projeto pesquisa transiÇÃo da agricultura convencional para agroecolÓgica
DESCRIPTION
PROJETO DE PESQUISATRANSIÇÃO DA AGRICULTURA CONVENCIONAL PARA AGROECOLÓGICA. REALIZADO PELOS ALUNOS: JANAÍNA SOARES DOS SANTOS MARCIA VANESSA BATISTA PAULO ROBERTO DA SILVA MARQUES ORIENTAÇÃO: SIRLEI TRESPACH DE SOUZA ANO: 2014TRANSCRIPT
1
ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MEÉDIO ILDEFONSO
SIMÕES LOPES
CURSO TÉCNICO EM MEIO AMBIETE
JANAÍNA SOARES DOS SANTOS
MARCIA VANESSA BATISTA
PAULO ROBERTO DA SILVA MARQUES
TRANSIÇÃO DA AGRICULTURA CONVENCIONAL
PARA AGROECOLÓGICA
Osório
2014
2
JANAÍNA SOARES DOS SANTOS
MARCIA VANESSA BATISTA
PAULO ROBERTO DA SILVA MARQUES
TRANSIÇÃO DA AGRICULTURA CONVENCIONAL
PARA AGROECOLÓGICA
Projeto de Pesquisa apresentado à professora Sirlei Trespach de Souza, Habilidade de Redação Técnica - Realizar apresentação de projetos, do curso Técnico em Meio Ambiente, TMA 5. Orientação: Sirlei Trespach de Souza
Osório
2014
3
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO................................................................................................04
2 REFERENCIAL TEÓRICO..............................................................................05
3 OBJETIVO GERAL ........................................................................................08
3.1 OBEJETIVOS SPECÍFICOS...........................................................................08
4 METODOLOGIA.............................................................................................09
5 QUESTÃO PROBLEMA.................................................................................10
6 CRONOGRAMA DE AÇÃO ............................................................................11
7 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO..................................................................11
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................12
9 BIBLIOGRAFIA................................................................................................13
ANEXOS...............................................................................................................14
4
1 INTRODUÇÃO
Toda mudança provoca, no sujeito, insegurança, expectativa, esperança e
medo. Assim sendo, não poderia ser diferente quando falamos em transição
agroecológica, que é a passagem da maneira convencional de produzir alimentos
com agrotóxicos e técnicas que agridem a natureza, para novas maneiras de fazer
agricultura, buscando proporcionar de maneira integrada a produção agrícola, o
respeito e a conservação da natureza, sem esquecer jamais da meta de
proporcionar uma melhor qualidade de vida às pessoas, sejam elas consumidores
ou produtores agrícolas.
Esta proposta ainda é tímida, tanto no que diz respeito ao número de
propriedades que passaram pelo processo de transição, quanto à projeção de seus
produtos no mercado interno. Porém, com a promoção e divulgação cada vez mais
constantes da agroecologia, ainda predominantemente hortifrutigranjeiros, tende a
crescerem torno de 10%. Oberva-se, na nossa região e nos arredores, que o
agricultor ainda está inibido em buscar novos conceitos e formas de produzir uma
alimentação mais saudável.
Pretende-se ao longo da pesquisa verificar a relação produtor, meio ambiente
e consumidor, conscientizando-os que a agricultura convencional é um modo de
produzir contra a natureza, enquanto a agroecológica é uma forma de produzir com
a natureza.
5
2 REFERENCIAL TEÓRICO
O início das atividades agrícolas separa o período neolítico do imediatamente
anterior, o período da idade da pedra lascada. Como são anteriores à história
escrita, os primórdios da agricultura são obscuros, mas admite-se que ela tenha
surgido independentemente em diferentes lugares do mundo, provavelmente nos
vales e várzeas fluviais habitados por antigas civilizações.
Entre dez e doze mil anos atrás, durante a pré-história, no período do
neolítico ou período da pedra polida, alguns indivíduos de povos caçadores-
coletores notaram que alguns grãos que eram coletados da natureza para a sua
alimentação poderiam ser enterrados, isto é, "semeados" a fim de produzir novas
plantas iguais às que os originaram. Os primeiros sistemas de cultivo e de criação
apareceram em algumas regiões pouco numerosas e relativamente pouco extensas
do planeta. Essas primeiras formas de agricultura eram certamente praticadas perto
de moradias e aluviões das vazantes dos rios, ou seja, terras já fertilizadas que não
exigiam, portanto, desmatamento.
Essa prática permitiu o aumento da oferta de alimento dessas pessoas, as
plantas começaram a ser cultivadas muito próximas uma das outras. Isso porque
elas podiam produzir frutos, que eram facilmente colhidos quando maduros, o que
permitia uma maior produtividade das plantas cultivadas em relação ao seu habitat
natural.
Após a segunda guerra mundial, as ideias da revolução industrial influenciam
a agricultura criando modelos baseados na produção em série e sem diversificação,
uma vez que o conhecimento humano avançava nas áreas da química industrial e
farmacêutica. Logo depois desta fase, com o objetivo de reconstruir países
destruídos e dar base a um crescente aumento populacional, surgiram os adubos
sintéticos e agrotóxicos seguidos, posteriormente, das sementes geneticamente
modificadas. A produção cresceu rápida em grande escala, criando uma grande
euforia em todo o setor agrícola mundial, que passou a ser reconhecido como
revolução verde.
A grande demanda por cereais, fez surgir a agricultura dirigida, prevalecendo
a monocultura, o uso inadequado e exagerado da mecanização, dos agrotóxicos dos
corretivos e adubos químicos, associados ao monocultivo e erosão do solo, conduz
6
a maioria dos solos cultivados na agricultura moderna ou cultivo convencional, a um
processo de auto degradação e ao aumento gradativo de doenças, pragas e plantas
espontâneas, e o que é pior, a contaminação das pessoas e do meio ambiente.
Desde 2008 o Brasil é o país que mais consome agrotóxico no mundo, os brasileiros
consomem em média 5 litros de agrotóxicos por ano.
Por outro lado, duvidava-se que este modelo fosse perdurar, pois ele negava
as leis naturais. Começa a surgir movimentos que visavam resgatar os princípios
naturais, este conceito ampliou-se e trouxe uma visão mais integrada e sustentável
entre as áreas de produção e preservação, procurando resgatar o valor social da
agricultura e passando a ser conhecida como agroecologia.
A agroecologia consiste em uma proposta alternativa de agricultura familiar
socialmente justa, economicamente viável e ecologicamente sustentável. A
agricultura é um conjunto de técnicas utilizadas para cultivar plantas com o objetivo
de obter alimentos. O termo pode ser entendido de diversas formas: como ciência,
como movimento e como prática, a ciência é o esforço para descobrir e aumentar o
conhecimento humano de como o Universo funciona. Nesse sentido, a agroecologia
não existe isoladamente, mas é uma ciência integradora que agrega conhecimentos
de outras ciências, além de agregar também saberes populares e tradicionais
provenientes das experiências de agricultores familiares de comunidades indígenas
e camponesas.
A agroecologia engloba modernas ramificações e especializações como:
agricultura biodinâmica, agricultura ecológica, agricultura natural, agricultura
orgânica, os sistemas agroflorestais, permacultura, etc.
A agricultura nos dias atuais pode ser vista por várias óticas. Pela ótica
conservadora, a agricultura obedece aos conceitos simplistas. Estes conceitos são
necessários para entender o funcionamento de cada fase do mecanismo cíclico
agrícola, que vai desde o preparo do terreno até a comercialização dos produtos
propriamente ditos, e destes retornando em forma de investimento monetário para a
expansão ou manutenção dos meios de produção.
Já pela ótica sistêmica, a agricultura é vista como um processo que sofre e
exerce pressões sobre os seus integrantes. Existe a preocupação com o fluxo de
energia, de onde vem e para onde vai. São considerados aspectos muitas vezes de
difícil mensuração, tais como: o valor da fertilidade do solo, o tempo de produção, os
7
aspectos culturais que envolvem os atores inseridos dentro do sistema de produção,
entre outros.
Agricultura orgânica ou agricultura biológica é o termo frequentemente usado
para designar a produção de alimentos e outros produtos vegetais que não faz uso
de produtos químicos sintéticos, tais como certos fertilizantes e pesticidas, nem de
organismos geneticamente modificados, e geralmente adere aos princípios de
agricultura sustentável.
Este sistema de produção, que exclui o uso de fertilizantes químicos,
agrotóxicos e produtos reguladores de crescimento, tem como base o uso de
estercos animais, rotação de culturas, adubação verde, compostagem e controle
biológico de pragas e doenças. Pressupõe ainda a manutenção da estrutura e da
profundidade do solo, sem alterar suas propriedades por meio do uso de produtos
químicos e sintéticos.
A agricultura orgânica está diretamente relacionada ao desenvolvimento
sustentável. O mundo está cada vez mais rápido e o homem, por necessidade,
acompanha a rapidez das máquinas em sua vida. Nesse processo, o homem é
desvirtuado do processo produtivo particular de produção de comida, tornando-se
um consumidor ou um produtor capitalista de gêneros alimentares.
O movimento orgânico nasce para se opor a esse sistema vigente. Qualidade
de vida para os adeptos do movimento orgânico, um mundo cada vez mais
automatizado e dependente da tecnologia não exclui a viabilidade de uma produção
sustentável que respeite o solo, o ar, as matrizes energéticas e principalmente o ser
humano.
8
3 OBEJETIVO GERAL
Fortalecer a produção agroecológica.
3.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Capacitar produtores visando à sistematização de práticas agroecológicas.
Desenvolver ferramentas e métodos para a quantificação e qualificação dos
serviços ambientais
Viabilizar canais de comercialização para os produtos agorecológicos
estimulando o consumo dos mesmos.
Educar os produtores para a proteção e preservação do meio ambiente.
Sensibilizar os consumidores dos benefícios dos produtos agroecológicos.
9
4 METODOLOGIA
Serão criados encontros participativos, nas comunidades rurais, com o
propósito de apresentar, aos produtores, os objetivos e a viabilização do projeto.
Nessa etapa, também se fará uso de materiais impressos, mídia escrita e falada
(jornais e rádio).
A capacitação dos agricultores se dará através de oficinas onde serão
desenvolvidas as técnicas de manejo sustentável, tais como: compostagem,
adubação verde, rotação de culturas, consorciação de culturas, produção de
insumos orgânicos controle biológico das pragas, troca de conhecimentos entre os
agricultores, possibilitando o desenvolvimento rural participativo dentro da
propriedade, atingindo seu potencial produtivo. O objetivo é colher dados sobre os
produtores e a produção local, para que sejam identificados aspectos negativos e
positivos, incluindo potencialidades, gargalos e oportunidades de investimento. A
partir daí, os produtores irão organizar-se na busca de melhorias e soluções.
Campanha de conscientização sobre os benefícios e vantagens do consumo
de produtos agroecológicos, destacando a proteção ao meio ambiente e a saúde
dos consumidores e produtores rurais.
10
5 QUESTÃO PROBLEMA
Um produtor agrícola que se preocupa não apenas com a conservação do
meio ambiente, mas também com a preservação da sua comunidade e com o bem
estar do consumidor, a quem destina seu produto, está contemplando a
agroecologia. Aliando conceitos de ecologia e preocupação social com técnicas de
agricultura, essa forma de trabalho está ganhando adeptos e pode transformar o
modo de cultivo dos alimentos na região Osoriense e seu entorno.
A agroecologia recupera a compreensão emocional do meio rural, descartada
pela ciência e ainda bastante importante entre as populações tradicionais, para
entrar nos complexos entremeados da diversidade na busca da compreensão dos
saberes, desejos e necessidades das populações locais e tradicionais.
Levando em consideração que é um grande desafio informar o nosso
agricultor, nos propomos a responder o seguinte questionamento: é possível fazer a
transição da cultura convencional para orgânica dando assessoria ao produtor?
11
6 CRONOGRAMA DE AÇÃO
O Projeto será realizado num período de cinco meses, tendo como base o seguinte
planejamento.
Atividade/Mês Março Abril Maio Junho Julho
Levantamento bibliográfico X X X
Coleta de dados X X
Encontro com produtores X X
Execução do projeto X X
Análise de resultados X X
Discussão e conclusão X X
Relatório final X X
Apresentação X
7 CRONOGRAMA DE EXECUSSÃO
O Projeto terá o seguinte custo.
Recursos Humanos (03) R$ 30.000,00
Transporte RS 1.500,00
Material gráfico R$ 500,00
Outras despesas R$ 1.000,00
12
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Um produtor rural incentivado, assistido, acompanhado e orientado se
sensibilizará da proposta do projeto, entendendo todos os benefícios, que este tipo
de produção trará para ele produtor, para sua propriedade e para o consumidor final.
Com isto se tornará um produtor agroecológico consciente e comprometido com a
defesa do meio ambiente e da sociedade como um todo.
A agroecologia, além de ciência, é uma prática social, que junta pessoas,
redes e organizações preocupadas com o bem estar de produtores, consumidores e
meio ambiente. Comprova-se a viabilidade deste projeto através de pesquisas e
contatos com produtores rurais que já utilizam o sistema de produção agroecológica.
13
BIBLIOGRAFIA
COSTA, Marco Antonio F. da costa, COSTA, Maria de Fátima Barroso, RJ: Vozes, 2011. GIL, Antonio Carlos, Como elaborar Projetos de Pesquisa, Atlas 4 ª Ed. SP,2002.
https://www.google.com./agoecologicos. Acessado em 06 de março de 2014. http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/agricultura_e_meio_ambiente/arvore/CONTAG01_8_299200692526.html. Acessado em 13 de março de 2014.
http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/agricultura_e_meio_ambiente/arvore/CONTAG01_8_299200692526.html. Acessado em 13 de março de 2014.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Agricultura. Acessado em 20 de março de 2014.
http://www.cnph.embrapa.br/organica/agroecologia.html. Acessado em 27 de março de 2014.
http://cultivehortaorganica.blogspot.com.br/2011/01/consorciacao-de-culturas.html.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Agroecologia. Acessado em 03 de abril de 2014.
http://www.tccmonografiaseartigos.com.br/regras-normas-formatacao-tcc-monografias-artigos-abnt. Acessado em 10 de abril de 2014.
http://redeglobo.globo.com/globoecologia/noticia/2013/08/agroecologia-alia-preocupacao-ambiental-com-questoes-sociais.html. Acessado em 08 de maio de 2014.
http://www.coladaweb.com/como-fazer/projetos-de-pesquisa. Acessado em 15 de maio de 2014.
14
ANEXOS
15