projeto polÍtico pedagÓgico - ef · lei de diretrizes e bases nacional, no. 9394/96 – cap. 5...
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COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR AMÁLIO PINHEIRO
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROJETO POLÍTICO
PEDAGÓGICO
2013
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1 APRESENTAÇÃO
¨ Todo projeto supõe rupturas com o presente e promessas para o futuro. Projetar significa tentar quebrar um estado confortável para arriscar-se atravessar um perí-odo de instabilidade e buscar uma nova estabilidade em função da promessa que cada projeto contém de estado melhor do que o presente. Um projeto educativo pode ser tomado como promessa frente a determinadas rupturas. As promessas tornam visíveis os campos de ação possível, comprometendo seus atores e auto-res¨.
GADOTTI(1994, p. 579)
O presente Projeto Político Pedagógico é resultado de uma construção coletiva
envolvendo todos os membros do processo educativo, ou seja, alunos, professores, fun-
cionários, equipe pedagógica e pais. O presente foi elaborado a partir de reuniões com a
comunidade escolar, pesquisa, debates e levantamento de questionários.
Tem como finalidade propor uma prática educativa voltada ao pleno desenvolvi-
mento humano, buscando superar dificuldades no processo educativo, sendo aberta a
discussões permanentes.
Queremos por meio deste, contribuir para que a Escola Professor Amálio Pinheiro
se torne um espaço educativo democrático e de qualidade, aberto a participação de todos
os membros da comunidade escolar.
O compromisso da educação básica com formação para a cidadania e a
construção de significados na aprendizagem dos alunos pela prática social, na qual a
contextualização e interdisciplinaridade apontam um caminho para as mudanças
necessárias. Temos que pensar a educação à situação real posta hoje pelo mundo, e a
proposta pedagógica desta escola visa a formação total do educando.
[...] Uma formação total ao contrário deve preparar ao mesmo tempo para o traba-lho, para o estudo e para o tempo livre, porque a vida de todo adulto que exerce atividades intelectuais é afinal um inextricável conjunto destas três formas com-plementares. Como premissa para uma formação total é necessário um pacto en-tre as gerações para redistribuição do trabalho, da riqueza e do poder [...]. (DE MASI, 1998, p.6 )
O projeto político pedagógico tem por finalidade auxiliar, articular e delinear ações
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comprometidas para com a formação do cidadão e possibilitar um melhor funcionamento
da estrutura escolar, tanto no aspecto organizacional quanto no aspecto pedagógico. Pois
tendo um projeto definido e construído coletivamente é possível canalizar as forças, idéias
e recursos financeiros para os objetivos e fins aqui expressados.
Os sistemas de ensino assegurarão às unidades escolares públicas de educação básica que os integram, progressivos graus de autonomia pedagógica e administrativa e de gestão financeira, observadas as normas gerais de direito financeiro público. (BRASIL, 1997, art. 15).
Entendendo que a elaboração do Projeto Político pedagógico virá atender as
necessidades reais da escola, favorecendo também a formação do sujeito como agente
crítico e reflexivo, faz-se necessário, além do amparo legal, que o mesmo venha
corresponder de maneira significativa às transformações da sociedade, bem como
responder aos anseios e expectativas da comunidade escolar.
Diante destas considerações, concluímos que o Projeto Político pedagógico será
um dos elementos facilitadores e norteadores das ações educativas deste
estabelecimento de ensino, proporcionando momentos importantes de reflexão neste
cenário marcado pela diversidade que é a escola, mas que não consegue inibir a ousadia
de sonhar pois:
Precisamos contribuir para criar a escola que é ventura, que marcha, que não tem medo do risco, por isso que recusa o imobilizado. A escola em que se pensa, em que se atua, em que se cria, em que se fala, em que se ama, se adivinha, a escola em que apaixonadamente diz sim à vida. Paulo Freire. (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA , 1998)
Tendo como referencial o respeito à diversidade, ou seja, à pluralidade cultural,
apontando diretrizes para criar condições de que o educando seja sujeito de sua aprendi-
zagem permanecendo no processo de escolaridade, desenvolvendo -se intelectualmente
e socialmente, para o exercício da cidadania.
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2 FUNDAMENTOS LEGAIS DO PPP
Para que a construção do conhecimento seja uma realidade, elaboramos o
presente documento, baseado nos parâmetros legais, em conformidade com a LDB
9394/96.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei 9394 de 20 de dezembro
de 1996 (BRASIL, 1997), em seu Artigo 3º propõe:
O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I- Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II- Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber; III- Pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas; IV- Respeito à liberdade e apreço à tolerância; V- Coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; VI- Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; VII- Valorização do profissional de educação escolar; VIII- Gestão democrática no ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino; VIX- Garantia de padrão de qualidade; valorização da experiência extra-escolar; X- Vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.
A elaboração do presente PPP deste estabelecimento de ensino é embasado em
outros dispositivos legais citados a seguir:
DCN para Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de
História e Cultura Afro-Brasileira e Africana (Lei 10.639/2003);
Deliberação 07/99-CEE/PR (avaliação);
Deliberação 14/99 – CNE – Estabelece indicadores para elaboração do PPP;
Deliberação 16/99-CEE/PR (regimento escolar);
Diretrizes Curriculares Estaduais.
Diretrizes Curriculares Nacionais – Ensino Fundamental 04/98;
Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica –
Parecer 17/01- CNE e Resolução CNE no. 02/01.
Estatuto da Criança e do Adolescente;
Indicação Nº 04/99 – CEE – Realça o princípio da autonomia e estimula a
adoção de planejamento participativo na Escola;
Instrução Normativa Nº 07/2010 - SUED/SEED: Defini a Concepção de
PPP, legalidade, conteúdo, metodologia e elementos de elaboração;
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Lei 10.172/2001 – PNE (Plano Nacional de Educação);
Lei 9795/99 – Política Nacional de Educação Ambiental – PNEA/AGENDA
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Lei Complementar 07/77 - Estatuto do Magistério;
Lei de Diretrizes e Bases Nacional, no. 9394/96 – Cap. 5 – art. 58, 59 e 60
(da Educação Especial);
Lei Estadual 4978 – 05 de dezembro de 1964. Art. 136 – Cada
Estabelecimento disporá suas formas de organização;
Parecer Nº 06/2001 - CNE/CEB – Significado Político Educacional do PPP;
Plano Estadual de Educação (em processo de conclusão);
Portaria Nº 27 de 21 de junho de 2007 – Art 2º Inciso III § 1º MEC: Define a
importância e necessidade sobre Plano de Desenvolvimento da Educação e do Projeto
Político pedagógico;
Resolução 2124/ 05 - MEC;
Resolução Nº 03/98 Art 7º - CNE/CEB - Os governos criarão mecanismos
que garantam liberdade e responsabilidade das instituições escolares na formulação de
seus Projetos Políticos Pedagógicos.
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3 IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO
3.1 DADOS GERAIS
Colégio Estadual Professor Amálio Pinheiro- Ensino Fundamental e Médio
Praça Getúlio Vargas 183, CEP 84070-550, Bairro Nova Rússia
Telefone-fax: 042-3224-1682
Município: Ponta Grossa
E-mail:[email protected]
Núcleo Regional de Educação: de Ponta Grossa
Código do Estabelecimento: 00157
Dependência Administrativa: Secretaria do Estado da Educação
Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná.
3. 2 HISTÓRICO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO
No ano de 1942, foi construída uma casa escolar pela Prefeitura Municipal, onde
funcionou o Grupo Escolar Professor Amálio Pinheiro, que fazia parte do Complexo
Escolar “Senador Flávio Carvalho Guimarães”.
Era prefeito nessa época o Sr. Albari Guimarães, que cedeu o prédio ao governo
do Estado, em fevereiro de 1942. Esta escola foi nominada em homenagem ao Professor
Amálio Pinheiro que foi um dos eminentes vultos do magistério paranaense.
Funcionava o Grupo Escolar com apenas seis salas de aula, um diretor, seis
professores e 180 alunos. Hoje, a Escola continua no mesmo local e passou por uma
série de modificações até os dias atuais.
Esta Escola foi dirigida pelos seguintes diretores: Raul Pinheiro Machado (1942-
1944), João Belczak Junior (1944-1945), Egdar Zanoni (1945-1946), Maria José Santos
(1946-1950), Maria Vitória Braga Ramos (1950-1970), Francisca Eléa dos Passos (1970-
1978) , Maria de Lourdes Blum Portela (1978-1979), Eunilson Tozetto (1979-1983), Railda
Alba Frascisca Schiffer (1983-1987), Paulo Marcos Alves Pinto (1987-1990), Cleusa Maria
Cardon (1990-1995), Rosemara de George (1996-1997), Werner Eisner (1998-2001) ,
Luiza de Fátima Weiber de Lima (2001-2005) e Érica de Fátima Eidam (2006-2011).
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No ano de 1999, foi encerrado o ensino supletivo e devido as alterações
decorrentes da nova Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional de 1996, a escola
passou a se chamar Escola Estadual Professor Amálio Pinheiro – Ensino Fundamental e
neste mesmo ano, por motivo de adequação à mesma lei, iniciou-se a cessação gradativa
do ensino de 1º a 4º série que foi finalizado em 2001.
Em 2006 foi reaberto o ensino regular noturno de 5º a 8º séries, com quatro
turmas de alunos. Assumindo a direção auxiliar a professora Luiza de Fátima Weiber de
Lima. Entretanto, devido a crescente evasão dos alunos, o ensino noturno foi encerrado
em 2007, permanecendo apenas o funcionamento da escola nos turnos matutino e
vespertino.
Devido os altos índices de evasão, as notas baixas na prova Brasil e os baixos
índices no IDEB, (índices 3,4 no ano de 2005, 3,1 no ano de 2007 e 4,0 no ano de 2009)
a Escola Amálio Pinheiro foi inserida no Projeto de Superação da Secretaria Estadual de
Educação para reverter estes índices e melhorar o desempenho da escola
A partir do ano de 2013, sob a gestão do Professor Claudiomiro da Cruz (2012-
2015) será implantado a Educação de Jovens e Adultos no turno da noite passará a
chamar-se Colégio Estadual Professor Amálio Pinheiro.
Fonte: Acervo do Colégio Estadual. Prof. Amálio Pinheiro.
3.3 ATOS JURÍDICOS PARA O FUNCIONAMENTO DO ESTABELECIMENTO
Decreto - Lei Federal n.º 1202, de 08/04/1939 Art. 12 - Parecer n.º 1719 do Departamento
Administrativo do Estado do ParanáAto n. º 7457 de 29 de março de 1962.
Reconhecimento Oficial.
Decreto n. º 1397/75 de 30 de dezembro de 1975 - Autorização do funcionamento com o
nome de Escola Estadual professor Amálio Pinheiro – Ensino Regular e Supletivo de 1º
Grau.
Resolução n.º 2676/81 de 10 de novembro de 1981 - Reconhecimento do curso
Resolução n.º 1630/03 de 23/05/2003-Renovação do reconhecimento do curso.DOE
24/07/2003.
Resolução nº 4548/09 Renovação do Reconhecimento do curso.
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4 NÍVEIS E MODALIDADES DE ENSINO OFERTADOS
Esse estabelecimento de ensino oferece apenas os anos finais do Ensino
Fundamental: do 6º ano até o 9º ano.
O Regime de tempo escolar é seriado e anual.
As distribuições dos anos e turmas são organizados em dois turnos: manhã e
tarde, levando-se em consideração o espaço físico existente no Colégio e de acordo com
as necessidades de nossa comunidade escolar.
5 DIAGNÓSTICO
5. 1 REALIDADE DO COLÉGIO
No Brasil a desigualdade social, econômica e cultural ainda constitui-se grande
desafio a ser enfrentado pelo Poder público que tem o compromisso com o
desenvolvimento social da nação brasileira. Esse não é apenas um problema da nossa
comunidade, mas reflete-se em todas as regiões do país.
Vive-se um quadro de muita corrupção e insegurança. É visível a descrença nos
governantes, a falta de políticas de desenvolvimento sustentável que contemplem a
cidadania, de envolvimento com os problemas sócio-econômicos, que se refletem na
educação e no desenvolvimento. O conhecimento da realidade social e das necessidades
da nossa comunidade escolar é primordial para planejarmos as ações que visem o
aperfeiçoamento de nossos alunos, entretanto, os Gestores Públicos também devem
considerar essa realidade que se apresenta para que possam empenhar-se na promoção
humana dos cidadãos.
Em nossa comunidade, bastante carente, temos alunos vindos de famílias
absolutamente desestruturadas, que buscam constantemente o auxílio dos orgãos
públicos como Conselho Tutelar e Delegacia de Polícia para intervirem na equação de
muitos problemas familiares. E isso repercute negativamente na formação de nossos
alunos, na interação deles no Colégio com os outros colegas e com os professores.
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Muitos são beneficiários do Bolsa Família, porém, esse benefício é apenas um
paliativo à exclusão social. Necessário, mas que não resolve o problema se não for
trabalhado concomitantemente com um projeto de reeducação para a cidadania, em que
o Colégio seja um elo sócio-educacional com os projetos de desenvolvimento e
assistência social. As crianças do Brasil, já se encontram praticamente todas no colégio,
mas e agora como mantê-las? Eis a questão?
A exclusão social caracteriza-se como um fenômeno das sociedades periféricas
deste século. Manifesta-se pela fome, pela falta de abrigo de educação, de acesso ao
mercado de trabalho e vem alastrando-se pelos efeitos perversos da concentração de
poder e riquezas no próprio sistema.
A globalização aponta alguns pontos positivos como a velocidade com que se dá
a comunicação e a possibilidade de trocas, evidenciada pela abertura de fronteiras entre
os países. Em contra partida apresenta aspectos negativos muito salientes como a
desvalorização do ser humano na sua essência, o nosso produto e a nossa capacidade
intelectual. Questões que podem ser evidentemente re-avaliadas e acordadas entre os
países.
A concentração de renda e recursos intelectuais contempla apenas a elite
perpetuando a miséria e a ignorância. Deixa a maioria da população, incapacitada de
exercer os seus direitos, pela falta de informações, de esclarecimentos, de respeito a
questão de gênero. Uma situação um tanto estranha, pois se quer igualdade, mas
alimenta-se a diferença e provoca-se a exclusão social. A maioria do povo brasileiro é
desprovida dos gêneros de primeira necessidade, do acesso à educação de qualidade, ao
trabalho, ao emprego e a renda que lhe permita viver com dignidade devido ao
despreparo e as exigências do mundo atual.
Essa situação demonstra claramente a falta de um Projeto Político Educacional a
nível nacional que priorize a educação para a cidadania pró-ativa para o seu efetivo
exercício democrático, com acesso às informações e aos conhecimentos necessários
para exercê-la de direito e de fato, intervindo no social. Na sociedade de hoje, os valores
não priorizam a justiça, a cidadania, a ética e o capital social, subentendido como o bem
mais precioso da humanidade, que é o trabalho e a inteligência humana capaz de
produzir o social saudável. Bem como o respeito à vida, a diversidade, o direito à
liberdade de expressão, à responsabilidade social, à educação, o preparo para o trabalho,
para a convivência harmoniosa e o fortalecimento da família.
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Os interesses ideológicos do sistema instigam com veemência a mídia a
influenciar e a difundir ideias meramente consumistas à serviço das classes privilegiadas,
que detêm o poder. Manifesta-se desta forma com evidência, o despreparo das pessoas
pelo seu comportamento. Não apresentam uma cultura organizacional, que estabeleça
objetivos, metas, projetos de vida mais contundentes pela falta de oportunidades.
O Brasil enfrenta uma crise global pela falta de solidez e de um projeto definido
que atenda aos reais interesses da sociedade. A crise interna poderia ter menor vulto, se
houvesse um projeto político e social concomitante. Se o cidadão tivesse mais preparo
para lidar com a conjuntura, se a distribuição de renda fosse mais equacionada.
Houve um tempo em que a passagem pelo colégio representava a promessa de
inserção profissional, de acesso ao trabalho e à renda. De distinção social e
aprimoramento. Acredita-se que esse tempo pode ser resgatado, pois atualmente uma
das críticas mais ferozes feitas à escola contemporânea é sua incapacidade de tratar com
a diversidade de demandas, de interesses, de motivações pela falta de oportunidades de
trabalho devido aos novos contextos sociais, culturais e econômicos.
É preciso vincular com urgência o Projeto Político ao Projeto Social para dar
consistência à sociedade. Promover a sustentabilidade social. A escolaridade precisa
estar interligada às oportunidades de trabalho e ao processo de emancipação social. A
experiência escolar deve respeitar o (a) aluno (a) na sua subjetividade, no atendimento as
suas necessidades, investindo nos seus sonhos sem exclusão e desigualdade.
Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), 20% dos alunos em
idade escolar param de estudar por exercer uma atividade remunerada e isso não tem
representado mudança na qualidade de vida e nas condições econômicas das crianças e
adolescentes. Com um investimento de menos de 5% do PIB em educação, fica evidente
que para o governo o trabalho infantil é uma das suas últimas preocupações, sendo
lamentável e vergonhoso que o nosso país ostente nessa área, os índices piores do que o
de alguns dos mais miseráveis países do planeta.
Segundo estimativas do IBGE, o trabalho doméstico ainda é mais frequente do
que o rural. Daí ser importante articular as políticas públicas para garantir que nossas
crianças e nossos jovens não só estejam efetivamente estudando como aprendendo e se
desenvolvendo. A tarefa não é fácil. Três são os principais problemas para avançar nessa
direção e superar as dificuldades, a fim de construir uma escola de qualidade: a existência
do trabalho infantil, a ignorância das famílias que não valorizam o ensino e questões
ligadas à violência, as drogas e a pobreza.
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A realidade em nossa cidade não é diferente do quadro apresentado em nosso
país. Observa-se um número expressivo de alunos da rede pública de ensino que
abandonam os bancos escolares em busca da sobrevivência, trocando a escola pelo
trabalho informal ou pelo uso de drogas. A triste realidade que envolve esses
adolescentes, que quase em sua totalidade habitam a zona periférica da cidade, é
incentivada pelo sonho de melhoria de vida, fato esse quase que impossível de se
acontecer sem a conclusão de seus estudos.
Em nosso colégio, infelizmente a realidade não difere do quadro acima
apresentado.
5.2 CARACTERÍSTICAS DA COMUNIDADE ESCOLAR
O Colégio Estadual Professor Amálio Pinheiro - Ensino Fundamental está situada
no bairro de Nova Rússia, bairro comercial e residencial que atende várias vilas e bairros
vizinhos, devido a estrutura que oferece: bancos, lojas, hospital, supermercados,
farmácias, shopping, posto de saúde, centro de atendimento ao idoso, ginásio de
esportes, fábricas e microempresas.
A comunidade que vive neste bairro é fixa, entretanto, o Colégio atende as
seguintes comunidades que estão ao redor da Nova Rússia: a Vila Cristina, Vila
Hilgemberg, Vila Santo Antônio, Jardim Maracanã e Boa Vista entre outras mais distantes.
As condições familiares e culturais dos alunos dificultam seu desempenho
escolar, pois existem alunos que vêm ao Colégio desmotivados, desanimados, com o
emocional afetado por problemas familiares e financeiros. A evasão tem sido um desafio
ao colégio, pois os alunos abandonam os estudos e os pais pouco fazem para reverter a
situação.
Nossos alunos, na sua maioria, vivem sem perspectivas de um futuro promissor,
contentam-se com mínimo, como se fosse suficiente o que ganham dos benefícios
assistenciais do governo. Em vista disso, eles não se sentem motivados a modificarem a
realidade, parece-nos que se acomodaram, os alunos e suas famílias. Encontramos
muitos alunos em idade avançada e cursando os sextos e setimos anos do ensino
fundamental, quando já deveriam estar iniciando o ensino médio.
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Nessa sociedade, nosso aluno apresenta-se como uma pessoa com poucas
perspectivas, apáticos pela falta de oportunidades, muitas vezes deixando de estudar
para ir em busca de um trabalho para melhorar a renda familiar, e ajudar no sustento da
família. Soma-se a isto, o envolvimento direto ou indireto dos alunos no tráfico de drogas,
cujo crescimento é assustador na sociedade pontagrossense e tem levado muitos alunos
a envolverem-se direta ou indiretamente como usuários e repassadores de drogas até
mesmo no Colégio. Há um número expressivo de alunos que estão no mercado informal
ou que sob a desculpa de ir trabalhar, acabam procurando as drogas como o crack, e por
consequência os levam à evasão e ao abandono de seus estudos.
O nosso Colégio acolhe alunos (as) na sua grande maioria provenientes de uma
classe social de baixa renda. Portadores de sonhos ainda não realizados, com pouca
instrução e marginalizados pelo sistema social, sendo a própria realidade o testemunho
vivo do contexto e da sua insatisfação.
Juntamente com o avanço tecnológico, o crescimento populacional, a má
distribuição de renda e a má gestão do dinheiro público, resultaram numa sociedade
injusta. A sociedade atual, tal como se apresenta, com tamanha desigualdade social, com
poucos privilegiados, onde o aluno não se sente amparado para um futuro mais digno.
Muitos valores éticos e morais que são a base do convívio familiar e do convívio social,
estão em desuso, não são vivenciados pela criança e o adolescente em suas famílias,
causando inúmeros problemas, refletindo negativamente na sociedade, especialmente no
Colégio.
As famílias vivendo com renda mínima necessitam receber ajuda dos programas
assistencialistas do governo, deixam de exercer seu papel de cidadãos e os alunos, por
conseqüência, se acomodam, sem se sentirem motivados a transformarem essa realidade
injusta.
Como executora de muitas das políticas públicas do governo, a escola vem
assumindo muitos papéis de cunho assistencialista, porque o governo encontrou na
escola, “a ponte” para chegar às famílias, e a prática educativa ficou então, vinculada a
funções que não são da escola. A função primordial é a do ensino-aprendizagem, e a
escola vem se afastando de sua principal função, na medida em que tenta atender os
alunos em suas carências financeiras e sociais, quando a própria escola é carente de
recursos materiais e financeiros.
É de fundamental importância que todos os envolvidos no processo educativo,
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analisem o processo histórico da construção do saber e considerem também que a
educação sofreu e sofre influência dos valores e interesses condizentes a este novo
paradigma dentro da educação, no qual a escola é convocada a provocar radicalmente
mudanças, a orientar os jovens de modo que sejam capazes de administrar a toda esta
inovação e não a ser escravo dela.
Assim, se faz necessário, resgatar a auto-estima e os valores éticos e morais
para o convívio digno na sociedade e para contribuir para o avanço do conhecimento,
capacitando os alunos a tomarem iniciativas e criarem uma nova realidade. Instigar
valores como a igualdade e a solidariedade, a busca pela qualidade de vida, a ética e a
responsabilidade, o respeito no convívio e na diversidade sócio-cultural, para garantir o
acesso e a permanência dos alunos com qualidade no processo educacional.
A realidade escolar que aqui se apresenta, é de uma parcela significativa de
alunos, filhos de catadores de materiais recicláveis e de pais desempregados,que advêm
de um nível sócio- econômico muito baixo, escolaridade precária e número significativo de
pais analfabetos. Esses alunos têm poucas perspectivas educacionais e profissionais,
precocemente abandonam a escola em busca de um trabalho para complementar a renda
familiar. A renda familiar da maioria é de um salário mínimo, o que geralmente são gastos
na alimentação, e algumas famílias tem renda de dois salários mínimos, quando mais de
um responsável trabalha na família. As demais necessidades são parcialmente supridas
por entidades filantrópicas, órgãos da prefeitura e doações.
O nível de escolaridade dos pais é ensino fundamental incompleto, com alguns
analfabetos. Exercem atividades variadas, como mão-de-obra não especializada, sem
formação profissional, com baixa remuneração. De acordo com a pesquisa realizada,
constatou-se alto índice de desemprego e dificuldades financeiras.
Devido a baixa escolaridade da comunidade a qual a escola atende é difícil contar
com a participação efetiva dos pais, embora sejam constantemente chamados a participar
e interagir.
A comunidade de pais e alunos apresentam as necessidades de:
Escolarização;
Profissionalização;
Desenvolver valores morais, trabalhando a auto-estima e a valorização do estudo,
na vida da pessoa.
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5.3 - QUANTITATIVOS DO CORPO DOCENTE, DISCENTE, ADMINISTRATIVO E DE
APOIO
FUNÇÃO N.º DE FUNCIONÁRIOS
Direção 01
Equipe pedagógica 05
Professores 41
Auxiliar de serviços gerais 8
Apoio técnico administrativo 05
Total 60
Fonte: Colégio Estadual Professor Amálio Pinheiro (2011)
5.4 DISTRIBUIÇÃO DE FUNÇÕES E VÍNCULOS FUNCIONAIS
FUNÇÃO VÍNCULO
FUNCIONAL
NIVEL DE FORMAÇÃO
Direção QPM Ensino Superior
Pedagogas QPM Ensino Superior
35 Professores QPM Ensino Superior
06 Professores PSS Ensino Superior
Secretarios QFEB Ensino Superior
04 Funcionários de Apoio QFEB Ensino Médio
02 Funcionários de Apoio Paraná Educação Ensino Fundamental
01 Funcionária de Apoio REPR Ensino Fundamental
01 Funcionária de Apoio CLADE Ensino Fundamental
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5.5 DISTRIBUIÇÃO DOS ESPAÇOS PEDAGÓGICOS
O Colégio Estadual Professor Amálio Pinheiro possui salas de aulas amplas, bem
arejadas e iluminadas e conta atualmente com:
14 salas de aula
1 sala de recursos
1 sala de apoio
1 sala de refeitório
1 sala multiuso
1 sala da direção escolar
1 sala da orientação educacional
1 sala de material didático
1 laboratório de informática
1 sala dos professores
1 secretaria
1 biblioteca
1 cozinha
1 cantina
1 depósito (Almoxarifado)
1 depósito de merenda escolar
1 sala para oficina de artes
2 banheiros para professores e funcionários
3 banheiros para uso dos alunos
1 pátio para Educação Física
1 casa do permissionário
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5.6 DISTRIBUIÇÃO E CONSTITUIÇÃO DAS TURMAS
TURNOS DE
FUNCIONAMENTO
HORÁRIO ORGANIZAÇÃO DAS
SÉRIES E TURMAS
N.º DE ALUNOS
POR TURNO1
MANHÃ 7:20h às 11:45h 3 turmas 7º ANOS
5 turmas 8º ANOS
5 turmas 9º ANOS
386
TARDE 13:00h às 17:25h 5 turmas 6º ANOS
4 turmas 7º ANOS
2 turmas 8º ANOS
318
TOTAL 704
5.7 FORMA DE ATENDIMENTO AOS ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS
ESPECIAIS
O Colégio não possui adaptações necessárias aos portadores de necessidades
especias devido ser um prédio muito antigo, datando mais de sessenta anos e sem
espaço e sem infraestrutura para adaptações.
Dispõe de uma sala de recursos que funciona em contra turno para alunos com
dificuldades de aprendizagem, que são acompanhados por médicos neurologistas e
encaminhados pela Psicóloga do N.R.E.
O Colégio possui uma turma de recursos em cada turno, como são chamadas as
turmas de alunos com deficiência intelectual, que funciona em contra turno, sob os
cuidados de uma professora especializada nessa área e que se propõe a desenvolver
com os alunos um serviço especializado de natureza pedagógica que apoia e
complementa o atendimento educacional realizado em classes comuns do Ensino
fundamental do 6º ao 9º ano.
1 A duração das aulas neste estabelecimento é de 50 minutos
Fonte: Colégio Professor Amálio Pinheiro (23/09/2011)
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5.8 CONDIÇÕES FÍSICAS DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO
Os espaços que estão disponíveis no colégio são muito bem aproveitados pelos
professores e alunos com apresentações culturais e atividades artísticas, bem como
atividades esportivas que enriquecem a socialização e o contato entre os alunos de todas
as turmas. Entretanto nos falta espaço físico para mais uma quadra esportiva para as
aulas de Educação Física, porque ficam duas turmas juntas no mesmo pátio nas aulas da
citada disciplina e também um espaço para refeitório no qual os alunos possam almoçar e
lanchar sentados e acomodados.
Atualmente enfrentamos muitas dificuldades quanto ao espaço físico devido ao
grande número de alunos e projetos desenvolvidos para que possamos efetivar um
atendimento de qualidade com atividades que sejam atrativas aos alunos.
5.8.1 Recursos Materiais
Contamos com diversos recursos materiais de uso coletivo, de auxílio ao trabalho
dos professores aos quais todos tem acesso, de acordo com seu planejamento e
possibilitando um melhor desenvolvimento do trabalho escolar. Os alunos têm acesso aos
materiais de uso frequente como livros, revistas e gibis, materiais recreativos como jogos,
bolas e xadrez sempre que autorizado pelo professor responsável, ou em momentos em
que se julgue necessário. Também dispomos de uma TV pendrive em cada sala de aula
para uso dos professores durante as aulas.
O colégio dispõe de vinte computadores no laboratório para uso dos professores e
também para grupos de alunos monitorados pelo professor responsável pela turma ou
que esteja desenvolvendo algum projeto.
O acervo bibliográfico é razoavelmente bom, mas existe a falta de profissional
qualificado para a função de bibliotecário, ou profissional que possa dedicar-se à
organização e ao bom andamento da biblioteca, pois a mesma fica sob os cuidados de
professores readaptados que não podem laborar dentro da sala de aula.
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5.9 PROJETOS QUE O COLÉGIO DESENVOLVE
O colégio desenvolve vários projetos visando auxiliar o aluno no seu aprendizado
e na busca de uma diminuição nos índices de evasão e reprovação bem como ao comba-
te à violência e a vulnerabilidade social .
“Projeto da Equipe Multidisciplinar- com o objetivo de implementação da Lei nº
10.639 de 2003 e a Lei nº 11.645 de 2008”, oportunizando ao aluno reconhecer as in-
fluências e contribuições dos negros para a nossa cultura, reconstruindo seu jeito de se
olhar e de olhar o mundo buscando expressar atitudes positivas de respeito e valorização
às diferenças. Aprendemos a História dos outros, ou parte dela, no entanto a cultura uni-
versal inclui feitos Afros de grande importância, entretanto, estes são desconhecidos ou
desprezados pela educação brasileira. Uma sociedade democrática e justa inclui todos os
setores da população, não admitindo a existência de distorções, diferenças ou discrimina-
ção.
Projeto de Gincana Recreativa e Cultural- Por estarmos inseridos em uma co-
munidade com grande diversidade cultural, procuramos valorizar a cultura dos diferentes
povos e em especial fazer um resgate histórico-cultural do nosso país, estado e cidade. O
objetivo maior deste projeto é o incentivo a pesquisa onde alunos e professores estarão
envolvidos com atividades diversificadas, diferentes das atividades comuns diárias. Em
cada ano a semana cultural terá um tema diferente.
Projeto de Torneio Inter classes- Com objetivo de educar e socializar através do
esporte, o colégio desenvolve durante o ano letivo o torneio inter série entre alunos Este
projeto busca promover a interação entre eles, ensinando os valores éticos e morais da
cidadania através do esporte, além de estimular a auto-estima e a consciência de cidada-
nia despertando o espírito de cooperação e respeito mútuo entre os mesmos..
Projeto Vamos Ler- Desenvolvido em parceria com o Jornal da manhã, busca
orientar a leitura crítica em sala de aula e estimular a reflexão e o debate de assuntos
presentes na sociedade, provendo educadores de material e conhecimento necessários
para articular ações com a mídia na educação.
18
Projetos de Saída de Campo- Tendo em vista oferecer um ensino de qualidade
centrado em aulas com significado prático é desenvolvido este projeto através das disci-
plinas do currículo e que consiste em saídas de campo com objetivo de despertar o senso
crítico dos educandos em relação a sua percepção para com os fatos históricos, científi-
cos e geográficos, destacando a importância de sua preservação como patrimônio cultu-
ral, desenvolvendo no aluno o prazer pela pesquisa dos fatos ocorridos em nosso bairro,
cidade e Estado como também no meio ambiente.
Projetos Televisando Futuro- Seu principal objetivo é promover a reflexão sobre
temas sociais relevantes e contribuir para construção da cidadania por meio de reporta-
gens especiais produzidas pelo jornalismo da RPC TV. Desenvolvido em parceria com as
emissoras RPC TV, Instituto GRPCOM, o projeto estimula a produção artística e literária
dos estudantes a partir dos temas abordados nas reportagens. www.rpctv.com.br/televisando.
Projeto de Leitura- Projeto desenvolvido no Colégio buscando incentivar nos
alunos as habilidades de leitura e produção, além de estimular a crítica e o debate,
despertando o senso crítico e a capacidade de argumentação através da leitura e
reflexão dos diversos livros.
5.10 RESULTADOS EDUCACIONAIS
5.10.1 Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb)
O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) foi criado em 2007 para
medir a qualidade de cada Colégio e de cada rede de ensino. O indicador é calculado
com base no desempenho do estudante em avaliações do Inep e em taxas de aprovação.
Assim, para que o Ideb de um Colégio ou rede cresça é preciso que o aluno aprenda, não
repita o ano e frequente a sala de aula.
Para que pais e responsáveis acompanhem o desempenho da escola de seus fi-
lhos, basta verificar o Ideb da instituição, que é apresentado numa escala de zero a dez.
Da mesma forma, gestores acompanham o trabalho das secretarias municipais e estadu-
ais pela melhoria da educação.
19
O índice é medido a cada dois anos e o objetivo é que o país, a partir do alcance
das metas municipais e estaduais, tenha nota 6 em 2022 – correspondente à qualidade
do ensino em países desenvolvidos.
Fonte: http://portal.mec.gov.br/index.php?Itemid=336&id=180&option=com_content&view=article)
Ideb Observado Metas Projetadas 2005 2007 2009 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021
3.4 3.1 4.0 3.4 3.6 3.8 4.2 4.6 4.9 5.1 5.4
Fonte: http://sistemasprovabrasil2.inep.gov.br/ProvaBrasil/2009/PR/41061969.pdf e
Fonte:
http://ideb.meritt.com.br/escola/gerar_pdf?municipio_id=4119905&rede_id=estadual&serie_id=8&escola_id=41061969
20
5.10.2 Resultados educacionais do colégio
ANO APROVADOS REPROVADOS DES/TRANF/SEM
FREQUÊNCIA TOTAL
2007 582 185 217 984
2008 611 141 195 947
2009 698 94 155 947
2010 616 174 162 952
2011 597 102 106 805
2012 489 106 129 724
21
5.10.3 Proposta de Superação:
Considerando os altos índices de reprovação e principalmente evasão escolar que
temos percebido nos últimos anos, o resultado da prova Brasil – 2005-2007 da 8ª série
em Matemática e Língua português abaixo da média e o baixo índice do IDEB no ano de
2007, a escola foi provocada a fazer um projeto de superação.
Objetivos gerais:
Implementar ações que promovam o acesso e a permanência ao ensino público de
qualidade, visando a formação integral dos alunos e a diminuição dos índices de
reprovação e abandono;
desenvolver ações específicas em âmbito pedagógico e de infraestrutura para
correção de rumos na condução do processo ensino-aprendizagem e consequentemente
no fluxo escolar de aprovação e permanência dos alunos no ensino regular;
conduzir os professores e a equipe pedagógica quanto ao processo de avaliação
para que possa reverter os índices que se apresentaram até então;
fortalecer o diálogo com as instâncias colegiadas, no sentido de se envolverem
nesse projeto de superação
Metodologias:
Análise dos índices e resultados apresentados ano após ano com vistas a revertê-
los.
Preparo e participação dos alunos dos 9º (nono) anos para a Prova Brasil.
Acompanhamento de faltas dos alunos com encaminhamento ao Conselho Tutelar.
Reflexão e análise sobre o sistema de avaliação de modo que ele seja
aperfeiçoado para combater a exclusão e a reprovação.
Ações:
Aulas em contra turno para os alunos do 9º anos, para prepará-los para Prova
Brasil;
Acompanhar o número de faltas dos alunos e encaminhar relatórios ao Conselho
22
Tutelar;
Promover reuniões de pais expondo a eles os resultados e índices que temos,
conclamando-os a participar desse projeto;
Promover reuniões com o corpo docente, a equipe pedagógica e direção da escola
para troca de experiências quanto a melhoria do aproveitamento escolar dos alunos;
Acompanhar os alunos quanto a frequência nas aulas de apoio de português e
matemática;
Desenvolver projetos de leitura em todas as séries para a melhoria da leitura,
escrita e interpretação;
Debater e refletir nos Conselhos de classe sobre o processo ensino-aprendizagem
e focá-lo como ponto principal da avaliação e não somente a nota ou média aritmética.
6 ORGANIZAÇÃO INTERNA DO COLÉGIO
6.1 INSTÂNCIAS COLEGIADAS
6.1.1 Conselho Escolar
O Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza consultiva,
deliberativa e fiscal, com o objetivo de estabelecer na proposta pedagógica do colégio,
critérios relativos à sua ação, organização, funcionamento e relacionamento com a
comunidade, nos limites da legislação em vigor e compatíveis com as diretrizes e política
educacional traçados pela Secretaria de Estado da Educação. Sua finalidade é promover
a articulação entre vários segmentos organizados da sociedade e os setores do colégio, a
fim de propiciar a eficiência e a qualidade do seu funcionamento.
Para maiores informações acesso o link:
http://www.diaadia.pr.gov.br/cge/arquivos/File/Estatuto_1_edicao.pdf
23
6.1.2 A.P.M.F Associação de Pais Mestres e Funcionários
A.P.M.F é um órgão associativo, constituído pelos pais ou responsáveis dos
alunos e pelos membros do corpo docente e terá como finalidade principal, a integração
Escola –Família e Comunidade, bem como a promoção de atividades que gerem algum
benefício educacional, social, desportivo ou cultural para os alunos ou suas famílias.
Para maiores informações acesso o link:
http://www.diaadia.pr.gov.br/cge/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=41
6.1.3 Grêmio Estudantil
O grêmio estudantil, é uma organização dos estudantes do colégio, formado
apenas com alunos, de forma independente, com a finalidade de representar o corpo
discente do colégio, de desenvolver atividades culturais e esportivas, defender os
interesses individuais e coletivos dos alunos do colégio, promover a cooperação entre a
comunidade escolar e outras instituições de caráter educacional, e demais objetivos
próprios constantes em seu estatuto. Observando às leis, regulamentos do colégio e
determinações dos órgãos superiores do sistema de ensino.
Para maiores informações acesso o link:
http://www.diaadia.pr.gov.br/cge/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=96
6.2 DIREÇÃO
À Direção cabe a gestão dos serviços escolares, no sentido de garantir o alcance
dos objetivos educacionais do estabelecimento de ensino definidos na Proposta
Pedagógica.
O diretor administra, dirige, coordena, organiza e gerencia todas as atividades do
24
colégio, auxiliado pela equipe administrativa e pela equipe pedagógica nos
encaminhamentos pedagógicos que se fizerem necessários, atento às leis, regulamentos
e determinações dos órgãos superiores do sistema de ensino.
Representa a configuração da autoridade administrativa responsável geral pelo
desenvolvimento das atividades escolares e pelo adequado desempenho de um grupo de
profissionais com relação ao alcance de um objetivo estabelecido. Em suas atividades
o(a) gestor(a) deve administrar: os recursos materiais necessários à Colégio, os agentes
educacionais, o corpo docente e discente e a estrutura total do colégio. O papel do Diretor
é, predominantemente, gestor e administrativo, mas sempre com enfoque pedagógico,
uma vez que se refere a instituição e a um projeto educativo que existe em prol da
educação.
6.3 EQUIPE PEDAGÓGICA
A equipe pedagógica é responsável pela coordenação, implantação e
implementação, no estabelecimento de ensino, das diretrizes pedagógicas emanadas da
Secretaria de Estado de Educação.
Aos componentes da equipe cabe a função de acompanhar, assessorar, apoiar,
avaliar as atividades curriculares. É papel do pedagogo fazer a articulação entre a teoria e
prática, dentro de uma metodologia que seja atrativa aos alunos propiciando um ensino
significativo com aprendizagem efetiva.
O pedagogo, responsável pela organização do trabalho pedagógico da escola
como um todo, deve conhecer as possibilidades e as relações dos diversos contextos que
a constituem, sendo-lhe possível prever, de forma sistemática, a distribuição do tempo e
espaço escolares, para que as atividades planejadas sejam realizadas visando uma
efetiva promoção da aprendizagem.
Dentro da escola, deve ser um lutador em favor dos alunos e da comunidade,
sendo o elo aluno-escola-pais, intermediando situações entre escola e a comunidade.
Deve fazer parte dos articuladores do projeto político pedagógico, que juntamente
25
com a administração e a supervisão deverão zelar pela sua efetivação e pelo
desenvolvimento de projetos que visem o bem estar dos alunos como; combate e
prevenção ao uso de drogas, violência, orientação profissional, sexualidade e afetividade,
desenvolvimento de valores e desenvolvimento de práticas pedagógicas pela paz na
escola.
6.4 EQUIPE ADMINISTRATIVA – AGENTE EDUCACIONAL E EQUIPE DE APOIO
6.4.1 Agente Educacional II
Este setor responde pelas atividades-meio que asseguram o atendimento dos
objetivos e funções do colégio. A secretaria é o setor que tem a seu encargo todo o
serviço de documentação, escrituração escolar e correspondência do estabelecimento de
ensino, dos docentes, demais funcionários e alunos. A função dos técnicos-
administrativos é exercida por profissionais que atuam nas áreas da Secretaria,
respondem pelo atendimento ao público, Biblioteca e Laboratório de Informática do
estabelecimento de ensino.
6.4.2 Equipe de Apoio- Agente Educacional I
A zeladoria, realizada pelos serventes, cuida da manutenção conservação e
limpeza do prédio; da guarda das dependências, instalações e equipamentos; da cozinha
e da organização e distribuição da merenda escolar; da cozinha e da organização e
distribuição da merenda escolar; da execução de pequenos consertos e outros serviços
rotineiros do colégio.
É importante ressaltar que esses profissionais também tem o compromisso de
cuidar e acompanhar os alunos em todas as dependências do edifício, menos na sala de
aula, orientando-os quanto a normas disciplinares, atendendo-os em caso de acidente ou
enfermidade, como também do atendimento ás solicitações dos professores quanto a
material escolar, assistência e encaminhamento de alunos.
26
Os serviços gerais têm a seu encargo o serviço de manutenção, preservação,
segurança e merenda escolar do estabelecimento de ensino, sendo coordenado e su-
pervisionado pela direção. Os serviços gerais mencionados são composto por serven-
te(s), merendeira(s) e inspetor de alunos.
6.5 CORPO DOCENTE
Cabe aos professores trabalhar o plano curricular de forma interdisciplinar, na
direção de estabelecer condições de apropriação do saber elaborado e acumulado, e
produção de outros saberes. Sempre replanejando suas ações com vistas às dificuldades
e resultados obtidos no processo ensino-aprendizagem.
Elaborar o Plano de Trabalho docente com base na Proposta Curricular e o
Projeto Político pedagógico do colégio, considerando as necessidades dos alunos no
processo ensino-aprendizagem.
Capacitar os jovens e adultos a adquirirem o conhecimento científico que, para
maioria deles, não pode ser adquirido em casa, ou em sua comunidade, e nem nos locais
de trabalho. Cabe então aos professores, o papel de mediadores no processo ensino-
aprendizagem. Cabe-lhes a tarefa de trabalhar os conteúdos de base científica,
organizando-os nas formas e métodos mais propícios à sua efetiva assimilação por parte
dos alunos.
7 FUNDAMENTAÇÃO
7.1 CONCEPÇÕES QUE ORIENTAM E FUNDAMENTAM AS AÇÕES DO COLÉGIO
Para que esta proposta se efetive é necessário explicitar todas as visões
adotadas pelo colégio, buscando não se adequar às exigências de um mundo capitalista
27
que gera processos culturais alienados. É de fundamental importância que os sujeitos
envolvidos no processo educativo, analisem a sucessão sistemática de mudanças
ocorridas na construção do saber e reflitam sobre as influências que o processo
educacional tem sofrido nos diferentes momentos históricos e políticos nas últimas
décadas.
Assim, no momento devemos levar em consideração a situação atual do nosso
sistema de ensino bem como as transformações ocorridas na sociedade e no mundo para
redimensionarmos os conceitos de escola, de homem, sociedade, de cultura,
conhecimento e outros conceitos a seguir:
7.2 CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA
A infância é a primeira fase do desenvolvimento humano, na qual se inicia a
formação do ser. Inicialmente a aprendizagem deriva dos instintos de sobrevivência que
todos os seres vivos apresentam e que vai se aprimorando e tornando-se significativa na
medida em que passa pela experimentação. Nos primeiros anos a criança precisa ter
suas necessidades básicas satisfeitas para construir uma autoestima positiva e esta vai
se formando a partir das relações familiares. O infante precisa sentir-se amado e estar
sempre sob a orientação dos pais.
Toda aprendizagem, na infância, envolve emoções e passa pela afetividade. A
afetividade que tem papel preponderante nas relações sociais que se dão na escola e no
ambiente familiar. É a fase ideal para o ensinamento de bons hábitos e atitudes, o infante
aprende muito pelo exemplo dos maiores que estão a sua volta, o que exige muita
responsabilidade dos adultos.
Para a criança, a aprendizagem se tornará significativa se iniciar pela
experimentação, pelas operações concretas e paulatinamente, passar às operações
mentais abstratas. A escola vem a ser o primeiro ambiente que a criança frequenta ao sair
de casa e as experiências positivas e negativas vivenciadas nela , irão marcar sua
personalidade para sempre.
28
7.3 CONCEPÇÃO DE ADOLESCÊNCIA
Na adolescência os interesses vão levá-lo cada vez mais para o mundo exterior.
Precisam encontrar respostas para questões importantes, partir para novas aventuras,
enfrentar desafios, o que as vezes, envolve certo conflito. O adolescente tem que
enfrentar alguns desafios e aprender competências necessárias à vida, ao mesmo tempo
em que vai se socializando e assim, o convívio com os demais jovens traz a ele muitas
informações e muitos contatos que podem deixar o estudo e a família de lado.
Todo ensinamento e orientação são necessários nessa fase do desenvolvimento
humano, sobre atitudes e responsabilidades que vão precisar para a idade adulta. O
adolescente observa e aprende muito pelo exemplo, a questão cultural é muito forte e o
respeito às diferentes culturas deve ser exercitado no ambiente escolar.
A escola deve ser o ambiente onde o adolescente encontre adultos
comprometidos com a consciência de orientá-lo para o respeito, para a tolerância, e
também para a transmissão e aquisição dos conhecimentos que lhe serão necessários
para ingressar na vida adulta..
7.4 CONCEPÇÃO DE HOMEM
O homem como um ser inacabado vive num permanente processo social de
busca pela sobrevivência e pela inserção na sociedade, necessita de conhecimento para
que possa desenvolver-se. Quanto mais consciente for o homem de que somos
inconclusos (Freire, 1996, p.55), mais a educação será valor para ele. Assim Freire
afirma, “o homem é presença que se pensa a si mesma, que se sabe presença, que
intervém, que transforma [...].”
O homem está inserido num contexto sócio-econômico-cultural-político, esses são
elementos que compõem o contexto histórico. Por isso não é possível desvincular o
homem de seu contexto, ao procurar compreender o homem, é preciso considerar o
contexto no qual ele está inserido e a partir disso, propor uma educação de fato
libertadora, modificadora, na qual ele se torne sujeito construtor de seu conhecimento.
E o homem chegará a ser sujeito por meio da reflexão sobre o seu ambiente
concreto, quanto mais ele reflete sobre a realidade, sobre a sua própria situação, mais ele
29
vai se tornando consciente e comprometido a intervir na realidade para mudá-la.
É necessário que os educadores tenham consciência do que é o homem,
principalmente, ao trabalharem com as classes populares, com pessoas, muitas vezes,
desmotivadas, que acreditam ser incapazes de agir no sentido da transformação social.
Como afirma Freire (1996, p.81):
é preciso ficar claro que a desesperança não é maneira natural de ser do ser humano, mas distorção da esperança, porque nós somos, primeiramente, um ser da esperança que, por “n” razões, se tornou desesperançado. Daí uma de nossas lutas como seres humanos deva ser para diminuir as razões objetivas da desesperança que nos imobiliza.
No mundo em que vivemos, o homem deve ser entendido como um ser social que
interage com o meio, o que lhe possibilita ser um cidadão atuante. Deve ter a
oportunidade de exercitar a reflexão, comunicação, criticidade, participação, criatividade,
investigação, cooperação, solidariedade e liberdade, para atuar como cidadão no mundo
que o cerca e gerar melhorias na sua qualidade de vida.
7.5 CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE
A cultura de uma sociedade deve trazer valores que são inerentes às camadas
da população e criar condições para que os indivíduos os assumam e não somente
consumam coisas prontas, carregadas de valores ilegítimos, criados pelas classes
dominantes. Os meios de comunicação veiculam estilos de vida como forma de viver, e
ignoram que cada indivíduo ou cada grupo pode elaborar a sua forma de viver. A Cultura
deve ser entendida como o resultado das atividades humanas, da criação e recriação do
homem, à medida que vai estabelecendo relações com os outros homens
(MIZUKAMI,1986, p.85) .
A participação do homem como sujeito na sociedade e na cultura, se faz na
medida de sua conscientização, desmistificando a realidade que o oprime e o imobiliza.
Isso ocorre quando a classe dominante mitifica a realidade para que a sociedade, tal
como está não se modifique, e as classes populares que ainda não se apropriaram do
conhecimento, a percebam de maneira errônea e acrítica.
Essa falta de criticidade ao perceber a realidade, não possibilita ao homem
30
transformar sua condição de oprimido. Por isso, a necessidade do trabalho humanizante
ser inicialmente um trabalho de desmitificação e conscientização, ou seja, um processo
de tomada de consciência crítica de uma realidade que se desvela progressivamente.
(Mizukami,1986, p. 88).
O sujeito pensante não é alienado. A sociedade não é estática e
progressivamente as contradições emergem provocando conflitos, e os velhos modelos
de sociedade e costumes devem ser revistos porque já não correspondem mais às
necessidades do homem.
É nos processos de transição que o sujeito pensante e crítico se reconhece
responsável e participante da construção desta sociedade. Nessa modernidade a
sociedade brasileira deve pensar e exigir uma educação que venha lutar de frente contra
as exclusões, contra qualquer tipo de preconceito, buscando a promoção e a integração
de todos os brasileiros, preocupando-se constantemente com a construção da cidadania
para que essa se torne uma prática social.
7.6 CONCEPÇÃO DE ESCOLA
A escola é uma instituição social responsável por assegurar o direito à educação
a todo e qualquer cidadão, proporcionando acesso aos conhecimentos científicos e a
registros culturais diferenciados, como um espaço democrático e igualitário das relações
sociais.
A escola deve atuar justamente no processo de conscientização que é sempre
inacabado, contínuo e progressivo, apresentando ao homem a possibilidade de
transcender a esfera da simples apreensão da realidade para chegar a uma esfera crítica,
ou seja, a realidade se dá como algo que lhe é possível conhecer.
Na nova economia do mundo globalizado, a competitividade está em todos os
setores. O trabalhador vende sua força de trabalho por salários módicos que não lhe dão
condições dignas de vida, com o enriquecimento desmedido dos grandes empresários em
que o país é tratado apenas como um mercado e não como uma nação, a educação vem
como o único meio de fazer o homem refletir se está sendo sujeito ou objeto nesta
sociedade. E a partir destas reflexões, a educação deve levar o homem a reconhecer-se
31
criticamente e apropriar-se do conhecimento, pois é sua função contribuir para que se
torne sujeito capaz de transformar a realidade.
Diante deste ponto de vista, onde novos desafios são apresentados ao homem, a
educação surge como um meio indispensável e necessário para promover o ser humano
e não ser instrumento de ajuste alienado à sociedade sem questioná-la, tal como se
apresenta.
O conhecimento neste contexto, privilegia a construção de conceitos onde a teoria
se faz também na prática, e devem ser aplicadas ao cotidiano do aluno com ênfase na
produção do conhecimento, superando a memorização de informações cujo acesso é
facilitado pela moderna tecnologia.
Se a escola tem estes objetivos é necessário que seus métodos, técnicas e
processos favoreçam a libertação, que fique explicitado na práxis a busca em superar as
relações de poder. Precisamos que a escola vença o grande desafio de não ser um
instrumento de manutenção do status quo. (MIZUKAMI,1986, p.89).
A escola pública a serviço dos interesses populares deve prestar-se como
instrumento de apropriação do saber, e assim contribuir para eliminar a seletividade social
e torná-la de fato democrática. Se a escola é parte integrante do todo social, agir dentro
dela é também agir no rumo da transformação da sociedade (LUCKESI,1996, p.69).
É preciso considerar que a escola seja um local onde é possível o crescimento
mútuo, do professor e dos alunos, é um espaço constituído de entidades diversas, nem
iguais, nem opostas e deve-se aproveitar suas diversidades em função de um objetivo
comum que é o exercício da cidadania. A escola é um espaço privilegiado de reflexão e
de situações de aprendizagem vivas e enriquecedoras, lugar de conviver e de educar na
construção da paz, da liberdade e da justiça social.
7.7 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO
A educação é um processo amplo, contínuo, permanente e de construção de
identidades, que se constitui pelo desenvolvimento da sensibilidade e pelo
reconhecimento do direito à igualdade. O objetivo primeiro de toda educação deve ser a
tomada de consciência e a escola deve criar condições para que se desenvolva uma
32
atitude de reflexão crítica, comprometida com a educação libertadora.
Para que a educação seja válida, deve ser precedida de uma reflexão sobre o
homem e de uma análise do meio de vida desse homem concreto a quem se quer ajudar
para que se eduque. Nesta abordagem interacionista , o homem se torna sujeito da
educação. E chega a ser sujeito na medida em que, integrado em seu contexto, reflete
sobre ele e com ele se compromete, tomando consciência de sua historicidade. A
conscientização implica e consiste num contínuo desvelamento da realidade, que vem a
ser o objeto de uma nova reflexão crítica, constituindo-se uma fonte para que o professor
trabalhe com o aluno. (MIZUKAMI, 1996, p. 91)
A ausência de reflexão reduz o homem a condição de objeto manipulado pela
classe dominante e a educação que se faz sem a reflexão sobre o meio cultural do sujeito
é uma educação pré-fabricada, não adaptada ao homem a quem se destina. (MIZUKAMI,
1996, p.94).
Devemos pensar a educação para a formação humana e não restritamente
técnica e mercadológica como requer o mundo capitalista, mas que seja sobretudo, uma
formação política e ética, com perspectivas de incentivar a participação do educando na
sociedade.
7.8 CONCEPÇÃO DE CULTURA
A cultura é o conjunto de manifestações sociais, hábitos, idéias, comportamentos,
símbolos e práticas sociais, apreendidos de geração em geração por meio de vida em
sociedade. É o resultado dos modos como os diversos grupos humanos foram resolvendo
seus problemas ao longo da história.
O Brasil é um país de diversas culturas que devem ser respeitadas e valorizadas,
e a escola é um espaço em que essas diversas culturas devem conviver no sentido de se
enriquecerem e formarem assim, a cultura do povo brasileiro.
33
7.9 CONCEPÇÃO DE TRABALHO
O trabalho é aquilo que fundalmentalmente humaniza e possibilita o
desenvolvimento da cultura. O homem diferencia-se do animal ao assumir uma posição
de não indiferença perante a natureza, ele apropria-se dos elementos que a natureza
oferece e os transforma, o homem cria necessidades que tem por objetivo não apenas
para garantir sua existência biológica, mas também sua existência cultural. Satisfazendo
suas necessidades, o homem constitui-se como ser ético, como um ser que cria princípios
e preceitos para guiar sua ação, ao mesmo tempo que tais princípios norteiam a
constituição de suas necessidades e ações. O trabalho vem a ser uma necessidade
histórico-cultural para o homem.
7.10 CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA
A Tecnologia na Educação requer um olhar mais abrangente, envolvendo novas
formas de ensinar e de aprender condizentes com o paradigma da sociedade do
conhecimento, o qual se caracteriza pelos princípios da diversidade, da integração e da
complexidade.
O educador dispõe de uma amplitude de possibilidades para agregar na
construção do conhecimento e no aprendizado significativo, interdisciplinar e integrador
do pensamento racional. Os profissionais da educação precisam de novas competências
e atitudes para desenvolver as atividades criativas e significativas sem perder o foco
educacional, buscando evitar a aplicação de soluções prontas ou práticas padronizadas.
7.11 CONCEPÇÃO DE CIDADANIA
Ao se pensar a educação, não podemos deixar de considerar as exigências legais
expostas na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei Federal de N.º 9394 de
1996, que cita como finalidade da educação básica: “desenvolver o educando,
34
assegurando-lhe a formação indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe
meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores”, (BRASIL, 1996).
De acordo com a L.D.B(9394/96) em seu artigo 32, o ensino fundamental no
Brasil tem por objetivos a formação básica do cidadão mediante:
I o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo; II a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da categoria, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade; III o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidade e a formação de atitudes e valores; IV o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social. (BRASIL, 1996).
Para que o homem tenha a compreensão de seu ambiente natural e social é de
fundamental importância a educação, a permanência do aluno na escola, para que ele
possa aprender sobre cidadania e exercê-la no seu sentido pĺeno.
A concepção plena de cidadania abrange os níveis econômico, político, social e
cultural, que se coadune com a construção de uma sociedade mais democrática. Não
pode haver cidadania sem um salário digno para a maioria da população, o trabalhador
precisa ter acesso aos bens que complementam sua vida, habitação, saúde, educação e
que compõem os direitos sociais.
É fundamental o homem romper com a alienação e o consumismo escravizador.
Trata-se de pensar, sentir, agir no sentido que a democracia se constrói a todo instante.
Sindicatos, partidos políticos, conselhos de fábricas, associação de moradores, são
canais de representações para utilizar o estado como requer a sociedade civil englobando
os setores populares.
É necessário observar que na economia capitalista em que vivemos, o trabalhador
não vire um mero consumidor, neutralizado, sem ser um sujeito atuante, que vive para
servir a acumulação de oligopólios. Pode levar a uma cidadania de conformismo, de seres
passivos.
7.12 CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO
Buscando melhorar o ensino no sentido de auxiliar no desenvolvimento do edu-
cando e auxiliando-o a suprir as necessidades sociais e históricas que caracterizam o
35
meio em que os alunos estão inseridos: a sua cultura e a sua história concebemos o co-
nhecimento como algo construído e transformado coletivamente. Nesse sentido, o pro-
cesso de produção do conhecimento deve pautar, sobretudo, na socialização e na demo-
cratização do saber.
Construirmos este projeto pensando em um ensino diferenciado que busca a
formação do cidadão, sujeito histórico, com melhor capacidade de interpretação dos fato-
res cotidianos, em função da adaptação para a realidade e as necessidades que surgi-
rem.
A Pedagogia Histórica Crítica segundo Saviani (2000), procura articular uma pro-
posta pedagógica cujo ponto de referência e compromisso é a transformação da socieda-
de e não sua manutenção e perpetuação. Tem a educação como prática mediadora no
seio da prática social, e, portanto, coloca a prática social como ponto de partida e de che-
gada do processo de ensino.
Esta Pedagogia objetiva dar importância da escola e organizar o processo educa-
tivo enfatizando o saber sistematizado, a partir do qual se define a especificidade do sa-
ber escolar.
7.13 CONCEPÇÃO DE ENSINO APRENDIZAGEM
O fundamental é a postura dialógica e aberta do professor que torna possível ao
aluno relacionar-se criticamente com o saber já produzido. Ou seja, é preciso levar o
aluno a refletir sobre o “como“ e os “porquês” dos conteúdos, evitando-se assim, um
reducionismo e esquematizações dos conhecimentos produzidos, que são indevidos ao
processo de reflexão necessário para que o aluno venha a ser sujeito construtor de seu
conhecimento.
Numa perspectiva interacionista do conhecimento, os conteúdos deverão ser
trabalhados de modo a possibilitar aos alunos o conhecimento e a prática que extrapolem
os limites da vida escolar e os ajudem em seu cotidiano.
Como afirma Paulo Freire (1996, p.86), “a dialogicidade não nega a validade dos
momentos explicativos e narrativos, em que o professor expõe ou fala, mas suscita a
curiosidade do aluno enquanto ouve e fala”.
36
O ideal é que se pense no diálogo como uma prática cotidiana na sala de aula,
que tem a preocupação de integrar as experiências de vida dos alunos e professor, e a
relação viva com conteúdo que será sistematizado, tornando a aprendizagem significativa.
O respeito à fala do aluno contribuirá para que ele se sinta seguro ao colocar sua opinião
a respeito dos diferentes assuntos tratados na escola e participe amplamente do universo
da comunicação humana.
A resposta que o homem dá a cada desafio não só modifica a realidade em que
está inserido, como também modifica a si próprio, cada vez mais e de maneira sempre
diferente. A discussão ampla na qual a opinião do outro é respeitada, em que há liberdade
de colocar opiniões, em que é enfatizado o compromisso com o coletivo da escola e com
o bem estar de todos, possibilitará um novo olhar para o cotidiano, um olhar que tem
como objetivo a participação na construção da cidadania.
A Escola Estadual Professor Amálio Pinheiro define como sua linha pedagógica o
sócioconstrutivismo de Lev Semenovich Vygotsky. Porque considera que “a vivência em
sociedade é essencial para a transformação do homem de ser biológico em ser humano”
(LOPES,1996, p.34 ).
É pela aprendizagem nas relações com os outros que construímos os
conhecimentos que permitem nosso desenvolvimento mental e social. A inteligência é
construída a partir das relações recíprocas do homem com o meio. O meio social é
sempre revestido de significados culturais, onde a linguagem é duplamente importante,
pois além de ser o principal instrumento de intermediação do conhecimento entre os seres
humanos, ela tem relação direta com o próprio desenvolvimento psicológico.
Segundo Vygotsky (apud LOPES,1996, p.34) o ser nasce dotado apenas de
funções psicológicas elementares, como os reflexos e a atenção involuntária, presentes
em todos os animais mais desenvolvidos. Com o aprendizado cultural, no entanto, parte
dessas funções básicas transforma-se em funções psicológicas superiores, como a
consciência e o planejamento que são exclusivas do ser humano.
Firmamos nossa concepção pedagógica em Vygotsky, partindo do princípio de
que a Escola é um espaço social onde todos são mediadores do conhecimento. Todos
são responsáveis pela construção do outro, (professores, alunos, agentes educacionais,
diretor, pedagogo, secretários...). “Nenhum conhecimento é construído pela pessoa
sozinha, mas sim em parceria com as outras, que são os mediadores” (LOPES, 1996,
p.34). As informações são repletas de significados sociais e históricos e são sempre
37
intermediadas pelas pessoas que convivem com os alunos.
Nessa perspectiva, a educação não fica à espera do desenvolvimento intelectual
do aluno, ao contrário, sua função é levar o aluno adiante, pois quanto mais ele aprende,
mais se desenvolve mentalmente. O educador realiza o papel de mediador entre o sujeito
(aluno) e o objeto (conhecimento). Deve ser o condutor do processo ensino-
aprendizagem, intervindo diretamente de modo que o educando possa avançar, fazendo
com que os conceitos espontâneos que traz de suas experiências na convivência social,
evoluam para o nível dos conceitos científicos.
Para Vygotsky, (apud LOPES,1996, p.33-34) a vivência em sociedade é essencial
para a transformação do homem de ser biológico para ser humano. O conhecimento,
portanto, será algo dinâmico e não estático, oportunizando ao aluno sua inserção na
sociedade como cidadão consciente de sua importância na construção de um mundo
melhor.
Esta transformação se dá por meio da valorização do educando e do educador. e
com base nas experiências por eles vividas, com o objetivo da formação integral do ser
humano e com respeito às diferenças individuais, considerando a educação como um
permanente processo de promoção humana.
7.14 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO
A prática da avaliação na Escola é um processo contínuo, global, cumulativo e de
responsabilidade coletiva, incluindo a coleta de dados, análise dos resultados, a
redefinição permanente de objetivos e meios.
É uma atividade presente no dia a dia de todos os professores e tem como
finalidade “[...] ajudar a escola a cumprir sua função social transformadora [...] favorecer
que os alunos aprendam mais e melhor, tendo em vista o compromisso com a sociedade
mais justa e solidária.” (VASCONCELOS, 1995, p.42).
A avaliação nos dias atuais deve ser realizada a todo momento, pois sua
preocupação é diagnosticar falhas e os avanços no processo de ensino e aprendizagem
e assim embasar o trabalho pedagógico.
A avaliação, segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), de
20 de dezembro de 1996,em seu Artigo 24, inciso V, afirma que ela deve ser contínua e
cumulativa do desempenho do aluno, “com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os
38
quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas
finais”.(BRASIL, 1997, p. 14), e segundo o Regimento Escolar da escola em questão, ela
configura-se como um processo, imediato e contínuo, que deve diagnosticar problemas
da aprendizagem e identificar suas possíveis causas, numa tentativa de saná-los, em
tempo hábil para que possam replanejar as ações.
Almeida (1995, p.51), ilustra bem este ponto de vista quando afirma:
Avaliar não é uma mera tarefa analítica de um momento que pergunta pelos momentos anteriores e quer uma resposta pronta e imediata; avaliar é uma questão do cotidiano –aquela que se deve fazer todos os dias- que na escola se traduz na interação professor-aluno, no acompanhamento individual e coletivo (...). Na escola a avaliação só tem sentindo se for para o aluno um aprendizado para que na escola e na vida ele se avalie e se auto-avalie sempre e se construa dessa maneira.
Segundo a Deliberação N.º 07/99 do Sistema Estadual de Ensino do Estado do
Paraná, em seu capítulo I, a avaliação do aproveitamento escolar:
[...] deve ser entendida como um dos aspectos do ensino pelo qual o professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho, com as finalidades de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos, bem como diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valor.
A prática da avaliação na Escola é um processo contínuo, global, cumulativo e de
responsabilidade coletiva, incluindo a coleta de dados, análise dos resultados, a
redefinição permanente de objetivos e meios.
Por constituir uma atividade presente no dia a dia, seu objetivo principal deve ser
avaliar o processo ensino-aprendizagem, no qual não somente o aluno é avaliado, mas
também a práxis-educativa que se refere ao professor, e assim possibilitar uma nova
intervenção pedagógica para superar as dificuldades encontradas.
7.15 CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO
No Brasil, segundo a legislação, o currículo deveria ser delegado aos diversos
níveis do sistema educacional, em nível federal caberia estabelecer parte das disciplinas,
39
em nível estadual determinar outras, em nível de escolas escolher ainda outras e
finalmente aos professores caberia dosar e organizar os conteúdos e integrá-los com as
outras disciplinas. Com base na Lei de Diretrizes e Base da Educação nacional, Lei nº
9394/96 o currículo deve ser adaptado para responder bem às necessidades de alunos,
escolas e comunidades.
As diretrizes curriculares para a educação no Estado do Paraná, são a base para
a elaboração do Currículo desta escola, assim como as demais escolas da rede estadual,
que construíram seus currículos, pois não há construção de um currículo único, mas sim:
[...] construir, no coletivo das escolas, com professores, profissionais da educação, alunos e pais, um conjunto de idéias que permeiem as propostas que estarão na base do processo do ensinar e do aprender nas escolas, as quais vão se constituir nas diretrizes curriculares. (ARCO-VERDE, 2004, p.3).
O currículo da escola é dividido por disciplinas e provoca discussões específicas
entre cada uma delas, buscando assim superar esta fragmentação didática através do
levantamento de temas mais amplos, na tentativa de propiciarmos maiores relações para
a construção do conhecimento.
O currículo adotado tem em vista o conjunto de conhecimentos e experiências de
aprendizagem oferecida aos estudantes. Ele é o resultado de prioridades de políticas
educacionais; diretrizes; leis; orientações e indicações dos conteúdos de ensino, que
deverão ser selecionados, organizados, sequenciados e que possam estar diretamente
centrados nas experiências dos alunos e nas necessidades formativas do ser humano na
sua dimensão individual e social.
A perspectiva multicultural crítica, tão discutida na atualidade, implica também,
reconhecer que a sensibilização cultural não pode ser concebida de forma dissociada da
realidade, do cotidiano escolar, de suas representações e de seu saber, sob pena de se
proceder à elaboração de programas e documentos curriculares que não se
consubstanciam em práticas pedagógicas que modifiquem a realidade dos problemas
encontrados nas escolas.
Trabalhar o Currículo escolar sem deixar de incluir as questões sobre a
pluralidade cultural é um importante passo para a sensibilização acerca desse tema,
considerando que em nosso país, a diversidade de raças e culturas é imensa, se faz
necessário que os estudos avancem no sentido de fazer com que os professores
trabalhem a diversidade cultural no cotidiano de suas práticas.
40
Consideramos que, para que essas questões possam ser mais trabalhadas na
educação brasileira, é necessário que nós educadores sejamos comprometidos com
nosso papel de transformação, que nossa luta dentro da escola faça com que o currículo
aconteça, busque a superação das discriminações, uma educação para o reconhecimento
do “outro”, para o diálogo entre os diferentes grupos sociais e culturais. Uma educação
capaz de favorecer um projeto comum, pelo qual as diferenças sejam dialeticamente
integradas, num projeto emancipador de sociedade.
7.16 CONCEPÇÃO DE LETRAMENTO
O entendimento sobre letramento tem se modificado. É que estamos vivenciando
a introdução, na sociedade, de novas modalidades de práticas sociais de leitura e de
escrita, provocadas pelas tecnologias de comunicação eletrônica – o computador, a rede
(a web), a Internet, que vem modificando o sentido que essa palavra e fenômeno foram
limitadamente usados, quando se referiam apenas às práticas de leitura e de escrita no
contexto de uma cultura do papel.
Um novo sentido é dado ao letramento, indo além da cultura do papel, porque
contempla o surgimento de uma cibercultura, com a qual temos convivido ao longo do
tempo.
Constatamos que a leitura e a escrita são ferramentas culturais pouco praticadas
nas famílias de uma considerável maioria dos alunos que frequentam as escolas públicas,
dado o nível de escolaridade dos seus familiares. Portanto, as práticas sociais de leitura e
escrita tem que ser enfocadas do ponto de vista pedagógico, sob pena de tornar a
aprendizagem da leitura e da escrita pouco significativa para o aluno.
Entretanto, não podemos esquecer da importância das práticas sócio-culturais da
leitura e a apropriação da língua escrita enquanto forma de comunicação, temos que
considerar que a partir da descoberta do princípio alfabético e das convenções
ortográficas formamos um leitor e escritor autônomo.
Pensamos então, numa proposta pedagógica que dê suporte ao desenvolvimento
desses dois aspectos envolvidos na aprendizagem da leitura e da escrita, distribuindo o
tempo pedagógico entre atividades que estimulem esses dois componentes: a língua e
escrita através de seus usos sociais e evidenciando de forma mais direta para o aluno as
relações existentes entre as unidades sonoras da palavra e sua forma gráfica.
41
7.17 CONCEPÇÃO DE GESTÃO ESCOLAR
Pensar em gestão nos reporta à uma gestão democrática, ou seja, ir além de
jargões que enfatizam a participação de todos, o partilhamento com a comunidade de
ações sociais, entre outros. Neste sentido, concordamos com o professor José Carlos
Libâneo, quando ele diz que a direção é um princípio e um atributo da gestão
democrática:
[...] vai além daquele sentido de mobilização das pessoas para a realização eficaz das atividades, pois implica intencionalidade, definição de um rumo, uma tomada de posição perante objetivos sociais e políticos da escola, em uma sociedade concreta. A escola, ao cumprir sua função social de mediação, influi significativamente na formação da personalidade humana e, por essa razão, não é possível estruturá-la sem levar em consideração objetivos políticos e pedagógicos. (LIBÂNEO, 2004, p.140)
Como local privilegiado, que acolhe múltiplos aprendizes, a escola é espaço de
construção de relações que imprimem marcas naqueles que por ela transitam, assim, se
priorizamos uma gestão democrática precisamos exercer essa democracia na escola. Se
na escola as relações são permeadas por princípios democráticos - respeito ao outro,
solidariedade, liberdade – as pessoas crescem no aprendizado e no exercício da
democracia. Porque para além da função de socializar o saber sistematizado, a ela cabe
ensinar a convivência democrática, o respeito aos direitos e deveres individuais e
coletivos. Essa é uma aprendizagem que começa na escola e prossegue ao longo da
vida.
Desse modo, a gestão democrática não pode ficar restrita ao discurso da
participação e às suas formas externas: eleições, reuniões, assembléias. Ela deve estar a
serviço dos objetivos do ensino, especialmente da qualidade dos processos de ensino e
aprendizagem. Além disso, muitos discursos de práticas participativas são usadas para
induzir as pessoas a pensar que estão participando, quando na verdade estão sendo
manipuladas por interesses de grupos, interesses particulares camuflados.
Democratizar a gestão é uma escolha que tem consequências na atuação do
diretor, não mais entendido como a autoridade única da escola ou um administrador
burocrático, preocupado apenas com documentos, manutenção do prédio escolar e
suprimento de recursos humanos e materiais. Além de toda essa função administrativa
42
que faz parte de seu trabalho, o gestor numa proposta participativa e democrática, passa
a ser o grande articulador das ações de todos os segmentos, o condutor do projeto da
escola, que prioriza as questões pedagógicas e que mantém o ânimo de todos na
construção do trabalho educativo.
Portanto a gestão escolar é a ação liderada pelo diretor da escola, mas todos que
nela trabalham devem unir-se de modo a contribuir para que o ensino ali ministrado seja
de excelência. A gestão deve unir esforços para superar limitações e dificuldades
contando sempre com a força da comunidade cuja atuação ajudará na construção do
espaço escolar.
Também se faz importante uma gestão que defina as responsabilidades e
atribuições, que trate da organização de processos e de condições para implementar a
missão da escola e seus objetivos, estruturação e uso de recursos.
8 PROPOSIÇÃO DE AÇÕES
8.1 LINHAS DE AÇÃO
Desenvolver junto a comunidade escolar um trabalho coletivo, participativo e inte-
grado, buscando conhecer a realidade das famílias dos alunos, a fim de colaborar
no que for possível, para o êxito do processo educacional.
Promover reuniões periódicas com os pais e responsáveis a fim de mantermos o
diálogo constante com as famílias e evitar a evasão dos educandos.
Oportunizar meios diferentes de recuperação da aprendizagem para evitar a repe-
tência e garantir a permanência de todos os alunos que querem estudar;
Incentivar a formação continuada dos profissionais da escola, não se limitando,
apenas, aos conteúdos curriculares e sim contemplando a reflexão acerca de te-
mas pertinentes à escola como um todo e suas relações com a sociedade;
Propiciar momentos de reflexão no sentido de estar reavaliando e propondo novas
ações, visto que, se trata de um projeto flexível e passível de reforma
Promover a gestão democrática na escola para que todos sejamos responsáveis
pela educação e formação dos alunos.
43
Promover a formação continuada de funcionários e professores em parceria com a
SEED.
Sair do Projeto de Superação pela melhora dos índices do IDEB, pela redução sig-
nificativa dos índices de repetência e evasão escolar.
Acompanhar a vida escolar dos alunos mantendo contato permanente com os pais
de alunos para um melhor acompanhamento da vida escolar do aluno, para preve-
nir e diminuir a evasão e evitar o fracasso escolar.
Avaliar a prática pedagógica dos profissionais da escola de modo crítico e constru-
tivo para melhorar a qualidade do ensino nesse estabelecimento.
Dar condições para que os professores executem seus projetos e desenvolvam os
planos de ação de acordo com o Plano Curricular previsto para o ano letivo.
Utilizar o Laboratório de Informática com zelo e responsabilidade.
Promover a utilização da Biblioteca por alunos e professores.
Organizar e utilizar o Laboratório de Ciências.
Promover a utilização e a conservação dos recursos didáticos disponíveis na esco-
la.
Promover visitas ou passeios que venham a contribuir com o desenvolvimento do
ensino e aprendizagem dos alunos.
Padronizar o uso do uniforme para os alunos, mediante assembleia com a presen-
ça dos pais e da APMF, devidamente registrada em ata.
8.1.1 Programa Brigadas Escolares - Defesa Civil na Escola
Entre as ações a serem desenvolvidas no Colégio, está a formação de uma cultura de
prevenção de toda a espécie de riscos, sejam de cunho natural ou de outra espécie
como acidentes pessoais e incêndios, entre outros, de acordo com as disposições
legais e o contido no Decreto da Casa Civil, nº 4837/2012 e anexo do Decreto nº
68930-27148/2012, o qual dispõe sobre a implantação deste Programa em todas
as Instituições da rede estadual de ensino e tem como objetivo "capacitar alunos e
servidores para desenvolverem ações mitigadoras e de enfrentamento a emergên-
cia e desastres naturais, ou provocadas pelo homem, que comprometam a segu-
rança da comunidade escolar". O Programa tem como meta:
44
Realizar um levantamento das necessidades de adequação do ambiente escolar,
para atender às recomendações legais de acordo com a vistoria do Corpo de Bom-
beiro e adequar as mesmas de acordo com as normas mais recentes de prevenção
contra incêndio e pânico do Corpo de Bombeiros, acompanhando os avanços le-
gais e tecnológicos para preservação da vida dos ocupantes desse local.
Proporcionar aos alunos do colégio condições mínimas para enfrentamento de si-
tuações emergenciais no interior das escolas, assim como conhecimentos para se
conduzirem frente a desastres.
Preparar a comunidade escolar do colégio, através de ações com vistas a preven-
ção de riscos de desastres e preparação para o socorro, destacando-se ações vol-
tadas ao suporte básico de vida e combate a princípios de incêndio;
Implementar um Plano de Abandono, de forma segura, de alunos, professores e
funcionários das edificações escolares, por meio da execução de exercícios simu-
lados, uma vez por semestre, registrado em ata e previsto em calendário escolar e
articular os trabalhos entre os integrantes do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar
(Patrulha Escolar Comunitária) e do Grupo de Brigada Escolar do Colégio;
Os integrantes da Brigada Escolar deverão participar das capacitações e realizar o
repasse de informações à toda comunidade escolar através de reuniões.
Cabe à Brigada Escolar em conjunto com os órgãos competentes, identificar riscos
na edificação e nas condutas rotineiras da comunidade escolar e promover revi-
sões periódicas do Plano de Abandono, buscando sempre aprimorá-lo.
8.2 PROCESSO DE AVALIAÇÃO
O sistema de avaliação deste colégio esta definida da seguinte forma:
serão considerados aprovados os alunos que obtiverem média anual igual ou supe-
rior a 6,0 (seis virgula zero) e frequência anual igual ou superior a 75% (setenta e
cinco por cento).
serão considerados reprovados os alunos que obtiverem qualquer média anual e
frequência inferior a 75% (setenta e cinco por cento).
45
após análise do Conselho de classe, poderão ser considerados aprovados ou re-
provados os alunos que obtiverem média anual inferior a 6,0 (seis virgula zero) e
frequência igual ou superior a 75% (setenta e cinco por cento).
No sistema de avaliação os professores levam em consideração a capacidade in-
dividual, o desempenho do aluno e sua participação nas atividades realizadas. Para os
alunos de baixo rendimento, que não atingiram os objetivos propostos em cada área do
conhecimento, essa Escola proporcionará Recuperação de estudos de forma paralela, ao
longo do período letivo.
8.3 PROCEDIMENTOS DE INTERVENÇÃO DIDÁTICA
8.3.1 Recuperação de Estudos
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, 1996), também
regulamenta os estudos de recuperação paralela para que sejam realizados durante as
aulas no decorrer do período letivo, sem prejuízo das horas trabalhadas, e sem prejudicar
os estudos dos demais alunos. Para isso os docentes planejarão atividades diversificadas
que atendam as diferenças individuais.
O processo de recuperação e reavaliação deverá ser ministrado pelo professor
regente, uma vez que ele está diretamente envolvido com a aprendizagem dos alunos,
conhecendo suas dificuldades individuais, e portanto está mais apto para realizar tais
atividades. A Recuperação Paralela em nossa Escola terá os seguintes objetivos:
Oportunizar condições de permanência do aluno na escola, evitando a reprova-
ção e a evasão escolar decorrente do baixo rendimento.
Proporcionar recuperação de aprendizagem aos alunos com dificuldades na
compreensão dos conteúdos.
Propiciar aos alunos que não apresentem o rendimento mínimo de aprendiza-
gem, a oportunidade de superar dificuldades.
Resgatar aspectos qualitativos da aprendizagem.
Prestar atendimento individualizado aos alunos com baixo rendimento.
Realizar atividades diversificadas, conforme a dificuldade dos alunos.
46
Para os alunos de baixo rendimento escolar, este Estabelecimento de Ensino
proporcionará Recuperação de Estudos, de forma paralela, ao longo do período letivo.
Entendendo-se como Recuperação Paralela, aquela que ocorre no decorrer do processo
ensino-aprendizagem. Ao ser planejada deve retomar os conteúdos considerando as
dificuldades apresentadas pelos alunos e pela turma como um todo.
Para a execução da Recuperação Paralela será retomado os conteúdos
anteriores, atendimento das dúvidas e exercícios adicionais, ao finalizá-los prevalecerá
sempre a nota maior.
8.3.2 Conselho de classe
O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa
em assuntos didático-pedagógicos, com atuação restrita a cada classe da Escola, tendo
por objetivo avaliar o processo ensino–aprendizagem na relação professor–aluno e os
procedimentos adequados a cada caso.
O Conselho de Classe tem por finalidade: estudar e interpretar os dados da
aprendizagem na sua relação com trabalho do professor, na direção do processo ensino–
aprendizagem propostos pelo plano curricular; acompanhar e aperfeiçoar o processo de
aprendizagem dos alunos; analisar os resultados da aprendizagem na relação com o
desempenho da turma, com a organização dos conteúdos e encaminhamento
metodológico; utilizar procedimentos que assegurem a comparação com parâmetros
indicados pelos conteúdos necessários de ensino, evitando a comparação dos alunos
entre si.
O conselho de classe acontece uma vez a cada bimestre para tratar de assuntos
pedagógicos e avaliar o processo ensino-aprendizagem na relação professor e os proce-
dimentos adequados a cada caso. Tem por finalidade:
estudar e interpretar os resultados da aprendizagem dos alunos proposto pelo pla-
no curricular;
acompanhar e aperfeiçoar o processo ensino-aprendizagem do ensino fundamen-
tal, com vistas ao aprimoramento do trabalho pedagógico.
47
analisar o desempenho das turmas, dos professores e da equipe pedagógica da
escola.
8.3.3 Processo de Promoção, classificação, adaptação/aproveitamento de estudos e re-
gime de progressão parcial.
Para os casos de alunos oriundos de outros estabelecimentos de ensino que não
apresentem o histórico escolar regularizado ou não portem documentação atualizada com
o nível de ensino adequado para o nível de Ensino Fundamental, a escola Amálio Pinhei-
ro fará o procedimento adequado para cada caso, em forma de processo próprio que
envolve atividades pedagógicas que serem avaliadas por uma comissão formada pela
equipe pedagógica, professores e secretários, encaminhado posteriormente para o setor
responsável do Núcleo regional de Educação, para a regularização da vida escolar do
aluno.
8.4 FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES
Uma escola que visa qualidade necessita contribuir progressivamente para a
formação de cidadãos que respondam aos desafios colocados pela realidade e nela agir e
interagir.
É imprescindível ao docente valorizar os bens culturais, o conhecimento, planejar
as ações para o ano letivo, na sua especialidade, com clareza da função social da escola,
da concepção de Mundo, Sociedade, Homem, do Currículo, assumindo seu papel de
sujeito da sua história.
As reflexões, vivências, ações e experiências devem ser trabalhadas de acordo
com a demanda atual do mundo, em consonância com a L.D.B.(1996), pois são
fundamentais para a vida profissional e da gestão coletiva garantindo assim a ação
democrática.
Essas metas somente serão atingidas através do aperfeiçoamento do docente,
por meio do programa de formação continuada, ofertado pelo governo do estado e que
vem se desenvolvendo como uma real possibilidade de reflexão com o conjunto dos
profissionais que atuam na Educação Básica.
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O português, professor António Nóvoa, afirma que os principais desafios da
profissão de educador encontra-se no desenvolvimento de práticas educativas mais
eficientes bem como na atualização sobre novas metodologias de ensino e que a
atualização e o surgimento de novas práticas só emergem de uma reflexão compartilhada
entre os professores e no espaço concreto da escola, no coletivo, em consonância com
os problemas individuais de cada um e discutidos por todos. Ele cita Paulo Freire e
aproveita seus ensinamentos quando diz: “Ninguém forma ninguém. Cada um forma-se a
si próprio.” (NÓVOA, 2001, p.15).
Para que se efetivem momentos de reflexão e estudos, é necessário que a
própria escola contemple este tempo no seu Projeto Político Pedagógico. Consideramos
como formação continuada, os dias de capacitação pedagógica previstas no calendário do
ano letivo elaborado pelo Núcleo Regional de Educação, como bons momentos de estudo
e reflexão. Eles acontecem no início, no meio e durante o ano letivo, e as orientações são
da SEED. Além disso, todos os professores podem e devem fazer cursos de
aperfeiçoamento em instituições de ensino credenciadas pelo MEC para estarem em
constante formação.
Neste sentido Vasconcellos (2002, p. 123) afirma:
A escola não pode ser vista apenas como um local de trabalho; deve ser ao mesmo tempo espaço de formação. É preciso investir prioritariamente na formação permanente e em serviço do professor, para que possa ter melhor compreensão do processo educacional, postura e métodos de trabalho mais apropriados.
8..4.1. Formação continuada de agentes educacionais I e II
A capacitação dos funcionários também será realizada por meio da Secretaria
Estadual de educação , com parcerias entre Núcleo Regional e Instituições afins, visando
a qualificação dos mesmos. Os agentes educacionais também tem os dias de capacitação
previstas em calendário oficial, e ás vezes ocorrem junto com os professores. Além disso,
todos podem e devem fazer cursos de aperfeiçoamento em Instituições de ensino
credenciadas pelo MEC para estarem em constante formação.
49
8..5 ATUAÇÃO DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR
A escola atual, espaço de expressão multicultural, tem o compromisso de
promover um processo de socialização e produção de saberes que contemplem as
culturas e as vozes dos grupos sociais minoritários e/ou marginalizados que não dispõe
de estrutura imponente de poder e que, geralmente, são bruscamente silenciadas. Pais e
professores muitas vezes não sabem lidar com a fala dos alunos que tem posturas
racistas que se apresentam no convívio escolar e que por sua vez, expressam as
concepções que estão presentes no âmbito familiar. A escola conta com o apoio da
equipe multidisciplinar que assessora a todos os profissionais da escola, e está atenta
para com o respeito das diferenças culturais, sociais, raciais e não tenhamos uma prática
excludente no interior da escola.
A equipe multidisciplinar pode exigir dos docentes a aplicação das novas
diretrizes que incluem nos currículos, histórias da África e das relações étnico-raciais em
educação, no sentido de que os professores podem trabalhar com os alunos para
desconstruírem noções e concepções apreendidas durante os anos de formação inicial e
enfrentarem preconceitos raciais existentes nas relações sociais.
8.6 CONTEÚDOS OBRIGATÓRIOS:
a) História do Paraná (Lei nº 13381/01)
Os conteúdos de História do Paraná deverão permanecer no currículo escolar, na
disciplina de História nas 6ª e 7ª séries nos termos da lei supra citada.
b) História e cultura Afro-brasileira, africana e indígena
A inserção dos conteúdos de história e cultura afro-brasileira e africana nos
currículos escolares vem propor um novo conhecimento científico contrário à
50
superioridade da produção cultural europeia, determinando que a história da África seja
tratada em perspectiva positiva, não privilegiando somente as misérias do continente,
sendo que as marcas da cultura de raiz africana sejam ressaltadas em todas as
disciplinas, particularmente em educação artística, literatura e história do Brasil.
São numerosas as formas por meio das quais, o racismo aflora no sistema
educacional, de forma consciente ou oculta. Assim, por exemplo, podem-se detectar
manifestações de racismo nos livros didáticos de diversas áreas do conhecimento,
especialmente através dos silêncios que são produzidos em relação aos direitos e
características de comunidades, etnias e povos minoritários e sem poder.
A partir disso, devemos desconstruir a neutralidade no interior da escola com uma
discussão mais viva desses temas. Para isso há que se transformar as concepções de
todos os envolvidos no processo, desconstruindo principalmente, as mentalidades
enraizadas, trabalhando com as diferentes disciplinas numa perspectiva emancipadora e
libertadora.
c) Música (Lei nº 645/08)
A música deve ser trabalhada em todas as disciplinas, adequadas aos conteúdos
propostos, contemplando também as músicas da cultura afrodescendentes, para evitar
que se utilizem apenas letras da cultura de massa.
d) Prevenção ao uso indevido de drogas
A escola aborda esse tema por meio de projetos em parceria com a Pastoral do
Colégio Marista, que ministram palestras com material ilustrativo e dinâmicas de grupos
com os adolescentes dos sétimos e oitavos anos, no sentido de valorização da vida,
autoestima e uso de drogas.
51
e) Sexualidade humana
Abordaremos esse assunto por meio de palestras em parceria com as
acadêmicas do Cescage, que por motivo de estágio, ministram palestras e dinâmicas de
grupo com adolescentes dos oitavos e nonos anos. Além disso esse conteúdo está
inserido no currículo de Ciências.
f) Educação Ambiental, Lei Federal nº 9796/99, Dec. Nº 4201/02
Observando a Lei Federal nº 9796/99 a escola concebe a educação Ambiental,
como componente essencial no processo de formação e educação permanente, com
uma abordagem direcionada para a resolução de problemas, contribui para o
envolvimento ativo tanto de alunos quanto de professores envolvidos, fato esse, que
torna o sistema educativo mais relevante e mais realista, além de estabelecer uma maior
interdependência entre esses sistemas e o ambiente natural e social, com o objetivo de
um crescente bem estar das comunidades humanas. A questão ambiental já faz parte do
dia-a-dia das escolas, sabemos que é urgente a conscientização de todos para a
proteção, preservação, conservação, e recuperação do meio ambiente, e a escola é
responsável para que cada aluno adote posturas pessoais e comportamentos sociais
construtivos, colaborando para a construção de uma sociedade justa, em um ambiente
saudável.
Com os conteúdos ambientais permeando todas as disciplinas do currículo e
contextualizados com a realidade da comunidade, a escola ajudará o aluno a perceber a
correlação dos fatos e para que cada um compreenda os fenômenos naturais, as ações
humanas e sua consequência para consigo, para sua própria espécie, para os outros
seres vivos e o ambiente.
A escola contemplará a educação ambiental por meio de estudo, atividades e
ações programadas, objetivamos promover a sensibilização dos nossos alunos sobre a
importância e a necessidade da preservação e da conservação do seu próprio ambiente,
para que gradativamente, tome consciência da sua conservação e assim possibilitando
conhecimentos de cidadania, saúde e higiene.
52
Esperamos fortalecer o sentido de que todos temos responsabilidade universal
para com o meio ambiente, considerando que o planeta Terra tem recursos naturais
finitos, e o crescimento populacional tem sobrecarregado os sistemas ecológicos e social.
Portanto nossa postura deve ser de humildade em relação ao lugar que o ser humano
ocupa na natureza, devemos pensar globalmente e agir no local em que vivemos, para o
bem comum.
9 REGIME DE FUNCIONAMENTO
A organização da escola é por disciplinas, conforme Matriz curricular abaixo:
ESTABELECIMENTO: 00157-ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR AMÁLIO PINHEIRO-EF
ENDEREÇO: PRAÇA GETÚLIO VARGAS, 183
FONE:(42)3224-1682 LOCALIDADE: PONTA GROSSA
ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO:4000 – ENSINO FUNDAMENTAL 6/9 ANOS MÓDULO:40
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2012 -SIMULTÂNEA TURNO: MANHÃ E TARDE
BA
SE
NA
CIO
NA
L C
OM
UM
DISCIPLINAS ANOS
6º 7º 8º 9º
ARTE 2 2 2 2
CIÊNCIAS 3 3 3 3
EDUCAÇÃO FISICA 3 3 3 3
ENSINO RELIGIOSO 1 1
GEOGRAFIA 3 3 4 3
HISTÓRIA 3 3 3 4
LÍNGUA PORTUGUESA 4 4 4 4
MATEMÁTICA 4 4 4 4
SUB-TOTAL 23 23 23 23
L.E.M INGLÊS 2 2 2 2
P.D
.
SUB TOTAL 2 2 2 2
TOTAL GERAL EM HORAS/AULA 25 25 25 25
NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB N. 9394/96
53
10 AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
O acompanhamento das atividades propostas das atividades propostas e
desenvolvidas nessa escola será constante e sistemático, prevendo-se a realização de
reuniões periódicas e marcadas em calendário, objetivando avaliar o conjunto de
atividades desenvolvidas pelo coletivo da escola.
No aspecto da qualidade do desempenho, propõem-se encaminhamentos para
solucionar as dificuldades apontadas nesse Projeto Político Pedagógico, e também as
situações inesperadas que possam ocorrer durante o ano letivo.
Nas semanas pedagógicas que antecedem o início do período letivo, acontecem
as reuniões que possibilitam a troca de experiências e a reflexão que levam a uma
avaliação e aperfeiçoamento do presente projeto, que é propiciado pela análise e
discussão da pratica pedagógica, procurando articular aos estudos teóricos realizados de
forma individual e coletiva na formação continuada e aliar com a práxis educativa em
todas as áreas do conhecimento.
54
11 CONCLUSÃO
O Projeto político Pedagógico da escola é quem vai direcionar todo o trabalho na
escola e torna-se a grande aliada nesta construção do aluno cidadão, pois o projeto da
escola é a articulação das intenções, prioridades e caminhos escolhidos para realizar sua
função social, promovendo o crescimento de todos os alunos em relação à compreensão
de mundo e à participação na sociedade.
Lembrando sempre que o projeto pode mudar, pois é uma ferramenta que orienta
as diretrizes a partir do de diagnóstico levantado pela escola, dentro da legislação em vi-
gor e poderá ser reavaliado e revisado constantemente para de fato ser utilizado no coti-
diano do processo de ensino - aprendizagem em sua reflexões.
PONTA GROSSA, 28 de Março de 2013.
55
12 REFERÊNCIAS
ALMEIDA, C.L.S. de. Avaliação como aprendizagem de cidadania: Avaliação: novos paradigmas. In: Revista de Educação, Brasília, n. 94. jan/mar. 1995.
ARCO-VERDE, Y. F. S. Reformulação curricular no Estado do Paraná - Um trabalho cole-tivo. In: PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Primeiras reflexões para a refor-mulação curricular da Educação Básica no Estado do Paraná. Curitiba: SEED, 2004, p. 2-7.
ARROYO, M. G. Da escola carente à escola possível. São Paulo: Edições Loyola. (Coleção Educação Popular), 1991.
BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Disponível em: <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm>. Acesso em: 16 jul.2012.
BRZEZINSKI, Iria. LDBEN Interpretada: diversos olhares se entrecruzam. São Paulo:Cortez, 1997.
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE, Brasil, 13 de julho de 1990.
FREIRE, P. Ação cultural para a liberdade e outros escritos. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1999.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à pratica educativa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1976.
LOPES, Josiane.Vygotsky o teórico social da inteligência. Revista Nova Escola. São Paulo, n. 99,Ano XI, p. 33-38, dez. 1996.
LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez, 1996.
PELLEGRINI, D. Aprenda com eles e ensine melhor. Revista Nova Escola, São Paulo, n. 139, jan/fev. 2001. Disponível em http://revistaescola.abril.com.br/historia/fundamentos/aprenda-eles-ensine-melhor-423205.shtml
SAVIANI, D. Escola e Democracia: para além da curvatura da vara. Revista da Associação Nacional de Educação (ANDE). Ano 1, N.º 3, 1982.
56
SAVIANI, D. Pedagogia Histórico-Crítica: primeiras aproximações. Campinas, SP: Autores Associados, 1995. . Disponível em:< http://books.google.com.br/books?hl=pt-
BR&lr=&id=xyBVM4Zz3rYC&oi=fnd&pg=PA1&dq=Pedagogia+Hist%C3%B3rica+Cr%C3%ADtica++segundo+Saviani+(2000),+procura+articular&ots=RBzljq5d_H&sig=cbJCQAfhct2jIY6hUNiwW2E
avzc#v=onepage&q&f=false>. Acesso em 18 set. 2011.
SEED/PR. Quando as políticas educacionais voltam-se para a legitimação do tempo, do espaço e da autonomia da escola na definição de seu projeto político-pedagógico. Curitiba, SEED/SUED, 2010.
VASCONCELOS, C. dos S. Coordenação do trabalho pedagógico: do projeto político pedagógico ao cotidiano da sala de aula. São Paulo: Libertad, 2004.
VEIGA, Ilma Passos Alencastro (org). Projeto Político Pedagógico da escola: uma construção possível. Campinas: Papirus, 1995
YOUNG,M. Para que servem as escolas? Revista Educação e Sociedade. Vol.28 nº 101. Campinas, set./dec. 2007.
VIGOTSKY, o teórico social da inteligência. Revista Nova EscolaON Line, Disponível em: http://www.chasqueweb.ufrgs.br/~slomp/vygotsky/nova-escola-vygotsky.htm> Acesso em 20 de Nov. 2012.
11 ANEXOS
57
58
59
SUMÁRIO
1 APRESENTAÇÃO............................................................................ 01
2 FUNDAMENTOS LEGAIS DO PPP................................................ 03
3 IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMMENTO.............................. 05
3.1 DADOS GERAIS.............................................................................. 05
3.2 HISTÓRICO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO...................... 05
3.3 ATOS JURÍDICOS PARA O FUNCIONAMENTO DO ESTABELECIMENTO.......................................................................
06
4 NÍVEIS E MODALIDADES DE ENSINO OFERTADOS.................. 07
5 DIAGNÓSTICO................................................................................ 07
5.1 REALIDADE DO COLÉGIO............................................................. 07
5.2 CARACTERÍSTICAS DA COMUNIDADE ESCOLAR...................... 10
5.3 QUANTITATIVOS DO CORPO DOCENTE, DISCENTE, ADMINISTRATIVO E DE APOIO.....................................................
13
5.4 DISTRIBUIÇÃO DE FUNÇÕES E VÍNCULOS FUNCIONAIS.......... 13
5.5 DISTRIBUIÇÃO DOS ESPAÇOS PEDAGÓGICOS......................... 14
5.6 DISTRIBUIÇÃO E CONSTITUIÇÃO DAS TURMAS........................ 15
5.7 FORMA DE ATENDIMENTO AOS ALUNOS COM NECESSIDADES ESPECIAIS..........................................................
15
5.8 CONDIÇÕES FÍSICAS DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO...... 16
5.8.1 Recursos Materiais........................................................................... 16
5.9 PROJETOS QUE O COLÉGIO DESENVOLVE............................... 17
5.10 RESULTADOS EDUCACIONAIS..................................................... 18
5.10.1 Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).................. 18
5.10.2 Resultados educacionais do colégio................................................ 20
5.10.3 Proposta de Superação.................................................................... 21
6 ORGANIZAÇÃO INTERNA DO COLÉGIO...................................... 22
6.1 INSTÂNCIAS COLEGIADAS........................................................... 22
6.1.1 Conselho Escolar ............................................................................ 22
6.1.2 A.P.M.F Associação de Pais Mestres e Funcionários...................... 23
6.1.3 Grêmio Estudantil............................................................................. 23
6.2 DIREÇÃO......................................................................................... 23
6.3 EQUIPE PEDAGÓGICA.................................................................. 24
6.4 EQUIPE ADMINISTRATIVA – AGENTE EDUCACIONAL E
60
EQUIPE DE APOIO.......................................................................... 25
6.4.1 Agente Educacional II...................................................................... 25
6.4.2 Equipe de Apoio – Agente Educacional I ......................................... 25
6.4 CORPO DOCENTE.......................................................................... 26
7 FUNDAMENTAÇÃO......................................................................... 26
7.1 CONCEPÇÕES QUE ORIENTAM E FUNDAMENTAM AS AÇÕES DO COLÉGIO...................................................................................
26
7.2 CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA........................................................... 27
7.3 CONCEPÇÃO DE ADOLESCÊNCIA .............................................. 28
7.4 CONCEPÇÃO DE HOMEM.............................................................. 28
7.5 CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE..................................................... 29
7.6 CONCEPÇÃO DE ESCOLA............................................................. 30
7.7 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO....................................................... 31
7.8 CONCEPÇÃO DE CULTURA........................................................... 32
7.9 CONCEPÇÃO DE TRABALHO........................................................ 33
7.10 CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA.................................................... 33
7.11 CONCEPÇÃO DE CIDADANIA........................................................ 33
7.12 CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO.............................................. 34
7.13 CONCEPÇÃO DE ENSINO APRENDIZAGEM............................... 35
7.14 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO....................................................... 37
7.15 CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO...................................................... 38
7.16 CONCEPÇÃO DE LETRAMENTO................................................... 40
7.17 CONCEPÇÃO DE GESTÃO ESCOLAR.......................................... 41
8 PROPOSIÇÃO DE AÇÕES.............................................................. 42
8.1 LINHAS DE AÇÃO............................................................................ 42
8.1.1 Programa Brigadas Escolares - Defesa Civil na Escola................... 43
8.2 PROCESSO DE AVALIAÇÃO........................................................... 44
8.3 PROCEDIMENTOS DE INTERVENÇÃO DIDÁTICA....................... 45
8.3.1 Recuperação de Estudos................................................................. 45
8.3.2 Conselho de Classe......................................................................... 46
8.3.3 Processo de Promoção, classificação, adaptação/aproveitamento de estudos e regime de progressão parcial.....................................
47
8.4 FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES......................... 47
8.4.1 Formação continuada de agentes educacionais I e II..................... 48
8.5 ATUAÇÃO DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR.................................. 49
61
8.6 CONTEÚDOS OBRIGATÓRIOS...................................................... 49
9 REGIME DE FUNCIONAMENTO.................................................... 52
10 AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO............... 53
11 CONCLUSÃO................................................................................. 54
12 REFERÊNCIAS................................................................................ 55
13 ANEXOS.......................................................................................... 57