projeto multidisciplinar ii
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Curso Superior Tecnologia em Gestão Pública
Disciplina Projeto Multidisciplinar de Auto Aprendizagem II
Prof. Me. Jefferson Teruya de Souza
Roosevelt F. Abrantes – RA: 298764
São Luis/MA2012
Juariedson Belo – RA: 296113
Leonel Pithon – RA: 328859
Leonardo Braga – RA: 300204
Roosevelt F. Abrantes – RA: 298764
Disciplina Projeto Multidisciplinar de Auto Aprendizagem II
Prof. Me. Jefferson Teruya de Souza
Atividade Avaliativa: Desafio de Aprendizagem apresentado ao Curso Superior Tecnologia em Gestão Pública da Universidade Anhanguera Uniderp, como requisito para a avaliação da Disciplina Projeto Multidisciplinar de Auto Aprendizagem II para a obtenção e atribuição de nota .
São Luis/MA2012
RESUMO
A preocupação ecológica em todo o planeta nos tempos atuais, tornou-se
uma questão imperativa a ser considerada pelas administrações públicas. As
pressões das organizações internacionais, do governo e da sociedade em relação à
demanda por uma maior qualidade ambiental, têm levado o poder público municipal
a buscar respostas para estas exigências. Durante muito tempo a responsabilidade
pelas políticas do meio ambiente estava centralizada nas mãos dos órgãos
estaduais e federais. Mas a partir da resolução n.º 237/97 do CONAMA - Conselho
Nacional de Meio Ambiente, a avaliação dos impactos ambientais locais, causados
pelos empreendimentos, passaram a ser competência do município. No entanto, a
principal responsabilidade do governo municipal é criar condições e ações a
desenvolver em conjunto com a sua comunidade, de uma gestão urbana consciente,
com um pensamento ambiental coerente, visando á implantação de leis e normas
que permitam controlar a deterioração dos recursos naturais e buscar a necessária
reabilitação das áreas mais afetadas.
Para isso, o município e sua administração, atrelada a financiamentos
públicos e investimentos privados, através de licitação pública e com a participação
ativa da população, precisa assumir sua missão de guiar o desenvolvimento
sustentável de sua comunidade, com base em critérios de eqüidade social,
desenvolvimento econômico e proteção ambiental.
PALAVRAS CHAVES: Gestão urbana, Licitação, Financiamento, Desenvolvimento sustentável, Proteção ambiental.
1
Sumário1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................3
2 DESENVOLVIMENTO..............................................................................................7
2.1 Relato da situação da gestão de resíduos sólidos no município............................................7
2.2 Da análise da situação...........................................................................................................10
2.3 Da análise do caso.................................................................................................................12
3 DAS PROPOSTAS.................................................................................................14
3.1 Gestão dos Resíduos Sólidos no município........................................................................14
3.2 Coleta Seletiva........................................................................................................................17
3.3 Transporte................................................................................................................................18
3.4 Tratamento...............................................................................................................................18
3.4.1 Usina de Triagem e Compostagem...................................................................................19
3.4.2 Estudo de Viabilidade Financeira......................................................................................20
3.4.3 Custo de implantação de uma usina de triagem.............................................................21
3.4.4 Modelo de licitação para contratação de serviços de coleta seletiva de resíduos sólidos e sua destinação final......................................................................................................21
3.4.4.1 - ANEXO I..............................................................................................................................35
3.4.4.2 - ANEXO II.............................................................................................................................36
3.4.4.3 - ANEXO III............................................................................................................................37
3.4.4.4 - ANEXO IV...........................................................................................................................38
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................39
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................42
2
1 INTRODUÇÃO
Os objetivos deste trabalho visam o desenvolvimento e entendimento dos
conhecimentos mais aprofundados na elaboração de um projeto de gestão de
políticas públicas e a importância da gestão por projetos para a execução do
planejamento dos serviços públicos.
A era atual possui diversas problemáticas expostas nas realidades de várias
áreas e setores no mundo, devido ao aumento da população global e da produção
industrial advindas da corrida econômica por maiores lucros entre outros, produzindo
novos desafios e demandando soluções para as inusitadas dificuldades desse
crescimento, resultando em grande consumismo, e este, em imensas quantidades
de resíduos sólidos sendo desprezados à espera de solução de continuidade no seu
ciclo de existência.
Diversas alternativas e soluções têm-se apresentado em diversos países no
intuito de alcançar o fim ou redução desse acúmulo de resíduos e sua destinação,
juntamente com o seu reaproveitamento, para redução dos impactos causados ao
ambiente e resguardo da qualidade de vida da população.
O crescimento econômico descontrolado trouxe nos últimos decênios
problemas ambientais impactantes que são sentidos e vislumbrados pela
humanidade, como os lixos da construção civil e das indústrias, tanto dos materiais
utilizados como dos restantes resultantes dos produtos finais, necessitando, como
por exemplo, de regulamentação de áreas de descarte e deposição.
Dados do Ministério do Meio Ambiente informam que: “Atualmente, o Brasil
produz por dia cerca de 183 mil toneladas de lixo urbano. Cerca de 50% dos
municípios dispõe diretamente em lixões a céu aberto, contaminando o solo [...]
prejuízos incalculáveis para o meio ambiente” (BRASIL, 2010).
O governo federal após a aprovação da Lei nº 10.305/2010, que visa
amenizar os impactos dos resíduos sólidos e regulamenta a implementação nos
municípios brasileiros da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) tornou o
Ministério do Meio Ambiente gestor de um comitê interministerial para estabelecer
entre outras atribuições, a de orientar estrategicamente o sistema de logística
reversa desta política.
3
Para efetivar essa política, está em fase de consulta pública através de
Audiências Públicas Regionais pelo país (que culminará na reunião geral em
Brasília/DF de 30 de novembro a 1º de dezembro), para a criação da versão
preliminar de um Plano Nacional de Resíduos Sólidos, esse plano é uma ferramenta
importantíssima para o subsídio e execução da PNRS dentro das áreas
institucionais e macroeconômicas, contendo diretrizes norteadoras.
O art. 19 da Lei 12.305/2010, cita a elaboração do Plano Municipal de
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos1, mencionando a participação da
responsabilidade dos municípios que, no do seu inciso II, observa o plano diretor na
identificação de áreas favoráveis para o destino final dos rejeitos (lixo).
A legislação da PNRS é fortalecida pela Lei nº 10.257/2001 de 10 de julho
de 2001 – Estatuto da Cidade2 - que estabelece diretrizes gerais na execução de
política urbana, regula o uso da propriedade urbana em favor do bem coletivo e do
equilíbrio ambiental, o que pode colaborar para solução de muitos dos grandes
problemas urbanos.
Esta lei foi fundamentada no Capítulo II, inserto no título VII da Ordem
Econômica e Financeira, nos arts. 182
“A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder
Público municipal, [...] desenvolvimento das funções sociais da
cidade e garantir o bem- estar de seus habitantes.” e 183 “Aquele
que possuir como sua área urbana [...] utilizando-a para sua moradia
ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja
proprietário de outro imóvel urbano ou rural.” da Constituição
Federal3 de 1988.
Este Estatuto fortalece e define a função social da propriedade, creditando a
devida importância, tanto do interesse do proprietário quanto da coletividade,
auxiliando e possibilitando a Administração Pública Municipal na escolha dos lugares
a serem determinados para edificação pública, contemplando a ambos interesses
em prol do público.
1 Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos – Lei que, quando elaborada pelo Distrito federal e municípios, favorecem estes a obtenção de recursos, incentivos ou financiamentos do governo federal para os serviços e empreendimentos relativos à limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos.
2 Estatuto da Cidade – Lei Ordinária que objetiva elaborar diretrizes gerais de administração do ambiente urbano e que regulamenta os artigos 182 e 183 da Constituição Federal de 1988.
3 Constituição Federal – Promulgada em 5 de outubro de 1988.4
Essa função social é exercida pelas condições estabelecidas no Plano
Diretor desde que: atenda suas exigências fundamentais de ordenação; satisfaça a
necessidade da população na questão da qualidade de vida; desenvolvimento da
economia; e à justiça social.
Ela enfatiza enormemente o planejamento municipal, na intenção da
necessidade de proteção ao meio ambiente com fins de correções de falhas na
manutenção e elevação do nível de qualidade de vida urbana para as gerações
presentes e vindouras, atinando para a sustentabilidade.
O Estatuto da Cidade, portanto, concede ao poder público municipal a
possibilidade de planejar as mudanças nos municípios para execução e sustento
das políticas urbanas, e tendo como o principal instrumento de implementação
participativa, o Plano Diretor, sendo este obrigatório, estabelecido nos § 1º, 2º e 4º
do art. 182 da CF/88.
Por sua obrigatoriedade, toda política de expansão e desenvolvimento
urbano deve ser instrumentalizada pelo Plano Diretor, que conforme o § 2º, dá a
propriedade urbana sua função social visando melhorar a qualidade do meio urbano,
pelo aproveitamento racional do solo, através diretrizes e normas do Estatuto da
Cidade.
O Plano visa combater a especulação imobiliária e a regularização fundiária
dos imóveis, estabelecendo cobrança progressiva de IPTU em até 15% para áreas
ociosas ou devolutas, possibilita também promover infraestrutura para ocupação de
população de baixa renda, evitando acesso desta às áreas de grande fragilidade no
§ 4º do mesmo artigo, de acordo com o texto:
Art. 182.§ 4º - É facultado ao Poder Público Municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:I – parcelamento ou edificação compulsórios;II – imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo;III – desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real de indenização e os juros legais.
O Estatuto estabelece a participação obrigatória dos cidadãos no debates e
audiências públicas no que diz respeito ao desenvolvimento urbano para elaboração
5
de propostas no processo de construção do Plano Diretor e sua devida fiscalização,
acesso e publicação, garantidos pelo poder público municipal, como segue abaixo:
Lei nº 10.257/2001.Art. 40. O Plano Diretor, [...]§ 4º. No processo de elaboração do plano diretor e na fiscalização de sua implementação, os Poderes Legislativo e Executivo municipais garantirão:I – a promoção de audiências públicas e debates com a participação da população e de associações representativas dos vários segmentos da comunidade;II – a publicidade quanto aos documentos e informações produzidos;III – o acesso de qualquer interessado aos documentos e informações produzidos.
A parceria Poder Público e sociedade sugere um processo de participação
transparente de expressão pública de responsabilidades direta e indireta dos seus
atores, em favor da sustentabilidade municipal, tornando o planejamento urbano
uma gestão participativa de estratégia democrática de desenvolvimento ecológico e
urbano, envolvendo o cidadão com as políticas públicas do seu espaço urbano.
Esta Gestão participativa ambiental direciona o gestor à condução legal do
ordenamento urbano para construção de cidades sustentáveis que atendam os
interesses da população, com uma estratégia participativa norteada pelo princípio da
função social da propriedade urbana.
2 DESENVOLVIMENTO
6
2.1 Relato da situação da gestão de resíduos sólidos no município
O sistema de tratamento de resíduos sólidos do município de São Luís está
passando por um processo de reformulação, iniciado pela Secretaria Municipal de
Obras e Serviços Públicos (SEMOSP), que é o órgão municipal responsável pela
implementação da política nacional de resíduos sólidos urbanos na capital.
O atual destino dos resíduos de São Luís é o Aterro da Ribeira, localizado
bem próximo a Área de Proteção Ambiental do Maracanã (SANTOS, 2011).
Um novo sistema de gestão de resíduos sólidos está em fase de
implantação, o projeto de coleta seletiva, será gerenciado por uma empresa que
ficará responsável pela coleta, transporte e destino dos resíduos sólidos gerados,
ocasionando a desativação gradativa do Aterro Municipal da Ribeira (DIÁRIO DO
CONGRESSO, 2011).
Todo resíduo sólido urbano coletado é o domiciliar, esta coleta é feita pelos
carros coletores da empresa Limpel - Limpeza Urbana Ltda, que conduzem estes
resíduos para depósito no Aterro Ribeira, e estes carros são compactadores.
O lixo das praias de São Marcos e Calhau têm o mesmo destino (NUNES,
2008).
A SEMOSP possui uma relação de empresas cadastradas para a prestação
dos serviços de limpeza, como também, os cadastros de todos os caminhões das
empresas terceirizadas, para descarregar os resíduos no aterro.
A capital maranhense não possui sistema de tratamento de resíduos e nem
coleta seletiva, não há também, serviço de coleta de resíduos da construção civil, e
estes resíduos não podem ser depositados no aterro, mas a SEMOSP indica um
receptor destes, a Usina de Reciclagem de Entulho, para as empresas grandes
geradoras destes resíduos.
Esta empresa (Usina) trabalha com a reciclagem dos resíduos Classe A (de
acordo com a resolução do CONAMA4 307): Agregados de construção, demolição,
reforma, reparos de edificações, de pavimento e outras obras de infraestrutura.
Os resíduos da saúde, produzidos pelos hospitais, tem a sua separação feita
no próprio hospital, os resíduos diversos dos infectantes, e, sua captação e
destinação sob a responsabilidade da Serquip – Tratamento de Resíduos do 4 CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente é o órgão consultivo do Sistema Nacional do Meio Ambiente-SISNAMA, foi instituído pela Lei nº 6.938/81, que dispõe sobre a Política Nacional de Meio Ambiente, regulamentada pelo Decreto nº 99.274/90.
7
Maranhão, que trata estes resíduos (contaminados, infectados e perigosos) através
do processo da incineração.
Até 2003, estes resíduos eram misturados ao lixo comum e tinham o mesmo
destino, o Aterro Sanitário da Ribeira, mas em julho do mesmo ano, instalou-se no
município uma usina de incineração de resíduos, fato inédito que precisou de um
Termo de Ajustamento de Conduta perante o Ministério Público Estadual, quando
então, cessou a coleta destes resíduos infectantes (BRANCO, 2005).
Os resíduos perigosos carecem de um serviço de coleta, tratamento e ou
destinação especial.
A Superintendência de Limpeza Pública (SULIP) possui os cadastros
(endereço, telefone e responsável) das empresas transportadoras de resíduos
sólidos e das receptoras (reciclagem) para indicá-las às empresas grandes
geradoras de resíduos para o recolhimento destes, mediante pagamento de taxas5.
A SEMOSP possui fiscais para cada área e tipo de lixo (domiciliar e de
saúde), para verificar se foram feitos os serviços de limpeza e recolhimento, sob a
coordenação da SULIP, que diariamente percorrem os diversos bairros do
município, no intuito de verificar o cumprimento da prestação dos serviços.
Há também a coleta de resíduos das escolas públicas do município, Capina,
poda, limpeza de meio-fio (calçadas).
A Limpel (coleta de feira e residencial) e a Vital (residencial e coleta
hospitalar) são responsáveis pela coleta nos bairros, dentro das suas respectivas
áreas de responsabilidade.
O aterro, que recebe cerca de 1,3 tonelada de lixo, diariamente, funciona
sem licença ambiental, pois o último licenciamento data de 1996, com vida útil
esgotada em agosto deste ano, Tribunal de justiça anulou o Estudo de Impacto
Ambiental (EIA) e o processo de licenciamento, determinando a Secretaria Estadual
de Meio Ambiente (SEMA) a não expedição de nova licença até a realização de
auditoria ambiental e estudo de impacto ambiental novamente.
O Ministério Público Estadual recomendou a construção de um outro aterro,
a pelo menos, 20 km de distância do Aeroporto Internacional Cunha Machado,
conforme resoluções do IBAMA6. Existe um projeto de ampliação do aterro pronto,
(IMIRANTE.COM, 2010).
5 SULIP é o órgão subordinado a SEMOSP da qual foram obtidas as informações do sistema atual de coleta de lixo.
8
Embora não tenha sido interditado e nem desativado pela justiça, é fato a
ilegalidade do funcionamento do aterro, que tornam evidentes os impactos
ambientais por ele causados e reconhecidos judicialmente, corroborados nas
declarações do promotor do Ministério Público estadual, Fernando Barreto:
Para legalizar o Aterro da Ribeira, é necessário, antes de mais nada, elaborar a auditoria ambiental determinada na decisão do Tribunal de Justiça. Somente depois dessa auditoria é que se poderá falar em licenciamento para encerrar a primeira fase do aterro e debater a possibilidade de sua ampliação[...].[...], em um novo estudo será avaliado o risco, a dimensão e a análise do grau de reversibilidade do impacto, ou a sua irreversibilidade. Após a apuração desses tópicos, caberá ao EIA/RIMA propor as medidas necessárias para evitar ou atenuar os impactos negativos inicialmente previstos, com a elaboração de um programa de acompanhamento e monitoramento (ENE10, 2010).
O Superintendente (Hildebrando C. Correia) da INFRAERO7 em São Luís,
informa que a pequena distância de 7 km do aterro para o aeroporto é a causa da
presença de urubus no entorno deste, representando perigo para as aeronaves,
principalmente nos pousos, pois estas precisam sobrevoar a área do aterro, que fica
em linha reta com o lixão. em 2009, houve três incidentes dos aviões com os
pássaros. Os matadouros clandestinos também se aproveitam da proximidade do
aterro, aumentando a quantidade dessas aves.
Concludentemente, outra evidência de impactos ambientais causados pelo
aterro foi a multa, em 2008, no valor de R$ 3.000.000,00 em virtude da
contaminação dos igarapés e do funcionamento sem licença ambiental, depois de
uma fiscalização que verificou irregularidades ambientais em perímetro circunvizinho
(FOLHA DOS MUNICÍPIOS, 2011).
Diante de tudo que foi exposto, são patentes os danos provocados ao meio
ambiente pelo referido e ilegal aterro municipal.
2.2 Da análise da situação
A preocupação ecológica com relação ao acúmulo de resíduos sólidos de
toda natureza e a sua destinação, há muito passou a ser uma variável importante a
ser considerada pelas administrações públicas. As pressões das organizações
6 IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, é o órgão executivo responsável por emitir licenças ambientais e pela execução da Política Nacional de Meio Ambiente.
7 INFRAERO – Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária, é a responsável pela administração dos aeroportos do Brasil.
9
internacionais, do governo e da sociedade em relação à demanda por uma maior
qualidade ambiental, têm levado o poder público municipal a buscar respostas para
estas exigências. Durante muito tempo a responsabilidade pelas políticas do meio
ambiente estava centralizada nas mãos dos órgãos estaduais e federais.
A partir da resolução n.º 237/97 do CONAMA - Conselho Nacional de Meio
Ambiente, a avaliação dos impactos ambientais locais, causados pelos
empreendimentos, passaram a ser competência do município. No entanto, a
principal responsabilidade do governo municipal é coordenar as ações e
desenvolver, em conjunto com a sua comunidade, um pensamento ambiental
coerente, visando a implantação de normas que permitam controlar a deterioração
ambiental e buscar novas medidas para um melhor aproveitamento dos resíduos
indesejáveis, assim como a reabilitação das áreas mais afetadas. Para isso, deve
assumir integralmente a sua missão de guiar o desenvolvimento sustentável de sua
comunidade, com base em critérios de eqüidade social, desenvolvimento econômico
e proteção ambiental.
O manejo e destino dos resíduos sólidos, comerciais, domiciliares e
industriais, trata-se de um problema que envolve questões ambientais, econômicas
e sociais, podendo ter graves conseqüências num futuro próximo. É preciso ter um
posicionamento avançado e crítico, frente a esta situação, buscando uma alternativa
viável e condizente com a realidade atual.
É esse o dever e a competência do município, como principal fomentador
das políticas de implantação e desenvolvimento de medidas para o disciplinamento
do uso racional dos recursos ambientais e preservação da qualidade ambiental,
resultando no manejo e destinação de todo resíduo sólido produzido pela
comunidade.
Algumas técnicas de tratamento ou beneficiamento do lixo tem sido
relevantes na busca de soluções para esse problema. Como exemplos de métodos
bastante utilizados, tem-se, em primeira mão, a coleta seletiva dos resíduos, e em
seguida, a um sistema de tratamento, reciclagem e compostagem, uma vez que,
segundo Bley Jr. (2001) apud Junkes (2002),
“os resíduos sólidos domiciliares são compostos por uma fração orgânica significativa, em media 50% do peso total, cerca de 35% por resíduos industrialmente recicláveis e o restante, cerca de 15%, e efetivamente rejeito, devendo ser descartado em aterros licenciados.”
10
Nesse contexto, há a necessidade da ação efetiva das comunidades locais,
juntamente com o setor público, na gestão dos RSU, no sentido de minimizar a
geração de resíduos através da diminuição do consumo; reutilização de materiais,
prolongando, assim, a vida útil dos aterros sanitários; segregação, na fonte, dos
resíduos com alto potencial contaminante, como lâmpadas fluorescentes, pilhas e
baterias, daqueles de origem orgânica, e ainda do lixo seco e, principalmente,
fiscalizando as ações governamentais de gestão dos RSU, sobretudo no que diz
respeito a continuidade de tais políticas para o seu pleno sucesso.
As instituições responsáveis pelo sistema de gestão dos RSU devem contar com uma estrutura organizacional que forneça o suporte necessário ao desenvolvimento das atividades do sistema de gerenciamento. Abrange vários subsistemas com funções diversas, como de planejamento estratégico, técnico, operacional, gerencial, recursos humanos, entre outros (CASTILHOS JR. et al., 2002).
Na resolução 237/97 do CONAMA, artigo 6º, foram estabelecidas as atribuições dos municípios no licenciamento de atividades de impacto local, com o seguinte texto:
“Compete ao órgão ambiental municipal, ouvidos os órgãos competentes da União, dos Estados e do Distrito Federal, quando couber, o licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades de impacto local e daqueles que lhe forem delegados pelo Estado por instrumento legal ou convênio.” (Resolução 237/97 CONAMA, artigo 6º, 1997).
2.3 Da análise do caso
São Luiz é a capital do estado do Maranhão, localizado ao norte do estado,
no Atlântico Sul, entre as baías de São Marcos e São José de Ribamar. Possui um
desenvolvido setor industrial devido à sua privilegiada posição geográfica entre as
regiões Norte e Nordeste do país e um litoral estrategicamente localizado bem mais
próximo de grandes centros importadores de produtos brasileiros
como Europa e EUA. Seu clima é o tropical e semi-úmido, e isso se deve ao fato da
cidade estar localizada próxima a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT).
A cidade apresenta grande quantidade de coqueiros e muita vegetação
litorânea. Há também pedaços da Floresta Amazônica na cidade protegidas
por Parques Ambientais. Pequenos rios nascem na cidade, o Rio Bacanga é um dos
mais importantes, pois é muito útil para a pesca.
11
Em 2010, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) contou a
população em 1.027.098 habitantes, o que a torna o 15° município mais populoso do
Brasil, 13° entre as capitais, 4º da região Nordeste e 1° do Maranhão. Sua área é de
831,7 km², e desse total 157.565 km² estão em perímetro urbano. O Índice de
Desenvolvimento Humano do município é de 0.778, alto comparado ao IDH do
Maranhão.
Oficialmente, São Luís engloba três distritos: Sede, Anil e Ribamar. A cidade
esta dividida em 38 bairros, mas se contar as subdivisões dos bairros, palafitas,
favelas, chegam a 96 e em alguns casos, ultrapassam mais de 100 bairros8.
Fonte: Jornal O Imparcial / Imagem: Aterro Sanitário da Ribeira em São Luís do Maranhão. Segundo relatório de Gerenciamento de Resíduos Sólidos do Estado do Maranhão, quase 100% dos municípios descartam o lixo produzido de maneira inadequada.
Com esses dados em mãos, podemos dizer que São Luiz é uma grande
metrópole e um dos principais pontos turísticos do nordeste brasileiro, e como tal,
possui muitas belezas, e, em contrapartida, muitas mazelas. Uma das mais graves,
como na maioria das grandes metrópoles brasileiras atualmente, é a dificuldade de
8 - Fonte : http://pt.wikipedia.org/wiki/São-Luíz- (Maranhão) 12
gerenciar seus resíduos sólidos urbanos, o que envolve as questões de
responsabilidade e de operações de coleta, transporte, tratamento, coleta seletiva e
disposição final desses resíduos, entre outras.
Com base no relato da situação da gestão de resíduos sólidos, podemos
concluir que ainda falta ao município, a implementação de técnicas que visem ao
melhor aproveitamento dos resíduos sólidos e à sua destinação, assim como a
busca de uma solução para a redução do impacto ambiental, mas com a Usina de
Reciclagem de resíduos sólidos de construção civil (Classe A), e a ajuda da
Serquip, na destinação do lixo hospitalar (incineração), podemos dizer que o
município já começou a trilhar o caminho certo.
A despeito dos esforços na implementação de programas, planos e ações
para melhoria dos sistemas de limpeza urbana e de seu gerenciamento, ainda falta
muito para se chegar a um modelo de melhor aproveitamento dos resíduos sólidos
na comunidade, em especial na direção de projetos de coleta seletiva e reciclagem,
unindo, em um gerenciamento integrado, a municipalidade, a população e a
iniciativa privada.
É sabido que, além dos recursos financeiros, são necessários o
aprimoramento e a capacitação da administração municipal para enfrentar o
problema.
Mas com o apoio da sociedade e o financiamento de empresas como a
Caixa Econômica Federal, que possui um programa próprio de financiamento para
resíduos sólidos, com recursos do FGTS, permite ao município propor projetos nesta
área, que demanda instalações, equipamentos, pessoal e tecnologia, não somente
disponíveis na prefeitura, mas oferecidos pelos demais agentes envolvidos na
gestão, entre os quais se enquadram:
• A própria população, empenhada na separação e acondicionamento
diferenciado dos materiais recicláveis em casa;
• Os grandes geradores, responsáveis pelos próprios rejeitos;
• Os catadores, organizados em cooperativas, capazes de atender à
coleta de recicláveis oferecidos pela população e comercializá-los junto
às fontes de beneficiamento;
• Os estabelecimentos que tratam da saúde, tornando-os inertes ou
oferecidos à coleta diferenciada, quando isso for imprescindível;
13
• A prefeitura, através de seus agentes, instituições e empresas
contratadas, que por meio de acordos, convênios e parcerias exerce, é
claro, papel protagonista no gerenciamento integrado de todo o
sistema.
3 DAS PROPOSTAS
3.1 Gestão dos Resíduos Sólidos no município
Tendo como base a Conferência Estadual do Meio Ambiente realizada em
fevereiro de 2008, e ainda com vistas a promover as boas práticas de ecoeficiência,
produção limpa, e de prevenção à poluição, utilizando medidas de redução da
quantidade de resíduos gerados no processo produtivo, minimizando os riscos à
saúde humana e ao meio ambiente, bem como implementando estratégias
combinadas de reutilização/reciclagem de resíduos, de modo que a proteção
ambiental e o uso sustentável dos recursos naturais tornem-se elementos
integrantes neste processo, podemos citar algumas propostas ou medidas práticas,
tais como:
1) Aumentar a fiscalização e o monitoramento de atividades potencialmente
poluidoras/impactantes;
2) Fomentar a implementação da gestão municipal dos resíduos sólidos,
com a participação ativa da SEMOSP;
3) Fomentar a construção de aterros sanitários;
4) Incentivar a criação de e apoiar cooperativas para reciclagem de lixo;
5) Popularizar o uso de itens biodegradáveis;
6) Erradicar os lixões até 2012 (data limite do Protocolo de Kioto);
7) Implantar e padronizar as lixeiras públicas da Coleta Seletiva,
principalmente nas ruas principais onde o acesso de pessoas e a geração de
resíduos são volumosos.
8) Assegurar isenção de impostos às iniciativas de empresas de coleta,
reciclagem e compostagem de lixo.
14
A reciclagem é um negócio e deve ser estruturada e planejada igual a
qualquer outro empreendimento. Podemos considerar a reciclagem como uma
indústria nova, em formação, com um grande potencial ainda por desenvolver.
Segundo Pereira (1996):
“A reciclagem é resultado de uma série de atividades da qual materiais que se tornariam lixo, ou estão no lixo, são desviados, sendo coletados, separados e processados para serem usados como matéria-prima na manufatura de bens, feitos anteriormente com matéria-prima virgem.” (Pereira, 1997, p.17).
Quanto a compostagem, Lima (1995), diz que “
“é o ato ou ação de transformar os resíduos orgânicos, através de processos físicos, químicos e biológicos, em uma matéria biogênica mais estável e resistente à ação das espécies consumidoras. Esta deve ser desenvolvida em sistemas aeróbicos controlados (a fermentação ocorre na presença de ar), que propicie a esterilização, mineralização e humificação dos resíduos orgânicos, gerando como produto final, um fertilizante orgânico, que poderá ser usado na agricultura, controle de erosão, cobertura de aterros e outros.”
Uma das grandes vantagens da compostagem é que pode ser desenvolvida
em sistemas simplificados e de baixo custo, mantendo a mesma eficiência obtida
nos processos mecanizados.
De acordo com as Normas da ABNT, os resíduos sólidos são classificados
conforme tabela abaixo:
Classificação Característica Exemplos
Classe IPerigosos
Inflamabilidade, reatividade,corrosividade, toxicidade e
patogenicidade
Lâmpadas fluorescentes,pós e fibras de amianto,
baterias veiculares e óleoslubrificantes usados
Classe II ANão perigosos
Não inertes
Combustilidade, biodegradabilidade
ou solubilidade em água
Restos de alimentos, papel,plásticos polimerizados, borrachas e resíduos de
madeira
Classe II BNão perigosos
Inertes
Resíduos sólidos ou mistura deresíduos sólidos que, submetidos
ao teste de solubilização,não tenham nenhum de seus
constituintes solubilizados
Resíduos cerâmicose de argamassa
Quadro 1 – Classificação dos resíduos sólidos pela NBR 10004/04.
15
Fonte: NBR 10004/04
Este quadro é concebido como forma de organizar o processo de geração,
coleta e disposição final dos resíduos sólidos urbanos, de forma a contribuir para o
aumento da vida útil dos aterros sanitários e a consequente diminuição do impacto a
este causado, pela separação mais apurada dos RSU (resíduos sólidos urbanos).
É importante ressaltar que um dos pilares de um Projeto de Gerenciamento
dos Resíduos Sólidos Urbanos (PGRSU), com metas a longo prazo, é a
conscientização da população para a questão do consumo consciente, e a
disseminação da cultura dos 4Rs - Reduzir, Reutilizar, Recuperar e Reciclar. Para
isto, trabalhos de educação ambiental devem ser implantados tanto nas escolas
públicas quanto privadas do município, abordando a necessidade de se reduzir a
geração de resíduos e a importância da reciclagem, devolvendo o resíduo ao ciclo
de produção, poupando novas extrações de recursos naturais e repensando
totalmente os hábitos de consumo.
Um projeto desta envergadura deve ser desenvolvido em parcerias da
prefeitura municipal com entidades privadas, através da abertura de licitações, para
a instalação da coleta seletiva, assim como a criação de usinas de triagem,
reciclagem e compostagem do lixo coletado, e que garante o levantamento de
recursos para sua estruturação, aquisição de equipamentos e implementos para a
operacionalização dos objetivos do PGRSU.
Gerenciar os resíduos de forma integrada é articular ações normativas, gerenciais, financeiras e de planejamento que uma instituição municipal desenvolve, apoiada em critérios sanitários, ambientais e econômicos para coletar, tratar e dispor os resíduos de uma cidade, (LEITE, 1993).
Desta forma, podemos estabelecer os seguintes objetivos e metas no
município:
a) Instalação de uma política municipal de coleta seletiva dos RSU, visando
reduzir o volume de rejeitos destinados ao aterro, através do aumento da separação,
na quantidade e na qualidade, de materiais recicláveis contidos na coleta
convencional.
b) Estruturação de uma usina de triagem, reciclagem e compostagem, para
um melhor aproveitamento dos resíduos sólidos coletados.
16
c) Inclusão social de catadores de rua, permitindo-lhes melhores condições
de trabalho, através de capacitação individual e coletiva e disponibilização de
instrumentos públicos para a criação de uma associação ou cooperativa.
d) Criação de um programa de educação ambiental, com a conscientização
da comunidade e sua participação ativa, para a obtenção dos resultados
pretendidos.
e) O remanejamento do aterro municipal da área urbana para um local mais
afastado, que com o trabalho conjunto de coleta seletiva, pode diminuir o impacto
ambiental de força drástica.
f) Criação de Aterro Sanitário, que através de confinamento em camadas de
resíduos sólidos urbanos com material inerte, geralmente solo, pode evitar danos ou
riscos à saúde pública e à segurança, e ainda erradicar os lixões.
f) Gerar renda para a comunidade de catadores de rua, através da valorização
do seu trabalho e a comercialização de produtos gerados pela reutilização do material
reciclado.
g) Estabelecer mecanismos de legislação pública, como forma de legalizar e
regrar as ações de todas as entidades envolvidas.
3.2 Coleta Seletiva
A implantação deste programa implica numa transformação profunda da
forma de entender e gerenciar esta atividade: a cidade é dividida em setores e a
realização da coleta passa a ser uma obrigação contratual por parte da cooperativa
ou empresa contratada para a realização do serviço.
Para um maior aproveitamento e alcance das metas estabelecidas, esta
deve contemplar toda a cidade, estando presente em todos os bairros e nos distritos,
com a implantação de cestos separadores dos diferentes tipos de resíduos.
A educação ambiental para um pleno resultado, deve atingir toda a
população, com o trabalho efetivo realizado em todas as escolas públicas e ensino
privado da cidade. A difusão da prática da reciclagem precisa ser um meio
imprescindível da formalização do trabalho conjunto com a municipalidade, as
17
empresas responsáveis pela sua coleta, e a população, a principal responsável pelo
efetivo resultado do projeto como um todo.
Para o IBAMA ( 2001):
“A Coleta de lixo é o segmento que mais se desenvolveu dentro do sistema de resíduos sólidos e o que apresenta maior abrangência de atendimento junto à população, ao mesmo tempo em que é a atividade do sistema que demanda maior percentual de recurso por parte da municipalidade.”
3.3 Transporte
Depois de separado pela população, o material deve ser encaminhado para
centros de triagem, que fazem a separação entre os diversos tipos de materiais
recicláveis, o enfardamento e o envio para os diversos recicladores. A etapa de
transporte é importante do ponto de vista ambiental, pois contribui para o aumento
do consumo de combustível e emissão de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera.
Portanto é fundamental que as etapas de transporte sejam otimizadas para
reduzir esses impactos ambientais.
É com a combinação adequada do transporte feito pelos catadores e por
caminhões que se obtém o menor custo de transporte por tonelada, uma vez que o
custo de um caminhão em operação é relativamente alto, somente se justificando
quando a massa dos resíduos transportados for suficientemente concentrada.
3.4 Tratamento
Etapa final de destinação dos resíduos sólidos, talvez a mais importante no
sentido de redimensionar a utilidade desses resíduos após a coleta, e dar-lhes uma
nova finalidade no processo de transformação.
O IBAMA (2001) definiu tratamento:
“Série de procedimentos destinados a reduzir a quantidade ou o potencial poluidor dos RS seja impedindo descarte de lixo em local inapropriado, seja transformando-o em material inerte ou biologicamente estável.”
18
Fonte: www.google.com.br, 2012 / Imagem: Fluxograma de uma usina de triagem e compostagem da empresa Inspector Engenharia LTDA
3.4.1 Usina de Triagem e Compostagem
Os materiais coletados precisam de uma seleção minuciosa antes de ser
encaminhados às indústrias de reciclagem ou sucateiros. Analisando o município, a
implantação da Usina de Triagem junto à Usina de Compostagem e o Aterro
Sanitário contribuirá para a redução das distâncias percorridas e,
consequentemente, o custo da coleta. Entretanto, esta opção só será viável quando
os programas de separação de recicláveis estiver consolidado, uma vez que a
implantação da Usina de Triagem não deverá substituir a separação domiciliar.
Com a adesão da população à campanha de separação de recicláveis, a
tendência é que o volume de recicláveis aumente, e o destino destes continuará
sendo a Usina de Triagem. Esta poderá ser dotada de trituradores para vidros e
prensas para papéis, plásticos e latas. Também poderão ser instalados lavadores
19
para o pré-beneficiamento de plásticos, apesar da lavagem dos recicláveis ser
geralmente de responsabilidade do comprador, sucateiro ou indústria. Será
interessante a parceria com sucateiros ou a própria indústria interessada na
reciclagem de determinado material, ceder equipamentos para o beneficiamento dos
recicláveis, já que a redução no volume destes materiais reduz as despesas com
seu transporte.
Na Usina de Triagem também deverão ser pré-selecionados aqueles
materiais que não são recuperáveis ou recicláveis, como isopor, couro, tecidos, fitas
adesivas, espelhos, vidro plano, lâmpadas, celofane, madeira, cerâmica, peças
mistas, etc., descartados indevidamente, e resíduos orgânicos, coletivamente
denominados rejeitos. Estes materiais serão posteriormente levados ao aterro
sanitário. Outro equipamento que deverá compor a Usina de Triagem é uma esteira
de catação mecanizada, contudo a triagem dos materiais propriamente dita é feita
manualmente.
3.4.2 Estudo de Viabilidade Financeira
Analisando a quantidade potencial de materiais recicláveis no município,
seria interessante uma Usina de Triagem com 460 m² de área coberta, ou até
mesmo mais de uma, conforme a disponibilidade de terrenos, onde seriam
instalados os equipamentos para enfardamento e acondicionamento dos recicláveis
por categoria. Para a implantação de uma Usina de Triagem e compostagem,
podemos estimar, em termos gerais, um custo em médio prazo (18 meses). A
Tabela abaixo apresenta os custos estimados.
3.4.3 Custo de implantação de uma usina de triagem
USINA DE TRIAGEM ( 20 m x 23 m) 460 m²
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Discriminação Und. Quantidade Custo Unitário (R$) Custo Total (R$)
Licenciamento Ambiental Gb 01 20.000,00 20.000,00
Terreno M2 25.000,00 10,00 250.000,00
Barracão pré-fabricado M2 460,00 350,00 161.000,00
Obras civis Gb 1.00 60.000,00 60.000,00
Esteira de catação mecanizada un 1,00 26.200,00 26.200,00
Montagem eletromecânica dos
equipamentos
gb 1,00 8.000,00 8.000,00
Prensa hidráulica para papel, papelão, plástico ePET
Um 2,00 15.000,00 30.000,00
Prensa hidráulica para latas e
alumínios
Um 4,00 15.000,00 60.000,00
Triturador para vidros Um 2,00 20.000,00 40.000,00
Containeres (100 litros) Um 50,00 100,00 5.000,00
Container (5000 litros) Um 10,00 2.000,00 24.000,00
Carrinho porta-container Um 6,00 350,00 2.100,00
Balança Um 4,00 1.000,00 4.000,00
Lavadora para pré-
beneficiamento de plástico*
Um 2,00 20.000,00 40.000,00
Execução da rede elétrica de alimentação daCentral
gb 1,00 20.000,00 20.000,00
TOTAL 750.300,00
3.4.4 Modelo de licitação para contratação de serviços de coleta seletiva de
resíduos sólidos e sua destinação final
EDITAL DE CONCORRÊNCIA N.º 0026/2011
21
1. PREÂMBULO
O MUNICIPIO DE SÃO LUIZ, ora denominado licitador, inscrito no Cadastro
Nacional de Pessoa Jurídica/MF sob o n° ________________, através da Secretaria
Municipal de Meio Ambiente –SEMMAM, com sede à Rua Virgílio Domingues (Rua
02), nº 33 - São Francisco CEP 65.076-340,, Estado do Maranhão, torna público,
para conhecimento, que realizará CONCORRÊNCIA de número 26/2011, do tipo
Menor Preço Global, a qual será regida pela Lei Federal nº 10.305/2010 , Lei
Municipal n° 1674/2011 e demais normas vigente e aplicável ao objeto da presente
licitação.
RECEBIMENTO DOS ENVELOPES: impreterivelmente até as 08:00 do dia vinte e dois de dezembro de 2011 e deverão ser entregues ao Presidente da Comissão Permanente de Licitação, na sala da Secretaria de Administração e Finanças, nas dependências da Prefeitura Municipal de São Luiz.
A Comissão Permanente de Licitação não se responsabiliza por envelopes que não forem entregues pessoalmente.
ABERTURA DOS ENVELOPES: até as 08:00 do dia vinte e dois de dezembro de 2011.
FORNECIMENTO DE INFORMAÇÕES: O Departamento de Administração/Compras e Licitações prestará todos os esclarecimentos solicitados pelos interessados nesta licitação, estando disponível para atendimento de segunda a sexta-feira, no horário de expediente, na Av. Pedro II, s/n° - Palácio de La Revardiére – Centro – CEP: 65010-904 – Fone: (98) 3212-80522 – Fax: (98) 3212-8009
2. ELEMENTOS INSTRUTORES
2.1. O edital estará à disposição dos interessados no endereço eletrônico http://www.saoluis.ma.gov.br/ na guia Licitações, mediante comprovante de retirada, conforme modelo anexo ao edital, ou no Departamento de Administração, na sede da Prefeitura Municipal.
2.2. O valor para aquisição do edital e anexos é de R$ 50,00 (cinquenta reais).
2.3. São parte integrante deste edital os seguintes elementos instrutores:
- Carta de Credenciamento – ANEXO I; - Termo de Renúncia – ANEXO II;- Situação Financeira da Empresa – ANEXO III;- Atestado de Visita Técnica – ANEXO IV;- Mapa da Coleta de Lixo Orgânico Domiciliar – ANEXO V;
22
- Mapa da Coleta de Lixo Reciclável – ANEXO VI;- Mapa da Coleta de Lixo Reciclável na área rural – ANEXO VII;
2.4. As empresas participantes deverão verificar o conteúdo dos documentos integrantes do Edital, sendo que decairá do direito de impugnar os termos do Edital de Licitação perante a PREFEITURA, licitante que não o fizer até o 2º (segundo) dia útil que anteceder à abertura dos envelopes com as propostas, nos termos do artigo 41, parágrafo 2º, da Lei Federal nº 8666/93, e suas alterações.
3. INFORMAÇÕES, ESCLARECIMENTO E ALTERAÇÃO DO EDITAL
3.1. Informações e esclarecimentos relativos ao edital, seus modelos, adendos e anexos poderão ser solicitados, por escrito, à Comissão de Licitação, até 05 (cinco) dias úteis antes da data limite para o recebimento das propostas (envelopes n.ºs 1 e 2), sendo que as respostas serão enviadas por escrito a todas as proponentes, até 02 (dois) dias úteis antes do recebimento das propostas.
3.2. Nos casos em que a alteração do edital importe em modificações das propostas, o licitador prorrogará o prazo de abertura e julgamento.
4. OBJETO
4.1. Constitui objeto da presente licitação a CONTRATAÇÃO DE EMPRESA PARA EXECUÇÃO DE SERVIÇOS DE COLETA SELETIVA, TRANSPORTE E DESTINAÇÃO FINAL EM ATERRO SANITÁRIO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DOMÉSTICOS, ORGÂNICOS E RECICLÁVEIS, DE ACORDO COM ESPECIFICAÇÕES CONSTANTES NO EDITAL E ANEXOS.
5. DO PREÇO
5.1. O valor total desta licitação é de R$ 12.854.400,00 (doze milhões, oitocentos e cinquenta e quatro mil e quatrocentos reais), podendo ser aditado de acordo com o artigo 65 da Lei n.º 8.666/93.
COLETA LIXOItem Nome do produto Quantidade Unidade Preço
máximoPreço máximo
total
1 COLETA LIXO Coleta de resíduos domésticos sólidos orgânicos e recicláveis estimado em 970 toneladas mês, coleta seletiva de lixo no perímetro urbano e locais circunvizinhos da cidade de São Luiz, transporte, e execução de serviços de disposição e destinação final do lixo reciclável e doméstico (urbano) em aterro sanitário que deverá ser providenciado pela empresa proponente, de acordo com as disposições deste edital e mapa de localização e especificação dos
26.200,00 TON 260,00 6.712.000,00
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serviços. Anexo.
TOTAL 6.712.000,00
6. CONDIÇÕES DE HABILITAÇÃO
6.1. Poderão habilitar-se a presente licitação empresa com atividade compatível ao objeto ora licitado.
6.2. Empresas cadastradas junto a Prefeitura Municipal de SÃO LUIZ, Estado do Maranhão, que solicitarem formalmente e diretamente ao serviço de protocolo a sua participação na licitação.
6.3. As Empresas não cadastradas, que solicitarem formalmente e diretamente ao serviço de protocolo a sua participação na licitação e que atenderem todas as condições exigidas para cadastramento, apresentando documentos pertinentes até o 3° (terceiro) dia anterior a data do recebimento das propostas, junto ao setor de cadastro da Prefeitura Municipal.
6.4. Não poderão participar do presente Certame:a) Empresa, isoladamente ou em consórcio, responsável pela elaboração do projeto básico ou executivo ou da qual o autor do projeto seja dirigente, gerente, acionista, ou detentor de mais de 5% (cinco por cento) de capital com direito a voto ou controlador, responsável técnico ou subcontratado;b) servidor ou dirigente de órgão ou entidade contratante ou responsável pela licitação;c) Empresa expressamente declarada inidônea por qualquer órgão da administração direta ou indireta federal, estadual ou municipal, ou que tenha suspenso seu direito de licitar ou impedida de contratar com o licitador. e) Empresa que faz parte de um mesmo grupo econômico ou financeiro pode apresentar somente uma única proposta, sob pena de rejeição de todas;
7. DO ENVELOPE DE DOCUMENTAÇÃO
7.1. Os Documentos de Habilitação deverão ser apresentados em envelope lacrado e identificado e precedidos de índice com a discriminação de cada documento com a indicação de suas respectivas folhas, obedecida a seqüência das solicitações deste edital.
7.1.1 CERTIFICADO DE REGISTRO CADASTRAL , EXPEDIDO CONFORME EDITAL DE CHAMAMENTO N.º 0026/2011, emitido pela Prefeitura Municipal de São Luiz, em plena validade. A listagem dos documentos necessários ao cadastro poderá ser obtida no endereço eletrônico http://www.saoluis.ma.gov.br/, na guia Serviços/Certificado de Registro Cadastral.
7.1.2 Comprovação de boa situação financeira da empresa licitante, que deverá ser demonstrada pela obtenção do Índice de Solvência Geral (SG), maior ou igual a 1,0 (um vírgula zero), resultante da aplicação da fórmula estabelecida no ANEXO III, que deverá ser apresentado devidamente assinada pelo responsável legal da empresa e o contador.
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A empresa Licitante que apresentar índice de Solvência Geral (SG) menor de 1,0 (um vírgula zero), a partir da fórmula apresentada neste documento, será inabilitada;
7.1.3 Licença Operacional expedida pelo IAM – Instituto Ambiental do Maranhão, com finalidade de Coleta, Transporte, Tratamento e Destinação Final de Resíduos Sólidos Urbanos.
7.1.4 Declaração de responsabilidade técnica, indicando o responsável técnico pelos serviços. O mesmo não poderá ser substituído sem expressa autorização do Contratante. É vedada, sob pena de inabilitação, a indicação de um mesmo técnico como responsável por mais de uma proponente.
7.1.5 Certificado de Registro de Pessoa Física no CREA, contendo no mínimo os seguintes dados: Nome; Endereço; Número e data do registro e nome do Profissional indicado para esta licitação.Para o caso de Profissionais não registrados no CREA do Estado do Maranhão, o respectivo Certificado de Registro deverá ser visitado pelo CREA do Maranhão.
7.1.6 Certificado de Registro de Pessoa Jurídica no CREA, contendo no mínimo os seguintes dados: Razão Social; Endereço; Número e data do registro; Ramo de atividade; Nome do(s) responsável(is) técnico(s) registrado(s).Para o caso das empresas não registradas no CREA do Estado do Maranhão, o respectivo Certificado de Registro deverá ser visitado pelo CREA do Maranhão..
7.1.7 Atestado de Capacidade Técnica da empresa, expedido por pessoa jurídica de direito público e/ou privado, devidamente registrado no órgão competente;
7.1.8 Licença do aterro sanitário fornecida por órgão ambiental para disposição dos resíduos sólidos;
7.1.9 Matrícula atualizada da área destinada ao depósito (aterro) de lixo em nome da proponente; O aterro deverá estar localizado em até 20 km do município de São Luiz.
7.1.10 Comprovação de que o responsável técnico, pertence ao quadro de empregados da empresa na data da abertura da licitação através do Contrato de Trabalho ou Carteira de Trabalho e Previdência Social ou Ficha de Registro de Empregados, com identificação da empresa. Quando se tratar de dirigente ou sócio da empresa licitante tal comprovação será feira através do ato constitutivo da mesma;
7.1.11 Declaração da empresa de que possui pessoal treinado e com registro de acordo com a legislação vigente.
7.1.12 Declaração da empresa que possui no mínimo 20 veículos apropriados para coleta e transporte do lixo, sendo 10 caminhões compactadores com capacidade de 15 toneladas cada e caminhão furgão com capacidade de carga de 20m³ para lixo reciclável, todos com no máximo 5 anos de uso. (apresentar juntamente com a declaração o CRV –Certificado de Registro dos Veículos em nome da empresa);
7.1.13 Comprovação de que atende as Normas de Segurança do Trabalho, mediante a apresentação do Programa de Prevenção de Acidentes de Trabalho – PPRA, Laudo Técnico de Condições ambientais de trabalho – LTCAT, e Programa de controle médico de saúde ocupacional – PCMSO.
7.1.14 Apresentar comprovante de recolhimento da taxa de fornecimento do edital e anexos.
Outros Documentos – Fora do Envelope 1
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7.1.15 A carta de credenciamento deverá ser preenchida com os dados da pessoa que irá participar do certame e assinada pelo proponente (ANEXO I). O credenciado deverá apresentar-se munido do documento oficial de identificação;
7.1.16 Termo de Renúncia (caso a empresa queira renunciar o direito ao prazo recursal), conforme modelo anexo, devidamente preenchido, carimbado e assinado pelo representante legal da proponente - ANEXO II.
7.2. DISPOSIÇÕES GERAIS REFERENTES AOS DOCUMENTOS EXIGIDOS PARA PARTICIPAÇÃO:
7.2.1. A EMPRESA QUE NÃO APRESENTAR O CERTIFICADO DE REGISTRO CADASTRAL ESTARÁ AUTOMATICAMENTE DESCLASSIFICADA DESTE CERTAME.
7.2.2. O Certificado de Registro Cadastral só será válido se todas as Certidões estiverem com suas validades vigentes, caso não esteja, será necessário apresentar a Certidão atualizada, acompanhando o Certificado de Registro Cadastral, inseridas dentro do Envelope N.º 02, no ato de abertura da licitação.
7.2.3. As certidões que não apresentarem em seu teor, com data de validade previamente estabelecida pelo órgão expedidor, deverão ter sido expedidas até 90 (noventa) antes da data da sessão pública desta Concorrência.
7.2.4. O documento citado no item 7.1.15 (CARTA DE CREDENCIAMENTO – Anexo I), deverá ser entregue à comissão de licitação no ato de entrega dos envelopes contendo a documentação e propostas, ou ainda no momento da abertura do certame licitatório, para que o responsável citado no credenciamento possa acompanhar o processo de classificação e julgamento.
7.2.5. O documento citado no item, 7.1.16 (TERMO DE RENÚNCIA – Anexo II) poderá ser anexado ao envelope n.º 01 juntamente com a documentação exigida no item 7.1 deste instrumento ou ser entregue durante a sessão de abertura quando solicitado pela comissão permanente de licitação.
7.2.6. A comissão de licitações consultará o cadastro de fornecedores da Prefeitura de São Luiz, sempre que o licitante houver deixado de apresentar ou houver dúvidas sobre qualquer documento exigido no edital. Se o documento encontrar-se no cadastro e estiver apto, o licitante será considerado habilitado.
7.2.7. Se o licitante for à matriz, todos os documentos deverão estar em seu nome;
7.2.7.1. Se o licitante for a filial, todos os documentos deverão estar em nome desta, exceto àqueles documentos que, pela própria natureza, comprovadamente, forem emitidos somente em nome da matriz, e os atestados de capacidade técnica, que podem ser apresentados em nome e CNPJ da matriz e/ou em nome e com o CNPJ da filial.
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7.2.8. Todos os documentos solicitados neste edital deverão ser apresentados em original ou por cópias xerográficas devidamente autenticadas, por cartório ou servidor público municipal, e estarem em plena validade até a data de abertura da licitação.
7.2.9. Não serão aceitos documentos preenchidos à mão, que contenham corretivos, que estejam ilegíveis, com borrões e rasuras. A proponente poderá ser inabilitada ou desclassificada do certame.
7.2.10. Não serão aceitos documentos encaminhados via fac-símile, à exceção do Termo de Renúncia.
7.2.11. Os envelopes contendo a documentação deverão ser subscritos em sua parte frontal com os seguintes dizeres:
ENVELOPE 1 – HABILITAÇÃOEDITAL DE CONCORRÊNCIA Nº. ..............“IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA”
8. PROPOSTA DE PREÇOS (Envelope 2)
8.1. NO ENVELOPE N.º 02 A EMPRESA DEVERÁ CONSTAR DOS SEGUINTES DOCUMENTOS:
a) PROPOSTA IMPRESSA EM PAPEL A-4, GERADA A PARTIR DO MODELO FORNECIDO EM CD PELO MUNICÍPIO, COM ASSINATURA DO RESPONSÁVEL LEGAL PELA EMPRESA COM CARIMBO QUE CONSTE O NÚMERO DO CNPJ DA MESMA.
b) ARQUIVO DE PROPOSTA EM MEIO DIGITAL (CD-R ou PEN-DRIVE), PARA ALIMENTAÇÃO DO SISTEMA DE APURAÇÃO, COM TODOS OS DADOS DA PROPOSTA DEVIDAMENTE PREENCHIDOS, FICANDO A CRITÉRIO DA EMPRESA A OPÇÃO DA MÍDIA A SER UTILIZADA.
8.1.1. NA PROPOSTA DE PREÇOS A SER PREENCHIDA DEVERÁ CONSTAR A MARCA E/OU PROCEDÊNCIA (FORNECEDOR) DOS PRODUTOS/SERVIÇOS LICITADOS.
8.1.2. A NÃO APRESENTAÇÃO DO ARQUIVO DIGITAL (CD-R ou PEN-DRIVE ), SE ESTE ESTIVER INCOMPLETO, OU NÃO FOR POSSÍVEL EFETIVAR A LEITURA DOS DADOS, PODERÁ IMPLICAR NA DESCLASSIFICAÇÃO DA PROPOSTA, À CRITÉRIO DA COMISSÃO DE LICITAÇÕES.
8.1.3. A empresa deverá apresentar o arquivo digital armazenado em mídia em bom estado, bem acondicionada, para que não sofra danos.
8.1.4. Recomenda-se que a empresa no momento da abertura do certame, possua cópia alternativa do arquivo digital.
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8.2. Todas as propostas terão prazo de validade de 60 (sessenta) dias.
8.3. Não serão levadas em consideração quaisquer ofertas que não se enquadrem nas especificações exigidas.
8.4. A Proposta de Preços Impressa e a mídia com o arquivo digital serão acondicionados no ENVELOPE nº 02, que deverá ser entregue no ato do credenciamento devidamente fechado no qual se identifiquem, externamente, como segue o exemplo:
ENVELOPE N° 02 – PROPOSTA DE PREÇOSEDITAL DE CONCORRÊNCIA Nº. ..............“IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA”
9. DO PROCESSAMENTO DA LICITAÇÃO
9.1. Os envelopes números 1 e 2, concernentes aos documentos de habilitação e proposta de preços, deverão ser entregues, devidamente fechados e indevassáveis, à Comissão de Licitações, que os receberá impreterivelmente até às 08:00 do dia vinte e dois de dezembro de 2011 e deverão ser entregues ao Presidente da Comissão Permanente de Licitação, na sala da Secretaria de Administração e Finanças, nas dependências da Prefeitura Municipal de São Luiz.
10. DA ABERTURA DOS ENVELOPES E DO JULGAMENTO
10.1. No dia, hora e local designados no preâmbulo deste Edital, na presença dos licitantes ou seus representantes legais que comparecem e demais pessoas que quiserem assistir ao ato, a Comissão de Licitação iniciará os trabalhos, examinando os envelopes de Documentação e Proposta de Preços, os quais serão rubricados pelos seus componentes e licitantes ou seus representantes legais, procedendo a seguir à abertura do envelope “documentação”.
10.2. Os documentos contidos no envelope n. 01 serão examinados e rubricados pelos participantes da Comissão, bem como pelas proponentes ou seus representantes credenciados.
10.3. Na impossibilidade de se realizar o julgamento durante a sessão de abertura, a mesma será suspensa, designando-se o dia para a divulgação do resultado, devidamente publicado ou através de ciência pessoal, para conhecimento de todos os participantes.
10.4. Serão inabilitados da presente licitação os participantes que apresentarem documentação incompleta ou com borrões, rasuras, entrelinhas.
10.5. Se todas as propostas forem inabilitadas, a Administração poderá fixar o prazo de 08 (oito) dias úteis para reapresentação de nova documentação, escoimadas da causa que ensejou a inabilitação, conforme art. 48 da Lei Federal 8.666/93.
10.6. A Comissão de Licitações procederá à abertura dos envelopes n° 02, com ou
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sem a presença das empresas.
10.7. As propostas contidas nos envelopes n. 02 serão examinadas e rubricadas pelos membros da Comissão de Licitações, bem como pelas partes proponentes ou seus representantes legais presentes, procedendo-se a seguir à leitura dos preços.
10.8. Será considerada vencedora aquela que apresentar Menor Preço Global, considerando-se desclassificadas aquelas que apresentarem preços superiores ao preço máximo estabelecido no item 5, subitem 5.1.
10.9. Em caso de empate entre duas ou mais propostas, será utilizado o sorteio, em ato público, com a convocação prévia de todos os licitantes.
10.10. Das fases da licitação, ou seja, da abertura do envelope 01 “Documentação” e do envelope n. 02 “Proposta de Preços”, será lavrada ata circunstanciada, assinada pelos membros da Comissão e pelos representantes presentes, devendo toda e qualquer manifestação ser feita durante os trabalhos de abertura, através de pessoa devidamente credenciada pela empresa proponente.
11. DO PAGAMENTO
11.1. O pagamento será efetuado até o 10º dia útil do mês subsequente a realização dos serviços, mediante apresentação da Nota Fiscal, com as necessárias anotações e carimbo do Termo de Recebimento e Aceitação, conforme Decreto nº 8214/2011 com visto do responsável.
11.2. Na Nota Fiscal deverá constar as seguintes informações: a) N.º da licitação;b) N.º do Contrato; c) Se houver Aditivo, n.º do mesmo; d) Se a empresa for optante do Simples Nacional, deverá constar na Nota Fiscal.
11.3. O Município efetuará o desconto do INSS, ISSQN e IRRF do valor contratado, conforme Legislação vigente.
11.4. A CONTRATADA deverá entregar as Notas Fiscais até o dia 25 (vinte e cinco) de cada mês, após esta data, deverá ser encaminhada a partir do primeiro dia do mês subsequente.
11.5. O município receberá apenas notas fiscais emitidas eletronicamente, conforme legislação vigente, exceto para prestação de serviços.
11.5.1. As empresas com sede em outros Estados que ainda não se adequaram ao sistema de Notas eletrônicas, poderão emiti-las conforme legislação vigente no Estado sede.
11.6. É obrigação de a Contratada manter, durante toda a execução do contrato, em compatibilidade com as obrigações por esta assumidas, à regularidade fiscal, nos termos do inciso XIII do art. 55 da Lei Federal nº. 8.666/93.
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12. DA ATUALIZAÇÃO DE VALORES
12.1. Os serviços contratados, objeto desta licitação poderão ser reajustados, a cada período de 12 (doze) meses, subsequentes ao dia da assinatura do mesmo, até o limite da variação do IGP-M, medido pela Fundação Getúlio Vargas, ou outro índice que venha substituí-lo, observado nos últimos 12 (doze) meses, anteriores ao mês do reajustamento.
13. CUSTEIO DAS DESPESAS
13.1. Os Recursos destinados ao pagamento dos serviços de que trata o presente Edital serão cobertos pela seguinte dotação orçamentária:
DOTAÇÕESConta da despesa Funcional programática Destinação de recurso
5610 09.002.15.452.13012-170 0.1.00.000000
14. PRAZO DE VIGÊNCIA E EXECUÇÃO
14.1. A vigência do contrato é de 96 (noventa e seis) meses.
14.2. O contrato poderá ser rescindido a qualquer tempo, quando o contratado deixar de cumprir as obrigações nele inseridas.
15. DA EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS
15.1. COLETA SELETIVA DE LIXO
15.1.1. A COLETA SELETIVA DE LIXO prevê o recolhimento de lixo domiciliar, em toda a área urbana da cidade de São Luiz, conforme a programação elaborada pela Administração.
15.1.2. A Administração Municipal informará a empresa vencedora do certame, quando a coleta deverá efetuada no período noturno.
O roteiro da Coleta Seletiva de Lixo poderá ser alterado, bem como os quantitativos de material a ser coletado, à critério da Administração Municipal, para adequar a demanda existente.
ORIENTAÇÕES : A COLETA SERÁ EFETUADA 02 VEZES POR ANO. (2º Sábados dos Meses de Maio e Novembro)
SÓ SERÁ COLETADO LIXO RECICLAVEL COMO: PAPEL, PLASTICO, VIDROS, ALUMÍNIO, FERRO, E AQUELES QUE NÃO SE ENQUADRAM NOS PERIGOSOS. (perigosos devem ser dados outros encaminhamentos)
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PERIGOSOS: LAMPADAS, EMBALAGENS DE AGROTÓCXICOS E INSUMOS AGRÍCOLAS EM GERAL, RESTOS DE MEDICAMENTOS, PILHAS, BATERIAS, CURATIVOS, ETC.
OS ORGÂNICOS: (QUE APODRECEM) DEVEM SER DESTINADOS CORRETAMENTE NA PRÓPRIA PROPRIEDADE, (alimentação animal ou incorporação no solo).
O ACONDICIONAMENTO DEVERÁ SER EM SACOS OU CAIXAS DE PAPELÃO NO MÁXIMO 20 KG CADA, PARA FACILITAR O CARREGAMENTO. SE CHOVER NA DATA PROGRAMADA FICA PARA DATA SEGUINTE!
NOTA: Nos casos de feriados que antecedem ou seguidos de domingos ou feriados prolongados, o serviço de coleta de lixo não poderá sofrer interrupção por mais de 1 (um) dia.
15.3. Os serviços deverão ser executados dentro das especificações exigidas neste edital e anexos. A execução dos serviços será fiscalizada por técnicos do Departamento de Serviços Urbanos e Departamento de Gestão Urbana ou pela Comissão Especial para recebimento de materiais e equipamentos e obras, nomeada pelo Decreto Municipal 8251/2011. Os serviços que apresentarem desconformidade com as especificações exigidas serão rejeitados, obrigando-se o fornecedor a refazê-lo sem prejuízo para a PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO LUIZ. Apurada, em qualquer tempo, divergências entre as especificações pré-fixadas e o serviço executado, serão aplicadas à contratada, sanções previstas neste Edital e na legislação vigente.
15.4. Decorrido o prazo estipulado na notificação, sem que tenha havido a retomado dos serviços recusados, a Comissão de Licitação dará ciência à Autoridade Competente do MUNICÍPIO, a fim de que se proceda à abertura de processo de penalidade contra a empresa, de acordo com as normas contidas na Lei Federal nº. 8.666/93 e alterações, para aplicação das penalidades previstas neste Edital.
15.5. O contrato poderá ser rescindido a qualquer tempo, quando o contratado deixar de cumprir as obrigações nele inseridas.
16. DA VISITA TÉCNICA
16.1. A empresa interessada em participar desta licitação, deverá obrigatoriamente, visitar o local onde se realizarão os serviços que constituem o objeto desta licitação, devendo apresentar ao MUNICÍPIO DE SÃO LUIZ Atestado de Visita Técnica que conhece os locais e as dificuldades que os mesmos possam oferecer como também que recebeu todos os documentos necessários (edital e anexos), firmada pelo responsável técnico e responsável legal da Licitante, e vistado pelo responsável designado do Departamento de Gestão Urbana.
16.2. A visita será realizada no dia 20 de dezembro, às 8:00 horas, e terá como local de encontro a Departamento de Gestão Urbana, na sede da Administração
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Municipal.
16.3. Solicita-se que o responsável técnico esteja no local de encontro com antecedência, ao horário marcado.
16.4. Não serão aceitos retardatários e não será possível e realização da visita técnica em outra data, sendo imprescindível a presença do(s) responsável(s) técnico(s) para efetuá-la no dia e hora estabelecidos neste Edital. A licitante que não comparecer a visita, ou não respeitar o horário, estará automaticamente inabilitada neste certame.
16.5. O atestado somente será fornecido ao(s) responsável(eis) Técnico(s) pela proponente, devidamente identificado pela carteira profissional, que deverá(ão) comprovar através de documento expedido pelo CREA que é o responsável pela empresa, no momento da visita.
16.6. A licitante deverá apresentar, quando da visita, o Atestado de Visita devidamente preenchido e assinado pelo Responsável Técnico para que o servidor designado da Secretaria de Viação, Obras e Serviços Urbanos possa vistá-lo.
17. DOS RECURSOS
17.1. Caso não haja renúncia expressa do proponente ao direito de recurso, caberá recurso com efeito suspensivo dentro do prazo de 05 (cinco) dias úteis a contar da data da publicação da habilitação ou habilitação do licitante, bem como a publicação do resultado do julgamento das propostas, nos termos do art. 109, § 6º, da Lei Federal nº. 8.666/93.
17.2. Os recursos deverão ser formalizados e dirigidos ao Prefeito e protocolizados na Prefeitura, dentro dos prazos legais, não podendo ser efetivado via “fac-símile”, ou através da INTERNET.
18. PENALIDADES
18.1. O Termo de Contrato obedecerá a minuta de contrato e dela constam as seguintes penalidades aplicáveis sem prejuízo da responsabilidade civil e criminal, que couberem à contratada:
18.2. Em caso de não cumprimento na execução dos serviços, constante na tabela do item 2, subitem 2.1, ficará a CONTRATADA, sujeita à multa de 0,5% (meio por cento), ao dia de atraso, calculada e limitada a 2% (dois por cento), sobre o valor total do contrato, conforme art. 86 da Lei Federal n.º 8.666/93, podendo o MUNICÍPIO DE SÃO LUIZ tomar outras providências legais cabíveis, inclusive a rescisão contratual.
18.3. Pela inexecução total ou parcial do contrato, o MUNICIPIO DE SÃO LUIZ poderá garantida a prévia defesa, aplicar à contratada as sanções previstas nos art. 87 da Lei Federal n.º 8.666/93. Em caso de multa, esta corresponderá a 10% (dez por cento) sobre o valor global da contratação.
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18.4. O MUNICÍPIO, para garantir o fiel pagamento das multas, reserva-se o direito de reter o valor contra qualquer crédito gerado pela CONTRATADA, independentemente de qualquer notificação judicial ou extrajudicial, art. 87, §1º, da Lei Federal n.º 8.666/93.
18.5. Suspensão do direito de licitar e contratar junto a Prefeitura, pelo prazo de até 02 (Dois) anos, na ocorrência em pleno direito do contrato, pela falência da contratada ou da rescisão administrativa do contrato por culpa da mesma.
18.6. Verificada qualquer infração do contrato, o Município independentemente de notificação Judicial, poderá rescindir o contrato.
18.7. As penalidades são as previstas neste edital serão aplicadas sem prejuízo das cominações estabelecidas nos artigos 86 a 88 da Lei Federal n.º 8.666/93 e suas alterações.
18.8. A rescisão contratual poderá ocorrer nas hipóteses e condições previstas na Lei Federal n.º 8.666/93.
19. DA SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO
19.1. A contratada deverá fornecer a todos os trabalhadores o tipo adequado de equipamento de proteção individual – EPI.
19.2. A contratada deverá treinar e tornar obrigatório o uso de EPI’s.
19.3. O equipamento de proteção individual fornecido ao empregado deverá, obrigatoriamente, conter a identificação da contratada.
19.4. A contratada não será eximida de qualquer responsabilidade quanto à segurança individual e coletiva de seus trabalhadores.
20. DISPOSIÇÕES GERAIS
20.1. Todas as declarações e documentos emitidos pela empresa, exceto as relativas a proposta, constantes no item 9, deverão ser apresentados em papel timbrado, com carimbo de CNPJ e assinatura do representante legal da empresa.
20.2. Reserva-se ao Município de São Luiz, o direito de anular ou revogar, total ou parcialmente, esta licitação, visando a legalidade do processo licitatório ou interesse da administração pública respectivamente.
20.3. Reserva-se à Comissão de Licitações, o direito de promover diligências destinadas a esclarecer a instrução do processo licitatório, em qualquer fase de seu andamento.
20.4. No caso de vir a ser constatada empresa consorciada ou concordatária no decorrer da licitação até a homologação, a mesma será inabilitada e desclassificada da presente licitação.
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20.5. É facultada à Prefeitura Municipal de SÃO LUIZ, Estado do Maranhão, solicitar a atualização de qualquer documento relativo a presente licitação.
20.6. A proponente vencedora assumirá integral responsabilidade pelos danos que causar à Prefeitura Municipal e/ou terceiros, por si ou seus sucessores e representantes, na execução do objeto da presente licitação, isentando o Município de qualquer reclamação que possa surgir em decorrência dos mesmos.
20.7. Ao participar da presente licitação, a proponente assume integral responsabilidade pela autenticidade e veracidade de todos os documentos e informações prestadas, respondendo na forma da Lei, por qualquer irregularidade constatada.
20.7. O presente edital reger-se-á também pelo Código de Defesa do Consumidor, Lei N° 8.078 (D.O.U de 12/09/1990).
21. FORO
21.1. Fica eleito o Foro da Comarca de SÃO LUIZ, com renúncia de quaisquer outro, por mais privilegiado que seja para serem dirimidas possíveis dúvidas e questões oriundas desta licitação.
21.2. Esclarecimentos complementares poderão ser obtidos no Departamento de Administração – Licitações, da Prefeitura Municipal de SÃO LUIZ, sito à Av. Pedro II, s/n° - Centro – telefone: (98) 3212-8022.
São Luiz, vinte e seis dias de novembro de 2011.
João Castelo Ribeiro GonçalvesPrefeito
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3.4.4.1 - ANEXO I
CARTA DE CREDENCIAMENTO(*)(modelo de declaração)
À Comissão de Licitações
A
empresa..................................................estabelecida...................................................
.......inscrita no CNPJ nº................................................através do presente,
credenciamos o Sr..............................................,portador da cédula de identidade
nº......................................de do CPF nº,............................................. a participar da
licitação instaurada pelo Município de São Luiz, na modalidade Concorrência, sob o
nº 0026/2011, na qualidade de REPRESENTANTE LEGAL, outorgando-lhe plenos
poderes para pronunciar-se em nome da empresa,bem como formular propostas,
lances e praticar todos os demais atos inerentes ao certame.
..................................................., de..................., de 2011.
_____________________________________ Representante legal da empresa
(*) NOTA: DOCUMENTO OBRIGATÓRIO - APRESENTAR FORA DOS ENVELOPES 01 E 02, NO INÍCIO DA SESSÃO – ACOMPANHADO POR DOCUMENTO DE IDENTIDADE COM FOTO.
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3.4.4.2 - ANEXO II
TERMO DE RENÚNCIA(*) (modelo de declaração)
À COMISSÃO DE LICITAÇÃO DA PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO LUIZ
A proponente abaixo assinada, participante da licitação
modalidade de Concorrência sob o nº 0026/2011, por seu representante
credenciado, declara, na forma e sob as penas impostas pela Lei 8.666/93, de 21 de
junho de 1993, obrigando a empresa que representa que não pretende recorrer da
decisão da Comissão de Licitação, que julgou os documentos de habilitação,
renunciando, expressamente, ao direito de recurso da fase habilitatória e ao
respectivo prazo e concordando com o prosseguimento do procedimento licitatório,
passando-se à abertura dos envelopes de proposta de preço dos proponentes
habilitados.
______________________,em_____/_____________,de 2011.
_______________________________________________ Representante Legal da Empresa
NOTA(*): DOCUMENTO OBRIGATÓRIO – APRESENTAR DENTRO DO ENVELOPE 1 – HABILITAÇÃO OU ENTREGAR DURANTE A SESSÃO DE ABERTURA QUANDO SOLICITADO PELA COMISSÃO PERMANENTE DE LICITAÇÃO.
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3.4.4.3 - ANEXO III
SITUAÇÃO FINANCEIRA DA EMPRESA(*)
Declaramos que as demonstrações abaixo correspondem a real situação financeira da empresa. Estes índices foram obtidos no balanço do último exercício social.
A comprovação da boa situação financeira da empresa Licitante, deverá ser demonstrada pela obtenção do índice de Solvência Geral (SG), maior ou igual a 1,0 (um vírgula zero), resultante da aplicação da fórmula estabelecida abaixo, baseada nos valores do Balanço apresentado no item 7, subitem 7.1.11, deste Edital.
SG = ________________Ativo Total_____________________ Passivo Circulante+Passivo Exigível a Longo Prazo
A empresa Licitante que apresentar índice de Solvência Geral (SG) menor de 1,0 (um vírgula zero), a partir da fórmula apresentada neste Anexo, será inabilitada.
São Luiz, .................
____________________________ ________________________Responsável legal da empresa Contador N.º do CRC
Carimbo do CNPJ da empresa
NOTA(*): DOCUMENTO OBRIGATÓRIO – APRESENTAR DENTRO DO ENVELOPE 1 - HABILITAÇÃO
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3.4.4.4 - ANEXO IV
ATESTADO DE VISITA TÉCNICA(modelo)
A (nome da empresa licitante), CNPJ.........................................., por seu
Representante Técnico infra-assinado DECLARA que recebeu do Município de São
Luiz toda a documentação relativa da Concorrência 0026/2011, e que visitou os
locais onde serão executados os serviços e demais condições que possam
influenciar na execução dos mesmos.
.........................., .... de ..................de 2011.
(Nome da empresa)(Nome e assinatura do Responsável Técnico, carimbo e assinatura)
(Nome, e assinatura do Responsável Legal da empresa licitante)Carimbo do CNPJ da empresa
Atestamos, para os fins legais, que a visita técnica foi devidamente realizada, sendo
repassadas todas as informações necessárias à formulação da respectiva proposta,
ao representante técnico da empresa supra identificada.
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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A garantia de promoções continuadas no setor de resíduos sólidos, só
ocorrerá com a existência de uma política de gestão e compromisso de instituições
sociais, solidamente firmadas para mantê-la. A participação da sociedade civil é
indispensável para isso. Em concordância, entender-se que os objetivos e metas do
Plano de Gerenciamento Integrado dos Resíduos Sólidos, no tocante à coleta,
tratamento e destinação final do lixo urbano no Município de São Luiz, ao mesmo
tempo em que proporcionam aos grupos sociais envolvidos, a possibilidade de uma
atividade formal, com geração de renda e em local e condições mais salubres, fica
patente também, a importância do apoio das instâncias superiores, tanto em relação
ao poder político, através do apoio do Ministério do Meio Ambiente, da Caixa
Econômica Federal, e dos grupos financeiros privados, com a participação efetiva
das instâncias locais.
Como idealizadores deste projeto, nós vivenciamos situações
degradantes, como também tentativas de soluções de ordem prática, que visam ao
melhor aproveitamento dos nossos recursos, e uma conscientização da população
como agente efetivo de mudança.
Para o caso do Município de São Luiz, uma cidade pólo industrial, pode
haver um ganho substancial tanto para a municipalidade e os cooperados, quanto a
iniciativa privada e a sociedade em geral, que lucra com melhor qualidade de vida,
com os benefícios de um projeto que visa à manutenção dos recursos naturais, e a
preservação ambiental como um todo.
Todos os problemas técnicos de operação são possíveis de ser
solucionados; a questão sempre é apenas de escolher a solução mais barata ou de
melhor custo/benefício. O lado social que envolve o assunto, é mais complexo, pois
envolve a sociedade de um modo geral, e portanto, é o que deve ter maior apoio.
Todo trabalho que envolve material humano tão diverso e tão carente de
educação, cidadania, amparo e reconhecimento social, requer uma dose a mais de
calor humano da parte de quem coordena as ações.
Conclui-se que, com exemplos já implantados em outras comunidades, e
com uma base sólida para a Gestão de Resíduos Sólidos a partir dos Recursos
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Humanos da Administração Municipal e um plano específico e qualificado
desenvolvido para a população, pode-se obter resultados positivos.
Acreditamos que, como gestores, podemos vivenciar variáveis diversas, e
perceber que já se fomenta uma consciência correta em relação à Gestão de
Resíduos Sólidos municipais, o que nos torna, como participantes deste projeto,
acima de tudo, grandes colaboradores para a disseminação desta nova realidade no
âmbito Municipal.
Meio ambiente e desenvolvimento não constituem desafios separados;
estão inevitavelmente interligados. O desenvolvimento não se mantém se a base de
recursos naturais se deteriora; o meio ambiente não pode ser protegido se o
crescimento não leva em conta as consequências da destruição ambiental. Esses
problemas não podem ser tratados separadamente por instituições e políticas
fragmentadas. Eles fazem parte de um sistema complexo de causa e efeito.
O conceito de desenvolvimento sustentável fornece uma estrutura para a
integração de políticas ambientais e estratégias de desenvolvimento, procurando
atender às necessidades e aspirações do presente sem comprometer a
possibilidade de atendê-las no futuro, lembrando que sempre há o risco de que o
crescimento econômico prejudique o meio ambiente, uma vez que ele aumenta a
pressão sobre os recursos ambientais.
No entanto, as administrações municipais que se orientarem pelo conceito
de desenvolvimento sustentável terão de trabalhar para que as economias em
crescimento permaneçam firmemente ligadas às suas raízes ecológicas e que estas
sejam protegidas e nutridas para que possam dar apoio ao crescimento do município
a longo prazo.
Portanto, a proteção ao meio ambiente é inerente ao conceito de
desenvolvimento sustentável, na medida que visa mais as causas que os sintomas
dos problemas do meio ambiente. É importante salientar que não existe um único
esquema para o desenvolvimento sustentável, já que os sistemas econômicos e
sociais diferem de uma região para outra. O nosso município, especificamente, terá
de avaliar as implicações concretas de suas políticas. Mas, apesar dessas
diferenças, o desenvolvimento sustentável deve ser encarado como um objetivo de
todos.
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A solução é visível, mas é necessário coragem para ser implementada,
mesmo que esta tenha de se contrapor a interesses econômicos poderosos, assim
como padrões de comportamento e consumo, difíceis de serem alterados, mas que,
de uma forma ou de outra, terão de ser revisados.
Tais tarefas visam à melhoria contínua dos processos de produção,
logística de reversão e modelos de gestão, para que priorizem a identificação da
matéria-prima que hoje chamamos lixo e adensem os processos de
reaproveitamento, gerando novos negócios, novos empregos, mais renda, mais
inclusão social, menos custos econômicos e ambientais para destino sanitário, com
controle ambiental.
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5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABNT – ASSOCIACAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS. Resíduos Sólidos –
Classificação. NBR 10004. 2004.
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