projeto pegada ecológica e empreendedorismo social
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Projeto Pegada Ecológica e Empreendedorismo Social
1. PREMISSAS
O projeto “ Pegada ecológica e empreendedorismo social“ está inserido no seguinte
objetivo da Sustentabilidade:
*G. Promover a educação dos consumidores para um
uso mais racional dos recursos naturais e energéticos.
2. HISTÓRICO
A industrialização do século XX trouxe a possibilidade do consumo
em larga escala. De acordo com WWI (GARDNER; ASSADOURIAN; SARIN 2004) existem
2,7 bilhões de pessoas no mundo prontas para consumirem. Metade deste está nos
países em desenvolvimento. Se levarmos em conta que no primeiro dia de agosto de
2006 a população mundial era de possivelmente 6.528.538.000 pessoas (ESCRITÓRIO DO
CENSO DOS EUA), imagina-se que a população consumidora é de um quarto (1/4) do total
mundial. Para suprir essa demanda os recursos naturais estão sendo comprometidos, os
mesmos que serão necessários para satisfazer as necessidades básicas das gerações
futuras (Hart 2005).
De acordo com Hart (2005, p.112) “o crescimento populacional
explosivo e o rápido desenvolvimento econômico nas economias emergentes” são as
raízes do problema da sustentabilidade. Esse crescimento desequilibrado é característica
das economias nobres, já que nessas a prole é vista como possibilidade de amento de
subsistência.
Como a sustentabilidade é um tripé baseado
na união entre uma economia desenvolvida com justiça social
e preservação ambiental, propomos a criação de produtos,
desenvolvidos por grupos geradores de renda, utilizando
como matéria prima materiais outrora vistos como dejetos.
Os artefatos criados além de ampliar o
ciclo de vida da matéria prima, satisfariam às
necessidades dos clientes, pois seriam produtos
úteis no cotidiano dessas pessoas, objetos que elas
desejam e compram no dia-a-dia, mas dessa vez
agregando responsabilidade social e ambiental.
Para servir de matéria prima dos
brindes sociais, escolhemos a lona utilizada em
campanhas publicitárias, que após a época utilizada
pela empresa, é considerada pela maior parte das
empresas lixo. A lona é um material resistente e
impermeável, e com a intenção de aumentar o seu
ciclo de vida, propomos a criação de linhas de
produtos básicos, como por exemplo: lixeirinha para
carro, bolsas, nécessaires, estojos, esteiras,
carteiras, ecobags.
A criação destes produtos satisfaz o
primeiro e segundo níveis de sustentabilidade
(processo industrial e produtos sustentáveis), além
de trazer retorno financeiro aos investidores e
grupos geradores de renda, valorização das
pessoas e chamar a atenção de maneira positiva à
empresa, que será vista como uma organização que
se preocupa com o desenvolvimento sustentável.
3. INTRODUÇÃO
O investimento em Responsabilidade Social por parte das empresas é fonte
de diferenciação competitiva. (Husted, 2003; Prahalad, 2006; Porter e Kramer, 2006).
Para maximizar tanto o impacto social quanto o retorno social institucional é recomendado que seja
gerenciado de forma estratégica, ou seja, que as decisões sejam tomadas de forma racional,
baseadas em planejamento e monitoramento dos resultados. Para maximizar tanto o impacto social
quanto o retorno social institucional é recomendado que seja gerenciado de forma estratégica, ou seja,
que as decisões sejam tomadas de forma racional, baseadas em planejamento e monitoramento dos
resultados. Segundo Husted (2003), uma das decisões mais importantes a serem tomadas é a questão
da Gestão própria (interna à empresa) ou terceirizada (por consultoria especializada ou organização com
expertise) dos projetos de responsabilidade social. A gestão deve ser própria quando o projeto é afim à
atividade principal da empresa, e deve ser terceirizada quando são abordadas temáticas diferentes e a
empresa não conta com expertise para gerir o projeto.
Se gerida de forma realmente estratégica e orientada aos resultados, as empresas maximizam o retorno
social institucional (Husted, 2003), que podem ser em fatores tangíveis, como no caso de aumento de
vendas e treinamento/aquisição de mão de obra especializada, ou intangíveis, como o aumento da
motivação dos funcionários e ganhos em termos de imagem e publicidade.
O projeto “Pegada ecológica e empreendedorismo social“ é baseado nessa perspectiva de Gestão
estratégica da responsabilidade Social, e também está alinhado à uma nova tendencia da indústria da
filantropia denominada de Négocios Sociais.
Negócios Sociais são uma forma híbrida de organização que incorpora
práticas do 2º setor (corporações) e do 3º setor (organizações sociais), por isso são também
chamados de setor 2,5 (mais informações em: http://www.doisemeio.com/).
Segundo Muhammad Yunus (2006), Nobel da Paz em 2006 pelo seu
trabalho com micro finanças, em seu livro “Criando um Mundo sem Pobreza, esse tipo de
organização tem o potencial de transformar o Capitalismo e a sociedade a ponto de extinguir-se a
pobreza no mundo até o ano de 2050.
Como exemplo de atividades nas quais os negócios sociais se
desenvolvem tem-se o microcrédito, o Comércio Justo e Solidário, o mercado de créditos de carbono
e as próprias consultorias em desenvolvimento humano e tecnologias sociais.
O índice da Pegada Ecológica é uma forma de medir o impacto do ser
humano na natureza. Nesse trabalho, escolhemos usar um índice diferente, o “Greendex” apesar de
não se tratar do mesmo indicador, foi mantido o nome “Pegada Ecológica” por que é de fácil
entendimento de seu significado.
Mais informações em: www.nationalgeographic.com/greendex/
3. INTRODUÇÃO
Sendo assim, o projeto “Pegada ecológica e empreendedorismo social“
tem como objetivos:
Objetivo geral: promover a conscientização do consumidor para o impacto
ambiental e social gerado pela sua tomada de decisão e tendo como preocupação com condições de
inclusão ao consumo as comunidades “pobres”.
Objetivos específicos:
1) A sensibilização do consumidor final quanto ào seu impacto negativo do seu comportamento de
consumo na natureza.
2) Geração de renda para comunidades pobres através da organização para o empreendedorismo
social com vistas a produção de produtos sociais.
Para tanto, o projeto preve a articulação de 4 tipos de atores para a
execução desses objetivos : A) Organizações Sociais beneficiadas, B) Organizações gestoras e
patrocinadoras do projeto, C) Revendedoras e D) Consumidor Final.
Os setores da empresa a serem mobilizados consistem apenas no
departamento de Marketing e na área Responsabilidade Social. Contudo, o projeto preve a participação
e mobilização de vários parceiros da cadeia de valor da empresa, como exemplo: Os fornecedores, os
funcionários, os revendedores e empresas parceiras e, por fim, o consumidor final. Mas esse trabalho de
coordenação, planejamento e monitoramento será feito pela Consultoria em Empreendedorismo Social.
Como Resultados para a empresa patrocinadora espera-se:
• Ganhos em imagem e reconhecimento público.
• Aumento na motivação dos funcionários.
• Aumento das vendas graças ao apelo da consciencia ambiental e social, e também ao poder
de atração dos brindes sociais.
E em termos de impacto social:
• Divulgação dos conceitos de sustentabilidade ambiental, comércio justo e solidário, pegada
ecológica , além da sensibilização dos consumidores quanto aos mesmos.
• Geração de renda através da produção dos produtos utilitários de comércio justo.
4. CONCEITO CRIATIVO: Identidade Visual do projeto
Sigla + Logo
Sigla + Logo (Variações)
Sigla
(Variações)
4. CONCEITO CRIATIVO: Brindes Sociais
Mochila para NotebookCamiseta com a Logo
Estojo para canetas /
Necessaire
Ecobag
Etapa/Parceiro A) Organizações Sociais B) Organizações Gestoras
C) Empresas Parceiras
D) Consumidor Final
1. Planejamento e Desenvolvimento
2. Articulação de Parcerias e definição dos processos
3. Execução do Projeto
4. Resultados
1.1. Análise de
viabilidade.
Viável
?
Replanejamento do projeto
1.2. Contratação
de consultoria em
empreendedorism
o Social
2.3. Articulação
com
Revendedoras de
veículos.
2.2.Articulação
com Empresas de
Comércio Justo e
com grupos
comunitários.
3.2. Planjeamento
Produção de produtos
Sociais por grupos
comunitários
3.3. Sensibilização e venda
aos consumidores
Aceitação
do
produto?
Re-desenho
dos produtos
4.1. Aumento das
Vendas.
4.2. Geração
de Renda
para
comunidade
pobres.
Sim
Nã
o
Nã
o
Sim
5. ETAPAS DO PROJETO: Fluxograma das fases
1.1. Planejamento
6. DESCRITIVO DAS ETAPAS: Fase 1: Análise da Viabilidade
1.1.1.
formação da
Equipe
1.1. Análise de Viabilidade
1.1.1. Formação da Equipe: Equipe multidisciplinar formada por integrantes do Instituto, das
Organizações sociais apoiadas e da consultoria em empreendedorismo social.
1.1.2. Análise de Viabilidade: A equipe faz uma análise da viabilidade do projeto, levando em
conta os custos totais e os potenciais retornos.
Segundo Gitman (2003) um projeto se torna viável quando os
seus rendimentos superam os custos do Investimento. O momento em que o projeto deixa de dar
prejuízo para dar lucro é chamado de Ponto de Equilíbrio Operacional (PEO). Para determinar o
PEO leva-se em conta o Preço da Venda (PV), a Margem de Contribuição Relativa (MCR), o volume
previsto de vendas (Q) e os Custos Fixos (CF), e o Faturamento (F). O ponto de Equilíbrio é
determinado pela seguinte expressão:
PEO = PV x Q / [(MCR x PV) / PV]
O projeto acarretará em custos administrativos e de marketing (O
que aumentará o Custo Fixo), e na compra de brindes sociais por cada produto vendido (o que
aumentará os custos variáveis). Então, o projeto justifica o investimento na medida que aumenta
o Volume de Vendas (Q).
1.1.2. Análise
de
Viabilidade
1.1.3. Aprovação do projeto
1.2. Contratação de
consultoria em
empreendedorismo
Social
No entanto, vale salientar que o investimento em Projetos Sociais
acarreta benefícios que são de dificil mensuração, o chamado Retorno Social Institucional
Intangível (Husted 2003), como a motivação dos funcionários e os ganhos em publicidade e
reconhecimento da marca. Esses fatores também devem ser levados em consideração no
momento da decisão.
1.1.3. Aprovação ou não do projeto: A direção do Instituto aprova ou não o projeto.
1.2. Contratação da consultoria em emprendedorismo Social.
Como mencionado, em relação à Gestão do projeto, Husted (2003) sugere que
seja terceirizada caso o objetivo do projeto não seja central à atividade fim da empresa, fazendo com que a
organização não conte com expertise para tanto. Então, para gerir o projeto sugere-se a contratação de uma
consultoria especializada em empreendedorismo social.
A escolha pode ser feita através de Edital Publicado em mídias especializadas
para o terceiro setor, como o Grupo de Institutos Fundações e Empresas (GIFE - http://www.gife.org.br/) e a
Associação Brasileira de ONGs (ABONG – www.abong.org.br ).
1.2. Contratação de consultoria em
empreendedorismo Social
1.2.1. Seleção da
Consultoria
2.3. Articulação com as empresas parceiras
2.2.Articulação com Empresa de Comércio Justo
1.2. Contratação da Consultoria em Empreendedorismo Social:
1.2.1. Seleção da Consultoria em Empreendedorismo Social
Através de Edital público.
1.2.2. Definição das Estratégias Finas: Definição dos papéis e padronização dos processos de
treinamento e produção.
1.2.2. Assinatura do Contrato: Assinatura do contrato com as
partes interessadas.
1.2.3. Assinatura
do Contrato
2.2.1. Seleção dos
grupos e
comunidades a
serem apoiadas.
2.3.1. Seleção das
empresas
parceiras
participantes.
2.3.2.
Treinamento dos
funcionários da
empresa parceira.
2.2.Articulação com Empresa de Comércio Justo
2.2.1. Prospecção e Seleção de Grupos Comunitários a serem apoiados
2.2.2. Capacitação dos grupos comunitários em Gestão.
2.2.3. Aprimoramento da técnica de produção e testes de mercado.
2.3. Articulação com Empresas parceiras: As empresas parceiras são aquelas que lidam diretamente com o
público consumidor. Elas exercerão um importante papel na medida.
2.3.1. Seleção das revendedoras participantes 2.3.2. Treinamento
dos funcionários da revendedora: Treinamento dos funcionários à cerca das informações sobre sustentabilidade,
dos brindes sociais e das novas técnicas de venda.
2.2.2. Capacitação
dos grupos
comunitários em
Gestão
2.2.3.
Aprimoramento da
técnica de produção
e teste de mercado.
6. DESCRITIVO DAS ETAPAS: Fase 2: Articulação de Parcerias
1.2.2. Definição
das estratégias
finas
Consumidor FinalGrupos Comunitários
3.6. Pagamento
aos grupos e
beneficiários
3.1.Produção dos brindes
sociais
3.5. Nova
encomenda
3.2. Entrega do kit de
brindes sociais.
3.3. Sensibilização do consumidor
pela empresa parceira.
3.4. Venda do
produto
6. DESCRITIVO DAS ETAPAS: Fase 3: Execução do projeto.
Tema abordado: Empreendedorismo
social
Tema abordado: Consumo Consciente
Empresa Investidora Consumidor Final
Empresa parceira
Grupos Comunitários
Sensibilização
quanto à
sustentabilidade
Desenvolvimento
das organizações
Maximização do
Impacto social
Ganhos em
termos de
Imagem
Aquisição do
produto.Aumento da Venda do
produto
Injeção de recursos
Motivação dos
funcionários
6. DESCRITIVO DAS ETAPAS: Fase 4: Resultados
7. CRONOGRAMA DE ATUAÇÃO E
APLICAÇÃO DAS ETAPAS
Mês 1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
Fase/Semana 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
1. Planejamento e Desenvolvimento
1.1. Análise de Viabilidade 1.1.1. Formação da Equipe:
1.1.2. Análise de Viabilidade:
1.1.3. Aprovação do projeto:
1.2. Contratação da Consultoria
1.2.1. Seleção da Consultoria
1.2.2. Definição das Estratégias Finas
1.2.2. Assinatura do Contrato
2. Articulação de Parcerias
2.2.Articulação com Empresa de Comércio Justo
2.2.1. Prospecção e Seleção de Grupos Comunitários
2.2.2. Capacitação dos grupos comunitários em Gestão.
2.2.3. Aprimoramento da técnica de produção e testes de mercado.
2.3. Articulação com Empresas parceiras
2.3.1. Seleção das revendedoras participantes
2.3.2. Treinamento dos funcionários da revendedora
3. Execução do Projeto 3.1. Produção de brindes N/A
3.3. Sensibilização do Ciente N/A
4. Monitoramento e Avaliação dos Resultados
4.1. Relatórios Mensais N/A
4.2. Relatório Final N/A
8. RESULTADOS ESPERADOS
Objetivos Gerais (Resultados Esperados) Objetivos Específicos Metas
Fonte do Indicador
Promover a consientização do consumidor para o impacto social e ambiental gerada pela sua tomada de decisão e tendo como preocupação a questão da inclusão social de comunidades pobres.
Sensibilização do consumidor quanto à sustentabilidade social e ambiental.
1.1. Elaborar cartilha sobre sustentabilidade que aborde os temas pegada ecológica e
empreendedorismo social .Relatório Trimestral
2.2. Sensibilizar 60% do público que visita as empresas parceiras
Relatórios mensais
2.3. Aplicar o questionário Greendex em 60% do público que visita as empresas parceiras.
Bases de dados
Geração de renda para comunidades pobres através do empreendedorismo social.
2.1. Criação de um Kit com produtos sociais a ser entregue com a venda de cada veículo Relatório Final
2.2. Capacitação de grupos de empreendedorismo comunitário em Gestão.
Relatório Final
9. APLICABILIDADE DO PROJETO
O projeto “Pegada Ecológica e Empreendedorismo Social”
foi planejado e desenvolvido por estudantes de graduação sob orientação de um
professor doutor com anos de estudo na área de sustentabilidade. Está baseado nos
mais modernos estudos sobre Gestão Estratégica da Responsabilidade social e
sustentabilidade ambiental.
Os estudantes já atuam profissionalmente no terceiro setor,
tendo formação extra-curricular na área de elaboração de projetos sociais e
experiencia prática na gestão dos mesmos. Produtos sociais similares aos
apresentados no presente trabalho já são comercializados e tem boa aceitação pelo
mercado consumidor.
Projetos semelhantes já foram aprovados em Editais de grandes
institutos sociais de empresas brasileiras recebendo recursos na ordem de centenas
de milhares de reais.
As organizações que inspiraram esse projeto possuem uma
metodologia própria e expertise nos respectivos temas. Além de gozarem de excelente
reputação tendo conquistado diversos premios e reconhecimentos, e terem parceiros
de peso a níveis nacional e internacional.
Além disso, o projeto está baseado numa Estratégia de geração
própria de recursos (Earned Income Strategy: Bernstein 2007) para financiar
suas atividades. Ou seja, após o investimento inicial, os recursos para posterior
compra de brindes sociais virão da própria venda dos produtos da empresa
investidora.
O gastos em termos de capital intelectual e tempo de trabalho
dos funcionários da empresa investidora serão mínimos, tendo em vista que o projeto
será gerido pelas organizações parceiras que prestarão conta numa periodicidade
acertada.
10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
World Bank. World Development Indicators 2009 – Washington DC, 2009
Creating a world without poverty (Yunus 2008).
(GARDNER; ASSADOURIAN; SARIN, 2004)
HART (2005)
Husted (2003)
Mota e Vasconcelos. (2006)
http://www.pegadaecologica.org.br/
http://www.doisemeio.com/
http://www.gife.org.br/
www.nationalgeographic.com/greendex
http://www.anpedesign.org.br/artigos/pdf/Desenvolvimento%20de%20Projetos%20Sustent%E1veis....pdf