projeto polÍtico pedagÓgico - grprubem.seed.pr.gov.br... caracterização da população 14 equipe...
TRANSCRIPT
1
COLÉGIO ESTADUAL DR. RUBEM FLEURY DA ROCHA
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
2007
2
SUMÁRIO
Título 4
Apresentação 5
Introdução, localização e histórico do patrono 8
Histórico do Estabelecimento 9
Os espaços escolares e situação de infra-estrutura 11
Situação do espaço escolar e oferta de cursos e turmas 12
Evolução das taxas de aprovação, reprovação e abandono 13
Caracterização da população 14
Equipe técnico-pedagógica 16
Corpo docente e funcionários 17
Objetivos 19
Marco situacional 20
Contexto sócio-econômico e cultural 21
Marco conceitual 29
Gestão Escolar 34
Formação dos educadores e currículo da escola pública 35
Inclusão 37
Agenda 21 39
Avaliação 40
Pedagogia histórico-crítica 42
Concepções pedagógicas 44
Marco operacional 46
Redimensionamento da organização do trabalho pedagógico 47
Serviços gerais e merenda 47
Merendeira, inspetor de alunos e secretaria 48
Pedagogos 49
Plano de ação dos pedagogos 52
Direção 55
Tipo de gestão e papel das instâncias colegiadas 57
Eleição de diretores e plano de ação 61
Relação entre os aspectos pedagógicos e administrativos 65
Recursos que a escola dispõe para realizar o projeto 66
3
Plano de formação continuada dos educadores e critérios para organização e utilização dos espaços educativos
68
Organização escolar 69
Carga horária das disciplinas 70
Critérios para organização das turmas e preenchimento do livro de chamada e reposição de aulas
71
Escolha e uso do livro didático 72
Quadro para entrega e devolução do livro didático 73
Diretrizes para avaliação do desempenho pessoal docente e não docente e acompanhamento aos alunos ausentes e egressos
73
Práticas avaliativas e recuperação paralela 75
Atividades escolares em geral 76
Projeto Agenda 21 76
Avaliação institucional 77
Dimensões a serem avaliadas 79
Referências bibliográficas 80
Anexos 81
Diretrizes curriculares 98
Matemática 98
Educação Física 112
Artes 117
Ensino Religioso 122
Língua Estrangeira Moderna - Inglês 127
Ciências 142
Geografia 150
Língua Portuguesa 157
História 163
4
TÍTULO.
PROJETO PEDAGÓGICO DO COLÉGIO ESTADUAL DR. RUBEM
FLEURY DA ROCHA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO.
5
APRESENTAÇÃO
“O Projeto Político Pedagógico é um conjunto de diretrizes políticas,
administrativas e técnicas que norteiam a prática pedagógica da comunidade
escolar como um todo.” ( VEIGA, 1995).
Ele é o resultado do esforço de todos os envolvidos da comunidade
escolar (professores, alunos, funcionários, equipe técnico pedagógica e pais de
alunos) que o executará. O projeto é um compromisso coletivo, que aponta a
direção da sociedade que queremos ajudar a formar.
A elaboração deste projeto dá-se então pela necessidade da
organização sistemática das ações pedagógico–administrativas, da definição
de funções e responsabilidades, explicitando caminhos e metas a serem
cumpridas por esta comunidade escolar.
Este projeto é elaborado para cumprir o disposto na LDB, Lei
9394/96, que estabelece:
“Artigo 12 – Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de”:I – elaborar e executar sua proposta pedagógica; ““.Artigo 13 – Os docentes incumbir-se-ão de:I - participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;Artigo 14 – Os sistemas de ensino definirão as normas de gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios:I – participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola;II – participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes.”
E da Deliberação n° 14/99, indicação 004/99 e demais instrumentos
formadores da lei.
Na construção do Projeto Político Pedagógico, é solicitada a
participação de toda a comunidade escolar, para que com o envolvimento de
todos, haja a busca pela qualidade na educação. São utilizados instrumentos e
6
técnicas previamente discutidas e elaboradas com a participação coletiva de
toda a comunidade escolar. São feitas reuniões de estudo para
aprofundamento teórico e também reuniões para discussão das ações que
serão realizadas, que atendam ao objetivo da comunidade e que também
ajudem a escola a cumprir a sua função na sociedade.
A construção do Projeto Político Pedagógico acontece à medida
que a escola tem autonomia para realizar seu trabalho educativo. Desta
maneira, cria a sua identidade. São feitos diagnósticos da comunidade local,
caracterizando os seus dados. Esta identificação é construída a partir de
momentos de reflexão, envolvendo toda a comunidade escolar. São discutidas
neste momento maneiras de operacionalizar as metas da escola, visando
melhorar a aprendizagem dos alunos.
Planejar para transformar a realidade que se tem, exige espírito
empreendedor para criar algo novo. Supõe conhecer bem a realidade e ter
visão de futuro, estabelecendo o que se pretende atingir com os alunos de
maneira clara e precisa.
O Projeto foi elaborado em três partes distintas, que podemos
demarcar como:
1. Introdução e marco situacional - Caracterização da escola:
(histórico, localização, espaço físico, corpo docente e discente,
equipe pedagógico-administrativa). Compreende basicamente
três questões: como somos, o que somos, e quantos somos.
Far-se-á também a descrição da realidade mundial, brasileira e
local, onde a escola está inserida, buscando-se fazer uma
análise dos conflitos existentes.
2. Marco conceitual – Expressa uma utopia social e educacional.
A concepção de sociedade, homem e educação. Os fundamentos
da prática pedagógica, currículo, conteúdo e avaliação. Aqui
estão encontrados os nossos ideais, por exemplo, o que
queremos ser e onde pretendemos chegar. Busca-se uma
resposta, a partir do compromisso coletivo.
7
3. Marco operacional – Apresenta as ações comprometidas com
a transformação da realidade educacional e social. Plano de
ação da escola, programações, projetos coletivos, planos
curriculares e as formas de acompanhamento. O Plano de Curso
indica as metas da escola, as principais ações, as linhas
metodológicas e o processo de avaliação.
Anualmente, o colégio se organizará e proporcionará um momento
de avaliação e realimentação de seu Projeto Político Pedagógico, para
estabelecer as novas medidas que serão tomadas.
8
INTRODUÇÃO
Localização
O Colégio Estadual Dr. Rubem Fleury da Rocha – Ensino
Fundamental e Médio, situa-se à Rua Francisco Pires da Rocha, n.º 574, no
Bairro Bonsucesso, na cidade de Guarapuava.
É mantido pelo Governo do Estado do Paraná, e segue as normas
administrativas e pedagógicas emanadas pela Secretaria de Estado da
Educação do Estado do Paraná.
Histórico do Patrono
Dr. Rubem Fleury da Rocha nasceu em Ouro Preto, Estado de Minas
Gerais, a 15 de julho de 1896. Era filho do Dr. Domingos José Rocha e de D.
Maria Augusta Fleury da Rocha. Iniciou seus estudos primário e secundário na
cidade de seu nascimento. Em 1917 matriculou-se na Faculdade de Medicina
do Rio de Janeiro, onde concluiu o curso médico no ano de 1922.
No ano de 1919 foi nomeado, pelo diretor de Saúde Pública do Rio
de Janeiro, auxiliar acadêmico do Inspetor Sanitário do Porto da Capital
Federal, havendo permanecido no cargo, até a conclusão do curso médico.
Mais tarde passou a integrar o quadro dos internos da Santa Casa
de Misericórdia da Capital Federal, com serviço clínico na equipe do Professor
Miguel Couto.
Em 1923 foi nomeado pelo Ministro do Interior e Justiça Médico
Sanitário Marítimo.
Em 1928 transferiu sua residência para o Estado do Paraná,
iniciando clínica médica na cidade de Prudentópolis, em cujo cargo
permaneceu por sete anos.
9
A seguir, convidado pela diretoria do Hospital São Vicente de Paulo
da cidade de Guarapuava, assumiu as funções de diretor clínico daquela Casa
de Caridade.
Por decreto do Sr. Interventor Manoel Ribas foi nomeado diretor do
Posto de Higiene, cujo cargo pediu exoneração em fins do ano de 1941.
Em 1947 desempenhou o mandato de vereador à Câmara
Municipal de Guarapuava e no Pleito Eleitoral de 03 de outubro de 1950, foi
eleito deputado à Assembléia Legislativa Estadual.
Em Guarapuava o Dr. Rubem Fleury da Rocha formou círculo
enorme de amigos e admiradores de todas as camadas sociais, mercê de seu
elevado espírito de dedicação e altruísmo para com todos os que dependeram
de seus serviços profissionais, não olhando para o lado financeiro.
O cargo de Diretor Clínico do Hospital São Vicente de Paulo ele
exerceu com abnegação e carinho, por muitos anos, o qual muito prosperou
em sua administração.
Transferindo residência por motivos de saúde para Curitiba, aonde
veio a falecer em 02 de julho de 1963.
Era casado com D. Vitalina Maria Fleury da Rocha com quem teve
uma filha, D. Maria Lúcia Fleury da Rocha.
Histórico do Estabelecimento
Fundada em 1965, com nome de GRUPO ESCOLAR
BONSUCESSO, localizava-se na Avenida Nereu Ramos, Bairro Bonsucesso. Em
1º de abril de 1968 foi criada oficialmente pelo DECRETO n.º 9.569, com nome
de GRUPO ESCOLAR Dr. RUBEM FLEURY DA ROCHA. Em 1972 passou a
fazer parte do complexo “Tupy Pinheiro” unidade do Complexo de Guarapuava,
sendo o plano de implantação do Ensino de 1º grau aprovado pelo parecer
132/73. No ano de 1976 passou a fazer parte do Complexo Guarapuava com a
designação de escola Dr. Rubem Fleury da Rocha – Ensino de 1º grau.
O prédio que se localizava na Avenida Nereu Ramos foi totalmente
destruído por um incêndio no dia 29 de setembro de 1975, assim como toda a
10
sua documentação. Conseqüentemente, os alunos passaram a terminar o ano
letivo em escolas próximas (Escola do 5º DR e Escola Municipal Abílio
Fabriciano de Oliveira). Após o ocorrido, o ensino de 1ª à 4ª séries passou a
funcionar num prédio construído em convênio com a Prefeitura e FUNDEPAR
sito à rua Profª. Leonídia s/n esquina com o Coronel Lustosa.
No ano letivo de 1977, a FUNDEPAR construiu um novo prédio que
foi entregue à comunidade neste mesmo ano, funcionando com turmas de 1ª à
4ª séries, situado à Rua Francisco Pires da Rocha, n.º 574.
Em 1988, a escola participou da implantação (em regime
experimental) do Ciclo Básico de Alfabetização – Continuum 02 anos, e em
maio de 1995, pelo Parecer 26/95 foi implantado o Ciclo Básico de
Alfabetização – Continuum 04 anos.
Em 1993 foi autorizado o funcionamento de 5ª a 8ª séries do 1º
grau no período diurno, de forma gradativa, e, pelo Parecer 399/93 foi
aprovado o Plano Curricular. Logo após, em 1995, foi autorizado o ensino de 5ª
a 8ª séries do período noturno, com implantação simultânea. Desta forma em
28/12/96 de acordo com a RESOLUÇÃO 4.515/96, fica reconhecido o curso de
1° Grau Regular.
Também em 1996, com a municipalização do ensino, as atividades
referentes a 1ª à 4ª séries foram cessadas através da Resolução 4.600/96,
publicado em Diário Oficial do Estado do Paraná n.º 4915 de 03/01/97. Estas
atividades foram absorvidas pela Escola Municipal Professora Benedita do
Santos – Ensino de 1º Grau, criada pelo Decreto 142/96 e que compartilha as
mesmas instalações do Colégio Estadual Dr. Rubem Fleury da Rocha – Ensino
Fundamental e Médio. A partir de 1997 é que se iniciam as atividades acima
descritas.
A partir do 1º semestre de 1999, e através da Resolução 951/99, foi
autorizado o funcionamento do Ensino Médio – Educação de Jovens e Adultos,
com implantação gradativa. Em decorrência desta resolução, a escola passou a
denominar-se Colégio Estadual Dr. Rubem Fleury da Rocha – Ensino
Fundamental e Médio. A Resolução acima foi publicada no Diário Oficial n.º
11
5453 de 12/03/99. O Parecer 0146/98 do NRE de Guarapuava aprovou o Plano
Curricular do Curso Supletivo Função Suplência – Educação Geral – Fase III.
No ano de 2005, no segundo semestre, ocorreu a cessação
gradativa de oferta do Ensino Médio – EJA, por motivos de Política Pública
Estadual. Portanto, no ano de 2007 não houve oferta para essa modalidade de
ensino.
Para alterar a nomenclatura, ou seja, de colégio para escola, pois
agora só tem oferta de ensino fundamental, aguarda-se o término do processo
de renovação da autorização de funcionamento do estabelecimento e a
documentação da Secretaria de Estado de Educação - Curitiba.
Os espaços escolares.
O espaço físico foi adaptado em muitos ambientes para atender
toda a demanda. O Colégio conta com:
1 pavilhão com 05 salas de aula e 1 sala com laboratório de
informática, secretaria, saguão, cozinha e sala de direção e pedagogas;
1 pavilhão de salas de pré-moldado, sendo compartilhado com a
Escola Municipal Professora Benedita dos Santos nos períodos da manhã e da
tarde;
01 sala de professores, adaptada, usando parte do saguão;
01 Biblioteca, adaptada no saguão, e em conjunto com a videoteca;
01 cozinha com pequeno espaço para guardar a merenda escolar;
01 saguão incompatível com o número de alunos, pois terça parte
deste espaço foi usada para adaptar a sala de professores e a biblioteca;
02 banheiros para funcionários e professores, sendo que o banheiro
masculino funciona como banheiro e depósito;
02 banheiros para alunos, que são usados também pelos alunos da
Escola Municipal Professora Benedita dos Santos;
01 ginásio de esportes, sem banheiro e sem arquibancada.
12
Situação de infra-estrutura pedagógica e administrativa
AmbientesExistente Condição
Sim Não Excelente Boa Regular Péssima
Laboratório de informática para uso
dos alunosX X
Laboratório de informática para uso
dos professoresX X
Acesso à Internet X X
Biblioteca X X
Videoteca X X
Auditório X
Laboratório de Física, Química e Biologia* X
Quadra de esportes X X
Banheiros adaptados para deficientes físicos
X
Há alguns materiais de laboratórios existentes, porém não há
espaço adequado para o uso de tais materiais (vidraria, pinça, microscópio,
lupa, etc.).
Situação do espaço escolar
AmbientesExistente Condição
Sim Não Excelente Boa Regular Péssima
Jardim X X
Placa de identificação de entrada
X
Entrada de alunos e professores
X X
Estacionamento X X
Saguão X X
Pátio X X
13
Oferta de cursos e turmas
O Colégio Estadual Dr. Rubem Fleury da Rocha – Ensino
Fundamental e Médio, oferta os cursos de Ensino Fundamental, (5ª a 8ª séries)
Regular nos períodos manhã e tarde
No período da manhã são ofertadas 6ª, 7ª e 8ª séries, a faixa etária
destes alunos está entre 12 a 16 anos. O horário de entrada das aulas é às
7:30 h e a saída se dá às 11:55 h. As aulas têm duração de 50 minutos,
intercaladas com recreio de 15 minutos após a 3ª aula.
No período da tarde, onde são ofertadas as 5ª e uma 6ª série, a
entrada das aulas é às 13 h e a saída às 17:25 h, também com intervalo de 15
minutos após a 3ª aula e as aulas também são de 50 minutos. Para os alunos
de 5ª e 6ª séries a faixa etária varia dos 10 aos 15 anos. Nos turnos da manhã
e da tarde são ministradas cinco aulas diárias.
O colégio conta com 12 turmas, sendo 07 no período da manhã e
05 no período da tarde. Estão matriculados no colégio 430 alunos. São 29
professores (1 em licença para o PDE), 3 pedagogas (1 em licença especial), 6
funcionários (1 em licença médica), 3 técnicos-administrativos, uma diretora e
uma diretora-auxiliar.
Evolução das taxas de aprovação
Séries 2003 2004 2005 20065ª 63,5% 64,6% 63,2% 62%6ª 72,1% 53,7% 53,6% 70%7ª 75,6% 64,1% 54,3% 70%8ª 63,1% 67,1% 47,3% 72%
Evolução das taxas de reprovação
Séries 2003 2004 2005 20065ª 15,3% 14,6% 18% 21%6ª 8,1% 18,3% 28,6% 12%7ª 3,7% 12,0% 29,6% 11%
14
8ª 3,1% 11,0% 29,7% 3%
Evolução das taxas de abandono
Séries 2003 2004 2005 20065ª 7,4% 6,6% 6,5% 2%6ª 1,5% 12,2% 7,5% 4%7ª 2,4% 6,0% 6,4% 5%8ª 9,2% 5,5% 3,4% 6%
Evolução das taxas de transferidos
Séries 2003 2004 2005 20065ª 13,7% 14% 12,3% 15%6ª 18,4% 15,9% 10,3% 14%7ª 18,3% 17,9% 9,7% 14%8ª 24,6% 16,4% 19,6% 19%
Caracterização da população
O Colégio atende alunos do Bairro Bonsucesso e imediações. A
maior parte dos alunos mora com pai e mãe, cerca de 30% moram somente
com o pai ou com a mãe ou com avós e tios. A maioria possui casa própria,
somente 25% pagam aluguel. Aproximadamente 25% dos alunos recebem
Bolsa-família.
Embora os pais tenham uma baixa escolaridade, a grande maioria
deles está empregada. Entre as profissões dos pais podemos citar: eletricista,
pedreiro, motorista, vendedor, frentista, vigia, taxista e outras. As mães têm
profissões como diarista, zeladora, cozinheira, atendente, cabeleireira e outras.
Estas ocupações trazem à família uma renda mensal de até 03 salários
mínimos, e, em poucos os casos a renda mensal chega a 05 salários. A partir
das respostas obtidas apenas 5% dos pais têm escolaridade em nível de 3º
grau e renda mensal maior que 05 salários mínimos.
15
As informações econômicas, sociais, culturais, políticas chegam até
nossos alunos através da TV e rádio. A imprensa escrita é pouco usada, temos
alguns alunos já conectados com a rede mundial de Internet.
O lazer dos nossos alunos se restringe a assistir TV, jogar bola na
rua ou na praça, ir à igreja, ao parque e às danceterias.
As famílias que têm acesso a tratamento de esgoto somam 40%, o
restante faz uso de fossa séptica. Todas as famílias têm acesso a água tratada
pela SANEPAR.
Cerca de 90% dos alunos são da religião católica.
A maioria dos nossos alunos ingressa no mercado de trabalho
desde cedo, mais ou menos aos 14 anos, sendo este trabalho remunerado.
Alguns alunos matriculados nesta escola não estão de acordo com
a faixa etária nas 5ª, 6ª, 7ª e 8ª séries, decorrentes de algumas reprovações ou
desistências.
A grande maioria dos alunos do Ensino Fundamental não está
conscientizada sobre a importância do papel da escola para sua formação, e,
portanto, vem para a escola por obrigação ou por imposição dos pais. Já no
Ensino Médio os alunos vêm para a escola buscando uma certificação para se
garantir no mercado de trabalho e, ao contrário do que acontece no Ensino
Fundamental os alunos têm consciência de que o estudo é importante na sua
formação.
Mesmo não tendo consciência da importância da escola na sua
formação, os alunos deixaram claro na pesquisa que, para ser um bom aluno,
devem prestar mais atenção nas aulas e serem assíduos. Ainda, os alunos
esperam que a escola tenha preocupação maior com eles e com aquilo que
ensinam, para prepará-los melhor para o futuro e para o mercado de trabalho.
16
Equipe técnica – pedagógica
NOME FUNÇÃO GRADUAÇÃO ESPECIALIZAÇÃO
Gislene Aparecida Góes
Direção Matemática - Matemática- Gestão
Juliani Sueke de Oliveira
Pedagoga Ciências - Comp. Biologia
Pedagogia
- Supervisão- Psicopedagogia
Sandra Denise R. Faria
(em licença médica)
Pedagoga Pedagogia - Orientação - Supervisão
Valdelaine Aparecida Busmaier
Vice-Direção Matemática - Fundamentos da Educação
Vera Atriz Z. Schimitt
Pedagoga Pedagogia - Orientação- Alfabetização e Interpretação de
Textos
Corpo docente
NOME DISCIPLINA GRADUAÇÃO ESPECIALIZAÇÃO
Antonio Altair de Oliveira
Matemática Matemática Fundamentos da Educação
Antonio Eduardo Bignardi
(licença especial)
Ed. Física Ed. Física Educação
Carmen Lucia Carraro
História e Ens.Religioso
História GestãoSupervisão
EscolarCláudia Mara
Oliveira(licença PDE)
Português Letras Anglo Interdisciplinaridade
Cleusi Aparecida Antunes Stefanes
Geografia e Artes Geografia e História
Geografia
Denize Maria Hoffmeister
Matemática Química (cursando)
Doriana Martins Língua Portuguesa Letras Literatura Docência para o
17
EnsinoElisabete de
Fátima Bruno de Castro
Artes Letras Literatura Literatura Portuguesa, a
modernidade em questão
Franciely Carrilho Ernandes
Língua Portuguesa Letras Port/Espanhol
Educação Infantil
Jeziel Ferreira História História
Josi Aparecida Hohl
Inglês Letras Anglo Língua Portuguesa e Literatura
Josiane Maria Guerra
Ciências Ciências Biológicas
Ciências do Movimento
HumanoJussimara Aparecida Cicielski
Matemática Ciências/Comp. em Biologia
Educação
Leosi Josiane Lourenço
Matemática e Artes
Matemática Ensino da Matemática
Lidia da Silva Borges
História História
Loide Andrea Salache
Artes Letras
Lucas Goes Ed. Física Ed. FísicaMarcia Ligia Maier
FariasArtes Matemática Matemática
Márcia Regina Furtado
História História Interdisciplinaridade
Margareth Karoline Barbosa
Ed. Física Ed. Física
Maria Conceição de Souza Alves
Geografia GeografiaPedagogia
Educação Especial
Marlene Koliski Língua Portuguesa Letras Franco Educação
Meridiana Holz Pletsch
Ed. Física Ed. Física Educação Infantil e Séries Iniciais
Pliscila Cleve. Lacerda
Ciências Ciências/Comp. Em Biologia
Ciências
Salete Ferreira Língua Portuguesa Letras/Literatura Ensino ReligiosoTereza
RomanichenInglês Letras Anglo Educação
Vera Maria Jonson Inglês Letras Anglo
Wilma Cristina Pacheco dos
Santos
Geografia Geografia Geografia Rural
18
Zenir Ines Guarda Ciências Ciências com Comp. Biologia
Educação
Funcionários
NOME FUNÇÃO FORMAÇÃO TURNO DE TRABALHO
Ângela Maria de Oliveira
Técnico Administrativo
Ensino Médio Manhã e Tarde
Ecléa Bahls de Souza
Auxiliar Operacional Geral
Ensino Fundamental
Manhã e Tarde
Edni Santos Auxiliar Operacional Geral
Ensino FundamentalIncompleto
Manhã e Tarde
Ivone B. Andrade (licença médica)
Auxiliar Operacional Geral
Ensino Médio Incompleto
Manhã e Tarde
Jocelia B. dos Santos
Técnico Administrativo
Matemática Manhã e Tarde
Naiademar Bedim Auxiliar Operacional Geral
Ensino Médio Manhã e Tarde
Paulo S. de Souza Auxiliar Operacional Geral
Ensino Médio Manhã e Tarde
Rosana A. K. Kurchaidt
Técnico Administrativo
Administração Manhã e Tarde
Marli Bernadete de Oliveira
Auxiliar Operacional Geral
Ensino Fundamental
Manhã e Tarde
OBJETIVOS
OBJETIVO GERAL
Este Projeto foi elaborado na intenção de organizar as atividades
didático–pedagógicas e administrativas do Colégio Estadual Dr. Rubem Fleury
da Rocha – Ensino fundamental e Médio de tal forma a oportunizar uma visão
clara da estrutura organizacional administrativa e pedagógica desta unidade
escolar, bem como organizar as ações em torno da busca de uma educação de
qualidade.
19
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
O Colégio, como Instituição Educativa, estabelece por base os
seguintes princípios:
Contribuir para a formação do cidadão crítico e com
consciência política, para atuar na sociedade;
Garantir o acesso e a permanência no ensino fundamental e
melhorar a qualidade da educação pública;
Garantir o acesso e a integração das pessoas com
necessidades educacionais especiais;
Viabilizar o processo de democratização do saber da escola e
da sociedade.
Desenvolver um ambiente favorável para estreitar os
relacionamentos pais/alunos/professores/funcionários,
prevendo em calendário as atividades a serem realizadas.
Construir uma visão de futuro como educador e cidadão,
inserido no mundo contemporâneo, como agente promotor
de mudança.
20
MARCO SITUACIONAL
“Somos o que fazemos,
Mas somos, principalmente,
O que fazemos para mudar
o que somos...”
(Eduardo Galeano)
21
CONTEXTO SÓCIO-ECONÔMICO E CULTURAL
Vivemos no mundo de hoje um momento de transformações muito
intenso, onde se percebe um processo acelerado de desenvolvimento e
crescimento econômico. A década de 90 ficou marcada pelo estrondoso
enriquecimento de apenas 6% da população mundial e por outro lado o
empobrecimento de países que já eram pobres.
O mundo capitalista globalizado impõe condições de produção e
comercialização que sacrificam os países menos desenvolvidos.
Os Estados Unidos detém 25% do PIB mundial e a dinâmica da
sociedade americana e a ideologia nela dominante tem efeitos
desestabilizadores sobre o sistema mundial.
O Banco Mundial no levantamento de 2004 afirma que 54,7% da
humanidade vive em estado de miséria extrema ou pobreza absoluta. São 2
bilhões e 800 milhões de pessoas sobrevivendo com menos de 4 reais por dia e
310 milhões com menos de 2 reais por dia. São 376 milhões de pessoas que
caminham até 15 minutos para conseguir água ou bebem água imprópria para
o consumo. Estatisticamente essas pessoas são consideradas como pobres ou
miseráveis.
Vivemos numa realidade mundial onde oito em cada dez habitantes
do planeta residem em países subdesenvolvidos. 3/5 não tem saneamento
básico, 1/3 não tem acesso à água tratada. ¼ não tem moradia adequada. 1/5
não tem acesso a serviços de saúde e 1/5 das crianças estuda menos de 5
anos.
A realidade brasileira não é muito diferente do exposto acima, pois
nossa sociedade capitalista mostra que 10% da população detém 90% da
renda. Destes, somente 2% são os mais ricos. Os outros 90% da população do
país vive com menos de 500 reais por mês, destes, 14,5% é indigente e 34%
vive abaixo da linha da pobreza.
A parcela mais rica da população reside em casas confortáveis,
bairros com infra-estrutura completa, estudam nas melhores escolas e
22
universidades e têm acesso a médicos e hospitais de melhor qualidade. Por
outro lado, cerca de um terço dos brasileiros vivem em situação de pobreza,
ganhando menos de um salário mínimo por mês. São milhões de famílias que
moram em habitações inadequadas, sem condições de higiene e conforto,
onde não há saneamento básico, como água e esgoto, nem mesmo luz
elétrica. Para essas famílias, o acesso aos serviços de saúde também é
precário. Grande parte dos trabalhadores que compõem essa parcela da
população está desempregada ou realiza trabalhos de baixa remuneração, que
não exigem maiores qualificações profissionais, como é o caso dos catadores
de papel, camelôs e bóias-frias.
Segundo dados do Banco Mundial (2001) o Brasil ocupa a 69ª
posição nos índices de IDH. Os três primeiros do ranking são Noruega, Austrália
e Canadá. Em nosso país a taxa de analfabetismo do homem e da mulher é de
16%, enquanto que Alemanha, Austrália , Canadá, Dinamarca e Japão têm
taxa de alfabetização superior a 99%. No Brasil a expectativa de vida do
homem é 63 anos, da mulher 71. No Japão os índices indicam 77 para o
homem e 82 para a mulher. A mortalidade infantil no Brasil chega a 34%,
enquanto que Suécia apresenta 3%, Finlândia 4% e Dinamarca 4%.
No Brasil, o dinheiro arrecadado e destinado ao pagamento dos
aposentados e pensionistas chega a 80 bilhões de reais, enquanto que o roubo
divulgado pela imprensa chega a 180 bilhões. Dinheiro suficiente para dobrar a
folha de pagamento do INSS. Falta muita ética no governo. Presenciamos
diariamente notícias na mídia que deixam o povo brasileiro muito triste e até
descrente.
Contudo, não dá para perder a esperança. O momento econômico
vivido pelo Brasil é promissor. Percebe-se uma retomada do crescimento em
vários setores da economia. Verificamos indicadores positivos da atividade e
do emprego industrial, das exportações e da balança comercial.
Os recursos da arrecadação são destinados à saúde e a educação,
a programas de transferência de renda e de estímulo a cidadania.
O governo brasileiro também está investindo em políticas sociais
para minimizar o sofrimento da grande massa da população. Temos por
23
exemplo, os programas Fome Zero e Bolsa Família, este destina verbas para as
famílias que apresentam renda per capita de até 90 reais por mês. São quase 4
milhões de famílias atendidas pelo programa, basta que a família mantenha as
crianças e adolescentes na rede escolar, as vacinas também devem estar em
dia. O valor do benefício chega a 75 reais/mês por família.
No ano de 2003 foram atendidos diariamente 37,5 milhões de
alunos com a merenda escolar. Foram distribuídos livros para o Ensino Médio e
os alunos atendidos, quando necessário, com o transporte escolar.
A Federação conta com 23 estados e o Distrito Federal, que foram
divididos em regiões para facilitar o estudo geográfico e a compreensão do
país.
O Estado do Paraná está situado na região Sul do Brasil, que
concentra o segundo maior parque industrial do país. Destaca-se pela
produção agropecuária. Os três estados desta região se constituíram a
principal porta de entrada dos investimentos dos países do Mercosul. Pela
proximidade da região, muitas empresas instalaram suas fábricas no Sul do
país.
A cidade de Guarapuava, no centro do Estado do Paraná, também é
privilegiada nos caminhos do Mercosul. Com influência da imigração européia,
Guarapuava conta com uma forte indústria cooperativista, responsável pelo
grande desenvolvimento da agricultura, pecuária e indústria de transformação
da região.
Hoje Guarapuava possui uma população de aproximadamente
165.000 habitantes e reúne características ambientais, sociais e de infra-
estrutura que a colocam como referência econômica, política e geográfica para
o Paraná.
Guarapuava foi de possessão espanhola com o nome de Província
de Vera. Com a chegada dos portugueses passou a se chamar povoado de
Atalaia. O nome Guarapuava é de origem indígena e significa “lobo bravo”.
Os elementos étnicos formadores da população foram o índio,
habitante da terra, o branco colonizador e o negro, trazido como escravo. Da
mistura dessas etnias surgiu um tipo regional de boa aparência, com pele clara
24
ou morena e estatura mediana. Com o passar do tempo, outras etnias
contribuíram para a formação do povo guarapuavano e hoje temos
descendentes de várias origens.
Guarapuava favorece a agricultura e a pecuária porque tem clima
moderado subtropical úmido - semelhante ao sul da Europa.
Por outro lado, em Guarapuava encontramos um dos maiores
índices de pobreza do Sul do país. Para constatar isso, basta olharmos a
periferia da cidade, onde encontramos muitas pessoas desempregadas e que
vivem com o dinheiro da venda de materiais recicláveis e também com a
ajuda da Bolsa-família.
O acesso físico a cidade é privilegiado por sua localização, em meio
a um corredor rodoviário e ferroviário. Guarapuava possui um ótimo potencial
energético, servido por várias hidrelétricas. Água e esgoto são de
responsabilidade da SANEPAR, que controla todo o sistema de saneamento
básico e cuida para que as normas de preservação ambiental sejam
respeitadas, protegendo as nascentes dos rios e processando todo o fluxo de
resíduos jogados nos esgotos. Guarapuava conta com um atendimento de água
a 98% da população, com 37.789 domicílios ligados, e os serviços de esgoto a
60%, com 16.770 ligações. A coleta de lixo é feita permanentemente na
cidade, com 37.976 domicílios atendidos.
Guarapuava oferece rede telefônica discada e com sistema de
telefonia celular no perímetro urbano e na zona rural.
É a cidade pioneira no ensino universitário do centro-oeste e
sudoeste do Paraná. Conta com a Unicentro e com três faculdades particulares.
No Ensino Fundamental, no ano de 2003 estavam matriculados 30.599 alunos
e no Ensino Médio, 6509 alunos.
Guarapuava conta com o auxílio de instituições voluntárias, como
por exemplo o SOS, o Albergue Noturno “Frederico Ozanan”, que é próximo ao
colégio. Conta também com o auxílio do Rotary, da Acopecc, do Clube Social
Soroptnista, da Maçonaria, da Comunidade Bethânia, da Pastoral da Criança e
do Centro de Nutrição Renascer
25
Possui vários pontos turísticos e de lazer. A Lagoa das Lágrimas é
um local central excelente para a prática de esporte e lazer. O Parque das
Crianças, situado no Bairro Bonsucesso oferece 47.000 metros quadrados de
opção de lazer e recreação. O parque das Araucárias é a única reserva
ecológica municipal do Brasil, com 100 alqueires de mata nativa, onde são
preservados cerca de 3800 pés de Araucárias Angustfolias. Conta ainda com o
parque recreativo do Jordão. Há também a Praça da Fé, que é um espaço
destinado a eventos religiosos, show, também é usado para práticas de
caminhadas, este local está situado próximo ao colégio.
O Bairro Bonsucesso, onde a escola está inserida, conta com vários
recursos. Nele encontramos farmácias, mercados, bares, igrejas de várias
denominações, lojas de roupas, lojas de materiais de construção e pontos de
comércio de vários gêneros.
Na área educacional, o bairro conta com centros de educação
infantil, escolas municipais e estaduais, possibilitando à população o acesso ao
ensino fundamental. Os alunos do colégio que desejam freqüentar o Ensino
Médio precisam se deslocar a outros bairros, ou até mesmo para o centro da
cidade.
A instituição escolar tem um importante papel na sociedade, desde
o seu surgimento como instituição responsável pela transmissão do saber. Ela
é a responsável por possibilitar aos alunos o acesso a esse conhecimento.
Sabemos que muitos alunos ainda não perceberam a sua importância e não
dão a ela o devido valor, pensam em desistir dos estudos ou até mesmo não
aproveitam adequadamente a oportunidade que lhes é ofertada. Infelizmente
ainda não compreenderam a força de mudança que o estudo pode realizar em
suas vidas.
Por outro lado muitos pais compreendem a necessidade da escola
como promotora de acesso ao conhecimento sistematizado e como meio de
melhor inserção na sociedade, e mantém seus filhos na escola. Muitos recebem
a Bolsa-família do Governo Federal como incentivo à permanência no ensino
fundamental. Em nosso colégio temos 120 alunos que recebem esse auxílio.
26
Na tentativa de fazer uma reflexão, professores e funcionários,
num momento de capacitação, elaborou o seguinte quadro:
O QUE TEMOS O QUE QUEREMOSSOCIEDADE − Capitalista
− Consumista− Não participativa− Corrupta− Desigualdade social− Sem princípios éticos
− Justa− Participativa− Honesta − Preocupada em ser e não
em Ter− Transparente− Culta e educada− Com valores éticos e
moraisESCOLA − N.º elevado de alunos
− Condições físicas precárias
− Falta de segurança− Paternalista− Desacreditada− Submissa
− Espaços adequados− Restaurada− Autônoma− Respeitada e valorizada− Segura− Menor n.º de alunos nas
salas− Instalações físicas
adequadas (inclusive ao portador de necessidades ed. Especiais)
ALUNOS − Mal educados− Desinteressados− Agressivos− Influenciados pela mídia− Viciados− Carentes− Desmotivados− Os bons são
prejudicados pelos maus
− Educados− Participativos− Saudáveis− Críticos− Comprometidos− Dedicados− Estudiosos− Com avaliação médica e
psicopedagógica anualPROFESSORES − Desmotivados
− Estressados− Submissos− Capacitados− Mal remunerados− Comprometidos com a
educação
− Motivados− Respeitados− Capacitados− Felizes− Saudáveis− Com melhores planos de
saúde− Bem remunerados
FUNCIONÁRIOS − Desrespeitados− Comprometidos− Estressados− Mal remunerados
− Respeitados/felizes− Saudáveis− Redução da carga horária− Reconhecidos
27
− Com melhores planos de saúde
− Bem remunerados
Se a realidade que temos é diferente da que queremos, temos
então de lutar para transformá-la. Então, nossa ação educativa deve se dar na
perspectiva de formação de cidadãos participativos, críticos, criativos,
conscientes de suas responsabilidades e de seus direitos.
Segundo Ilma Veiga, uma sociedade justa e solidária, onde as
pessoas sejam realmente felizes, não comporta atos discriminatórios de
qualquer natureza. Portanto, em nosso projeto não cabem formas de
preconceito, sejam eles de classe, gênero, raça, idade, credo, etc. Temos de
lutar pela igualdade de direitos, oportunidades e acesso, mas também de
respeito às diferenças.
28
MARCO CONCEITUAL
“Nesta era de solidão,
a escola vive um raro paradoxo.
Dela não se espera nada,
e dela se espera tudo ““.
(Pablo Gentili, 2003)
29
Para enfrentarmos a realidade apresentada, precisamos de
fundamentos sólidos, que nos embasem teoricamente, para que possamos
realizar uma ação educativa de qualidade, na busca de uma sociedade
democrática mais justa e igualitária.
“É impossível pensar pois, na superação da opressão, da passividade ou da pura rebelião que elas engendram, primeiro, sem uma compreensão crítica da história, na qual, finalmente, essas relações interculturais se dão de forma dialética, por isso, contraditória e processual. Segundo, sem projetos de natureza político-pedagógica no sentido da transformação ou da reinvenção do mundo” (FREIRE, 1995).
Sonhamos com uma sociedade onde todos os seres humanos
tenham seus direitos reconhecidos. Sabemos que para atingir muitos de nossos
sonhos, precisamos que seja ofertada uma educação de qualidade para a
população, pois junto com a educação vêem as condições para o
enfrentamento desse mundo desigual e também a consciência crítica e a
vontade de lutar por um mundo mais justo.
A reflexão sobre o tipo de sociedade que queremos e de que tipo
de homens e mulheres pretendemos formar, nos leva a ver que a sociedade
nem sempre foi assim e nem sempre será, ela é fruto da ação histórica das
pessoas nos diversos cantos do mundo.
Para a construção dessa sociedade tão sonhada, é necessário que
haja maior engajamento de todos nessa luta, principalmente de nós
educadores, pois, segundo Paulo Freire, “se a educação não pode tudo, ela
pode alguma coisa. Uma de nossas tarefas como educadores e educadoras é
descobrir o que historicamente pode ser feito no sentido de contribuir para a
transformação do mundo”.
Como conseqüência dessa ação, teremos a formação de um
homem que lute por seus direitos, que exerça a sua cidadania e lute pela
transformação social.
30
Para que isto seja alcançado de maneira mais eficaz, precisamos
somar esforços, pois com a união de todos, e com o esforço coletivo, tudo será
mais fácil. É somente com o compromisso coletivo que atingiremos nossos
ideais. O projeto é um compromisso coletivo, um rumo, que aponte numa
direção conservadora ou transformadora. Se nós estamos descontentes com a
realidade e queremos transformá-la, então temos de dirigir a educação no
sentido da formação de cidadãos participativos, críticos, criativos, conscientes
de suas responsabilidades e de seus direitos.
A legislação brasileira prevê que todos zelem pela educação e que
colaborem para o desenvolvimento dos cidadãos.
A Constituição Federal no artigo 205 estabelece que “a educação,
direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada
com a colaboração da sociedade, visando o pleno desenvolvimento da pessoa,
seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”.
No artigo 206, esclarece que “o ensino será ministrado com base
nos seguintes princípios: I – igualdade de condições para o acesso e
permanência na escola”.
O artigo 208 trata especificamente das providências que o poder
público deve tomar, sobre a freqüência dos alunos na escola: “O dever do
Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: ... parágrafo 3º:
Compete ao poder público recensear os educandos no ensino fundamental,
fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos pais e responsáveis, pela freqüência a
escola.”
A LDB reforça o que é garantido na lei maior e também estabelece
no Artigo 12 (VII e VIII) que os estabelecimentos de ensino deverão informar
aos pais e responsáveis sobre a freqüência e o rendimento dos alunos, bem
como sobre a execução de sua proposta pedagógica, e também devem
notificar ao Conselho Tutelar, juiz da Comarca e ao Ministério Público a relação
de alunos que apresentem quantidade de faltas acima de cinqüenta por cento
do percentual permitido em lei.
O Artigo 24 (VI) estabelece que “o controle de freqüência fica a
cargo da escola, conforme o disposto no seu regimento, e nas normas do
31
respectivo sistema de ensino, exigida a freqüência mínima de setenta e cinco
por cento para a sua aprovação”.
É papel da escola formar o cidadão para a inserção de cada
indivíduo no mundo das relações sociais, estimular o crescimento coletivo e
individual, o respeito mútuo e as formas diferenciadas de abordar os
problemas que se apresentam. Também é importante salientar que a
compreensão e a tomada de decisões diante de questões políticas e sociais
dependem da leitura crítica e interpretação de informações complexas, ou
seja, para exercer a cidadania é necessário saber interpretar, selecionar,
criticar, comunicar, calcular, medir, raciocinar, argumentar, tratar informações,
produzir conhecimentos a partir de outros.
Saviani, citado por Frigotto indica que “a mediação da escola,
instituição especializada para operar a passagem do saber espontâneo ao
saber sistematizado,da cultura popular à cultura erudita assume um papel
político fundamental. É nesta mediação que trabalho pedagógico expressa sua
força e especificidade política”. (1994)
É papel da escola desenvolver uma educação que não dissocie
escola e sociedade, conhecimento e trabalho e que coloque o aluno ante os
desafios que lhe permitam desenvolver atitudes de responsabilidade,
compromisso, crítica, satisfação e reconhecimento de seus direitos e deveres.
Temos muito claro que o aluno passa muito pouco tempo conosco e
que ele tem o direito de aproveitar ao máximo sua permanência na escola,
para adquirir as ferramentas necessárias que o ajudem no processo de
compreensão do mundo, de participação social, e de uma realidade que “ainda
não existe”. Portanto, quanto mais preparado ele estiver, mais chances de
obter sucesso em sua vida ele terá.
A viabilização desta visão de educação constitui-se num grande
desafio do qual os educadores não podem furtar-se. Este compromisso
expressa-se na ação pedagógica, na capacidade de estar atento e atuante em
defesa da escolaridade, assegurada pela LDB, e com qualidade.
Outra função atribuída à escola é a formação de um homem capaz
de exercer plenamente sua cidadania. Entende-se por “exercício da cidadania”,
32
a capacidade do homem em compreender a sua realidade, saber explicá-la e
agir sobre ela.
A educação , como integrante da estrutura social, é influenciada por
ela e também pode influenciá-la. Podemos então, modificar a estrutura social
apresentada, reproduzindo os modelos que nos são apresentados, ou usá-la
como instrumento de transformação. Se agirmos sob este prisma, cabe à
escola preparar culturalmente os indivíduos para uma melhor compreensão da
sociedade em que vive, possibilitar ao aluno a compreensão do papel do
trabalho na formação profissional, formar o indivíduo para a participação
política que implica em direitos e deveres da cidadania e que também promova
o desenvolvimento integral da pessoa.
A universalização do acesso e permanência do aluno com vistas à
aprendizagem de qualidade exige de todos uma inclusão efetiva de todos os
sujeitos no processo educativo. A opção pelo trabalho e decisões coletivas
fundamentam político e pedagogicamente a instituição educativa na
construção de igualdade e da recusa permanente à discriminação e a violência,
ao mesmo tempo que enfatizam e estimulam as experiências estudantis e
profissionais dos diversos segmentos da comunidade escolar.
“Desta forma, repensa as tarefas específicas no interior da escola:
a natureza educativa e a valorização do trabalho dos funcionários, sejam na
limpeza, na preparação de alimentos ou na digitação de documentos; o
compromisso ético-político de professores e pedagogos na realização de uma
prática pedagógica que assegure a apropriação dos conhecimentos articulados
aos interesses e necessidades da classe trabalhadora; a existência de uma
estreita relação ensino-aprendizagem, no sentido de que a aprendizagem
exige disposição em querer aprender, portanto disciplina e esforço pessoal,
que pela intervenção do professor assegura condições necessárias à qualidade
e autonomia dos processos e dos sujeitos” (FEIGES, Maria Madselva. 2003)
Portanto, a prática escolar deve concorrer para que a aprendizagem
seja um processo de construção, apropriação e transformação do
conhecimento historicamente acumulado e socialmente disponível.
33
Frente a esta realidade a nossa visão de educação é construir uma
escola que desenvolva ações concretas, desde a gestão ao especificamente
pedagógico, passando por políticas públicas que garantam o acesso e
permanência do aluno no sistema de ensino, com uma escolarização de
qualidade, e que permita ao aluno enfrentar o processo de exclusão social,
uma vez que a escola é a principal possibilidade de construção da sua
cidadania.
O Projeto possibilita a construção de um trabalho administrativo e
pedagógico, onde é possível a formação de um aluno cidadão, consciente do
seu papel na sociedade, crítico e capaz de fazer valer os seus direitos e
deveres civis e políticos. O perfil desse sujeito na educação é alguém que está
preocupado em contribuir para um mundo melhor em sua esfera de atuação.
E nesse processo de construção do Projeto Político pedagógico, a
construção coletiva é uma instância fundamental, pois permite que todos
manifestem suas opiniões e seu posterior engajamento para a realização do
trabalho.
O Projeto Pedagógico é o conjunto das ações, a articulação das
intenções, prioridades e caminhos escolhidos para realizar a função social da
escola, considerando-o de importância relevante porque nele constam as
nossas intenções, ações pedagógicas e onde estão traçados os caminhos que
pretendemos percorrer para alcançar os objetivos propostos, sempre tendo em
vista que o aluno é o centro do processo educativo.
Gestão escolar
A legislação brasileira prevê que o ensino público seja ministrado
com base em alguns princípios, e um deles é a gestão democrática.
A Constituição Federal, no artigo 206(VI) estabelece que seja feita
a “gestão democrática do ensino público, na forma da lei”
A LDB, seguindo as diretrizes da lei maior, no artigo 3º (VIII)
também prevê a gestão democrática do ensino público, na forma da lei e da
34
legislação dos sistemas de ensino. O artigo 14 esclarece que os sistemas de
ensino definirão as normas de gestão democrática, estabelece a participação
dos profissionais da educação, na elaboração da proposta pedagógica e a
participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares e
equivalentes.
A Deliberação 16/99 do CEE/PR, nos artigos 4o, 5o, esclarece sobre a
participação da comunidade escolar nos órgãos de gestão. O artigo 6o afirma
que “a gestão escolar, da escola pública, como decorrência do princípio
constitucional de democracia e colegialidade, terá como órgão máximo de
direção um colegiado”.
Formação dos educadores
“Nossa presença no mundo não é a de quem a ele se adapta, mas de quem nele se insere. É a posição de quem luta para não ser apenas objeto, mas sujeito também da história” (Paulo Freire)
A LDB, no Artigo 13 trata das incumbências dos docentes:
Os docentes incumbir-se-ão:
III - zelar pela aprendizagem dos alunos;
IV - estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de
menor rendimento;
V – ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de
participar integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação
e ao desenvolvimento profissional;
VI – colaborar com as atividades de articulação da escola com as
famílias e a comunidade
Tendo em vista o disposto no inciso V do artigo citado acima, a
Secretaria de Estado da Educação oferece simpósios aos educadores em
Faxinal do Céu e em Curitiba, oferece momentos de capacitações aos docentes
nos próprios estabelecimentos e também oportuniza estudos nas horas-
atividade nas escolas, visando a capacitação continuada dos educadores para
que sempre ofereçam uma educação pública de melhor qualidade.
35
Currículo da escola pública
“Gato Cheshire... quer fazer o favor de me dizer qual é o caminho que eu devo tomar? Isso depende muito do lugar para onde você quer ir – disse o Gato. Não me interessa muito para onde... – disse Alice. Então não tem importância o caminho que você tomar – disse o Gato.... Desde que eu chegue a algum lugar! ...- acrescentou AliceAh, disso pode ter certeza disse o Gato – e desde que caminhe bastante” ( Lewis Carrol)
Há cerca de quinze anos o Paraná promoveu um amplo processo de
elaboração de propostas curriculares que se concretizou no Currículo Básico.
Esse processo foi um momento significativo de avanço pedagógico. Contudo,
sofreu uma descontinuidade a partir das mudanças políticas públicas
apontadas pelas novas gestões governamentais no Estado.
Um momento histórico também diferenciado marcou a década de
90 na Educação Brasileira com a aprovação, após anos de discussão, da Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), com a elaboração das
Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) pelo Conselho Nacional de Educação e
com a proposta dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) indicados pelo
MEC, durante duas gestões consecutivas do governo federal.
Após vários anos de uma política neoliberal, que visava o
desenvolvimento de competências e habilidades, o Governo do Estado
instaurou um processo de elaboração das Diretrizes Curriculares para o Estado
do Paraná. Nesse processo, houve plena participação dos profissionais da
educação.
Esse processo de construção das diretrizes começou no ano de
2003 e ao longo dos anos seguintes, todos os professores e demais
profissionais se envolveram. Aconteceram momentos de discussão coletiva,
onde os professores se reuniram por áreas afins e assim pudessem discutir
entre seus pares, a melhor forma de se trabalhar os conteúdos. A SEED,
36
através desses momentos de discussão, ouviu as solicitações dos professores e
elaborou a versão preliminar das diretrizes, visando um plano de trabalho
unificado para o Estado do Paraná.
O Programa de Reformulação Curricular, adotou algumas
referências para o processo de discussão. O compromisso com a redução das
desigualdades sociais; a articulação das propostas educacionais com o
desenvolvimento econômico, social, político e cultural da sociedade; a defesa
da educação básica e da escola pública, gratuita de qualidade como direito
fundamental do cidadão; a articulação de todos os níveis e modalidades de
ensino; e a compreensão dos profissionais da educação como sujeitos
epistêmicos.
Inclusão
“Na escola que estamos construindo as diferenças individuais estão sempre presentes e a atenção à diversidade é o eixo norteador da inclusão educacional”( Departamento de Educacional da SEED)
Com a mudança de concepção sinalizada na Lei de Diretrizes e
Bases de Educação Nacional n.º 9394/96, reflexo dos movimentos
internacionais pela inclusão social, aponta-se uma ressignificação da Educação
Especial, ampliando-se não apenas a sua abrangência – desde a Educação
Infantil até o Ensino Superior – bem como o público-alvo a que se destina :
alunos com necessidades educacionais especiais.
Educação Especial é uma modalidade da educação escolar definida
em proposta pedagógica e assegura um conjunto de recursos, apoios e
serviços educacionais especiais, organizados para apoiar, complementar,
suplementar e, em alguns casos, substituir os serviços educacionais comuns,
de modo a garantir a educação escolar e promover o desenvolvimento das
potencialidades dos educandos que apresentam necessidades educacionais
especiais, em todos os níveis, etapas e modalidades da educação.
37
No Paraná, a Educação Especial é oferecida tanto na rede regular
de ensino quanto nas instituições especializadas.
As necessidades educacionais especiais são definidas pelos
problemas de desenvolvimento da aprendizagem apresentada pelo aluno, em
caráter temporário ou permanente, bem como pelos recursos e apoios que a
escola deverá proporcionar, objetivando a remoção das barreiras para a
aprendizagem, e compreendem:
− dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no
processo de desenvolvimento;
− dificuldades de comunicação e sinalização;
− condutas típicas;
− superdotação / altas habilidades.
No Paraná, o Departamento de Educação Especial é o órgão
responsável pela orientação da política de atendimento às pessoas com
necessidades educacionais especiais, em cumprimento aos dispositivos legais
e filosóficos estabelecidos na esfera federal e em consonância com os
princípios da Secretaria de Estado da Educação – SEED.
A oferta de atendimento aos educandos com necessidades
educacionais especiais no Estado vem sendo orientada de acordo com a
legislação vigente, com destaque aos documentos:
− Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, n.º 9394/96 –
Capítulo V – art. 58, 59 e 60.
− Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação
Básica – Parecer n.º 17/01 CNE e Resolução CNE nº 02/01.
− Deliberação nº 02/03 – CNE.
A oferta de serviços e apoios especializados na rede regular de
ensino visa ao atendimento de alunos com necessidades educacionais
especiais nas áreas das deficiências mentais, física, surdez, condutas típicas de
quadros neurológicos e psiquiátricos e psicológicos graves e altos
habilidades/superdotação, compreendendo:
− Sala de recursos;
− Centro de atendimento especializado;
38
− Professor de apoio permanente;
− Profissional intérprete;
− Instrutor surdo;
− Classe especial;
− Escola especial.
A garantia da escola pública para todos significa dar acesso
àqueles que a ela se reportam. Apenas a matrícula não garante a permanência
do aluno na escola. A cultura escolar deve permitir que os educandos tenham
um transcurso contínuo e progressivo no estabelecimento de ensino, com a
apresentação de resultados efetivos de aprendizagem.
O Paraná está fazendo uma inclusão educacional responsável. Mas
a inclusão, antes de ser educacional é social, portanto, é uma conquista de
toda a sociedade. A educação, aliada à vasta legislação que hoje dispomos
para a área e o essencial envolvimento da sociedade é que fortalecerão os
sentimentos éticos e de cidadania da população paranaense.
Blanco coloca que “a inclusão educacional não é uma ação da
Educação especial. É da escola comum. Implica em transformar a Educação
Comum no seu conjunto e, assim, deveremos transformar a Educação Especial
para que contribua de maneira significativa ao desenvolvimento de escolas de
qualidade para todos. Não poderemos impulsionar a inclusão a partir da
Educação Especial; esse é um desfio da escola comum”. (1998).
Avaliação
A tarefa de avaliar é muito complexa, constantemente busca-se
novos rumos e caminhos; é um tema provocativo e desafiador.
A avaliação nunca será uma atividade neutra , pois o modo como
se efetiva, a necessidade da tomada de decisões e juízos que nos é exigida
constantemente, sejam mais transformadoras ou conservadoras,
correspondem às concepções que construímos e também colocamos em
prática.
39
Avaliar impõe um enfrentamento com o real, um julgamento, mas
não pode ficar somente nesta perspectiva; pois, avaliar é também analisar,
compreender, desvelar, descobrir, pesquisar, estabelecer correlações, ampliar
a visão, aprofundar questões, dialogar, construir significados para os sujeitos e
para a coletividade.
Não podemos deixar de citar os aspectos legais, os quais norteiam
e validam as nossas ações, por isso descrevemos abaixo o que afirma a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação com relação à avaliação.
“Lei de Diretrizes e Bases da Educação nacional n.º 9394/96, CAPITULO II – Da Educação Básica, Seção I – Das Disposições Gerais, Art. 24, incisos V e VI:V – a verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios:
a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais;
b) possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso escolar;
c) possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante verificação do aprendizado;
d) aproveitamento de estudos concluídos com êxito;e) obrigatoriedade de estudos de recuperação, de
preferência paralelos ao período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas instituições de ensino em seus regimentos;
VI – o controle de freqüência fica a cargo da escola, conforme o disposto nos seu regimento e nas normas do respectivo sistema de ensino, exigida a freqüência mínima de setenta e cinco por cento do total de horas letivas para aprovação.”
Não poderíamos também deixar de citar a Deliberação n.º 007/99
do CEE, que trata também da avaliação e nos traz normas gerais para sua
regulamentação. (em anexo).
PEDAGOGIA HISTÓRICO – CRÍTICA
40
Manifestações da prática pedagógica escolar no Brasil
● Marco Teórico 1979;● A prática pedagógica propõe uma interação entre
conteúdo e realidade concreta, visando a transformação da sociedade ( ação – compreensão – ação)
● Enfoque no conteúdo como produção histórico – social de todos os homens
● Superação das visões não- críticas e crítico-reprodutivistas da educação.
Pressupostos teóricos
● Defende a escola como socializadora dos conhecimentos e saberes universais
● A ação educativa pressupõe uma articulação entre o ato político e ato pedagógico;
● Interação professor – aluno – conhecimento e contexto histórico – social;
● A intersubjetividade é mediada pela competência do professor em situações subjetivas
● A interação social é o elemento de compreensão e intervenção na prática social mediada pelo conteúdo
● Concepção dialética da história (movimento e transformação)
● Pressupõe a práxis educativa que se revela numa prática fundamentada teoricamente
● A natureza e especificidade da educação refere-se ao trabalho não- material que na escola pública não se subordina ao capital
● A tarefa desta pedagogia em relação à educação escolar implica:
a) Identificação das formas mais desenvolvidas em que se expressa o saber objetivo produzido historicamente, reconhecendo as condições de sua produção e compreendendo as suas principais manifestações, bem como as tendências atuais de transformação; os alunos não apenas assimilem o saber objetivo
b) Conversão do saber objetivo em saber escolar de modo a tomá-lo assimilável pelos alunos das camadas populares no espaço e tempo escolares;
c) Provimento dos meios necessários para que enquanto resultado, mais apreendam o processo de sua produção, bem como as tendências de sua transformação.
Representantes ou teóricos
● Demerval Saviani, Jamil Curi, Gaudêncio Frigotto, Luiz Carlos de Freitas, Acácia Zeneida Kuenzer, José Carlos Libâneo ( Pedagogia Crítico Social dos
41
Conteúdos);● Influências de autores internacionais como: Marx,
Gramsci, G. Snyders, M. Manacorda, Makarenko, Suchodolski
Psicologia ● Corrente sócio – histórica: Vygotski, Lúria, Leontiev, Wallon
Filosofia ● Materialismo histórico dialético
CONCEPÇÕES PEDAGÓGICAS: INTERAÇÃO DOS ELEMENTOS DA
PRÁTICA ESCOLAR
ElementosEscola Socializar o conhecimento produzido e acumulado
historicamente pela humanidade, de forma a ampliar a compreensão do sujeito sobre a prática social e de promover ações transformadoras.
Ensino Processo contínuo, sistemático, cumulativo, e significativo de mediação entre o aluno e o conhecimento produzido e acumulado historicamente enquanto instrumento cultural de apreensão crítica da realidade histórico social.
Aprendizagem Processo contínuo e cumulativo de interação do conhecimento científico apropriado e a prática.
Gestão Organização colegiada do trabalho escolar, de modo que todos participem das decisões e da construção da prática pedagógica, no sentido de que a escola cumpra sua função social e especificidade. Processo descentralizado de tomada de decisões.
Conteúdos Elementos culturais essenciais, principais e fundamentais à análise e compreensão das inter-relações e contradições que constituem a realidade histórico-social. Selecionamos a partir da cultura das diversas áreas do conhecimento científico.
Métodos Método dialético, matriz teórica marxista. A prática social é o ponto de chegada do processo de ensino-aprendizagem:
● Prática social (sincrética)● Problematização● Instrumentalização ● Catarse● Prática social (sintética)
Atividades Situações reais, reflexivas, desafiadoras, diversificadas, criativas e significativas à compreensão da prática social: pesquisa, debate, seminário, discussão coletiva, aula expositiva.
Avaliação Função diagnóstica. Instrumento de coleta de dados e de
42
análise sobre o processo coletivo de construção individual da aprendizagem. Possibilita o acompanhamento, a retomada e a continuidade do processo de ensino-aprendizagem (formativa)
Planejamento Organização coletiva e democrática do trabalho pedagógico escolar em níveis integrados: projeto político-pedagógico, proposta pedagógica, planejamento de ensino e plano de aula.
Aluno Sujeito ativo no processo de apropriação e de significação social do conhecimento e da prática social.
Professor Mediador, interventor, instrumentalizador no processo de apropriação do conhecimento pelo aluno e em sua relação com a prática social.
Pedagogo Profissional da educação que, no coletivo escolar, é responsável por organizar as condições didático-pedagógicas essenciais ao cumprimento do papel social e da especificidade do trabalho escolar. Cabe a ele promover, articular, instrumentalizar, mediar, intervir, acompanhar, coordenar e participar da construção e da avaliação do processo pedagógico.
43
MARCO OPERACIONAL
“Se planejarmos por um ano
Devemos plantar cereais
Se planejarmos por uma década
Devemos plantar árvores
Se planejarmos por uma vida
Devemos educar o homem”
( Kuan Tseu)
44
REDIMENSIONAMENTO DA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
PEDAGÓGICO
Então, para que o colégio atinja seus propósitos, ela necessita se
organizar em todos os aspectos, e assim, todos, num esforço coletivo, somarão
esforços para atingir o objetivo almejado.
Para garantir a execução de um trabalho mais estruturado e
organizado, o Colégio se organizará e determinará determinadas funções, de
acordo com o regimento escolar:
Serviços gerais e merenda
Compete ao servente:
− Efetuar a limpeza e manter em ordem as instalações escolares, solicitando o
material e produtos necessários;
− Efetuar tarefas correlatas à sua função.
Critérios para organização de práticas de higiene e limpeza
As normas de higiene e limpeza seguem a seguinte rotina:
− Limpeza do chão, das carteiras e cadeiras escolares, quadro de giz,
diariamente;
− Passar cera, semanal;
− Vidros, semanal;
− Cortinas, trimestral;
− Além da limpeza da cozinha, é feita limpeza profunda todas as sextas-feiras;
− Limpeza das calçadas, semanalmente;
− Recolha de lixo no pátio, diariamente, com o auxílio dos alunos;
− Limpeza da caixa d’água, anualmente;
− Jardinagem, com mutirão das salas, de acordo com a agenda 21.
Compete à merendeira:
45
− Preparar e servir a merenda escolar, controlando-a quantitativamente e
qualitativamente;
− Informar ao Diretor deste Estabelecimento de Ensino, da necessidade de
reposição de estoque;
− Conservar o local de preparação da merenda em boas condições de
trabalho, procedendo a limpeza e arrumação;
− Efetuar tarefas correlatas à sua função.
Compete ao Inspetor de Alunos:
− Zelar pela segurança e disciplina individual e coletiva, orientando os alunos
sobre as normas disciplinares para manter a ordem e evitar acidentes,
neste Estabelecimento de Ensino;
− Percorrer as diversas dependências deste Estabelecimento, observando os
alunos para detectar irregularidades, necessidades de orientação e auxílio;
− Encaminhar ao setor competente deste Estabelecimento de Ensino, no
controle de horários, acionando o sinal, para determinar o início e o término
das aulas;
− Observar a entrada e a saída dos alunos, permanecendo nas imediações dos
portões, para prevenir acidentes e irregularidades;
− Efetuar tarefas correlatas à sua função.
Secretaria
− Cumprir e fazer cumprir as determinações dos seus superiores hierárquicos;
− Distribuir as tarefas decorrentes dos encargos da Secretaria e seus
auxiliares;
− Redigir a correspondência que lhe for confiada;
− Organizar e manter em dia a coletânea de leis, regulamentos, diretrizes,
ordens de serviço, circulares, resoluções e demais documentos;
− Rever todo o expediente a ser submetido a despacho do Diretor;
− Elaborar relatórios e processos a serem encaminhados a autoridades
superiores;
46
− Apresentar ao Diretor, em tempo hábil, todos os documentos que devem ser
assinados;
− Distribuir os alunos em suas respectivas turmas;
− Distribuir as aulas aos professores e organizar seus horários;
− Organizar e manter em dia o protocolo, o arquivo escolar e o registro de
assentamento dos alunos, de forma a permitir em qualquer época, a
verificação:
a) da identidade e da regularidade da vida escolar do aluno;
b) da autenticidade dos documentos escolares.
− Coordenar e supervisionar as atividades administrativas referentes à
matrícula, transferência, adaptação e conclusão de curso;
− Zelar pelo uso adequado e conservação dos bens materiais distribuídos à
Secretaria;
− Comunicar à Direção toda irregularidade que venha ocorrer na Secretaria.
Pedagogos
“ Ser pedagogo ou pedagoga implica na consciência do que somos e do que desejamos, questionando a nós mesmos, a organização da escola e o sistema educacional. Na assunção de que não há construção isolada de um projeto de escola, de educação e de sociedade” ( Leda Scheibe)
− Coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do PPP (Projeto
Político Pedagógico) e plano de ação da escola;
− Coordenar a construção coletiva e a efetivação da proposta curricular da
escola, a partir das políticas educacionais da SEED/PR e das Diretrizes
Curriculares Nacionais do CNE;
− Promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudos para
reflexão e aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico e
para a elaboração de propostas de intervenção na realidade da escola;
47
− Participar e intervir, junto à direção, da organização do trabalho pedagógico
escolar no sentido de realizar a função social e a especificidade da
educação escolar;
− Participar da elaboração do projeto de formação continuada de todos os
profissionais da escola, tendo como finalidade a realização e o
aprimoramento do trabalho pedagógico escolar;
− Analisar os projetos de natureza pedagógica a serem implantados na escola;
− Coordenar a organização do espaço – tempo escolar a partir do projeto
político pedagógico e da proposta curricular da escola, intervindo na
elaboração do calendário letivo, na formação de turmas, na definição e
distribuição de horário semanal das aulas e disciplinas , do “recreio”, da
hora atividade e de outras atividades que interfiram diretamente na
realização do trabalho pedagógico;
− Coordenar junto à direção, o processo de distribuição de aulas e disciplinas
a partir de critérios legais, pedagógicos, didáticos e da proposta
pedagógica da escola;
− Responsabilizar-se pelo trabalho pedagógico didático desenvolvido na
escola pelo coletivo dos profissionais que nela atuam;
− Implantar mecanismos de acompanhamento e avaliação do trabalho
pedagógico escolar pela comunidade interna e externa;
− Apresentar propostas, alternativas, sugestões e/ou críticas que promovam o
desenvolvimento e o aprimoramento do trabalho pedagógico escolar,
conforme o projeto político pedagógico, a proposta curricular e o plano de
ação da escola e as políticas educacionais da SEED;
− Coordenar a elaboração de critérios para aquisição, empréstimo e seleção
de materiais, equipamentos e/ou livros de uso didático pedagógico, a partir
da proposta curricular e do projeto político pedagógico da escola;
− Participar da organização pedagógica da biblioteca da escola, assim como
do processo de aquisição de livros e periódicos;
− Orientar o processo de elaboração dos planejamentos de ensino junto ao
coletivo de professores da escola, promovendo estudos sistemáticos, trocas
de experiências, debates e oficinas pedagógicas;
48
− Elaborar o projeto de formação continuada do coletivo de professores e
promover ações para sua efetivação;
− Organizar a hora atividade do coletivo de professores da escola, de maneira
a garantir que esse espaço/tempo seja de reflexão/ação sobre o processo
pedagógico desenvolvido em sala de aula;
− Atuar junto ao coletivo de professores, na elaboração de projetos de
recuperação de estudos a partir das necessidades de aprendizagem
identificadas em sala de aula, de modo a garantir as condições básicas para
o processo de socialização do conhecimento científico e de construção do
saber realmente se efetive;
− Organizar a realização de conselhos de classe, de forma a garantir um
processo coletivo de reflexão/ação sobre o trabalho pedagógico
desenvolvido pela escola e em sala de aula, além de coordenar a
elaboração de propostas de intervenção decorrentes desse processo;
− Informar ao coletivo da comunidade escolar os dados de aproveitamento
escolar, de forma a promover o processo reflexão/ação sobre os mesmos
para garantir a aprendizagem de todos os alunos;
− Coordenar o processo coletivo de elaboração e aprimoramento do
Regimento Escolar da escola, garantindo a participação democrática de
toda a comunidade escolar;
− Orientar a comunidade escolar a interferir na construção de um processo
pedagógico numa perspectiva transformadora;
− Desenvolver projetos que promovam a interação escola/comunidade, de
forma a ampliar os espaços de participação, de democratização das
relações, de acesso ao saber e de melhoria das condições de vida da
população;
− Participar do Conselho Escolar subsidiando teórica e metodologicamente as
discussões e reflexões acerca da organização e efetivação do trabalho
pedagógico escolar;
− Propiciar o desenvolvimento da representatividade dos alunos e sua
participação nos diversos momentos e órgãos colegiados da escola;
49
− Promover a construção de estratégias pedagógicas de superação de todas
as formas de discriminação, preconceito e exclusão social e de ampliação
do compromisso ético/político com todas as categorias e classes sociais;
− Observar os preceitos constitucionais, a legislação educacional em vigor e o
Estatuto da Criança e do Adolescente, como fundamentos da prática
educativa.
Plano de ação do pedagogo
2007/2008
Justificativa:
Tendo em vista que o trabalho escolar deve dar-se de forma
organizada e sistematizada, e para que isso possa ocorrer de forma eficaz, ele
tem de ser primeiramente pensado e analisado. Pensando nisso, é que se
propõe esse projeto, para que se possa organizar e direcionar as ações
pedagógicas, para que estas atinjam os indivíduos envolvidos no processo.
Objetivos:
● Acompanhar o desenvolvimento das atividades desenvolvidas no
Colégio;
● Acompanhar o processo de ensino – aprendizagem, atuando junto aos
alunos, professores e pais, analisando o resultado com vistas a sua
melhoria;
● Realizar eleições de líderes de turma e assessorá-los durante o ano
letivo;
● Manter um clima agradável no ambiente de trabalho;
● Desenvolver ações que incentivem os alunos a manter a freqüência
escolar;
● Coordenar reuniões pedagógicas;
● Colaborar no cumprimento do Projeto Político Pedagógico.
Atividades / estratégias:
● Organizar reuniões pedagógicas;
50
● Selecionar materiais para estudo nas reuniões pedagógicas e nas horas-
atividades de acordo com a filosofia educacional vigente;
● Participar de reuniões promovidas pelo Núcleo Regional de Educação;
● Atendimento individual dos alunos;
● Atendimento individual das famílias quando se fizer necessário;
● Aplicação de dinâmicas de grupo nas turmas e nas reuniões de
professores;
● Organizar, com os professores, projetos de trabalho a serem
desenvolvidos durante o ano;
● Acompanhar a entrega de boletins;
● Acompanhar a freqüência dos alunos;
● Verificação dos motivos das faltas sem justificativas dos alunos;
● Dar devolutivas aos professores;
● Eleição do padrinho/madrinha e líderes de turma;
● Analisar os gráficos estatísticos dos Conselhos de Classe.
METAS OBJETIVOS ESTRATÉGIAS RECURSOS
- Motivar e incentivar os
alunos;
- Incentivar os alunos para
manter a freqüência no
colégio;
- Promover gincanas durante
as aulas.
- Aplicar dinâmicas de
grupo nas turmas;- Vídeos
motivacionais;- Aplicar provas
da gincana.- Promoção de
uma confraternização
com a turma vencedora da
gincana;
- vídeos;- alunos;- som;- folhas sulfite;- R$ para custear a premiação da turma vencedora da gincana.
- Promoção de palestras e
eventos
- Promover palestras com
temas de interesse e necessidade dos
alunos;- Ampliar o
horizonte cultural dos alunos.
- Verificar com os alunos, os temas de seu interesse;- Contatar pessoal
habilitado e disponível para as
palestras;- Assistir filmes no
Cinema
- Próprios dos alunos e da APMF;
51
- Elaboração e participação em
projetos.
- Elaborar projetos que ajudem no
entendimento dos conteúdos
programáticos e que envolvam os
alunos, professores e
equipe pedagógica.
- Participar de projetos enviados
ao colégio pelo Núcleo Regional
de Educação.
- Meio ambiente
- Feira de Ciências
- Humanos: alunos,
professores e equipe
pedagógica.
Direção
− Convocar elementos da Comunidade Escolar para a elaboração do Plano
Anual e do Regulamento Interno do Estabelecimento de Ensino,
submetendo-o à apreciação e aprovação do Conselho Escolar;
− Convocar e presidir as reuniões do Conselho Escolar, tendo direito ao voto
somente nos casos de empate nas decisões ocorridas em Assembléia;
− Elaborar os planos de aplicação financeira, a respectiva prestação de conta
e submeter à apreciação e aprovação do Conselho Escolar;
− Elaborar e submeter à aprovação do Conselho Escolar as diretrizes
específicas de administração deste Estabelecimento, em consonância com
as normas e orientações gerais emanadas da Secretaria de Estado da
Educação;
− Elaborar e encaminhar ao Núcleo Regional de Educação, ouvido o Conselho
Escolar, propostas de modificações no Regimento Escolar;
− Instituir grupos de trabalho ou comissões encarregados de estudar e propor
alternativas de solução, para atender aos problemas de natureza
pedagógica, administrativa e em situações emergenciais;
− Propor à Secretaria de Estado da Educação, através do Núcleo Regional de
Educação, ouvido o Conselho Escolar, alterações na oferta de serviços de
52
ensino prestados pelo Colégio, extinguindo ou abrindo cursos, ampliando ou
reduzindo o número de turnos e turmas e a composição das classes;
− Propor à Secretaria de Estado da Educação, através do Núcleo Regional de
Educação, ouvido o Conselho Escolar, a implantação de experiências
pedagógicas ou de inovações, de gestão administrativa;
− Coordenar a implementação das diretrizes pedagógicas emanadas da
Secretaria de Estado da Educação;
− Aplicar normas, procedimentos e medidas administrativas baixadas pela
Secretaria de Estado da Educação;
− Manter o fluxo de informações entre o Estabelecimento e os órgãos da
Administração Estadual de Ensino;
− Supervisionar a exploração da Cantina Comercial;
− Cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor, comunicando ao Conselho
Escolar e aos órgãos da Administração Estadual de Ensino as irregularidades
verificadas no âmbito da Escola e aplicar medidas saneadas;
− Submeter o Regulamento da Biblioteca à aprovação do Conselho Escolar;
− Administrar o patrimônio escolar em conformidade com a Lei vigente;
− Supervisionar as atividades dos órgãos de apoio, administrativo e
pedagógico do Estabelecimento;
− Verificar a execução dos serviços de manutenção e higiene do ambiente
escolar;
− Coordenar e supervisionar os serviços da secretaria escolar;
− Organizar o funcionamento geral do colégio e a utilização do espaço físico,
observadas as diretrizes específicas no que diz respeito:
a) ao atendimento e acomodação da demanda, inclusive a criação ou
supressão de classes;
b) aos turnos de funcionamento;
c) a distribuição de séries e classes por turno;
− Dar conhecimento aos alunos e pais e/ou responsáveis:
a) da proposta de trabalho do colégio;
b) do desenvolvimento do processo educativo.
53
TIPO DE GESTÃO
Segundo os princípios de gestão democrática, explicitados
anteriormente, o colégio oportunizará a participação da comunidade escolar e
local nas instâncias colegiadas do estabelecimento.
Papel das instâncias colegiadas
Conselho escolar
É concebido como local de debate e tomada de decisões. Como
espaço de debates e discussões, permite que professores, funcionários, pais e
alunos explicitem seus interesses, suas reivindicações. A instância de caráter
mais deliberativo, de tomada de decisões sobre os assuntos substantivos da
escola, proporciona momentos em que os interesses contraditórios vêm à tona.
Embora a participação de pais e alunos nas decisões do Conselho
da Escola nem sempre se faça da forma intensa que muitos poderiam esperar,
o fato de ser aí o local onde se tomam ou se ratificam decisões de importância
para o funcionamento da unidade escolar tem feito com que este órgão se
torne a instância onde se explicitam e procuram resolver importantes
contradições da vida escolar.
Para a composição do conselho será feita uma eleição, onde todos
os elementos da comunidade escolar tenham representatividade (professores,
funcionários, pais e alunos e representante da sociedade civil). O diretor do
colégio é o presidente do conselho.
O Conselho Escolar é o órgão máximo de direção da escola.
Conselho de classe
O conselho de classe é um órgão colegiado de natureza consultiva
e deliberativa em assuntos didáticos pedagógicos, com atuação restrita a cada
classe, tendo como objetivo avaliar o processo ensino-aprendizagem.
54
Constitui um espaço de encontro de posições diversificadas
relativas ao desempenho do aluno, que não fica, assim restrito à avaliação de
apenas uma pessoa. Guarda em si a possibilidade de articular os diversos
segmentos da escola e tem por objeto de estudo o processo de ensino, que é
o eixo central em torno do qual desenvolve-se o processo do trabalho escolar.
É constituído pelo diretor, pedagogo, professores. O colégio
oportunizará a participação da secretaria e um representante de turma para
juntos traçarem as melhores alternativas de trabalho, visando sempre a
melhoria do processo de aprendizagem via processo de ensino.
O conselho se reunirá ordinariamente em cada bimestre, para
analisar o desempenho da turma durante o período. Serão analisados aspectos
individuais dos alunos, da turma e também será feita a análise do trabalho
docente, suas dificuldades de trabalho e sugestões de encaminhamento. A
decisão do conselho é soberana.
Durante o conselho será preenchida uma ficha/ ata de conselho de
classe, onde serão analisados aluno por aluno, seus maiores problemas, suas
dificuldades. Também serão assinaladas as disciplinas que o aluno apresentou
aproveitamento abaixo da média e definidos os encaminhamentos de cada
caso.
Esta ficha servirá de subsídio para a reunião de entrega de
boletins, pois fornecerá dados aos professores e ao pedagogo que facilitarão o
acompanhamento individual, além da entrega do boletim de notas.
Atribuições:
- Emitir parecer sobre assuntos referentes ao processo ensino –
aprendizagem, e responder consultas feitas pelo diretor e equipe
pedagógica
- Analisar informações sobre conteúdos curriculares, encaminhamentos
metodológicos e processo de avaliação.
- Propor medidas que melhorem o aproveitamento escolar e a integração do
aluno na sala de aula
55
- Estabelecer planos de recuperação de estudos, em consonância com o
plano curricular
- Elaborar, junto com a equipe pedagógica, planos de adaptação e
dependência
- Analisar o aluno que apresenta freqüência superior a 75% e média inferior
a 6,0 (seis vírgula zero), definindo por sua aprovação ou não.
Modelo de ficha (em anexo)
APMF
A Associação de Pais, Mestres e Funcionários é uma instituição
auxiliar que tem como finalidade colaborar no aprimoramento da educação e
na integração família-escola-comunidade. Deverá exercer a função de
sustentadora jurídica das verbas públicas recebidas e aplicadas pela escola,
com a participação dos pais no seu cotidiano em cumplicidade com a
administração.
Será constituída pelo corpo docente, funcionários e pelos pais de
alunos matriculados neste estabelecimento de ensino.
As atividades da APMF serão regidas por estatuto próprio,
devidamente aprovado em Assembléia Geral e registrado em Cartório de
Registro de Títulos e Documentos.
A participação de pais, professores, alunos e funcionários por meio
da APMF, dá autonomia à escola, favorece a participação de todos na tomada
de decisões no que concerne às atividades curriculares e culturais. A APMF,
com a participação de pais, professores, funcionários e alunos, é o órgão mais
importante de uma escola autônoma, estando envolvido na organização do
trabalho pedagógico e no funcionamento administrativo da escola.
Caberá a APMF o acompanhamento das prestações de contas do
colégio.
56
Grêmio estudantil
O Grêmio Estudantil é um órgão que favorece a participação dos
alunos no colégio.
O processo de implantação do Grêmio seguirá as orientações da
Secretaria de Estado da Educação e terá regimento próprio.
Poderá candidatar-se ao grêmio qualquer aluno regularmente
matriculado no estabelecimento, através de montagem de uma chapa, que
será composta de 7 membros (presidente e vice, tesoureiro e vice, secretário
e vice, e orador). Após a composição das chapas será instaurado o processo
eleitoral, com campanhas, divulgação de propostas e eleição secreta.
O período da gestão do grêmio é de um ano.
Representantes de turma
O representante de turma será um aluno escolhido entre seus
colegas, para ser o porta-voz dos interesses da turma, perante professores,
direção e pedagogos. O representante da turma e seu vice-representante
serão escolhidos no início de cada ano letivo e representarão os interesses da
turma nesse período.
Ele terá também algumas atribuições, como por exemplo,
comunicar ao pedagogo a ausência do professor em sala de aula, participar
junto com o padrinho em reuniões do estabelecimento, participar do conselho
de classe, cuidar da turma na ausência do professor.
Periodicamente se reunirão com a pedagoga para reuniões de
estudo.
Madrinhas e padrinhos de turma
57
O padrinho ou a madrinha da turma será escolhido pelos alunos da
turma, para representá-los perante a direção e pedagogos. Ele será o
responsável direto por aquela turma quando precisar resolver uma dada
situação, também será o responsável por repassar a turma as determinações
do conselho de classe.
Será o responsável pela turma no desenvolvimento dos projetos do
colégio. Caberá também ao padrinho o incentivo a participação nos eventos
promovidos pelo colégio e à contribuição da APMF.
Eleição de diretores
Outro fator importante que garante o mecanismo de gestão
democrática é a eleição de diretores de escola, uma vez que é oportunizada a
participação de toda comunidade escolar na escolha do seu dirigente e
automaticamente, o dirigente do Projeto Político Pedagógico do
estabelecimento. Constitui-se um momento de reflexão coletiva e
enfrentamento ao projeto neoliberal de sociedade e de educação que reforça
os processos de exclusão e de desumanização a que a população vem sendo
submetida.
As eleições para diretores seguem as normas das instruções e
resoluções emanadas do Governo do Estado do Paraná. Podem candidatar-se
professores que mantenham vinculo com o estabelecimento a mais de três
meses.
Para candidatar-se o interessado deve elaborar um plano de ação,
onde serão estabelecidas as suas intenções de gestão e seus mecanismos,
atendendo sobre a gestão democrática, capacitação dos educadores e
equipamentos. E outras ações que nortearão seu plano de gestão.
PLANO DE AÇÃO 2006/2007
58
Diretor(a): GISLENE APARECIDA GÓES
Objetivos Gerais:
- Gerir a escola de acordo com o Projeto Político Pedagógico, dentro dos
princípios de uma gestão democrática, favorecendo a participação das
instancias colegiadas: Conselho Escolar, Conselho de classe,
Representantes de Turma, Grêmio Estudantil e APMF;
- Dar conhecimento aos alunos sobre o regulamento interno do colégio;
- Garantir o acesso ao saber historicamente produzido pela humanidade;
- Garantir ao aluno acesso e permanência na escola;
- Oportunizar a formação continuada dos educadores, funcionários, alunos
e pais;
- Favorecer a participação da comunidade escolar nos conselhos escolares,
projetos da escola e associações com parcerias;
- Buscar a qualidade da aprendizagem dos alunos através do envolvimento
dos pais, professores e funcionários;
- Valorizar funcionários, professores e alunos enquanto pessoa humana;
- Conscientizar o zelo e a manutenção do patrimônio escolar e de todo o
espaço físico e estrutural o colégio;
- Buscar a participação de toda a comunidade escolar nos mutirões para
limpeza e conservação da escola.
AÇÃO RESPONSÁVEL CRONOGRAMA- Viabilizar em parceria com o município (SURG) o fechamento das várias fossas existentes no jardim da escola, para a construção de um novo estacionamento;- Dar continuidade aos protocolos enviados à FUNDEPAR sobre a ampliação e reforma da escola, bem como a construção de 2 pavilhões e do muro;- Viabilizar o espaço e as condições do uso do
- Direção, APMF e Conselho Escolar;
- Direção e APMF
- Direção;
- 1º Bimestre de 2006;
- Durante o ano de 2006;
- Ao longo dos anos
59
laboratório de informática que está sendo implantado na escola pela SEED;- Resgatar a história do patrono da escola (cerimonial);- Criação do Hino da escola;- Oportunizar a participação dos representantes dos funcionários dos serviços gerais e auxiliares administrativo nas reuniões do colégio; - Permitir a participação de um representante de cada turma no conselho de classe;- Acompanhar o projeto FICA
- Promoção de reuniões com a comunidade escolar sobre a importância da participação e acompanhamento da vida escolar do aluno e educação, pela família e seus responsáveis;
- Favorecer a criação do Grêmio Estudantil;- Oportunizar a participação dos alunos em reuniões para deliberar sobre seus interesses perante o grêmio estudantil;- Adquirir equipamentos que facilitem o bom andamento do trabalho realizado na escola. Por exemplo: impressora.- Realizar reuniões com APMF e Conselho Escolar;- Entregar os boletins para os pais e responsáveis em todos os turnos de funcionamento do colégio, independente do horário de freqüência do aluno;- Oportunizar a participação do corpo docente, discente e funcionários, bem como pais
- Professores, funcionários e alunos;Professores e alunos;
- Direção;
- Pedagogo e representante de turma;- Professores, Pedagogos e Direção;- Direção, Pedagogos e Professores;
- Direção, Pedagogos e Professores;- Pedagogos, professores e alunos;
- Direção e APMF;
- Direção, APMF e Conselho escolar
- Pedagogos, direção e professores
- Pedagogos, direção e SEED.
de 2006/07;- Ao longo dos anos de 2006/07;
- Ao longo da gestão;
- Reuniões do colégio e conselhos de classe;- Reuniões bimestrais;
- Ao longo do período letivo.- Ao longo da gestão;
- Ao longo da gestão;- Reuniões bimestrais e extraordinárias;
- Ao longo da gestão;
- Reuniões bimestrais;- Ao longo da gestão.
- Ao longo da gestão
60
e conselheiros, em eventos de formação continuada promovidos pela mantenedora e pela escola.
Avaliação:
Reunir anualmente as instâncias colegiadas para avaliação do plano de
ação e, determinar novas ações ou a permanência das mesmas.
Relação entre os aspectos pedagógicos e administrativos.
O pedagogo também deve ser parceiro com o dirigente do colégio
e também é dirigente na medida que é responsável por articular o conjunto
dos envolvidos diretamente nas atividades da escola, no planejamento das
ações que levem a realização da função da escola que é orientar
didaticamente a construção do conhecimento pelo aluno.
Assim, o diretor como coordenação política e administrativa e o
pedagogo como coordenação pedagógica devem sempre caminhar juntos na
direção de um único propósito que é o de realizar a função da escola.
RECURSOS QUE A ESCOLA DISPÕE PARA REALIZAR O PROJETO
Fundo rotativo
O Colégio recebe do governo através da FUNDEPAR, 10 (dez)
parcelas de R$ 733,82 (setecentos e trinta e três reais e oitenta e dois
contavos), que são destinadas para as despesas com material de consumo, o
61
material de expediente, pedagógicos, limpeza, ferramentas, cozinha, higiene e
esportivos.
Antes de efetuar a compra, é feito um plano de aplicação mensal,
com a presença dos órgãos colegiados e após a deliberação, as compras são
feitas pela direção do colégio. É feito supervisionamento por esses órgãos e
também é enviada uma cópia da prestação de contas para o Tribunal de
Contas do Estado.
Através desse sistema do fundo rotativo, também é repassada uma
cota suplementar para a complementação de Gêneros Alimentícios para a
merenda escolar. Esta parcela é aplicada exclusivamente para a aquisição de
temperos, frutas, hortaliças, carne , ovos, leite in natura e leguminosas. Como
comprovante das despesas, são enviadas na prestação de contas, as notas
fiscais de venda ao consumidor e nota fiscal do produtor.
PDDE
O PDDE (Programa Dinheiro Direto na Escola) é uma verba anual. É
uma verba do MEC / FNDE, repassado diretamente às escolas.
Os recursos liberados pelo MEC / FNDE são destinados para manter
e desenvolver o ensino fundamental e são repassados conforme o nº de
matrículas do censo escolar do ano anterior. O Colégio recebeu R$ 3.565,20
(três mil, quinhentos e sessenta e cinco reais e vinte centavos).
Esse recurso destina-se a compra de material de expediente,
chamado de recurso de custeio e de material permanente, chamado de recurso
de capital.
Também é feito um plano de aplicação dos recursos, que deverá
ser elaborado e aprovado pelo Conselho Escolar, pela Diretoria e Conselho
Deliberativo e Fiscal da APMF, com registro em ata. Após a pesquisa de preços,
é efetivada a compra e a prestação de contas. Quanto à prestação de contas, é
enviada uma cópia para o tribunal de contas da União.
62
Contribuições da APMF
A APMF (Associação de Pais, Mestres e Funcionários) é um órgão
representativo e fiscal da comunidade escolar.
Entre as demais ações realizadas, a APMF arrecada contribuições
espontâneas dos pais através de mensalidades e seus recursos são aplicados
em despesas rotineiras e também para o pagamento das contas de telefone do
colégio.
Ela também administra a cantina do colégio, que segue as normas
e diretrizes da Lei 14855 de 19/10/2005 que regulamenta a venda de produtos
nas cantinas escolares.
Critérios para a elaboração do calendário escolar, horários
letivos e não letivos.
O calendário escolar segue as normas da instrução 14/06 – SUED,
onde prevê que sejam destinados 200 (duzentos) dias para o período letivo.
Nesse calendário já estão previstos os dias de recesso, reuniões,
conselhos e início e término do período letivo.
As capacitações são marcadas pela SEED e as datas são definidas
no calendário estadual. No colégio são definidos os dias para reuniões
pedagógicas e conselhos de classe.
Plano de formação continuada dos educadores
Pela mantenedora, na hora atividade, nas reuniões pedagógicas, no
conselho de classe.
Com o objetivo de manter e propiciar um bom relacionamento no
ambiente de trabalho, durante as reuniões pedagógicas serão realizadas
63
leituras e discussão de textos, serão assistidas fitas de motivação e aplicação
de dinâmicas de grupo.
Critérios para organização e utilização dos espaços
educativos
Embora a tecnologia ofereça variedades de recursos, os disponíveis
em nossa escola são restritos, o que implica na organização de cronogramas
para sua utilização, que é o caso do vídeo, do DVD, da televisão e do rádio.
A biblioteca está adaptada usando parte do saguão. Seu espaço é
pequeno e os alunos a utilizam em pequenos grupos para pesquisa. As aulas
de leitura na biblioteca com toda a turma não são possíveis de serem
realizadas, então os professores levam os livros para a sala de aula para que
seus alunos tenham mais acesso a leitura.
Também será ofertada a oportunidade dos alunos realizarem
empréstimos de livros para serem lidos em casa. Será organizado um fichário
para o controle de empréstimo dos livros e também será organizado o
regulamento de funcionamento da biblioteca.
O regulamento da biblioteca deverá ser elaborado pelo responsável
pela biblioteca, junto com o pedagogo, onde estarão explicitados sua
organização, funcionamento e atribuições. O regulamento será entregue para a
direção para apreciação.
É importante que os alunos tenham acesso aos materiais de uso
freqüente, e que os trabalhos individuais ou coletivos tenham espaço para
serem expostos. Nesse caso é fundamental a conscientização de todos para o
respeito ao material exposto.
A organização do planejamento das aulas está orientado na
instrução normativa do colégio (em anexo), onde estabelece que cada
professor deve preparar suas aulas aproveitando da melhor forma o tempo de
50 minutos de cada aula. É importante que o professor defina claramente as
atividades, estabeleça a organização em grupo, use recursos materiais
64
adequados e que o período de execução da atividade seja previsto
anteriormente.
Todas as atividades escolares devem ser planejadas para que o
tempo que o aluno permaneça na escola seja muito bem aproveitado até
mesmo os intervalos de aulas, o período na biblioteca, quadra, etc.
O professor deve ser o orientador do uso do tempo, ajudando os
alunos nessa utilização.
Organização escolar
O critério de organização do tempo escolar adotado por este
estabelecimento de ensino é o da seriação (séries anuais).
A organização curricular utilizada é por disciplina, onde cada
disciplina específica trabalha de acordo com os princípios propostos pelas
Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná.
Os professores especialistas de cada área decidiram em reuniões
junto com a equipe de ensino do NRE que fosse feita uma relação de conteúdos
unificada, para que todos trabalhassem os mesmos conteúdos no mesmo
período de tempo.
O estudo sobre o Estado do Paraná é feito através de projetos
inseridos nas disciplinas de História e Geografia e o estudo sobre cultura afro-
brasileira e africana é desenvolvido através de projeto interdisciplinar realizado
nos meses de maio e novembro.
AFRODESCENDENTES
Carga horária das disciplinas
A carga horária das disciplinas está de acordo com o Artigo 24 da
LDB, inciso I que dispõe:
“I – a carga horária mínima anual será de oitocentas horas, distribuídas por um mínimo de duzentos dias de
65
efetivo trabalho escolar, excluindo o tempo reservado aos exames finais, quando houver”.
O Conselho Estadual de Educação, por meio da Deliberação 14 de
1999 determinou que as matrizes curriculares dos estabelecimentos de ensino
fossem compostas de :
● Base Nacional Comum – 75% da carga horária e
● Parte Diversificada – 25 %, cuja escolha compete aos
estabelecimentos de ensino.
No ano de 2003, a APP Sindicato e a Secretaria de Estado da
Educação enviaram ao Conselho Estadual uma consulta à respeito da
organização e distribuição da carga horária na matriz curricular. Em resposta a
essa consulta o Conselho Estadual elaborou o parecer nº 1000/03, propondo
um novo entendimento quanto a Base Nacional Comum e a Parte Diversificada,
conforme a Resolução CNE/CBE onde diz que não há definição de percentual
para o Nível Fundamental. Frente a esta colocação, a Secretaria de Estado
solicitou que os professores discutissem a respeito da Matriz Curricular e
também se seria necessário que a SEED estabelecesse critérios ou que
sugerisse opções de matriz curricular para toda a rede estadual. Então, a
matriz ainda será discutida e definida coletivamente.
De acordo com a instrução 04/2005 da SEED/SUED, a
Superintendente da Educação, com vistas à implantação das novas
Orientações / Diretrizes Curriculares da Rede Pública Estadual da Educação
Básica do Estado do Paraná, a partir de 2006, instruiu que os estabelecimentos
da Rede Pública Estadual deverão elaborar nova Matriz Curricular para o Ensino
Fundamental e Ensino Médio (regular), com implantação a partir do ano letivo
de 2006, de forma simultânea.
Atendendo a essa instrução, o colégio, num processo de consulta
aos professores e equipe pedagógica, escolherá uma das três matrizes
sugeridas pela instrução. Segue abaixo a matriz escolhida que foi implantada
no ano letivo de 2006.
DISCIPLINAS 5ª 6ª 7ª 8ª
66
BASE
NACIONAL
COMUM
ARTES
CIÊNCIAS
EDUCAÇÃO FÍSICA
ENSINO RELIGIOSO
GEOGRAFIA
HISTÓRIA
LÍNGUA PORTUGUESA
MATEMÁTICA
2
3
3
1
3
3
4
4
2
3
3
1
3
3
4
4
2
3
3
4
3
4
4
2
4
2
3
4
4
4
PD L.E.M. - INGLÊS 2 2 2 2
TOTAL GERAL 24 24 25 25
Módulo: 40 semanas/Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96
Critérios para organização de turmas e distribuição por
professor em razão de especificidades.
Para o agrupamento da clientela escolar é respeitada a faixa etária
dos alunos e é feita distribuição aleatória nas turmas. Os pais manifestam
interesse através de matrícula e em seguida as turmas são montadas,
respeitando o número mínimo e máximo de alunos em sala de aula.
Os professores juntamente com a direção e pedagogos reúnem-se
e decidem como será feita a distribuição de aulas. Os professores terão
preferência de escolha pela ordem de tempo de trabalho no estabelecimento.
O professor especialista da área terá direito de escolha da
disciplina. Na falta do especialista da área, será feita distribuição de acordo
com a reunião.
67
Critérios para preenchimento do livro de chamada e
reposição de aulas
O preenchimento do livro de chamada segue as normas da
Instrução 13/04 da SEED/PR, onde estabelece que o livro de chamada é um
documento que deve ter suas informações registradas de maneira fidedigna.
A reposição de aulas será de acordo com a instrução normativa do
colégio e o registro se dará em uma tabela que ficará a disposição dos
professores. Os professores apresentarem faltas terão prazo de trinta dias para
efetuar a reposição. Está poderá ser feita na falta de outro professor, havendo
disponibilidade de horário. Caso isso não seja possível, será marcado um
sábado mês, quando será feita a reposição das aulas.
COLÉGIO ESTADUAL DR. RUBEM FLEURY DA ROCHA – EFM
QUADRO PARA CONTROLE DE FALTAS E REPOSIÇÃO DE AULAS
FALTA REPOSIÇÃOProfessor Data da falta Turma Data da reposição Assinatura
A secretaria fará o registro no livro ponto e esse controle ficará junto com
a pedagoga.
Escolha e uso do livro didático
O livro didático é um dos recursos que o professor pode utilizar na
realização de suas aulas. Na escolha do livro didático os professores devem
ficar atentos à qualidade, a coerência em relação aos objetivos propostos.
68
Será feito um controle para a entrega e devolução do livro
didático, pois como os livros didáticos não são consumíveis, o seu uso não
pode ser destinado a um único ano. Assim, no início do ano, os pedagogos
juntamente com o bibliotecário ou seu responsável, farão a entrega dos livros
diretamente aos pais dos alunos, que assinarão um controle de entrega do livro
didático. No final do ano letivo, os alunos deverão devolvê-los e o mesmo
cadastro será retomado. Quando os alunos são transferidos, é solicitada a
devolução dos livros na secretaria do colégio, e da mesma forma será
registrada a sua devolução. Junto com a devolução do livro didático, o
professor fará a devolução do livro do mestre.
Quadro para controle de entrega e devolução do livro didático.
COLÉGIO ESTADUAL DR. RUBEM FLEURY DA ROCHA – EFM
ENTREGA / DEVOLUÇÃO DE LIVROS
TURMA: _______________ ANO: ________Aluno P M H G C Assinatura do responsável
Diretrizes para avaliação do desempenho do pessoal docente e não
docente, do currículo, das atividades extra-curriculares e do projeto
político pedagógico
69
Segundo as normas da entidade mantenedora, semestralmente, os
professores passarão por avaliação de desempenho, onde serão analisados os
seguintes critérios: produtividade,assiduidade, participação e pontualidade.
Acompanhamento aos alunos ausentes e egressos
Segundo as orientações legais contidas na Constituição e na LDB, e
no Estatuto da Criança e do Adolescente, o aluno tem direito ao acesso e
permanência na escola.
A Lei 10287/01 trata dos procedimentos que as escolas devem
efetuar quando da falta do aluno, então, para garantir esse disposto na lei, e o
direito do aluno em permanecer na escola.
O colégio efetuará os seguintes procedimentos, quando da falta
sem justificativa do aluno:
Professor: assim que constatar a ausência do aluno por cinco dias
letivos consecutivos ou sete alternados no período de um mês, preencherá o
formulário de controle de freqüência interna e o entregará ao pedagogo.
COLÉGIO ESTADUAL DR. RUBEM FLEURY DA ROCHA – EFM
CONTROLE INTERNO DE FREQÜÊNCIA
NOME DO ALUNO ____________________________________________________
SÉRIE / TURMA / TURNO _____________ DISCIPLINA _____________________
NOME DO PROFESSOR ________________________________________________
DATA DAS FALTAS ____________________ TOTAL DE FALTAS _______
MOTIVO DAS FALTAS ________________________________________________
INICIATIVAS DESENVOLVIDAS PELO PROFESSOR
____________________________________________________________________________
______________________________________________________________
70
DATA DA COMUNICAÇÃO _______________________
ASSINATURA DO PROFESSOR _________________________________________
Pedagogo: mediante entrega do formulário de controle de
freqüência, preencherá as três vias da FICA (campos nº 1, 2 e 3) comunicando
o fato à direção.
Direção: juntamente com a equipe pedagógica, realiza no prazo de
cinco dias, contato com o aluno e sua família, buscando seu retorno e
preenche o campo nº4 da FICA.
Obtendo êxito com o retorno do aluno à escola, arquiva a FICA em
pasta própria. Não obtendo êxito, encaminha a 1a e 3a vias de tal documento
ao Conselho Tutelar, arquivando a 2a via na escola.
Transcorridos 10 dias do encaminhamento da FICA ao Conselho, o
Ministério público deverá ser imediatamente comunicado.
Práticas avaliativas e recuperação paralela
Os registros avaliativos são realizados através de notas bimestrais.
Cada professor realiza várias propostas de atividades em sala de aula ou
propõe trabalhos e pesquisas para complementar os estudos. Os resultados da
avaliação serão comunicados bimestralmente às famílias, através da reunião
para a entrega dos boletins.
A avaliação é somativa e será aprovados o aluno que obtiver média
60 (sessenta) e freqüência mínima de 75%. Casos específicos serão definidos
em conselho de classe, de acordo com o regimento escolar.
De acordo com a LDB , artigo 24, inciso V, verificamos a
obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralela ao período
letivo.
Num princípio de avaliação formativa, que se dá ao longo do
processo, possibilita-se aos alunos a sua recuperação em cada fase do
processo de ensino-aprendizagem, oportunizando aos alunos que não
71
atingiram a média e os objetivos traçados pelo professor, a recuperação
paralela.
A cada conteúdo trabalhado e avaliado o professor deve reservar
um tempo para analisar com toda a classe conceitos aprendidos e os que ainda
ficaram dúvidas.
Serve como estratégias de recuperação, diversificar a maneira de
explicar o mesmo conceito, alunos receberem exercícios elaborados pelo
professor em linguagem bem acessível para serem resolvidos em casa, com o
conhecimento dos pais sobre esta necessidade de mais atendimento. Afinal, a
recuperação nada mais é que uma nova oportunidade de construir
aprendizagens.
Atividades escolares em geral e as ações didático-
pedagógicas a serem desenvolvidas durante o tempo escolar.
• Apresentações alusivas às datas comemorativas: dia dos pais,
dia das mães.
• Feira cultural
• Dia do patrono
• Dia do estudante
• Resgate da história do bairro e do colégio
• Palestras e filmes sobre temas trabalhados durante o bimestre,
que levem o aluno a refletir sobre a vida, o seu papel na
sociedade e que ampliem sua visão de mundo.
• Atividades culturais como: teatro, música, textos criados pelos
próprios alunos.
• Dia cívico semanal, onde serão cantados os hinos: nacional, da
independência, estadual, municipal.
• Atividades competitivas como gincanas ou jogos oportunizando
ao aluno expressar sua solidariedade.
72
AGENDA 21
Projeto em arquivo anexo
AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
A educação é um assunto de interesse público, e por isso o
Programa Institucional da Educação Básica deve envolver todos os atores,
desde os alunos do Ensino Fundamental até os adultos, ocupantes de cargos
de chefias nas instituições responsáveis pela educação no Estado, iniciando um
amplo movimento de mobilização da comunidade escolar para refletir, discutir
e agir pela melhoria da qualidade de nossa escola.
A informação resultante da auto-avaliação é da escola e a
responsabilidade no processo de Avaliação Institucional é de todos: alunos,
pais, mães, funcionários, professores e pedagogos, diretores e órgãos públicos,
enfim, toda pessoa ou instituição que se relaciona com a escola e se mobiliza
por sua qualidade.
O objetivo primeiro é contribuir para que a comunidade escolar se
engaje na luta pela melhoria da qualidade da escola. Entretanto, é necessário
que se estabeleça uma base comum, na busca da unidade na diversidade que
é cada Escola, cada Região e também a natureza de cada setor na sede da
Secretaria de Estado da Educação. Nesse sentido, o compartilhamento dos
resultados da avaliação nas três instâncias colabora para que o Sistema
73
Educacional enfrente os problemas que não são de responsabilidade apenas da
escola.
A elaboração de um plano de trabalho a partir dos elementos
identificados na Auto-Avaliação deve ser o próximo passo. Para tanto, a
definição de alguns indicadores de qualidade na Educação Básica pode auxiliar,
quando o que se busca é a melhoria da qualidade das instituições
educacionais.
Indicadores são sinais que revelam aspectos de determinada
realidade e podem qualificar algo. É importante considerar os indicadores de
qualidade da instituição escolar em relação a importantes elementos de sua
realidade, como auxiliares à reflexão, à proposição de ação na busca dessa
qualidade. Sem dúvida, com um bom conjunto de indicadores – um quadro de
sinais – é mais fácil identificar o que vai bem e o que vai mal e permitir que
todos tomem conhecimento e tenham condições de discutir e decidir as
prioridades de ação para melhorá-la.
O Programa de Avaliação Institucional estará cumprindo o seu
objetivo, que é o de sinalizar os fatores que facilitam e dificultam o processo
democrático e a qualificação do sistema e das instituições educacionais na
Rede Pública de Ensino, não apenas para a tomada de consciência mas,
principalmente, visando a correção de rumos e o comprometimento com ações
inovadoras que visem ao avanço da melhoria da Educação Básica no Estado do
Paraná.
A escola será avaliada nas seguintes dimensões:
- Gestão interna: como a escola se organiza internamente para
cumprir sua finalidade
- Gestão externa: como ela se relaciona e se integra com outros
atores sociais
- Finalidade: em que medida ela tem cumprido sua finalidade.
Serão analisados os resultados educacionais da escola, quanto a
acesso, permanência e aproveitamento escolar
O colégio se organizará e efetuará a avaliação institucional de seu
projeto político pedagógico, através de reuniões onde acontecerão os
74
momentos de auto-avaliação, com a aplicação dos instrumentos de coleta de
informações. Para tanto, serão definidos os grupos, incluindo diferentes atores
(pais, alunos, funcionários, professores, ...) Em seguida, serão analisados os
dados obtidos nas avaliações, com vistas à proposição de ações na busca da
qualidade da educação.
DIMENSÕES A SEREM AVALIADAS
AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL INSTÂNCIAS DO SISTEMAEscola NRE Sede da
SEED/FUNDEPAR
DIMENSÕES
DE
ANÁLISE
GESTÃO
INTERNA
Como se organiza internamente para cumprir sua finalidade
- Condições
físicas, materiais,
e R$ das escolas.
- Profissionais da educação.- Planejamento e prática pedagógica.- Ambiente educativo.- Mecanismos de decisão colegiada.
- Condições físicas, materiais e de R$ dos NRES.- Profissionais da educação.- Apoio técnico e administrativo às escolas.- Ambiente educativo.- Mecanismos de decisão colegiada.
- Condições físicas, materiais e de R$ da sede da SEED/Fundepar.- Profissionais da educação.- Apoio técnico e administrativo às escolas e aos NRES.- Ambiente educativo.- Mecanismos de decisão colegiada.
EXTERN
Como se relaciona e como se integra com outros atores sociais
- Relação com outras instâncias do sistema.- Relação com a comunidade.- Canais de
- Relação com outras instâncias do sistema.- Relação com os municípios e a sociedade
- Relação com outras instâncias do sistema.- Relação com a sociedade organizada.
75
A participação. organizada.- Canais de
participação.
- Canais de participação.
FINALIDADE
Em que medida tem cumprido sua finalidade.
Resultados
educacionais da
escola:
AcessoPermanênciaAproveitamento Escolar
Resultados educacionais do NREAcessoPermanênciaAproveitamento Escolar
Resultados Educacionais do estadoAcessoPermanênciaAproveitamento Escolar
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Deliberação n º 007/99 do Conselho Estadual de Educação.
FEIGES, M. M. F. O projeto político pedagógico e a eleição de diretores de escola: limites e possibilidades da gestão democrática. In: Secretaria de Educação de Maringá. Caderno Temático I, 2003, p.32-37.
FRIGOTTO, Gaudêncio. Fundamentos de um projeto político pedagógico. In: Dermeval Saviani e a educação brasileira: o simpósio de Marília. São Paulo, Cortez 1994, p. 180-191.
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9394/96, de 20 de dezembro de 1996.
76
VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Lógica do absurdo. In: Concepção dialética- libertadora do processo de avaliação escolar. SP: Libertad, 1994.
VEIGA, I. P. A. Perspectivas para reflexão em torno do projeto político pedagógico. In: VEIGA, I. P. A e RESENDE, L. M. G. de (orgs). Escola: espaço do projeto Político pedagógico. Campinas, SP: Papirus, 1998, p. 9-32.
VEIGA, Ilma Passos A. (Org.). Projeto político pedagógico da escola: Uma construção Possível. Campinas, Papirus, 1995, p. 12-3.
77
Anexos
Recuperação:
Projeto Pedagógico de Recuperação de Estudos
DELIMITAÇÃO:
Esse projeto visa atender os alunos do ensino fundamental e médio do
Colégio Estadual Dr Rubem Fleury da Rocha – Ensino Fundamental e Médio,
que apresentam rendimento escolar insuficiente, oportunizando-lhes melhoria
de aproveitamento durante um pequeno espaço de tempo em que os
professores estarão à disposição dos mesmos em que um horário especial
elaborado pelo colégio.
JUSTIFICATIVA:
Partindo do princípio de que os alunos apresentam grau de
desenvolvimento cognitivo diferente uns dos outros, conseqüentemente uma
pequena porcentagem destes demonstram rendimento insuficiente. Desta
forma faz-se necessário, por parte da escola, a oferta de estudos
complementares com a retomada do conteúdo. Esta retomada visa uma
78
apropriação mais adequada destes conteúdos pelos alunos, superando a
perspectiva centrada na avaliação classificatória, para uma perspectiva
diagnóstica e construtiva.
Sendo dada a autonomia às escolas para a elaboração de Projetos de
Recuperação Paralela, e atendendo o contido no Adendo ao regime Escolar
artigo 1º e 2º do capítulo I, a Deliberação n.º 007/99 artigo 10 ao 16 e o que
dispõe o artigo 24, inciso V, alínea c da nova LDB a qual prevê a
obrigatoriedade de estudos de recuperação destinados aos alunos de baixo
rendimento escolar é que elaboramos tal proposta.
OBJETIVOS:
Geral:
Diminuir índices de repetência e evasão escolar, tentando manter o aluno na
escola/colégio, mesmo que ele esteja trabalhando.
Específicos:
• Recuperar conteúdos específicos de cada disciplina, no decorrer do
período letivo.
• Oportunizar a recuperação e avaliação dos conteúdos durante o
bimestre. Proporcionar aos alunos de baixo rendimento a oportunidade
de apropriar-se dos conteúdos básicos que possibilitem aos alunos a
prosseguir seus estudos e intervir na sociedade de forma consciente
como qualquer cidadão.
METODOLOGIA
A cada trabalho de acordo com a disciplina, o professor verificando que o
aluno não atingiu os objetivos nem se apropriou das habilidades mínimas
necessárias durante as aulas e na recuperação de estudos conseqüentemente,
oportunizará uma retomada (revisão) de conteúdos. O registro será
permanente e cumulativo de acordo com a etapa que o aluno se encontra.
79
80
PROCESSO DE AVALIAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO, PROMOÇÃO E
DEPENDÊNCIA.
Processos de avaliação
• Avaliação é compreendida como elemento integrador entre a aprendizagem
e o ensino. É uma ação que ocorre durante todo o processo de ensino –
aprendizagem e não apenas em momentos específicos.
• O professor irá avaliar os conteúdos planejados com seus alunos,
acompanhando todo o processo de aprendizagem, fazendo uma avaliação
contínua e diária de seus alunos, respeitando sua individualidade e seus
limites.
• Nos indicadores de aprendizagem inclui-se a observação dos avanços e da
qualidade de aprendizagem alcançada pelos alunos no final de um período
de trabalho, seja ele no final de um bimestre, de um ano ou simplesmente
de um projeto.
• Sendo assim, os critérios de promoção adotados prevêem a apropriação dos
conteúdos trabalhados.
• Após avaliação o professor recolhe todas as informações sobre o que o
aluno aprendeu e nesse momento alunos e professores formalizam o que foi
e o que não foi aprendido.
• Em relação às dificuldades de aprendizagem é fundamental a utilização de
diferentes linguagens: gráficas, numéricas, pictórica, escrita, oral de forma a
valorizar as aptidões dos alunos.
Processos de classificação.
O aluno com conhecimentos adquiridos formal ou informalmente mas
que se encontra fora do Sistema de Ensino, será classificado na escola, de
maneira a posiciona – lo na série compatível com a idade e o seu desempenho.
A classificação realizar-se-á por promoção; por transferência, quando o
aluno é procedente de outra escola do país ou do exterior, considerando a
classificação da escola de origem.
81
Para alunos fora do sistema de ensino, a classificação se dá mediante
avaliação feita pelo colégio, que define o seu grau de escolaridade, permitindo
assim sua matricula na série adequada.
Procedimentos:
• Avaliação diagnóstica documentada, feita pelo professor e equipe
pedagógica ;
• Aviso ao aluno e/ou seu responsável legal a respeito do processo,
para obter dele seu consentimento;
• Composição da equipe responsável pela efetivação do processo
(docentes, técnicos e direção).
• Arquivar na pasta individual do aluno, todo os instrumentos de
avaliação utilizados;
• Proceder ao registro do resultado no Histórico Escolar do aluno.
Reclassificação:
É o processo pela qual a Escola avalia o grau de desenvolvimento e
a experiência do aluno matriculado, a fim de encaminha-lo a série compatível
com sua experiência e desempenho, e não depende da escolarização anterior
• Avaliação diagnóstica documentada, feita pelo professor e equipe
pedagógica;
• Aviso ao aluno e/ou seu responsável legal a respeito do processo,
para obter dele seu consentimento;
• Arquivar na pasta individual do aluno, todos os instrumentos de
avaliação utilizados.
• Proceder ao registro do resultado no Histórico Escolar do aluno.
82
DELIBERAÇÃO N.º 007/99 APROVADO EM
09/04/99
CÂMARAS DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
INTERESSADO: SISTEMA ESTADUAL DE ENSINO
ESTADO DO PARANÁ
ASSUNTO: Normas Gerais para Avaliação do Aproveitamento Escolar,
Recuperação de Estudos e Promoção de Alunos, do Sistema Estadual
de Ensino, em Nível do Ensino Fundamental e Médio.
RELATORES:MARÍLIA PINHEIRO MACHADO DE SOUZA E ORLANDO BOGO
O Conselho Estadual de Educação, do Estado do Paraná, no
uso de suas atribuições e tendo em vista o que consta da Indicação n.º 001/99,
das Câmaras de Ensino Fundamental e Médio, que a esta se incorpora e ouvida
a Câmara de Legislação e Normas:
Delibera:
CAPÍTULO I
DA AVALIAÇÃO DO APROVEITAMENTO
Art. 1.° A avaliação deve ser entendida como um dos
aspectos do ensino pelo qual o professor estuda e interpreta os dados da
83
aprendizagem e de seu próprio trabalho, com as finalidades de acompanhar e
aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos, bem como diagnosticar
seus resultados e atribuir-lhes valor.
§ 1.°- A avaliação deve dar condições para que seja possível
ao professor tomar decisões quanto ao aperfeiçoamento das situações de
aprendizagem.
§ 2.°- A avaliação deve proporcionar dados que permitam ao
estabelecimento de ensino promover a reformulação do currículo com
adequação dos conteúdos e métodos de ensino.
§ 3.°- A avaliação deve possibilitar novas alternativas para o
planejamento do estabelecimento de ensino e do sistema de ensino como um
todo.
Art. 2.° - Os critérios de avaliação, de responsabilidade dos
estabelecimentos de ensino, devem constar do Regimento Escolar, obedecida
a legislação existente.
Parágrafo Único - Os critérios de avaliação do aproveitamento
escolar serão elaborados em consonância com a organização curricular do
estabelecimento de ensino.
Art. 3.° - A avaliação do aproveitamento escolar deverá incidir
sobre o desempenho do aluno em diferentes situações de aprendizagem.
§1.°- A avaliação utilizará técnicas e instrumentos diversificados.
§ 2.° - O disposto neste artigo aplica-se a todos os
componentes curriculares, independente do respectivo tratamento
metodológico.
84
§ 3.º - É vedada a avaliação em que os alunos são submetidos
a uma só oportunidade de aferição.
Art. 4.° - A avaliação deve utilizar procedimentos que assegurem a
comparação com os parâmetros indicados pelos conteúdos de ensino,
evitando-se a comparação dos alunos entre si.
Art. 5.°- Na avaliação do aproveitamento escolar, deverão
preponderar os aspectos qualitativos da aprendizagem, considerada a
interdisciplinaridade e a multidisciplinariedade dos conteúdos
Parágrafo único. Dar-se-á relevância à atividade crítica, à
capacidade de síntese e à elaboração pessoal, sobre a memorização.
Art. 6.°- Para que a avaliação cumpra sua finalidade
educativa, deverá ser contínua, permanente e cumulativa.
§ 1.°- A avaliação deverá obedecer à ordenação e à
seqüência do ensino e da aprendizagem, bem como à orientação do currículo.
§2.°- Na avaliação deverão ser considerados os resultados
obtidos durante o período letivo, num processo contínuo cujo resultado final
venha a incorporá-los, expressando a totalidade do aproveitamento escolar,
tomado na sua melhor forma.
§3.° - Os resultados obtidos durante o período letivo preponderarão
sobre os da prova final, caso esta conste do regimento.
Art. 7.°- Caberá ao órgão indicado pelo Regimento Escolar o
acompanhamento do processo de avaliação da série, ciclo, grau ou período,
devendo debater e analisar todos os dados intervenientes na aprendizagem.
85
§ 1.° - O órgão será composto, obrigatoriamente, pelos
Professores, pelo Diretor e pelos profissionais de supervisão e orientação
educacional.
§ 2.º - É recomendável a participação de um representante
dos alunos.
§ 3.°- A individualidade do aluno e o seu domínio dos
conteúdos necessários deverão ser assegurados nas decisões sobre o processo
de avaliação.
Art. 8.° - A avaliação do ensino da Educação Física e de Arte,
deverá adotar procedimentos próprios, visando ao desenvolvimento formativo
e cultural do aluno.
Parágrafo único. A aprendizagem de que trata este artigo
deverá levar em consideração a capacidade individual, o desempenho do aluno
e sua participação nas atividades realizadas.
Art. 9.º - A avaliação deverá ser registrada em documentos
próprios, a fim de serem asseguradas à regularidade e a autenticidade da vida
escolar do aluno.
CAPÍTULO II
DA RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS
Art. 10 - O aluno cujo aproveitamento escolar for insuficiente
poderá obter a aprovação mediante recuperação de estudos, proporcionados
obrigatoriamente pelo estabelecimento.
86
Parágrafo Único - A proposta de recuperação de estudos
deverá indicar a área de estudos e os conteúdos da disciplina em que o
aproveitamento do aluno foi considerado insuficiente.
Art. 11 - A recuperação é um dos aspectos da aprendizagem
no seu desenvolvimento contínuo, pela qual o aluno, com aproveitamento
insuficiente, dispõe de condições que lhe possibilitem a apreensão de
conteúdos básicos.
§ 1.º - O processo de recuperação deverá ser descrito no
regimento escolar.
§ 2.° - as propostas de recuperação deverão receber das
mantenedoras as condições necessárias para sua execução.
Art. 12 - O estabelecimento de ensino deverá proporcionar
recuperação de estudos, preferencialmente concomitante ao período letivo,
assegurando as condições pedagógicas definidas no Artigo 1.º desta
Deliberação.
Parágrafo Único - Entende-se por período letivo a carga
mínima anual de 800 horas distribuídas por um mínimo de 200 dias de efetivo
trabalho escolar, excluído o tempo reservado às provas finais.
Art. 13 - A recuperação de estudos deverá constituir um
conjunto integrado ao processo de ensino, além de se adequar às dificuldades
dos alunos.
Parágrafo Único – A recuperação de estudos realizada
durante o ano letivo será considerada para efeito de documentação escolar.
87
Art. 14 - A recuperação, após o encerramento do período
letivo, destina-se a corrigir as deficiências que ainda persistam, apesar dos
estudos de recuperação realizados durante o período letivo.
Parágrafo Único - A época da recuperação de estudos, após o
período letivo regular, será prevista no calendário escolar do estabelecimento.
Art. 15 - A recuperação de estudos, após o período letivo,
destina-se a alunos:
a) com freqüência mínima de 75% do total das horas letivas;
b) com resultados de aprendizagem abaixo dos parâmetros
estabelecidos pela escola.
Art. 16- Os resultados da recuperação deverão incorporar-se
aos das avaliações efetuadas durante o período letivo, constituindo-se em mais
um componente do aproveitamento escolar.
Parágrafo Único - A proporcionalidade ou a integração entre
os resultados da avaliação e da recuperação deverá ser estabelecida no
Regimento Escolar.
CAPÍTULO III
DA PROMOÇÃO
88
Art. 17 - A promoção deverá ser o resultado da avaliação do
aproveitamento escolar do aluno expresso conforme critério e forma
determinada pelo estabelecimento em seu Regimento Escolar.
Art. 18 - A avaliação final deverá considerar, para efeito de
promoção, todos os resultados obtidos durante o período letivo, incluída a
recuperação de estudos.
Art. 19 - Encerrado o processo de avaliação, o
estabelecimento registrará, no histórico escolar do aluno, sua condição de
aprovado ou reprovado.
CAPÍTULO IV
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 20 – As questões pertinentes à Educação Infantil e
Educação de Jovens e Adultos serão tratadas em deliberação própria.
Art. 21 - Esta Deliberação entrará em vigor após a sua
publicação, ficando revogadas as Deliberações n.ºs 033/87, 004/88, 012/88 e
006/92.
Sala Pe. Anchieta, em 09 de abril de 1999.
89
COLÉGIO ESTADUAL DR. RUBEM FLEURY DA ROCHA - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 01/05
Caro Professor: abaixo relacionamos alguns lembretes que serão úteis para o bom andamento, organização e disciplina em nosso trabalho, por isso pedimos que leia com atenção e procure colaborar conosco, cumprindo as nossas instruções:
• Chegar ao Colégio 05 minutos antes do horário de inicio das aulasHorário de início- manhã: 07h 30 min– tarde: 13:00 h
• Seja assíduo o máximo possível e quando a falta não puder ser evitada, justifique-se com antecedência. Reponha as aulas que faltou no mesmo mês, programado com a Supervisão/Orientação;
• Elabore o Planejamento (conteúdos, objetivo, estratégias) e entregue-o na Supervisão dentro do prazo estabelecido;
• Prepare suas aulas com antecedência;• Solicite com antecedência de 48 horas a impressão de provas (no
computador ou mimeografadas com o Paulo);• Para usar o vídeo ou computador agendar no caderno-agenda que fica na
escrivaninha do microcomputador da sala dos professores;• Coopere em promoções e eventos que o Colégio venha a realizar;• Reuniões pedagógicas, conselho de classe ou solicitação extraordinária
para assuntos importantes é obrigatório à presença, com pena de receber faltas, sendo abonadas com justificativa por escrito, declaração de outro estabelecimento ou atestado médico;
• Cumpra integralmente o horário das aulas (50 minutos);• Não libere os alunos antes do horário na realização de avaliações, exceto
no 5º horário, porém com 10 minutos antes do término, portanto, planeje as atividades para 50 minutos e avaliações para 40 minutos;
• Entregue as avaliações, trabalhos e pesquisas para os alunos depois de corrigidas, para análise, se preciso guarde como documento a fim de comprovação;
- Será ofertada recuperação bimestral a todos os alunos, permanecendo a nota maior que o aluno obtiver;
• Empréstimo de livros na biblioteca será de 15 dias para professor, quando tiver mais de um volume, com apenas um volume o prazo será de 07 dias;
• Não castigue seu aluno privando-o de sua aula, porque ele esqueceu seu material ou deixou de fazer tarefa. Cabe ao professor comunicar aos pais, sendo que desta maneira é um caminho positivo para se resolver o problema;
• A entrada na Secretaria é restrita aos funcionários do setor.• Solicite os materiais com antecedência, antes de ir para a sala de aula;• Não é permitido o uso do telefone para interurbanos e para celulares;• O adiantamento de aulas será discutido caso a caso;• Colaborar na organização e higiene das salas;• Ao trabalhar fora da sala de aula não deixar os alunos dispersarem-se;
90
• Evite chamar a atenção do seu aluno perante a turma toda. Se você falar com ele isolado do grupo ele te atenderá com mais respeito e prontidão;
• Não se encaminha aluno para Orientação ou Direção por motivos que você e ele podem resolver com uma boa conversa. Atitudes como esta enfraquecem a autoridade do professor perante o aluno;
• Atividade livre em quadra envolvendo recreação compete somente ao Professor de Educação Física;
• Não dêem “corda” às conversas de mães na porta de sua sala de aula. Gentilmente você deve explicar que no momento você precisa dar atenção aos seus alunos, mas se ela quiser, pode agendar um horário na Orientação que você terá o maior prazer em conversar com ela na sua Hora Permanência;
• Entregar no final do ano letivo os livros didáticos à Supervisão e os livros emprestados na Biblioteca;
• Os equipamentos e materiais pedagógicos usados em sala de aula são de responsabilidade do professor, não sendo permitido o uso por alunos sem a presença do responsável. A secretaria só entregará nas mãos do professor.
• Assinar o Livro Ponto diariamente;
Quanto ao Livro de Chamada:.
• Quando o professor faltar:
- registrar no livro falta do professor;- não fazer chamada neste dia;- contar como aula prevista;- não contar como aula dada;
• Registre a freqüência dos alunos, o conteúdo programático e as competências trabalhadas e avaliadas diariamente;
• Não deixe de datar e assinar os espaços indicados;• Mantenha os livros de Registros de Classe no escaninho;• Registre os alunos novos após notificação pela secretaria;• Não deixe os registros escritos a lápis, terão que ser obrigatoriamente
escritos a caneta azul ou preta;• Quando o professor for solicitado pela SEED para cursos:
Obs: O nosso sistema de avaliação é através de avaliação formativa, desenvolvendo competências e não conteúdos, portanto as competências trabalhadas e avaliadas terão que ser registradas no livro;
- Registre o nome do curso;- Não faz chamada;- Conta como aula prevista e dada;
• Recessos e Conselho de Classe;
91
- São dias letivos;- Devem constar no livro de chamada, pois nesses dias as aulas
serão de 30 minutos;- Contam como aulas previstas e aulas dadas;
• Ter muito capricho nos seus livros;• Usar somente uma caneta para o preenchimento do livro, preta ou azul,
preferencialmente• Entregar o Livro para a Supervisão a cada bimestre.
ENTREGA DE CANHOTO NA SECRETARIA
• Não serão aceitos canhotos com notas e faltas em branco, assim como aulas previstas e dadas, ou escritas a lápis. Quando ocorrer dúvidas colocar um ponto de interrogação (?);
• Caso o aluno tenha desistido, sem fazer avaliações no bimestre, sua nota será 0,0 e suas faltas deverão ser totalizadas;
• Caso o aluno tenha desistido, mas tenha feito algumas avaliações no bimestre deverá ser lançada a nota à soma dessas avaliações (parciais);
• Se ocorrer rasura no canhoto, o professor deverá fazer a seguinte observação:- Os números (...) foram rasurados por mim e assina.
A DIREÇÃO
92
COLÉGIO ESTADUAL DR. RUBEM FLEURY DA ROCHA- ENSINO FUNDAMENTAL
REGULAMENTO INTERNO(Foi elaborado numa linguagem leve e acessível para melhor
entendimento.)• Assiduidade: só faltar em caso de luto e doença. Três faltas consecutivas
sem justificativas ou cinco alternadas, implicarão em preenchimento da FICA e encaminhamento ao Conselho Tutelar. O aluno que tiver menos de 75% de freqüência está automaticamente reprovado.
• Pontualidade: observar horário de entrada: 7h30min, 13h.• Após a entrada do professor em sala, não será permitida a entrada de
aluno;• Comparecer a todas as avaliações. Caso necessite faltar, o responsável
deverá justificar a falta num prazo de 48h, junto à pedagoga;• Uso obrigatório do uniforme (calça e camiseta) limpo todos os dias; de
acordo com reunião de assembléia registrada em ata;• O uso de gorros e capuz será permitido somente nos dias de inverno ou dias
de muito frio.• Apresentar-se às aulas limpo, unhas aparadas, cabelos cortados e
penteados;• Será advertido o aluno que: usar calças abaixo da cintura, fazer brincadeiras
que agridam os colegas física e moralmente (chá de cueca, hoje não etc...), jogar pedra nos outros, ou qualquer outra brincadeira maldosa, será suspenso, permanecendo na biblioteca com suas atividades normais; Nesse caso, os seus responsáveis serão notificados.
• Será considerada agressão ao professor o uso de palavrões, gestos e respostas ofensivas. E esse caso poderá ser encaminhado a autoridade policial (artigo 103 - Lei 8069/90 e artigo 205 da Constituição Federal)
• Proibido promover ou participar de brigas ou tomar atitudes incompatíveis com o adequado comportamento social, dentro e nas imediações do estabelecimento;
• O direito ao respeito é um direito natural de todo ser humano, portanto é dever respeitar os professores, funcionários e colegas. Casos de agressão física serão encaminhados a Patrulha Escolar.
• É dever ao aluno trazer o material escolar, bem como zelar por ele, encapar, devolver os livros no final do ano ou em caso de transferência, sob pena de ressarcir à escola o valor do livro;
• È proibida a passagem dos alunos pela porta em frente à Secretaria;• È proibida a permanência de alunos nas dependências do Colégio, quando
não tiverem aula. Salvo ao utilizar a Biblioteca por encaminhamento do professor para pesquisa; o aluno que estiver fora de sala de aula deverá ser encaminhado automaticamente a pedagoga.
• È obrigatório a participação nos eventos, promoções e atividades extra-classe promovidas pelo Colégio;
• Valorizar o Colégio zelando pelos móveis, livros, materiais esportivos, prédio e utensílios. Os danos materiais no Colégio causados pelos alunos serão reparados e pagos pelos infratores e/ou seus responsáveis
93
• Não é permitido ausentar-se da sala de aula sem a permissão do professor;• Quando necessitar sair antes do horário, o responsável deverá comunicar-se
com a direção, através de bilhete ou pessoalmente com identificação; nunca através do telefone;
• Proibido interromper aulas de outras séries, a não ser a pedido do professor;
• É expressamente proibido namorar ou “ficar” nas dependências do Colégio;• Procuramos orientar os alunos a dizer não as drogas e à violência, por isso
proibimos as drogas licitas e ilícitas;• TRAZER: os pais ao Colégio sempre quando for solicitada a sua presença; O
não comparecimento as solicitações do colégio implicará por força ao artigo 249 do ECA. (Lei 8069/90) em encaminhamento a vara da Infância e da Juventude
• Proibido trazer objetos estranhos às atividades escolares como walkman, telefone celular e boné;
• Proibido fumar e beber bebidas alcoólicas em todas dependências do Colégio;
• Proibida qualquer tipo de comida, balas chicletes, etc... em sala de aula;• Proibido fazer-se acompanhar de pessoas que não fazem parte da
Comunidade escolar, nas dependências do Colégio;• Durante o período de aula poderão permanecer no pátio, somente alunos
acompanhados pelo professor da respectiva aula;• Não promover campanhas e eventos sem a autorização da direção;• Na ausência do professor os alunos aguardam enquanto o líder comunica a
pedagoga;• A biblioteca é um espaço destinado à leitura e à pesquisa, está a sua
disposição, mas deverão ser observadas as normas para sua utilização (normas estas que estarão expostas na biblioteca);
• Não nos responsabilizamos por qualquer tipo de objetos trazidos para a escola
PENALIDADESRepreensão por escrito pela Pedagoga ou Direção. Na ausência desses o
professor.• ADVERTÊNCIA ORAL;• 03 ADVERTÊNCIAS ESCRITAS;• COMUNICADO AOS PAIS;• ENCAMINHAMENTO AOS ÓRGÃOS COMPETENTES (PATRULHA ESCOLAR,
CONSELHO TUTELAR (crianças) , MINISTÉRIO PUBLICO – VARA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE (adolescentes)
• SUSPENSÃO COM PERMANÊNCIA NA BIBLIOTECA;• REUNIÃO COM CONSELHO ESCOLAR E PAIS.___________________________________________________________________
94
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
95
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
DISCIPLINA DE MATEMÁTICA
JUSTIFICATIVA
Considerando a matemática como uma criação humana, mostrando
suas necessidades e preocupações de diferentes culturas, em diferentes
momentos históricos, ao estabelecer comparações entre os conceitos e
processos matemáticos do passado e do presente; o professor cria condições
para que o aluno desenvolva atitudes e valores mais favoráveis diante desse
conhecimento.
Os conceitos abordados em conexão com sua história constituem
veículos de informações culturais, sociológicas e antropológicas de grande
valor formativo, sendo a história da matemática um instrumento de resgate da
própria identidade cultural.
Certos autores apontam que outra finalidade da matemática é fazer com
que o aluno construa, por intermédio do conhecimento matemático, valores e
atitudes de natureza diversa, buscando a formação integral do ser humano, e
do cidadão, isto é, do homem público. Prevendo assim a formação de um
estudante crítico, capaz de agir com autonomia nas suas relações sociais,
necessitando apropriar-se de uma gama de conhecimentos, dentre eles, o
matemático.
A linguagem matemática é utilizada pelo raciocínio para decodificar
informações, para compreender e elaborar idéias. É necessário que o aluno
aprenda a expressar-se verbalmente e por escrito nesta linguagem,
transformando dados em gráficos, tabelas, diagramas, equações, fórmulas,
conceitos ou outras demonstrações matemáticas, entre outros. Deve
compreender o caráter simbólico desta linguagem e valer-se dela como
recurso nas diversas áreas do conhecimento, e do mesmo modo em seu
cotidiano. Entender que enquanto sistema de código e regras, a matemática é
96
um bem cultural que permite comunicação, interpretação, inserção e
transformação da realidade.
A prática docente, neste sentido, precisa ser discutida, construída e
reconstruída, influenciando na formação do pensamento humano e na
produção de sua existência por meio das idéias e das tecnologias, refletindo
sobre sua prática que além de um educador precisa ser pesquisador,
vivenciando sua própria formação continuada, potencializando meios para
superação de desafios.
OBJETIVOS GERAIS
Contribuir para o desenvolvimento de habilidades no sentido de:
observar e analisar regularidades matemáticas; fazer generalizações e
apropriar-se de linguagem adequada para resolver problemas e situações
ligadas a matemática e outras áreas do conhecimento; visando a formação
global do cidadão, mediante a compreensão do ambiente natural e social, do
sistema político, das tecnologias, das artes e dos valores nos quais se
fundamenta a sociedade em que está inserido.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES – ENSINO FUNDAMENTAL
5a SÉRIE
NÚMEROS, OPERAÇÕES E ÁLGEBRA:
− SND – Sistema de Numeração Decimal e não decimal.
− Números Fracionários e Decimais.
− Quatro operações básicas, relações entre elas e resolução de problemas.
− Noções de potenciação e radiciação.
− Porcentagem, relação entre frações e números decimais.
97
GRANDEZAS E MEDIDAS
- Sistema métrico decimal.
- Sistema monetário.
- Perímetro, área e volume.
- Transformações de unidades: medidas de massa, capacidade, comprimento
e tempo.
ESPAÇO E FORMA
- Classificação e nomenclatura dos sólidos geométricos e figuras
planas.
- Classificação de triângulos.
TRATAMENTO DA INFORMAÇAO
- Leitura, interpretação e representação de dados por meio de tabelas e
listas.
- Gráficos de barras e colunas.
- Possibilidades.
- Noção básica de média aritmética.
6a SÉRIE
NÚMEROS, OPERAÇÕES E ÁLGEBRA
• Números naturais, inteiros e racionais.
• Comparação, ordenação e representação geométrica (reta
numérica).
• Noção de variável e incógnita, cálculos com valores numéricos.
• Equação do 1o grau com uma incógnita.
• Inequações.
• Noção de proporcionalidade: fração, razão, proporção.
GRANDEZAS E MEDIDAS
98
a) Medidas de ângulos (uso do transferidor).
b) Área, perímetro dos polígonos.
c) Volume dos sólidos geométricos.
ESPAÇO E FORMA
• Planificação dos sólidos geométricos
• Representação cartesiana e confecção de gráficos
• Classificação de polígonos e poliedros.
• Classificação de triângulos.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
- Leitura, interpretação e representação de dados por meio de tabelas e
listas.
- Gráficos de barras, colunas e setores.
7a SÉRIE
NÚMEROS, OPERAÇÕES E ÁLGEBRA
− Generalização da idéia de número: variáveis e parâmetros, escrita numérica
e escrita literal.
− Tradução de problemas em linguagem algébrica (equação, inequação e
sistemas de equações).
− Adição, subtração, multiplicação e divisão de monômios e polinômios.
− Produtos notáveis.
− Fatoração.
− Equações fracionárias.
GRANDEZAS E MEDIDAS
− Áreas e perímetros dos polígonos (fórmulas algébricas).
− Diagonais e soma dos ângulos internos dos polígonos.
99
ESPAÇO E FORMA
Congruência de triângulos.
Proporcionalidade em geometria.
Condições de paralelismo e perpendicularismo.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
• Tabelas e gráficos.
• Noções de matemática financeira.
8a SÉRIE
NÚMEROS, OPERAÇÕES E ÁLGEBRA
− Operações com racionais e irracionais.
− Propriedades da potenciação e radiciação
− Notação científica.
− Equação do 1o grau (revisão).
− Equação do 2o grau.
− Sistemas de equações do 2o grau.
− Trigonometria no triângulo retângulo.
GRANDEZAS E MEDIDAS
• Perímetro, área de polígonos.
• Circunferência e círculo.
• Volume dos sólidos geométricos.
• Congruência e semelhança de figuras planas.
• Teorema de Tales.
• Teorema de Pitágoras.
• Relações métricas no triângulo retângulo.
• Poliedros regulares e suas relações métricas.
100
ESPAÇO E FORMA
- Classificação dos triângulos.
- Representação cartesiana e confecção de gráficos (noção de funções).
- Interpretação geométrica de equações, inequações e sistemas de
equações.
- Noções de geometria espacial.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
− Probabilidade
− Leitura e interpretação de dados por meio de tabelas, listas, diagramas,
quadros e gráficos.
− Média, mediana e moda.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES – ENSINO MÉDIO
1ª Série
NÚMEROS E ÁLGEBRA
• Conjuntos Numéricos.
• Teoria dos conjuntos.
• Potenciação e Radiciação.
• Progressão aritmética.
• Progressão geométrica.
FUNÇÕES
- Função do 1º grau.
c) Função do 2º grau.
d) Função exponencial.
e) Função logarítmica
101
f) Função modular
g) Composição e inversão de funções
TRATAMENTO DE INFORMAÇÃO
d) Matemática financeira.
2ª Série
NÚMEROS E ÁLGEBRA
• Matrizes.
• Determinantes.
• Sistemas lineares.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
• Análise combinatória.
• Probabilidade.
• Binômio de Newton.
FUNÇOES
6 Funções trigonométricas.
3ª Série
GEOMETRIA
7 Geometria plana.
8 Geometria espacial.
9 Geometria analítica.
10 Noções básicas de geometria não-euclidiana.
NÚMEROS E ÁLGEBRA
− Polinômios.
102
− Números complexos.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
4. Noção de estatística.
METODOLOGIA
Em seu papel formativo, a Matemática contribui para o desenvolvimento
de processos de pensamento e a aquisição de atitudes, podendo formar no
aluno a capacidade de resolver problemas, gerando hábitos de investigação,
proporcionando confiança e desprendimento para analisar e enfrentar
situações novas, propiciando a formação de uma visão ampla e científica da
realidade, a percepção da beleza e da harmonia, o desenvolvimento da
criatividade e de outras capacidades pessoais.
Quanto ao seu papel instrumental, ela é vista como um conjunto de
técnicas e estratégias para serem aplicadas a outras áreas do conhecimento,
assim, como para a atividade profissional, e nesse sentido, é importante que o
aluno veja a Matemática como um sistema de códigos e regras que a tornam
uma linguagem de comunicação de idéias e permite modelar a realidade e
interpretá-la.
Sob o aspecto ciência, é importante que o aluno perceba que as
definições, demonstrações e os encadeamentos conceituais e lógicos tendo a
função de construir novos conceitos e estruturas a partir de outros e que
servem para validar intuições e dar sentido às técnicas aplicadas.
Cabe ao professor de Matemática ampliar os conhecimentos trazidos
pelos alunos, e desenvolver de modo mais amplo capacidades tão importantes
quanto a abstração, o raciocínio a própria razão de se ensinar matemática, a
resolução de problemas de qualquer tipo, de investigação, de análise e
compreensão de fatos matemáticos, de interpretação da própria realidade, e
acima de tudo, fornecer-lhes os instrumentos que a Matemática dispõe para
103
que ele saiba aprender, pois saber aprender é condição básica para prosseguir
se aperfeiçoando ao longo da vida.Refletindo sobre a relação matemática e
tecnologia, não se pode ignorar que esse impacto exigirá do ensino da
Matemática um redirecionamento dentro de uma perspectiva curricular que
favoreça o desenvolvimento de habilidades e procedimentos que permitam ao
indivíduo reconhecer-se e orientar-se nesse mundo do conhecimento em
constante movimento.
Estudiosos têm mostrado que escrita, leitura, visão, audição, criação e
aprendizagem estão sendo influenciados cada vez mais pelos recursos da
informática, e que as calculadoras, computadores e outros elementos
tecnológicos estão cada vez mais presentes nas diferentes atividades da
população. Logo, o uso desses recursos traz significativas contribuições para
que seja repensado o processo ensino-aprendizagem de matemática, podendo
ser usados pelo menos com as seguintes finalidades:
d) Como fonte de informação;
e) Como auxiliar no processo da construção do conhecimento;
f) Como meio para desenvolver autonomia pelo uso de softwares que
possibilitem pensar, refletir e criar situações;
g) Como ferramenta para realizar determinadas atividades, tais como o uso de
planilhas eletrônicas, processadores de texto, banco de dados, etc.
Quanto ao uso de calculadoras, especificamente, constata-se que ela é
um recurso útil para a verificação de resultados, correção de erros, favorece
a busca da percepção de regularidades matemáticas e o desenvolvimento
de estratégias de resolução de situações-problema, uma vez que os alunos
ganham tempo na execução dos cálculos, mas sem dúvida, é apenas mais
um recurso.
Para desenvolver o trabalho matemático neste Colégio, propomos a
metodologia da resolução de problemas que, segundo Polya, o pai da resolução
de problemas, deve conter os seguintes passos:
h) Compreensão do problema (o que se pede? Quais são os dados e
condicionantes? É possível representar por uma figura?).
104
i) Estabelecimento de um plano (você já resolveu um problema como este? É
possível colocar as informações em uma tabela, fazer um gráfico da
situação? É possível traçar um ou mais caminhos para a resolução?).
j) Execução do plano (Execute o plano elaborado, efetue os cálculos indicados
no plano, verifique cada passo dado).
k) Retrospecto (é possível verificar o resultado? É possível chegar ao resultado
por um caminho diferente? É possível utilizar o resultado ou o método em
problemas semelhantes?).
A opção metodológica da Resolução de Problemas, garante a
elaboração de conjecturas, a busca de regularidades, a generalização de
padrões e o exercício da argumentação, que são elementos fundamentais para
o processo da formalização do conhecimento matemático. Resolver um
problema que não significa apenas a compreensão da questão proposta, a
aplicação de técnicas ou fórmulas adequadas e da obtenção da resposta certa,
mas, sim, uma atitude investigativa em relação àquilo que está sendo
estudado; oportuniza ao aluno a proposição de soluções, explorar
possibilidades, levantar hipóteses, discutir, justificar o raciocínio e validar suas
próprias conclusões. E sob essa perspectiva metodológica, a resposta correta é
tão importante quanto a forma de resolução, permitindo a comparação entre
as soluções obtidas e a verbalização do caminho que conduziu ao resultado.
O uso de diferentes recursos e materiais mostrará ao aluno uma
nova face de uma mesma idéia, que pode ser mais prática, mais lúdica, mas
que sempre exige reflexão. A utilização de revistas e jornais podem ser
excelentes fontes de situações problemas através de notícias, gráficos,
tabelas, anúncios, comerciais e outros, que provocam questionamentos
contextualizados, pois representam material que possibilita a leitura da
realidade. Por outro lado, uma notícia pode ser motivo para busca de maiores e
variados conhecimentos, favorecendo inclusive a interdisciplinaridade.
A contextualização e a interdisciplinaridade que permitirão conexão entre
diversos temas matemáticos, entre as diferentes formas do pensamento
matemático e as demais áreas do conhecimento, é que darão a tão importante
significatividade aos conteúdos estudados, pois o conhecimento matemático
105
deve ser entendido como parte de um processo global na formação do aluno,
enquanto ser social. É importante que se estabeleça uma interação aluno-
realidade social que possibilite uma integração real da matemática com o
cotidiano e com as demais áreas do conhecimento. Nesse sentido, a resolução
de problemas é uma ferramenta muito útil, pois possibilita abordagem ampla e
que se adeqüe às várias concepções da matemática.
Resolver problemas é muito mais que uma frase; é o feito específico da
inteligência e inteligência é dom específico do homem. A maior parte dos
nossos pensamentos conscientes está ligada à problemas: quando nos
satisfazemos em simples meditações ou devaneios, nossos pensamentos estão
dirigidos para algum fim. Resolver problemas caracteriza a natureza humana, e
para muitos educadores é a principal razão de se ensinar matemática.
AVALIAÇÃO
Sob uma perspectiva diagnóstica, a avaliação é vista como um conjunto
de procedimentos que permitem ao professor e ao aluno detectar os pontos
fracos e extrair as conseqüências pertinentes sobre onde colocar
posteriormente a ênfase no ensino e na aprendizagem. Visto dessa forma, a
avaliação é considerada como um instrumento para ajudar o aluno a aprender,
fazendo parte do dia-a-dia em sala de aula e, permitindo ao professor a
reorganização do processo de ensino.
Dessa forma, instala-se um clima de trabalho que assegura espaço para
os alunos se arriscarem, acertarem e errarem. E o erro nessas condições não
configura um pecado ou ameaça, mas, uma pista para que através das
produções realizadas, professor e alunos investiguem quais os problemas a
serem enfrentados, pois considerando as razões que os levaram a produzir
esse erros, ouvindo e debatendo sobre suas justificativas, pode-se detectar as
dificuldades que estão impedindo o progresso e o sucesso do processo ensino-
aprendizagem. Nas tentativas de compressão do que cada aluno produz e as
106
soluções que apresenta pode-se orientá-lo melhor e, transformar os eventuais
erros de percurso em situações de aprendizagem.
Vista a avaliação como um acompanhamento desse processo, ela favorece ao
professor ver os procedimentos que vem utilizando e replanejar suas
intervenções que podem exigir formas diferenciadas de atendimento e
alterações de várias naturezas na rotina cotidiana da sala de aula, enquanto o
aluno vai continuamente se dando conta de seus avanços e dificuldades,
contanto que saiba a cada passo o que se espera dele.
Para instalar um processo contínuo de avaliação é necessário uma
postura de constante observação e registro do que foi observado. Uma forma
de organizar esse registro, para que tanto o professor como o aluno possam ter
uma visão do próprio crescimento, é a adoção de pastas individuais contendo
as produções dos alunos e o parecer sobre o desempenho obtido em cada uma
delas, sendo imprescindível partilhar com eles, a análise de suas produções,
para que desenvolvam a consciência de seus avanços e dificuldades, através
de reflexões e do olhar crítico não apenas sobre o produto final, mas sobre o
que aconteceu no caminho percorrido.
BIBLIOGRAFIA
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da
Educação.
Diretrizes Curriculares de Matemática para a Educação básica. Curitiba,
2006.
LORENZATO, S; FIORENTINI, D. O profissional em educação
matemática. Disponível
em:http://sites.unisanta.br/teiadosaber/apostila/material/O_
profissional_em_Educação_Matemática-Erica2108.pdf>Acesso em
23mar.2006.
LUCKESI, C.C. Avaliação da aprendizagem escolar. 14.ed. São Paulo:
Cortez, 2002.
107
MACHADO,N.J.Interdisciplinaridade e Matemática.Revista Quadrimental
da Faculdade de Educação – UNICAMP – Pro-posições. Campinas, n. 1[10],
p. 25-34, mar. 1993.
MEDEIROS, C.F. Por uma educação matemática como intersubjetividade. In:
BICUDO, M. A. V. Educação matemática. São Paulo: Cortez, 1987. p.13-44.
MIGUEL, A.:MIORIM, M. A. historia na educação matemática: propostas
e desafios.
Belo Horizonte: Autêntica, 2004.
MIORIM, M.A. O ensino de matemática: evolução e Modernização.
Campinas, 1995. 218f. Tese (Doutorado em Educação) – Faculdade de
Educação, Universidade Estadual de Campinas.
Introdução à história da educação matemática. São Paulo: Atual,
1998.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino de
Primeiro Grau. Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná.
Curitiba: SEED/DEPG, 1990.
Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino de
Primeiro Grau. Reestruturação do ensino de segundo grau do Paraná.
Curitiba: SEED/DEPG, 1993.
PAVANELLO, R. M. O abandono do ensino da geometria no Brasil: causas e
conseqüências. Revista Zetetiké. Campinas, ano 1, n. 1, 1993.
PONTE, J. P. et al. Didáctica da Matemática. Lisboa: Ministério da
Educação/Departamento do Ensino Secundário, 1997.
RAMOS, M. N. Os contextos no ensino médio e os desafios na
construção de conceitos. (2004)
RIBNIKOV, K História de lãs matemáticas. Moscou: Mir, 1987.
SCHOENFELD, A. H. Heurísticas na sala de aula. In: KRULIK S. REYS, R. E. A
resolução de problemas na matemática escolar. São Paulo: Atual,
1997.
SCHUBRING, G. O primeiro movimento internacional de reforma curricular
em matemática e o papel da Alemanha. In: VALENTE, W. R. (org). Euclides
108
Roxo e a modernização do ensino de Matemática no Brasil. São
Paulo: SBEM, 2003, p. 11-45.
TAJRA, SANMYA FEITOSA. Comunidades virtuais: um fenômeno na
sociedade do conhecimento. São Paulo: Ética, 2002.
VYGOTSKY, L. S. Pensamento e linguagem. 3.ed. São Paulo: Martins
Fontes, 2000.
109
EDUCAÇÃO FÍSICA – ENSINO FUNDAMENTAL
APRESENTACAO
O papel fundamental da Educação está no desenvolvimento das pessoas
e das sociedades apontando para as necessidades essenciais da formação de
cidadãos. Vivemos um momento em que a competição e a qualificação do ser
estão interligados aos avanços tecnológicos e as constantes modificações
pelas quais passa a humanidade neste momento histórico.
Então, se faz necessário que a disciplina de Educação Física seja
compreendida no contexto, não como uma área de conhecimento que se
traduz de forma isolada, solta no meio escolar, mas sim como parte integrante
de uma totalidade, fazendo parte d um conjunto de disciplinas que interagem
estabelecendo relações com o social, com a cultura dos povos.
Pensar a Educação Física na atualidade implica no entendimento desta,
de forma a contemplar as diferentes formas de manifestações corporais,
estimulando o educando a inovar, criar movimentos que demonstrem sua
postura, seu posicionamento frente a este novo mundo, que exige
contextualização e criatividade em todos os seus momentos vividos.
Nessa perspectiva, há necessidade de redimensionar, dar novos
significados aos conteúdos de forma a envolver o educando e apontar para as
novas formas de construção do conhecimento a partir da reelaboração de
idéias e práticas que intensificam a compreensão do aluno, suas relações de
trabalho e as implicações desta relação para a vida e influência na
comunidade.
OBJETIVOS
• Compreender a Educação Física como participação social e exercício de
cidadania, no entendimento de direitos e deveres e nas relações de
grupo e de trabalho, adotando atitudes de respeito, solidariedade e
cooperação.
110
• Estimular todas as formas de manifestações e linguagens corporais,
valorizando hábitos saudáveis como um aspecto de qualidade de vida e
melhoria do ambiente de convívio.
METODOLOGIA
No decorrer dos períodos históricos, a Educação Física passou por
influências de várias correntes de pensamento e por muitas transformações
que desencadearam mudanças de comportamento e atitudes no fazer
pedagógico e na aprendizagem do educando.
Portanto, se faz necessária a compreensão da Educação Física como
disciplina de integração, área de conhecimento que integra o aluno às práticas
corporais e forma um cidadão capaz de entender o meio, interpretar as ações
sociais e políticas e reescrever através de seus movimentos as novas
linguagens e concepções a serem apresentadas para o mundo na atualidade.
Este ser crítico precisa saber utilizar o seu corpo como instrumento de
comunicação, expressão de sentimentos e emoções, de lazer, de trabalho, e
também para a melhoria da saúde. É fundamental oportunizar o
desenvolvimento de suas potencialidades individuais e no coletivo para
crescimento do ser em sua totalidade no meio escolar e na comunidade em
que vive.
CONTEÚDOS
1 – Manifestações esportivas:
- Origens dos diferentes esportes e sua mudança na história;
- O esporte como fenômeno de massa;
- Princípios básicos dos esportes, táticas e regras;
- O sentido da competição esportiva;
- Possibilidades dos esportes como atividade corporal;
- Elementos básicos constitutivos dos esportes;
- Práticas esportivas;
- Esporte e saúde.
2 – Manifestações ginásticas:
111
• Origem da ginástica e sua mudança no tempo;
• Diferentes tipos de ginásticas;
• Práticas ginásticas;
• Cultura da rua, cultura do circo.
3 – Jogos, brincadeiras e brinquedos:
A construção coletiva de jogos e brincadeiras;
Brinquedos e brincadeiras tradicionais, brinquedos cantados, rodas e cirandas;
Diferentes manifestações e tipos de jogos;
Jogos e brincadeiras com e sem materiais;
Diferenças entre jogos e esportes.
4 – Manifestações estéticas-corporais na dança e no teatro:
− A dança e o teatro como possibilidades de manifestação corporal;
− Diferentes tipos de danças;
− Desenvolvimento de formas corporais rítmico-expressivas;
− Expressão corporal com e sem materiais.
− Cultura afro-brasileira.
5 - O corpo como construção histórico-social:
- Dimensões biológicas, histórica, cultural e social do corpo: possibilidades
de manifestação corporal;
- Possibilidades expressivas/comunicativas do corpo;
- Saúde/doença: elementos básicos;
- Corpo e sua manifestação sexual;
- O corpo como sujeito e vítima da violência;
- O corpo diferente: gênero, etnia, classe social, religião;
- O corpo dos trabalhadores;
- O corpo excluído: limpo, sujo, forte, fraco, magro, gordo, saudável,
doente e etc.;
- O corpo e seus adereços: signos corporais;
- Relações do indivíduo com a indústria do lazer e com a natureza.
112
6 – Conhecimento do corpo:
e) Auto conhecimento corporal; somatização das emoções;
f) Interação corporal: reconhecimento dos limites e possibilidades da
corporalidade do outro;
g) Exploração corporal do mundo circundante da escola;
h) Educação dos sentidos: cheiros, gostos, sons, imagens, senso tátil.
AVALIACAO
Historicamente o termo avaliação, vem sendo discutido por professores,
mestres, e comunidade escolar, na ânsia de chegar a uma definição, que dê
mais segurança na aplicação e na medição do desempenho e das capacidades
físicas. Os elementos utilizados para esta avaliação nem sempre são corretos
ou formalizam a conquista de seus objetivos. No geral se caracteriza como
seletiva, classificatória e punitiva e é de consciência coletiva que não qualifica
e nem mensura o conhecimento ou aprendizagem do educando.
Busca-se chegar a uma forma de avaliar onde professor e aluno sintam-
se à vontade para discutir o termo ensino-aprendizagem com responsabilidade
e de forma a priorizar a qualidade, o diagnóstico e a continuidade do processo
no ambiente escolar.
BIBLIOGRAFIA
− BRACHT, Valter. A constituição das teorias pedagógicas da educação
física. In: Caderno Cedes, ano XIX, n. 48, Agosto/99.
− BREGOLLATO, Roseli. Cultura Corporal da Dança, Vol. 1, Ginástica,
Vol. 2, Esporte, Vol.3. Ed. Ícone: São Paulo, 2003.
− COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino de educação física.
São Paulo. Cortez, 1992.
− ESCOBAR, M. O. Cultura Corporal na Escola: tarefas da educação física.
In: Revista Motrivivência, nº 08, p. 91-100, Florianópolis: Ijuí, 1995.
− FREIRE, João Batista. Educação de Corpo inteiro: teoria e prática da
Educação Física, São Paulo: Scipione, 1992;
113
− LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 2 ed. São Paulo:
Cortez, 1995.
− PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino
Fundamental. Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental de
Educação Física. Curitiba: SEED/DEM, 2006.
− TABORDA DE OLIVEIRA, Marcus Aurélio. Existe espaço para o ensino de
educação física na escola básica? Pensar a prática. Goiânia, 2: 1-23,
jun./jul. 1998.
− SOARES, Carmem Lúcia. Educação física: raízes européias e Brasil. 2 ed.
Campinas: Autores Associados, 2001.
− SAVIANI, D. Pedagogia Histórico-Crítica: Primeiras Aproximações. São
Paulo: Cortez/Autores Associados, 1999.
114
DISCIPLINA: ARTES
EMENTA
ARTES
A disciplina de arte visa o desenvolvimento do sujeito frente à
sociedade, ampliando o repertório cultural do aluno a partir dos conhecimentos
estéticos, artísticos e culturais. Pretende-se que os alunos possam criar formas
singulares de pensamento, apreendendo e expandindo suas potencialidades
criativas, concretizada através da percepção, da análise, da criação/produção e
contextualização histórica.
A arte nasce da necessidade de expressão e manifestação da
capacidade criadora humana. O sujeito, por meio de suas criações artísticas,
amplia e enriquece a realidade já humanizada pelo cotidiano. Em sua essência,
representa a realidade, expressa visões de mundo do artista e retrata aspectos
políticos, ideológicos e sócio-culturais.
No ensino fundamental, arte é relacionada com a sociedade, a partir
de uma dimensão ampliada, enfatizando a associação da arte com a cultura e
da arte com a linguagem.
No ensino médio, a disciplina de Arte dá ênfase a associação da arte
com o conhecimento, da arte com o trabalho criador e da arte com a ideologia.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES DE ARTES PARA O ENSINO
FUNDAMENTAL
Elementos Básicos das Linguagens Artísticas
Artes Visuais:
− Imagem
− Forma: Suporte, Espacialidade, Texturas E Movimento.
− Luz: Sombra, Decomposição De Luz Branca, Cor E Percepção Da Cor.
Dança:
115
− Movimento
− Espaço
− Ações
− Dinâmicas E Ritmo
− Relacionamentos
Música:
Som
Distribuição Dos Sons De Maneira Sucessiva: Melodia E Ritmo;
Distribuição Dos Sons De Maneira Simultânea: Harmonia;
Qualidades Do Som: Intensidade, Duração, Altura E Timbre;
Estruturas Musicais: Linguagem/Forma Musical, Densidade.
Teatro:
• Personagem: Expressão Corporal, Gestual, Vocal e Facial. Caracterização
do Personagem.
• Espaço Cênico: Cenografia, Iluminação E Sonoplastia.
• Ação Cênica: Enredo, Roteiro, Texto Dramático.
Produções / Manifestações Artísticas
Artes Visuais:
• Imagens Bidimensionais;
• Imagens Tridimensionais;
• Imagens Virtuais.
Dança:
• Composições Coreográficas;
• Improvisações Coreográficas.
Música:
Composições Musicais;
Improvisações Musicais;
Interpretações Musicais.
Teatro:
116
• Representação Teatral Direta E Indireta;
• Improvisação Cênica;
• Dramatização.
•
Elementos Contextualizadores
5. Contextualização Histórica;
6. Autores E Artistas;
7. Gêneros;
8. Estilos;
9. Técnicas;
10.Correntes Artísticas;
11.Relações Indentitárias: Locais, Regionais E Globais.
METODOLOGIA
A pratica pedagógica em Artes contemplará as Artes visuais, a dança,
a música e o teatro adotando como referência as relações estabelecidas entre
a Arte e a sociedade.
Estabelecer métodos e procedimentos que possam levar em
consideração o valor educativo da ação cultural da Arte na escola, fazendo com
que o aluno possa conhecer, produzir, analisar, pesquisar os próprios trabalhos
e se apropriar do patrimônio artístico cultural presente na comunidade e
região.
Observar os processos de criação, conhecer a diversidade da
produção artística, seus registros são algumas estratégias para se concretizar
os trabalhos.Formas interessantes, imaginativas e criadoras de fazer e de
pensar sobre a arte, exercitando seus modos de expressão e comunicação.
Através da articulação dos conhecimentos estético, artístico e
contextualizado, possibilita a apreensão dos conteúdos da disciplina e das
possíveis relações entre seus elementos constitutivos.
Oportunizar e orientar a exploração de materiais e técnicas
vinculadas através de atividades de familiarização com as variadas linguagens
117
artísticas cujos materiais utilizados e os conteúdos abordados sejam
entendidos como instrumentos de interação com o mundo artístico, através de
reflexão e exploração das possibilidades expressivas, possibilitando que
sistematizem suas produções com os demais conhecimentos.
Proporcionando aos alunos situações de aprendizagem que permitam
ao aluno compreender os processos de criação e execução de produções de
trabalhos artísticos, nas áreas em que for possível pelas condições de
formação do professor e materiais da escola, fazendo uso de materiais
alternativos e recicláveis. Utilizando seminários, pesquisas, produção de
textos, apresentações, trabalhos em grupo e individual.
AVALIAÇÃO
A avaliação é diagnóstica e processual, ou seja, uma ação pedagógica
guiada pela atribuição de valor apurada e responsável das tarefas realizadas
pelos alunos. Isso implica em conhecer como os conteúdos de arte são
assimilados pelo aluno a cada momento.
Será valorizada a produção artística, respeitando-se as diversidades
(étnicas, culturais, sociais, econômicas, necessidades especiais, etc) de cada
aluno, pois é necessário conhecer o processo pessoal de cada um e sua relação
com as atividades desenvolvidas, identificar as dificuldades e ajudar os alunos
a supera-los, observando os trabalhos e seus registros (dramatizações, jornais,
revistas, impressos, desenhos e outros).
O aluno dentro de suas possibilidades deverá ultrapassar a cópia, a
imitação e criar formas artísticas que permitam uma leitura mais apurada
sobre arte, reconhecendo a ação do homem em sociedade através de
produções artísticas.
No processo de avaliação é importante ressaltar que o acolhimento
pessoal de todos os alunos é fator fundamental para a aprendizagem em arte,
área em que a marca pessoal é fonte de criação e de desenvolvimento.
118
BIBLIOGRAFIA
BARBOSA, A. M. (org.) Inquietações e mudanças no ensino da arte. São
Paulo: Cortez, 2002.
BOSI, Alfredo. Reflexões sobre arte. São Paulo: Ática, 1991.
BRASIL. Leis, decretos, etc. Lei nº 9394/96: Lei Diretizes e Bases da
Educação Nacional – LDB. Brasília, 1996.
BUORO, ª B. Olhos que pintam: a leitura de imagem e o ensino da arte.
São Paulo, Educ/Fapesp/Cortez, 2002.
FERRAZ, M.; FUSARI, M. R. Metodologia do ensino da arte. 2. ed. São Paulo:
Cortez, 1993.
FISCHER, Erneste. A necessidade da arte. Rio de Janeiro: Zahar, 1979.
MARQUES, I. Dançando na escola. 2.ed. São Paulo, Cortez, 2005.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino de
Primeiro Grau. Currículo básico para a escola pública do Paraná. Curitiba:
SEED/DEPG, 1992.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares da rede
pública de educação básica do estado do Paraná. Curitiba: SEED, 2006
REGO, Ligia Maria da S. Mestres das Artes. São Paulo : Moderna, 1996.
RICHTER, I. M. Interculturalidade e estética do cotidiano no ensino das
artes visuais. Campinas, SP: Mercado das Letras, 2003.
VIGOTSKY, L. S. Psicología da arte. São Paulo: M. Fontes, 1999.
119
Disciplina: Ensino Religioso
Ensino Fundamental 5ª e 6ª séries
Ementa
O Ensino Religioso, destinado para as escolas estaduais publicas
do Paraná, atende a LDBEN (9394/96), art. 33, o qual sofreu alteração em
redação com a promulgação da Lei n. 9475/97, conforma segue:
“Art.33- O ensino religioso, de matrícula facultativa, é parte
integrante da formação básica do cidadão e constitui disciplina dos horários
normais das escolas publica de Educação básica assegurando o respeito à
diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de
proselitismo.
§ 1 º - Os sistemas de Ensino regulamentarão os procedimentos
para definição dos conteúdos do ensino Religioso e estabelecerão as normas
para à habilitação e admissão dos professores.
§ 2º - Os sistemas de ensino ouvirão entidade civil, constituída
pelas diferentes denominações religiosas, para a definição dos conteúdos do
Ensino Religioso.”
Neste sentido é importe salientar que apenas no ano de 1997, foi
elaborado os PCN’s do ensino Religioso. E em 2002 o Conselho Estadual de
Educação do Paraná CEE, aprovou a deliberação 03/02 que regulamentou o
Ensino Religioso nas escolas públicas do Paraná. E a SEED elaborou a instrução
conjunta 001/02 do DEEF/ SEED , que estabeleceu as normas para disciplina na
rede pública estadual. Em 10 de fevereiro de 2006 o Conselho Estadual de
Educação aprovou a deliberação n. 01/06, que instituiu novas normas par o
ensino Religioso.
120
Tratado nessa perspectiva, o Ensino Religioso contribuiu também,
para superar a desigualdade étnico-religiosa, e garantir o direito constitucional
de liberdade de crença e expressão, conforme artigo V, inciso VI, da
constituição brasileira, que por sua vez adere ao Laicismo, que assegura a
liberdade de expressão cultural e religiosa.
Desta forma é importante parafrasear Costella, In: DCE para o
ensino religioso (p.21):
O primeiro é atribuído à pluralidade social num estado não-
confessional, Laico e que garante por meio da constituição a
Liberdade religiosa.
O Segundo fator diz respeito à própria maneira de apreender o
conhecimento, devido às profundas transformações ocorridas no
campo da epistemologia da educação da comunicação.
E terceiro fator traço característico da cultura ocidental mostra uma
profunda reviravolta nas concepções, em especial no século XIX.
Assim, o ensino Religioso contribui para superar a desigualdade
étnico religiosa e garante o direito constitucional de liberdade de crença e
expressão. Também contribui para que, no dia a dia da escola, o respeito a
diversidade seja construído e consolidado.
Nesse sentido faz-se necessário mudar a prática pedagógica e
concepções em torno da disciplina a qual busca superar as tradicionais aulas
de religião, passando a compreende-la como processo pedagógico cujo
enfoque é “entendimento cultural sobre o sagrado e a diversidade religiosa”.
DCE (p.25).
Para atingir tais transformações é importante que o professor
compreenda, que no ambiente escolar as religiões interessam como objeto de
conhecimento a ser tratado nas aulas de ensino religioso, por meio dos estudos
das manifestações religiosas que delas decorrem e as constituem. O que
sugere que todas as religiões podem ser tratadas como conteúdo, uma vez que
121
o sagrado compõe o universo cultural humano, e faz parte do modelo de
organizações de diferentes sociedades.
Objetivo Geral
Promover uma oportunidade para que os educandos se tornem capazes de
entender os movimentos específicos das diversas culturas, e para que o
substantivo religioso represente um elemento de colaboração na constituição
do sujeito.
Conteúdos estruturantes
5ª SÉRIE
• História do pensamento religioso.
Formas de manifestação cultural do sentimento religioso na pré-
histórias, idade média, moderna, contemporânea.
• Religiosidade e cultura.
Manifestação do sagrado em espaços socioculturais específicas.
(nomenclaturas e ritos).
Métodos utilizados pelas diferentes tradições religiosas no
relacionamento com o transcendente, e com o mundo.
Texto sagrado.
O que são textos sagrados.
Textos sagrados de algumas religiões.
6ª série
122
Tempo sagrado e os mitos.
O sagrado e o profano.
A religião e a sociedade: Conflitos, consensos, e a constituição da
imagem socio-cultural.
A experiência religiosa na comunidade escolar.
Religião ética e sociedade.
Jovens e a religião.
Metodologia
Para atingir os objetivos da disciplina é importante, dinamizar
trabalho com textos, ilustrando com filmes, símbolos, músicas, e
contextualizando com a realidade local. Proporcionar debates, produções
individuais e coletivas, elaborações de painéis para socialização de aulas
passeios. As aulas serão conduzidas de maneira desmistificada para
proporcionar análise imparcial e científica das manifestações do sagrado em
diferentes contextos históricos e culturais. Haverá diálogo mediado por
instrumentação teórica e respeito a diversidade de pensamento e
comportamento dos diversos segmentos, cultos e ritos religiosos.
Avaliação
Os instrumentos de avaliação serão definidos em consonância com
a metodologia, privilegiando a observação da construção cognitiva do aluno e
sua produção oral, escrita e atitudinal. Os critérios serão definidos com a
participação do aluno.
123
Referências
Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do
Paraná, Ensino Religioso, Secretária de estado de Educação, 2006.
Bibliografias Consultadas
FIGUEIREDO, A. P. Ensino Religioso -Perspectivas Pedagógicas. 2ª ed.
Petrópolis: Vozes, 1994.
OLENIKI, M. L. R; DALDEGAN, V. M. Encantar- Uma prática pedagógica no
Ensino Religioso.2ª ed. Petrópolis: Vozes, 2003.
AEC- Associassão de Escolas Católicas (ver site)
FONAPER- Forúm Nacional Permanente de Ensino Religioso.(ver site)
ASSINTEC- Associação interconfessional de Curitiba.(ver site)
124
Língua Estrangeira Moderna
Apresentação da disciplina
O ensino das línguas modernas começou a ser valorizado somente depois
da chegada família real portuguesa ao Brasil em 1808. Em 1809, com a
assinatura do decreto de 22 de junho, pelo Príncipe Regente D. João VI,
criaram-se as cadeiras de inglês e francês com o objetivo de melhorar a
instrução pública e de atender às demandas advindas da abertura dos portos
ao comércio.
Em1916, com a publicação de Cours de Linguistic Génerale por
Ferdinand Saussure, inauguram-se os estudos da linguagem em caráter
científico.
Após a Segunda Guerra Mundial, a dependência econômica e cultural do
Brasil em relação aos Estados Unidos intensificou-se e com isso a necessidade
de aprender inglês tornou-se cada vez maior.
Como uma tentativa de rompimento com a hegemonia de um único
idioma ensinado nas escolas, criou-se, em 1982, o Centro de Línguas
Estrangeiras, no Colégio Estadual do Paraná, que posteriormente expandiu-se
para todo o Estado.
Em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº9.394,
determinou a oferta obrigatória de pelo menos uma língua estrangeira
moderna, escolhida pela comunidade escolar, e uma segunda em caráter
optativo, dependendo das disponibilidades da instituição.
Em 2005 foi criada a Lei nº 11.161, que decreta obrigatória a oferta de
língua espanhola para o Ensino Médio, sendo facultativa a matrícula para o
aluno, sendo que os estabelecimentos têm 5 anos, a partir da data de sua
publicação para implementá-la.
De acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação o objetivo de
ensinar língua estrangeira na escola não é apenas lingüístico, mas ensinar e
aprender línguas é também ensinar e aprender percepções de mundo e
125
maneiras de construir sentidos, é formar subjetividades, independentemente
do grau de proficiência atingido. O ensino de língua estrangeira amplia as
perspectivas de ver o mundo, de avaliar os paradigmas já existentes e cria
novas possibilidades de construir sentidos do e no mundo.
Conteúdos estruturantes
Tomando a língua como interação verbal, enquanto espaço de produção
de sentidos marcado por relações contextuais de poder, o Conteúdo
Estruturante será aquele que traz de forma dinâmica o discurso enquanto
prática social, efetivado por meio das práticas discursivas, as quais envolvem a
leitura, a oralidade e a escrita.
O trabalho em aula deve partir de um texto de linguagem num contexto
em uso, sob a proposta de construção de significados por meio do
engajamento discursivo e não apenas pela prática de estruturas lingüísticas. A
ênfase do trabalho pedagógico é a interação ativa dos sujeitos com o discurso,
tornando-os capazes de comunicar-se em diferentes formas discursivas, em
diferentes tipologias textuais.
Para o trabalho de língua estrangeira envolvendo leitura, oralidade e
escrita, é necessário que o professor tenha oportunidade de participar de
cursos de aperfeiçoamento específico na língua (momentos de estudos em
grupo, cursos de proficiência, etc.), adquirindo assim uma maior confiança,
fazendo com que os educandos sintam-se cada vez mais motivados e
confiantes no trabalho do professor em sala de aula. Tal reivindicação é
observada, tendo em vista que há mais de quatro anos tais encontros não são
realizados.
Metodologia da disciplina
O ensino de uma língua estrangeira deve contribuir para a formação de
um indivíduo crítico, capaz de interagir com o mundo que o cerca. Para isto a
língua precisa ser entendida como um produto, resultado das interações
126
sociais em constante movimento e mudança. A língua estrangeira deve ser
aceita como um instrumento que torna possível para o aluno o acesso a novas
informações e novas maneiras de entender o mundo. Portanto, esta disciplina
é baseada no estudo das estruturas básicas da língua inglesa, através do uso
de diferentes gêneros textuais, desenvolvimento sistemático da compreensão
oral e escrita, intensa prática da expressão oral através de diálogos e
discussões informais.
Avaliação
Os objetivos da avaliação se aplicam no sentido de proporcionar ao aluno
a percepção de sua evolução no processo de ensino-aprendizagem, bem como
o professor, sem conduzir o processo de maneira punitiva, ser o articulador da
construção do conhecimento.
CRITÉRIOS DA AVALIAÇÃO
A avaliação com base no feedback deve levar em conta o que ocorreu no
caminho. Para isso pode-se utilizar os seguintes questionamentos:
Que tentativas o aluno fez para realizar tal atividade?
Que dúvidas manifestou?
Como interagiu com os colegas?
Demonstrou alguma independência?
Revelou progressos em relação ao ponto que estava?
O fundamental é que professor e aluno, juntos, reflitam sobre os erros,
transformando-os em uma situação de aprendizagem para que todos possam
concluir: acertamos, erramos, aprendemos, assumimos riscos, alcançamos
objetivos? Há que se observar uma discrepância em relação à carga horária e
número de alunos por turma que, eventualmente, inviabilizam a reflexão
citada acima.
127
O processo avaliativo deve ser diagnóstico, contínuo, somatório, desde
que se articulem com os objetivos específicos, conteúdos definidos respeitando
as diferenças individuais e escolares.
PROPOSTA CURRICULAR DE LÍNGUA INGLESA PARA O ENSINO
FUDAMENTAL E MÉDIO
1. APRESENTAÇÃO
O objetivo da educação básica é a formação de um sujeito crítico, capaz
de interagir criticamente com o mundo e o ensino da língua inglesa deve
contribuir para esse fim.
O ensino da língua inglesa deve ultrapassar as questões técnicas e
instrumentais e centrar-se na educação para que o aluno reflita e transforme a
realidade que se lhe apresenta, entendendo essa realidade e seus processos
sociais, políticos, econômicos, tecnológicos e culturais, percebendo que essa
realidade é inacabada e está em constante transformação. É preciso trabalhar
a língua como prática social significativa: oral e/ou escrita.
O trabalho com essa disciplina deve possibilitar ao aluno acesso a novas
informações, a ver e entender o mundo construindo significados, permitindo
que alunos e professores construam significados além daqueles que são
possíveis na língua materna. Sendo assim, o conhecimento de uma língua
estrangeira colabora para a elaboração da consciência da própria identidade,
pois o aluno percebe-se também como sujeito dessa identidade, como um
cidadão histórico e social. Língua e cultura constituem os pilares da identidade
do sujeito e da comunidade como formação social.
Os conteúdos estruturastes são entendidos como saberes mais amplos
da disciplina e podem ser desdobrados nos conteúdos que fazem parte de um
corpo estruturado de conhecimento constituído e acumulados historicamente.
O discurso constituirá o conteúdo estruturante entendido como pratica social
sob seus vários gêneros
128
Faz-se necessário que o professor leve em consideração a experiência no
trabalho com a linguagem que o aluno já possui e que ele tenha que interagir
com uma nova discursividade, integrando assim elementos indispensáveis da
prática como: conhecimentos lingüisticos, discursivos culturais, e sócio-
pragmáticos.
Os conhecimentos lingüisticos dizem respeito ao vocabulário, à fonética
e às regras gramaticais, elementos necessários para que o aluno interaja com
a língua que se lhe apresenta.
Os discursivos, são diferentes gêneros que constituem a variada gama de
práticas sociais que são apresentadas aos alunos.
Os culturais, a tudo aquilo que sente, acredita, pensa, diz, faz e tem uma
sociedade ou seja, a forma como um grupo social vive e concebe a vida
Os sócios-pragmáticos, aos valores ideológicos sociais e verbais que
envolvem o discurso em contexto sócio-histórico particular.
Alem disso uma abordagem do discurso em sua totalidade será realizada
e garantida através de uma atividade significativa em língua estrangeiras nas
quais as práticas de leitura, escrita e oralidade, interajam entre si e constituam
numa prática social culturas.
2. OBJETIVOS GERAIS
• Proporcionar ao aluno a chance de fazer uso da língua que está
aprendendo em situações significativas, relevantes e não como mera
prática de formas lingüísticas descontextualizadas;
• Ensinar e aprender percepções de mundo e maneiras de construir
sentidos, formando subjetividades independente do grau de proficiência
atingido, bem como objetiva-se que os alunos possam analisar as
129
questões da nova ordem global, suas implicações que desenvolvam a
consciência crítica à respeito do papel das línguas na sociedade;
• Possibilitar aos alunos que utilizem uma língua estrangeira em situações
de comunicação e também inseri-los na sociedade como participantes
ativos, não limitados as suas comunidades locais, mas capazes de se
relacionar com outras comunidades e outros conhecimentos;
1. Conteúdos por série
ENSINO FUNDAMENTAL
5ª série
English around me;
Greetings;
What’s your name? And presentation;
Personal pronouns – subjective;
Verb to be – affirmative;
Article – definite and indefinite;
Demonstrative – this, that, these, those;
Interrogatives – what? And where?;
Nationalities;
Possessive pronouns;
Family;
Cardinal numbers – 1 to 50;
How old are you?
What’s your address?
To be – interrogative and negative;
Vocabulary: things, color, fruits, animals, people, months, days of the
week,
school objects, sports and others.
130
Obs: O vocabulário será trabalhado durante o ano, conforme a
necessidade dos conteúdos:
6ª série
Review – personal pronouns, verb to be;
Possessive pronouns;
Simple present and 3ª person – affirmative, interrogative and negative;
Can and can’t;
Abilities and occupations;
Plural of nouns;
Cardinal numbers and ordinal numbers;
How many…? and How much…?
There is and there are…
Prepositions – in, on, at, under, from, to, behind, beside, between, in
front of;
What time…?
Present continuous;
Information questions – what, when, where;
Imperative form;
7ª série
Review – present continuous, simple present;
Adverbs – frequency;
Parts of the body;
Possessive pronouns – subjective and adjective;
Prepositions and direction words;
Plural form – review;
Countable and uncountable;
Many, few, much, little;
Verb to have;
Past tense – Regular
131
Past tense – Irregular;
Verb to be – past
Past continuous;
There was, there were
Adverbs – manner – place – time;
8ª série
Review – regular and irregular verbs and past continuous;
Conjunctions - when and while;
Would and could – drinks and foods;
Interrogative words;
Degree of adjectives – comparative and superlative;
Reflexive pronouns;
Future – will;
Future – going to;
Questions tags;
Present perfect with since and for – and others;
Present perfect and simple past;
ENSINO MÉDIO
1º ano
Personal pronouns – subjective and objective case;
To be – simple present and simple past;
Articles;
Prepositions;
Adjective pronouns;
There to be – simple present and simple past;
Demonstrative pronouns;
132
Present continuous;
Cardinal numbers;
Simple present
Frequency adverbs
Adverbs manner, place, time;
Verb to have – simple present;
Ordinal numbers;
Possessive pronouns;
Possessive adjectives;
Genitive case;
Conjunctions;
Past tense – regular and irregular verbs;
Past continuous and when / while;
Can and could;
Abilities;
Phrasal verbs;
Vocabulary; nationalities, dates, phone numbers, mathematical operations, the
time, the alphabet, colors, fruit, parts of the body, family, days of the week,
months, seasons and
2º ano
133
Review – to be, article, to have, simple present, present continuous, simple
past, past continuous;
Others prepositions;
Interrogative words;
Future – with will and going to;
Plural form;
Many, much, few, little;
Indefinite pronouns;
Degrees of adjectives;
Questions tags;
Imperative form;
Present perfect;
Present perfect and simple past;
Present perfect continuous;
Phrasal verbs;
3º ano
Review – Simple present, simple past, present continuous, future with will and
going to;
Past perfect and past continuous;
Relative pronouns;
134
Modal verbs;
Conditional tenses – would and if;
Prepositions – all;
Gerund and infinitive;
Conjunctions – all;
Passive voice and active voice;
Reported speech and direct speech;
Reflexive and emphasizing pronouns;
4. METODOLOGIA
Todas as atividades devem ser centradas no aluno, trabalhando
ativamente, integrando-o nas situações do dia-a-dia e as informações globais.
Assim sendo, a leitura é vista como uma atividade construtiva e criativa.
O texto apresenta-se como um espaço de temática fundamental para o
desenvolvimento intercultural, manifestado por um pensar e agir críticos com a
prática cidadã imbuída de respeito às diferentes culturas, crenças e valores.
Possibilita-se, desse modo, a capacidade de analisar e refletir sobre os
fenômenos lingüísticos e culturais como realizações discursivas, as quais se
revelam pela história dos sujeitos que fazem parte desse processo,
apresentando assim como um princípio gerador de unidades temáticas e de
desenvolvimento das práticas lingüístico-dicursivas. Portanto, é fundamental
que se apresente ao aluno textos de diferentes gêneros textuais, mas sem
categoriza-los, proporcionando ao aluno a possibilidade de interagir com a
infinita variedade discursiva.
Para tanto, é importante trabalhar a partir de temas referentes a
questões sociais, tarefa que se encaixa perfeitamente nas atribuições da língua
estrangeira, disciplina que favorece a utilização de textos abordando assuntos
135
relevantes presentes na mídia nacional e internacional ou no mundo editorial:
publicitários, jornalísticos, literários, informativos, de opinião, etc., interagindo
com uma complexa mistura da língua escrita, visual e oral. Sendo assim, será
possível fazer discussões orais sobre sua compreensão, bem como produzir
textos orais, escritos e ou visuais, integrando todas as práticas discursivas
nesse processo.
Ao apresentar textos literários deve-se propor atividades que colaborem
para que o aluno reflita sobre os textos e os perceba como uma prática social
de uma sociedade em um determinado contexto sócio-cultural particular.
O papel da gramática relaciona seu entendimento, quando necessário,
dos procedimentos para a construção de significados utilizados na língua
estrangeira: o trabalho com a gramática, portanto, estabelece-se como
importante na medida em que permite o entendimento dos significados
possíveis das estruturas apresentadas. Assim o conhecimento formal da
gramática deve estar subordinado ao conhecimento discursivo, ou seja,
reflexões gramaticais devem ser decorrentes de necessidades específicas dos
alunos a fim de que possam expressar-se ou construir sentidos com os textos.
A produção escrita, ainda que restrita a construção de uma frase, a um
parágrafo, a um poema ou a uma carta, precisa fazer desta produção uma
atividade menos artificial possível: buscar leitores efetivos dentro ou fora da
escola, ou seja, elaborar pequenos textos direcionados a um público
determinado.
Serão utilizados os materiais didáticos disponíveis na prática-pedagógica:
livro didáticos, paradidáticos, dicionários, vídeos, dvds, cd-rooms, internet, sob
a ótica da realidade dessa instituição e das propostas das Diretrizes
Curriculares.
5 .AVALIAÇÃO
A avaliação da aprendizagem da língua inglesa está intrinsicamente
atrelada à concepção de língua e aos objetivos para o ensino dessa disciplina
136
defendidos nas Diretrizes Curriculares. Assim, o caráter educacional da
avaliação sobrepõe-se ao seu caráter eventualmente punitivo e de controle,
constituindo num instrumento facilitador na busca de orientações e
intervenções pedagógicas, não se atendo apenas no conteúdo desenvolvido,
mas aqueles vivenciados ao longo do processo, de forma que os objetivos
específicos explicitados nas diretrizes sejam alcançados. Portanto, a avaliação
da aprendizagem precisa superar a concepção de mero instrumento de
medição de apreensão de conteúdos, visto que ela se configura como
processual e, como tal, objetiva subsidiar discussões, a cerca das dificuldades
e avanços dos alunos sujeitos, a partir de suas produções, no processo de
ensino e aprendizagem.
O aluno envolvido no processo de avaliação também é construtor do
conhecimento, precisa ter seu esforço reconhecido por meio de ações com: o
fornecimento de um retorno sobre seu desempenho do “erro” como parte
integrante da aprendizagem. Assim tanto o professor quanto os alunos poderão
acompanhar o percurso desenvolvido até então e identificar dificuldades, bem
como planejar e propor outros encaminhamentos que visem a superação das
dificuldades constatadas. Contudo é importante considerar na prática
pedagógica avaliações de outras naturezas: diagnóstica e formativa, desde que
essas se articulam com os objetivos específicos e conteúdos definidos,
concepções e encaminhamentos metodológicos, respeitando as diferenças
individuais e metodológicas.
Constitui parte integrante do processo de ensino-aprendizagem, tendo
como princípio básico o respeito à diversidade de características, de
necessidades e de ritmos de aprendizagem de cada aluno. Sendo a
recuperação contínua e paralela, deve ser realizada ao longo do ano, a cada
conteúdo trabalhado, no momento em que são constatadas as dificuldades,
fazendo assim as intervenções necessárias.
137
6. REFERÊNCIAS
AUN, Eliana, MORAES, Maria Clara & SANSANOVICZ, Neuza Bilia. Inglês para o
ensino médio. 1 ed. São Paulo: Saraiva, 2003.
DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO
ESTADO PARANÁ
BRASIL. Lei 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e
bases da educação nacional. Diário Oficial da União, 23 de dezembro de
1996.
_____. Colégio Estadual Mahatma Gandhi – Ensino Fundamental e Médio.
Projeto Político Pedagógico. 10 de abril de 2006.
COSTA, Marcelo Baccarin. Globetrotter: Inglês para o Ensino Médio. São Paulo:
Macmillan, 2001.
LIBERATO, Wilson Antônio. Compact English book. São Paulo: FTD, 1998.
_____. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação
Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: língua estrangeira.
Brasília: MEC/SEF, 1998.
PRESCHER, Elisabeth. PASQUALIN, Ernesto & AMOS, Eduardo. Graded English.
São Paulo: Moderna, 2000.
138
_____. Secretaria de Estado da Educação Superintendência da Educação.
Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira para o Ensino Médio –
Versão preliminar – 2006.
PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação. Departamento de Ensino
Fundamental. Orientações Curriculares de Língua Estrangeira.
Curitiba:SEED/DEF,2006
139
CIÊNCIAS
1- EMENTA
De acordo com a DCE, é fundamental considerar a evolução do
pensamento do ser humano, pois é a partir dele que a historia da ciência se
constrói. Sendo assim a que se levar em conta a medida que o homem busca
satisfazer suas necessidades automaticamente, passa a observar e à buscar
repostas as suas indagações.
A descoberta do fogo foi um marco na história da humanidade, a partir
daí o homem assume outras e torna-se ainda mais atento a respeito das
dinâmicas da natureza.
Dentro da escola pública a trajetória do ensino de ciências sempre foi
determinada por um momento histórico, político e social. Momentos estes que
influenciaram os modelos curriculares de cada época e causaram fortes
mudanças nas concepções da ciência.
Uma vez que os conhecimentos são produzidos pela humanidade no
decorrer de sua história a disciplina se constitui num conjunto de
conhecimentos científicos necessários para compreender e explicar os
fenômenos da natureza e suas interferências no meio. Para que isso aconteça
são estabelecidas relações entre os diferentes conhecimentos físicos,
químicos e biológicos e o cotidiano do aluno, ou seja, sua prática social.
A valorização da vida em sua diversidade, a responsabilidade em
relação a saúde e ao ambiente, bem como a consideração de variáveis que
envolvem com fatos, são elementos que contribuem para o aprendizado de
atitudes, para saber se posicionar crítica e construtivamente diante de
diferentes questões.
Esta disciplina é importante, no contexto escolar pela necessidade
humana de compreender, sistematizar e desmistificar os mais diversos
fenômenos na natureza, nos seres vivos e no universo. Portanto, a disciplina
oportuniza a compreensão dos eventos que ocorrem com a água, o solo, o ar
e a interferência na saúde humana. Propicia a compreensão das inter-relações
140
entre os seres vivos e o meio ambiente, demonstrando a interdependência
que há entre eles. Onde o ser humano é o agente de transformação
consciente daquela.
De forma científica, o educando é levado a conhecer o seu próprio
corpo, do seu semelhante, despertando o devido respeito pelas diferenças
existentes entre as mais diversas etnias. Assim, ocorrem quebras de
preconceitos sexuais, dos raciais, da xenofobia, bem como daqueles que
apresentam necessidades especiais temporárias ou permanentes.
Assim, o processo de ensino-aprendizagem de ciências valoriza a
dúvida, a contradição, a diversidade, o questinamento superando o
tratamento curricular dos conteúdos por eles mesmos dando prioridade a sua
função social.
2. OBJETIVOS GERAIS
•Integrar os conteúdos a partir de três eixos norteadores: noções de
astronomia, transformação e interação da matéria, energia e saúde que
implica na melhoria da qualidade de vida.
•Compreender os conceitos históricos de ciência que tratam das questões
dogmáticas, neutras, infalíveis, prontas e acabadas, bem como buscar
explicações e construir a parte científica que convive com a dúvida, que é
falível e intencional, utilizando-se de métodos que buscam as explicações
dos fenômenos naturais: físicos, químico, biológicos, geológicos, que
recebem influências dos fatores: sociais, econômicos, políticos, etc.
•Conduzir o aluno para fazer a investigação científica, redescobrindo assim
os conceitos em ambiente apropriado para a simulação do método
investigativo, acompanhado pelo professor, contextualizando os conteúdos
estudados com os fenômenos da natureza. Sendo um modelo
construtivista de educação.
•Fornecer subsídios para que os educandos não sejam ignorantes sociais
dos produtos científicos e tecnológicos com os quais convive reconhecendo
o processo de produção, distribuição e consumo, bem com os problemas
decorrentes, buscando soluções para tais.
141
•Incorporar ao ensino de ciências, aspectos sociais, políticos, econômicos,
éticos e culturais, incluir os portadores de necessidades especiais e / ou
tecnológicos inerentes ao processo de produção, a aplicabilidade dos
conhecimentos científicos, das relações e inter-relações estabelecidas
entre os sujeitos do processo ensino-aprendizagem.
3 - CONTEUDOS ESTRUTURANTES
O currículo de Ciências no Ensino Fundamental é formado por um
conjunto de ciências que se somam historicamente numa mesma disciplina
escolar para compreender os fenômenos naturais nessa etapa da
escolarização. Os conhecimentos físicos, químicos
e biológicos são contemplados na disciplina com vistas à compreensão das
diferenças e inter-relações entre essas ciências de referência que compõem a
área de ciências, ditas naturais, no processo pedagógico.
De forma geral, os fenômenos naturais são tratados na disciplina sob os
seguintes –
- conhecimentos físicos – a partir dos conhecimentos científicos em
relação aos diversos fenômenos naturais e tecnológicos, com a abordagem de
conteúdos como: movimento, som, luz, eletricidade, magnetismo, calor e
ondas, entre outros;
– conhecimentos químicos – contemplam as noções e conceitos
científicos sobre materiais e substâncias, sua constituição, propriedades e
transformações, necessárias para compreender os processos básicos da
Química;
– conhecimentos biológicos – orientam progressivamente na
interpretação e compreensão dos processos biológicos e contribuem para o
entendimento dos ambientes e da manutenção da vida.
As ciências de referência orientam a definição dos conteúdos
significativos na formação dos alunos porque oportunizam o estudo da vida, do
142
ambiente, do corpo humano, do universo, da tecnologia, da matéria e da
energia, e outros. Também fornecem
subsídios para a compreensão crítica e histórica do mundo natural (conteúdo
da ciência),
do mundo construído (tecnologia) e da prática social (sociedade).
Os Conteúdos Estruturantes propostos nestas Diretrizes são entendidos
como saberes fundamentais, capazes de organizar teoricamente os campos de
estudo da disciplina, essenciais para compreender seu objeto de estudo e suas
áreas a.ns.
São conteúdos estruturantes da disciplina de Ciências para o Ensino
Fundamental:
– corpo humano e saúde;
– ambiente;
– matéria e energia; e
– tecnologia.
Esses conteúdos estruturantes foram definidos tendo em vista as
relações entre os campos de estudo, tradicionalmente tratados ao longo do
ensino de Ciências, e a sua relevância no processo de escolarização atual.
Ao desmembrar no currículo os conteúdos estruturantes em conteúdos
específicos, é importante considerar a concepção de ciência adotada nestas
Diretrizes, os conhecimentos físicos, químicos e biológicos e os elementos do
Movimento CTS, os conteúdos sobre cultura afro-brasileira e africana serão
abordados conforme a lei a lei nº 106 39/2003, que prevê a obrigatoriedade
destes temas no ensino de ciências. Os conteúdos abordado serão:
Desmistificação das teorias racistas;
Estudos das características biológicas (biótipo) dos diversos povos;
Contribuições dos povos africanos e de seus descendentes para os avanços da
ciência e da tecnologia.
143
a – Corpo Humano e Saúde:
Conhecer e compreender as transformações e a integração entre os sistemas
que compõe o corpo humano, suas funções de nutrição, coordenação, relação,
regulação, bem como as questões relacionadas a saúde e a sua manutenção.
b – Ambiente:
Entender como funciona os ambientes da natureza e como a vida se renova e
se mantém, reconhecendo a importância da biodiversidade e das ações
humanas que nela interfere. Discutir sobre os diferentes ambientes da Terra,
sua diversidade, localização, caracterização, transformações e adaptações dos
seres vivos e do homem ao longo da história.
c – Matéria e Energia
Considerar as interações, as transformações, as propriedades, as
transferências, as diversas fontes e formas, os modos como se comportam em
determinadas situações, as relações com o ambiente, assim como os
problemas sociais e ambientais relacionados à geração de energia, sua
destruição, consumo e desperdício.
d – Tecnologia
Estabelecer as relações sociais de produção da Ciência e da Tecnologia, com
vistas ao atendimento das suas necessidades. Pretende-se romper a idéia de
que as Ciências e a Tecnologia estão separados. Esse desenvolvimento
cientifico e tecnológico determina, contraditoriamente, problemas graves para
o meio ambiente e para a sobrevivência da própria espécie, analisando que
toda a população é exposta a esses defeitos e não apenas a porção da
sociedade que determina a produção do conhecimento científico-tecnológico.
144
4 - METODOLOGIA
Articular os conteúdos em uma abordagem curricular, e numa
perspectiva crítica e histórica dos conhecimentos químicos, físicos e biológicos.
Tratar os conteúdos estruturantes não como conhecimento acabado, mas cujos
conhecimentos científicos sejam passiveis de alterações ao longo do tempo.
Pois os conhecimentos tidos como acabados, podem ser reinterpretados, pois
outras áreas do conhecimento humano podem contribuir significativamente
para o estudo, a explicação e a compreensão de tais conhecimentos científicos.
Estabelecer relações entre os diversos conteúdos específicos, superando
os eixos: físicos, químicos, biológicos, incorporando os eixos sociais, étnicos,
culturais e outros.
Estabelecer uma contextualização dos conteúdos interdisciplinares
programados de uma série como os demais de ensino fundamental. Tratar os
conteúdos, respeitando s nível cognitivo dos alunos, a realidade local, a
diversidade cultural, aditando uma linguagem coerente a cada faixa etária e
nível de conhecimento, buscando gradativamente o aprofundamento da
abordagem dos conteúdos.
Provocar uma reflexão sobre o atual momento histórico, social, científico-
tecnologico, propiciando um entendimento sobre os problemas que afetam
diretamente a vida do ser humano, dos seres vivos e do ambiente.
Procurar entender os problemas ambientais, que cercam a comunidade
escolar, perceber a rotina dessa comunidade quanto a degradação do meio
ambiente, utilização da água, do ar e do solo.
Atividades:
• SALA DE AULA: debates, seminários, entrevistas com profissionais
utilizando pesquisas para ampliar o conhecimento, através do despertar
da curiosidade do aluno;
145
• VISITAS: em parques municipais, laboratórios da universidade, com
objetivo de realizar intercâmbio com outras formas de ambiente;
• SAÍDAS A CAMPO: elaborar projeto com o tema a ser trabalhado,
favorecendo ao aluno que o mesmo perceba a importância de suas
atitudes no ambiente em que vive;
• AULAS PRÁTICAS: serão realizadas no laboratório onde o aluno através
da construção do experimento observará e entenderá os fenômenos da
natureza:
Vale destacar a importância dos registros que os alunos fazem no decorrer
das atividades da sala de aula, pois assim o professor pode analisar a
própria prática e fazer uma intervenção pedagógica coerente. Além disso,
o professor pode divulgar a produção de seus alunos com o intuito de
promover a socialização dos saberes e entre os estudantes e desta com a
produção científico-tecnológico, participando de projetos como:
- Projeto educação com ciências;
- Agenda XXI vai a escola;
- Porta dia-a-dia educação;
- Festival de arte da rede estudantil FERA;
- TV Paulo Freire;
- Laboratório de informática.
5 - AVALIAÇÃO
A avaliação é uma atividade constante na vida de todas a s pessoas,
portanto, precisamos primeiramente nos libertar da idéia de que o senso
comum é suficiente para julgarmos um desempenho, essa libertação permite
estabelecer parâmetros para uma avaliação mais competente, tornando
possível um maior desenvolvimento do aluno, pois a avaliação deve ser um
processo contínuo, sistemático, auto-avaliativa, diagnóstica para verificar se os
objetivos previstos estão sendo atingidos; integral, pois considerar o aluno
como um todo, ou seja, não apenas os aspectos cognitivos analisados, mas
146
igualmente os comportamentais e a habilidade psicomotora.
Para uma avaliação efetiva, devem ser estabelecidos critérios, levando
consigo fatores como a série a ser avaliada, o nível cognitivo dos alunos e a
apropriação dos conteúdos.
A avaliação verificará se os alunos atingiram os objetivos propostos a
partir do que é básico e essencial, se necessário far-se-á a retomada de
conteúdos com posterior recuperação paralela.
Serão utilizados instrumentos avaliativos e diversificados como relatórios
de pesquisas, visitas de campo e palestras, exercícios desafiadores, trabalhos
de grupo (dramatização, jogos, músicas e produções coletivas), debates,
painéis, exposições, avaliações individuais, relatórios, análise de trechos de
filmes pertinentes ao conteúdo.
6 – BIBLIOGRAFIA:
- DCE - Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do
Estado do Paraná. Ciências, Curitiba, 2006.
- Lei nº 10.639, de janeiro de 2003.
- MEC/SEB – Orientações curriculares nacionais do ensino fundamental –
Brasília, 2003.
147
PROPOSTA CURRICULAR DE GEOGRAFIA
1– APRESENTAÇÃO
As diretrizes curriculares da disciplina da geografia adotaram para objeto
de estudo da geografia, o espaço geográfico que é composto pelo lugar,
paisagem, região, território, natureza, sociedade, entre outros; O espaço
geográfico é produzido e apropriado pela sociedade, composto por objetos e
ações inter-relacionados.
Cabe à geografia preparar o aluno para uma leitura crítica da produção
social do espaço e à escola subsidiar os alunos no enriquecimento e
sistematização dos saberes para que estes sejam sujeitos capazes de
interpretar, com olhar crítico, o mundo que os cerca. Ao professor cabe a
postura investigativa e de pesquisa evitando visão receptiva e reprodutiva do
mundo, fornecendo aos alunos conhecimentos específicos da geografia, com os
quais ele possa ler e interpretar criticamente o espaço, considerando as
diversas temáticas geográficas.
A relevância da geografia está no fato de que todos os acontecimentos
do mundo têm uma dimensão espacial, onde o espaço é a materialização dos
tempos da vida social.
O papel do processo produtivo na construção do espaço deve possibilitar
a compreensão sócio-histórica das relações de produção capitalistas, para que
reflita sobre as questões ambientais, sociais, políticas, econômicas e culturais
materializadas no espaço geográfico. Considerando que os alunos são agentes
da construção do espaço, por isso, é também papel da Geografia subsidiá-los
para interferir conscientemente na realidade.
A Geopolítica deve possibilitar ao aluno a compreensão do espaço que
ele está inserido, a partir do entendimento da constituição e das relações
estabelecidos entre os territórios institucionais e aqueles territórios que a eles
se sobrepõem como campos de forças sociais e políticas. É necessário que os
alunos compreendam as relações de poder que os envolvem e determinam.
Considerado fundamental para os estudos geográficos no atual período
148
histórico, atinge outros campos de conhecimento e assim remete à
necessidade de espacializá-los e especificar o olhar geográfico para o mesmo.
A concepção de meio ambiente não pode excluir a sociedade, e sim,
compreender que sociedade, economia, política e cultura fazem parte de
processos relativos à problemática ambiental contemporânea, sendo
componente e sujeito dessa problemática.
É fundamental compreender a gênese da dinâmica da natureza, quanto
sua transformação em função da ação humana e sua participação na
constituição física do espaço geográfico. Não se trata apenas das questões da
natureza, mas ambiente pelos aspectos sociais e econômicos passam a ser
também questões da pobreza, da fome, do preconceito e das diferenças
culturais.
Permite a análise do Espaço Geográfico, sob a ótica das relações sociais
e culturais, bem como da constituição, distribuição e mobilidade demográfica.
As manifestações culturais perpassam gerações, criam objetos geográficos e
são partes do espaço, registros importantes para a Geografia.
Deve contribuir para a compreensão desse momento de intensa
circulação de informações, mercadorias, dinheiro, pessoas e modos de vida.
Preocupar-se com estudos da constituição demográfica das diferentes
sociedades, com as migrações que imprimem novas marcas nos territórios e
produzem novas territorialidade e com as relações político-econômicas que
influenciam essa dinâmica.
2. OBJETIVOS GERAIS
Ler e interpretar criticamente o espaço;
Compreender o estudo do processo histórico na formação das sociedades
humanas;
Entender o funcionamento da natureza por meio da leitura do lugar, do
território a partir do espaço geográfico;
Perceber as relações econômicas, políticas, sociais que envolvem o
mundo globalizado;
149
Reconhecer na aparência das formas visíveis e concretas do espaço atual
os processos históricos, construídos em diferentes tempos, os processos
contemporâneos, conjuntos de práticas dos diferentes agentes, que resultam
em profundas mudanças na organização e no conteúdo do espaço
compreendendo e aplicando no cotidiano os conceitos básicos da Geografia.
3. METODOLOGIA
De acordo com as diretrizes curriculares para o ensino da geografia, os
conteúdos estruturantes devem ser abordados de forma crítica e dinâmica de
maneira que a teoria, prática e a realidade estejam interligados em coerência
com os fundamentos teórico-metodológicos.
Para o desenvolvimento do trabalho pedagógico de geografia, torna-se
necessário compreender o espaço geográfico e seus conceitos básicos e as
relações sócio-espaciais nas diferentes escalas (local, regional e global).
Esses conteúdos devem ser aplicados para o desenvolvimento do
trabalho pedagógico da disciplina para compreensão nas diferentes escalas
geográficas.
No processo de construção do conhecimento e análise das categorias
serão realizadas problematizações, análise de textos e imagens, mapas,
músicas, manifestos, vídeos, documentários, trabalhos de campo, entre outros.
Ainda poderão ser utilizados análise e interpretação de tabelas e
gráficos, produção de esquemas, quadros comparativos, painéis, cartazes,
levantamento de informações e pesquisas em diversas fontes, como recursos
para a confirmação da ação pedagógica.
Os conteúdos específicos poderão ser desenvolvidos considerando os
enfoques: Dimensão Socioambiental, a Dinâmica Cultural e Demográfica,
Dimensão Econômica da Produção do/no espaço e a Geopolítica.
Por outro lado, é importante destacar a aula de campo como prática
metodológica e a cartografia como recurso didático que assume abordagem
diferenciada e concordante com a perspectiva teórico-metodológica assumida
pelo professor.
150
4. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
O objeto de estudo/ensino da Geografia para a educação básica é o
espaço geográfico.
Para organização desse objeto de estudo foram organizados os
conteúdos estruturantes, que são os saberes e conhecimentos que identificam
e organizam os campos de estudos da Geografia.
Os conteúdos estruturantes relacionam-se entre si e nunca se separam.
A partir dos conteúdos estruturantes surgem os conteúdos específicos.
Os Conteúdos Estruturantes são:
• Dimensão econômica da produção do/no espaço;
• Geopolítica;
• Dimensão socioambiental;
• Dinâmica Cultural e Demográfica.
• Dimensão econômica da produção do/no espaço.
Enfatizar a apropriação do meio natural pelo homem, criando uma rede
de transferência e circulação de mercadorias, pessoas, informações e capitais
é o enfoque a ser dado para os alunos do Ensino Fundamental, considerando
que esses alunos são agentes da construção do espaço.
Para o Ensino Médio, o enfoque dos conteúdos estruturantes pode ser
considerado como análise para entender como se constituir o espaço
geográfico, possibilitando a compreensão sócio-histórica das relações de
produção capitalistas, para refletir sobre as questões ambientais.
• Geopolítica
Os conteúdos estruturantes na área de Geopolítica tem como proposta a
reflexão dos fatos históricos, para que os alunos ampliem sua compreensão a
respeito do mundo real, em âmbito local, regional e global.
Para o Ensino Médio este conteúdo estruturante deve ter uma
abordagem mais profunda, visto que o aluno teve noções no Ensino
151
Fundamental. O Trabalho pedagógico deve abordar o local e o global, levando
em consideração a interpretação histórica das relações geopolíticas em estudo.
• Dimensão Socioambiental
A questão socioambiental não se restringe aos estudos da flora e da fauna,
mas a interdependência das relações entre sociedade, aspectos econômicos,
sociais, culturais, etc. Compreendendo a dinâmica da natureza e as alterações
causadas pelo homem.
• Dinâmica cultural e demográfica
A análise do espaço geográfico acontece a partir desse conteúdo estruturante.
Os estudos da formação demográfica das diferentes sociedades e dos aspectos
culturais contribuem para compreender a intensa circulação de informações,
mercadorias, dinheiro, pessoas e modos de vida.
Deve acontecer a abordagem dos conteúdos envolvendo a temática de história
e cultura afro-brasileira e africana nas diferentes séries do Ensino Fundamental
e Médio, em qualquer conteúdo estruturante, de acordo com a Lei 10.639/03.
5. AVALIAÇÃO
A avaliação é parte do processo pedagógico e para tanto deve
acompanhar a aprendizagem do aluno e nortear o trabalho do professor.
É fundamental que a avaliação seja mais do que a definição de uma nota
ou de um conceito. É necessário que seja contínua e que priorize a qualidade e
o processo de aprendizagem, além de diagnosticar falhas no processo ensino
aprendizagem para que a intervenção pedagógica aconteça.
A avaliação deverá ser realizada por meio de diversos recursos e
instrumentos visando a contemplação das diversas formas de expressão do
aluno como a leitura e interpretação de textos, fotos, imagens, gráficos,
tabelas, mapas; produção de maquetes, murais, desenhos, textos; pesquisas
em diversas fontes, apresentação de seminários, relatórios de aulas de campo
e outras atividades, além da participação e avaliação formal oral e escrita.
152
Os instrumentos serão selecionados de acordo com cada conteúdo e
objetivo de ensino. Sempre valorizando a construção de conceitos de
entendimento sócio espacial.
Acreditamos que através de todos esses instrumentos de avaliações
estaremos atendendo uma diversidade de aprendizados e oportunizando a
construção do conhecimento visando desenvolver o aluno de forma ampla
contribuindo assim para a sua formação social, crítica, participativa e
responsável.
Durante o processo avaliativo, se detectada alguma deficiência na
aprendizagem deverá ser oportunizado ao aluno sempre que este demonstrar
necessidade por não ter compreendido e/ou assimilado aos conteúdos
estudados, retomando inclusive avaliações e notas.
6. REFERÊNCIAS
ANDRADE, M. C. de Geografia ciência da sociedade. São Paulo: Atlas,
1987.
BARBOSA, J. L. A Geografia na sala de Aula. São Paulo: Contexto, 1999.
CHRISTOFOLETTI, A. (Org.). Perspectivas da Geografia. São Paulo: Difel,
1992.
CORREA, R. L. Região e organização espacial. São Paulo: Ática, 1986.
MENDONÇA, F. Geografia sócio-ambiental. In: Revista Terra livre, nº 16.
AGB Nacional, 2001, p. 113.
MORAES, A. C. R. Geografia – Pequena História Crítica. São Paulo:
Hucitec, 1987.
_______ Geografia Crítica – A Valorização do Espaço.São Paulo: Hucitec,
1984.
_______ Ideologias Geográficas. São Paulo: Hucitec, 1991.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino
Fundamental. Diretrizes Curriculares para o Ensino Médio de Ensino de
Geografia. Curitiba: SEED/DEM, 2006
PEREIRA, R. M. F. do A. Da geografia que se ensina à gênese da
geografia moderna. Florianópolis. Editora UFSC, 1989.
153
SANTOS, M. Por uma outra globalização. Rio de Janeiro: Record, 2000.
_______ Por uma geografia nova. São Paulo: Hucitec, 1986.
VESENTINI, José W. Geografia, natureza e sociedade. São Paulo: Contexto,
1997.
154
PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE
LÍNGUA PORTUGUESA
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
a) APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O ensino da Língua Portuguesa, numa visão contemporânea,
precisa estar comprometido, tanto na oralidade quanto na escrita, com o
processo da enunciação e do discurso, e sua prática deve estar relacionada
a situações reais de comunicação.
A linguagem, ao ser tomada como forma de ação entre as pessoas
(inter-ação), passa a ser considerada em sua relação com os sujeitos que a
utilizam, levando-se em conta a enunciação, ou seja, o contexto de
produção do enunciado ou do discurso.
A sala de aula deve ser o lugar de interação, de encontro entre
sujeitos, nas atividades de leitura ensino-aprendizagem e nelas intervir no
momento propício e de forma adequada.
Ler e escrever devem ser considerados dois atos inseparáveis. A
prática da leitura favorece a escrita, ou seja, quem tem o hábito de ler
textos diversos tem mais condições de refletir sobre as idéias e formular
opiniões. Afinal, ao escrevermos um texto, precisamos ter nossa opinião
formada acerca do assunto a ser desenvolvido.
Estão entre os principais objetivos da disciplina, empregar a língua oral
em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a cada contexto e
interlocutor, bem como descobrindo as intenções que estão “por trás”dos
discursos do cotidiano e posicionando-se diante dos mesmos. Desenvolver o
uso da língua escrita em situações discursivas realizadas por meio de
práticas textuais, considerando-se os interlocutores, os seus objetivos, o
assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de
produção/leitura. Criar situações em que os alunos tenham oportunidade de
155
refletir sobre os textos que lêem, escrevem, falam ou ouvem, intuindo, de
forma contextualizada, as características de cada gênero e tipo de texto,
assim como os elementos gramaticais empregados na organização do
discurso ou texto.
Os alunos devem ser levados a conhecer e a respeitar as diferentes
variedades da Língua Portuguesa, para que possam escolher o nível
adequado a cada situação comunicativa e não tenham qualquer tipo de
preconceito
b) CONTEÚDO ESTRUTURANTE
Discurso
Conteúdos Específicos
ORTOGRAFIA
Emprego das letras do alfabeto
Uso das iniciais maiúsculas
FONÉTICA:
Fonema, letra, dígrafo, encontro vocálico, encontro consonantal, sílaba,
acentuação gráfica
MORFOLOGIA:
Classes gramaticais: substantivo, adjetivo, artigo, numeral, pronome, verbo,
advérbio, preposição, conjunção, interjeição
SINTAXE:
Frase, oração, período
Termos de oração: sujeito e predicado
Predicação verbal
Complementos verbais e nominais
Concordância verbal e nominal
156
Vozes verbais
Período simples e período composto
Período composto por coordenação: Oraçoes assindéticas e sindéticas
Período composto por subordinação: Orações substantivas, adjetivas e
adverbiais
Colocação pronominal
Pontuação
SEMÂNTICA:
Palavras sinônimas e antônimas
Palavras homônimas e parônimas
Figuras de linguagem
ANÁLISE DO DISCURSO:
Textos: narrativos, descritivos, informativos, apelativos,
dissertativos,poéticos (versificação)
Produção textual: narração,descrição, dissertação, poesia
Leitura e interpretação de texto
Oralidade
ESTUDOS LITERÁRIOS
Noções de literatura: gêneros literários
Linguagem literária
Obras literárias
Escolas literárias: Trovadorismo, humanismo, Classicismo, Literatura de
Informação, Barroco, Arcadismo, Romantismo, Realismo, Naturalismo,
Simbolismo, Parnasianismo, Pré modernismo, Pós modernismo
Literatura contemporânea
Literatura africana em Língua Portuguesa
Africa e Portugual
O desenvolvimento da produção literária africana
157
Literatura em línguas crioulas de base portuguesa
Textos de autores africanos
c) METODOLOGIA
Há uma estreita relação entre o que e como ensinar: determinados
objetivos só podem ser conquistados se os conteúdos tiverem tratamento
didático específico. A questão não é apenas qual informação deve ser
oferecida, mas principalmente, que tipo de tratamento deve ser dado à
informação que se oferece.
A proposição de encaminhamentos metodológicos no ensino de
Língua Portuguesa, segue os princípios de interação, base da concepção
adotada para essa disciplina.
É importante ter claro que quanto maior o contato com a
linguagem, na diversidade textual, mais possibilidades se tem de entender o
texto como material verbal carregado de intenções e de visões de mundo.
Algumas atividades que poderiam envolver o trabalho com a
linguagem oral de forma significativa seriam os seminários, as
dramatizações de textos teatrais, as simulações de programas de rádio e
televisão, as encenações de situações da vida cotidiana, como as ocorridas
numa agência bancária, num ônibus, as dramatizações de telenovelas,
parodiando-as, entre outras.
As aulas serão ministradas conforme as necessidades e utilidades
das mesmas e como forem planejadas, incluindo fitas de vídeo, leitura de
revistas, jornais, livros literários, livros didáticos, trabalhos em equipes,
trabalhos individuais, produção e reestruturação de textos.
d) AVALIAÇÃO:
158
Não há dúvida de que a avaliação formativa é o melhor caminho
para garantir a evolução de todos os alunos, pois dá ênfase ao aprender.
Considera que os alunos possuem ritmos e processos de aprendizagens
diferentes e, por ser contínua e diagnóstica, aponta as dificuldades,
possibilitando assim que a intervenção pedagógica aconteça a tempo.
Informa os sujeitos do processo (professor e alunos), ajuda-os a refletir.
Nessa perspectiva, a oralidade será avaliada progressivamente,
considerando-se a participação do aluno nos diálogos, relatos e
discussões, a clareza que ele mostra ao expor suas idéias, a fluência da
sua fala, o seu desembaraço, a argumentação que ele apresenta ao
defender seus pontos de vista e, de modo especial, a sua capacidade de
adequar o discurso/texto aos diferentes interlocutores e situações.
Quanto à leitura, pode-se propor aos alunos questões abertas,
discussões, debates e outras atividades que permitam avaliar as
estratégias que eles empregaram no decorrer da leitura, a compreensão
do texto lido e o seu posicionamento diante do tema, bem como
valorizar a reflexão que o aluno faz a partir do texto.
Em relação à escrita, é preciso ver os textos dos alunos como
uma fase do processo de produção, nunca como um produto final.
Como é no texto que a língua se manifesta em todos os seus
aspectos – discursivos, textuais, ortográficos e gramaticais – os
elementos lingüísticos utilizados nas produções dos alunos precisam ser
avaliados em uma prática reflexiva, contextualizada, que possibilite aos
alunos a compreensão desses elementos no interior do texto.
É utilizando a língua oral e escrita em práticas sociais, sendo
avaliados continuamente em termos desse uso, efetuando operações
com a linguagem e refletindo sobre as diferentes possibilidades de uso
da língua, que os alunos, gradativamente, chegam à almejada
proficiência em leitura e escrita, ao letramento.
159
e) REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS:
DIRETRIZES CURRICULARES Ensino fundamental e médio da rede de
Educação Básica do Estado do Paraná – Língua Portuguesa
160
PLANO CURRICULAR DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA
Ementa (apresentação da disciplina)
História é a ciência que estuda o processo de produção do conhecimento
humano praticado no decorrer do tempo, em determinados períodos onde os
agentes dessas ações possuem ou não a consciência das mesmas, sendo
elaborada a partir de documentos e experiências que tem o desafio de
contemplar a diversidade das experiências sociais, culturais, políticas e
naturais dos sujeitos e suas relações.
Objetivos Gerais da Disciplina
Propiciar aos alunos, ao longo da Educação Básica, a formação da
consciência histórica, permitindo que o aluno elabore conceitos que permitam
pensar historicamente, superando a idéia de História como algo dado como
verdade absoluta; bem como assimilar e discutir o conhecimento histórico,
oriundo das diferentes instâncias sociais, respeitando a diversidade e estímulo
ao diálogo e as ações colaborativas.
Conteúdos Estruturantes
Os conteúdos específicos de História no Ensino Fundamental, permitem
compreender as contribuições, limites e possibilidades que se abre para a
disciplina, havendo coerência entre a concepção teórica, o tratamento e a
organização dos conteúdos estruturantes, entendidos como as dimensões
política, econômica, social e cultural.
Para organização dos conteúdos série/ano há necessidade de:
Estabelecer referência com o currículo de História da rede pública;
Parte diversificada como o caso da História do Paraná e cultura Afro;
Respeitar a construção das diretrizes curriculares para o Ensino Fundamental.
Seleção de Conteúdos
5 ª Série:
Origens do Homem ao século XVI.
161
6 ª Série:
Das contestações à ordem colonial até a Independência do Brasil.
7 ª Série:
Pensando a nacionalidade do século XIX ao século XX.
8ª Série:
Repensando a nacionalidade: Do século XX ao século XXI – Elementos
constitutivos da contemporaneidade.
Metodologia da Disciplina
A metodologia do ensino de História permite o envolvimento ativo do aluno
no processo, dando ênfase a uma aprendizagem significativa, estabelecendo
relações com outras atividades históricas e de respeito aos valores culturais
das diferentes sociedades.
Hoje trabalhamos com uma imensa pluralidade de fontes de conhecimento
e o professor precisa estar atento às contribuições trazidas pelos estudantes,
estimulando-os a expor e a discutir seus conhecimentos prévios, em uma
atividade que leva a ampliar seu nível crítico e capacidade de refletir sobre si
próprio e sobre a vida. Pois a história é um conhecimento construído pelas
ações e pelas relações humanas, atividades, experiências ou trabalhos
humanos praticadas no tempo.
Pretende se articular a realidade local do aluno a um conhecimento histórico
que sirva de referencial cultural, teórico, ideológico, social e econômico, de
forma que o conduza à inter-relação destes com sua realidade social.
A produção do conhecimento histórico é essencial para que os alunos
possam compreender as diferentes interpretações de um mesmo
acontecimento, a necessidade de consultas para entender diferentes
contextos, da produção do conhecimento histórico para a compreensão do
passado, valorizando e preservando documentos.
162
Critérios de avaliação específicos da disciplina
Avaliar é um ato extremamente polêmico e delicado, já que envolvem
visões pedagógicas e juízos de valor os mais diversos. Para alcançar uma
mudança comportamental e cognitiva, a avaliação com toda a sua
complexidade, representam o instrumento fundamental para verificar o grau
efetivo dessas mudanças e se elas correspondem às metas pedagógicas
estabelecidas. Sendo a avaliação um instrumento pedagógico que permite
detectar as dificuldades para a aprendizagem de alguns alunos e até mesmo
os nossos possíveis erros, omissões e dificuldades na transmissão do
conhecimento de história se fazem necessário uma avaliação plural e contínua
que de fato possa avaliar as competências específicas de cada aluno, como a
capacidade de apontar soluções, a participação nas discussões em sala de aula
e no trabalho em grupo, a capacidade de interagir e cooperar, o grau de
respeito e valores culturais e o despertar da consciência crítica estudando
documentos, filmes, bem como visitas e exposições, para que o aluno possa
vivenciar e melhor entender a história. Desse modo será permitido um
diagnóstico mais completo da aprendizagem, visando estimular ao educando a
fazer ele próprio uma reflexão de seu desenvolvimento. Para tanto, a prática
docente deve ser de mediação e intervenção através de estratégias articuladas
que venham a promover a compreensão crítica da realidade, bem como
possíveis meios de intervenção na mesma.
Referências Bibliográficas
- PILETTI, Nelson; PILETTI, Claudino. História & Vida Integrada. 1ª Ed. Ática:
São Paulo, 2001.
- ARMO, Sônia Irene; COUTO, Eliane. História Passado e Presente. 1ª Ed.
Atual: São Paulo, 1997.
- COTRIM, Gilberto. História e Consciência do Mundo. 9ª Ed. Saraiva: 1996.
Vol. 1, 2, 3 e 4.
- ARRUDA, José Jobson de A. História Antiga e Medieval. 16ª Ed. Ática: São
Paulo, 1993.
163
- SCHMIDT, Mário. Nova História Crítica. 2ª Ed. Nova Geração: São Paulo,
2005.
- Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do
Estado do Paraná – História.