.ind-1.
No tocante à distribuição de frequência em intervalos de classe de altura, foi observada a
concentração dos valores na classe 5-12m com 61,11% dos indivíduos (gráfico 7). Para o
diâmetro, foi observada maior distribuição na classes <8 com 51,39% seguido da classe com
8-18 com 40,20% (gráfico 8).
Esses dados corroboram com uma arquitetura vegetacional secundária, com predominância do
estágio médio de regeneração.
Tabela 12 - Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata
Atlântica Aterro Metropolitano Centro, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor
de importância (IVI). Descritores quantitativos: Ni = número de indivíduos; DA = densidade absoluta
(ind.ha-1); DR = densidade relativa (%); DoA = dominância absoluta (m².ha-1); DoR = dominância relativa (%);
FA = frequência absoluta; FR = frequência relativa (%); IVI = índice do valor de importância (DR+DoR+FR)
IVC = índice do valor de cobertura (DR +DoR); AB = área basal (m².0,08 ha-1).
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Tapirira guianensis 30 375,0 20,83 5,16 29,06 100,0 8,51 58,40 49,89 0,41
Thyrsodium
spruceanum 31 387,5 21,53 1,69 9,55 50,00 4,26 35,33 31,07 0,14
Henriettea succosa 16 200,0 11,11 1,72 9,69 75,00 6,38 27,18 20,80 0,14
Kielmeyera neglecta 9 112,5 6,25 2,00 11,28 50,00 4,26 21,79 17,53 0,16
Himatanthus
bracteatus 9 112,5 6,25 1,04 5,84 100,0 8,51 20,60 12,09 0,08
Attalea burretiana 2 25,00 1,39 2,08 11,69 50,00 4,26 17,34 13,08 0,17
Byrsonima sericea 4 50,00 2,78 1,23 6,93 75,00 6,38 16,09 9,70 0,10
Simaba cedron 3 37,50 2,08 0,10 0,59 75,00 6,38 9,06 2,67 0,01
Psychotria
carthagenensis 5 62,50 3,47 0,50 2,82 25,00 2,13 8,42 6,29 0,04
Eugenia cyclophylla 4 50,00 2,78 0,22 1,27 50,00 4,26 8,30 4,05 0,02
Jacaranda obovata 4 50,00 2,78 0,18 1,01 50,00 4,26 8,04 3,79 0,01
Curatella americana 2 25,00 1,39 0,49 2,76 25,00 2,13 6,28 4,15 0,04
99
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Morto 3 37,50 2,08 0,16 0,88 25,00 2,13 5,09 2,96 0,01
Vismia guianensis 3 37,50 2,08 0,10 0,58 25,00 2,13 4,79 2,66 0,01
Simarouba amara 2 25,00 1,39 0,12 0,70 25,00 2,13 4,22 2,09 0,01
Eschweilera ovata 2 25,00 1,39 0,10 0,59 25,00 2,13 4,11 1,98 0,01
Myrcia splendens 2 25,00 1,39 0,07 0,37 25,00 2,13 3,89 1,76 0,01
Polyandrococos
caudescens 1 12,50 0,69 0,18 1,04 25,00 2,13 3,86 1,73 0,01
Chomelia anisomeris 1 12,50 0,69 0,10 0,55 25,00 2,13 3,38 1,25 0,01
Casearia
commersoniana 1 12,50 0,69 0,09 0,50 25,00 2,13 3,33 1,20 0,01
Protium heptaphyllum 1 12,50 0,69 0,08 0,48 25,00 2,13 3,30 1,17 0,01
Myrcia silvatica 1 12,50 0,69 0,07 0,41 25,00 2,13 3,23 1,10 0,01
Abarema filamentosa 1 12,50 0,69 0,04 0,24 25,00 2,13 3,06 0,93 <0,01
Schefflera morototoni 1 12,50 0,69 0,04 0,21 25,00 2,13 3,04 0,91 <0,01
Ficus sp. 1 12,50 0,69 0,03 0,18 25,00 2,13 3,00 0,88 <0,01
Bowdichia virgilioides 1 12,50 0,69 0,03 0,18 25,00 2,13 3,00 0,88 <0,01
Miconia holosericea 1 12,50 0,69 0,03 0,17 25,00 2,13 2,99 0,87 <0,01
Cipó 1 12,50 0,69 0,03 0,16 25,00 2,13 2,98 0,86 <0,01
Stryphnodendron
pulcherrimum 1 12,50 0,69 0,03 0,15 25,00 2,13 2,97 0,85 <0,01
Miconia prasina 1 12,50 0,69 0,02 0,13 25,00 2,13 2,95 0,82 <0,01
Total 144 1800 100 17,74 100 1175 100 300 200 1,42
100
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Gráfico 7 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Aterro Metropolitano Centro, Salvador-BA fevereiro de 2011 a outubro de 2012.
Gráfico 8 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do peito (DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Aterro Metropolitano Centro, Salvador-BA fevereiro de 2011 a outubro de 2012.
101
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
No estrato arbóreo, ocorreram as espécies Tapirira guianensis (pau-pombo), Thyrsodium
spruceanum, Henriettea succosa, Kielmeyera neglecta, Himatanthus bracteatus (janaúba),
Attalea burretiana (indaiá), Byrsonima sericea (murici), Simaba cedron, Psychotria
carthagenensis, Eugenia cyclophylla, Jacaranda obovata, Curatella americana (lixeira),
Vismia guianensis, Simarouba amara (pau-paraiba), Eschweilera ovata (biriba), Myrcia
splendens, Chomelia anisomeris, Casearia commersoniana, Protium heptaphyllum (amescla),
Myrcia silvatica, Abarema filamentosa, Schefflera morototoni (matataúba), Bowdichia
virgilioides (sucupira), Miconia holosericea, Stryphnodendron pulcherrimum e Miconia
prasina.
No estrato herbáceo encontram-se Olyra latifolia, Heliconia psittacorum, Oeceoclades
maculata, Stromanthe porteana, Piper spp, Scleria bracteata, Rhynchospora cephalotes e
indivíduos jovens das famílias Fabaceae, Myrtaceae, Boraginaceae, Dilleniaceae,
Melastomataceae, Arecaceae, Sapindaceae, Bromeliaceae. Dentre as trepadeiras e lianas
destacam-se espécies dos gêneros Davilla, Tetraceara, Lygodium, Serjania.
A vegetação com as características acima mencionadas ocorre na extensão aproximada de
85,154 hectares. Assim, a mata existente na área da Aterro Metropolitano Centro é um
remanescente de Floresta Ombrófila Densa, Mata Atlântica, com predominância de vegetação
secundária em estágio médio de regeneração, definido conforme a Resolução CONAMA
005/1994.
102
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Figura 12 - Remanescente Aterro Metropolitano Centro, Vista geral da vegetação.
Figura 13 - Remanescente Aterro Metropolitano Centro, estrato arbóreo.
103
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
104
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
2.3.5 Remanescente da Bacia do Cobre No remanescente Bacia do Cobre foram amostrados 1541 indivíduos vivos e mortos ainda em
pé, em uma área total de 1,04 ha, distribuídos em 52 parcelas. Das parcelas implantadas,
verificou-se que 7 estão localizadas no estágio inicial, 43 no estágio médio e 2 no estágio
avançado de regeneração, conforme a Resolução CONAMA 005/1994 (Tabela 13).
Tabela 13. Parâmetros amostrados nas parcelas implantadas no remanescente de Mata
Atlântica da Barragem da Bacia do Cobre, Salvador, BA. Ni = número de indivíduos; TotRam = total
de ramos; NSpp = número de espécies; AltMax = altura máxima; AltMed = altura média; DAPMax = diâmetro
máximo; DAPMed = diâmetro médio; AreaBas = área basal; ER=Estágio de Regeneração .
Parcelas Ni TotRam NSpp AltMax AltMed DAPMax DAPMed AreaBas ER
1 14 24 7 18 8,96 37,24 11,23 0,40 Médio
2 11 28 4 11 7,09 29,55 8,84 0,25 Médio
3 27 45 10 10 4,57 16,51 6,26 0,16 Inicial
4 39 50 13 18 8,67 25,46 10,80 0,57 Médio
5 38 51 13 24 4,68 34,38 7,51 0,40 Inicial
6 31 37 13 31 10,10 57,61 10,90 0,68 Médio
7 34 35 10 30 11,31 37,08 10,72 0,49 Médio
8 33 33 14 25 11,24 38,20 11,44 0,49 Médio
9 55 61 13 30 9,46 43,72 8,48 0,48 Médio
10 39 48 18 18 8,65 28,90 9,63 0,50 Médio
11 44 49 16 18 8,32 39,79 10,38 0,56 Médio
12 26 36 14 30 11,27 69,71 13,15 0,99 Médio
13 42 44 16 30 11,22 37,24 10,08 0,48 Médio
14 23 28 13 22 7,61 56,02 11,10 0,62 Médio
15 16 25 7 25 10,28 30,72 11,45 0,44 Médio
105
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Parcelas Ni TotRam NSpp AltMax AltMed DAPMax DAPMed AreaBas ER
16 36 43 15 22 10,71 34,22 10,52 0,59 Médio
17 34 36 16 28 10,34 33,10 12,35 0,65 Médio
18 16 21 4 25 12,25 58,89 14,11 0,60 Médio
19 26 27 12 25 11,60 34,70 11,82 0,41 Médio
20 28 32 12 27 12,68 44,25 12,61 0,66 Médio
21 37 50 15 25 10,47 43,29 9,11 0,57 Médio
22 25 32 13 30 12,32 40,11 11,78 0,40 Médio
23 23 27 7 32 16,00 76,08 16,05 1,38 Médio
24 17 18 11 35 18,18 54,11 14,55 0,55 Médio
25 18 20 11 38 15,33 88,81 23,50 1,58 Avançado
26 17 19 11 25 13,03 50,61 13,48 0,48 Médio
27 10 10 3 30 12,10 64,94 17,34 0,46 Médio
28 22 26 16 27 14,45 54,43 13,83 0,64 Médio
29 45 52 12 30 10,36 72,26 9,75 0,90 Médio
30 20 26 15 42 19,35 81,26 24,12 2,07 Avançado
31 38 39 22 25 12,38 31,19 10,33 0,49 Médio
32 28 35 12 34 12,62 53,16 14,28 1,15 Médio
33 23 31 13 32 16,13 55,07 16,34 1,30 Médio
34 19 20 4 32 15,89 43,29 17,51 0,67 Médio
35 22 30 12 32 16,55 42,97 14,99 0,91 Médio
36 27 33 15 30 16,19 43,10 11,50 0,51 Médio
37 17 19 5 25 16,59 42,97 16,00 0,59 Médio
38 28 34 19 30 15,43 62,71 14,80 1,15 Médio
39 30 34 14 32 13,28 39,47 11,51 0,64 Médio
106
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Parcelas Ni TotRam NSpp AltMax AltMed DAPMax DAPMed AreaBas ER
40 35 40 15 30 14,14 38,20 12,49 0,73 Médio
41 32 32 6 30 14,97 71,30 17,84 1,40 Médio
42 41 47 11 15 4,74 30,88 7,62 0,32 Inicial
43 37 50 14 35 9,61 80,85 10,51 1,22 Médio
44 28 37 11 12 8,04 37,46 8,38 0,28 Médio
45 25 53 7 30 5,61 38,07 6,14 0,27 Inicial
46 34 43 14 25 9,46 49,34 10,52 0,75 Médio
47 50 59 16 21 10,45 38,52 8,12 0,50 Médio
48 50 66 10 20 5,18 39,79 7,84 0,44 Inicial
49 43 52 15 18 5,20 27,37 7,85 0,34 Inicial
50 29 36 17 15 8,28 32,47 8,12 0,27 Médio
51 32 43 15 30 8,23 45,84 8,12 0,47 Médio
52 27 91 5 15 5,85 32,32 5,38 0,30 Inicial
A mata existente possui fisionomia predominantemente arbórea, com seus estratos
diferenciados, altura média de 11,10 m e DAP médio de 11,79 cm. A cobertura arbórea é
predominantemente fechada, com indivíduos emergentes atingindo até 42 m.
Foram registradas 39 famílias botânicas, 61 gêneros e 104 espécies incluindo lianas. No
arranjo fitossociológico (tabela 14), as espécies de maior frequência foram Himatanthus
bracteatus, Tapirira guianensis, Thyrsodium spruceanum, Schefflera morototoni e Protium
heptaphyllum com freqüência absoluta superior a 50%. Com relação à dominância absoluta
destacam-se as espécies Himatanthus bracteatus, Tapirira guianensis, Artocarpus
heterophyllus, Pera glabrata e Simarouba amara em ordem decrescente. As espécies com
maior IVI foram: Himatanthus bracteatus, Tapirira guianensis, Artocarpus heterophyllus,
Simarouba amara, Thyrsodium spruceanum e Pera glabrata. Para esse remanescente foi
107
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
observado densidade absoluta de 1.482,7 ind.ha-1 e índice de diversidade de Shannon-Wiener
de 3,39 nat.ind-1.
No tocante à distribuição de frequência em intervalos de classe de altura, foi observada maior
concentração dos valores nas classes 5-12 m com 68,01% e >12 m com 26,35% dos
indivíduos (Gráfico 9). Para o diâmetro, foi observada maior ocorrência na classe <8 cm com
51,01%, seguida pelas classes 8-18 cm com 31,99% e >18 cm com 17%(Gráfico 10).
Esses dados corroboram com uma arquitetura vegetacional secundária, com predominância do
estágio médio de regeneração.
Tabela 14. Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata
Atlântica da Barragem da Bacia do Cobre, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de
importância (IVI). Descritores quantitativos: Ni = número de indivíduos; DA = densidade absoluta (ind.ha-1); DR
= densidade relativa (%); DoA = dominância absoluta (m².ha-1); DoR = dominância relativa (%); FA =
frequência absoluta; FR = frequência relativa (%); IVI = índice do valor de importância (DR+DoR+FR)(%); IVC
= índice do valor de cobertura (DR +DoR)(%); AB = área basal (m².1,04 ha-1).
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Himatanthus bracteatus 274 263,50 17,78 3,57 10,87 84,62 7,03 35,68 28,65 3,71
Tapirira guianensis 182 175,00 11,81 3,35 10,19 75,00 6,23 28,23 22,00 3,48
Artocarpus heterophyllus 92 88,50 5,97 3,17 9,64 21,15 1,76 17,37 15,61 3,30
Morto 69 66,30 4,48 1,97 5,99 61,54 5,11 15,58 10,46 2,05
Simarouba amara 35 33,70 2,27 3,06 9,32 42,31 3,51 15,10 11,59 3,18
Pera glabrata 31 29,80 2,01 3,10 9,42 28,85 2,40 13,83 11,44 3,22
Thyrsodium spruceanum 108 103,80 7,01 0,72 2,19 55,77 4,63 13,83 9,19 0,75
Schefflera morototoni 53 51,00 3,44 1,38 4,19 53,85 4,47 12,11 7,63 1,44
Protium heptaphyllum 60 57,70 3,89 0,71 2,17 51,92 4,31 10,38 6,07 0,74
Henriettea succosa 53 51,00 3,44 0,71 2,16 40,38 3,35 8,96 5,60 0,74
Inga thibaudiana 53 51,00 3,44 0,68 2,07 34,62 2,88 8,39 5,51 0,71
108
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Cecropia pachystachya 33 31,70 2,14 0,60 1,84 23,08 1,92 5,90 3,98 0,62
Cipó 36 34,60 2,34 0,14 0,44 34,62 2,88 5,65 2,78 0,15
Vochysia riedeliana 6 5,80 0,39 1,51 4,60 7,69 0,64 5,63 4,99 1,57
Miconia prasina 39 37,50 2,53 0,18 0,55 26,92 2,24 5,32 3,08 0,19
Kielmeyera neglecta 32 30,80 2,08 0,21 0,64 30,77 2,56 5,27 2,71 0,22
Byrsonima sericea 18 17,30 1,17 0,82 2,49 19,23 1,60 5,26 3,66 0,85
Boudichia virgilioides 8 7,70 0,52 0,82 2,51 15,38 1,28 4,30 3,02 0,85
Myrcia splendens 20 19,20 1,30 0,08 0,25 28,85 2,40 3,95 1,55 0,08
Jacaranda obovata 23 22,10 1,49 0,11 0,34 23,08 1,92 3,75 1,83 0,11
Myrcia sylvatica 23 22,10 1,49 0,20 0,61 19,23 1,60 3,70 2,11 0,21
Ocotea glomerata 13 12,50 0,84 0,40 1,21 17,31 1,44 3,49 2,05 0,42
Bactris ferruginea 25 24,00 1,62 0,09 0,27 19,23 1,60 3,49 1,89 0,09
Stryphnodendron pulcherrimum
12 11,50 0,78 0,27 0,82 17,31 1,44 3,04 1,60 0,28
Sapotaceae indet1 11 10,60 0,71 0,44 1,33 11,54 0,96 3,01 2,05 0,46
Inga laurina 13 12,50 0,84 0,09 0,27 17,31 1,44 2,55 1,11 0,09
Eschweilera ovata 10 9,60 0,65 0,05 0,15 19,23 1,60 2,40 0,80 0,05
Vernonanthura diffusa 10 9,60 0,65 0,13 0,41 11,54 0,96 2,02 1,06 0,14
Syagrus botryophora 10 9,60 0,65 0,12 0,36 11,54 0,96 1,97 1,01 0,12
Simaba cedron 13 12,50 0,84 0,04 0,12 9,62 0,80 1,76 0,96 0,04
Swartzia macrostachya 1 1,00 0,06 0,50 1,52 1,92 0,16 1,74 1,58 0,52
Lacistema robustum 8 7,70 0,52 0,03 0,10 13,46 1,12 1,74 0,62 0,03
Nyctaginaceae indet1 1 1,00 0,06 0,49 1,50 1,92 0,16 1,73 1,57 0,51
Psychotria carthagenesis 7 6,70 0,45 0,07 0,20 11,54 0,96 1,61 0,65 0,07
Spondias mombin 1 1,00 0,06 0,44 1,33 1,92 0,16 1,56 1,40 0,46
109
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Guarea guidonia 8 7,70 0,52 0,11 0,33 7,69 0,64 1,49 0,85 0,11
Miconia hypoleuca 7 6,70 0,45 0,04 0,13 9,62 0,80 1,38 0,58 0,04
Guatteria pogonopus 7 6,70 0,45 0,04 0,11 9,62 0,80 1,37 0,57 0,04
Tabernaemontana salzmanii
5 4,80 0,32 0,04 0,13 9,62 0,80 1,25 0,45 0,04
Ficus mariae 5 4,80 0,32 0,03 0,10 9,62 0,80 1,23 0,43 0,03
Erythroxylum martii 5 4,80 0,32 0,02 0,05 9,62 0,80 1,18 0,38 0,02
Desconhecido 04 1 1,00 0,06 0,30 0,90 1,92 0,16 1,13 0,97 0,31
Attalea salvadorensis 3 2,90 0,19 0,19 0,58 3,85 0,32 1,10 0,78 0,20
Syagrus schizophylla 4 3,80 0,26 0,07 0,20 7,69 0,64 1,10 0,46 0,07
Miconia minutiflora 5 4,80 0,32 0,03 0,09 7,69 0,64 1,05 0,42 0,03
Cupania bracteosa 4 3,80 0,26 0,05 0,15 7,69 0,64 1,05 0,41 0,05
Vismia guianensis 4 3,80 0,26 0,02 0,08 7,69 0,64 0,97 0,34 0,02
Syagrus coronata 3 2,90 0,19 0,07 0,21 5,77 0,48 0,88 0,40 0,07
Allagoptera caudescens 4 3,80 0,26 0,04 0,14 5,77 0,48 0,87 0,40 0,04
Brosimum guianense 2 1,90 0,13 0,14 0,42 3,85 0,32 0,87 0,55 0,15
Coccoloba parimensis 4 3,80 0,26 0,02 0,06 5,77 0,48 0,80 0,32 0,02
Ocotea sp2 3 2,90 0,19 0,03 0,10 5,77 0,48 0,78 0,30 0,03
Siparuna guianensis 4 3,80 0,26 0,01 0,03 5,77 0,48 0,77 0,29 0,01
Symphonia globulifera 3 2,90 0,19 0,03 0,08 5,77 0,48 0,76 0,28 0,03
Myrsine umbellata 2 1,90 0,13 0,10 0,30 3,85 0,32 0,75 0,43 0,10
Chomelia anisomeris 3 2,90 0,19 0,02 0,05 5,77 0,48 0,72 0,24 0,02
Inga ciliata 3 2,90 0,19 0,01 0,04 5,77 0,48 0,72 0,24 0,01
Casearia commersoniana 3 2,90 0,19 0,01 0,04 5,77 0,48 0,71 0,23 0,01
Maytenus distichophylla 3 2,90 0,19 0,06 0,19 3,85 0,32 0,71 0,39 0,06
110
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Ficus gomelleira 1 1,00 0,06 0,15 0,47 1,92 0,16 0,69 0,53 0,16
Albizia sp 1 1,00 0,06 0,15 0,46 1,92 0,16 0,68 0,52 0,16
Cecropia glaziovii 4 3,80 0,26 0,08 0,25 1,92 0,16 0,67 0,51 0,08
Ficus sp1 2 1,90 0,13 0,07 0,21 3,85 0,32 0,66 0,34 0,07
Desconhecido 03 1 1,00 0,06 0,14 0,43 1,92 0,16 0,65 0,49 0,15
Ocotea sp1 3 2,90 0,19 0,02 0,06 3,85 0,32 0,57 0,25 0,02
Casearia cf. bahiensis 2 1,90 0,13 0,03 0,08 3,85 0,32 0,53 0,21 0,03
Miconia dodecandra 2 1,90 0,13 0,02 0,05 3,85 0,32 0,50 0,18 0,02
Allophylus laevigatus 2 1,90 0,13 0,02 0,05 3,85 0,32 0,50 0,18 0,02
Campomanesia dichotoma 2 1,90 0,13 0,01 0,04 3,85 0,32 0,49 0,17 0,01
Tabernaemontana flavicans 4 3,80 0,26 0,02 0,06 1,92 0,16 0,48 0,32 0,02
Cupania rugosa 2 1,90 0,13 0,01 0,02 3,85 0,32 0,47 0,15 0,01
Ficus aspanuza 2 1,90 0,13 0,00 0,01 3,85 0,32 0,46 0,14 0,00
Inga vera 1 1,00 0,06 0,07 0,21 1,92 0,16 0,44 0,28 0,07
Combretaceae 01 1 1,00 0,06 0,07 0,20 1,92 0,16 0,43 0,27 0,07
Rinorea sp 3 2,90 0,19 0,01 0,02 1,92 0,16 0,37 0,21 0,01
Anacardium occidentale 1 1,00 0,06 0,04 0,12 1,92 0,16 0,34 0,18 0,04
Zanthoxylum rhoifolium 1 1,00 0,06 0,03 0,10 1,92 0,16 0,33 0,17 0,03
Guatteria sp2 1 1,00 0,06 0,02 0,08 1,92 0,16 0,30 0,14 0,02
Desconhecido 02 1 1,00 0,06 0,02 0,05 1,92 0,16 0,28 0,12 0,02
Zanthoxyllum sp 1 1,00 0,06 0,01 0,04 1,92 0,16 0,26 0,10 0,01
Guazuma ulmifolia 1 1,00 0,06 0,01 0,04 1,92 0,16 0,26 0,10 0,01
Euphorbiaceae indet01 1 1,00 0,06 0,01 0,03 1,92 0,16 0,26 0,10 0,01
Desconhecido 05 1 1,00 0,06 0,01 0,03 1,92 0,16 0,25 0,10 0,01
111
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Myrcia sp1 1 1,00 0,06 0,01 0,03 1,92 0,16 0,25 0,09 0,01
Maytenus sp 1 1,00 0,06 0,01 0,02 1,92 0,16 0,25 0,09 0,01
Desconhecido 01 1 1,00 0,06 0,01 0,02 1,92 0,16 0,25 0,09 0,01
Cupania racemosa 1 1,00 0,06 0,01 0,02 1,92 0,16 0,25 0,09 0,01
Brosimum sp1 1 1,00 0,06 0,01 0,02 1,92 0,16 0,25 0,09 0,01
Mangifera indica 1 1,00 0,06 0,01 0,02 1,92 0,16 0,24 0,08 0,01
Ocotea sp3 1 1,00 0,06 0,01 0,02 1,92 0,16 0,24 0,08 0,01
Parkia pendula 1 1,00 0,06 0,01 0,02 1,92 0,16 0,24 0,08 0,01
Coccoloba mollis 1 1,00 0,06 <0,01 0,02 1,92 0,16 0,24 0,08 <0,01
Inga sp1 1 1,00 0,06 <0,01 0,01 1,92 0,16 0,24 0,08 <0,01
Randia armata 1 1,00 0,06 <0,01 0,01 1,92 0,16 0,24 0,08 <0,01
Eriotheca macrophylla 1 1,00 0,06 <0,01 0,01 1,92 0,16 0,24 0,08 <0,01
Rubiaceae indet1 1 1,00 0,06 <0,01 0,01 1,92 0,16 0,24 0,08 <0,01
Gochnatia oligocephala 1 1,00 0,06 <0,01 0,01 1,92 0,16 0,23 0,07 <0,01
Myrtaceae indet1 1 1,00 0,06 <0,01 0,01 1,92 0,16 0,23 0,07 <0,01
Helicostylis tomentosa 1 1,00 0,06 <0,01 0,01 1,92 0,16 0,23 0,07 <0,01
Abarama cochliocarpus 1 1,00 0,06 <0,01 0,01 1,92 0,16 0,23 0,07 <0,01
Myrtaceae indet2 1 1,00 0,06 <0,01 0,01 1,92 0,16 0,23 0,07 <0,01
Aegiphilla cf. verticillata 1 1,00 0,06 <0,01 0,01 1,92 0,16 0,23 0,07 <0,01
Brosimum gaudichaudii 1 1,00 0,06 <0,01 0,01 1,92 0,16 0,23 0,07 <0,01
Protium spruceanum 1 1,00 0,06 <0,01 0,01 1,92 0,16 0,23 0,07 <0,01
Sapindaceae indet1 1 1,00 0,06 <0,01 0,01 1,92 0,16 0,23 0,07 <0,01
Total 1541 1482,7 100 32,8 100 1203,8 100 300 200 34,14
112
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Gráfico 9 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Bacia do Cobre, Salvador-BA fevereiro de 2011 a novembro de 2012.
Gráfico 10 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do peito (DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Bacia do Cobre, Salvador-BA fevereiro de 2011 a novembro de 2012.
113
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
No estrato arbóreo ocorreram as espécies Himatanthus bracteatus, Tapirira guianensis,
Artocarpus heterophyllus, Simarouba amara, Pera glabrata, Thyrsodium spruceanum,
Schefflera morototoni, Protium heptaphyllum, Henriettea succosa, Inga thibaudiana,
Cecropia pachystachya, Vochysia riedeliana, Miconia prasina, Kielmeyera neglecta,
Byrsonima sericea, Boudichia virgilioides, Myrcia splendens, Jacaranda obovata, Myrcia
sylvatica, Ocotea glomerata, Bactris ferruginea, Stryphnodendron pulcherrimum, Inga
laurina, Eschweilera ovata, Vernonanthura diffusa, Syagrus botryophora, Simaba cedron,
Swartzia macrostachya, Lacistema robustum, Psychotria carthagenesis, Spondias mombin,
Guarea guidonia, Miconia hypoleuca, Guatteria pogonopus, Tabernaemontana salzmanii,
Ficus mariae, Erythroxylum martii, Attalea salvadorensis, Syagrus schizophylla, Miconia
minutiflora, Cupania bracteosa, Vismia guianensis, Syagrus coronata, Allagoptera
caudescens, Brosimum guianense, Coccoloba parimensis, Siparuna guianensis, Symphonia
globulifera, Myrsine umbellata, Chomelia anisomeris, Inga ciliata, Casearia commersoniana,
Maytenus distichophylla, Ficus gomelleira, Albizia sp, Cecropia glaziovii, Ficus spp,
Casearia cf. bahiensis, Miconia dodecandra, Allophylus laevigatus, Campomanesia
dichotoma, Tabernaemontana flavicans, Cupania rugosa, Ficus aspanuza, Inga vera, Rinorea
sp, Anacardium occidentale, Zanthoxylum rhoifolium, Guatteria spp, Zanthoxyllum sp,
Guazuma ulmifolia, Myrcia spp, Maytenus sp, Cupania racemosa, Brosimum sp, Mangifera
indica, Ocotea spp, Parkia pendula, Coccoloba mollis, Inga spp, Randia armata, Eriotheca
macrophylla, Gochnatia oligocephala, Helicostylis tomentosa, Abarama cochliocarpus,
Aegiphilla cf. verticillata, Brosimum gaudichaudii, Protium spruceanum.
No sub-bosque ocorrem destacam-se Olyra latifolia L., Heliconia psittacorum L.f. ,
Stromanthe porteana Gris., Piper spp, Scleria bracteata Cav., Rhynchospora cephalotes (L.)
Vahl, Vanilla bahiana Hoehnem, além de plântulas e indivíduos jovens das espécies do
estrato superior. Dentre as epífitas destacaram-se Orchidaceae, Araceae, Piperaceae, vários
representes de monilófitas; e entre as trepadeiras, vale salientar os indivíduos das famílias
Smilacaceae, Cucurbitaceae, Passifloraceae, Araceae, Bignoniaceae, dentre outras.
114
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
A vegetação com as características acima mencionadas ocorre na extensão de 403,840
hectares nesse remananescente. Assim, a mata existente na Bacia do Cobre é um remanescente
de Floresta Ombrófila Densa, Mata Atlântica, com predominância de vegetação secundária
em estágio médio de regeneração, definido conforme a Resolução CONAMA 005/1994.
115
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Figura 15 - Remanescente Bacia do Cobre, estrato arbóreo do interior do fragmento
Figura 16 - Remanescente Bacia do Cobre, detalhe do subosque
116
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
117
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
2.3.6 Remanescente Barragem de Ipitanga I
No remanescente Barragem de Ipitanga I foram amostrados 95 indivíduos vivos e mortos
ainda em pé em uma área total de 0,08 ha. Das parcelas implantadas, verificou-se que as 4
estão localizadas no estágio médio, conforme a Resolução CONAMA 005/1994 (Tabela 15).
Tabela 15. Parâmetros amostrados nas parcelas implantadas no remanescente de Ipitanga I,
Salvador, BA. Ni = número de indivíduos; TotRam = total de ramos; NSpp = número de espécies; AltMax =
altura máxima; AltMed = altura média; DAPMax = diâmetro máximo; DAPMed = diâmetro médio; AreaBas =
área basal; ER=Estágio de Regeneração .
Parcelas Ni TotRam NSpp AltMax AltMed DAPMax DAPMed AreaBas ER
1 27 39 12 20 9,39 42,97 13,18 0,51 Médio
2 19 22 8 28 10,27 69,07 17,26 0,91 Médio
3 23 27 13 18 10,56 38,85 11,8 0,39 Médio
4 26 34 11 15 10,17 40,79 11,67 0,43 Médio
A mata existente possui fisionomia predominantemente arbórea, com seus estratos
diferenciados, altura média de 10,24 m e DAP médio de 13,46 cm. A cobertura arbórea é
predominantemente fechada, com indivíduos emergentes atingindo cerca de 28 m.
Foram registradas 17 famílias, 21 gêneros e 25 espécies incluindo lianas. No arranjo
fitossociológico (tabela 16), as espécies de maior frequência Himatanthus bracteatus com
100%, seguida de Tapirira guianensis e Simarouba amara com 75%. Com relação à
dominância absoluta destacam-se as espécies Bowdichia virgilioides, Tapirira guianensis,
Himatanthus bracteatus, Artocarpus heterophyllus e Schefflera morototoni. As espécies com
maior IVI foram: Himatanthus bracteatus, Tapirira guianensis, Bowdichia virgilioides e
Henriettea succosa. Para esse remanescente foi observada densidade absoluta de 1188 ind.ha-1
e índice de diversidade de Shannon-Wiener de 2,967 nat.ind-1.
118
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
No tocante à distribuição de frequência em intervalos de classe de altura, foi observada maior
concentração dos valores nas classe 5-12 com 52,63 % e >12 com 37,89% dos indivíduos
(gráfico 11). Para o diâmetro, foi observado distribuição uniforme nas classes <8 e 8-18 com
40,00% (gráfico 12).
Esses dados corroboram com uma arquitetura vegetacional secundária, com predominância do
estágio médio de regeneração.
Tabela 16 - Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata
Atlântica Barragem de Ipitanga I, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de
importância (IVI). Descritores quantitativos: Ni = número de indivíduos; DA = densidade absoluta (ind.ha-1);
DR = densidade relativa (%); DoA = dominância absoluta (m².ha-1); DoR = dominância relativa (%); FA =
frequência absoluta; FR = frequência relativa (%); IVI = índice do valor de importância (DR+DoR+FR) IVC =
índice do valor de cobertura (DR +DoR); AB = área basal (m².0,08 ha-1).
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Himatanthus bracteatus 12 150,00 12,63 2,67 9,60 100,00 9,09 31,32 22,23 0,21
Tapirira guianensis 9 112,50 9,47 3,94 14,15 75,00 6,82 30,44 23,62 0,32
Bowdichia virgilioides 2 25,00 2,11 6,50 23,32 50,00 4,55 29,97 25,43 0,52
Morto 7 87,50 7,37 0,92 3,32 75,00 6,82 17,51 10,69 0,07
Henriettea succosa 9 112,50 9,47 0,94 3,36 50,00 4,55 17,38 12,84 0,07
Schefflera morototoni 3 37,50 3,16 2,40 8,60 50,00 4,55 16,30 11,76 0,19
Ocotea sp. 3 37,50 3,16 2,32 8,34 50,00 4,55 16,05 11,50 0,19
Simarouba amara 4 50,00 4,21 1,21 4,35 75,00 6,82 15,38 8,56 0,10
Thyrsodium spruceanum 7 87,50 7,37 0,72 2,59 50,00 4,55 14,50 9,96 0,06
Myrsine umbellata 6 75,00 6,32 0,98 3,50 50,00 4,55 14,37 9,82 0,08
Artocarpus heterophyllus 1 12,50 1,05 2,51 9,03 25,00 2,27 12,35 10,08 0,20
Myrcia splendens 4 50,00 4,21 0,13 0,47 50,00 4,55 9,23 4,68 0,01
Cordia sagotii 5 62,50 5,26 0,43 1,55 25,00 2,27 9,09 6,82 0,03
Protium heptaphyllum 4 50,00 4,21 0,49 1,77 25,00 2,27 8,25 5,98 0,04
Cipó 3 37,50 3,16 0,09 0,33 50,00 4,55 8,03 3,49 0,01
Miconia minutiflora 2 25,00 2,11 0,10 0,36 50,00 4,55 7,01 2,47 0,01
Simaba cedron 3 37,50 3,16 0,12 0,43 25,00 2,27 5,86 3,58 0,01
Byrsonima sericea 2 25,00 2,11 0,26 0,93 25,00 2,27 5,31 3,03 0,02
119
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Attalea burretiana 1 12,50 1,05 0,52 1,85 25,00 2,27 5,18 2,90 0,04
Abarema filamentosa 2 25,00 2,11 0,06 0,22 25,00 2,27 4,60 2,33 <0,01
Curatella americana 1 12,50 1,05 0,20 0,72 25,00 2,27 4,04 1,77 0,02
Guatteria sp. 1 12,50 1,05 0,12 0,44 25,00 2,27 3,76 1,49 0,01
Cupania rugosa 1 12,50 1,05 0,07 0,24 25,00 2,27 3,57 1,29 0,01
Miconia prasina 1 12,50 1,05 0,06 0,22 25,00 2,27 3,55 1,28 <0,01
Myrcia silvatica 1 12,50 1,05 0,06 0,21 25,00 2,27 3,53 1,26 <0,01
Miconia sp. 1 12,50 1,05 0,03 0,10 25,00 2,27 3,42 1,15 <0,01
Total 95 1188 100 27,85 100 1100 100 300 200 2,23
120
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Gráfico 11 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Barragem Ipitanga I, Salvador-BA fevereiro de 2011 a outubro de 2012.
Gráfico 12 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do peito (DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Barragem Ipitanga I, Salvador-BA fevereiro de 2011 a outubro de 2012.
121
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
No estrato arbóreo ocorreram Himatanthus bracteatus (janaúba), Tapirira guianensis (pau-
pombo), Bowdichia virgiloides (sucupira), Henriettea succosa, Schefflera morototoni
(matataúba), Simarouba amara (pau-paraíba), Thyrsodium spruceanum, Myrsine umbellata
(pororoca), Artocarpus heterophyllus, Myrcia splendens, Cordia sagotii, Protium
heptaphyllum (amescla), Miconia minutiflora, Simaba cedron, Byrsonima sericea (murici),
Attalea burretiana, Abarema filamentosa, Curatella americana (lixeira), Cupania rugosa,
Miconia prasina e Myrcia silvatica.
No estrato herbáceo encontram-se Olyra latifolia, Heliconia psittacorum, Oeceoclades
maculata, Stromanthe porteana, Piper spp, Scleria bracteata, Rhynchospora cephalotes,
indivíduos jovens das famílias Fabaceae, Myrtaceae, Boraginaceae, Dilleniaceae,
Melastomataceae, Arecaceae, Sapindaceae e Bromeliaceae. Dentre as trepadeiras e lianas
destacam-se espécies dos gêneros Davilla, Tetraceara, Lygodium e Serjania.
A vegetação com as características acima mencionadas ocorre em toda extensão desse
remananescente, corresponde ao estágio médio de regeneração e não foram registrados in situ
os estágios inicial e avançado. Assim, a mata existente no remanescente situado margem
esquerda do eixo da Barragem de Ipitanga I é vegetação secundária de Floresta Ombrófila
Densa, Mata Atlântica, em estágio médio de regeneração, definido conforme a Resolução
CONAMA 005/1994.
122
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Figura 18 - Remanescente Barragem de Ipitanga I, Espelho d’água com vegetação do entorno.
Figura 19 - Remanescente Barragem de Ipitanga I, Estrato arbóreo, tronco de pau paraíba no interior do fragmento.
123
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
.
124
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
2.3.7 Remanescente Barragem de Ipitanga II
No remanescente Barragem de Ipitanga II foram amostrados 96 indivíduos vivos e mortos
ainda em pé, em uma área total de 0,06 ha. Das parcelas implantadas, verificou-se que as 3
estão localizadas no estágio médio, conforme a Resolução CONAMA 005/1994 (Tabela 17).
Tabela 17. Parâmetros amostrados nas parcelas implantadas no remanescente de Ipitanga II,
Salvador, BA. Ni = número de indivíduos; TotRam = total de ramos; NSpp = número de espécies; AltMax =
altura máxima; AltMed = altura média; DAPMax = diâmetro máximo; DAPMed = diâmetro médio; AreaBas =
área basal; ER=Estágio de Regeneração
Parcelas Ni TotRam NSpp AltMax AltMed DAPMax DAPMed AreaBas ER
1 24 32 9 16 10,75 26,62 12,15 0,37 Médio
2 37 47 14 18 11,7 37,23 10,47 0,46 Médio
3 35 40 13 18 12,63 30,18 11,0 0,45 Médio
A mata existente possui fisionomia predominantemente arbórea, com seus estratos
diferenciados, altura média de 11,70 m e DAP médio de 11,20 cm. A cobertura arbórea é
predominantemente fechada, com indivíduos emergentes atingindo cerca de 15 m.
Foram registradas 18 famílias, 23 gêneros e 26 espécies. No arranjo fitossociológico (tabela
18), as espécies de maior frequência foram Tapirira guianensis, Himatanthus bracteatus,
Byrsonima sericea com 100% de frequência, seguidas de Schefflera morototoni e Pera
glabrata com 66,67%. Para os índices dominância absoluta e IVI, foram repetidos a mesma
ordem das espécies acima. Para esse remanescente foi observado densidade absoluta de 1600
ind.ha-1 e índice de diversidade de Shannon-Wiener de 2,59 nat.ind-1.
No tocante à distribuição de frequência em intervalos de classe de altura, foi observada maior
concentração dos valores nas classes >12 com 56,25% e 5-12 com 39,58 % dos indivíduos
(gráfico 13). Para o diâmetro, foi observada distribuição relativamente uniforme nas classes
<8 e 8-18 com 44,79 e 41,67% respectivamente (gráfico 14).
125
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Esses dados corroboram com uma arquitetura vegetacional secundária, com predominância do
estágio médio de regeneração.
Tabela 18 - Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata
Atlântica Barragem de Ipitanga II, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de
importância (IVI). Descritores quantitativos: Ni = número de indivíduos; DA = densidade absoluta (ind.ha-1);
DR = densidade relativa (%); DoA = dominância absoluta (m².ha-1); DoR = dominância relativa (%); FA =
frequência absoluta; FR = frequência relativa (%); IVI = índice do valor de importância (DR+DoR+FR); IVC =
índice do valor de cobertura (DR +DoR); AB = área basal (m².0,06 ha-1).
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Tapirira guianensis 17 283,3 17,71 8,52 40,05 100 8,33 66,09 57,76 0,51
Byrsonima sericea 22 366,7 22,92 4,33 20,36 100 8,33 51,61 43,28 0,26
Himatanthus
bracteatus 11 183,3 11,46 2,03 9,54 100 8,33 29,33 21 0,12
Schefflera morototoni 11 183,3 11,46 1,45 6,81 66,67 5,56 23,82 18,27 0,09
Pera glabrata 5 83,3 5,21 1,28 6,04 66,67 5,56 16,8 11,25 0,08
Myrcia sp. 4 66,7 4,17 0,16 0,75 66,67 5,56 10,47 4,91 0,01
Vismia guianensis 1 16,7 1,04 0,93 4,36 33,33 2,78 8,18 5,4 0,06
Kielmeyera neglecta 1 16,7 1,04 0,61 2,85 33,33 2,78 6,66 3,89 0,04
Cecropia
pachystachya 2 33,3 2,08 0,35 1,65 33,33 2,78 6,51 3,74 0,02
Morto 2 33,3 2,08 0,12 0,57 33,33 2,78 5,43 2,66 0,01
Inga ciliata 2 33,3 2,08 0,09 0,41 33,33 2,78 5,27 2,49 0,01
Myrtaceae 01 2 33,3 2,08 0,06 0,3 33,33 2,78 5,16 2,38 <0,01
Myrcia splendens 2 33,3 2,08 0,06 0,3 33,33 2,78 5,16 2,38 <0,01
Bowdichia virgilioides 1 16,7 1,04 0,24 1,14 33,33 2,78 4,96 2,18 0,02
Eschweilera ovata 1 16,7 1,04 0,23 1,1 33,33 2,78 4,92 2,14 0,01
Simarouba amara 1 16,7 1,04 0,16 0,76 33,33 2,78 4,58 1,81 <0,01
Miconia holosericea 1 16,7 1,04 0,09 0,45 33,33 2,78 4,26 1,49 <0,01
Allophylus laevigatus 1 16,7 1,04 0,09 0,41 33,33 2,78 4,23 1,46 <0,01
Abarema
cochliacarpos 1 16,7 1,04 0,07 0,33 33,33 2,78 4,15 1,37 <0,01
Henriettea succosa 1 16,7 1,04 0,06 0,3 33,33 2,78 4,12 1,34 <0,01
126
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Syagrus botryophora 1 16,7 1,04 0,06 0,29 33,33 2,78 4,11 1,33 <0,01
Inga sp. 1 16,7 1,04 0,06 0,27 33,33 2,78 4,09 1,32 <0,01
Gochnatia
oligocephala 1 16,7 1,04 0,05 0,24 33,33 2,78 4,06 1,28 <0,01
Coccoloba mollis 1 16,7 1,04 0,05 0,22 33,33 2,78 4,04 1,26 <0,01
Protium heptaphyllum 1 16,7 1,04 0,04 0,2 33,33 2,78 4,01 1,24 <0,01
Simaba cedron 1 16,7 1,04 0,03 0,16 33,33 2,78 3,98 1,2 <0,01
Cupania sp. 1 16,7 1,04 0,03 0,15 33,33 2,78 3,97 1,19 <0,01
Total 96 1600 100 21,27 100 1200 100 300 200 1,276
127
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Gráfico 13 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Barragem Ipitanga II, Salvador-BA fevereiro de 2011 a outubro de 2012.
Gráfico 14 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro da altura do peito (DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Barragem Ipitanga II, Salvador-BA fevereiro de 2011 a outubro de 2012.
128
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
No estrato arbóreo ocorreram Tapirira guianensis (pau-pombo), Byrsonima sericea (murici),
Himatanthus bracteatus (janaúba), Schefflera morototoni (matataúba), Pera glabrata, Vismia
guianensis, Kielmeyera neglecta, Cecropia pachystachya, Inga ciliata, Myrcia splendens,
Bowdichia virgiloides (sucupira), Eschweilera ovata (biriba), Simarouba amara (pau-
paraíba), Miconia holosericea, Allophylus laevigatus, Abarema cochliacarpos, Henriettea
succosa, Syagrus botryophora, Gochnatia oligocephala, Coccoloba mollis, Protium
heptaphyllum (amescla), e Simaba cedron.
No subosque ocorreram Tapirira guianensis, Himatanthus bracteatus, Protium heptaphyllum,
Eschweilera ovata e Xylopia sericea. No estrato herbáceo ocorreram Heliconia psittacorum,
Olyra latifolia, Rhynchospora cephalotes, Cordia sp, além de indivíduos jovens das famílias
Fabaceae, Melastomataceae, Myrtaceae, Sapindaceae e Dilleniaceae. Dentre as trepadeiras e
lianas destacam-se espécies dos gêneros Davilla, Tetraceara, Lygodium e Serjania.
A vegetação com as características acima mencionadas ocorre em toda a extensão desse
remananescente com 24,139 hectares, que corresponde ao estágio médio de regeneração e não
foram registrados os estágios inicial e avançado. Assim, a mata existente no remanescente da
Barragem de Ipitanga II é vegetação secundária de Floresta Ombrófila Densa, Mata Atlântica,
em estágio médio de regeneração, definido conforme a Resolução CONAMA 005/1994.
129
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Figura 21 - Remanescente Barragem do Ipitanga II, Vista do espelho d’água com vegetação do
entorno.
Figura 22 - Remanescente Barragem do Ipitanga II, Estrato arbóreo, interior do fragmento
130
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
131
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
2.3.8 Remanescente Base Naval de Aratu
No remanescente Base Naval de Aratu foram amostrados 550 indivíduos vivos e mortos ainda
em pé, em uma área total de 0,48 ha, distribuídos em 24 parcelas. Das parcelas implantadas,
verificou-se que 20 estão localizadas no estágio médio e 4 no estágio avançado de
regeneração, conforme a Resolução CONAMA 005/1994 (Tabela 19).
Tabela 19. Parâmetros amostrados nas parcelas implantadas no remanescente de Mata
Atlântica de Base Naval de Aratu, Salvador, BA. Ni = número de indivíduos; TotRam = total de ramos;
NSpp = número de espécies; AltMax = altura máxima; AltMed = altura média; DAPMax = diâmetro máximo;
DAPMed = diâmetro médio; AB = área basal; ER=Estágio de Regeneração (baseado no DAPMed e AltMed).
Parcelas Ni TotRam NSpp AltMax AltMed DAPMax DAPMed AB ER
1 16 19 8 31,5 11,31 82,07 16,33 0,86 Médio
2 35 37 14 28 12,01 50,61 16,44 1,20 Médio
3 36 43 14 25 12,05 84,22 13,20 1,09 Médio
4 21 24 12 25 12,48 36,92 15,01 0,57 Médio
5 17 30 10 22 12,18 133,69 17,88 1,94 Médio
6 9 9 6 38 12,44 85,31 17,36 1,06 Médio
7 27 34 13 33 11,85 53,67 15,21 1,00 Médio
8 22 22 14 30 15,32 39,79 22,59 1,06 Avançado
9 16 17 8 40 11,97 45,52 17,87 0,63 Médio
10 21 27 12 40 12,86 100,27 16,20 1,29 Médio
11 24 27 14 30 13,60 124,14 20,44 2,06 Avançado
12 27 31 12 28 12,09 46,15 14,42 0,81 Médio
13 41 46 15 30 10,41 124,14 11,97 1,7 Médio
14 28 30 16 35 12,02 43,93 14,38 0,76 Médio
15 29 33 11 30 10,12 31,19 8,78 0,26 Médio
132
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Parcelas Ni TotRam NSpp AltMax AltMed DAPMax DAPMed AB ER
16 36 52 8 38 12,01 68,44 9,70 0,83 Médio
17 34 49 11 18 10,88 28,01 11,86 0,72 Médio
18 21 22 5 15 8,50 33,42 18,00 0,88 Médio
19 22 49 7 19 10,54 31,19 12,11 0,65 Médio
20 14 28 8 17 10,93 45,07 11,54 0,45 Médio
21 20 24 9 23 11,98 55,7 17,09 0,76 Médio
22 10 14 6 17 11,00 49,04 17,89 0,4 Médio
23 12 18 7 35 17,17 66,53 21,26 0,9 Avançado
24 12 15 7 38 14,25 70,66 22,68 0,95 Avançado
A mata existente possui fisionomia predominantemente arbórea, com seus estratos
diferenciados, altura média de 12,08 m e DAP médio de 15,84 cm. A cobertura arbórea é
predominantemente fechada, com indivíduos emergentes atingindo até 40 m.
Foram registradas 55 famílias botânicas, 79 gêneros e 145 espécies incluindo lianas e a
categoria morto. No arranjo fitossociológico (tabela 20), as espécies de maior frequência
foram Protium heptaphyllum (amescla), Elaeis guianensis (dendezeiro), Coccoloba mollis,
Schefflera morototoni (matataúba), Ficus gomelleira (gameleira), Tapirira guianensis (pau-
pombo) e Guarea guidonia com freqüência absoluta superior a 40%. Para esse remanescente
foi observado densidade absoluta de 1.145,83 ind.ha-1 e índice de diversidade de Shannon-
Wiener de 3,55 nat.ind-1. Esses dados corroboram com uma arquitetura vegetacional
secundária, com predominância do estágio médio de regeneração.
No tocante à distribuição de frequência em intervalos de classe de altura, foi observada maior
concentração dos valores nas classes 5-12 m com 50,36% e >12 com 43,09% dos indivíduos
133
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
(Gráfico 15). Para o diâmetro, foi observada maiores concentração na classe 8-18 cm com
34,36% 3 na classe >18 cm com 35,27% (Gráfico 16).
Esses dados corroboram com uma arquitetura vegetacional secundária, com predominância do
estágio médio de regeneração.
Tabela 20. Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata
Atlântica de Base Naval de Aratu, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de
importância (IVI). Descritores quantitativos: Ni = número de indivíduos; DA = densidade absoluta (ind.ha-1);
DR = densidade relativa (%); DoA = dominância absoluta (m².ha-1); DoR = dominância relativa (%); FA =
frequência absoluta; FR = frequência relativa (%); IVI = índice do valor de importância (DR+DoR+FR)(%); IVC
= índice do valor de cobertura (DR +DoR)(%); AB = área basal (m².0,48 ha-1).
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Ficus gomelleira 11 22,9 2,00 11,51 24,2 41,67 4,05 30,25 26,2 5,52
Elaeis guianensis 35 72,9 6,36 4,94 10,39 54,17 5,26 22,02 16,75 2,37
Protium heptaphyllum 49 102,1 8,91 1,14 2,4 62,5 6,07 17,38 11,31 0,55
Morto 31 64,6 5,64 1,04 2,18 66,67 6,48 14,29 7,82 0,50
Coccoloba mollis 23 47,9 4,18 2,32 4,89 50 4,86 13,93 9,07 1,11
Simarouba amara 13 27,1 2,36 3,44 7,24 37,5 3,64 13,25 9,61 1,65
Schefflera morototoni 34 70,8 6,18 1,19 2,50 45,83 4,45 13,13 8,68 0,57
Tapirira guianensis 20 41,7 3,64 1,52 3,21 41,67 4,05 10,89 6,84 0,73
Bowdichia virgilioides 16 33,3 2,91 2,23 4,68 33,33 3,24 10,83 7,59 1,07
Guarea guidonia 20 41,7 3,64 1,27 2,68 41,67 4,05 10,37 6,32 0,61
Pouteria gardneri 38 79,2 6,91 0,52 1,10 16,67 1,62 9,62 8,00 0,25
Machaerium aculeatum 26 54,2 4,73 1,52 3,19 12,5 1,21 9,13 7,92 0,73
Guazuma ulmifolia 15 31,3 2,73 1,32 2,78 33,33 3,24 8,75 5,51 0,63
Himatanthus bracteatus 21 43,8 3,82 0,97 2,05 29,17 2,83 8,70 5,86 0,47
Abarema cochliacarpus 12 25,0 2,18 1,82 3,82 16,67 1,62 7,62 6,00 0,87
Syagrus coronata 16 33,3 2,91 1,21 2,53 20,83 2,02 7,47 5,44 0,58
Cipó 14 29,2 2,55 0,14 0,29 41,67 4,05 6,89 2,84 0,07
Chomelia anisomeris 16 33,3 2,91 0,41 0,87 29,17 2,83 6,62 3,78 0,20
Spondias mombin 2 4,20 0,36 2,01 4,22 8,33 0,81 5,40 4,59 0,96
Thyrsodium 16 33,3 2,91 0,14 0,29 20,83 2,02 5,23 3,20 0,07
134
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
spruceanum
Ocotea glomerata 7 14,6 1,27 0,17 0,36 20,83 2,02 3,66 1,64 0,08
Cecropia glaziovii 4 8,3 0,73 0,57 1,21 12,5 1,21 3,15 1,93 0,27
Pera glabrata 4 8,3 0,73 0,76 1,59 8,33 0,81 3,13 2,32 0,36
Albizia pedicellaris 1 2,1 0,18 1,16 2,44 4,17 0,4 3,03 2,62 0,56
Cordia sp 7 14,6 1,27 0,4 0,85 8,33 0,81 2,93 2,12 0,19
Sapotaceae indet2 10 20,8 1,82 0,23 0,47 4,17 0,4 2,70 2,29 0,11
Cupania rugosa 6 12,5 1,09 0,37 0,77 8,33 0,81 2,67 1,86 0,18
Eschweilera ovata 5 10,4 0,91 0,05 0,12 16,67 1,62 2,64 1,02 0,02
Trema micrantha 4 8,3 0,73 0,49 1,04 8,33 0,81 2,57 1,76 0,24
Inga capitata 4 8,3 0,73 0,09 0,2 16,67 1,62 2,54 0,92 0,04
Byrsonima sericea 4 8,3 0,73 0,26 0,55 12,5 1,21 2,49 1,28 0,12
Erythroxyllum martii 6 12,5 1,09 0,1 0,21 8,33 0,81 2,11 1,30 0,05
Stryphnodendron
pulcherrimum 4 8,3 0,73 0,04 0,09 12,5 1,21 2,03 0,82 0,02
Ficus aspanuza 2 4,2 0,36 0,4 0,84 8,33 0,81 2,01 1,2 0,19
Vochysia riedeliana 3 6,3 0,55 0,1 0,2 8,33 0,81 1,56 0,75 0,05
Guatteria oligocarpa 2 4,2 0,36 0,17 0,36 8,33 0,81 1,53 0,72 0,08
Desconhecido 1 2 4,2 0,36 0,17 0,35 8,33 0,81 1,53 0,72 0,08
Ficus mariae 2 4,2 0,36 0,16 0,33 8,33 0,81 1,51 0,7 0,08
Myrsine sp 3 6,3 0,55 0,07 0,14 8,33 0,81 1,50 0,69 0,03
Henriettea succosa 3 6,3 0,55 0,04 0,09 8,33 0,81 1,45 0,64 0,02
Cecropia pachystachya 3 6,3 0,55 0,21 0,45 4,17 0,40 1,40 1,00 0,10
Xylopia sericea 3 6,3 0,55 0,02 0,04 8,33 0,81 1,40 0,59 0,01
Myrsine guianensis 2 4,2 0,36 0,1 0,2 8,33 0,81 1,38 0,57 0,05
Fabaceae indet1 3 6,3 0,55 0,18 0,38 4,17 0,40 1,33 0,93 0,09
Casearia sylvestris 2 4,2 0,36 0,04 0,08 8,33 0,81 1,26 0,45 0,02
Myrcia splendens 2 4,2 0,36 0,03 0,07 8,33 0,81 1,24 0,43 0,01
Miconia prasina 2 4,2 0,36 0,02 0,03 8,33 0,81 1,21 0,4 0,01
Guatteria sp 2 4,2 0,36 0,01 0,03 8,33 0,81 1,20 0,39 <0,01
Miconia minutiflora 2 4,2 0,36 0,01 0,02 8,33 0,81 1,19 0,38 <0,01
Polyandrococos 3 6,3 0,55 0,08 0,17 4,17 0,4 1,12 0,71 0,04
135
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
caudescens
Rubiaceae indet1 2 4,2 0,36 0,05 0,11 4,17 0,4 0,88 0,47 0,02
Cordia sagotii 2 4,2 0,36 0,04 0,08 4,17 0,4 0,84 0,44 0,02
Arecaceae indet1 1 2,1 0,18 0,11 0,23 4,17 0,4 0,82 0,42 0,05
psidium guineense 1 2,1 0,18 0,08 0,17 4,17 0,4 0,76 0,35 0,04
Kielmeyera neglecta 1 2,1 0,18 0,04 0,08 4,17 0,4 0,67 0,26 0,02
Ocotea notata 1 2,1 0,18 0,01 0,03 4,17 0,4 0,62 0,21 <0,01
Helicostylis tomentosa 1 2,1 0,18 0,01 0,02 4,17 0,4 0,61 0,21 <0,01
Mangifera indica 1 2,1 0,18 0,01 0,02 4,17 0,4 0,61 0,2 <0,01
Swartzia flaemingii 1 2,1 0,18 0,01 0,02 4,17 0,4 0,6 0,2 <0,01
Ziziphus platyphylla 1 2,1 0,18 <0,01 0,01 4,17 0,4 0,6 0,19 <0,01
Eugenia uniflora 1 2,1 0,18 <0,01 0,01 4,17 0,4 0,6 0,19 <0,01
Myrcia sylvatica 1 2,1 0,18 <0,01 0,01 4,17 0,4 0,6 0,19 <0,01
Psychotria sp 1 2,1 0,18 <0,01 0,01 4,17 0,4 0,6 0,19 <0,01
Total 550 1147 100 47,52 100 1029 100 300 200 22,81
136
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Gráfico 15 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Base Naval de Aratu, Salvador-BA fevereiro a novembro de 2012.
Gráfico 16 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do peito (DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Base Naval de Aratu, Salvador-BA fevereiro a novembro de 2012.
137
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
No estrato arbóreo ocorreram as espécies Ficus gomelleira, Elaeis guianensis, Protium
heptaphyllum, Coccoloba mollis, Simarouba amara, Schefflera morototoni, Tapirira
guianensis, Bowdichia virgilioides, Guarea guidonia, Pouteria gardneri, Machaerium
aculeatum, Guazuma ulmifolia, Himatanthus bracteatus, Abarema cochliacarpus, Syagrus
coronata, Chomelia anisomeris, Spondias mombin, Thyrsodium spruceanum, Ocotea
glomerata, Cecropia glaziovii, Pera glabrata, Albizia pedicellaris, Cordia sp, Cupania
rugosa, Eschweilera ovata, Trema micrantha, Inga capitata, Byrsonima sericea,
Erythroxyllum martii, Stryphnodendron pulcherrimum, Ficus aspanuza, Vochysia riedeliana,
Guatteria oligocarpa, Ficus mariae, Myrsine sp, Henriettea succosa, Cecropia pachystachya,
Xylopia sericea, Myrsine guianensis, Casearia sylvestris, Myrcia splendens, Miconia prasina,
Guatteria sp, Miconia minutiflora, Polyandrococos caudescens, Cordia sagotii, Psidium
guineense, Kielmeyera neglecta, Ocotea notata, Helicostylis tomentosa, Mangifera indica,
Swartzia flaemingii, Ziziphus platyphylla, Eugenia uniflora, Myrcia sylvatica, Psychotria sp.
No sub-bosque destacam-se Monstera adansonii, Olyra latifolia, Protium heptaphyllum,
indivíduos jovens de Tapirira guianensis e Myrsine umbellata Mart, dentre outras. Entre as
epífitas, destacam-se espécies Philodendron acutatum Schott (imbé), Philodendron
bipinatifidum Schott, Monstera adansonii Schott. Bromeliaceae e representantes de
Monilophytas (Lygodium volubile Sw., Nephrolepis cf. pendula (Raddi) J.Sm.). As
trepadeiras e lianas pertencem, principalmente, as famílias Sapindaceae, Menispermaceae,
Dilleniaceae, Cucurbitaceae e Convolvulaceae. As herbáceas estão representadas pelas
famílias Cyperaceae, Poaceae, Marantaceae e Piperaceae.
A vegetação com as características acima mencionadas ocorre em 312,133 hectares deste
remananescente, que corresponde ao estágio médio de regeneração. Além disso, foram
identificados trechos com fisionomia arbórea dominante em relação às demais, formando um
dossel fechado e relativamente uniforme no porte, com altura média de 17,17 m e DAP médio
de 22,68 cm, além da ocorrência de espécies como: Pouteria grandiflora, Pouteria sp,
Manilkara salzmannii, Inga lauriana, Simarouba amara, Ocotea glomerata e
Stryphnodendron pulcherrimum que caracterizam o estágio avançado de regeneração de dois
trechos perfazendo uma cobertura de de 19,933 ha. Assim, a mata existente na área da Base
138
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Naval de Aratu é um remanescente de Floresta Ombrófila Densa, Mata Atlântica, com a
vegetação secundária nos três estágios sucessionais, definidos conforme a Resolução
CONAMA 005/1994. Entretanto, há predomância da vegetação secundária no estágio médio
de regeneração.
139
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Figura 24 - Remanescente Base Naval de Aratu, estrato arbóreo
Figura 25 - Remanescente Base Naval de Aratu, viata do subosque
140
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
141
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
2.3.9 Remanescente Greenville
No remanescente Greenville foram amostrados 646 indivíduos vivos e mortos ainda em pé em
uma área total de 0,4 ha, distribuídas em 20 parcelas. Das parcelas implantadas, verificou-se
que 2 estão localizadas no estágio inicial, 16 no estágio médio e 2 no estágio avançado de
regeneração, conforme a Resolução CONAMA 005/1994 (Tabela 21).
Tabela 21. Parâmetros amostrados nas parcelas implantadas no remanescente de Mata
Atlântica Greenville, Salvador, BA. Ni = número de indivíduos; TotRam = total de ramos; NSpp =
número de espécies; AltMax = altura máxima; AltMed = altura média; DAPMax = diâmetro máximo; DAPMed
= diâmetro médio; AreaBas = área basal; ER=Estágio de Regeneração.
Parcelas Ni TotRam NSpp AltMax AltMed DAPMax DAPMed AreaBas ER
1 58 93 17 12 6,35 34,2 10,14 0,59 Médio
2 29 36 14 19 10,05 27,37 12,77 0,44 Médio
3 27 31 15 28 8,42 54,43 11,75 0,5 Médio
4 26 28 14 25 11,79 43,29 12,39 0,54 Médio
5 26 35 14 30 12,47 71,74 18,69 1,21 Avançado
6 34 35 14 30 11,62 30,55 12,40 0,55 Médio
7 37 62 12 25 9,81 40,74 15,65 0,99 Médio
8 38 41 14 25 11,43 47,11 12,95 0,83 Médio
9 34 37 17 23 8,85 42,02 12,11 0,61 Médio
10 37 38 12 24 11,95 47,75 14,97 0,98 Médio
11 12 16 10 20 11,25 30,88 14,27 0,24 Médio
12 52 64 22 15 7,95 35,23 11,78 0,7 Médio
13 27 43 15 15 10,19 43,01 13,17 0,77 Médio
142
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Parcelas Ni TotRam NSpp AltMax AltMed DAPMax DAPMed AreaBas ER
14 50 64 22 15 4,49 27,55 7,98 0,46 Inicial
15 31 34 14 30 11,77 48,38 12,71 0,66 Médio
16 20 22 11 33,5 14,05 60,16 19,46 0,95 Avançado
17 29 32 18 25 12,24 54,75 15,95 0,85 Médio
18 26 33 3 14 10,04 30,17 12,06 0,47 Médio
19 31 50 8 6 4,71 37,56 7,26 0,33 Inicial
20 22 24 10 28,5 13,77 45,2 16,15 0,58 Médio
A mata existente possui fisionomia predominantemente arbórea, com seus estratos
diferenciados, altura média de 10,16 m e DAP médio de 13,25 cm. A cobertura arbórea é
predominantemente fechada, com indivíduos emergentes atingindo cerca de 33,50 m.
Foram registradas 31 famílias, incluindo 52 gêneros e 62 espécies incluindo lianas. No arranjo
fitossociológico (tabela 22), as espécies de maior frequência foram Himatanthus bracteatus,
Protium heptaphyllum, Tapirira guianensis, Eschweilera ovata apresentando frequência
absoluta superior a 65 % cada uma. Com relação à dominância absoluta destacam-se as
espécies Simarouba amara, Himatanthus bracteatus, Tapirira guianensis, Ficus sp e
Schefflera morototoni em ordem decrescente. Aquelas espécies com maior IVI foram:
Himatanthus bracteatus, Tapirira guianensis, Simarouba amara, Protium heptaphyllum e
Eschweilera ovata. Para esse remanescente foi observado densidade absoluta de 1615 ind.ha-1
e índice de diversidade de Shannon-Wiener de 3,481 ind.nat-1.
No tocante à distribuição de frequência em intervalos de classe de altura, foi observada a
concentração dos valores na classe 5-12 m com 58,82% seguido da classe >12 com 32,51%
dos indivíduos (gráfico 17). Para o diâmetro, a maior distribuição foi observada na classe 8-18
com 45,51% (gráfico 18).
143
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Tabela 22 - Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata
Atlântica Greenville, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de importância
(IVI). Descritores quantitativos: Ni = número de indivíduos; DA = densidade absoluta (ind.ha-1); DR =
densidade relativa (%); DoA = dominância absoluta (m².ha-1); DoR = dominância relativa (%); FA = frequência
absoluta; FR = frequência relativa (%); IVI = índice do valor de importância (DR+DoR+FR); IVC = índice do
valor de cobertura (DR +DoR); AB = área basal (m².0,4 ha-1).
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Himatanthus
bracteatus 85 212,5 13,16 4,21 12,72 85,00 6,16 32,03 25,87 1,68
Tapirira guianensis 48 120,0 7,43 4,11 12,43 70,00 5,07 24,93 19,86 1,64
Simarouba amara 21 52,5 3,25 4,78 14,44 45,00 3,26 20,95 17,69 1,91
Protium
heptaphyllum 38 95,0 5,88 1,27 3,83 80,00 5,80 15,51 9,72 0,51
Eschweilera ovata 39 97,5 6,04 1,07 3,24 65,00 4,71 13,98 9,27 0,43
Morto 37 92,5 5,73 0,89 2,68 70,00 5,07 13,48 8,40 0,36
Ficus sp. 11 27,5 1,70 2,78 8,41 45,00 3,26 13,37 10,11 1,11
Syagrus schizophylla 31 77,5 4,80 0,85 2,58 50,00 3,62 11,00 7,38 0,34
Schefflera
morototoni 20 50,0 3,10 1,33 4,01 30,00 2,17 9,28 7,10 0,53
Allophylus
laevigatus 23 57,5 3,56 0,57 1,74 45,00 3,26 8,56 5,30 0,23
Myrsine umbellata 14 35,0 2,17 1,12 3,39 40,00 2,90 8,45 5,55 0,45
Cipó 22 55,0 3,41 0,18 0,54 55,00 3,99 7,93 3,94 0,07
Psychotria
carthagenensis 19 47,5 2,94 0,44 1,32 45,00 3,26 7,52 4,26 0,18
Myrtaceae 01 17 42,5 2,63 0,18 0,54 55,00 3,99 7,15 3,17 0,07
Byrsonima sericea 12 30,0 1,86 0,46 1,38 40,00 2,90 6,13 3,24 0,18
Thyrsodium
spruceanum 14 35,0 2,17 0,40 1,21 35,00 2,54 5,92 3,38 0,16
Cecropia glaziovii 19 47,5 2,94 0,81 2,44 5,00 0,36 5,75 5,38 0,32
Miconia prasina 12 30,0 1,86 0,42 1,27 30,00 2,17 5,30 3,13 0,17
Elaeis guineensis 5 12,5 0,77 1,14 3,44 15,00 1,09 5,30 4,21 0,46
Bowdichia 7 17,5 1,08 0,68 2,06 25,00 1,81 4,96 3,15 0,27
144
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
virgilioides
Maytenus
distichophylla 13 32,5 2,01 0,46 1,39 20,00 1,45 4,85 3,40 0,18
Bactris ferruginea 12 30,0 1,86 0,09 0,26 30,00 2,17 4,29 2,12 0,04
Pouteria sp. 9 22,5 1,39 0,15 0,46 30,00 2,17 4,02 1,85 0,06
Vochysia lucida 3 7,5 0,46 0,69 2,08 15,00 1,09 3,63 2,54 0,28
Cecropia
pachystachya 6 15,0 0,93 0,59 1,80 10,00 0,72 3,45 2,73 0,24
Andira fraxinifolia 6 15,0 0,93 0,27 0,83 20,00 1,45 3,21 1,76 0,11
Cupania rugosa 7 17,5 1,08 0,17 0,50 20,00 1,45 3,03 1,59 0,07
Myrcia sp. 6 15,0 0,93 0,06 0,19 25,00 1,81 2,93 1,12 0,02
Psidium sartorianum 5 12,5 0,77 0,08 0,25 25,00 1,81 2,83 1,02 0,03
Gochnatia
oligocephala 7 17,5 1,08 0,19 0,56 15,00 1,09 2,74 1,65 0,08
Chomelia anisomeris 6 15,0 0,93 0,09 0,27 20,00 1,45 2,65 1,20 0,04
Syagrus coronata 3 7,5 0,46 0,41 1,25 10,00 0,72 2,44 1,72 0,16
Syagrus botryophora 6 15,0 0,93 0,10 0,30 15,00 1,09 2,31 1,23 0,04
Henriettea succosa 5 12,5 0,77 0,12 0,36 15,00 1,09 2,22 1,13 0,05
Curatella americana 9 22,5 1,39 0,14 0,41 5,00 0,36 2,17 1,81 0,06
Inga lauriana 3 7,5 0,46 0,09 0,26 15,00 1,09 1,81 0,73 0,04
Guettarda
viburnoides 3 7,5 0,46 0,10 0,29 10,00 0,72 1,48 0,75 0,04
Hirtella glandulosa 5 12,5 0,77 0,11 0,32 5,00 0,36 1,46 1,10 0,04
Ocotea glomerata 2 5,0 0,31 0,24 0,73 5,00 0,36 1,40 1,04 0,10
Desconhecida 01 2 5,0 0,31 0,11 0,33 10,00 0,72 1,36 0,64 0,04
Clusia nemorosa 2 5,0 0,31 0,09 0,27 10,00 0,72 1,30 0,58 0,04
Clitoria
fairchildiana 3 7,5 0,46 0,12 0,36 5,00 0,36 1,19 0,83 0,05
Coccoloba mollis 2 5,0 0,31 0,04 0,11 10,00 0,72 1,14 0,42 0,02
Erythroxyllum
citrifolium 4 10,0 0,62 0,05 0,16 5,00 0,36 1,14 0,78 0,02
Swartzia apetala 2 5,0 0,31 0,02 0,07 10,00 0,72 1,10 0,38 0,01
145
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Attalea burretiana 1 2,5 0,15 0,18 0,53 5,00 0,36 1,05 0,69 0,07
Pera glabrata 1 2,5 0,15 0,14 0,42 5,00 0,36 0,94 0,58 0,06
Chaetocarpus
echinocarpus 3 7,5 0,46 0,03 0,08 5,00 0,36 0,90 0,54 0,01
Miconia minutiflora 2 5,0 0,31 0,05 0,15 5,00 0,36 0,83 0,46 0,02
Campomanesia
dichotoma 1 2,5 0,15 0,10 0,30 5,00 0,36 0,82 0,46 0,04
Tabernaemontana
salzmannii 1 2,5 0,15 0,08 0,25 5,00 0,36 0,76 0,40 0,03
Trichilia sp. 1 2,5 0,15 0,07 0,22 5,00 0,36 0,74 0,38 0,03
Chamaecrista sp. 1 2,5 0,15 0,05 0,14 5,00 0,36 0,66 0,30 0,02
Guapira opposita 1 2,5 0,15 0,04 0,12 5,00 0,36 0,64 0,28 0,02
Chrysophyllum
rufum 1 2,5 0,15 0,03 0,08 5,00 0,36 0,60 0,24 <0,01
Cordia sagotii 1 2,5 0,15 0,02 0,06 5,00 0,36 0,57 0,21 <0,01
Stryphnodendron
pulcherrimum 1 2,5 0,15 0,02 0,05 5,00 0,36 0,57 0,21 <0,01
Myrcia splendens 1 2,5 0,15 0,01 0,03 5,00 0,36 0,55 0,18 <0,01
Xylopia sericea 1 2,5 0,15 0,01 0,02 5,00 0,36 0,54 0,18 <0,01
Eugenia sp. 1 2,5 0,15 0,01 0,02 5,00 0,36 0,54 0,18 <0,01
Pouteria grandiflora 1 2,5 0,15 0,01 0,02 5,00 0,36 0,54 0,17 <0,01
Psidium
oligospermum 1 2,5 0,15 0,01 0,02 5,00 0,36 0,53 0,17 <0,01
Abarema
cochliacarpos 1 2,5 0,15 0,01 0,02 5,00 0,36 0,53 0,17 <0,01
Total 646 1615,0 100 33,08 100 1380,0 100 300 200 13,23
146
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Gráfico 17 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Greenville, Salvador-BA fevereiro de 2011 a outubro de 2012
Gráfico 18 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do peito (DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Greenville, Salvador-BA fevereiro de 2011 a outubro de 2012.
147
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
No estrato arbóreo, ocorreram as espécies Himathanthus bracteatus (janaúba), Tapirira
guianensis (pau-pombo), Simarouba amara (pau-paraíba), Protium heptaphyllum (amescla),
Eschweilera ovata (biriba), Syagrus schizopylla (licuriroba), Schefflera morototoni
(matataúba), Allophylus laevigatus (xau-xau), Myrsine umbellata (pororoca), Psychotria
carthagenensis, Byrsonima sericea (murici), Thyrsodium spruceanum (caboatã-de-leite),
Cecropia glaziovii (imbaúba), Elaeis guineensis (dendezeiro), Miconia prasina (mundururu),
Bowdichia virgilioides (sucupira), Maytenus distichophylla, Bactris ferruginea (mané-veio),
Vochysia lucida (pau-de-tucano), Cecropia pachystachya (imbaúba), Andira fraxinifolia
(angelim), Cupania rugosa (caboatã), Psidium sartorianum, Gochnatia oligocephala,
Chomelia anisomeris, Syagrus coronata (licuri), Syagrus botryophora (pati), Henriettea
succosa (mundururu), Curatella americana (lixeira), Inga laurina (ingá), Guettarda
viburnoides (angélica), Hirtella glandulosa, Ocotea glomerata (louro) Clusia nemorosa,
Clitoria fairchildiana (sombreiro), Erythroxylum citrifolium, Coccoloba mollis, Swartzia
apetala (arruda-vermelha), Attalea burretiana (indaiá), Pera glabrata (sete-capote),
Chaetocarpus echinocarpus, Miconia minutiflora (mundururu), Campomanesia dichotoma
(guabiroba), Guapira opposita (joão-mole), Chrysophylum rufun, Stryphnodendron
pulcherrimun, Cordia sagotii, Myrcia splendens Pouteria grandiflora, Xylopia sericea,
Abarema cochliacarpos (barbatimão) e Psidium oligospermum.
No subosque encontram-se indivíduos jovens do estrato arbóreo além de indivíduos dos
gêneros, Vismia, Miconia, Clidemia, Cordia, Elaeis, Myrcia, Syagrus, Guettarda, Allophylus
e Erythroxylum nobile. No estrato herbáceo destacam-se Poaceae com o gênero Olyra,
Lecythidaceae, Burseraceae, Orchidaceae (Oeceoclades), Heliconia. Na área ocorrem poucas
lianas, entre elas o Lygodium volubile, Philodendron acutatum, Cissus erosa, Vanilla sp.,
Davilla sp, Dioscorea sp.
Entre as epífitas, destacam-se as espécies Philodendron acutatum (imbé), Philodendron
bipinatifidum, Monstera adansonii, Bromeliaceae e representantes de Monilophytas
(Lygodium volubile, Nephrolepis cf. pendula. As trepadeiras e lianas, principalmente das
famílias Sapindaceae, Menispermaceae, Dilleniaceae, Cucurbitaceae e Convolvulaceae. As
148
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
herbáceas, poucos representates das famílias Cyperaceae, Poaceae, Marantaceae, Piperaceae
principalmente o jaborandi.
A vegetação com as características acima mencionadas ocorre em 53,665 hectares deste
remananescente, que corresponde ao estágio médio de regeneração. Além disso, foram
identificados trechos com fisionomia herbácea/arbustiva de porte baixo, com altura média de
4,71m e DAP médio de 7,26 cm, que corresponde ao estágio inicial de regeneração com
cobertura de 18,414 hectares. Ainda foram identificados trechos com a fisionomia arbórea
dominante em relação às demais, formando um dossel fechado e relativamente uniforme no
porte, com altura média de 12,5 m e DAP médio de 18,54 cm, além da ocorrência de espécies
como: Pouteria grandiflora, Pouteria sp, Manilkara salzmannii, Inga lauriana, Simarouba
amara, Ocotea glomerata e Stryphnodendron pulcherrimum que caracterizam o estágio
avançado de regeneração de dois trechos perfazendo uma cobertura de de 1,228 ha. Assim, a
mata existente na área do Greenville é um remanescente de Floresta Ombrófila Densa, Mata
Atlântica, com a vegetação secundária nos três estágios sucessionais, definidos conforme a
Resolução CONAMA 005/1994. Entretanto, há predomância da vegetação secundária no
estágio médio de regeneração.
149
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Figura 27 - Remanescente Greenville, Vista geral da vegetação.
Figura 28 - Remanescente Greenville, Dossel.
150
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
151
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
2.3.10 Remanescente Loteamento Biribeira
No remanescente Loteamento Biribeira foram amostrados 105 indivíduos vivos e mortos
ainda em pé, em uma área total de 0,08 ha. Das parcelas implantadas, verificou-se que as 4
estão localizadas no estágio médio, conforme a Resolução CONAMA 005/1994 (Tabela 23).
Tabela 23. Parâmetros amostrados nas parcelas implantadas no remanescente de Mata
Atlântica Loteamento Biribeira, Salvador, BA. Ni = número de indivíduos; TotRam = total de ramos;
NSpp = número de espécies; AltMax = altura máxima; AltMed = altura média; DAPMax = diâmetro máximo;
DAPMed = diâmetro médio; AreaBas = área basal; ER=Estágio de Regeneração.
Parcelas Ni TotRam NSpp AltMax AltMed DAPMax DAPMed AreaBas ER
1 20 22 10 24 11,59 67,8 17,71 1,13 Médio
2 21 21 11 30 12,29 32,47 15,13 0,48 Médio
3 40 47 17 30 11,99 53,48 11,55 0,7 Médio
4 24 29 15 35 12,90 68,75 17,68 0,99 Médio
A mata existente possui fisionomia predominantemente arbórea, com seus estratos
diferenciados, altura média de 12,19 m e DAP médio de 15,52 cm. A cobertura arbórea é
predominantemente fechada, com indivíduos emergentes atingindo cerca de 35 m.
Foram registradas 19 famílias, 24 gêneros e 28 espécies incluindo lianas. No arranjo
fitossociológico (tabela 24), as espécies de maior frequência foram Psychotria
carthagenensis, Myrsine umbellata, Himatanthus bracteatus e Bowdichia virgilioides ambas
com 100%. Com relação à dominância absoluta destacam-se as espécies Vochysia lucida,
Himatanthus bracteatus Bowdichia virgilioides. espécies com maior IVI foram: Vochysia
lucida, Himatanthus bracteatus Bowdichia virgilioides. Para esse remanescente foi observado
densidade absoluta de 1313 ind.ha-1 e índice de diversidade de Shannon-Wiener de 3,073
nat.ind-1.
152
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
No tocante à distribuição de frequência em intervalos de classe de altura, foi observada a
concentração dos valores nas classes 5-12 com 49,52% e >12m com 44,76% dos indivíduos
(gráfico 19). Para o diâmetro, foi observado maior ocorrência na classe <8 com 39,05% e
distribuição reletivamente uniforme nas classes 8-18 e >18 com valores de 32,38 28,57%
respectivamente (gráfico 20).
Tabela 24 - Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata
Atlântica Loteamento Biribeira, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de
importância (IVI). Descritores quantitativos: Ni = número de indivíduos; DA = densidade absoluta (ind.ha-1);
DR = densidade relativa (%); DoA = dominância absoluta (m².ha-1); DoR = dominância relativa (%); FA =
frequência absoluta; FR = frequência relativa (%); IVI = índice do valor de importância (DR+DoR+FR); IVC =
índice do valor de cobertura (DR +DoR); AB = área basal (m².0,08 ha-1).
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Vochysia lucida 7 87,50 6,67 14,35 34,72 50,00 3,77 45,16 41,38 1,15
Himatanthus bracteatus 14 175,0 13,33 4,99 12,07 100,0 7,55 32,95 25,40 0,4
Morto 9 112,5 8,57 3,55 8,59 100,0 7,55 24,70 17,16 0,28
Bowdichia virgilioides 6 75,00 5,71 4,03 9,74 100,0 7,55 23,00 15,46 0,32
Myrsine umbellata 7 87,50 6,67 1,66 4,01 100,0 7,55 18,23 10,68 0,13
Psychotria
carthagenensis 6 75,00 5,71 0,70 1,69 100,0 7,55 14,95 7,40 0,06
Fabaceae 01 1 12,50 0,95 4,64 11,23 25,00 1,89 14,07 12,18 0,37
Eschweilera ovata 8 100,0 7,62 0,57 1,38 50,00 3,77 12,77 8,99 0,05
Tapirira guianensis 3 37,50 2,86 1,56 3,78 50,00 3,77 10,42 6,64 0,13
Attalea burretiana 3 37,50 2,86 1,40 3,39 50,00 3,77 10,02 6,25 0,11
Cipó 4 50,00 3,81 0,14 0,34 75,00 5,66 9,81 4,15 0,01
Byrsonima sericea 3 37,50 2,86 1,15 2,78 50,00 3,77 9,41 5,63 0,09
Henriettea succosa 3 37,50 2,86 0,29 0,70 50,00 3,77 7,33 3,56 0,02
Myrcia sp. 5 62,50 4,76 0,19 0,45 25,00 1,89 7,10 5,21 0,01
Erythroxylum citrifolium 4 50,00 3,81 0,42 1,01 25,00 1,89 6,71 4,82 0,03
Chaetocarpus
echinocarpus 2 25,00 1,90 0,10 0,25 50,00 3,77 5,93 2,15 0,01
Protium heptaphyllum 3 37,50 2,86 0,20 0,48 25,00 1,89 5,22 3,33 0,02
153
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Schefflera morototoni 2 25,00 1,90 0,29 0,70 25,00 1,89 4,49 2,60 0,02
Sloanea guianensis 2 25,00 1,90 0,22 0,54 25,00 1,89 4,33 2,45 0,02
Brosimum gaudichaudii 2 25,00 1,90 0,10 0,25 25,00 1,89 4,04 2,15 0,01
Inga thibaudiana 2 25,00 1,90 0,09 0,21 25,00 1,89 4,00 2,11 0,01
Myrcia silvatica 2 25,00 1,90 0,04 0,08 25,00 1,89 3,88 1,99 <0,01
Ficus gomelleira 1 12,50 0,95 0,21 0,51 25,00 1,89 3,35 1,46 0,02
Myrtaceae 01 1 12,50 0,95 0,14 0,33 25,00 1,89 3,17 1,28 0,01
Gochnatia oligocephala 1 12,50 0,95 0,12 0,29 25,00 1,89 3,13 1,25 0,01
Psidium sp. 1 12,50 0,95 0,07 0,17 25,00 1,89 3,01 1,12 0,01
Campomanesia
dichotoma 1 12,50 0,95 0,06 0,14 25,00 1,89 2,98 1,09 <0,01
Thyrsodium spruceanum 1 12,50 0,95 0,05 0,13 25,00 1,89 2,97 1,08 <0,01
Simarouba amara 1 12,50 0,95 0,02 0,05 25,00 1,89 2,89 1,01 <0,01
Total 105 1313 100 41,33 100 1325 100 300 200 3,31
154
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Gráfico 19 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Biribeira, Salvador-BA fevereiro de 2011 a outubro de 2012.
Gráfico 20 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do peito (DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Biribeira, Salvador-BA fevereiro de 2011 a outubro de 2012.
155
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
No estrato arbóreo, ocorreram as espécies Vochysia lucida, Himatanthus bracteatus (janaúba),
Bowdichia virgilioides (sucupira), Myrsine umbellata (pororoca), Psychotria carthagenensis,
Eschweilera ovata (biriba), Tapirira guianensis (pau-pombo), Attalea burretiana (indaiá),
Byrsonima sericea (murici), Henriettea succosa, Erythroxylum citrifolium, Chaetocarpus
echinocarpus, Protium heptaphyllum (amescla), Schefflera morototoni (matataúba), Sloanea
guianensis, Brosimum gaudichaudii, Inga thibaudiana (ingá) Myrcia silvatica, Ficus
gomelleira, Gochnatia oligocephala, Campomanesia dichotoma, Thyrsodium spruceanum e
Simarouba amara (pau-paraíba).
No subosque encontram-se indivíduos jovens do estrato arbóreo além de indivíduos dos
gêneros, Vismia, Miconia, Clidemia, Cordia, Elaeis, Myrcia, Syagrus, Guettarda,
Allophylus,Coccoloba, Casearia, Protium, Eschweilera,Thyrsodium, Erythroxylum e
Desmoncus polyacanthos (titara). No estrato herbáceo destacam-se Poaceae com o gênero
Olyra, Orchidaceae (Oeceoclades) e Heliconia. Na área ocorrem poucas trepadeiras e lianas,
entre elas o Lygodium volubile, Philodendron acutatum, Philodendron pinnatifidum, Cissus
erosa, Passiflora edmundoi, Vanilla sp, Davilla spp, Dioscorea sp e Tetracera sp.
A vegetação com as características acima mencionadas ocorre esse remananescente na
extensão de 14,052 ha, que corresponde ao estágio médio de regeneração. Assim, a mata
existente na área do Loteamento Biribeira é um remanescente de Floresta Ombrófila Densa,
Mata Atlântica, com predominância de vegetação secundária em estágio médio de
regeneração, definido conforme a Resolução CONAMA 005/1994.
156
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Figura 30 - Remanescente Loteamento Biribeira, Estrato arbóreo do interior do fragmento.
Figura 31 - Remanescente Loteamento Biribeira, Dossel descontínuo.
157
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
158
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
2.3.11 Remanescente Loteamento Patamares
No remanescente Loteamento Patamares foram amostrados 114 indivíduos vivos e mortos
ainda em pé, em uma área total de 0,12 ha. Das parcelas implantadas, verificou-se que as 6
estão localizadas no estágio médio, conforme a Resolução CONAMA 005/1994 (Tabela 25).
Tabela 25. Parâmetros amostrados nas parcelas implantadas no remanescente de Mata
Atlântica Loteamento Patamares, Salvador, BA. Ni = número de indivíduos; TotRam = total de ramos;
NSpp = número de espécies; AltMax = altura máxima; AltMed = altura média; DAPMax = diâmetro máximo;
DAPMed = diâmetro médio; AreaBas = área basal; ER=Estágio de Regeneração.
Parcelas Ni TotRam NSpp AltMax AltMed DAPMax DAPMed AreaBas ER
1 14 15 9 20 9,63 40,43 17,13 0,76 Médio
2 22 23 11 17 7,80 53,75 17,85 0,94 Médio
3 21 24 11 15 7,52 33,98 17,69 0,60 Médio
4 22 34 8 15 8,70 35,01 17,91 0,74 Médio
5 12 17 8 15 9,21 41,7 17,72 0,55 Médio
6 23 24 10 20 9,30 64,94 17,84 0,94 Médio
A mata existente possui fisionomia predominantemente arbórea, com seus estratos
diferenciados, altura média de 8,69 m e DAP médio de 19,79 cm. A cobertura arbórea é
predominantemente fechada, com indivíduos emergentes atingindo até 20 m.
Foram registradas 18 famílias, 23 gêneros e 25 espécies. No arranjo fitossociológico (tabela
26), as espécies de maior frequência foram Tapirira guianensis, Allophylus laevigatus,
Syagrus coronata e Siparuna guianensis. Com relação à dominância absoluta destacam-se as
espécies Tapirira guianensis, Ficus gomelleira, Syagrus coronata, Elaeis guineensis e
Cecropia glaziovii. As espécies com maior IVI foram: Tapirira guianensis, Syagrus coronata,
159
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Ficus gomelleira, Allophylus laevigatus e Syagrus schizophyllum. Para esse remanescente foi
observada densidade absoluta de 950 ind.ha-1 e índice de diversidade de Shannon-Wiener de
2,938 nat.ind-1.
No tocante à distribuição de frequência em intervalos de classe de altura, foi observada maior
concentração dos valores nas classe 5-12 com 44,74% e >12 com 32,46% dos indivíduos
(gráfico 21). Para o diâmetro, foi observada maior ocorrência na classe >18 com 50,00%
(gráfico 22).
Tabela 26 - Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata
Atlântica Loteamento Patamares, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de
importância (IVI). Descritores quantitativos: Ni = número de indivíduos; DA = densidade absoluta (ind.ha-1);
DR = densidade relativa (%); DoA = dominância absoluta (m².ha-1); DoR = dominância relativa (%); FA =
frequência absoluta; FR = frequência relativa (%); IVI = índice do valor de importância (DR+DoR+FR) IVC =
índice do valor de cobertura (DR +DoR); AB = área basal (m².0,12 ha-1).
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Tapirira guianensis 18 150,0 15,79 10,64 25,58 100,0 10,53 51,89 41,37 1,28
Syagrus coronata 10 83,33 8,77 4,05 9,74 66,67 7,02 25,53 18,51 0,49
Ficus gomelleira 4 33,33 3,51 6,09 14,63 50,00 5,26 23,40 18,14 0,73
Morto 8 66,67 7,02 1,98 4,76 66,67 7,02 18,80 11,78 0,24
Allophylus laevigatus 8 66,67 7,02 0,87 2,09 83,33 8,77 17,88 9,11 0,10
Syagrus schizophyllum 9 75,00 7,89 1,61 3,86 50,00 5,26 17,02 11,75 0,19
Elaeis guineensis 5 41,67 4,39 3,92 9,42 16,67 1,75 15,56 13,80 0,47
Siparuna guianensis 8 66,67 7,02 0,22 0,52 66,67 7,02 14,56 7,54 0,03
Cecropia glaziovii 5 41,67 4,39 3,22 7,74 16,67 1,75 13,88 12,12 0,39
Schefflera morototoni 6 50,00 5,26 0,95 2,27 33,33 3,51 11,05 7,54 0,11
Bowdichia virgiloides 3 25,00 2,63 1,94 4,67 33,33 3,51 10,81 7,30 0,23
Myrsine umbellata 4 33,33 3,51 1,30 3,12 33,33 3,51 10,14 6,63 0,16
Himatanthus
bracteatus 4 33,33 3,51 0,81 1,94 33,33 3,51 8,96 5,45 0,10
Stryphnodendron
pulcherrimum 2 16,67 1,75 1,92 4,60 16,67 1,75 8,11 6,36 0,23
160
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Campomanesia
dichotoma 3 25,00 2,63 0,19 0,46 33,33 3,51 6,60 3,09 0,02
Chomelia obtusa 3 25,00 2,63 0,13 0,32 33,33 3,51 6,46 2,95 0,02
Xylopia sericea 2 16,67 1,75 0,28 0,66 33,33 3,51 5,93 2,42 0,03
Myrtaceae 2 16,67 1,75 0,13 0,31 33,33 3,51 5,57 2,06 0,02
Eschweilera ovata 2 16,67 1,75 0,04 0,09 33,33 3,51 5,35 1,84 0,00
Byrsonima sericea 2 16,67 1,75 0,38 0,91 16,67 1,75 4,42 2,67 0,05
Guazuma ulmifolia 1 8,33 0,88 0,54 1,29 16,67 1,75 3,92 2,17 0,06
Pouteria ramiflora 1 8,33 0,88 0,17 0,40 16,67 1,75 3,03 1,28 0,02
Cupania rugosa 1 8,33 0,88 0,10 0,24 16,67 1,75 2,87 1,12 0,01
Thyrsodium
spruceanum 1 8,33 0,88 0,09 0,22 16,67 1,75 2,85 1,10 0,01
Psychotria
carthagenensis 1 8,33 0,88 0,04 0,11 16,67 1,75 2,74 0,99 0,01
Miconia minutiflora 1 8,33 0,88 0,02 0,04 16,67 1,75 2,67 0,92 0,00
Total 114 950,0 100 41,62 100 950,0 100 300 200 4,99
161
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Gráfico 21 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Loteamento Patamares, Salvador-BA fevereiro de 2011 a outubro de 2012.
Gráfico 22 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro da altura do peito (DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Loteamento Patamares, Salvador-BA fevereiro de 2011 a outubro de 2012.
162
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
No estrato arbóreo, ocorreram as espécies Tapirira guianensis (pau-pombo), Syagrus
coronata (licurí), Ficus gomelleira (gameleira), Allophylus laevigatus, Elaeis guineensis
(dendê), Siparuna guianensis, Cecropia glaziovii, Schefflera morototoni (matataúba),
Bowdichia virgilioides (sucupira), Myrsine umbellata (pororoca), Himatanthus bracteatus
(janaúba), Stryphnodendron pulcherrimum, Campomanesia dichotoma, Chomelia obtusa,
Xylopia sericea, Eschweilera ovata (biriba), Byrsonima sericea (muricí), Guazuma ulmifolia,
Pouteria ramiflora, Cupania rugosa, Thyrsodium spruceanum, Psychotria carthagenensis e
Miconia minutiflora.
No subosque destacam-se indivíduos jovens de Bactris ferruginea (mané-veio), Siparuna
guianensis, Elaies guineensis (dendê), Mangifera indica (manga), Trema micrantha, Attalea
burretiana, Himatanthus bracteatus, Inga thibaudiana (ingá); Thyrsodium spruceanum,
Schefllera morototoni,Campomanesia dichotoma, Protium heptaphyllum, Swartzia sp, Cordia
nodosa, Desmoncus polyacanthos var polyacanthos (titara). No estrato herbáceo ocorrem
Rhynchospora cephalotes, Costus spiralis, Piper divaricatum, Stromanthes porteana,
Heliconia psittacorum, Oeceoclades maculata, além de indivíduos jovens das espécies
Eschweilera ovata, Xilopia sericea, Inga ciliata, Allophylus laevigatus e Tapirira guianensis.
Dentre as trepadeiras e lianas destacam-se as famílias Sapindaceae, Menispermaceae,
Dilleniaceae, Cucurbitaceae, Convolvulaceae e Monilophytas da família Lygodiaceae.
A vegetação com as características acima mencionadas ocorre nesse remananescente na
extensão de 11,370 hectares, que corresponde ao estágio médio de regeneração e não foram
registrados os estágios inicial e avançado. Assim, a mata existente na área de Loteamento
Patameres é um remanescente de Floresta Ombrófila Densa, Mata Atlântica, com a vegetação
secundária em estágio médio de regeneração, definido conforme a Resolução CONAMA
005/1994.
163
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Figura 33 - Remanescente Loteamento Patamares – Fragmento Carnaúba,estrato arbóreo do interior do fragmento.
Figura 34 - Remanescente Loteamento Patamares – Fragmento Bicuíba, estrato arbóreo no interior do
fragmento.
164
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
165
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
2.3.12 Remanescente Pedreira Aratu
No remanescente Pedreira Aratu foram amostrados 55 indivíduos vivos e mortos ainda em pé,
em uma área total de 0,06 ha. Das parcelas implantadas, verificou-se que as 3 estão
localizadas no estágio médio, conforme a Resolução CONAMA 005/1994 (Tabela 27).
Tabela 27. Parâmetros amostrados nas parcelas implantadas no remanescente de Pedreira
Aratu, Salvador, BA. Ni = número de indivíduos; TotRam = total de ramos; NSpp = número de espécies;
AltMax = altura máxima; AltMed = altura média; DAPMax = diâmetro máximo; DAPMed = diâmetro médio;
AreaBas = área basal; ER=Estágio de Regeneração .
Parcelas Ni TotRam NSpp AltMax AltMed DAPMax DAPMed AreaBas ER
1 17 20 9 30 12,35 63,67 17,15 0,68 Médio
2 19 22 10 34 12,79 42,54 14,56 0,49 Médio
3 19 22 12 30 12,54 43,93 15,91 0,63 Médio
A mata existente possui fisionomia predominantemente arbórea, com seus estratos
diferenciados, altura média de 12,57 m e DAP médio de 15,87 cm. A cobertura arbórea é
predominantemente fechada, com indivíduos emergentes atingindo até 34 m.
Foram registradas 13 famílias, 16 gêneros e 18 espécies incluindo lianas. No arranjo
fitossociológico (tabela 28), as espécies de maior frequência foram Henriettea succosa,
Himatanthus bracteatus, Schefflera morototoni com 9,68% cada, seguidas de Miconia
minutiflora, Inga thibaudiana, Byrsonima sericea, Tapirira guianensis, Siparuna guianensis e
Attalea salvadorensis com 6,45% cada. Com relação à dominância absoluta destacam-se as
espécies Schefflera morototoni, Bowdichia virgilioides, Attalea salvadorensis e Attalea
burretiana. Aquelas espécies com maior IVI foram: Schefflera morototoni, Himatanthus
bracteatus, Attalea salvadorensis, Bowdichia virgilioides, Henriettea succosa e Attalea
burretiana. Para esse remanescente foi observada densidade absoluta de 916,8 ind.ha-1 e
índice de diversidade de Shannon-Wiener de 2,60 nat.ind-1.
166
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
No tocante à distribuição de frequência em intervalos de classe de altura, foi observada a
concentração dos valores nas classes >12m com 49,09% e 5-12 com 45,45% dos indivíduos
(gráfico 23). Para o diâmetro, foi observada maior distribuição na classe 8-18 com 40,00%
(gráfico 24).
Esses dados corroboram com uma arquitetura vegetacional secundária, com predominância do
estágio médio de regeneração.
Tabela 28 - Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata
Atlântica de Pedreira Aratu, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de
importância (IVI). Descritores quantitativos: Ni = número de indivíduos; DA = densidade absoluta (ind.ha-1);
DR = densidade relativa (%); DoA = dominância absoluta (m².ha-1); DoR = dominância relativa (%); FA =
frequência absoluta; FR = frequência relativa (%); IVI = índice do valor de importância (DR+DoR+FR); IVC =
índice do valor de cobertura (DR +DoR); AB = área basal (m².0,06 ha-1).
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Schefflera
morototoni
8 133,3 14,55 9,31 31,05 100 9,68 55,27 45,59 0,56
Himatanthus
bracteatus
12 200 21,82 1,88 6,26 100 9,68 37,75 28,07 0,11
Attalea
salvadorensis
3 50 5,45 5,07 16,9 66,67 6,45 28,8 22,35 0,30
Bowdichia
virgilioides
1 16,7 1,82 5,31 17,69 33,33 3,23 22,74 19,51 0,32
Henriettea
succosa
5 83,3 9,09 0,61 2,02 100 9,68 20,79 11,11 0,04
Attalea
burretiana
3 50 5,45 3,57 11,9 33,33 3,23 20,58 17,35 0,21
Siparuna
guianensis
4 66,7 7,27 0,18 0,6 66,67 6,45 14,33 7,88 0,01
Tapirira
guianensis
3 50 5,45 0,55 1,82 66,67 6,45 13,72 7,27 0,03
Byrsonima
sericea
2 33,3 3,64 0,74 2,47 66,67 6,45 12,56 6,11 0,04
167
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Inga thibaudiana 2 33,3 3,64 0,65 2,17 66,67 6,45 12,26 5,8 0,03
Morta 3 50 5,45 0,58 1,93 33,33 3,23 10,61 7,38 0,03
Miconia
minutiflora
2 33,3 3,64 0,1 0,32 66,67 6,45 10,41 3,95 0,01
Xylopia sericea 1 16,7 1,82 0,63 2,1 33,33 3,23 7,15 3,92 0,04
Chrysophyllum
splendens
1 16,7 1,82 0,39 1,31 33,33 3,23 6,36 3,13 0,02
Protium
heptaphyllum
1 16,7 1,82 0,21 0,7 33,33 3,23 5,75 2,52 0,01
Ficus sp. 1 16,7 1,82 0,1 0,33 33,33 3,23 5,38 2,15 0,01
Ocotea
glomerata
1 16,7 1,82 0,06 0,21 33,33 3,23 5,26 2,03 0,01
Thyrsodium
spruceanum
1 16,7 1,82 0,03 0,11 33,33 3,23 5,16 1,93 0,01
Cipó 1 16,7 1,82 0,03 0,1 33,33 3,23 5,14 1,92 0,01
Total 55 916,8 100 30 100 1033,3 100 300 200 1,8
168
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Gráfico 23 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Pedreira Aratu, Salvador-BA fevereiro de 2011 a outubro de 2012.
Gráfico 24 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do peito (DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Pedreira Aratu, Salvador-BA fevereiro de 2011 a outubro de 2012.
169
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
No estrato arbóreo, ocorreram as espécies Schefflera morototoni (matataúba), Himatanthus
bracteatus (janaúba), Attalea salvadorensis, Bowdichia virgilioides (sucupira), Henriettea
succosa, Attalea burretiana (indaiá), Siparuna guianensis, Tapirira guianensis (pau-pombo),
Byrsonima sericea (murici), Inga thibaudiana (ingá), Miconia minutiflora (mundururu),
Xylopia sericea, Chrysophyllum splendens, Protium heptaphyllum (amescla), Ocotea
glomerata (louro) e Thyrsodium spruceanum.
No estrato herbáceo ocorreram Olyra latifolia, Heliconia psittacorum, Oeceoclades maculata,
Stromanthe porteana, Piper spp, Scleria bracteata, Rhynchospora cephalotes e indivíduos
jovens das famílias Fabaceae, Myrtaceae, Boraginaceae, Dilleniaceae, Melastomataceae,
Arecaceae e Sapindaceae.
A vegetação com as características acima mencionadas ocorre em toda a extensão deste
remananescente com cerca de 30,043 hectares, que corresponde ao estágio médio de
regeneração e não foram registrados os estágios inicial e avançado. Assim, a mata existente
no remanescente da Pedreira Aratu é vegetação secundária de Floresta Ombrófila Densa,
Mata Atlântica, em estágio médio de regeneração, definido conforme a Resolução CONAMA
005/1994.
170
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Figura 36 - Remanescente Pedreira Aratu, Vista de encosta alterada e da paisagem vegetacional.
Figura 37 - Remanescente Pedreira Aratu, Estrato arbóreo e subosque.
171
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
172
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
2.3.13 Remanescente Pedreira Carangi
No remanescente Pedreira Carangi foram amostrados 196 indivíduos vivos e mortos ainda em
pé, em uma área total de 0,12 ha. Das parcelas implantadas, verificou-se que as 6 estão
localizadas no estágio médio, conforme a Resolução CONAMA 005/1994 (Tabela 29).
Tabela 29. Parâmetros amostrados nas parcelas implantadas no remanescente de Pedreira
Carangi, Salvador, BA. Ni = número de indivíduos; TotRam = total de ramos; NSpp = número de espécies;
AltMax = altura máxima; AltMed = altura média; DAPMax = diâmetro máximo; DAPMed = diâmetro médio;
AreaBas = área basal; ER=Estágio de Regeneração .
Parcelas Ni TotRam NSpp AltMax AltMed DAPMax DAPMed AreaBas ER
1 46 58 25 17 10,72 22,92 9,17 0,36 Médio
2 46 54 17 25 13,7 26,22 10,42 0,5 Médio
3 22 38 13 13 8,82 14,55 8,35 0,13 Médio
4 30 34 15 22 12,35 65,03 13,41 0,99 Médio
5 31 39 18 20 11,37 25,46 10,89 0,38 Médio
6 21 24 13 35 15,24 46,59 14,02 0,53 Médio
A mata existente possui fisionomia predominantemente arbórea, com seus estratos
diferenciados, altura média de 12,03 m e DAP médio de 11,19 cm. A cobertura arbórea é
predominantemente fechada, com indivíduos emergentes atingindo até 35 m.
Foram registradas 28 famílias, 46 gêneros e 53 espécies incluindo lianas. No arranjo
fitossociológico (tabela 30), as espécies de maior frequência foram Tapirira guianensis,
Myrcia sp, Himatanthus bracteatus com 83,33% cada, seguidas de Simarouba amara,
Byrsonima sericea e Attalea burretiana com 66,67% cada. Com relação à dominância
absoluta destacam-se as espécies Tapirira guianensis, Stryphnodendron pulcherrimum,
Attalea burretiana, Simarouba amara e Himatanthus bracteatus. Aquelas espécies com maior
IVI foram: Tapirira guianensis, Himatanthus bracteatus, Simarouba amara,
173
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Stryphnodendron pulcherrimum e Attalea burretiana. Para esse remanescente foi observada
densidade absoluta de 1633 ind.ha-1 e índice de diversidade de Shannon-Wiener de 3,52
nat.ind-1.
No tocante à distribuição de frequência em intervalos de classe de altura, foi observada a
concentração dos valores nas classes >12m com 53,57% e 5-12 com 44,90% dos indivíduos
(gráfico 25). Para o diâmetro, foi observada maior distribuição nas classe <8 com 47,45 e 8-
18 com 39,29% (gráfico 26).
Esses dados corroboram com uma arquitetura vegetacional secundária, com predominância do
estágio médio de regeneração.
Tabela 30 - Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata
Atlântica de Pedreira Carangi, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de
importância (IVI). Descritores quantitativos: Ni = número de indivíduos; DA = densidade absoluta (ind.ha-1);
DR = densidade relativa (%); DoA = dominância absoluta (m².ha-1); DoR = dominância relativa (%); FA =
frequência absoluta; FR = frequência relativa (%); IVI = índice do valor de importância (DR+DoR+FR); IVC =
índice do valor de cobertura (DR +DoR); AB = área basal (m².0,12 ha-1).
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB Tapirira guianensis
22 183,3 11,22 3,79 15,71 83,33 4,95 31,88 26,93 0,45
Himatanthus bracteatus
19 158,3 9,69 1,36 5,64 83,33 4,95 20,29 15,34 0,16
Simarouba amara 7 58,3 3,57 1,74 7,21 66,67 3,96 14,75 10,79 0,21 Stryphnodendron pulcherrimum
2 16,7 1,02 2,83 11,7 33,33 1,98 14,7 12,72 0,34
Attalea burretiana 5 41,7 2,55 1,94 8,03 66,67 3,96 14,54 10,58 0,23 Myrcia sp. 11 91,7 5,61 0,36 1,49 83,33 4,95 12,05 7,1 0,04 Morto 8 66,7 4,08 0,73 3,03 66,67 3,96 11,07 7,11 0,09 Anaxagorea sp. 11 91,7 5,61 0,57 2,38 50 2,97 10,96 7,99 0,07 Byrsonima sericea 7 58,3 3,57 0,7 2,91 66,67 3,96 10,44 6,48 0,08 Fabaceae 01 2 16,7 1,02 1,98 8,21 16,67 0,99 10,22 9,23 0,24 Henriettea succosa
9 75 4,59 0,56 2,31 50 2,97 9,87 6,9 0,07
Luehea divaricata 5 41,7 2,55 0,79 3,26 50 2,97 8,78 5,81 0,09 Psidium oligospermum
8 66,7 4,08 0,22 0,93 50 2,97 7,98 5,01 0,03
174
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB Buchenavia sp. 7 58,3 3,57 0,78 3,25 16,67 0,99 7,81 6,82 0,09 Eschweilera ovata 6 50 3,06 0,3 1,22 50 2,97 7,25 4,28 0,03 Abarema cochliacarpos
2 16,7 1,02 1,05 4,35 16,67 0,99 6,36 5,37 0,13
Brosimum gaudichaudii
4 33,3 2,04 0,16 0,65 50 2,97 5,66 2,69 0,02
Ficus sp. 2 16,7 1,02 0,53 2,18 33,33 1,98 5,18 3,2 0,06 Cipó 3 25 1,53 0,07 0,3 50 2,97 4,8 1,83 0,01 Miconia holosericea
3 25 1,53 0,23 0,95 33,33 1,98 4,46 2,48 0,03
Kielmeyera neglecta
3 25 1,53 0,18 0,76 33,33 1,98 4,27 2,29 0,02
Bowdichia virgilioides
2 16,7 1,02 0,28 1,16 33,33 1,98 4,16 2,18 0,03
Pera glabrata 4 33,3 2,04 0,25 1,02 16,67 0,99 4,05 3,06 0,03 Cordia pilosa 3 25 1,53 0,07 0,31 33,33 1,98 3,82 1,84 0,01 Cupania rugosa 3 25 1,53 0,07 0,29 33,33 1,98 3,8 1,82 0,01 Pogonophora schomburgkiana
2 16,7 1,02 0,1 0,42 33,33 1,98 3,42 1,44 0,01
Myrcia silvatica 2 16,7 1,02 0,04 0,16 33,33 1,98 3,16 1,18 0,01 Guapira opposita 3 25 1,53 0,1 0,4 16,67 0,99 2,92 1,93 0,01 Protium heptaphyllum
1 8,3 0,51 0,31 1,28 16,67 0,99 2,78 1,79 0,04
Pouteria grandiflora
1 8,3 0,51 0,3 1,23 16,67 0,99 2,73 1,74 0,04
Myrcia splendens 2 16,7 1,02 0,17 0,71 16,67 0,99 2,72 1,73 0,02 Cecropia glaziovii 1 8,3 0,51 0,26 1,07 16,67 0,99 2,57 1,58 0,03 Margaritaria nobilis
2 16,7 1,02 0,12 0,51 16,67 0,99 2,52 1,53 0,01
Curatella americana
2 16,7 1,02 0,12 0,5 16,67 0,99 2,51 1,52 0,01
Tibouchina candolleana
2 16,7 1,02 0,09 0,38 16,67 0,99 2,39 1,4 0,01
Inga laurina 2 16,7 1,02 0,04 0,16 16,67 0,99 2,17 1,18 0,01 Tovomita choisyana
1 8,3 0,51 0,13 0,56 16,67 0,99 2,06 1,07 0,02
Desconhecido 01 1 8,3 0,51 0,11 0,47 16,67 0,99 1,97 0,98 0,01 Inga sp. 1 8,3 0,51 0,1 0,42 16,67 0,99 1,92 0,93 0,01 Clusia nemorosa 1 8,3 0,51 0,1 0,4 16,67 0,99 1,9 0,91 0,01 Polyandrococos caudescens
1 8,3 0,51 0,08 0,32 16,67 0,99 1,82 0,83 0,01
Licania sp. 1 8,3 0,51 0,05 0,21 16,67 0,99 1,71 0,72 0,01
175
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB Chaetocarpus echinocarpus
1 8,3 0,51 0,05 0,2 16,67 0,99 1,7 0,71 0,01
Gochnatia oligocephala
1 8,3 0,51 0,04 0,16 16,67 0,99 1,67 0,68 0,01
Erythroxylum mucronatum
1 8,3 0,51 0,04 0,16 16,67 0,99 1,67 0,68 0,01
Inga thibaudiana 1 8,3 0,51 0,04 0,16 16,67 0,99 1,66 0,67 0,01 Casearia commersoniana
1 8,3 0,51 0,04 0,16 16,67 0,99 1,66 0,67 0,01
Vernonanthura discolor
1 8,3 0,51 0,04 0,15 16,67 0,99 1,65 0,66 0,01
Simaba cedron 1 8,3 0,51 0,04 0,15 16,67 0,99 1,65 0,66 0,01 Bactris ferruginea 1 8,3 0,51 0,03 0,1 16,67 0,99 1,6 0,61 0,01 Albizia sp. 1 8,3 0,51 0,02 0,1 16,67 0,99 1,6 0,61 0,01 Chamaecrista sp. 1 8,3 0,51 0,02 0,07 16,67 0,99 1,57 0,58 0,01 Annona sp. 1 8,3 0,51 0,02 0,07 16,67 0,99 1,57 0,58 0,01 Thyrsodium spruceanum
1 8,3 0,51 0,02 0,07 16,67 0,99 1,57 0,58 0,01
Total 196 1633 100 24,16 100 1683,41 100 300 200 2,90
176
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Gráfico 25 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Pedreira Carangi, Salvador-BA fevereiro de 2011 a outubro de 2012.
Gráfico 26 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro da altura do peito (DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Pedreira Carangi, Salvador-BA fevereiro de 2011 a outubro de 2012.
177
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
No estrato arbóreo, ocorreram as espécies Tapirira guianensis (pau-pombo), Himatanthus
bracteatus (janaúba), Simarouba amara (pau-paraíba), Stryphnodendron pulcherrimum,
Byrsonima sericea (murici), Henriettea succosa, Luehea divaricata, Psidium oligospermum,
Eschweilera ovata (biriba), Abarema cochliacarpos, Brosimum gaudichaudii, Miconia
holosericea, Kielmeyera neglecta, Bowdichia virgilioides (sucupira), Pera glabrata (sete-
capote), Cordia pilosa, Cupania rugosa, Pogonophora schomburgkiana, Myrcia silvatica,
Guapira opposita, Protium heptaphyllum (amescla), Pouteria grandiflora, Myrcia splendens,
Cecropia glaziovii, Margaritaria nobilis, Curatella americana (lixeira), Tibouchina
candolleana, Inga laurina (ingá), Tovomita choisyana, Clusia nemorosa, Polyandrococos
caudescens, Chaetocarpus echinocarpus, Gochnatia oligocephala, Erythroxylum
mucronatum, Inga thibaudiana, Casearia commersoniana, Vernonanthura discolor, Simaba
cedron, Bactris ferruginea e Thyrsodium spruceanum.
No subosque ocorreram indivíduos jovens do estrato arbóreo além de indivíduos dos gêneros,
Vismia, Miconia, Clidemia, Cordia, Elaeis, Myrcia, Syagrus, Guettarda, Allophylus. No
herbáceo destacam-se Poaceae com o gênero Olyra, Lecythidaceae, Burseraceae, Orchidaceae
(Oeceoclades) e Heliconia. Na área ocorrem poucas trepadeiras e lianas, entre elas o
Lygodium volubile, Philodendron acutatum, Cissus erosa, Vanilla sp, Davilla spp, Dioscorea
sp. , dentre outras.
A vegetação com as características acima mencionadas ocorre nesse remananescente em
232,473 ha, que corresponde ao estágio médio de regeneração. Assim, a mata existente na
área da Pedreira Carangi é um remanescente de Floresta Ombrófila Densa, Mata Atlântica,
com a vegetação secundária no estágio médio de regeneração, definido conforme a Resolução
CONAMA 005/1994.
178
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Figura 39 - Remanescente Pedreira Carangi , Vista geral da vegetação.
40 - Remanescente Pedreira Carangi, Estrato arbóreo e subosque.
179
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
180
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
2.3.14 Remanescente Pedreira Valéria
No remanescente Pedreira Valéria foram amostrados 233 indivíduos vivos e mortos ainda em
pé, em uma área total de 0,2 ha. Das parcelas, verificou-se que 7 estão localizadas no no
estágio médio e 3 no estágio avançado de regeneração, conforme a Resolução CONAMA
005/1994 (Tabela 31).
Tabela 31. Parâmetros amostrados nas parcelas implantadas no remanescente de Pedreira
Valéria, Salvador, BA. Ni = número de indivíduos; TotRam = total de ramos; NSpp = número de espécies;
AltMax = altura máxima; AltMed = altura média; DAPMax = diâmetro máximo; DAPMed = diâmetro médio;
AreaBas = área basal; ER=Estágio de Regeneração .
Parcelas Ni TotRam NSpp AltMax AltMed DAPMax DAPMed AreaBas ER
1 23 26 5 23 11,61 71,62 16,08 0,89 Médio
2 19 23 12 25 8,82 40,43 14,68 0,52 Médio
3 22 26 8 23 13,11 35,59 19,56 0,8 Avançado
4 18 24 9 22 8,96 47,75 16,16 0,6 Médio
5 23 29 11 19 8,96 39,74 12,15 0,43 Médio
6 26 35 9 23 10,78 55,01 13,56 0,66 Médio
7 26 36 15 20 9,52 55,04 15,23 0,82 Médio
8 21 21 10 25 12,98 31,83 19,28 0,73 Avançado
9 24 28 10 23 12,74 63,34 20,16 1,18 Avançado
10 31 43 12 20 10,32 38,14 12,26 0,57 Médio
A mata existente possui fisionomia predominantemente arbórea, com seus estratos
diferenciados, altura média de 10,78 m e DAP médio de 15,90 cm. A cobertura arbórea é
predominantemente fechada, com indivíduos emergentes atingindo cerca de 26 m.
181
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Foram registradas 21 famílias, 28 gêneros e 32 espécies incluindo lianas. No arranjo
fitossociológico (tabela 32), as espécies de maior frequência foram Tapirira guianensis,
Himatanthus bracteatus, Schefflera morototoni, Henriettea succosa e Attalea burretiana.
Com relação à dominância absoluta destacam-se as espécies Tapirira guianensis, Attalea
burretiana, Artocarpus heterophyllus, Schefflera morototoni e Himatanthus bracteatus.
Aquelas espécies com maior IVI foram: Tapirira guianensis Attalea burretiana, Himatanthus
bracteatus, Schefflera morototoni e Artocarpus heterophyllus. Para esse remanescente foi
observada densidade absoluta de 1165 ind.ha-1 e índice de diversidade de Shannon-Wiener de
2,977 nat.ind-1.
No tocante à distribuição de frequência em intervalos de classe de altura, foi observada a
concentração dos valores nas classes 5-12 com 45,06% e >12m com 39,91% dos indivíduos
(gráfico 27). Para o diâmetro, foi observada concentração nas classes <8 e >18 com valor de
36,05% para as duas classes (gráfico 28).
Esses dados corroboram com uma arquitetura vegetacional secundária, com predominância do
estágio médio de regeneração.
Tabela 32 – Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata
Atlântica da Pedreira Valéria, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de
importância (IVI). Descritores quantitativos: Ni = número de indivíduos; DA = densidade absoluta (ind.ha-1);
DR = densidade relativa (%); DoA = dominância absoluta (m².ha-1); DoR = dominância relativa (%); FA =
frequência absoluta; FR = frequência relativa (%); IVI = índice do valor de importância (DR+DoR+FR)(%); IVC
= índice do valor de cobertura (DR +DoR)(%); AB = área basal (m².0,20 ha-1).
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Tapirira guianensis 33 165 14,16 7,44 20,66 90 8,91 43,74 34,83 1,5
Attalea burretiana 20 100 8,58 5,15 14,31 70 6,93 29,82 22,89 1,03
Himatanthus
bracteatus 21 105 9,01 2,96 8,22 80 7,92 25,16 17,24 0,59
Schefflera
morototoni 14 70 6,01 3,7 10,29 80 7,92 24,22 16,29 0,74
Morto 23 115 9,87 1,88 5,21 90 8,91 23,99 15,08 0,38
182
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Artocarpus
heterophyllus 18 90 7,73 4,39 12,21 30 2,97 22,9 19,93 0,88
Henriettea succosa 17 85 7,3 0,37 1,04 80 7,92 16,25 8,33 0,07
Inga laurina 10 50 4,29 1,5 4,17 30 2,97 11,44 8,47 0,3
Albizia polycephala 5 25 2,15 1,5 4,17 30 2,97 9,28 6,31 0,3
Siparuna guianensis 8 40 3,43 0,32 0,9 40 3,96 8,3 4,33 0,06
Simarouba amara 5 25 2,15 0,51 1,41 40 3,96 7,52 3,56 0,10
Tovomita choisyana 8 40 3,43 0,24 0,67 30 2,97 7,07 4,1 0,05
Byrsonima sericea 4 20 1,72 1,1 3,05 20 1,98 6,75 4,77 0,22
Elaeis guineensis 2 10 0,86 1,25 3,49 20 1,98 6,32 4,34 0,25
Cupania rugosa 6 30 2,58 0,08 0,23 30 2,97 5,77 2,8 0,02
Attalea
salvadorensis 4 20 1,72 0,96 2,67 10 0,99 5,37 4,38 0,19
Miconia minutiflora 6 30 2,58 0,17 0,48 20 1,98 5,04 3,06 0,03
Bowdichia
virgilioides 1 5 0,43 1,12 3,12 10 0,99 4,54 3,55 0,22
Erythroxylum
squamatum 5 25 2,15 0,14 0,38 20 1,98 4,51 2,53 0,02
Miconia holosericea 3 15 1,29 0,11 0,31 20 1,98 3,57 1,59 0,02
Ficus sp. 3 15 1,29 0,03 0,07 20 1,98 3,34 1,36 0,01
Psychotria sp. 2 10 0,86 0,04 0,12 20 1,98 2,96 0,98 0,01
Thyrsodium
spruceanum 2 10 0,86 0,03 0,08 20 1,98 2,92 0,94 0,01
Miconia prasina 2 10 0,86 0,03 0,07 20 1,98 2,91 0,93 0,01
Eschweilera ovata 1 5 0,43 0,4 1,11 10 0,99 2,52 1,53 0,08
Cecropia
pachystachya 1 5 0,43 0,25 0,7 10 0,99 2,12 1,13 0,05
Bactris ferruginea 2 10 0,86 0,09 0,24 10 0,99 2,09 1,1 0,02
Cordia pilosa 2 10 0,86 0,06 0,16 10 0,99 2,01 1,02 0,01
Pogonophora
schomburgkiana 1 5 0,43 0,07 0,2 10 0,99 1,62 0,63 0,01
Luehea divaricata 1 5 0,43 0,03 0,1 10 0,99 1,52 0,53 0,01
183
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Cipó 1 5 0,43 0,03 0,08 10 0,99 1,5 0,5 0,01
Guatteria pogonopus 1 5 0,43 0,02 0,06 10 0,99 1,48 0,49 <0,01
Guapira opposita 1 5 0,43 0,01 0,04 10 0,99 1,46 0,47 <0,01
Total 233 1165 100 35,99 100 1010 100 300 200 7,20
184
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Gráfico 27 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Pedreira Valéria, Salvador-BA fevereiro de 2011 a outubro de 2012.
Gráfico 28 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro à altura do peito (DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Pedreira Valéria, Salvador-BA fevereiro de 2011 a outubro de 2012.
185
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
No estrato arbóreo, ocorreram as espécies Tapirira guianensis (pau-pombo), Attalea
burretiana (indaiá), Artocarpus heterophyllus, Himatanthus bracteatus (janaúba), Schefflera
morototoni (matataúba), Inga laurina (ingá), Henriettea succosa, Albizia polycephala,
Byrsonima sericea (murici), Attalea salvadorensis, Elaeis guineensis (dendê), Siparuna
guianensis, Tovomita choisyana, Simarouba amara (pau-paraíba), Bowdichia virgilioides
(sucupira), Miconia minutiflora (mundururu), Cupania rugosa, Erythroxylum squamatum,
Miconia holosericea, Eschweilera ovata (biriba), Cecropia pachystachya (imbaúba), Bactris
ferruginea (mané-veio), Cordia pilosa, Thyrsodium spruceanum, Miconia prasina,
Pogonophora schomburgkiana, Luehea divaricata, Guatteria pogonopus e Guapira opposita.
No estrato herbáceo registraram-se Olyra latifolia, Heliconia psittacorum, Oeceoclades
maculata, Stromanthe porteana, Piper spp, Scleria bracteata, Rhynchospora cephalotes,
indivíduos jovens das famílias Fabaceae, Myrtaceae, Boraginaceae, Dilleniaceae,
Melastomataceae, Arecaceae, Sapindaceae.
A vegetação com as características acima mencionadas ocorre em aproximadamente 96,740
ha deste remananescente, que corresponde ao estágio médio de regeneração. O estágio
avançado foi registrado em 0,876 ha. Não foi registrado o estágio inicial. Assim, a mata
existente no remanescente Pedreira Valéria é Floresta Ombrófila Densa, Mata Atlântica, com
a vegetação secundária nos estágios sucessionais médio a avançado, definidos conforme a
Resolução CONAMA 005/1994. Entretanto, há predominância da vegetação secundária no
estágio médio de regeneração.
186
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Figura 42 - Remanescente Pedreira Valéria, Equipamentos de britagem da pedreira Valéria e lagoa com vegetação arbórea no entorno.
Figura 43 - Remanescente Pedreira Valéria, estrato arbóreo.
187
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
188
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
2.3.15 Remanescente Posto TIC
No remanescente Posto TIC foram amostrados 73 indivíduos vivos e mortos ainda em pé em
uma área total de 0,08 ha. Das parcelas implantadas, verificou-se que as 4 estão localizadas no
estágio médio, conforme a Resolução CONAMA 005/1994 (Tabela 33).
Tabela 33. Parâmetros amostrados nas parcelas implantadas no remanescente de Posto TIC,
Salvador, BA. Ni = número de indivíduos; TotRam = total de ramos; NSpp = número de espécies; AltMax =
altura máxima; AltMed = altura média; DAPMax = diâmetro máximo; DAPMed = diâmetro médio; AreaBas =
área basal; ER=Estágio de Regeneração .
Parcelas Ni TotRam NSpp AltMax AltMed DAPMax DAPMed AreaBas ER
1 13 18 8 15 7,72 31,19 16,12 0,78 Médio
2 12 15 7 21 10,33 95,49 17,65 1,69 Médio
3 31 34 10 20 8,79 64,62 17,88 1,21 Médio
4 17 19 6 26 10,24 91,04 17,38 1,11 Médio
A mata existente possui fisionomia predominantemente arbórea baixa, com seus estratos
diferenciados, altura média de 9,26 e DAP médio de 17,25 cm. A cobertura arbórea é
predominantemente fechada, com indivíduos emergentes atingindo cerca de 26 m.
Foram registradas 17 famílias, incluindo 18 gêneros e 19 espécies. No arranjo fitossociológico
(tabela 34), as espécies de maior frequência foram Guarea guidonia e Tapirira guianensis
ambas com 75% seguidas de Miconia minutiflora, Protium heptaphyllum, Erythroxyllum
citrifolium, Byrsonima sericea e Artocarpus heterophyllus com 50% cada. Com relação à
dominância absoluta destacam-se as espécies Artocarpus heterophyllus, Ficus pulchella,
Tapirira guianensis e Spondias mombin. Aquelas espécies com maior IVI foram: Artocarpus
heterophyllus, Tapirira guianensis, Ficus pulchella, Guarea guidonia e Schefflera
morototoni. Para esse remanescente foi observado densidade absoluta de 912,5 ind.ha-1 e
índice de diversidade de Shannon-Wiener de 2.656 nat.ind-1.
189
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
No tocante à distribuição de frequência em intervalos de classe de altura, foi observada a
concentração dos valores na classe 5-12m com 61,64% (gráfico 29). Para o diâmetro, a amior
distribuição foi observada na classe 8-18 com 41,10% seguido da classe <8 com 35,62%
(gráfico 30).
Esses dados corroboram com uma arquitetura vegetacional secundária, com predominância do
estágio médio de regeneração.
Tabela 34 - Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata
Atlântica do Posto TIC, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de importância
(IVI). Descritores quantitativos: Ni = número de indivíduos; DA = densidade absoluta (ind.ha-1); DR =
densidade relativa (%); DoA = dominância absoluta (m².ha-1); DoR = dominância relativa (%); FA = frequência
absoluta; FR = frequência relativa (%); IVI = índice do valor de importância (DR+DoR+FR); IVC = índice do
valor de cobertura (DR +DoR); AB = área basal (m².0,08 ha-1).
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Artocarpus heterophyllus 13 162,5 17,81 19,44 41,10 50 6,45 65,36 58,91 1,56
Tapirira guianensis 10 125,0 13,70 7,24 15,31 75 9,68 38,69 29,01 0,58
Ficus pulchella 1 12,5 1,37 8,14 17,20 25 3,23 21,80 18,57 0,65
Guarea guidonia 5 62,5 6,85 1,35 2,86 75 9,68 19,39 9,71 0,11
Schefflera morototoni 9 112,5 12,33 1,69 3,57 25 3,23 19,13 15,90 0,14
Byrsonima sericea 7 87,5 9,59 0,77 1,63 50 6,45 17,67 11,22 0,06
Spondias mombin 2 25,0 2,74 4,72 9,98 25 3,23 15,94 12,72 0,38
Morto 3 37,5 4,11 0,88 1,87 50 6,45 12,43 5,98 0,07
Himatanthus bracteatus 3 37,5 4,11 0,81 1,71 50 6,45 12,27 5,82 0,06
Erythroxyllum
citrifolium 3 37,5 4,11 0,18 0,38 50 6,45 10,94 4,49 0,01
Protium heptaphyllum 2 25,0 2,74 0,12 0,25 50 6,45 9,44 2,99 0,01
Miconia minutiflora 2 25,0 2,74 0,06 0,12 50 6,45 9,31 2,86 0,01
Myrtaceae sp. 3 37,5 4,11 0,31 0,65 25 3,23 7,98 4,76 0,02
Curatella americana 2 25,0 2,74 0,89 1,88 25 3,23 7,85 4,62 0,07
Maytenus distichophylla 2 25,0 2,74 0,32 0,69 25 3,23 6,65 3,43 0,03
Xylopia sericea 2 25,0 2,74 0,08 0,18 25 3,23 6,14 2,92 0,01
Allophylus laevigatus 1 12,5 1,37 0,15 0,31 25 3,23 4,91 1,68 0,01
190
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Ocotea sp. 1 12,5 1,37 0,10 0,20 25 3,23 4,80 1,57 0,01
Genipa americana 1 12,5 1,37 0,03 0,06 25 3,23 4,66 1,43 0,01
Eschweilera ovata 1 12,5 1,37 0,03 0,06 25 3,23 4,66 1,43 0,01
Total 73 912,5 100 47,30 100 775 100 300 200 3,78
191
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Gráfico 29 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Posto TIC, Salvador-BA fevereiro de 2011 a outubro de 2012.
Gráfico 30 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do peito (DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Posto TIC, Salvador-BA fevereiro de 2011 a outubro de 2012.
192
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
No estrato arbóreo ocorreu Artocarpus heterophyllus, Tapirira guianensis, Ficus pulchella,
Guarea guidonia, Schefflera morototoni, Byrsonima sericea, Spondias mombin, Himatanthus
bracteatus, Erythroxyllum citrifolium, Protium heptaphyllum, Miconia minutiflora, Curatella
americana, Maytenus distichophylla, Xylopia sericea, Allophylus laevigatus, Genipa
americana e Eschweilera ovata. No subosque encontram-se Cordia nodosa, Inga ciliata,
Licania sp, Miconia albicans, indivíduos jovens de Artocarpus heterophyllus e Piper spp. No
estrato herbáceo desenvolvem espécies das famílias Heliconiaceae, Poaceae (Olyra),
Orchidaceae (Oeceoclades), Rubiaceae, Cyperaceae, Commelinaceae (Tradescantia), Araceae
(Aglonema) e representantes de Monilophytas dos gêneros (Adiantum, Thelypteris, Lygodium)
e poucas trepadeiras das famílias Sapindaceae, Cucurbitaceae e Dilleniaceae.
A vegetação com as características acima mencionadas ocorre nesse remananescente em
9,465 ha, que carateriza essa área como estágio médio de regeneração conforme definido pela
Resolução CONAMA 005/1994.
193
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Figura 45 - Remanescente Posto TIC, Vista parcial do fragmento.
Figura 46 - Remanescente Posto TIC, Rizóforos (raizes suspensas) de hemiepífitas sobre troncos.
194
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
195
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
2.3.16 Remanescente Trobogy
No remanescente Trobogy foram amostrados 884 indivíduos vivos e mortos ainda em pé, em
uma área total de 0,54 ha. Das parcelas implantadas, verificou-se que 3 estão localizadas no
estágio inicial e 24 no estágio médio de regeneração, conforme a Resolução CONAMA
005/1994 (Tabela 35).
Tabela 35. Parâmetros amostrados nas parcelas implantadas no remanescente de Trobogy,
Salvador, BA. Ni = número de indivíduos; TotRam = total de ramos; NSpp = número de espécies; AltMax =
altura máxima; AltMed = altura média; DAPMax = diâmetro máximo; DAPMed = diâmetro médio; AreaBas =
área basal; ER=Estágio de Regeneração .
Parcelas Ni TotRam NSpp AltMax AltMed DAPMax DAPMed AreaBas ER
1 27 28 18 18 10,19 37,88 14,00 0,62 Médio
2 32 41 13 15 7,55 40,58 9,8 0,4 Médio
3 29 44 15 22 11,29 41,71 14,70 0,75 Médio
4 27 39 14 10 6,11 37,72 10,44 0,36 Médio
5 39 46 8 16 4,87 21,17 7,18 0,25 Inicial
6 75 104 19 7 4,27 25,39 6,58 0,43 Inicial
7 41 46 17 15 7,44 25,78 8,90 0,35 Médio
8 28 40 13 10 6,11 21,96 9,16 0,23 Médio
9 32 52 10 8 5,41 27,06 11,39 0,51 Médio
10 31 37 9 15 6,47 35,65 9,32 0,30 Médio
11 52 103 17 12 4,50 31,19 7,48 0,41 Inicial
12 37 57 14 20 9,54 30,57 9,97 0,38 Médio
13 18 37 14 23 8,97 62,39 11,70 0,48 Médio
14 22 34 11 25 11,61 54,18 14,90 0,78 Médio
15 31 38 15 15 9,71 28,85 11,84 0,42 Médio
196
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
16 31 33 17 25 11,24 29,43 13,84 0,59 Médio
17 34 37 13 20 9,75 25,78 12,85 0,55 Médio
18 28 33 15 21 9,45 33,42 12,48 0,52 Médio
19 54 59 19 18 7,18 40,39 9,58 0,66 Médio
20 22 29 10 15 9,14 33,1 14,00 0,45 Médio
21 24 33 11 16 10,88 33,74 14,19 0,49 Médio
22 21 25 12 19 10,45 55,39 14,39 0,47 Médio
23 29 48 8 25 11,79 41,06 13,65 0,55 Médio
24 22 30 12 23 9,68 35,01 12,24 0,35 Médio
25 31 38 14 18 8,15 23,04 9,16 0,26 Médio
26 32 46 13 20 9,15 54,11 15,50 0,83 Médio
27 35 39 15 23 10,46 46,33 15,84 0,82 Médio
A mata existente possui fisionomia predominantemente arbórea, com seus estratos
diferenciados, altura média de 8,43 m e DAP médio de 11,67 cm. A cobertura arbórea é
predominantemente fechada, com indivíduos emergentes atingindo cerca de 26 m.
Foram registradas 36 famílias, 52 gêneros e 72 espécies incluindo lianas. No arranjo
fitossociológico (tabela 36), as espécies de maior frequência foram Tapirira guianensis,
Himatanthus bracteatus, Byrsonima sericea, Schefflera morototoni, Protium heptaphyllum e
Bowdichia virgilioides todas com frequência superior a 50%. Com relação à dominância
absoluta destacam-se as espécies Tapirira guianensis, Himatanthus bracteatus, Schefflera
morototoni e Bowdichia virgilioides. Aquelas espécies com maior IVI foram: Tapirira
guianensis, Himatanthus bracteatus, Schefflera morototoni, Byrsonima sericea, Bowdichia
virgilioides. Para esse remanescente foi observado densidade absoluta de 1638 ind.ha-1 e
índice de diversidade de Shannon-Wiener de 3,37 nat.ind-1.
197
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
No tocante à distribuição de frequência em intervalos de classe de altura, foi observada a
concentração dos valores na classe 5-12m com 65,50% dos indivíduos (gráfico 31). Para o
diâmetro, foi observada maior distribuição na classe <8 com 45,59% seguida da classe 8-18
com 37,67% (gráfico 32).
Esses dados corroboram com uma arquitetura vegetacional secundária, com predominância do
estágio médio de regeneração.
Tabela 36 - Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata
Atlântica de Trobogy, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de importância
(IVI). Descritores quantitativos: Ni = número de indivíduos; DA = densidade absoluta (ind.ha-1); DR =
densidade relativa (%); DoA = dominância absoluta (m².ha-1); DoR = dominância relativa (%); FA = frequência
absoluta; FR = frequência relativa (%); IVI = índice do valor de importância (DR+DoR+FR); IVC = índice do
valor de cobertura (DR +DoR); AB = área basal (m².0,54 ha-1).
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Tapirira guianensis 159 294,4 17,99 5,98 22,79 100,0 7,36 48,13 40,77 3,23
Himatanthus bracteatus 81 150,0 9,16 2,20 8,40 85,19 6,27 23,83 17,56 1,19
Morta 73 135,2 8,26 1,61 6,15 81,48 5,99 20,40 14,41 0,87
Schefflera morototoni 56 103,7 6,33 1,88 7,18 62,96 4,63 18,15 13,52 1,02
Byrsonima sericea 51 94,4 5,77 1,38 5,27 77,78 5,72 16,76 11,04 0,75
Bowdichia virgilioides 16 29,6 1,81 1,84 7,02 51,85 3,81 12,65 8,83 0,99
Syagrus coronata 17 31,5 1,92 1,23 4,70 40,74 3,00 9,62 6,62 0,67
Henriettea succosa 35 64,8 3,96 0,37 1,41 48,15 3,54 8,91 5,37 0,20
Protium heptaphyllum 28 51,9 3,17 0,42 1,59 51,85 3,81 8,57 4,76 0,22
Syagrus schizophylla 15 27,8 1,70 0,94 3,59 29,63 2,18 7,46 5,28 0,51
Inga thibaudiana 19 35,2 2,15 0,48 1,84 37,04 2,72 6,72 3,99 0,26
Myrsine umbellata 18 33,3 2,04 0,58 2,20 29,63 2,18 6,41 4,23 0,31
Eschweilera ovata 19 35,2 2,15 0,28 1,07 33,33 2,45 5,67 3,22 0,15
Myrcia sp. 24 44,4 2,71 0,18 0,67 25,93 1,91 5,29 3,38 0,09
Stryphnodendron pulcherrimum 5 9,3 0,57 0,95 3,62 14,81 1,09 5,27 4,18 0,51
Attalea burretiana 7 13,0 0,79 0,75 2,85 22,22 1,63 5,27 3,64 0,40
198
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Curatella americana 17 31,5 1,92 0,26 0,97 29,63 2,18 5,08 2,90 0,14
Simarouba amara 6 11,1 0,68 0,75 2,88 18,52 1,36 4,92 3,56 0,41
Vochysia lucida 17 31,5 1,92 0,53 2,02 11,11 0,82 4,77 3,95 0,29
Psychotria carthagenensis 14 25,9 1,58 0,13 0,49 29,63 2,18 4,25 2,07 0,07
Allophylus laevigatus 15 27,8 1,70 0,15 0,55 25,93 1,91 4,16 2,25 0,08
Hieronyma alchorneoides 7 13,0 0,79 0,49 1,85 14,81 1,09 3,73 2,64 0,26
Cipó 11 20,4 1,24 0,06 0,21 29,63 2,18 3,64 1,46 0,03
Myrtaceae 03 13 24,1 1,47 0,08 0,29 22,22 1,63 3,40 1,76 0,04
Cupania sp. 10 18,5 1,13 0,12 0,46 22,22 1,63 3,23 1,59 0,06
Myrcia splendens 11 20,4 1,24 0,06 0,22 22,22 1,63 3,10 1,46 0,03
Psidium sp. 11 20,4 1,24 0,08 0,30 14,81 1,09 2,63 1,54 0,04
Miconia prasina 8 14,8 0,90 0,06 0,24 18,52 1,36 2,50 1,14 0,03
Thyrsodium spruceanum 8 14,8 0,90 0,03 0,13 18,52 1,36 2,40 1,04 0,02
Coccoloba mollis 5 9,3 0,57 0,07 0,28 18,52 1,36 2,21 0,85 0,04
Eugenia sp. 6 11,1 0,68 0,02 0,09 18,52 1,36 2,13 0,77 0,01
Elaeis guineensis 1 1,9 0,11 0,45 1,70 3,70 0,27 2,09 1,81 0,24
Pera glabrata 4 7,4 0,45 0,13 0,49 14,81 1,09 2,04 0,95 0,07
Attalea salvadorensis 2 3,7 0,23 0,32 1,24 7,41 0,54 2,01 1,46 0,17
Myrtaceae 04 9 16,7 1,02 0,10 0,39 7,41 0,54 1,96 1,41 0,05
Desconhecida 01 2 3,7 0,23 0,30 1,15 7,41 0,54 1,92 1,37 0,16
Cordia sagotii 7 13,0 0,79 0,07 0,27 11,11 0,82 1,88 1,06 0,04
Myrcia silvatica 5 9,3 0,57 0,06 0,23 11,11 0,82 1,61 0,79 0,03
Miconia minutiflora 5 9,3 0,57 0,04 0,15 11,11 0,82 1,53 0,71 0,02
Casearia commersoniana 4 7,4 0,45 0,02 0,09 11,11 0,82 1,36 0,54 0,01
Myrcia guianensis 7 13,0 0,79 0,06 0,22 3,70 0,27 1,29 1,02 0,03
Desconhecido 02 5 9,3 0,57 0,12 0,45 3,70 0,27 1,29 1,01 0,06
Gochnatia oligocephala 3 5,6 0,34 0,03 0,10 11,11 0,82 1,26 0,44 0,01
Guazuma ulmifolia 2 3,7 0,23 0,17 0,65 3,70 0,27 1,15 0,88 0,09
Jacaranda obovata 3 5,6 0,34 0,04 0,13 7,41 0,54 1,02 0,47 0,02
Pilocarpus sp. 3 5,6 0,34 0,03 0,12 7,41 0,54 1,01 0,46 0,02
199
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Inga laurina 3 5,6 0,34 0,03 0,12 7,41 0,54 1,00 0,46 0,02
Andira fraxinifolia 3 5,6 0,34 0,02 0,07 7,41 0,54 0,96 0,41 0,01
Myrtaceae 01 3 5,6 0,34 0,01 0,04 7,41 0,54 0,93 0,38 0,01
Tibouchina candolleana 2 3,7 0,23 0,03 0,10 7,41 0,54 0,87 0,33 0,01
Clusia nemorosa 2 3,7 0,23 0,02 0,08 7,41 0,54 0,85 0,30 0,01
Miconia alborufescens 2 3,7 0,23 0,01 0,04 7,41 0,54 0,81 0,27 0,01
Erythroxylum mucronatum 2 3,7 0,23 0,01 0,04 7,41 0,54 0,81 0,27 0,01
Desconhecido 03 2 3,7 0,23 0,01 0,03 7,41 0,54 0,80 0,25 0,01
Virola sp. 1 1,9 0,11 0,06 0,24 3,70 0,27 0,63 0,36 0,03
Abarema filamentosa 2 3,7 0,23 0,01 0,03 3,70 0,27 0,53 0,26 0,01
Bractis ferruginea 2 3,7 0,23 0,01 0,03 3,70 0,27 0,53 0,26 0,01
Cordia sp. 1 1,9 0,11 0,02 0,07 3,70 0,27 0,45 0,18 0,01
Annona sp. 1 1,9 0,11 0,02 0,06 3,70 0,27 0,45 0,18 0,01
Pouteria sp. 1 1,9 0,11 0,01 0,05 3,70 0,27 0,43 0,16 0,01
Calyptranthes sp. 1 1,9 0,11 0,01 0,03 3,70 0,27 0,42 0,15 0,01
Siparuna guianensis 1 1,9 0,11 0,01 0,03 3,70 0,27 0,42 0,14 0,01
Anacardium occidentale 1 1,9 0,11 0,01 0,03 3,70 0,27 0,42 0,14 0,01
Sapium glandulatum 1 1,9 0,11 0,01 0,03 3,70 0,27 0,41 0,14 0,01
Maytenus distichophylla 1 1,9 0,11 0,01 0,03 3,70 0,27 0,41 0,14 0,01
Psidium guineensis 1 1,9 0,11 0,01 0,02 3,70 0,27 0,41 0,13 0,01
Chomelia anisomeris 1 1,9 0,11 <0,01 0,02 3,70 0,27 0,40 0,13 0,01
Ficus gomelleira 1 1,9 0,11 <0,01 0,01 3,70 0,27 0,40 0,13 0,01
Myrtaceae 02 1 1,9 0,11 <0,01 0,01 3,70 0,27 0,40 0,13 0,01
Cordia pilosa 1 1,9 0,11 <0,01 0,01 3,70 0,27 0,40 0,13 0,01
Cupania rugosa 1 1,9 0,11 <0,01 0,01 3,70 0,27 0,40 0,13 0,01
Cecropia sp. 1 1,9 0,11 <0,01 0,01 3,70 0,27 0,40 0,13 0,01
Vismia guianensis 1 1,9 0,11 <0,01 0,01 3,70 0,27 0,40 0,13 0,01
Total 884 1638 100 26,2 100 1359 100 300 200 14,2
200
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Gráfico 31 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Trobogy, Salvador-BA fevereiro de 2011 a outubro de 2012.
Gráfico 32 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro da altura do peito (DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Trobogy, Salvador-BA fevereiro de 2011 a outubro de 2012.
201
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
No estrato arbóreo, ocorreram as espécies Tapirira guianensis (pau-pombo), Himatanthus
bracteatus (janaúba), Schefflera morototoni (matataúba), Byrsonima sericea (murici),
Bowdichia virgilioides (sucupira), Syagrus coronata (licuri), Henriettea succosa, Protium
heptaphyllum (amescla), Syagrus schizophylla (licurioba), Inga thibaudiana (ingá), Myrsine
umbellata (pororoca), Eschweilera ovata (biriba), Stryphnodendron pulcherrimum, Attalea
burretiana (indaiá), Curatella americana (lixeira), Simarouba amara (pau-paraíba), Vochysia
lucida (pau-de-tucano), Psychotria carthagenensis, Allophylus laevigatus (xau-xau),
Hieronyma alchorneoides, Myrcia splendens, Miconia prasina, Thyrsodium spruceanum,
Coccoloba mollis, Elaeis guineensis (dendê), Pera glabrata (sete-capote), Attalea
salvadorensis, Cordia sagotii, Myrcia silvatica, Miconia minutiflora (mundururu), Casearia
commersoniana, Myrcia guianensis, Gochnatia oligocephala, Guazuma ulmifolia, Jacaranda
obovata, Inga laurina (ingá), Andira fraxinifolia, Tibouchina candolleana, Clusia nemorosa,
Miconia alborufescens, Erythroxylum mucronatum, Bractis ferruginea (mané-veio), Abarema
filamentosa, Siparuna guianensis, Anacardium occidentale, Sapium glandulosum, Psidium
guineensis, Maytenus distichopylla, Vismia guianensis, Ficus gomelleira, Cupania rugosa,
Cordia pilosa e Chomelia anisomeris.
No subosque encontram-se indivíduos jovens do estrato arbóreo além de indivíduos dos
gêneros, Vismia, Miconia, Clidemia, Cordia, Elaeis, Myrcia, Syagrus, Guettarda, Allophylus,
Erythroxulum. No estrato herbáceo destacam-se Poaceae com o gênero Olyra, Lecythidaceae,
Burseraceae, Orchidaceae (Oeceoclades) e Heliconia. Na área ocorrem poucas trepadeiras e
lianas com destaque para os gêneros Lygodium, Philodendron, Cissus, Passiflora, Vanilla,
Davilla e Dioscorea.
A vegetação com as características acima mencionadas ocorre em aproximadamente 259,430
hectares deste remananescente, que corresponde ao estágio médio de regeneração. No entanto,
foram identificados trechos com fisionomia herbácea/arbustiva de porte baixo, com altura
média de 5,91 m e DAP médio de 7,06 cm, que corresponde ao estágio inicial de regeneração
com cobertura apoximada de 168,241 hectares. Assim, a mata existente na área do Trobogy é
um remanescente de Floresta Ombrófila Densa, Mata Atlântica, com a vegetação secundária
em estágios sucessionais inicial e médio, definidos conforme a Resolução CONAMA
202
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
005/1994. Entretanto, há predomância da vegetação secundária no estágio médio de
regeneração.
203
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Figura 48 - Remanescente Trobogy, Vista geral da vegetação.
Figura 49 - Remanescente Trobogy, estrato arbóreo.
204
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
205
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
2.3.17 Remanescente 19º Batalhão de Caçadores do Exército - 19° BC
No remanescente 19º BC foram amostrados 305 indivíduos vivos e mortos ainda em pé, em
uma área total de 0,22 ha. Das parcelas implantadas, verificou-se que 1está localizada no
estágio inicial, 9 no estágio médio e 3 no estágio avançado de regeneração, conforme a
Resolução CONAMA 005/1994 (Tabela 37).
Tabela 37. Parâmetros amostrados nas parcelas implantadas no remanescente de Mata
Atlântica do 19BC, Salvador, BA. Ni = número de indivíduos; TotRam = total de ramos; NSpp = número
de espécies; AltMax = altura máxima; AltMed = altura média; DAPMax = diâmetro máximo; DAPMed =
diâmetro médio; AreaBas = área basal; ER=Estágio de Regeneração .
Parcelas Ni TotRam NSpp AltMax AltMed DAPMax DAPMed AreaBas ER
1 26 29 12 25 10,13 41,32 14,38 0,64 Médio
2 39 67 12 12 4,83 21,33 7,81 0,28 Inicial
3 35 39 18 25 10,13 55,52 13,20 0,78 Médio
4 22 23 10 25 9,8 37,24 14,48 0,53 Médio
5 39 40 16 30 10,87 55,07 13,91 1,01 Médio
6 21 25 9 15 8,43 25,92 11,48 0,23 Médio
7 27 30 11 18 9,2 45,2 13,62 0,64 Médio
8 32 34 11 25 9,19 92,31 17,59 1,97 Médio
9 19 21 10 14 8,92 27,22 12,95 0,32 Médio
10 20 36 9 18 10,75 38,05 17,33 0,73 Médio
11 25 25 13 25 12 56,97 18,72 1,07 Avançado
A mata existente possui fisionomia predominantemente arbórea, com seus estratos
diferenciados, altura média de 9,48 m e DAP médio de 14,16 cm. A cobertura arbórea é
predominantemente fechada, com indivíduos emergentes atingindo cerca de 30 m.
206
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Foram registradas 27 famílias, incluindo 42 gêneros e 46 espécies. No arranjo fitossociológico
(tabela 38), as espécies de maior frequência foram Himatanthus bracteatus, Tapirira
guianensis, Protium heptaphyllum, Xylopia sericea e Schefflera morototoni com frequência
absoluta superior a 60 % cada uma. Com relação à dominância absoluta destacam-se as
espécies Tapirira guianensis, Spondias mombin, Simarouba amara, Tamarindus indica e
Himatanthus bracteatus em ordem decrescente. Aquelas espécies com maior IVI foram:
Tapirira guianensis, Himatanthus bracteatus, Protium heptaphyllum e Simarouba amara.
Para esse remanescente foi observada densidade absoluta de 1386,4 ind.ha-1 e índice de
diversidade de Shannon-Wiener de 3,262 nat.ind-1.
No tocante à distribuição de frequência em intervalos de classe de altura foi observada a
concentração dos valores na classe 5-12 m com 62,95% dos indivíduos (gráfico 33). Para o
diâmetro, observou-se uma distribuição uniforme entre as classes <8 e de 8-18 cm com 39,02
e 38,03% respectivamente (gráfico 34).
Esses dados corroboram com uma arquitetura vegetacional secundária, com predominância do
estágio médio de regeneração.
Tabela 38 - Parâmetros fitissociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata
Atlântica do19 BC, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de importância (IVI).
Descritores quantitativos: Ni = número de indivíduos; DA = densidade absoluta (ind.ha-1); DR = densidade
relativa (%); DoA = dominância absoluta (m².ha-1); DoR = dominância relativa (%); FA = frequência absoluta;
FR = frequência relativa (%); IVI = índice do valor de importância (DR+DoR+FR); IVC = índice do valor de
cobertura (DR +DoR); AB = área basal (m².0,22 ha-1).
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Tapirira
guianensis 35 159,1 11,48 6,94 18,63 63,64 5,34 35,45 30,10 1,53
Himatanthus
bracteatus 33 150,0 10,82 2,79 7,50 72,73 6,11 24,43 18,32 0,61
Morto 20 90,9 6,56 1,74 4,68 90,91 7,63 18,87 11,24 0,38
Protium
heptaphyllum 20 90,9 6,56 0,89 2,39 63,64 5,34 14,29 8,95 0,20
207
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Simarouba amara 4 18,2 1,31 3,02 8,10 36,36 3,05 12,46 9,41 0,66
Schefflera
morototoni 11 50,0 3,61 1,22 3,28 63,64 5,34 12,23 6,88 0,27
Xylopia sericea 15 68,2 4,92 0,72 1,94 63,64 5,34 12,20 6,85 0,16
Artocarpus
heterophyllus 17 77,3 5,57 1,26 3,39 36,36 3,05 12,02 8,97 0,28
Myrsine umbellata 17 77,3 5,57 0,96 2,58 45,45 3,82 11,98 8,16 0,21
Eschweilera ovata 10 45,5 3,28 0,86 2,32 45,45 3,82 9,41 5,60 0,19
Spondias mombin 1 4,5 0,33 3,04 8,17 9,09 0,76 9,26 8,50 0,67
Allophylus
laevigatus 12 54,5 3,93 0,49 1,33 45,45 3,82 9,08 5,26 0,11
Thyrsodium
spruceanum 12 54,5 3,93 0,68 1,81 36,36 3,05 8,80 5,75 0,15
Tamarindus indica 1 4,5 0,33 2,84 7,62 9,09 0,76 8,71 7,95 0,62
Bowdichia
virgilioides 5 22,7 1,64 1,66 4,45 18,18 1,53 7,61 6,09 0,37
Gochnatia
oligocephala 16 72,7 5,25 0,51 1,38 9,09 0,76 7,39 6,62 0,11
Ocotea sp. 3 13,6 0,98 1,66 4,46 18,18 1,53 6,97 5,45 0,37
Clusia nemorosa 9 40,9 2,95 0,48 1,29 18,18 1,53 5,76 4,24 0,11
Elaeis guineensis 3 13,6 0,98 1,13 3,05 18,18 1,53 5,56 4,03 0,25
Byrsonima sericea 6 27,3 1,97 0,18 0,48 36,36 3,05 5,50 2,45 0,04
Miconia
minutiflora 6 27,3 1,97 0,12 0,31 36,36 3,05 5,33 2,28 0,03
Myrtaceae 02 4 18,2 1,31 0,06 0,15 36,36 3,05 4,51 1,46 0,01
Ficus gomelleira 2 9,1 0,66 0,82 2,22 18,18 1,53 4,40 2,87 0,18
Henriettea succosa 5 22,7 1,64 0,18 0,49 18,18 1,53 3,66 2,13 0,04
Cordia sagotii 1 4,5 0,33 0,73 1,96 9,09 0,76 3,05 2,29 0,16
Casearia
commersoniana 3 13,6 0,98 0,11 0,30 18,18 1,53 2,81 1,29 0,02
Miconia prasina 3 13,6 0,98 0,10 0,28 18,18 1,53 2,79 1,26 0,02
Mangifera indica 2 9,1 0,66 0,20 0,53 18,18 1,53 2,72 1,19 0,04
208
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Calyptranthes sp. 3 13,6 0,98 0,05 0,13 18,18 1,53 2,64 1,11 0,01
Psychotria
carthagenensis 3 13,6 0,98 0,04 0,11 18,18 1,53 2,62 1,10 0,01
Curatella
americana 2 9,1 0,66 0,11 0,30 18,18 1,53 2,48 0,96 0,02
Pachira glabra. 2 9,1 0,66 0,09 0,25 18,18 1,53 2,43 0,91 0,02
Andira fraxinifolia 2 9,1 0,66 0,08 0,23 18,18 1,53 2,41 0,88 0,02
Albizia
pedicellaris 1 4,5 0,33 0,45 1,22 9,09 0,76 2,31 1,55 0,10
Inga thibaudiana 2 9,1 0,66 0,21 0,56 9,09 0,76 1,98 1,21 0,05
Vismia guianensis 3 13,6 0,98 0,07 0,19 9,09 0,76 1,93 1,17 0,02
Cocos nucifera 1 4,5 0,33 0,26 0,70 9,09 0,76 1,79 1,03 0,06
Campomanesia
dichotoma 1 4,5 0,33 0,12 0,31 9,09 0,76 1,40 0,64 0,03
Eryhroxylum
citrifolia 1 4,5 0,33 0,09 0,24 9,09 0,76 1,33 0,57 0,02
Syagrus coronata 1 4,5 0,33 0,08 0,21 9,09 0,76 1,30 0,53 0,02
Lacistema
robustum 1 4,5 0,33 0,04 0,12 9,09 0,76 1,21 0,45 0,01
Zanthoxylum
rhoifolium 1 4,5 0,33 0,03 0,08 9,09 0,76 1,17 0,40 0,01
Psidium guajava 1 4,5 0,33 0,03 0,08 9,09 0,76 1,17 0,40 0,01
Abarema
filamentosa 1 4,5 0,33 0,02 0,07 9,09 0,76 1,16 0,39 0,01
Cipó 1 4,5 0,33 0,02 0,06 9,09 0,76 1,15 0,39 0,01
Eugenia sp. 1 4,5 0,33 0,02 0,06 9,09 0,76 1,15 0,38 0,01
Myrtaceae 01 1 4,5 0,33 0,01 0,02 9,09 0,76 1,11 0,35 0,01
Total 305 1386,4 100 37,23 100 1190,9 100 300 200 8,19
209
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Gráfico 33 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente 19º BC, Salvador-BA fevereiro de 2011 a outubro de 2012.
Gráfico 34 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro da altura do peito (DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente 19º BC, Salvador-BA fevereiro de 2011 a outubro de 2012.
210
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
No estrato arbóreo ocorrem Tapirira guianensis (pau-pombo), Himatanthus bracteatus
(janaúba), Protium heptaphyllum (amescla), Simarouba amara (pau-paraíba), Schefflera
morototoni (matataúba), Xylopia sericea, Artocarpus heterophyllus, Myrsine umbellata
(pororoca), Eschweilera ovata (biriba), Spondias mombin, Allophylus laevigatus, Thyrsodium
spruceanum, Tamarindus indica, Bowdichia virgilioides (sucupira), Gochnatia oligocephala,
Clusia nemorosa, Elaeis guineensis (dendê), Byrsonima sericea (murici), Miconia
minutiflora, Ficus gomelleira, Henriettea succosa, Cordia sagotii, Casearia commersoniana,
Miconia prasina, Mangifera indica, Psychotria carthagenensis, Curatella americana
(lixeira), Pachira glabra, Andira fraxinifolia, Albizia pedicellaris, Inga thibaudiana (ingá),
Vismia guianensis, Cocos nucifera, Campomanesia dichotoma, Eryhroxylum citrifolia,
Syagrus coronata, Lacistema robustum, Psidium guajava, Zanthoxylum rhoifolium e Abarema
filamentosa.
O subosque está representado pelas espécies: Vismia guianensis (capianga), Miconia albicans,
Miconia minutiflora, Miconia prasina, Henriettea succosa, Clidemia spp, Syagrus coronata
(licuri), Xylopia sericea, Myrsine umbellata, Schefflera morototoni (matataúba), Curatella
americana (lixeira); Hirtella ciliata, Anacardium occidentale (cajueiro), Rhynchospora
cephalotes, Philodendron acutatum, Heliconia psittacorum. Com relação às epífitas, ocorrem
espécies das famílias Araceae, Bromeliaceae, Orchidaceae, Piperaceae, além de briófitas e
monilófitas. Dentre as lianas, ocorrem espécies da família Bignoniaceae (Bignonia sp)
Dilleniaceae (Tetracera sp), Menispermaceae (Chondrodendron sp), Malpighiaceae
(Heteropterys sp, Stigmaphyllon sp) Sapindaceae (Serjania, Paullinia).
A vegetação com as características acima mencionadas ocorre em 105,085 hectares deste
remananescente, que corresponde ao estágio médio de regeneração. No entanto, foram
identificados trechos com fisionomia herbácea/arbustiva de porte baixo, com altura média de
4,8m e DAP médio de 7,8 cm, que corresponde ao estágio inicial de regeneração com
cobertura de 25,407 hectares. Ainda, foram identificados trechos com a fisionomia arbórea
dominante em relação às demais, formando um dossel fechado e relativamente uniforme no
porte, com altura média de 12,11 m e DAP médio de 18,97 cm que corresponde ao estágio
avançado de regeneração com cobertura de 1,881 ha. Assim, a mata existente na área do 19º
211
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
BC é um remanescente de Floresta Ombrófila Densa, Mata Atlântica, com a vegetação
secundária nos três estágios sucessionais, definidos conforme a Resolução CONAMA
005/1994. Entretanto, há predomância da vegetação secundária no estágio médio de
regeneração.
212
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Figura 51 - Remanescente 19º, Vista Geral da vegetação
Figura 52 - Remanescente 19º BC, estrato arbóreo
213
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
214
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
2.3.18 Remanescente Valéria
No remanescente Valéria foram amostrados 135 indivíduos vivos e mortos ainda em pé, em
uma área total de 0,14 ha, distribuídos em 7 parcelas. Das parcelas implantadas, verificou-se
que 7 estão localizadas no estágio médio, conforme a Resolução CONAMA 005/1994 (Tabela
39).
Tabela 39. Parâmetros amostrados nas parcelas implantadas no remanescente de Mata
Atlântica de Valéria, Salvador, BA. Ni = número de indivíduos; TotRam = total de ramos; NSpp =
número de espécies; AltMax = altura máxima; AltMed = altura média; DAPMax = diâmetro máximo; DAPMed
= diâmetro médio; AB = área basal; ER=Estágio de Regeneração (baseado no DAPMed e AltMed).
Parcelas Ni TotRam NSpp AltMax AltMed DAPMax DAPMed AB ER
1 12 36 8 7 5,00 12,73 8,70 0,08 Médio
2 20 23 13 22 12,37 62,38 15,05 0,96 Médio
3 15 16 12 25 10,5 55,39 13,17 0,61 Médio
4 16 20 10 30 12,54 63,66 15,71 1,16 Médio
5 29 38 14 30 11,52 44,88 13,15 0,63 Médio
6 27 35 10 20 12,28 43,61 13,69 0,53 Médio
7 16 38 4 15 9,31 33,47 12,6 0,26 Médio
A mata existente possui fisionomia predominantemente arbórea, com seus estratos
diferenciados, altura média de 10,50 m e DAP médio de 13,72 cm. A cobertura arbórea é
predominantemente fechada, com indivíduos emergentes atingindo 30 m.
Foram registradas 26 famílias botânicas, 34 gêneros e 38 espécies incluindo lianas. No arranjo
fitossociológico (tabela 40), as espécies de maior frequência foram Tapirira guianensis (pau-
pombo); Pera glabrata (tamanqueira); Himatanthus bracteatus (janaúba), Byrsonima sericea
e Schefflera morototoni com freqüência absoluta superior a 50%. Para esse remanescente foi
observado densidade absoluta de 963,6 ind.ha-1 e índice de diversidade de Shannon-Wiener de
215
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
3,02 nat.ind-1. Esses dados corroboram com uma arquitetura vegetacional secundária, com
predominância do estágio médio de regeneração.
No tocante à distribuição de frequência em intervalos de classe de altura, foi observada maior
concentração dos valores nas classes 5-12 m com 48,89% e >12 m com 38,52% dos
indivíduos (Gráfico 35). Para o diâmetro, foi observado maior ocorrência na classe <8 cm
com 39,26 % e distribuição relativamente uniforme entre as classes 8-18 cm e >18 cm com
31,85% e 28,89% respectivamente (Gráfico 36).
Esses dados corroboram com uma arquitetura vegetacional secundária, com predominância do
estágio médio de regeneração.
Tabela 40. Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata
Atlântica de Valéria, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de importância
(IVI). Descritores quantitativos: Ni = número de indivíduos; DA = densidade absoluta (ind.ha-1); DR =
densidade relativa (%); DoA = dominância absoluta (m².ha-1); DoR = dominância relativa (%); FA = frequência
absoluta; FR = frequência relativa (%); IVI = índice do valor de importância (DR+DoR+FR)(%); IVC = índice
do valor de cobertura (DR +DoR)(%); AB = área basal (m².0,14 ha-1).
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Tapirira
guianensis 29 207,1 21,48 7,81 25,82 100 9,86 57,16 47,31 1,09
Pera glabrata 8 57,1 5,93 5,57 18,43 57,14 5,63 29,99 24,36 0,78
Himatanthus
bracteatus 20 142,9 14,81 2,23 7,39 57,14 5,63 27,84 22,21 0,31
Simarouba amara 3 21,4 2,22 3,92 12,98 42,86 4,23 19,43 15,2 0,55
Eriotheca
macrophylla 4 28,6 2,96 2,32 7,66 42,86 4,23 14,85 10,63 0,32
Byrsonima sericea 8 57,1 5,93 0,7 2,33 57,14 5,63 13,89 8,26 0,10
Schefflera
morototoni 7 50 5,19 0,77 2,53 57,14 5,63 13,35 7,72 0,11
Morto 4 28,6 2,96 0,48 1,57 57,14 5,63 10,17 4,53 0,07
Vochysia lucida 2 14,3 1,48 1,33 4,4 28,57 2,82 8,7 5,88 0,19
Henriettea succosa 4 28,6 2,96 0,13 0,41 42,86 4,23 7,6 3,38 0,02
216
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Myrcia splendens 4 28,6 2,96 0,1 0,33 42,86 4,23 7,52 3,29 0,01
Miconia
minutiflora 6 42,9 4,44 0,25 0,84 14,29 1,41 6,69 5,28 0,04
Cecropia glaziovii 3 21,4 2,22 0,31 1,03 28,57 2,82 6,07 3,25 0,04
Bowdichia
virgilioides 1 7,1 0,74 1,13 3,74 14,29 1,41 5,89 4,48 0,16
Attalea sp 1 7,1 0,74 0,82 2,71 14,29 1,41 4,86 3,45 0,11
Cipó 2 14,3 1,48 0,04 0,12 28,57 2,82 4,42 1,6 0,01
Myrsine umbellata 1 7,1 0,74 0,57 1,88 14,29 1,41 4,03 2,62 0,08
Tovomita
choisyana 2 14,3 1,48 0,28 0,92 14,29 1,41 3,81 2,4 0,04
Miconia albicans 2 14,3 1,48 0,12 0,38 14,29 1,41 3,27 1,86 0,02
Abarema
cochliacarpos 2 14,3 1,48 0,11 0,37 14,29 1,41 3,26 1,85 0,02
Miconia prasina 2 14,3 1,48 0,11 0,36 14,29 1,41 3,25 1,84 0,02
Cupania sp 1 7,1 0,74 0,32 1,06 14,29 1,41 3,21 1,8 0,04
Cyathea
microdonta 2 14,3 1,48 0,04 0,14 14,29 1,41 3,03 1,62 0,01
Cordia sp 2 14,3 1,48 0,03 0,11 14,29 1,41 3 1,59 0,00
Clitoria
fairchildiana 1 7,1 0,74 0,22 0,72 14,29 1,41 2,87 1,47 0,03
Tabernaemontana
salzmannii 1 7,1 0,74 0,14 0,47 14,29 1,41 2,62 1,21 0,02
Chamaecrista sp 1 7,1 0,74 0,08 0,26 14,29 1,41 2,41 1,01 0,01
Thyrsodium
spruceanum 1 7,1 0,74 0,06 0,21 14,29 1,41 2,36 0,95 0,01
Arthocarpus
heterophylla 1 7,1 0,74 0,04 0,12 14,29 1,41 2,27 0,86 0,01
Psychotria
carthagenensis 1 7,1 0,74 0,03 0,11 14,29 1,41 2,26 0,85 <0,01
Allophylus
laevigatus 1 7,1 0,74 0,03 0,1 14,29 1,41 2,25 0,84 <0,01
217
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Cecropia
pachystachya 1 7,1 0,74 0,03 0,09 14,29 1,41 2,24 0,83 <0,01
Eschweilera ovata 1 7,1 0,74 0,03 0,08 14,29 1,41 2,23 0,82 <0,01
Maytenus
distichophylla 1 7,1 0,74 0,02 0,07 14,29 1,41 2,22 0,81 <0,01
Pouteria cf.
macrophylla 1 7,1 0,74 0,02 0,06 14,29 1,41 2,21 0,81 <0,01
Eugenia sp 1 7,1 0,74 0,01 0,05 14,29 1,41 2,2 0,79 <0,01
Xylopia sericea 1 7,1 0,74 0,01 0,05 14,29 1,41 2,2 0,79 <0,01
Siparuna
brasiliensis 1 7,1 0,74 0,01 0,05 14,29 1,41 2,2 0,79 <0,01
Vismia guianensis 1 7,1 0,74 0,01 0,04 14,29 1,41 2,19 0,78 <0,01
Total 135 963,6 100 30,23 100 1014,39 100 300 200 4,2322
218
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Gráfico 35 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Valéria, Salvador-BA fevereiro de 2011a novembro de 2012.
Gráfico 36 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do peito (DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Valéria, Salvador-BA fevereiro de 2011a novembro de 2012.
219
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
No estrato arbóreo ocorreram as espécies Tapirira guianensis, Pera glabrata, Himatanthus
bracteatus, Simarouba amara, Eriotheca macrophylla, Byrsonima sericea, Schefflera
morototoni, Vochysia lúcida, Henriettea succosa, Myrcia splendens, Miconia minutiflora,
Cecropia glaziovii, Bowdichia virgilioides, Attalea sp, Myrsine umbellate, Tovomita
choisyana, Miconia albicans, Abarema cochliacarpos, Miconia prasina, Cupania sp, Cyathea
microdonta, Cordia sp, Clitoria fairchildiana, Tabernaemontana salzmannii, Chamaecrista
sp, Thyrsodium spruceanum, Arthocarpus heterophylla, Psychotria carthagenensis,
Allophylus laevigatus, Cecropia pachystachya, Eschweilera ovata, Maytenus distichophylla,
Pouteria cf. macrophylla, Eugenia sp, Xylopia sericea, Siparuna brasiliensis e Vismia
guianensis.
No sub-bosque destacam-se indivíduos jovens do estrato arbóreo como Protium
heptaphyllum, Himatanthus bracteatus, Simarouba amara, Xylopia sericea e Myrsine
umbellata. As trepadeiras e lianas são representadas, principalmente, pelas famílias
Sapindaceae, Dilleniaceae, Fabaceae e Smilacaceae. Do componente exclusivamente
herbáceo citam-se Psychotria spp, Rhynchospora cephalotes, Clidemia spp, Heliconia
psitacorum, Scleria bracteata e Oeceoclades maculata, além de espécies da família Poaceae.
A vegetação com as características acima mencionadas ocorre na extensão de 24,389 hectares
nesse remananescente, que corresponde ao estágio médio de regeneração. Assim, a mata
existente na área de Valéria é um remanescente de Floresta Ombrófila Densa, Mata Atlântica,
com vegetação secundária em estágio médio de regeneração, definido conforme a Resolução
CONAMA 005/1994.
220
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Figura 54 - Remanescente Valéria, estrato arbóreo
Figura 55 - Remanescente Valéria, subosque
221
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
222
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
2.3.19 Ilha de Maré
No remanescente Ilha de Maré foram amostrados 410 indivíduos vivos e mortos ainda em pé,
em uma área total de 0,4 ha, distribuídos em 20 parcelas. Das parcelas implantadas, verificou-
se que 5 estão localizadas no estágio inicial e 15 no estágio médio, conforme a Resolução
CONAMA 005/1994 (Tabela 41).
Tabela 41. Parâmetros amostrados nas parcelas implantadas no remanescente de Mata Atlântica da Ilha de Maré, Salvador, BA. Ni = número de indivíduos; TotRam = total de ramos; NSpp = número de espécies; AltMax = altura máxima; AltMed = altura média; DAPMax = diâmetro máximo; DAPMed = diâmetro médio; AreaBas = área basal; ER=Estágio de Regeneração .
Parcelas Ni TotRam NSpp AltMax AltMed DAPMax DAPMed AreaBas ER
1 23 34 11 25,00 11,80 48,92 17,81 1,27 Médio
2 33 36 10 20,00 10,98 35,65 16,65 0,93 Médio
3 26 52 8 18,00 9,73 33,76 9,02 0,52 Médio
4 35 48 10 18,00 8,34 30,74 12,77 0,81 Médio
5 11 11 10 28,00 15,27 52,84 17,85 0,56 Médio
6 5 10 4 10,00 8,00 20,05 7,62 0,07 Inicial
7 14 18 8 24,00 11,50 95,49 17,83 1,17 Médio
8 21 27 10 18,00 10,33 41,14 15,63 0,70 Médio
9 18 35 13 20,00 9,33 52,17 11,87 0,62 Médio
10 26 33 12 22,00 11,60 75,64 17,24 1,20 Médio
11 14 21 8 20,00 11,64 67,80 12,57 0,59 Médio
12 21 32 11 24,00 11,33 36,24 11,36 0,51 Médio
13 25 48 10 25,00 8,94 45,37 9,44 0,65 Médio
14 28 56 9 15,00 9,43 34,67 7,61 0,38 Inicial
15 29 33 11 25,00 10,22 44,75 14,53 0,80 Médio
16 31 40 12 17,00 10,06 42,65 11,96 0,73 Médio
223
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Parcelas Ni TotRam NSpp AltMax AltMed DAPMax DAPMed AreaBas ER
17 25 50 6 12,00 7,36 28,65 6,68 0,22 Inicial
18 11 34 8 16,00 9,15 45,20 9,42 0,48 Médio
19 7 7 3 5,00 16,86 25,07 7,24 0,28 Inicial
20 7 10 3 5,00 14,43 28,61 7,64 0,26 Inicial
A mata existente possui fisionomia arbóreo-arbustiva, com seus estratos diferenciados, altura
média com variação de 15,27 m a 5,00 m e DAP médio de 17,71 a 7,24 cm. A cobertura
arbórea varia de aberta a fechada, com indivíduos emergentes atingindo 28 m.
Foram registradas 24 famílias botânicas, 40 gêneros e 47 espécies incluindo lianas e a
categoria morto. No arranjo fitossociológico (tabela 42), as espécies de maior frequência
foram Tapirira guianensis, Coccoloba mollis, Chomelia anisomeris e Elaeis guineensis com
freqüência absoluta superior a 50%. Com relação à dominância absoluta destacam-se as
espécies Elaeis guineensis, Tapirira guianensis, Mangifera indica, Coccoloba mollis e Ficus
clusifolia. As espécies com maior IVI foram: Tapirira guianensis, Elaeis guineensis,
Coccoloba mollis, Syagrus coronata e Chomelia anisomeris. Para esse remanescente foi
observado densidade absoluta de 1.025 ind.ha-1 e índice de diversidade de Shannon-Wiener de
3,26 nat.ind-1. Esses dados corroboram com uma arquitetura vegetacional secundária, com
predominância do estágio médio de regeneração.
No tocante à distribuição de frequência em intervalos de classe de altura, foi observada maior
concentração dos valores nas classes 5-12 m com 63,66% e >12 m com 29,27% dos
indivíduos (Gráfico 35). Para o diâmetro, foi observada maior ocorrência na classe <8 cm
com 38,54%, seguida pelas classes >18 cm e 8-18 cm com 32,68% e 28,78% respectivamente
(Gráfico 36).
Esses dados corroboram com uma arquitetura vegetacional secundária, com predominância do
estágio médio de regeneração.
224
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Tabela 42. Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata Atlântica da Ilha de Maré, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de importância (IVI). Descritores quantitativos: Ni = número de indivíduos; DA = densidade absoluta (ind.ha-1); DR = densidade relativa (%); DoA = dominância absoluta (m².ha-1); DoR = dominância relativa (%); FA = frequência absoluta; FR = frequência relativa (%); IVI = índice do valor de importância (DR+DoR+FR)(%); IVC = índice do valor de cobertura (DR +DoR)(%); AB = área basal (m².0,40 ha-1).
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Tapirira guianensis 47 117,5 11,46 4,64 13,70 65,00 7,34 32,50 25,16 1,856
Elaeis guineensis 29 72,5 7,07 6,01 17,74 50,00 5,65 30,47 24,82 2,404
Coccoloba mollis 44 110,0 10,73 2,60 7,67 65,00 7,34 25,75 18,40 1,04
Syagrus schizophylla 35 87,5 8,54 2,34 6,90 25,00 2,82 18,26 15,44 0,936
Chomelia anisomeris 36 90,0 8,78 0,68 2,00 55,00 6,21 16,99 10,78 0,272
Syagrus coronata 17 42,5 4,15 1,67 4,91 30,00 3,39 12,45 9,06 0,668
Machaerium aculeatum
10 25,0 2,44 1,85 5,46 40,00 4,52 12,41 7,89 0,74
Mangifera indica 4 10,0 0,98 2,76 8,13 10,00 1,13 10,24 9,11 1,104
Cecropia glaziovii 12 30,0 2,93 1,13 3,34 35,00 3,95 10,22 6,27 0,452
Guarea guidonia 18 45,0 4,39 0,43 1,27 35,00 3,95 9,62 5,66 0,172
Ficus clusifolia 3 7,5 0,73 2,35 6,92 15,00 1,69 9,35 7,66 0,94
Morto 10 25,0 2,44 0,51 1,50 45,00 5,08 9,02 3,94 0,204
Miconia minutiflora 12 30,0 2,93 0,14 0,41 35,00 3,95 7,29 3,34 0,056
Myrsine guianensis 13 32,5 3,17 0,42 1,24 25,00 2,82 7,23 4,41 0,168
Guazuma ulmifolia 8 20,0 1,95 0,64 1,88 25,00 2,82 6,66 3,83 0,256
Casearia sylvestris 11 27,5 2,68 0,12 0,35 30,00 3,39 6,42 3,03 0,048
Simaba cedron 16 40,0 3,90 0,31 0,93 5,00 0,56 5,40 4,83 0,124
Bowdichia virgilioides 5 12,5 1,22 0,46 1,35 20,00 2,26 4,82 2,56 0,184
Genipa americana 3 7,5 0,73 1,00 2,95 10,00 1,13 4,82 3,69 0,4
Erythroxylum 5 12,5 1,22 0,04 0,12 25,00 2,82 4,17 1,34 0,016
225
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
passerinum
Allophylus laevigatus 5 12,5 1,22 0,29 0,85 15,00 1,69 3,77 2,07 0,116
Inga cf. vera 3 7,5 0,73 0,33 0,99 15,00 1,69 3,41 1,72 0,132
Cipo 4 10,0 0,98 0,04 0,11 20,00 2,26 3,35 1,09 0,016
Byrsonima sericea 4 10,0 0,98 0,21 0,61 15,00 1,69 3,28 1,58 0,084
Cupania bracteosa 6 15,0 1,46 0,15 0,45 10,00 1,13 3,04 1,91 0,06
Ficus gomelleira 2 5,0 0,49 0,36 1,06 10,00 1,13 2,68 1,55 0,144
Cordia restingae 3 7,5 0,73 0,05 0,14 15,00 1,69 2,56 0,87 0,02
Protium heptaphyllum 3 7,5 0,73 0,02 0,07 15,00 1,69 2,49 0,80 0,008
Miconia prasina 5 12,5 1,22 0,04 0,13 10,00 1,13 2,48 1,35 0,016
Schinus terebinthifolius
2 5,0 0,49 0,46 1,35 5,00 0,56 2,40 1,84 0,184
Cupania rugosa 4 10,0 0,98 0,28 0,82 5,00 0,56 2,36 1,80 0,112
Eugenia astringens 4 10,0 0,98 0,05 0,15 10,00 1,13 2,25 1,12 0,02
Inga capitata 1 2,5 0,24 0,40 1,18 5,00 0,56 1,99 1,43 0,16
Myrcia tomentosa 3 7,5 0,73 0,02 0,06 10,00 1,13 1,92 0,79 0,008
Swartzia macrostachya
2 5,0 0,49 0,29 0,87 5,00 0,56 1,92 1,35 0,116
Gochnatia oligocephala
3 7,5 0,73 0,12 0,35 5,00 0,56 1,64 1,08 0,048
Cupania paniculata 3 7,5 0,73 0,06 0,18 5,00 0,56 1,47 0,91 0,024
Hirtella sp. 1 2,5 0,24 0,22 0,65 5,00 0,56 1,46 0,89 0,088
Spondias mombin 2 5,0 0,49 0,09 0,28 5,00 0,56 1,33 0,77 0,036
Myrciaria floribunda 2 5,0 0,49 0,09 0,27 5,00 0,56 1,33 0,76 0,036
Anacardium occidentale
1 2,5 0,24 0,10 0,29 5,00 0,56 1,10 0,53 0,04
226
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Carica papaya 1 2,5 0,24 0,04 0,11 5,00 0,56 0,92 0,35 0,016
Nativo 1 2,5 0,24 0,03 0,10 5,00 0,56 0,91 0,34 0,012
Inga edulis 1 2,5 0,24 0,02 0,07 5,00 0,56 0,88 0,31 0,008
Swartzia apetala 1 2,5 0,24 0,01 0,02 5,00 0,56 0,83 0,27 0,004
Tocoyena formosa 1 2,5 0,24 0,01 0,02 5,00 0,56 0,83 0,27 0,004
Dalbergia ecastaphyllum
1 2,5 0,24 0,01 0,02 5,00 0,56 0,83 0,26 0,004
Vismia guianensis 1 2,5 0,24 0,01 0,02 5,00 0,56 0,83 0,26 0,004
Guapira pernambucensis
1 2,5 0,24 0,01 0,02 5,00 0,56 0,82 0,26 0,004
Andira nitida 1 2,5 0,24 0,00 0,01 5,00 0,56 0,82 0,26 <0,01
Total 410 1025 100 33,9 100 885 100 300 200 13,564
227
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Gráfico 37 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Ilha de Maré, Salvador-BA fevereiro de 2011a novembro de 2012.
Gráfico 38 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do peito (DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Ilha de Maré, Salvador-BA fevereiro de 2011a novembro de 2012.
228
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
No estrato arbóreo ocorreram as espécies Tapirira guianensis (pau-pombo), Elaeis guineensis
(dendezeiro), Coccoloba mollis, Syagrus schizophylla, Chomelia anisomeris, Syagrus
coronata (licuri), Machaerium aculeatum, Mangifera indica, Cecropia glaziovii, Guarea
guidonia, Ficus clusifolia, Miconia minutiflora, Myrsine guianensis, Guazuma ulmifolia,
Casearia sylvestris, Simaba cedron, Bowdichia virgilioides, Genipa americana, Erythroxylum
passerinum, Allophylus laevigatus, Inga cf. Vera (ingá), Byrsonima sericea (murici), Cupania
bracteosa, Ficus gomelleira (gameleira), Cordia restingae, Protium heptaphyllum (amescla),
Miconia prasina, Schinus terebinthifolius, Cupania rugosa, Eugenia astringens, Inga capitata
(ingá), Myrcia tomentosa, Swartzia macrostachya, Gochnatia oligocephala, Cupania
paniculata, Hirtella sp., Spondias mombin, Myrciaria floribunda, Anacardium occidentale
(cajueiro), Carica papaya, Inga edulis (ingá), Swartzia apetala, Tocoyena formosa, Dalbergia
ecastaphyllum, Vismia guianensis, Guapira pernambucensis e Andira nitida.
No sub-bosque destacam-se Syagrus schizophylla (Mart.) Glassman, Henriettea succosa
(Aubl.) DC., indivíduos jovens de Tapirira guianensis Aubl. e Myrsine umbellata Mart,
dentre outras. Entre as epífitas, destacam-se espécies Philodendron acutatum Schott (imbé),
Philodendron bipinatifidum Schott, Monstera adansonii Schott. Bromeliaceae e
representantes de Monilophytas (Lygodium volubile Sw., Nephrolepis cf. pendula (Raddi)
J.Sm.). As trepadeiras e lianas pertencem, principalmente, as famílias Sapindaceae,
Menispermaceae, Dilleniaceae, Cucurbitaceae e Convolvulaceae. As herbáceas estão
representadas pelas famílias Cyperaceae, Poaceae, Marantaceae, Piperaceae.
A vegetação com as características acima mencionadas ocorre na extensão de 227,116
hectares nesse remananescente, que corresponde aos estágios inicial e médio de regeneração.
Assim, a mata existente na Ilha de Maré é um remanescente de Floresta Ombrófila Densa,
Mata Atlântica, com vegetação secundária em nos estágios inicial e médio de regeneração,
definido conforme a Resolução CONAMA 005/1994.
229
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Figura 57 - Remanescente Ilha de Maré, vista geral da vegetação.
Figura 58 - Remanescente Ilha de Maré, vista do subosque.
230
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
231
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
2.3.20 Remanescente Ilha dos Frades
No remanescente Ilha dos Frades foram amostrados 1667 indivíduos vivos e mortos ainda em
pé, em uma área total de 1,14 ha, distribuídos em 57 parcelas. Das parcelas implantadas,
verificou-se que 7 estão localizadas no estágio inicial, 48 no estágio médio e 2 no estágio
avançado de regeneração, conforme a Resolução CONAMA 005/1994 (Tabela 43).
Tabela 43. Parâmetros amostrados nas parcelas implantadas no remanescente de Mata
Atlântica da Ilha dos Frades, Salvador, BA. Ni = número de indivíduos; TotRam = total de ramos; NSpp
= número de espécies; AltMax = altura máxima; AltMed = altura média; DAPMax = diâmetro máximo;
DAPMed = diâmetro médio; AreaBas = área basal; ER = Estágio de Regeneração.
Parcelas Ni TotRam NSpp AltMax AltMed DAPMax DAPMed AreaBas ER
1 39 44 14 43 15,88 61,43 15,67 1,36 Médio
2 31 37 7 28 11,08 42,34 10,68 0,51 Médio
3 31 51 17 25 9,15 42,34 8,48 0,47 Médio
4 36 45 16 32 14,35 53,48 12,06 0,94 Médio
5 27 47 8 27 16,22 41,70 12,33 0,83 Médio
6 27 54 12 14 7,24 40,27 7,44 0,39 Inicial
7 19 31 6 8 5,76 18,38 8,44 0,21 Médio
8 45 77 19 18 8,02 38,72 8,11 0,57 Médio
9 29 39 17 18 9,28 34,06 10,63 0,51 Médio
10 27 32 11 20 10,72 37,88 12,41 0,55 Médio
11 21 22 12 30 14,19 47,11 15,09 0,66 Médio
12 31 58 17 25 11,61 55,65 9,44 0,65 Médio
13 15 32 10 11 7,23 24,61 7,91 0,18 Inicial
232
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Parcelas Ni TotRam NSpp AltMax AltMed DAPMax DAPMed AreaBas ER
14 37 66 14 11 7,20 21,37 5,74 0,19 Inicial
15 18 26 6 8 6,03 23,60 6,67 0,12 Inicial
16 27 37 15 18 8,96 35,65 10,90 0,51 Médio
17 40 44 18 32 15,20 35,85 10,40 0,59 Médio
18 38 49 21 25 15,16 46,82 10,77 0,66 Médio
19 40 54 14 22 10,49 44,56 9,48 0,70 Médio
20 65 79 15 15 8,58 26,10 7,27 0,43 Inicial
21 45 57 21 30 11,41 42,02 10,92 0,84 Médio
22 21 22 12 20 10,55 32,79 11,18 0,36 Médio
23 21 21 13 30 13,14 56,98 15,75 0,72 Médio
24 13 15 11 43 19,92 70,03 22,19 0,98 Avançado
25 26 31 9 25 13,63 39,79 11,36 0,48 Médio
26 30 34 15 30 16,68 38,20 14,28 0,78 Médio
27 23 30 12 30 16,74 65,89 14,85 1,15 Médio
28 22 33 7 16 10,43 24,19 10,08 0,32 Médio
29 35 57 12 20 10,56 26,42 8,07 0,43 Médio
30 14 17 8 34 17,53 65,89 21,09 0,91 Avançado
31 31 38 13 18 10,50 35,10 10,26 0,48 Médio
32 30 33 15 20 11,23 25,78 11,00 0,38 Médio
33 34 51 15 20 13,50 35,40 10,00 0,60 Médio
34 30 49 15 16 10,10 35,01 9,19 0,43 Médio
233
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Parcelas Ni TotRam NSpp AltMax AltMed DAPMax DAPMed AreaBas ER
35 38 53 13 15 9,39 24,31 7,08 0,25 Inicial
36 35 46 12 30 12,86 55,07 10,36 0,66 Médio
37 39 54 17 26 13,13 37,24 9,89 0,71 Médio
38 46 56 19 25 13,48 31,51 9,89 0,59 Médio
39 26 35 15 35 12,35 65,25 12,50 0,93 Médio
40 26 31 12 35 13,63 71,30 11,38 0,68 Médio
41 21 26 13 37 13,67 62,07 15,68 0,88 Médio
42 52 66 16 15 8,44 32,93 7,91 0,46 Inicial
43 31 40 14 34 15,97 45,04 11,49 0,67 Médio
44 38 49 17 25 14,18 25,94 10,35 0,57 Médio
45 31 31 19 32 16,13 34,70 13,27 0,61 Médio
46 23 33 12 22 12,57 37,88 11,70 0,52 Médio
47 42 55 13 25 12,17 28,47 11,16 0,72 Médio
48 30 35 16 30 14,33 49,34 11,93 0,65 Médio
49 26 36 13 30 16,06 37,79 11,71 0,58 Médio
50 21 26 11 35 14,95 39,79 13,19 0,55 Médio
51 18 27 8 20 14,03 32,47 14,77 0,69 Médio
52 17 20 9 16 8,18 46,47 15,28 0,62 Médio
53 7 7 6 22 13,86 33,42 17,78 0,23 Médio
54 17 22 6 24 15,71 28,97 12,28 0,32 Médio
55 22 24 9 25 13,08 36,60 13,44 0,50 Médio
234
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Parcelas Ni TotRam NSpp AltMax AltMed DAPMax DAPMed AreaBas ER
56 19 20 6 30 15,13 35,85 16,33 0,54 Médio
57 24 25 9 35 16,77 39,79 17,58 0,95 Médio
A mata existente possui fisionomia predominantemente arbórea, com seus estratos
diferenciados, altura média de 12,42 m e DAP médio de 11,70 cm. A cobertura arbórea é
predominantemente fechada, com indivíduos emergentes atingindo até 40 m.
Foram registradas 43 famílias botânicas, 78 gêneros e 147 espécies incluindo lianas e a
categoria morto. No arranjo fitossociológico (tabela 44), as espécies de maior frequência
foram Protium heptaphyllum, Eschweilera ovata, Himatanthus bracteatus, Tapirira
guianensis e Simarouba amara com freqüência absoluta superior a 40%. Com relação à
dominância absoluta destacam-se as espécies Tapirira guianensis, Pera glabrata, Simarouba
amara, Erioteca macrophyla e Himatanthus bracteatus em ordem decrescente. As espécies
com maior IVI foram: Eschweilera ovata, Protium heptaphyllum, Simarouba amara,
Vochysia lucida e Tapirira guianensis. Para esse remanescente foi observado densidade
absoluta de 1.462,28 ind.ha-1 e índice de diversidade de Shannon-Wiener de 3,88 nat.ind-1.
No tocante à distribuição de frequência em intervalos de classe de altura, foi observada maior
concentração dos valores nas classes 5-12 m com 54,47% e >12 m com 38,51% dos
indivíduos (Gráfico 39). Para o diâmetro, foi observada maior ocorrência na classe <8 cm
com 46,25% seguida pelas classes 8-12 cm com 35,15% e >18 cm com 18,60% (Gráfico 40).
Esses dados corroboram com uma arquitetura vegetacional secundária, com predominância do
estágio médio de regeneração
235
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Tabela 44. Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata
Atlântica da Ilha dos Frades, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de
importância (IVI). Descritores quantitativos: Ni = número de indivíduos; DA = densidade absoluta (ind.ha-1);
DR = densidade relativa (%); DoA = dominância absoluta (m².ha-1); DoR = dominância relativa (%); FA =
frequência absoluta; FR = frequência relativa (%); IVI = índice do valor de importância (DR+DoR+FR)(%); IVC
= índice do valor de cobertura (DR +DoR)(%); AB = área basal (m².1,14 ha-1).
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Eschweilera ovata 171 150,0 10,26 2,43 8,23 71,93 5,6 24,09 18,49 2,77
Protium heptaphyllum 125 109,6 7,5 2,32 7,84 75,44 5,87 21,21 15,34 2,64
Simarouba amara 48 42,1 2,88 2,94 9,95 49,12 3,83 16,66 12,83 3,35
Morto 81 71,1 4,86 1,37 4,65 77,19 6,01 15,52 9,51 1,56
Tapirira guianensis 73 64 4,38 1,74 5,88 52,63 4,1 14,36 10,26 1,98
Vochysia lucida 67 58,8 4,02 2,12 7,18 33,33 2,6 13,79 11,19 2,42
Himatanthus
bracteatus 71 62,3 4,26 1,21 4,08 61,4 4,78 13,12 8,34 1,38
Kielmeyera neglecta 80 70,2 4,8 1,27 4,3 35,09 2,73 11,83 9,1 1,45
Chaetocarpus
myrsinites 81 71,1 4,86 0,65 2,19 36,84 2,87 9,92 7,05 0,74
Cipó 74 64,9 4,44 0,22 0,73 56,14 4,37 9,54 5,17 0,25
Elaeis guineensis 25 21,9 1,5 1,64 5,53 14,04 1,09 8,13 7,03 1,87
Thyrsodium
spruceanum 65 57,0 3,9 0,4 1,35 33,33 2,6 7,85 5,25 0,46
Byrsonima sericea 42 36,8 2,52 0,7 2,38 35,09 2,73 7,63 4,9 0,80
Tachigali rugosa 16 14,0 0,96 1,44 4,86 14,04 1,09 6,92 5,82 1,64
236
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Pouteria gardneri 33 28,9 1,98 0,4 1,37 24,56 1,91 5,26 3,35 0,46
Schefflera morototoni 19 16,7 1,14 0,62 2,09 17,54 1,37 4,6 3,23 0,71
Cupania rugosa 27 23,7 1,62 0,36 1,2 17,54 1,37 4,19 2,82 0,41
Bowdichia virgilioides 12 10,5 0,72 0,56 1,9 19,3 1,5 4,13 2,62 0,64
Myrcia sylvatica 22 19,3 1,32 0,09 0,29 28,07 2,19 3,8 1,61 0,10
Saccoglotis
mattogrossenssis 14 12,3 0,84 0,45 1,51 14,04 1,09 3,44 2,35 0,51
Protium
warmingianum 15 13,2 0,9 0,23 0,78 21,05 1,64 3,32 1,68 0,26
Clusia nemorosa 19 16,7 1,14 0,32 1,09 12,28 0,96 3,19 2,23 0,36
Cupania bracteosa 21 18,4 1,26 0,19 0,64 12,28 0,96 2,86 1,9 0,22
Syagrus coronata 9 7,9 0,54 0,33 1,1 12,28 0,96 2,6 1,64 0,38
Eugenia sp02 31 27,2 1,86 0,09 0,29 5,26 0,41 2,56 2,15 0,10
Miconia minutiflora 19 16,7 1,14 0,05 0,18 15,79 1,23 2,55 1,32 0,06
Henriettea succosa 15 13,2 0,9 0,07 0,25 17,54 1,37 2,52 1,15 0,08
Lecythis pisonis 7 6,1 0,42 0,39 1,33 5,26 0,41 2,16 1,75 0,44
Coccoloba mollis 12 10,5 0,72 0,14 0,49 10,53 0,82 2,03 1,21 0,16
Stryphnodendron
pulcherrimum 4 3,5 0,24 0,34 1,14 7,02 0,55 1,93 1,38 0,39
Syagrus schizophylla 11 9,6 0,66 0,16 0,55 8,77 0,68 1,9 1,21 0,18
Maytenus
distichophylla 14 12,3 0,84 0,06 0,21 10,53 0,82 1,87 1,05 0,07
237
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Myrsine umbellata 13 11,4 0,78 0,11 0,36 8,77 0,68 1,82 1,14 0,13
Cecropia glaziovii 7 6,1 0,42 0,2 0,68 8,77 0,68 1,79 1,1 0,23
Swartzia apetala 8 7,0 0,48 0,12 0,42 10,53 0,82 1,72 0,9 0,14
Eugenia sp01 8 7,0 0,48 0,08 0,26 12,28 0,96 1,69 0,74 0,09
Guazuma ulmifolia 10 8,8 0,6 0,19 0,64 5,26 0,41 1,65 1,24 0,22
Miconia prasina 9 7,9 0,54 0,04 0,14 12,28 0,96 1,64 0,68 0,05
Pogonophora
schomburgkiana 10 8,8 0,6 0,09 0,31 8,77 0,68 1,59 0,91 0,10
Pera glabrata 6 5,3 0,36 0,15 0,52 8,77 0,68 1,56 0,88 0,17
Curatella americana 9 7,9 0,54 0,05 0,17 10,53 0,82 1,53 0,71 0,06
Licania hypoleuca 4 3,5 0,24 0,27 0,91 3,51 0,27 1,43 1,15 0,31
Pterocarpus rohrii 5 4,4 0,3 0,17 0,57 7,02 0,55 1,41 0,87 0,19
Parkia pendula 2 1,8 0,12 0,3 1 3,51 0,27 1,39 1,12 0,34
Albizia pedicellaris 1 0,9 0,06 0,35 1,18 1,75 0,14 1,38 1,24 0,40
Marlierea obversa 9 7,9 0,54 0,03 0,11 8,77 0,68 1,33 0,65 0,03
Cordia restingae 12 10,5 0,72 0,1 0,32 3,51 0,27 1,32 1,04 0,11
Psidium sp 16 14,0 0,96 0,05 0,18 1,75 0,14 1,28 1,14 0,06
Myrtaceae indet04 10 8,8 0,6 0,04 0,12 7,02 0,55 1,27 0,72 0,05
Licania octandra 6 5,3 0,36 0,09 0,31 7,02 0,55 1,21 0,67 0,10
Tabernaemontana
solanifolia 5 4,4 0,3 0,04 0,14 8,77 0,68 1,12 0,44 0,05
238
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Tabernaemontana
salzmannii 5 4,4 0,3 0,09 0,31 5,26 0,41 1,02 0,61 0,10
Myrcia tomentosa 6 5,3 0,36 0,03 0,1 7,02 0,55 1,01 0,46 0,03
Myrcia cf. ilheosensis 8 7,0 0,48 0,08 0,25 3,51 0,27 1,01 0,73 0,09
Ocotea glomerata 4 3,5 0,24 0,12 0,41 3,51 0,27 0,92 0,65 0,14
Casearia
commersoniana 4 3,5 0,24 0,02 0,07 7,02 0,55 0,86 0,31 0,02
Siparuna guianensis 8 7,0 0,48 0,02 0,06 3,51 0,27 0,82 0,54 0,02
Abarema
cochliacarpus 6 5,3 0,36 0,03 0,1 3,51 0,27 0,74 0,46 0,03
Desconhecido 06 2 1,8 0,12 0,13 0,45 1,75 0,14 0,71 0,57 0,15
Zanthoxylum
rhoifolium 3 2,6 0,18 0,03 0,12 5,26 0,41 0,71 0,3 0,03
Jacaranda obovata 6 5,3 0,36 0,01 0,04 3,51 0,27 0,67 0,4 0,01
Xylopia sp 4 3,5 0,24 0,05 0,16 3,51 0,27 0,67 0,4 0,06
Hirtella racemosa 3 2,6 0,18 0,01 0,04 5,26 0,41 0,63 0,22 0,01
Andira fraxinifolia 2 1,8 0,12 0,06 0,21 3,51 0,27 0,61 0,33 0,07
Inga sp 2 1,8 0,12 0,06 0,21 3,51 0,27 0,6 0,33 0,07
Eugenia sp03 3 2,6 0,18 0,04 0,14 3,51 0,27 0,59 0,32 0,05
Inga laurina 2 1,8 0,12 0,06 0,19 3,51 0,27 0,58 0,31 0,07
Ficus gomelleira 1 0,9 0,06 0,11 0,37 1,75 0,14 0,57 0,43 0,13
Casearia sp 2 1,8 0,12 0,05 0,16 3,51 0,27 0,56 0,28 0,06
239
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Caraipa densifolia 2 1,8 0,12 0,09 0,29 1,75 0,14 0,55 0,41 0,10
Roupala montana 3 2,6 0,18 0,02 0,08 3,51 0,27 0,53 0,26 0,02
Tabebuia sp 3 2,6 0,18 0,02 0,06 3,51 0,27 0,51 0,24 0,02
Calyptranthes sp 3 2,6 0,18 0,02 0,06 3,51 0,27 0,51 0,24 0,02
Blepharocalyx
salicifolius 3 2,6 0,18 0,02 0,05 3,51 0,27 0,51 0,23 0,02
Syagrus botryophora 3 2,6 0,18 0,01 0,04 3,51 0,27 0,5 0,22 0,01
Myrtaceae indet02 3 2,6 0,18 0,01 0,04 3,51 0,27 0,49 0,22 0,01
Annona sp 3 2,6 0,18 0,01 0,02 3,51 0,27 0,48 0,2 0,01
Talisia macrophylla 4 3,5 0,24 0,03 0,1 1,75 0,14 0,48 0,34 0,03
Myrtaceae indet01 4 3,5 0,24 0,02 0,07 1,75 0,14 0,45 0,31 0,02
Desconhecido 02 2 1,8 0,12 0,02 0,05 3,51 0,27 0,45 0,17 0,02
Xylopia sericea 2 1,8 0,12 0,02 0,05 3,51 0,27 0,44 0,17 0,02
Eugenia cf.
rotundifolia 2 1,8 0,12 0,01 0,03 3,51 0,27 0,43 0,15 0,01
Myrcia cf.
maximiliana 2 1,8 0,12 0,01 0,03 3,51 0,27 0,43 0,15 0,01
Vismia guianensis 2 1,8 0,12 0,01 0,03 3,51 0,27 0,43 0,15 0,01
Andira legalis 2 1,8 0,12 0,01 0,03 3,51 0,27 0,43 0,15 0,01
Eugenia tomentosa 2 1,8 0,12 0,01 0,03 3,51 0,27 0,42 0,14 0,01
Cordia nodosa 2 1,8 0,12 0,01 0,02 3,51 0,27 0,42 0,14 0,01
Cecropia 2 1,8 0,12 0,01 0,02 3,51 0,27 0,42 0,14 0,01
240
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
pachystachya
Abarema filamentosa 2 1,8 0,12 0,01 0,02 3,51 0,27 0,41 0,14 0,01
Myrtaceae indet03 4 3,5 0,24 0,01 0,04 1,75 0,14 0,41 0,28 0,01
Myrcia sp03 2 1,8 0,12 0,01 0,02 3,51 0,27 0,41 0,14 0,01
Myrcia splendens 2 1,8 0,12 <0,01 0,02 3,51 0,27 0,41 0,14 <0,01
Myrcia sp06 2 1,8 0,12 <0,01 0,01 3,51 0,27 0,41 0,13 <0,01
Cupania racemosa 2 1,8 0,12 0,03 0,11 1,75 0,14 0,37 0,23 0,03
Mangifera indica 3 2,6 0,18 0,01 0,05 1,75 0,14 0,36 0,23 0,01
Matayba guianensis 1 0,9 0,06 0,04 0,14 1,75 0,14 0,34 0,2 0,05
Desconhecido 10 1 0,9 0,06 0,03 0,11 1,75 0,14 0,3 0,17 0,03
Desconhecido 07 2 1,8 0,12 0,01 0,04 1,75 0,14 0,29 0,16 0,01
Aspidosperma
spruceanum 2 1,8 0,12 0,01 0,02 1,75 0,14 0,28 0,14 0,01
Eugenia sp05 2 1,8 0,12 0,01 0,02 1,75 0,14 0,28 0,14 0,01
Andira sp 2 1,8 0,12 0,01 0,02 1,75 0,14 0,28 0,14 0,01
Amaioua pilosa 2 1,8 0,12 0,01 0,02 1,75 0,14 0,28 0,14 0,01
Guatteria sp 1 0,9 0,06 0,02 0,08 1,75 0,14 0,28 0,14 0,02
Tovomita choisyana 1 0,9 0,06 0,02 0,08 1,75 0,14 0,28 0,14 0,02
Erythroxylum sp 2 1,8 0,12 0,01 0,02 1,75 0,14 0,28 0,14 0,01
Gochnatia
oligocephala 1 0,9 0,06 0,02 0,08 1,75 0,14 0,27 0,14 0,02
241
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Myrcia sp01 2 1,8 0,12 <0,01 0,02 1,75 0,14 0,27 0,14 <0,01
Andira cf. vermifuga 1 0,9 0,06 0,02 0,06 1,75 0,14 0,26 0,12 0,02
Psidium bahianum 1 0,9 0,06 0,01 0,05 1,75 0,14 0,25 0,11 0,01
Tabernaemontana
flavicans 1 0,9 0,06 0,01 0,04 1,75 0,14 0,24 0,1 0,01
Myrcia sp02 1 0,9 0,06 0,01 0,03 1,75 0,14 0,23 0,09 0,01
Hirtella glandulosa 1 0,9 0,06 0,01 0,03 1,75 0,14 0,23 0,09 0,01
Trichilia elegans 1 0,9 0,06 0,01 0,03 1,75 0,14 0,22 0,09 0,01
Pouteria sp 1 0,9 0,06 0,01 0,03 1,75 0,14 0,22 0,09 0,01
Hirtella sp 1 0,9 0,06 0,01 0,03 1,75 0,14 0,22 0,09 0,01
Annona dolabripetala 1 0,9 0,06 0,01 0,02 1,75 0,14 0,22 0,08 0,01
Cupania sp 1 0,9 0,06 0,01 0,02 1,75 0,14 0,22 0,08 0,01
Desconhecido 08 1 0,9 0,06 0,01 0,02 1,75 0,14 0,22 0,08 0,01
Annona mucosa 1 0,9 0,06 0,01 0,02 1,75 0,14 0,21 0,08 0,01
Banara brasiliensis 1 0,9 0,06 <0,01 0,02 1,75 0,14 0,21 0,08 <0,01
Heisteria sp 1 0,9 0,06 <0,01 0,02 1,75 0,14 0,21 0,08 <0,01
Galleisa integrifolia 1 0,9 0,06 <0,01 0,01 1,75 0,14 0,21 0,07 <0,01
Chrysobalanaceae
indet01 1 0,9 0,06 <0,01 0,01 1,75 0,14 0,21 0,07 <0,01
Schoepfia brasiliensis 1 0,9 0,06 <0,01 0,01 1,75 0,14 0,21 0,07 <0,01
Myrcia sp05 1 0,9 0,06 <0,01 0,01 1,75 0,14 0,21 0,07 <0,01
242
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Desconhecido 04 1 0,9 0,06 <0,01 0,01 1,75 0,14 0,21 0,07 <0,01
Desconhecido 09 1 0,9 0,06 <0,01 0,01 1,75 0,14 0,21 0,07 <0,01
Symphonia globulifera 1 0,9 0,06 <0,01 0,01 1,75 0,14 0,21 0,07 <0,01
Desconhecido 11 1 0,9 0,06 <0,01 0,01 1,75 0,14 0,21 0,07 <0,01
Desconhecido 03 1 0,9 0,06 <0,01 0,01 1,75 0,14 0,21 0,07 <0,01
Inga vera 1 0,9 0,06 <0,01 0,01 1,75 0,14 0,21 0,07 <0,01
Ouratea cf.
gigantophylla 1 0,9 0,06 <0,01 0,01 1,75 0,14 0,21 0,07 <0,01
Guarea guidonia 1 0,9 0,06 <0,01 0,01 1,75 0,14 0,21 0,07 <0,01
Cordia sp 1 0,9 0,06 <0,01 0,01 1,75 0,14 0,2 0,07 <0,01
Ocotea cf. indecora 1 0,9 0,06 <0,01 0,01 1,75 0,14 0,2 0,07 <0,01
Eugenia sp04 1 0,9 0,06 <0,01 0,01 1,75 0,14 0,2 0,07 <0,01
Ocotea sp01 1 0,9 0,06 <0,01 0,01 1,75 0,14 0,2 0,07 <0,01
Bactris ferruginea 1 0,9 0,06 <0,01 0,01 1,75 0,14 0,2 0,07 <0,01
Desconhecido 05 1 0,9 0,06 <0,01 0,01 1,75 0,14 0,2 0,07 <0,01
Miconia hypoleuca 1 0,9 0,06 <0,01 0,01 1,75 0,14 0,2 0,07 <0,01
Desconhecido 01 1 0,9 0,06 <0,01 0,01 1,75 0,14 0,2 0,07 <0,01
Licania kunthiana 1 0,9 0,06 <0,01 0,01 1,75 0,14 0,2 0,07 <0,01
Myrcia sp04 1 0,9 0,06 <0,01 0,01 1,75 0,14 0,2 0,07 <0,01
Ocotea sp02 1 0,9 0,06 <0,01 0,01 1,75 0,14 0,2 0,07 <0,01
Annonaceae indet01 1 0,9 0,06 <0,01 0,01 1,75 0,14 0,2 0,07 <0,01
243
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Total 1667 1462,28 100 29,58 100 1284,21 100 300 200 33,72
244
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Gráfico 39 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Ilha dos Frades, Salvador-BA fevereiro de 2011 a novembro de 2012.
Gráfico 40 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do peito (DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Ilha dos Frades, Salvador-BA fevereiro de 2011 a novembro de 2012.
245
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
No estrato arbóreo, ocorreram as espécies Eschweilera ovata (biriba), Protium heptaphyllum
(amescla), Simarouba amara (pau-paraíba), Tapirira guianensis (pau-pombo), Vochysia
lúcida, Himatanthus bracteatus (janaúba), Kielmeyera neglecta, Chaetocarpus myrsinites,
Elaeis guineensis (dendezeiro), Thyrsodium spruceanum, Byrsonima sericea (murici),
Tachigali rugosa, Pouteria gardneri, Schefflera morototoni (matataúba), Cupania rugosa,
Bowdichia virgilioides (sucupira), Myrcia sylvatica, Saccoglotis mattogrossenssis, Protium
warmingianum, Clusia nemorosa, Cupania bracteosa, Syagrus coronata (licuri), Eugenia
sp02, Miconia minutiflora, Henriettea succosa, Lecythis pisonis, Coccoloba mollis,
Stryphnodendron pulcherrimum, Syagrus schizophylla, Maytenus distichophylla, Myrsine
umbellata, Cecropia glaziovii, Swartzia apétala, Eugenia sp01, Guazuma ulmifolia, Miconia
prasina, Pogonophora schomburgkiana, Pera glabrata, Curatella americana, Licania
hypoleuca, Pterocarpus rohrii, Parkia pendula, Albizia pedicellaris, Marlierea obversa,
Cordia restingae, Psidium sp, Myrtaceae indet04, Licania octandra, Tabernaemontana
solanifolia, Tabernaemontana salzmannii, Myrcia tomentosa, Myrcia cf. ilheosensis, Ocotea
glomerata, Casearia commersoniana, Siparuna guianensis, Abarema cochliacarpus,
Zanthoxylum rhoifolium, Jacaranda obovata, Xylopia sp, Hirtella racemosa, Andira
fraxinifolia, Inga sp, Eugenia spp, Inga laurina, Ficus gomelleira (gameleira), Casearia sp,
Caraipa densifolia, Roupala Montana, Tabebuia sp, Calyptranthes sp, Blepharocalyx
salicifolius, Syagrus botryophora, Annona sp, Talisia macrophylla, Myrtaceae indet01,
Xylopia sericea, Eugenia cf. rotundifolia, Myrcia cf. maximiliana, Vismia guianensis, Andira
legalis, Eugenia tomentosa, Cordia nodosa, Cecropia pachystachya, Abarema filamentosa,
Myrcia splendens, Cupania racemosa, Mangifera indica, Matayba guianensis, ,
Aspidosperma spruceanum, Andira sp, Amaioua pilosa, Guatteria sp, Tovomita choisyana,
Erythroxylum sp, Gochnatia oligocephala, Andira cf. vermífuga, Psidium bahianum,
Tabernaemontana flavicans, Hirtella glandulosa, Trichilia elegan, Pouteria sp, Hirtella sp,
Annona dolabripetala, Cupania sp, Annona mucosa, Banara brasiliensis Heisteria sp,
Galleisa integrifólia, Schoepfia brasiliensis, Symphonia globulifera, Inga vera, Ouratea cf.
gigantophylla, Guarea guidonia, Cordia sp, Ocotea cf. indecora, Eugenia spp, Ocotea spp,
Bactris ferruginea, Miconia hypoleuca, Licania kunthiana, Myrcia spp.
246
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
No subosque encontram-se indivíduos jovens do estrato arbóreo, principalmente, Protium
heptaphyllum (amescla). Entre as epífitas, destacam-se as espécies Monstera adansonii,
Philodendron acutatum, Philodendron bipinatifidum, além de espécies das famílias
Bromeliaceae e Orchidaceae e representantes de Monilophyta. As trepadeiras e lianas
pertencem, principalmente, as famílias Sapindaceae, Dilleniaceae (Davilla sp e Tetracera sp) ,
Bignoniaceae, Smilaceae (Smilax sp) e Fabaceae. As herbáceas estão representadas por Olyra
latifolia, Rhynchospora cephalotes, Scleria bracteata, Psychotria spp, Aphelandra sp
Heliconia psittacorum, além de outras espécies petencentes às famílias Poaceae,
Melastomataceae, Euphorbiaceae, Marantaceae, Araceae, Rutaceae, Piperaceae, Rubiaceae,
Solanaceae, Orchidaceae e representantes de Monilophyta.
A vegetação com as características acima mencionadas ocorre na extensão de 673,404
hectares nesse remananescente, que corresponde ao estágio médio de regeneração. Ainda foi
verificada a ocorrência 276,713 hectares de vegetação em estágio inicial. Assim, a mata
existente na Ilha dos Frades é um remanescente de Floresta Ombrófila Densa, Mata Atlântica,
com predominância de vegetação secundária em estágio médio de regeneração, definido
conforme a Resolução CONAMA 005/1994.
247
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Figura 60 - Remanescente Ilha dos Frades, estrato arbóreo, interior do fragmento.
248
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Figura - 61 Remanescente Ilha dos Frades, detalhe do subosque.
249
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
2.4 DISCUSSÃO A perda do habitat tem sido apontada como o principal agente de deterioração ambiental
(STILING, 1992). Esse ônus é também responsável pelo processo de fragmentação da Mata
Atlântica. Ainda que a vegetação do município de Salvador seja de fato secundária, o
diagnóstico florístico e fitossociólogico obtido no presente estudo revela que seus
remanescentes se encontram em condição de regeneração, isso pela ocorrência comprovada
de um grande número de remanescentes em estágio médio de regeneração.
Com relação ao estudo fitossociológico, foram amostradas 270 espécies, distribuídas em 127
gêneros e 55 famílias botânicas. As famílias com ocorrência de maior número de espécies no
presente trabalho foram: Myrtaceae (39); Fabaceae (36); Moraceae (12); Annonaceae,
Arecaceae, Rubiaceae e Sapindaceae (10). Essas famílias constam de forma geral em
levantamentos florísticas e fitossociológicos realizados para as formações preservadas ou
remanescentes fragmentários da Mata Atlântica de encosta ou baixada em outros ambientes.
Desta forma, são citadas para Rio de Janeiro (HOCH et al, 1994); em floresta secundária do
município de Linhares no Espírito Santo (RIZZINI, 1994); na Mata Atlântica do estado de
Sergipe (LANDIM & SANTOS, 1996) e em Mata Atlântica preservada de encosta da região
de Jureia-Itatins em São Paulo (MAMEDE et al 2004). Para o estado da Bahia, CARVALHO
& AMORIM (1996), registraram a predominância da família Myrtaceae para região de Ilhéus.
De forma comparativa, a composição em espécie obtida a partir da amostragem
fitossociológica mostrou para a Mata Atlântica de Salvador o total de 270 espécies arbóreas
numa área amostral de 5,60 hectares, contra 432 espécies arbóreas para uma área de 2,3
hectares encontrada na Mata Atlântica preservada de encosta do estado de São Paulo
(TABARELLI & MANTOVANI, 1999). O maior valor obtido para estes autores advém do
estado de encosta preservada e da fisionomia arbórea com dossel médio de 20 metros, já que
no caso de Salvador sua vegetação encontra-se, no geral, sujeita à pressão antrópica, por
conseguinte secundária, com fisionomia arbórea média, de dossel médio de cerca de 10
metros. Os resultados de LANDIM & SANTOS (1996) para a mancha secundária da Mata
250
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Atlântica do estado de Sergipe, também sob pressão antrópica, com registro de 206 espécies,
dentro de 70 famílias botânicas, foram inferiores aos resultados deste diagnóstico. Em trecho
de Mata Atlântica Secundária do Parque de Pituaçu em Salvador/BA, Bautista et. al. (1994)
registraram para a composição florística 222 espécies, distribuídas em 70 famílias, resultado
também inferior ao do presente diagnóstico.
No tocante à composição florística dos remanescentes, analisada de forma individualizada, os
resultados são diferentes ao longo dos fragmentos, isso principalmente, como resposta a uma
variada proximidade às fontes de ação de natureza antrópica, entretanto, é mostrada uma
tendência para o aumento desta composição para o trecho insular do município. As maiores
listagens taxonômicas são encontradas nos fragmentos Ilha dos Frades, Bacia do Cobre,
Trobogy, Greenville e Base Naval.
Quanto aos fragmentos de melhores estado de fisionomia e diversidade de espécie como Ilha
dos Frades (trecho insular) e Bacia do Cobre (trecho continental), fatores de natureza física-
espacial, como distanciamento e relevo, podem estar relacionados ao antagonismo
equilíbrio/alteração. Quanto ao primeiro, pode-se inferir a existência de uma menor pressão
antrópica frente a posição relativamente remota da metrópole Salvador, isso atuando sobre os
dois fragmentos acima. O contrário pode ter ocorrido para Ilha de Maré, de maior
proximidade a metrópole. Para o relevo, enquadrado como colinoso de vertente para Ilha dos
Frades, esse segundo fator limitou a expansão de vilarejos nesta ilha. Este ultimo aspecto tem
sido apontado como capaz de predizer maior diversidade de plantas em ambiente insular
(HAMILTON et al. 1963). Esse comportamento pode ser aplicado aos resultados encontrados
na Ilha dos Frades, em que foi registrada de forma maior a ocorrência de 57 espécies
exclusivas, contra de forma menor, 21 espécies também exclusivas no fragmento continental
Bacia do Cobre.
A relação entre o número de espécies, abundância relativa e sua área ocupada é um atributo
biótico denominado de diversidade, em que sua expressão matemática criada por Shannon-
Weaver foi baseada na Teoria da Informação (MARGALEF, 1974). A diversidade também é
um índice ecológico com expressão numérica de 1 a 4,9 que infere caráter heterogêneo nas
251
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
escalas específica e/ou local – a diversidade alfa; de comunidade; a diversidade beta e de um
ecossistema e/ou bioma – a diversidade gama. Ao longo dos fragmentos estudados, foi
observado uma variação do índice ecológico acima de 2,53 a 3,88 nat.ind-1. Os maiores
valores foram encontrados para Ilha dos Frades (3,88 nat.ind-1), Base Naval (3,55 nat.ind-1),
Pedreira Carangi (3,52 nat.ind-1), Greenville (3,48 nat.ind-1) e Bacia do Cobre (3,39 nat.ind-1).
Estes valores se aproximam aos resultados encontrados por JARENKOW (1995) de 3,670
nat.ind-1 em Mata Atlântica de encosta do estado do Rio Grande do Sul e de 3,682 nat.ind-1
para Mata Atlântica secundária do Espírito Santo (SIMONELLY et al, 1996).
Quanto à abundância, principalmente, representada pelo IVI – que melhor expressa o papel de
representação – são apontadas as espécies Tapirira guianensis, Himatanthus bracteatus,
Simarouba amara, Schefflera morototoni, e repetidas com igual valor, Attalea burretiana,
Bowdichia virgilioides e Protium heptaphyllum. Para densidade absoluta, foi anotado para o
presente estudo uma variação de 912,5 a 1800,0 ind.ha-1, sendo os fragmentos Aterro
Metropolitano Centro, Trobogy, Pedreira Carangi, Greenville e Barragem Ipitanga II os de
maior densidade. De forma comparativa os dados dos remanescentes de Mata Atlântica de
Salvador, quando computados em valores médios (1306,13 ind.ha-1), são inferiores aos
resultados de 1526,6 ind.ha-1 encontrado para fragmento de Mata Atlântica de tabuleiro da
vizinhança de Natal/RN (CESTARO & SOARES, 2001). Ainda no Rio Grande do Norte,
OLIVEIRA et al. (2001) obtiveram a densidade absoluta total de 1026,5 ind.ha-1 em
remanescente secundário de Mata Atlântica, resultado menor que o verificado para Salvador,
neste diagnóstico.
Com relação ao efeito do sítio sobre a colonização da vegetação, foi observado frente ao
relevo colinoso de Salvador que os estandes vegetacionais, subtipos de uma formação vegetal,
encontram-se diferenciados quando se considera a vertente da colina e o topo desta, onde nas
vertentes e baixadas, devido ao maior potencial hídrico, apresentam fisionomia de porte mais
alto e menor densidade de indivíduos, e ao contrário no topo, de menor potencial hídrico e
maior luminosidade, o estande tem fisionomia mais baixa e maior densidade de indivíduos.
Esse padrão foi também registrado na Mata Atlântica de Paranaciacaba de São Paulo em que
252
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
GOMES et al. (1996) encontraram índices fitossociológicos diferenciados, com valor de 208
ind.ha-1 na encosta (vertente) e 626 ind.ha-1 no topo do morro (colina).
As comunidades bióticas em geral se arranjam no espaço e tempo dentro de dois componentes
ecológicos fundamentais: distribuição e abundância, sendo que os fatores ambientais de
origem natural e/ou antrópica determinam e regulam os padrões de colonização e
estabilização das espécies. Nas comunidades de plantas do mundo (bioma), as populações de
espécies de plantas apresentam distribuição e abundância diferentes para as faixas de latitude
do globo. Devido à soma de vários fatores em escala macro e micro, as latitudes altas
apresentam baixa diversidade de espécies somada ao aumento dos indivíduos na população e
nas latitudes baixas ocorre o inverso nestes dois aspectos. Por conseguinte, as florestas
ombrófilas densas, localizadas na faixa intertropical, latitudes baixas, são detentoras da maior
diversidade de espécies para o ambiente continental do planeta. Nestas florestas registra-se
também a condição natural de redução do número de indivíduos na população, configurando a
categoria de espécie rara.
A respeito dessa categoria, MUELLER-DOMBOIS & ELLEMBERG (1974) citando as
classes de constância estabelecidas pelo botânico BLAUN-BLANQUET (1932), aponta
espécie rara como aquela detentora do grau I, ou seja, com até 20% do percentual de presença
para dado sitio. Nesse sentido para o presente estudo 255 espécie foram relatadas como raras,
de forma geral, para os 20 fragmentos analisados. CARVALHO & AMORIM (1996) no
levantamento florístico e fitossociológico da Mata da Esperança, campo avançado da
CEPLAC em Ilhéus/BA, apontaram cerca de 70 espécies raras em Mata Atlântica primária
preservada.
Retornando ao componente distribuição, o meio físico tem sido apontado como o principal
agente capaz de facilitar ou barrar a dispersão (propagação à distância) das espécies. As
barreiras geográficas e os fenômenos bióticos específicos são agentes capazes de limitar a
distribuição da espécie de uma região: endemismo (STILING, 1992). As espécies endêmicas
foram assim denominadas pela primeira vez pelo botânico De Candole em 1820 e como
exemplo cita-se Dalbergia nigra (Jacarandá da Bahia), endêmica da Mata Atlântica
(RIZZINI, 1997). Neste diagnóstico, foram registradas Inga pleiogyna, Moldenhawera
253
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
blanchetiana, espécies endêmicas da Bahia e, Attalea salvadorensis, endêmica da Região
Metropolitana de Salvador com categoria endêmica e pátria confirmadas por LORENZI
(2010). Esses endemismos de ocorrência local e/ou regional poderiam se originar dos
processos de especiação de dada espécie local de ampla dispersão, provocado por mudanças
no habitat (RIZZINI, 1997).
Processos alógenos de ação crônica de grande risco potencial à estabilidade vegetacional,
como extração seletiva e parcial dos indivíduos; eliminação de espécies; adição de espécies
nativas não clímax e exóticas subespontâneas; redução de sombreamento e sucessão
secundária, foram determinantes ao longo de cinco séculos para estabelecimento de
remanescentes sucessionais secundários da Mata Atlântica de Salvador ao momento atual. De
outra forma, processos também alógenos, porém, de ação aguda de destruição do habitat,
como fogo e formação de clareira ocorrentes ao longo do tempo, porém, bastante
evidenciados ao presente, determinam a redução drástica da área vegetada desse município.
2.5 CONCLUSÃO
O uso de metodologia múltipla de diagnóstico da vegetação envolvendo a análise de imagem
de sensoriamento remoto de ultima geração contra a avaliação da estrutura fitossociológica e
de produção vegetal se mostrou eficiente para a determinação dos estágios de sucessão dos
remanescentes da Mata Atlântica de Salvador.
A composição florística da Mata Atlântica de Salvador encontra-se representada por 55
famílias botânicas onde se incluem 127 gêneros e 270 espécies. O registro de biodiversidade
alfa no intervalo numérico de 2,53 a 3,88 nat.ind-1 somado ao inventário taxonômico obtido e
registro de alteração florestal confere estado remanescente para a atual mata atlântica de
Salvador. Componentes descritores e índices numéricos de natureza fitossociológica das
populações de plantas inferem a fisionomia arbórea para a vegetação.
254
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Quanto à ocorrência de espécies relacionadas ao grau de conservação, o diagnóstico obtido
revela, ainda que sob condição de vegetação secundária, a Mata Atlântica atual de Salvador
encontra-se constituída principalmente de espécies nativas com registro de endemismo, sendo
que, mesmo com a ocorrência esparsa de espécies exóticas não compromete a condição
acima.
Os maiores registros de índice de valor de importância (IVI), que sintetiza dados relativos de
densidade, frequência e dominância, foram obtidos para as espécies nativas indicadoras de
mata secundária, principalmente para Tapirira guianensis, Himatanthus bracteatus,
Simarouba amara, Schefflera morototoni. Estas, também inclusas na Resolução CONAMA nº
05/1994, como pertencentes aos gêneros mais frequentes para a floresta ombrófila densa em
estágio médio de regeneração no Estado da Bahia.
Com base no sensoriamento remoto, no processamento digital de imagens e na análise
florística e fitossociológica, verificou-se que a cobertura vegetal na cidade de Salvador, está
distribuída em remanescentes fragmentários que totalizam 5.249,194 hectares de vegetação
secundária de Mata Atlântica, sendo que desse total, 42,872 % encontram-se em estágio
inicial, 56,205 % em estágio médio e 0,923 % em estágio avançado de regeneração.
2.6 REFERÊNCIAS BAUTISTA, H. P.; PINTO, G. C. P.; GUEDES, M. L. S. e PARAGUASSU, l. Composição Florística do Campus Universitário em Pituaçu, Salvador, Bahia. In: XLV Congresso Nacional de Botânica, 1994, São Leopoldo, Rio Grande do Sul. XLV Congresso Nacional de Botânica, 1994. (Livro de resumos). BRASIL. Ministério das Minas e Energia. Secretaria Geral. Projeto RADAM BRASIL folhas SD 24-x-a Salvador; Geologia, Geomorfologia, Pedologia,Vegetação e Uso Potencial da Terra. Rio de Janeiro, 1982. 580p BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. CONAMA. Resolução nº 5, de 4 de maio de 1994. Define vegetação primária e secundária nos estágios inicial, médio e avançado de regeneração da Mata Atlântica, a fim de orientar os procedimentos de licenciamento de atividades
255
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
florestais no Estado da Bahia. Diário Oficial da União: República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 30 maio 1994. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/> Acesso em: 01 set 2011. BRAUN-BLANQUET. Plant sociology; the study of plant communities. (Transl. by G. D. Fuller and H. S. Conard.) Transl. of 1st ed. Of Pflanzensoziologie (1928). Mcgraw-Hill, New York and London. 438 p. CARVALHO, A. M. de & AMORIM, A. M. Composição Florística e Estrutura da Mata da Esperança no município de Ilhéus, BA. In: XLVII Congresso Nacional de Botânica, 1996, Nova Friburgo, Rio de Janeiro. XLVII Congresso Nacional de Botânica, 1996. (Livro de resumos). CESTARO, L. A. & SOARES, J. J. Estrutura da vegetação arbórea de um fragmento de floresta de tabuleiro próximo da cidade de Natal. In: 52º Congresso Nacional de Botânica, 2001, João Pessoa – Paraíba. Congresso Nacional de Botânica, 2001. ( Livro de resumos). ELLEMBERG, H. & MUELLER-DOMBOIS. Tentative physiognomic-ecological classification of plant formations of the eart. Ber. geobot. Inst. ETH, Stiftg. Rübel, Zürich, 37:21-55, 1969. GUEDES, M. L. S. ; SANTOS, J. J. . Vegetação: Mata Ombrófila Densa e Restinfa. In: Maria Lenise Silva Guedes; Juarez Jorge Santos. (Org.). Baía de Todos os Santos - Diagnóstico Sócio-Ambiental e Subsídios para a Gestão. 1 ed. Salvador: Ed. Germen, 1997, p. 125-135. HAMILTON, T. H., RUBINOFF, R. H. BARTH, JR., & G. L. BUSH. Species abundance: natural regulation of insular variation. Science 142: 1575-1577. 1963. HOCH, A. M. SOBRINHO; D. da S. R.; BRAGA, J. M. A.; RODRIGUES, J. GONÇALVES, M. M. L & KONNO, T. U. P. Composição florística de um trecho de Mata Atlântica, mun. Mendes; Estado do Rio de Janeiro. Primeira contribuição. In: XLV Congresso Nacional de Botânica, 1994, São Leopoldo, Rio grande do Sul. XLV Congresso Nacional de Botânica, 1994. (Livro de resumos). JARENKOW, J. A. Estudo Fitossociológico do componente arbóreo em uma área com Mata Atlântica de encosta. In: XLVI Congresso Nacional de Botânica, 1995, Ribeirão Preto, SP. XLVI Congresso Nacional de Botânica, 1995. (Livro de resumos). LANDIM, M. F. & SANTOS, D. de M. Leventamento Florístico Preliminar em um remanescente de Mata Atlântica em Sergipe – Mara do Castro. In: XLVII Congresso Nacional de Botânica, 1996, Nova Friburgo, Rio de Janeiro. XLVII Congresso Nacional de Botânica, 1996. (Livro de resumos). LIMA L. dos S. & GUEDES, M. L. S. Estudo Fitossociológico de um fragmento de mata ombrófila densa em estádio secundário no extremo sul da Bahia. In: 52º Congresso Nacional
256
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
de Botânica, 2001, João Pessoa – Paraíba. Congresso Nacional de Botânica, 2001. (Livro de resumos). LIMA, D. de A. As matas do engenho São Paulo, Paraíba. Anais Sociedade Botânica do Brasil, XX Congresso Nacional de Botânica, Goiânia, p 25-31, 1969. LORENZI, H. Flora Brasileira: Arecaceae (palmeiras). Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2010. 368 p. LUETZELBURG, p. Von. Estudo Botânico do Nordeste. Rio de Janeiro: Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas, 1992. MAMEDE, M. C. H.; CORDEIRO, I.; ROSSI, L.; MELO, M. M. da R. F. de & OLIVEIRA, R. de J. Mata Atlântica. In: MARQUES, O. A. V. & DULEBA, W. (Eds.) Estação Ecológica Juréia-Itatins: Ambiente Físico, Flora e Fauna. Ribeirão Preto: Holos, 2004. p 115-132. MARGALEF, R. Ecología. Barcelona: Ediciones Omega, S. A., 1974. 952p. MARTIUS, C. F. P. & EICHLER (Eds). Flora brasiliensis. Fleischer, Leipzig. 1840/1906. MUELLER-DOMBOIS, D. & ELLEMBERG, H. Aims and methods of vegetation ecology. New York: Jhon Wiley and Sons. 1974. OLIVEIRA, Z. L. de; SANTOS JÚNIOR R. C. B.; FELICIANO, A. L. P.; MARAGON, L. C. & CARVALHO, A. J. E. de. Levantamento Florístico e Fitossociológico de um trecho de Mata Atlânticana Estação Florestal Experimental de Nísia Floresta – RN. Brasil Florestal, n71: 22-29, 2001. REZZINI, C. M. Florestas secundárias de Floresta Atlântica de tabuleiros. I- Diagnóstico das modificações na estrutura da cobertura arbórea. In: XLV Congresso Nacional de Botânica, 1994, São Leopoldo, Rio grande do Sul. XLV Congresso Nacional de Botânica, 1994. (Livro de resumos). RIZZINI, C. T. Tratado de Fitogeografia do Brasil: aspectos ecológicos, sociológicos e florísticos. Rio de Janeiro: Âmbito Cultural Edições Ltda., 1997. 747p. SANTOS, J. J.; GUEDES, M. L. S.; CERQUEIRA, R. M.; NEVES, M. F.; ANDRADE, L. C. . Estrutura Fitossociológica da Vegetação do Parque Metropolitano de Pituaçu, Salvador, Bahia.. In: 59º Congresso Nacional de Botânica, 2008, Natal. 59º Congresso Nacional de Botânica, 2008. v. 01. p. 98-98. SIMONELLY, M.; SIMÕES, J. M. & WEILER JÚNIOR, I. Caracterização Fitossociológica do Parque Ecológico da Companhia Siderúrgica de Tubarão. In: XLVII Congresso Nacional de Botânica, 1996, Nova Friburgo, Rio de Janeiro. XLVII Congresso Nacional de Botânica, 1996. (Livro de resumos).
257
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
SOUZA, G. S. Tratado Descritivo do Brasil em 1587. 3 ed. São Paulo: Editora Nacional, 1938. 493p. SOUZA, V. C. & LORENZI, H. Botânica Sistemática: guia ilustrado para identificação das famílias de angiospermas da flora brasileira, baseado em APGII. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2005. SPIX, J. B. Von, MARTIUS, C. F. P. von. Viagem pelo Brasil 1817-1820. 3 ed. Trad. Lucia Furquim Lahmeyr. São Paulo: Melhoramentos, 1975. 3v, il. STILING, P. D. Introductory Ecology. New Jersey: Prentice-Hall, 1992. 597p. TABARELLI, M. & MANTOVANI, W. A riqueza de espécies arbóreas na floresta atlântica de encosta no estado de São Paulo (Brasil) Revista Brasileira Botânica, São Paulo, V.22, n.2, p.217-223, ago. 1999.
258
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
CAPÍTULO III
AVALIAÇÃO DA PRODUÇÃO DE BIOMASSA DA SERRAPILHEIRA E COMPOSIÇÃO E ABUNDÂNCIA DA ASSOCIAÇÃO DE PLANTAS DO
SUBOSQUE
Juarez Jorge Santos1
Nid Coelho Amorim2
Rogério Moreira Cerqueira2
3.1 INTRODUÇÃO
Os estudos sobre a Mata Atlântica de Salvador sempre foram direcionados ao conhecimento
qualitativo da sua composição florística – listagem das espécies de plantas – inicialmente realizados
por naturalistas europeus nos séculos XVIII e XIX e posteriormente, no século XX, realizados por
Radambrasil (1983) e Guedes e Santos (1997).
Atributos de natureza quantitativa relacionados ao arranjo numérico das populações de espécies de
plantas – fitossociologia – sempre foram negligenciados para Salvador, a exceção do estudo
fitossociológico dos estratos arbóreos realizado em área protegida do parque de Pituaçú por Santos et.
al, (2008). De outra forma, estudos ligados a estrato não arbóreo da vegetação como o de andar
inferior, denominado subosque, envolvendo a produção de biomassa e ainda arranjo numérico das
plantas, nunca foram investigados em Salvador. O subosque é o estrato responsável pelo recrutamento
florestal, além de várias funções ecológicas como: manutenção, equilíbrio e conservação. Este estrato
é colonizado por espécies de plantas de diferentes padrões sucessionais como primário, secundário e
tardio.
A superfície do solo das formações vegetacionais, principalmente florestas, encontra-se recoberta por
uma camada de material orgânico cuja massa é originada pela queda dos próprios compartimentos ou
órgãos das plantas como: folhas, ramos, flores, frutos, entre outros. Essa camada, agente direto da
1 Doutor em Ciências Biológicas pela USP, pesquisador associado ao Laboratório de Estudos em Anatomia de Madeiras, do Instituto de Biologia/UFBA
2 Biólogo, Especialista em Gerenciamento Ambiental pela Universidade Católica do Salvador. Atua em atividades de consultoria em meio ambiente
259
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
reciclagem de nutrientes da floresta, recebe várias denominações como: liter, horizonte orgânico,
foliço, folhedo, manta e serrapilheira, sendo parâmetro de determinação dos estágios de sucessão do
bioma Mata Atlântica, conforme preconiza a resolução CONAMA nº 05/1994. Ainda que esta
resolução não especifique o método de quantificação desse componente, tem-se utilizado como análise
de produção florestal a avaliação da biomassa espacial (standing crop).
Mesmo tardia, a legislação referente à conservação da Mata Atlântica tem, de certa forma,
compensado as suas perdas, sendo estas, entre outras causas, devido ao desconhecimento da sua
estrutura vegetacional. Desta forma a obtenção de uma fonte de dados específicos consubstanciados se
constituirá como subsidio a adoção de prognósticos.
Assim sendo, objetivou-se estudar a produção de biomassa da serrapilheira e a composição e
abundância da associação de espécies de plantas do subosque como subsídio à determinação de
estágios sucessionais inicial, médio e avançado do remanescentes da Mata Atlântica de Salvador
conforme Resolução CONAMA 05/94.
3.2 MATERIAL E MÉTODOS
Os procedimentos de campo foram realizados entre fevereiro de 2011 a outubro de 2012. Foram
utilizados os métodos do caminhamento e posicionamento com uso do receptor GPS para os pontos
visitados, além da análise da composição do dossel. A amostragem da serrapilheira foi realizada com
os métodos do quadrado e colheita para avaliação da biomassa e, o método pontual, para a sua
espessura, ambas em réplicas. A amostragem foi realizada concomitante e nos mesmos sítios do
estudo fitossociológico do capítulo anterior.
No laboratório empregaram-se os métodos da secagem em estufa a 80 ± 5 ºC até atingir peso
constante e o gravimétrico. A biomassa foi expressa em peso seco total do material em Kg.m-2 e a
espessura vertical, em cm. A abundância foi representada dentro de intervalos de classe e foram
considerados índices de frequência. Para o subosque, também se utilizou os métodos de caminhamento
e do quadrado aleatório (1x1m) em réplicas onde se procedeu a contagem e identificação in loco de
todos os indivíduos. A identificação das espécies de plantas foi realizada através de bibliografia
específica. Os resultados foram expressos em índices de densidade e frequência.
260
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
3.3 RESULTADOS
A análise quantitativa de abundância para a serrapilheira expressa em fitomassa espacial seca
(standing crop) e as populações de espécies/táxons do subosque expressa em densidade e frequência,
estão registradas de forma isolada para todos os fragmentos estudados. Ademais, a composição de
espécies de plantas encontra-se registrada na tabela 45.
Tabela 45 – Lista de táxons (famílias, gêneros e espécies) ocorrentes no subosque dos fragmentos de
mata atlântica de Salvador. Fevereiro 2011 – outubro de 2012.
Família Espécie Nome popular
Acanthaceae Aphelandra sp afelandra
Ruellia sp ruélia
Anacardiaceae Mangifera indica L. manga
Schinus terebinthifolius Raddi aroeirinha
Spondias mombin L cajá
Tapirira guianensis Aubl. pau-pombo
Thyrsodium spruceanum Benth. caboatã
Annonaceae Annonaceae
Guatteria sp pindaiba
Unonopsis sp carrapateira
Xylopia sericea A.St.Hil. pindaíba-vermelha
Apocynaceae Apocynaceae -
Himatanthus bracteatus (A.DC.) Woodson
janaúba
Tabernaemontana sp leiteira
Araceae Anthurium pentaphyllum (Aubl.) G. Don
antúrio
Anthurium affine Schott antúrio
261
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Família Espécie Nome popular
Monstera adansonii Schott ventanilla
Philodendron acutatum Schott imbé
Philodendron sp -
Philodendron bipinnatifidum Schott ex Endl.
banana-de morcego
Araliaceae Schefflera morototoni (Aubl.) Maguire et. Al
morototó
Arecaceae Allagoptera caudescens (Mart.) Kuntze
burí
Arecaceae palmeira
Attalea burretiana Bondar indaiá
Bactris ferruginea Burret mané-velho
Bactris sp palmeirinha
Desmoncus polyacanthos Mart. titára
Elaeis guineensis Jacq. dendezeiro
Syagrus coronata(Mart.) Becc licuri
Syagrus schizophylla (Mart.) Glassman
licurioba
Asparagaceae Agave sp -
Bignoniaceae Bignoniaceae 01
Bignoniaceae 02 trepadeira
Jacaranda obovata Cham. jacarandá
Boraginaceae Boraginaceae -
Cordia nodosa Lam. -
Cordia sp baba-de-boi
Bromeliaceae Bromeliaceae -
262
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Família Espécie Nome popular
Hohenbergia stellata Schult. & Schult. f.
Burseraceae Protium heptaphyllum (Aubl.)Marchand
amescla
Protium macrophyllum (Kunth) Engl. amescla
Protium warmingianum March. amescla-branca
Calophyllaceae Kielmeyera neglecta Saddi pau-santo
Celastraceae Celastraceae -
Goupia sp cupiúva
Maytenus sp cafezinho
Chrysobalanaceae Chrysobalanaceae -
Hirtella sp chorão
Licania sp oití
Clusiaceae Clusia nemorosa G. Mey. camaçarí
Platonia sp landirana
Symphonia globulifera L.f pitiá
Tovoita choisyana Planch & Triana mangue-da-mata
Commelinaceae Commelina sp maria-mole
Dichorisandra hexandra (Aubl.) Hand.-Mazz
trapoeraba-azul
Convolvulaceae Ipomoea sp -
Costaceae Costus spiralis (Jacq.) Roscoe -
Cucurbitaceae Cucurbitaceae
Luffa aegyptiaca Mill.
Bucha
Cyperaceae Rhynchospora cephalotes (L.) Vahl. Capim-bolota
263
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Família Espécie Nome popular
Rhynchospora sp capim bolota
Scleria bracteata Cav. tiririca
Dilleniaceae Curatella americana L. lixeira
Davilla sp -
Dilleniaceae -
Doliocarpus sp -
Tetracera sp -
Dioscoreaceae Dioscorea discolor R. Knuth -
Dioscorea sp -
Erytrhoxylaceae Erythroxylum spp erva-de-rato
Euphorbiaceae Croton sellowii Baill. -
Euphorbia sp -
Euphorbiaceae -
Fabaceae Abarema cochliacarpos (Gomes) Barneby & JW Grimes
ingarana
Abarema filamentosa (Benth.) Pittier barbatimão
Abrus precatorius L. olho-de-cabra
Aeschynomene sp carrapicho
Andira sp angelim-branco
Bauhinia sp pata-de-vaca
Centrosema virginianum (L.) Benth
feijão-bravo
Dalbergia nigra (Vell.) Allemão ex Benth.
jacaranda
Fabaceae 01 -
Fabaceae 02 trepadeira
264
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Família Espécie Nome popular
Inga ciliata C. Presl ingá
Inga laurina Willd ingá
Inga spp ingá
Inga thibaudiana DC ingá
Machaerium aculeatum Raddi bico-de-pato
Stryphnodendron pulcherrimum (Willd.) Hochr.
Juerana-branca
Swartzia apetala Raddi -
Swartzia macrostachya Benth. -
Tachigali rugosa (Mart. ex Benth.) Zarucchi & Pipoly
ingá-bravo
Heliconiaceae Heliconia psittacorum L. helicônia
Heliconia sp helicônia
Humiriaceae Sacoglottis mattogrossensis Malme -
Hypericaceae Vismia guianensis (Aubl.) Choisy lacre
Lacistemataceae Lacistema robustum Schnizl. baga-de jaboti
Lauraceae Ocotea spp louro
Lecythidaceae Eschweilera ovata (Cambess.) Mart. ex Miers
biriba
Lecythis sp -
Loganiaceae Strychnos sp -
Malpighiaceae Byrsonima sericea DC. murici
Malvaceae Ceiba sp
Guazuma ulmifolia Lam. mutamba
Malvaceae -
Pavonia sp malva
265
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Família Espécie Nome popular
Sida sp vassourinha
Triumfetta sp
carrapicho
Marantaceae Ischnosiphon sp -
Marantaceae -
Stromanthe porteana Griseb. -
Melastomataceae Clidemia spp -
Henriettea succosa (Aubl.)DC. munduruvu
Miconia albicans (Sw.)Triana canela-de-velho
Miconia chartacea Triana -
Miconia ciliata (Rich.) DC. -
Miconia dodecandra Cogn. -
Miconia minutiflora (Bonpl.)DC. tinteira
Miconia prasina (Sw.) DC sabiazeira
Miconia sp -
Meliaceae Cabralea sp canjerana
Guarea guidonia (L.) Sleumer bambuzinho
Menispermaceae Menispermaceae -
Monilophyta Monilophyta -
Moraceae Artocarpus heterophyllus Lam. jaqueira
Brosimum sp -
Moraceae -
Sorocea guilleminiana Gaudich. folha-de-serra
Myrtaceae Eugenia sp -
266
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Família Espécie Nome popular
Myrcia silvatica (O.Berg)Kiaersk. -
Myrcia splendens (Sw.)DC. -
Myrtaceae -
Psidium sp -
Olacaceae Heisteria sp -
Orchidaceae Catasetum sp -
Oeceoclades maculata (Lindl.) Lindl. -
Orchidaceae -
Vanilla sp baunilha
Passifloraceae Passiflora sp maracujá
Peraceae Chaetocarpus echinocarpus (Baill.) Ducke
mamona-vermelha
Pera glabrata (Schott) Poepp. Ex Baill.
pau-de-tamanco
Pogonophora schomburgkiana Miers ex Benth.
coção
Piperaceae Piper aduncum L. -
Piper divaricatum G. Mey. caapeba
Piper sp caapeba
Piperaceae -
Plantaginaceae Plantaginaceae -
Poaceae Brachiaria sp capim-braquiária
Guadua angustifólia Kunth
Olyra latifolia L. -
Oplismenus hirtellus (L.) P.Beauv. -
Panicum sp -
267
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Família Espécie Nome popular
Poaceae 01 -
Poaceae 02 -
Polygonaceae Coccoloba mollis Casar -
Coccoloba sp folha-de-bolo
Primulaceae Myrsine umbellata Mart. pororoca
Pteridaceae Adianthum sp 01 -
Adianthum sp 02
-
Rubiaceae Chomelia anisomeris Müll.Arg. -
Genipa americana L. genipapo
Geophila sp -
Psychotria spp -
Rubiaceae -
Ruscaceae Dracaena sp dracena
Rutaceae Ertela sp -
Zanthoxylum sp espinho-cheiroso
Salicaceae Casearia commersoniana Cambess. cafezinho
Sapindaceae Allophyllus laevigatus Radlk. xau-xau
Cupania spp caboatã
Sapindaceae trepadeira
Sapindaceae 01 -
Sapotaceae Pouteria spp -
Sapotaceae 01 -
Sapotaceae 02 -
Simaroubaceae Simaba cedron Planch. paratudo
268
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Família Espécie Nome popular
Simarouba amara Aubl. pau-paraíba
Siparunaceae Siparuna guianensis Aubl. negamina
Smilacaceae Smilax sp -
Solanaceae Solanum sp 01 -
Solanum sp 02 -
Urticaceae Cecropia sp embaúba
Verbenaceae Stachytarpheta sp -
Vochysiaceae Vochysia lucida C.Presl pau-de-tucano
Indeterminada 1 - -
Indeterminada 2 - -
Indeterminada 3 - -
Plântula - -
3.3.1 Remanescente Alphaville I
Foram registrados para o remanescente Alphaville I valores médios de biomassa e espessura
vertical da serrapilheira de 0,798 ± 0,329 Kg.m-2 e 3,213 ± 1,556 cm, respectivamente. Dos
cinco intervalos de classe adotados no presente trabalho para os valores médios de biomassa,
obtiveram-se apenas índices de frequência absoluta relativa e acumulada nas três primeiras
classes, com a primeira registrando 70% para a frequência relativa (tabela 46). Já para o
atributo espessura, com a ocorrência de dados nas quatro primeiras classes, foi registrada a
frequência relativa de 60% na segunda classe (tabela 47).
Na análise de abundância do subosque do remanescente Alphaville I registraram-se vinte
famílias botânicas, vinte gêneros e vinte e oito espécies/táxons. Para a densidade absoluta foi
269
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
obtida variação de 0,14 a 17,86 ind.m-2 com as espécies/táxons Piper sp, Oplismenus
hirtellus, Himatanthus bracteatus, Protium heptaphyllum e Plântula (tabela 48), apresentando
os maiores índices. Destas, Piper sp destacou-se das demais em termos de sua grande
ocorrência sendo, por conseguinte, a espécie mais densa e mais frequente do remanescente.
Tabela 46 – Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da
serrapilheira do remanescente Alphaville I da Mata Atlânticade Salvador. Fevereiro de
2011 a outubro de 2012.
Intervalo de classe
(Kg.m-2) xi Ƒi ƒri% Fi Fri%
[0,237 - 0,955[ 0,596 21 70,00 21 70,0
[0,955 - 1,673[ 1,314 8 26,67 29 96,7
[1,673 - 2,390[ 2,031 1 3,33 30 100,0
[2,390 - 3,108[ 2,749 - - - -
[3,108 - 3,826] 3,467 - - - -
Total - 30 100 - -
xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência
acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.
Tabela 47 - Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do
remanescente Alphaville I da Mata Atlânticade Salvador. Fevereiro de 2011 a outubro
de 2012.
Intervalo de classe
(cm) xi Ƒi ƒri% Fi Fri%
[0,0 - 2,6[ 1,30 27 33,75 27 33,8
[2,6 - 5,2[ 3,90 48 60,00 75 93,8
[5,2 - 7,8[ 6,50 4 5,00 79 98,8
[7,8 - 10,4[ 9,10 1 1,25 80 100,0
[10,4 - 13,0] 11,70 - - - -
Total - 80 100 - -
270
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência
acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.
Tabela 48 – Densidades absoluta (DA) relativa (DR) frequências absoluta (FA) e relativa (FR)
dos táxons (famílias, gêneros e espécies) de plantas ocorrentes no subosque do remanescente
Alphaville I da Mata Atlânticade Salvador. Fevereiro de 2011 a outubro de 2012.
Espécie DA DR FA FR
Piper sp 17,86 34,72 100,00 8,97
Oplismenus hirtellus 4,14 8,06 28,57 2,56
Himatanthus bracteatus 3,71 7,22 71,43 6,41
Protium heptaphyllum 3,14 6,11 85,71 7,69
Plântula 3,14 6,11 85,71 7,69
Olyra latifolia 2,57 5,00 14,29 1,28
Sapindaceae 02 2,14 4,17 85,71 7,69
Rhynchospora cephalotes 2,00 3,89 57,14 5,13
Heliconia sp 2,00 3,89 71,43 6,41
Eschweilera ovata 1,71 3,33 57,14 5,13
Philodendron acutatum 1,14 2,22 57,14 5,13
Inga cililata 1,14 2,22 57,14 5,13
Psychotria spp 1,14 2,22 14,29 1,28
Xylopia sericea 1,00 1,94 42,86 3,85
Stromanthe porteana 0,86 1,67 14,29 1,28
Elaeis gineensis 0,71 1,39 28,57 2,56
Dilleniaceae 0,57 1,11 42,86 3,85
Simarouba amara 0,57 1,11 28,57 2,56
Bignoniaceae 02 0,29 0,56 14,29 1,28
Myrtaceae 0,29 0,56 28,57 2,56
Indeterminada 3 0,29 0,56 28,57 2,56
Bactris sp 0,14 0,28 14,29 1,28
271
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Espécie DA DR FA FR
Stryphnodendron pulcherrimum 0,14 0,28 14,29 1,28
Ocotea sp 0,14 0,28 14,29 1,28
Poaceae 01 0,14 0,28 14,29 1,28
Rubiaceae 0,14 0,28 14,29 1,28
Siparuna guianensis 0,14 0,28 14,29 1,28
Indeterminada 01 0,14 0,28 14,29 1,28
51,43 100,00 1114,29 100,00
3.3.2 Remanescente Alphaville II
Para o remanescente Alphaville II registraram-se valores médios de biomassa e espessura
vertical da serrapilheira de 0,851 ± 0,203 Kg.m-2 e 3,213 ± 1,556 cm, respectivamente.
Quanto à distribuição de frequência nos cinco intervalos de classe, para as duas variáveis foi
observada ocorrência apenas na primeira e segunda classe sendo 73,33% dos resultados de
biomassa representadas na primeira e 65% dos valores de espessura vertical na segunda classe
(tabelas 49 e 50). Na análise de abundância do subosque do registraram-se dezessete famílias
botânicas, dezessete gêneros e vinte espécies/táxons. A densidade absoluta variou de 0,50 a
13,50 ind.m-2 com as espécies/táxons Olyra latifólia, Protium heptaphyllum, Inga spp e Piper
sp destacando com os maiores índices (tabela 51).
Tabela 49 - Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da
serrapilheira do remanescente Alphaville II da Mata Atlânticade Salvador. Fevereiro de
2011 a outubro de 2012.
Intervalo de classe
(Kg.m-2) xi ƒi ƒri% Fi Fri%
[0,237 - 0,955[ 0,596 11 73,33 11 73,3
[0,955 - 1,673[ 1,314 4 26,67 15 100,0
272
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
[1,673 - 2,390[ 2,031 - - - -
[2,390 - 3,108[ 2,749 - - - -
[3,108 - 3,826] 3,467 - - - -
Total - 15 100 - -
xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência
acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.
Tabela 50 - Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do
remanescente Alphaville II da Mata Atlânticade Salvador. Fevereiro de 2011 a outubro
de 2012.
Intervalo de classe
(cm) xi ƒi ƒri% Fi Fri%
[0,0 - 2,6[ 1,30 7 35,00 7 35,0
[2,6 - 5,2[ 3,90 13 65,00 20 100,0
[5,2 - 7,8[ 6,50 - - - -
[7,8 - 10,4[ 9,10 - - - -
[10,4 - 13,0] 11,70 - - - -
Total - 20 100 - -
xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência
acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.
Tabela 51 - Densidades absoluta (DA) relativa (DR) frequências absoluta (FA) e relativa (FR)
dos táxons (famílias, gêneros e espécies) de plantas ocorrentes no subosque do remanescente
Alphaville II da Mata Atlânticade Salvador. Fevereiro de 2011 a outubro de 2012.
Espécie DA DR FA FR
Tapirira guianensis 1,00 1,59 50,00 3,85
Xylopia sericea 3,50 5,56 100,00 7,69
Himatanthus bracteatus 3,50 5,56 100,00 7,69
273
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Espécie DA DR FA FR
Philodendron acutatum 2,00 3,17 50,00 3,85
Schefflera morototoni 0,50 0,79 50,00 3,85
Cordia sp 1,00 1,59 50,00 3,85
Protium heptaphyllum 12,00 19,05 50,00 3,85
Rhynchospora cephalotes 2,00 3,17 50,00 3,85
Scleria bracteata 2,00 3,17 50,00 3,85
Dilleniaceae 1,00 1,59 50,00 3,85
Inga spp 7,00 11,11 100,00 7,69
Fabaceae 01 1,00 1,59 50,00 3,85
Eschweilera ovata 1,50 2,38 50,00 3,85
Clidemia spp 1,50 2,38 100,00 7,69
Piper sp 5,00 7,94 50,00 3,85
Olyra latifolia 13,50 21,43 100,00 7,69
Oplismenus hirtellus 0,50 0,79 50,00 3,85
Psychotria spp 1,00 1,59 50,00 3,85
Sapindaceae 02 3,00 4,76 100,00 7,69
Indeterminada 03 0,50 0,79 50,00 3,85
63,00 100,00 1300,00 100,00
3.3.3 Remanescente Aterro Canabrava
No remanescente Aterro Canabrava os valores médios de biomassa e espessura vertical da
serrapilheira foram, respectivamente, de 1,660 ± 0,679 Kg.m-2 e 6,231 ± 2,0 cm. Os
resultados para as duas variáveis foram registrados nos cinco intervalos de classe sendo mais
representativos na segunda e terceira classe com 53,73 e 20,90% para a biomassa e 42,86 e
30,61% para espessura vertical, respectivamente (tabelas 52 e 53). Para o subosque, foram
identificadas vinte e duas famílias, vinte e quatro gêneros e vinte e nove espécies/táxons. A
densidade absoluta variou de 0,02 a 2,78 ind.m-2 sendo os maiores registros observados para
Himatanthus bracteatus e Tapirira guianensis com 2,78 e 1,73 ind.m-2, respectivamente
274
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
(tabela 54). Todas as demais espécies/táxons desse remanescente apresentaram densidade
absoluta inferior a 1,0 ind.m-2.
Tabela 52 - Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da
serrapilheira do remanescente Aterro Canabrava da Mata Atlânticade Salvador.
Fevereiro de 2011 a outubro de 2012.
Intervalo de classe
(Kg.m-2) xi ƒi ƒri% Fi Fri%
[0,237 - 0,955[ 0,596 5 7,46 5 7,5
[0,955 - 1,673[ 1,314 36 53,73 41 61,2
[1,673 - 2,390[ 2,031 14 20,90 55 82,1
[2,390 - 3,108[ 2,749 10 14,93 65 97,0
[3,108 - 3,826] 3,467 2 2,99 67 100,0
Total - 67 100 - -
xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência
acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.
Tabela 53 - Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do
remanescente Aterro Canabrava da Mata Atlânticade Salvador. Fevereiro de 2011 a
outubro de 2012.
Intervalo de classe
(cm) xi ƒi ƒri% Fi Fri%
[0,0 - 2,6[ 1,30 1 0,68 1 0,7
[2,6 - 5,2[ 3,90 63 42,86 64 43,5
[5,2 - 7,8[ 6,50 45 30,61 109 74,1
[7,8 - 10,4[ 9,10 34 23,13 143 97,3
[10,4 - 13,0] 11,70 4 2,72 147 100,0
Total - 147 100 - -
275
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência
acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.
Tabela 54 - Densidades absoluta (DA) relativa (DR) frequências absoluta (FA) e relativa (FR)
dos táxons (famílias, gêneros e espécies) de plantas ocorrentes no subosque do remanescente
Aterro Canabrava da Mata Atlânticade Salvador. Fevereiro de 2011 a outubro de 2012.
Espécie DA DR FA FR
Tapirira guianensis 1,73 18,24 5,28 6,25
Himatanthus bracteatus 2,78 29,39 8,45 10,00
Schefflera morototoni 0,02 0,17 1,06 1,25
Bactris sp 0,05 0,51 2,11 2,50
Protium heptaphyllum 0,74 7,77 9,50 11,25
Platonia sp 0,06 0,68 2,11 2,50
Rhynchospora cephalotes 0,67 7,09 3,17 3,75
Scleria bracteata 0,82 8,61 5,28 6,25
Dilleniaceae 0,03 0,34 2,11 2,50
Erythroxylum spp 0,10 1,01 3,17 3,75
Pogonophora schomburgkiana 0,03 0,34 2,11 2,50
Abarema cochliocarpos 0,08 0,84 1,06 1,25
Inga spp 0,05 0,51 1,06 1,25
Stryphnodendron pulcherrimum 0,18 1,86 2,11 2,50
Casearia sp 0,02 0,17 1,06 1,25
Heliconia sp 0,11 1,18 2,11 2,50
Eschweilera ovata 0,35 3,72 4,22 5,00
Henriettea sp 0,13 1,35 2,11 2,50
Myrtaceae 0,13 1,35 5,28 6,25
Piper sp 0,77 8,11 1,06 1,25
Brachiaria sp 0,06 0,68 1,06 1,25
Olyra latifolia 0,06 0,68 3,17 3,75
276
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Espécie DA DR FA FR
Coccoloba sp 0,11 1,18 3,17 3,75
Myrsine umbellata 0,02 0,17 1,06 1,25
Psychotria spp 0,03 0,34 2,11 2,50
Rubiaceae 0,06 0,68 2,11 2,50
Simarouba amara 0,21 2,20 4,22 5,00
Indeterminada 2 0,06 0,68 2,11 2,50
Indeterminada 3 0,02 0,17 1,06 1,25
9,47 100,00 84,46 100,00
3.3.4 Remanescente Aterro Metropolitano Centro
Os valores médios registrados para biomassa e espessura vertical da serrapilheira no
remanescente Aterro Metropolitano Centro foram, respectivamente, de 1,412 ± 0,482 Kg.m-2
e 4,4 ± 2,122 cm. A biomassa foi representada nas três primeiras classes com destaque para a
segunda, com 45,00% (tabela 55) e a espessura vertical, nas quatro primeiras classes com
maior frequência na classe II (52,50%) (tabela 56). A análise da abundância do subosque
revelou vinte e três famílias botânicas, vinte e dois gêneros e trinta e uma espécies/táxons. A
densidade absoluta variou de 0,20 a 3,40 ind.m-2. Tapirira guianensis e Himatanthus
bracteatus foram as espécies de maior abundância com 3,40 ind.m-2 sendo, H. bracteatus a
única espécie com 100% de frequência para esse remanescente (tabela 57).
Tabela 55 - Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da
serrapilheira do remanescente Aterro Metropolitano Centro da Mata Atlântica de
Salvador. Fevereiro de 2011 a outubro de 2012.
Intervalo de classe
(Kg.m-2) xi ƒi ƒri% Fi Fri%
[0,237 - 0,955[ 0,596 4 20,00 4 20,0
[0,955 - 1,673[ 1,314 9 45,00 13 65,0
277
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
[1,673 - 2,390[ 2,031 7 35,00 20 100,0
[2,390 - 3,108[ 2,749 - - - -
[3,108 - 3,826] 3,467 - - - -
Total - 20 100 - -
xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência
acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.
Tabela 56 - Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do
remanescente Aterro Metropolitano Centro da Mata Atlânticade Salvador. Fevereiro de
2011 a outubro de 2012.
Intervalo de classe
(cm) xi ƒi ƒri% Fi Fri%
[0,0 - 2,6[ 1,30 7 17,50 7 17,5
[2,6 - 5,2[ 3,90 21 52,50 28 70,0
[5,2 - 7,8[ 6,50 9 22,50 37 92,5
[7,8 - 10,4[ 9,10 3 7,50 40 100,0
[10,4 - 13,0] 11,70 - - - -
Total - 40 100 - -
xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência
acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.
Tabela 57 - Densidades absoluta (DA) relativa (DR) frequências absoluta (FA) e relativa (FR)
dos táxons (famílias, gêneros e espécies) de plantas ocorrentes no subosque do remanescente
Aterro Metropolitano Centro da Mata Atlânticade Salvador. Fevereiro de 2011 a outubro de
2012.
Espécie DA DR FA FR
Tapirira guianensis 3,40 12,88 60,00 5,56
Xylopia sericea 1,00 3,79 80,00 7,41
Himatanthus bracteatus 3,40 12,88 100,00 9,26
Schefflera morototoni 0,20 0,76 20,00 1,85
278
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Espécie DA DR FA FR
Attalea burretiana 0,20 0,76 20,00 1,85
Bactris sp 0,20 0,76 20,00 1,85
Cordia sp 0,40 1,52 40,00 3,70
Protium heptaphyllum 0,40 1,52 40,00 3,70
Kielmeyera neglecta 0,20 0,76 20,00 1,85
Rhynchospora cephalotes 1,80 6,82 40,00 3,70
Rhynchospora sp 1,60 6,06 40,00 3,70
Scleria bracteata 0,40 1,52 20,00 1,85
Dilleniaceae 0,20 0,76 20,00 1,85
Erythroxylum spp 0,20 0,76 20,00 1,85
Abarema cochliocarpos 0,40 1,52 40,00 3,70
Dalbergia nigra 0,20 0,76 20,00 1,85
Heliconia sp 0,20 0,76 20,00 1,85
Eschweilera ovata 0,20 0,76 20,00 1,85
Clidemia spp 1,00 3,79 60,00 5,56
Henriettea sp 1,00 3,79 20,00 1,85
Myrtaceae 0,40 1,52 20,00 1,85
Oeceoclades maculata 0,20 0,76 20,00 1,85
Piper sp 0,20 0,76 20,00 1,85
Poaceae 01 3,00 11,36 40,00 3,70
Myrsine umbellata 0,40 1,52 20,00 1,85
Psychotria spp 0,20 0,76 20,00 1,85
Sapindaceae 02 0,60 2,27 40,00 3,70
Indeterminada 1 0,20 0,76 20,00 1,85
Indeterminada 2 0,40 1,52 40,00 3,70
Indeterminada 3 1,60 6,06 60,00 5,56
Plântula 2,60 9,85 60,00 5,56
26,40 100,00 1080,00 100,00
279
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
3.3.5 Remanescente Bacia do Cobre
Foram registrados para o fragmento Bacia do Cobre valores médios de biomassa seca e
espessura vertical da serrapilheira de 0,940 ± 0,323 Kg.m-2 e 4,857 ± 1,248 cm
respectivamente. Quanto à distribuição de frequência nos cinco intervalos de classe adotados
no presente trabalho para os valores médios de biomassa, obtiveram-se índices de frequência
absoluta, relativa e acumulada nas cinco classes, com maior valor na segunda, registrando
56,18 % para a frequência relativa (Tabela 58). Com relação ao atributo espessura, com dados
também nas cinco classes, foi registrada a frequência relativa de 59,62%, também na segunda
classe (Tabela 59).
No estudo de abundância das populações de plantas do estrato subosque do fragmento Bacia
do Cobre, registraram-se cento e uma espécies/táxons, distribuídas em quarenta e cinco
famílias botânicas e sessenta e nove gêneros. Para a densidade absoluta média foi obtida
variação de 0,006 a 2,667 ind.m-2 com as espécies/táxons Protium heptaphyllum, Piper sp,
Poaceae 01, Himatanthus bracteatus (Tabela 60), apresentando os maiores índices. Todas as
demais espécies/táxons desse fragmento apresentaram densidade absoluta inferior a 1,0 ind.m-
2.
Tabela 58 – Distribuição de freqüência da biomassa espacial (standing crop) da serrapilheira do fragmento Bacia do Cobre da mata atlântica de Salvador. Abril – Maio, 2012.
Intervalo de classe (Kg.m-2) xi ƒi ƒri% Fi Fri%
[0,105 - 0,536[ 0,373 18,0 7,17 18,0 7,17
[0,536 - 0,967[ 0,752 141,0 56,18 159,0 63,35
[0,967 - 1,399[ 0,967 68,0 27,09 227,0 90,44
[1,399 - 1,830[ 2,314 21,0 8,37 248,0 98,80
[1,830 - 2,261] 2,961 3,0 1,20 251,0 100,00
251,0 100
280
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Tabela 59 - Distribuição de freqüência da espessura vertical da serrapilheira do fragmento Bacia do Cobre da mata atlântica de Salvador. Abril – Maio, 2012.
Intervalo de classe xi ƒi ƒri% Fi Fri%
[1,6 - 3,6[ 2,600 29,00 11,15 29,00 11,15
[3,6 - 5,2[ 4,400 155,00 59,62 184,00 70,77
[5,2 - 6,8[ 6,000 60,00 23,08 244,00 93,85
[6,8 - 8,4[ 7,600 14,00 5,38 258,00 99,23
[8,4 - 10,0] 9,200 2,00 0,77 260,00 100,00
260 100
Tabela 60 – Densidades absoluta (DA), relativa (DR), freqüências absoluta (FA) e relativa (FR) das espécies/táxons de plantas ocorrentes no subosque do fragmento Bacia do Cobre da mata atlântica de Salvador. Abril – Maio 2012.
Espécie DA DR FA FR
Protium heptaphyllum 2,667 14,820 64,103 9,407
Piper sp 1,872 10,403 34,615 5,080
Poaceae 01 1,231 6,840 18,590 2,728
Himatanthus bracteatus 1,000 5,558 51,282 7,526
Plantula 0,917 5,094 20,513 3,010
Poaceae 02 0,692 3,848 7,692 1,129
Olyra latifolia 0,679 3,776 17,308 2,540
Thyrsodium spruceanum 0,596 3,313 23,718 3,481
Heliconia psittacorum 0,532 2,957 16,667 2,446
281
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Rhynchospora cephalotes 0,506 2,814 10,897 1,599
Psychotria spp 0,404 2,244 22,436 3,293
Scleria bracteata 0,365 2,031 12,179 1,787
Sapindaceae 02 0,353 1,959 21,154 3,104
Erythroxylum spp 0,340 1,888 9,615 1,411
Inga spp 0,340 1,888 15,385 2,258
Indeterminada 03 0,340 1,888 17,949 2,634
Myrtaceae 0,314 1,746 21,154 3,104
Chomelia anisomeris 0,282 1,568 5,128 0,753
Cordia nodosa 0,250 1,389 17,308 2,540
Ocotea spp 0,212 1,176 7,692 1,129
Symphonia globulifera 0,199 1,104 12,179 1,787
Coccoloba sp 0,186 1,033 11,538 1,693
Tapirira guianensis 0,186 1,033 7,692 1,129
Inga laurina 0,167 0,926 7,051 1,035
Inga thibaudiana 0,167 0,926 8,974 1,317
Philodendron bipinnatifidum 0,154 0,855 11,538 1,693
Ischonosiphon sp 0,141 0,784 2,564 0,376
Indeterminada 02 0,135 0,748 7,051 1,035
Kielmeyera neglecta 0,135 0,748 10,897 1,599
Tetracera sp 0,128 0,713 8,333 1,223
Clidemia spp 0,122 0,677 8,333 1,223
Henriettea succosa 0,115 0,641 8,333 1,223
Dilleniaceae 0,103 0,570 7,051 1,035
282
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Artocarpus heterophyllus 0,096 0,534 3,846 0,564
Eschweilera ovata 0,096 0,534 8,333 1,223
Vismia guianensis 0,096 0,534 3,205 0,470
Xylopia sericea 0,096 0,534 5,769 0,847
Inga ciliata 0,090 0,499 7,692 1,129
Brosimum sp 0,083 0,463 5,128 0,753
Cupania spp 0,083 0,463 6,410 0,941
Lacistema robustum 0,083 0,463 6,410 0,941
Monilophyta 0,083 0,463 5,128 0,753
Smilax sp 0,077 0,428 5,769 0,847
Sorocea guilleminiana 0,071 0,392 5,128 0,753
Fabaceae trep 0,064 0,356 3,205 0,470
Myrcia splendens 0,064 0,356 6,410 0,941
Simarouba amara 0,064 0,356 5,128 0,753
Bignoniaceae 02 0,058 0,321 4,487 0,659
Piper divaricatum 0,058 0,321 5,769 0,847
Syagrus coronata 0,058 0,321 1,923 0,282
Davilla sp 0,051 0,285 3,205 0,470
Myrcia silvatica 0,051 0,285 2,564 0,376
Dichorisandra hexandra 0,038 0,214 2,564 0,376
Miconia minutiflora 0,038 0,214 2,564 0,376
Siparuna guianensis 0,038 0,214 3,846 0,564
Casearia commersoniana 0,032 0,178 2,564 0,376
Cordia sp 0,032 0,178 2,564 0,376
283
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Strychnos sp 0,032 0,178 1,282 0,188
Allagoptera caudescens 0,026 0,143 1,923 0,282
Apocynaceae 0,026 0,143 2,564 0,376
Attalea burretiana 0,026 0,143 1,923 0,282
Guarea guidonia 0,026 0,143 1,923 0,282
Swartzia macrostachya 0,026 0,143 1,282 0,188
Allophylus laevigatus 0,019 0,107 1,923 0,282
Arecaceae 0,019 0,107 1,282 0,188
Commelina sp 0,019 0,107 1,923 0,282
Miconia prasina 0,019 0,107 1,923 0,282
Myrsine umbellata 0,019 0,107 1,282 0,188
Orchidaceae 0,019 0,107 0,641 0,094
Schefflera morototoni 0,019 0,107 1,282 0,188
Abarema cochliacarpos 0,013 0,071 1,282 0,188
Byrsonima sericea 0,013 0,071 0,641 0,094
Cabralea sp 0,013 0,071 1,282 0,188
Eugenia sp 0,013 0,071 0,641 0,094
Fabaceae 01 0,013 0,071 0,641 0,094
Miconia albicans 0,013 0,071 1,282 0,188
Psidium sp 0,013 0,071 1,282 0,188
Rubiacea 0,013 0,071 1,282 0,188
Seiba sp 0,013 0,071 0,641 0,094
Tabernaemontana sp 0,013 0,071 1,282 0,188
Triumfetta sp 0,013 0,071 0,641 0,094
284
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Aeschynomene sp 0,006 0,036 0,641 0,094
Andira sp 0,006 0,036 0,641 0,094
Bauhinia sp 0,006 0,036 0,641 0,094
Bromeliaceae 0,006 0,036 0,641 0,094
Coccoloba mollis 0,006 0,036 0,641 0,094
Cucurbitaceae 0,006 0,036 0,641 0,094
Euphorbiaceae 0,006 0,036 0,641 0,094
Guadua angustifolia 0,006 0,036 0,641 0,094
Hohenbergia stellata 0,006 0,036 0,641 0,094
Jacaranda obovata 0,006 0,036 0,641 0,094
Malvaceae 0,006 0,036 0,641 0,094
Moraceae 0,006 0,036 0,641 0,094
Passiflora sp 0,006 0,036 0,641 0,094
Pavonia sp 0,006 0,036 0,641 0,094
Sapotaceae 01 0,006 0,036 0,641 0,094
Schinus terebinthifolius 0,006 0,036 0,641 0,094
Simaba cedron 0,006 0,036 0,641 0,094
Stachytarpheta sp 0,006 0,036 0,641 0,094
Stromanthe porteana 0,006 0,036 0,641 0,094
Unonopsis sp 0,006 0,036 0,641 0,094
TOTAL 17,994 100,000 681,410 100,000
285
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
3.3.6 Remanescente Barragem Ipitanga I
No remanescente Barragem Ipitanga I foi registrada biomassa média da serrapilheira de 1,079
± 0,391 Kg.m-2 e espessura vertical média 3,825 ± 1,107 cm. A distribuição de frequência da
biomassa foi observada nas três primeiras classes com os valores concentrados na segunda e
na primeira classe com 50,00 e 45,00%, respectivamente (tabela 61). Para a espessura
vertical, também representada nas três primeiras classes, a maior frequência foi observada na
segunda classe com 82,50% (tabela 62). Na avaliação qualitativa do subosque foram
identificadas dezenove famílias botânicas, dezessete gêneros e vinte e duas espécies/táxons
(tabela 63). A densidade absoluta apresentou variação 0,25 a 5,50 ind.m-2 com as espécies
Tapirira guianensis, Protium heptaphyllum, Himatanthus bracteatus e Scleria bracteata
apresentando os maiores índices. H. bracteatus, assim como no remanescente anterior obteve
100% de frequência.
Tabela 61 - Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da
serrapilheira do remanescente Ipitanga I da Mata Atlânticade Salvador. Fevereiro de
2011 a outubro de 2012.
Intervalo de classe
(Kg.m-2) xi ƒi ƒri% Fi Fri%
[0,237 - 0,955[ 0,596 9 45,00 9 45,0
[0,955 - 1,673[ 1,314 10 50,00 19 95,0
[1,673 - 2,390[ 2,031 1 5,00 20 100,0
[2,390 - 3,108[ 2,749 - - - -
[3,108 - 3,826] 3,467 - - - -
Total - 20 100 - -
xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência
acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.
286
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Tabela 62 - Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do
remanescente Ipitanga I da Mata Atlânticade Salvador. Fevereiro de 2011 a outubro de
2012.
Intervalo de classe
(cm) xi ƒi ƒri% Fi Fri%
[0,0 - 2,6[ 1,30 3 7,50 3 7,5
[2,6 - 5,2[ 3,90 33 82,50 36 90,0
[5,2 - 7,8[ 6,50 4 10,00 40 100,0
[7,8 - 10,4[ 9,10 - - - -
[10,4 - 13,0] 11,70 - - - -
Total - 40 100 - -
xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência
acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.
Tabela 63 - Densidades absoluta (DA) relativa (DR) frequências absoluta (FA) e relativa (FR)
dos táxons (famílias, gêneros e espécies) de plantas ocorrentes no subosque do remanescente
Ipitanga I da Mata Atlânticade Salvador. Fevereiro de 2011 a outubro de 2012.
Espécie DA DR FA FR
Tapirira guianensis 5,50 14,38 75,00 7,69
Xylopia sericea 1,00 2,61 50,00 5,13
Himatanthus bracteatus 4,25 11,11 100,00 10,26
Cordia sp 1,00 2,61 25,00 2,56
Protium heptaphyllum 4,50 11,76 50,00 5,13
Kielmeyera neglecta 0,25 0,65 25,00 2,56
Rhynchospora cephalotes 1,00 2,61 25,00 2,56
Scleria bracteata 4,25 11,11 50,00 5,13
Dilleniaceae 0,50 1,31 50,00 5,13
Erythroxylum spp 0,25 0,65 25,00 2,56
Inga spp 1,75 4,58 25,00 2,56
Fabaceae 01 0,25 0,65 25,00 2,56
287
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Espécie DA DR FA FR
Andira sp 0,25 0,65 25,00 2,56
Heliconia sp 0,50 1,31 25,00 2,56
Myrtaceae 0,50 1,31 50,00 5,13
Artocarpus heterophyllus 0,25 0,65 25,00 2,56
Piper sp 2,50 6,54 25,00 2,56
Poaceae 01 3,00 7,84 50,00 5,13
Myrsine umbellata 0,50 1,31 50,00 5,13
Psychotria spp 2,75 7,19 75,00 7,69
Sapindaceae 02 1,25 3,27 50,00 5,13
Plântula 2,25 5,88 75,00 7,69
38,25 100,00 975,00 100,00
3.3.7 Remanescente Ipitanga II
Nesse remanescente foi obtida biomassa espacial média da serrapilheira de 1,356 ± 0,358
Kg.m-2 e média de 3,867 ± 1,106 cm para a espessura vertical. Para as duas variáveis foi
observada distribuição de frequência apenas nas três primeiras classes com 53,33%
representados na classe II para a biomassa e 80,00% na mesma classe para a espessura
vertical (tabelas 64 e 65). No subosque observaram-se dezessete famílias botânicas, quinze
gêneros e vinte espécies/táxons. A abundância das espécies/táxons variou de 0,33 a 9,67
ind.m-2 com destaque para Tapirira guianensis, Scleria bracteata e Plântula. A espécie
Tapirira guianensis, Plântula e os táxons das famílias Myrtaceae e Dilleniaceae obtiveram
frequência de 100% para o remanescente (tabela 66).
288
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Tabela 64 - Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da
serrapilheira do remanescente Ipitanga II da Mata Atlânticade Salvador. Fevereiro de
2011 a outubro de 2012.
Intervalo de classe
(Kg.m-2) xi ƒi ƒri% Fi Fri%
[0,237 - 0,955[ 0,596 3 20,00 3 20,0
[0,955 - 1,673[ 1,314 8 53,33 11 73,3
[1,673 - 2,390[ 2,031 4 26,67 15 100,0
[2,390 - 3,108[ 2,749 - - - -
[3,108 - 3,826] 3,467 - - - -
Total - 15 100 - -
xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência
acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.
Tabela 65 - Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do
remanescente Ipitanga II da Mata Atlânticade Salvador. Fevereiro de 2011 a outubro de
2012.
Intervalo de classe
(cm) xi ƒi ƒri% Fi Fri%
[0,0 - 2,6[ 1,30 3 10,00 3 10,0
[2,6 - 5,2[ 3,90 24 80,00 27 90,0
[5,2 - 7,8[ 6,50 3 10,00 30 100,0
[7,8 - 10,4[ 9,10 - - - -
[10,4 - 13,0] 11,70 - - - -
Total - 30 100 - -
xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência
acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.
289
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Tabela 66 - Densidades absoluta (DA) relativa (DR) frequências absoluta (FA) e relativa (FR)
dos táxons (famílias, gêneros e espécies) de plantas ocorrentes no subosque do remanescente
Ipitanga II da Mata Atlânticade Salvador. Fevereiro de 2011 a outubro de 2012.
Espécie DA DR FA FR
Tapirira guianensis 9,67 21,64 100,00 9,37
Himatanthus bracteatus 0,67 1,49 33,33 3,12
Schefflera morototoni 0,67 1,49 33,33 3,12
Protium heptaphyllum 0,67 1,49 33,33 3,12
Rhynchospora cephalotes 3,00 6,72 33,33 3,12
Rhynchospora sp 1,00 2,24 33,33 3,12
Scleria bracteata 7,67 17,16 66,67 6,25
Dilleniaceae 1,67 3,73 100,00 9,37
Stryphnodendron pulcherrimum 0,67 1,49 33,33 3,12
Casearia sp 0,67 1,49 33,33 3,12
Heliconia sp 0,67 1,49 66,67 6,25
Eschweilera ovata 1,00 2,24 33,33 3,12
Byrsonima sericea 0,33 0,75 33,33 3,12
Clidemia spp 3,33 7,46 33,33 3,12
Myrtaceae 2,33 5,22 100,00 9,37
Poaceae 01 3,00 6,72 66,67 6,25
Coccoloba sp 0,67 1,49 33,33 3,12
Myrsine umbellata 0,67 1,49 33,33 3,12
Psychotria spp 0,33 0,75 33,33 3,12
Indeterminada 3 1,33 2,99 33,33 3,12
Plântula 4,67 10,45 100,00 9,37
Total 44,67 100,00 1066,67 100,00
290
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
3.3.8 Remanescente Base Naval de Aratu
No fragmento Base Naval os valores médios de biomassa e espessura vertical da serrapilheira
foram 0,737 ± 0,239 Kg.m-2 e 4,979 ± 1,470 cm respectivamente. A distribuição de
frequência para a biomassa foi observada nas quatro primeiras classes com 63,33% na classe
II e, para a espessura, nas cinco classes, com 60,00% também na classe II. Na análise
qualitativa do subosque foram amostradas setenta e seis espécies/táxons distrbuídas em trinta
e sete famílias e cinquenta e dois gêneros. A densidade absoluta foi de 22,347 ind.m-2 com o
maior registro para Monstera adansonii com 8,069 ind.m-2, ou seja, 36,11% da densidade
total.
Tabela 67 – Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da serrapilheira do fragmento Base Naval da mata atlântica de Salvador. Junho, 2012.
Intervalo de classe (Kg.m-2) xi ƒi ƒri% Fi Fri%
[0,105 - 0,536[ 0,373 25,0 20,83 25,0 20,83
[0,536 - 0,967[ 0,752 76,0 63,33 101,0 84,17
[0,967 - 1,399[ 0,967 17,0 14,17 118,0 98,33
[1,399 - 1,830[ 2,314 2,0 1,67 120,0 100,00
[1,830 - 2,261] 2,961 - - - -
120,0 100,0
291
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Tabela 68 - Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do fragmento Base Naval da mata atlântica de Salvador. Junho, 2012
Intervalo de classe xi ƒi ƒri% Fi Fri%
[1,6 - 3,6[ 2,600 13,00 10,83 13,00 10,83
[3,6 - 5,2[ 4,400 72,00 60,00 85,00 70,83
[5,2 - 6,8[ 6,000 19,00 15,83 104,00 86,67
[6,8 - 8,4[ 7,600 9,00 7,50 113,00 94,17
[8,4 - 10,0] 9,200 7,00 5,83 120,00 100,00
120 100
Tabela 69 – Densidades absoluta (DA), relativa (DR), frequências absoluta (FA) e relativa (FR) das espécies/táxons de plantas ocorrentes no subosque do fragmento Base Naval da mata atlântica de Salvador. Junho, 2012.
Espécie DA DR FA FR
Monstera adansonii 8,069 36,109 81,944 12,241
Olyra latifolia 2,347 10,503 43,056 6,432
Adianthum sp 01 1,097 4,910 27,778 4,149
Tapirira guianensis 0,944 4,226 11,111 1,660
Protium heptaphyllum 0,889 3,978 38,889 5,809
Plântula 0,875 3,915 18,056 2,697
Sapindaceae 02 0,667 2,983 27,778 4,149
Cupania spp 0,597 2,672 31,944 4,772
Rubiaceae 0,389 1,740 11,111 1,660
Myrsine umbellata 0,375 1,678 16,667 2,490
292
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Poaceae 02 0,347 1,554 16,667 2,490
Ocotea spp 0,292 1,305 20,833 3,112
Heliconia psittacorum 0,222 0,994 9,722 1,452
Psychotria spp 0,222 0,994 16,667 2,490
Fabaceae 01 0,208 0,932 8,333 1,245
Xylopia sericea 0,208 0,932 11,111 1,660
Coccoloba sp 0,194 0,870 9,722 1,452
Inga ciliata 0,194 0,870 6,944 1,037
Indeterminada 02 0,167 0,746 12,500 1,867
Piper divaricatum 0,167 0,746 9,722 1,452
Rhynchospora cephalotes 0,167 0,746 4,167 0,622
Cordia sp 0,139 0,622 8,333 1,245
Himatanthus bracteatus 0,139 0,622 6,944 1,037
Malvaceae 0,139 0,622 4,167 0,622
Monilophyta 0,139 0,622 4,167 0,622
Thyrsodium spruceanum 0,139 0,622 9,722 1,452
Smilax sp 0,125 0,559 8,333 1,245
Allophylus laevigatus 0,111 0,497 6,944 1,037
Anthurium affine 0,111 0,497 11,111 1,660
Ertela sp 0,111 0,497 4,167 0,622
Scleria bracteata 0,111 0,497 4,167 0,622
Siparuna guianensis 0,111 0,497 5,556 0,830
Spondias mombin 0,111 0,497 2,778 0,415
Cordia nodosa 0,097 0,435 4,167 0,622
293
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Elaeis guineensis 0,097 0,435 5,556 0,830
Guarea guidonia 0,097 0,435 8,333 1,245
Bauhinia sp 0,083 0,373 4,167 0,622
Bignoniaceae 01 0,083 0,373 2,778 0,415
Bignoniaceae 02 0,083 0,373 2,778 0,415
Erythroxylum spp 0,083 0,373 6,944 1,037
Fabaceae 02 0,083 0,373 6,944 1,037
Miconia sp 0,083 0,373 4,167 0,622
Schefflera morototoni 0,083 0,373 6,944 1,037
Stromanthe porteana 0,083 0,373 5,556 0,830
Adianthum sp 02 0,069 0,311 5,556 0,830
Miconia minutiflora 0,069 0,311 4,167 0,622
Myrcia splendens 0,069 0,311 5,556 0,830
Simarouba amara 0,069 0,311 5,556 0,830
Sorocea guilleminiana 0,069 0,311 4,167 0,622
Indeterminada 01 0,069 0,311 6,944 1,037
Coccoloba mollis 0,056 0,249 5,556 0,830
Eschweilera ovata 0,056 0,249 5,556 0,830
Machaerium aculeatum 0,056 0,249 5,556 0,830
Oeceoclades maculata 0,056 0,249 5,556 0,830
Philodendron bipinnatifidum 0,056 0,249 2,778 0,415
Anthurium pentaphyllum 0,056 0,249 5,556 0,830
Andira sp 0,042 0,186 1,389 0,207
Clidemia spp 0,042 0,186 4,167 0,622
294
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Eugenia sp 0,042 0,186 1,389 0,207
Heliconia sp 0,042 0,186 1,389 0,207
Ipomea sp 0,042 0,186 4,167 0,622
Mytaceae 0,042 0,186 4,167 0,622
Poaceae 01 0,042 0,186 1,389 0,207
Indeterminada 03 0,042 0,186 1,389 0,207
Tetracera sp 0,028 0,124 2,778 0,415
Annonaceae 0,014 0,062 1,389 0,207
Casearia commersoniana 0,014 0,062 1,389 0,207
Davilla sp 0,014 0,062 1,389 0,207
Genipa americana 0,014 0,062 1,389 0,207
Henriettea succosa 0,014 0,062 1,389 0,207
Inga laurina 0,014 0,062 1,389 0,207
Inga spp 0,014 0,062 1,389 0,207
Luffa aegyptiaca 0,014 0,062 1,389 0,207
Psidium sp 0,014 0,062 1,389 0,207
Sapotaceae 0,014 0,062 1,389 0,207
Zanthoxylum sp 0,014 0,062 1,389 0,207
Total 22,347 100,000 669,444 100,000
3.3.9 Remanescente Greenville
A biomassa espacial média no remanescente Greenville foi de 1,294 ± 0,511 Kg.m-2
enquanto a espessura vertical média foi de 5,1 ± 2,085 cm. Os valores de biomassa e
espessura da serrapilheira se distribuíram em todos os intervalos de classe, sendo, a maior
295
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
frequência, observada na classe II para ambas as variáveis com índices de 59,18 e 59,60%,
respectivamente (tabelas 70 e 71). O subosque foi representado por vinte e oito famílias
botânicas, trinta e quatro gêneros, quarenta e duas espécies/táxons. Os valores de densidade
absoluta variaram no intervalo de 0,05 a 10,57 ind.m-2 com maior destaque para Piper sp e
Protium heptaphyllum (tabela 72). As espécies/táxons com maior dispersão nesse
remanescente foram Piper sp, Himatanthus bracteatus e Rhynchospora cephalotes todas
registrando 61,90 % de frequência absoluta.
Tabela 70 - Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da
serrapilheira do remanescente Grennville da Mata Atlânticade Salvador. Fevereiro de
2011 a outubro de 2012.
Intervalo de classe
(Kg.m-2) xi ƒi ƒri% Fi Fri%
[0,237 - 0,955[ 0,596 25 25,51 25 25,5
[0,955 - 1,673[ 1,314 58 59,18 83 84,7
[1,673 - 2,390[ 2,031 12 12,24 95 96,9
[2,390 - 3,108[ 2,749 2 2,04 97 99,0
[3,108 - 3,826] 3,467 1 1,02 98 100,0
Total - 98 100 - -
xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência
acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.
Tabela 71 - Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do
remanescente Greenville da Mata Atlânticade Salvador. Fevereiro de 2011 a outubro de
2012.
Intervalo de classe
(cm) xi ƒi ƒri% Fi Fri%
[0,0 - 2,6[ 1,30 19 7,60 19 7,6
296
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
[2,6 - 5,2[ 3,90 149 59,60 168 67,2
[5,2 - 7,8[ 6,50 51 20,40 219 87,6
[7,8 - 10,4[ 9,10 25 10,00 244 97,6
[10,4 - 13,0] 11,70 6 2,40 250 100,0
Total - 250 100 - -
xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência
acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.
Tabela 72 - Densidades absoluta (DA) relativa (DR) frequências absoluta (FA) e relativa (FR)
dos táxons (famílias, gêneros e espécies) de plantas ocorrentes no subosque do remanescente
Greenville da Mata Atlânticade Salvador. Fevereiro de 2011 a outubro de 2012.
Espécie DA DR FA FR
Tapirira guianensis 0,81 1,88 33,33 3,66
Xylopia sericea 0,81 1,88 33,33 3,66
Himatanthus bracteatus 3,62 8,40 61,90 6,81
Philodendron acutatum 0,62 1,44 33,33 3,66
Philodendron sp 0,05 0,11 4,76 0,52
Bactris sp 0,76 1,77 23,81 2,62
Elaeis gineensis 0,14 0,33 14,29 1,57
Syagrus coronata 0,10 0,22 4,76 0,52
Cordia sp 0,29 0,66 23,81 2,62
Protium heptaphyllum 7,57 17,57 57,14 6,28
Goupia sp 0,10 0,22 9,52 1,05
Rhynchospora cephalotes 2,81 6,52 61,90 6,81
Scleria bracteata 0,52 1,22 14,29 1,57
Dilleniaceae 1,62 3,76 33,33 3,66
Curatella americana 0,14 0,33 9,52 1,05
Erythroxylum spp 0,67 1,55 28,57 3,14
Inga cililata 2,05 4,75 33,33 3,66
297
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Espécie DA DR FA FR
Inga spp 0,10 0,22 9,52 1,05
Heliconia sp 0,81 1,88 28,57 3,14
Ocotea sp 0,10 0,22 9,52 1,05
Eschweilera ovata 0,62 1,44 33,33 3,66
Stromanthe porteana 0,71 1,66 33,33 3,66
Clidemia spp 0,67 1,55 19,05 2,09
Miconia sp 0,05 0,11 4,76 0,52
Menispermaceae 0,43 0,99 4,76 0,52
Myrtaceae 0,33 0,77 14,29 1,57
Oeceoclades maculata 0,29 0,66 9,52 1,05
Piper divaricatum 0,24 0,55 14,29 1,57
Piper sp 10,57 24,53 61,90 6,81
Brachiaria sp 0,10 0,22 4,76 0,52
Guadua angustifolia 0,14 0,33 9,52 1,05
Olyra latifolia 1,38 3,20 42,86 4,71
Coccoloba sp 0,10 0,22 4,76 0,52
Myrsine umbellata 0,05 0,11 4,76 0,52
Rubiaceae 0,33 0,77 14,29 1,57
Psychotria spp 0,48 1,10 14,29 1,57
Allophyllus laevigatus 1,43 3,31 33,33 3,66
Sapindaceae 02 0,52 1,22 14,29 1,57
Cupania sp 0,19 0,44 4,76 0,52
Simarouba amara 0,19 0,44 14,29 1,57
Siparuna guianensis 0,38 0,88 14,29 1,57
Indeterminada 03 0,24 0,55 9,52 1,05
Total 43,10 100,00 909,52 100,00
298
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
3.3.10 Remanescente Loteamento Biribeira
Os valores médios de biomassa seca e espessura vertical da serrapilheira foram,
respectivamente, de 1,070 ± 0,368 Kg.m-2 e 4,625 ± 1,996 cm para esse remanescente. Os
valores de biomassa foram registrados apenas nas duas primeiras classes, com 65% na classe
II (tabela 73), enquanto para a espessura a distribuição de frequência ocorreu nas quatro
primeiras classes, havendo concentração também na classe II com 55,00% (tabela 74). Na
composição do subosque verificaram-se vinte famílias botânicas, vinte gêneros e vinte e seis
espécies/táxons. Destas, Plântula e Rhynchospora cephalotes obtiveram os maiores índices de
densidade absoluta que, por sua vez, variou de 0,25 a 11,25 ind.m-2 (tabela 75). Com relação
à frequência, Plântula, Rhynchospora cephalotes, Eschweilera ovata e Protium heptaphyllum
registraram 100%.
Tabela 73 - Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da
serrapilheira do remanescente Biribeira da Mata Atlânticade Salvador. Fevereiro de
2011 a outubro de 2012.
Intervalo classe
(Kg.m-2) xi ƒi ƒri% Fi Fri%
[0,237 - 0,955[ 0,596 7 35,00 7 35,0
[0,955 - 1,673[ 1,314 13 65,00 20 100,0
[1,673 - 2,390[ 2,031 - - - -
[2,390 - 3,108[ 2,749 - - - -
[3,108 - 3,826] 3,467 - - - -
Total 20 100 - -
xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência
acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.
299
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Tabela 74 - Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do
remanescente Biribeira da Mata Atlânticade Salvador. Fevereiro de 2011 a outubro de
2012.
Intervalo de classe
(cm) xi ƒi ƒri% Fi Fri%
[0,0 - 2,6[ 1,30 5 12,50 5 12,5
[2,6 - 5,2[ 3,90 22 55,00 27 67,5
[5,2 - 7,8[ 6,50 9 22,50 36 90,0
[7,8 - 10,4[ 9,10 4 10,00 40 100,0
[10,4 - 13,0] 11,70 - - - -
Total - 40 100 - -
xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência
acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.
Tabela 75 - Densidades absoluta (DA) relativa (DR) frequências absoluta (FA) e relativa (FR)
dos táxons (famílias, gêneros e espécies) de plantas ocorrentes no subosque do remanescente
Biribeira da Mata Atlânticade Salvador. Fevereiro de 2011 a outubro de 2012.
Espécie DA DR FA FR
Tapirira guianensis 0,75 1,70 50,00 4,17
Xylopia sericea 0,75 1,70 75,00 6,25
Himatanthus bracteatus 0,50 1,14 25,00 2,08
Philodendron acutatum 1,00 2,27 25,00 2,08
Schefflera morototoni 0,25 0,57 25,00 2,08
Attalea burretiana 0,25 0,57 25,00 2,08
Protium heptaphyllum 1,50 3,41 100,00 8,33
Rhynchospora cephalotes 10,25 23,30 100,00 8,33
Scleria bracteata 0,50 1,14 25,00 2,08
Dilleniaceae 0,75 1,70 50,00 4,17
300
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Espécie DA DR FA FR
Erythroxylum spp 0,25 0,57 25,00 2,08
Abarema cochliocarpos 0,50 1,14 25,00 2,08
Heliconia sp 0,75 1,70 50,00 4,17
Eschweilera ovata 2,25 5,11 100,00 8,33
Clidemia spp 1,50 3,41 50,00 4,17
Henriettea sp 0,25 0,57 25,00 2,08
Myrtaceae 0,75 1,70 25,00 2,08
Piper sp 0,25 0,57 25,00 2,08
Poaceae 01 5,50 12,50 50,00 4,17
Guadua sp 0,25 0,57 25,00 2,08
Psychotria spp 2,25 5,11 75,00 6,25
Simarouba amara 0,25 0,57 25,00 2,08
Siparuna guianensis 0,50 1,14 25,00 2,08
Indeterminada 03 0,75 1,70 50,00 4,17
Monilophyta 0,25 0,57 25,00 2,08
Plântula 11,25 25,57 100,00 8,33
Total 44,00 100,00 1200,00 100,00
3.3.11 Remanescente Loteamento Patamares
3.3.11.1 Fragmento Carnaúba
Nesse fragmento obteve-se biomassa espacial média de 1,422 ± 0,512 Kg.m-2 com espessura
média de 4,8 ± 1,843 cm. As duas variáveis se distribuíram nas quatro primeiras classes com
70,59 % na classe II para a biomassa e 52,50 % na mesma classe para a espessura (tabelas 76
e 77).
301
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Tabela 76 - Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da
serrapilheira do fragmento Carnaúba da Mata Atlânticade Salvador. Fevereiro de 2011
a outubro de 2012.
Intervalo de classe
(Kg.m-2) xi ƒi ƒri% Fi Fri%
[0,237 - 0,955[ 0,596 2 11,76 2 11,8
[0,955 - 1,673[ 1,314 12 70,59 14 82,4
[1,673 - 2,390[ 2,031 2 11,76 16 94,1
[2,390 - 3,108[ 2,749 1 5,88 17 100,0
[3,108 - 3,826] 3,467 - - - -
Total - 17 100 - -
xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência
acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.
Tabela 77 - Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do
fragmento Carnaúba da Mata Atlânticade Salvador. Fevereiro de 2011 a outubro de
2012.
Intervalo de classe
(cm) xi ƒi ƒri% Fi Fri%
[0,0 - 2,6[ 1,30 5 12,50 5 12,5
[2,6 - 5,2[ 3,90 21 52,50 26 65,0
[5,2 - 7,8[ 6,50 12 30,00 38 95,0
[7,8 - 10,4[ 9,10 2 5,00 40 100,0
[10,4 - 13,0] 11,70 - - - -
Total - 40 100 - -
xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência
acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.
302
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
3.3.9.2 Fragmento Bicuíba
No fragmento Bicuíba a biomassa espacial média registrada foi de 1,607 ± 0,505 Kg.m-2 e
espessura vertical média de 5,0 ± 1,686 cm. A distribuição de frequência da biomassa ocorreu
nas três primeiras classes com o maior registro (50,00 %) na classe II (tabela 78). Para a
espessura, não houve registro nas classes I e V, de modo que os resultados concentraram-se na
segunda classe com 70 % (tabela 79).
Tabela 78 - Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da
serrapilheira do fragmento Bicuiba da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro de 2011 a
outubro de 2012.
Intervalo de classe
(Kg.m-2) xi ƒi ƒri% Fi Fri%
[0,237 - 0,955[ 0,596 1 10,00 1 10,0
[0,955 - 1,673[ 1,314 5 50,00 6 60,0
[1,673 - 2,390[ 2,031 4 40,00 10 100,0
[2,390 - 3,108[ 2,749 - - - -
[3,108 - 3,826] 3,467 - - - -
Total - 10 100 - -
xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência
acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.
Tabela 79 - Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do
fragmento Bicuíba da Mata Atlânticade Salvador. Fevereiro de 2011 a outubro de 2012.
Intervalo de classe
(cm) xi ƒi ƒri% Fi Fri%
[0,0 - 2,6[ 1,3 - - - -
[2,6 - 5,2[ 3,9 14 70,00 14 70,0
[5,2 - 7,8[ 6,5 4 20,00 18 90,0
303
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
[7,8 - 10,4[ 9,1 2 10,00 20 100,0
[10,4 - 13,0[ 11,7 - - - -
Total - 20 100 - -
xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência
acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.
3.3.12 Remanescente Pedreira Aratu
Foram observadas nesse remanescente médias de 1,299 ± 0,513 Kg.m-2 e 4,233 ± 1,612 cm,
respectivamente, para biomassa e espessura vertical da serrapilheira. A distribuição de
frequência da biomassa foi observada nas classes I a IV sendo a classe II detentora do maior
valor com 66,67 % (tabela 80). A espessura da serrapilheira distribuiu-se até a classe III e,
assim como para a biomassa a classe II, foi a mais representativa com 70,00 % da ocorrência
(tabela 81). No subosque foram relatadas vinte e uma famílias botânicas, dezenove gêneros e
vinte e sete espécies/táxons. A densidade absoluta das plantas variou de 1,18 a 4,0 ind.m-2
sendo Olyra latifólia, Piper sp, Tapirira guianensis e Plântula os táxons representativos
(tabela 82). A maior frequência foi relatada para Piper sp com 100%.
Tabela 80 - Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da
serrapilheira do remanescente Pedreira Aratu da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro
de 2011 a outubro de 2012.
Intervalo de classe
(Kg.m-2) xi ƒi ƒri% Fi Fri%
[0,237 - 0,955[ 0,596 3 20,00 3 20,0
[0,955 - 1,673[ 1,314 10 66,67 13 86,7
[1,673 - 2,390[ 2,031 1 6,67 14 93,3
[2,390 - 3,108[ 2,749 1 6,67 15 100,0
[3,108 - 3,826] 3,467 - - - -
304
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Total - 15 100 - -
xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência
acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.
Tabela 81 - Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do
remanescente Pedreira Aratu da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro de 2011 a
outubro de 2012.
Intervalo de classe
(cm) xi ƒi ƒri% Fi Fri%
[0,00 - 2,60[ 1,30 3 10,00 3 10,0
[2,60 - 5,20[ 3,90 21 70,00 24 80,0
[5,20 - 7,80[ 6,50 6 20,00 30 100,0
[7,80 - 10,40[ 9,10 - - - -
[10,40 - 13,00] 11,70 - - - -
Total - 30 100 - -
xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência
acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.
Tabela 82 - Densidades absoluta (DA) relativa (DR) frequências absoluta (FA) e relativa (FR)
dos táxons (famílias, gêneros e espécies) de plantas ocorrentes no subosque do remanescente
Pedreira Aratu da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro de 2011 a outubro de 2012.
Espécie DA DR FA FR
Tapirira guianensis 2,33 8,24 66,67 5,71
Xylopia sericea 1,33 4,71 66,67 5,71
Himatanthus bracteatus 1,33 4,71 66,67 5,71
Attalea burretiana 2,00 7,06 66,67 5,71
Bignoniaceae 02 0,33 1,18 33,33 2,86
Cordia sp 0,33 1,18 33,33 2,86
305
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Espécie DA DR FA FR
Costus spiralis 0,33 1,18 33,33 2,86
Rhynchospora cephalotes 1,67 5,88 33,33 2,86
Dilleniaceae 1,00 3,53 33,33 2,86
Dioscorea discolor 0,67 2,35 33,33 2,86
Erythroxylum spp 1,33 4,71 33,33 2,86
Fabaceae 02 0,33 1,18 33,33 2,86
Heliconia sp 0,33 1,18 33,33 2,86
Clidemia spp 0,33 1,18 33,33 2,86
Piper divaricatum 0,33 1,18 33,33 2,86
Piper sp 3,33 11,76 100,00 8,57
Olyra latifolia 4,00 14,12 66,67 5,71
Oplismenus hirtellus 1,00 3,53 33,33 2,86
Coccoloba sp 0,33 1,18 33,33 2,86
Rubiaceae 0,33 1,18 33,33 2,86
Sapindaceae 02 0,33 1,18 33,33 2,86
Simarouba amara 0,67 2,35 33,33 2,86
Siparuna guianensis 0,67 2,35 66,67 5,71
Indeterminada 2 0,67 2,35 33,33 2,86
Indeterminada 3 0,33 1,18 33,33 2,86
Monilophyta 0,33 1,18 33,33 2,86
Plântula 2,33 8,24 33,33 2,86
Total 27,00 100,00 1166,67 100,00
3.3.13 Remanescente Pedreira Carangi
No remanescente Pedreira Carangi a biomassa média da serrapilheira foi de 0,927 ± 0,228
Kg.m-2 com espessura vertical média de 3,680 ± 1,377 cm. Os valores de biomassa foram
relatados apenas nas classes I e II sendo a primeira a de maior frequência com 53,33 % (tabela
306
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
83). Para a espessura foi observada a ocorrência também na terceira classe com a maioria dos
registros na classe II com 74,00 % (tabela 84). Da avaliação quantitativa do sobosque, vinte e
uma famílias botânicas foram identificadas com vinte e um gêneros e trinta espécies/táxons.
Na investigação do senso populacional do subosque a densidade absoluta variou de 0,50 até
7,67 ind.m-2, esse último registrado para Plântula, ou seja, o táxon com maior número de
indivíduos por unidade de área para o remanescente (tabela 85).
Tabela 83 - Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da
serrapilheira do remanescente Pedreira Carangi da Mata Atlântica de Salvador.
Fevereiro de 2011 a outubro de 2012.
Intervalo de classe
(Kg.m-2) xi ƒi ƒri% Fi Fri%
[0,237 - 0,955[ 0,596 16 53,33 16 53,3
[0,955 - 1,673[ 1,314 14 46,67 30 100,0
[1,673 - 2,390[ 2,031 - - - -
[2,390 - 3,108[ 2,749 - - - -
[3,108 - 3,826] 3,467 - - - -
Total - 30 100 - -
xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência
acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.
Tabela 84 - Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do
remanescente Pedreira Carangi da Mata Atlânticade Salvador. Fevereiro de 2011 a
outubro de 2012.
Intervalo de classe
(cm) xi ƒi ƒri% Fi Fri%
[0,0 - 2,6[ 1,30 8 16,00 8 16,0
[2,6 - 5,2[ 3,90 37 74,00 45 90,0
[5,2 - 7,8[ 6,50 5 10,00 50 100,0
[7,8 - 10,4[ 9,10 - - - -
307
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
[10,4 - 13,0] 11,70 - - - -
Total - 50 100 - -
xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência
acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.
Tabela 85 - Densidades absoluta (DA) relativa (DR) frequências absoluta (FA) e relativa (FR)
dos táxons (famílias, gêneros e espécies) de plantas ocorrentes no subosque do remanescente
Pedreira Carangi da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro de 2011 a outubro de 2012.
Espécie DA DR FA FR
Tapirira guianensis 1,67 5,03 66,67 6,56
Xylopia sericea 0,33 1,01 16,67 1,64
Himatanthus bracteatus 2,83 8,54 83,33 8,20
Philodendron sp 0,33 1,01 33,33 3,28
Attalea burretiana 0,17 0,50 16,67 1,64
Bignoniaceae 02 0,17 0,50 16,67 1,64
Protium heptaphyllum 0,17 0,50 16,67 1,64
Tovomita choisyana 0,17 0,50 16,67 1,64
Rhynchospora cephalotes 1,83 5,53 50,00 4,92
Dilleniaceae 0,83 2,51 50,00 4,92
Doliocarpus sp 0,33 1,01 16,67 1,64
Abarema cochliocarpos 1,00 3,02 33,33 3,28
Inga spp 0,50 1,51 33,33 3,28
Bauhinia sp 0,17 0,50 16,67 1,64
Clidemia spp 1,17 3,52 50,00 4,92
Miconia spp 0,67 2,01 33,33 3,28
Myrtaceae 3,83 11,56 16,67 1,64
Passiflora sp 0,17 0,50 16,67 1,64
Piper divaricatum 0,33 1,01 16,67 1,64
Piper sp 0,67 2,01 33,33 3,28
Oplismenus hirtellus 0,50 1,51 16,67 1,64
308
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Espécie DA DR FA FR
Rubiaceae 1,83 5,53 50,00 4,92
Psychotria spp 3,17 9,55 83,33 8,20
Allophyllus laevigatus 0,17 0,50 16,67 1,64
Simarouba amara 0,50 1,51 33,33 3,28
Solanum sp 0,17 0,50 16,67 1,64
Inderteminada 2 0,83 2,51 33,33 3,28
Indeterminada 3 0,83 2,51 66,67 6,56
Monilophyta 0,17 0,50 16,67 1,64
Plântula 7,67 23,12 50,00 4,92
Total 33,17 100,00 1016,67 100,00
3.3.14 Remanescente Pedreira Valéria
Foram registrados para esse remanescente, em valores médios, 1,005 ± 0,422 Kg.m-2 e 3,350
± 1,648 cm, respectivamente, para biomassa e espessura vertical da serrapilheira. A classe I
foi a mais freqüente com 56,00 % para a biomassa (tabela 86) e para a espessura a classe II
com 58,00 % (tabela 87). Na avaliação populacional do subosque levantaram-se vinte e três
famílias botânicas, vinte e seis gêneros e trinta e quatro espécies/táxons. A densidade absoluta
nesse remanescente variou de 0,90 a 4,40 ind.m-2 com Rhynchospora cephalotes Clidemia spp
e Tapirira guianensis regiatrando os maiores valores (tabela 88).
309
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Tabela 86 - Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da
serrapilheira do remanescente Pedreira Valéria da Mata Atlântica de Salvador.
Fevereiro de 2011 a outubro de 2012.
Intervalo de classe
(Kg.m-2) xi ƒi ƒri% Fi Fri%
[0,237 - 0,955[ 0,596 28 56,00 28 56,0
[0,955 - 1,673[ 1,314 16 32,00 44 88,0
[1,673 - 2,390[ 2,031 6 12,00 50 100,0
[2,390 - 3,108[ 2,749 - - - -
[3,108 - 3,826] 3,467 - - - -
Total - 50 100 - -
xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência
acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.
Tabela 87 - Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do
remanescente PedreiraValéria da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro de 2011 a
outubro de 2012.
Intervalo de
classe xi ƒi ƒri% Fi Fri%
[0,00 - 2,60[ 1,30 32 32,00 32 32,0
[2,60 - 5,20[ 3,90 58 58,00 90 90,0
[5,20 - 7,80[ 6,50 9 9,00 99 99,0
[7,80 - 10,40[ 9,10 1 1,00 100 100,0
[10,40 - 13,00] 11,70 - - - -
Total - 100 100 - -
xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência
acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.
310
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Tabela 88 - Densidades absoluta (DA) relativa (DR) frequências absoluta (FA) e relativa (FR)
dos táxons (famílias, gêneros e espécies) de plantas ocorrentes no subosque do remanescente
PedreiraValéria da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro de 2011 a outubro de 2012.
Espécie DA DR FA FR
Tapirira guianensis 4,00 9,71 80,00 8,00
Xylopia sericea 0,60 1,46 60,00 6,00
Himatanthus bracteatus 1,40 3,40 50,00 5,00
Philodendron acutatum 1,40 3,40 10,00 1,00
Attalea burretiana 0,90 2,18 60,00 6,00
Elaeis gineensis 0,10 0,24 10,00 1,00
Cordia sp 0,40 0,97 10,00 1,00
Protium heptaphyllum 0,50 1,21 20,00 2,00
Tovomita choisyana 0,20 0,49 10,00 1,00
Rhynchospora cephalotes 4,40 10,68 60,00 6,00
Dilleniaceae 0,80 1,94 50,00 5,00
Erythroxylum spp 0,20 0,49 10,00 1,00
Inga cililata 0,30 0,73 10,00 1,00
Inga spp 4,60 11,17 20,00 2,00
Heliconia sp 1,60 3,88 30,00 3,00
Eschweilera ovata 0,10 0,24 10,00 1,00
Clidemia spp 4,40 10,68 40,00 4,00
Henriettea sp 0,10 0,24 10,00 1,00
Miconia spp 0,10 0,24 10,00 1,00
Vanilla sp 0,10 0,24 10,00 1,00
Piper divaricatum 0,20 0,49 10,00 1,00
Piper sp 1,40 3,40 50,00 5,00
Olyra latifolia 0,90 2,18 10,00 1,00
Oplismenus hirtellus 1,80 4,37 30,00 3,00
Myrsine umbellata 0,10 0,24 10,00 1,00
Rubiaceae 0,40 0,97 30,00 3,00
311
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Espécie DA DR FA FR
Psychotria spp 0,90 2,18 60,00 6,00
Sapindaceae 02 0,40 0,97 30,00 3,00
Simarouba amara 0,30 0,73 20,00 2,00
Siparuna guianensis 0,10 0,24 10,00 1,00
Indeterminada 1 0,50 1,21 20,00 2,00
Indeterminada 2 0,10 0,24 10,00 1,00
Indeterminada 3 1,20 2,91 60,00 6,00
Plântula 6,70 16,26 80,00 8,00
Total 41,20 100,00 1000,00 100,00
3.3.15 Remanescente Posto TIC
Para o remanescente Posto TIC, a biomassa espacial apresentou média de 1,472 ± 0,612
Kg.m-2 e a espessura vertical 6,950 ± 2,253 cm. O intervalo de classe III concentrou 42,11 %
(tabela 89) da distribuição de frequência da biomassa espacial, enquanto que para a espessura
a distribuição se mostrou uniforme nas classes II, III, IV com 30,00, 32,50 e 30,00 %,
respectivamente, e menor registro na última classe (tabela 90).
Tabela 89 - Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da
serrapilheira do remanescente Posto TIC da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro de
2011 a outubro de 2012.
Intervalo de classe
(Kg.m-2) xi ƒi ƒri% Fi Fri%
[0,237 - 0,955[ 0,596 7 36,84 7 36,8
[0,955 - 1,673[ 1,314 4 21,05 11 57,9
[1,673 - 2,390[ 2,031 8 42,11 19 100,0
312
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
[2,390 - 3,108[ 2,749 - - - -
[3,108 - 3,826] 3,467 - - - -
Total - 19 100 - -
xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência
acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.
Tabela 90 - Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do
remanescente Posto TIC da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro de 2011 a outubro de
2012.
Intervalo de classe
(cm) xi ƒi ƒri% Fi Fri%
[0,00 - 2,60[ 1,30 - - - -
[2,60 - 5,20[ 3,90 12 30,00 12 30,0
[5,20 - 7,80[ 6,50 13 32,50 25 62,5
[7,80 - 10,40[ 9,10 12 30,00 37 92,5
[10,40 - 13,00] 11,70 3 7,50 40 100,0
Total - 40 100 - -
xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência
acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.
3.3.16 Remanescente Trobogy
Nesse remanescente os valores médios de biomassa e espessura vertical da serrapilheira foram
1,112 ± 0,501 Kg.m-2 e 3,738 ± 1,994 cm, respectivamente. Verificou-se a distribuição de
frequência em todas as classes para as duas variáveis com a biomassa mais representada na
classe I (45,19 %) e II (43,70 %) e a espessura na classe II com 56,15 % (tabelas 91 e 92). No
subosque foram identificadas trinta famílias botânicas, trinta e cinco gêneros e quarenta e sete
espécies/táxons. A densidade absoluta variou de 0,04 a 10,44 ind.m-2 com Protium
313
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
heptaphyllum, Himatanthus bracteatus e Rhynchospora cephalotes constituindo as espécies
de maior densidade (tabela 93).
Tabela 91 - Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da
serrapilheira do remanescente Trobogy da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro de
2011 a outubro de 2012.
Intervalo de classe
(Kg.m-2) xi ƒi ƒri% Fi Fri%
[0,237 - 0,955[ 0,596 61 45,19 61 45,2
[0,955 - 1,673[ 1,314 59 43,70 120 88,9
[1,673 - 2,390[ 2,031 13 9,63 133 98,5
[2,390 - 3,108[ 2,749 1 0,74 134 99,3
[3,108 - 3,826] 3,467 1 0,74 135 100,0
Total - 135 100 - -
xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência
acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.
Tabela 92 - Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do
remanescente Trobogy da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro de 2011 a outubro de
2012.
Intervalo de classe
(cm) xi ƒi ƒri% Fi Fri%
[0,00 - 2,60[ 1,30 71 27,31 71 27,3
[2,60 - 5,20[ 3,90 146 56,15 217 83,5
[5,20 - 7,80[ 6,50 32 12,31 249 95,8
[7,80 - 10,40[ 9,10 10 3,85 259 99,6
[10,40 - 13,00] 11,70 1 0,38 260 100,0
Total - 260 100 - -
xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência
acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.
314
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Tabela 93 - Densidades absoluta (DA) relativa (DR) frequências absoluta (FA) e relativa (FR)
dos táxons (famílias, gêneros e espécies) de plantas ocorrentes no subosque do remanescente
Trobogy da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro de 2011 a outubro de 2012.
Espécie DA DR FA FR
Tapirira guianensis 0,59 1,11 22,22 2,29
Xylopia sericea 0,37 0,69 22,22 2,29
Himatanthus bracteatus 7,67 14,34 81,48 8,40
Philodendron acutatum 0,30 0,55 14,81 1,53
Schefflera morototoni 0,33 0,62 7,41 0,76
Attalea burretiana 0,04 0,07 3,70 0,38
Elaeis gineensis 0,04 0,07 3,70 0,38
Syagrus coronata 0,15 0,28 3,70 0,38
Cordia sp 0,19 0,35 18,52 1,91
Protium heptaphyllum 10,44 19,53 70,37 7,25
Rhynchospora cephalotes 7,33 13,71 96,30 9,92
Scleria bracteata 4,15 7,76 62,96 6,49
Dilleniaceae 0,52 0,97 22,22 2,29
Erythroxylum spp 0,78 1,45 18,52 1,91
Pera glabrata 0,04 0,07 3,70 0,38
Inga cililata 0,15 0,28 11,11 1,15
Inga spp 0,44 0,83 25,93 2,67
Stryphnodendron pulcherrimum 0,07 0,14 7,41 0,76
Casearia sp 0,04 0,07 3,70 0,38
Heliconia sp 0,48 0,90 25,93 2,67
Eschweilera ovata 0,30 0,55 14,81 1,53
Malvaceae 0,48 0,90 7,41 0,76
Clidemia spp 2,00 3,74 51,85 5,34
Henriettea sp 0,48 0,90 18,52 1,91
Miconia spp 0,26 0,48 14,81 1,53
Myrtaceae 0,78 1,45 25,93 2,67
315
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Espécie DA DR FA FR
Artocarpus heterophyllus 0,04 0,07 3,70 0,38
Catasetum sp 0,04 0,07 3,70 0,38
Vanilla sp 0,07 0,14 7,41 0,76
Piper divaricatum 0,04 0,07 3,70 0,38
Piper sp 1,78 3,32 37,04 3,82
Guadua angustifolia 0,11 0,21 11,11 1,15
Olyra latifolia 1,96 3,67 22,22 2,29
Oplismenus hirtellus 2,07 3,88 7,41 0,76
Coccoloba sp 0,11 0,21 7,41 0,76
Myrsine umbellata 1,04 1,94 25,93 2,67
Rubiaceae 0,48 0,90 18,52 1,91
Psychotria spp 0,59 1,11 29,63 3,05
Sapindaceae 01 0,96 1,80 29,63 3,05
Allophyllus laevigatus 0,56 1,04 22,22 2,29
Simarouba amara 0,04 0,07 3,70 0,38
Siparuna guianensis 0,04 0,07 3,70 0,38
Vochysia lucida 0,11 0,21 3,70 0,38
Indeterminada 2 0,11 0,21 11,11 1,15
Indeterminada 3 0,30 0,55 7,41 0,76
Monilophyta 0,15 0,28 3,70 0,38
Plântula 4,48 8,38 48,15 4,96
Total 53,48 100,00 970,37 100,00
3.3.17 Remanescente 19º BC
No remanescente 19º BC a biomassa espacial e espessura vertical apresentaram médias
respectivas 1,602 ± 0,483 Kg.m-2 e 5,140 ± 1,638 cm. A distribuição de frequência ocorreu
316
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
em todos os intervalos de classe para as duas variáveis com os valores máximos registrados na
classe II de 56,67 % para a biomassa e 57,50 % para a espessura vertical (tabelas 94 e 95).
Tabela 94 - Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da
serrapilheira do remanescente 19º BC da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro de
2011 a outubro de 2012.
Intervalo de classe
(Kg.m-2) xi ƒi ƒri% Fi
[0,237 – 0,955[ 0,596 4 6,67 4
[0,955 – 1,673[ 1,314 34 56,67 38
[1,673 – 2,390[ 2,031 19 31,67 57
[2,390 – 3,108[ 2,749 2 3,33 59
[3,108 – 3,826] 3,467 1 1,67 60
Total - 60 100 -
xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência
acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.
Tabela 95 - Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do
remanescente 19º BC da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro de 2011 a outubro de
2012.
Intervalo de classe
(cm) xi ƒi ƒri% Fi Fri%
[0,0 - 2,6[ 1,3 4 3,33 4 3,3
[2,6 - 5,2[ 3,9 69 57,50 73 60,8
[5,2 - 7,8[ 6,5 38 31,67 111 92,5
[7,8 - 10,4[ 9,1 8 6,67 119 99,2
[10,4 - 13,0] 11,7 1 0,83 120 100,0
Total - 120 100 - -
xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência
acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.
317
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
3.3.18 Remanescente Valéria
Os valores médios de biomassa e espessura vertical da serrapilheira desse fragmento foram,
respectivamente, 1,083 ± 0,287 Kg.m-2 e 4,925 ± 0,783 cm. A distribuição de frequência da
biomassa foi observada nas classes II, III e IV. Para a espessura vertical, 70% foi registrada
para a classe II e, o restante, 30% na classe III. A análise do subosque revelou quarenta e uma
espécies/táxons distribuídas em vinte e quatro famílias e vinte e oito gêneros. A densidade
absoluta média foi de 28,833 ind.m-2 variando de 0,083 a 11,250 ind.m-2 sendo, o maior
registro para Protium heptaphyllum.
Tabela 96 – Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da serrapilheira do fragmento Valéria da mata atlântica de Salvador. Junho, 2012.
Intervalo de classe (Kg.m-2) xi ƒi ƒri% Fi Fri%
[0,105 - 0,536[ 0,373 - - - -
[0,536 - 0,967[ 0,752 9,0 45,0 9,0 45,0
[0,967 - 1,399[ 0,967 8,0 40,0 17,0 85,0
[1,399 - 1,830[ 2,314 3,0 15,0 20,0 100,0
[1,830 - 2,261] 2,961 - -
20,0 100,0
318
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Tabela 97 - Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do fragmento Valéria da mata atlântica de Salvador Junho, 2012.
Intervalo de classe xi ƒi ƒri% Fi Fri%
[1,6 - 3,6[ 2,600 - - - -
[3,6 - 5,2[ 4,400 14,00 70,00 14,00 70,00
[5,2 - 6,8[ 6,000 6,00 30,00 20,00 100,00
[6,8 - 8,4[ 7,600 - - - -
[8,4 - 10,0] 9,200 - - - -
20 100
Tabela 98 – Densidades absoluta (DA), relativa (DR), frequências absoluta (FA) e relativa (FR) das espécies/táxons de plantas ocorrentes no subosque do fragmento Valéria da mata atlântica de Salvador. Junho, 2012.
Espécies DA DR FA FR
Protium heptaphyllum 11,250 39,017 75,000 8,182
Plântula 1,750 6,069 25,000 2,727
Poaceae 01 1,250 4,335 25,000 2,727
Himatanthus bracteatus 1,167 4,046 58,333 6,364
Psychotria spp 1,083 3,757 50,000 5,455
Simarouba amara 1,083 3,757 33,333 3,636
Indeterminado 03 1,083 3,757 25,000 2,727
Myrtaceae 0,833 2,890 41,667 4,545
Xylopia sericea 0,833 2,890 50,000 5,455
Rhynchospora cephalotes 0,667 2,312 33,333 3,636
319
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Myrsine umbellata 0,583 2,023 25,000 2,727
Fabaceae 01 0,500 1,734 25,000 2,727
Sapindaceae 02 0,500 1,734 33,333 3,636
Clidemia spp 0,417 1,445 16,667 1,818
Coccoloba sp 0,417 1,445 16,667 1,818
Myrcia silvatica 0,417 1,445 25,000 2,727
Schefflera morototoni 0,417 1,445 25,000 2,727
Kielmeyera neglecta 0,333 1,156 25,000 2,727
Smilax sp 0,333 1,156 25,000 2,727
Dilleniaceae 0,250 0,867 25,000 2,727
Erythroxylum spp 0,250 0,867 16,667 1,818
Fabaceae 02 0,250 0,867 16,667 1,818
Heliconia psitacorum 0,250 0,867 16,667 1,818
Indeterminada 02 0,250 0,867 8,333 0,909
Ocotea spp 0,250 0,867 16,667 1,818
Scleria bracteata 0,250 0,867 16,667 1,818
Poaceae 02 0,250 0,867 8,333 0,909
Abarema filamentosa 0,167 0,578 8,333 0,909
Clusia nemorosa 0,167 0,578 8,333 0,909
Cupania sp 0,167 0,578 16,667 1,818
Davilla sp 0,167 0,578 16,667 1,818
Philodendron bipinnatifidum 0,167 0,578 16,667 1,818
Rubiaceae 0,167 0,578 16,667 1,818
Tapirira guianensis 0,167 0,578 16,667 1,818
320
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Tetracera sp 0,167 0,578 8,333 0,909
Vismia guianensis 0,167 0,578 8,333 0,909
Allophylus laevigatus 0,083 0,289 8,333 0,909
Annonaceae 01 0,083 0,289 8,333 0,909
Myrcia splendens 0,083 0,289 8,333 0,909
Oeceoclades maculata 0,083 0,289 8,333 0,909
Symphonia globulifera 0,083 0,289 8,333 0,909
Total 28,833 100,000 916,667 100,000
3.3.19 Fragmento Ilha de Maré
No fragmento Ilha de Maré os valores médios de biomassa seca e espessura vertical da
serrapilheira foram de 0,609 ± 0,212 Kg.m-2 e 4,445 ± 0,953 cm respectivamente. A produção
de biomassa registrada apenas em três classes, apresentou maior resultado de frequência
relativa na segunda, com 59,00% (tabela 99). A igual forma, taxas de espessura, somente
ocorreu em três classes, com predomínio de frequência relativa na segunda, com 67,00%
(tabela 100).
Do inventário obtido para o fragmento Ilha de Maré, referente ao subosque, ocorreu 68
espécies/táxons, distribuídos em 16 famílias e 49 gêneros. A densidade absoluta média esteve
dentro da variação de < 0,001 a 6,300 ind.m-2. As maiores densidades foram observadas para
Monstera adansonii, Tapirira guianensis, Cupania spp, Sapindaceae 02, Poaceae 01 e
Psychotria spp. Os demais táxons compreenderam valores abaixo de 1,0 ind.m-2 (tabela 101).
M. adansonii foi a espécie de maiores densidade e frequência absoluta com taxas respectivas
de 6,3 ind.m-2 e 65,0 %.
321
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Tabela 99 – Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da serrapilheira do fragmento Ilha de Maré da mata atlântica de Salvador. Outubro – novembro, 2012.
Intervalo de classe (Kg.m-2) xi ƒi ƒri% Fi Fri%
[0,105 - 0,536[ 0,373 35,0 35,00 35,0 35,0
[0,536 - 0,967[ 0,752 59,0 59,00 94,0 94,0
[0,967 - 1,399[ 0,967 6,0 6,00 100,0 100,0
[1,399 - 1,830[ 2,314 0,0 0,00
[1,830 - 2,261] 2,961 0,0 0,00
100,0 100,00
Tabela 100 - Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do fragmento Ilha de Maré da mata atlântica de Salvador. Outubro – novembro, 2012.
Intervalo de classe xi ƒi ƒri% Fi Fri%
[1,6 - 3,6[ 2,600 17,00 17,00 17,00 17,00
[3,6 - 5,2[ 4,400 67,00 67,00 84,00 84,00
[5,2 - 6,8[ 6,000 16,00 16,00 100,00 100,00
[6,8 - 8,4[ 7,600 - - - -
[8,4 - 10,0] 9,200 - - - -
100 100
322
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Tabela 101 – Densidades absoluta (DA), relativa (DR), frequências absoluta (FA) e relativa (FR) das espécies/táxons de plantas ocorrentes no subosque do fragmento Ilha de Maré da mata atlântica de Salvador. Outubro – novembro, 2012.
Espécie DA DR FA FR
Monstera adansonii 6,300 30,508 65,000 10,372
Tapirira guianensis 1,900 9,201 43,333 6,915
Cupania spp 1,317 6,376 38,333 6,117
Sapindaceae 02 1,267 6,134 48,333 7,713
Poaceae 01 1,117 5,408 16,667 2,660
Psychotria spp 1,067 5,165 30,000 4,787
Scleria bracteata 0,750 3,632 20,000 3,191
Plântula 0,650 3,148 16,667 2,660
Heliconia psittacorum 0,500 2,421 20,000 3,191
Adianthum sp 01 0,333 1,614 8,333 1,330
Oeceoclades maculata 0,333 1,614 21,667 3,457
Myrtaceae 0,317 1,533 16,667 2,660
Rhynchospora cephalotes 0,300 1,453 10,000 1,596
Agave sp 0,283 1,372 3,333 0,532
Olyra latifolia 0,283 1,372 10,000 1,596
Erythroxylum spp 0,267 1,291 20,000 3,191
Myrsine umbellata 0,233 1,130 10,000 1,596
Clidemia spp 0,200 0,969 5,000 0,798
Abrus precatorius 0,183 0,888 6,667 1,064
Indeterminado 02 0,183 0,888 13,333 2,128
Piper sp 0,183 0,888 8,333 1,330
323
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Espécie DA DR FA FR
Elaeis guineensis 0,167 0,807 8,333 1,330
Fabaceae 0,167 0,807 11,667 1,862
Coccoloba mollis 0,150 0,726 13,333 2,128
Fabaceae 02 0,133 0,646 8,333 1,330
Monilophyta 0,133 0,646 10,000 1,596
Clusia nemorosa 0,117 0,565 1,667 0,266
Indeterminado 03 0,117 0,565 5,000 0,798
Guarea guidonia 0,100 0,484 6,667 1,064
Protium heptaphyllum 0,100 0,484 5,000 0,798
Stromanthe porteana 0,100 0,484 3,333 0,532
Chomelia anisomeris 0,083 0,404 6,667 1,064
Sida sp 0,083 0,404 5,000 0,798
Coccoloba sp 0,067 0,323 6,667 1,064
Machaerium aculeatum 0,067 0,323 5,000 0,798
Malvaceae 0,067 0,323 3,333 0,532
Piper divaricatum 0,067 0,323 6,667 1,064
Anthurium affine 0,050 0,242 5,000 0,798
Bactris ferruginea 0,050 0,242 5,000 0,798
Cucurbitaceae 0,050 0,242 3,333 0,532
Guazuma ulmifolia 0,050 0,242 5,000 0,798
Miconia minutiflora 0,050 0,242 5,000 0,798
Philodendron acutatum 0,050 0,242 5,000 0,798
Schefflera morototoni 0,050 0,242 5,000 0,798
324
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Espécie DA DR FA FR
Smilax sp 0,050 0,242 5,000 0,798
Solanum sp 0,050 0,242 5,000 0,798
Indeterminado 01 0,033 0,161 1,667 0,266
Cecropia sp 0,033 0,161 3,333 0,532
Dracaena sp 0,033 0,161 1,667 0,266
Hirtella sp 0,033 0,161 3,333 0,532
Inga spp 0,033 0,161 3,333 0,532
Miconia prasina 0,033 0,161 3,333 0,532
Piperaceae 0,033 0,161 3,333 0,532
Rubiaceae 0,033 0,161 3,333 0,532
Stryphnodendron pulcherrimum 0,033 0,161 1,667 0,266
Wedelia paludosa 0,033 0,161 1,667 0,266
Aeschynomene sp 0,017 0,081 1,667 0,266
Arecaceae 0,017 0,081 1,667 0,266
Casearia commersoniana 0,017 0,081 1,667 0,266
Centrosema virginianum 0,017 0,081 1,667 0,266
Cordia nodosa 0,017 0,081 1,667 0,266
Desmoncus polyacanthos 0,017 0,081 1,667 0,266
Ertela sp 0,017 0,081 1,667 0,266
Piper aducum 0,017 0,081 1,667 0,266
Stachytarpheta sp 0,017 0,081 1,667 0,266
Syagrus coronata 0,017 0,081 1,667 0,266
Talinum triangulare 0,017 0,081 1,667 0,266
325
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Espécie DA DR FA FR
Bauhinia sp <0,001 <0,001 <0,001 <0,001
Total 20,650 100,000 626,667 100,000
3.3.20 Fragmento Ilha dos Frades
Para o fragmento Ilha dos Frades foram registrados valores médios de biomassa seca e
espessura vertical da serrapilheira de 0,716 ± 0,252 Kg.m-2 e 5,561 ± 1,250 cm
respectivamente. Na avaliação da distribuição de frequência, obteve-se para os valores médios
de biomassa índices de frequência absoluta, relativa e acumulada em quatro classes, com
maior valor na segunda, de 57,30 %, para a frequência relativa (tabela 102). Já para o
componente espessura, apresentando valores com dados nas cinco classes, foi obtida a
frequência relativa de 45,26% na segunda classe, seguida, da terceira, com 37,89% (tabela
103).
Nas populações de plantas do estrato subosque do fragmento Ilha dos Frades, registrou-se
cento e dez espécies/táxons em cinquenta e uma famílias botânicas e setenta e sete gêneros.
Do índice ecológico densidade absoluta média, obteve-se intervalo de 0,021 a 10,456 ind.m-2.
Protium heptaphyllum, Olyra latifolia, Poaceae 01 e Rhynchospora cephalotes foram os
componentes de maiores valores desta mancha vegetacional. As demais espécies/táxons,
representando 96,4% do total, registraram valores de densidade absoluta inferiores a 2,0
ind.m-2(tabela 104). A espécie Protium heptaphyllum repetiu maiores valores de densidade e
frequência absoluta.
326
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Tabela 102 – Distribuição de freqüência da biomassa espacial (standing crop) da serrapilheira do fragmento Ilha dos Frades da mata atlântica de Salvador. Julho – Setembro, 2012.
Intervalo de classe (Kg.m-2) xi ƒi ƒri% Fi Fri%
[0,105 - 0,536[ 0,373 74,0 26,33 74,0 26,33
[0,536 - 0,967[ 0,752 161,0 57,30 235,0 83,63
[0,967 - 1,399[ 0,967 45,0 16,01 280,0 99,64
[1,399 - 1,830[ 2,314 1,0 0,36 281,0 100,00
[1,830 - 2,261] 2,961 - - - -
281,0 100,0
Tabela 103 - Distribuição de freqüência da espessura vertical da serrapilheira do fragmento Ilha dos Frades da mata atlântica de Salvador. Julho – Setembro, 2012.
Intervalo de classe xi ƒi ƒri% Fi Fri%
[1,6 - 3,6[ 2,600 5,00 1,75 5,00 1,75
[3,6 - 5,2[ 4,400 129,00 45,26 134,00 47,02
[5,2 - 6,8[ 6,000 108,00 37,89 242,00 84,91
[6,8 - 8,4[ 7,600 33,00 11,58 275,00 96,49
[8,4 - 10,0] 9,200 10,00 3,51 285,00 100,00
285 100
327
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Tabela 104 – Densidades absoluta (DA), relativa (DR), freqüências absoluta (FA) e relativa (FR) das espécies/táxons de plantas ocorrentes no subosque do fragmento Ilha dos Frades da mata atlântica de Salvador. Julho – Setembro 2012.
Espécie DA DR FA FR
Protium heptaphyllum 10,456 23,203 65,497 9,372
Olyra latifolia 6,175 13,704 34,503 4,937
Poaceae 01 3,357 7,449 21,637 3,096
Rhynchospora cephalotes 3,322 7,371 37,427 5,356
Plântula 1,813 4,023 24,561 3,515
Scleria bracteata 1,696 3,763 21,053 3,013
Coccoloba sp 1,076 2,388 26,316 3,766
Pouteria spp 1,029 2,284 15,205 2,176
Monstera adansonii 0,830 1,843 4,678 0,669
Psychotria spp 0,830 1,843 23,392 3,347
Kielmeyera neglecta 0,713 1,583 17,544 2,510
Guatteria sp 0,690 1,531 14,035 2,008
Myrtaceae 0,667 1,479 18,713 2,678
Cupania spp 0,620 1,376 22,222 3,180
Panicum sp 0,620 1,376 5,263 0,753
Philodendron acutatum 0,596 1,324 16,959 2,427
Himatanthus bracteatus 0,585 1,298 20,468 2,929
Eschweilera ovata 0,561 1,246 20,468 2,929
Aphelandra sp 0,491 1,090 9,357 1,339
Thyrsodium spruceanum 0,374 0,831 12,281 1,757
Indeterminada 02 0,363 0,805 13,450 1,925
328
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Simarouba amara 0,363 0,805 13,450 1,925
Poaceae 02 0,363 0,805 5,848 0,837
Heliconia psittacorum 0,351 0,779 8,187 1,172
Ocotea spp 0,327 0,727 8,772 1,255
Elaeis guineensis 0,292 0,649 7,018 1,004
Myrcia silvatica 0,292 0,649 10,526 1,506
Sapindaceae 02 0,292 0,649 9,942 1,423
Myrsine umbellata 0,281 0,623 5,848 0,837
Vochysia lucida 0,281 0,623 4,094 0,586
Smilax sp 0,257 0,571 8,772 1,255
Hirtella sp 0,246 0,545 9,942 1,423
Indeterminada 01 0,246 0,545 7,018 1,004
Cordia nodosa 0,199 0,441 7,602 1,088
Fabaceae 01 0,199 0,441 3,509 0,502
Sacoglottis mattogrossensis 0,199 0,441 4,094 0,586
Clidemia spp 0,175 0,389 5,263 0,753
Davilla sp 0,175 0,389 6,433 0,921
Protium warmingianum 0,164 0,363 7,018 1,004
Tapirira guianensis 0,164 0,363 5,263 0,753
Ertela sp 0,152 0,337 5,263 0,753
Miconia prasina 0,152 0,337 7,018 1,004
Dioscorea sp 0,129 0,285 5,848 0,837
Geophila sp 0,129 0,285 2,339 0,335
Schefflera morototoni 0,129 0,285 5,263 0,753
329
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Casearia commersoniana 0,105 0,234 4,094 0,586
Sorocea guilleminiana 0,105 0,234 2,924 0,418
Tabernaemontana spp 0,105 0,234 2,924 0,418
Euphorbia sp 0,094 0,208 3,509 0,502
Miconia ciliata 0,094 0,208 2,924 0,418
Piper sp 0,094 0,208 1,170 0,167
Swartzia apetala 0,094 0,208 2,339 0,335
Chaetocarpus echinocarpus 0,082 0,182 2,924 0,418
Indeterminada 03 0,082 0,182 2,924 0,418
Annonaceae 01 0,070 0,156 2,339 0,335
Clusia nemorosa 0,070 0,156 1,754 0,251
Dilleniaceae 0,070 0,156 1,754 0,251
Maytenus sp 0,070 0,156 2,339 0,335
Miconia minutiflora 0,070 0,156 2,924 0,418
Myrcia splendens 0,070 0,156 2,924 0,418
Platonia sp 0,070 0,156 1,170 0,167
Marantaceae 0,058 0,130 1,170 0,167
Miconia dodecandra 0,058 0,130 1,170 0,167
Ruellia sp 0,058 0,130 0,585 0,084
Abarema filamentosa 0,047 0,104 2,339 0,335
Eugenia sp 0,047 0,104 1,754 0,251
Guazuma ulmifolia 0,047 0,104 1,170 0,167
Miconia chartacea 0,047 0,104 1,170 0,167
Philodendron bipinnatifidum 0,047 0,104 2,339 0,335
330
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Simaba cedron 0,047 0,104 1,754 0,251
Swartzia macrostachya 0,047 0,104 2,339 0,335
Tetracera sp 0,047 0,104 1,754 0,251
Xylopia sericea 0,047 0,104 1,754 0,251
Abarema cochliacarpos 0,035 0,078 1,170 0,167
Byrsonima sericea 0,035 0,078 1,170 0,167
Chrysobalanaceae 0,035 0,078 1,754 0,251
Erythroxylum spp 0,035 0,078 1,170 0,167
Henriettea succosa 0,035 0,078 0,585 0,084
Oeceoclades maculata 0,035 0,078 1,754 0,251
Solanum sp 02 0,035 0,078 1,170 0,167
Andira sp 0,023 0,052 0,585 0,084
Costus spiralis 0,023 0,052 1,170 0,167
Croton sellowii 0,023 0,052 0,585 0,084
Desmoncus polyacanthos 0,023 0,052 1,170 0,167
Monilophyta 0,023 0,052 1,170 0,167
Stromanthe porteana 0,023 0,052 0,585 0,084
Syagrus schizophylla 0,023 0,052 0,585 0,084
Tachigali rugosa 0,023 0,052 1,170 0,167
Orchidaceae 0,023 0,052 1,170 0,167
Allophylus laevigatus 0,012 0,026 0,585 0,084
Arecaceae 0,012 0,026 0,585 0,084
Bactris ferruginea 0,012 0,026 0,585 0,084
Bignoniaceae 01 0,012 0,026 0,585 0,084
331
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Boraginaceae 0,012 0,026 0,585 0,084
Celastraceae 0,012 0,026 0,585 0,084
Guarea guidonia 0,012 0,026 0,585 0,084
Heisteria sp 0,012 0,026 0,585 0,084
Inga spp 0,012 0,026 0,585 0,084
Lecythis sp 0,012 0,026 0,585 0,084
Licania sp 0,012 0,026 0,585 0,084
Mangifera indica 0,012 0,026 0,585 0,084
Miconia albicans 0,012 0,026 0,585 0,084
Plantaginaceae 0,012 0,026 0,585 0,084
Pogonophora schomburgkiana 0,012 0,026 0,585 0,084
Protium macrophyllum 0,012 0,026 0,585 0,084
Solanum sp 0,012 0,026 0,585 0,084
Stryphnodendron pulcherrimum 0,012 0,026 0,585 0,084
Syagrus coronata 0,012 0,026 0,585 0,084
Anthurium pentaphyllum 0,012 0,026 0,585 0,084
Guadua angustifolia 0,012 0,026 0,585 0,084
TOTAL 45,064 100,000 698,830 100,000
332
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
3. 4 DISCUSSÃO
As múltiplas causas para o crescente aumento da densidade populacional humana do
município de Salvador, com 2.675.656 habitantes segundo Censo Demográfico de 2010
(IBGE, 2011), determinou ao longo do tempo a alteração da sua vegetação de mata atlântica,
reduzindo-a a fisionomia de mosaico de fragmentos. Alguns destes estão localizados dentro
de áreas relativamente protegidas como parques estaduais municipais e ainda sítios federais.
Devido ao fato de serem inseridos no domínio da mata atlântica, esses remanescentes além de
sua conservação estabelecida pela legislação específica, encontram-se em situação de
proteção da comunidade científica internacional, pelo fato de estarem enquadrados como um
todo na mata atlântica brasileira na categoria de “hot spots”, ou sejam, regiões mais
biologicamente ricas e ameaçadas do planeta (Mittermeier et.al., 1999).
Nesse sentido, o abate seletivo e/ou parcial das populações de plantas ao longo do tempo
gerou, para Salvador, a condição de manchas remanescentes – ainda assim protegidas por lei e
resolução – reduzindo na maioria dos casos as formas de vida para duas camadas florestais: o
estrato vertical arbóreo, superior e o estrato vertical subosque, inferior e neste a camada da
serrapilheira.
Com relação à biomassa – fitomassa da serrapilheira – esse aspecto compreende uma certa
quantia de energia armazenada presente no componente biótico num dado tempo (Brewer ,
1994) e a sua avaliação espacial tem sido usada em todo o mundo como melhor forma
comparativa de conhecer a produção (standing crop) dos diferentes biomas (Odum, 1988).
Para Duvigneaud (1980), a produção de todos os componentes florestais incluindo os estratos
arbóreo, arbustivo, herbáceo (e aí a serrapilheira) de uma formação tropical úmida de folhas
grandes, representa, em peso seco, 180 ton/ha. No caso da serrapilheira, a sua avaliação,
também em massa seca, reflete o grau de riqueza do conjunto de plantas, a produção orgânica
e o estado de conservação da floresta.
Na ausência da especificação de valores de abundância da serrapilheira na legislação
pertinente, bem como, nos estudos dessa natureza para Salvador, resolveu-se levantar e obter
na literatura científica um banco de dados consistentes, aqui assumidos como paradigma ou
antecedente para diagnóstico dos estágios de sucessão. Nesse sentido, os resultados obtidos
333
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
por pesquisadores para formações florestais úmidas no globo apontam valores de biomassa
seca da serrapilheira dentro do intervalo de 7840 a 10200 Kg/ha na floresta ombrófila da
Colômbia, América do Sul (Jenny et. al. 1948). Em floresta tropical úmida secundária de
idade de dezoito anos do Zaire, na África Laudelout e Meyer (1954) registraram massa seca
de 12300 Kg/ha. Nye (1961) encontrou na serrapilheira acumulada de doze meses 10500
Kg/ha em floresta densa equatorial sempre verde de Gana, também na África. Na floresta
tropical úmida do parque El Verde de Porto Rico, na América Central, foi assinalada massa
seca de 598 g.m-2 (Wiegert, 1970). Considerando os valores acima em Kg.m-2, unidade
empregada no presente estudo, se obtém um valor médio de 0,936 ± 0,247 Kg.m-2 de peso
seco da serrapilheira para as florestas úmidas do globo.
Para as formações vegetacionais ombrófilas densas brasileiras, como a floresta amazônica e a
mata atlântica, são apresentados valores de biomassa seca da serrapilheira como aqueles a
seguir. Na floresta amazônica Salomão et. al. (1998) observaram para a fitomassa morta (liter
+ troncos mortos em pé e caídos) 5,3 Kg.m-2 e ainda, Rodrigues et. al. (2001) listaram 7,9
t/ha/ano em floresta primária e 9,9 t/ha/ano em floresta secundária. Na mata atlântica das
regiões, principalmente, sudeste e sul, em formação ombrófila e de restinga a esta associada
Melo et. al. (1994) mostraram a variação de 548,5 a 900,4 g/m²/ano na mata atlântica do Rio
Grande do Sul. Reissman et. al. (1994) apontaram, para a queda de serrapilheira de uma
restinga no Paraná, a variação de 5533 a 7739 Kg/ha/ano. Oliveira et. al. (1995) encontrou
para cinco estágios sucessionais da mata atlântica do Rio de Janeiro em kg/ha/ano no estágio I
o valor de 5040, estágio II 8030, III 5160, IV 5140 e V 5160. Em mata atlântica semidecídua
de São Paulo, Guimarães e Pagano, 1998) obtiveram 11394 Kg/ha/ano. Pires et. al. (1998)
estudando a mata de restinga no Paraná obtiveram a massa de 5064 ± 216 Kg/ha. Na mata
atlântica Montana, Portes et. al. (1998) encontraram 4,5 t/ha/ano. Em Santa Catarina, na
análise de biomassa em remanescente de mata atlântica, Santos (1998) observou a massa de
10554 ± 398 Kg/ha/ano e finalmente, Torres e Fonseca (1998) em sua avaliação de
serrapilheira em fragmentos de mata atlântica do Rio de Janeiro, mostraram variação de 2,78
a 3,75 t/ha, sendo que o fragmento de maior valor foi aquele de categoria intermediária de
alteração.
334
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Procedendo-se a igual maneira, ou seja, convertendo os valores acima para a unidade Kg.m-2,
registrou-se com a amalgação dos dados, a biomassa seca média de 0,640 ± 0,243 Kg.m-2 para
a serrapilheira das formações vegetacionais florestais úmidas brasileiras. Para o presente
diagnóstico, registraram-se média de 0,738 ± 0,693 Kg.m-2, resultado ligeiramente superior ao
obtido para as formações acima. Contudo, vale ressaltar o emprego de metodologia diversa, já
que, na maioria dos casos acima, procedeu-se somente a coleta mensal da “chuva” do material
orgânico dos estratos superiores (folhas, flores, frutos, sementes e ramos) durante um ano, não
considerando a fração em decomposição. No caso de Salvador, adotou-se avaliar o standing
crop, ou seja, a fitomassa espacial cumulativa que inclui a “chuva” do material orgânico e a
massa em decomposição, portanto, melhor opção comparativa.
Retomando os resultados dos fragmentos de mata atlântica de Salvador, os maiores registros
de fitomassa da serrapilheira ocorreram nos fragmentos Aterro Canabrava, Loteamento
Patamares - Bicuiba e 19º BC com 1,660, 1,607 e 1,602 Kg.m-2, respectivamente. Dos demais
fragmentos – onze deles – apresentaram valores acima de 1,0 Kg.m-2 e os fragmentos
AlphaVille I, Base Naval, Ilha dos Frades e Ilha de Maré registraram os menores valores com
e 0,798, 0,737, 0,716 e 0,609 Kg.m-2 respectivamente.
Com relação à espessura da serrapilheira, os valores médios variaram de 3,212 ± 1,566 cm no
fragmento Alphaville I a 6,950 ± 2,253 cm no Posto TIC. Os fragmentos com os maiores
registros de espessura média foram Posto TIC, Aterro Canabrava, Ilha dos Frades, 19 BC e
Greenville.
Á luz dos resultados obtidos e frente a sua comparação com bibliografia referida,
principalmente, para aquelas baseadas em resultados similares para standing crop, associados
aos resultados obtidos para a espessura, infere-se que coexiste a condição de abundância da
serrapilheira para todos os fragmentos avaliados da mata atlântica de Salvador, isso em
consonância com a legislação específica vigente.
Outro aspecto investigado no presente trabalho foi a avaliação da abundância das populações
de plantas do estrato subosque, ao longo dos fragmentos da mata atlântica de Salvador. A
nomenclatura botânica referente aos estratos (sinúsias) é controvertida, pelo fato de ser
baseada em vários atributos como: porte do indivíduo (altura vertical a partir do solo),
botânica estrutural, fisionomia, heterogeneidade espacial e tipologia vegetacional (Du Rietz,
335
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
1930; Weaver e Clements, 1950; Whittaker, 1962; Mueller-Dombois e Ellemberg, 1974;
Rizzini, 1997 e Carvalho et. al., 2009).
Rizzini acima, maior autoridade botânica sobre fitogeografia do Brasil, adota para as florestas
pluviais (úmidas) do mundo, como é o caso da mata atlântica, cinco estratos: 1- árvores
emergentes, 2- árvores do andar superior (dossel), 3- árvores da submata, 4- arbustos e ervas
altas e 5- ervas baixas. O autor assume os estratos arbóreos a partir de seis metros de altura e,
os dois últimos, próximo ao solo. O arranjo vertical acima, é próprio da formação
vegetacional primária. De outra forma, para as formações secundárias ou remanescentes, o
processo de fragmentação reduz, de forma geral, o arranjo vertical para apenas dois estratos: o
arbóreo (superior) e o subosque (inferior).
De maneira geral o estrato subosque tem sido pouco estudado nos trabalhos de fitossociologia
no Brasil o que dificulta o seu conhecimento (Mantovani, 1987). As pesquisas existentes
aparecem na bibliografia, relatadas, principalmente, às regiões sul e sudeste do Brasil, na
maioria das vezes abordando conjuntamente os estratos arbustivos e herbáceo (subosque).
Citam-se nas regiões acima os trabalhos de Citadini-Zanette (1984) e Citadini-Zanette e
Baptista (1989), Cestaro et. al., (1986), Diesel e Siqueira (1991) e Muller (1999) sobre
estrutura fitossociológica, principalmente, para os estratos herbáceo-arbustivo da mata
atlântica, floresta mista de araucária, mata ripária e floresta costeira, respectivamente. No Rio
Grande do Sul. Negrelle (1995), Dorneles (1996) e Kozera et. al. (2005) estudaram a
dinâmica, estrutura do componente inferior e o estrato herbáceo-arbustivo, respectivamente,
da mata atlântica de Santa Catarina. No Paraná, Cervi et. al. (1988) e Kozera (2001)
apresentaram a contribuição de plantas herbáceas para a floresta mista de araucária e
avaliação da composição florística e fitossociológica do estrato herbáceo- arbustivo da
floresta ombrófila densa, respectivamente. Ainda, Andrade (1992) e Meira-Neto (1997)
estudaram em Minas Gerais o estrato herbáceo em floresta da Reserva Biológica Mata do
Jambreiro e florística e fitossociologia dos estratos arbóreo e herbáceo-arbustivo da mata
atlântica, também respectivamente.
Dos resultados apresentados para o estudo do subosque dos fragmentos da mata atlântica de
Salvador, baseados na análise florística das espécies/táxons, unidade taxionômica adotada,
obteve-se, de forma comparativa, para os fragmentos, a ordenação seqüencial de Ilha dos
336
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Frades > Bacia do Cobre > Base Naval > Ilha de Maré > Trobogy, isso para os cinco de maior
número de unidades taxionômicas.
Para a frequência relativa, que infere a proporção de repetição de ocorrência de uma espécie
sobre o conjunto das demais de um sítio, as espécies/táxons mais freqüentes para os
fragmentos de Salvador foram: Protium heptaphyllum, Himatanthus bracteatus, Tapirira
guianensis, Rhynchospora cephalotes, Xylopia sericea e Psychotria spp. Nessa sequência,
como, aliás, para as demais espécies do subosque incluem-se: as espécies exclusivas do
subosque (≤ 2,0 m de altura) e os indivíduos da unidade plântula (≤ 0,2 m) mais os indivíduos
jovens do estrato arbóreo com altura igual ou menor que 2 m.
No tocante à diversidade florística, foram registradas 185 espécies/táxons distribuídos em 125
gêneros e 65 famílias botânicas, valores significativamente superiores aos obtidos por Kozera
(2001) em remanescente de floresta ombrófila densa do Paraná. Ademais, vale ressaltar que
no caso do subosque dos remanescentes da mata atlântica de Salvador, a lista de espécies
ainda não é definitiva, haja vista a ocorrência de unidades taxionômicas indeterminadas das
Magnoliophyta (plantas fanerogâmicas, com flor) e das Monilophyta (plantas pteridófitas,
sem flor).
Estudos comparativos de fitossociologia abrangendo o arranjo vertical revelaram, que o
número de espécies do estrato herbáceo é menor do que o dos estratos arbóreos, e isso pode
estar relacionado a vários fatores de competição, maior no subosque (Coutinho, 1962) e a
redução, de cima para baixo, da luminosidade (Walter, 1971). Essa condição também deve
prevalecer para Salvador.
Para a abundância do subosque, expressa em densidade de organismos/m², no geral, as
espécies/táxons que apresentaram maior densidade foram: Protium heptaphyllum, Monstera
adansonii, Olyra latifolia, Rhynchospora cephalotes, Poaceae 01, Piper sp, Himatanthus
bracteatus, Tapirira guianensis e Scleria bracteata. De maneira comparativa os resultados
apontaram para os cinco fragmentos de maior densidade média total a sequência: AlphaVille
II > Trobogy > AlphaVille I > Ilha dos Frades > Ipitanga II, sendo que para o universo dos
fragmentos estudados a diferença entre o maior e o menor valor foi de 2,7 vezes.
337
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
O estudo da composição e abundância dos segmentos biomassa da serrapilheira e da
associação de plantas do subosque representam uma contribuição para o diagnóstico do estado
atual em que se encontram as manchas remanescentes de Salvador. Nesse sentido, ainda que a
resolução CONAMA nº 5 de 1994 não especifique classes de abundância da serrapilheira,
pode-se inferir que este componente encontra-se abundante ao longo de todos os fragmentos
analisados quando confrontados com os resultados do presente diagnóstico e os reportados na
literatura. Da mesma forma, ainda que heterogêneos, os resultados indicam a condição de
estágio secundário mantendo a dinâmica de recrutamento e regeneração da vegetação dos
remanescentes de Salvador.
3.5 CONCLUSÃO
· A biomassa seca e a espessura vertical da serrapilheira são atributos de adoção
recomendável para estudo de diagnóstico de remanescente florestal.
· Dos remanescentes estudados na mata atlântica de Salvador, os maiores valores de
biomassa seca (Kg.m-2) da serrapilheira foram registrados para o Aterro Canabrava
(1,660), Loteamento Patamares - Bicuiba (1,607) e 19º BC (1,602), sendo o menor
valor encontrado no fragmento Ilha de Maré (0,609).
· A produção (standing crop) da serrapilheira da mata atlântica de Salvador, de forma
geral, é compatível com estágios avançados de regeneração.
· A serrapilheira esteve em grau de intensidade abundante, para todos os remanescentes
de Salvador, maior grau conforme legislação específica em vigor.
· A composição florística da associação subosque dos remanescentes da mata atlântica
de Salvador esteve representada por 185 espécies/táxons distribuídos em 125 gêneros
e 65 famílias botânicas.
· As famílias botânicas com o registro do maior número de espécies foram: Fabaceae
(19); Arecaceae e Melastomataceae (9); Malvaceae e Poaceae (6); Anacardiaceae,
Dilleniaceae, Myrtaceae e Rubiaceae (5).
338
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
· Protium heptaphyllum, Monstera adansonii, Olyra latifolia, Rhynchospora cephalotes,
Poaceae 01, Piper sp, Himatanthus bracteatus, Tapirira guianensis e Scleria
bracteata, compreenderam as espécies/táxons de maior densidade do subosque,
incluindo principalmente as espécies nativas das formas vegetais herbácea, lenhosa,
invasora e secundária.
· Os fragmentos com registro de maior densidade média total foram: AlphaVille II >
Trobogy > AlphaVille I > Ilha dos Frades > Ipitanga II.
· Da avaliação da composição e abundância do subosque foram diagnosticados: o
estado de vegetação secundária, havendo a manutenção da função recrutamento
florestal para os remanescentes da mata atlântica de Salvador
339
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
3.6 REFERÊNCIAS
ANDRADE, P. M. de. Estrutura do estrato herbáceo de trechos da Reserva Biológica Mata do Jambreiro, Nova Lima, Minas Gerais. Campinas. Dissertação de Mestrado. Instituto de Biologia, Universidade Estadual de Campinas, 1992. BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. CONAMA. Resolução nº 5, de 4 de maio de 1994. Define vegetação primária e secundária nos estágios inicial, médio e avançado de regeneração da Mata Atlântica, a fim de orientar os procedimentos de licenciamento de atividades florestais no Estado da Bahia. Diário Oficial da União: República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 30 maio 1994. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/>. Acesso em: 01 set 2011. BREWER, R. The Science of Ecology. Orlando: Saunders College Publishing. 2. ed. 1994. CARVALHO, J.; MARQUES, M. C. M.; RODERJAN, C. V.; BARDDAL, M. & SOUSA, S. G. A. de. Relações entre a distribuição das espécies de diferentes estratos e as características do solo de uma floresta aluvial no Estado do Paraná, Brasil. Acta Botânica Brasílica. Vol. 23(1) 1-9, 2009. CERVI, A. C.; ACRA, L. A.; RODRIGUES, L.; GABRIEL, M. M. & LOPES, M. Contribuição ao conhecimento das plantas herbáceas de uma floresta de Araucária do primeiro planalto paranaense. Insula, 18: 83-98. 1988. CESTARO, L. A.; WAECHTER, J. L. & BAPTISTA, L. R. de M. Fitossociologia do estrato herbáceo da mata de Araucária da Estação Ecológica de Aracurí, Esmeralda, RS. Hoehnea, 13: 59-72. 1986. CITADINI-ZANETTI, V & BAPTISTA, L. R. de M. Vegetação herbácea terrícola de uma comunidade florestal em Limoeiro, município de Torres, Rio Grande do Sul, Brasil. Boletim do Instituto de Biociências, 45:01-87, 1989. CITADINI-ZANETTI, V. Composição Florística e Fitossociológica da vegetação herbácea terrícola de uma mata de Torres, Rio Grande do Sul, Brasil. Iheringia, 32:23-62. 1984. DIESEL, S. & SIQUEIRA J. C. de. Estudo fitossociológico herbáceo arbustivo da mata ripária da bacia hidrográfica do Rio dos Sinos, Rio Grande do Sul. Pesquisas, 42: 205-257. 1991. DORNELES, L. P. P. Florística e estrutura do compartimento inferior de um trecho de Floresta Atlântica na Reserva Volta Velha, município de Itapoá, SC. Curitiba. Dissertação de Mestrado. Setor de Ciências Biológicas, Universidade Federal do Paraná, 1996.
340
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
DU RIETZ, G. E. Classification and nomenclature of vegetation. Sv. Bot. Tidskr. 24: 333-248, 1930. DUVIGNEAUD, P. A síntese ecológica. Lisboa: Instituto Piaget, 1980. GUEDES, M. L. S.; SANTOS, J. J. . Vegetação: Mata Ombrófila Densa e Restinfa. In: Maria Lenise Silva Guedes; Juarez Jorge Santos. (Org.). Baía de Todos os Santos: Diagnóstico Sócio-Ambiental e Subsídios para a Gestão. 1 ed. Salvador: Ed. Germen, 1997, p. 125-135. GUIMARÃES, M. da C.; PAGANO, S. N. Produção e acúmulo de serrapilheira em floresta mesófila semidecídua, Rio Claro-Araras, SP. In: XLIX Congresso Nacional de Botânica, 1998, Salvador, Bahia. XLIX Congresso Nacional de Botânica, 1998. (Livro de resumos). INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE. Sinopse do Censo Demográfico 2010. Rio de Janeiro: Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, 2011. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br.> Acesso em 20 set 2011. JENNY, H.; BINGHAM, F. & PADILLA-SARAVIA, R. M. Nitrogen and organic matter contents of equatorial soils of Colombia, South America. Soil. Sci, Soc. Am. J. 44:827-833, 1948. KOREZA, C. Composição florística e estrutura fitossociológica do estrato herbáceo-subarbustivo em duas áreas de floresta ombrófila densa, Paraná, Brasil. Campinas. Dissertação de Mestrado. Instituto de Biologia, Universidade Estadual de Campinas, 2001. KOZERA, C.; GALVÃO, F.; KUNIYOSHI, Y.S. Caracterização fitossociológica do estrato herbáceo-arbustivo de uma Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas, Itapoá - SC, em dois compartimentos ambientais. In: 56º congresso Nacional de Botânica, 2005, Curitiba, PR. 56 Congresso Nacional de Botânica, 2005. (Livro de Resumos) LAUDELOUT, H. & MEYER, J. Les cycles d’élémentes minéraux et de matiére organique en forêt equatorialé congolaise. Leopoldville, V Congr. Sci. Sol. 2: 267-272, 1954. MANTOVANI, W. Análise florística e fitossocológica do estrato herbáceo-subarbustivo do cerrado na Reserva Biológica de Moji Guaçu e em Itirapina, São Paulo. Campinas. Tese de Doutorado. Instituto de Biologia, Universidade Estadual de Capinas, 1987. MEIRA-NETO, J. A. A. Estudos florísticos, estruturais e ambientais nos estratos arbóreo e herbáceo-arbustivo de uma Floresta Estacional Semidecidual, Viçosa, MG. Campinas. Tese de Doutorado. Instituto de Biologia, Universidade Estadual de Campinas, 1997. MELLO, R. S. P. & PORTO, M. L. Produção de serrapilheiraem comunidades florestais do Morro do Pinhal, Parobé, RS. In: XLV Congresso Nacional de Botânica, 1994, São Leopoldo, Rio grande do Sul. XLV Congresso Nacional de Botânica, 1994. ( Livro de resumos).
341
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
MITTERMEIER, R. A.; MYERS, N. & MITTERMEIER, C. G. Hotspots: earth’s biologically richest and most endangered terrestrial ecoregions. Mexico City: Cemex Conservation International, S.A, 1999. MUELLER-DOMBOIS, D. & ELLEMBERG, H. Aims and methods of vegetation ecology. New York: Jhon Wiley and Sons, 1974. MÜLLER, S. C. Estrutura sinusial e relações florísticas dos componentes herbáceo e arbustivo de uma floresta costeira subtropical. Porto Alegre. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 1999. NEGRELLE, R. R. B. Composição florística, estrutura fitissociológica e dinâmica de regeneração da floresta atlântica na Reserva Volta Velha, município de Itapoá, SC. São Carlos. Tese de Doutorado. Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade de São Carlos, 1995. NYE, P. Organic matter and nutrient cycles under moist tropical forest. Plant Soil. 13(4): 333-346, 1961. ODUM, E. P. Ecologia. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan S.A., 1988. OLIVEIRA, R. R. de., CLEVELÁRIO Jr., J. & DELAMÔNICA, P. Massa, composição e função da serrapilheira em cinco estágios sucessionais na Reserva Biológica Estadual da Praia do Sul, Ilha Grande, RJ. In: XLVI Congresso Nacional de Botânica, 1995, Ribeirão Preto, SP. XLVI Congresso Nacional de Botânica, 1995. (Livro de resumos). PIRES, L.; PAGANO, S. N. & BRITEZ, R. M. de. Deposição de serrapilheira em mata de restinga na Ilha do Mel, Paraná. In: XLIX Congresso Nacional de Botânica, 1998, Salvador, Bahia. XLIX Congresso Nacional de Botânica, 1998. (Livro de resumos). PORTES, M. C. G. de O.; KOEHLER, A. & GALVÃO, F. Floresta ombrófila densa altomontana: avaliação de deposição de serrapilheira e de nutrientes. In: XLIX Congresso Nacional de Botânica, 1998, Salvador, Bahia. XLIX Congresso Nacional de Botânica, 1998. (Livro de resumos). REISSMAN, R. M de. B. C. B.; SANDRO, M.; ATHAYDE, S. F. de & LILMA, R. X. de. Deposição estacional de serrapilheira em duas florestas de restinga na Ilha do Mel, Paranaguá, PR. In: XLV Congresso Nacional de Botânica, 1994, São Leopoldo, Rio grande do Sul. XLV Congresso Nacional de Botânica, 1994. (Livro de resumos). RIZZINI, C. T. Tratado de Fitogeografia do Brasil: aspectos ecológicos, sociológicos e florísticos. Rio de Janeiro: Âmbito Cultural Edições Ltda., 1997. RODRIGUES, K. F. & KLINGE, H. Produção de serrapilheira em florestas primária e secundária na Amazônia brasileira – dados comparativos. In: 52º Congresso Nacional de
342
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Botânica, 2001, João Pessoa – Paraíba. Congresso Nacional de Botânica, 2001. (Livro de resumos). SALOMÃO, P. S. de; NEPSTAD, D. C. & VIEIRA, I. C. G. Biomassa e estque de carbono de florestas tropicais primária e secundária. In: GASCON, C. & MOUTINHO, P. (Org.). Floresta Amazônica: Dinâmica, Recuperação e Manejo. 1 ed. Manaus: Instituto de Pesquisas da Amazônia: Smithsonian Institution, 1998, p. 99-119. SANTOS, J. J.; GUEDES, M. L. S.; CERQUEIRA, R. M.; NEVES, M. F.; ANDRADE, L. C. . Estrutura Fitossociológica da Vegetação do Parque Metropolitano de Pituaçu, Salvador, Bahia.. In: 59º Congresso Nacional de Botânica, 2008, Natal. 59º Congresso Nacional de Botânica, 2008. v. 01. p. 98-98. SANTOS, R. dos.; CITADINI-ZANETTE, V. & MARTINELLO, C. M. Acúmulo e decomposição de serrapilheira em um remanescente de Mata Atlântica, Orleans, Santa Catarina. In: XLIX Congresso Nacional de Botânica, 1998, Salvador, Bahia. XLIX Congresso Nacional de Botânica, 1998. (Livro de resumos). TORRES, M. C.; FONSECA, G. D. F. M. da. Quantificação da produção de serrapilheira em fragmentos de Mata Atlântica. In: XLIX Congresso Nacional de Botânica, 1998, Salvador, Bahia. XLIX Congresso Nacional de Botânica, 1998. (Livro de resumos). WEAVER, J. E. & CLEMENTS F. E. Ecología Vegetal. Buenos Aires: Acme Agency, 1950. WHITTAKER, R. H. Classification of Natural Communities. Botan. Rev. 1-239, 1962. WIEGERT, R. G. Effects of ionizing radiation on leaf fall, decomposition, and litter microarthropods of a montane rain forest. In: A Tropical Rain Forest: A study of irradiation and ecology at El Verde, Puerto Rico, ed. H. T. Odum and R. F. Pigeon, H89-H100. Oak Ridge, Tenn.: U.S. Atomic Energy Commission, 1970. COUTINHO, L. M. Contribuição ao conhecimento da Mata Pluvial Tropical. Boletim da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo, série Botânica 257(18) 11-219, 1962. WALTER, H. The continuously wet tropical rain Forest. In: BURNETT, J. H. Ecology of Tropical and Subtropical Vegetation. New York: Van Nostrand Reinhold Company, 1971. pp. 72-143.
343
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
APÊNDICES
344
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Apêndice A: Classificação dos estágios sucessionais da vegetação do bioma Mata Atlântica município de Salvador-BA
345
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Apêndice B- Lista de espécies amostradas nos remanescentes de Mata Atlântica da cidade de Salvador. Fevereiro de 2011 a outubro de 2012.
Alphaville I = A1, Alphaville II = A2, Aterro Canabrava = C, Aterro Metropolitano Centro = AMC, Bacia do Cobre = BCO, Barragem de
Ipitanga I = I1, Barragem de Ipitanga II = I2, Base Naval de Aratu = BNA, Greenville = G, Loteamento Biribeira = LB, Loteamento Patamares =
LP, Pedreira Aratu = PA, Pedreira Carangi = PC, Pedreira Valéria = PV, Posto TIC = TIC, Trobogy = T, 19º BC = BC, Valéria = VA, Ilha de
Maré = IM, Ilha dos Frades = IF. Árvore = ar, arbusto = arb, subarbusto = subarb, epífita = ep, herbáceo = he, trepadeira = trep.
Família Espécie Localidades Hábito
Anacardiaceae Anacardium occidentale L. T,BCO,IM ar
Mangifera indica L. BC,BCO,IM,IF,BNA ar
Schinus terebinthifolius Raddi BC,G,IM arb/ar
Spondias mombin L. BC,TIC,BCO,IM ar
Tapirira guianensis Aubl.
A1,C,G,LB,AMC,I1,PA,PC,PV,
TIC,LP,T,BC,A2,I2,BCO,IM,VA, IF ,BNA ar
Thyrsodium spruceanum Benth. A1,C,G,LB,AMC,I1,PA,PC,PV,LP,T,BC,BCO,VA,IF,BNA ar
Annonaceae Anaxagorea sp PC ar
Annona dolabripetala Raddi IF ar
Annona mucosa Jacq. IF ar
Annona sp PC, T, IF ar
Annonaceae 01 IF ar
346
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Família Espécie Localidades Hábito
Guatteria oligocarpa Mart. BNA ar
Guatteria pogonopus Mart. A1,PV,BCO ar
Guatteria sp A1,AMC,T,IF, BCO ar
Xylopia sericea A.St.Hil. C,G,PA,TIC,LP,BC,IF,BNA ar
Xylopia sp IF ar
Apocynaceae Aspidosperma spruceanum Benth. ex Müll. Arg. IF ar
Himatanthus bracteatus (A.DC.) Woodson
A1,C,G,LB,AMC,I1,PA,PC,PV,TIC,LP,T,BC,A2,I2,BCO,VA,
IF, BNA ar
Tabernaemontana flavicans Willd. ex Roem. &
Schult. IF, BCO ar
Tabernaemontana salzmannii A.DC. G,T,BCO,VA,IF ar
Tabernaemontana solanifolia A. DC. IF ar
Araliaceae Schefflera morototoni (Aubl.) Maguire et. al A1,C,G,LB,AMC,I1,PA,PV,TIC,LP,T,BC,A2,I2,BCO,BCO,I
M,IF, VA, IF, BNA ar
Arecaceae Allagoptera caudescens (Mart.) Kuntze A1,AMC,PC, BCO, BNA ar
Attalea burretiana Bondar A1,LB,AMC,I1,PA,PC,PV,T,A2 ar
Attalea salvadorensis Glassman A1,PA, PV,T,BCO ar
Attalea sp. C ar
347
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Família Espécie Localidades Hábito
Bactris ferruginea Burret C,G,PC,PV,T,BCO,IF ar
Cocos nucifera L. BC ar
Elaeis guineensis Jacq. A1,G,PV,LP,T,BC,IM,IF,BNA ar
Syagrus botryophora Mart. G,LB,I2,BCO,IF ar
Syagrus coronata (Mart.) Becc A1,C,G,LP,T,BC,BCO,IM,BNA ar
Syagrus schizophylla (Mart.) Glassman G,LP,T,BCO,IM,IF ar
Asteraceae Gochnatia oligocephala (Gardner) Cabrera C,G,LB,PC,T,BC,I2,IM,IF,BCO arb/ar
Gochnatia paniculata (Less.)Cabrera AMC ar
Vernonanthura diffusa (Less.) H. Rob. BCO ar
Vernonanthura discolor (Spreng.) H.Rob T,PC,PV ar
Bignoniaceae Jacaranda obovata Cham. AMC,T,BCO,IF ar
Tabebuia sp IF ar
Cordia pilosa M.Stapf & Taroda C,PC, PV,T ar
Cordia restingae M. Stapf IM, IF ar
Cordia sagotii I. M.Johnst. A1,AMC,I1,T,BC,BNA ar
Cordia sp T,BC,IF,BNA ar
Burseraceae Protium heptaphyllum (Aubl.)Marchand A1,C,G,LB,AMC,I1,PA,PC,TIC,T,BC,A2,I2,IM,IF,BNA ar
Protium spruceanum (Benth.) Engl. BCO ar
348
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Família Espécie Localidades Hábito
Protium warmingianum March. IF ar
Calophyllaceae Caraipa densifolia Mart. IF ar
Kielmeyera neglecta Saddi C,AMC,PC,I2,BCO,IF,BNA ar
Cannabaceae Trema micrantha (L.) Blume G ar
Caricaceae Carica papaya L. IM ar
Celastraceae Maytenus distichophylla Mart. ex Reissek A1,G,TIC,T,BCO,VA,IF ar
Maytenus sp BCO ar
Chrysobalanaceae Chrysobalanaceae 01 IF ar
Hirtella glandulosa Spreng. G,BC,IF ar
Hirtella racemosa Lam. IF ar
Hirtella sp A1,IM,IF ar
Licania hypoleuca Benth. IF ar
Licania kunthiana gancho. f. IF ar
Licania octandra (Hoffmanns. ex Roem. &
Schult.) Kuntze IF ar
Licania sp PC ar
Clusiaceae Clusia nemorosa G.Mey. C,G,PC,T,BC,IF ar
Symphonia globulifera L.f C,BCO,IF ar
349
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Família Espécie Localidades Hábito
Tovoita choisyana Planch & Triana PC, PV,VA,IF ar
Combretaceae Buchenavia sp PC ar
Combretaceae 01 BCO ar
Dilleniaceae Curatella americana L. C,G,LB,AMC,I1,PC,TIC,T,BC,IF ar
Erythroxylaceae Erythroxylum citrifolium A.St.Hil C,G,TIC ar
Erythroxylum martii Peyr. BCO,BNA ar
Erythroxylum mucronatum Benth. G,PC,PV,T, BC ar
Erythroxylum passerinum Mart. IM ar
Erythroxylum squamatum Sw. A1,PV,T,BC ar
Euphorbiaceae Euphorbiaceae 01 BCO ar
Sapium glandulatum (Vell.) Pax LB,T ar
Fabaceae Abarema cochliocarpos (Gomes) Barneby &
J.W.Grimes C,G,PC,I2,VA,IF,BNA ar
Abarema filamentosa (Benth.) Pitter G,AMC,I1,T,BC,IF ar
Albizia pedicellaris (DC.) L.Rico A1,PV,BC,IF ar
Albizia polycephala (Benth.)Killip ex Record PV ar
Albizia sp PC,BCO ar
Andira cf. vermifuga Mart. ex Benth. IF ar
350
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Família Espécie Localidades Hábito
Andira fraxinifolia Benth. G,T,BC,IF ar
Andira legalis (Vell.) Toledo IF ar
Andira nitida Mart. ex Benth. IM ar
Andira sp IF ar
Balizia pedicellaris (DC.) Barneby & J.W.
Grimes BNA ar
Bowdichia virgilioides Kunth G,LB,AMC,I1,PA,PC,PV,TIC,T,BC,I2,BCO,IM,IF,BNA ar
Chamaecrista sp G,PC,VA ar
Clitoria fairchildiana R. A. Howard G ar
Dalbergia ecastophyllum (L.) Taub. IM arb
Fabaceae 01 BNA ar
Inga capitata Desv. G, AMC,IM,BNA ar
Inga ciliata C. Presl A1, AMC,I2,BCO ar
Inga edulis Mart. PC,PV,IM ar
Inga laurina Willd A1,C,G,PC,PV,T,BCO,IF ar
Inga pleiogyna T.D.Penn. AMC ar
Inga sp PC,A2,I2,IF,BCO ar
Inga thibaudiana DC A1,C,G,LB,PA,PC,PV,T,BC,A2,BCO ar
351
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Família Espécie Localidades Hábito
Inga vera Willd. IF, BCO,IM ar
Machaerium aculeatum Raddi IM ar
Moldenhawera blanchetiana Tul. C ar
Parkia pendula (Willd.) Benth. T,BCO,IF ar
Pterocarpus rohrii Vahl IF ar
Stryphnodendron pulcherrimum (Willd.) Hochr. C, G, AMC, PC, LP, T, BCO, IF, BNA ar
Swartzia apetala Raddi A1, G, T, IM, IF ar
Swartzia flaemingii Raddi BNA ar
Swartzia macrostachya Benth. BCO ar
Swartzia sp G ar
Swartzia tomentosa (Willd.) DC. IM ar
Tachigali rugosa (Mart. ex Benth.) Zarucchi &
Pipoly
IF ar
Tamarindus indica L BC ar
Humiriaceae Sacoglottis mattogrossensis Malme IF ar
Hypericaceae Vismia guianensis (Aubl.) Choisy G, AMC, T, BC, I2, BCO, IM, VA, IF ar
Lacistemataceae Lacistema robustum Schnizl. PC, BCO ar
Lamiaceae Aegiphila cf. verticillata Vell. BCO ar
352
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Família Espécie Localidades Hábito
Lauraceae Ocotea cf. indecora (Schott) Mez IF ar
Ocotea glomerata (Nees)Mez C,G,PA,BCO,IF,BNA ar
Ocotea puberula (Rich.) Nees A1 ar
Ocotea sp 01 AMC,I1,TIC,BC,IF, BCO ar
Ocotea sp 02 IF, BCO ar
Ocotea sp 03 BCO ar
Persea americana Mill BC ar
Lecythidaceae Eschweilera ovata (Cambess.) Mart. ex Miers A1,C,G,LB,AMC,PC,PV,TIC,LP,T,BC,A2,I2,BCO,VA,IF,BN
A ar
Lecythis pisonis Cambess. IF ar
Lecythis sp PA ar
Malpighiaceae Byrsonima sericea DC. A1,C,G,LB,AMC,I1,PA,PC,PV,TIC,LP,T,BC,A2,I2,BCO,IM,
VA, IF,BNA arb/ar
Malvaceae Apeiba tibourbou Aubl. PV ar
Eriotheca macrophylla (K. Schum.) A. Robyns VA, BCO ar
Guazuma ulmifolia Lam. A1,LP,T,BCO,IM,IF,BNA ar
Luehea divaricata Mart. PC,PV,A2 ar
Pachira glabra Pasq. BC ar
353
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Família Espécie Localidades Hábito
Melastomataceae Henriettea succosa (Aubl.)DC. A1,C, G,LB, AMC,I1,PA,PC,T,BC,I2,BCO,VA ar
Miconia alborufescens Naudin AMC,T arb/ar
Miconia dodecandra Cogn. BCO ar
Miconia holosericea (L.) DC. AMC,PV,PC,I2 ar
Miconia hypoleuca (Benth.) Triana IF, BCO ar
Miconia minutiflora (Bonpl.)DC. G, AMC,I1,PA,PV,TIC,LP,T,BC,A2,BCO,IM,BNA arb/ar
Miconia prasina (Sw.) DC C,G,AMC,I1,PV,T,BC,A2,BCO,IM,IF,BNA ar
Miconia sp C,I1 ar
Tibouchina candolleana (Mart. ex DC.)Cogn. PC,T ar
Meliaceae Guarea guidonia (L.) Sleumer A1,C,TIC,BCO,IM,IF,BNA ar
Trichilia elegans A. Juss. IF ar
Trichilia hirta L PV ar
Trichilia sp G ar
Moraceae Artocarpus heterophyllus Lam. AMC,I1,PV,TIC,BC,BCO ar
Brosimum gaudichaudii Trécul LB,PC,BCO ar
Brosimum guianense (Aubl.) Huber BCO ar
Brosimum lactescens (S.Moore) C.C.Berg C ar
Brosimum sp BCO ar
354
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Família Espécie Localidades Hábito
Ficus arpazusa Casar. BNA ar
Ficus clusiifolia Schott IM ar
Ficus gomelleira Kunth & C.D.Bouché A1, LB,LP,T,BC,BCO,IM,IF,BNA ar
Ficus pulchella Schott A1, C,G,PV,TIC ar
Ficus sp 01 AMC,PC,PV,BCO ar
Ficus mariae C.C.Berg, Emygdio & Carauta BCO,BNA ar
Helicostylis tomentosa (Poepp. & Endl.) Rusby BCO,BNA ar
Myristicaceae Virola sp T ar
Myrtaceae Blepharocalyx salicifolius (Kunth) O. Berg IF ar
Calyptranthes sp BC,T,IF ar
Campomanesia dichotoma (O.Berg) Mattos G,LB,LP,T,BC,BCO ar
Eugenia astringens Cambess. IM ar
Eugenia bahiensis DC. PC ar
Eugenia cyclophylla O.Berg AMC ar
Eugenia punicifolia (Kunth.)DC. AMC ar
Eugenia sp 01 C,G,T,BC,IF ar
Eugenia sp 02 IF ar
Eugenia sp 03 IF ar
355
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Família Espécie Localidades Hábito
Eugenia sp 04 IF ar
Eugenia sp 05 IF ar
Eugenia tomentosa Aubl. IF ar
Eugenia cf rotundifolia (Arn.) Wight IF ar
Marlierea obversa D. Legrand IF ar
Myrcia cf. maximiliana O. Icebergue IF ar
Myrcia guianensis (Aubl.) DC. A1,T,PC ar
Myrcia ilheosensis Kiaersk. IF ar
Myrcia silvatica (O.Berg)Kiaersk. A1,LB,AMC,I1,PC,PV,T,BCO,IF ar
Myrcia sp 01 G,LB,AMC,PC,LP,T,I2,IF, BCO ar
Myrcia sp 02 IF ar
Myrcia sp 03 IF ar
Myrcia sp 04 IF ar
Myrcia sp 05 IF ar
Myrcia sp 06 IF ar
Myrcia splendens (Sw.)DC. A1,G,AMC,I1,PC,PV,T,I2,BCO,VA,IF,BNA ar
Myrcia tomentosa (Aubl.) DC. IM, IF ar
Myrciaria floribunda (H. West ex Willd.) O. IM ar
356
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Família Espécie Localidades Hábito
Berg
Myrtaceae ind.01 C,G,T,I2,BCO,IF ar
Myrtaceae ind.02 G,LB,T,BC,BCO,IF ar
Myrtaceae ind.03 BC,T,IF ar
Myrtaceae ind.04 T,IF ar
Psidium bahianum Landrum & Funch IF ar
Psidium guajava L. BC ar
Psidium guineensis Sw. T ar
Psidium oligospermum DC. PC ar
Psidium sartorianum(O.Berg)Nied. G, BC ar
Psidium sp A1,G,LB,T,IF ar
Syzygium cumini (L.) Skeels BC ar
Nyctaginaceae Guapira opposita (Vell.)Reitz G,PC,PC,PV,T ar
Guapira pernambucensis (Casar.) Lundell IM ar
Nyctaginaceae 01 BCO ar
Ochinaceae Ouratea cf. gigantophylla (Erhard) Engl. IF ar
Olacaceae Heisteria sp IF ar
Peraceae Chaetocarpus echinocarpus (Baill.)Ducke A1,G, LB,PC ar
357
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Família Espécie Localidades Hábito
Chaetocarpus myrsinites Baill. IF ar
Pera glabrata (Schott) Poepp. Ex Baill. A1, C,AMC ,PC,T,I2,BCO,VA,IF,BNA ar
Pogonophora schomburgkiana Miers ex Benth. C,PC,PV,T,IF ar
Phyllanthaceae Hieronyma alchorneoides Allemão A1,T ar
Margaritaria nobilis L.f. PC ar
Phytolacaceae Gallesia integrifolia (Spreng.) Harms IF ar
Polygonaceae Coccoloba mollis Casar C,G,AMC,T,A2,I2,BCO,IM,IF,BNA ar
Coccoloba parimensis Benth. BCO ar
Primulaceae Myrsine guianensis (Aubl.) Kuntze IM,BNA ar
Myrsine umbellata Mart. A1,C,G,LB,AMC,I1,LP,T,BC,BCO,VA,IF ar
Proteaceae Roupala montana Aubl. IF ar
Rhamnaceae Ziziphus platyphyllus Reissek BNA ar
Rubiaceae Amaioua pilosa K. Schum. IF ar
Chomelia anisomeris Müll.Arg. G,AMC,T,BCO, IM,BNA ar
Chomelia obtusa Cham.& Schltdl. LP ar
Genipa americana L. TIC,IM ar
Guettarda viburnoides Cham.& Schltdl. G ar
Psychotria carthagenensis Jacq. A1,C,G,LB,AMC,PC,LP,PV,T,BC,BCO,VA ar
358
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Família Espécie Localidades Hábito
Psychotria sp PV,BNA ar
Randia armata (Sw.) DC. BCO ar
Rubiaceae 01 BCO ar
Tocoyena formosa (Cham. & Schltdl.) K.Schum. IM ar
Ruscaceae Dracaena sp IM arb
Rutaceae Pilocarpus sp T ar
Zanthoxylum rhoifolium Lam. A1,BC,BCO,IF ar
Zanthoxylum sp BCO ar
Salicaceae Banara brasiliensis Benth (Schott). IF ar
Casearia cf. bahiensis Sleumer BCO ar
Casearia commersoniana Cambess. AMC,PC,T,BC, A2,BCO,IF ar
Casearia sp IF ar
Casearia sylvestris Swartz IM ar
Sapindaceae Allophylus laevigatus (Turcz.) Radlk A1,C,G,TIC,LP,T,BC,A2,I2,BCO,IM,VA ar
Cupania bracteosa Radlk. IM, IF, BCO ar
Cupania emarginata Cambess C ar
Cupania paniculata Cambess. IM ar
Cupania racemosa (Vell.) Radlk. IF, BCO ar
359
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Família Espécie Localidades Hábito
Cupania rugosa Radlk. C,G,AMC,I1,PC,PV,LP,T,IM,IF,BNA ar
Cupania sp A1,T,I2,VA,IF aR
Matayba guianensis Aubl. IF ar
Spindaceae 01 BCO ar
Talisia macrophylla (Mart.) Radlk. IF ar
Sapotaceae Chrysophyllum rufum Mart. G ar
Chrysophyllum splendens Spreng PA,PC ar
Pouteria cf macrophylla (Lam.) Eyma VA ar
Pouteria gardneri (Mart. & Miq.) Baehni IF ar
Pouteria grandiflora (A.DC.) Baehni G,PC ar
Pouteria ramiflora (Mart.)Radlk. A1,LP ar
Pouteria sp G,T,IF ar
Sapotaceae 01 BCO ar
Sapotaceae 02 BNA ar
Schoepfiaceae Schoepfia brasiliensis A. DC. IF ar
Simaroubaceae Simaba cedron Planch. AMC,I1,PC,I2,BCO,IM, ar
Simarouba amara Aubl. A1,C,G,LB,AMC,I1,PC,PV,T,BC,I2,BCO,VA,IF,BNA ar
Siparunaceae Siparuna guianensis Aubl. A1,C,PA,PV,LP,T,A2,BCO,VA,IF ar
360
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
Família Espécie Localidades Hábito
Urticaceae Cecropia glaziovii Snethl. G,PC,PV,LP,BCO,IM,VA,IF,BNA ar
Cecropia pachystachya Trécul C,AMC,PV,I2,BCO,IF ar
Cecropia sp. T ar
Violaceae Rinorea sp BCO ar
Vochysiaceae Vochysia lucida C.Presl A1,C,G,LB,T,VA,IF ar
Vochysia riedeliana Stafleu BCO ar
Desconhecidas Desconhecido 01 A1,C,G,PC,T,A2,BCO ar
Desconhecido 02 C,P,BCO,IF ar
Desconhecido 03 T,BCO,IF ar
Desconhecido 04 IF, BCO ar
Desconhecido 05 IF, BCO ar
Desconhecido 06 IF ar
Desconhecido 07 IF ar
Desconhecido 08 IF ar
Desconhecido 09 IF ar
Desconhecido 10 IF ar
Desconhecido 11 IF ar
361
Inquérito Civil MP/BA 003.0.167397/2010
O Projeto Mata Atlântica Salvador constitui uma ação inovadora,
de iniciativa do Ministério Público do Estado da Bahia e realizada
em parceria com a Fundação José Silveira. Seu objetivo é contribuir
diretamente para que a Mata Atlântica ainda existente na cidade de
Salvador tenha sua gestão baseada na conservação de seus atributos
naturais e na segurança jurídica para a sociedade local.
Realização