projeto pedagÓgico do curso de bacharelado em … · Ética e legislação em publicidade e...
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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE BACHARELADO
EM PUBLICIDADE E PROPAGANDA
Campus Zona Sul e Campus FAPA
Porto Alegre, 2018.
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SUMÁRIO
1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO CURSO.....................................................3
2. OBJETIVOS DO CURSO ............................................................................... 4
2.1 OBJETIVO GERAL ...................................................................................... 4
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................ 4
3. PERFIL DO EGRESSO .................................................................................. 5
4. MATRIZ CURRICULAR .................................................................................. 7
5. MODOS DE INTEGRAÇÃO ENTRE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO . 12
5.1 POLÍTICAS DE PESQUISA....................................................................................15
5.2 EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA................................................................................24
6. REQUISITOS LEGAIS E NORMATIVOS ..................................................... 26
6.1 DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS ................................................. 26
6.2 EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICORRACIAIS, ENSINO DE HISTÓRIA
E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA .................................................. 26
6.3 LIBRAS ....................................................................................................... 27
6.4 POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ..................................................... 27
7. RESPONSABILIDADE SOCIAL DO CURSO...............................................29
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1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO CURSO
NOME DO CURSO:
Curso de Publicidade e Propaganda
GRAU CONFERIDO:
Bacharelado
TÍTULO PROFISSIONAL:
Publicitário
MODALIDADE DE ENSINO:
Ensino presencial
ATO DE CRIAÇÃO DO CURSO:
Portaria do Conselho Superior do UniRitter
DATA DE PUBLICAÇÃO DO ATO DE CRIAÇÃO DO CURSO:
14 de setembro de 2011 na 134ª sessão ordinária
CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO:
O Curso possui 2.744 horas
CARGA HORÁRIA DAS ATIVIDADES COMPLEMENTARES:
O curso contempla 240 horas de Atividades Complementares
CARGA HORÁRIA DO ESTÁGIO OBRIGATÓRIO:
O curso contempla 150 horas de Atividades de Estágio
DURAÇÃO DO CURSO:
Mínimo: 08 semestres - quatro anos
Máximo: 14 semestres - sete anos
NÚMERO DE VAGAS AUTORIZADAS:
Duzentas vagas anuais
TURNO DE FUNCIONAMENTO DO CURSO
O curso funciona nos turnos da manhã e da noite
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2. OBJETIVOS DO CURSO
2.1 OBJETIVO GERAL
Formar um profissional pleno na sua área, que tenha condições intelectuais e técnicas
para desenvolver soluções de comunicação para as mais diversas organizações e que
mantenha um pensamento crítico e reflexivo sobre o papel da Publicidade e o seu
próprio na sociedade.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Desenvolver continuamente as competências para atuar no campo Publicidade, área
cuja característica inerente é a constante transformação, refletindo justamente a
sociedade que está inserida;
Preparar os alunos para atuarem na área da Comunicação, no âmbito de agências, de
clientes e no cenário das mídias;
Refletir e discutir temas emergentes e relevantes para a atuação do publicitário no
cenário mercadológico;
Promover visão sistêmica sobre a área da comunicação e das demais áreas que se
relacionam com a mesma, com a intenção de que os efeitos propagados pelas ações
implementadas estejam de acordo com o todo do processo e/ou da Instituição;
Formar um profissional ético e consciente de sua atuação e das repercussões do seu
fazer,
Acolher as políticas de respeito às diferenças sociais, étnicas, religiosas, culturais e
comportamentais, promovendo o debate e o reconhecimento desses temas junto aos
alunos;
Oportunizar a aproximação do mercado com a sala de aula, viabilizando a observação
da realidade e sua experimentação pelos discentes;
Conciliar as disciplinas teóricas e práticas desde o início do curso, instigando o
desenvolvimento integral do indivíduo.
Promover as práticas da Publicidade a partir das experiências vivenciadas nos
laboratórios e nas atividades de campo, principalmente.
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3. PERFIL DO EGRESSO
De acordo com o estabelecido na CNE/CES 492/2001 o egresso do curso de
Publicidade e Propaganda deverá ter, entre outras capacidades elencadas, condições de
atender às demandas de “criação, produção, distribuição, recepção, e análise crítica referentes
às mídias, às práticas profissionais e sociais relacionadas com estas, e a suas inserções
culturais políticas e econômicas.”. As DCN com suas orientações são, portanto, utilizadas e
referenciadas em toda a construção do Curso com o objetivo primário de conformidade entre o
estabelecido pelas Diretrizes sobre o perfil do formado.
Somam-se à essas determinações as também as características da Educação UniRitter
Laureate, que estabelece que o sujeito egresso deve ter condições de analisar de forma
sistêmica e integral os aspectos subjetivos, a estratégia e a criação de campanhas de
Comunicação, de forma a conferir valor às marcas, empresas e outras Instituições que
demandem sua ação.
O profissional oriundo deste curso poderá atuar em diferentes frentes:
- Agências de Publicidade;
- Agências de Comunicação Digital;
- Assessorias de comunicação;
- Agências especializadas em endomarketing;
- Veículos de Comunicação;
- Bureaus de design gráfico;
- Empresas públicas;
- Empresas privadas;
- Organizações não governamentais e todas as outras instituições que comportem a
implementação de estratégias e ações de comunicação.
O publicitário formado deverá ter conhecimento para atuar em diferentes áreas do
contexto comunicacional devido a uma formação que ao mesmo tempo é generalista e também
pode ser aprofundada em diferentes áreas da formação publicitária, de acordo com os
interesses e valores do futuro profissional. Ao mesmo tempo, deve ter uma visão
empreendedora e inovadora, capaz de gerar novas soluções e criar diferenciais no mercado.
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Assim, entende-se como necessário o desenvolvimento de tais Competências no curso:
- executar os processos da Publicidade de forma que confira valor para o cliente/marca;
- construir estratégias que favoreçam a repercussão positiva das ações;
- arguir sobre o conhecimento Publicitário, tanto com seus pares quanto em outras
esferas de atuação, como por exemplo, clientes e entidades de classe;
- desenvolver ações de comunicação direcionadas para públicos específicos;
- construir ações de comunicação publicitária em diversas e múltiplas plataformas,
observando as especificidades estratégicas e de linguagem de cada uma;
- solicitar, receber e interpretar dados sobre o desempenho de seus clientes no
mercado;
- observar e interpretar a realidade, observando e construindo formas inovadoras de
comunicação.
As habilidades esperadas do egresso são:
- atuar na comunicação de forma integradora, conferindo à Publicidade a condição de
facilitadora e promovedora da informação e da solução;
- facilitar os relacionamentos entre os agentes do processo através da disseminação do
conhecimento técnico e generalista;
- integrar, em um processo holístico, agência e cliente, promovendo o entendimento e
organização das necessidades e dos limites de ambos;
- criticar cientifica e tecnicamente o fazer publicitário, promovendo a melhoria contínua
do processo comunicativo;
- estabelecer vínculos entre os diversos atores da comunicação a fim de construir um
argumento único, que favoreça o posicionamento do cliente no mercado;
- gerenciar equipes de trabalho, integrando os agentes em torno de um objetivo comum;
- analisar o mercado, observando oportunidades de empreender e gerar inovação.
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4. MATRIZ CURRICULAR
As disciplinas oferecidas no Curso de Publicidade e Propaganda do UniRitter se
constituem em conformidade com a CNE/CES 492/2001 que as categoriza em conteúdos
básicos e específicos. A partir de tais recomendações se estruturou um currículo cujos
conteúdos básicos recomendados atuam transversalmente no curso e os específicos são
distribuídos em uma cronologia compatível com a evolução técnica e conceitual do aluno.
Faz-se importante destacar que os objetivos propostos nesse Projeto levam em
consideração o reconhecimento das realidades sociais, econômicas e políticas do país, e
contemplam também o contexto macro social de inserção.
A proposta se edifica em três eixos principais: nas reflexões teóricas que visam a
formação de um indivíduo consciente e crítico; no conhecimento sobre as práticas necessárias
para consolidar o fazer publicitário; e no entendimento das estratégias mercadológicas que
devem desenvolver o raciocínio sistêmico e integrado às demais áreas elencadas.
O Publicitário, em essência, atua de forma conceitual sobre a percepção dos receptores.
É responsável pela construção de imagem e valores em relação às marcas, produtos e
serviços. Além disso, atua como um interlocutor entre as mais diversas áreas, aproximando os
agentes dos temas que poderiam ser complexos e distantes.
Reconhecendo tais características o desenvolvimento do curso atua paralelamente aos
três eixos principais, em frentes que objetivam conferir a esses jovens profissionais condições
de entenderem seu papel social, contribuindo de modo efetivo para a construção de uma
sociedade mais esclarecida, equilibrada e justa. Disciplinas como Teorias da Comunicação,
Ética e Legislação em Publicidade e Propaganda e Comportamento do Consumidor são
exemplos de disciplinas em que se trabalha o impacto da comunicação dirigida sobre o
indivíduo e o grupo, assim como as reações desses receptores a tais estímulos. Ambas são
oportunidades em que se incentivam os tensionamentos entre a perspectiva do profissional de
comunicação - que necessita informar e persuadir seu consumidor - e ele próprio como sendo
um consumidor, instigando-o a refletir sobre os resultados que deseja a partir de suas ações.
O currículo foi desenvolvido considerando as características perenes dos indivíduos,
mas levando em consideração também as perspectivas de um novo consumidor que interage
com o mundo de forma dinâmica, sensível e crítica. O domínio da tecnologia, os exercícios de
estimulo à criatividade e a prática publicitária exercida em contato com profissionais de
mercado, conferem a essa Graduação a condição de preparar um profissional pleno dentro de
sua área de atuação.
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As disciplinas de Criação Publicitária, Fotografia e Produção Publicitária Audiovisual são
exemplos de matérias que visam estimular o aluno a, além de dominar os aspectos conceituais,
também obter durante o curso a experiência prática junto ao mercado de trabalho. São
estabelecidos em sala de aula projetos que envolvem empresas e profissionais de mercado
com o objetivo de que tragam situações/problema de sua empresa para que sejam discutidas
pelos alunos. Tais projetos podem ser elencados como avaliação de final de semestre. As
disciplinas de Laboratórios de Práticas I e II, são exemplos de experimentação do aprendizado.
Tratam-se de atividades em que o aluno deve desenvolver um projeto autoral que una as mais
diversas áreas estudadas (comunicação, estratégia e práticas específicas). Outros professores
de disciplinas correlatas podem ser consultados a fim de esclarecer dúvidas e auxiliar na
execução do projeto. Paralelamente ao trabalho dos alunos são convidados profissionais de
mercado a fim de trazer a sua perspectiva sobre a comunicação dentro de determinado tópico
a ser definido previamente.
No curso estabelece-se a consciência no aluno da importância da gestão integrada.
Inicialmente, já nos primeiros semestres, são oferecidas disciplinas como Fundamentos de
Marketing e Planejamento de Marketing que se propõem a criar a visão sistêmica – e não
isolada – da comunicação como uma área agregadora dentro da empresa. O marketing é
valorizado na prática como uma ferramenta imprescindível para o comunicólogo assim como
sua aplicação que deve permear todas as ações de comunicação.
Para que o aluno possa ter conhecimento em outras áreas que não sejam priorizadas
dentro do curso se oportuniza uma disciplina Eletiva que pode ser cursada em outra graduação
dentro da Instituição UniRitter. O assunto abordado deve fazer sentido como complemento para
a graduação em Comunicação mas essa análise é realizada pelo aluno juntamente a
Coordenação do curso e com a aprovação do Coordenador da disciplina escolhida.
O Trabalho de Conclusão de Curso – TCC – inicia-se no 7º (sétimo) semestre com a
disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso I, oportunidade em que o aluno define o tema,
os objetivos e a delimitação da sua pesquisa, assim como escolhe seu orientador para o TCC.
O trabalho final é realizado no 8º (oitavo) semestre e deve abordar um tema convergente com
as disciplinas desenvolvidas ao longo da Graduação.
O exercício das disciplinas do curso devem estimular o aluno a reconhecer qual, dentre
as várias opções de escolhas na área da Publicidade, é aquele eleita para que desenvolva suas
habilidades e competências.
Em todo o desenvolvimento do curso, o educando é provocado a olhar a teoria além da
teoria, e a pratica além da prática, construindo um olhar crítico e ativo, e observando formas de
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inovar e empreender num mercado cada vez mais competitivo. Abaixo apresenta-se a Estrutura
Curricular do curso, evidenciando disciplinas por semestre.
MATRIZ DO CURSO DE PUBLICIDAE E PROPAGANDA
Período Disciplinas CH T CH P CH
Tipo Disciplina (Híbrido | Prático | Téorico)
Aval. Prática
(X)
1º
Perí
od
o
COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR 66 66 Teórico
TEORIAS DA COMUNICAÇÃO 66 66 Teórico
INTRODUÇÃO A PUBLIICIDADE E PROPAGANDA
66 66 Teórico
ÉTICA E LEGISLAÇÃO EM PUBLICIDADE E PROPAGANDA
66 66 Teórico
COMUNICAÇÃO (EAD) 88 88 Teórico
TOTAL: 352 0 352
2º
Perí
od
o COMUNICAÇÃO VISUAL 33 33 66 Híbrido (P+T) X
FUNDAMENTOS DE MARKETING 55 11 66 Híbrido (P+T)
CRIAÇÃO PUBLICITARIA 33 33 66 Híbrido (P+T) X
REDAÇÃO PUBLICITÁRIA 33 33 66 Híbrido (P+T) X
METODOLOGIA CIENTÍFICA (EAD) 88 88 Teórico
TOTAL: 242 110 352
3º
Perí
od
o
PLATAFORMAS GRÁFICA IMPRESSA 66 66 Teórico
PESQUISA DE MERCADO 66 66 Teórico
MÍDIA 33 33 66 Híbrido (P+T) X
PLANEJAMENTO DE MARKETING 33 33 66 Híbrido (P+T) X
ANTROPOLOGIA E CULTURA BRASILEIRA (EAD)
88 88 Teórico
TOTAL: 286 66 352
4º
Perí
od
o
PLATAFORMAS GRÁFICA DIGITAL 66 66 Teórico
PESQUISA EM COMUNICAÇÃO 33 33 66 Híbrido (P+T) X
FOTOGRAFIA PUBLICITARIA 33 33 66 Híbrido (P+T) X
PRODUÇÃO PUBLICITARIA AUDIO 33 33 66 Híbrido (P+T) X
DESENVOLVIMENTO HUMANO E SOCIAL (EAD)
88 88 Teórico
TOTAL: 253 99 352
5º
Perí
od
o PLANEJAMENTO E ATENDIMENTO
MULTIDISCIPLINAR 66 66 Teórico
OPTATIVA - TRILHA 1 66 66 Teórico
PRODUÇÃO PUBLICITARIA AUDIOVISUAL 33 33 66 Híbrido (P+T) X
DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS (EAD) 88 88 Teórico
TOTAL: 253 33 286
6º
Perí
od
o OPTATIVA - TRILHA 2 66 66 Teórico
PROMOÇÃO DE VENDAS E MERCHANDISING
66 66 Teórico
LABORATÓRIO DE PRÁTICAS EM PP I 66 66 Prático X
OPTATIVA (Inclui libras) 66 66 Teórico
10
TOTAL: 198 66 264
7º
Perí
od
o TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO I
- PP 66 66 Prático
PLANEJAMENTO DE MÍDIA 33 33 66 Híbrido (P+T) X
LABORATÓRIO DE PRÁTICAS EM PP II 66 66 Prático X
TÓPICOS AVANÇADOS EM PUBLICIDADE E PROPAGANDA I 66
66 Teórico
TOTAL: 99 165 264
8º
Perí
od
o
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO II - PP
66 66 Prático X
TÓPICOS AVANÇADOS EM PUBLICIDADE E PROPAGANDA II
66 66 Teórico
ATIVIDADES COMPLEMENTARES 240 240
ESTÁGIO SUPERVISIONADO 150 150 Prático
CH TOTAL %
Curso 2744 -
Híbrido (Teórico + Prático) 660 24,05%
Teórico 1430 52,11%
Prático 414 15,09%
EAD 20% 506 18,44%
Optativa 198 7,22%
TCC 132 4,81%
Estágio + Atividades Complementares 390 14,21%
Seguem abaixo as ementas das disciplinas que compõem a matriz curricular do curso.
ANTROPOLOGIA E CULTURA BRASILEIRA
Trata da construção do conhecimento antropológico e o objeto da antropologia. Analisa a
constituição da sociedade brasileira em suas dimensões histórica, política e sociocultural; a
diversidade da cultura brasileira e o papel dos grupos indígena, africano e europeu na formação
do Brasil. Enfatiza o papel dos Direitos Humanos.
COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
Apresenta e discute o estudo do comportamento do consumidor nos aspectos cognitivos,
percepções, atitudes, influências ambientais, aspectos demográficos e psicográficos que
englobam estímulos aos diferentes apelos mercadológicos e de comunicação.
COMUNICAÇÃO VISUAL
A disciplina enfoca a sintaxe construtiva da linguagem visual, desde a teoria das cores e
tipografias até os elementos técnicos para a materialização de ideias criativas. Mostra a união
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entre a teoria e a prática da comunicação visual visando formas de desenvolvimento de projetos
visuais.
CRIAÇÃO PUBLICITARIA
Orienta metodologicamente o processo criativo aplicado à Publicidade e Propaganda,
relacionando-o às necessidades do ambiente de uma agência. Trabalha estímulos visuais,
verbais e sonoros em propostas reais de criação adequadas aos meios de comunicação.
Explora mensagens com apelos concretos e abstratos, elementos de sustentação de uma boa
criação publicitária.
DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS
Estuda temas relevantes da contemporaneidade como o processo de construção da cidadania
e suas respectivas interfaces com os direitos humanos, ética e diversidade. Analisa as
interferências antrópicas no meio ambiente e discute o desenvolvimento sustentável e o
impacto das inovações tecnológicas. Aborda ainda tendências e diretrizes sociopolíticas, e
questões de responsabilidade social e justiça.
DESENVOLVIMENTO HUMANO E SOCIAL
Analisa as representações sociais e construções de identidade nos diferentes ambientes e suas
inter-relações e influências no desenvolvimento humano. Discute desafios e avanços na
sociedade brasileira dos grupos sociais tradicionalmente excluídos. Explora processos e
práticas por meio dos quais os sujeitos constroem e reconstroem conhecimentos nos diferentes
contextos formativos de seu cotidiano.
ETICA E LEGISLAÇÃO EM PUBLICIDADE E PROPAGANDA
Introduz temas filosóficos e aborda a formação conceitual básica em Filosofia. Discute a ética
ao longo dos tempos, com reflexões sobre moral, virtudes éticas, ética profissional. Discute
códigos e leis específicas da comunicação, publicidade, propaganda, promoção, direito autoral,
propriedade intelectual, código de defesa do Consumidor, além de órgãos reguladores como
Conar.
FOTOGRAFIA PUBLICITARIA
Aborda o percurso histórico da fotografia e o desenvolvimento da técnica pelas fases analógica
e digital. Introduz e aperfeiçoa o estudo da linguagem fotográfica, analisando a inserção da
fotografia em textos escritos e eletrônicos. Explora o desenvolvimento prático da técnica pelas
fases analógica e digital.
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FUNDAMENTOS DE MARKETING
Discute o processo de planejamento, implantação e gestão de marketing, abordando o conceito
e o papel do marketing nas organizações, as questões referentes à segmentação, o
posicionamento e a colocação no mercado, além de descrever o composto do marketing.
Enfatiza ainda a manutenção e o crescimento em mercados correntes e a abertura de novos
mercados.
INTRODUÇÃO A PUBLICIDADE E PROPAGANDA
Aborda a história da propaganda desde a antiguidade até a Internet, os diversos campos de
atuação do mercado publicitário, a estrutura organizacional de uma agência de propaganda e
de comunicação, os termos técnicos utilizados no mercado e o mix de comunicação para os
diversos públicos que a empresa se relaciona direta ou indiretamente.
LABORATÓRIO DE PRÁTICAS I
Orienta a execução de projeto de gestão em comunicação com aplicação das teorias abordadas
anteriormente. Analisa novas possibilidades de gestão e identifica oportunidades incrementais
ou disruptivas.
LABORATÓRIO DE PRÁTICAS II
Orienta projetos em comunicação digital, identificando ferramentas de monitoramento,
definindo métricas e analisando resultados da comunicação digital. Apresenta planos de ação
para sustentação, manutenção ou melhora dos resultados obtidos.
METODOLOGIA CIENTÍFICA
A disciplina discute o conhecimento e o método científico. O enfoque recai nas etapas de
pesquisa científica e as normas de apresentação de trabalhos acadêmicos. Versa ainda sobre
os gêneros textuais científicos e aspectos éticos na pesquisa.
MÍDIA
Discute hábitos, atitudes, participação, audiência, comercialização, formatos de programação
e adequação, em função de objetivos, estratégias e táticas de mídia. Desenvolve o conceito do
planejamento de mídia, analisa e cruza dados de pesquisa de audiência. Promove a elaboração
de um plano de mídia para produto ou serviço.
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PESQUISA DE MERCADO
Estuda conceitos fundamentais da pesquisa de mercado na metodologia qualitativa e
quantitativa. Introduz, enfoca e aprofunda o planejamento de pesquisa, a definição dos
objetivos, elaboração de instrumentos de coleta de dados, aplicação, tratamento dos dados e
elaboração do relatório final da pesquisa.
PESQUISA EM COMUNICAÇÃO
Discute elementos para compreensão da epistemologia da comunicação. Auxilia na delimitação
do objeto de estudo e levantamento de referenciais teóricos. Apresenta ferramentas e
procedimentos metodológicos válidos que balizam o campo para pesquisa científica em
comunicação, aborda estrutura e redação do texto científico segundo normas da ABNT.
PLANEJAMENTO DE MARKETING
Oferece subsídios para elaboração de um plano de marketing, abordando estratégias
mercadológicas focadas na realidade social atual, identificando novos nichos de mercado para
consumidores mais conscientes de sua responsabilidade social, ambiental, sem deixar de
explorar os avanços tecnológicos.
PLANEJAMENTO DE MÍDIA Aprofunda o conceito do planejamento de mídia, analisando e
relacionando dados de pesquisa de mídia para efetivo alcance do público-alvo. Discute a
elaboração de um plano de mídia para produto ou serviço, selecionando e recomendando o
uso dos meios, veículos e programação que melhor atendam aos objetivos de mídia.
PLANEJAMENTO E ATENDIMENTO MULTIDISCIPLINAR Introduz, desdobra e aprofunda as
etapas de elaboração de um plano de comunicação mercadológico e empresarial. Aborda
aspectos relacionados a prospecção, processos de desenvolvimento de campanha, gestão,
avaliação e mensuração de resultados e soluções entre as áreas que transitam em uma
agência.
PLATAFORMAS GRÁFICA IMPRESSA
Introduz os procedimentos técnicos e conceituais na criação e produção de material gráfico
utilizando ferramentas tecnológicas. Apresenta o cruzamento de noções de projeto, teoria das
artes visuais e editoração eletrônica, promove o desenvolvimento de competências no uso de
softwares para criação de imagens, desenhos vetoriais, editoração eletrônica e peças de
comunicação no geral.
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PLATAFORMAS GRÁFICAS E DIGITAIS
Enfoca as definições de hipertexto, navegação e interatividade para elaboração de projetos de
páginas com temas específicos e animações para aplicação da linguagem para internet.
Proporciona relações entre conteúdo e forma nas interfaces digitais. Desenvolve a integração
com outras tecnologias para agilidade na criação e design para a construção de modelos
interativos.
PRODUÇÃO PUBLICITARIA AUDIO
Proporciona abordagem teórica e prática das atividades da produção de áudio e suas relações
com a publicidade. Apresenta os recursos técnicos utilizados nos meios eletrônicos e digitais,
fornecendo uma visão abrangente da estrutura da linguagem do rádio, técnicas de transmissão,
locução, interpretação, sound desing, criação de mensagens publicitárias e técnicas de
codificação sonora.
PRODUÇÃO PUBLICITARIA AUDIOVISUAL
Contempla as atividades técnicas da produção eletrônica e digital e suas relações com a
linguagem publicitária, através da utilização dos recursos técnicos e artísticos. Proporciona uma
visão abrangente da linguagem, roteirização, composição, finalização e estruturação das
mensagens veiculadas nas mídias audiovisuais, destacando os fundamentos da forma e do
conteúdo.
PROMOÇÃO DE VENDAS E MERCHANDISING
Apresenta os principais conceitos e técnicas de Promoção de Vendas e Merchandising,
evidenciando sua aplicabilidade como instrumental básico na concepção, planejamento e
elaboração de estratégias adequadas às políticas estabelecidas na esfera da comunicação
mercadológica de natureza comercial, institucional ou comunitária.
REDAÇÃO PUBLICITÁRIA
Enfatiza a estrutura do texto publicitário e analisa a percepção, a sintaxe, a discussão da
linguagem e a adequação dos diferentes códigos para filme publicitário, jingle, spot, anúncios
para revista e jornal, cartaz, outdoor, internet, broadside, até a utilização de elementos
persuasivos nas formas oral e escrita.
TEORIAS DA COMUNICAÇÃO
Discute as principais escolas e teorias que estudam o desenvolvimento e a aplicação da
Comunicação Social nos aspectos políticos, sociais, tecnológicos e econômicos. Apresenta as
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características das representações e seus efeitos estéticos, persuasivos e informacionais.
Discute princípios de direitos humanos e a representação das minorias nas mídias tradicionais
e alternativas.
TÓPICOS AVANÇADOS EM PUBLICIDADE E PROPAGANDA I
Discute e elabora o planejamento de campanha, focando na pesquisa e criação do conceito
criativo, temas de campanha, peças de comunicação, redação de textos publicitários. Verifica
a pertinência de propostas de criação, no planejamento de campanha pautadas na evolução
das estratégias de comunicação.
TÓPICOS AVANÇADOS EM PUBLICIDADE E PROPAGANDA II
Refina a conceituação de direção de arte, em peças impressas, eletrônicas e digitais. Aborda
os principais fundamentos que orientam o planejamento visual e a produção gráfica. Orienta a
direção de arte na criação do manual de identidade visual, portfólio de campanha com estilo de
diagramação de um projeto gráfico, apresentação visual, formas de determinação de custos e
orçamentos gráficos.
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO I
Orienta as formas de prospecção e análise de futuros clientes. Fornece recursos para
elaboração do briefing, pesquisa e análise de dados empresariais com a realização de um
Plano de Marketing, elabora o plano de comunicação. Discute problemas e respectivas
soluções de planejamento de marketing e na promoção de vendas.
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO II
Orienta o desenvolvimento de um plano de mídia para o cliente, focando na utilização de
veículos de mídia, na verificação da eficácia de seu alcance e na adequação ao público alvo,
com a viabilidade do budget e pesquisa de avaliação de eficácia. Orienta o planejamento de
promoção de vendas e administra a verba publicitária verificando sua origem e aplicação.
COMUNICAÇÃO
Estuda o processo comunicativo em diferentes contextos sociais. Discute o uso de elementos
linguísticos adequados às peculiaridades de cada tipo de texto e situação comunicativa.
Identifica e reflete sobre as estratégias linguístico-textuais em gêneros diversificados da
oralidade e da escrita.
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OPTATIVA TRILHA 1 - GESTÃO DE EMPRESAS DE COMUNICAÇÃO
Discute organização e utilização de recursos humanos, físicos, tecnológicos e financeiros de
empresas de Comunicação oferecendo noções de planejamento estratégico e de plano de
negócios atentando para os aspectos legais e financeiros. Contextualiza principais segmentos
empresariais do mercado de Comunicação em âmbito local, nacional e internacional
explicitando relações profissionais existentes.
OPTATIVA TRILHA 1 - PROJETOS MERCADOLÓGICOS E CULTURAIS
Contextualiza etapas de elaboração e execução de projetos em Artes e Comunicação a partir
da captação de recursos da iniciativa privada ou por meio de mecanismos de legislação de
incentivo à cultura em âmbito nacional, estadual e municipal. Aborda cuidados e trâmites
relacionados a direitos autorais e a registro de marcas estimulando projetos criativos e viáveis
(educativo-cultural ou comercial).
OPTATIVA TRILHA 2 - ESTRATÉGIAS E CONTEÚDOS PARA REDES SOCIAIS
Analisa evolução e implicações socioculturais de redes sociais e aplicativos a partir de
funcionalidades e estratégias de produção e publicação de conteúdo. Relaciona linguagens
textuais, sonoras, visuais e audiovisuais com a concepção de formatos específicos e de
conteúdos customizados para cada plataforma a fim de promover a interação entre usuários
estimulando o engajamento.
OPTATIVA TRILHA 2 - MÉTRICAS E ENGAJAMENTO NA INTERNET
Apresenta técnicas para mensurar a exposição de uma marca (e a percepção dela pelos
clientes) visando ao convencimento, à interação e à propagação de conteúdo por parte do
público-alvo. Introduz métricas cognitivas, emocionais e comportamentais para proposição e
atingimento de metas por parte de empresas e projetos de comunicação a partir de conceitos
de visibilidade, engajamento e influência.
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5. MODOS DE INTEGRAÇÃO ENTRE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO
Esse princípio vincula-se ao desenvolvimento das atividades-fim das IES: ensino,
pesquisa e extensão e à sua indissociabilidade, buscada, historicamente, na Educação
Superior universitária.
A indissociabilidade entre as atividades-fim da Universidade é condição sine qua non
para a tipologia de Universidade e, consequentemente, para um Centro que pretenda ser
universitário. Sua exigência parte do artigo 207 da Constituição Federal de 1988 e deve ser
vista sob dois enfoques:
1º) como princípio pedagógico de desenvolvimento do ensino na Graduação e na Pós-
Graduação;
2º) em termos mais amplos, quando assume um âmbito institucional e envolve a
pesquisa docente institucionalizada e a extensão de cunho universitário propriamente dito.
O primeiro enfoque, quando a adoção da indissociabilidade das atividades-fim é vista
como princípio pedagógico fundamental da Graduação e da Pós-Graduação, refere-se
especificamente aos processos de ensino e de aprendizagem no nível da Educação Superior.
A aprendizagem que resulta desse processo implica a apropriação crítica dos saberes pelos
alunos. Isso está associado a métodos nos quais a construção dos saberes envolve uma
dimensão política, que diz respeito aos interesses da sociedade ou de um grupo da mesma,
que venha a se beneficiar desse saber.
Ensino e pesquisa, unidos, isso não significa apenas que a pesquisa dá suporte ao
ensino. Tal união representa, também, o fato de que o método investigativo praticado ao longo
de todo o curso é condição essencial para todos os alunos (e não só para os de Iniciação
Científica, que o aprofundam na Graduação), por ser fundamental para o seu processo de
aprendizagem permanente, condição da formação continuada requerida pela globalização e
pelo caráter vertiginoso das mudanças. Ensino com pesquisa envolve o professor e o aluno na
construção de conhecimentos, como parceiros no contexto de suas atividades curriculares. Isso
é muito mais importante do que apenas ensinar determinados saberes, uma vez que instiga o
aluno a aprender a aprender e, ao adquirir autonomia intelectual, ele poderá aprender sempre.
Desta maneira, o ensino pode nutrir-se de inúmeras formas a partir da pesquisa.
Ensino e extensão, unidos, por sua vez, asseguram a percepção política, por inserir o
aluno na realidade social da sua área de formação. Através dessa relação, o aluno passa a
identificar tanto as necessidades sociais como os interesses gerais e particulares existentes no
18
âmbito de sua profissão. Pelo ensino com extensão, em seus aspectos comunitários, o aluno
compreende que um saber nunca é neutro. A extensão, como princípio pedagógico, implica a
prática como componente curricular, desenvolvida ao longo do curso, através da produção
contextualizada do conhecimento, desenvolvida em diferentes formas de atividades práticas
vinculadas a teorias (ação/reflexão/ação), estágios curriculares, atuação em projetos
extensionistas ou em núcleos comunitários institucionais e outras atividades. Esses projetos e
núcleos possuem função pedagógica, uma vez que servem ao ensino com extensão, na área
profissional para a qual o aluno está sendo formado; porém, através de sua função pedagógica,
relacionada com o exercício profissional atendem, também, à responsabilidade social da
Educação Superior.
O ensino com extensão também é oportunizado por meio da flexibilização curricular.
Essa foi obtida pela Educação Superior, quando da passagem da exigência de “currículos
mínimos” para as “diretrizes curriculares nacionais”. A flexibilização dos currículos permitiu o
desenvolvimento de atividades complementares de integralização curricular que podem ser
oportunizadas por atividades de ensino, de pesquisa e de extensão, embora, via de regra,
ocorram pela extensão.
Há, pois, uma correspondência biunívoca: o ensino é flexibilizado e apresenta a sua
dimensão teórico/prática garantida via pesquisa e extensão e, ao mesmo tempo, nutre ambas
atividades no curso, com o desenvolvimento que assegura à vocação definida para o mesmo.
A pesquisa, por sua vez, realimenta e qualifica tanto a formação inicial do ensino como a
formação continuada e, simultaneamente, as relações comunitárias da extensão.
A adoção do princípio pedagógico da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e
extensão em cada curso de Graduação e de Pós-Graduação das unidades que integram o
Centro Universitário requer uma gestão pedagógica em que cada docente se reconheça como
parte de um todo maior de curso. A estrutura curricular de um curso é um todo, que é muito
maior do que a soma das partes.
Quanto ao segundo enfoque da indissociabilidade entre o ensino, a pesquisa e a
extensão, vistas no seu âmbito institucional 1, aplica-se o mesmo raciocínio acerca do todo.
Cada uma dessas atividades-fim precisa ter o entendimento de que faz parte de um todo, que
é a IES, com a sua missão, a sua visão, a sua ação educativa desenvolvida sobre referências
1 A indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, vista sob enfoque institucional, é um
princípio constitucional (artigo 207), exigido para todas as universidades, como tipologia mais completa de IES.
19
e políticas, enfim, com a sua identidade. Essa identidade institucional é construída e
desenvolvida através de uma ação coletiva, que exige co responsabilidade e participação.
Vale ratificar que, no âmbito institucional a indissociabilidade do ensino, da pesquisa e
da extensão, enquanto atividades-fim exige:
- políticas institucionais que regulamentem o ensino, a pesquisa e a extensão e que se
articulem entre si;
- ação educativa desenvolvida sob o paradigma conceitual da Instituição, comprometida
com a ação coletiva, coerente com os princípios de participação ativa;
- estrutura interna articulada e integradora.
Atendidos os aspectos acima citados, a indissociabilidade entre o ensino, a pesquisa e
a extensão, no âmbito institucional, concretiza-se na forma como são estabelecidas as suas
interfaces.
O ensino é desenvolvido com base na vocação de cada curso. Assim como ela dá
origem à sua estrutura curricular, ela gera as suas linhas de pesquisa que, por sua vez, dão
origem aos grupos que as desenvolvem. Pesquisa e ensino estão, pois, intimamente imbricados
um ao outro não só no interior dos cursos como no âmbito institucional.
A extensão, por sua vez, com seus programas de educação continuada, de relações
comunitárias e de parcerias interinstitucionais, é alimentada pelo desenvolvimento da vocação
dos cursos e pelo conhecimento construído e disseminado, reforçando a articulação das duas
outras atividades-fim com a comunidade regional, nacional e internacional. É a extensão que
impede a construção de barreiras entre a formação inicial e a continuada dos alunos (uma vez
aluno, aluno sempre, sem a dimensão de ex), estabelecendo as pontes necessárias que
permitirão a permanência de sua formação.
Compreende-se também a extensão como oportunidade de oferta de provocações e
desafios aos estudantes do curso, somados a responsabilidade social, uma obrigação da
instituição de ensino posicionada em uma capital que manifesta a natural desigualdade social
do país.
Assim desenvolvem-se projetos específicos do Curso como a Agência Experimental de
Comunicação - INQ, além cursos de extensão específicos para a área, articulados a partir do
corpo docente do curso.
Além disto, os alunos contam com o ambiente e a estrutura de um campus acadêmico
com uma ampla variedade de cursos e possibilidade de convívio e aproveitamento de
20
oportunidades nos demais cursos do UniRitter, contando sempre com a orientação da
coordenação de curso.
5.1 POLÍTICAS DE PESQUISA
A LDB nº 9.394/96, ao definir as finalidades do Ensino Superior no seu artigo 43, aponta
como primeira finalidade “estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico
e do pensamento reflexivo” (Inciso I); e incentiva “o trabalho de pesquisa e investigação
científica, visando o desenvolvimento da ciência e da tecnologia, e da criação e difusão da
cultura” (Inciso II). Percebe-se, pois, que atividades de pesquisa são de certa maneira
compulsórias, uma vez que, independentemente do tipo de IES, fundamentam o progresso da
academia como um todo. A prática da pesquisa, todavia, dependerá, sim, da natureza da IES,
de seus objetivos institucionais e de sua missão educacional, constantes no Plano de
Desenvolvimento Institucional (PDI) e no Projeto Pedagógico Institucional (PPI).
O Centro Universitário Ritter dos Reis orienta, apóia e fomenta projetos para atividades
de Pesquisa Institucional. Garante o compromisso da Pesquisa com a investigação de fatos
socioculturais e de fenômenos artísticos e tecnológicos ocorrentes no Rio Grande do Sul e, em
especial, nos municípios partícipes da Grande Porto Alegre. Necessário é, antes de ressaltar o
princípio da indissociabilidade entre a Pesquisa, o Ensino e a Extensão, destacarem-se três
embasamentos para a Política da Pesquisa Institucional, a saber:
(1) Pesquisa Aplicada – atividades e/ou projetos de pesquisa científica, desde o
momento de sua concepção, devem dedicar-se à investigação de temas socioculturais,
artístico-tecnológicos, considerando (pelo lado da agregação com o Ensino) a organização
curricular dos cursos ao qual pesquisador(es) e estudante(s) estão vinculados; e (pelo lado da
associação com a Extensão), formulando projetos de pesquisa que tomem como referência as
necessidades e as experimentações práticas de um dado grupo social.
(2) Pesquisa Interessada – atividades e/ou projetos de pesquisa científica devem ser
concebidos e desenvolvidos deixando claramente demonstrado que na investigação imperaram
interesses em intervir em dada realidade sociocultural, sempre convergindo, compartilhando os
valores humanos da comunidade.
(3) Pesquisa Legitimada – atividades e/ou projetos de pesquisa devem ser conduzidos
por pesquisadores-orientadores, equipes e grupos de investigação que utilizem procedimentos
técnicos e comportamentos éticos concebidos e desenvolvidos de acordo com o rigor científico,
21
a fim de que os pares da mesma e de outras IES confiem e legitimem as abordagens e as
metodologias utilizadas.
O Centro Universitário Ritter dos Reis para sua Pesquisa Institucional, além de doutrinar
o princípio da indissociabilidade das atividades de Pesquisa com o Ensino e a Extensão –
atividades-fim que, no âmbito desta IES, devem servir de guia ao pensamento científico –,
destaca três outros princípios para a Pesquisa, a saber:
(1) Princípio da Nucleação Recursiva – fomenta-se para as atividades e/ou projetos de
Pesquisa Institucional a formação de núcleos de pesquisa iterativos, uma vez que estes possam
determinar temas recorrentes que: (1) estejam integrados às atividades de graduação; (2)
sejam substanciados junto às linhas de pesquisa definidoras dos cursos de pós-graduação de
sentido amplo (lato sensu) – atualização, especialização – ou de sentido restrito (stricto sensu)
– mestrado, doutorado; (3) possam ser também inspirados e articulados com as atividades de
extensão.
(2) Princípio da Equalização Investigativa – promovem-se aos núcleos as condições
para que se busque motivação, meios e recursos para se equipararem aos núcleos mais
desenvolvidos e, desta feita, toda a atividade de Pesquisa Institucional se igualar, equiparar-se
àquela de maior progresso. Isto possibilitará o reconhecimento da Pesquisa Institucional com
forte conceito – no interior da IES e, principalmente, no mundo externo ao UniRitter.
(3) Princípio da Realimentação Extensionista – promovem-se aos núcleos as condições
para que identifiquem (definam e delimitem) novos temas de pesquisa com base nos resultados
das atividades de extensão que, nos cursos tradicionalmente estabelecidos, se encontram em
pleno desenvolvimento. As atividades de extensão, por sua vez, devem ser realimentadas com
novos parâmetros e pontos de observação, extraídos dos resultados e dados levantados, por
meio das atividades de Pesquisa Institucional.
A instituição, considerando a realidade institucional, a legislação atual, bem como o
debate nacional sobre a função da educação superior na sociedade, entende que a Pesquisa
Institucional é uma atividade que contribui para a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e
extensão; para a constituição de propostas de programas de pós-graduação stricto sensu; para
a geração de novos conhecimentos interligados a atividades extensionistas; para a realização
de ações de responsabilidade social; e para o desenvolvimento local/regional.
De acordo com o PDI 2012-2016, o UniRitter, como Centro Universitário, tem na
construção do conhecimento uma de suas finalidades, buscando imprimir na atividade de
pesquisa a mesma qualidade que tem garantido ao ensino. Assim, como elemento gerador de
22
conhecimento, a Pesquisa no UniRitter busca sistematizar os esforços através de dois
programas específicos de Pesquisa, fomentados pela Instituição: o Programa Institucional de
Pesquisa Docente e o Programa Institucional de Iniciação Científica (Pró-Inicie).
O Programa Institucional de Pesquisa Docente intensificou suas atividades a partir do
ano de 2003, com a aprovação do ingresso dos grupos de pesquisa no Diretório de Grupos do
CNPq, o que revela o reconhecimento da pesquisa desenvolvida pela instituição desde a
segunda metade da década de 1990. Embora a pesquisa já date de época mais remota, a
história da gerência da pesquisa, com seus grupos e linhas, é mais recente. A política de
pesquisa na Instituição tem os seguintes objetivos:
(1) Desenvolver a pesquisa institucional de forma sistemática e integrada às demandas
das comunidades interna e, principalmente, externa (poderes públicos, empresas e terceiro
setor);
(2) Obter o reconhecimento e legitimidade externa da atividade de Pesquisa Institucional
do UniRitter;
(3) Organizar mecanismos que contribuam para a sustentabilidade das atividades de
Pesquisa; e
(4) Apoiar organicamente a atividade de pesquisa que serve de base para cursos de
Pós-Graduação Stricto Sensu e/ou que evidencie essa potencialidade.
O Programa Institucional de Pesquisa Docente prevê apoio na forma de remuneração
em carga horária dedicada para a pesquisa e de infraestrutura, para o desenvolvimento das
pesquisas – sejam projetos individuais, sejam coletivos. Os tipos de Projetos de Pesquisa são:
(1) projetos de investigação acadêmica: são os projetos preferencialmente vinculados a
linhas e a grupos de pesquisa que visam gerar conhecimento acadêmico sobre temas e/ou
metodologias tornados objetos de investigação;
(2) projetos para a resolução de problemas: são projetos que geram conhecimentos a
serem aplicados, contribuindo para a solução de problemas e podendo atender a necessidades
de instituições, de organizações, de grupos sociais, entre outros;
(3) projetos de investigação acadêmica de pós-graduandos: são projetos oriundos de
cursos stricto sensu e farão parte desse Programa, quando vinculados à pesquisa de professor
orientador, podendo receber apoio institucional para o seu desenvolvimento.
Os projetos do Programa Institucional de Pesquisa Docente preenchem os seguintes
requisitos:
23
Proponente Tipo de
Projeto Forma de
submissão Produção documental
resultante
Docente Acadêmico Edital Produção bibliográfica
Docente Resolução de Problemas
Edital ou Fluxo contínuo
Produção bibliográfica e proposta para atuação sobre a realidade
Docente e Acadêmico de Pós-Graduação
Vinculado ao Stricto Sensu
Conforme condução do curso Stricto Sensu
Dissertação ou Tese
Tabela - Requisitos para os Projetos de Pesquisa Docente
O Programa Institucional de Iniciação Científica – Pró-Inicie – teve o início das
atividades, com o incentivo a Bolsistas de Iniciação Científica, na primeira metade dos anos
1990. Ao longo do desenvolvimento dessa atividade teve-se a preocupação com a formação
dos Bolsistas. Este programa, através de uma Assessoria Institucional de Iniciação Científica,
promove a atuação de estudantes que iniciam na atividade de pesquisa. A iniciação científica
pode ser vinculada ao Projeto de Pesquisa Docente e, nesse caso, é desenvolvida com base
em Plano de Atividades específico. Num segundo tipo, a atividade pode ser proposta pelo
estudante, desde que esteja vinculada a atividades de ensino desenvolvidas no curso de
graduação. Nesse caso, o orientador poderá ser um Professor Tutor.
Esse programa tem como objetivos:
(1) motivar e despertar o a vocação investigativa em acadêmicos;
(2) estimular professores pesquisadores a envolver graduandos em projetos de
Pesquisa;
(3) proporcionar capacitação aos acadêmicos bolsistas – tanto na esfera específica da
área de conhecimento do projeto de Pesquisa e de métodos e técnicas específicas, por
intermédio do Professor Orientador ou Tutor, quanto na esfera investigativa, por parte da
ProPEx, no que tange a aquisição de conhecimentos sobre apresentação em eventos, escrita
de trabalhos acadêmicos, diferenças entre produções científicas, elaboração de pôsteres e
métodos e técnicas gerais de pesquisa;
(4) capacitação de recursos humanos para a Pesquisa.
Os benefícios possibilitam Bolsas de Iniciação Científica – na forma de desconto em
créditos cursados - oficinas de capacitação, e mesmo a submissão de projetos de origem
discente – visto que, no UniRitter, acadêmicos podem propor projetos de pesquisa, escolhendo
um professor para efetuar tutoria sobre o trabalho por ele conduzido.
24
Os projetos do Programa Institucional de Iniciação Científica – Pró-Inicie preenchem os
seguintes requisitos:
Proponente Tipo de Projeto Forma de
submissão Produção documental
resultante
Docente
De iniciativa docente com integração de estudante BIC
Seleção com prova, entrevista ou Edital específico
Produção de resumo/artigo e apresentação em Salão de Iniciação Científica
Acadêmico Graduação
De iniciativa discente
Edital Produção de resumo/artigo e apresentação em Salão de Iniciação Científica
Tabela - Requisitos para os Projetos de Iniciação Científica
A Educação Superior tem na geração e disseminação do conhecimento a sua principal
especificidade. A geração do conhecimento é uma condição inalienável que impõe a pesquisa
como uma atividade essencial e constitutiva de seu caráter e referência de sua identidade. É a
pesquisa que qualifica o ensino, juntamente com a extensão, tornando-o Educação Superior.
Tem-se o comprometimento com a construção do conhecimento, especialmente através do
estímulo a um pensamento crítico e criativo, que visa garantir a excelência acadêmica sem que
haja, apenas, a reprodução inerente a uma formação técnico-profissional limitada.
A atividade de pesquisa desperta um dos principais elementos que compõem a condição
humana: a curiosidade relativa às origens de institutos ou práticas que, no caso da área jurídica,
resgatam o sentido e significado de conceitos milenares que ainda são aplicados na atuação
profissional. A atribuição de sentidos ao tempo e ao espaço do objeto de estudo torna-se base
para a ampliação de uma efetiva reflexão e posterior análise de resultados da pesquisa
realizada. Deve-se enfatizar o olhar social das atividades desenvolvidas, na medida em que a
união entre teoria e prática são características importantes da nossa Instituição.
Com base neste panorama, as ações de Pesquisa possuem os seguintes princípios
norteadores:
(a) liberdade na escolha do objeto de estudo, tendo apenas mecanismos de incentivo
aos interesses que contribuam para o fortalecimento das áreas temáticas que o conjunto da
Instituição decida privilegiar, tanto sob a forma organizacional de "grupos" e de “linhas de
pesquisa”;
(b) liberdade na escolha do método que seja capaz de ordenar e propiciar o
desenvolvimento da pesquisa como decorrência da multidiversidade de abordagens
epistemológicas, condição para um ambiente acadêmico fértil e criativo;
25
(c) utilização de conhecimentos, vindos de diferentes áreas do saber, livre das restrições
inerentes ao corporativismo profissional, em abordagem multidisciplinar.
A pesquisa, entendida como princípio científico e educativo, isto é, concebida não só
como um modus operandi da ciência, mas, também, como um meio de educação e qualificação
profissional, comprometido com a construção do conhecimento, é condição necessária para a
qualificação da graduação e da pós-graduação, organicamente articuladas na Instituição. Esta
articulação expressa através de linhas de pesquisa tem origem no foco dos diferentes cursos
de graduação, garantindo-lhes qualificação e identidade.
Em virtude desta concepção política, docentes e discentes orientam seus interesses de
pesquisa para a convergência com os focos dos cursos de graduação, os quais orientam,
também, as propostas de cursos de pós-graduação.
Para tanto, os cursos de pós-graduação deverão explicitar a relação com os focos dos
cursos de graduação, sugerindo as temáticas que melhor contribuem para a sua implantação
e consolidação. Tais temáticas, articuladas em linhas de pesquisa, devem ser, também,
inspiradoras das atividades de extensão, estimulando-as e integrando-as.
A pesquisa, entendida como princípio científico e educativo, isto é, concebida não só
como um modus operandi da ciência, mas também como um meio de educação e qualificação
profissional, comprometido com a construção do conhecimento, é condição necessária para a
qualificação da graduação e da pós-graduação, organicamente articuladas na Instituição. Esta
articulação se expressa a partir das propostas desenvolvidas nos cursos de graduação,
conferindo-lhes qualificação e identidade.
Em virtude desta concepção política, docentes e discentes orientam seus interesses de
pesquisa para a convergência com os focos dos cursos de graduação, os quais orientam,
também, as propostas de cursos de pós-graduação.
Em virtude desta concepção política, docentes e discentes orientam seus interesses de
pesquisa para a convergência com os focos dos cursos de graduação, os quais orientam,
também, as propostas de cursos de pós-graduação.
Para tanto, os cursos de pós-graduação deverão explicitar a relação com os focos dos
cursos de graduação, sugerindo as temáticas que melhor contribuem para a sua implantação
e consolidação. Tais temáticas, articuladas em linhas de pesquisa, devem ser, também,
inspiradoras das atividades de extensão, estimulando-as e integrando-as.
A pesquisa, tanto mercadológica quanto acadêmica, é incentivada o interior das
atividades e ações das disciplinas, especialmente as de cunho mais teórico, como Teorias da
26
Comunicação, Pesquisa em Comunicação e Ética e Legislação Publicitária, mas não está
ausente nos demais componentes curriculares.
A integração com a pesquisa ocorre também através de professores que atuam junto
ao programas de Strictu Sensu do UniRitter, e que tem em alunos bolsistas do curso mais um
elemento de propagação do conhecimentos gerados. As linhas de pesquisa estão em debate,
e quando fechada serão cadastradas junto aos órgãos de regulação como o CNPq, orientando
a produção acadêmica dos docentes e discentes.
Além disto, os professores do curso são presença constante em eventos como
INTERCOM, se atualizando e debatendo com colegas de todo o Brasil sobre a realidade da
Publicidade e Propaganda atual.
Optou-se por trabalhar no curso sem definir limites para seus objetos de pesquisa com
a finalidade de reconhecer amplitude de fazeres e saberes da área, de forma a ofertar ao
formando um conhecimento específico mas ao mesmo tempo com visão generalista. Assim, o
não direcionamento por linhas de pesquisa se coloca como elemento provocador da geração
de novos saberes na formação dos educandos, e também como indicador em relação às
produções docentes.
5.2 EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA
A Extensão Universitária, no Centro Universitário Ritter dos Reis é concebida como o
processo educativo, cultural e científico que articula o ensino e a pesquisa de forma
indissociável e viabiliza a relação transformadora entre Universidade e Sociedade. Envolve
atividades que venham a contribuir para a excelência do ensino de graduação. A excelência é
construída através do estímulo ao conhecimento científico sistematizado, como estratégia
interativa e complementar ao processo formativo. Para tanto, traz para o interior da instituição
as vertentes culturais, técnicas, conceituais e operativas, para a produção do pensamento
profissional engajado ao contexto e às realidades sociais contemporâneos. É também, a
extensão, o caminho pelo qual esta produção científica produzida disponibiliza-se ao conjunto
da sociedade civil e profissional.
Tendo em vista a concepção de Extensão, resumidamente aqui indicada, destacam-se
alguns de seus princípios norteadores conforme o Regulamento Institucional da Extensão
Universitária aprovado na Câmara de Extensão em 11 de agosto de 2006 e homologado na
106ª Reunião do CONSUPE em 23 de agosto de 2006:
27
(a) democratização do conhecimento produzido e acumulado, disponibilizando-o à
sociedade organizada, através da interação contínua;
(b) interpretação da extensão como um espaço para a instrumentalização da integração
entre teoria e prática em uma perspectiva interdisciplinar e como processo educativo, cultural
e ou científico, o que denota toda a gama de possibilidades de ações extensionistas;
(c) promoção de ações acadêmicas junto à sociedade;
(d) disseminação do conhecimento, além da pesquisa e da formação profissional de
nível superior desenvolvida pelo ensino. Isto é uma função da extensão, por intermédio de seus
cursos que, contribuindo para a superação da seletividade, estendem os benefícios do
conhecimento a toda comunidade;
(e) compromisso com o princípio de “formação continuada” como indispensável à
rapidez das mudanças do nosso tempo;
(f) ênfase no papel de vital importância da extensão na flexibilização dos currículos de
graduação já que interage com o ensino no oferecimento de “Atividades Complementares de
integralização curricular” (ACIC), indispensáveis para solidificar ainda mais a formação inicial.
Para articular projetos e ações vinculadas às diferentes políticas institucionais
constantes no Projeto Pedagógico Institucional (PPI) e desenvolvidas no âmbito dos Cursos, a
Extensão Universitária no UniRitter criou a figura dos Programas Institucionais de Extensão.
Tendo por base esta filosofia, o curso de Publicidade e Propaganda desenvolve uma
série de ações que envolvem os alunos durante o seu processo de formação.
A INQ - Agência Experimental de Comunicação Integrada, as monitorias dos estúdios e
laboratórios, congressos, seminários e eventos, como o Prêmio Rymsza de Criatividade
Publicitária, SET Universitário, oficinas, palestras e eventos internos com profissionais de
mercado, e vários outros eventos da área, se somam para contribuir para a formação dos
estudantes e prepará-los para os desafios do mercado.
O diálogo entre os diferentes agentes de ensino do UniRitter conferem ainda mais
solidez ao curso de Publicidade e Propaganda e à formação dos discentes.
28
6. REQUISITOS LEGAIS E NORMATIVOS
6.1 DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS
Conforme mencionado ao longo deste Projeto, o Curso de Publicidade e Propaganda
do UniRitter está fundamentado na Resolução CNE/CES 16/2002 e 492/2001 que estabelece
as Diretrizes Curriculares para a área da Comunicação Social e suas habilitações, vigente no
ato de criação deste Curso.
O processo de construção de um Projeto Pedagógico de Curso é multidisciplinar e exige
dos seus responsáveis incansável busca por melhores práticas, conhecimento aprofundado do
ambiente e entendimento pleno das especificidades da área em que se pretende atuar. Nesse
cenário de múltiplas possibilidades as Diretrizes Curriculares Nacionais conferem segurança
ao processo e orientam os seus gestores provendo, assim, assertividade e objetividade aos
fazeres necessários.
Em cumprimento ao estabelecido pelo Ministério da Educação e cientes, portanto, da
importância das DCN para o êxito do projeto as mesmas foram aplicadas em toda a sua
extensão nesse PPC.
6.2 EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICORRACIAIS, ENSINO DE HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA
O presente PPC do Curso de Publicidade e Propaganda leva em conta as Diretrizes
Curriculares Nacionais para Educação das Relações Étnicorraciais e para o Ensino de História
e Cultura Afro-brasileira e Indígena, previstas pela Lei nº 11.645 de 10/03/2008 e pela
Resolução CNE/CP N° 01 de 17 de junho de 2004, que trata da Educação das Relações
Étnicorraciais, bem como o tratamento de questões e temáticas que dizem respeito aos
afrodescendentes.
A inserção dessa temática está presente ao longo de todo o curso de Publicidade e
Propaganda enquanto um Programa que se propõe a estudar comportamentos, valores,
mudanças sociais e profissionais e os assuntos que tangenciam a realidade do cotidiano das
pessoas. O assunto é abordado mais diretamente nas disciplinas de Ética e Legislação em
Publicidade e Propaganda, Mídia e Antropologia e Cultura Brasileira. No entanto são nas
disciplinas práticas, como Redação Publicitária, Criação Publicitária, Fotografia Publicitária que
são questionados e evidenciados os posicionamentos dos alunos em relação a temas como as
29
Relações Étnicorraciais e outros de igual relevância. Orienta-se o corpo docente a estimular a
conscientização do aluno enquanto futuro profissional de Comunicação e também como
indivíduo agente de transformação própria e social.
6.3 LIBRAS
A estrutura curricular contempla a disciplina de “LIBRAS” – Língua Brasileira de
Sinais como componente curricular eletivo, para o aluno com dois (4) créditos, o equivalente
a trinta e oito (66) horas. Desta forma, o Curso atende ao disposto no Decreto nº 5.626/2005.
6.4 POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL
O Curso de Bacharelado em Publicidade e Propaganda do UniRitter aborda as questões
relacionadas às Políticas de Educação Ambiental de que trata a Lei nº 9.795, de 27 de abril de
1999 e Decreto Nº 4.281 de 25 de junho de 2002, onde atenta para o tratamento da integração
da educação ambiental às disciplinas do curso, de modo transversal e contínuo.
A sensibilização ambiental está presente em todo curso, mas ganha destaque nas
disciplinas Comportamento do Consumidor e Desenvolvimento Humano e Social, onde estudos
teóricos auxiliam na compreensão dos desafios da sustentabilidade que marcam o século XXI,
problematizando os riscos e limites da sociedade de consumo. Também as disciplinas práticas,
como Comunicação Visual, Redação, Produção Publicitária Audiovisual elencam o tema partir
de exercícios que tensionam o aluno a refletir sobre suas práticas e a perceber sua importância
no processo de conscientização social.
Através de uma compreensão integrada do meio ambiente, e de suas múltiplas relações,
os estudantes são capacitados para reconhecerem os principais temas e a articulação entre as
questões locais, regionais, nacionais e globais, pensando o papel do publicitário diante dos
desafios ambientais de nossa civilização.
Dessa forma, o Curso de Publicidade e Propaganda procura enfocar temas importantes
e necessários para o século XXI, além de visar o atendimento às Diretrizes Curriculares
Nacionais – DCN.
30
7. RESPONSABILIDADE SOCIAL DO CURSO
O Curso de Publicidade e Propaganda nasce em um ambiente social que exige que a
responsabilidade social seja, além de uma cultura, uma prática cotidiana.
Para Almeida (2002) o conceito de responsabilidade social inerente ao ambiente
mercadológico é um comprometimento das instituições em relação à sociedade de adoção de
um comportamento orientado pela ética e pela cidadania, que seja favorável ao
desenvolvimento econômico, mas que considere também o bem estar de todos os sujeitos que
estão direta e indiretamente ligados a ela. Esses indivíduos e grupos são os empregados e
seus familiares, a comunidade em que a empresa está inserida e a sociedade de maneira geral.
Sendo assim, a responsabilidade social é exercida no curso quando se estimulam, nas
disciplinas, as boas práticas sustentáveis, quando se evidencia a conscientização sobre o papel
do profissional de comunicação e sua influência na percepção dos indivíduos e quando se
estabelece dentro da própria Instituição de Ensino ações que são por si próprias práticas desse
conceito.
Nas atividades práticas no curso são elencados temas que sugerem aos alunos o
exercício das práticas socialmente responsáveis. Diversos trabalhos acadêmicos são
construídos a partir desse assunto e, a partir daí, se derivam discussões e exemplos concretos
da importância dessa reflexão e apropriação pelo Publicitário e também pela empresa
contratante.
As disciplinas de Desenvolvimento Humano e Social e Desafios Contemporâneos
evidenciam a temática quando apresentam as crises e dilemas da humanidade, pautando a
falta de comprometimento social como um dos maiores problemas a serem enfrentados nesse
século.
Nas demais disciplinas do curso é proposto um pensamento mais ampliado sobre a
acessibilidade e inserção social de forma comprometida e respeitosa.
Além disso os alunos têm convivido com outros alunos, em sala de aula, que tem
necessidades especiais. Esse relacionamento promove a integração entre as diferenças e
também a reflexão e entendimento sobre como conviver e trabalhar juntos e em favor dessas
individualidades. A responsabilidade social também é trabalhada quando se oferecem
disciplinas extracurriculares que atendem às reflexões sociais atuais.
O curso ainda está em formação por isso nem todas as propostas já foram implantadas.
Um dos objetivos estabelecidos é o de viabilizar junto à Agência Experimental de Comunicação
Integrada - INQ um projeto que alie Responsabilidade Social, os alunos e professores